2020
Apresentação Nos últimos meses a equipe da Cepac teve de rever todas as suas práticas. Em isolamento físico, mas não social, buscou outras ferramentas a fim de propiciar a convivência, seja presencial, ou à distância. Esperançar - a esperança com ação - já é uma prática diária na Cepac, neste momento complexo para o mundo, fomentar a arte é uma ousadia. Ousadia de ser e acreditar que é possível intervir em diferentes contextos. Este livro é resultado de um trabalho coletivo, de articulação em rede, envolvendo crianças e adolescentes. Desejo que cada sentimento - contido nas palavras e desenhos aqui escolhidos - possa tocá-la (lo) e movimentá-la (lo) a ter esperança como nós, que seja impulso para agitação, para criação de novos coletivos de facilitadores, para construção de novas redes com potência, onde os talentos de grupos minoritários sejam valorizados. Estamos na 4ª edição do Sarau Empoderando Ideias, neste ano com o tema, “arte e poesia na pandemia”, e na 3ª edição de um livro que eterniza o evento. Não é possível negar todas as mudanças ocasionadas pela pandemia, mas se manter ativo, rever as práticas, ainda é o nosso desafio, com diálogo e parcerias, de perto ou de longe. Descobrimos que é possível! Estamos juntos nesta jornada de inquietação, desde 2017, com a Fatec de Barueri; CRAS (Centro de Referência de Assistência Social); CREAS (Centro Especializado de Referência de Assistência Social); com o apoio do Fundo Social de Solidariedade.
Valéria Dias - Coordenadora de Projetos
Sumário 3 6
2020 RELEMBRA EM ‘’ARTE E POESIA” COMO SERIA A VIDA SE NÃO PUDÉSSEMOS ACREDITAR?
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O QUÊ TE PRENDE?
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PANDEMIA
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PASSADO
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PRECE
7 CONFINAMENTO
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QUARENTENA
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DESPERTA
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SENNIN
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INFECTANTE
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SÓ QUERIA NÃO QUERER
NOVOS TEMPOS
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SOPA DE LETRINHAS
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O AMOR TEM SUA DOR
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TEMPOS ESTRANHOS
Não é surpresa que 2020 foi um ano cheio de Peculiaridades E esse vai ser o tema Até antes da pandemia o ano não foi nada normal pra falar a verdade Então fiquem com:
2020 Relembra em "Arte e Poesia" Esse ano causou uma reviravolta em nossas vidas Mortes desenfreadas, Isolamento social e Depressões inacabadas Teve possível 3° guerra mundial no segundo dia do ano, Além de nuvem de gafanhotos Teve queimada na Austrália na qual custou a vida de mais de 1 bilhão de animais É... Esse ano nos deixou vários caroços Veio também com a pandemia o crescimento do desemprego No qual de muitas famílias Tiraram o sossego Tirando todo seu aconchego Aumentaram os que não tem o que comer Mais e mais pessoas indo morar na rua Sem tetos pra dormir Embaixo de calor, frio e chuva Em meio disso tudo, também surgiram romances, Pois sempre na frente está o amor Já diria Racionais
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“Porque até no lixão nasce flor” Tivemos a oportunidade de conhecer novas pessoas Novos amores, novos amigos Uns furaram a quarentena pra se ver (No qual eu não incentivo) Mas não deixa de ser lindo Porque o amor é isso Move o mundo Capaz de atingir o fundo Do nosso coração E até na crise mais feia, amor nos enriquece Na época mais sombria, o amor existe No lugar mais distante, o amor nos encontra E com certeza no vírus mais perigoso, no amor está a cura.
Gustavo Rocha - SCFV Profissionalizante
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Como seria a vida se não pudéssemos acreditar? Nas coisas belas da vida, no amor que ela nos dá Na vontade de cantar e poder tocar um "Dó, Ré, Mi e Fá" Na fé que Deus pode nos dar, para que cada vez mais, possas caminhar? Como seria a vida se não pudéssemos acreditar? No garoto que olhou em seus olhos e você tem a certeza de que não mais o verá... Na bagunça do quarto, onde você nem sabe mais onde está Na luz do fim do túnel, mas como acreditar? se pode ser um trem querendo me levar, p aonde eu não possa mais sonhar?!.
Giovana Gildete - SCFV Semeando o Futuro
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CONFINAMENTO Um desespero Um medo sem tamanho Dessa realidade doente Pandemicamente e politicamente Alienadas A população Sofrendo cada dia Pela desigualdade (Capeta)lismo nosso de cada dia... Ele mata todo dia Aqueles que precisam trabalhar Enfrentar o vírus pra poder alimentar a família Ter sua casa Água e luz pra sobreviver A desigualdade existe É dolorosa pra quem sente na pele
Meritocracia pra quem?! Isso é conto de fadas Em um país que morrem pela cor da pele, Que quem rouba mais usa terno e gravata, Quem possui e fornece drogas usa farda! Eu realmente tô cansada... Isolamento pra quem?! Vale uma reflexão aí
GeovanNa Oliveira - Cepac Barueri
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DESPERTA Tão Seu Não Mas
natural como o ar jeito sútil é de acabar mata como uma bala seu fim também abala
Alegria de viver É condicionada pelo conviver Só convivo se for igual a mim Negação com a miscigenação Isto não tem fim Ela cresceu assim Inferiorizada, calada, em uma angústia sem fim Seu lugar de fala roubaram Sua auto-estima e beleza estigmatizarão Isto ninguém vê É melhor se fazer de cego Para não incomodar quem não lhe quer ver Os tempos estão mudando A conscientização vem chegando Rumo ao empoderamento e representatividade Vamos juntos espalhar a reciprocidade Eu sei que nada pagará A dívida que aberta sempre estará Mas a luta não pode parar Racismo Estrutural isto tem que acabar
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Preconceito, feminicídio, racismo Esta herança alcança A pessoa negra desde criança Mas não se desespere E sim se empodere Sua raça pode muito Força, superação e renovação Isto transforma o mundo
Tainá Oratorio - Educadora Social
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INFECTANTE Eu, que por mim, andei só Eu, que sempre estive só Como caí nessa? Por que me infectou? É como um remédio na veia Como um café quente no frio Fui tomada por um rio Não enxergo, não respiro, não sorrio Eu só queria me livrar É da reabilitação? Alguém? Eu sinto arder na carne Me queira antes que eu apague Eu não preciso de isolamento Preciso ser limpa por dentro O que deu em mim? Não me escuto Por que diabos é tão vazio ter tudo? Eu nos odeio Príncipe encaminhado arrogante Eu nos tenho amor Você é infectante.
Heloisa Lacerda - Aprendiz
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NOVOS TEMPOS Nos tempos de hoje em dia em plena pandemia Nossas rotinas foram reinventadas Agora, temos de permanecer em casa. Tudo é perigoso, o medo predomina O receio de ser contaminado Pelo tal vírus, onde não há vacina Eis a cura a cloroquina? Em casa, constantemente Sem calor humano, Com saudade de quem amamos E nostalgia dos pequenos detalhes De nosso cotidiano. Nova era, novos costumes Todo cuidado é primordial, Onde máscara e álcool em gel Se transformaram no novo normal. Em casa, quarentenados O psicológico de muitos, se torna exausto, Todos estão cansados, desesperados Quando isso vai acabar? Quantos mais esse vírus vai matar? Quantos vão se preocupar, Para uma solução, de fato, achar.
Jamilly Lessa - SCFV Semeando o Futuro
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O AMOR TEM SUA DOR Eu só queria te abraçar Te beijar Te amar Tirar umas fotos pra zuar Assistir o amanhecer na beira do mar Mas as vezes me vejo triste Em tentar reviver um amor que não mais existe É uma dor, e não consigo aguentar Olho pro futuro e ela não está mais lá Eu fico destruído E o coração aperta Pois toda relação nunca termina certa
Eduardo Henrique - SCFV Semeando o Futuro
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O QUÊ TE PRENDE? Se tu quer voar O quê te prende? Pensa que é a gravidade?! O sistema nega tua vontade Suas asas eles querem cortar Se o aluno não quer aprender Ainda cabe ao professor ensinar Enquanto o professor estiver lá Quando não, a vida ainda vai estar Ai tu vai ter que se virar Dédalo,sábio, de simples materiais fez as asas, as quais ajudaram Ícaro a voar Más junto a elas, também o passou as condições para que não deixassem de funcionar Aconselhou-le, que não voasse muito rente ao mar, para que as engrenagens não viessem a enferrujar E também, que não voasse muito alto, pois o calor do Sol poderia derretera a cera que a prendia
Se algo assim acontecesse, as asas se danificariam e ele cairia Más o quê te prende? No caso de Ícaro, não foram asas E sim, a sabedoria Sabedoria, conhecimento será a aerodinâmica que mantém suas asas fortes contra o vento
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Se atente a não ter seus objetivos no raso A maré calma irá te confortar, e ficará preguiçoso ao pensar, e aos poucos, suas engrenagens irão se enferrujar Sem sobrecarregar seus objetivos Elevando-os demais, se frustrará no caso de não concretiza-los, irá derreter a cera que está há te sustentar Um sábio disse "Conhecimento é poder" Lembre-se, seu conhecimento é algo que ninguém tirará de você Más, não cabe a vida ensinar quem não se dispõe a aprender "Quem vive de passado é museu", não... Quem conhece o passado, é alguém que trará para um presente um futuro melhor Se conhecer o que no mesmo já ocorreu Então, se tiver oportunidade, visite um museu Muna-se, de informação Ouça, com atenção Questione, se ouvir um não Más saiba o que falar, para não perder a razão Veja, além do que pode enxergar Sua mente te fará alcançar além de onde seu braço pode chegar Seu conhecimento é a chave para a porta onde suas asas estão trancadas... Então... O quê te prende?
Henrique Duarte - Aprendiz
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PANDEMIA Pandemia! Pandemônio! Medo medonho! Medo medonho! Pinoia de medo, paranonia! Que época! Epocalipse! O Apocalipse pegou carona Com o corona! Na quarentena de antena Ligada na consciência da ciência Em que a medicina vaticina: Quarentena é a vacina! A quarentena diz que o direito de ir e vir Pode virar o direito de ir e vir Direto para o vírus! E a quarentena dos excluídos Pela sociedade e pelo estado Como espúrios e escórias da história? Assim falou uma comunidade precária: - Quarentena é coisa de babaca! Além da vacina o que vaticina A consciência da ciência para O futuro fruto destas circunstâncias?
Giovana Lima - SCFV Profissionalizante
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PASSADO Os meus problemas Lições Os meus versos E canções As minhas preocupações Todos meus erros e minhas escolhas Filtrando as minhas ações Perdido em corações Agora deixo isso tudo Por escrito nessa folha Mas... Não há espaço para novas escritas E não há mais folhas nesse caderno O futuro hoje sou eu que escrevo Vivendo calmo, e frio como no inverno. Se no passado eu já sofri Aprendo a viver aqui Sabendo que essa vida não me satisfaz Mas hoje eu aprendi Que foi bem melhor pra mim E é um passado que já não me serve mais.
Geovana Oliveira e Keven Alex
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PRECE Tupã.. Meu senhor, venho falar-te o que desejo para amanhã Terras lindas e belas, o senhor já nos entregaste Perdoe nosso mal uso de vossas terras Aos olhos de teu filho, Guaraci Guardião dos dias, peço-lhes Nos proteja do Anhangá Amamos os mares e rios Rio de alegria ao ver a lua e sentir a presença de Jaci Tupã meu senhor Sabemos que tens sentido dor Por ver nossa falta de amor Para com a mãe natureza Tudo que somos e temos deriva de sua divina bondade aos nos entregar indescritível beleza Essa Com Essa Com Essa Com
natureza que nos encanta o canto de lindos pássaros natureza que nos causa temor sua infinidade desconhecida natureza que nos conforta sombras abaixo de suas grandes árvores
Caça e cultivo Nos mantém ativos Mas tudo é questão de cuidado Venho através dessa prece pedir que toque os corações dos meus iguais Eles se perderam e já não sabem mais O que querem, esqueceram da busca pela paz Apenas tacam fogo onde não deviam
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Nos deixaram com poucas terras Eles nos tomaram e deixaram-nos sem direito algum Tupã, não deixe que Akuanduba derrame sua ira sobre eles Apenas peça, para Akuanduba tocar sua flauta e conscientizar todos aqueles que andam sobre duas pernas e empunham arco e flecha
Kevin MNZ - Aprendiz
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QUARENTENA Não é seguro sair do ninho. Porque lá fora tem um bichinho Ele pode te deixar doente E se te pegar não ficarás contente. O nome dele é coronavírus Um bichinho bem persistente Que quer pegar muita gente Por isso, lave suas mãos, com água e sabão. Não saia de casa não Seu lar é a melhor opção. Quando tudo isso acabar Vou poder te encontrar Dois abraços te darei E assim eu ficarei Até a saudade passar.
Giovana Lima - SCFV Profissionalizante
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SENNIN Ativando o modo sennin Forças da natureza correndo em mim Um só com o mundo Já aleguei: sinto as dores do mundo Esse mundo, esses seres imundos Poetas marginais letrados Ensinando seres com doutorado Cultura, poder e cuidado Flores e dores Animais com ideias Pétalas exalando amores Seres sofrendo feridas letais Carbono por oxigênio, troca de horrores Em extinção são tantos, já não sei quais Mais, mais, mais
Queremos mais Só que o bem pra outras espécies aqui não se faz
Cresci com um vasto quintal Corria pelo mato, uau Diversão era fazer porta do guarda-roupa de prancha, descendo o barranco, legal Correndo sem nem ver onde pisava Fazendo o trabalho em equipe, toda a molecada tinha cana pra degustar no final
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Hoje vendo meus sucessores Pela diversão no mato, não possuem vontade Antepassados, hoje senhores Me contam suas histórias, de brincadeira, cuidado e a cumplicidade Com a mãe natureza Sennins verdadeiros estão acabando A floresta esses homens estão matando Desmatamento rolando já faz tantos anos O mato qual eu andava quando menino Hoje já não é mais cuidado Tão pouco visitado Foi deixado de lado Saímos da natureza e o destino é a ela voltarmos Mãe... Natureza Me acompanhe, livrai me dá avareza Me mostre o caminho para alcançar a sua beleza
Kevin MNZ - Aprendiz
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SÓ QUERIA NÃO QUERER Se eu soubesse que seria a última vez, Que você não estaria aqui comigo, Que a distância nos cercaria, Que a saudade é tão cruel e assassina, Que eu não mais te tocaria... Certamente agora aqui não estaria Se você soubesse quanto o choro, Se soubesse como em ti penso, Se soubesse ao menos como tudo é triste... Se soubesse... o que você faria? Talvez também aqui não estaria Talvez aqui se torne o seu lugar Sabemos o quanto nos amamos Mas nunca sabemos o que virá. Sabemos o quanto olhamo-nos Mas não sabemos até quando Haverá brilho em nosso olhar Ou até quando sua imagem em mim ficará. Sabemos como nosso toque nos confortava Mas nunca imaginávamos tocar o nada, Nunca imaginávamos falar aos ventos, Nunca imaginávamos que estaríamos aqui... Mas aqui estamos, E por certo daqui não sairemos.
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Porque nunca ficamos... Mas também nunca houve uma última vez, Nunca houve um último toque, Nunca houve um último abraço, Nunca houve um último... nunca houve Porque não sabíamos... e aqui estamos. E se nada houve... então por que estamos aqui? Até aqui sei que estamos juntos Mas como nos juntamos? Nossa alma e coração são um só Estamos unidos num mesmo ser Mas no final de tudo o que não houve... Eu só queria não querer...
Sarah Pereira Soares - SCFV Profissionalizante
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Sopa de Letrinhas Isolamento Longe do Mundo Perto de mim Deliro e navego Chego No destino encontro, um tesouro Um baú Dentro A raiva, a paciência O medo, a coragem A inocência, a aprendizagem A solidão, a solitude Misturo tudo e Acrescento uma pitada De desespero pandêmico e Duas pitadas de amor Aqueço com convivência E afeto Espero o tempo o de mutação De transformação Essa agora sou eu Ingredientes novos Pós pandemia Transformada, melhor Orgulho de mim.
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Angela Ribeiro - Psicóloga
ReferĂŞncia bibliogrĂĄfica usada no material: Poeminho do contra - Mario Quintana
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Tempos Estranhos Pudemos perceber o outro E finalmente entender que não éramos sós, Que há muito tempo para nós, Um tempo para ver que estavam nos sugando Com mil e uma coisas e coisa nenhuma para fazer Vimos como o contato é importante, Como o virtual deixou de ser fascinante, Como o olhar sincero, o sorriso largo E o abraço apertado fazem falta Vimos também a diferença que faz Um pequeno e simples gesto. Mas lembremos que nos confinamos Para proteger também aqueles Que não conhecemos e não amamos. Sim, uma guerra foi travada E esta traz consigo a solidão. Mas nos traz também a criatividade, Uma nova produtividade E o autoconhecimento em suas mãos. É preciso se reinventar, Pois estamos aos cacos... É necessário admitir Que há os que não podem Se confinar, E que estão lá fora Tendo somente o frio e a fome Para lhes abrigar... Tendo apenas a sorte Para lhes guardar. Os que estão à beira da estrada
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Procurando algum lugar Para do vírus escapar. Enquanto houver guerra Haverá soldados, E pela honra serão marcados... Mesmo assim serão mal remunerados. Mas o dinheiro não lhes importa Lutam pelas vidas como prometeram! O nacionalismo que os cerca
É a empatia brasileira. Pedem para que nos confinemos E em nossos lares fiquemos. Àqueles que abastecem os estabelecimentos, Àqueles que não podem fugir da luta, Àqueles que entenderam o recado, Meus sinceros agradecimentos, Àqueles que perderam suas famílias... Meus sinceros lamentos. E que possamos entender Que nem toda riqueza e poder salvarão vidas... E que o egoísmo e a ignorância São os únicos vírus que ainda temos que combater, E que se não agirmos eles podem vencer. Por trás de todo esse caos Os poetas nos afirmam: “Há um pouco de esperança!” Uma semente foi plantada E precisa urgentemente ser irrigada, Para que mais dela sejam colhidas. Recitando as dores Para cultivar as alegrias! E se esse poema te fizer sentido Com certeza já terá valido.
Sarah Pereira Soares - SCFV Profissionalizante
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Realização: Cepac Barueri Organização: Fatec Barueri Ilustração: CRAS Imperial Texto da Ilustração: Amanda Santos Oliveira, Juliana Sol Posto Viana e Pamela Gabrielle Oliveira de Lima. Arte da ilustração: Amanda Santos Oliveira Poemas: Angela Reis Eduardo Henrique Lima da Silva Geovanna Oliveira Giovana Gildete Giovana Lima Gustavo Rocha Heloisa Lacerda Henrique Duarte Jamily Lessa Keven Alex Kevin MnZ Sarah Pereira Soares Tainá Oratorio
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REALIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO