BETH-SHALOM
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Abril de 2008 • Ano 30 • Nº 4 • R$ 3,50
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Prezados Amigos de Israel
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A Preparação de Israel
Notícias de
ISRAEL É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça. Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake
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Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann
Deus de Jacó, Deus de Israel (2ª Parte)
Assinatura - anual ............................ 31,50 - semestral ....................... 19,00 Exemplar Avulso ................................. 3,50 Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 35.00 Edições Internacionais A revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.
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Isaías 53 e o Messias de Israel (1ª Parte)
INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial
HORIZONTE
O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).
• Recorde: mais turistas estrangeiros - 20 • Menors imigração desde 1989 - 20
Têm surgido tensões entre grupos judeus e o Vaticano. O assunto em questão é o texto da oração oficial da missa da Sexta-Feira Santa na igreja católica. O papa tinha-se comprometido a retirar do texto expressões ofensivas aos judeus como “trevas” e “cegueira”. Essa decisão se explica pela preocupação da igreja católica em melhorar seu relacionamento com Israel e os judeus. Por trás existe naturalmente um certo interesse “político”, uma vez que a igreja católica, por sua presença na Terra Santa, está empenhada em cultivar uma boa convivência com Israel. Nesse contexto, existe todo um esforço por um comportamento “politicamente correto”. Assim impõe-se a pergunta: até que ponto o “politicamente correto” pode influenciar as verdades das Sagradas Escrituras. Por exemplo, já houve exigências de grupos judeus de modificar certas declarações do Novo Testamento, o que jamais deve acontecer! Esses pontos de atrito obviamente estão sempre presentes de forma subjacente por ocasião dos assim chamados diálogos interreligiosos. Eles podem ser varridos para debaixo do tapete para dar lugar apenas aos itens sobre os quais existe unanimidade, o que hoje tem sido a tendência geral nesses diálogos. Porém, então não se trata mais de discussões eminentemente religiosas. Esses diálogos somente fazem sentido quando ambos os lados conseguem defender sinceramente e sem ressalvas todas as suas convicções de fé. Essa prática deveria ser óbvia nos tempos de hoje. Mas, justamente no campo da religião parece que são esquecidos todos os valores democráticos, como, por exemplo, a liberdade de opinião. Nos encontros das diferentes religiões e credos exige-se cada vez mais que não haja tentativas de ganhar os membros de outros grupos religiosos. Em última análise, porém, essa postura é antidemocrática, pois assim o indivíduo é tutelado e lhe é negado o direito de decidir por si mesmo o que acha certo ou errado. Verdadeiros diálogos inter-religiosos deveriam permitir que cada lado expusesse sua visão sem ser ameaçado ou difamado. É compreensível que a questão da mudança de religião é um tema sensível em Israel. Justamente aqui deverá ser criada agora uma instituição voltada para a conversão ao judaísmo, já que aproximadamente 300.000 dos novos imigrantes que chegaram ao país nos últimos anos não são
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judeus. Além destes, anualmente algumas centenas de pessoas que vivem em Israel se convertem ao judaísmo. Esses fatos não sofrem objeções, pois vivemos em uma sociedade democrática. Mas o mesmo princípio de tolerância deveria ser aplicado quando acontece o inverso, o que infelizmente nem sempre ocorre. De qualquer forma, justamente em nossa época, somos conclamados a defender clara e inequivocamente as nossas convicções de fé. Desta vez saúdo com um cordial “Shalom Aleichem” (A paz seja convosco), palavras com que Jesus saudou Seus discípulos após a ressurreição.
r Fredi Winkle
Assim
como Abraão tinha de passar por um período de preparação (como vimos na edição passada), também os seus descendentes, a quem Deus chamou de “Israel”, tinham de passar por um processo preparatório. De fato, neste exato momento, eles estão sendo preparados de muitas maneiras para diversas finalidades, mas, em especial, para se encontrarem com Aquele a quem crucificaram. Esse encontro marcará o momento de sua salvação coletiva. Antes de se tornar uma nação, o povo de Israel teve que servir por 400 anos como escravo no Egito. Mas isso não foi tudo. Eles ainda tiveram que vaguear, aparentemente sem direção, por mais 40 anos no deserto. Por várias vezes, sofreram juízos disciplinares de Deus durante sua peregrinação rumo à “terra que mana leite e mel”, a Terra Prometida. Isso tudo fazia parte do processo pelo qual passaram para se tornarem uma na-
ção que, por fim, cumpriria o propósito de Deus. Deus não cumpriu, naquela época, todas as promessas que outrora fizera a Israel. Aquela promessa original, feita a Abraão – a saber, “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.2-3) – somente se cumpriu em termos espirituais. Isso está comprovado em Gálatas 3.7-8: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos”. Quando lemos, por exemplo, os detalhes descritos no texto de Deuteronômio 15.6, temos a certeza de que a promessa ainda não se cumpriu na íntegra: “Pois o SENHOR, teu Deus, te abençoará, como te tem dito; assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás muitas nações, porém elas não te dominarão”. Todavia, tão certo como a primeira parte já tem se cumprido, manifesta na criação de Sua Igreja, a última parte da promessa também há de se cumprir no devido tempo. A atual condição de Israel não muda os decretos eternos de Deus. Por exemplo,
“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Deuteronômio 7.6). Os judeus são um povo santo, a despeito de sua presente condição. Para ser sincero, considero deplorável a situação de Israel na atualidade, particularmente do ponto de vista moral. Entretanto, Deus os escolheu como Seu povo de propriedade exclusiva e tal realidade não pode ser alterada por ninguém neste mundo, nem mesmo pelo próprio diabo. Os israelitas não apenas são especiais, mas estão acima “de todos os povos que há sobre a terra” (v. 7.6b). Será que essa profecia se cumprirá mesmo? Claro que sim! Israel, no presente momento, passa por um processo de preparação que se estenderá até que Deus cumpra todo o propósito que determinou para o Seu povo.
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Nenhuma nação do mundo concorda em reconhecer oficialmente as fronteiras de Israel segundo os limites estabelecidos na Bíblia.
Os Inimigos de Israel Então, deveríamos entender melhor a razão pela qual o mundo inteiro rejeita Israel – alguns declaradamente, enquanto outros, de forma secreta. Não se pode negar que Israel se encontra sozinho quanto às promessas referentes à Terra Prometida. Nenhuma nação do mundo concorda em reconhecer oficialmente as fronteiras de Israel segundo os limites estabelecidos na Bíblia. Além disso, nenhuma nação sequer aprova a soberania de Israel sobre a sua própria capital, a cidade de Jerusalém. Desde o primeiro dia em que foi fundado o atual Estado de Israel até a presente data, os gritos de ordem e clamores pela violenta destruição de Israel ecoam de modo enfático e ininterrupto por todo o Oriente Médio. Eis alguns exemplos:
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2006 – O presidente do Irã declarou: “Israel tem que ser varrido do mapa”. Muitos líderes internacionais reagiram oportunamente, com indignação e horror, a essa declaração. Todavia, não houve nada além dessas manifestações verbais. No entanto, essas trágicas declarações não são novidade nenhuma no mundo Árabe-Islâmico. 2005 – O líder da Irmandade Muçulmana do Egito, Muhammad Mehdi Akef, disse: “Eu declarei que não reconheceremos a existência de Israel, por tratar-se de uma entidade estranha à região. Esperamos que esse câncer seja eliminado em breve”. 2005 – O líder da Autoridade Palestina, xeique Ibrahim Mudeiris, afirmou: “Os judeus são um vírus que se assemelha ao vírus da AIDS. Um dia haverá alívio e tudo ficará livre dos judeus. Ouçam o Profeta Maomé, quando lhes fala acerca do triste fim que aguarda os judeus. As pedras e as árvores vão clamar para
que os muçulmanos matem cada judeu”. 2001 – O ex-presidente iraniano, Hashemi Rafsanjani declarou: “O dia em que o mundo islâmico estiver devidamente equipado com as mesmas armas que Israel tem à sua disposição, a estratégia do colonialismo chegará a um impasse, porque se uma bomba atômica for utilizada, não sobrará nada em Israel”. 1993 – O chefe da Organização Para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat revelou: “Já que não podemos derrotar Israel numa guerra, procuramos fazer isso por etapas. Tomaremos todo e qualquer território da Palestina que pudermos; em seguida, estabeleceremos nossa soberania naquele território e o utilizaremos como um trampolim para conquistar outros. Quando chegar a hora certa, conseguiremos o apoio das nações árabes para que se unam a nós numa investida final contra Israel” [Obs: Isso foi dito no mesmo dia da cerimônia de assinatura do Acordo de Oslo]. 1980 – O chefe da OLP, Yasser Arafat, definiu: “Para nós, a paz significa a destruição de Israel. Estamos nos preparando para uma guerra total; uma guerra que perdurará por gerações”. 1967 – O então presidente do Iraque, Abdar-Rahman Aref, afirmou: “A existência de Israel é um erro que precisa ser corrigido. O alvo definido é varrer Israel do mapa”. 1959 – O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, se pronunciou: “Neste lugar, em nome do povo das Repúblicas Árabes Unidas, eu proclamo que desta vez nós exterminaremos Israel”. 1954 – O rei Saud da Arábia Saudita declarou: “Se necessário, as nações árabes deviam sacrificar 10 milhões de pessoas do total de 50 milhões da sua população, para aniquilar Israel. Israel é para o mundo
Árabe aquilo que um câncer é para o corpo humano”. 1948 – O secretário-geral da Liga Árabe, general Azzam Pasha, revelou: “Esta será uma guerra de extermínio e um célebre massacre que será lembrado por muito tempo, como hoje nos lembramos dos Massacres Mongóis e das Cruzadas”. Exemplos de declarações como as que foram citadas não têm fim. O registro histórico comprova que a aversão pelos judeus e por Israel, bem como o desejo de exterminá-los, não desapareceram após a formalização dos tratados de paz com o Egito e a Jordânia, nem com o processo de paz estabelecido pelo Tratado de Oslo, nem com a instituição da Autoridade Palestina, nem, ainda, com a concessão de terras por parte de Israel ou outra coisa qualquer. Na verdade aconteceu exatamente o oposto: a rejeição de Israel por parte do povo Árabe-Muçulmano se disseminou pelo mundo inteiro. Até mesmo no distinto ambiente acadêmico dos Estados Unidos, professores como o falecido Edward Said, da Universidade de Columbia, e Tony Judt, da Universidade de Nova York, abraçaram
a idéia de desinstalar Israel (Extraído de Zionist Organization of America, da autoria de Morton A. Klein e Dr. Daniel Mandel).
Não é de se admirar que o diabo tenha profundo interesse de se infiltrar em todas as nações da terra para insuflar em cada povo a noção de que é superior. Considere o que o diabo foi capaz de fazer na Alemanha, sob a liderança de Adolf Hitler, quando chamou o povo alemão de “raça superior”. Satanás queria superar os judeus. Hitler tentou fazer exatamente isso: aniquilar a raça judaica. Satanás age nos bastidores das nações deste mundo.
A Preparação Para o Nascimento do Messias Outro elemento muito importante do processo de preparação é a vinda do próprio Senhor Jesus Cristo. Os profetas predisseram que Ele viria ao mundo e descreveram certos sinais que ocorreriam antes de Sua vinda. Daniel, no capítulo 9, profetizou sobre a época exata da
Considere o que o diabo foi capaz de fazer na Alemanha, sob a liderança de Adolf Hitler, quando chamou o povo alemão de “raça superior”. Satanás queria superar os judeus. Hitler tentou fazer exatamente isso: aniquilar a raça judaica.
morte do Messias; Isaías predisse que Ele nasceria de uma virgem; e Miquéias identificou Belém da Judéia como a localização geográfica onde aconteceria o nascimento do Messias. Houve outra profecia, predita cerca de 1450 anos antes do nascimento de Cristo, que dizia: “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Deuteronômio 18.15). O profeta Miquéias predisse que Belém seria o local exato do nascimento do Messias nas seguintes palavras: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2). Em Isaías 7.14 encontramos esta predição: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”. Essa profecia foi registrada em 740 a.C. Preparativos tiveram que ser feitos até mesmo naqueles momentos que antecederam imediatamente o nascimento de Cristo. José e Maria moravam em Nazaré, mas, segundo a profecia bíblica, Jesus tinha de nascer em Belém. Portanto, para que essa profecia se cumprisse era necessário que a família se deslocasse para Belém. Todas as pessoas, tanto homens quanto mulheres, que viviam dentro dos limites do Império Romano foram intimadas a voltar ao lugar de seu nascimento a fim de serem recenseadas. Isso significa que houve uma movimentação em todo o Império Romano para que Jesus pudesse nascer em Belém! No ano 700 a.C. o profeta Isaías apresentou, de antemão, os detalhes de que o Messias seria desprezado, rejeitado e morto: “Por juízo
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“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2).
opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido” (Isaías 53.8). Quando estudamos com mais atenção esse texto profético, ficamos impressionados com os detalhes, inclusive sobre o lugar em que Ele foi sepultado: “Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca” (Isaías 53.9). Jesus morreu entre dois criminosos (i.e., “perversos”) e foi sepultado no túmulo que pertencia a um homem rico.
Tudo se Cumpriu! Temos à nossa disposição uma enorme quantidade de textos das Escrituras que documentam o cumprimento da profecia bíblica. Por exemplo, em Mateus 1.22-23 está escrito: “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”. Não muito tempo depois que o menino nasceu, a família de José teve que fugir para o Egito: “E lá ficou
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até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho” (Mateus 2.15). Em seu livro, o profeta Jeremias predisse a matança dos inocentes em Belém: “Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias...” (Mateus 2.16-17). Jesus foi criado e cresceu na cidade de Nazaré: “E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno” (Mateus 2.23). Esses poucos versículos comprovam que as profecias registradas no Antigo Testamento se cumpriram no Novo Testamento. Tudo isso faz parte do plano de Deus para a salvação do homem e esse plano requer tempo para se cumprir.
A Época do Recenseamento A virgem grávida morava em Nazaré, não em Belém. Porém, na-
queles dias o imperador César Augusto decretou o recenseamento ou recadastramento de todos os cidadãos romanos: “Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam alistarse, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2.1-7).
Crendo na Palavra Profética O Novo Testamento confirma que as autoridades religiosas de Jerusalém criam no cumprimento da profecia bíblica. Quando os magos do Oriente perguntaram sobre o Rei dos judeus, os líderes religiosos citaram as Escrituras Proféticas: “E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo [...] Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel” (Mateus 2.2,5-6). Eles, de fato, criam nas Escrituras, mas não no seu cumprimento imediato. Se cressem, teriam ido a Belém com o intuito de adorar o Menino. Contudo, os religiosos que tinham a seu encargo o serviço do templo e o cumprimento da Lei
mantinham um relacionamento conveniente e interesseiro com a autoridade política de Roma. Eles achavam que o rei dos judeus ainda não estava em cena, porque, em sua concepção, um rei só podia ser oficialmente reconhecido pelo governo romano. Além do mais, eles já tinham um governante, o rei Herodes. Se Jesus fosse o Rei, haveria um conflito.
Uma Nação em Risco Percebe-se a manifestação desse conflito durante o ministério de Jesus. Na passagem de João 11.47-48 lemos o seguinte testemunho: “Então, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio; e disseram: Que estamos fazendo, uma vez que este homem opera muitos sinais? Se o deixarmos assim, todos crerão nele; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação”. O sumo sacerdote e os fariseus tinham receio de perder seu lugar. Dessa forma, percebemos que alguém pode até crer nas Escrituras, mas se não crê no seu cumprimento imediato, também não entenderá seu significado. A rejeição de Jesus, na qualidade de Messias de Israel, fazia parte do processo de preparação.
“E lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho” (Mateus 2.15).
Mais tarde, o apóstolo Paulo esclareceu: “Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes” (Romanos 11.11). No versículo 28 ele escreveu: “Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas”. O plano de Deus para a salvação nacional de Israel teve que ser colocado temporariamente em estado de espera por uma razão, a saber: para que os gentios pudessem ser salvos. Tiago explica essa realidade em Atos 15.13-18: “Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras: expôs Simão como O plano de Deus para a salvação nacional de Israel teve que ser colocado temporariamente em estado de Deus, primeiramente, viespera por uma razão, a saber: para que os gentios sitou os gentios, a fim de pudessem ser salvos. constituir dentre eles um povo para o seu nome. Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaura-lo-ei. Para que os demais homens bus-
quem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos”. À luz desses fatos e de muitos outros, fazemos bem em analisar as Escrituras com muita cautela, sem nos deixarmos influenciar por um cronograma humano. Em outras palavras, a Igreja formada dentre os gentios chegará ao seu número completo no devido tempo. Depois disso, a Igreja será arrebatada do planeta Terra, o diabo e seus anjos serão expulsos do céu para a terra, a Grande Tribulação se concretizará e, por fim, a nação de Israel será salva. (extraído do novo livro Preparação Para a Marca da Besta) Pedidos: 0300 789.5152 www.Chamada.com.br
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Na primeira parte deste artigo, comentamos que o único Deus verdadeiro, o Criador do Universo e de tudo que nele existe – o Deus da Bíblia – ligou Seu nome a Israel e atrelou Sua integridade a essa nação. Entretanto, muitos evangélicos, inclusive líderes bem conhecidos, insistem em dizer que Israel não tem mais importância para Deus e que foi cortado por haver rejeitado a Cristo, tendo sido substituído pela Igreja. Existem até alguns grupos (não só entre os defensores da supremacia branca ou membros de seitas, como os obstinados seguidores de Herbert W. Armstrong hoje em dia), que insistem na ridícula teoria de que as “Dez Tribos Perdidas” de Israel emigraram para as Ilhas Britânicas e, portanto, todos os descendentes de britânicos são os verdadeiros ju-
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deus de hoje. Alguns chegam até a dizer que todas as “etnias brancas” constituem os verdadeiros judeus – como se não só a Inglaterra mas também toda a Europa e a Rússia fossem terras desabitadas antes que esses remanescentes das “Dez Tribos Perdidas” se estabelecessem ali. Já provamos que as dez tribos levadas para a Assíria (2 Rs 17.6-23) não foram “perdidas”, mas compõem a maior parte dos que hoje são chamados de judeus (veja 2 Cr 34,35). Israel não foi cortado, muito pelo contrário. Na verdade, existem centenas de profecias que prevêem a importância do papel de Israel nos eventos mundiais que ocorrerão nos últimos dias, o ataque do mundo inteiro contra essa nação no Armagedom, seu salvamento pelo Messias e sua gloriosa restauração final no Reino Milenar.
Também não existe em qualquer lugar da Escritura alguma referência a Israel que possa ser interpretada como sendo as Ilhas Britânicas ou o povo britânico, e muito menos como “etnias brancas”! A maioria das mais de 2.000 referências bíblicas a Israel ou aos israelitas, assim como as milhares de profecias (já cumpridas ou não), dizem respeito à terra histórica de Israel no Oriente Médio, cujas fronteiras são claramente descritas (Gn 15.18-21), ou ao povo que viveu ali por quase 2.300 anos, depois foi espalhado sob castigo divino, e será finalmente trazido de volta por Deus, de modo que nenhum indivíduo de etnia judaica seja deixado fora de Israel (Ez 39.27-29). Sabemos quem são os judeus de hoje pelos testes de DNA. O Israeli Immigration Liaison Bureau – a se-
cretaria ligada ao Departamento de Imigração de Israel que verifica a autenticidade da ancestralidade judaica dos imigrantes – exige testes de DNA sempre que há alguma dúvida a respeito de algum candidato. Esses testes dariam resultado negativo se fossem aplicados à média das pessoas de origem britânica. Isso prova que o britânico-israelismo é uma idéia totalmente absurda. Nenhum outro grupo étnico que tenha perdido sua própria terra e sido espalhado pelo mundo por mais de 2.000 anos manteve ou poderia manter sua identidade genética como os judeus mantiveram. Não é importante saber quem é americano, alemão, árabe, grego, etc. Mas é vital saber quem é judeu. Por quê? Cerca de 70% das páginas da Bíblia são usadas para contar a história de Israel e profetizar seu futuro: sua rebelião contínua e impenitente em relação a Deus; seu cas-
tigo relutante, tantas vezes adiado, mas finalmente severo (e o pior ainda está por vir); a dispersão mundial dos judeus; seu retorno de todas as partes do mundo para sua própria terra nos Últimos Tempos; centenas de profecias sobre o papelchave que Israel desempenha nos assuntos mundiais hoje em dia; o grande juízo que aguarda essa nação (Jeremias 30.7), quando dois terços de todos os judeus da terra serão mortos (Zacarias 13.8,9); e sua restauração final sob o reinado do Messias (Zacarias 12-14). Sem dúvida, Israel é o assunto principal da Santa Palavra de Deus. Portanto, estar enganado a respeito de Israel é estar enganado sobre quase tudo o que há na Bíblia. Aquele que é chamado de “o Deus de Israel” mais de 203 vezes na Bíblia jurou por uma aliança perpétua que Israel (três vezes chamado de “menina” do seu olho –
Nenhum outro grupo étnico que tenha perdido sua própria terra e sido espalhado pelo mundo por mais de 2.000 anos manteve ou poderia manter sua identidade genética como os judeus mantiveram.
Dt 32.10; Lm 2.18 e Zc 2.8) jamais deixará de existir como nação: “Não temas [...] ó Israel; [...] darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei” (Jeremias 30.10,11). “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que esta cidade [Jerusalém] será reedificada [...] jamais será desarraigada ou destruída” (Jeremias 31.38-40). A linguagem não poderia ser mais clara, não só aqui como em toda a Santa Palavra de Deus. Essas e centenas de outras promessas que Deus fez a Israel e que estão registradas na Escritura contrariam de forma contundente os que ensinam que a igreja substituiu Israel, como, por exemplo, Hank Hanegraaff, D. James Kennedy, R.C. Sproul e outros. “Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite [...]. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre” (Jeremias 31.35,36); “Enquanto durar a terra, não deixará de haver [...] dia e noite” (Gênesis 8.22); “Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os lancei na minha ira [...]; tornarei a trazê-los a este lugar [Israel] e farei que nele habitem seguramente. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus [...] assim lhes trarei todo o bem que lhes estou prometendo” (Jeremias 32.37-42). Israel falhou no cumprimento de seu chamado para ser exemplo de santidade na dedicação a Deus diante do mundo (Levítico 20.2024; Deuteronômio 6.4,5; 7.6; etc.). Embora existam muitos israelitas crentes, alguns até entre os militares, hoje a nação de Israel como um todo é tão ímpia e atéia quanto os Estados Unidos e o resto do mundo. O “povo escolhido” por Deus,
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“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que esta cidade [Jerusalém] será reedificada [...] jamais será desarraigada ou destruída” (Jeremias 31.38-40). Na foto: Jerusalém coberta de neve.
que vive novamente na Terra Prometida, em cumprimento de muitas profecias bíblicas específicas, recusa-se a honrar em seu viver diário o Deus de seus antepassados que os levou para lá. Mesmo diante de toda a situação difícil relacionada com a Faixa de Gaza e o Líbano, a grande maioria dos israelitas confia em sua própria força e determinação, em vez de confiar no Único que pode protegê-los e que prometeu fazer isso. A vitória do pequeno Israel em todas as guerras, e contrariando todas as probabilidades, é reconhecida por muita gente dentro das Forças de Defesa de Israel (IDF) como um fato absolutamente sem explicação. Nas palestras motivacionais que os oficiais militares fazem para os recrutas, eles geralmente contam fatos impressionantes que testemunharam em guerras passadas, mas raramente fazem qualquer insinuação de que possa ter havido uma intervenção divina, mesmo quando não existe nenhuma outra explicação possível. Is-
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rael como nação ainda não foi humilhada ao ponto de reconhecer o que o salmista profetizou: “Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga [...], quando os homens se levantaram contra nós, e nos teriam engolido vivos [...] Bendito o SENHOR, que não nos deu por presa aos dentes deles. [...] O nosso socorro está em o nome do SENHOR, criador do céu e da terra” (Salmo 124.1,2,6,8). Porém, no Armagedom essa profecia se tornará realidade para todos os que sobreviverem. Já a Grã-Bretanha, juntamente com os Estados Unidos, estará entre “todas as nações” que Deus reunirá e destruirá no Armagedom (Jr 30.11; Jl 3.2; Zc 12.9,14.2, etc.) por causa do modo como maltrataram Israel e, especialmente, por terem repartido sua terra. De fato, a Grã-Bretanha teve um papel decisivo em todo o processo de roubar a terra de Israel e entregar a maior parte dela aos árabes em troca de petróleo. A Grã-Bretanha e os Estados Unidos traíram Israel muitas
vezes, e tanto o Departamento de Estado americano quanto o Serviço de Relações Exteriores britânico se opuseram a Israel desde o início, como documentamos em O Dia do Juízo! Só esses fatos já provam a falsidade do israelismo britânico. Mas por que Deus ajuda fielmente a um Israel incrédulo? Ele deixa seus motivos bem claros para Israel desde o início: “[...] porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito” (Deuteronômio 7.8). Como comentamos na primeira parte deste artigo, com referência à restauração e bênção final de Israel (que Deus prometeu através do Messias), o Deus de Israel declara: “Assim diz o SENHOR Deus: Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. [...] Envergonhai-vos e confundi-vos por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel. [...] Eu, o SENHOR, o disse e o farei” (Ezequiel 36.22,32,36, etc.). Apesar do desprezo com que Israel atualmente o trata, “o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êxodo 3.15,16 e dez outras passagens da Bíblia) está cumprindo as promessas que fez àqueles patriarcas, através de seus descendentes – e está chegando o dia em que todo o povo de Israel que sobreviver ao Armagedom crerá. A maioria dos judeus do mundo inteiro ainda espera a primeira vinda do Messias, sem se aperceber de que Ele já veio e foi rejeitado e crucificado. Jesus alertou os judeus: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis” (João 5.43). Infelizmente, será preciso vir o Armagedom para que os judeus sobreviventes se arrependam, busquem ao
Deus de Israel e recebam Aquele que vem em nome de Seu Pai. Deus declara que, durante o maior período de aflição já enfrentado por Israel, aquela terça parte dos judeus que Ele manterá viva “pelo fogo, [...] [purificada] como se purifica a prata, e [...] [provada] como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei” (Zacarias 13.8,9). Quando eles virem com seus próprios olhos o Messias vindo em seu socorro, e descobrirem para sua vergonha quem Ele é, “[...] o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. [...] será grande o pranto em Jerusalém [...]” (Zacarias 12.10-14, ARC). Por que tamanha tristeza ao serem salvos pelo Messias? O Deus de Israel afirma: “olharão para mim, a quem traspassaram” (Zacarias 12.10 ARC)! No Armagedom, quando Javé vier para salvar, Ele se revelará como Aquele que Israel traspassou! Traspassou?! Quando e como Israel poderia traspassar Aquele que disse
a Moisés “homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êxodo 33.20)? Deus, um “Espírito” (João 4.24), não pode ser traspassado – mas o Messias que veio como homem poderia. Jesus, que cumpriu todas as profecias messiânicas, foi traspassado na cruz. Mas por que Ele foi crucificado? Por ter afirmado que era Deus (João 10.30-33)! Javé está falando na primeira pessoa, porém parece que existem duas pessoas envolvidas: “[...] olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão [...]”. Este o parece ser outra pessoa – mas tem que ser Javé também! Javé são duas pessoas? Na verdade, Ele afirma ser três em um! Veja só isso: “Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que isso vem acontecendo, tenho estado lá [...]” (Isaías 48.16). Certamente, quem está falando tem que ser Deus, porque tem falado desde o princípio. Porém, Ele acrescenta: “Agora, o SENHOR Deus me enviou a mim e o seu Espírito” (Isaías 48.16). Aqui encontramos Deus, o Senhor Deus e o Espírito de Deus.
A Grã-Bretanha, juntamente com os Estados Unidos, estará entre “todas as nações” que Deus reunirá e destruirá no Armagedom (Jr 30.11; Jl 3.2; Zc 12.9,14.2, etc.) por causa do modo como maltrataram Israel e, especialmente, por terem repartido sua terra.
Seria isso a mesma coisa que o Espírito Santo inspirou o Apóstolo João a escrever: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1)? Certamente, Aquele que é chamado de “Verbo”, que existe desde o princípio e é Deus, deve ser o mesmo Deus que Isaías diz que fala desde o princípio. Mas as semelhanças entre esses dois versos não acabam aí. Ambos levantam questões praticamente idênticas. Em Isaías: como pode Deus ser enviado por Deus? E em João: como pode Deus estar com Deus? Só existe uma solução: o Messias tem que ser Deus. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30), os judeus O acusaram de blasfêmia. Quando eles pegaram pedras para atingi-lO, Jesus lhes perguntou por que queriam matálO. A resposta deles foi instantânea: “Por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10.31-33). O Messias declarar Sua divindade era a suprema heresia, digna de morte? Não! De acordo com os profetas hebreus, o Messias tinha que ser Deus e, ao mesmo tempo, o Filho de Deus. Se Deus tem um Filho, que é Deus e é um com Seu Pai, isso acabaria com as objeções dos rabinos. Encontramos a expressão Filho de Deus várias vezes nas Escrituras hebraicas. Falando profeticamente, o salmista mostra Deus dizendo o seguinte a respeito dAquele que deveria vir: “Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” (Salmo 2.7). As Testemunhas de Jeová e outros que negam a divindade de Cristo interpretam esse trecho como se o nascimento de Cristo na terra fosse o início de Sua existência. Entretanto, isso não pode ser verdade, porque Deus fala de Seu Filho como alguém pré-existente, e adverte o mundo rebelde: “Beijai o Filho para que se não irrite
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que ser Deus e o esta identidade do “Deus de Abraão, Messias ao mesmo o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”. tempo: “Também te Este é um ponto em que eles condei como luz para os cordam com seus maiores inimigos, gentios, para seres a os muçulmanos. O Corão condena minha salvação até à ao inferno qualquer um que acredite Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram jogados numa enorme fornalha, tão quente que as chamas mataram os extremidade da ter- na Trindade (Sura 5.72-74)! que os atiraram lá dentro. Nabucodonosor, espantado ra” (Isaías 49.6). Portanto, o fato de Javé ter vinporque os três hebreus estavam andando vivos entre as De quem Deus está do como um homem que foi traschamas, viu um outro com eles e exclamou, maravilhado: “o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses” falando? passado até a morte, ressurgiu e (Daniel 3.25)! Inquestionavel- voltará para salvar Israel no Armamente, todos os gedom está perfeitamente de acorprofetas hebreus do com os profetas hebreus. Quan[...]. Bem-aventurados todos os que concordam que Deus existe como do Israel vir seu Deus nesta forma nele se refugiam” (v. 12). uma Triunidade: três pessoas (Pai, vindo em seu socorro, ficará doloO fato de que o Filho de Deus já Filho e Espírito Santo), mas um só rosamente claro que Ele já esteve existia antes de Sua encarnação é Deus – e que no Messias Ele se tor- na terra antes, e foi rejeitado e trasevidente em várias outras declara- na homem sem deixar de ser Deus. passado até a morte. Deste modo, ções dos profetas hebreus. Salomão As afirmações de Cristo de que Ele Jesus estava apenas repetindo os cita o profeta Agur fazendo esta era Deus e homem, e um com Seu profetas quando disse aos habitanpergunta: “Quem subiu ao céu e des- Pai, concordam com os profetas. tes de Jerusalém, no momento em ceu? Quem encerrou os ventos nos seus Isaías afirmou: “Porque um menino que estava sendo “levado ao matapunhos? Quem amarrou as águas na nos nasceu [...]” (Isaías 9.6). Isso se douro como cordeiro” (Isaías 53.7), sua roupa? Quem estabeleceu todas as refere à Sua humanidade, derivada, no caminho da cruz: “Declaro-vos, extremidades da terra?” A resposta conforme a profecia, de Sua mãe pois, que, desde agora, já não me veóbvia é “Deus”. Em seguida, ele virgem, Maria: a “semente” da mu- reis, até que venhais a dizer: Bendito o pergunta: “Qual é o nome de seu filho lher (Gênesis 3.15). Mas Isaías que vem em nome do Senhor!” (Ma[...]?” (Provérbios 30.4), provando acrescenta: “um filho se nos deu; e o teus 23.39). Finalmente, eles conheque o Filho de Deus já existia na- principado está sobre os seus ombros cerão “o Deus de Abraão, o Deus de quele tempo. Sadraque, Mesaque e [...]. Do incremento deste principado e Isaque e o Deus de Jacó” – “E, assim, Abede-Nego foram jogados numa da paz, não haverá fim, sobre o trono todo o Israel será salvo” (Romanos enorme fornalha, tão quente que as de Davi [...]” (Isaías 9.6, 7). Com 11.26)! (The Berean Call) chamas mataram os que os atiraram certeza, o Filho de que esta passaDave Hunt é autor e conferencista mundiallá dentro. Nabucodonosor, espan- gem fala tem que ser o Filho de mente conhecido. Ele escreveu mais de 25 litado porque os três hebreus esta- Deus já existente – e tem que ser o vros com tiragem total acima de 4.000.000 de exemplares. Dave Hunt faz muitas palestras vam andando vivos entre as cha- Messias, porque reinará sobre o nos EUA e em outros países, sendo também freqüentemente entrevistado no rádio e na temas, viu um outro com eles e excla- trono de Davi. por causa das suas profundas pesquimou, maravilhado: “o aspecto do Mas Isaías afirma que o Messias levisão sas em áreas como misticismo oriental, fenôquarto é semelhante a um filho dos é Deus! Seu nome é “Maravilhoso menos psíquicos, seitas e ocultismo. deuses” (Daniel 3.25)! Conselheiro, Deus Embora prometa salvação quan- Forte”. E Ele é do vier o Messias, Javé declara repe- também “Pai da Recomendamos: tidas vezes que o único Salvador é Eternidade”. Aqui Ele mesmo: “Eu, eu sou o SENHOR, e está o mesmo fora de mim não há salvador” (Isaías mistério: Deus é 43.11); “Olhai para mim e sede sal- tanto Pai quanto vos, vós, todos os limites da terra; por- Filho, e somente que eu sou Deus, e não há outro” (- Ele é o Messias! Isaías 45.22). Porém, Sua salvação A maioria dos juPedidos: 0300 789.5152 vai “até à extremidade da terra” por deus ainda se newww.Chamada.com.br intermédio de um Outro, que tem ga a reconhecer
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inspirou o profes nascer, Deus su Je de s te an o povo de IsSetecentos anos claramente que o tã -lO vê re sc a de . A incontesta judeu Isaías ecer o Messias nh co re e ss de – pu s mais lerael – e o mundo e como uma da ec an rm pe 53 s. Isaías Palavra de Deu tável precisão de ia é a verdadeira bl Bí a lis e Ka qu o de Men gítimas provas pastor israelense do s õe aç an pl ex crituras. É precioso ler as e capítulo das Es nt rta po im se es her sobre
Desde os escritos de Isaías 53 no século 8 a.C. até o século 11 d.C., todos os comentaristas judeus acreditavam que este trecho das Escrituras falava sobre o Messias de Israel. O primeiro a contestar esta visão e, desta maneira, sofrer severa crítica de outros comentaristas de seu tempo foi Rabbi Solomon Ben Issac (também chamado Shlomo Yitzahiki), conhecido como Rashi (1040-1105 d.C.). Rashi argumentou que Isaías 53 descreve o povo de Israel sofrendo pelos pecados das nações gentias. Somente no último século rabinos ressaltaram esta interpretação e rejeitaram a crença de que Isaías 53 referiase ao Messias. Infelizmente, Rashi baseou sua interpretação na suposição de que “este (Servo) não é o Messias como os cristãos interpretam”. É uma grande lástima ignorar a clareza da Palavra de Deus por uma razão tão ilógica. De Isaías 52.13 ao fim do capítulo 53, Deus descreve o caráter, o ministério e a identidade do Servo do Senhor (veja também Isaías 42.1-9; 49.113; 50.4-11). Aqui Ele é diferente dos outros ser-
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vos do Senhor descritos em Isaías, como o povo de Israel e o rei Ciro da Pérsia. Este Servo oferece Sua vida como um sacrifício remidor para produzir o perdão dos pecados, tanto para o povo de Israel como para a humanidade em geral. Estes versículos descrevem o desígnio da Palavra de Deus e falam sobre a salvação dos seres humanos e a restauração do seu santo e eterno relacionamento com Deus. Nosso desejo é que as pessoas possam entender o Senhor de acordo com o que está escrito em Sua Palavra, a fim de que possam receber a salvação de Deus que vem unicamente através do Messias.
A Posição Exaltada do Servo Em Isaías 52.13-15 (veja texto citado), claramente é Deus quem está falando, e Ele descreve a obra e os atributos do Seu Servo. Este Servo do Senhor seria exaltado acima de todos, porque Ele operaria com prudência e realizaria a vontade do Senhor completamente. O profeta Jeremias usou a mesma palavra hebraica, hiskil, para descrever o rei Messias, o honrado Renovo que viria da casa de Davi para reinar sobre Judá e Israel, e traria paz à nossa volta (Jr 23.5-6). Por todo o seu livro, Isaías falou da punição que o Senhor trará sobre o orgulho humano. A cada momento que um pecador mortal cobiça uma posição
exaltada, ele é punido e humilhado (2.12; 10.33; 13.11,19; 14.11; 16.6; 23.9; 57.7). O profeta enfatizou, de fato, que somente Deus é digno de ser louvado e glorificado. No capítulo 6 é o Senhor que se assenta em um trono, elevado e enaltecido; o mesmo acontece em 57.15. O Servo do Senhor é descrito como exaltado, honrado e prudente. Portanto, Ele está em posição similar ao Senhor, superando qualquer importância humana. Todo olho humano O verá (Is 45.23; Jr 23.5; Fp 2.9; Cl 3.1; Hb 1.3; 8.1; 10.12; 12.2). Assim como muitos se espantaram da Sua aparência repulsiva e nada atraente, estes mesmos se espantarão quando O virem em Sua glória, exaltado acima de todos. Em Isaías 52.15, o profeta descreveu uma ação do Servo do Senhor que enfatiza Sua divindade. O verbo aspergir descreve a ação dos
“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).
sacerdotes quando purificavam o povo de Israel ou as vasilhas do Templo (Êx 29.21; Lv 4.6; 8.11; 14.7; 16.14-15; Hb 9.13). Os sacerdotes, entretanto, purificavam somente Israel, enquanto este Servo purifica “muitas nações”. Assim como muitos se espantaram da Sua apaQuando reis entenderem rência repulsiva e nada atraente, estes mesmos se espantarão quando O virem em Sua glória, exaltae reconhecerem Sua identido acima de todos. Todo olho humano O verá. dade, eles ficarão sem fala e entenderão seu erro (v. 15). Aquele a quem desprezaram e ignoraram será revelado como o Único que pode purificá-los diante de Deus. A autoridade do Servo supera a do sacerdote, que era a autoridade espiritual mais alta em Israel. De fato, o profeta Jeremias declarou: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).
Jeremias chamou-O “O Senhor, Justiça Nossa” (v.6). Desta maneira, o Servo só pode ser o próprio Deus. Todos verão a grandeza e a glória do Servo, porque Seu retorno será acompanhado de eventos sobrenaturais nos céus e na Terra (Zc 14; At 1.9-11). Quando as pessoas virem o Servo, entenderão que Ele é Jesus. Jeremias 23.5-6 será cumprido completamente quando Jesus retornar para reinar, de Sião, em Jerusalém, sobre o mundo (Sl 2; Zc 14.4; Mt 24.30-31). Visto que essa é uma mensagem singular e extraordinária (o Senhor vindo como um Servo para servir Suas criaturas), Isaías descreveu a dificuldade de se crer nela, começando no capítulo 53, versículo 1.
A Falta de Fé da Nação O profeta condoeu-se pela carência de fé do seu povo. O povo achava difícil identificar o Servo do Senhor e crer nEle, apesar de claras profecias bíblicas sobre Ele e uma
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manifestação de Seu soberano poder e obras sobrenaturais. Agora a cegueira espiritual de Israel não surpreende. Isaías já havia dito: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1.3). Então o profeta pergunta com dor: “E a quem foi revelado o braço do SENHOR?” (Is 53.1). A expressão braço do Senhor refere-se à força e ao poder do Senhor, manifestada na Sua salvação aos homens (Êx 6.6; Is 40.10; 42.6). O profeta realmente disse: “Olhe e veja quem está atuando na salvação que vem de Deus. É o Servo do Senhor!” Os versículos 2 e 3 descrevem como o Servo apareceria e como as pessoas o receberiam. Ele cresceu diante do Senhor sobrenatural e maravilhosamente – como uma árvore que brota em um deserto árido, como vida que flui em lugar improdutivo e hostil. Embora o Senhor tenha elevado e promovido Seu servo, torna-se
evidente que o povo na época de Isaías, os israelitas, não reconheceu nem honrou o Servo como devia. Eles não viram diferença entre Ele e qualquer outra pessoa. Aparentemente, o lugar mais árido era o coração da nação. Existia um deserto espiritual em todos os sentidos. O versículo 3 enfatiza a cegueira espiritual de Israel. O Servo do Senhor veio a Seu povo, mas eles O desprezaram e se distanciaram dEle (veja João 1.11). Nós desprezamos aquilo que Ele disse e fez. Nós não O consideramos merecedor e digno de honra se não pensarmos que Ele teve importância. E quando Ele se aproximou de nós, nos apartamos e nos afastamos dEle.
O Sacrifício do Servo Em Isaías 53.4-6, as pessoas finalmente entendem a razão das enfermidades, dores e sofrimentos do Servo, as quais o profeta descreveu
O Servo cresceu diante do Senhor sobrenatural e maravilhosamente – como uma árvore que brota em um deserto árido, como vida que flui em lugar improdutivo e hostil.
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para enfatizar o sacrifício oferecido por nós, assim como a profundidade do arrependimento que virá sobre Israel no futuro. O povo de Israel pensava que os sofrimentos deste Homem eram resultado de Seus próprios pecados. A verdade é que ainda hoje muitos judeus crêem que Jesus foi crucificado como punição por suposta apostasia. Chegará o dia em que os judeus reconhecerão que o Senhor Jesus Cristo aceitou a aflição que eles deveriam receber (Zc 12.10). Ele sofreu em nosso lugar por causa dos nossos pecados, mas Ele nunca pecou (Is 53.9). Jesus Cristo nos redimiu da maldição da Lei: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo dirá: Amém!” (Dt 27.26). O Servo do Senhor tornou-se maldição em nosso lugar para que a bênção de Deus pudesse vir sobre nós (Gl 3.13). Assim, Deus nos considera justificados e filhos dignos de herança (veja também Mateus 8.16-17 e Romanos 3.21-26). “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões”, nos diz claramente que o Servo do Senhor foi traspassado por nossos pecados. Ele tomou nossas iniqüidades sobre Si (Is 53.5). Por toda a passagem, Isaías enfatizou o motivo desta grande substituição: o Servo do Senhor tomou sobre Si a punição que deveria cair sobre nós, para nos livrar dela. Isto também está dito em Gálatas 1.3-4: “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai”. O sentido da expressão “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele” é extremamente significativo (Is 53.5). Quando o transgressor fere alguém, estraga seu relacionamento
com a sociedade em que vive. Para reintegrar-se à sociedade, ele precisa primeiramente pagar seu débito, ser encarcerado e/ou multado. O castigo é a pena ou multa; o transgressor deve pagar a fim de retificar os relacionamentos. Oferecendo Sua própria vida e Seu sangue, o Messias pagou a pena pelos nossos pecados. Ele saldou completamente o preço que Deus determinou ser necessário para trazer a paz entre nós e Ele. O refrão do hino de 1865 de Elvina Hall, Jesus Paid It All (Jesus Pagou Tudo), diz assim: Jesus pagou completamente, tudo devo a Ele; O pecado deixou uma mancha escarlate, Ele me lavou e me tornou branco como a neve. (Israel My Glory) – continua
Isaías 52.13-15 Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime. 14 Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens), 15 assim causará admiração às nações, e os reis fecharão a sua boca por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão. 13
Isaías 53 1
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Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos
Meno Kalisher é pastor da “Assembléia de Jerusalém – Casa da Redenção” em Jerusalém. Ele tem falado em convenções e eventos evangélicos em Israel e em outros países e será um dos palestrantes em nosso 10º Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética em Águas de Lindóia/SP (22 a 25/10/2008). Seu pai, Zvi, é sobrevivente do Holocausto nazista.
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traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. 9 Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. 10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. 11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. 12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. Notícias de Israel, abril de 2008
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o início da segunda Intifada (rebelião dos palestinos) em 2000. Nos anos anteriores, o número de turistas estrangeiros ficou abaixo da marca dos dois milhões de visitantes. Em 2007 esse número foi ultrapassado, chegando aos 2,7 milhões de viajantes O ano de 2007 foi um bom ano (500.000 a mais do que no ano anteno que diz respeito ao turismo em Is- rior). A maioria dos que vieram a Israel – chegando a ser o melhor desde rael no ano passado eram judeus. Mas foi registrado um número expressivo de visitantes crisAnimador: 2007 foi um bom ano na área do turismo tãos: em torno de um em Israel. Na foto: turistas posando com soldados. milhão, metade dos quais eram peregrinos. “Aparentemente os sete anos magros ficaram para trás. Agora, assim esperamos, começarão os sete anos gordos, que trarão um fluxo constante de turistas estrangeiros ao país”, declarou Shmuel Zu-
rel, diretor-geral da Associação Israelense de Hotéis. Conforme dados do Departamento Central de Estatísticas, o turismo contribuiu decisivamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Israel. A avaliação é de que cada turista gasta em média 1400 dólares por visita a Israel. Segundo Zurel, o ano de 2007 poderia ter sido ainda melhor para a indústria do turismo israelense. Sua opinião é de que a Segunda Guerra do Líbano no verão de 2006 teve reflexos negativos sobre o turismo até a primeira metade do ano de 2007. “Apesar disso, parece que estamos nos recuperando”, declarou. “Agora olhamos para a frente, pois certamente a situação vai melhorar”. Dados oficiais apontam repetidamente para a grande vocação turística de Israel. Acredita-se que o número de turistas estrangeiros aumentará ainda mais no ano de 2008. Alguns analistas chegam a calcular que se pode contar com 2,8 milhões de visitantes. Esse seria o recorde na história de Israel. “Neste ano o Estado de Israel celebrará seu 60º aniversário. Judeus e amigos de Israel virão do mundo todo para festejar conosco esse jubileu. Com alegria já esperamos pelos nossos visitantes”, anunciou o ministro do Turismo Yitzhak Ahronowitsch. (Zvi Lidar)
ram 19.700 pessoas, o que representa a menor Aliah dos últimos 18 anos. Para 2008, a previsão das autoridades não é otimista. No ranking dos que chegaram estão em primeiro lugar os 6.445 da antiga União Soviética, com queda de 15% sobre o número de 2006. Em segundo estão os 3.607 que vieram
da Etiópia, cuja imigração deverá terminar em meados de 2008, cessando esta importante origem de imigrantes. Em terceiro temos os americanos com 2.957, seguidos dos franceses com 2.659. Vale notar que a soma dos imigrantes americanos e franceses, originários de potencias econômicas mundiais, correspondeu a cerca de 30% do total de novos israelenses. (extraído de “Notícias da Rua Judaica”)
Dados animadores
Recorde: mais turistas estrangeiros O fluxo de turistas que visitam a Terra Santa decresceu continuamente nos últimos anos. Mas agora chegam notícias animadoras da indústria do turismo israelense: o ano de 2007 trouxe um recorde positivo.
Menor imigração desde 1989 O Ministério de Absorção de Israel divulgou a estatística de 2007 sobre a vinda de novos imigrantes, demonstrando uma queda de 6% com relação ao ano anterior. Entra-
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