Boletim Trimestral
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CICLO AVÓS E NETOS Paris à luz da Arte Aproveitando a disponibilidade de mais novos e mais velhos, o CNC irá organizar na Páscoa de 2010 a primeira de uma série de viagens aos locais das antigas civilizações que foram berço da nossa e a cidades emblemáticas da Europa. Assim, começaremos por visitar Paris e nos anos seguintes prevemos idas a Roma, Grécia, Egipto, Tunísia e Turquia. Claro que se os pais ou tios quiserem viajar com os seus filhos ou sobrinhos, serão bem-vindos! A partida será no dia 27 de Março com regresso a 2 de Abril. Programa na página 04
Evocação de Sophia
Bolsas Criar Lusofonia
Teve lugar no passado dia 16 de Dezembro o lançamento do livro “Evocação de Sophia”, de Alberto Vaz da Silva, que conta com prefácio de Maria Velho da Costa e posfácio de José Tolentino de Mendonça. A obra, editada pela Assírio & Alvim, foi apresentada por Guilherme d’Oliveira Martins e por Maria Sousa Tavares e está disponível para venda na sede do Centro Nacional de Cultura.
Está aberto o concurso 2009/2010 das Bolsas Criar Lusofonia. O concurso “Criar Lusofonia” patrocinado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e gerido pelo Centro Nacional de Cultura tem por objectivo a atribuição de bolsas no domínio da escrita para estadas de longa duração em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Pretende-se criar oportunidade de contacto aprofundado com outros países lusófonos aos escritores/investigadores de língua portuguesa a fim de produzirem uma obra destinada à divulgação no espaço lusófono.
Sociedade Civil O CNC e o programa Sociedade Civil mantêm a sua longa parceria desde há alguns anos, que se traduz na intervenção regular de membros da direcção do Centro Nacional de Cultura no SC quando os temas o justificam, bem como na divulgação das nossas iniciativas neste programa da responsabilidade da Dois, a cuja Comissão de Acompanhamento Guilherme d’Oliveira Martins preside.
MECENAS DE OURO
Diário de viagem O diário da viagem do grupo do CNC à América do Sul acaba de ser lançado pela Quidnovi. Da autoria de Miguel Real e com ilustrações de Graça Morais, “As Missões – Bandeirantes, jesuítas e Guaranis” reúne também as crónicas que Paula Moura Pinheiro fez para a RDP directamente dos vários pontos de passagem desta viagem do ciclo “Os portugueses ao encontro da sua história”, realizada em Setembro de 2007.
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Notí Notícias CIAS IGESPAR), oportunidade excepcional para olharmos as políticas públicas da cultura à luz da modernidade, tendo connosco os melhores especialistas da actualidade sobre a matéria. As intervenções neste colóquio podem ser consultadas no site do CNC, em www.cnc.pt.
Roteiro Cultural dos Açores
Seja bem-vindo à página oficial de António Alçada Baptista Um site dedicado à vida e obra de António Alçada Baptista está já disponível através do endereço antonioalcadabaptista.org. Desenvolvido com o apoio da Fundação Oriente, aqui pode encontrar a biografia do antigo vice-presidente do CNC, depoimentos dos seus amigos, uma descrição dos projectos da sua vida, etc. Dentro deste site, desenvolvemos uma secção intitulada Cultura Solidária cujo objectivo é divulgar e promover as acções de voluntariado que se vão desenvolvendo no nosso país. Através de uma base de dados intitulada Nós e os Laços o CNC vai também organizar acções de voluntariado nos lares da terceira idade da Santa Casa da Misericórdia com alunos universitários que se disponibilizem para o efeito. O desenvolvimento da secção Cultura Solidária teve o apoio do Montepio.
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O site foi lançado no dia 18 de Dezembro na Fundação Oriente – Museu do Oriente por ocasião da inauguração do Centro de Documentação daquela Fundação.
Colóquio património cultural – Ir mais além... Acaba de ser publicado “Heritage and Beyond” (Council of Europe, Strasbourg, 2009) a propósito da nova Convenção-Quadro do Conselho da Europa sobre o Valor do Património Cultural na Sociedade Contemporânea (a Convenção de Faro de 27 de Outubro de 2005). Trata-se de um repositório muito circunstanciado e fundamental sobre o tema, que foi desenvolvido no Colóquio Internacional que se realizou em Lisboa a 20 de Novembro sob os auspícios do Conselho da Europa (com o CNC e o
A pedido da Secretaria Regional de Cultura dos Açores e para comemorar o Centenário da República que se celebra este ano, o CNC está a produzir o Roteiro Cultural dos Açores. Trata-se de um roteiro sobre vários temas da realidade açoriana, que vão desde o património edificado, natural e subaquático passando pela gastronomia, a cultura do chá, a religiosidade, as crenças populares e as festas, entre outros, da autoria de vários especialistas na matéria. A coordenação cientifica está a cargo do Professor António Machado Pires.
Exposição nos CTT Com o objectivo de divulgar e promover a importância da carta manuscrita, o Centro Nacional de Cultura propôs aos CTT uma exposição de exemplares de cartas escritas no início do século XX por importantes nomes dessa época e uma análise da respectiva caligrafia feita por Alberto Vaz da Silva, especialista de escritas que é também director do CNC. Entre estas cartas, que serão devidamente enquadradas, encontram-se as que constam do espólio de José Pacheko, grande figura do Modernismo português, que lhe foram dirigidas por Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, José Régio, Amadeo de SouzaCardoso, Santa-Rita Pintor, Mário de Saa, António Ferro, entre outros. A inauguração terá lugar numa estação dos CTT a anunciar, no final do primeiro trimestre de 2009.
MECENAS DE PRATA Açoreana - Companhia de Seguros, SA | Administração Porto de Lisboa | ANA - Aeroportos de Portugal, SA | Banco Espírito Santo | Caixa Geral de Depósitos | Círculo de Leitores | Correio da Manhã (Presslivre) | CP - Caminhos de Ferro Portugueses | Diário de Notícias | DID - Doc. Informática Desenv. | Duvídeo | Editorial Verbo | EFACEC Capital SGPS, SA | GalpEnergia | Hotéis Plaza, SA | Imprensa Nacional - Casa da Moeda | Instituto Nacional de Estatística | Jornal de Notícias | Lusomundo SGPS | Metropolitano de Lisboa | RAR - Sociedade de Controlo (Holding), SA | REN - Rede Eléctrica Nacional | Semanário, SA | SIVA | TVI - Televisão Independente
Notí Notícias CIAS Parceria com a revista Sábado O Centro Nacional de Cultura associou-se ao cartão Arte e Cultura distribuído com a revista SÁBADO. Os detentores deste cartão poderão, assim, na compra de uma inscrição para certos passeios ou cursos do CNC, receber outra gratuitamente.
Fundação Anna Lindh O Centro Nacional de Cultura, membro da rede portuguesa da Fundação Anna Lindh, acolherá no dia 19 de Março de 2010 um dos debates da acção comum Novas Culturas, Novos Futuros. Neste debate será focado o primeiro projecto desta acção que decorrerá no bairro da Boba, na Amadora, e desenvolver-se-á em toda uma lógica de intercâmbio com o centro (Lisboa), em permanente ligação com o tema da imigração e do diálogo intercultural.
Os nossos bolseiros... • Foi lançado no dia 28 de Novembro o Livro de Artista da Bolseira Tatiana Macedo, Lusotropicália, projecto artístico fotográfico de carácter conceptual que conta com a introdução do antropólogo Miguel Vale de Almeida, apoiado em 2008 e em 2009 pelas Bolsas Jovens Criadores CNC/IPJ; • A artista plástica Soraya Vasconcelos – bolseira em 2008 na área de Artes Visuais do Concurso Jovens Criadores – teve patente uma exposição dos seus mais recentes trabalhos de pintura e desenho na Galeria Fernando Pessoa do Centro Nacional de Cultura durante a Festa No Chiado 2009;
Congresso Internacional Sophia de Mello Breyner Nos dias 26, 27 e 28 de Janeiro de 2011, iniciativa de Maria Sousa Tavares e do Centro Nacional de Cultura por ocasião da Doação à Biblioteca Nacional de Portugal do Espólio da Autora pelos seus filhos, realizar-se-á em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, o Colóquio Internacional Sophia de Mello Breyner Andresen com a presença de inúmeros investigadores internacionais. Não deixaremos de o manter informado sobre o programa deste importante acontecimento.
Passeios de Domingo Depois de 30 anos de Passeios de Domingo, que não quisemos deixar de comemorar no passado trimestre, destacamos na programação do 1º trimestre de 2010 a visita ao Palácio Anjos onde vamos conhecer algumas das mais importantes obras de Lourdes Castro, artista que realizou a sua primeira exposição no Centro Nacional de Cultura. Iniciamos também o ciclo “Cientistas” e, aproveitando a pausa do Carnaval, rumamos a Santiago de Compostela, com o pretexto do “Año Compostelano”, onde vamos percorrer os Caminhos de Santiago, mas também lembrar importantes personalidades como Rosalía de Castro ou Camilo José Cela.
Jornal Falado Conversas à volta de temas da actualidade, que decorrem no CiberChiado do Centro Nacional de Cultura (Lg. do Picadeiro 10-1º, ao Chiado). Sempre às 18h30 • Homenagem a João Camossa Dia 26 de Janeiro Vamos conhecer esta personalidade que integrou, em 1945, o grupo de monárquicos
fundadores do CNC juntamente com Gastão da Cunha Ferreira, António Seabra, Nuno Vaz Pinto, Jorge de Almeida Couto, José Caldeira Cordovil e António Lino e que chegou a ser presidente do Centro, em 1949. • Espiritualidade do Oriente Cristão 18 de Fevereiro com o Prof. Adel Sidarus, egípcio residente em Portugal que nesta primeira abordagem da iconografia cristã oriental nos vai falar do contrário do narcisismo que a imagem desenhada e pintada nos ícones cristãos orientais nos transmite. É uma forma de meditação, em ritmo lento e profundo, que, todavia, não está longe da elevada meditação de que vive a grande pintura religiosa, por exemplo, de Rafael Sanzio, no Renascimento italiano. • No dia 23 de Março o tema será Japão 2010 no ano em que se comemoram os 150 anos do reatamento das relações luso-nipónicas. Com o Arquitecto Eduardo Kol de Carvalho.
Actividades Encomendadas De destacar no 4º trimestre de 2009 as actividades que o Centro Nacional de Cultura organizou para convidados da Tabaqueira que realizaram um passeio gincana em Sintra, e para convidados do Instituto Português da Juventude que, apesar da chuva, tiveram oportunidade de descobrir a Lisboa Romana. Para além destes, o CNC acolheu mais de 200 alunos de várias escolas do país que percorreram a Lisboa Queirosiana e Pessoana.
Obras de referência da cultura portuguesa Encontra-se na recta final a preparação da edição das Obras de Referência da Cultura Portuguesa. Esta não será feita em livro, conforme anteriormente previsto, mas em DVD-ROM. Trata-se um
ASSOCIAÇÕES MEMBRO AEP - Ass. Empresarial de Portugal | APAI - Ass. Port. de Arqueologia Industrial | ASC - Amigos do São Carlos | ATL - Associação de
Turismo de Lisboa | Ass. Valorização do Chiado | FESPAC - Federação Portuguesa das Ass. e Sociedades Científicas | Fundação Passos Canavarro - Arte, Ciência e Democracia | Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana | SEDES - Ass. para o Desenvolvimento Económico e Social | SLP - Sociedade da Língua Portuguesa
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Notí Notícias CIAS instrumento de divulgação da cultura portuguesa dirigido a todos, em especial jovens e estrangeiros, já que existe uma versão em língua inglesa dos 52 textos em cada uma das seguintes áreas: Arquitectura, Artes Plásticas, Literatura, Música e Teatro.
Atelier 55 No nº 70 da Rua António Maria Cardoso, na porta contígua ao CNC, para além das edições do Centro Nacional de Cultura, podem encontrar-se produtos de excelente qualidade, feitos pelas mãos de artistas portugueses, detentores de um saber artístico exclusivo que se vai perdendo nos tempos. O Atelier 55 procura valorizar as artes tradicionais e os costumes que vão sendo esquecidos. Cada produto conta uma história. Em todos eles está patente uma Arte que é bem portuguesa.
Os portugueses ao encontro da sua história 2010 | Japão Para te falar do Japão, dir-te-ei que, pelo que ora conheço, acho-o lindo, encantador. Aqui passaria feliz o resto dos meus dias. Veremos o resto, Kobe e Yokohama que, ainda devemos visitar. Que linda vegetação! Que adoráveis passeios! Que gente tão agradável! Que mulheres tão simpáticas! Terra para gente nova, feliz e endinheirada, esta Nagasaki. Os costumes são dos mais estranhos: quando se entra em casa, deixam-se os sapatos à porta; nas casas não há mobília, e só esteiras sobre que a gente se senta... (in Cartas Íntimas, de Venceslau de Morais) Em 2010 comemoram-se os 150 anos do tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão. Será este o destino do Ciclo “Os portugueses ao encontro da sua História”, com partida em 27 de Novembro e regresso em 8 de Dezembro.
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NÚCLEO PORTO
Brevemente teremos o programa provisório disponível e caso seja do seu interesse receber mais informação sobre esta viagem, por favor remeta-nos o boletim de manifestação de interesse que encontra na página 11 ou envie mail para: hserra@cnc.pt . Pode também seguir o site www.cnc.pt onde publicaremos em primeira mão este programa.
Centro Nacional de Cultura Núcleo Porto Programação 2010 | 1º trimestre O Centro Nacional de Cultura estendeu a sua acção ao Porto em 2006. Os anos seguintes foram de consolidação das suas actividades, através dos “Passeios de Domingo”, do Ciclo de Conferências “Figuras da Cultura do Porto”, das “Festas na Baixa do Porto”, bem como dos Concertos de Natal com a Orquestra do Norte. Atendendo às expectativas criadas pelo sucesso das actividades realizadas, nomeadamente a 4ª edição da Festa da Baixa do Porto, e à nossa dimensão enquanto Núcleo, o 4º trimestre de 2009 revelou-se um período de reestruturação, pela concepção de novos projectos culturais, que pensamos serem eles, também, futuros momentos felizes na programação do CNC. O CNC Porto retoma assim, em 2010, as suas actividades. O Ciclo “Porto, Cidade do Cinema” articulado com os já habituais Ciclos de Conferências” e “Passeios de Domingo” são algumas das propostas. Prevemos igualmente a integração do Curso de Grafologia, pelo Dr. Alberto Vaz da Silva, na nossa agenda.Brevemente enviaremos o respectivo programa. O Centro Nacional de Cultura - Núcleo Porto divulgará as suas actividades no site www.cnc.pt e no portal www.e-cultura.pt.
Para mais informações: info.porto@cnc.pt
aqfaria@gmail.com ou 96 1371760 (Andreia Faria). Organização: CNC Porto Patrocínios: CMP | Mota Engil | EDP Gás | RAR | EFACEC Apoios: Universidade Católica da U.Porto | Orquestra do Norte
Ciclo Avós e Netos Paris à luz da Arte Programa Provisório Sábado - 27 de Março de 2010 Lisboa – Paris | City tour meio dia e introdução ao Francês Domingo – 28 de Março de 2010 Versailles – Les Trienons (Petit e Grand) | Jardins e Palácio e Torre Eiffel no fim do dia. Segunda-feira – 29 de Março de 2010 Dia inteiro - Museu do Louvre – colecção permanente e Exposição permanente e introdução à civilização Egípcia através da exposição temporária “Méroé, un empire sur le Nil”. Terça-feira – 30 de Março de 2010 Visita dia inteiro – EuroDisney (inclui transportes, não inclui almoço) Quarta-feira - 31 de Março de 2010 Museu Picasso e Centro Pompidou Quinta-feira - 1 de Abril Passeio ao Sacré Coeur e Montmartre. Visita a Notre Dame. Lanche / jantar | Passeio a pé e visita ao Museu d’Orsay Sexta-feira - 2 de Abril Manhã livre | Paris – Lisboa Inscrições abertas até ao dia 20 de Janeiro.
Para participar nesta viagem pode inscrever-se enviando pelo correio o boletim de manifestação de interesse que encontra na página 11 para o CNC, por telefone contactando Helena Serra, ou por e-mail para hserra@cnc.pt Preço para adulto em quarto duplo: 2 000 €. Preço criança em quarto duplo: 1 800 €. Preço criança menor de 12 anos acompanhada por 2 adultos: 1 300 €. Inclui hotel, todos os transportes, almoços, guias, todas as entradas seguro de viagem e lanche/jantar no dia 31 de Março. Pagamento em 3 prestações. Não inclui almoços de dia 30 de Março e dia 2 de Abril.
Cursos Livres
1º Trimestre 2010 [I] A Iconografia Bizantina – Curso teorico-prático de iniciação
O Curso propõe uma introdução à iconografia bizantina - perspectiva intercultural, artística e ecuménica-, um conhecimento da iconografia grega e russa - iniciação estética, teológica e técnica. O ícone bizantino é imagem do invisível, marcada pelo mistério da Incarnação de Cristo, um caminho de contemplação, de paz interior, de procura e encontro com o divino. Objectivos e conteúdos gerais do curso: 1) Introdução geral à Espiritualidade da Iconografia Bizantina 2) Meditar sobre o essencial da teologia em imagem, a espiritualidade e a estética do ícone bizantino 3) Iniciação à Iconografia grega e russa e perspectiva do diálogo intercultural e ecuménico. 4) Conhecer o essencial da técnica milenar dos ícones - “escrita” (desenho e pintura) e preparação das tábuas. Proporcionar aos interessados a possibilidade de começarem a iniciar-se na “escrita” de um ícone, respeitando a estética e espiritualidade de um modelo escolhido, com a liberdade de o interpretar de modo a que possa dizer algo aos homens, a nós próprios, nos dias de hoje. Coordenação: Helena Langrouva Horário: terças e quintas-feiras; das 17h30 às 19h30 Duração: 10 sessões
[II] A Geração de 70:
República antes da República Sendo inquestionável a importância da Geração de 70 na história da cultura e da literatura portuguesas, as comemorações do centenário da implantação do regime republicano dão o mote para uma nova
abordagem da acção política efectuada trinta anos antes de 1910. A proposta para este curso é o exame, através de documentos pictóricos e jornalísticos das três últimas décadas do século XIX, do contributo dado pelos jovens politicamente formados no Cenáculo para o desenvolvimento da Democracia em Portugal. Das Conferências do Casino às reacções ao Ultimatum, analisam-se os fervores e desencantos na busca de um ideal em textos de autores como Eça de Queirós, Jaime Batalha Reis, Antero de Quental, Guerra Junqueiro ou Ramalho Ortigão, paralelamente ilustrados por Rafael Bordalo Pinheiro na sua crua e isenta crítica de costumes. Coordenação: Irene Fialho Horário: segundas-feiras;
das 18h30 às 20h00 Duração: 8 sessões – início a 25 de Janeiro (não há sessão no dia 15 de Fevereiro)
[III] Iniciação à Grafologia A análise da escrita permite ao grafólogo detectar o temperamento e o carácter à nascença (o “dado” freudiano), as reacções afectivas provocadas pela relação da criança com os pais até aos nove anos (o “vivido”) e o percurso até ao presente (o “adquirido”). São, assim, a essência da pessoa e a sua biografia que se inscrevem num simples manuscrito assinado. As culpabilidades geradoras de complexos e angústias minam-nos a confiança em nós próprios, mas acreditarmos em nós é a base indispensável para a maturidade, o bom relacionamento humano e o pleno rendimento profissional. A análise pessoal com base no estudo da escrita permite, no espaço de algumas horas, que o grafólogo faça ver ao interessado o que a sua letra diz: o grafólogo não teoriza nem constrói: é mero intérprete. E quantas vezes, postos os pontos nos ii,
a pessoa se descobre bem diferente do que pensava, reluzente nas suas capacidades libertadas de complexos, ao verificar que o que julgava serem defeitos inultrapassáveis ou limitações vergonhosas não passavam afinal de recalcamentos ou de reacções de defesa. A grande originalidade da grafologia provém de a escrita, além de revelação do temperamento e do carácter, ser também uma projecção afectiva, uma linguagem simbólica do inconsciente que nela se exprime tão naturalmente como nos sonhos. É uma linguagem simples e directa, inacreditavelmente rigorosa e exacta, de fácil apreensão pelo interessado, que vê passarlhe à frente o filme da sua história pessoal. A partir da compreensão desta mensagem o escritor que se quer libertar de limitações poderá conscientemente tentar alterar alguns pormenores da sua escrita, sabendo o que esse esforço significa e qual a finalidade a atingir. É a grafoterapia, através da qual se conseguem progressos surpreendentes. Outro campo em que a grafologia é preciosa é a orientação profissional. Quantas depressões e neuroses poderiam evitar-se, fosse a pessoa levada a encarar a actividade que mais convém à sua energia, à sua emotividade, ao seu temperamento, em vez de estiolar em ocupações que jamais a motivarão. Também na selecção profissional do pessoal a admitir em empresas o concurso do grafólogo é hoje em certos países considerado imprescindível. Com o máximo rigor é possível aferir o grau de competência, honestidade, espírito de equipa, actividade e a adaptação do candidato ao lugar a prover. A grafologia, enriquecida com a caractereologia e com as descobertas sobre o inconsciente, completada com a morfopsicologia, será sem dúvida uma disciplina relevante na psicologia do século XXI. Coordenação: Alberto Vaz da Silva Horário: quintas-feiras; das 18h30 às 20h Duração: 14 sessões – início a 4 de Fevereiro
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Passeios de Domingo
1.º Trimestre 2010 [1] De volta a Oeiras Sábado, 16 de Janeiro Começamos na Quinta Real de Caxias cuja recuperação, levada a cabo pela Câmara de Oeiras, mereceu o Prémio Europeu atribuído à Recuperação de Jardins Históricos. Foi quinta de recreio da rainha D. Maria I e D. Luís usou-a como residência durante algumas semanas, antes de se estabelecer no Palácio da Ajuda. Nestes jardins, inspirados nos do Palácio de Versalhes, encontramos lagos, jogos de água e arbustos com formas geométricas, a evocar os faustos barrocos, mas de realçar é a cascata, decorada com estátuas em terracota da escola de Machado de Castro. Continuamos a visita para descobrirmos um novo pólo cultural do Concelho de Oeiras: o Palácio do Egipto. Situado no centro da vila de Oeiras, este palácio estava integrado numa quinta de recreio, propriedade bastante extensa que se estendia até Santo Amaro de Oeiras. Calcula-se que tenha sido construído em 1705, o que o tornava a casa nobre mais importante de Oeiras até à construção do palácio do Marquês de Pombal. Da antiga propriedade restam apenas algumas dependências e o palácio que ao longo dos séculos sofreu alterações e acrescentos que lhe imprimiram grandes modificações nas fachadas e em algumas salas no interior. A fachada principal mantém um pórtico nobre ornamentado com uma concha muito ao gosto da época Joanina. No Palácio Anjos podemos encontrar algumas das mais importantes obras da artista Lourdes Castro da década de 50 à década de 70. Lourdes de Castro foi uma das artistas que integrou o movimento artístico KWY, que surge em Paris na década de 60, altura em que
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aí estuda com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Depois do registo abstraccionista que marca as exposições colectivas do grupo KWY, e com base nos princípios do Novo Realismo, a artista abandona os suportes tradicionais da pintura, e apresenta-nos várias assemblages de bens de consumo e de uso quotidiano, como em “Carro e Caricas”, 1963. A Sombra, desperta, entretanto, o interesse da artista como mote de exploração, da relação memorial da representação da presença do objecto, com a luz, relação que a artista problematizará em diferentes processos experimentais e que condensará em toda a sua obra futura. A sua primeira exposição foi realizada no Centro Nacional de Cultura. Guia: Anísio Franco Horário: 9h30 Duração: dia inteiro Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; almoço
[2] Casa António Sérgio Sábado 23 de Janeiro O edifício onde viveu, durante largos anos, o ensaísta, pedagogo e pensador António Sérgio foi projectado em 1925 pelo arquitecto Raul Lino, consistindo numa residência unifamiliar, de planta quadrada, dividida em três pisos, correspondentes a dois andares e um sótão. A casa foi ampliada cerca de 10 anos depois, segundo um projecto do arquitecto António do Couto Martins, o que trouxe algumas alterações à estrutura, nomeadamente a construção de uma nova garagem, de uma segunda cozinha, e o fecho, com vidraças, da varanda do rés-do-chão e do alpendre do primeiro andar.
Depois da morte de António Sérgio, em 1969, o edifício foi herdado por familiares, ficando devoluto. Em 1984 aí foi instalada a Biblioteca do INSCOOP - Instituto António Sérgio Para o Sector Cooperativo, função actual, que vamos conhecer. Guia: Matilde Sousa Franco Horário: 10h Duração: manhã Limite: 30 pessoas Local de Encontro: Travessa do
Moinho de Vento, nº 4 (à Lapa)
[3] Uma tarde no museu: Museu-escola de artes decorativas Fundação Ricado Espírito Santo Sexta, 29 de Janeiro O Palácio Azurara, localizado no velho bairro de Alfama, no Largo das Portas do Sol em Lisboa, é uma construção de raiz seiscentista embora continue por apurar a autoria e data do seu plano original. Terá substituído ou integrado algumas construções que se sabe terem existido no mesmo local em 1573, encravadas na muralha da Cerca Moura, entre duas torres. Em 1947, ao comprar o velho Palácio Azurara para o restaurar como uma casa aristocrática do século XVIII decorando-o com peças da sua colecção particular, Ricardo do Espírito Santo Silva iniciou um projecto cultural singular a vários títulos. Em 1953, o banqueiro e coleccionador Ricardo do Espírito Santo Silva doou o Palácio Azurara e parte da sua colecção privada ao Estado Português. Foi o princípio da Fundação com o seu nome criada como Museu-Escola com a finalidade de proteger as Artes Decorativas Portuguesas e os ofícios com elas relacionadas. Guia: Adélia Caldas Horário: 15h Duração: tarde Limite: 30 pessoas Local de Encontro: FRESS
– Largo das Portas do Sol, nº 2
passeios de domingo Passeios de Domingo [4] MUDE – Museu do Design e da Moda - Colecção Francisco Capelo Sábado, 30 de Janeiro O MUDE não se fecha sobre o design de produto e moda. Equaciona o conceito de design nas suas várias expressões durante o século XX, entendendo a sua evolução como uma realidade inserida num contexto histórico e acompanha a contemporaneidade, mostrando as novas tendências e caminhos do design do séc. XXI. Pretende ser um espaço para o debate entre a criação experimental e a produção industrial, a discussão sobre a relação design/arte/artesanato ou a reflexão sobre os desafios urbanos, socioeconómicos, ambientais e tecnológicos da actualidade. Um lugar onde se sublinha a transversalidade da criação contemporânea, e para o qual se convidam as outras expressões artísticas e áreas do pensamento a dialogar com o design, que vamos conhecer pela mão da Directora. Guia: Bárbara Coutinho Horário: 10h Duração: manhã Limite: 35 pessoas Local de Encontro: Rua Augusta, nº 24
[5] Obras de referência dos Museus da Madeira – 500 anos de história de um arquipélago Domingo, 31 de Janeiro A Exposição de “Obras de referência dos Museus da Madeira”, constitui-se como reflexo dos principais ciclos da sua História, entre o século XV e inícios do século XX. Reúne um conjunto de peças emblemáticas das colecções de escultura, pintura, ourivesaria, mobiliário, cerâmica, fotografia, entre outras. Esta mostra
exemplifica os contactos com alguns dos mais importantes centros artísticos europeus e reflecte a importância estratégica do arquipélago no contexto da expansão portuguesa, depois europeia, ligada aos ciclos do Açúcar, do Vinho e do Turismo, como elementos fundadores do seu desenvolvimento. No Arquipélago da Madeira, experimentou-se pela primeira vez Portugal no Atlântico... Guia: Anísio Franco Horário: 11h Duração: manhã Limite: 30 pessoas Local de Encontro: Palácio da Ajuda
– Galeria de Pintura do Rei D. Luís
[6] Património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa - arquivo histórico Sábado, 6 de Fevereiro O Arquivo Histórico coordena e garante o funcionamento e a guarda dos arquivos histórico e intermédio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, constituído essencialmente por documentos produzidos e recebidos pela Instituição, assim como pela biblioteca de livro antigo. Compete-lhe reunir, organizar, descrever, conservar, divulgar e disponibilizar o acervo documental da SCML e da sua Biblioteca Histórica. Durante o grande terramoto ocorrido em 1755, e do incêndio que se lhe seguiu, a Misericórdia de Lisboa assistiu à destruição de grande parte do seu património e documentação. Por esta razão, conservam-se sobretudo documentos de meados do século XVIII até aos nossos dias. A documentação histórica, acondicionada em cerca de 3,5 km de prateleiras, é constituída maioritariamente por documentos em suporte de papel, mas também em pergaminho, fotografias e registos sonoros, que vamos conhecer acompanhados do Director.
Guia: Francisco d’Orey Manoel Horário: 10h Duração: manhã Limite: 30 pessoas Local de Encontro: Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa - Largo Trindade Coelho
[7] Azeitão e Palmela Domingo, 7 de Fevereiro A localidade de Azeitão durante os séculos XVII e XVIII começou a ser procurada para veraneio por novos habitantes abastados, em parte nobres com comparticipação mais ou menos directa na Restauração do País, em parte por uma alta burguesia que exercia importantes cargos no Reino e usufruía do benefício de Cavaleiros da Ordem de Cristo, os quais haviam adquirido terrenos ou quintas em abandono onde construíram de novo sumptuosos solares. A criadagem desses senhores foi também edificando as suas habitações e, assim, a pouco e pouco, por toda a parte, de Vila Fresca a Aldeia de Irmãos, construíram-se casas a que se ficou devendo o ar afidalgado destas povoações que marginam a estrada. São, como ainda actualmente se vê, «aldeias de carácter especial, ricas e embelezadas numa preocupação de urbanismo». É a este período que pertence uma grande parte do património arquitectónico ainda existente. O Concelho de Palmela foi habitado desde as épocas mais remotas, sendo os vestígios arqueológicos mais antigos, conhecidos na região, atribuídos ao período do Paleolítico médio. Palmela foi desde a sua génese um território propício à fixação humana, como documentam os sucessivos testemunhos arqueológicos desde a Pré-História Antiga até ao período Muçulmano. Em 1323, D. Dinis eleva Palmela à categoria de Vila. No ano de 1423, D. João I ordena a construção de um convento mestral
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Passeios de Domingo
para os “Freires de Santiago” e, em 1443, a Sede da Ordem Religiosa Militar de Santiago de Espada instala-se no Castelo de Palmela, até à extinção das Ordens Militares ocorrida em 1834. A permanência desta Ordem Religiosa Militar foi de primordial importância a vários níveis – político, militar e simbólico – dado que, os seus objectivos, para além da vertente religiosa, promoviam o fomento do povoamento, a defesa do território e a conquista de novos espaços territoriais. Guia: Adélia Caldas Horário: 9h Duração: dia inteiro Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; almoço.
[8] Santiago de Compostela Sábado, Domingo, Segunda e Terça (carnaval), 13, 14, 15 e 16 de Fevereiro A planta de Santiago de Compostela tem o traçado típico de uma cidade medieval muralhada; nascida por e para a Catedral, a cidade define-se a partir dela, seguindo um eixo norte-sul, o único permitido pelo terreno onde se implantou, e ao longo do qual partem as ruas da Cidade Velha. O Ano Jubilar Compostelano - também conhecido como Jubileu ou Ano Santo (Jacobeu) - é celebrado desde a Idade Média, por disposição papal, quando o dia do apóstolo Santiago Maior (25 de julho cujos restos mortais se encontram na catedral compostelana, coincide com um Domingo. O próximo é em 2010. Neste Passeio vamos não só percorrer os caminhos de São Tiago, através também de outros Santuários como o de São Frutuoso de Montélios, um dos raros exemplares da arquitectura religiosa pré-românica existente em
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Portugal, mas também conhecer os percursos de outras importantes personalidades importantes comos os escritores galegos Rosalía de Castro e Camilo José Cela. Guia: José Manuel Anes Horário: 6h30 Duração: quatro dias Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Átrio da Estação
de Santa Apolónia Transporte; 5 refeições; alojamento.
[9] O Museu visto pelo director: Centro de Arte Moderna Fundação Gulbenkian Sábado, 20 de Fevereiro O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian tem por missão divulgar e estudar a arte moderna e contemporânea, com especial incidência na arte portuguesa, através da apresentação permanente de obras da sua colecção e da organização de exposições temporárias e, simultaneamente, captar e fidelizar públicos desenvolvendo o seu interesse pela arte moderna e contemporânea, através de acções nas áreas da educação, divulgação e animação. Fundado em 1983, o CAM tem o nome do primeiro Presidente da Fundação, José de Azeredo Perdigão. A sua colecção de arte, que vem sendo constituída desde o final dos anos 50, reúne os artistas mais representativos de todo o século XX português até à actualidade, alguns artistas estrangeiros que com eles se relacionaram, sobretudo durante a primeira metade do século, um núcleo de arte britânica adquirida desde o final dos anos 50 e ainda um conjunto de obras de arte arménias. Todo este acervo nos vai ser dado a conhecer pela sua Directora.
Guia: Isabel Carlos Horário: 10h Duração: manhã Limite: 50 pessoas Local de Encontro: CAM/FCG
- Rua Nicolau Bettencourt
[10] Lisboa desconhecida – Estabelecimento Prisional de Lisboa e Colégio dos Jesuítas Sábado, 27 de Fevereiro Associando-se à campanha pelo restauro da Igreja de Santo António de Campolide lançada pelo pároco João Manuel Nogueira, o CNC vai revisitar este templo do final do séc. XIX, caracterizado por ameias que lhe dão um ar de fortaleza e pela quantidade de madeiras pintadas, no interior. Ao lado, encontra-se a actual Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, que funciona no edifício do Colégio de Campolide, fundado em 1858 pelo Padre Jesuíta Carlos Rademaker, protagonista do segundo regresso dos jesuítas a Portugal. Aí se destaca a escadaria, exemplar raro, constituída por uma estrutura em madeira que sustenta os vários lanços de degraus e é articulada com pilares em ferro. Colado ao antigo Colégio de Campolide, encontramos o conjunto de edifícios do Estabelecimento Prisional de Lisboa. Dentro da organização política liberal do Estado português são diversas as iniciativas que ocorrem até meados do século no sentido de reformar o sistema penal e prisional herdado do Antigo Regime. Inscrevem-se, todas elas, em reflexões, discussões e propostas que mobilizam as comunidades política e jurídica no sentido da adopção do sistema penitenciário, com a consequente reforma das cadeias existentes no país. Este movimento, que passava conjuntamente pela codificação penal, à luz de novos conceitos definidores da finalidade e dos tipos de penas e pela
passeios de domingo Passeios de Domingo definição das modalidades de execução da pena, aproveitou as experiências já ensaiadas em outros países da Europa e da América do Norte, trazendo para primeiro plano a necessidade de construir edifícios prisionais modernos, segundo os modelos de arquitectura prisional internacionalmente difundidos. Guia: Adélia Caldas Horário: 10h Duração: manhã Limite: 30 pessoas Local de Encontro: Rua Marquês
de Fronteira, nº 54
[11] Ciclo cientistas: Conde de Ficalho Domingo, 28 de Fevereiro Nasceu em em Serpa, em 1837, e faleceu em Lisboa, em 1903. Criador, gestor e grande entusiasta do Jardim Botânico da Escola Politécnica, nas décadas de 70 e 80 do século XIX, o 3º Conde de Ficalho, Francisco Manuel de Melo Breyner, estudou na Escola Politécnica onde foi aluno distinto. Foi Par do Reino e Mordomo da Casa Real como Gentil-homem da Câmara de D. Luís I e de D. Carlos. Privou com Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, e Oliveira Martins, tendo também feito parte do grupo Os Vencidos da Vida. Substituiu Andrade Corvo, aquando da sua morte, ficando como responsável da regência da cadeira de Botânica. O Jardim Botânico da Universidade de Lisboa recebeu dele a identidade original, sobretudo através da colaboração com o Jardineiro-Chefe Jules Daveau, que trabalhou na aquisição, plantação, organização e manutenção do espaço. Guia: Fernando Catarino Horário: 10h Duração: fim de semana Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Museu da Politéc-
nica – Rua da Escola Politécnica nº 60
[12] A Família Relvas Sábado, 6 de Março
[13] Museu do Oriente – o Oriente no feminino Domingo, 7 de Março
Carlos Relvas deixou-nos um extraordinário património de imagens que o consagram como um artista de excepção. Mas legou-nos também a Casa-Estúdio da Golegã, única no seu género a nível mundial, para sempre ligada à sua obra e ao seu projecto de vida. Relvas já tinha construído um primeiro atelier exclusivamente direccionado para a fotografia, apetrechado com um sistema de vidraça e cortinas que lhe permitia controlar a entrada de luz. Mas é em 1876 que inaugura o edifício que foi recentemente objecto de reabilitação e restauro, mantendo-se, na sua traça original, como um monumento ímpar de um período heróico da história da fotografia. Seguimos para o concelho de Alpiarça onde encontramos a “Vila dos Patudos”, da autoria do Arquitecto Raul Lino. Aqui residiu José Relvas, o homem que proclamou a República da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. A República a que se dedicou, no pensar e executar, com a convicção profunda de que tal mudança se impunha. Homem de Estado, Lavrador, Músico, José Relvas, dotado de uma profunda sensibilidade artística, abre as portas de sua casa a estadistas, artistas e escritores e acolhe uma colecção criteriosamente reunida de pintura, escultura, tapeçaria, etc. Guia: Anísio Franco Horário: 9h Duração: dia inteiro Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; almoço.
O Museu do Oriente está organizado em torno de duas grandes exposições permanentes: Presença Portuguesa na Ásia e Deuses da Ásia. O conceito gerador daquele primeiro grande módulo expositivo foi a construção de uma utopia oriental pelos Portugueses, desde o século XV até aos nossos dias, baseada no comércio, na missionação e no encontro de culturas. No núcleo Deuses da Ásia procuram tornar-se conhecidos certos aspectos da arte religiosa daquele continente, sobretudo ao nível popular, e introduzir a mitologia ainda viva que está subjacente aos objectos apresentados. Daí estarem representadas as grandes religiões do continente, o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o shintô. Uma vez que a palavra ocidental “deus” corresponde mais a conceitos asiáticos abstractos como Brama, na Índia, e Tao, na China, os seres sobrenaturais representados são muito mais manifestações do divino no mundo humano. Será nestas colecções que, a propósito do Dia Mundial da Mulher, vamos encontrar uma abordagem ao universo feminino. Guia: Museu Horário: 10h Duração: manhã Limite: 25 pessoas Local de Encontro: Museu do Oriente
[14] A arte de Charters de Almeida Charters de Almeida é uma das mais destacadas figuras da arte contemporânea portuguesa. Com obras a grande escala como as Cidades Imaginárias, instaladas na rotunda de Telheiras e na Ribeira das Naus, ocupa e redefine o espaço urbano. Do barro ao bronze, da pedra ao betão, as suas peças
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Passeios de Domingo
guardam sentidos a redescobrir: “Procuro dizer o mais que posso com o menos possível de elementos.” – Charters de Almeida Oportunidade para seguir a obra deste artista, neste Passeio vamos conhecer o seu atelier, em Alcainça, perto de Mafra, e algumas das mais importantes obras de arte pública da cidade de Lisboa. Guia: João Charters de Almeida Horário: 10h Duração: dia inteiro Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; almoço.
[15] Um dia no Oeste Domingo, 14 de Março
Desde Sobral de Monte Agraço até Alenquer, partimos à descoberta dos pequenos tesouros da zona Oeste. Começamos na magnífica Igreja de São Quintino, certamente o último de fundação manuelina. Muito curiosa a porta principal, híbrida de elementos manuelinos e renascentistas, e datada, numa cartela, na pilastra do lado direito, de 1530. S. Quintino é um documento da fase final da arquitectura manuelina e um autêntico museu do azulejo, em que figuram padrões únicos. Em Arruda dos Vinhos a toponímia das ruas, dos terreiros e dos recantos, sugere-nos a existência de antigos paços reais e de um castelo mouro, desaparecido ou oculto por alguma espécie de encantamento, que ainda não foi possível desvendar. Antes de chegar a Alenquer não podemos deixar de visitar a Basílica de Santa Quitéria de Meca. Situada num local sobranceiro ao Monte de Santa Quitéria, a Igreja,
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fundada nos finais do século XVIII, sob o patrocínio de D. Maria I, no local de uma antiga ermida onde se guardava a imagem da santa. É uma das igrejas mais ricas de Portugal, apresentando algumas semelhanças com a basílica da Estrela e com o Convento de Mafra. No adro da Igreja encontra-se um altar circular de pedra sobre o qual era tradição benzer o gado, durante a romaria anual, em honra de Santa Quitéria. Conquistada aos mouros por D. Afonso I em 1148, Alenquer dispõe de um rico património histórico do qual se salienta o convento medieval franciscano, a Igreja de S. Pedro, fundada no século XIII, o castelo e a Igreja da Misericórdia. Guia: Adélia Caldas Horário: 8h30 Duração: dia inteiro Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; almoço.
[16] De volta ao Alentejo - Portel/Vidigueira/Beja/Serpa
Sábado e Domingo, 20 e 21 de Março
Historicamente, o concelho de Portel tem origem em meados do século XIII, quando, a partir de 1257, D. João Peres de Aboim, que viria também a ser conhecido por D. João de Portel, entra na posse de uma extensa área, destacada do concelho de Évora. Este vasto território passou então a formar o termo do concelho de Portel, vila a que é outorgado foral em 1262, onde se destaca o Castelo. A riqueza da paisagem natural, do património histórico e cultural, são os principais motivos de visita. De seguida vamos conhecer um dos marcos históricos mais importantes da
região, as ruínas de S. Cucufate. Antiga villa romana que revela vestígios de uma primeira ocupação no Neolítico final, sofreu transformações diversas ao longo dos séculos. Na época medieval, a ocupação religiosa transformou a villa romana num convento, em honra de S. Cucufate, o santo padroeiro que lhe deu o nome. No Domingo será a vez de Beja e Serpa. A cidade de Pax Julia terá sido fundada ou por Júlio César ou por Augusto. Foi capital do conventus Pacensis e administrou juridicamente uma das regiões que constituíam a província da Lusitânia (as outras duas capitais eram Santarém e Mérida). Sem dúvida estamos na presença de uma cidade elementar no funcionamento da grande máquina administrativa que foi a regionalização romana. Com a fundação do Ducado de Beja projectase uma nova fase. Os primeiros Duques de Beja, Infantes de Portugal, vêm residir para a cidade alentejana, onde fundam o Convento de Nossa Senhora da Conceição. Junto a este edifício surge o Palácio dos Duques de Beja (Palácio dos Infantes), que terá sido um bom exemplo da arquitectura mudéjar. Como reflexo deste novo impulso, à sua volta iriam surgir novos conventos e palácios que marcariam a diferença entre a Beja velha e destruída e um novo espaço que surgia. Serpa, terra fronteiriça de conflitos frequentes, era, às vésperas da “Reconquista”, um povoado fortificado importante, dominando férteis terras de cultivo. A velha muralha, implantada no cume de uma pequena elevação, delimitava uma área com cerca de 21000 m2. Nos finais do século XIII, D. Dinis, num esforço de reorganização cristã do Alentejo, refunda a vila muçulmana e manda construir de raiz o alcácer e uma imponente Cerca urbana com 65000 m2.
Passeios de Domingo
Guia: Anísio Franco Horário: 8h Duração: fim de semana Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; alojamento; três refeições.
[17] Ciclo Praças Urbanas: Abrantes e Tomar Sábado, 27 de Março
A praça, na cultura ocidental, tem sido, antes de mais, local privilegiado de encontro. Nela se instalou o mercado de levante, se organizaram procissões, manifestações cívicas, políticas e culturais. Nas frentes que determinam as praças instalaram-se os edifícios de representação, quer cívica quer privada: a catedral, o palácio municipal, os edifícios do governo, as mansões e palácios das grandes famílias. Continuamos este ciclo nas Praças de Abrantes e Tomar. Abrantes surpreende pela sua beleza, riqueza e conservação patrimonial do seu Centro Histórico, onde pontuam praças ruas e lugares com História: a Praça Raimundo Soares a Praça Barão da Batalha ou o Jardim actor Taborda são alguns dos exemplos que merecem uma visita. No quadriculado da cidade de Tomar, fundada pelos monges-cavaleiros, a arte manuelina e renascentista está presente
Inscrevo-me no:
Ciclo “Avós e netos” Março | Abril 2010
nas igrejas e nos Conventos. O plano da cidade medieval organiza-se em cruz com os 4 braços apontando os 4 pontos cardeais marcados pelos 4 conventos da cidade. O centro, onde se situam a Câmara Municipal e a Igreja Matriz, é a Praça da República, a partir da qual irradiam os principais edifícios públicos e religiosos. Guia: Duarte Nuno Simões Horário: 9h Duração: dia inteiro Limite: 45 pessoas Local de Encontro: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) Transporte; almoço.
Agradecemos o apoio da
Manifesto o meu interesse em receber informações sobre:
Ciclo“Os portugueses ao encontro da sua História 2010” Novembro | Dezembro 2010
Nome: ____________________________________________________________________________________________________ N.º sócio: __________________ Email: _______________________________________ Telefone ________________________ Para Ciclo “ Avós e netos”
N.º de Adultos __________ N.º de Crianças __________ Idade das crianças _________________________________ CNC Lisboa | Rua António Maria Cardoso, 68 – 1249-101 Lisboa | Tel. +351 213 466 722 | Fax +351 213 428 250 | hserra@cnc.pt | www.cnc.pt
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passeios de domingo Passeios de Domingo 1.º Trimestre 2010
Regras para Marcação de Passeios As reservas podem ser feitas pelo telefone 213 466 722 das 11.00h às 13.00h e das 14.30h às 17.00h, ou pessoalmente das 17.00h às 19.00h, nos dias 7 e 8 de Janeiro de 2010. Cada sócio poderá reservar até um máximo de 3 passeios. A partir de 11 de Janeiro, os sócios poderão inscrever-se por telefone durante a semana anterior a cada passeio, no caso de haver vagas (os passeios de fim de semana têm que ser pagos com a antecedência mínima de uma semana, sob pena de a inscrição não ser considerada). Os passeios são atribuídos por ordem de inscrição e os pagamentos deverão ser feitos nos dias 11 e 12 de Janeiro. Admitem-se sócios sem inscrição prévia no próprio dia
do passeio, mas ficarão sujeitos à existência de vagas, sendo neste caso o pagamento da senha feito no local do passeio, por cheque nominal traçado. Os pagamentos dos passeios poderão fazer-se no CNC ou pelo correio, sempre por cheque nominal traçado. Se em vez de vir pessoalmente levantar as senhas para os Passeios e para os Cursos, preferir que elas sejam enviadas pelo correio, bastará que nos envie incluída no cheque com o pagamento a quantia de 0,75 1 para despesas postais. A inscrição nos Passeios só é efectiva após o pagamento.
Tabela de Preços – Passeios e Cursos PASSEIOS DE DOMINGO PASSEIO
DATA
SÓCIO
JOVEM SÓCIO
[1]
De volta a Oeiras
16 Janeiro
60 1
48 1
[2]
INSCOOP - Casa António Sérgio
23 Janeiro
6,50 1
6,50 1
[3]
Uma tarde no Museu - FRESS
29 Janeiro
10 1
10 1
[4]
MUDE - Museu do Design e da Moda
30 Janeiro
65 1
56 1
[5]
Obras de Referência Museus da Madeira
31 Janeiro
6,50 1
6,50 1
[6]
Cooperação SCML - Arquivo Histórico
6 Fevereiro
-
-
[7]
Azeitão e Palmela
7 Fevereiro
75 1
60 1
[8]
Santiago de Compostela
13, 14, 15 e 16 Fevereiro
1092 1
-
[9]
CAM - Fundação Gulbenkian
20 Fevereiro
6,50 1
6,50 1
[10]
Lisboa Desconhecida: EPL / Univ. Nova
27 Fevereiro
6,50 1
6,50 1
[11]
Ciclo Cientistas
28 Fevereiro
9,50 1
9,50 1
[12]
Família Relvas
6 Março
85 1
68 1
7 Março
91
91
[13] Museu do Oriente [14]
Charters de Almeida
13 Março
60 1
48 1
[15]
Um dia no Oeste
14 Março
851
681
[16]
De volta ao Alentejo
20 e 21 Março
375 1
300 1
27 Março
75 1
60 1
Nº DE SESSÕES
ADULTO
JOVEM OU › 65 ANOS
10
250 1
200 1
8
60 1
48 1
14
280 1
224 1
[17] Praças Urbanas CURSOS LIVRES
CURSO
[I]
Iconografia
[II]
Uma Republica para a “Geração de 70”
[IIi]
Iniciação à Grafologia
12
13
SERVIÇOS Serviços 1. Café No Chiado do almoço à ceia, no interior ou na esplanada, um café literário de segunda a sábado das 10h às 2h
2. Galeria Fernando Pessoa
Descobertas
n.º1, Ano III - Nova série DEPÓSITO LEGAL N.º:
125 483
para almoços de negócios, para apresentação de produtos, para jantares de anos, ou para lançamentos de livros, com ou sem “surpresa musical”, com ou sem catering.
N.º REGISTO ERC:
3. Ciber-Chiado
DESIGN:
uma ligação ao mundo num ambiente de requinte português
IMPRESSÃO: Textype, Estrada de Benfica, 212A, 1500-094 Lisboa
de segunda a sexta das 10h30 às 19h00
4. Residência de artistas “apartamentos de charme” no Chiado (mínimo 1 semana máximo 2 meses)
5. Loja Atelier 55 mesmo ao lado do CNC um espaço de acolhimento para turistas, onde pode encontrar as nossas edições e peças únicas, artesanato e mobiliário português
6. Festas-Surpresa um maneira leve de animar festas, com qualidade, com ou sem catering
7. GRAF - Consultas Grafológicas análises para empresas, para admissão de pessoal análises individuais para orientação
Propriedade / Administração / Redacção: Director:
CNC
Guilherme d’Oliveira Martins
Atelier B2
Tiragem deste n.º: Periodicidade:
3.500 exemplares
3x/ano (Janeiro, Abril e Outubro)
Distribuição Gratuita
CNC Lisboa Rua António Maria Cardoso, n.º 68 | 1249-101 Lisboa Tel: +351 213 466 722 | Fax: +351 213 428 250 E-mail: info@cnc.pt Horário de atendimento ao público: 2.ªs a 6.ªs feiras das 10h00 às 19h00 CNC Porto Palacete Viscondes de Balsemão Pça. de Carlos Alberto, n.º 71 | 4050-157 Porto Telemóvel: +351 961 371 760 E-mail: info.porto@cnc.pt | aqfaria@gmail.com Horário de atendimento ao público: 2.ªs e 4.ªs feiras das 9h30 às 13h00
8. Gabinete de Tradução de e para várias línguas, rápido e com qualidade
9. Lisbon Walks passeios a pé, para portugueses e estrangeiros, guiados em várias línguas
Homepage:
www.cnc.pt www.e-cultura.pt
Portal e-cultura:
10. Gincanas para Crianças para escolas e aos Sábados mediante inscrição
O CNC gostaria de entrar em contacto consigo mais vezes. Envie-nos do seu e-mail uma mensagem para lmendes@cnc.pt com o seu nome e número de sócio para que registemos o seu endereço electrónico, ou devolva-nos este boletim por correio ou fax:
14
Nome: N.º sócio: Endereço electrónico: Rua António Maria Cardoso, 68 – 1249-101 Lisboa - Fax 213 428 250