da Meia-Noite
Mateus 25.6
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MAIO DE 2008 • Ano 39 • Nº 5 • R$ 3,50
Chamada da Meia-Noite Publicação mensal Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Preços (em R$): Assinatura anual ................................... 31,50 - semestral ............................ 19,00 Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 35.00
Índice Prezados Amigos
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Manipulando os Cristãos Através das Dinâmicas de Grupo (2ª Parte)
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Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf
Um Deus, Três Entidades - Parte 1
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Do Nosso Campo Visual
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Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial Edições Internacionais A revista “Chamada da Meia-Noite” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, italiano, holandês, francês, coreano, húngaro e cingalês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.
• Um patriarca não conhece sua Bíblia - 16 • Israel, mais que um osso duro de roer - 18
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6). A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para a fé e conduta do cristão. A finalidade da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é: 1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares; 2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; 3. preparar cristãos para Sua segunda vinda; 4. manter a fé e advertir a respeito de falsas doutrinas Todas as atividades da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas voluntárias dos que desejam ter parte neste ministério.
Aconselhamento Bíblico www.Chamada.com.br
• Vocês realmente crêem nas profecias?
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Muitas vezes uso o ônibus quando vou ao centro da cidade para resolver alguma coisa. O caminho da sede da missão até a parada é curto. Até há pouco tempo os passageiros idosos ficavam nas primeiras fileiras de bancos, logo atrás do motorista. Seguindo as regras, eu mostrava a cédula de identidade para provar ao cobrador que faço parte das pessoas que, pela idade, têm o direito de andar de ônibus gratuitamente. Quando apresentava minha carteira de estrangeiro, chamava a atenção porque ela é diferente das outras, não é verde, é de cor bege. Recentemente todos os usuários com mais de 60 anos receberam uma nova carteirinha, que agora é igual para todos, brasileiros e estrangeiros. Essa experiência da vida cotidiana tornou-se para mim um exemplo de nossa situação como cristãos, como discípulos de Jesus neste mundo. O apóstolo Pedro, em sua Primeira Carta, nos chama de “peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2.11). “Forasteiros, i.e., estrangeiros residentes, exilados. A palavra aplica-se a pessoas que se assentam em determinada região sem, contudo, fazer dela o seu lugar de residência permanente. Os leitores, cuja verdadeira cidadania estava nos céus, são considerados moradores temporários das províncias da Ásia Menor mencionadas neste versículo. Mas é justamente nesse ponto que começam os nossos problemas. Israel, em sua época, já tentava ser igual a todos os povos, contrariando sua vocação de ser povo de Deus, separado dos povos pagãos. Quando pediram: “constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações” (1 Sm 8.5), demonstravam que queriam ser como todos os outros povos, sem se destacar e sem chamar a atenção. Não é este o nosso problema? Nossa postura natural? Não queremos chamar a atenção nem nos destacar de forma negativa correndo o risco de sermos zombados! Os atuais métodos de crescimento de igrejas vêm ao encontro desse desejo. Esse movimento propaga que o mais importante é a pessoa sentir-se bem na igreja, despertando nela o desejo de voltar outra vez. Essa estratégia é bem conhecida dos métodos de marketing usados pelo mundo. Mas o Senhor Jesus e os apóstolos certamente não eram “amigos deste mundo”. O Mestre enviou Seus discípulos com uma tarefa específica e bem delineada: deveriam ser ovelhas entre lobos, ser
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luz do mundo que alumia a escuridão, ser o sal da terra que impede o apodrecimento generalizado, ser testemunhas dispostas a carregar as conseqüências de suas declarações. Até hoje nada mudou nas ordens de Jesus, ou será que mudou? Mas diante de todos esses desafios, será que não somos tomados por um temor meio secreto: “Como posso concretizar esse alvos do Senhor para a minha vida? Já não falhei demais, muitas e muitas vezes?” Sim! Quando olhamos para nós mesmos, a sentença é rápida: isso é impossível, totalmente impossível para mim! Mas se admitirmos essa dura realidade de forma sincera e franca, então estaremos prontos para experimentar a providência divina. Como foi possível aqueles discípulos tão assustados (que se trancaram dentro de casa por medo dos judeus) se tornarem testemunhas de Jesus tão destemidas? Primeiro, porque seu Mestre havia ressuscitado dos mortos vencendo o pecado, o Diabo, a morte e o mundo, e também porque em Pentecoste foram enchidos pelo Espírito Santo! Hoje igualmente se faz necessário que sejamos reconhecidos como peregrinos e forasteiros, como estrangeiros no mundo. Precisa haver uma diferenciação entre os salvos e os não-salvos. Não apenas exteriormente, pois seguir a Jesus não é vestir um uniforme ou adotar certa forma de comportamento. A diferença básica deve ser interior, na nossa postura, em nossas atitudes e na orientação que damos à nossa vida. Somos chamados a abençoar, a perdoar, a amar, não porque os outros o mereçam, mas porque somos do Senhor. É dessa forma que se mostra o tipo de árvore que somos. Virtudes como a humildade, a mansidão, a fidelidade, a confiança, a diligência e a dedicação, o amor e a disposição ao sacrifício é o que o Senhor deseja produzir através dos que são dEle, para que o mundo reconheça que somos discípulos Seus! Unidos de coração,
Dieter Steiger
O texto a seguir é uma continuação de “Manipulando os Cristãos Através das Dinâmicas de Grupo – 1ª Parte”, em que descrevemos alguns elementos comuns que podem ser usados em vários movimentos de grupo, tanto no mundo quanto na igreja. Discutimos aspectos como as atividades centradas nas emoções, a criação de oportunidades para surgimento de dissonância cognitiva, a exploração de vulnerabilidades à sedução do grupo, o apelo à necessidade de fazer parte de uma comunidade, as técnicas de influência de grupo, a indução à participação no grupo, o mecanismo de identificação com o grupo e a possibilidade de cair em armadilhas. Nesta segunda parte, examinaremos os vários movimentos de grupo e discutiremos as formas de se defender contra seus enganos.
Grupos que seduzem e prendem Muitas das técnicas descritas na primeira parte ocorrem naturalmente nas interações humanas, mas também podem ser usadas para atrair pessoas para diferentes doutrinas, teorias e práticas, chegando até ao ponto que alguns denominam “lavagem cerebral”. Portanto, o cristão prudente deve estar alerta e buscar a Palavra de Deus com a ajuda do Espírito Santo para saber se está sendo manipulado psicologicamente ou não, já que muitas dessas técnicas são usadas por grupos que seduzem e prendem. Quais são os grupos que usam essas técnicas? Discutiremos aqui apenas alguns dos muitos que existem, já que seria impossível cobrir todos os movimentos de grupo que têm aparecido e aprisiona-
do o coração e a alma de muitos crentes.
Grupos de encontro A década de 1960 viu o surgimento do movimento do encontro, baseado em teorias e técnicas da dinâmica de grupo. Muitos cristãos participaram do movimento do encontro naquela época e aprenderam as técnicas que podem ser usadas para influenciar indivíduos e grupos. O movimento do encontro adota muitas formas de terapia e abordagem de grupo, inclusive os Grupos T (Grupos de Treinamento), os grupos de conscientização, os laboratórios de sensibilidade e a Gestalt, embora não se restrinja a elas. Os grupos têm características gerais, realizam atividades e apresentam variações individuais depen-
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Muitas das técnicas descritas ocorrem naturalmente nas interações humanas, mas também podem ser usadas para atrair pessoas para diferentes doutrinas, teorias e práticas, chegando até ao ponto que alguns denominam “lavagem cerebral”.
dendo da pessoa que promove e lidera os trabalhos. Alguns grupos, como os primeiros grupos de encontro, exaltam a experiência atual dinâmica; outros enfatizam os relatos pessoais de fraquezas e mágoas do passado e do presente. Esses movimentos de grupo têm suas raízes na psicologia social, nas teorias psicológicas da personalidade e na psicoterapia. Embora, aparentemente, sua popularidade tenha declinado durante os últimos cinqüenta anos, e embora eles tenham recebido diferentes nomes, a verdade é que as crenças e práticas dos encontros em grupo continuam a espalhar seu fermento por toda a igreja, atraindo indivíduos vulneráveis com promessas implícitas ou explícitas de benefícios espirituais. Um dos pressupostos básicos da maioria dos grupos de encontro é o de que ser totalmente transparente e aberto traz benefícios emocionais. A auto-exposição se tornou quase um absoluto terapêutico no movimento do encontro, e influencia tudo o que é dito e feito ali. Num encontro, se uma pessoa se opõe ou não se mostra disposta a falar livremente, ela é estimulada pelo grupo
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a “contar tudo”. Se ainda assim ela resiste, é rejeitada pelo grupo e considerada uma pessoa tensa, artificial, arredia, falsa, sem autenticidade. Uma das formas extremas de encontro é a maratona, durante a qual a pessoa passa por experiências de alta intensidade, com duração de muitas horas, e que se sucedem por um período de dois a três dias. A teoria por trás da maratona é que, à medida que a experiência continua por horas a fim, as emoções e os mecanismos de defesa normais vão se enfraquecendo, até que no final só resta a verdadeira essência da pessoa, sem máscaras ou disfarces. É difícil imaginar que um corpo cansado, esgotado física e emocionalmente, possa representar a pessoa em sua essência, mas essa é a teoria por trás dessa forma de loucura intensiva. É sabido que os encontros podem provocar danos psicológicos, inclusive colapsos mentais, divórcios e suicídios, mas esse fato é pouco divulgado. O Dr. Jerome Frank adverte: “Deste modo, esses grupos podem facilmente se transformar numa reunião em que as
pessoas tiram proveito umas das outras, podendo causar graves danos em alguns participantes”.1 Quando combinamos o risco potencial do encontro com a reduzida possibilidade de sucesso, começamos a nos perguntar o que levaria alguns cristãos a adotarem as técnicas do encontro com tanto entusiasmo. Sarah Leslie diz: “Na década de 1970, alguns grupos basearam suas igrejas-sedes no modelo do grupo de encontro, enfatizando a psicologia humanista em vez da autoridade bíblica”. Ela cita um trecho do livro A Igreja nos Lares: O movimento da igreja nos lares adota técnicas e conceitos da educação contemporânea, da sociologia, da psicologia, da antropologia e do movimento do potencial humano que possam servir aos seus propósitos, que possam capacitar as pessoas a trabalhar e a amar com mais liberdade e sensibilidade, de uma forma menos defensiva, reservada, tensa.2 (negrito acrescentado). Veja como a cruz de Cristo, a Palavra de Deus e a obra do Espírito Santo são complementadas com a sabedoria humana. O encontro é uma experiência sintética e artificial. O resultado esperado é que a pessoa sofra uma mudança nesse cenário especial e depois passe a viver como um obreiro melhor, um cônjuge melhor, um pai melhor, uma pessoa melhor. Entretanto, excetuando os testemunhos, as pesquisas simplesmente não revelam nada disso. A situação é triste. Além de ter uma moralidade que não é bíblica, o movimento do encontro é um falso substituto para a realidade salvadora da Bíblia e do cristianismo. Essa mudança de foco, da mente para os sentidos, da razão para a emoção e do espírito para o corpo, assim como a exaltação da auto-ex-
posição e a deificação da experiência pessoal nunca demonstraram ser antídotos para as mazelas humanas. Qualquer pessoa que deixa de lado as Águas Vivas e vai beber das cisternas quebradas dos encontros é como Esaú, que trocou seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas.
Grupos de anônimos Já escrevemos bastante sobre os Alcoólicos Anônimos.3 A condição básica para a comunhão nesses grupos é qualquer vício que os membros tenham em comum. O foco está no testemunho pessoal, mas não é permitido a um cristão testemunhar que o Senhor Jesus Cristo é “o caminho, e a verdade, e a vida”, nem dizer que “ninguém vem ao Pai” senão por Ele (João 14.6). Esses grupos têm um sistema de crenças comum, estabelecido nos Doze Passos e também no livro Alcoólicos Anônimos, de Bill Wilson.4 Não se trata de um sistema de fé cristã, mas sim de uma religião onde cada pessoa tem seu próprio deus.5 Wilson não queria ligar os A.A. a nenhuma fé. A biografia oficial de Wilson segundo os A.A. diz o seguinte: Bill sentiu que não seria sensato para uma irmandade como os A.A. filiar-se a qualquer seita religiosa. Ele percebeu que os A.A. tinham aplicabilidade no mundo inteiro, e continham princípios espirituais que os adeptos de toda e qualquer religião poderiam aceitar, inclusive as religiões orientais.6 (negrito acrescentado). Todos são bem-vindos nas reuniões dos A.A., desde que estejam lutando contra o vício e sigam as regras. Depois de se filiarem ao sistema A.A., as pessoas têm medo de parar de assistir às reuniões porque lhes é dito que elas sempre serão alcoólatras e que a única maneira de
permanecerem sóbrias é assistindo às reuniões dos A.A. e seguindo os 12 passos. Embora as reuniões dos A.A. muitas vezes ocorram em igrejas, os alcoólatras geralmente são hipercríticos em relação ao Cristianismo, principalmente quando se trata de igrejas e doutrinas organizadas. Constantemente, eles acusam os cristãos de hipocrisia. Condenados pela Bíblia, eles resistem à Palavra de Deus, mas ficam felizes em crer em trechos selecionados que só falam de amor (separados da totalidade do conselho de Deus, que fala da santidade de Deus e da mesquinhez humana). Em vez de adorarem o Deus santo da Bíblia, eles adoram um deus que eles “entendem” como alguém que não condena o pecado de forma alguma.
Células Nem todos os grupos celulares são iguais. Algumas igrejas que mantêm grupos regulares de estudo bíblico nos lares podem chamá-los de “células”, embora não tenham nenhuma relação com o movimento que leva este nome. O que nos interessa aqui é o sistema de igreja em células que “foi projetado para controlar e monitorar os membros da igreja e para atingir o alvo final do império religioso apóstata: colocar o planeta Terra sob o domínio da Igreja Global!”7 O movimento do crescimento em células segue o movimento do crescimento de igrejas idealizado por Donald McGavran e promovido por C. Peter Wagner, que admitiu sem rodeios que esse tipo de crescimento deve ser “ao mesmo tempo uma convicção teológica e uma ciência aplicada, procurando combinar os princípios eternos da Palavra de Deus com as melhores descobertas das ciências sociais e comporta-
mentais contemporâneas”.8 (negrito acrescentado). Tricia Tillin escreveu uma série em 5 partes intitulada “A Igreja Transformadora”, onde descreve erros doutrinários do movimento. Diz ela: A suposição aqui é de que a Bíblia é insuficiente para discipular os convertidos, e precisa do auxílio das “ciências sociais e comportamentais”. Mas quando a psicologia assume o lugar da doutrina, o que se obtém é um evangelho da auto-estima.9 Além disso, o que acabamos tendo em mãos é um sistema de obras nas quais os cristãos estão sob o controle de homens que exercem o poder através de autoritarismo, intimidação e outras formas psicológicas de manipulação de grupo. O alvo é que os membros se dediquem cada vez mais ao grupo. Eles são mantidos sempre muito ocupa-
É sabido que os encontros podem provocar danos psicológicos, inclusive colapsos mentais.
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dos com as atividades do grupo (reuniões, cultos, evangelismo, retiros, etc.), até que passam a gastar boa parte de seu “tempo livre” com ele. Em pouco tempo, o grupo toma o lugar de outros relacionamentos, e acaba se tornando a principal rede social do membro. No sistema da igreja em células, cada membro está sob a autoridade e direção do líder. Cada líder de grupo, por sua vez, é membro de um grupo superior, e isso continua até que se chega ao topo da pirâmide. Os membros são permanentemente monitorados, e um sistema de registros disponibiliza suas informações pessoais e sua participação no grupo a todas as pessoas que compõem a cadeia de autoridade, até o topo.
Grupos G12 O sistema G12 é um exemplo da estrutura de células. Depois de visitar os grupos de células de David Yongi Cho na Coréia, Cesar Castellanos fundou o sistema de igreja em células G12 em Bogotá, na Colômbia. Dali o movimento espalhou-se por muitos outros países, inclusive os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. A visão do G12 é se multiplicar através da transformação de membros em líderes, os quais deverão
formar seus próprios grupos com membros que depois se tornarão líderes de seus próprios grupos, até que uma enorme pirâmide humana seja formada. À medida que os grupos crescem e se multiplicam, um número cada vez maior de pessoas entra no sistema. Além de participar de seu próprio grupo, cada pessoa deve freqüentar a escola de líderes semanalmente, durante doze semanas, para cada um dos três níveis. O Ministério Let Us Reason estudou o sistema G12 e apresentou o seguinte relatório: Essencialmente, nos disseram que o G12 NÃO diz respeito à doutrina. Ele é um método que, segundo afirmam, se baseia na Bíblia. Sua meta é: todo crente um líder. Um líder de quê? De outro grupo de 12. Acontece que o princípio bíblico do discipulado é um mandamento. O modo de realizar o discipulado promovido pelo G12 NÃO é absolutamente um padrão bíblico para a formação da igreja.10 O relatório “G12 – O Governo dos 12”, emitido pelo Let Us Reason Ministries é uma excelente análise do sistema G12. Além de revelar os erros contidos nos ensinamentos e na estrutura de autoridade, o relatório descreve as várias etapas do encontro pelas quais cada pessoa tem que passar, e diz: A submissão à autoridade (líder) vem naturalmente quando uma pessoa
aceita a visão. Tenho recebido muitas cartas que dizem basicamente a mesma coisa: pessoas foram acusadas de coisas que não haviam feito, e disseram a elas que, se alguém não apóia a visão, então não crescerá em Deus. Essa manipulação parece ser inerente ao modelo G12.
Um dos aspectos mais repugnantes das células é quando os líderes agem como mediadores entre Deus e o homem, e usam sua posição de autoridade para falar como se estivessem falando por Deus, tanto acusando quanto absolvendo. Qualquer um que exerça esse tipo de autoridade sobre a mente, a alma e o espírito de outra pessoa está não só usurpando a autoridade de Deus como também causando danos espirituais e emocionais. Até mesmo os membros do grupo (inclusive os líderes que têm outros líderes acima deles) que parecem estar crescendo dentro desse sistema estão sendo enganados por essa estrutura de autoridade. Eles pensam que estão servindo a Deus, mas estão servindo ao homem.
Imitações do movimento de grupos A popularidade dos movimentos humanos que enfatizam a liderança e a prestação de contas a uma ins-
Um dos aspectos mais repugnantes das células é quando os líderes agem como mediadores entre Deus e o homem, e usam sua posição de autoridade para falar como se estivessem falando por Deus, tanto acusando quanto absolvendo. Na foto: conferência do G12 em Bogotá.
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tância superior, seguindo o modelo ético do tratamento dado aos guerreiros feridos em combate*, inspirou os Promise Keepers com seus eventos em estádios esportivos e os subseqüentes grupos de responsabilidade, que criticamos desde o seu surgimento.11 Os grupos de Gerenciamento de Qualidade Total do mundo corporativo inspiraram imitações “cristãs” como os Grupos C12 (não confundir com G12). Os A.A. inspiraram várias imitações “cristãs”, tais como Celebrando a Recuperação, Overcomers Anonymous (Vencedores Anônimos) e Reformers Unanimous (Reformadores Unânimes), todos adaptados para cristãos. Todos esses simulacros seguem o processo facilitado de transparência, responsabilidade diante do grupo e dependência do grupo, alguns com um certo grau de lavagem cerebral. E todos eles minam a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3).
Grupos de inspiração ecumênica Existem muitos outros grupos que utilizam técnicas semelhantes para atrair membros e influenciar suas crenças. Vários desses grupos têm não só um caráter intrinsecamente ecumênico como trabalham com o objetivo de reunir os cristãos numa única Igreja Mundial. Entre esses grupos, estão: o Cursilho, o Emaús e o Curso Alfa. Além de promoverem retiros especiais de fim-de-semana, eles dão continuidade a seu trabalho através de grupos locais. Muito do que acontece nesses grupos parece bíblico, mas seu propósito é fazer com que todos desenvolvam um profundo senso de
* Nunca abandonar um companheiro ferido.
Os pequenos grupos permitem que as pessoas se conheçam melhor e cuidem umas das outras no Corpo de Cristo.
unidade e se sintam bem consigo mesmos e com os outros. Embora possam falar sobre Jesus e sobre a Bíblia, todas as diferenças doutrinárias são evitadas. Afinal de contas, nessas circunstâncias, as pessoas geralmente não querem ofender as outras por causa da denominação a que pertencem. Assim, a coesão do grupo se baseia em tudo que os membros têm em comum, seja naturalmente ou como resultado da sua doutrinação. A verdade absoluta é substituída pelo consenso, e surge uma nítida confusão com relação à fé e às obras.
Proteção contra o engano Certamente, os crentes receberam ordem de ter comunhão uns com os outros. Os pequenos grupos permitem que as pessoas se conheçam melhor e cuidem umas das outras no Corpo de Cristo. Mas como os cristãos podem se proteger contra os enganos da dinâmica de grupo baseada na psicologia? É preciso que eles atentem para a exortação de 1 João 4.1: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, pro-
vai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”. Conhecer as várias técnicas psicológicas e sociais usadas para induzir uma pessoa a abraçar uma crença ou a participar de uma atividade ou a alterar sua fé pode ser muito útil para evitar o perigo. A seguir, apresentamos uma lista de alguns pontos que devemos examinar para saber se um grupo tem base bíblica ou se é uma fraude baseada na psicologia. 1. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, se concentra na Verdade da Escritura
Tudo que for dito ou feito deve passar no teste bereiano de examinar “as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17.11). A Bíblia comunica a verdade de forma racional. Embora as emoções tenham seu lugar na vida de todo cristão, elas têm que estar debaixo do controle da vontade e da mente racional da própria pessoa. Provérbios 14.15 diz: “O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”. Em outras
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palavras, ele pensa com sobriedade, isto é, reflete com cuidado e prudência. Primeira de Pedro 1.13 diz: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”. 2. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, é Cristocêntrico, e não antropocêntrico
munhão dos santos (não só dos que pertencem ao grupo) e do serviço no Corpo de Cristo. 3. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, aproxima as pessoas de Cristo
Enquanto isso, um grupo centrado no homem prende o indivíduo ao grupo ou ao líder do grupo. Ninguém deve jamais se interpor entre Ele não se concentrará em ouvir um cristão e seu Senhor. Cristo é o os depoimentos dos membros acer- único Mediador entre Deus e o hoca de seus problemas pessoais, mas mem (1 Timóteo 2.5). Até mesmo a sim em aprender e ensinar a confiar idéia de ter um parceiro a quem dena providência de Cristo através da vemos prestar contas pode usurpar a Palavra, do Espírito Santo, da co- posição de Cristo como único Mediador. Lembre-se de que Deus vê tudo o que fazemos e pode ler nossa Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, ora com mente a tal ponto entendimento, segundo a Palavra e a vontade de Deus que consegue saber quais são os nossos pensamentos antes mesmo que tenhamos consciência deles. Portanto, pode existir pessoa melhor que Ele para “prestarmos contas” de nossos atos? Não podemos nos esconder do Senhor! O Salmo 139 é explícito quanto a isso. Se alguém acha que precisa dar satisfações de suas ações a um parceiro para se manter no caminho certo, essa pessoa deveria estudar o Salmo 139 e meditar nele diariamente até conhecer bem o que ele ensina e andar segundo essa realidade.
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4. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, inclui a oração dos membros uns pelos outros quando surge a necessidade
Entretanto, ele não estimula a “transparência” nem incentiva seus membros a narrarem seus envolvimentos “nas obras infrutíferas das trevas [...]. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Ef 5.11,12). Portanto, Tiago 5.16 não será usado fora de contexto para permitir que os pecados dos membros sejam expostos diante do grupo ou que se faça fofoca a respeito de pessoas envolvidas nessa exposição. Certamente, os crentes podem fazer pedidos de oração e falar de seus problemas, contanto que suas palavras tragam honra para o Senhor e edifiquem os ouvintes: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4.29). 5. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, ora com entendimento, segundo a Palavra e a vontade de Deus
Em outras palavras, as pessoas pensam enquanto estão orando, e, se uma pessoa ora por outra, esta deve estar pensando e entendendo, não só recebendo a oração passivamente. Esteja atento em relação a pessoas que assumem autoridade sobre alguém por quem estão orando e fazem de sua oração uma pregação voltada para essa pessoa. 6. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, não incentiva a
desonra de pais, cônjuges ou outros
Isso, significa, que nele não se permite que os participantes se queixem deles no grupo. O grupo desestimulará a maledicência e a boataria. A transparência nos testemunhos feitos em grupo geralmente leva as pessoas a revelarem fatos pessoais sobre outras pessoas que não estão presentes. Isso muitas vezes envolve maledicência – espalhar boatos, segredos e impressões tendenciosas sobre pessoas que não estão presentes. Qualquer testemunho que exponha pecados, segredos ou assuntos pessoais de terceiros pode ser considerado maledicência. Portanto, se uma pessoa fala sobre seu cônjuge no grupo, pode acabar revelando fatos particulares dessa pessoa, o que caracteriza maledicência. A Bíblia nos adverte sobre o perigo de espalhar boatos e mexericos: “As palavras do maldizente são doces bocados que descem para o mais interior do ventre” (Pv 18.8; 26.22): “O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios” (Pv 20.19); “Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda” (Pv 26.20). Além disso, o Senhor ordena ao seu povo que não seja maledicente: ‘Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” (Lv 19.16). Se um crente precisar de apoio e encorajamento, outro crente pode dar-lhe esse apoio sem precisar conhecer os detalhes. Se for necessária alguma informação para instrução bíblica ou uma possível aplicação prática, a situação pode ser narrada sem detalhes melodramáticos. 7. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, pratica a misericórdia e cultiva a verdade
em vez de apelar para a emoção, partindo da premissa de que a sã
Quando a emoção é a mola propulsora de um grupo, a capacidade de raciocínio fica embotada.
doutrina conduz ao viver sadio, experimentado através da obediência ao Senhor e com emoções condizentes com o fruto do Espírito. 8. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, não enfatiza nem manipula as emoções
Quando a emoção é a mola propulsora de um grupo, a capacidade de raciocínio fica embotada. Embora uma pessoa que esteja num grupo calcado no emocionalismo possa experimentar um ligeiro conflito interior, pensando “isso não faz sentido”, o envolvimento emocional acaba anulando sua racionalidade normal. Um estudo usando a tecnologia de varredura cerebral revelou que, quando as pessoas concordavam com o grupo, dando as mesmas respostas fornecidas por outras pessoas do grupo (que, na verdade, eram indivíduos plantados no grupo e instruídos a dar respostas erradas), “não havia atividade nas áreas cerebrais que tomam decisões conscientes” nos indivíduos que se conformavam ao grupo.12 9. Um grupo biblicamente sadio, firmado na
Bíblia, não usa meios de manipulação
para fazer com que os membros pensem ou se comportem de uma determinada maneira ou ajustem sua crença de acordo com o consenso do grupo. 10. Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, estuda a Bíblia
Em vez de ser uma sessão onde todo mundo pode expressar seus sentimentos e opiniões pessoais, o foco da reunião está na Palavra de Deus: o que a Palavra diz, qual a sua interpretação e de que formas o Espírito Santo aplica essa Palavra na vida das pessoas. Em outras palavras, haverá ensino claro, sabendo-se que todos os que ouvem devem julgar o que está sendo dito, segundo a totalidade da Escritura. Embora um possa estar encarregado do ensino, todos devem ser estudantes ativos, atentando para a Palavra, comparando um trecho da Palavra com outro, obedecendo ao Senhor e confiando que a Palavra realizará sua obra perfeita. “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito,
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Notas: 1. Jerome Frank, “An Overview of Psychotherapy”, em Overview of the Psychotherapies, Gene Usdin, ed. Nova York: Brunner/Mazel, 1975, p. 9. 2. Philip A. Anderson. The House Church. Nashville, TN: Abingdon Press, 1975, p.33. 3. Martin e Deidre Bobgan. 12 Steps to Destruction. Santa Barbara, CA: EastGate Publishers, 1991. Veja também artigos relacionados com os A.A. e programas de 12 passos em www.psychoheresy-aware.org. 4. Alcoólicos Anônimos. São Paulo: Alcoólicos Anônimos do Brasil, 2001. 5. Christian News, 13 de Janeiro de 1977, p. 2. 6. Levar Adiante: A história de Bill Wilson e como a mensagem de A.A. chegou ao mundo inteiro. São Paulo: Alcoólicos Anônimos do Brasil, s/d, pp. 156, 275. 7. Tricia Tillin, “The Transforming Church, Part 1”, http://www.intotruth.org/apostasy/cellchurch1.htm. 8. C. Peter Wagner, “Principles and Procedures of Church Growth”, Fuller Theological Seminary Seminar, 1978, p. 4. 9. Tricia Tillin, “The Transforming Church, Part 3”, http://www.intotruth.org/apostasy/cellchurch3.htm. 10. “G12 – The Government of 12”, Let Us Reason Ministries, www.letusreason.org?Pent55.htm. 11. Martin e Deidre Bobgan. “Promise Keepers & PsychoHeresy”, 1997, artigo de opinião, www.psychoheresy-aware.org/ pk&psych.html. Veja também outros artigos sobre Promise Keepers em http://www.psychoheresy-aware.org. 12. Santa Barbara News – Press, 2 de Julho de 2005, p. B-14. Oferecemos o livrete Manipulando os Cristãos Através das Dinâmicas de Grupo (texto da edição passada + texto desta edição) com DESCONTOS para quantidades:
Martin Bobgan é bacharel e mestre pela Universidade de Minnesota e tem doutorado em Psicologia Educacional pela Universidade do Colorado. Deidre Bobgan é bacharel pela Universidade de Minnesota e mestre pela Universidade da Califórnia. Eles têm falado sobre psicologia e fé cristã em numerosas conferências, em igrejas, no rádio e na TV. O casal Bobgan escreveu dezessete livros sobre o assunto e edita a PsychoHeresy Awareness Letter.
64 págs. • 13,5 x 19,5cm
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Em Efésios 4, o apóstolo Paulo dá instruções claras de como o corpo de Cristo deve funcionar. Tudo o que acontece deve edificar o corpo, até que todos alcancem a maturidade espiritual, “à medida da estatura da plenitude de Cristo” (vv. 1113). Em seguida, ele diz: “Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (vv. 14-15). Depois de descrever mais um pouco como é o crescimento do corpo em amor, Paulo adverte os crentes a não seguirem os costumes do mundo. “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração” (Ef 4.17-18). Os crentes receberam tudo de que necessitam em Cristo, na Palavra e no Espírito Santo. Eles não precisam buscar conhecimento no mundo para saber como crescer em Cristo e como agir no corpo formado pelos crentes. O Senhor retirou Sua mão bondosa de cima de Israel quando o povo se voltou para os ídolos das nações vizinhas. Ele pode muito bem estar retirando Sua mão bondosa dos cristãos que estão se voltando para os caminhos do mundo. Mas por causa de Sua fidelidade, Ele continua a exortar as pessoas a deixarem as
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coisas da carne e voltarem para Ele, que as capacita a andarem segundo o Espírito. Quando os pequenos grupos seguem as formas apresentadas na Escritura em vez dos sistemas humanistas, eles podem cumprir o mandamento de Jesus: “que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12). O líder de um grupo fará bem se estudar a Escritura e buscar o Senhor para saber como guiar o grupo, em vez de aplicar técnicas que podem reduzir todo o processo a uma metodologia mundana. O grupo deve ser a manifestação visível do Corpo de Cristo, e, portanto, deve funcionar de acordo com o caráter e a Palavra de Cristo. A oração em conjunto faz com que os membros do grupo se tornem mais sensíveis às necessidades de cada um e aumenta o cuidado e a ajuda mútua. Assim, os crentes começam a amar uns aos outros, a colocar os outros em primeiro lugar, a sujeitar-se uns aos outros, a encorajar-se mutuamente e a se alegrar quando estão juntos para buscar crescimento e mudanças em sua vida.(PsychoHeresy Awareness Letter)
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juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
Estudando o Antigo Testamento, muitas pessoas perguntam: “O que o texto hebraico realmente diz?”. Este artigo é o primeiro de uma série que confirma a existência de um Deus único e triúno baseado nas Escrituras Hebraicas. O autor, Meno Kalisher, nasceu em Israel, vive em Jerusalém e é pastor titular da Jerusalém Assembly – House of Redemption. Ele explica o que a Bíblia Hebraica realmente diz e, mais importante, o que significa o texto original (Nota do Editor).
(YHVH) Eloheinu, Yehovah (YHVH) Ehad”. Os judeus, entretanto, não dizem a palavra Yehovah por temerem tomar o nome do Senhor em vão. Em vez disso, eles a substituem pelas palavras Adonai,
Hashem (“o Nome”), Elohim ou Adoshem. O Shemá dito é usualmente: “Shemá Yisrael, Adonai Eloheinu, Adonai Ehad”. As palavras hebraicas Adonai (“Senhor”) e Eloheinu (“nosso
A oração do Shemá (“Ouve, Israel”, Dt 6.4) sempre foi a declaração fundamental de fé do povo judeu e do Estado de Israel. Esse trecho da Escritura está inscrito no rolo de pergaminho que é colocado nas mezuzot (caixas de madeira ou de metal), que são afixadas nas ombreiras das portas de cada casa em Israel. Na foto: uma mezuzá.
A oração do Shemá (“Ouve, Israel”, Dt 6.4) sempre foi a declaração fundamental de fé do povo judeu e do Estado de Israel. Em um pequeno versículo, Moisés apresentou uma grande verdade sobre a Divindade como um todo. Esse trecho da Escritura está inscrito no rolo de pergaminho que é colocado nas mezuzot (caixas de madeira ou de metal), que são afixadas nas ombreiras das portas de cada casa em Israel. É um versículo que chama o povo de Israel a servir e adorar um Deus: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é um” (Dt 6.4, texto massorético). Na realidade, a Bíblia Hebraica diz: “Shema Yisrael, Yehovah
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Para quem o Senhor estava falando em Gênesis 1.26? “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.
Deus”) usam as formas plurais da palavra Deus. O vocábulo Eloheinu é uma combinação de Elohim shelanu, significando “nosso Deus”. A palavra Elohim é a forma plural da palavra Elohah. Por que o Senhor apresenta a Si mesmo na forma plural? E por que, depois de repetir Deus três vezes, Deuteronômio 6.4 termina com a palavra um? Para entender melhor o versículo, é necessário examinar o sentido da palavra hebraica Ehad (“único”, “um”) no Antigo Testamento.
Exemplos de “ehad” 1. “Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gn 1.5). O hebraico, na verdade, diz “um” (ehad) dia em vez de “o primeiro” dia. Manhã e tarde são dois substantivos que se seguem e, juntos, constituem um dia. Ehad é a união de manhã e tarde. 2. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-
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se os dois uma só (ehad) carne” (Gn 2.24). Um homem e uma mulher são duas pessoas separadas que, juntas, formam uma carne. 3. “Toda (ehad) esta congregação junta foi de quarenta e dois mil trezentos e sessenta” (Ed 2.64; confira Ne 7.66). “Toda” (ehad) significa 42.360 indivíduos juntos, constituindo uma assembléia. A palavra ehad não se refere necessariamente a um item individual e singular. Também pode significar uma combinação de itens que constituem um todo. A língua hebraica usa uma palavra diferente para descrever uma união não dividida. Essa palavra é yahid.
Palavras para Deus no plural Para quem o Senhor estava falando em Gênesis 1.26? “Também disse Deus: Façamos
o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”. Ele não estava falando a seres humanos, porque estes ainda não tinham sido criados. Tampouco Ele consultou os anjos, porque anjos não foram participantes ativos na Criação. O Antigo Testamento afirma claramente que Deus criou o mundo sozinho: “Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora” (Ne 9.6).
Quando Deus interrogou Jó, Ele perguntou: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra... quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38.4,7). Deus estava contando a Jó que quando Ele criou o Universo, os anjos exultaram de alegria diante dEle.
alegremente can- forma plural, indicando uma pluratavam, e rejubila- lidade de Criadores. Como o Criavam todos os fi- dor é Deus, deve haver uma pluralilhos de Deus?” dade de entidades em um único e (Jó 38.4,7). verdadeiro Deus. Deus estava Palavras de formas plurais refecontando a Jó rentes a Deus também aparecem que quando Ele em Isaías 54.5: “Porque o teu Criacriou o Univer- dor é o teu marido; o SENHOR dos so, os anjos Exércitos é o seu nome; e o Santo de exultaram de Israel é o teu Redentor; ele é chamado alegria diante o Deus de toda a terra”. E também no Salmo 149.2: “Regozije-se Israel dEle. O Novo Tes- no seu Criador, exultem no seu Rei os tamento confir- filhos de Sião”. Em ambos os casos, ma enfaticamen- Criador é plural, assim como a palate que apenas vra marido. Dessa forma, a palavra ehad desDeus é o Criador: “Pois nele creve uma inteireza que consiste de foram criadas to- várias entidades. O Shemá de Deudas as coisas, nos teronômio 6.4 diz que Deus é um O rei Salomão, o homem mais sábio que já viveu, resumiu o céus e sobre a ter- todo que consiste de três entidades que é fundamental para o ser humano, dizendo: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham ra, as visíveis e e que o povo de Israel deve adorar os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho as invisíveis, se- essa totalidade. (Israel My Glory) – neles prazer” (Ec 12.1). jam tronos, sejam continua soberanias, quer principados, quer Quando Deus interrogou Jó, Ele potestades. Tudo foi criado por meio perguntou: “Onde estavas tu, quando dele e para ele. Ele é antes de todas eu lançava os fundamentos da terra... as coisas. Nele, tudo subsiste” (Cl quando as estrelas da alva, juntas, 1.16-17). Portanto, em Gênesis 1.26 o Senhor estava falando a uma entidade Meno Kalisher é pastor da “Assembléia de ou entidades iguais a Ele em ima- Jerusalém – Casa da Redenção” em JerusaO Shemá de Deuteronômio 6.4 diz que lém. Ele tem falado em convenções e eventos gem e poder para criar. Deus é um todo que consiste de três evangélicos em Israel e em outros países e entidades e que o povo de Israel O rei Salomão, o homem mais será um dos palestrantes em nosso 10º Condeve adorar essa totalidade. sábio que já viveu, resumiu o que gresso Internacional Sobre a Palavra Proem Águas de Lindóia/SP (22 a é fundamental para o ser humano, fética 25/10/2008). Seu pai, Zvi, é sobrevivente do dizendo: “Lembra-te do teu Criador Holocausto nazista. nos dias da tua mocidade, antes que venham os Recomendamos: maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Ec 12.1). A palavra Criador aparece Pedidos: 0300 789.5152 no hebraico na www.Chamada.com.br
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Um patriarca não conhece sua Bíblia Um patriarca católico é de opinião que o Estado judeu não deveria ser exclusividade de ninguém. Pelo visto, ele não conhece sua Bíblia.
Esse homem parece não apenas desconhecer sua Bíblia mas também não ter a mínima noção da real situação no Oriente Médio. Impõe-se a pergunta: por que ele exige isso Li em uma página da internet: O patriarca latino Michel Sabbah em relação a Israel e não em pronunciou-se contra a identidade de relação a outros países do Israel como Estado judeu. Ela seria Oriente Médio como, por discriminatória em relação aos não-ju- exemplo, a Arábia Saudita? deus, declarou o mais alto religioso Pois, enquanto em Israel existe católico-romano em Israel durante liberdade religiosa e todas as uma palestra. “Se existe um Estado de religiões gozam da proteção do uma só religião, outras religiões, natu- Estado, nos países árabes os ralmente, são discriminadas”, afirmou membros de outras religiões, o religioso palestino em seu discurso especialmente os cristãos e juem árabe e inglês. Israel deveria abdi- deus, são discriminados de tocar de seu caráter judeu e, ao invés das as formas. Na Arábia Saudisso, tornar-se “um Estado político, dita o patriarca, caso se arrisnormal, para cristãos, muçulmanos e casse, nem poderia entrar no país judeus’. “Esta terra não pode ser ex- com a grande cruz que carrega no peito, uma vez que isso discrimiclusividade de ninguém”.1 naria os muçulmanos sauditas. Apenas em um país do A Arábia Saudita exige mesmo que todos os habitantes de nacionalidade saudita devem ser muçulmanos. Oriente Médio os fiéis de outras religiões não são discriminados, e esse país é justamente Israel, que é difamado pelo patriarca. Ou você conhece, nessa região, algum outro país, exceto Israel, que seja “um Estado político,
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Essa terra, com vistas ao Messias, foi concedida exclusivamente aos judeus, o que ocorreu através do seu patriarca Abraão.
normal, para cristãos, muçulmanos e judeus?” E o que significa, de fato, “um Estado de uma só religião?”. Michel Sabbah parece desconsiderar completamente (propositalmente?) que 56 países, mais a OLP, fazem parte da Liga Árabe, dos quais muitos, inclusive a OLP, consideram a sharia (lei islâmica) sua principal ou até única fonte de legislação. A Arábia Saudita exige mesmo que todos os habitantes de nacionalidade saudita devem ser muçulmanos. Em Israel, pelo contrário, muçulmanos até fazem parte do Parlamento (Knesset) e do governo israelense. Entretanto, existem vínculos concretos entre a religião e a nacionalidade não apenas em países muçulmanos. Isso também ocorre em países não-
Do Nosso Campo Visual A frase: “Esta terra não pode ser exA lei argentina, destaca Jeff Ja- clusividade de nincontradiz coby, do Boston Globe, “prescreve o guém”, suporte do governo para a fé católica- profundamente a fé romana”. A rainha Elisabeth II é a lí- em Deus e em Sua der da Igreja da Inglaterra. No reina- Palavra, com a qual o do himalaio do Butão a constituição patriarca, como catódeclara o budismo como “herança es- lico, deveria estar piritual” do país... “A religião predo- comprometido. Por minante na Grécia”, explica o artigo II meio de Seus profeda Constituição grega, “é a Igreja de tas, o Senhor falou claramente para qual Cristo Ortodoxa-Oriental”.2 Podemos avaliar melhor quão terra Ele iria conduzir escandalosa é a declaração do pa- os judeus vindos “da triarca católico, se aplicarmos terra do Norte” (Rússuas exigências a outros países. sia) e, depois, de toQual político exigiria de um pales- das as outras nações: tino, líbio ou iraniano que abra “Tão certo como mão de sua fé? Uma exigência vive o Senhor, que dessas iria provocar incontáveis fez subir, que troumanifestações de protesto: haveria xe a descendência exigências de pedidos de demis- da casa de Israel da “Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguasão, e a ala radical exigiria até a terra do Norte e de rá, porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os dias pena de morte. E o que acontece- todas as terras para do teu luto findarão. Todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos ria se Israel fizesse essas exigên- onde os tinha arropor mim plantados, obras das minhas mãos, para que cias a um eventual Estado palesti- jado; e habitarão eu seja glorificado. O menor virá a ser mil, e o no? Um clamor tomaria conta do na sua terra” (Jr mínimo, uma nação forte; eu, o Senhor, a seu tempo farei isso prontamente” (Is 60.20-22). mundo, e, provavelmente, não 23.8). Assim como a Alechoveria apenas resoluções da ONU, mas até mísseis seriam lan- manha é dos alemães e o Brasil é dos brasiçados contra Israel. leiros, a terra de Israel glória, estabelecerá Seu reinado. pertence aos judeus. Isaías relata o futuro de Israel no Essa terra, com vistas reino messiânico de paz: “Nunca Assim como a Alemanha é dos alemães e o Brasil é ao Messias, foi concedi- mais se porá o teu sol, nem a dos brasileiros, a terra de Israel pertence aos judeus. da exclusivamente aos tua lua minguará, porque o Na foto: o Monte Tabor. judeus, o que ocorreu Senhor será a tua luz perpéatravés do seu patriarca tua, e os dias do teu luto findaAbraão: “Dar-te-ei (- rão. Todos os do teu povo seAbraão) e à tua des- rão justos, para sempre hercendência a terra das darão a terra; serão renovos tuas peregrinações, por mim plantados, obras das toda a terra de Ca- minhas mãos, para que eu seja naã, em possessão glorificado. O menor virá a ser perpétua, e serei o mil, e o mínimo, uma nação seu Deus” (Gn 17.8). forte; eu, o Senhor, a seu temE é nessa terra que o po farei isso prontamente” (Is Senhor Jesus, depois de 60.20-22). No capítulo seguinte Sua volta em poder e Isaías escreve: “Em lugar da muçulmanos. Daniel Pipes escreveu:
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Do Nosso Campo Visual a terra é minha; pois vós sois para mim estrangeiros e peregrinos” (Lv 25.23). O Todo-Poderoso não se aterá às exigências das nações nem ao desejo das religiões, mas cumprirá fielmente Sua Palavra: “Porque a palavra do Senhor é reta e todo o seu proceder é fiel” (Sl 33.4). Um dia todos verão a confirmação! (Norbert Lieth)
Para entender melhor os acontecimentos em Israel e seu significado bíblico, leia mensalmente a revista Notícias de Israel:
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Recomendamos: Notas: 1. Israelnetz.com, 20/12/2007. 2. Jerusalem Post, 29/11/2007.
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vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria. Porque eu, o Senhor, amo o juízo e odeio a iniqüidade do roubo; dar-lhes-ei fielmente a sua recompensa e com eles farei aliança eterna” (Is 61.7-8). Hoje em dia, o governo de Israel não age mais de acordo com a vontade de Deus quando está disposto a dividir o país, coagido pela pressão das nações, pois a terra é propriedade exclusiva de Deus. Por incumbência divina, Moisés teve de dizer aos israelitas, com referência ao ano do jubileu: “Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque
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Israel, mais que um osso duro de roer Ninguém consegue solucionar as questões relacionadas a Israel. Somente Deus poderá mudar o destino desse povo. Por ocasião de sua viagem ao Oriente Médio em janeiro, o presidente norte-americano George W. Bush disse a um jornalista; “Eu sei que Jerusalém é uma questão dura...”.1 Será que o presidente americano está consciente do quanto essa declaração combina com a verdade bíblica? Deus profetizou por meio de Zacarias: “Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemen-
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te; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra” (Zc 12.3). Mas Jerusalém não apenas é “um osso duro de roer”. Não, Jerusalém é uma pedra pesada para todos os povos, e quem a maltratar ferirá a si mesmo. A política do Oriente Médio deixa evidente que isso toma formas cada vez mais concretas. Os povos que determinam os rumos das questões mundiais estão empenhados em solucionar o “problema de Jerusalém” e dispostos a dividir essa cidade. Para tanto, lançam sempre novas iniciativas, que até hoje deram todas em nada.
Logo antes de encerrar seu mandato presidencial, Bill Clinton tentou conduzir a questão de Jerusalém a um resultado positivo através de uma conferência de paz para o Oriente Médio. Mas ele também salientou adequadamente que Jerusalém se tornara, para ele, uma pedra pesa-
Do Nosso Campo Visual Podemos acom- vindos da Faixa de Gaza. Os operapanhar diariamente dores da usina executam seu trabaessa situação des- lho correndo risco de vida. Há algum tempo, a própria Autoridade crita por Deus: – Israel está dis- Palestina desligou a energia e alguns posto a negociações de seus deputados se reuniram num e sempre estende local com as cortinas fechadas, à luz sua mão enquanto de velas. Uma equipe de televisão as organizações ter- filmou o encontro e na mídia munroristas islâmicas dial Israel foi retratado como culpaenfatizam pela ené- do por ter cortado a luz nos territósima vez que não rios palestinos. Um bem-informado concedem qualquer representante da União Européia, direito de existência porém, confirmou que Israel não Aproximadamente 70% da energia elétrica para a havia interrompido o fornecimento aos israelenses. Faixa de Gaza vem de Israel. – O Estado ju- de energia elétrica à Faixa de Gaza.2 deu já entregou diIsrael não consegue satisfazer a versos territórios ninguém, até que venha Aquele que por amor à paz e fará justiça a esse povo. Hoje Israel da demais para ser removida. A dá sinais de querer fazer mais nes- ainda suspira e geme: “Todos nós questão de Jerusalém não pode se sentido. Em agradecimento à bramamos como ursos e gemeser resolvida por meios políticos. boa-vontade de Israel, milhares de mos como pombas; esperamos Somente o Messias poderá solu- mísseis são lançados sobre seu o juízo, e não há; a salvação, e cioná-la, e Ele o fará por ocasião território, fazendo a população ci- ela está longe de nós” (Is 59.11). de Sua vinda. Em Zacarias 4.6 le- vil judaica viver não apenas em Mas em futuro não muito distante mos: “Não por força nem por medo e pavor, mas sendo, de fa- Israel declarará, cheio de fé e conpoder, mas pelo meu Espírito, to, prejudicada intensamente. Pa- fiança: “Perto está o que me jusdiz o Senhor dos Exércitos”. ra as nações, essas afrontas dos tifica...” (Is 50.8). Os cristãos renascidos deveEssas primeiras dez palavras cor- inimigos a Israel parecem ser inrespondem a apenas sete no he- diferentes, uma vez que no ban- riam orar para que o Senhor cumbraico, que certamente são uma co dos réus sempre se encontra pra logo Sua Palavra profética e que Jesus Cristo venha em Sua indicação profética do Messias, apenas Israel! – Os habitantes da Faixa de glória para governar como Rei. Jesus Cristo: Gaza dependem de Israel para o (Norbert Lieth) fornecimento de energia e alimenNotas: tos. Mas justamente da Faixa de 1. Neue Zürcher Zeitung, nº 9, 12/13 de janeiGaza são lançados mísseis e foguero de 2008, p.3. 2. Der Landbote, 24 de janeiro de 2008, p. 2. tes sobre o território israelense. – AproximadaNenhum poder político e nenhuma força militar, somente o mente 70% da Recomendamos: elétrica Senhor dos Exércitos celestiais energia e Seu Espírito Santo poderão para a Faixa de conduzir Israel ao alvo progra- Gaza vem de Ismado por Deus. Mas enquan- rael. A usina que to esse alvo não estiver alcan- fornece a eletriciçado, sempre será assim: “Cu- dade encontra-se ram superficialmente a ao sul da cidade ferida do meu povo, dizen- de Ashkelon, denPedidos: 0300 789.5152 do: Paz, paz; quando não há tro da zona de alwww.Chamada.com.br cance dos mísseis paz” (Jr 6.14).
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Vocês realmente crêem nas profecias? ferência do seu cumprimento no Novo Testamento: – O nascimento do Messias em Belém (Mq 5.2/Mt 2.16). – A traição de Judas (Sl 41.9; Zc Resposta: Sim, cremos firme- 11.12/Lc 22.19-23; Mt 26.14-15). mente nas profecias bíblicas em re– A morte do Messias por crucilação aos tempos finais pelas se- ficação. Isso é digno de nota, uma guintes razões: vez que a profecia foi feita em uma 1. Vemos o cumprimento dos si- época (1000 a.C.) em que a crucifinais que a Bíblia anuncia como pre- cação nem era conhecida em Israel, cursores dos tempos finais: Israel, quanto menos executada (Sl 22.16os acontecimentos no Oriente Mé- 18/Jo 19.18). dio, a apostasia da fé, etc. 3. Na Bíblia existem muitas pre2. Existe tamanha profusão de visões acerca de acontecimentos reprofecias que já se cumpriram li- ferentes a Israel e a outros povos e teral e comprovadamente por oca- impérios. Também essas se cumprisião da primeira vinda de Cristo (- ram comprovadamente em 100%, mais de 300!), que temos boas ra- de modo que teríamos de ser extrezões para crer que as ainda mamente obstinados para não crer não-cumpridas também se realiza- nelas. Exemplos: rão. Cito apenas três exemplos. As – A ascensão e a queda dos passagens bíblicas referem-se à pro- grandes impérios mundiais: Egito, fecia do Antigo Testamento e à re- Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Essas profecias são tão exatas e detalhadas e A queda de grandes impérios mundias, como Roma, foi predita na Bíblia. seu cumprimento histórico tão docuPergunta: “Vocês realmente crêem nas profecias e nos tempos finais? Por quê?”
mentado que chegam a nos deixar perplexos. – A queda da cidade de Nínive, profetizada no livro de Naum. Por longo tempo não se acreditava nessa profecia, até que a cidade foi descoberta e escavada na metade do século 19. Até suas medidas, que a Bíblia fornecia, são coincidentes. – Os rolos de Qumran encontrados às margens do mar Morto. Eles foram datados como sendo de 150200 a.C. Isso significa que os livros do Antigo Testamento, com todas as suas profecias, já existiam séculos antes de Cristo, por exemplo, Isaías 53. Essas são apenas algumas breves razões. Queremos estimular todos os nossos leitores a lerem e estudarem as profecias por si mesmos. Para ajudá-los, oferecemos uma grande variedade de publicações a respeito. Lembramos a promessa em Apocalipse 1.3: “Bemaventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo”. (Norbert Lieth)
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