da Meia-Noite
Mateus 25.6
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MAIO DE 2006 • Ano 37 • Nº 5 • R$ 3,50
O engano do ecumenismo
Chamada da Meia-Noite Publicação mensal Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Preços (em R$): Assinatura anual ................................... 31,50 - semestral ............................ 19,00 Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 28.00
Índice Prezados Amigos
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Um Milênio Literal - Como Ensinam as Escrituras
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Feliz Dia das Mães!
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Qual o sentido da vida?
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Do Nosso Campo Visual
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Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial Edições Internacionais A revista “Chamada da Meia-Noite” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, italiano, holandês, francês, coreano, húngaro e cingalês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).
• Sobre o sentido e o absurdo da vida - 14
A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para a fé e conduta do cristão. A finalidade da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:
• A “intifada” no final dos tempos - 16 • O engano do ecumenismo - 18
1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares; 2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; 3. preparar cristãos para Sua segunda vinda; 4. manter a fé e advertir a respeito de falsas doutrinas Todas as atividades da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas voluntárias dos que desejam ter parte neste ministério.
Aconselhamento Bíblico • Oração espiritual ou fanatismo?
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Foi realmente um erro desastroso a resolução e as diretrizes tomadas pelos responsáveis pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) pensando conseguir transformar o mundo através da religião cristã. Sua 9ª Assembléia, realizada em Porto Alegre de 14 a 23 de fevereiro (veja artigo e fotos na página 20), evidenciou muito claramente sua postura: “Deus, na Tua graça, transforma o mundo”. Os jornais cobriram o evento com notícias diárias: “Mais de 120 estandes de movimentos sociais apresentam experiências que têm por objetivo mudar o mundo”. Os temas foram acentuadamente relacionados às coisas terrenas e os planos elaborados foram a respeito de tópicos como o combate à pobreza, AIDS, fome, cultura de militarização e redução da violência, desigualdade social, opressão contra as comunidades negras e indígenas e igualdade de direitos da mulher, desarmamento nuclear e proteção da água, diálogo inter-religioso, marcha pela paz, solidariedade à causa palestina, etc. Portanto, a ênfase esteve focada exclusivamente em nosso futuro humano aqui na terra. Melhorar e transformar o mundo ou evangelizá-lo? Qual é a alternativa? Analisemos a questão do ponto de vista bíblico. Há pouco fui confrontado com João 3.17-18: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. De imediato percebemos que esse versículo-chave estabelece somente duas possibilidades: crer e ser salvo, ou não crer e já estar julgado. As pessoas que nos cercam não possuem apenas necessidades materiais, sociais, de saúde e financeiras. Seu problema maior, que vem antes de tudo, é estarem perdidas, espiritualmente mortas em seus delitos e pecados, separadas de Deus e da vida verdadeira. É imperioso vermos o estado do ser humano, de cada indivíduo, a partir da perspectiva divina e à luz da eternidade. Toda a seriedade da mensagem da Palavra de Deus pode ser entendida até por uma criança: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). Na Bíblia encontramos muitos exemplos da aplicação desse princípio bíblico de crer e ser salvo, de seguir ao Senhor e, aí sim, ter a vida
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transformada. Vemos essa situação quando o Senhor Jesus chamou por nome Seus doze discípulos individualmente: “Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar – aos pobres está sendo pregado o evangelho” (Mc 3.14; Mt 11.5). A pregação do Evangelho era sua tarefa primordial. O endemoninhado gadareno, possuído por uma legião de demônios, não teve primeiramente suas circunstâncias exteriores transformadas mas recebeu uma nova vida do Senhor. Zaqueu, o publicano, foi tocado pelo Senhor e ouviu dEle estas palavras: “Hoje, houve salvação nesta casa! ...Pois o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19.9-10, NVI). A mulher samaritana no poço de Jacó teve sua vida transformada por Jesus. Os apóstolos Pedro e João se preocuparam com o paralítico na Porta Formosa do Templo, e ele foi ajudado em Nome de Jesus. A conversão de Saulo de Tarso (que era semita), do eunuco etíope (camita), e de Cornélio (jafetita) são mais alguns exemplos que demonstram a importância de evangelizar pessoas, individualmente, para que sejam salvas para a eternidade, e também para serem uma bênção e um testemunho do poder de Deus entre as pessoas com quem convivem. Hoje não temos outra incumbência do que dizer às pessoas, a homens, mulheres e crianças, aquilo que foi dito ao carcereiro em Filipos: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa” (At 16.31, NVI). Famílias inteiras se convertendo, tanto naquela época como hoje, são lares onde o Senhor Jesus está no centro, onde toda a glória é dada a Deus e onde se vêem os resultados de vidas transformadas. Jesus Cristo, “o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gl 1.4). Somente vidas transformadas podem trazer transformação a este mundo, e vidas serão alcançadas unicamente através da obra de missões, por meio de uma pregação clara e consistente do Evangelho! Unidos nAquele que transforma vidas, saúdo de coração,
Dieter Steiger
Esta é a quarta e última parte da série de artigos sobre o Milênio. Na edição passada começamos a fazer uma lista das características divinas do Milênio vindouro, conforme ensina o Dr. Arnold Fruchtenbaum. Naquele artigo, apontamos duas características: (1) a sede do governo e as alterações físicas na superfície da terra, e (2) o templo messiânico restaurado no Milênio. Agora, continuaremos a lista:
3. Um reino de justiça “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho” (Sl 15.1-3). Essa passagem descreve a retidão que caracterizará os cidadãos
do reino, embora nem todos os indivíduos viverão necessariamente dessa forma, por razões que discutiremos mais adiante. “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação. Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó” (Sl 24.3-6). Essa passagem descreve o estabelecimento do reino e a justiça que caracterizará todos aqueles que se relacionarem com Deus da maneira correta durante aquele período.1
4. Um reino de paz e prosperidade “Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será esta-
belecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Is 2.2-4). Nessa passagem Isaías descreve uma das maiores características do reino messiânico: a paz universal. Embora surjam diferenças entre as nações, elas não mais serão resolvidas por conflitos militares mas pela Palavra do Senhor promulgada em Jerusalém. Até mesmo a arte da guerra será esquecida.2
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e se tornarão vegetarianos (vv. 6-9, Is 65.25). Até mesmo os mais antigos inimigos, o homem e a áspide, viverão em harmonia (v. 8), pois o conhecimento de Deus encherá o mundo inteiro, afetando igualmente homens e animais (v. 9).3 No Milênio, a paz universal se estenderá até mesmo ao reino animal.
5. Satanás será preso! “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo” (Ap 20.1-3). “O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.6-9). A paz universal descrita na passagem anterior se estenderá até mesmo ao reino animal. Todos os animais voltarão ao estado edênico
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6. A maldição será tirada
O único animal que não será alcançado pela revogação da maldição é a serpente; ela ainda rastejará sobre o seu ventre e “comerá pó”. As mulheres não terão mais medo da serpente, que ainda carregará a marca de ter sido usada por Satanás para enganar o mundo.
7. Uma época de longevidade “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor. Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado” (Is 65.17-20). Essa passagem começa com o anúncio da criação de novos céus e nova terra (v. 17), que não devem
ser confundidos com os de Apocalipse 21-22, onde são descritos os novos céus e a nova terra da ordem eterna, enquanto a passagem de Isaías descreve os da era messiânica, que serão uma renovação dos céus e da terra atuais. Os do Apocalipse não são uma renovação, e sim uma ordem completamente nova. No Milênio, porém, haverá uma renovação total dos céus e da terra. A palavra “crio” mostra que essa renovação será miraculosa, possível apenas pela operação de Deus. O resultado dessa renovação será a manutenção de muitas coisas pertencentes à antiga ordem e a instituição de várias coisas novas. Um bom exemplo desse misto de antigo e novo é o que a Escritura diz sobre a terra de Israel, que também passará pelo processo de renovação. O Mar Mediterrâneo e o Mar Morto da antiga ordem permanecerão, mas as montanhas extremamente altas (serão as mais altas do mundo) no centro do país, por exemplo, serão novas. Logo depois do anúncio de novos céus e nova terra, há uma descrição da Jerusalém milenar (vv. 18-19). O versículo 20 é particularmente importante, pois fala da vida e da morte no reino. Esse versículo revela várias coisas. Em primeiro lugar, ele diz que não haverá mais mortalidade infantil no Milênio; todos os que nascerem no reino alcançarão uma certa idade. Em segundo lugar, ele especifica que a idade mínima com que alguém pode morrer são cem anos. Portanto, removida a mortalidade infantil, todos os que nascerem no Milênio viverão, pelo menos, até os cem anos de idade. Pela espantosa longevidade das pessoas durante o Milênio, a morte aos cem anos será considerada prematura. Em terceiro lugar, essa passagem mostra que a morte aos cem anos se limita apenas aos
pecadores, isto é, aos incrédulos, porque só eles poderiam ser considerados amaldiçoados. Portanto, a morte durante o reino milenar será apenas para os descrentes. Comparando-se essa passagem com outros textos da Bíblia que falam sobre a salvação, todo o conceito de vida e morte no reino milenar pode ser resumido da seguinte maneira: quando se iniciar o Milênio, todos os homens naturais, tanto judeus quanto gentios, serão crentes. Os judeus, em sua totalidade, serão salvos pouco antes da Segunda Vinda de Cristo. Todos os gentios incrédulos (bodes) serão mortos durante o intervalo de 75 dias entre a Tribulação e o Milênio, e somente os gentios crentes (ovelhas) poderão entrar no reino. Entretanto, com o passar do tempo, nascerão novos judeus e gentios no reino milenar. Essas pessoas naturais que nascerão durante o Milênio continuarão a herdar a natureza pecaminosa de seus pais biológicos e também precisarão de regeneração. Embora Satanás esteja confinado nesse período, portanto, reduzindo a tentação, a natureza pecaminosa fará com que seja possível rebelar-se contra Deus, mesmo sem atividade satânica. Passado um tempo, haverá pessoas vivendo no reino que não estarão salvas e precisarão de regeneração. Assim como ocorreu no passado, o único meio de salvação será pela graça, através da fé na morte de Cristo pelos pecados da humanidade e Sua subseqüente ressurreição. Os que nascerem no reino milenar terão até os cem anos para receber a Cristo. Se não o fizerem, morrerão no centésimo ano. Em outras palavras, um incrédulo não poderá ultrapassar um século de vida. Porém, os que receberem a Cristo viverão por todo o Milênio e nunca morrerão. Portanto, apenas
os incrédulos morrerão durante o Milênio. É por isso que a Bíblia afirma que a ressurreição dos santos da Tribulação completa a primeira ressurreição, e não menciona nenhuma ressurreição dos santos do Milênio O único animal que não será alcançado pela revogação da (Ap 20.4-6). maldição é a serpente; ela ainda rastejará sobre o seu ventre e “comerá pó”. Também fica claro que, na nova aliança mencionada em Jeremias 31.31-34, não haverá judeus incré- nada indica que o crescimento da dulos no reino; todos os judeus nas- população seja refreado pelo concidos durante o reino aceitarão o trole da natalidade, como ocorre Messias antes de seu centésimo ani- hoje em dia. Conseqüentemente, o versário. A incredulidade existirá tamanho das famílias crescerá apenas entre os gentios; portanto, a durante o Milênio. As mulheres não precisarão mais temer as dores morte só existirá entre os gentios. Os versículos 21-24 de Isaías 65 do parto, pois a maldição terá sido continuam a descrever a vida no retirada da terra. A grandiosa visão reino milenar como uma época em de Deus em relação à família e aos que cada indivíduo gozará de paz e filhos estará se realizando e os filhos prosperidade. Será um tempo de serão novamente considerados edificar e de plantar. Os que edifi- “herança do Senhor”. Um exame de Ezequiel 36.10carem e plantarem terão a garantia de usufruir da obra de suas mãos, 11,33,37-38, Jeremias 33.10-11 e, pois muitos dos efeitos da maldição principalmente, Jeremias 33.22 serão removidos (vv. 21-22a). A revela essa enorme população: vida será caracterizada pela longevi- “Como não se pode contar o exército dade (v. 22b), pela ausência de agi- dos céus, nem medir-se a areia do mar, tações e calamidades (v. 23) e pela assim tornarei incontável a descendênresposta imediata de Deus (v. 24). cia de Davi, meu servo, e os levitas Como está escrito em Isaías 11.6-9, que ministram diante de mim”. Em os membros do reino animal vive- Zacarias 8.5 lemos que “as praças rão em paz uns com os outros e da cidade se encherão de meninos e meninas”, o que prova que a popucom o homem (v. 25). lação de Israel aumentará drasticamente. Que eu saiba, nenhuma A imensa profecia especifica que o mesmo acontecerá com as nações gentílipopulação do Milênio Diversas passagens do Antigo cas, mas acredito que irá acontecer Testamento profetizam que a popu- o mesmo. A conclusão natural é lação durante a era do reino será que, quando as condições ideais do imensa. A fertilidade será normal e reino milenar de Cristo estiverem
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em vigor, a população irá aumentar e o assassinato em massa de fetos chamado “aborto” será proscrito pela lei – como deveria ser hoje em dia! O príncipe da potestade do ar (Satanás), o arquiinimigo de Deus e dos homens, o Diabo em pessoa, será acorrentado e lançado no abismo. Com ele fora do caminho, a cultura da época promoverá o casamento, a virtude, a família e os filhos – e a vida familiar florescerá. Acrescente-se a isso o princípio de “paz na terra” garantida por mil anos e o resultado será, obviamente, o crescimento da população. A história revela que a humanidade já enfrentou 15.000 guerras. Governos massacraram milhões de pessoas. Só no século XX, o comunismo, outros sistemas de governo repressores e os que lutaram contra suas tentativas de dominar o mundo mataram mais de 180 milhões de pessoas! Isso faz do século XX o mais bárbaro de toda a história da humanidade. Imagine só quantas crianças teriam sido geradas pelos homens mortos em batalha. Se pensarmos no fato de que esses filhos também teriam filhos e
netos, é fácil perceber que as guerras do século passado eliminaram muitos milhões de pessoas. É perfeitamente possível, então, que a população do Milênio, sem uma única guerra para ceifar a vida de pessoas inocentes, possa chegar a mais do dobro da atual população da terra, ou até mais. Um outro fator: como Isaías 65 indica que morrer aos cem anos será morrer ainda criança, as pessoas que estiverem entre o terceiro e o sétimo século de vida, ou até mais velhas, poderão ter filhos, contribuindo ainda mais para o crescimento exponencial da população. O Dr. Henry Morris acredita que a população possa chegar aos 20 bilhões. Eu estou inclinado a supor que ela será pelo menos igual ao dobro da população atual do mundo, ou seja, mais de 12 bilhões de pessoas. Portanto, acredito que se possa supor com segurança que ela será algo entre 12 e 20 bilhões de pessoas, ou talvez mais. Outra evidência de que a população do Milênio será enorme encontra-se na breve rebelião final que ocorrerá no término do Milênio, descrita em Apocalipse 20.7-10. Satanás A grandiosa visão de Deus em relação à família e aos filhos será solto da priestará se realizando e os filhos serão novamente são para “seduconsiderados “herança do Senhor”. zir as nações” e preparar a população para a eternidade, convocando todos os que estiverem vivos naquela época e tiverem rejeitado a Cristo. A passagem diz que o número dessas nações é “como a areia do mar”. Em outras pala-
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vras, bilhões de pessoas. Mas é bom não esquecer que será um movimento de jovens! Só os que tiverem menos de cem anos poderão participar da rebelião! Para que o número de jovens que não aceitaram a Cristo durante esse período de justiça e bênção chegue aos bilhões, é necessário que haja um número astronômico de adultos para gerálos. Sem dúvida, a população do reino milenar será imensa, segundo os padrões atuais.
A grande colheita de almas no Milênio Agora chegamos ao que considero a mais excitante mensagem de todas que analisamos. Durante o reino milenar, o número de pessoas que se converterá será muito maior do que o das que se perderão! Como a população do Milênio será, sem dúvida, maior do que a soma de todas as pessoas que viveram no mundo em toda a história da humanidade, e como a maioria dos que viverão naquela época será composta de cristãos, segue-se que mais pessoas estarão no céu do que no inferno. Conseqüentemente, Deus conseguirá atingir Seu grandioso propósito de salvar a maioria da humanidade (2 Pe 3.9). Fazer uma estimativa do número de almas salvas durante o reino milenar é algo tão arriscado quanto avaliar a população daquele período, mesmo porque essas quantidades estão obviamente inter-relacionadas. No entanto, se compararmos a situação atual dos Estados Unidos com a previsão sobre a época do reino milenar de Cristo, podemos tirar algumas conclusões bastante úteis. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup sobre a religião nos Estados Unidos indica que 41% da população teve uma “experiência de novo nascimento
em Cristo”. Tendo em vista as enormes facilidades e oportunidades que as pessoas têm para pecar hoje em dia, e também o fato de que Satanás ainda está fazendo seu trabalho de enganá-las a respeito de Deus, não podemos ter absoluta certeza de que esse número esteja correto. Mas podemos esperar que esteja. A Igreja não é perfeita, mas, obviamente, ainda estamos desempenhando bem nossa tarefa de levar o Evangelho às nossas famílias e à nação em geral, apesar da corrupção social, governamental e cultural inspirada pela mídia que se vê hoje em dia. O Milênio, como vimos, será completamente diferente. Satanás será preso por mil anos e não poderá enganar a humanidade, ao passo que Jesus estará aqui, em pessoa, comandando um “reino de justiça”. Só os cristãos terão filhos após os cem anos de idade, aumentando ainda mais a população cristã numa época em que “todos conhecerão” a verdade de Deus. Eu presumo que, se 41% da população americana são salvos hoje, a porcentagem dos que aceitarão a Jesus durante o Milênio poderá ser duas ou três vezes maior. Isso significa que, pelo menos, 80% a 90% da enorme população do Milênio poderia ser de pessoas salvas! Assim, poderíamos calcular que, apenas durante o Milênio, 12 a 20 bilhões de pessoas ou mais ganhariam a vida eterna através do sacrifício do Filho de Deus na cruz do Calvário e de Sua subseqüente ressurreição. Não quero que o leitor perca de vista o ponto central desta discussão: se considerarmos todas as passagens da Escritura sobre o Milênio, e se meu raciocínio estiver correto – e eu acredito que esteja – então minha conclusão deve estar certa: “Haverá mais pessoas no céu do que no inferno”. Ah! Eu não me
esqueci do “espaçoso caminho que conduz para a perdição” e de que “são muitos” os que entram por ele, como disse Jesus. Ele, é claro, tinha em mente o período de “tempo” desde Adão até Sua volta para estabelecer Seu reino de justiça. Durante todo esse período da história humana, em que Satanás tem tido acesso à mente dos homens para realizar sua obra enganadora, apenas uma minoria tem crido em Jesus. Entretanto, podemos argumentar que, durante a maior parte da história humana, enquanto a taxa de mortalidade infantil esteve acima dos 50%, metade da população morria antes da idade da razão. Estes, acredito eu, estão cobertos pelo sangue de Cristo. Quando Cristo vier e estabelecer o Seu reino de justiça, Satanás será encerrado no abismo. Então, somente a carne e o livre arbítrio do homem poderão fazer com que ele rejeite o maravilhoso plano da salvação de Deus. Portanto, se somarmos a minoria de crentes salvos durante toda a história da humanidade com os que morreram antes da idade da razão e acrescentarmos ao total o imenso número de pessoas que receberão a Cristo durante o reino milenar, o resultado será um número de pessoas no céu maior do que no inferno. A importância desse fato é que, literalmente, Satanás perderá! Deus
e Jesus Cristo ganharão a batalha ancestral contra Satanás e seus exércitos pela alma dos homens! Não admira que a capital do céu terá 2.500 quilômetros de altura, 2.500 quilômetros de largura e 2.500 quilômetros de profundidade. Ou seja, terá espaço mais que suficiente para abrigar 20 bilhões de pessoas! E é só a capital!
Uma questão de escolha O denominador comum em todas as eras, desde Adão até o Milênio, é que todos os homens têm de tomar uma decisão a respeito de Deus: se querem ou não aceitar Sua grande salvação. Os que decidem aceitá-la entrarão no céu que Deus preparou para Seus seguidores – os que escolheram entregar a vida a Ele. Os que não tomarem essa decisão morrerão em seus pecados, serão julgados e depois enviados para o lago de fogo eterno. Portanto, não é nenhum exagero dizer que essa escolha que todo indivíduo tem de fazer a respeito de Jesus Cristo é a mais importante decisão que terá de tomar durante toda a sua vida na terra. (Pre-Trib Perspectives) Notas: 1. Arnold Fruchtenbaum, The Footsteps of the Messiah, Ariel Ministries Press, 1995, p.270. 2. Ibid., p.271. 3. Ibid.
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L o r n a
S i m c o x
Donald Grey Barnhouse, grande homem de Deus que ministrou por muitos anos na Décima Igreja Presbiteriana na Filadélfia (EUA) até sua morte em 1960, contou certa vez a história real de um rapaz cuja mãe morreu quando ele tinha apenas seis anos de idade.
Sabendo que estava doente e que não viveria para ver seu filho crescer, essa santificada mãe diligentemente dedicou sua vida a seu filho. Todos os dias ela lhe ensinava as Escrituras e o ajudava a memorizar versículos, entregando a alma dele aos cuidados de Jesus, o Grande Pastor das ovelhas. Quando o Senhor a levou, seu filho ficou Do topo do mastro do navio, o marujo levantou os aos cuidados de seu olhos para o céu e, em desafio a Deus, gritou: “Se irmão, um homem ateu há algum Deus, eu o desafio a matar-me!” que jurou que seu sobrinho não cresceria para ser um “maricas”. Aos dezenove anos de idade, o rapaz era encarregado de treinar cadetes na Marinha da rainha Vitória [da Inglaterra] e ficou bem conhecido por suas blasfêmias profusas e seu comportamento sacrílego. Num dia muito bonito e claro, quando estava treinando os cadetes, esse homem profano subiu no cesto de vigia próximo ao topo do mastro do navio, levantou os olhos para o céu e, em desafio a Deus,
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gritou: “Se há algum Deus, eu o desafio a matar-me!” No mesmo instante, o navio sacudiu violentamente e o rapaz foi lançado do cesto de vigia para o mar, onde as ondas o arrastaram para o fundo. A tripulação vasculhou freneticamente o oceano negro procurando por ele. Quando finalmente o encontraram, jogaram-lhe uma corda e o puxaram para bordo. Fracamente podiam ouvi-lo murmurar: “Jesus, Jesus!” Mesmo agora, pensaram, ele usa o nome de Deus em vão. Porém, quando escutaram mais atentamente, ouviram-no dizer: “Obrigado, Jesus. Obrigado!” Naquele dia, ensinou o Dr. Barnhouse, Deus realizou duas maravilhosas obras da Sua graça. Não somente salvou um homem de afogar-se no oceano, mas também o salvou de passar a eternidade no lago de fogo. O marinheiro havia se lembrado dos ensinamentos de sua mãe enquanto estava no oceano frio e escuro e pediu ao Senhor para salvá-lo. Ele veio a tornar-se um famoso pregador na Inglaterra. Nós não fazemos a colheita na mesma época em que semeamos. Mas, no final, o resultado aparece. A tarefa de trabalho intensivo de ser
uma mãe fiel a Deus geralmente não produz resultados imediatos. Porém, quando a colheita chega, ela pode ser gloriosa. Lóide e Eunice são duas mulheres cujos nomes Deus preservou nas Escrituras por uma única razão: elas eram mães dedicadas e tementes a Deus. Semeavam no Espírito, sábia e diligentemente e, embora as Escrituras falem pouco a seu respeito, dizem muito sobre Timóteo, o fruto da sua semeadura, sua colheita preciosa. Timóteo, Eunice, sua mãe, e Lóide, sua avó, vieram de Listra, uma província romana na Galácia (a Turquia dos dias de hoje) e local de uma parada na primeira jornada missionária do apóstolo Paulo. Os três provavelmente se tornaram crentes durante essa época. Embora Eunice e Lóide fossem judias, o pai de Timóteo era um grego descrente (Atos 16.1) que provavelmente adorava em santuários e altares pagãos. Timóteo não foi circuncidado quando tinha oito dias de idade, como recomendava a Lei Mosaica. Talvez o pai o tenha impedido (Atos 16.3). Mesmo vivendo nessas circunstâncias, Lóide e Eunice dedicaram suas vidas a Timóteo, ensinandolhe as Escrituras desde sua mais tenra infância. Quando Paulo escreveu para Timóteo, a quem ele afetuosamente chamava de “verdadeiro filho na fé” (1 Tm 1.2), lembrou-lhe que “desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Tm 3.15). Na mesma epístola, Paulo disse que lembrava da fé sincera da mãe e da avó de Timóteo e acreditava que a fé deste tinha o mesmo calibre. Ele sabia o que Timóteo teria de suportar e o encorajou a ter a mesma devoção a Deus que Lóide e Eunice tinham demonstrado.
A dedicação dessas duas mulheres a Deus deve ter sido realmente forte, porque Paulo escreveu 2 Timóteo em torno de 67 d.C., quando teria sido mais seguro, humanamente falando, renunciar a Cristo do que segui-lO. Três anos antes o imperador romano Nero, um insano de 27 anos de idade, havia culpado os cristãos por um incêndio que devastou Roma durante nove dias – uma fogueira que muitos suspeitavam As mães têm um privilégio verdadeiramente monumental. ter sido provocada Elas têm a incomparável oportunidade de ensinar a seus filhos as verdades espirituais. pelo próprio Nero. Ele perseguia os crentes malignamente, deleitandose em vê-los sendo dilacerados por de ensinar a seus filhos as verdades cães até a morte e empalados em espirituais. Faz aproximadamente estacas, depois incendiados para quarenta anos que começou de fato iluminarem suas festas ao ar livre e o movimento de emancipação femisuas corridas de carruagem. nina, e hoje as mulheres distinLóide e Eunice permaneceram guem-se em todas as áreas da vida. fiéis. Elas ensinaram a Palavra de Porém, à medida que essa era Deus ao jovem Timóteo, colhendo chega ao fim, poderemos descobrir diligentemente as sementes da reti- que Deus não entregou o maior dão. Hoje Deus dá a muitas mães o poder para mulheres que conduzem inigualável privilégio de conduzirem países e corporações, mas para seus filhos a Cristo. Os jovens são aquelas que balançam os berços. capazes de compreender o (Israel My Glory) Evangelho e, muitas vezes, chegam à fé mais facilmente do que os adultos. O próprio Senhor Jesus advertiu os crentes para não serem empecilho para “um destes pequeninos que crêem em mim” (Mt 18.6). As mães têm um privilégio verdadeiramente monumental. Elas Lorna Simcox é redatora-sênior de The têm a incomparável oportunidade Friends of Israel.
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“Todas as coisas são sem sentido”. É o que posso lhe garantir, pois fui o homem mais sábio que já viveu sobre a terra. No final, o que permanecerá de tudo aquilo pelo que você se esforça tanto? O que permanecerá depois que você alcançar seus objetivos? Como fui o homem de maior sucesso que já existiu, posso afirmar que você, ao chegar no final do caminho, depois de ter alcançado seus alvos, vai sentir-se vazio. Você constatará que tudo pelo que lutou,
ao que dedicou seu tempo e suas energias, não tem valor. Você já teve essa sensação alguma vez? A geração dos seus avós passou... a dos seus pais passará em breve... e a sua também não demorará muito para acabar. Do mesmo modo como o sol nasce e se põe todos os dias, os elementos da natureza fazem o mesmo: o rio flui constantemente para o mar, o vento assopra continuamente do leste para o oeste, do norte para o sul.
Do mesmo modo como o sol nasce e se põe todos os dias, os elementos da natureza fazem o mesmo: o rio flui constantemente para o mar, o vento assopra continuamente do leste para o oeste, do norte para o sul.
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Tragicamente, tudo permanece igual Aquilo que atualmente desperta sua atenção e admiração é apenas momentâneo. Você pode afirmar que existe algo de novo, pelo que realmente vale a pena viver? De tudo aquilo que você edificar, não permanecerá nada que realmente lhe seja útil. Fui alguém que teve mais poder que todos. Observei e provei de tudo que a vida tem a oferecer, e tive de constatar que tudo é sem utilidade, sem sentido e sem valor. Então eu disse para mim mesmo: “Não é o poder que me interessa. Não é o dinheiro que traz satisfação”. Por isso, esforcei-me para ser sábio. Acumulei grande entendimento e procurei um sentido para a vida, mas também isso mostrou-se sem valor: nada tem sentido, pois quanto mais você souber, mais sofrerá. Aí decidi: “Vou viver desregradamente!”, e fiz tudo que desejava. Diverti-me e tentei sufocar meus problemas com a bebida; não respeitei nenhum limite. Mas os problemas não podem ser “afogados” com bebedeiras, pois eles “nadam” muito bem e sempre voltam à superfície.
Aproveitei tudo que se pode desejar, obtive tudo que fascinava meus olhos, e mesmo assim não encontrei algo que me satisfizesse. Cheguei à conclusão de que “no final das contas, acontece a mesma coisa com os que têm o maior sucesso e com os mais pobres. Pelo que, afinal, se esforçam os executivos e os homens de negócios?” Comecei a odiar a vida porque temi que, depois de mim, tudo o que edifiquei passaria para outro e seria desperdiçado. Com esses pensamentos, perdi toda a esperança no futuro. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz. Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga? Vi o trabalho que Deus impôs aos filhos dos homens, para com ele os afligir. Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim. Sei que nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho. Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam diante dele. O que é já foi, e o
que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou. Vi ainda debaixo do sol que no lugar do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça, maldade ainda. Então, disse comigo: Deus julgará o justo e o perverso; pois há tempo para todo propósito e para toda obra. Disse ainda comigo: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus os prove, e eles vejam que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra? Pelo que vi não haver coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua recompensa; quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” (Eclesiastes 3.1-22).
Depois de analisar tudo isso, tendo sido o homem de maior sucesso que já viveu, recomendo-lhe: “Se você fizer tudo o que quiser para aproveitar a vida, nada alcançará e um dia terá de prestar contas a Deus. LEMBRE-SE HOJE DO SEU CRIADOR!” Finalizando, quero dizer-lhe: “Ame a Deus, pois esse é o sentido da vida; Ele é TUDO para o homem e nEle TUDO tem sentido”. Cheguei à conclusão de que somente dessa maneira vale a pena viver. Sinceramente,
O rei Salomão Deus diz: “Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus...” (Isaías 43.1-3).
“Tudo tem o seu tempo determinado, ... tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria”.
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Sobre o sentido e o absurdo da vida A revista suíça “Migros” publicou recentemente uma pesquisa intitulada “O que dá sentido à vida?”, que apresentava as respostas de 36 pessoas:
Uma professora afirmou: “Para mim, o sentido da vida é descobrir a relação entre a matéria e o espírito no ser humano e qual o potencial que isso representa”. Um estudante disse: “Que se encontre algo que dê satisfação e que mereça o investimento de energia. Para mim, trata-se do estudo de eletrotécnica e de praticar o mountain biking”. Um professor acentuou que, para ele, o sentido da vida consistia em morrer, mas em idade avançada. Outros imaginaram encontrar o sentido da vida na saúde, em
acumular experiências, em ajudar as pessoas, em gozar férias ou em proteger a natureza. Ainda outros viram o sentido da vida em sua profissão, em cuidar do seu jardim, na família ou até mesmo em manter um animal doméstico. Uma mulher de 80 anos disse: “Meu relacionamento com Deus me dá firmeza e força à minha alma. Leio a Bíblia diariamente”. Um jovem de 18 anos respondeu: “Deus me dá amor, alegria e paz. Na Bíblia está escrito como devo viver”. Portanto, as opiniões sobre o sentido da vida são muito variadas e amplas. Parece, porém, que a maioria não é capaz de dar uma resposta satisfatória à questão. Evidentemente, o sentido da vida não pode ser encontrado nas coisas deste mundo. Por exemplo, o empresário alemão Frieder Bur-
Mountain biking, gozar férias, cuidar do seu jardim... tantas opções que não bastam para achar o sentido da vida...
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da afirmou: “Comprei um grande iate para cruzar os mares. Que solidão. Não passei um único dia feliz nessa embarcação. Apenas gastei dinheiro, sem sentido, sem razão, sem satisfação. Isso não dá conteúdo à vida, apenas aborrecimentos”. Bob Dylan cantou em “Masters of War”: “Você descobrirá, quando a morte chegar, que todo o seu dinheiro não trará de volta a sua alma”. Mesmo os grandes filósofos não conseguiram explicar qual é o sentido da vida. Pelo contrário, com maior freqüência eles falaram do absurdo da existência. Sartre, por exemplo, disse: “Tudo é absurdo: nascer e morrer, e no meio o desespero”. E Heinrich Heine escreveu: “A vida é uma enfermidade, o mundo inteiro é um hospital e a morte é nosso médico”. Enquanto escrevo estas linhas, estou lembrando de Provérbios 8.35: “o que me acha acha a vida e alcança favor do Senhor”. O texto trata da sabedoria que vem de Deus. Afinal, o senti-
Do Nosso Campo Visual do da vida só pode ser achado nAquele que é a origem da vida. Por isso, um autor disse: “Somente este é o sentido da vida na terra: ser algo para o louvor de Deus, iluminando o caminho para os outros com a luz recebida das fontes eternas”. Deus indicou o sentido da vida através de Jesus Cristo, que disse: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). Após muito procurar, o conhecido escritor russo Leon Tolstoi reencontrou a fonte. Aos dezoito anos, ele abandonou a escola e rejeitou a fé tradicional. Durante quatro anos gozou a vida social em Moscou, depois passou mais quatro anos no exército e durante aproximadamente dois anos viajou pela Europa. Após a morte do seu irmão, porém, ele começou a questionar o sentido da vida: “Minha vida tem algum significado, que vá além da morte inevitável?” Se bem que tentou desvencilharse desse questionamento, não o conseguiu. Tolstoi tinha se tornado o autor mais popular da Rússia; ele era um líder, um mestre, mas era obrigado a admitir que não tinha uma mensagem, uma luz, uma explicação para os mistérios da existência. Estava no ponto alto da vida e tinha tudo que desejava, mas não era feliz. “Lembrei da fama que meus livros haviam me dado, e pensei comigo: ‘Muito bem, és mais famoso que Gogol, Puschkin, Shakespeare, Molière e todos os outros, mas, e agora?”’ Naquele tempo, Tolstoi pensou seriamente em suicidar-se. Mais tarde, esse mesmo homem escreveu: “Pensando em Deus, fui inundado por uma onda
de felicidade. Tudo ficou repleto de vida, tudo passou repentinamente a ter sentido. Bastou que eu conhecesse a Deus – e passei a viver. Quando O esqueci, quando deixei de crer nEle, morri... Agora, a vida se manifestou em mim e à minha volta, mais forte do que antes, e a luz que passou a brilhar nunca mais me deixou”. Em suas obras posteriores, Tolstoi voltou a falar da questão do sentido da vida: “Qual Após muito procurar, o conhecido escritor russo é o sentido da vida? Leon Tolstoi reencontrou a fonte. Por que vivo?... Esta é a resposta: ‘buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justi- sentido da vida, desesperadamença, e todas estas coisas vos se- te e em vão, até encontrar sua sarão acrescentadas’ (Mateus tisfação em Jesus Cristo. Houve 6.33). Quando vivemos para nós uma razão para que Ele viesse ao mesmos procuramos a felicidade e mundo, morresse por nós na cruz, não a encontramos, mas quando ressuscitasse dentre os mortos e buscamos em primeiro lugar o rei- voltasse ao Pai. O sentido consiste no de Deus e Sua justiça, recebe- em não precisarmos afundar na mos paz, liberdade e alegria, sem falta de sentido. Se invocar o nome do Senhor procurá-las... Deves compreender que tua vida não pertence a ti, Jesus com sinceridade, você não não é tua propriedade, mas dEle, apenas descobrirá o sentido da vique te criou para Seus propósi- da, mas o experimentará e achará verdadeira paz. (Norbert Lieth) tos”. Jesus expressou o sentido da vida com Recomendamos os livros: estas palavras verdadeiras: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). Pedidos: 0300 789.5152 Você, prezado leiwww.Chamada.com.br tor, ficará buscando o
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A “intifada” no final dos tempos “Intifada” é o termo usado para descrever a rebelião dos palestinos contra Israel. A palavra significa “levantar-se, livrar-se, desvencilhar-se”. A Bíblia mostra que os tempos finais antes da volta de Jesus serão um período de “intifada” em todas as áreas sociais.
A “Primeira Intifada” palestina começou em 1987 e terminou em 1993 com a assinatura do Acordo de Oslo e a criação da Autoridade Palestina (AP). A “Segunda Intifada”, chamada também de “Intifada al-Aqsa”, teve início em setembro de 2000. Naquela época, os palestinos militantes usaram como pretexto uma visita de Ariel Sharon ao monte do Templo para deflagrar uma violenta rebelião que já tinham preparado de antemão. Desde o início a “Segunda Intifada” foi um levante armado que se espalhou por todo o território de Israel e da AP. Com a desocupação das colônias e da Faixa de Gaza, a “Intifada al-Aqsa” foi oficialmente encerrada, mas nunca terminou de fato. Já durante a desocupação das colônias falava-se de uma vindoura terceira intifada para “libertar” também Jerusalém. “Intifada” significa, como já dissemos, “levantar-se, livrar-se, desvencilhar-se”. Os tempos finais são caracterizados pela rebelião da humanidade contra qualquer autoridade. Os homens de nossos dias tentam levantar-se, livrar-se e desvencilhar-se tanto das leis e autoridades seculares, quanto das ordenanças divinas.
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No fundo, as manifestações na França nada mais foram que uma outra “intifada”, justamente contra um país simpático aos palestinos. Não houve respeito às autoridades, às leis, à moral, à ética, nem amor ao próximo. Os noticiários falaram de verdadeiras “orgias de violência”, em que se praticava a violência por diversão e simples prazer. De forma semelhante como a visita de Sharon ao monte do Templo foi usada como pretexto para uma rebelião planejada com antecedência, uma perseguição policial normal a dois jovens deflagrou uma revolta na França. Agiu-se como se a polícia não tivesse o direito de perseguir pessoas suspeitas. O direito é transformado em errado e a injustiça é apresentada como justiça. Levanta-se uma “intifada” cada vez mais forte também contra a Bíblia e a justiça de Deus. A rebelião está em pleno andamento e busca-se escapar de qualquer maneira da autoridade espiritual de Jesus Cristo. Em todas as áreas há atualmente uma degeneração de proporções nunca vistas. Liberalidade, pecados evidentes, zombaria e escárnio se alastram e fogem do controle. O apóstolo Paulo descreveu esse extremismo da rebelião dos tempos finais em sua segunda carta a Timóteo: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, ini-
migos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2 Timóteo 3.1-4). Os tempos finais são descritos como “tempos difíceis”. Outras versões dizem “tempos trabalhosos” ou “tempos terríveis”. Uma Bíblia de Estudo diz: “Tempos difíceis ou terríveis. A palavra grega refere-se normalmente a pessoas com quem é difícil lidar. Esse tipo de indivíduos caracterizará os tempos finais”. Trata-se de um extremismo que estará em evidência nessa época. As pessoas típicas desse tempo são divididas em três categorias:
1. Egoístas “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes”. Paulo não dá a Timóteo esperanças de dias melhores. À medida que se aproxima a volta de Jesus, a humanidade se tornará mais gananciosa e viciada em prazeres, sendo que cada um buscará apenas vantagens para si mesmo. Valores que promovem a convivência serão abandonados. Até mesmo a religiosidade será influenciada por essa inclinação. A sociedade será egoísta e não dará espaço ao poder de Deus. Sem dúvida, em todas as épocas os homens foram egoístas e amantes do dinheiro, mas nos tempos finais essas tendências serão extremadas. Informações sobre os índices das bolsas, as melhores aplicações financeiras, etc., enchem atualmente a mídia e os corações. De forma exibicionista, estrelas da música, esportistas e ricaços divulgam suas posses: eles se vangloriam de terem as maio-
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“Intifada” na França.
res mansões, os melhores automóveis e os mais belos iates. Programas como “Show do Milhão” têm audiências enormes. As loterias atraem multidões de apostadores. Os filmes e a TV exaltam a riqueza.
2. Anticristãs “Blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores”. A falta de modos é cada vez mais comum. As coisas boas são consideradas um direito; a culpa pelo que vai mal é atribuída aos outros, ao governo ou a Deus. Os tribunais não dão conta de julgar inúmeros conflitos. A mídia está cheia de blasfêmias. Na política e nas famílias mente-se e difama-se continuamente. Os pais não conseguem mais conviver com seus filhos e não sabem mais como lidar com eles. A moral e a ética cristã
são lançadas fora: fala-se aberta e livremente sobre as maiores depravações e maldades: “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e, como Sodoma, publicam o seu pecado e não o encobrem. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos” (Isaías 3.9).
apenas cumpre seu dever, são desproporcionais. Intifada: “levantar-se, livrar-se, desvencilhar-se”. De todas as formas e em todas as áreas tenta-se ficar livre das ordenanças bíblicas. O clímax da rebelião será o Anticristo. Ele mudará os tempos e a lei e se levantará contra Deus e qualquer espécie de culto. Lemos na Segunda Epístola aos Tessalonicenses: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Tessalonicenses 2.3-4).
Informações sobre os índices das bolsas, as melhores aplicações financeiras, etc., enchem atualmente a mídia e os corações.
3. Violentas “Sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus”. Da mesma forma como os outros pontos citados, sempre houve violência, mas também nesse caso há um extremismo crescente. Nas manifestações contra a guerra ou o desemprego atira-se pedras contra os policiais e incendeia-se automóveis, sem levar em consideração o dano causado aos cidadãos indefesos. As reações contra o Estado e a polícia, que
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Do Nosso Campo Visual Tudo isso não deve nos surpreender, pois Satanás, o “deus deste mundo”, quis desvencilhar-se do domínio de Deus e rebelou-se contra Ele. Antes da volta de Jesus ele o fará novamente com todas as forças, buscando seduzir a humanidade a segui-lo. Após a volta de Jesus, o Diabo será preso no abismo durante mil anos. Depois disso, será solto e promoverá uma rebelião final contra
Deus (veja Apocalipse 20.13,7-10). Entretanto, por mais preocupante que seja a situação do nosso mundo, sabemos que Jesus venceu e que Sua vitória será manifestada. A palavra final será dita pelo Senhor. Da mesma maneira como antigamente acalmou as ondas do mar revolto e a tempestade, Ele também apaziguará as nações. Maranata! Vem em breve, Senhor Jesus! (Norbert Lieth)
O engano do ecumenismo “Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte” (Pv 16.25). De 14 a 23/2/06 foi realizada em Porto Alegre/RS a 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (Movimento Ecumênico). Seguem algumas notícias da imprensa e fotos do encontro:
Tutu diz que “Deus não é cristão” O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, laureado com o Nobel da Paz de 1984, afirmou ontem [20/2] em Porto Alegre que Deus não é monopólio dos cristãos. Famoso por sua luta contra o apartheid, regime de segregação racial da África do Sul, Tutu pregou durante a assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) a abertura às outras religiões: – Deus não é cristão. Não somos nós que devemos impor limites ao que Deus é e a quem aceita. Gostaria que todos tivessem a experiência de conhecer o Dalai Lama. Encontrei poucas pessoas tão santas como ele. Tra-
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ta-se de alguém que recebeu graças extraordinárias. Se não aceitamos que elas vieram de nosso Deus, então nosso Deus não é Deus – disse. O arcebispo anglicano participou pela manhã de uma sessão plenária sobre a unidade cristã, mas ao conversar com jornalistas centrou sua preocupação no diálogo inter-religioso (entre cristãos e não-cristãos). Afirmou que os seguidores do cristianismo não devem estar obcecados com a conversão do próximo: - Temos muito o que aprender com as outras religiões. Deus acolhe a todos. O prêmio Nobel da Paz também insistiu em que não é correto associar
O arcebispo anglicano Desmond Tutu.
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o islamismo ao terrorismo. Ele comparou as religiões a uma faca, que tanto pode ser usada para fins bons como para fins maus. (Zero Hora)
Igreja gay celebra culto na Capital Uma igreja em que bispos, pastores e fiéis são homossexuais celebrou seu culto ontem [20/2] em Porto Alegre durante a 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Fundada em 1968 nos EUA e com paróquia no Rio desde 2004, a Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) [MCC - em inglês] planeja abrir um templo na Capital. O culto ocorreu pela manhã, na capela da PUCRS, onde ocorre o fórum religioso. Participaram da celebração três bispas do Exterior e o pastor responsável pela paróquia brasileira, Gelson Piber. O tom homossexual do culto esteve presente em alguns detalhes: na toalha violeta sobre o altar, na estola com as cores do arco-íris de uma das bispas e nas orações em lembrança da comunidade de gays e lésbicas. – Nossa mensagem é que Deus não discrimina ninguém. O preconceito contra a homossexualidade está baseado em interpretações equivocadas da Bíblia – afirmou a bispa Darlene
Do Nosso Campo Visual igreja pentecostal quando sua homossexualidade foi descoberta. Hoje, a ICM está presente em 26 países. São 250 comunidades, 20 delas na América Latina. A delegação da igreja na Assembléia do CMI, onde participa como observadora, é de 15 pessoas. Normalmente, os membros são pessoas que passaram por discriminação, tentativas Estande da Metropolitan Community Church de cura e crises de culpa (Igreja da Comunidade Metropolitana), em outras denominações. uma denominação gay. Nos templos da ICM, os gays são batizados, receGarner, responsável da ICM para a bem a Eucaristia e podem se caAmérica Latina. sar. A instituição foi fundada por Troy Gelson Piber afirma que heterossePerry, um reverendo expulso de uma xuais também participam:
e CMI qu ade do stina. id t n E EAPPI - e a causa pale defend
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Estande palestino: “Terminem a ocupação. Libertem a Palestina”.
Ativistas gays da ONG Harpazo com representantes de religião afro-brasileira.
– Os homossexuais não são mais pecadores do que ninguém. Pecado é não amar. Jesus nunca falou nada de mal sobre os gays, mas criticou os religiosos hipócritas. Darlene, casada há dois anos com uma mexicana, afirma que já fez contatos em Porto Alegre e que pretende implantar um templo na cidade. Até o final do ano, a igreja terá três novos pastores no país. (Zero Hora)
Os textos e as imagens falam por si, revelando as tendências e os propósitos do Movimento Ecumênico. Para ver mais fotos do evento acesse o slideshow em nosso site www.Chamada.com.br. Leia também o artigo O Ecumenismo à Luz dos Acontecimentos dos Tempos Finais na próxima edição.
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Oração espiritual ou fanatismo? Pergunta: “Vou relatar dois acontecimentos que me parecem ser relacionados: 1. Num culto, o pastor declarou que as dores de parto são uma conseqüência da maldição que Deus impôs à mulher após a queda. Segundo o pregador, essa maldição pode ser removida através da oração. Desse modo, as mulheres poderiam se livrar das dores de parto. Ele até citou casos em que tais orações “funcionaram”, mas admitiu que isso não acontecia sempre. 2. A filha (de 22 anos) de uma irmã da igreja faleceu inesperadamente de ataque cardíaco. Uma outra irmã estava convicta de que ela poderia ser ressuscitada através de oração e jejum. Seu argumento é que Satanás não teria o direito de arrancar uma jovem vida do nosso meio. Em poucas horas formou-se um grupo de uma dezena de crentes que iniciaram a “batalha em oração”. Durante dias e noites eles oraram junto ao caixão aberto e também em suas casas. Até mesmo crianças entre 7 a 12 anos participaram do esforço. Por ocasião do sepultamento, eles até insistiram que o caixão fosse aberto, enquanto estava sendo realizado o culto fúnebre. Rejeitamos essas práticas, mas eu gostaria de saber como vocês as avaliam”.
Resposta: Trata-se claramente de efeitos do fanatismo. Muitas vezes, ele começa de maneira leve: os limites entre a genuína alegria no Senhor e o entusiasmo emocional são apagados através do cântico repetido de certos coros ou hinos. O centro da mensagem bíblica é deslocado de forma quase imperceptí-
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vel. Quando isso não é detectado a tempo, começa um processo que pode levar a afirmações absurdas e a conseqüências imprevisíveis. Os acontecimentos que você relatou são uma prova clara disso. O primeiro ponto mostra como é importante manejar bem a palavra da verdade (veja 2 Timóteo 2.15). É correto que as dores de parto são uma conseqüência da queda (Gn 3.16). Mas também é verdade que em nenhum lugar da Sagrada Escritura está dito que essa maldição pode ser anulada através da oração. É óbvio que as mulheres grávidas podem orar, juntamente com seus maridos, por um parto tranqüilo(!), pois podemos levar ao Senhor todas as nossas preocupações e aflições e pedir pelo Seu auxílio. Mas o pastor citado foi muito além ao ensinar que a maldição de Deus pode ser anulada através da oração. Se fosse assim, também poderíamos dizer que o processo de envelhecimento do ser humano pode ser interrompido através da oração (transformando 80 anos em 40 anos!), ou alegar que é possível anular a maldição da morte. As atitudes chocantes após a morte daquela jovem de 22 anos comprovam onde o espírito do fanatismo pode levar. Portanto, os dois acontecimentos realmente têm uma raiz comum. Paulo exorta os coríntios: “Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa” (1 Co 15.34). É o que deveriam levar em consideração todos os que se excedem em
O processo de envelhecimento do ser humano não pode ser interrompido através da oração (transformando 80 anos em 40 anos!).
sua “fé”. Na verdade, eles acabam fazendo com que o nome do Senhor seja escarnecido. Jesus sofreu na cruz pelos nossos pecados e triunfou sobre o poder de Satanás (veja Cl 2.14-15). Esse é um fato maravilhoso e inegável! No entanto, Ele ainda não estabeleceu Seu reino terreno, nem seu reino celestial. Apenas quando o Plano de Salvação de Deus se completar e os novos céus e a nova terra se tornarem realidade, cumprir-se-á Apocalipse 21.4: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. (Elsbeth Vetsch)
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