BETH-SHALOM
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SETEMBRO DE 2006 • Ano 28 • Nº 9 • R$ 3,50
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Prezados Amigos de Israel
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O Imperialismo Islâmico no Mundo Real
Notícias de
ISRAEL É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça. Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf
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A Conexão Islâmico-Nazista
Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann Assinatura - anual ............................ 31,50 - semestral ....................... 19,00 Exemplar Avulso ................................. 3,50 Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 28.00
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HORIZONTE • Escândalo no fotojornalismo - 16 • Considerações bíblicas sobre a guerra no Líbano - 19
Edições Internacionais A revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).
Após aproximadamente um mês de guerra entre o Hizb’allah (Partido de Alá) e Israel no Líbano, entrou em vigor um cessar-fogo estabelecido pelo Conselho de Segurança da ONU, que foi aceito por ambos os lados. Como em todas as guerras anteriores envolvendo Israel e o Líbano, também neste caso não há um vencedor claro e, como no passado, certamente também desta vez não haverá uma paz verdadeira. Por isso, durante o conflito, ninguém em Israel falava de perspectivas de paz. O que se dizia era, simplesmente, que seria necessário fazer de tudo para alcançar um cessar-fogo durante o maior espaço de tempo possível. Além disso, ninguém tem ilusões a respeito de um verdadeiro acordo de paz com o Líbano, enquanto esse país for controlado pela Síria e pelo Irã. Se bem que Israel gostaria de estabelecer a paz com o “país dos cedros”, antes deveria ser eliminada a influência do Irã e da Síria e o Hizb’allah teria que ser desarmado. Assim sendo, Israel tentou destruir a infra-estrutura e enfraquecer a influência do Hizb’allah. Isso não foi fácil, porque os terroristas estavam infiltrados em meio à população civil. Por essa razão houve tantos refugiados no Líbano: atendendo aos alertas que Israel fazia antes de qualquer ataque, muitos sairam das regiões afetadas para não serem envolvidos nos combates. Por outro lado, praticamente não se divulgou na mídia que também em Israel numerosas pessoas tiveram que abandonar suas casas e se refugiaram no Sul do país por medo dos mísseis do Hizb’allah. Essa fuga foi uma fraca representação de uma futura fuga de Israel, predita em Apocalipse 12.13-16. Conforme as afirmações bíblicas, também não haverá uma paz genuína. Tudo indica que após essa guerra o confronto será ainda mais inflexível. Os grandes prejuízos que Israel infligiu ao Hizb’allah (e ao Irã, seu financiador), farão com que estes procurem vingar-se. Por isso, um previsível futuro confronto deverá ser ainda mais oneroso do que a guerra recém-encerrada, que já representou um elevado custo para Israel – sem levar em conta a perda de vidas humanas. Apesar disso, o governo israelense optou por esse caminho, porque sabia da magnitude da ameaça que se concentrava junto à fronteira norte do país. Os enormes custos foram assumidos para enfrentar a tempo o perigo crescente representado pelo Hizb’allah.
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Pela primeira vez desde a Guerra da Independência, esse conflito atingiu também a população civil no interior de Israel. Por isso, os cidadãos do país e o governo perceberam a necessidade de evacuar um grande número de pessoas para regiões mais seguras. Provavelmente serão tomadas medidas apropriadas para o caso de guerras futuras. Os acontecimentos atuais nos mostram igualmente como as profecias bíblicas assumem contornos cada vez mais nítidos e seu cumprimento se aproxima constantemente. No texto bíblico de Apocalipse 12.13-16 o Senhor promete que cuidará do Seu povo para salvá-lo. Essa promessa faz com que fiquemos confiantes, apesar de todas as ameaças dos inimigos: em breve o Senhor virá para estabelecer Seu reino de paz! Unido com vocês nessa maravilhosa esperança, saúdo com um sincero Shalom!
r Fredi Winkle
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Enquanto a maioria da mídia secular zomba da idéia de um imperialismo islâmico, deixa de enxergar o encrenqueiro que está se mudando para a casa ao lado. Infelizmente muita gente, hoje em dia, tem uma visão distorcida do que está acontecendo no mundo. As evidências são flagrantes e deveriam impelir todo ser pensante a dizer: “Espere um pouco. Isso é um problema!” O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, advertiu que os islamitas falam de um “califado do século VII”, que seria “governado pela sharia, a mais severa interpretação do Corão”. O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, completou: “O Iraque serviria como a sede de um novo califado islâmico que se estenderia por todo o Oriente Médio e ameaçaria governos legítimos na Europa, África e Ásia”.1
Lamentavelmente o jornal The New York Times prontamente rotulou esses pontos de vista como balelas. Num artigo intitulado 21stCentury Warnings of a Threat Rooted in the 7th (“Advertências do Século XXI Sobre Uma Ameaça Originada no Século VII”), Elisabeth Bumiller expressou a sua opinião: Um grande número de eruditos e funcionários do governo [dos EUA] discorda frontalmente das autoridades governamentais a respeito de um novo califado [...]. Eles afirmam que, embora as declarações da Al Qaeda realmente descrevam o objetivo de se estabelecer um novo califado, as autoridades governamentais têm exagerado na dimensão da ameaça, com a finalidade de ganhar apoio para suas políticas adotadas no Iraque.2 Ah, sério? Talvez a Srta. Bumiller devesse fazer uma análise das
evidências e destas palavras do então líder da Al Qaeda no Iraque, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi (que, entrementes, foi morto): “Ou alcançaremos a vitória sobre a raça humana ou passaremos à vida eterna”.3 E ele ainda disse: “Os americanos são as mais covardes das criaturas de Deus”.4 Em outubro de 2005, durante um discurso por ocasião da campanha de Doação Nacional em Favor da Democracia, o presidente George W. Bush fez uma referência exata à facção mais agressiva e carniceira do atual momento: os imperialistas islâmicos. Bush declarou que eles mantêm uma “ideologia assassina” e representam o “grande desafio de nosso novo século”; eles pretendem acabar com a influência do Ocidente no mundo muçulmano, derrubar todos os governos mu-
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especialmente importante que a educação e a mídia [citando Izetbegovic] “estejam nas mãos de pessoas cuja moral islâmica e autoridade intelectual sejam inquestionáveis”.8
Manifestantes islâmicos em Londres - na faixa se lê: “O califado é a única resposta”.
çulmanos de linha moderada e estabelecer um “império islâmico extremista que se estenderia da Espanha à Indonésia”. Os imperialistas islâmicos almejam “desenvolver armas de destruição em massa, a fim de aniquilar Israel, intimidar a Europa, agredir o povo americano e levar o governo de nosso país ao isolamento por meio de chantagem”. Eles querem “subjugar nações inteiras e intimidar o mundo”.5 O jornalista Daniel Pipes, conhecido pelo realismo de sua postura, acredita que o presidente Bush ainda foi bastante modesto ao descrever as dimensões da visão islâmica: Os limites do “império islâmico extremista” (ou califado) que ele mencionou como se estendendo apenas da Espanha à região da Indonésia [estão incorretos], pois os islamitas têm uma visão global que também exige o domínio sobre os países nãoislâmicos – e particularmente sobre os EUA [...] Somente quando os americanos perceberem que os muçulma-
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nos planejam substituir a Constituição dos EUA pela sharia (lei islâmica), entrarão na quarta e derradeira era desta guerra.6
O falecido Alija Izetbegovic, expresidente da Bósnia e líder do Partido Muçulmano de Ação Democrática (cuja sigla é SDA), em seu livro intitulado The Islamic Declaration (“A Declaração Islâmica”), publicado em 1970, demonstra a “incompatibilidade do Islã com os sistemas não-islâmicos” e, com isso, propôs o argumento principal para todos os radicais islâmicos: “Não pode haver paz, nem coexistência entre a religião islâmica e as instituições sociais e políticas não-islâmicas”.7 No livro The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order (“O Choque das Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial”), Samuel P. Huntington detalhou com mais propriedade: Quando o Movimento Islâmico se tornar suficientemente forte, deve assumir o poder e criar uma república islâmica. Nessa nova conjuntura, é
Em 1994, um proeminente jornalista egípcio chamou a atenção para o fato de que “há sinais inconfundíveis de um choque cada vez mais iminente entre a ética ocidental judaico-cristã e o movimento de vivificação islâmica, o qual atualmente se estende do Atlântico no Ocidente à China no Oriente”.9 O problema fundamental é o choque de civilizações. Os islamitas se fazem entender com muita clareza: a sua visão é a de um califado – um império mundial islâmico. E, nas palavras de Daniel Pipes, “não perceber tal visão requer uma cegueira de proporções monumentais, mas nós ocidentais já nos preparamos para ela”.10 De fato. Parece que o autoengano se alastra rapidamente no mundo ocidental.
Tropeçando no óbvio Em primeiro lugar, é impossível ignorar as campanhas militares, religiosas, ou terroristas do islamismo radical no Iraque, Afeganistão, Israel, Sudão, Argélia, Nigéria, Quênia, Irã, Paquistão, Iêmen, Etiópia, Armênia, Albânia, Chechênia, Daguestão, Tadjiquistão, Uzbequistão, Indonésia, Egito, Jordânia, Filipinas, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda, Rússia, Espanha, Argentina e a lista não pára por aí. Todavia, a evidência mais gritante desse choque de civilizações encontra-se em lugares onde a maioria dos ocidentais não se dispôs a ir, ou seja, a guerra implacável contra os crentes em Cristo em países onde os cristãos estão mais
vulneráveis. Lá, onde os crentes praticamente não têm quem os defenda, os islamitas, como animais carnívoros, investem contra a sua presa, atacando os cristãos. Crentes em Cristo de todas as denominações estão fugindo de países muçulmanos. A “principal causa isolada dessa emigração é a pressão exercida sobre eles por parte do islamismo radical”. Jonathan Adelman e Agota Kuperman escreveram: Na verdade, há outras razões para o êxodo. Cristãos de boa formação acadêmica originários do Oriente Médio, às vezes, emigram por razões econômicas. Alguns deixam seu país para evitar a infindável escalada de conflitos violentos [...]. Contudo, um grupo inteiro não abandona, cavalheirescamente, a terra natal na qual seus antepassados viveram, apenas por causa dos atrativos de uma sociedade mais próspera. Tais pessoas também precisam ser forçadas a essa decisão. E é exatamente o que os muçulmanos radicais estão conseguindo que se faça.11
De um lado expulsam, de outro imigram Nos últimos vinte anos, estima-se que 2 milhões de cristãos optaram por deixar o Oriente Médio. Se a tendência continuar, alguns especialistas acreditam que nos próximos cinqüenta anos não haverá mais qualquer presença significativa de cristãos nessa região. O território controlado pelos palestinos e que foi designado para o estabelecimento do Estado palestino exemplifica esse fenômeno. Em 1950, os cristãos correspondiam a 15% da população árabe. Há informações de que esse número se reduziu para apenas 2% na atualidade. De acordo com Adelman e Kuperman, “hoje em dia, 75% de to-
dos os cristãos de Belém vivem fora da região, e há mais cristãos oriundos de Jerusalém vivendo em Sydney, na Austrália, do que em sua própria terra natal. Na realidade, os cristãos, hoje, correspondem a 2,5% da população de Jerusalém”.12 Durante uma entrevista transmitida ao vivo de uma mesquita em Gaza, o Dr. Ahmad Abu Halabiya, membro do Conselho Fatwa designado pela Autoridade Palestina e ex-reitor interino da Universidade Islâmica de Gaza, declarou: Deste lugar, Alá, o Todo-Poderoso, adverte para que não nos aliemos aos judeus nem aos cristãos; que não nos afeiçoemos a eles, nem nos tornemos seus parceiros, nem os apoiemos e nem assinemos acordos com eles [...] segundo declarou Alá: “Ó vós, os que credes, não vos alieis aos judeus e aos cristãos, pois estes são aliados um do outro. Aquele que dentre vós aliarse a eles, será, de fato, um deles (Middle East Research Institute 13 2000). Em termos simples e claros, a mensagem de Halabiya traduz-se por discriminação, violência e, até mesmo, morte contra os cristãos palestinos. Eles vivem com medo. As garotas cristãs, em especial, são alvo de humilhação e violência sexual em público. Uma professora cristã palestina da cidade de Beit Sahour disse
que a discriminação começou depois que Arafat subiu ao poder em 1993. “Antes [não havia] esse tipo de coisa. Nós podíamos ir a qualquer lugar que quiséssemos; podíamos andar pelas ruas”, afirmou ela. Mas agora, “não saímos mais nas ruas sozinhas por causa dessa perversidade”.14 Outra mulher fez o seguinte comentário: “Eles cospem em nós e nos obrigam a usar lenços que cubram a cabeça; e no mês de jejum [islâmico] do Ramadã [...] a polícia palestina chega a nos prender por fumar ou comer nas ruas [...]. Os muçulmanos querem se livrar de nós; eles querem que vivamos como eles”.15 Tem havido queixas de confisco de terras, de crimes de chantagem e extorsão contra empresas e estabelecimentos comerciais cristãos, de abuso sexual contra mulheres cristãs e de assassinatos, porém, a maioria dos casos têm sido ignorada pelas autoridades palestinas e pelo resto do mundo.
O cartaz diz: “O Islã dominará!”. Observe a bandeira islâmica tremulando sobre a Casa Branca.
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com, no mínimo, 25 milhões de islamitas, número esse que daqui a 10 anos, segundo as estimativas, tende a dobrar e a criar uma Europa muçulmana em 2100.16 O impacto da invasão islâmica na Europa com suas conseqüências latentes já se fez sentir Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã: “...vocês através de distúrbios deveriam prostar-se e submeter-se ao poderio do povo e atentados à bomba iraniano”. em países da União Européia. Ao refletir acerca Quando um palestino muçulma- dos problemas verificados na Hono de 18 anos de idade esfaqueou e landa, depois que um islamita esmatou, na presença de um profes- faqueou e matou o produtor de cisor, um garoto de 14 anos, sobri- nema Theo Van Gogh em 2005, nho de uma pessoa que se conver- porque o filme de Van Gogh critera ao cristianismo, a polícia nunca ticava o tratamento dado às muchegou a ser comunicada do fato. lheres pelo Islã, Arnaud de BorchOs familiares da vítima receberam a grave escreveu: Será que a Holanda poderia ser a informação para que fossem ao lodramatização introdutória que abre a cal do crime e buscassem o corpo. Enquanto cristãos têm sido ex- peça principal de um choque de civipulsos do Oriente Médio, milhares de muçulmanos se mudam para o Ocidente, trazendo consigo o compromisso de fidelidade à lei muçulmana (sharia) e ao exclusivismo islâmico. Oriana Fallaci, uma franca oponente do fascismo islâmico, enquanto recebia um prêmio em Nova York por seu inabalável compromisso com os direitos humanos, soou o alarme durante seu discurso: “Eu não encaro o terrorismo islâmico como a principal arma de guerra O impacto da invasão islâmica na Europa com que os filhos de Alá têm desencasuas conseqüências deado contra nós; é o mais sanguilatentes já se fez sentir através de distúrbios e nário, mas não o mais nocivo ou caatentados à bomba em tastrófico aspecto dessa guerra”. países da União Européia. Acima: vítima do Muito mais perigosa, disse ela, é a atentado em Londres. Ao imigração maciça e irrestrita de mulado: resgate de vítimas çulmanos que invadiram a Europa no atentado em Londres.
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lizações mais amplo no Velho Continente? Centenas de milhares de jovens muçulmanos na Europa são jihadistas em potencial, segundo informações, que não são publicadas, obtidas dos chefes de departamentos de inteligência europeus. Estes têm advertido seus superiores políticos sobre o barril de pólvora em que muitas comunidades muçulmanas se tornaram.17
A dimensão global do sonho islâmico de um califado demonstrase na continuidade dessa guerra em lugares como a Indonésia, onde militantes islâmicos estão ganhando terreno, com números alarmantes, e encharcam a terra com o sangue das milhares de vítimas cristãs. Jamie Glazov escreveu o seguinte para a revista FrontPageMagazine.com: Esse avanço atinge proporções de uma crise, já que a Indonésia desempenha um papel fundamental de garantir a segurança na Ásia. O segundo atentado terrorista ocorrido este ano em Bali foi apenas uma demonstração simbólica da guerra que o islamismo empreende com rapidez naquele país. De fato, os jihadistas concentram-se intensamente na missão de aniquilar toda e qualquer presença não-muçulmana na Indonésia.18
Então, por que o silêncio? Se esse genocídio hediondo e essas constantes transgressões dos direitos humanos têm acontecido, tal como se tem documentado na íntegra, qual é a razão do silêncio? Por que há tão pouca indignação internacional, especialmente da parte das democracias ocidentais que deveriam se opor a tais atrocidades e tomar uma atitude de deter o sonho islâmico de um novo califado e de um império islâmico mundial? O que acontece, na realidade, é aquela mesma velha história de menosprezar a vida humana em favor do “interesse nacional”. Enquanto, ameaças nucleares e ataques militares em larga escala ocupam as mesas-redondas de negociações internacionais, os assassinatos, as mutilações de pessoas e a destruição de comunidades religiosas (especialmente as cristãs) promovidos pela jihad ganham pouca atenção e apoio que não passa de palavras e promessas da boca prá fora. Por exemplo, o Congresso americano aprovou, por várias vezes, leis que condenavam violações dos direitos humanos em países que mantêm acordos comerciais com os EUA. O International Religious Freedom Act (“Decreto de Liberdade Religiosa Internacional”), aprovado pela Câmara e Senado dos EUA e que, por fim, foi sancionado como decreto-lei mediante a assinatura do presidente Bill Clinton em outubro de 1998, é específico. As violações da liberdade religiosa incluem “proibições arbitrárias, restrições e punições” por motivos religiosos às seguintes atividades ou ações: (i) Reunir-se para atividades religiosas pacíficas, tais como cultos de adoração, pregação e oração, inclusive para cumprir exigências arbitrárias de registro oficial (ii) falar livre-
mente sobre as crenças religiosas de alguém; (iii) convencer alguém a mudar de crença e afiliação religiosa; (iv) posse e distribuição de literatura religiosa; ou (v) criar filhos nos ensinamentos e práticas religiosas da escolha da pessoa.19
Onde se encontra a evidência plausível de que existe uma corrente muçulmana majoritária “pacífica e amorosa”? Alguns duvidam de que haja tal realidade – ela simplesmente não existe. Na foto: meninas palestinas da Jihad Islâmica numa manifestação contra Israel.
Entretanto, há uma cilada nisso. Justus Reid Weiner escreveu: Todavia, as cláusulas de embargo previstas no Decreto de Liberdade Religiosa Internacional permitem ao presidente subordinar as medidas tomadas contra os países infratores do decreto ao interesse nacional dos EUA [...]. Associada à cláusula de renúncia de direito, essa cláusula torna o Decreto de Liberdade Religiosa Internacional praticamente inútil, incapaz de cumprir seus objetivos propostos.20 Clinton se opusera ao projeto de lei anterior pelo fato de que tornaria impossível aos EUA colocarem a segurança nacional e os interesses comerciais acima do combate à perseguição religiosa. Quando os cristãos palestinos, perseguidos pela Autoridade Palestina (AP), registraram queixa perante o funcionário do Departamento de Estado, “a recomendação do funcionário foi a de que os cristãos não chamassem a atenção para o caso ou procurassem asilo em outro país”, relatou Weiner.21
A maioria muçulmana moderada Tony Blair, o primeiro-ministro britânico, disse recentemente: “A melhor defesa da comunidade muçulmana em nosso país é exercida pela corrente majoritária dessa comunidade ao conter nela mesma os extremistas”. O Sr. Blair está certo. O problema, porém, é localizar essa “corrente majoritária” muçulmana. De fato há pequenos “córregos” de muçulmanos corajosos que se manifestam francamente contrários aos extremistas, muitos desses sob ameaça de morte dos bin Ladens e Zarqawis da vida, estes que, conforme já ouvimos em repetidas declarações, “seqüestraram uma religião pacífica e amorosa” e [supostamente] “não passam de aberrações sanguinárias”. Entretanto, onde se encontra a evidência plausível de que existe uma corrente muçulmana majoritá-
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Com as mesquitas patrocinadas por dinheiro saudita, também vieram os clérigos sauditas, que doutrinam os adeptos na concepção saudita da ideologia wahabi, a qual promove a sharia junto com a aversão aos EUA, aos judeus e ao Estado de Israel. Rettig prossegue: As estimativas da população muçulmana nos EUA variam enormemente de aproximadamente 3 milhões a cerca de Essa estratégia 8 milhões. Seja qual for a população exata, o fator mais saudita tem sido importante é a forte influência exercida pela Arábia Saudita. Na foto: meninas muçulmanas americanas entre executada [nas pa7 e 9 anos já são obrigadas a cobrir a cabeça lavras de Barsky] em respeito ao Islã. “no mundo inteiro, dos EUA a Bangladesh”, num esforço ria “pacífica e amorosa”? Alguns que contou com um investimento sauduvidam de que haja tal realidade – dita estimado entre 70 e 80 bilhões de dólares ao longo de três décaela simplesmente não existe. As estimativas da população das.23 Devido ao fato dos imames (que muçulmana nos EUA variam enormemente de aproximadamen- não são nem um pouco cordiais te 3 milhões a cerca de 8 milhões. com os países que os recebem) Seja qual for a população exata, exercerem opressiva influência soo fator mais importante é a forte bre seus irmãos, para os muçulmainfluência exercida pela Arábia nos moderados seria difícil armar um contra-ataque em oposição aos Saudita. Haviv Rettig noticiou no jornal terroristas islâmicos, pois são intiThe Jerusalem Post que o especia- midados a escolher entre compartilista em terrorismo Yehudit Barsky lhar as aspirações globais dos extrefez a seguinte declaração sobre o mistas ou se calar. A Freedom House (Casa da LiIslã americano: “As organizações extremistas continuam a reivindicar berdade), uma organização como seu direito ao ‘manto’ da lide- promissada com a democracia e a liberdade, enviou voluntários murança”. çulmanos a 15 destacadas mesquiRettig escreveu: O poder da forma extremista do tas, de Nova York a San Diego. Islã nos EUA, denominado wahabis- Daniel Pipes noticiou que eles recomo, foi criado com o generoso apoio lheram 200 livros “e outras publicafinanceiro saudita às comunidades ções difundidas pela Arábia Saudita muçulmanas americanas nas últimas (algumas delas 90% escritas em décadas. Mais de 80% das mesqui- árabe) encontradas nas bibliotecas tas nos EUA “têm sido radicalizadas das mesquitas, em estandes para pela influência e recursos financeiros publicações e em livrarias. O que sauditas”, afirmou Barsky.22 eles descobriram pode ser descrito
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como aterrador. Tais escritos – todos, sem exceção, patrocinados pelo reino da Arábia Saudita – adotam um ponto de vista anticristão, anti-semita, misógino, jihadista e hegemônico”.24 Pipes declara que todo esse material recolhido: Rejeita o cristianismo como uma fé válida: qualquer muçulmano que crê ‘que as igrejas são casas de Deus e que dentro destas Deus é adorado, é um infiel’. Insiste que a lei islâmica seja aplicada: numa gama variada de questões, desde as mulheres (que devem usar o véu) até os apóstatas do Islã (que ‘deviam ser mortos’), as publicações sauditas persistem na idéia do cumprimento da sharia nos EUA. Considera os não-muçulmanos como o inimigo: ‘Dissociem-se dos infiéis, odeiem-nos por causa de sua religião, abandonem-nos, nunca confiem neles para obter auxílio, não os admirem e sempre se oponham a eles em tudo, conforme a lei islâmica’. Encara os EUA como um território hostil: ‘É proibido a um muçulmano tornar-se cidadão de um país governado por infiéis, porque isso seria uma forma de concordar com sua infidelidade e aceitar todos os seus caminhos errôneos’. Prepara para uma guerra contra os EUA: ‘Para sermos autênticos muçulmanos, temos de nos preparar e estar prontos para a jihad no caminho de Alá. É o dever do cidadão e do governo’.25
O valentão do pátio da escola A escola de ensino fundamental na qual estudei tinha o seu encrenqueiro de plantão. A atividade dele era amedrontar e agredir os outros meninos, sempre relativamente me-
de seus povoados por causa do antagonismo muçulmano. Isso é o que acontece na terra dos califas. A vida que eles vivem em Kano pode não ser a vida que você desfruta na atualidade. Porém, se você fechar os olhos para não enxergar o encrenqueiro que está se mudando para a casa ao lado, e se os imperialistas islâmicos alcançarem seu sonho, a vida que os crentes de Kano vivem hoje poderá ser a sua vida amanhã. (Israel My Glory) Elwood McQuaid é o editor-chefe de The Friends of Israel.
Notas: 1.Bumiller, Elisabeth, “21st Century Warnings of a Threat Rooted in the 7th”, publicado em 12 de dezembro de 2005 no site www.nytimes.com/2005/12/12/politics /12letter.html?ex=1136696400&en=8217c69f9f0f4a82& ei=5070. 2.Ibid. 3.“President Commemorates Veteran’s Day, Discusses War on Terror”, publicado em 11 de novembro de 2005 no site www.whitehouse.gov/news/releases/2005/11/print/20051111-1.html. 4.“President Discusses War on Terror at National Endowment for Democracy”, publicado em 6 de outubro de 2005 no site www.whitehouse.gov/news/releases/2005/10/20051006-3.html. 5.Ibid. 6.Pipes, Daniel, “Bush Declares War on Radical Islam”, publicado em 11 de outubro de 2005 no site www.danielpipes.org/pf.php?id=3026. 7.Citado por Samuel P. Huntington, no livro The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order, Nova York: Touchstone, 1996, p. 269. 8.Ibid. 9.Ibid, p. 213.
10.Pipes, Daniel, “What Do the Terrorists Want? [A Caliphate]”, publicado em 26 de julho de 2005 no site www.danielpipes.org/pf.php?id=2798. 11.Jonathan Adelman e Agota Kuperman, “The Christian Exodus From the Middle East”, publicado no site www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/arabs/christianme.html. 12.Ibid. 13.Citado por Justus Reid Weiner, no livro Human Rights of Christians in Palestinian Society, Jerusalem: Jerusalem Center for Public Affairs, 2005, p. 17. 14.Ibid, p. 14. 15.Ibid, p. 10. 16.Spencer, Robert, “Fallaci Warrior in the Cause of Human Freedom”, publicado em 30 de novembro de 2005 no site www.frontpagemag.com/Articles/ReadArticle.asp?ID=20359. 17.Borchgrave, Arnaud de, “Mini Clash of Civilizations”, publicado em 15 de novembro de 2004 no site www.washingtontimes.com/commentary/20041114-1039444700r.htm. 18.Glazov, Jamie, “Symposium: Indonesian Jihad”, publicado em 2 de janeiro de 2006 no site www.frontpagemag.com/Articles/ReadArticle.asp?ID=20728. 19.International Religious Freedom Act of 1998 (105th, Cong., 2nd session,), publicado em 27 de janeiro de 1998 no site http://usinfo.state.gov/usa/infousa/laws/majorlaw/intlrel.htm. 20.Weiner, p. 33-34. 21.Ibid, p. 27. 22.Rettig, Haviv, “Expert: Saudis Have Radicalized 80% of US Mosques”, publicado em 5 de dezembro de 2005 no site www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1132475689987&pagename=JPost%2FJPArticle%2Fprinter. 23.Ibid. 24.Pipes, Daniel, “Saudi Venom in U.S. Mosques”, publicado em 1 de fevereiro de 2005 no site www.danielpipes.org/article/2384. 25.Ibid.
Dvd
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nores do que ele. Quando chegava o recadinho de que você fora escolhido para ser o objeto de diversão dele à tarde, não havia a menor dúvida de que ele tinha a intenção de fazer exatamente o que prometera, ou seja, rolar com você no chão sujo e brigar até redefinir os contornos da sua cara. Negar a realidade das ameaças que ele fazia não ajudava em nada. De qualquer jeito, você acabava esmurrado. No mundo real, o princípio usado pelos agressores adultos é o mesmo. Você pode até ignorar as declarações de intenção do islamismo radical, como a mídia secular adora fazer, mas isso não impedirá que o valentão redefina os contornos do seu mundo. E para aqueles que se sentem tranqüilos em desconsiderar tudo isso ou em acreditar que um oceano ou deserto os separa dos encrenqueiros, prestem atenção nas palavras de alguém que vive, hoje, um pesadelo que, talvez, nunca acreditasse ser possível tornar-se realidade. O reverendo Murtala Marti Dangora mora em Kano na Nigéria, África Ocidental. Os crentes em Cristo de lá estão com medo de mandar seus filhos para as escolas públicas, porque temem que eles sejam forçados a se converter ao islamismo. Os alunos são obrigados a aprender a língua árabe, a estudar o islamismo e a fazer orações islâmicas. Além disso, o governo não concede permissão para que as igrejas instituam escolas nas áreas rurais. “A estratégia”, explicou o reverendo Dangora, “é forçar os crentes em Cristo a mandar seus filhos para as escolas públicas, a fim de que possam se converter ao Islã”. Outro líder cristão declarou que os crentes que vivem em Kano perderam sua liberdade religiosa e são cidadãos de segunda classe. Alguns foram forçados a fugir
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Em outubro de 1938, numa reação ao Pacto de Munique que Neville Chamberlain fizera com Adolf Hitler, Winston Churchill fez a seguinte advertência no Parlamento inglês: Vocês precisam considerar o caráter do movimento nazista e o domínio que ele implica. Nunca poderá haver
amizade entre a democracia britânica e o poder nazista, poder esse que despreza a ética cristã, que saúda com aplausos seu avanço conquistado por meio de um paganismo cruel, que se gaba do espírito de agressão e conquista, que da perseguição extrai força e prazer pervertido, bem como usa o ameaçador impulso assassino com impiedosa brutalidade. Tal poder nunca poderá ser um amigo confiável da democracia britânica.
Um ano depois, com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, naturalmente ficou comprovada a advertência de Churchill de que o Pacto de Munique era “o começo da consideração do problema” com um inimigo implacável.
Setembro de 1938: o primeiro-ministro da Inglaterra, Neville Chamberlain sendo recebido em Munique pelo ditador alemão, Adolf Hitler, para a assinatura do Pacto de Munique, o qual concordava com a exigência de Hitler de que a região dos montes Sudetos na República Tcheca fosse entregue à Alemanha.
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Em 2005, naquelas semanas que sucederam os ataques terroristas ocorridos em Londres, ouvimos, por várias vezes, a analogia entre aqueles atentados à bomba e o bombardeio nazista contra a Inglaterra durante a Segunda Guerra. A maioria dessas analogias mencionava a famosa resistência inglesa diante do terror e da carnificina. Algumas dessas comparações tinham relação com a decisão anunciada pela rainha Elizabeth e pelo primeiroministro Tony Blair de nunca se render às forças que estavam por trás daquelas bombas. De fato, na maioria dos casos, as analogias feitas entre as duas circunstâncias diziam respeito à reação dos ingleses aos ataques e não à natureza similar dos culpados daqueles atos. Entretanto, a verdade é que assim como a resistência paciente dos ingleses relembra a mesma de 65 anos atrás, também há uma semelhança profunda e pedagógica entre os nazistas que atacaram outrora e os combatentes islâmico-fascistas
que atacam hoje em dia. Mais importante ainda do que invocar a célebre “resistência paciente” dos ingleses, o cerne da questão é que, para lutar e vencer esta guerra atual, é necessário que se entenda e aceite as similaridades existentes entre os nazistas e os exércitos terroristas árabe-islâmicos.
A conexão islâmico-nazista de Munique Em julho de 2005, o The Wall Street Journal publicou uma reportagem investigativa sobre o estabelecimento e o crescimento do Centro Islâmico em Munique. Conforme Stefan Meining, um historiador alemão, relatou ao jornal, “se você quer entender a estrutura do Islã político, precisa considerar aquilo que aconteceu em Munique”. De acordo com a reportagem, a mesquita de Munique foi fundada por muçulmanos nazistas que se estabeleceram na Alemanha Ocidental depois da guerra. Esses homens, que estavam entre os mais de 1 milhão de cidadãos das repúblicas soviéticas, unidos aos nazistas enquanto sob a ocupação alemã, foram transferidos para o Ocidente nos momentos finais da guerra, por ordem de seu comandante nazista, para protegê-los do avanço do Exército Vermelho. A reportagem do jornal esclarece que o primeiro líder da mesquita era oriundo do Uzbequistão e se chamava Nurredin Nakibhidscha Namangani. Ele serviu na SS nazista como imame (i.e., líder espiritual muçulmano) e participou do extermínio do Gueto de Varsóvia, bem como da repressão à revolta judaica em 1943. Segundo aquele artigo, Said Ramadan, o líder da Irmandade Muçulmana Egípcia, que estava exilado, participou da Conferência de
1958, organizada por Namangani e seus correligionários muçulmanos nazistas com o objetivo de angariar recursos financeiros para a construção da mesquita. Depois o artigo resume o momento subseqüente em que a Irmandade Muçulmana assume o controle daquela mesquita na década de 60 e de sua transformação, com o patrocínio financeiro saudita e sírio, numa conexão para a propagação da ideologia islâmico-fascista em sua convocação para a jihad (guerra santa) e para o domínio do mundo.
Os nazistas apoiaram os terroristas árabes
Winston Churchill.
mica egípcia, deve muito de seu sucesso ideológico e de suas raízes pseudofilosóficas ao nazismo. Nos idos de 1930, o mufti [líder e intérprete oficial da lei islâmica – N.T.] de Jerusalém, Amin el-Husseini, cortejou exatamente os nazistas. Em 1936, quando iniciou sua guerra de terror contra os yishuv (“assentamentos”) judaicos na Palestina governada por mandato britânico, Amin el-Husseini, por várias vezes, solicitou apoio financeiro aos nazistas, patrocínio esse que começou a chegar em 1937.
A reportagem ignorou o fato de que não havia nenhuma razão específica, exceto talvez uma hostilidade enciumada por causa da intrusão, para que os nazistas tivessem qualquer problema com a Irmandade Muçulmana. Tal como o cientista político alemão Matthias Kuntzel Mulheres muçulmanas numa manifestação em Islamabad (Paquistão). O cartaz diz: “Deus abençoe Hitler”. registrou em seu livro intitulado Islamic anti-Semitism and its Nazi Roots (“O anti-semitismo islâmico e suas raízes nazistas”), a Irmandade Muçulmana que gerou a Fatah da Organização de Libertação da Palestina (OLP), bem como a Al Qaeda, o Hamas e a Jihad Islâ-
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“Sua cooperação para o dá no ano de 1942 e fugiu em seadvento de um novo an- guida para a Alemanha, onde pasti-semitismo virulento sou o resto da guerra treinando está comprovada em ter- uma tropa de jihadis composta de mos bastante claros”. As muçulmanos bósnios, exortando o gangues de Husseini que mundo árabe a se levantar contra os atuavam no Mandato Aliados, participando do HolocausPalestino foram efusiva- to e planejando a construção de um mente aplaudidas pela campo de extermínio em Nablus, Irmandade Muçulmana semelhante ao de Auschwitz, depois no Egito, que mobilizou da [esperada] vitória alemã. Após a manifestações em massa guerra, com ajuda francesa, ele portando slogans tais conseguiu escapar para o Cairo, no Recrutas do Hizb’allah (Partido de Alá) prestam como: “Judeus, saiam Egito. Lá, Husseini foi recebido cojuramento. Observe o gesto semelhante à saudação nazista. do Egito e da Palestina” mo herói de guerra. e “Morte aos judeus!”. A idéia obcecada de Hitler de Para os nazistas, os que os judeus eram a fonte de todos judeus eram considera- os males do mundo, ficou tão enraidos a principal força que zada nas mentes nacionalistas árabe De 1936 a 1939, as tropas terro- os impedia de atingir seu objetivo e islâmica, que passou a ser uma seristas de Husseini assassinaram 415 de dominar o mundo. Como Hitler gunda índole. judeus. Anos mais tarde, Husseini expressou: “Vocês verão que preciEm 2002 na Alemanha, durante comentou que se não fosse o di- saremos de pouco tempo para reo- o julgamento de Mounir al-Moutasnheiro nazista, sua investida violen- rientar os conceitos e critérios do sadeq, acusado de colaborar com os ta contra os assentamentos judeus mundo inteiro pura e simplesmente seqüestradores dos aviões nos atenteria sido derrotada em 1937. O pelo ataque ao judaísmo”. Em sua tados de 11 de setembro, testemumovimento que ele liderava estava concepção, Hitler achava que, após nhas fizeram uma descrição da visão impregnado de nazismo. Seus ho- destruir os jumens cumprimentavam-se com deus, o resto saudações nazistas e os membros de do mundo esHusseini se tornou um efetivo agente nazista. Fomentou um seu movimento jovem ostentavam taria a seus golpe pró-nazista em Bagdá no ano de 1942 e fugiu em seguida para a Alemanha, onde passou o resto da guerra treinando uma os uniformes da juventude nazista. pés por causa tropa de jihadis composta de muçulmanos bósnios, exortando o Husseini tinha relações de pa- dessa conmundo árabe a se levantar contra os Aliados, participando do Holocausto e planejando a construção de um campo de rentesco com o novo movimento da quista. Ele deextermínio em Nablus, semelhante ao de Auschwitz, Irmandade Muçulmana, fundado clarou: “A ludepois da [esperada] vitória alemã. Na foto: o grão-mufti passa em revista tropas muçulmanas das SS. pelo sogro de Ramadan, Hassan al- ta pelo conBanna, na década de 20. O impacto trole do que sua guerra terrorista causou no mundo será movimento foi profundo. De uma travada exclulista com 800 membros em 1936, sivamente enas fileiras da Irmandade cresceram tre alemães e em número para 200 mil membros judeus. O resoficiais nos idos de 1938, apoiados, to é fachada e talvez, por um número igual de ilusão”. simpatizantes ativos. Husseini Conforme Kuntzel demonstrou, se tornou um a noção de uma violenta guerra efetivo agente santa ou jihad contra não-muçul- nazista. Fomanos não fazia parte de nenhuma mentou um doutrina islâmica em vigor até a dé- golpe pró-nacada de 30 e, segundo ele observou: zista em Bag-
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de mundo de Muhammad Atta, o líder dos terroristas naquele atentado. Uma das testemunhas declarou: A [visão de mundo] de Atta baseava-se num modo de pensar nacionalsocialista. Ele se convencera de que “os judeus” estão determinados a conquistar o domínio do mundo. Ele considerava a cidade de Nova York como o centro da comunidade judaica do mundo todo, esta que, em sua concepção, era o Inimigo Número Um.
A mesma guerra continua À luz da fartura de documentação histórica acerca das raízes nazistas do fascismo islâmico, é absolutamente evidente que a cooperação dos nazistas com a Irmandade Muçulmana na construção e desenvolvimento do Centro Islâmico de Munique foi tudo, menos coincidência ou fato isolado. Também não é surpresa nenhuma que o chefe da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, cujo antecessor, Yasser Arafat, era um seguidor de Husseini, tenha feito sua dissertação de doutorado para negar o Holocausto e justificar o nazismo. A realidade disso é que, à semelhança dos nazistas, é impossível separar a busca ideológico-militar islâmica pelo domínio mundial de seu anti-semitismo genocida. Como no caso dos nazistas, são dois lados da mesma moeda. E, tal como aconteceu desde o momento da ascensão dos nazistas ao poder em 1933 até o fim da Segunda Guerra Mundial, os ingleses e, em grau menor, todavia crescente, os americanos, se recusaram a admitir que a guerra contra os judeus e Israel era a mesma guerra travada contra eles.
Existem motivos para as tentativas de separar o inseparável. A descoberta de que os responsáveis pelos atentados à bomba em Londres pertenciam à mais distinta classe de imigrantes da Inglaterra é prova de que, hoje em dia, o inimigo é produzido em casa. Um exemplo disso é o daquele grupo organizado anglo-paquistanês, ligado à Al-Qaeda e ao Hamas, que praticou o atentado suicida no Mike’s Place, na cidade de Tel-Aviv, em abril de 2003 e de Omar Sheikh, o inglês de origem paquistanesa ligado à Al-Qaeda que seqüestrou e assassinou o repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal numa execução ao estilo nazista em janeiro de 2002. Um dos desafios mais difíceis para uma sociedade democrática é enfrentar corajosamente a “quinta coluna”* que vive em seu meio. À parte disso, a grande verdade é que a economia global é movida a petróleo, o qual é controlado pelos mesmos poderes que se encontram na base da atual guerra contra Israel e a civilização ocidental. É mais fácil engajar-se no partido dos que negam tais realidades do que lutar contra elas. Assim como os ingleses e franceses outrora responsabilizaram o empobrecimento e a humilhação [alemãs] resultantes do Tratado de Versalhes como a causa do anti-semitismo e espírito belicoso alemão na década de 30, atualmente os ingleses, à semelhança de seus aliados europeus e de grande parte da sociedade americana, consideram que as causas do anti-semitismo e das aspirações árabes e islâmicas de dominar o mundo são a pobreza, resultante da aparente humilhação de estarem
* Um grupo de pessoas, dentro de determinado país, que é simpatizante do inimigo ou que lhe oferece ajuda em secreto. A expressão provém de Emílio Mola, um general nacionalista espanhol, que durante a Guerra Civil Espanhola declarou que marchava para Madri com quatro colunas de combatentes e que havia uma quinta coluna de simpatizantes e agentes dentro daquela cidade.
Não é surpresa nenhuma que o chefe da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, cujo antecessor, Yasser Arafat, era um seguidor de Husseini, tenha feito sua dissertação de doutorado para negar o Holocausto e justificar o nazismo.
nas mãos dos imperialistas ocidentais, bem como o estabelecimento do Estado de Israel e [as ações para garantir] sua contínua viabilidade. O Estado de Israel tem o dever (negligenciado em grande parte pelas próprias autoridades israelenses no atual momento) de chamar a atenção do resto do mundo para essa realidade inconveniente. A responsabilidade e o dever de todos os que prezam a liberdade e o direito de viver sem medo é admitir tal realidade, apesar de sua inconveniência. Recusar-se a admiti-la não é uma mera questão de covardia. É a receita do suicídio. (Israel My Glory) Caroline Glick é a vice-gerente editorial do jornal The Jerusalem Post, onde este artigo foi publicado pela primeira vez em julho de 2005. Reeditado com a permissão da autora.
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Líbano - a morte como oportunidade
Escândalo no fotojornalismo Imagens manipuladas e encenadas
A polêmica sobre a divulgação de fotos digitalmente manipuladas e erroneamente legendadas pela [agência de notícias] Reuters não chegou perto da dimensão que deveria ter tido na mídia, segundo Tim Rutten, colunista de assuntos midiáticos do Los Angeles Times. Isso se deve a duas razões: (1) algumas imagens manipuladas no Líbano dão fortes indicativos de que há fabricações mais amplas no fotojornalismo que a Reuters e outras agências de notícias têm obtido de seus freelancers (em sua maioria palestinos); (2) a mídia noticiosa americana respondeu extremamente mal às revelações de má-conduta de Hajj (o fotógrafo da Reuters que fez manipulações grosseiras de fotos), demonstrando desinteresse no assunto e em tentar descobrir se o caso é único ou se representa uma série*. Rutten lamenta que nenhuma publicação nos EUA tenha encarado o desafio de tentar descobrir se há algo fora da ordem de maneira geral nas fotos de freelancers da Reuters e de outras agências – inclusive a Associated Press, que também publicou fotografias tiradas por Hajj. Uma rápida olhada no blog www.LittleGreenFootballs.com (de Charles Johnson) é o suficiente para perceber a má-conduta dos fotojornalistas. Várias fotos são claramente posadas para efeito de
Não é de hoje que os palestinos usam de encenações para manipular a opinião pública mundial através da mídia – com a ávida conivência desta. Essas produções tornaram-se conhecidas como “Pallywood”. Durante o conflito no Líbano, elas foram realizadas em “Hizb’ollywood”.
“Falsografia” – uma produção de “Hizb’ollywood”.
dramatização. Uma delas chama a atenção de Rutten: uma série de brinquedos de criança sobre as montanhas de destroços. O impressionante é que os brinquedos estão limpos e intocados pela devastação. Em outra situação, o blogueiro parece ter descoberto que um mesmo fotógrafo usou mais de uma identidade. Há muito mais, e vale a pena perder alguns minutos dando uma olhada no blog, acrescenta Rutten. Esse é um dos poderes da internet e da blogosfera, e o fato de que pode ser
* A mídia brasileira parece que nem tomou conhecimento do assunto. [N.R.]
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empregado para ajudar a manter um jornalismo honesto, para o benefício de todos. É importante notar, disse Rutten, que não há equivalente de manipulação propagandística no lado israelense do conflito. Isso porque um dos lados – o governo democraticamente eleito de Israel – vê a morte como tragédia, enquanto o outro – a organização terrorista Hizb’allah (Partido de Alá), financiada pelo Irã – a vê como uma oportunidade [de fazer propaganda e criar sentimentos antiisraelenses]. (Beatriz Singer [edição], com Larriza Thurler – extraído do Observatório da Imprensa)
Horizonte
O episódio das fotos maquiadas na guerra do Líbano mostra que já não dá mais para acreditar na veracidade de imagens jornalísticas, até então consideradas uma evidência mais sólida do que um texto... Difícil é entender [será?] como a grande mídia, considerada fonte
de informações confiáveis no mundo inteiro, ainda cai num “conto do vigário” que vem se repetindo há anos. Houve manipulação de imagens em conflitos no Iraque, no Afeganistão e em outros incidentes no Oriente Médio. Já se sabe que existe o risco de reincidência dessa manipulação. Como é
que, mais uma vez, imagens manipuladas são divulgadas em massa sem que haja qualquer questionamento? Não há como acreditar em ingenuidade da mídia; sabe-se que ela é tudo menos ingênua. Só nos resta a infeliz alternativa da complacência. (extaído do Observatório da Imprensa.)
Exemplos de fotos manipuladas grosseiramente (por Adnan Hajj): Original
Colunas de fumaça sobre Beirute (duplicadas digitalmente).
Fotos encenadas para produzir maior dramaticidade:
Os supostos “mísseis” atirados pelo avião israelense foram duplicados digitalmente. Na realidade, nem se trata de mísseis, mas de um sistema de defesa antimísseis (cargas luminosas para desviar os mísseis inimigos).
Um libanês leva uma maleta com bichos de pelúcia para espalhálos sobre as ruínas. Mesmo que o local bombardeado tenha sido uma central do Hizb’allah, passa-se a impressão de que crianças foram mortas pelos israelenses. Na verdade, a suposição do que deve ter acontecido com as pobres crianças donas dos bichinhos é mais comovente do que ver apenas destroços.
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Horizonte Bichos de pelúcia (sem poeira) junto às ruínas.
Links recomendados (em inglês): www.littlegreenfootballs.com www.zombietime.com www.eureferendum.com
Segundo a mídia, uma mulher libanesa chora diante das ruínas de sua residência em Beirute... O problema é que foram divulgadas diversas fotos da mesma mulher, em datas e locais diferentes. Parece, portanto, que ela tem muitas residências que, coincidentemente, foram todas bombardeadas.
Uma ambulância da Cruz Vermelha, supostamente atingida por um míssil israelense. Ao se examinarem outras fotos do veículo, constatou-se que o furo no teto é o local de encaixe do sistema de ventilação (nenhum míssil faria um furo tão perfeito). Além disso, no interior do veículo não há sinais de explosão e sobre o teto se vê áreas enferrujadas (indicando que os amassados não são recentes).
Suposta vítima sendo retirada dos escombros. Além do número de vítimas em Qana ter sido muito menor do que inicialmente divulgado, há significativas evidências de que as fotos mais chocantes, que levantaram a opinião pública Observe, entretanto, que não há poeira em contra Israel, foram encenadas. seu corpo.
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Considerações bíblicas sobre a guerra no Líbano A guerra terminou. Agora, o exército libanês pretende controlar o Sul do país, enviando para lá milhares de soldados. Um numeroso contingente da ONU deverá cuidar da ordem na fronteira norte de Israel (conforme a Resolução 1701). Tudo isso já deveria ter acontecido no ano 2000, segundo promessas da ONU na época.
Naquele tempo, o Sul do Líbano foi desocupado por Israel (onde suas forças se encontravam numa zona de exclusão para impedir ataques contra o Norte do país). O que houve desde então? De forma escandalosa, a ONU não cumpriu seu dever, de modo que o Hizb’allah (Partido de Alá) tomou conta da região e pôde se armar até os dentes. É triste, mas é verdade: sem essa guerra passada, a comunidade mundial não estaria disposta a cumprir sua obrigação. A partir de agora, veremos se desta vez ela vai fazê-lo. O Hizb’allah, a Síria e o Irã farão de tudo para torpedear esses planos. Mesmo nessa fase preparatória, a ONU não parece muito animada em finalmente cumprir o seu dever. Para Teerã essa guerra foi uma verdadeira catástrofe (mesmo que no Ocidente a interpretação seja oposta)! Foram anulados os grandes esforços iranianos para prover o Hizb’allah com equipamentos militares modernos (13.000 mísseis de curto, médio e longo alcance; a construção de um eficiente sistema de túneis; equipamentos de visão noturna de alta tecnologia; computadores; recursos eletrônicos; material protetor em guerra biológica e química, tanto de ataque como de defesa),
cujo custo é calculado em 5 bilhões de dólares. Israel aniquilou grande parte da estrutura do Hizb’allah. Em torno de 400 terroristas foram mortos. Na verdade, o Irã teria grande necessidade desse front direto com o Norte do Estado judeu para poder defender-se no caso de um ataque americano ou israelense às suas instalações nucleares. Agora, porém, Nasrallah (o líder do Hizb’allah) desperdiçou esse potencial militar através de uma tola aventura quando resolveu seqüestrar alguns soldados israelenses. Os líderes em Teerã estão muito irritados! Portanto, a guerra no Líbano, que acabou de terminar, nada mais foi do que a primeira fase na luta contra o programa nuclear
iraniano. Este, em conjunto com as declarações de que Teerã pretende “eliminar Israel do mapa”, representa um enorme problema. No decorrer da guerra, Israel cometeu diversos erros táticos. Agora, eles serão cuidadosamente analisados e corrigidos, não devendo repetir-se num combate futuro contra o Hizb’allah e o Irã. Por isso, do ponto de vista militar, esse confronto representou um importante teste para Israel. Recentemente Hassan Nasrallah recebeu de Teerã a incumbência de torpedear o atual cessar-fogo, para desviar Israel e os EUA de um confronto militar com o Irã. Conforme suas próprias previsões, as lideranças no país dos antigos persas esperam um ataque ao seu programa nuclear em outubro ou novembro. Por isso, o Hizb’allah moveu suas forças do Norte do Líbano para o Sul do país. Os terroristas acompanharam o fluxo de refugiados que retornou às suas casas.
Terroristas seguem em direção ao Sul do Líbano junto com os refugiados que retornam a suas casas após a guerra.
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Hassan Nasrallah (o líder do Hizb’allah) desperdiçou o potencial militar através de uma tola aventura quando resolveu seqüestrar alguns soldados israelenses.
A Bíblia já tinha anunciado há muito tempo: nos últimos dias, quando o povo judeu regressasse à terra dos seus pais, ele enfrentaria as cruéis ameaças de extermínio por parte dos seus vizinhos: “Os teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. Tramam astutamente contra o teu povo e conspiram contras os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel. Pois tramam concordemente e firmam aliança contra ti as tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenos, Gebal, Amom e Amaleque, a Filístia como os habitantes de Tiro; também a Assíria se alia com eles, e se constituem braço forte aos filhos de Ló” (Sl 83.2-8). Algumas explicações sobre as referências geográficas e étnicas usadas no texto:
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• Gebal = Jbail em árabe (Biblos, no Líbano). • Amom = o Norte da Jordânia (observe o nome da capital, Amã). • Moabe = a Jordânia Central. • Edom = o Sul da Jordânia. • Assíria = o Norte do Iraque. • Hagarenos = um povo na Síria. • Ismaelitas = tribos árabes na Arábia Saudita. • Amaleque = Sinai. • Filístia = Faixa de Gaza. • Filhos de Ló = Amom e Moabe. Essas referências mostram que se trata dos seguintes países atuais: Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita e Egito. Do Líbano também partiu o clamor pela destruição de Israel: não devemos esquecer que esse país esteve envolvido ativamente na guerra de 1948-1949, quando uma supremacia árabe procurou erradicar o Estado de Israel que tinha acabado de nascer. Oficialmente, o Líbano se encontra até hoje em estado de guerra com Israel. Nesses 58 anos, esse país nunca quis estabelecer a paz com Israel, apesar dos judeus terem estendido as mãos para ele. Com relação ao futuro do Irã, devemos lembrar o que está escrito em Jeremias 49.35-39: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que eu quebrarei o arco de Elão, a fonte do seu poder. Trarei sobre Elão os quatro ventos dos quatro ângulos do céu e os espalharei na direção de todos estes ventos; e não haverá país aonde não venham os fugitivos de Elão. Farei tremer a Elão diante de seus inimigos e diante dos que procuram a sua morte; farei vir sobre os elamitas o mal, o brasume da minha ira, diz o Senhor; e enviarei após eles a espada, até que venha a con-
sumi-los. Porei o meu trono em Elão e destruirei dali o rei e os príncipes, diz o Senhor. Nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o Senhor”. Essa profecia nunca se cumpriu no passado. Como também os capítulos seguintes (Jeremias 50-51, profecia a respeito da Babilônia = Sul do Iraque), essas palavras se referem aos tempos finais (últimos dias), ou seja, ao tempo do retorno dos judeus à sua terra. Jeremias 49 fala de uma futura terrível destruição de Elão (o nome antigo do sudoeste do Irã), que terá por conseqüência uma onda de refugiados iranianos por todo o mundo. (Dr. Roger Liebi).
Para Teerã essa guerra foi uma verdadeira catástrofe! Foram anulados os grandes esforços iranianos para prover o Hizb’allah com equipamentos militares modernos. Na foto, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad com um cartaz que diz: “O mundo sem Sionismo”.