Viver com a doença celítica

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VIVER COM A DOENÇA CELÍACA

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ÍNDICE Viver com a doença celíaca O que é a doença celíaca? Nasceu ou tornou-se celíaco? Como se manifesta a doença celíaca? Quais os sintomas da doença celíaca? Como é diagnosticada a doença celíaca? Como lidar com a doença celíaca e a diabetes? Qual a origem da intolerância à lactose? Como é tratada a doença celíaca? Quais os benefícios de uma dieta sem glúten? Estabelecer o equilíbrio O que constitui uma dieta saudável? Que tipo de alimentos é permitido? Quais as precauções a ter na cozinha? Quais as preocupações dietéticas adicionais? Existe uma alternativa à dieta sem glúten? É necessário efectuar exames regulares depois do diagnóstico? 18. Viver com a doença celíaca 19. Quem é a Schär? 20. O que é “Taste for Life”? 21. O que oferece a Schär? Glossário 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17.

No fim desta brochura existe um glossário com a explicação de alguns termos médicos e científicos que encontra nos textos.

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VIVER COM A DOENÇA CELÍACA

Um diagnóstico que pode ser incómodo Muitas pessoas preocupam-se com as limitações e restrições alimentares. No entanto, não existe razão para tal. Mesmo que signifique seguir certas regras, viver com a doença celíaca pode ser viver

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com intensidade e satisfação. Um celíaco não tem comprometer a sua qualidade de vida!

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O diagnóstico da doença celíaca é o princípio de uma série de mudanças para melhor. Primeiro, simplesmente por adoptar uma dieta sem glúten e sem a ajuda de medicamentos terapêuticos, os pacientes vêem os seus sintomas serem gradualmente reduzidos, mesmo que estes existam há alguns anos. A recuperação do bem-estar manifesta-se não apenas pelo desaparecimento de sintomas como a perda de peso e o abdómen inchado, mas também por uma melhoria do bem-estar físico e psicológico, particularmente uma melhoria ao nível do humor, da capacidade de concentração e da tonificação muscular. Para os celíacos beneficiarem desta melhoria, têm de aprender a viver com o tratamento a que não estão habituados. Eliminando o pão e a massa – alimentos que são

um hábito na nossa alimentação – o que para uma dieta é um grande ajustamento. Todavia, este impacto negativo da restrição alimentar pode ser contornado com imaginação e informação. Com imaginação, pode descobrir um mundo de novos alimentos que são permitidos na dieta celíaca – os produtos sem glúten e os produtos da indústria especializada que estão disponíveis cada vez em maior quantidade. Com informação, para a qual esta brochura tem intenção de contribuir, e que pode ajudar a gerir mais facilmente os pequenos problemas com que os celíacos são confrontados no dia-a-dia. _ Prof Carlo Catassi Departamento de Maternidade e Pediatria Universidade Politécnica de Marche, Itália Centro de Pesquisa Celíaca, Universidade de Maryland, Baltimore, EUA 5

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avena

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cebada trigo

O QUE É A DOENÇA CELÍACA? espelta

centeno

A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten O glúten é uma proteína presente no trigo e em outros cereais, como a aveia, a cevada, o centeio, o trigo emmer, o trigo kamut, o trigo espelta e o trigo triticale. Havendo uma predisposição genética, a ingestão de pequenas quantidades de alimentos que contenham glúten desencadeiam no intestino delgado uma inflamação crónica, que pode ocorrer em qualquer idade. Consequentemente as vilosidades intestinais desaparecem. Este processo é ainda acompanhado por uma série de sintomas que varia de pessoa para pessoa.

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Num indivíduo saudável, a parede do intestino é coberta por vilosidades e microvilosidades, cuja função é aumentar a área de absorção de nutrientes no intestinal. No entanto, no celíaco devido ao glúten, o revestimento mucoso do intestino é danificado e estas vilosidades ficam muito reduzidas. Devido a essa redução da área intestinal a absorção de nutrientes como proteínas, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e minerais é limitada, originando má nutrição.

A intolerância ao glúten é uma das situações mais comuns em todo o mundo. Em países com uma população maioritariamente de origem europeia (Europa, América do Norte e do Sul e Austrália), aproximadamente, uma em cada 100 pessoas é afectada. Esta frequência já foi verificada também em regiões em vias de desenvolvimento, como a África do Norte, o Médio Oriente e a Índia, onde é consumida uma grande quantidade de trigo.

O que é o glúten? O glúten é uma substância proteíca que está presente em alguns cereais, como o trigo, a aveia, a cevada, o centeio, o trigo emmer, o trigo kamut, o trigo espelta e o trigo triticale. Tem um valor nutricional muito reduzido. De facto, a sua principal função, é actuar como um aglutinante, ou seja, permite a ligação das partículas de farinha, permitindo a panificação.

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trigolia

centeno

NASCEU OU TORNOU-SE CELÍACO? A doença celíaca tem uma patologia complexa condicionada pela hereditariedade e por factores ambientais.

avena

cebada

espelta

kamut

escanda 8

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tritical

Factores genéticos

Contudo, a presença de HLA-DQ2/

A componente genética da doença celíaca está demonstrada pela tendência familiar. Os familiares de celíacos têm 10 vezes mais tendência, do que a população em geral, para sofrer desta doença. No entanto, nem todos os genes que contribuem para esta predisposição são conhecidos. Os factores mais conhecidos são o sistema de antigénios leucocitários humanos (HLA), um complexo de genes que “reconhece” moléculas estranhas ao organismo. Os genótipos HLA-DQ2 e/ou DQ8 estão presentes na grande maioria (pelo menos em 95%) dos celíacos.

DQ8 isolados, não é necessariamente uma condição para o desenvolvimento da doença, pois estes mesmos genes são muitas vezes encontrados numa percentagem alta em indivíduos saudáveis (20 a 30% da população).

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Factores ambientais A componente ambiental da doença celíaca deve-se à exposição de glúten na dieta.

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4 COMO SE MANIFESTA A DOENÇA CELÍACA? Os sintomas da doença celíaca podem variar. Em alguns casos, a pessoa afectada pode até não ter qualquer sintoma… Os sintomas mais comuns são a diarreia, a perda de peso, o enfraquecimento geral, o abdómen inchado, as dores abdominais, o vomitar, e em crianças, o atraso no crescimento. Pode também manifestar-se através de sintomas não gastrointestinais, como a anemia, a osteoporose, a amenorreia e as carências de vitaminas e de minerais. Alguns sintomas devem-se a patologias associadas à doença. A doença celíaca nem sempre se apresenta da mesma forma, pois, tem diversos sintomas clínicos, e

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isto deve ser tido em conta durante a fase de diagnóstico. Os diversos sintomas da doença celíaca podem ser divididos em casos típicos de sintomas gastrointestinais (hoje, estes casos estão em minoria) e em casos atípicos, que são caracterizados por vagos sintomas de colite (o chamado “síndrome do cólon irritável”), ou uma carência de ferro resistente à terapia oral. Existem também sintomas silenciosos, que são diagnosticados ocasionalmente em indivíduos de risco (por exemplo:

familiares de celíacos ou diabéticos sujeitos a um rastreio serológico) apesar da ausência de sintomas. Nestes casos, a aparente falta de sintomas é enganadora; e após o início do tratamento, é notória uma melhoria no bem-estar. Finalmente, esta doença é detectada em alguns pacientes porque têm umas queixas não gastrointestinais, que podem ser associadas à doença celíaca, como a dermatite herpetiforme, a estomatite aftosa, a diabetes, a osteoporose, os problemas de fertilidade, a tiroidite, as

alergias, a intolerância a certos alimentos, ou uma patologia neurológica. Em certos casos – felizmente raros – a doença celíaca tem como primeiros sintomas complicações graves como a jejunite ulcerativa ou o linfoma intestinal.

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QUAIS OS SINTOMAS DA DOENÇA CELÍACA? Existem 4 formas de manifestação da doença celíaca. Sintomatologia típica

Sintomatologia atípica

Sintomatologia silenciosa

Sintomatologia latente

Os sintomas mais comuns da doença celíaca manifestam-se cedo, geralmente nos meses após o período de amamentação, com sintomas de má absorção intestinal: diarreia crónica, atraso no crescimento, falta de apetite, vómitos e distensão abdominal.

Os sintomas atípicos da doença celíaca manifestam-se mais tarde, com predominância de sintomas não gastrointestinais como a anemia, aumento da transaminase hepática, frequentes dores abdominais, hipoplasia do esmalte dentário, dermatite herpetiforme, ou uma baixa estatura no caso de crianças em idade escolar.

Os sintomas silenciosos da doença celíaca são diagnosticados, por acaso, em indivíduos aparentemente saudáveis, como resultado de um exame médico. Muitos dos casos são apenas aparentemente silenciosos; após o início do tratamento há uma notória melhoria ao nível do bem-estar físico e psicológico.

Estes casos são definidos como latentes ou potenciais se o marcador serológico for positivo e a biopsia intestinal normal. Os doentes celíacos com sintomas latentes, se seguirem uma dieta desregrada, podem vir a desenvolver uma grave lesão intestinal. Existe uma elevada frequência da doença celíaca, muitas vezes de uma forma insidiosa, em indivíduos afectados com patologias auto-imunes (especialmente diabetes insulino-dependente e tiroidites), síndromes (síndrome de Down, síndrome de Turner e síndrome de Williams), ou deficiência da imunoglobulina A (IgA) serológica.

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Fotos: vilosidade normal, vilosidade atrofiada (fase II), vilosidade atrofiada (fase IIIc)

COMO É DIAGNOSTICADA A DOENÇA CELÍACA? Na presença de sintomas associados à doença celíaca, para obter um diagnóstico inicial de intolerância ao glúten basta uma análise sanguínea. No entanto, o diagnóstico definitivo só pode ser confirmado através de uma biopsia intestinal. Neste procedimento, é colhida uma amostra de tecido do intestino delgado, que é submetida a um exame histológico. É este exame que revela a existência ou não de atrofia das vilosidades intestinais.

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Análises sanguíneas

Biopsia intestinal

Certas análises sanguíneas podem confirmar uma suspeita de doença celíaca. Destas destacam-se a pesquisa de anticorpos antitransglutaminase (anti-tTG) da classe IgA, que é altamente fiável. Outra pesquisa igualmente segura, mas menos conhecida, é a pesquisa de anticorpos anti-endomísio (EMA). A pesquisa de anticorpos antigliadina (AGA) das classes IgA e IgC é particularmente conclusiva em crianças com menos de 3 anos de idade. Geralmente, uma alteração isolada nos AGA-IgC não tem muito significado excepto em crianças com deficit de IgA serológicos.

Na eventualidade das análises sanguíneas serem positivas, o próximo passo é a biopsia. Neste procedimento é colhida uma amostra de tecido do intestino delgado através de uma endoscopia, que é posteriormente analisada. Se forem encontradas alterações nas características do lúmen intestinal (atrofio das vilosidades e um aumento dos linfócitos intraepiteliais), confirmase definitivamente o diagnóstico de doença celíaca.

Teste de provocação ao glúten Em caso de dúvida, é normal recorrer-se a este teste de provocação ao glúten, que envolve uma reexposição do indivíduo ao glúten depois de, pelo menos, dois anos de uma dieta alimentar isenta de glúten. O diagnóstico de doença celíaca é confirmado se o teste, que é feito sob supervisão médica, provocar uma recaída clínica e histológica em poucos meses ou, raramente, num período de anos.

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8 COMO LIDAR COM A DOENÇA CELÍACA E A DIABETES? Duas doenças com a mesma origem, uma dieta equilibrada para tratar ambas

Entre cinco a dez por cento dos pacientes com diabetes Tipo I (insulino-dependente) são afectados com a doença celíaca. Para tratar estas duas doenças em conjunto, é necessário manter uma dieta vigiada, que não tem necessariamente de ser restrita. Hoje em dia, o diabético, celíaco ou não, é aconselhado a manter uma dieta normal no que diz respeito ao conteúdo calórico e ao nível de proteínas e gorduras. A fim de evitar uma subida súbita dos níveis de açúcar no sangue a seguir às refeições, é recomendado preferir os hidratos de carbono complexos (pão e massas sem glúten) e alimentos ricos em fibra (vegetais, leguminosas e fruta fresca) a alimentos com muito 16

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açúcar (doces), que podem ser consumidos mas com moderação. No que diz respeito às gorduras, o melhor é escolher as de origem vegetal (como o azeite extra-virgem e o óleo de girassol), e ricas em ácidos gordos polinsaturados (como as anchovas, as sardinhas e a cavala), pelos seus efeitos benéficos a nível do colesterol sanguíneo. Deve-se ter sempre em mente que o tratamento da doença celíaca tem um efeito muito positivo na diabetes, devido à melhoria do controlo metabólico e por vezes, até à redução da necessidade de insulina, e ainda porque ajuda a prevenir possíveis complicações como a anemia e a osteoporose.

QUAL A ORIGEM DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE? Manifesta-se com a doença celíaca, mas tem causas diferenças

Antes ou depois da doença celíaca diagnosticada, os celíacos também podem apresentar intolerância à lactose, causada pela presença de uma lesão difusa do lúmen intestinal. No entanto, pode persistir uma reduzida intolerância à lactose, mesmo depois de iniciado o tratamento da doença celíaca, quando a estrutura do lúmen intestinal estiver normalizada. Esta situação deve-se à falta de enzimas influenciada por factores genéticos. Isto é muito frequente na população em geral, especialmente nos países do sudoeste da Europa, e não está relacionado com a doença celíaca. Nestes casos, o consumo de alimentos ricos em lactose, nomeadamente o leite gordo de

vaca, pode causar sintomas persistentes como dores abdominais e flatulência. Para tratar esta doença devem evitar-se alimentos ricos em lactose, como o leite gordo e gelados à base de produtos lácteos. Como substituto do leite gordo, aconselha-se o consumo de produtos com baixo teor de lactose, que estão disponíveis em lojas de produtos naturais e supermercados. Desde que o intestino consiga digerir pequenas quantidades de lactose, podem ser consumidos outros produtos lácteos como iogurtes, queijos e biscoitos de leite que geralmente são bem tolerados nos casos menos graves.

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www.celiacos.org.pt www.coeliac.co.uk www.celiac.co.il www.coeliac.co.nz www.celiac.org www.celiac.ca www.coeliac.org.au

COMO É TRATADA A DOENÇA CELÍACA? O único tratamento eficaz é seguir uma dieta isenta de glúten Uma dieta totalmente isenta de glúten é o único tratamento eficaz que garante aos celíacos uma digestão saudável, caracterizada pelo desaparecimento dos sintomas, normalização do resultado de testes e da mucosa intestinal. No tratamento da doença celíaca, todos os alimentos que contêm derivados de trigo, incluindo as variedades menos conhecidas, devem ser excluídos da dieta. Deve ter-se em mente que mesmo pequenas quantidades de glúten podem ser prejudiciais. Deve darse muita atenção à rotulagem dos produtos alimentares, uma vez que pode encontrar pequenos ves18

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tígios de glúten nos mais variados produtos. O tratamento dietético é facilitado pela quantidade de produtos disponíveis no mercado (pão, massa, biscoitos, base de piza e farinha de padeiro) tolerados por celíacos. Para facilitar a identificação, estes produtos têm como símbolo uma espiga de cereais cruzada, uma marca que garante a ausência de glúten. Para tornar a gestão da dieta celíaca ainda mais simples, as associações nacionais de celíacos compilaram um guia (lista de alimentos) de alimentos “seguros”, que é actualizado periodicamente.

10 QUAIS OS BENEFÍCIOS DE UMA DIETA SEM GLÚTEN? O principal e primeiro efeito é o desaparecimento dos sintomas O início da dieta está associado ao desaparecimento dos sintomas, à normalização dos testes de anticorpos e à restauração da estrutura normal do lúmen intestinal. Em indivíduos com sintomas típicos, os efeitos do tratamento são surpreendentes: em poucos dias, existe uma melhoria no humor e no apetite, seguido por uma melhoria progressiva da diarreia e, nas crianças, restabelecimento do crescimento. Também, as queixas ao nível do metabolismo, como a osteoporose ou a carência de ferro, tendem a resolver-se por si só gradualmente. A dieta, especialmente se adoptada num estado inicial, minimiza o risco

de complicações a longo prazo, embora não anule completamente a possibilidade de doenças autoimunes associadas. Incluindo também a tiroidite auto-imune (tiroidite de Hashimoto), uma doença que é mais comum durante a puberdade e em particular nas mulheres.

As vantagens de uma dieta sem glúten: _normalização do intestino _correcta absorção e utilização dos nutrientes pelo organismo _recuperação do peso perdido _retoma do bem estar físico e psíquico 19

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ESTABELECER O EQUILIBRIO Uma dieta sem glúten é saudável, saborosa e equilibrada. Para o bem-estar de todo o organismo, é aconselhável comer alimentos variados, beber muita água e usar sal com moderação. É muito importante uma dieta variada. A pirâmide dos alimentos é um óptimo guia para a dieta diária. Esta pirâmide é dividida em 6 secções, cada uma contendo um grupo

alimentar. As secções da base da pirâmide representam os alimentos que devem ser consumidos em maior quantidade (cereais – sem glúten – e batatas), enquanto que as secções do cume (nomeadamente as gorduras) devem ser consumidas em pequenas quantidades.

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O QUE CONSTITUI UMA DIETA SAUDÁVEL? As secções de uma dieta saudável.

Frutas e vegetais: 5 vezes por dia: Estes alimentos são uma fonte de fibras, vitamina A, vitamina C e outras vitaminas e minerais. Este grupo também inclui leguminosas frescas. É aconselhável consumir 3 porções de vegetais e 2 porções de fruta todos os dias.

Cereais e batatas: a todas as refeições: Pão sem glúten, massa e cereais, batatas e arroz (são uma fonte importante de hidratos de carbono), fibras na forma de fécula, que são convertidos imediatamente em energia. Deve comer-se pelo menos um destes alimentos a cada refeição.

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vitaminas do complexo B. Este grupo também inclui leguminosas secas (feijões, grão-de-bico, ervilhas e lentilhas). Produtos lácteos: todos os dias: Produtos lácteos como o leite, iogurte e queijo são ricos em proteínas e vitamina B2, e fornecem cálcio ao organismo. São recomendado 1-2 porções de 120g por dia, de preferência variedades pouco gordas.

Gorduras e condimentos: todos os dias, mas com moderação: 1-3 porções de gorduras e óleos: de preferência de origem vegetal (especialmente azeite extra virgem), embora também possam ser utilizados os de oriCarne, peixe, gem animal (manteiga, natas, leguminosas e ovos: uma vez por dia: 1-2 porções de banha, gordura do bacon, etc). carne, peixe e ovos: de preferência Estes alimentos fornecem ácidos carne de vaca magra, aves, porco e gordos e vitaminas lipo-soluveis peixe, 2-3 vezes por semana. Estes (A, D, E, K) que ajudam na absoralimentos fornecem proteínas e ção. 22

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gorduras e óleos

leite, iogurte, queijo, carne, aves, peixe, leguminosas, ovos

pão e massas sem glúten, arroz, milho, batatas

frutas e vegetais

Conselhos úteis para uma alimentação adequada Dicas adicionais: _ beber pelo menos 1-2 litros de água por dia. Recomenda-se água mineral, sumos naturais de fruta e vegetais, chás de ervas ou frutas sem açúcar _ faça uma alimentação saudável, evitando as gorduras (experimente grelhar, cozer, ao vapor, saltear) _ comer devagar, mastigar bem e saborear os alimentos _ utilizar mais ervas aromáticas frescas do que sal _ consumir álcool com moderação

_ utilizar açúcar moderadamente _ quando seguir uma receita utilizar sempre ingredientes sem glúten _ evitar a contaminação com alimentos que contêm glúten _ fazer exercício regularmente Os produtos Schär estão disponíveis em lojas de produtos naturais.

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Símbolo internacional de

QUE TIPO DE ALIMENTOS É PERMITIDO? Aprender a identificar os produtos sem glúten Desde que saiu a recente directiva da União Europeia sobre rotulagem, é mais fácil identificar os alimentos de “risco”, pois esta exige que os produtores declarem a presença de pequenas quantidades de glúten nos seus produtos.

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Muitas vezes, a ingestão deliberada ou involuntária de pequenas quantidades de glúten não vai provocar uma irritação imediata, mas pode ser prejudicial a longo prazo, devido ao risco de uma inflamação intestinal persistente. Como tal, é necessário estar sempre atento na selecção e no consumo dos alimentos. Contudo, não há necessidade para ter fobia ao glúten ou uma ansiedade excessiva em relação à dieta - este tipo de comportamento é totalmente injustificado.

alimentos sem glúten

Alimentos seguros Existem numerosos produtos naturalmente sem glúten que podem ser consumidos sem restrições. Estes incluem: arroz; milho; batatas, leguminosas, trigo sarraceno, mandioca, tapioca e castanhas; leite e produtos derivados do leite; carne; peixe; ovos; óleos vegetais; legumes e fruta. E para além destes produtos, existe ainda uma vasta gama de alimentos processados (incluindo pão, massa, bolos, bases para piza, farinhas, biscoitos e doces) que são fornecidos especialmente para as necessidades dos celíacos. Estes produtos podem ser identificados por uma espiga de cereais cruzada na embalagem, um símbolo que garante a ausência de glúten.

Alimentos de risco Alimentos de risco são todos aqueles que contêm glúten ou trigo como ingrediente ou aditivo, como por exemplo, alimentos preparados, salsichas, molhos de soja ou gelados. Neste tipo de alimentos deve-se ler cuidadosamente a lista de ingredientes na embalagem.No entanto, mesmo que o glúten não apareça na lista de ingredientes, pode ter ocorrido alguma contaminação durante o fabrico.

Alimentos proibidos Os alimentos que devem ser completamente excluídos são aqueles que contêm derivados do trigo ou certos cereais, incluindo, trigo kamut, trigo triticale, trigo espelta, cevada e centeio. A aveia também não é recomendada, pois muitas vezes está contaminada com glúten. 25

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Uma ajuda prática para simplificar a compra e a selecção dos produtos. Aconselhamos que, para além da

seguinte tabela, consulte também a associação dos doentes celíacos do seu país.

Cereais Seguro Farinha de alfarroba Amaranto Arroz Batatas Castanhas Mandioca Milho Milho-miúdo Quinoa Oleaginosas Tapioca Trigo sarraceno

Perigoso Arroz tufado Batata frita de pacote Pipocas de pacote Polenta instantânea Puré de batata congelado ou instantâneo

Fruta Proibido Aveia Centeio Cevada Trigo Trigo emmer Trigo espelta Trigo triticale Trigo miúdo seco, kamut cuscus e bulgur Todo o tipo de massas alimentícias, produtos de pastelaria, Muesli e cereais feitos a partir dos grãos dos cereais indicados acima

Seguro

Perigoso

Frutos secos que não tenham sido cobertos de farinha Fruta fresca ou congelada Nozes

Fruta cristalizada

Proibido Frutos secos cobertos com farinha

Vegetais Seguro Leguminosas frescas ou de conserva (grão-de-bico, ervilhas, feijões, tremoços, favas, lentilhas e soja) Todos os vegetais frescos e congelados Vegetais em conserva (em óleo, vinagre, salmoura, sal, etc.)

Perigoso Alimentos preparados à base de vegetais

Proibido Alimentos preparados à base de vegetais ou misturas de cereais. Vegetais panados com pão ou com farinha. Vegetais congelados que contenham trigo e/ou seus derivados

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Produtos lácteos Seguro

Perigoso

Carne, peixe e ovos Proibido

Iogurte natural (gordo ou magro)

Bebidas preparadas à base de leite

Iogurte com malte, cereais ou biscoitos

Leite do dia e ultra-pasteurizado

Iogurte com fruta

Alimentos preparados à base de queijo

Queijo mascarpone Requeijão Soro de manteiga Kefir Natas frescas e ultra-pasteurizadas Queijo Emmental, Gouda, Edamer, Tilsit, Parmesão, queijo de ovelha, de cabra, Mozzarella Queijo fresco natural

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Natas batidas Leite creme e pudins Queijo fundido Queijo com ervas aromáticas Queijo de casca mole Produtos "light"

Seguro Todos os tipos de peixe, congelado e fresco (sem ingredientes adicionados) Bivalves, sapateira, lagostim, miolo de caranguejo, camarões frescos ou congelados sem molhos e condimentos

Perigoso Carnes frias fatiadas (excepto fiambre) Carne e peixe de conserva com molhos e condimentos Molhos preparados à base de carne ou peixe

Proibido Carne ou peixe panados com pão ou farinha, ou cozinhados com molhos que contenham farinha com glúten Conservas de arenque e escabeche de arenque enrolado, surimi ou de preparado de peixe

Alimentos pré-cozinhados à base de carne ou peixe

Peixe em conserva: natural, em óleo, ou fumado Ovos

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Bebidas Seguro Bebidas com gás (cola, Fanta, etc) Bebidas em saquetas ou filtradas: chá não aromatizado, café não vitaminado e descafeinado, café em grão Sumos, néctares e xaropes de fruta Bebidas álcoolicas: vinho branco, rosé e tinto; vinho espumante e champagne; bebida espirituosa de cerais, Grappa italiana; cognac; brandy: rum; tequilla; Calvados; licor de cerejas, gin;

Doces Perigoso Licores Misturas instantâneas para refrescos, chocolate e café Suplementos nutricionais líquidos Sumos de fruta com fibra adicionada

Seguro Mel Açúcar Frutose Dextrose

Perigoso Açúcar em pó ou de pasteleiro Barras de chocolate, bombons e chocolate para barrar Cacau em pó, Gelados, sorvetes pastilha elástica, Adoçantes artificiais (em pó, comprimidos ou líquido)

Proibido Chocolate com cereais

Proibido Cerveja Café instantâneo ou substituto de café que contenha cevada ou malte de cevada Bebidas de aveia

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Gorduras, condimentos, molhos e produtos de pastelaria Seguro Todos os óleos vegetais Margarina vegetal Manteiga, banha Vinagre límpido, vinagre balsâmico Sal e pimenta Ervas aromáticas Especiarias

Perigoso Molhos preparados Vinagres e óleos de ervas aromáticas Caldos em cubo Misturas de ervas ou especiarias Molhos de soja Fermento em pó Coberturas Glacês

Proibido Molho bechamel Levedura

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QUAIS AS PRECAUÇÕES A TER NA COZINHA? Como preparar uma refeição segura sem glúten Escolher ingredientes que sejam garantidamente isentos de glúten. Consultar a lista de produtos recomendados pela associação dos celíacos poderá ser útil. _ Nunca tocar nos alimentos com as mãos sujas de farinha ou com utensílios (taças, conchas, passadores, panelas) que tenham estado em contacto com alimentos proibidos. _ Não colocar directamente os alimentos em superfícies contaminadas, como no balcão, recipientes, fundo do forno, pratos quentes ou grelhador. Limpe tudo muito bem antes de começar a cozinhar. 36

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_ Não reutilizar óleo que já foi utilizado para fritar alimentos cobertos com farinha ou com pão ralado. _ Não reutilizar água que já foi utilizada para cozer massa com glúten. _ Utilizar papel à prova de gordura ou uma folha de alumínio nos pratos e superfícies que possam estar contaminadas.

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16 QUAIS AS PREOCUPAÇÕES DIETÉTICAS HABITUAIS? Contrariar as possíveis carências dietéticas e as intolerâncias associadas A dieta sem glúten, usada há mais de 50 anos para tratar a doença celíaca, é o regime dietético adequado a todos os grupos etários, mesmo em situações especiais (como a gravidez e a diabetes). A necessidade de excluir alimentos derivados do trigo pode, no entanto, levar a uma carência de fibras vegetais. Uma forma de compensar esta carência é consumir

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uma quantidade adequada de frutas e vegetais frescos todos os dias. Também é importante assegurar uma toma suficiente de vitaminas, particularmente do complexo B, e ainda cálcio.

EXISTE UMA ALTERNATIVA À DIETA SEM GLÚTEN? Ainda estão a ser estudadas possíveis soluções terapêuticas O objectivo é permitir aos doentes libertarem-se do “fardo” da dieta sem glúten. Estão a ser realizados testes, por exemplo, em variedades menos tóxicas de cereais, em enzimas capazes de metabolizar os elementos proteicos que são mais difíceis para os celíacos digerirem, e em antitransglutaminase, anticitoquinas e drogas imunomoduladoras capazes de bloquear a reacção anormal ao glúten (semelhante a uma vacina). Neste momento, os testes sobre a eficácia destes potenciais tratamentos alternativos ainda estão numa fase inicial. Entre

outros motivos destaca-se, o facto do progresso da pesquisa, desde o laboratório até aos ensaios clínicos, ser retardado pela ausência de um modelo animal com a doença celíaca. Enquanto é fácil antever um futuro “cor-de-rosa” para os celíacos, prever o tempo necessário até à obtenção de resultados, é mais difícil, devido à complexidade da pesquisa. Existe uma grande pressão pois qualquer novo tratamento terá de provar por si só ser melhor do que o já existente, isto é, uma dieta sem glúten segura, eficaz e rápida.

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É NECESSÁRIO EFECTUAR EXAMES REGULARES DEPOIS DO DIAGNÓSTICO? Não são necessários mais exames depois de um ou dois anos em dieta De facto, se não existirem dúvidas em relação ao diagnóstico inicial, não se considera necessário repetir a biopsia para verificar a normalização do intestino. Contudo, é aconselhável o paciente fazer exames periódicos num laboratório especializado. São vários os testes laboratoriais que podem ajudar a indicar o estado de saúde do paciente. Destacam-se:

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_ indicadores do metabolismo do ferro (contagem de glóbulos vermelhos, ferro sérico e ferritina). Qualquer carência de ferro pode ser colmatada com um suplemento oral; _ anticorpos anti-tTG. Se for positivo, indica uma dieta pouco rigorosa; _ testes de diagnóstico inicial que indiquem a existência ou a suspeita de patologias autoimunes (especialmente para a detecção de anti-tiroglobulina e anticorpos anti-peroxidase tiroidiana, indicadores de tiroidite).

Aconselha-se o controlo da osteoporose através de exames que medem a densidade óssea, principalmente em mulheres. São aconselhados testes bioquímicos (colesterol total, colesterol HDL, triglicéridos, e glucose sanguínea) a pessoas que mostram uma acentuada subida de peso entre os exames.

Para familiares directos (filhos, irmãos, irmãs e pais) do doente celíaco, o risco de ter a doença celíaca – aproximadamente 1 em cada 10 – é dez vezes mais do que para a população em geral. Por esta razão, mesmo familiares directos aparentemente saudáveis, devem fazer a pesquisa de anticorpos específicos da doença celíaca (anticorpos antitTG e o genótipo HDA-DQ2/DQ8).

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18 VIVER COM A DOENÇA CELÍACA O obstáculo mais difícil de ultrapassar é o diagnóstico inicial É costume dizer-se que, uma vez diagnosticada, a doença celíaca deixa de ser uma doença, para passar a ser apenas um facto da vida. Embora o estado físico e psíquico apresente melhoras consideráveis depois de se iniciar o tratamento, ainda tem de se aprender a viver com as regras impostas pelo novo regime alimentar. A vasta gama de produtos sem glúten existente no mercado e lançada pela indústria especializada contribui largamente para melhorar a qualidade de vida dos celíacos. Estes produtos encontram-se disponíveis na forma de ingredientes para culinária e produtos aptos para consumo. 42

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O “fardo” da restrição dietética começa a ser visível quando se come fora de casa, porque a disponibilidade de pratos sem glúten e snacks nos restaurantes, bares e cafetarias é limitada. No entanto, esta situação tem tendência a melhorar de ano para ano, graças ao esforço das associações de celíacos e ao crescente interesse das instituições e dos meios de comunicação.

A vida na escola Muitas escolas podem fornecer refeições seguras a crianças celíacas. No entanto é muito importante que os próprios pais se assegurem

pessoalmente que os professores e a equipa de cozinheiros têm conhecimentos sobre a doença. Com a variedade existente de snacks sem glúten, tanto doces como salgados, torna-se fácil lidar com situações como os passeios escolares e as festas de aniversário.

Adolescência A pressão para seguir a dieta é mais frequente durante a adolescência, porque muitos adolescentes tem alguma dificuldade em aceitá-la, e acima de tudo, revelar aos outros a sua situação. Frequentemente, a ausência de sintomas pode encorajar a tendência para enganar a

dieta de vez em quando. O que pode ser feito quando isto acontece? O melhor é evitar censurar ou até intimidar o adolescente. A abordagem mais construtiva é focar a informação correcta e incutir comportamentos que encorajem a fidelidade à dieta. Em alguns casos, e principalmente se existem conflitos entre o jovem e os pais, pode ser aconselhável procurar ajuda psicológica de um profissional. Estes problemas geralmente passam. E com o passar do tempo, a maioria dos jovens conseguirá atingir o objectivo de viver confortavelmente com a doença celíaca. 43

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QUEM É A SCHÄR?

O QUE É “TASTE FOR LIFE”?

A Schär é uma empresa especializada na produção de produtos sem glúten Há mais de 20 anos que a Schär produz produtos sem glúten. Durante este período, adquiriu uma posição de liderança, no seu sector, no mercado europeu. O seu principal objectivo é continuar a desenvolver produtos sem glúten destinados ao consumo diário para pessoas afectadas com a doença

Viver a vida com sabor

celíaca. Devido a uma constante pesquisa, os produtos Schär oferecem um sólido e elevado nível de qualidade e asseguram a variedade na dieta celíaca.

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Como resultado das pesquisas efectuadas pela Schär, ano após ano, a gama de produtos desta empresa tem sempre novidades e produtos frescos e deliciosos. Graças a estes, os celíacos não necessitam de abdicar de comer bem. A condição para uma vida longa e saudável, especialmente para os celíacos, é uma alimentação variada e equilibrada. A Schär guiada por esta máxima, desen-

volveu uma grande variedade de alimentos, que embora sejam sem glúten, também são saborosos e apetitosos. A vida de um celíaco não tem de ser sinónimo de sacrifício e privação. Tendo esta noção sempre presente, a Schär tem trabalhado durante os últimos 20 anos para assegurar que essa ideia seja uma realidade. “Taste for Life” é para quem não se contenta com menos do que uma boa refeição.

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21 O QUE OFERECE A SCHÄR?

No sentido de apoiar os clientes com informação válida, sugestões e novidades sobre a doença celíaca e a dieta sem glúten, a Schär tem periodicamente novas ideias e iniciativas, tais como: _ uma subscrição gratuita da revista Your Life _ informação e sugestões sobre a dieta sem glúten, receitas e dicas para cozinhar sem glúten _ um contacto personalizado com a equipa Schär: info@schaer.com _ um link para notícias úteis e interessantes: www.schaer.com

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uma página especial na Internet dedicada a crianças com a mascote Milly que, em forma de brincadeira, explica a doença celíaca e os princípios de uma dieta correcta. As crianças têm imagens para colorir, e se quiserem podem encomendar um porta-chaves da Milly.

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GLOSSÁRIO • anemia: doença caracterizada pela

presente na tiróide. A sua presença indi-

redução do nível de hemoglobina

ca um possível diagnóstico de tiroidite

(Hb) no sangue. Uma das causas mais

auto-imune (tiroidite de Hashimoto).

comuns da anemia é a carência de • anticorpos antitransglutaminase: ferro, uma vez que este micronutriente

(anti-tTG) anticorpos de classe A que

é necessário para a síntese do Hb.

actuam directamente contra a enzima

• anticorpos anti-endomísio (EMA):

transglutaminase. Estão geralmente

anticorpos de classe A que actuam con-

presentes no sistema sanguíneo de

tra um componente do tecido chamado

indivíduos com a doença celíaca na fase

endomísio. Geralmente estão presentes

activa.

em indivíduos com a doença celíaca na • anticorpos: molécula proteica capaz fase activa.

de reagir especificamente (geralmente

• anticorpos antigliadina (AGA): anticor-

com uma função defensiva) a proteínas

pos de classe A e G que actuam contra

estranhas de origem bacteriana, viral ou

a componente da gliadina presente no

alimentar.

glúten. Estão muitas vezes presentes • biopsia: remoção de uma amostra de no sistema sanguíneo de indivíduos

tecido para posteriores testes, como a

com a doença celíaca na fase activa.

análise estrutural do tecido numa ópti-

A sua especificidade, nomeadamente

ca microscópica.

do pâncreas, o que causa uma deficiên- • IgA: anticorpos de classe A (ou imucia na secreção da insulina e alteração profunda do metabolismo dos açúcares. • enteropatia: lesão da membrana da mucosa intestinal.

vidas nas reacções imunológicas de

seus factores de risco.

defesa, presentes no lúmen epitelial da

• epitélio. camada celular que cobre exemplo o lúmen intestinal) e internas

nutrientes causada por uma deficiência

do corpo. Encontra-se em todos os

no processo digestivo ou por uma lesão

órgãos.

na membrana da mucosa intestinal.

• gene: fragmento de DNA que consiste • má nutrição: condição provocada pelo numa sequência de ácidos nucleicos

fornecimento insuficiente de nutrientes

que contêm a informação para a produ-

e calorias. É caracterizado pela perda

ção regular de uma proteína.

de peso devido à redução de gordura e

• genótipo: estrutura genética presente

glóbulos brancos e as plaquetas.

contra a tiróide peroxidase, uma prote- • dermatite herpetiforme: doença de ína que está presente na tiróide. A sua

pele caracterizada pela presença de

presença indica um possível diagnósti-

comichão em locais característicos,

co de tiroidite auto-imune (tiroidite de

como os cotovelos e os joelhos. É uma

Hashimoto).

das possíveis expressões clínicas da

• anticorpos anti-tiroglobulina: são

doença celíaca.

autoanticorpos que actuam contra a • diabetes: doença autoimune caracteritiroglobulina, uma proteína que está

zada pela destruição das células betas

• gliadina: segmento proteico que está presente no glúten. Contém muitos dos

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da digestão parcial do amido. • marcadores serológicos: a presença destes componentes no sangue confirmam a doença pesquisada.

péptidos que são tóxicos para o celía- • osteoporose: redução da densidade co. • hipoplasia. fraco desenvolvimento de um tecido ou um órgão.

óssea causada pela perda de minerais e proteínas do osso. • patologias autoimunes: doenças cujas

• hormonas da tiróide: hormonas (FT3 e

respostas patológicas autoimunes são

FT4) produzidas pela tiróide em respos-

dirigidas directamente contra os teci-

ta a uma secreção da glândula pituitá-

dos e/ou os órgãos do indivíduo (auto-

ria da hormona estimulante da tiróide (TSH).

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massa muscular.

em uma ou mais localizações num cro- • maltodextrina: componente derivado mo.

diana: são autoanticorpos que actuam

membrana da mucosa intestinal.

todas as superfícies externas (por • má absorção: redução na absorção dos

mossoma de um determinado organis-

neas, isto é, os glóbulos vermelhos, os

posto por uma molécula de glucose e uma de galactose.

estuda a frequência das doenças e os

anti-tTG e EMA. • anticorpos anti-peroxidase tiroi-

sangue e nas secreções mucosas. • lactose: açúcar presente no leite, com-

• epidemiologia: ramo da medicina que • linfócitos intraepiteliais: células envol-

para o IgG, é no entanto menor que os • contagem dos glóbulos vermelhos: onde são avaliadas as células sanguí-

noglobulinas) que estão presentes no

agressão). • sindrome de Down: doença carac49

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terizada pela presença, em todas as

• transglutaminase: enzima presente

células, de um cromossoma extra (tris-

em muitos tecidos, incluindo a mem-

somia 21). Está associada ao atraso

brana da mucosa intestinal. Tem um

mental e outras manifestações clínicas,

papel muito importante na activação

como típicas características faciais, pro-

dos péptidos no glúten que são tóxicos

blemas de coração, e risco de tumores. • síndrome de Turner: doença feminina

para o celíaco. • vilosidades atrofiadas: mudanças

caracterizada pela ausência, em todas

patológicas na vilosidade intestinal,

as células, de um dos dois cromos-

que estão achatadas; em caso de atro-

somas X (genotipo X0 em vez de XX).

fia completa desaparecem totalmente.

Está associado a uma disfunção do

• vilosidades: estruturas abdominais

ovário, a uma baixa estatura, e traços

com a forma dos dedos de uma luva

faciais característicos.

que, em condições normais, estão pre-

• síndrome de Williams: doença genética caracterizada por traços faciais

sentes na membrana da mucosa intestinal.

característicos, elevada incidência de

• zonulina: proteína reguladora que é

problemas cardiovasculares, atraso

produzida por vários tipos de células.

mental de variados níveis.

Ao nível da barreira intestinal, a função

• sistema HLA: complexo de genes localizados no cromossoma 6. É crítico

Notas

da zonulina é regular a permeabilidade intestinal pelas uniões intercelulares.

para a síntese das proteínas que têm um papel fundamental na resposta imunológica. • tiroidite de Hashimoto: doença autoimune da tiroide. Numa fase avançada, é muitas vezes associada à síntese reduzida das hormonas produzidas pela tiróide (hipotiroidismo). • transaminase hepática: enzimas que estão presentes nas células do fígado. Um aumento dos níveis da transaminase pode indicar danos no fígado.

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Notas

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Só pode ser reservado um pacote de amostra por família.

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Conceito e arte final: Conzepta

Fotografias: DPI, Lukas Dostal, Dr. Schär Impressão: Athesia

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Texto: Prof. Carlo Catassi, Dr. Schär, Conzepta


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