da Meia-Noite
Mateus 25.6
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DEZEMBRO DE 2007 • Ano 38 • Nº 12 • R$ 3,50
Chamada da Meia-Noite Publicação mensal Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil
Índice Prezados Amigos
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Quando Tudo Mudou
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Preços (em R$): Assinatura anual ................................... 31,50 - semestral ............................ 19,00 Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 35.00 Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial Edições Internacionais A revista “Chamada da Meia-Noite” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, italiano, holandês, francês, coreano, húngaro e cingalês.
Do Nosso Campo Visual
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• Tudo isto por causa do Natal! - 10 • O que Deus deixou no céu quando veio para a terra - 13
As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6). A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para a fé e conduta do cristão. A finalidade da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é: 1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares; 2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; 3. preparar cristãos para Sua segunda vinda; 4. manter a fé e advertir a respeito de falsas doutrinas
Aconselhamento Bíblico • Orientação para a vida cristã
Todas as atividades da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas voluntárias dos que desejam ter parte neste ministério.
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Neste mês toda a cristandade celebrará o Natal, 2007 anos depois do nascimento de Cristo. O Natal é uma festa de alegria, de dar e receber presentes, de entoar os conhecidos hinos natalinos em família e na igreja. Mas já paramos para pensar seriamente o que significou para o aniversariante deixar a glória de Deus e nascer como bebê indefeso através de Maria em Belém? Mesmo que tentemos nos colocar na Sua situação, pessoa alguma jamais conseguirá captar o que a glória divina representava para Jesus. A respeito dessa glória que tinha junto ao Pai, o Senhor Jesus declarou a Nicodemos: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem [que está no céu]” (Jo 3.13). Somente Jesus sabia, de fato, o que significava deixar o céu para vir até nós. O Natal é o início da maior ação de busca e salvamento de toda a história da humanidade. Essa ação começou na eternidade junto ao Pai com a voluntária encarnação do Filho de Deus, que “a si mesmo se esvaziou... a si mesmo se humilhou...” (Fp 2.7,8). Ninguém o obrigou a se tornar homem. Ele o fez por amor ao Pai e foi um servo fiel, fiel até a morte... Simplesmente não conseguimos reconhecer e compreender toda a extensão do que isso significou. As palavras que descrevem o nascimento de Jesus são lidas facilmente e gostamos de cantar os cânticos de Natal, mas com a ajuda da Palavra de Deus tentemos parar e admirar um pouco mais essa grande humilhação que foi a descida de Jesus dos céus à terra, a mudança da glória junto ao Pai para as mãos dos pecadores: “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fp 2.6-8). Mesmo que o Filho tivesse tudo junto ao Pai, voluntariamente deixou tudo e se tornou Filho do Homem. O apóstolo Paulo descreve aos coríntios essa mudança com as seguintes palavras: “conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Co 8.9). Ele, a quem todo o universo pertence, tornou-se uma pobre criança em Belém, tão pobre que seus pais José e Maria não acharam lugar em uma hospedaria. Mais tarde, Ele disse a Seus entusiasmados seguidores: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a
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cabeça” (Mt 8.20). Exato! O Mestre, que ensinava as multidões com poder e não como os escribas, era um homem pobre, que nada possuía materialmente. Ao pensamento humano parece um paradoxo, mas esse Rei pobre (Zc 9.9) fez milhões de pecadores ficarem ricos em Deus! Na Oração Sacerdotal podemos vislumbrar um pouco do relacionamento entre o Filho e o Pai. Imediatamente antes do início de Seu sofrimento e de Sua morte, Ele pediu ao Pai: “Agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste...” – “Ele estava no princípio com Deus” (Jo 17.5,24;1.2). Conseguimos perceber minimamente a inconcebível e indescritível glória que o Filho abandonou quando deixou o Pai no céu para vir e glorificar o Pai na terra, concedendo-nos acesso a toda essa glória? Isso começou no Natal, em Belém. Assim, podemos aprender a reconhecer como Paulo: “...para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18). Feliz daquele que experimenta o Natal pessoalmente, em seu coração. E então, depois que o Salvador nasceu também em nós, sejamos testemunhas Suas, para que muitos outros ainda experimentem a alegria do Natal. Feliz Natal a todos os queridos leitores!
Dieter Steiger
Isso não soa meio exagerado? Será que realmente tudo mudou quando aconteceu o primeiro Natal neste mundo?
A palavra “tudo” não se refere necessariamente a uma reviravolta total que tenha acontecido por ocasião da primeira vinda de Jesus ao mundo. Antes, foi dada a oportunidade a nós seres humanos de que “tudo mude” em nossas vidas! O próprio Jesus diz: “...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10). Hans Bruns traduziu esse versículo da seguinte forma: “Mas eu vim para que tenham a vida em toda a sua abundância” [tradução livre a partir do alemão, N.T.]. Nesse sentido, a chegada de Jesus a esta terra tornou tudo diferente; a referência é à transformação radical naqueles que aceitaram Jesus como seu Salvador pessoal.
Pessoas mudam “Quando tudo mudou”: houve pessoas que perceberam isso de forma muito nítida já no primeiro Natal
que aconteceu neste mundo. Em primeiro lugar pensamos naturalmente em Maria, a mãe de Jesus. Sua vida – e, claro, também a de José – mudou completamente. Por quê? Porque o Salvador entrou literalmente em sua existência! Mas também podemos dizer isso a respeito de outras pessoas: “quando tudo mudou”. Havia, por exemplo, Isabel, a esposa do sacerdote Zacarias, que – depois de ter passado sua vida inteira estéril – ainda ganhou um filho em idade já avançada. Ouvimos o que o anjo Gabriel diz a respeito dela em sua conversa com a virgem Maria: “E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril” (Lc 1.36). O último nascimento desse tipo havia acontecido muitas centenas de anos antes: o de Isaque. A mãe deste, Sara, tinha mais de noventa anos quando o deu à luz. Por que Isabel e Zacarias ga-
nharam esse filho de presente? Por um lado, isso certamente teve relação com o fato de que esse casal passara sua vida inteira pedindo por um filho – e Deus atendeu à sua oração! Por outro lado, havia nisso um sentido mais profundo, relacionado ao Plano de Salvação: o filho de Isabel deveria ser o anunciador do Filho de Deus. Por isso “tudo mudou” na vida de Isabel, porque o Salvador entrou na vida dela. Também em sua vida muita coisa pode mudar se o Salvador realmente puder ocupar o centro da sua existência! Permita que esse tipo de Natal se realize em você! Outra transformação marcante foi experimentada pelos pastores de Efrata (Belém): depois do nascimento do nosso Salvador eles fizeram algo que nenhum pastor faz: abandonaram seu rebanho! Como puderam chegar a esse ponto? Depois que os exércitos celestiais lhes anunciaram a maravilhosa mensa-
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ráter pode ser mudado, ma- Cidades mudam nias e costumes peculiares Mas não foi só na vida de indivípodem ser vencidos se Jesus duos que “tudo mudou” nesse prientrar de forma completa- meiro Natal do mundo. Cidades inteiras foram significativamente mente nova em sua vida! Outro acontecimento in- transformadas. Isso não se refere comum aparece na história apenas a Jerusalém, que ganhou um dos sábios do Oriente: em brilho muito especial quando Maria uma situação muito especí- e José entraram no templo com o fica, esses astrólogos decidi- menino Jesus. Uma outra cidadeziram dar ouvidos somente ao nha também experimentou uma Deus dos céus e não mais às enorme mudança: Belém. Lemos a estrelas. Afinal, eles tinham respeito de Belém e de sua posição empreendido a viagem des- especial: “E tu, Belém-Efrata, pequede o Oriente por causa de na demais para figurar como grupo de uma estrela especial, a fim milhares de Judá, de ti me sairá o que de encontrar o Rei recém- há de reinar em Israel, e cujas origens nascido; e aquela estrela são desde os tempos antigos, desde os realmente os levou ao desti- dias da eternidade” (Mq 5.2). O nascimento de Jesus realmenno: “...e eis que a estrela que Para os pastores também mudou tudo: eles te “mudou tudo” em Belém, pois a viram no Oriente os precedia, deixaram tudo para trás. Isso não era normal, partir daquele momento a escrita de até que, chegando, parou sobre pois o rebanho era tudo que tinham para sobreviver! onde estava o menino” (Mt Deus repousa indelevelmente sobre 2.9). Porém, quando a essa cidadezinha. Mas será que Bequestão passou a ser – mu- lém realmente se transformou no dar ou não o caminho para centro absoluto das atenções? Tal gem: “Glória a Deus nas maiores al- casa, a fim de não encontar o rei destaque ficou visível sobre essa vituras, e paz na terra entre os homens, Herodes, eles não buscaram mais la? De modo algum! Naquela época a quem ele quer bem” (Lc 2.14), os orientação nas estrelas, mas: “Sendo quase ninguém tomou conhecimenpastores disseram uns aos outros: por divina advertência pre“Vamos até Belém e vejamos os acon- venidos em sonho para não tecimentos que o Senhor nos deu a co- voltarem à presença de HeOs sábios do Oriente, que eram astrólogos, e por nhecer. Foram apressadamente e acha- rodes, regressaram por outro princípio confiavam nas estrelas, ouviram a voz de Deus. Por quê? Porque o Senhor tinha entrado em ram Maria e José e a criança deitada caminho a sua terra” (Mt suas vidas; do contrário isso não teria acontecido! na manjedoura” (Lc 2.15-16). Eles 2.12). Esses astrólogos, deixaram tudo para trás. Isso não que por princípio confiaera normal, pois o rebanho era tudo vam nas estrelas, aqui ouque tinham para sobreviver! Muitas viram a voz de Deus. Por vezes os pastores arriscavam a vida quê? Porque o Senhor tipara cuidar dos rebanhos. Certa nha entrado em suas vivez, Davi contou a Saul: “Teu servo das; do contrário isso não apascentava as ovelhas de seu pai; teria acontecido! quando veio um leão ou um urso e toSó aquele que deu mou um cordeiro do rebanho, eu saí acesso irrestrito a Jesus em após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua vida pode confiar cosua boca; levantando-se ele contra mo uma criança na orienmim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o tação de Deus e ouvir a matei” (1 Sm 17.34-35). Esses ho- voz do Pai. Por isso, deixe mens quebraram sua regra de ouro que Jesus retome o domíporque Jesus entrara em suas vidas. nio de sua vida neste NaRepito: “tudo pode mudar”. Seu ca- tal!
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to desse fato; praticamente ninguém reconheceu que a sua cidade havia se tornado o centro da ação de Deus de uma hora para outra. Belém continuou sendo uma cidadezinha pequena e insignificante. Nem por isso o toque especial que Belém havia recebido poderia ser tirado dela: até hoje Belém é uma das cidades mais importantes do mundo! Para os cristãos, esse lugar é, depois do Gólgota, o segundo mais importante, porque foi ali que Jesus entrou no mundo em forma humana. Essa verdade está firmemente ancorada na Escritura Sagrada, na Palavra de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A Bíblia testifica que “tudo mudou” em Belém. Isso foi e continua sendo uma verdade absoluta para nós. Por que é tão importante saber de tudo isso? Bem, não são poucos os cristãos que de tempos em tempos lutam com grandes dúvidas com relação à certeza de sua salvação. De repente eles não têm mais convicção de que estão realmente salvos. Com certeza, uma das armas prediletas do Diabo – justamente nos tempos do fim – é tentar abalar o fundamento dos cristãos renascidos. Você também está entre essas pessoas? Então tenho uma boa notícia: se em algum momento de sua vida você aceitou o Senhor Jesus, você é filho de Deus – para sempre e eternamente! Então você é uma “nova criatura” (2 Co 5.17), então “tudo mudou” em sua vida! Talvez agora você esteja se perguntando: “Mas como posso ter certeza disso?”. Você não tem certeza disso por causa de um sentimento, mas simplesmente porque – sabe! A Bíblia é muito clara: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12). Você recebeu o Senhor
Morada do Salvador
Para os cristãos, Belém é, depois do Gólgota, o segundo lugar mais importante, porque foi ali que Jesus entrou no mundo em forma humana. Na foto: o bairro antigo de Belém.
em algum momento? Então vale para você algo que o próprio Jesus disse: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (Jo 10.28-29). O apóstolo Paulo também ensina essa verdade de forma enfática: • Romanos 8.16: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. • Efésios 1.13: “Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa”. • Gálatas 3.26: “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”. Portanto, você é um filho de Deus e eternamente salvo! Você pode ter certeza da salvação porque assim está escrito!
Miquéias 5.2 (citado na página anterior) contém a profecia mais marcante e conhecida da Bíblia sobre a vinda do Senhor Jesus Cristo. Numa mesma frase, esse versículo fala de duas moradas diferentes do Salvador: a eternidade como Sua morada permanente e Belém Efrata como Sua morada terrena. A insignificante cidadezinha de Belém passou a ser o centro dos acontecimentos, porque – em Jesus Cristo – o próprio Eterno fez Sua morada ali. O Senhor Jesus não viveu muito tempo em Belém, pois logo em seguida mudou-se com sua mãe e seu pai de criação para Nazaré; mas isso não alterou em nada o fato de que Seu primeiro lar aqui na terra foi em Belém. Mas por que justamente Belém? A cidade não era grande (cf. Mq 5.1), e também não era de muita importância. É preciso procurar com empenho para encontrar menções a seu respeito até mesmo na Bíblia. Provavelmente nunca saberemos o real motivo pelo qual Belém foi escolhida. Mas não se esqueça das seguintes palavras: “Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Co 1.27-29). Ou: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?” (Tg 2.5). Exatamente isso se deu com a pequenina cidade de Belém. Era um lugarejo insignificante, onde não acontecia nada importante e sobre o qual não se falava muito. Mesmo assim, essa vila experimentou uma
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Será que você também é uma Belém desconhecida, pequena – no sentido espiritual? As pessoas não reparam em você, sua vida lhe parece vazia? Você se sente fraco, indefeso ou solitário? O Senhor conhece a sua fraqueza, sofrimento e problemas, seus receios e impotência. Ele mesmo disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Na foto: arredores de Belém.
renovação incomparável. Essa cidade pouco vistosa foi escolhida para receber o Filho de Deus dentro de seus muros. Será que você também é uma Belém desconhecida, pequena – no sentido espiritual? As pessoas não reparam em você, sua vida lhe parece vazia? Você se sente fraco, indefeso ou solitário? Então leia Miquéias 5.2 mais uma vez, com atenção: “E tu, Belém-Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Almeida Corrigida Fiel). O Senhor conhece a sua fraqueza, sofrimento e problemas, seus receios e impotência. Ele mesmo disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Você precisa de uma nova experiência natalina: Jesus Cristo, Aquele que venceu o mundo, quer fazer morada em sua vida. No momento em que você se conscientizar do que isso significa, “tudo mudará” em sua vida! Além disso, a Escritura fala de forma semelhante sobre Belém e sobre pessoas debilitadas: • sobre Belém: “E tu, BelémEfrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti
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me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). • sobre pessoas que passam por provações: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15). Portanto, além de morar no céu, o Senhor também quer habi-
tar na pequena e humilde Belém – isto é, “com o contrito e abatido de espírito”. Essa não é uma promessa maravilhosa? E o Salmo 113.5-7 diz: “Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra? Ele ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado”. É exatamente isso que Jesus Cristo quer fazer com você! Pode até ser que agora, no Natal, você esteja se sentindo relativamente animado. Mas como será amanhã, depois de amanhã ou na virada do ano? O novo ano pode trazer coisas que nem conseguimos imaginar. Por isso, repito: você precisa experimentar um Natal verdadeiro e transformador! Deixe que Jesus Cristo, em toda a Sua glória, faça morada em você!
Quando Cristo habita em nós Mas o que realmente significa a entrada de Jesus Cristo em nossa vida para nos preencher com Sua presen-
O novo ano pode trazer coisas que nem conseguimos imaginar. Por isso, você precisa experimentar um Natal verdadeiro e transformador! Deixe que Jesus Cristo, em toda a Sua glória, faça morada em você!
você se tornará um verdadeiro bastião de força e poder!
O ponto que realmente interessa
LIVRO
Mas toda a teoria e o conhecimento bíblico não servem para nada se você não der o passo decisivo. Portanto, a pergunta mais importante é: você já aceitou Jesus Cristo em sua vida? Você é um filho de Deus, remido pelo sangue do Cordeiro? Talvez você nem consiga responder a essa pergunta por que nem sabe como fazer para entregar sua vida a Jesus. Bem, em primeiro lugar é preciso encarar a verdade: você precisa de alguém que o salve de seus pecados! Pode ser que você pense: “Mas não sou uma pessoa tão ruim assim!” Provavelmente você tem razão, mas: você não resistirá diante de Deus nem se for a melhor pessoa do Recomendamos: mundo. Como pessoa nascida neste mundo, você automaticamente carrega consigo a condição perdida e pecadora deste mundo. E você LIVRO
ça? Qual é o efeito disso? Quando isso acontece – por menor e insignificante que você se sinta – você se torna um fator determinante neste mundo! Jesus Cristo disse: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mt 5.14). Pessoas nas quais Jesus vive em Sua plenitude serão capazes de mover o mundo! E nem é possível que seja diferente, pois a Escritura diz a respeito dEle: “Ele, que é o resplendor da glória [do Pai] e a expressão exata do seu Ser [do Pai], sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder...” (Hb 1.3). E em Hebreus 4.14 lemos que Jesus “penetrou os céus”. O Apocalipse diz até que Ele é a “lâmpada” do céu (Ap 21.23). Imagine: toda essa glória deseja morar em você, quer preencher você! Em relação a isso, Paulo diz: “...Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1.27). E: “...Cristo vive em mim” (Gl 2.20). O próprio Jesus nos diz: “...eu neles” (Jo 17.23). Você não quer que Jesus Cristo, Aquele “cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”, venha habitar em sua vida? Então você influenciará o mundo do ponto de vista espiritual; então “tudo mudará”: você será uma pessoa marcada pela escrita de Deus. Então, em e por meio de Cristo,
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Toda a teoria e o conhecimento bíblico não servem para nada se você não der o passo decisivo. Portanto, a pergunta mais importante é: você já aceitou Jesus Cristo em sua vida? Você é um filho de Deus, remido pelo sangue do Cordeiro?
não conseguirá se livrar dela até que tenha se rendido a Jesus! Você nem precisa cometer grandes pecados! Basta permanecer como está – e você se perderá! A Bíblia diz a esse respeito: “Não há justo, nem um sequer... todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis” (Rm 3.10,12). Ela está retratando a absoluta perdição do ser humano. Talvez você seja muito fiel à sua igreja. Mas nenhuma igreja, nenhum papa e nem o melhor pregador ou o conselheiro mais talentoso estão em condições de salvá-lo. Não, você precisa aceitar Jesus! E como isso funciona? Aceite que a Sua morte sacrificial na cruz do Gólgota é totalmente válida para remir os seus pecados. A Escritura diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Então repita a seguinte oração (ou outra semelhante): “Senhor Jesus, sou um pecador e sem Ti estarei eternamente perdido. Aceito agora o Teu sangue remidor e peço-Te perdão pelos meus pecados. Senhor, aceita-me para sempre e eternamente”. Se você disser isso com sinceridade, o próprio Senhor fará o restante, como está escrito: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12). Permita que hoje Jesus Cristo venha habitar em você!
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Tudo isso por causa do Natal! É espantoso como Deus mantêm em Suas mãos os destinos de toda a História da humanidade, a fim de realizar Seu Plano de Salvação. Os reinos do mundo são forçados – inconsciente e involuntariamente – a servir ao propósito do cumprimento da Palavra de Deus. Isso nos consola quando olhamos para o nosso tempo.
Em sua carta aos cristãos de Colossos, o apóstolo Paulo escreve: “Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16). Jesus Cristo é o ponto central, em torno do qual gira toda a história do mundo. Deus to-
mou algumas medidas para que o Filho de Deus pudesse vir ao mundo e para que o terreno fosse preparado para a expansão do Seu Evangelho: • Mais de dois mil anos antes de Cristo, Deus chamou Abraão. Ele recebeu a aliança da promessa, e a garantia de que possuiria a terra, com vistas a Jesus. • Aproximadamente 1500 anos antes de Cristo, o império egípcio foi derrotado e Israel saiu do Egito sob a liderança de Moisés. Israel deveria tomar posse da terra na qual Jesus nasceria. • Cerca de 1000 anos antes de Cristo, Davi, originário de Belém, tornou-se rei de Israel. Deus confirmou-o por meio de uma aliança de validade eterna, com vistas ao Messias (cf. Sl 89). • Depois da morte de Salomão, o reino de Israel e Judá foi dividido: o reino do Norte e o reino do Sul.
Aproximadamente 1500 anos antes de Cristo, o império egípcio foi derrotado e Israel saiu do Egito sob a liderança de Moisés. Israel deveria tomar posse da terra na qual Jesus nasceria.
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• No ano 722 antes de Cristo o reino do Norte foi destruído pelos assírios, os israelitas foram levados cativos e uma população estrangeira assentou-se nas cidades da Samaria. Assim surgiram os samaritanos, com quem Jesus se ocupou muito por ocasião de Sua primeira vinda: “O rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades” (2 Rs 17.24). • No ano 586 antes de Cristo o reino do Sul, Jerusalém e o templo foram destruídos pelos babilônios, e os judeus foram levados para o cativeiro na Babilônia. • Em 537 antes de Cristo algumas dezenas de milhares de judeus voltaram do cativeiro babilônico durante o império persa (Ed 2.64), a fim de morarem novamente na terra de Israel, para reconstruir o país e levantar um novo templo: “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá. Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus
Do Nosso Campo Visual que habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3). • Entre 4 e 7 anos antes de Cristo nasceu João Batista, que deveria preparar o caminho para a chegada de Jesus. Mais ou menos na mesma época Jesus veio ao mundo. No fundo, os reinos do mundo só alcançaram o poder para preparar o Natal. Involuntariamente eles serviram ao plano de Deus para Seu povo. Mesmo que seus propósitos fossem negativos, eles acabaram contribuindo de forma positiva para que a palavra profética de Deus se cumprisse e Jesus pudesse nascer. Nem mesmo a desobediência de Israel impediu Deus de cumprir Seu plano. Os babilônios destruíram o templo e levaram os judeus embora. Isso gerou um novo anseio no povo, um anseio pelas promessas messiânicas, por Jerusalém e pela volta ao lar: “Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas... Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria” (Sl 137.1-2,5-6). Os persas foram usados por Deus para que o retorno dos judeus para a terra de Israel pudesse acontecer. Eles tiveram de reerguer o templo, no qual o Senhor entraria e sairia. A terra precisava ser repovoada com judeus e as cidades tinham de ser reconstruídas para que Jesus pudesse nascer em Israel. Por isso lemos: “Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a
Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão... Por amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus o sobrenome, ainda que não me conheces... Israel, porém, será salvo pelo SENHOR com salvação eterna; não sereis envergonhados, nem confundidos em toda a eternidade... chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei” (Is 45.1,4,17; 46.11). Por causa de Israel, por causa do plano e da decisão de Deus, em vista da primeira vinda de Jesus, a Pérsia se tornou um império mundial e o rei persa Ciro foi chamado. O TodoPoderoso permitiu que os gregos se tornassem uma potência mundial, para que assim o mundo obtivesse uma língua universal (um idioma mundial). Toda a Bíblia hebraica acabou sendo traduzida para o grego (a Septuaginta). Essa foi uma enorme vantagem para a rápida expansão do Evangelho. Os romanos ergueram um domínio mundial que deveria garantir a paz. Eles abriram fronteiras, construíram um novo sistema de estradas que facilitou as viagens. Assim Paulo, um cidadão romano, teve mais facilidades para viajar pelo mundo daquela época. Os babilônios e os persas prepararam os judeus para o retorno à sua terra; assim foram criadas as premissas para o nascimento do Messias em Israel. Depois do nascimento de Jesus, Deus providen-
ciou para que os gregos e os romanos contribuíssem para a rápida expansão do Evangelho. Ao mesmo tempo, Ele usou os reinos mundiais para aprofundar o anseio pelo Salvador prometido. Os judeus foram lembrados da Palavra de Deus que lhes prometia a vinda do Salvador da linhagem de Davi, o que fica muito claro neste trecho da Sagrada Escritura: “Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele... Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações... Estando o povo na expectativa, e discorrendo todos no seu íntimo a respeito de João, se não seria ele, porventura, o próprio Cristo” (Lc 2.25,36-37; 3.15). Mas quando Jesus se apresentou como Messias, os judeus logo tiveram de constatar que, contra todas as expectativas, Ele não era o salvador militante que os livraria dos romanos com força e poder. Esse Jesus era muito diferente do que a maioria imaginara: Ele era manso e humilde. Ele curava os doentes, procurava os perdidos, consolava os enlutados, ia atrás dos publicanos e perdoava pecados. Em vez de insurgir-se contra Roma, Ele não falava nem uma palavra contra o império. Pelo contrário, Ele até mesmo curava soldados romanos. Ele ordenou que se pagassem os impostos ao imperador romano e que as pessoas não se levantas-
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Do Nosso Campo Visual mo com seus próprios inimigos a fim de conseguirem matar Jesus: “Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida” (Mc 3.6). Eles esqueceram e deixaram de lado as promessas messiânicas que foram cumpridas na pessoa de Jesus de Nazaré e logo se juntaram às forças de ocupação de Roma, só para conseguir tirá-lO do camiO Todo-Poderoso permitiu que os gregos se tornassem uma potência mundial, para que assim o mundo obtivesse uma nho. Quando tilíngua universal (um idioma mundial). veram oportunidade para libertá-lO, consisem pela força contra a ocupação. deraram-nO tão baixo que assuJesus parecia não notar a escravi- miram até mesmo a responsabilidão política a que os romanos ha- dade pela Sua morte: “E o povo viam submetido Israel; Ele nunca todo respondeu: Caia sobre tocava nesse assunto. Sua mensa- nós o seu sangue e sobre nosgem era totalmente diferente, e sos filhos! Então, Pilatos lhes seu significado era totalmente ou- soltou Barrabás; e, após haver tro. Jesus nunca lamentou a açoitado a Jesus, entregou-o opressão que os gentios exerciam para ser crucificado” (Mt nem mostrava compaixão com es- 27.25-26). Eis o relato sobre as se jugo duro. Como Ele não aten- suas últimas palavras antes da deu às expectativas, desejos e condenação do seu Messias: “idéias do povo, muitos O rejeita- Eles, porém, clamavam: Fora! ram. Os fariseus, escribas e sadu- Fora! Crucifica-o! Disse-lhes ceus também O rejeitaram e por Pilatos: Hei de crucificar o ciúmes posicionaram-se ativamen- vosso rei? Responderam os te contra Jesus, por Ele ser tão di- principais sacerdotes: Não teferente. Eles agitaram o povo e mos rei, senão César!” (Jo conseguiram até convencer Judas 19.15). Alguém comentou a esse a traí-lO. Os líderes religiosos de respeito: “O céu havia vindo até Israel fizeram um pacto até mes- Israel, mas o povo rejeitou o visi-
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tante divino”. Mas essas intrigas maldosas e a flagrante rejeição do Messias de Israel e Salvador do mundo não puderam impedir Deus de cumprir Seu plano. Mesmo as ações teimosas de Israel, causadas pela sua própria culpa, tiveram de contribuir para que o objetivo do Natal no plano de Deus se cumprisse: o Evangelho deveria chegar a todas as nações. Essas circunstâncias espantosas nos encorajam a não resignar neste tempo de “advento” antes da segunda vinda de Jesus. Afinal, o mesmo Deus que naquela época manteve em Suas mãos todos os fios da história, apesar da teimosia do povo, para que Jesus pudesse vir pela primeira vez, também hoje mantém os fios em Suas mãos com segurança, para que Jesus possa retornar. A teimosia das Nações Unidas, as atitudes dos EUA, a situação em todo o Oriente Médio, o terrível terrorismo islâmico, as horríveis palavras de ódio do presidente iraniano, a intromissão da Rússia, da França e de outros países – no fim, tudo isso só contribuirá para que a profecia bíblica se cumpra e o Senhor volte para salvar Seu povo, Israel; no fim até mesmo o Anticristo e Satanás contribuirão para esse objetivo. Da mesma forma, todo cristão renascido pode ter certeza de que tudo o que venha a acontecer com ele servirá para seu bem, desde que ele ame o Senhor de coração, confie nEle e O siga (Rm 8.28). Qualquer acontecimento, pequeno ou grande, em nossa vida, que às vezes também é chamado de destino, serve a um objetivo maior no plano e no conselho de Deus para os Seus. (Norbert Lieth)
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O que Deus deixou no céu quando veio para a terra Quando pensamos no que custou a Deus mandar Seu único Filho para este mundo e no que Jesus deixou para trás, só podemos nos maravilhar e adorar.
Quando Deus se tornou homem em Jesus Cristo, Ele abriu mão de:
1. Sua riqueza imensurável Quando um estadista, um rei ou uma rainha visitam outro país, muito dinheiro é gasto com os preparativos para que ele ou ela possam se apresentar de forma digna e luxuosa. Muita coisa do patrimônio pessoal e do país do visitante é trazida junto com a comitiva. O presidente americano, por exemplo, tem à sua disposição um
Jumbo (Boeing 747-200B adaptado) para suas viagens internacionais. O avião também transporta várias limusines. A rainha da Inglaterra, Elisabeth II, leva consigo malas cheias de roupas, sapatos, etc., para todo tipo de acontecimento e eventualidade. O papa é conduzido de um lado para outro em seu próprio veículo (o chamado papamóvel: com vidros blindados e carroceria reforçada), que é mandado de Roma para o destino antes de o papa chegar. O cetro de ouro, a tiara cravejada de brilhantes (a coroa tríplice do papa) e luvas de veludo brancas também são levados na bagagem. Naturalmente, essas personalidades citadas também são cerca-
O presidente americano, por exemplo, tem à sua disposição um Jumbo (Boeing 747200B adaptado) para as suas viagens internacionais.
das sempre de guarda-costas, e de um modo geral não há gasto que seja alto demais para o bem-estar delas. Já o anjo que anunciou a chegada do Rei dos reis aos pastores nos campos de Belém disse simplesmente: “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (Lc 2.11-12). Jesus veio sem Sua riqueza celestial. O fato de Deus ter deixado toda a Sua riqueza no céu para encarnarse em Jesus é ressaltado pelo fato de o autor do evangelho acentuar que Jesus veio como “criança envolta em faixas e deitada em manjedoura”. O sinal para que os pastores reconhecessem o Salvador era justamente a Sua humildade. Quando nasceu, Jesus não tinha nem mesmo um berço próprio. Durante Sua vida como Messias, Ele não tinha onde reclinar a cabeça, e quando morreu, não tinha nem mesmo Sua própria sepultura. Quem sabe compreenderemos um pouco melhor o profundo significado de Sua humilhação se olharmos para aquilo que Jesus é na eternidade. Deus diz de Si mesmo: “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ag 2.8). Em outro lugar Ele diz: “Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém” (Sl 50.10-12). O profeta Isaías escreve: “Quem na
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Do Nosso Campo Visual tos da terra? 18, 21-22, 25-26, 28). O salmista Ele é o que es- diz sobre o Senhor: “Deus meu, tá assentado como tu és magnificente: sosobre a redon- brevestido de glória e majestadeza da terra, de, coberto de luz como de um cujos morado- manto. Tu estendes o céu cores são como mo uma cortina... Fazes a teus gafanhotos; é anjos ventos e a teus minisele quem es- tros, labaredas de fogo” (Sl tende os céus 104.1-2, 4). Na inauguração do como cortina e templo, Salomão disse: “Mas, de os desenrola fato, habitaria Deus na terra? como tenda Eis que os céus e até o céu dos Quando nasceu, Jesus não tinha nem mesmo um berço para neles ha- céus não te podem conter, próprio. Durante Sua vida como Messias, Ele não tinha onde bitar... A quanto menos esta casa que eu reclinar a cabeça. quem, pois, edifiquei” (1 Re 8.27). E o Seme compara- nhor pergunta a Jó: “Quem prireis para que meiro me deu a mim, para concha de sua mão mediu as eu lhe seja igual? – diz o Santo. que eu haja de retribuir-lhe? águas e tomou a medida dos Levantai ao alto os olhos e ve- Pois o que está debaixo de tocéus a palmos? Quem recolheu de. Quem criou estas coisas? dos os céus é meu” (Jó 41.11). Por que o Senhor deixou Sua na terça parte de um efa o pó Aquele que faz sair o seu exérda terra e pesou os montes em cito de estrelas, todas bem riqueza para trás? Alguns poderomana e os outeiros em ba- contadas, as quais ele chama riam dizer: será que Deus é avalança de precisão? Quem pelo nome; por ser ele grande rento? Não, muito pelo contrário! guiou o Espírito do SENHOR? em força e forte em poder, Ele se tornou pobre para que puOu, como seu conselheiro, o nem uma só vem a faltar... desse dar a nós toda a Sua riqueza ensinou? Com quem tomou ele Não sabes, não ouviste que o celestial: “Pois conheceis a graconselho, para que lhe desse eterno Deus, o SENHOR, o ça de nosso Senhor Jesus Criscompreensão? Quem o ins- Criador dos fins da terra, nem to, que, sendo rico, se fez potruiu na vereda do juízo, e lhe se cansa, nem se fatiga? Não se bre por amor de vós, para que, ensinou sabedoria, e lhe mos- pode esquadrinhar o seu en- pela sua pobreza, vos tornástrou o caminho de entendi- tendimento” (Is 40.12-15, 17- seis ricos” (2 Co 8.9). Na mesmento? Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balan“Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande ça; as ilhas são como pó fino em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar...” que se levanta... Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo. Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? ...Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes para os fundamen-
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Do Nosso Campo Visual ma medida em que Ele abriu mão de Sua riqueza agora nós podemos nos tornar ricos. Em Jesus, Deus nos presenteia não somente com uma parte de Si, mas com tudo: todo o céu e toda a eternidade. Assim que nos tornamos propriedade de Jesus Cristo pela fé nEle, somos co-herdeiros, e todo o céu está aberto para nós. Podemos experimentar desde já a riqueza do perdão, da justiça, da vida eterna, dos dons espirituais, e além disso também a riqueza de todas as maravilhas celestes. Como sabemos disso? A resposta está na primeira carta aos coríntios: “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente” (1 Co 2.12). Como é grande o prejuízo daqueles que rejeitam essa riqueza em Jesus! Não há eternidade que compense isso. A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa é: morrer em seus pecados ou com pecados não perdoados. Bob Dylan diz em uma de suas canções: “Se a morte o alcançar, de repente você perceberá: todo o meu dinheiro não vale nada se agora eu estiver perdido”.1
2. Vingança, isto é, juízo As estatísticas mostram que 61 em cada 1000 pessoas querem usar os dias do Natal para refletir. Mais da metade dessas pessoas é de opinião de que essa é a melhor época do ano para acertar as contas consigo mesmo.2 Mas Deus já fez tudo que é necessário para podermos acertar as contas com Ele (e, conseqüentemente, conosco mesmos).
As estatísticas mostram que 61 em cada 1000 pessoas querem usar os dias do Natal para refletir. Mais da metade dessas pessoas é de opinião de que essa é a melhor época do ano para acertar as contas consigo mesmo. Mas Deus já fez tudo que é necessário para podermos acertar as contas com Ele (e, conseqüentemente, conosco mesmos).
Jesus diz sobre Sua primeira vinda: “...porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo” (Jo 12.47). Esse versículo me impressiona muito, pois aqui vemos um juiz que despiu sua toga e se transformou em advogado. Ele vem ao nosso encontro não com a espada da pena de morte, mas com a absolvição da graça. O Senhor deixou a lista dos nossos pecados no céu. Deus não veio para acertar as contas, mas para remir os pecados. Ele não veio para ficar contra nós. Não: Ele veio para ficar com as pessoas, o verdadeiro Emanuel (“Deus conosco”, Is 7.14; Mt 1.23). Na verdade, Deus teria todos os motivos para deixar o mundo à própria sorte e para atacá-lo com a espada. Ele poderia ter julgado o mundo, permitindo que terminasse sob a água, como no dilúvio, ou ardesse em chamas, como Sodoma e Gomorra, ou simplesmente retirando-lhe o fôlego da vida. As pessoas não guardaram Seus mandamentos, foram cor-
ruptas, bestiais e impiedosas. Guerras, tirania, escravidão, orgulho e mentiras marcaram e marcam o mundo inteiro. A humanidade sempre esteve e continua em oposição total a Deus e à Sua Palavra. A maioria afasta-se conscientemente dEle e se volta para deuses, ídolos e imagens. A afirmação divina sobre as pessoas é uma só: “Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce de mulher, para ser justo? Eis que Deus não confia nem nos seus santos; nem os céus são puros aos seus olhos, quanto menos o homem, que é abominável e corrupto, que bebe a iniqüidade como a água!” (Jó 15.14-16). Mas Deus não vem com espada, para matar, julgar e aniquilar. Não, em Jesus Cristo Ele vem ao nosso encontro como juiz sem tribunal, para nossa salvação. “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julga-
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Do Nosso Campo Visual de. Jesus é Deus traduzido para a humanidade”.3 Jesus veio em humildade e abriu mão de tudo que tinha possuído até então. Mesmo permanecendo Deus, Ele deixou Sua divindade para trás e tomou todas as limitações humanas sobre Si. Nesse sentido Ele não veio como Deus, mesmo sendo Deus, mas como Redentor. Filipenses 2.6-8 expressa isso desta forma: “Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma Ao enviar Seu Filho, Deus deixou o juízo de de servo, tornando-se destruição no céu. Na cruz Ele colocou o em semelhança de julgamento sobre Jesus, para que nós nos víssemos livres da condenação. homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se do, porquanto não crê no no- obediente até à morte e morte me do unigênito Filho de de cruz”. Jesus é e continua sendo Deus em Sua essência, mas Deus” (Jo 3.17-18). Ao enviar Seu Filho, Deus dei- abandonou a existência ou vivênxou o juízo de destruição no céu. cia como Deus. Para esclarecer isso, segue um Na cruz Ele colocou o julgamento sobre Jesus, para que nós nos vís- exemplo profano: um homem rico semos livres da condenação. continua sendo rico em sua essênQuem crê nisto não é julgado, cia, mas pode deixar sua riqueza mas está livre do juízo e entra na de lado durante algum tempo a eternidade justificado. Vamos fim de se aproximar da pobreza, agradecer a Deus porque Ele veio vivendo-a sem recorrer de alguma para salvar, e não para nos julgar forma ao seu dinheiro. • Jesus, antes ilimitado, desceu como merecemos. ao nível de todas as nossas limitações. 3. Sua glória no céu • Ele, fonte de toda vida, sem “Por meio de Jesus, Deus en- começo e sem fim, nasceu como trou no porão deste mundo, a fim homem e sujeitou-se ao tempo. • Como homem, o Eterno estade ficar acessível a todos. Ele veio da Sua glória para a nossa finitu- va sujeito ao processo de envelhe-
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cimento. Ele, em quem não há alternância entre luz e escuridão, Aquele que possui glória eterna, experimentou dor, sofrimento, lágrimas e morte. • Ele, a quem todos os anjos se submetem e obedecem cegamente, que dos seus anjos faz ventos e de seus ministros, labaredas de fogo (Hb 1.7), teve de aprender pessoalmente o que é obediência. • O Deus onipresente e onisciente ficou temporal e espacialmente limitado. • Aquele que não conhecia pecado tomou todos os pecados sobre Si e foi feito pecado. A carta aos Filipenses (cap. 2.6-8) mostra sete aspectos da humilhação de Jesus, pelos quais reconhecemos claramente o que Ele deixou no céu: • Ele não se agarrou ao fato de ser Deus. • Ele se esvaziou. • Ele assumiu a forma de servo. • Ele se tornou igual aos homens. • Ele humilhou-se a Si mesmo. • Ele tornou-se obediente. • Ele tornou-se obediente até a morte na cruz. Jesus poderia ter desistido em qualquer momento, mas não o fez por amor a nós (leia, por exemplo, Mt 26.53). Ele deixou a glória ao lado do Pai para tornar-se completamente homem e para poder nos salvar. William McDonald escreve: “Ele despiu Sua veste divina e ocultou Sua divindade com um véu de pó, e assim vestido mostrou-nos Seu maravilhoso amor”. Jesus veio da amplidão da eternidade para a estreiteza deste mundo, a fim de nos conduzir da estreiteza do mundo para a amplidão da eternidade – Vivamos dessa amplidão!
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4. Seu nome O anjo disse a José quando lhe anunciou que Maria daria à luz a Jesus: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Jesus (grego), Josué (português), Yeshua (hebraico) = Javé é Salvação. Jesus não recebeu o nome de Javé ao nascer, e não se apresentou com esse nome de Deus. Esse é o nome diante do qual os judeus têm um enorme respeito, tanto que não ousam pronunciá-lo. Ele significa “Aquele que é eternamente” ou “Eu sou o que sou”. Isso explica o Deus santo, do qual ninguém pode se aproximar. Mesmo sendo Javé e permitindo que isso transparecesse em alguns momentos (por exemplo, nas frases que começam com “Eu Sou”: Jo 8.12,58; 10.7,11 ou Jo 18.4-6), Jesus não se apresentou com esse nome, mas deixou-o no céu, assumindo um nome aqui na terra que indicava a salvação por meio de Javé. Deus apresentou-se com um nome pelo qual nós podemos encontrá-lO. Por meio do nome de Jesus, Deus pode nos atrair para Si, tornando-se sempre presente em nossas vidas. Por isso pode dizer esta verdade aos Seus discípulos: “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (Jo 16.23-24). Ele nunca poderia ter vindo ao nosso encontro como Javé: “...homem nenhum verá a minha face e viverá” (Ex 33.20). Mas em Jesus o Deus inacessível
pode aproximar-se de nós e nos tura, não nos dará graciosatrazer salvação. Podemos compa- mente com ele todas as coirar isso a um rei que, por amiza- sas?”. E os seguintes versículos de, abre mão de seu título real pa- deixam claro que na ocasião de ra aproximar-se de seus súditos e Sua volta Jesus assumirá o nome lidar com eles de forma mais pes- “Emanuel”: “Forjai projetos, e eles serão frustrados; dai orsoal e íntima. Em minha opinião, aqui tam- dens, e elas não serão cumpribém está a explicação oculta para das, porque Deus é conosco” o nome “Emanuel” (“Deus co- (Is 8.10); “Então, ouvi grande nosco”; Is 7.14; Mt 1.23). Na voz vinda do trono, dizendo: verdade, Jesus nunca foi chamado Eis o tabernáculo de Deus com nominalmente de Emanuel, mas os homens. Deus habitará com incorporou esse nome por meio eles. Eles serão povos de Deus, daquilo que é e nos trouxe. Uma e Deus mesmo estará com virgem deu à luz uma criança cha- eles” (Ap 21.3). (Norbert Lieth) mada Jesus na qual Deus quer aproximar-se de nós, seres humanos. O Senhor assumiu o nome “Jesus”, mas pela Sua essência Notas: Ele leva o nome “Emanuel”. 1. Da canção “Masters of war”, fonte: Reflexionen – IVCG nº 8/05. Em Jesus, Deus se aproximou 2. Revista Migros, nº 51/05. de nós como Salvador. Por meio 3. Peter Hahne em “Grande é a liberdade” – Weihnachtswünsche, Johannis-Verlag. de Jesus Ele se tornou o nosso sustento. Sim, em Jesus, agora Deus pode estar com os homens e Em Jesus, Deus se aproximou de nós como Salvador. Por meio de Jesus Ele se tornou o nosso sustento. não precisa mais ficar Sim, em Jesus, agora Deus pode estar com os contra nós. homens e não precisa mais ficar contra nós. O motivo de tudo isso é explicado em 2 Coríntios 5.19: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. Ou Romanos 8.31-32: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porven-
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Orientação para a vida cristã Pergunta: “Penso que há muitos livros não-evangélicos que oferecem bons conselhos e podem ser úteis para os cristãos. Por que deveríamos desprezálos e nos limitar apenas à Bíblia?”
Resposta: Realmente, as prateleiras das livrarias estão abarrotadas de livros de auto-ajuda, sendo que a maioria deles é um produto ou subproduto da indústria da psicologia. Há uma busca intensa de textos para ajudar a solucionar este ou aquele problema, como se houvesse um livro especial, além da Bíblia, que pudesse resolver o assunto. Os livros de auto-ajuda prometem muito mais do que são capazes de fazer. Porém, existe um livro que faz exatamente o que promete – a Bíblia revela a Verdade de Deus para a vida cristã: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doa-
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das as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1.3-4). A Bíblia é a fonte da verdade para o viver cristão. Deus nos deu Sua Palavra, que é a verdade sobre Ele mesmo, o universo e a humanidade. Ele nos deu Sua verdade a respeito da vida e da eternidade. A Bíblia nos fornece a verdade que revela como os pecadores podem obter a salvação, mostra o caminho da santificação e do crescimento espiritual para os crentes, e nos dá a esperança da eternidade com Jesus. Seguindo a verdade de Deus, os crentes encontram amor, alegria e paz, além de propósito para sua vida e orientações de como servir a Deus e ao próximo. Se você está à procura da verdade sobre Deus, sobre você mesmo, sobre os outros e sobre como se relacionar com eles, vai encontrá-la na Bíblia. Se a achar em algum outro lugar, sua origem estará na Bíblia, se for de fato a verdade. Entretanto, quando encontramos fora da Bíblia alguma coisa parecida com a verdade de Deus, existe uma grande probabilidade de que tenha sido contaminada com opiniões humanas e não seja mais a verdade de Deus. Portanto, vá direto à fonte, à própria Palavra de Deus, para
encontrar tudo aquilo de que precisa para viver de maneira agradável a Ele. Mas, além de ir até a fonte escrita da verdade, caminhe um pouco mais; vá até a própria origem da verdade. Jesus nos garantiu o acesso ao reino dos céus para que pudéssemos ir diretamente ao Pai. Com a Palavra de Deus escrita, e na presença do próprio Deus, podemos conhecer Seu ponto de vista sobre qualquer situação que estejamos vivendo. À medida que pesquisamos Sua Palavra e buscamos conhecer Sua vontade, vamos descobrir também Sua sabedoria. Entramos na presença de Deus e descobrimos Sua verdade orando, lendo e estudando Sua Palavra, dando graças a Ele, louvando-O, adorando-O, servindo a Ele, e tendo comunhão com os irmãos, Seus filhos. Esses são os meios poderosos que Ele nos deu. Porém, para muitos cristãos professos, esses meios se tornaram meros clichês, palavras sem sentido que eles já ouviram muitas vezes, mas não procuraram seguir de forma diligente e constante. Apesar disso, esses foram os meios que Deus providenciou pela graça para que pudéssemos viver a vida cristã e para sermos transformados na semelhança de Jesus por toda a eternidade. Nenhum sistema criado pelo homem ou livro de auto-ajuda pode fazer com que uma pessoa se torne semelhante a Jesus ou capacitá-la a viver com Ele eternamente. Somente a Bíblia revela a maneira certa de se viver no presente e no porvir. (Martin e Deidre Bobgan, PsychoHeresy Awareness Letter)