Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 2

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da Meia-Noite

Mateus 25.6

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FEVEREIRO DE 2006 • Ano 37 • Nº 2 • R$ 3,50



Chamada da Meia-Noite Publicação mensal Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil

Índice Prezados Amigos

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Sombras Emergentes do Martelo e da Foice

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Um Milênio Literal - Como Ensinam as Escrituras

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Preços (em R$): Assinatura anual ................................... 31,50 - semestral ............................ 19,00 Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 28.00 Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial Edições Internacionais A revista “Chamada da Meia-Noite” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, italiano, holandês, francês, coreano, húngaro e cingalês.

Do Nosso Campo Visual

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• Uma análise dos filmes “Guerra dos Mundos” - 12 • Satanás, o imitador de Deus - 17

As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6). A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para a fé e conduta do cristão. A finalidade da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é: 1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares; 2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; 3. preparar cristãos para Sua segunda vinda; 4. manter a fé e advertir a respeito de falsas doutrinas

Aconselhamento Bíblico Todas as atividades da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas voluntárias dos que desejam ter parte neste ministério.

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• Por que ainda faltava o Espírito Santo?

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Alguém nos perguntou: “Gostaria de saber sobre a baixa auto-estima. Ainda não consegui argumentos para combatê-la. De onde ela vem? Se amamos tanto a nós mesmos, como podemos ter medo, nos considerar incapazes, diferentes, feios e tímidos? De onde vêm esses sentimentos, e por quê?” O grande exército de enfermos emocionais, depressivos e desesperados parece crescer descontroladamente. Lemos no livro Aconselhamento – Integrando a Psicoterapia e a Bíblia?: O aconselhamento secular começa e termina com o ego; o aconselhamento profissional “cristão” começa e termina com cristianismo interpretado através de teorias do “ego”. O resultado de ambos é contrário ao que a Bíblia ensina. Não existe um versículo, de Gênesis a Apocalipse, que dê uma alusão de apoio aos conceitos de “ego” da psicologia – até mesmo as versões cristianizadas que têm inundado o mercado religioso nas últimas décadas. O “ego” é o problema, e não há cura humana para ele, quer seja conversando ou de qualquer outra maneira. Através de todas as suas páginas, a Palavra de Deus é implícita e explícita sobre o assunto. Mateus 16.24 ordena: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”. A psicoterapia segue pelo caminho frontalmente oposto, tentando com todos os meios fortalecer o ego, o amor-próprio e a autovalorização dos que a buscam procurando ajuda. Por isso existe uma contradição e um fosso tão grande separando irreconciliavelmente a psicoterapia do aconselhamento bíblico. A cosmovisão humanista parte da idéia de que em todo ser humano existe algo de bom. O Evangelho afirma que somos pecadores e devemos nos arrepender, e que só recebemos nova vida pela graça de Deus. Trata-se de posições incompatíveis. “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16.18). Essa realidade não apenas foi experimentada por Golias, que desprezou Davi, o ungido de Deus. O Senhor mostrou ao profeta Isaías o que se passava no coração de Lúcifer e provocou sua queda: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.13-14). Em relação ao vindouro Anticristo também está escrito que ele “se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto...” (2 Ts 2.4). A besta dos tempos finais será o auge do

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culto ao eu! Percebemos como as pessoas vão sendo preparadas, como o engano e a sedução nessa área têm crescido assustadoramente e como a auto-estima e a realização própria estão em alta. As pessoas dos tempos finais são descritas de maneira muito precisa pelo apóstolo Paulo: “os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes...” (2 Tm 3.2). Pobres escravos do eu, viciados no entretenimento, aprisionados no círculo vicioso da autocomiseração, do egocentrismo e da autoexaltação. Diante disso precisamos tomar uma posição clara, estando dispostos a nadar contra a correnteza e decididos a não abrir as portas para o espírito da época em que vivemos. O profeta Jeremias diz com todas as letras o que agrada a Deus na vida dos Seus filhos: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9.23-24). O apóstolo Paulo escreveu nesse mesmo sentido aos cristãos em Corinto, sabidamente muito orgulhosos de seus dons espirituais: “vós sois dele, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1 Co 1.30-31). Quando ainda éramos crianças gostávamos de contar vantagem e de nos vangloriar diante dos outros. Adultos deveriam ter deixado para trás esses costumes infantis. É de admirar muito o que lemos nas Escrituras sobre gloriar-se. O apóstolo Paulo é um bom exemplo: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Co 12.9). Não surpreende que os não-cristãos sacudam a cabeça, incrédulos por não entender essa lógica divina! Como cristãos, estamos na escola do discipulado, aprendendo a nos alegrar com a glória futura e com as tribulações do presente (Rm 5.3-4). Unidos nAquele a quem tributamos toda a glória e toda a honra, saúdo de coração,

Dieter Steiger


Elwood McQuaid

Agora que o comunismo está morto e a União Soviética deixou de ser uma ameaça (aliás, nem mesmo existe mais), como fica sua interpretação de Ezequiel 38? Vocês têm muito o que explicar.

Fizeram-me essa pergunta após uma mensagem profética pregada no início de 1992. A União Soviética fora dissolvida em dezembro de 1991 e estava supostamente num novo caminho de liberdade e democracia. A nova Rússia, diziamnos, seria mais aliada do que inimiga [dos EUA]. Minha resposta ao interlocutor foi: “Essa história ainda não acabou”. Realmente respondi com convicção. Em primeiro lugar, o ataque apocalíptico a Israel vindo “dos lados do Norte” (Ez 38.15), uma região claramente associada à Rússia, faz parte integral do cenário bíblico para os dias finais. Pregar que esse fato está profetizado nas Escrituras independe de manchetes jornalísticas ou de uma escatologia amoldada aos acontecimentos de nossos dias. Mas há um outro motivo fortíssimo para minha certeza: a Rússia é essencialmente imperialista. O imperialismo é a mola propulsora de suas considerações políticas, sociais e religiosas, tanto a nível regional quanto global. Mesmo que esse desejo pelo poder hiberne periodicamente, seu ressurgimento é inevitável. Foi imprudente pensar que, mesmo falida e desmotivada após a dissolução do bloco comunista, a Rússia aceitaria um papel secundário na política global e dependeria da generosidade das nações ocidentais. O que começamos a observar recentemente reforça esse fato.

Dias Felizes e Corações Esperançosos Em 8 de junho de 1982, o presidente americano Ronald Reagan fez seu famoso discurso sobre o “Império do Mal” perante o parlamento inglês: Se a história nos ensina algo, é que negar fatos desagradáveis é ilusório e imprudente. Cercam-nos hoje as marcas de nosso terrível dilema – previsões de fim-do-mundo, passeatas antinucleares, uma corrida armamentista da qual o Ocidente precisa involuntariamente participar, para sua própria proteção. Ao mesmo tempo, vemos forças totalitárias em diversas partes do planeta utilizando a subversão e o conflito para perpetuar seu ataque bárbaro contra o espírito humano. Qual, então, deverá ser nossa resposta? Deverá a civilização perecer numa onda de átomos incendiados? Deverá a liberdade murchar em mansa e insensível acomodação ao mal totalitário? O presidente Reagan entendia bem as questões, e as alternativas potencialmente dolorosas necessárias à estabilidade internacional, até mesmo por uma questão de sobrevivência.

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Ronald Reagan.

Cinco anos mais tarde, em 12 de junho de 1987, Ronald Reagan colocou-se diante do Portão de Brandenburgo, que ainda pertencia à Berlim Oriental, e lançou seu desafio em tom de ultimato para o então líder soviético Mikhail Gorbachev: Secretário-Geral Gorbachev: se buscas a paz, se buscas prosperidade para a União Soviética e a Europa Oriental, se buscas a liberalidade: Vem até este portão! Sr. Gorbachev, abre este portão! Sr. Gorbachev, derruba este muro! Em 13 de junho de 1990, marretas começaram a destroçar o infame Muro de Berlim, que vinha mantendo cativos os alemães orientais desde sua construção em 1961. A abertura dos portões e a destruição do muro, que eram símbolo da Guerra Fria entre a União Soviética e o Ocidente, provocou um enorme otimismo. Ante os abraços de familiares reunidos, bem como da queda do muro, tal otimismo parecia justificado. Duas palavras caracteri-

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zavam os benefícios da dissolução do império comunista soviético: glasnost (transparência) e perestroika (reestruturação). Para os milhões de judeus oprimidos por trás daquilo que Winston Churchill apelidou de “Cortina de Ferro”, a dissolução da União Soviética trouxe a oportunidade áurea de abandoná-la. Assim, na década de 90, um esforço maciço levou centenas de milhares de judeus a imigrarem para Israel e outras nações ocidentais. Esse êxodo em massa fez lembrar a histórica fuga dos israelitas do Egito, liderados por Moisés, sendo que o êxodo moderno foi liderado por homens como o dissidente soviético Natan Sharansky, sobrevivente dos gulags (campos de prisioneiros) siberianos. Para o Ocidente, esse colapso soviético proporcionou acesso a um povo desvencilhado do isolacionismo tecido por Karl Marx, Vladimir Lenin, e incentivado por Joseph Stalin e seus sucessores déspotas. A nova Rússia estava empobrecida, saqueada pelos 70 anos de corrupção comunista e engodo socialista. Conseqüentemente, para os que

desejavam recompor a nação, não havia outra opção a não ser estender suas mãos às democracias para combaterem a anarquia e o caos. Talvez a maior de todas as portas abertas nesse período foi para os cristãos, principalmente os evangélicos. Finalmente encontraram abertura para penetrar nessa região e ministrar a uma população espiritualmente faminta. Durante décadas os soviéticos haviam deliberadamente excluído a Deus, na entusiasmada busca por seu nirvana ateu através do socialismo e do secularismo. O termo nirvana é descrito corretamente no Dicionário Webster como um “objetivo desejado mas aparentemente inalcançável”. O que os comissários comunistas deixaram de considerar foi o instinto de adoração inerente no coração humano, o desejo de ligar-se àquilo que é eterno. Era de se esperar que, diante da oportunidade de ouvir a verdade divina, esse desejo aflorasse com força; e as oportunidades se multiplicaram. Os campos estavam maduros, e a colheita foi abundante.

Em 13 de junho de 1990, marretas começaram a destroçar o infame Muro de Berlim, que vinha mantendo cativos os alemães orientais desde sua construção em 1961.


Sombras do Passado Mesmo assim, havia uma preocupante realidade política, social e religiosa que finalmente teria de ser enfrentada. A idéia de permanecer indefinidamente num estado de dependência jamais fora opção viável para a Rússia. Afinal, o império russo havia sido um agente principal no cenário mundial. O poder, o prestígio, seus territórios imensos, e o temível poderio militar geraram uma apreensão internacional enquanto as nações buscavam saber qual seria o próximo passo do “urso” russo. Os soviéticos detestavam todos os valores da democracia. Desprezavam o cristianismo evangélico. Haviam expulsado da URSS o Deus do mundo judeu-cristão. E a militância anti-semita e contra Israel tinha alta prioridade em sua lista de passatempos nacionais. Num dos impasses críticos entre Rússia e Israel, Moshe Dayan, o famoso general e líder político israelense, fez a seguinte declaração: “A chave da guerra no Oriente Médio está nas mãos dos soviéticos, enquanto que a chave da paz está nas mãos dos Estados Unidos”.

Essas palavras sucintas resumem a essência das principais questões de uma Guerra “não tão Fria”. Alguns fatos sobre acordos de fornecimento de armas entre os maiores inimigos de Israel demonstram claramente as intenções árabes e soviéticas para o Oriente Médio (veja o quadro abaixo).

O “Urso” Está Despertando No início de 2005 a Rússia iniciou um empreendimento sério no Oriente Médio para restabelecer sua influência. Num acordo com o criticado e atacado governo sírio, os russos cancelaram a maior parte da dívida síria de 10 bilhões de dólares e, em declaração formal, restabeleceram de vez seu relacionamento íntimo de outrora. Essa aliança teve seu início em meados da década de 50, nos dias da Guerra Fria, e cessou tão somente com o colapso da União Soviética há uma década. No que se refere à Síria, essa foi uma grande conquista para [o presidente sírio] Bashar Assad e seu país. Assad voltou a ter um aliado que provavelmente o protegerá dos Estados Unidos e que será seu patrocinador na arena internacional.

Ano do Acordo

País Beneficiado

Extensão da Ajuda Soviética

1955

Egito

Fornecedor Principal

1955

Síria

Fornecedor Principal

1958

Iraque

Fornecedor Principal

1962

Argélia

Fornecedor Principal

1967

Sudão

Fornecedor Principal

1967

Terroristas iranianos

Fornecedor Parcial

1970

Líbia

Fornecedor Parcial

Acordos de fornecimento de armas pelos soviéticos (adaptado de Russia Imperial Power in the Middle East, publicado por Carta Press em Jerusalém, 1971, página 28.).

Num acordo com o criticado e atacado governo sírio, os russos cancelaram a maior parte da dívida síria de 10 bilhões de dólares e, em declaração formal, restabeleceram de vez seu relacionamento íntimo de outrora. Na foto: os presidentes da Síria e da Rússia.

E para a Rússia, que vantagens há? Orly Halpern respondeu no jornal The Jerusalém Post: As ambições da Rússia estão chegando às proporções da era soviética. Ela quer participar dos jogos internacionais que atualmente servem de recreação para a União Européia e os Estados Unidos. Mas, no conflito árabe-israelense, os Estados Unidos não permitem seu envolvimento, e ela pouco pode dizer sobre a questão iraquiana por ter-se recusado a participar da guerra contra um país que lhe devia muito dinheiro. Ao renovar relações políticas e militares com países antagônicos aos Estados Unidos, a superpotência reduzida quer restaurar a antiga glória da era soviética, quando mobilizava as nações como se fossem peças de xadrez.1 Acrescente a esses motivos de preocupação por parte de Israel e dos Estados Unidos as notícias de que a Rússia vendeu mísseis avançados à Síria. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, alertou Moscou que tais mísseis poderiam cair nas mãos de terroristas e que seriam um grave perigo para Israel. Pelo histórico sírio, isso é praticamente certo. Outro motivo de apreensão são os acordos de cooperação russo-

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acusação fazia lembrar as an- chegaram. Os poderes internaciotigas mentiras – fracas, mas nais estão caminhando implacavelnem assim menos eficazes – mente em direção às convulsões fique instigaram os ferozes “li- nais preditas pelas Escrituras. Os belos de sangue” e os Proto- acontecimentos no Norte do cenácolos dos Sábios de Sião, que rio profético são apenas uma peça no passado serviram tão bem do quebra-cabeças. E mesmo que alguns argumenaos propósitos dos anti-semitem que medidas desesperadas não tas russos. Os cristãos evangélicos, sejam uma boa descrição da respostanto na Rússia quanto em ta dos discípulos de Jesus a essa crialguns Estados da Federação se, ninguém pode questionar a deRussa, também sentiram-se sesperada necessidade de remir o Ao renovar relações políticas e militares com ameaçados. Não é segredo tempo (veja Ef 5.16) para se fazer países antagônicos aos Estados Unidos, a que a hierarquia ortodoxa- diferença; sem dúvida o tempo é da superpotência reduzida quer restaurar a antiga glória da era soviética, quando mobilizava as russa sente-se ofendida pelos maior importância. Alguém disse nações como se fossem peças de xadrez. Na grandes avanços do cristia- que “o único ponto onde o tempo e foto: o presidente soviético Vladimir Putin, junto com militares. nismo bíblico entre um povo a eternidade se interceptam é este espiritualmente raquítico, há momento”. Pondere: se isso for verdade, sigtanto tempo reprimido pelo iranianos em programas nucleares. formalismo árido do sistema orto- nifica que aquilo que fazemos neste Mesmo que a Rússia tenha prome- doxo. Conseqüentemente, a Igreja momento pela causa de Cristo é o tido auxiliar o Irã a produzir apenas Ortodoxa Russa vem estabelecendo maior imperativo de nossas vidas. energia nuclear para fins pacíficos, alianças com os grupos políticos Reconheça: nossas oportunidades o Ocidente teme que o Estado tota- mais radicais, e declarando que os de impactar a eternidade estão acalitário iraniano, que tem as mesmas evangélicos pertencem a seitas que bando. (Israel My Glory) ambições de Saddam Hussein, o se aproveitam de cidadãos incautos. Elwood McQuaid é editor-chefe de The deposto tirano do Iraque, tenha ou- A maior preocupação ocorre hoje Friends of Israel. tros planos. pela visibilidade das igrejas evangéAlém disso, o novo líder palesti- licas (anteriormente “clandestinas” no, Mahmoud Abbas [Abu Mazen] durante o comunismo), tornado-as Nota: Orly Halpern, “Analysis: Russia’s ambitions fez questão, em sua primeira via- alvos fáceis para as forças anticris- 1. growing”, The Jerusalem Post, 27 de janeiro gem internacional, de passar pri- tãs, num caso de nova ação do mar- de 2005. meiro por Moscou. Segundo ele, telo do ódio. assim fez para demonstrar o respeito dos palestinos pela Rússia, como Tempos Perigosos, influência global, particularmente Medidas Desesperadas no Oriente Médio. Há muito temos sido avisados No dia 13 de janeiro de 2005, vinte membros da Duma (Câmara de que nos últimos dias viriam temBaixa do Parlamento Russo) envia- pos difíceis para o planeta. Para toram uma carta ao procurador-geral, dos, menos para os que permanepedindo a investigação de suas ale- cem no debilitado estado da hibergações, e que, se confirmadas, fos- nação espiritual para não terem de sem iniciados procedimentos para considerar os fatos, esses tempos já proibir todas as organizações religiosas e étnicas judaicas na Rússia, declarando-as “extremistas”. Eles A Igreja Ortodoxa Russa vem estabelecendo alianças com os grupos argumentaram que o povo judeu foi políticos mais radicais, e declarando que responsável pelo ressurgimento do os evangélicos pertencem a seitas que se anti-semitismo em anos recentes. A aproveitam de cidadãos incautos.

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O longo conflito entre Deus e Satanás pelas almas dos homens está chegando ao fim. Durante pelo menos 6.000 anos, desde que enganou a mãe Eva a respeito da fidelidade de Deus em cumprir Sua palavra, Satanás tem tentado iludir toda a humanidade, perguntando: “É assim que Deus disse...?”, e assegurando: “É certo que não morrereis!” (veja Gn 2.1,4). Desse modo, ele tem levado a maioria das pessoas a não acreditarem em Deus e a fazerem o que lhes dá na cabeça. Mas o tempo da ilusão está se esgotando rapidamente. Se estamos realmente nos “últimos tempos”, ou na “consumação do século”, como muitos mestres em profecia acreditam, podemos estar a uma década ou menos do período mais glorioso que este mundo já viu desde o Jardim do Éden. Primeiramente, Cristo precisa vir e arrebatar Sua Igreja levando todos os “mortos em Cristo” (milhões de pessoas que se tornaram crentes desde o dia de Pentecostes até o Arrebatamento) junta-

mente com os crentes vivos naquele momento, “nós, os vivos, os que ficarmos” (1 Ts 4.16 e 17) para a casa de Seu Pai, como prometeu em João 14.1-3. Então, o mundo passará pelos sete anos mais atribulados de sua história, “como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21). Ao final desses sete anos Jesus Cristo voltará a esta terra com poder e grande glória, no que o apóstolo Paulo chamou de “manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13). Quando esse dia chegar, Ele estabelecerá Seu reino terreno que durará mil anos. As bênçãos que Deus derramará sobre a terra durante o reinado de Cristo estão além da compreensão humana. Você consegue imaginar uma época tão abençoada por Deus que a melhor palavra para defini-la seja “utopia”? Realmente, será um pedaço do céu na terra. Será um tempo de justiça, pois Cristo reinará sobre todo o mundo. A humani-

dade verá um tempo de bênçãos materiais sem precedentes; os profetas dizem que os ceifeiros seguirão os semeadores. Quase todos já ouviram dizer que não haverá mais guerra. Os que afirmam isso fazem uso (geralmente inadequado) da passagem profética que diz: “converterão as suas espadas em relhas de arados” (Is 2.4). É importante ressaltar que essa paz na terra, que o mundo espera alcançar pelos seus próprios esforços, só virá com a chegada de Jesus a esta terra. Satanás, o grande enganador das almas dos homens, será encerrado no abismo durante todo o período de mil anos. Pretendo mostrar nesta série de artigos que a população da terra durante esse período será tão grande que, quando sua maioria se tornar cristã, isso representará a suprema vitória de Cristo sobre Satanás. Em outras palavras, mais pessoas terão ido para o céu do que para o inferno, se levarmos em consideração o número de cristãos de todas

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as eras mais o número de pessoas envolvidas na grande colheita de almas durante o período da Tribulação. Com meu entusiasmo, acabei adiantando a história. Por ora, basta dizer que nós cristãos não estamos do lado perdedor! A morte de Jesus pelos nossos pecados e Sua ressurreição, segundo as Escrituras, levarão mais pessoas para o céu eterno que Deus preparou para os que O amam do que o número dos que perderão “tão grande salvação” (Hb 2.3). A Bíblia cita muitas colheitas de almas no futuro, inclusive a “grande multidão que ninguém podia enumerar”, que será salva durante a Grande Tribulação, conforme Apocalipse 7.9-15. O fato é que o longo conflito pelas almas dos homens, que vem se estendendo durante as eras, terminará, como nos garante a Palavra da Deus, numa sensacional vitória de Jesus Cristo. Se o mundo conhecesse melhor a história desse extraordinário reino messiânico que Deus planejou para a humanidade, creio que muitos outros milhões de pessoas iriam querer saber mais sobre a salvação, principalmente se compararmos os maravilhosos planos que Deus tem para Seus filhos com qualquer ou-

tro ensino ou conceito filosófico do mundo. Nenhum deles chega aos pés daquilo que Deus preparou para nós! Como a reencarnação, o sono da alma, o purgatório ou qualquer outra doutrina sobre a vida após a morte, todas elas inventadas pelo homem, poderiam se comparar com o maravilhoso plano que Deus traçou para o nosso futuro, e que está exposto em detalhes na Bíblia? Infelizmente, esse plano maravilhoso é um dos segredos mais bem guardados no mundo. Com certeza essa é uma estratégia de Satanás para impedir que as pessoas sejam inspiradas pelo plano profético que Deus tem para o futuro. Mas, quer as pessoas o conheçam, quer não, ele vai se realizar, pois está garantido pela Palavra do Senhor. O mesmo profeta de Deus (Daniel) que no passado interpretou e descreveu a ascensão e a queda dos quatro grandes impérios mundiais que se sucederam desde 606 a.C. até o final dos tempos, também se referiu com absoluta certeza à volta de Jesus, o Messias, a esta terra para estabelecer o Seu reino. Mas, por que razão houve apenas quatro impérios mundiais desde os dias do Império Babilônico de Nabucodonosor, sucedido pela Medo-Pérsia, Grécia e Roma? Porque Deus, Você consegue imaginar uma época tão abençoada através de Seu profeta por Deus que a melhor palavra para defini-la seja Daniel, disse que seria as“utopia”? Realmente, será um pedaço do céu na terra. Será um tempo de justiça, pois Cristo sim! Gêngis Khan tentou reinará sobre todo o mundo. conquistar o mundo e fracassou, assim como Napoleão, o Kaiser Guilherme, Adolf Hitler, Josef Stalin, Mao Tsé-Tung e outros. Todos eles falharam – e qualquer outro que surja com o mesmo propósito também falhará, até que venha o “homem da iniqüidade” e se torne rei sobre dez reis,

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após o que Cristo, a pedra cortada do monte sem o auxílio de mãos mencionada pelo profeta Daniel, reduzirá a pó os reinos do mundo e Seu reino encherá toda a terra. Leia esta profecia com atenção: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua interpretação. Então, o rei Nabucodonosor se inclinou, e se prostrou rosto em terra perante Daniel, e ordenou que lhe fizessem oferta de manjares e suaves perfumes. Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério” (Dn 2.44-47). Lembre-se que durante Seu ministério terreno Jesus citou o profeta Daniel diversas vezes. Não há dúvida de que Daniel era o homem de Deus para sua geração. O reino vindouro de Cristo acontecerá exatamente como Daniel profetizou. Prova disso é que os quatro impérios previstos por ele são hoje fatos históricos, assim como é fato que nunca houve um quinto império! Da mesma forma que as profecias sobre esses quatro impérios se cumpriram literalmente, ocorrerá com o futuro reino do Messias – e o Apocalipse nos diz que ele durará “mil anos”. Concordo com as palavras de Clarence Larkin: É lamentável, porém, que a palavra “milênio” tenha se tornado mais importante que a palavra bíblica “reino”, pois não dependemos do capítulo 20 de Apocalipse para entender a era do reino. Ela é mencionada e descrita


tantas vezes pelos profetas hebreus que a Bíblia não faria sentido se esse não fosse um reino literal. De fato, se não há reino, não podemos confiar na Palavra de Deus, e muitas das promessas feitas por Ele, tanto a Israel quanto às nações gentílicas, não se cumprirão. Mas isso é impossível! Deus não diz uma coisa querendo dizer outra. Devemos nos lembrar do que o anjo falou a respeito de Jesus após Sua ressurreição: “Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito”. Portanto, o reino está garantido, pois Jesus prometeu que voltaria, estabeleceria Seu domínio e faria com que Seus doze discípulos se sentassem em tronos para julgar, assim como o farão todos os Seus “santos”, como veremos depois. Mesmo que não houvesse nenhuma outra garantia, a promessa de Jesus já seria garantia suficiente.1

Meu amigo Dr. Arnold G. Fruchtenbaum, profundo estudioso da profecia bíblica, definiu o fundamento para a crença no reino messiânico em seu excelente livro, The Footsteps of the Messiah (Os Passos do Messias). Embora a citação abaixo – que estou usando com permissão – seja bastante longa, ela merece ser lida com toda a atenção: Os pré-milenistas têm sido muito criticados por basearem sua crença no Milênio numa única passagem da Escritura, que é Apocalipse 20. Como esse livro bíblico se caracteriza pelo uso de uma grande quantidade de símbolos, os críticos afirmam que é tolice interpretar literalmente a expressão “mil anos”. Porém, essa crítica não é válida. Para começo de assunto, embora seja verdade que o Apocalipse emprega muitos símbolos, já foi demonstrado que todos esses símbolos são explicados, ou no próprio Apocalipse, ou noutro trecho da Escritura. Além disso, anos nunca são usados de forma simbólica nesse livro. Se eles são simbólicos, seu simbolismo não está explica-

do em lugar nenhum. As expressões 1.260 dias, 42 meses e 3 anos e meio são todas literais e não simbólicas. Portanto, não há motivo para não interpretar os mil anos literalmente. Quando um intérprete deseja espiritualizar o texto, cabe a ele o ônus da prova. Sem uma prova objetiva, a interpretação será sempre subjetiva. É claro que o número de mil anos só aparece em Apocalipse 20, mas apenas essa única passagem o menciona seis vezes. A repetição é um recurso que se usa para enfatizar algum ponto, para salientar e ressaltar algum fato. Entretanto, embora seja verdade que o Milênio (isto é, 1.000 anos) só é encontrado em Apocalipse 20, a crença na era messiânica não se baseia somente nessa passagem. De fato, praticamente independe dela. A base para crermos na era messiânica são as numerosas profecias do Antigo Testamento que falam da vinda do Messias para assentar-se no trono de Davi e estabelecer um reino de paz. Há muitas passagens no Antigo Testamento falando do reino do Messias. A crença numa era messiânica baseia-se na interpretação literal dessas diversas passagens. A única contribuição real do Apocalipse para o conhecimento do reino messiânico é o fato de revelar quanto tempo ele irá durar, ou seja, 1.000 anos, motivo pelo qual se usa o termo Milênio. Esta é a única verdade-chave concernente ao reino não revelada no Antigo Testamento.2

Eu acrescentaria que existem três outros importantes acontecimentos relacionados com a Era do Reino que são citados somente no Apocalipse: (1) o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados diretamente no lago de fogo (inferno); (2) Satanás será encerrado no abismo; e (3) Satanás será solto quando “se completarem os mil anos [...] e sairá a seduzir as nações” (Ap 20.7-8).

Fruchtenbaum continua: Em vista disso, podemos entender por que a Grande Tribulação ocupa uma parte tão grande do livro, enquanto o Milênio é tratado brevemente. Embora muito do que está escrito em Apocalipse 4 a 19 encontre-se espalhado pelas páginas do Antigo Testamento, é impossível colocar esses eventos em ordem cronológica usando apenas o Antigo Testamento. O Apocalipse fornece a estrutura necessária para que isso seja feito. Uma grande parcela do Apocalipse foi escrita com esse propósito. Por outro lado, todas as características e facetas da era messiânica já tinham sido reveladas no Antigo Testamento. São descrições dos aspectos gerais da vida no reino, o que não gera nenhum problema de ordem ou seqüência. Portanto, não havia razão para gastar muito tempo falando sobre a era messiânica no Apocalipse. A maior parte do que precisava ser revelado já era conhecida desde o Antigo Testamento.3

Tudo isso faz com que seja difícil entender como alguém pode ser amilenista. (Pre-Trib Perspectives) [continua] Notas: 1. Clarence Larkin, Dispensational Truth. (Philadelphia: Clarence Larkin Publishing, 1918), p. 92. 2. Arnold Fruchtenbaum, The Footsteps of the Messiah, Ariel Ministries Press, 1995. pp. 267-269. 3. Ibid.

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Uma análise dos filmes “Guerra dos Mundos” O tempo passa, o tempo voa e a depravação humana continua numa “boa” “...porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade...” (Gênesis 8.21b). Permita-me começar com alguns questionamentos provocativos: Pegue o homem depravado e coloque-o nas culturas mais refinadas, nas melhores universidades, faça-o um poliglota, eduqueo nas mais sofisticadas normas sociais e ele deixará de ser um depravado? Não! Você apenas terá um depravado culto e educado. Faça uma plástica estética e deixe uma mulher depravada extremamente linda, vista-a com as melhores grifes e ela deixará de ser depravada? Não! Você apenas terá uma depravada bonitinha, mas ordinária. A Bíblia ensina que desde quando Adão pecou, o ser humano passou a ter seu desejo sempre para o mal e herdou a morte (1 Coríntios 15.22 e Romanos 5.12). Ainda do ponto de vista bíblico, a depravação é total, inata, corre no nosso DNA espiritual, sempre existiu e existirá. Isso explica por que um homem aparentemente “decente e de boa índole” comete ações pífias e torpes. Sabemos, no entanto, que a depravação nunca esteve tão explícita como atualmente. Parece até que ela cresce em progressão

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Mundos”, um objeto ardente no céu noturno – um dos cilindros marcianos disfarçados de meteoro – desce à distância. No primeiro plano, uma igreja solitária em uma pequena cidade do Sul da Califórnia – um presságio de justaposição. Logo os personagens principais se aglomeram em torno desse evento – pessoas honestas e direitas que vivem entre si em franca familiaridade e confiança. Existe uma dança de quadrilha que termina assim que a eletricidade falha. Até os relógios de pulso ficam paralisados. Poderia ser por causa do meteoro? Tarde da noite, três testemunhas encarregadas de guardar o meteoro vêem o grande topo metálico desaparafusar vagarosamente. Um pescoço metálico se projeta para fora, como se fosse um cobra com raios mortíferos e se agiganta sobre os homens. Eles aproximam-se daquela coisa balançando lenços em suas mãos como um sinal de paz e são vaporizados. Em seguida, um famoso cientista chega à cratera. A polícia e outras pessoas estão de olho no cilindro enquanto ele esfria. Uma atraente garota local logo junta-se ao cientista. A garo-

geométrica em relação a cada avanço tecnológico. A aparente pureza e ingenuidade de meio século atrás parece ser história da carochinha. Sem dúvida, o mundo e o comportamento humano mudaram bastante nos últimos 50 anos. Gostaria então, de analisar essa enorme mudança estudando duas versões diferentes de um mesmo filme. Entre a primeira versão do filme “Guerra dos Mundos” (EUA – 1952-53) baseada no clássico de H. G. Wells e a de Steven Spielberg (EUA – 2005), muitas águas passaram sob as pontes das nossas vidas. Eu não era nascido na década de 50, por isso só tive acesso à versão original em 2005, em DVD. “Guerra dos Mundos” retrata uma invasão marciana da Terra e a quase destruição total do nosso planeta. Porém, neste artigo não vou comentar sobre ETs e OVNIs (minhas colocações sobre esse tópico Filme original: o “meteoro” marciano cai à estão à disposição na palesdistância e no primeiro plano tra em DVD: “Seduzidos uma igreja cristã impávida. por OVNIs e ETs”) mas sobre o comportamento humano.

Um resumo de “Guerra dos Mundos” – 1952-53 O apologista cristão Tal Brooke resumiu assim o filme: Nas cenas iniciais, na versão de 1953 de “Guerra dos


Do Nosso Campo Visual ta está acompanhada do seu tio que está disposto a cooperar. Ela anuncia estar esperando o famoso Dr. Forrester e divulga o seu conhecimento a respeito dele. O famoso cientista, representado pelo ator Gene Barry, sem dúvida é o Dr. Clayton Forrester, que humildemente se apresenta à garota. Ela é surpreendida, mas rapidamente se recompõe. Muito linda, comprometida com um tipo de dignidade feminina comum em eras passadas, Ann Robinson representa Sylvia Van Buren, sobrinha do reverendo local, um homem muito estimado na comunidade. [...] Após o abrigo militar, do lado de fora da cidade, ter sido abandonado e o restante dos militares espalhados, Dr. Clayton Forrester e Sylvia Van Buren assumem juntos uma missão em comum. Ele a leva ao seu pequeno avião para escapar antes que as naves marcianas aniquilem a região. É um passeio frenético, evitando os raios da morte enquanto voa perigosamente baixo, entre as árvores. Finalmente bate e cai em uma área campestre. Ambos estão exaustos e correm para se proteger. [...] Mas, Clayton Forrester é separado de Sylvia em Los Angeles, enquanto a multidão fica desesperada, roubando e despojando qualquer automóvel que passe pelas ruas cheias de pessoas. Sylvia dirigia um ônibus escolar carregado de pessoas da própria cidade que logo foi parado e saqueado. [...] O cientista parte com um caminhão carregado de materiais científicos criticamente importantes, inclusive com alguns itens da máquina de morte marciana. Esta parece ser a última esperança para se alcançar uma solução científica. Porém, a multidão insana, sem dar atenção aos avisos do cientista, saqueia o caminhão enquanto ele passa por uma rua de Los Angeles lotada de pessoas. Os seqüestradores levam seu caminhão, deixando o cientista jogado ao chão. [...]

Agora o foco da missão de Clayton é encontrar Sylvia, isto é, se ela ainda estiver viva. Ele está muito preocupado, pois viu os restos do ônibus escolar de Sylvia em uma rua de Los Angeles onde o seu caminhão foi seqüestrado. [...] O jovem cientista sabe que, se quiser encontrar Sylvia, uma crente devota, sua melhor chance é procurá-la nas igrejas. Ele encontra três igrejas. Cada cena é comovente. Então, entra numa igreja grande e vê Sylvia dedicada a atender alguém em um banco. Clayton Forrester e Sylvia se olham, apressam-se desesperadamente e se abraçam. O mundo está à beira de se transformar em ruínas e cada precioso segundo juntos é muito valorizado. Porém, existem necessidades maiores que as deles. Fica muito claro que apenas UM maior do que o homem é capaz de salvar a raça humana. Nas igrejas as orações são apaixonadas e cada vez mais desesperadas, clamando a Deus por um milagre de libertação. Existe o medo de que as igrejas cairão como os outros prédios. No entanto, até aquele momento, elas estão em pé, como se estivessem protegidas por uma mão invisível, enquanto o olhar feroz dos raios marcianos, através dos vitrais, ilumina o santuário. O dirigente e a congregação continuam suas súplicas urgentes pedindo algum milagre de intervenção divina. A humanidade está no limite. De repente, surge um sentimento diferente – um silêncio súbito. Os raios mortíferos, que disparavam à distância, não são mais ouvidos. A multidão tenta abrir caminho até chegar ao lado de fora da igreja. As luzes coloridas das máquinas dos marcianos tornam-se escuras enquanto as espaçonaves voam vacilantemente e caem no chão. Através de um portal, um braço marciano solitário estende-se para o lado de fora da espaçonave. O Dr.

Forrester checa o pulso e descobre que o marciano está morto. O cientista famoso então olha para os céus e faz uma afirmação com temor: “Estávamos todos orando por um milagre...” Nesse exato momento, a voz narrativa que iniciou o filme continua com a observação de que as menores criaturas da terra, os micróbios, criados por Deus, destruíram os invasores. Os marcianos não tinham resistência aos germes terráqueos.[1]

O que se perdeu pelo caminho:

a) Um linguajar decente e um grande interesse em ajudar a família e ao próximo Um linguajar indecente, atrevido e condutas egoístas fazem parte do cotidiano dos personagens da versão de 2005. Tal Brooke, o já citado apologista, comenta: O “Guerra dos Mundos” de 2005, de Steven Spielberg, é um passeio por um mundo feio, uma América bem mais escura que a do primeiro filme, no despertar de cinqüenta anos de mudanças sociais. As pessoas são alienadas, cínicas e não-confiáveis enquanto vivem em uma sopa eticamente diversificada e caótica. Ao contrário do linguajar digno praticado no primeiro filme, obscenidades e uma conversa podre aparecem desde o início. Tom Cruise, no papel de Ray Ferrier, xinga seu filho punk Robby (Justin Chatwin), que também tem uma língua suja e assim a história continua com vários encontros pelas ruas. A linguagem incorpora um realismo ínfimo. [...] Ao contrário do cientista agradável e humilde no filme de 1953, o personagem masculino principal representado por Tom Cruise é arrogante, egoísta, alienado dos seus filhos e da ex-esposa (nem sabia que a filha tinha alergia, desde quando nasceu, ao cre-

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Do Nosso Campo Visual cadas atrás. A rua recifense, de mais ou menos cem metros de extensão, em que morava quando era criança ainda é a mesma em que meus pais residem hoje. Na minha infância era uma rua tranqüila, o piso de barro, todos Versão de 2005: Ray Ferrier (Tom Cruise) passando creme de amendoim no pão de sua filha, sem saber os muros das casas que ela era alérgica ao amendoim. eram baixos, os postes de iluminação eram de madeira rolime de amendoim e tampouco como ça e os vizinhos se conheciam pelo agir diante da síndrome do pânico da nome. Morávamos na casa de escriança), muito parecido com quase quina e a segunda casa após a todos e pronto para conquistar o mun- nossa era da mãe de dona Selma, do.[2] (o texto em itálico foi acréscimo a única da rua a ter linha telefônica. Foi lá que falei ao telefone pemeu). Não! Não quero fazer aqui uma la primeira vez. Era um daqueles apologia à suposta “pureza” da aparelhos pretos, grandes, com década de 50, pois isso não seria um disco em que colocávamos o verdadeiro. Até mesmo na versão indicador e o girávamos (o leitor original presenciamos atos de sel- com mais de quarenta anos sabe vageria quando a multidão saqueia exatamente a que tipo de aparelho os carros que passam pelas ruas. estou me referindo). Hoje é uma No entanto, o que quero deixar relíquia. Às noites, as pessoas colocaclaro é que aqueles são tempos idos e que a situação atual é bem vam cadeiras nas calçadas na frente da casa, sentavam, jogavam domais grave e decepcionante. Para exemplificar melhor, per- minó e conversa fora, alguns tocamita-me trazer à memória lem- vam violão, enquanto as meninas branças telúricas de algumas dé- bem vestidas brincavam de amarelinha, pulavam corda e cantavam “Atirei o pau no gato...”. Nós, garotos, jogávamos bola na Filme original: O caminhão do cientista rua, andávamos de bicicleta e de Clayton Forrester (Gene Barry) patins feitos com tábuas de masaqueado pela multidão. deira e rodas de rolimã e brincávamos de “trinta-e-um-alerta!”. Bem, o tempo passa, e como passa. Hoje aquela rua do final da década de 60 é apenas uma representação nostálgica de um tempo que não volta mais. Atualmente, ela está asfaltada, os muros estão cada vez mais altos, os portões com travas eletrônicas, quase nin-

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guém mais joga bola na rua com medo de ser atropelado, as pessoas não conversam mais na calçada, na verdade pouco se falam, quando muito se cumprimentam e não há nenhum “louco” que tenha coragem de arriscar a própria vida se sentando em uma cadeira de balanço nas calçadas após as dezoito horas. Por quê? Porque o amor esfarelou, as pessoas estão mais frias e distantes, a iniqüidade prosperou, o mundo ficou mais depravado, perigoso e violento.

b) O amor à moda antiga entre um homem e uma mulher Sobre esse tópico, Tal Brooke escreve: Um pouco distante do local onde seu avião acidentou-se, o Dr. Clayton Forrester protege Sylvia em seus braços enquanto ela dorme. O amor deles é espontâneo e não autoconsciente. É um ato de beleza, um diamante raro no vasto cosmos. Da maneira mais convincente, vemos como essa mais rara flor do amor humano é formada e sabemos que é algo de um valor inestimável. Esse momento inocente de afeição, quando ele a protege em seus braços

Filme original: O Dr. Clayton Forrester protege Sylvia Van Buren (Ann Robinson).


Do Nosso Campo Visual em uma área campestre, foi filmado e graciosamente preservado muito tempo antes das vozes estridentes surgirem com a guerra dos sexos, o feminismo radical e grupos gays, transexuais e lésbicas degradarem o cenário com poder vituperador. [...] Nos filmes atuais a presença deles é obrigatória. No entanto, ao contrário do pano de fundo do conflito que vai aumentando de intensidade, vemos convincentemente como o amor e a afeição se desenvolvem entre esse homem e essa mulher atraentes, enquanto questões de risco de morte tornam-se inevitáveis. Observamos o início do amor entre um homem e uma mulher como uma afirmação estimulante acerca do valor humano e da intenção divina.[3]

Filmes, como a versão da década de 50, que exibem o início de um namoro entre um homem e uma mulher sem qualquer apelação sensual ou interesses carnais, honra, bravura, lealdade entre as pessoas da pequena cidade, desarmadas diante de um inimigo tenebroso vindo do espaço, mostram exemplos muito distantes da nossa época. O que dizer do conceito de “amor” no século XXI? Como foi distorcido o amor bíblico! Hoje temos uma enxurrada de padres católicos pedófilos, pastores avarentos e adúlteros, uma Inglaterra (sim, a tão conservadora Grã-Bretanha) tornando-se mais uma nação européia a legalizar a união civil de homossexuais, como também hindus indianos vivendo com macacas como se as mesmas fossem as suas supostas ex-esposas reencarnadas. Se Jesus não voltar logo, como será o “amor” daqui a um século? Caminhamos a passos largos para uma sociedade globalizada onde não existirá amor genuíno, pecado, culpa e nem a necessidade de

arrependimento. Nesse ritmo, em breve, as gerações vindouras vão presenciar a legalização do matrimônio entre humanos e animais e entre dois animais irracionais. Misericórdia!

c) O respeito ao pastor e a igreja como local de referência e refúgio Que simbolismo importante e que contraste com a versão da década de 50! No filme da década de 50, o reverendo local é uma pessoa querida, corajosa, participativa, prestativa e bastante estimada pela comunidade. Na versão de Steven Spielberg não existe o personagem do reverendo. A película cinematográfica do século passado exibe, em umas de suas primeiras cenas, uma igreja impávida enquanto o “meteoro” cai à distância. Na do século XXI revela que um dos primeiros prédios a serem destruídos é uma igreja cristã.

esquina de uma delas encontravase uma igreja cristã que foi inicialmente rachada e partida ao meio pelo terremoto e em seguida teve a sua torre quebrada e jogada ao chão. Na película de mais cinqüenta anos atrás, até o final a igreja é o local de refúgio, onde a população se aconchega a clamar ao Senhor por uma intervenção milagrosa. É apropriada uma introspecção essencial acerca da América daquela era. Onde as pessoas iam em busca de segurança e consolo? Onde elas iam buscar conforto e esperança? Resposta: na igreja. No filme de Spielberg não há mais igreja no final.

Filme original: Multidão se aglomera dentro das igrejas clamando a Deus por uma intervenção divina.

d) Deus como soberano Versão de 2005: A igreja cristã é um dos primeiros prédios a serem destruídos pelos marcianos.

No filme de Spielberg (2005), o primeiro “meteoro” que caiu na vizinhança de Nova Jersey foi em um cruzamento de duas ruas. Na

A conclusão do filme original deu uma ênfase total à pessoa de Deus como o libertador. d1) O final do filme de 195253: O cientista Dr. Clayton Forrester, olhando para os céus: “Nós estávamos todos orando por um milagre”.[4] O narrador: “Os marcianos não tinham resistência contra as bactérias da nossa atmosfera. Quando

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Do Nosso Campo Visual do planeta. E esse direito é nosso contra todos os desafios, porque os homens não vivem nem morrem em vão”.[6]

Filme original: Sylvia, o pastor e Dr. Clayton Forrester olhando para os céus após o livramento divino. Os méritos pela vitória são todos de Deus.

respiraram nosso ar, germes inofensivos a nós os mataram. O final foi rápido. Por todo o mundo, suas máquinas pararam e caíram. Depois de todas as tentativas do homem terem falhado, os marcianos foram destruídos e a humanidade foi salva, pelas menores coisas que Deus, em Sua sabedoria, pôs nesta terra”.[5] Enquanto isso, ouvimos um coro cantando ao fundo: “Amém...”. d2) O final do filme de 2005: Ninguém fala: “Nós estávamos todos orando por um milagre”. A ênfase da narrativa é na pessoa de Deus e no próprio homem. Spielberg tem alguma coisa a mais para a voz narrativa adicionar ao texto original. O homem passa a ter crédito e direito por ter sobrevivido: O narrador: “Desde que os invasores chegaram, respiraram o nosso ar, comeram e beberam, foram condenados. Eles foram aniquilados, destruídos, após todas as armas e equipamentos humanos falharem, pela menor criatura que Deus, em sua sabedoria, pôs na Terra. Pelo preço de um bilhão de mortes, o homem ganhou sua imunidade e seu direito de sobreviver entre os infinitos organismos

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Versão de 2005: Apesar do final comovente onde Ray abraça seu filho, a ênfase da narrativa é que os méritos pela vitória sobre os marcianos não são apenas de Deus.

A cura da depravação Tal Brooke conclui sua análise com um tom melancólico: Sem dúvida, que a ode real na versão do filme de 2005 é para o humanismo e não para Deus. Não estou certo que tipo de mundo os sobreviventes de Spielberg vão reconstruir. Certamente não queria estar confinado dentro desse mundo. Também é verdade que a segunda versão de “Guerra dos Mundos” é um arquivo da América dos dias atuais, da mesma forma que o primeiro filme registrou a América do início da década de 50. O triste é comparar os dois mundos entre esses dois filmes. É uma jornada descendente e a ruína americana nem sequer precisou dos marcianos”.[7]

Sem dúvida, a depravação humana, seja na América, no Brasil ou em qualquer outra latitude, continua numa “boa”. Esse quadro vem se agravando nos últimos cinqüenta anos e ainda vai piorar (2 Timóteo 3.1-9). Basta ler os jornais ou assistir aos noticiários

para constatarmos que estamos numa depravação total. Porém, Deus não está com Suas mãos encolhidas, elas estão estendidas e prontas para nos resgatar desse lamaçal. O ser humano é totalmente depravado desde quando nasceu. Como uma carga genética espiritual, o pecado original de Adão nos tem sido passado através dos séculos e todos nós somos culpáveis. Qualquer tentativa de sarar o depravado sem modificar a sua natureza pecaminosa é inútil. Só quando o homem recebe uma nova natureza, que só Cristo dá, ele pode alcançar a cura. “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos” (Efésios 2.4-5). “Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado” (Romanos 4.7-8). “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23). “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5.17). Olhem como o tempo voa. As horas passam rapidamente. Estou ficando mais velho a cada segundo e a humanidade prossegue no seu rapel espiritual. “A iniqüidade se multiplicará” (Mateus 24.12).


Do Nosso Campo Visual Para aqueles ansiosos: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mateus 6.34). Para aqueles que ainda agem depravadamente, recusando a graça bendita de Jesus: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Galátas 6.7). Converta-se a Ele hoje, enquanto ainda é tempo (Hebreus 3.13). “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55.7).

Ah! Como o tempo passa, o tempo voa. Ao Deus, Senhor de todos os tempos, toda a glória, honra e domínio pelos séculos dos séculos, amém! (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa) O Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa é médico gastroenterologista com parte de sua formação acadêmica nos EUA. Ele é um pesquisador minucioso e há muito tempo se dedica à análise e estudos de idéias controvertidas quanto à fé cristã. Samuel Costa reside com sua esposa e filhos na cidade de Recife/PE.

Bibliografia: 1. Artigo “War of The Worlds – 50 years apart”, por Tal Brooke. SCP Newsletter. Berkeley, Califórnia, summer 2005, volume 29:4. páginas 4-7. 2. Id, página 8. 3. Ibid, páginas 4-5. 4. DVD do filme “Guerra dos Mundos”, baseado no livro de H.G. Wells, 1952, renovado em 1980 pela Paramount Pictures. Cenas finais. 5. Id. 6. DVD do filme “Guerra dos Mundos”, um filme de Steven Spielberg, 2005, Paramount Pictures e Dreamworks Pictures. Cenas finais. 7. Artigo “War of The Worlds – 50 years apart”, por Tal Brooke. SCP Newsletter. Página 16.

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Satanás, o imitador de Deus Lutero teria chamado Satanás de “macaco de Deus” (“imitador de Deus”). Realmente, em sua luta cheia de ódio contra Deus, ele imita o amor divino de modo cruel. O texto a seguir foi extraído de uma revista cristã:

O messias de Satanás Paulo escreve em 2 Coríntios 11.14 que Satanás pode se transformar em anjo de luz. Alguém disse: “O maior triunfo de Satanás consiste em passar a idéia de que ele não existe”. Dessa forma Satanás conquistou o mundo e estabeleceu a base para seu messias, o Anticristo, que subirá ao palco mundial como “anjo de luz” e como “homem da paz” para consumar a obra satânica. Esse falso messias começará sua funesta carreira como pacificador e talvez até ganhe o prêmio Nobel da

Paz. No final, porém, ele revelará seu verdadeiro rosto e lançará a humanidade num estado de miséria jamais visto. Em Seu sermão profético (Mt 24, Mc 13, Lc 21 e Jo 16), Jesus alerta que o tempo do Anticristo será muito pior que qualquer coisa que o mundo já presenciou, começando pela destruição de Jerusalém e do Templo pela dispersão dos judeus por entre todos os povos. Quantas coisas a humanidade já sofreu depois disso! Há menos de dois mil anos, judeus e cristãos eram jogados nas arenas para servirem de alimento às feras. Os cristãos estavam recém se restabelecendo e firmando, quando o hunos vieram e os atacaram barbaramente. Não muito tempo depois, as hordas de Maomé caíram sobre a Europa e mataram todos que encontraram pela frente. Então, os cruzados almejaram conquistar a Terra Santa. Mas antes que

“consagrassem” suas espadas ao “Príncipe da Paz” na Igreja do Santo Sepulcro, mataram todos os judeus e muçulmanos de Jerusalém, fazendo o sangue escorrer pelas suas ruas. Pouco depois veio a Inquisição com suas câmaras de tortura; na Europa e no Novo Mundo ardiam as fogueiras. O povo recém voltava a respirar quando a peste irrompeu na Europa, matando mais de 60% de sua população. Quem sobreviveu foi dizimado sem misericórdia na Guerra dos Trinta Anos, em que católicos e protestantes se digladiaram. Uma disputa por razões de fé transformou-se em vontade de matar e de fazer o mal. Então veio o tempo do Iluminismo. Tudo seria mais humano, era a esperança na época. Mas, na prática, as espadas e os canhões foram meramente substituídos pela guilhotina, que impiedosamente matou primeiro os inimigos e depois os amigos. A Primeira Guerra Mundial eclodiu, matando dez milhões de pessoas.

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Do Nosso Campo Visual Vinte e um anos depois começava a Segunda Guerra Mundial, vitimando 55 milhões de pessoas. Isso sem falar do Holocausto, com seis milhões de judeus massacrados, incluindo seiscentas mil crianças, assassinadas por pessoas que se arvoravam ser de raça superior. Jamais se saberá a quantidade de pessoas que desapareceu na Sibéria, que foi torturada e acabou morrendo. Jesus disse que o Anticristo superará em muito tudo o que a humanidade presenciou em matéria de crueldade. Em Daniel 8.25 lemos que o Anticristo prosperará “por sua astúcia nos seus empreendimentos”. Hitler também foi um homem assim, ofuscando os olhos do povo alemão ao usar expressões do agrado do público, por exemplo, Volkswagen (Carro do Povo) ou Volksempfänger (Rádio do Povo) e seu programa de férias “Força Pela Alegria”. O que começou de maneira tão amigável acabou em crueldade terrível – e o Anticristo superará tudo isso em termos de sadismo. Para camuflar sua diplomacia de morte apregoando a paz, ele fará uma aliança de sete anos com o povo de Israel, que romperá na metade de sua vigência, ou seja, depois de três anos e meio. Olhando para o Israel de hoje, vemos uma nação pronta a fazer concessões e disposta a selar compromis-

sos para alcançar, finalmente, a tão almejada paz. Assim, muitos judeus pensarão que o Anticristo é o esperado Messias e o aceitarão (Jo 5.43). A partir do momento em que o Anticristo tiver o apoio de todas as nações, avançará contra Jerusalém (Zc 12). Hitler fez o mesmo: a primeira metade de seu governo, de 1933 a 1939, foi um tempo de progresso econômico na Alemanha. A segunda metade, de 1939 a 1945, foi tempo de guerra. Primeiro o Anticristo trará prosperidade ao mundo, acalmando os opositores da globalização. Isso abrirá caminho para o governo mundial único, para a moeda unificada, para uma polícia mundial, para a religião global – e para a guerra mundial. (Ludwig Schneider, Israel heute).

A luta de Satanás contra Deus. Satanás imita Deus: – Assim como Deus instituiu Seu Messias pa- PM0511F2: ra a salvação do mundo, o Diabo também tem seus messias, que oferece ao mundo: um deles foi Hitler; o último será o Anticristo. – Assim como o Senhor é a salvação de Israel, o verdadeiro Re-

Por que ainda faltava o Espírito Santo? Pergunta: “Tenho dúvidas sobre Atos 8.14-17: em Samaria havia pessoas que creram em Jesus depois de ouvirem a pregação de Filipe e foram batizadas no Nome de Jesus. Mesmo assim, o Espírito Santo não havia descido sobre nenhuma delas. Ele somente foi recebido depois que Pedro e João impuseram as mãos aos novos convertidos. Portanto, será possível que o Espírito Santo ainda esteja faltando em minha vida, apesar de que sou crente há dez anos e batizada há seis anos? A partir de que momento somos selados com o Espírito Santo? Gostaria tanto de estar preparada quando Jesus voltar! E se eu morrer antes que Ele venha, gostaria que Ele me chamasse pelo nome e me tomasse em Seus braços de Bom Pastor. Como posso ter a certeza de que tenho o Espírito Santo?”

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dentor, e os anjos nos campos em Belém disseram dEle: “...não temais... é que hoje vos nasceu o Salvador” (Lc 2.10-11), Satanás ofereceu sua “salvação” (“Heil”) em Hitler. Ele inspirou todo um povo a gritar “Heil Hitler!” e infundiu pavor e medo ao mundo. – Assim como Deus retirou “com braço estendido” Seu povo Israel do Egito (Êx 6.6), Satanás compeliu Hitler a levantar o braço estendido para a famosa saudação nazista e para aniquilar o povo judeu. – Dentre todos os povos, Israel foi o único povo escolhido por Deus (2 Sm 7.23-24). Hitler e os nazistas queriam erradicar esse povo e elevar a “raça ariana” à posição de raça escolhida. – Por causa de Jesus, Deus colocou Israel como cabeça das nações (Jr 31.7). Ao contrário, Hitler e seu reino almejavam ser a cabeça das nações. (Norbert Lieth) A respeito, recomendamos os livros : : Hitler, o Quase-Anticristo e : : A Verdade Sobre o Anticristo e o Seu Reino. Pedidos: 0300 789.5152

Resposta: Em primeiro lugar, é preciso salientar que o livro de Atos não é doutrinário. Ele relata as ações, os feitos dos apóstolos, sendo, portanto, em primeiro lugar, um livro histórico. Atos registra a história dos apóstolos que, obedecendo à ordem do Senhor Jesus, começaram a propagar o Evangelho. Não devemos perder de vista que esse Evangelho era completamente novo, algo que nunca havia existido antes! Até então, a


Do Nosso Campo Visual verdadeira adoração a Deus era possível exclusivamente no Templo em Jerusalém. Um dos exemplos evidentes é o camareiro etíope, que veio adorar em Israel. Os judeus estavam bem conscientes desse privilégio, inclusive os discípulos (veja Rm 9.4-5). Mas, de repente a situação mudou completamente. A Bíblia diz: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, destruindo por ele a inimizade” (Ef 2.14-16). Algo novo havia surgido: a Igreja de Jesus! Ela é formada das seguintes pessoas: “no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11). Sabendo desses fatos, entendemos que na ocasião surgiu um grande problema: como seria possível transmitir essa passagem, essa transição do antigo para o novo com credibilidade e de maneira autêntica,

de forma que judeus e gentios a entendessem? Passo a passo, o próprio Jesus havia preparado os Seus discípulos para essa mudança. Ele disselhes em João 10.16: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor”. Mas até o apóstolo Pedro teve dificuldades com essa completa novidade, levando o Senhor a explicar-lhe através de uma ilustração drástica: “...viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviuse uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come.” (At 10.11-13, veja também vv.14-17). Para os judeus religiosos, os gentios eram como animais impuros, a simbologia da visão de Pedro demonstra que Deus queria fazer algo novo, desconhecido até então. Examinemos juntos a grande comissão missionária. O Senhor disse a Seus discípulos (mais uma vez em Atos dos Apóstolos): “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Essa ordem de evangelizar o mundo inteiro começa com a vinda do Espírito Santo (ocorrida em Pentecostes, veja Atos 2). Então Jesus enumera as quatro etapas da propagação do Evangelho: Jerusalém, Judéia, Samaria e os confins da terra. A expansão do

“...recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo...”

Evangelho passou a se estender por três diferentes grupos de pessoas: os judeus, os samaritanos e os demais povos, ou seja, os gentios. Eles foram enumerados individualmente, e foi exatamente nessa seqüência que foram alcançados pelo Evangelho, grupo por grupo (tudo pode ser verificado em Atos). Nesse processo aconteceram diversos milagres de legitimação, dentre eles o derramamento especial do Espírito Santo que você menciona em sua pergunta (veja At 2.6-18; At 8.4-8,13-17; At 10.44-48). Esses eventos somente podem ser entendidos no contexto da época em que ocorreram, ou seja: a partir desse momento o Reino de Deus não era mais formado exclusivamente por Israel, pois a fé passou a ser a única condição para a salvação de todas as pessoas, independentemente de sua raça, cor de pele, etc. O único pré-requisito: “Crê no Senhor Jesus Cristo” (At 16.31)! Portanto, o Evangelho veio de Jerusalém, passou pela Judéia e chegou a Samaria, sendo a cada vez autenticado publicamente por Deus. Isso aconteceu através do Espírito Santo, que dava as boas-vindas por ocasião da chegada dos diferentes grupos (judeus, samaritanos, gentios) à Igreja por meio de derramamentos especiais. Por isso, esses acontecimentos são únicos no Plano de Salvação. Hoje, todos aqueles que se convertem de coração a Jesus são imediatamente selados com o Espírito Santo. A Bíblia é bem clara nesse sentido: “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Ef 1.13). O mesmo é testificado em 2 Coríntios 1.22: “que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito Santo em nosso coração”. (Samuel Rindlisbacher)

Chamada da Meia-Noite, fevereiro de 2006

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