1º 2º cuaderno de viaje cesuga arq viaje de estudios porto - mayo 2017

Page 1

PORTO

2017

CUADERNO DE VIAJE CESUGA - USJ, 1º y 2º ARQUITECTURA JAVIER CARIDE – TOMÁS VALENTE


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

“Ve el mundo. Es más fantástico que cualquier sueño”² “ningún arquitecto completará sus estudios, ni adquirirá una idea global de la profesión más que viajando, viviendo fuera y viendo lo que otros han hecho”³

1. Viaje de Oriente. Le Corbusier 2. Ray Bradbury 3. T. Anasagasti, Enseñanza de la Arquitectura, Madrid, Instituto Juan de Herrera, 1995

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

PROGRAMA DE VIAJE

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA 16:15

Metro: Trindade – Matosinhos (45 min)

17:00

Salida a pie hasta Quinta da Conceição. Távora – Siza (20 min)ó bus

17:20

Visita Quinta da Conceição. Távora – Siza

18:30

Salida a pie hasta Piscinas Álvaro Siza (25 min) ó bus

19:00

Visita

19:30

Salida a pie hasta Restaurante Casa de Chá da Boa Nova (15 min) ó bus. Álvaro Siza

20:30

Salida a pie hasta boca de metro en Mercado Municipal de Matosinhos ( 35 min)ó bus

21:10

Salida metro Mercado Municipal de Matosinhos – Hotel (28 min) + 12 min a pie

Día 3

05:38

09:18

10:30

Tren A Coruña San Cristobal – Vigo Guixar Tren Vigo Guixar – Porto Campanha Llegada a Porto (a partir de aquí hora portuguesa -1h).

Llegada Estación Porto-Campanha Metro: Campanha-Carolina Michaelis (7 min) A pie: Carolina Michaelis – Eurostars Das Artes Hotel (12 min) Check-in y/o maletas en consigna. Salida Hotel en dirección Praça de Gomes Teixeira (Livraria Lello) - Praça da Liberdade – Estaçao de São Bento – Av. Don Afonso Henriques Porto 30 Artists Workshop ( Virgínio Moutinho) Rehabilitación do quarteirâo do barredo. Fernando Távora

12:00

Comida en Barredo

13:00

Salida de Barredo hacia metro São Bento (10 min a pie) Metro: São Bento – Santo Ovidio (23 min)

14:00

Visita Escola Primària da Quinta do Cedro. Fernando Távora

15:30

Metro: Santo Ovidio – Trindade (30 min) Estación de metro Souto de Moura

Mercado

Municipal

das

de

Marés.

Piscinas das Marés. Álvaro Siza

Llegada Hotel aprox. 21:50


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA

PROGRAMA DE VIAJE Día 4 09:00

Paseo / (1 km – 15 min) / dirección Barrio de Bouça – Álvaro Siza

18:00

Regreso a Hotel

20:00

Cena

Día 5 09:15

Viviendas sociales, SAAL, Bouça 08:15

Álvaro Siza / (30 min)

09:45

Andando

15

min

hacia

Praça

Mouzinho

de

Tren Porto Estación Porto Campanha – Vigo Guixar Tren Vigo Guixar – A Coruña San Cristobal Llegada A Coruña.

Albuquerque

10:00

Estación de Metro – Souto de Moura

12:00

Visita guiada Casa da Musica Rem Koolhaas

13:00

Comida

14:00

Unidad residencial Ramalde Fernando Távora Edificio Oficinas Burgo – Souto de Moura

15:00

Casa de Artes – Souto de Moura

16:00

Museu Serralves – Álvaro Siza

17:00

Bajada hacia Foz do Douro Souto de Moura y Álvaro Siza. Varios

Hotel EUROSTARS DAS ARTES. Dirección: Rua do Rosário 160-164, 4050-521 Porto Teléfono: +351 22 207 1250 Porto Centro


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA

¡Cuántas veces me han preguntado si existe realmente una Escuela de Oporto! Actualmente todo el mundo niega su existencia, y lo argumentan en nombre de las diferencias que caracterizan las diferentes figuras que, de un modo directo o indirecto, han participado en un sueño común. Es evidente que, al operar clasificando, los historiadores y los críticos construyan basándose en sistemas abstractos de pertenencia. Toman los aspectos unitarios comunes a las diversas experiencias y, en ese proceso, efectúan fuertes reducciones y simplificaciones.

presiones políticas... Si por “escuela” entendemos un grupo monolítico de sacerdotes protegidos por un cuerpo disciplinar con un método y unas respuestas absolutamente definidos, que ya están constituidas, entonces eso no es una escuela. Consideramos este fenómeno más como una experiencia que ha compartido el sueño de rescatar a Portugal de su aislamiento y, al mismo tiempo, no ha renunciado a la identidad histórica propia. Pensamos en una comunidad cultural y científica que con el proyecto, en primer lugar, ha marcado el orgullo de una síntesis profunda entre las mejores instancias del movimiento moderno con las peculiaridades de un hacer artesano enraizado en las tradiciones. Entonces aparecen arquitecturas liberadas de las formas históricas, pero no del profundo carácter de su cultura: la forma de disponer los edificios en el paisaje, las sutiles manipulaciones de la luz, las escalas discretas, la articulación de volúmenes y una combinación de materiales antiguos y técnicas contemporáneas. Entonces podría servir la definición de una Escuela de Oporto. Cuando pienso en Fernando Távora pienso que esa enseñanza empírica hecha a base de observaciones de los comportamientos humanos y sus costumbres, de las señales que el hombre coloca en el territorio y las nuevas formas que se van añadiendo, puede explicar aquello que tienen en común los tres personajes.

TÁVORA – SIZA – SOUTO DE MOURA Recorrido a tres

El problema versa, pues, sobre si en un período y un país concreto, tres personajes y sus numerosos amigos han recorrido una historia común, y si ésta tiene la dignidad de una historia que merece la pena contarse, porque, no nos olvidemos, una fuerte empresa civil y cultural no necesita de manifiestos explícitos, revistas, cátedras, ni de grupos de

“Un arquitecto, dos maestros y una ventana”. Interpretación de la obra de Eduardo Souto de Moura. Remo Dorigati


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

ESCOLA PRIMÀRIA DA QUINTA DO CEDRO. FERNANDO TÁVORA. 1958

«Durante anos eu pensei a Arquitectura como qualquer coisa de diferente, de especial, de sublime e extraterreno, qualquer coisa assim como uma intocável virgem branca, tão sublime, tão ideal que apenas a raros era dado realizá-la ou compreendê-la; o arquitecto era para mim ou o génio semidivino ou apenas um zero. Entre a pequena choupana e a mais famosa obra de Arquitectura não havia relação, como não a havia entre o pedreiro e o arquitecto. Eram coisas diferentes, desligadas. Este conceito mítico da Arquitectura e do arquitecto produzia em mim um atroz sofrimento, dado que eu não era um génio e não conseguia portanto realizar edifícios tão intocáveis como as virgens brancas.

Rodaram os anos. Vi edifícios e conheci arquitectos. Percebi que um edifício não se contém numa bela planta nem numa bela fotografia tirada em dia de sol e sob o seu melhor ângulo; verifiquei que afinal todos os arquitectos eram homens, com as suas qualidades, maiores ou menores, e com os seus defeitos, maiores ou menores. Acreditei então que a Arquitectura era sobretudo um acontecimento como tantos outros que preenchem a vida dos homens e, como todos eles, sujeita às contingências que a mesma vida implica. E a intocável virgem branca tornou-se para mim numa manifestação de vida. Perdido o seu sentido abstracto, encontrei então a Arquitectura como qualquer coisa que eu ou qualquer outro homem podemos realizar – melhor ou pior -,

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA terrivelmente contingente, tão presa à circunstância como uma árvore com as suas raízes se prende à terra.


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

E o mito desfez-se. E entre a pequena choupana e a obra-prima vi que existiam relações como sei existirem entre o pedreiro (ou qualquer outro homem) e o arquitecto de génio.

Vista sob este ângulo, a arquitectura aparece-me agora como uma grande força, força nascida da Terra e do homem, presa por mil fios aos cambiantes da realidade, força capaz de contribuir poderosamente para a felicidade do meio que a vê nascer. Efeito e causa ela é deste modo uma das armas que o homem dispõe para a criação da sua própria felicidade. Procurei atender a tudo, desde os ventos que batem o local até ao uso dos materiais, desde as normas oficiais ao bem-estar físico e espiritual de alunos e professores, desde o custo da construção até à pendente do terreno, etc., etc., etc. Mas, procurando atender a tudo, procurei hierarquizar os condicionamentos e integrá-los num todo que fosse algo mais do que uma soma de partes distintas.

Como uma árvore, este edifício tem as suas raízes, dá sombra e protecção àqueles que a ele se acolhem, tem os seus momentos de beleza e, assim como nasceu, um dia morrerá depois de viver a sua vida. Não se trata, em verdade, de uma intocável e eterna virgem mas de uma pequena e simples obre feita por homens para homens.»

Fernando Távora, 1963

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

QUINTA DA CONCEIÇÃO. FERNANDO TÁVORA. 1958-60 Em 1956 foi encomendado a Fernando Távora, pela Câmara de Matosinhos, o projecto da Quinta da Conceição, que durou até 1960, onde trabalhou juntamente com alguns colaboradores: José Pacheco, Álvaro Siza, Alberto Neves, Francisco Figueiredo (que se focou no parque) e Vasco Cunha, que colaborou no desenho do Pavilhão de Ténis. O espaço tinha sido inicialmente o Convento da Nossa Senhora da Conceição da Ordem de São Francisco, construído em 1481, abandonado durante trezentos anos e depois vendido em 1834. O arquitecto refere que desempenhou o papel de “padre prior do convento”, descrevendo que a concepção da obra teve um cariz muito familiar e espontâneo. Durante o projecto foi “passeando pelo parque”, enquanto tomava decisões e ia dando ordens aos construtores e jardineiros que se ocupavam da obra. O arquitecto tem que lidar com o pré-existente e é nesse jogo de incorporar o novo traçado do século vinte, com o desenhado cinco séculos antes, que transmite riqueza e subtileza ao espaço. É na contradição da pequena capela, ou do que restava do claustro com o novo Pavilhão de Ténis, que advém a dificuldade de obter a harmonia de dois traçados, que distam em quinhentos anos. Existe nesse desenho uma cuidada relação com o lugar, com a preocupação em conjugar a topografia e a obra com a paisagem. É notória a sensibilidade na leitura do espaço que levou ao projecto, presente na articulação subtil que criou entre os percursos e os momentos de estar ao longo da Quinta.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

É clara a preocupação de Távora em respeitar o passado da Quinta. O seu desenho principal incluiu a marcação de um eixo principal de percurso, com diferentes níveis que conduzem ao Pavilhão de Ténis, que serve de remate do mesmo. Reconstrói elementos pré-existentes, como o portal monástico de estilo manuelino e divide o terreno de forma a libertar espaço para a futura piscina a norte, com que Siza se ocupará futuramente. Além de elementos estruturais de implantação, também introduz sebes, bancos e caminhos secundários, que fazem a transição entre o passado e o presente. Um exemplo desse gesto é o banco de pedra circular que projecta na base do percurso principal, desenhado com uma abertura fiel ao eixo principal, mas orientado no sentido dos percursos pré-existentes. Este é um dos tantos exemplos em que Fernando Távora revela um cuidado respeito pela história da Quinta. Mas, contrariamente a esta harmonia do elemento anterior, também existe no desenho do parque alguns pormenores atípicos na sua obra onde o “respeito” do traçado é substituído por momentos de tensão. A escadaria de articulação entre a “alameda vermelha” e a “alameda amarela” cria um desses momentos de “choque” no percurso. Esta tensão é provocada pelo encontro de dois desenhos ortogonais distintos, diferentes cores e na relação directa entre os muros e a natureza. Existe propositadamente um choque entre o jardim pré- existente e a obra humana.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

PAVILHÃO DE TÉNIS QUINTA DA CONCEIÇÃO. FERNANDO TÁVORA. 1956-1960 “Devo dizer que há muitas obras que fiz e de que não gosto porque foram realizadas com pressa (o tempo é bom conselheiro) ou porque o meu momento ou as condições não eram favoráveis, mas vejo-as sempre com muita saudade como acontece com as mulheres outrora amadas. O Pavilhão de Ténis é uma das obras de que ainda gosto (…) O problema que se colocava era o de marcar o parque com um edifício, criando ali um objecto dotado de presença, que afirmasse o eixo dos campos de ténis e que servisse como ponto de referência.” O Pavilhão tem como fim rematar o percurso do parque, acabando por ser um ponto de referência: “criando ali um objecto dotado de presença, que afirmasse os eixos do campo de ténis e que servisse de referência, tal como acontece com a piscina de Siza”.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

PISCINA DES MARÉS. LEÇA DA PALMEIRA. ÁLVARO SIZA 1966

“La relación entre naturaleza y construcción es decisiva en arquitectura. Esta relación, fuente permanente de cualquier proyecto, es para mi una especie de obsesión; siempre fue determinante en el curso de la historia y, a pesar de ello, hoy tiende hacia una extinción progresiva.” “Mi proyecto pretendía optimizar las condiciones creadas por la naturaleza, que ya había iniciado por su parte el diseño de una piscina en aquel mismo sitio. Era preciso sacar partido de las rocas, completando la contención del agua tan sólo con las paredes que resultasen estrictamente necesarias. Así nació una ligazón mucho más estrecha entre lo natural y lo construido” “Una arquitectura de grandes líneas y de amplias paredes buscaba así un encuentro con las rocas en el lugar adecuado. El objetivo consistía en delinear una geometría en aquella imagen orgánica: descubrir lo que estaba disponible, pronto a recibir la geometría. Arquitectura es geometrizar.”

Alvaro Siza: “Imaginar la Evidencia”

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CASA DE TÉ BOA NOVA. MATOSINHOS. ÁLVARO SIZA. 1963 Memoria de proyecto “El restaurante se proyectó en un emplazamiento elegido por Fernando Távora en la costa Atlántica para un concurso organizado por el Ayuntamiento de Matosinhos, una zona residencial próxima a la ciudad de Oporto. Tanto los volúmenes como la planta y las formas de la cubierta son resultado de un detallado estudio del promontorio rocoso en el que se ubica el edificio. La geometría de la planta es reflejo de esta estrategia de acomodación a la estructura geológica existente y de la necesidad de articular dos salas principales: el salón de té y el comedor. La pretendida adecuación con el paisaje se radicaliza aún más por las diversas formas en las que el edificio se abre al exterior. Por ejemplo, las ventanas horizontales del comedor se deslizan bajo el suelo, permitiendo que el restaurante se prolongue en una terraza de roca. Un sistema de aleros corridos, prolongación de los techos de caoba de las salas, protege y modula la intensidad de la luz Atlántica. En el interior, los suelos y el mobiliario de cuero y caoba contrastan con los grandes planos blancos de los muros. La zona de aparcamiento, las plataformas de acceso y las escaleras exteriores fueron proyectadas y construidas en una fase posterior, y establecen una promenade architecturale que conduce desde la carretera costera hasta el acceso”.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

METRO DE PORTO. EDUARDO SOUTO DE MOURA. 2005 El proyecto del metro de Oporto se basa en dos tipologías de estación que se repiten sin variaciones. También en este proyecto se han superado muchas dificultades para poder compatibilizar las rigurosas reglas técnicas de un sistema de transporte, como el metro, con la topografía accidentada del casco histórico de la ciudad. En este proyecto de concesión y construcción he colaborado, como responsable de todo el proyecto, con un grupo de empresas constructoras.

Las nuevas estaciones que debían proyectarse eran diez; decidí quedarme con una para mí y repartir las otras nueve a algunos arquitectos amigos míos. Una regla justificaba el criterio de selección de los candidatos: el arquitecto escogido tenía que haber tenido alguna experiencia de proyecto en el territorio comprendido por los 80km de la nueva línea de metro. El arquitecto candidato debía ser o bien un arquitecto que trabajara en cada ayuntamiento de la nueva estación o bien alguien que ya hubiera realizado otro proyecto en la zona.

Así, Alcino Soutinho proyectó la estación del centro de Matosinhos, Fernando Távora la del aeropuerto y Álvaro Siza, quien había trabajado en el proyecto de recalificación urbana del centro de la ciudad, la del centro histórico de Oporto. Todo lo que al principio parecía ser un obstáculo, un sistema cerrado e incómodo, se transformó de

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA repente en un gran estímulo para el proyecto de transformación y reestructuración de la ciudad histórica.


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

De hecho, la leve alteración de las cotas de las calles, la sistematización de los encuentros entre pavimentos, las aceras, los jardines, los árboles, la iluminación y el mobiliario urbano son sólo algunos de los temas de recalificación que el proyecto del nuevo metro ha sugerido y que hacían falta a la ciudad. En el proyecto de una línea de metro es muy importante saber utilizar buenos materiales pensando que 30.000 o 40.000 personas lo usarán a diario, recrear siempre una misma luz, diseñar un único tipo de escalera para poder utilizarla de manera indiferenciada en todas las estaciones, y saber moverse con un presupuesto mínimo. La estación de Casa da Música es un tanto especial, pues está pensada como un intercambiador entre las paradas de tranvía, los autobuses y el metro. Ésta ha sido una de las razones por las que el techo presenta variaciones en altura que van desde los tres a los cinco metros. Como ya he dicho, una regla fundamental consiste en estudiar bien los detalles más importantes-como el ascensor de acero inoxidable-para después adaptarlos al resto de estaciones. Ante el blanco inmaculado de los interiores de la estación he contrapuesto los volúmenes cilíndricos de color azul que parecen flotar en el espacio, pues no tocan los techos y están iluminados perimetralmente con una franja de luz. Cuando se baja a la estación, se descubre que estos cilindros son dos grandes lucernarios que introducen la luz natural en el interior.

Otro problema que tenía que resolver era la colocación de una escalera normal pegada a otra

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

mecánica. Para poder encontrar una solución adecuada a este problema hicimos varias pruebas con maquetas que nos ayudaron a encontrar las relaciones adecuadas entre los niveles; también nos sirvió para verificar la unión de una escalera de una gran profundidad con la estructura portante. La relación entre los dos tipos de escalera parece fácil, sin embargo, es una de las cosas más complicadas de resolver. Basta con mirar el aeropuerto milanés de Malpensa para coprobar cómo nunca hay dos escaleras juntas, sino que siempre hay un muro que las divide. En los interiores de las estaciones he utilizado azulejos azules, colores como el negro, el gris o el blanco para los falsos techos y una luz homogénea o directa. Para ocultar las instalaciones en los falsos techos he creado una especie de marco de azulejos de 14x14cm que funciona como un espejo que impide ver las instalaciones. Durante las labores de excavación en el vestíbulo principal de la estación descubrimos los restos arqueológicos de un antiguo acueducto medieval. No fue nada fácil convencer al constructor de la necesidad de modificar el proyecto inicial y construir una planta intermedia. La opinión pública y la prensa local nos echaron una mano en la defensa de esta causa, de modo que proyecté un balcón desde donde se puede observar el funcionamiento de la “máquina para el agua”.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

VIVIENDAS SOCIALES SAAL – BOUÇA ÁLVARO SIZA. 1973-77 …ela capta, num momento preciso da história, “a transitória qualidade da realidade” Peter Testa

Después de la revolución de 1974, algunos residentes locales, viviendo en condiciones deficientes, organizan una cooperativa de residentes y reivindican el terreno y el proyecto, inscribiéndolo en el Plan de Habitación de Emergencia SAAl (Serviço Ambulatório de Apoio Local). … un muro lineal para proteger el conjunto de la línea del ferrocarril. Perpendicularmente a él se situarían 4 hileras de casas adosadas dobles en dúplex que configuran patios alargados. En el extremo de cada una de las hileras debían instalarse equipamientos: lavandería, biblioteca, tiendas,… La ingeniosa solución parte de la escasez apoyando directamente divisorios de bloques de

constructiva, resulta en de recursos económicos: los forjados en muros hormigón.

Simplicidad de los acabados … Esfuerzo por producir un detalle esbelto y elegante, a pesar de las condiciones. Colores. Blanco, rojo oscuro, amarillo claro…

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CASA DAS ARTES. SOUTO DE MOURA. 1981-88 Memoria Souto de Moura “Qualquer tipo de intervençao naquele lugar náo devia inteferir com o jardín existente. Mais do que propôr foi necessário omitir, mais do que desenhar foi necessário raspar, mais do que compor foi necessário ser simples com rigor de resposta. O edifício é fundamentalmente estruturado por um muro em betâo, e por um outro em pedra desfasado no sítio da porta. Sobre eles repousará uma cobertura plana revestida de cobre. A construçao quedará implantada aproximadamente a 2 metros da linha das árvores que queremos nâo tocar. As esculturas (?) serâo 3. Independentemente da sua qualidade, importanos o seu sítio e a atitude no lugar que também fazem. Sâo peças essenciais para a definiçao e codificaçao dos 3 sectores: o Auditorio, a Sala de Exposiçoes e a Cinemateca.”

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CASA DA MÚSICA. OMA – REM KOOLHAAS – 1999/2005 Memoria RK. … The building becomes an architectural adventure … “The past 30 years have seen frantic attempts by architects to escape the domination of the "shoe-box" concert hall. Rather than struggle with the inescapable acoustic superiority of this traditional shape, the Casa da Musica attempts to reinvigorate the traditional concert hall in another way: by redefining the relationship between the hallowed interior and the general public outside. The Casa da Musica, … , stands on a new public square in the historic Rotunda da Boavista. It has a distinctive faceted form, made of white concrete, which remains

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA solid and believable in an age of too many icons. Inside, the elevated 1,300-seat (shoe box-shaped) Grand Auditorium has corrugated glass facades at either end that open the hall to the city and offer Porto itself as a dramatic backdrop for performances. Casa da Musica reveals its contents without being didactic. Locating the Casa da Musica was key in the development of OMA's thinking; we chose not to build the new concert hall in the ring of old buildings defining the Rotunda but to create a solitary building standing on a travertine-paved plateau in front of the Rotunda's park, neighbouring a working class area. With this concept, issues of symbolism, visibility, and access were resolved in one gesture. Innovative use of materials and colour throughout was another imperative: as well as the unique curtain-like glass walls at either end of the Grand Auditorium, the walls are clad in plywood with enlarged wood patterns embossed in gold, giving a dramatic jolt in perspective; the VIP area has handpainted tiles picturing a traditional pastoral scene, while the roof terrace is patterned with geometric black and white tiles; floors in public areas are sometimes paved in aluminium.”


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

TORRE BURGO. AVDA BOAVISTA. SOUTO DE MOURA. 1991 La parcela se sitúa en el lugar donde la Avda. Boavista deja de ser un Corredor y se fragmenta en partes discontinuas. La solución consiste en una plataforma horizontal a la que se suman dos volúmenes próximos, a escalas diferentes. Una plataforma edificada de baja altura permite una aproximación al pretendido anonimato. La torre, retrasada respecto al vial, se eleva desde la plataforma a la espera de los edificios que se realicen en el futuro.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA Souto de Moura menciona en su memoria la estructura Do-mino de Le Corbusier. Pone de manifiesto la independencia en su proyecto entre la estructura portante y el cerramiento. Esta circunstancia permite que las fachadas respondan con libertad a las intenciones figurativas del arquitecto, relacionadas en este caso con las ideas de apilamiento y ensamblaje.


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

UNIDADE RESIDENCIAL RAMALDE FERNANDO TÁVORA. 1952-1960 … a idea de Ramalde era a de instalar comodamente –em todos os sentidos- outros tantos 6000 habitantes. Procurou-se então dimensioná-lo para permitir um mínimo de vida própria. O tráfego mecánico îa perdendo em importancia à medida que se aproximava dum eixo central de peões, ligando as casas, o parque e o centro comercial. O equipamento era bastante desenvolvido orientação das fachadas a melhor possível.

e

a

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

EDIFICIO DE VIVIENDAS RUA DO TEATRO SOUTO DE MOURA. 1992-1995

…las viviendas, … , se construían en base a elementos prefabricados de piedra tallada, los cuales, en gran medida, definían a priori los huecos de las casas; el resto de los cerramientos de la casa quedaban, en la mayoría de los casos, revestidos con azulejo en la fachada principal, plancha de zinc en la trasera y pizarra en los hastiales. … este edificio sigue esa misma tradición, no tanto como imitación, sino como principio constructivo. La estructura de piedra natural se reemplaza aquí por un esqueleto de acero, si bien se mantienen los mismos revestimientos exteriores: zinc y pizarra.

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CASA DO CINEMA MANOEL DE OLIVEIRA SOUTO DE MOURA. 1998-2003

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA transforma la superficie lisa de los volúmenes en intrusiones plásticas que, finalmente, pasan a conformar el sentido real del edificio. Cámaras para fijar el paisaje, al menos en parte. Ojos que escrutan, nerviosos y móviles, lo que sucede fuera. Pero la verdadera naturaleza de la ventana es más cercana a la de los ojos de la Casa del Cine, pues se abre hacia fuera para espiar la vida exterior, pero también hacia dentro, hacia la intimidad de cada uno. Una ventana que no tiene impostas y que, si las tuviera, podrían abrirse tanto hacia fuera como hacia dentro.

Manoel de Oliveira escogió a Eduardo Souto de Moura para su Casa del Cine pues reconoció la sensibilidad de su arquitectura, pero le pidió una casa más cercana a su carácter introvertido. El emplazamiento no es uno de esos solares en un paisaje agreste, sino que está ubicado en un solar urbano, aunque mira al río Duero. El cineasta demandó más intimidad y privacidad: quería admirar el paisaje sin ser observado. En otros casos, Souto de Moura resolvía el tema mediante el artificio del patio, gracias al cual la casa se abre al sol y a la luz dejando al muro de cierre la tarea de garantizar cierta privacidad. Sin embargo, en cualquier caso, este muro elimina las grandes vistas sobre el espacio exterior. Los “tubos” que parece clavar en los muros (o que sobresalen del interior desgarrando el muro) responden bastante bien tanto a la necesidad de intimidad como a la de apropiarse del paisaje. De esta manera, Souto de Moura huye de la trampa de los “agujeros” como simple ritmo que modula una superficie y recurre a la idea de “tubo”, que

Un arquitecto, dos maestros y una ventana. Remo Dorigati Ventanas, huecos y zum.

El edificio adopta una forma cúbica, similar a la de las casas vecinas, si bien se le practican algunas inflexiones para responder a las dimensiones del solar: una cubierta inclinada y forma trapezoidal para el auditorio. La presencia de dos torres de viviendas de 15 plantas cada una, a una distancia de apenas 35 m, aconsejaron separar el espacio de la biblioteca, situado en la planta superior, en dos elementos que dirigen la mirada hacia unas vistas enmarcadas del río y del oceáno atlántico. Exteriormente: cubierta de zinc, monocapa gris oscuro en planta superior y chapa de acero inoxidable tratada con chorro de fibra de vidrio. Interiormente: techos acústicos, paredes enlucidadas y suelos en madera oscura y mármol pulido gris.


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

MUSEO SERRALVES ÁLVARO SIZA – 1991/1999 WEB SERRALVES: Located in the Serralves Park, the Museum is in direct dialogue with the Serralves Villa and the surrounding gardens. In the place of a monumental façade, the architecture of the museum is defined by a harmonious articulation between different architectonic elements in relation with the gently sloping terrain where it is sited. The building is erected in a longitudinal manner from North to South, with a central body divided into two wings, separated by a patio to create a U-shaped structure. An L-shaped construction creates a second patio that connects with the main building and serves as the main access to the Museum, with connection to the underground car park and gardens.

Building: 12,669.80 m2 Exhibition galleries: 4,484.9 m2 Auditorium: 600 m2 Library: 352.80 m2 Public space: 564.80 m2 Museum Shop: 146.9 m2 Restaurant: 222.90 m2 Multipurpose room: 103.20 m2 Education Studio: 233.60 m2 Offices: 537.40 m2 Services Area (closed to the public): 770.50 m2

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

ÁREA NEVOGILDE – FOZ DO DOURO ÁLVARO SIZA, SOUTO DE MOURA, FERNANDO TÁVORA

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

CESUGA - USJ 1ยบ y 2ยบ ARQUITECTURA


CUADERNO DE VIAJE

PORTO

2017

TEXTOS E IMÁGENES DE:

FERNANDO TÁVORA: •

Trigueiros, Blau, 1993.

Bandeirinha, José Antonio. “Fernando Távora: Modernidade Permanente”. Editorial Associaçao Casa da Arquitectura, 2012.

Luiz.

“Fernando

Távora”.

Editorial

ÁLVARO SIZA: •

Siza, Alvaro; Trigueiros, Luiz. 1986-1995”. Editorial Blau, 1995.

Dos Santos, José Paulo. “Alvaro Siza: Works and Projects 1954-1992”. Editorial Gustavo Gili, 1994

“Alvaro Siza:

SOUTO DE MOURA: •

Revista 2g nº5. “Eduardo Souto de Moura: Obra reciente”. Editorial Gustavo Gili, 1998.

Trigueiros, Luiz. Blau, 1994.

Revista El Croquis nº 176 “Eduardo Souto de Moura 2009-2014”. Editorial El Croquis, 2014.

“souto de Moura”. Editorial

OTROS: •

http://oma.eu/

https://www.serralves.pt/pt/

http://ultimasreportagens.com/

CESUGA - USJ 1º y 2º ARQUITECTURA


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.