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Edição 1890 1,20 Euros 16 de dezembro de 2016
a 22 de dezembro de 2016
www.mundoportugues.pt
Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida
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Orçamento de Estado para 2017 aprovado pela maioria parlamentar de Esquerda
P. 2 e 3
Primeiro-ministro promete défice mais baixo “de todo o período democrático”
Gastronomia
P. 4
Funchal quer entrar no Guinness com bolo mel gigante pelo país
P. 8
Municípios e freguesias assinalaram 40 anos de poder local democrático Património
P. 19
Este é o Berço da Nação
P. 24
Turismo
Região Centro eleita como destino turístico preferencial para 2017 P. 28-29
Futebol presidência da república
Dérbi reforça liderança do Benfica e Sporting ‘cai’ para terceiro
P. 18
2016 marcou o final do ciclo de Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa trouxe mudanças O ano de 2016 ficou marcado pela despedida de Cavaco Silva da chefia do Estado, após um ciclo de dez anos em Belém, e pela chegada de um novo Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, que trouxe mudanças substanciais...
P. 31
eCONOMIA Senegal
P. 12
Universidade quer preservar herança cultural portuguesa
Venezuela
P. 14
Estados unidos
Portugueses lamentam preços Flórida tem restaurante de altos dos produtos de consumo sabores portugueses
P. 15
Ministro aberto a projeto de investigação de espumantes em Anadia PUB
40 ANOS
A ANTECIPAR O FUTURO edp.pt
p.2
DESTAQUE
16 de DEZemBRO DE 2016
quais são as principais medidas do OR 2017?
Orçamento de Estado para 2017 aprovado pela O OE2017 foi aprovado em votação final global pelo PS, PCP, BE, PEV e PAN, que alterou no final a sua posição de abstenção para voto favorável, enquanto PSD e CDS se mantiveram contra o documento proposto pelo executivo. A extinção gradual da sobretaxa de IRS, o aumento das pensões, o adicional ao IMI, um novo imposto sobre os refrigerantes, o aumento da tributação sobre os automóveis e as novas deduções no IRS são destaque. Mais impostos indiretos e um alívio gradual na tributação sobre os rendimentos são as principais novidades da proposta do OE para o ano que vem.
(...) Vamos ter o défice mais baixo de todo o nosso período democrático e temos agora aprovado um Orçamento que nos conduzirá até metade da legislatura. É um Orçamento que prosseguirá aquilo que é essencial: virar a página da austeridade, mantendo todas as condições de participação ativa no quadro da zona euro (...) A aprovação do OE foi saudada com palmas pelos deputados do PS e alguns deputados dos restantes partidos da esquerda que suporta o Governo. André Silva, deputado do PAN justificou a mudança repentina
no sentido de voto referindo que “olhamos para este OE com confiança. E por haver um caminho de diálogo aberto e, acima de tudo, por acreditarmos que é possível uma política de pontes, de convergência de ideias e de forças en-
tre partidos, votaremos a favor do Orçamento do Estado para 2017”. A proposta de lei de OE2017 foi entregue pelo Governo socialista na Assembleia da República a 14 de outubro, seguindo-se a discussão e votação na generalidade,
A Esquerda (PCP, PEV, BE) no Parlamento votou a favor do Orçamento de Estado para 2017
em 3 e 4 de novembro. A 7 de novembro e segunda-feira decorreu o processo de discussão na especialidade e foram propostas mais de 450 propostas de alteração ao OE2017, sendo o PS o mais ativo (mais de 100 registos) e o PEV
o que apresentou menos propostas (14). Na discussão deste OE, houve medidas que caíram como o polémico “imposto bala”, que taxaria as munições de armas de fogo que usem chumbo, bem como outras que sofreram alterações como o adicional do IMI que ficou apelidado de “imposto Mortágua”. Este OE ficou também marcado por alguns recuos, designadamente na polémica do não aumento das pensões mínimas e novidades, como a criação de um passe de transportes direcionado para estudantes universitários. De seguida apresentamos as alterações do OE2017 mais discutidas e referidas nos últimos tempos na imprensa. A extinção gradual da sobretaxa de IRS, o aumento das pensões, o adicional ao IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis, o novo imposto sobre os refrigerantes, o aumento da tributação sobre os automóveis e as novas deduções no IRS. AS MEDIDAS do Orçamento de Estado para 2017 2017 ainda não será um ano livre de sobretaxa de IRS. De acordo com o novo calendário aprovado com o OE, a sobretaxa para o segundo escalão do IRS (rendimentos anuais brutos entre €7 091 e €20 261) desaparece a 31 de dezembro de 2016, para o ter-
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maioria parlamentar de Esquerda ceiro escalão (rendimentos entre €20 261 e €40 522) desaparece a 30 de junho de 2017 e para o quarto e quinto escalões (rendimentos a partir de €40 522) está prevista a data de extinção para 30 de novembro de 2017. Ao nível das Pensões, o Governo tinha anunciado um aumento de 10 euros mensais para as pensões entre os €275 e os €628, deixando de fora parte das pensões mínimas, o que gerou um grande desconforto entre os partidos da esquerda que sustentam o Governo. Afinal, as pensões mínimas, sociais e rurais terão também um aumento, mas de seis euros mensais. Ambos serão dados a partir de agosto de 2017. Aprovada também com este Orçamento foi a taxa adicional ao IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis, frequentemente apelidada de “imposto Mortágua”, em alusão à deputada do BE, Mariana Mortágua que foi uma acérrima defensora da criação desta taxa. Os particulares que tenham imóveis cuja soma dos valores patrimoniais tributáveis se situe entre os €600 mil e o milhão de euros pagarão uma taxa de 0,7% sobre esse valor. Quando este valor global ultrapassa o milhão de euros a taxa é de 1 por cento. Para as empresas, a taxa é de 0,4% sobre o valor patrimonial tributável dos imóveis que não estejam afetos à atividade produtiva. Há ainda uma taxa, de 7,5%, a aplicar aos imóveis que pertençam a entidades com sede em paraísos fiscais. Isentos desta taxa ficam os imóveis afetos à indústria, ao turismo, ao comércio e aos serviços. A receita desta medida, estimada em 170 milhões de euros, será consigna-
da para a Segurança Social. A carga fiscal sobre as receitas do arrendamento temporário também aumenta em 2017. Se até aqui só 15% das rendas recebidas era tributável, para o ano passa a ser de 35%. Mas os senhorios podem escolher o regime que preferirem. O objetivo desta medida é harmonizar os regimes fiscais do arrendamento a turistas e do arrendamento habitacional. Beber um refrigerante também vai ficar mais caro em 2017. O Governo aderiu ao ‘fat tax’ (taxa sobre as calorias). O teor do açúcar em refrigerantes será agora tido em conta pelas Finanças. Uma lata de 33cl paga mais três ou cinco cêntimos por litro de acordo com o nível de açúcar. As receitas revertem para o Sistema Nacional de Saúde. Os carros também vão ficar mais caros a partir de 2017. O imposto sobre veículos vai ser agravado em média 3 por cento. Este é um imposto que se paga uma só vez aquando da compra de um carro novo. Quanto ao IUC, pago anualmente, o agravamento é da ordem dos 0,8% para os carros a gasolina e progressivo, entre os 0,6% e os 0,8%, para os veículos a gasóleo. A nível das deduções no IRS também há novidades. Além do pagamento de creches, jardins-de-infância, escolas, amas, explicadores e professores, dos livros e dos manuais escolares, passam a poder ser dedutíveis no IRS as despesas com refeições e transportes escolares. O Executivo manteve fora das deduções as despesas com material escolar. Os estudantes universitários com menos de 23 anos terão um desconto de 25% no passe mensal
O PAN também votou favoravelmente ao OE 2017
de transportes, a partir do início do ano letivo 2017/2018. Outra medida do OE relativa aos passes é a possibilidade de se descontar no IRS o IVA cobrado no preço do passe social, até ao limite de €250. O Abono de família também vai sofrer aumentos em 2017. O Governo vai repor a atribuição do abono de família ao quarto escalão de rendimentos (acima dos oito mil euros ano) para as crianças até aos 36 meses de idade. A medida deverá beneficiar cerca de 130 mil crianças. Será também alargada a atribuição do montante mais favorável de abono de família dos 12 para os 36 meses. Inscrita também neste OE foi a entrega da declaração automática do IRS que ficará disponível no portal das finanças a partir do próximo ano. O contribuinte apenas terá de confirmar se a informação que o fisco irá inscrever nessa declaração provisória está correta e proceder à sua entrega, podendo ainda optar pelo regime de tributação separada ou conjunta (no caso dos casais ou unidos de facto). Ainda não se sabe se todos os contribuintes, independentemente do tipo de rendimentos, serão abrangidos por esta modalidade automática. O DISCURSO DE ANTÓNIO COSTA no parlamento Após a aprovação final global da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017 no Parlamento, António Costa, ladeado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, declarou que “este é um momento de reforçada confiança. Confiança acrescida
pelas provas que demos ao longo deste ano, confiança também por uma votação tão alargada deste Orçamento do Estado na Assembleia da República e pela forma tão serena como este debate foi concluído. Tudo isto nos permitirá encarar 2017 com uma confiança reforçada para todas as famílias, empresas e agentes económicos”.
(...) O país está a chegar ao fim de um ano orçamental de excelência, onde foi possível cumprir os compromissos assumidos com os portugueses de devolução de rendimentos das famílias e de criação de condições para o investimento (...) O primeiro-ministro defendeu o trabalho do seu executivo em 2016 referindo que o país “está a chegar ao fim de um ano orçamental de excelência, onde foi possível cumprir os compromissos assumidos com os portugueses de devolução de rendimentos das famílias e de criação de condições para o investimento”. António Costa prosseguiu, sem responder às questões dos jornalistas presentes, “vamos ter o défice mais baixo de todo o nosso período democrático e temos agora aprovado um Orçamento que nos conduzirá até metade da legislatura. É um Orçamento que prosseguirá aquilo que é essencial: virar a página da austeridade, mantendo todas as condições de participação ativa no quadro da zona euro”. António Costa considerou que esta segunda aprovação de uma
CDS-PP e PSD votaram contra o Orçamento de Estado para 2017
proposta de Orçamento do Estado apresentado pelo seu executivo “demonstrou que a alternativa é possível” em Portugal. “A alternativa vai poder continuar a concretizar-se, continuando a reforçar o rendimento das famílias, a aumentar o investimento público e a criar melhores condições para o investimento privado, prosseguido o desenvolvimento do Estado social, em particular nas políticas de redução da pobreza, e investindo na ciência, na educação e na cultura”, a par de “uma gestão de rigor que permitirá no próximo ano prosseguir uma trajetória de redução do défice e da dívida e de consolidação da participação de Portugal no quadro da zona euro”, referiu na sua declaração final. O OE que acaba se ser aprovado para 2017 contempla o conjunto das Administrações Públicas que, para além da Administração Central e seus subsetores Estado e Serviços Integrados, inclui a Segurança Social e a Administração Regional e a Local.
(...) A alternativa vai poder continuar a concretizar-se, continuando a reforçar o rendimento das famílias, a aumentar o investimento público e a criar melhores condições para o investimento privado, prosseguido o desenvolvimento do Estado social, em particular nas políticas de redução da pobreza, e investindo na ciência, na educação e na cultura (...)
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PELO PAÍS
16 de dezEMBRO de 2016
Norte
Centro
Ilhas
vila real
arouca
MADEIRA
Douro foi palco de milhões de investimento em 15 anos
Negócios com artesanato de lã
Funchal quer entrar no Guinness com bolo mel gigante
O Douro Património Mundial recebeu, em 15 anos, vários milhões de euros de investimentos públicos e privados, quer em acessibilidades ou infraestruturas culturais, na área do enoturismo e hotelaria quer em vinhas e centros de vinificação. “Ao longo destes 15 anos foram vários milhões de euros aplicados no Douro com feito difuso na economia local”, afirmou João Rebelo, investigador do departamento de Economia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Ou seja, acrescentou, estas verbas, muitas com apoios comunitários, chegaram a “uma base alargada” quer de pequenas e médias empresas, quer de produtores e foram investidas nos mais diversos setores da economia local. O território acolheu ainda investimento público a nível das acessibilidades e das infraestruturas culturais, como teatros, auditórios, ou bibliotecas espalhadas pelas diversas sedes de concelho. O Douro, Património Mundial da Unesco desde 2001, foi beneficiado com diversos programas comunitários, alguns deles desenhados apenas para este território. Segundo dados fornecidos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), desde 2001 e nos diversos ciclos comunitários que foram implementados até ao mais recente, o Portugal 2020, foram aprovados 7.106 projetos para o Alto Douro Vinhateiro, com um investimento de 1.650 milhões de euros e um apoio da União Europeia de 1.050 milhões de euros.
A Câmara Municipal de Arouca vai desafiar os jovens do concelho a criarem cooperativas que possam garantir ao território uma nova oferta de bens e serviços turísticos, como artesanato, produtos alimentares e artigos em lã. Para isso, a autarquia promove na Casa das Pedras Parideiras uma sessão de apresentação do programa Coopjovem, que, visando apoiar a constituição dessas estruturas de negócio coletivas, tem aberta a primeira fase de candidaturas até ao próximo dia 21 de dezembro. “O território do Geopark de Arouca tem recebido muita gente e há uma grande margem de crescimento para a oferta de produtos e serviços em que estes jovens poderiam estar a apostar”, explica à Lusa a vice-presidente da autarquia, Margarida Belém. “Uma área em que há muito potencial, por exemplo, é o artesanato, mas também há espaço para os artigos alimentares e até para peças em lã, que é um produto excedente e podia resultar numa excelente cooperativa de mulheres”, realça. Margarida Belém defende que o Coopjovem é assim uma oportunidade não apenas para os jovens “rentabilizarem as potencialidade do concelho de forma coletiva, agrupando-se”, mas também para “criarem o seu próprio emprego e até outros postos de trabalho”. Aplicável apenas ao território de Portugal Continental, o programa Coopjovem visa apoiar cidadãos dos 18 aos 29 anos que pretendam fundar uma cooperativa que integre de 3 a 9 elementos ou criar uma secção nova numa cooperativa agrícola já existente e que tenha até 10 trabalhadores.
torre de moncorvo
alpiarça
Futuro parque verde O município de Torre de Moncorvo (PSD), no distrito de Bragança, vai investir cerca de 300 mil euros na construção da primeira fase do futuro parque verde da vila do Douro Superior. “As obras da primeira fase já começaram. O futuro parque verde ficará na Quinta da Judite e tem uma área de implantação de 2,5 hectares, que se concretizará em duas fases”, disse, o presidente da câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves. Segundo o autarca, na primeira fase, que agora se iniciou, está prevista a criação de anfiteatro, campo de amendoeiras, corredor dos pinheiros, esplanada dos chás, jardim das flores do monte, olival, percursos/circuitos, trilho da mata e varandim do vale, entre outros equipamentos urbanos. “Pretende-se criar um parque de cariz naturalizado e integrado na unidade de paisagem da Terra Quente Transmontana, implementar uma rede de percursos pedonais com graus de dificuldade diferentes, incrementar a qualidade de vida da população com a criação de espaços verdes e aumentar a biodiversidade do local”, explicou. O projeto contempla um investimento de 312.284,07 euros, comparticipado em 265.146,86 euros pelo Fundo do Baixo Sabor. REDACÇÃO
Email: redaccao@mundoportugues.pt tel. (00351) 21 795 76 70 AMIGO N.º1 DO CONSELHO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 1994 MEDALHA DE MÉRITO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 2000
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Casa dos Patudos é referência de património nacional Legado do político republicano José Relvas, a Casa dos Patudos, em Alpiarça, foi resgatada, graças aos fundos comunitários, do declínio em que havia entrado na década de 1990, sendo referência do património nacional. Com o primeiro projeto de reabilitação apresentado em 1998, no mandato do socialista Joaquim Rosa do Céu, a casa que José Relvas (o homem que proclamou a República da varanda da Câmara Municipal de Lisboa em 05 de outubro de 1910) mandou construir no início do século XX, com desenho do arquiteto Raúl Lino, viu travada a degradação que estava a ser provocada pelas infiltrações de água a partir da cobertura. “Abriram-se novos circuitos museológicos, proporcionando uma nova visão pelo espaço privado da casa e valorizando a coleção de arte com mais de 8.000 peças”, diz o conservador do museu, Nuno Prates, que realça as distinções que têm sido atribuídas a um património que se tornou ‘ex-libris’ do concelho. Colaboradores e Correspondentes
PORTUGAL
Manuela Aguiar, Carlos Luís, Eduardo Moreira, Vasco Callixto, Manuel Pinto Coelho, Nélson Simas, Paulo Geraldo, Joaquim Vitorino, José António Barreiros, Carlos Casimiro
ESTRANGEIRO
África do Sul: Carlos Silva Alemanha: João Marques, Manuel Campos Argentina: Martin Fabian d’Oliveira Bélgica: António Fernandes Brasil: Ramos André, António Gomes da Costa, José António Marcelino, Linda Gonçalves, Dagmar Lourenço Canadá: Carlos Morgadinho Espanha: Luís Longueira Estados Unidos: Adalino Cabral, Edmundo Macedo, Glória de Melo, José Martins, Nelson Tereso França: Duarte Silva, António Cravo Holanda: José Camacho Suíça: Manuel Beja, António Santos Venezuela: Rui Carloto Inglaterra: Rogério Fragoso Dinamarca: Susana Louro
A Junta de Freguesia de São Pedro, no centro do Funchal, pretende entrar no livro de recordes do Guinness com um bolo de mel gigante, revelou o autarca local, António Gomes. “Entrar no Guinness é um objetivo, mas para isso temos de cumprir alguns parâmetros e estamos a tratar disso”, disse aos jornalistas, no decurso da terceira edição do bolo gigante, que este ano atingiu os 40 metros de comprimento. No primeiro ano, o bolo de mel, que é exposto e servido à população na Rua da Carreira, na baixa do Funchal, teve 8,34 metros e no segundo alcançou os 33 metros. “Uma coisa posso prometer: de acordo com aquilo que os comerciantes dizem, existe muita força para duplicar o tamanho do bolo e, quem sabe se no próximo ano criamos um com 80 metros e estaremos no livro de recordes do Guinness”, salientou António Gomes. O bolo de mel gigante é, na verdade, composto por várias secções, unidas sobre uma fiada de mesas arrumadas ao longo da rua, no centro histórico da freguesia de São Pedro, sendo confecionado com o apoio dos comerciantes locais.
açores - angra heroísmo
Colecionador particular tem 400 presépios Duarte Gonçalves da Rosa, padre, maestro e funcionário da biblioteca pública de Angra do Heroísmo, nos Açores, tem uma coleção com cerca de 400 presépios de várias partes do mundo, que agora mostra ao público. “Quando dei por mim já estava a colecionar, talvez por um fascínio que tenho por tudo aquilo que o presépio representa”, adiantou. A coleção tem já cerca de 400 presépios e, este Natal, até 07 de janeiro, 134 estão expostos na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, onde trabalha Duarte Gonçalves da Rosa, natural de Angra do Heroísmo.
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CLUBE DO LEITOR
16 de DEZembro DE 2016
Maria Rosa Parrolas - brasil
“Há um amor à terra que nós nunca perdemos…” Maria Rosa Parrolas é assinante do jornal Mundo Português e fez uma visita à nossa redação em Lisboa. Foi com muito gosto que recebemos esta assinante de há longa data a residir no Recife, Brasil desde os anos cinquenta.
Maria Rosa Parrolas na redação do ‘Mundo Português’
Como é hábito entre os nossos leitores e assinantes, muitas foram as histórias que partilhou connosco nesta sua breve estadia, com uma contagiante alegria e boa disposição. Maria Rosa Parrolas é natural de Rio Maior e vive no Recife há 63 anos. Embarcou para o Brasil no navio “Alcântara” ainda com a tenra idade de 13 anos. “Meu pai tinha padarias, trabalhou vários anos nesta profissão e ao longo do tempo foi tendo estabelecimentos
em vários bairros”, referiu acerca da profissão do pai no Brasil. Foi também neste país que encontrou a amor da sua vida e constituiu família, “com 16 anos conheci o meu marido Joaquim Ferreira Parrolas, que também era natural de Rio Maior, de uma localidade chamada Quintas, entretanto faleceu, antes de completar 84 anos. Nós conhecemo-nos no Brasil, mas ele aqui em Portugal, tinha conhecido antes a minha família, a minha mãe”,
acrescenta orgulhosa. “Tivemos três filhos e sete netos que estão todos no Brasil, com exceção de um neto, do meu filho mais novo, que está agora na Polónia”. Maria Rosa costuma vir com muita frequência a Portugal, “é a vigésima vez que venho a Portugal, tenho sido uma privilegiada neste sentido, há muitos portugueses que vão e não voltam porque não têm condições, vejo isso lá. O meu filho mais velho veio a Portugal, ainda era muito pequeno, tinha 5 anos e nunca mais voltou, mas o meu filho mais novo esteve cá há dois anos e a minha filha também já veio cá”. É uma avó muito orgulhosa do percurso académico dos netos que “estão todos formados praticamente. O mais pequeno, da minha filha, tem 16 anos, estão todos encaminhados na vida”. Maria Rosa Parrolas é uma mulher orgulhosa da sua vida em comum, “o meu marido trabalhou com o meu pai durante 5 anos e depois estabeleceu-se por conta própria, teve um restaurante e há 52 anos que temos uma fábrica de mármore, a Marmoaria Brasil, no bairro de Boa Viagem, no Recife. Hoje já são os filhos que tomam conta do estabelecimento, pois o meu marido, antes de falecer, esteve 17 anos
doente, foi muito sofrimento”, relembra saudosamente o marido Joaquim Parrolas. Acerca da sua leitura habitual Maria Rosa é perentória, “adoro ler o ‘Mundo Português’. Eu leio tudinho, quando ele chega é uma alegria. Comecei a ler ainda não era assinante, lia na casa de uma madrinha minha e interessei-me bastante pelo jornal, depois fiz a assinatura. No primeiro ano vim cá pessoalmente e desde aí falo com a Tânia Diniz e resolvo tudo à distância”. Com o passar dos anos a família em Portugal tem reduzido e “da parte da minha já não tenho ninguém em Portugal. Tinha uma tia, solteira, que faleceu há 7 anos. Da parte da família do meu marido ainda tenho primos e sobrinhos, os irmãos também já faleceram. Sou muito bem acolhida por eles, sinto-me na minha família”. Em relação ao Brasil que acolheu Maria Rosa há mais de 60 anos confessa, “gosto muito do Brasil e devo tudo a ele”. Em Portugal Maria Rosa Parrolas acrescentou que “tenho muitas saudades da fruta e tenho um amor á terra que nós nunca perdemos, emociono-me muito facilmente com qualquer coisa que tenha a ver com a minha terra”, referiu com saudade.
REGIONAL
16 de dezembro DE 2016
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montemor o novo
Pasteleiro alentejano dá sabor regional ao bolo rei com cereja e batata-doce A cereja do Fundão e a batata-doce de Grândola são utilizadas por um pasteleiro de Montemor-o-Novo, no Alentejo, na confeção de uma nova versão de bolo-rei para dar um sabor regional e diferente à iguaria. Este bolo-rei é produzido numa pastelaria do centro de Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, e a receita foi criada pelo pasteleiro António Melgão, que cria uma nova receita de bolo-rei pelo sexto ano consecutivo. “É uma tradição que já é minha. Todos os anos lanço um bolo diferente, um bolo-rei novo. Este ano, tem a designação de ´bolo-rei de cereja de outono`”, conta o também empresário. Na cozinha do seu estabelecimento, António Melgão começa a preparar mais uma fornada de bolos-reis, reúne os ingredientes necessários em recipientes separados e coloca a farinha, a manteiga e o açúcar na amassadeira. É uma “massa brioche, muito rica em manteiga e que leva vários tipos de açúcar para que se consiga manter mais fofa e húmida durante mais dias”, afirma, referindo que o recheio é feito à base de batata-doce de Grândola e cereja do Fundão. Sem frutas cristalizadas, o “novo” bolo-rei inclui também na receita o chocolate, destaca o pasteleiro, que se afirma “um apaixonado por chocolate”, assim como amêndoa caramelizada. “Tento criar características muito especiais, aromas muito distintos e originais, porque tudo aquilo que eu utilizo neste bolo-rei é matéria-prima original, produto da terra e não utilizo aromas, nem nada que seja sintético”, afiança. A iguaria está à
venda há poucas semanas na sua pastelaria e numa loja gourmet de Évora, mas o processo de criação da receita começou no final do último verão, com a realização de testes para associar sabores. O pasteleiro observa que “há muitos clientes que compram o bolo-rei especial, mas levam sempre o tradicional”. É o caso de Ausenda Rosete, que garante que “o de cereja é muito bom”, mas assinala que gosta mais do tradicional, devido à sua massa mais húmida. Outro cliente, Bruno Domingues, prefere “claramente” a nova versão do bolo-rei, que considera “espetacular”. “Não tem frutos cristalizados, o que agrada imenso”, acrescenta. Além de vários tipos de bolos, o pasteleiro produz também bombons de chocolate com diferentes sabores, como queijo da serra e marmelada, vinho do porto, mel e azeite, azeitona preta, vinagre balsâmico e manga, baunilha, chocolate, maracujá e de cereja do Fundão. Recentemente, António Melgão lançou bombons com sabor de pastilha elástica, café com leite e gelado perna de pau, inspirados na sua infância.
Bolo rei diferente com cereja do Fundão e batata doce de Grândola PUB
évora
110 anos do nascimento do compositor Lopes Graça Uma exposição e espetáculos musicais marcam, esta semana, as comemorações, em Évora, do 110.º aniversário do nascimento do compositor Fernando Lopes-Graça, considerado “nome incontornável” e “uma das figuras centrais” da música portuguesa do século XX. Promovidas pela Associação Lopes-Graça e pela Câmara de Évora, as comemorações decorrem desde, com a abertura, no átrio da autarquia, de uma exposição evocativa e de homenagem ao compositor, e até sexta-feira, dia em que a música de Lopes Graça é levada às ruas da cidade. No Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende, é apresentado um concerto comen-
tado pelo pianista e maestro Fausto Neves, que é especialista na obra de Fernando Lopes-Graça. Nos claustros da Escola Básica de Santa Clara, vai decorrer um espetáculo evocativo da figura de Fernando Lopes-Graça, que inclui as atuações dos coros de alunos daquele estabelecimento de ensino e do Conservatório Regional de Évora Eborae Musica e uma apresentação teórica a cargo do professor Octávio Martins. Na escadaria dos Paços do Concelho, sendo depois a música de Lopes Graça levada às ruas da cidade, num concerto pelo Coro Polifónico Eborae Musica e pelo CORUÉ, coro da Universidade de Évora.
The Watch Expert A Boutique dos Relógios é especialista de relojoaria em Portugal e líder de mercado numas das mais nobres tradições mundiais: a arte da relojoaria. Tissot Couturier
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NACIONAL
16 de DEZEmbro DE 2016
PRIMEIRAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS FORAM HÁ 40 ANOS
Municípios e freguesias assinalaram 40 anos de poder local democrático Os 40 anos de poder local democrático em Portugal foram celebrados por municípios e freguesias numa convenção nacional em Coimbra, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa. A 12 de dezembro de 1976 realizaram-se as primeiras eleições autárquicas em Portugal, nas quais PS e PSD venceram no mesmo número de Câmaras, mas os socialistas tiveram mais votos. As autárquicas de 1976 terminaram um ano em que se realizou um ciclo de cinco eleições, iniciado dois anos após a Revolução de Abril, com a eleição de Mário Soares como primeiro-ministro de um Governo socialista minoritário, a 25 de abril de 1976. A 27 de junho do mesmo ano, Ramalho Eanes foi eleito o primeiro “Presidente de todos os portugueses” após o 25 de Abril, com o slogan “Muitos prometem, Eanes Cumpre”. No mesmo dia realizaram-se eleições regionais para a Madeira e para os Açores. Anteriormente, os presidentes de Câmara não eram eleitos, mas nomeados pelo poder político, como administradores de cidades e vilas, pelo que a eleição autárquica era uma novidade. De acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições, nestas primeiras autárquicas o PS conquistou 115 câmaras, o PPD/PSD outras 115, o CDS 37, a Frente Eleitoral Povo Unido (FEPU) 36 e o Partido Popular Monárquico (PPM) uma, a de Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real. Apesar do empate em número de câmaras conquistadas a nível nacional, o PS obteve 33,01% dos votos, o PPD/PSD 24,3%, a FEPU 17,2% e o CDS 16,62%. “As primeiras eleições foram
muito difíceis de organizar, porque eram as primeiras”, disse à Lusa Jorge Miguéis, que até há cerca de um ano foi secretário-geral adjunto do Ministério da Administração Interna (MAI) para a administração eleitoral e colaborou na organização dos processos eleitorais desde o 25 de Abril de 1974 até às últimas legislativas. O ex-secretário-geral adjunto do MAI destacou que, “para quem organiza, as autárquicas são sempre as mais difíceis, porque implicam, ainda hoje, três eleições ao mesmo tempo”, para cada uma das atuais 308 Câmaras e Assembleias Municipais e para as 3.091 Assembleias de Freguesia. “Pode haver, teoricamente, 616 boletins diferentes para os municípios e mais de 9.200 boletins diferentes para as freguesias”, realçou, salientando que na altura o número de freguesias ainda era maior. Nas primeiras autárquicas, “só a distribuição do papel” em paletes, mais pesado e opaco do que um papel normal, para impressão dos boletins de voto por cada uma das câmaras “foi um quebra-cabeças”, especialmente para os Açores e para a Madeira. “Nós agora mandamos transportar os boletins de voto por meios normais, embora envolvendo as forças de segurança. E antes, nesse tempo, nem pelas forças de segurança iam. Foram as Forças Armadas que puseram os boletins de voto nos Governos Civis e nas Câmaras Municipais e foram as Forças Armadas que puseram os
boletins de voto, em aviões da Força Aérea, nos Açores e na Madeira”, contou. Apesar da dificuldade de organização, considerou as autárquicas de 1976 como “a solidificação da democracia, nos termos constitucionais”, porque “as pessoas tiveram um sentido de participação e um sentido cívico” que hoje se reduziu. “As eleições foram-se vulgarizando”, considerou, salientando que desde então já foram organizados mais de 60 atos eleitorais em Portugal. Nas primeiras autárquicas, num país ainda com 304 concelhos (atualmente são 308), que dois anos antes tinha feito a Revolução de Abril de 1974, a abstenção foi de 35,34%. A ANMP e a Anafre deram início à “celebração do contributo das autarquias locais para o desenvolvimento político, económico, social e cultural de Portugal”, a partir das 09:00 no centro de congressos e espaço cultural do Convento São Francisco. O presidente da ANMP, Manuel Machado, sublinhou que os 40 anos de poder local democrático em Portugal são “uma data marcante para o país, para as autarquias” e para os portugueses. A convenção nacional contou com a participação do primeiro-ministro, António Costa, que presidiuà sessão de abertura, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que encerrou o encontro. Na sessão de abertura, além de
Presidente da República no seu discurso em Coimbra
António Costa, interveio o presidente da Mesa do Congresso da ANMP, Carlos Carreiras, que também é presidente da Câmara de Cascais, eleito pelo PSD; o presidente do Conselho Diretivo da ANMP, Manuel Machado, presidente da Câmara de Coimbra, eleito pelo PS; e o presidente da Anafre, Pedro Cegonho (Junta de Freguesia de Campo de Ourique, em Lisboa). O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, que tutela as autarquias, fez o encerramento. No entender de Manuel Machado, “ao longo destes 40 anos, o poder local democrático” tem desempenhado um papel que se avalia “como muito positivo, graças ao trabalho dos autarcas e das autarquias, das câmaras municipais e das juntas de freguesia”. “Nem tudo está conseguido”, mas o balanço da associação é muito positivo, sublinhou o autarca. Primeiro-ministro defende descentralização para celebrar 40 anos do poder local O primeiro-ministro, António Costa, disse que o incremento da descentralização do Estado é a melhor forma de celebrar os 40 anos do poder local democrático em Portugal. António Costa defendeu, em Coimbra, que “o poder atribuído a quem está mais próximo” dos cidadãos é um poder que “mais eficazmente resolve os problemas das populações”. “A melhor forma de celebrar estes 40 anos do poder local de-
mocrático é confiar e apostar na necessidade de maior descentralização”, reiterou. Na sua opinião, os autarcas serão capazes de “governar melhor o mundo”, o que justifica um reforço da descentralização de competências da Administração Central para as autarquias. Com esta afirmação, António Costa disse responder a uma questão suscitada pelo cientista político norte-americano Benjamin Barber, com o seu livro “Se os autarcas governassem o mundo”, publicado em 2013. Neste contexto, ao enfatizar a importância dos eleitos locais e das autarquias em geral no desenvolvimento das comunidades e da sociedade portuguesa, desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS elogiou o percurso político do socialista António Guterres, que na segunda-feira toma posse como secretário-geral das Nações Unidas. António Costa disse que será “uma data duplamente histórica” para Portugal, já que se comemoram também nesse dia os 40 anos do poder local democrático. Em Nova Iorque, nos Estados Unidos, “um antigo presidente, durante vários anos, da Assembleia Municipal do Fundão”, no distrito de Castelo Branco, “assumirá as funções de secretário-geral das Nações Unidas”, referiu o também ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, preferindo acentuar o passado autárquico do seu antecessor na liderança do Governo e do PS. PUB
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PELO PAÍS
16 DE DEZEMBRO de 2016
OLIVEIRA DO HOSPITAL
Banhada pelo rio Alva a praia fluvial de Avô foi classificada como a “Praia + Acessível” de Portugal A praia fluvial de Avô, no concelho de Oliveira do Hospital foi classificada como “Praia + Acessível 2016” de Portugal. A vila de Avô passa assim a deter a praia de interior “+ acessível” do país a pessoas com mobilidade condicionada. O primeiro prémio foi atribuído à praia costeira de Valadares Sul, no concelho de Vila Nova de Gaia.
A exuberante praia fluvial de Avô, no concelho de Oliveira do Hospital foi classificada como “Praia + Acessível 2016”
O prémio atribuído pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, IP visa distinguir as duas praias portuguesas, costeiras ou interiores, que, tendo sido galardoadas com a Bandeira Praia Acessível durante a última época balnear, “evidenciaram as melhores condições de acessibilidade, constituindo-se, desse modo, como práticas de referência nacional, pela qualidade do usufruto da sua oferta de serviços e bem-estar que proporcionam às pessoas com mobilidade condicionada”. Para o Presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, este prémio é o resultado inequívoco e o reconhecimento, a nível nacional, de todo o investimento que a câmara municipal tem vindo a fazer na valorização das praias fluviais e zonas balneares, na perspetiva da dinamização da atividade turística num concelho que cada vez mais se posiciona como um destino turístico de excelência. Em fevereiro, o complexo balnear, na ilha do Picoto, foi parcialmente destruído pelas cheias. “O rio Alva transbordou e a força das águas destruiu todo um conjunto de infraestruturas e equipamentos”, referiu à agência Lusa o presidente do município. José Carlos Alexandrino recordou que, “em tempo recorde e tendo em conta que é uma praia fluvial com grande fluxo turístico”, a Câmara Municipal fez um investimento de cerca de 80 mil euros, “sem quaisquer
apoios”, para recuperar aquela praia, “dotando-a de um conjunto de infraestruturas e de equipamentos que possibilitaram que seja agora a Praia +Acessível 2016 em termos de praias do interior”. O presidente sublinhou ainda o facto de o Instituto Nacional para a Reabilitação ma-
nifestar o seu reconhecimento “pelo grande empenho” deste município “na implementação e dinamização do Programa “Praia Acessível – Praia para Todos!”, promovendo a acessibilidade para todos nas águas balneares concelhias. José Carlos Alexandrino sustentou que
estes prémios nacionais são fundamentais para posicionar Oliveira do Hospital no mapa do turismo nacional e isso tem certamente contribuído para que hoje o município tenha um território com a atividade turística em franca expansão. “É um grande orgulho para Oliveira do Hospital termos uma praia fluvial com este estatuto e estamos todos de parabéns por conseguirmos, na época balnear de 2016, ter as melhores práticas de acessibilidade e grande qualidade no apoio disponibilizado às pessoas com mobilidade condicionada”, referiu José Carlos Alexandrino em nota do município. Desde a época balnear de 2016, a praia fluvial de Avô – na ilha do Picoto – passou a ter uma cadeira anfíbia, que permite aos cidadãos com mobilidade reduzida aceder à água com o apoio do nadador salvador, e vem reforçar o conjunto de infraestruturas que fazem desta praia fluvial, na Ilha do Picoto, uma “praia acessível, uma praia para todos”. O prémio “Praia +Acessível – Praia para todos!” visa distinguir as duas praias portuguesas, costeiras ou interiores, que, tendo sido galardoadas com a Bandeira Praia Acessível na última época balnear “evidenciaram as melhores condições de acessibilidade, constituindo-se, desse modo, como práticas de referência nacional, pela qualidade do usufruto da sua oferta de serviços e bem-estar”.
Na praia fluvial de Avô há uma cadeira anfíbia que permite aos cidadãos com mobilidade reduzida aceder à água com o apoio do nadador salvador
PELO PAíS
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Atouguia da Baleia - Peniche
Horticultura duplicou organizações de produtores O primeiro-ministro disse em Peniche que no setor hortofrutícola são 28% os agricultores que integram organizações de produção, que duplicaram de número e têm contribuído para o crescimento da agricultura portuguesa. “O setor hortofrutícola mais do que duplicou a sua organização de produtores. Em 2005 eram 10% os produtores organizados e são agora 28%”, disse António Costa. Estas estruturas, defendeu o primeiro-ministro, contribuíram para o “crescimento sustentado” da agricultura na última década, por isso têm um “papel crescente e notável”, afirmou. Trata-se de um setor que tem vindo a fazer “um esforço de internacionalização”, com as exportações a valerem 1200 milhões de euros por ano, representando 23% das exportações agrícolas. Até 2020, o Governo e o setor querem chegar aos dois mil milhões de euros em exportações. O primeiro-ministro falava durante os 25 anos da organização Horta Pronta, no concelho de Peniche. “É um bom exemplo da forma como os agricultores têm sabido encontrar uma melhor forma de se organizarem, para garantirem a concentração da oferta interna, para melhorarem o acesso aos mercados, racionalizarem recursos e proveitos e encontra-
rem melhores condições para acederem aos mercados externos”, declarou. A Horta Pronta fatura por ano 15 milhões de euros. tem uma centena de produtores associados e uma área de produção de 600 mil hectares. A Hortapronta – Hortas do Oeste, S.A. tem a sua génese numa empresa familiar do fundador, Tiago Dias Vala, pioneiro no Concelho de Peniche na comercialização nacional de produtos hortícolas. Na história da empresa estão por isso muitos momentos em que ainda não tinha a actual designação, mas que são essenciais para perceber a sua génese e as suas características. O crescimento, com a dedicação dos accionistas e a sua transformação em Agrupamento de Produtores, atestam a dinâmica que tem caracterizado a Hortapronta. Em 1999 a Hortapronta foi reconhecida
como Agrupamento de Produtores de Batata e em 2002 como Organização de Produtores de Hortícola, mudando a sua denominação e composição. Passou, então, a ser uma organização que congrega os produtores, que são em simultâneo accionistas e parte da organização. Os seus produtos chegam à central depois de colhidos pelas equipas de colheita da Hortapronta ou pelos produtores. À chegada, os produtos são devidamente controlados, etiquetados e pesados. São depois armazenados em câmaras frigoríficas ou conduzidos para a zona de embalamento. Na zona de embalamento os produtos são normalizados consoante as fichas técnicas de cada cliente. Por fim, os produtos são novamente controlados, etiquetados e pesados, seguindo para a zona de expedição. O HACCP está rigorosamente implementado, garantindo assim a segurança alimentar. As boas práticas de manuseamento e embalamento estão sempre presentes.
A distribuição dos produtos da Hortapronta é feita essencialmente no mercado nacional e no mercado intracomunitário, através de uma grande frota automóvel. Diariamente chegam às grandes superfícies e aos mercados abastecedores das grandes cidades os produtos mais frescos, preparados na véspera de acordo com as melhores regras. No mercado intracomunitário têm especial importância nas exportações da Hortapronta, sendo países preferenciais de destino a Alemanha, a Holanda, a França, a Inglaterra, a Espanha e a Irlanda. PUB
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PELO MUNDO
16 de DEZEMBRO DE 2016
Os sobrenomes de habitantes de Ziguinchor testemunham a presença lusa
Universidade no Senegal quer preservar herança cultural portuguesa Os apelidos de habitantes de Ziguinchor testemunham a presença da cultura portuguesa no coração de Casamança, região sul do Senegal. Eles são Carvalho, Mendes ou Gomes, entre outros, alguns transformados “em Mendy ou Gomis”, explicou Eugène Tavares, diretor da Unidade de Artes e Letras da Universidade Assane Seck, de Ziguinchor, uma instituição pública. Os apelidos de habitantes de Ziguinchor testemunham a presença da cultura portuguesa no coração de Casamança, região sul do Senegal. Casamança foi cedida a França em 1886, após 241 anos de presença portuguesa que depois recuou as fronteiras e se ficou pela Guiné-Bissau, a sul, mas os apelidos são apenas um dos sinais da cultura que ainda hoje existe e que se tenta preservar. “Os portugueses deixaram aqui um património que devemos valorizar” uma vez que continua a ser “desconhecido pela população de Ziguinchor e do Senegal”, disse Eugène Tavares à Lusa. Nomes, arquitetura e gastronomia como herança A herança lusófona é uma das suas paixões e levou-o a presidir à organização de um colóquio de três dias, que terminou na sexta-feira, sobre a presença lusófona em Casamança. O Senegal “é o único país francófono que tem um crioulo de base lexical portuguesa”, porque embora Casamança tenha sido entregue aos franceses, os luso-africanos cujos
laços se estendiam a Cacheu, Bissau e Bolama, mantiveram-no vivo, até hoje. Da mesma forma há edifícios com arquitetura portuguesa, gastronomia (como os caldos, semelhantes aos da Guiné-Bissau), trajes, usos e costumes que descendem da tradição portuguesa e que se mantiveram como sinais identitários apesar das mudanças políticas. “Parece-me que o nosso país não tem consciência desta grande riqueza”, lamentou Eugène Tavares, que encara o colóquio como “um primeiro passo”. “Queremos continuar este trabalho de pesquisa”, porque “a partir do momento em que vamos identificar este património, é uma parte da nossa memória que vamos descobrir”. Para Leopoldo Amado, diretor-geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) da Guiné-Bissau e um dos oradores convidados, África é feita de diferentes linhas históricas que se cruzam e a colonização portuguesa é uma dessas linhas – por mais desagradável que seja recordar o comércio de escravos, por exemplo. “Houve gente que herdou a cultura, descendentes de colonos portugueses que adotaram a língua portuguesa no processo de escolarização, que se diferenciaram da restante população africana e passaram a ter uma posição de predomínio ao nível político, mas também ao nível comercial. Isto produziu-se ao longo de vários séculos”, destacou à Lusa, ao explicar como foi possível preservar a herança cultural até hoje. Faltam dados que mostrem de quantos
O Senegal “é o único país francófono que tem um crioulo de base lexical portuguesa”
luso-africanos ainda é feita a Casamansa por entre outros povos locais, como os Diola ou Bainounck -, mas há um número que mostra o interesse pela lusofonia: o número de estudantes de Português está a crescer em todo o Senegal - a língua é uma das seis que os alunos têm que escolher no percurso escolar público. Natália Pires, docente na Escola Superior de Educação de Coimbra, foi a única convidada que viajou expressamente de Portugal para participar no colóquio organizado pela Universidade de Ziguinchor e encara o legado como “parte da história” de Portugal e da identidade lusófona. “Nós somos um povo cuja identidade foi
construída a propósito daquilo que conheceu fora das fronteiras portuguesas. Nós somos também fruto do contacto que mantivemos com os outros povos”, sublinhou. Eugène Tavares espera organizar novas edições do colóquio que este ano foi sobretudo “uma reunião científica”, que juntou especialistas em diferentes disciplinas, da História à Sociologia, passando pela Literatura. Em certa medida, há a noção de que se trata de uma corrida contra o tempo, porque “a nova geração não conhece esta parte da história da região e do Senegal”, mas ter o anfiteatro cheio durante três dias de debate talvez seja um bom augúrio.
Cabo Verde
Segunda fase de Escola Portuguesa inicia-se em 2017 A afirmação é da secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão: a governante garante que a construção da segunda fase da Escola Portuguesa de Cabo Verde já está orçamentada e deverá arrancar em 2017 com a edificação de mais um módulo. A Escola Portuguesa de Cabo Verde começou a funcionar em novembro com 22 alunos do pré-escolar, primeiro e segundo anos do 1ºciclo, num edifício ainda em obras e que corresponde à primeira fase de construção da escola, que quando estiver concluída assegurara o ensino até ao 12º ano de escolaridade. Alexandra Leitão adiantou que o Ministério da Educação já tem a verba para a construção da próxima fase, que será edificada progressivamente já a partir do próximo ano. “A ideia sempre foi que a escola
fosse construída em três ou quatro fases, correspondendo a um encargo plurianual do Ministério da Educação. A próxima fase já está orçamentada”, disse. Adiantando que a estrutura arquitetónica ainda está em estudo, a responsável explicou que a ideia é construir mais um módulo “para que se possa evoluir para o 2º e 3º ciclos e daqui a uns anos para o secundário”. Considerando que o atual edifício tem já condições para albergar o 2º ciclo, Alexandra Leitão não deu, contudo, garantias de que isso possa acontecer já no próximo ano letivo. Assegurada está, segundo a secretária de Estado, a progressão das 22 crianças que já frequentam a escola. “Esta escola é um sonho de há muitos anos e hoje é dia de celebrar o que já existe. Realisticamente para o próximo ano letivo está as-
segurada não só a continuidade dos meninos que já cá estão como de todos os que se queiram inscrever no 1.ºciclo (1.º ao 4.º anos) “, disse. “Se as coisas correrem muito bem, avançamos para o 2.º ciclo (5.ºe 6.º ano) já no próximo ano letivo, mas não é uma promessa, é uma possibilidade”, acrescentou. Sublinhando que a construção da escola representa “um importante” esforço financeiro para o Governo português, não adiantou contudo o investimento envolvido. A decisão de construir a Escola Portuguesa de Cabo Verde (EPCV), que é uma escola pública do Ministério da Educação de Portugal, foi tomada em julho e o projeto aprovado no início de agosto. As obras arrancaram, num terreno cedido ao Estado português pela autarquia da Praia, em
meados de agosto e as aulas começaram em novembro após vários contratempos que atrasaram os trabalhos. A escola tem, nesta primeira fase, oito salas: seis salas de aula, um centro de recursos (biblioteca/sala de estudos), uma sala de informática, refeitório e espaços de recreio. O ensino funciona com programas curriculares e professores portugueses deslocados para Cabo Verde ao abrigo da mobilidade estatutária. Devido ao início das aulas já depois do arranque do ano escolar em Portugal e em Cabo Verde, este ano o calendário de aulas deverá prolongar-se até finais de junho. A escola deverá ser inaugurada oficialmente em fevereiro pelo primeiro-ministro António Costa, aquando da sua visita a Cabo Verde para participar na IV Cimeira Luso-Cabo-Verdiana.
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16 de DEZEMBRO DE 2016
Venezuela
Pelo Grupo de Folclore ‘Casa de Portugal’
Portugueses lamentam preços altos dos produtos
Cânticos de Natal em português encantaram Andorra
Os bens de consumo importados à venda em Caracas, por comerciantes autorizados pelo governo a praticarem “preços internacionais”, são inacessíveis a grande parte da população, incluindo portugueses residentes na Venezuela. Uma imagem cada vez mais frequente nos supermercados da capital venezuelana é a de clientes a verificar os preços dos produtos e a deixá-los nas prateleiras, ajustando as compras ao valor disponível na carteira e segundo prioridades. “Pensava que nada mais me assombraria mas hoje, quis comprar uma garrafa de azeite e perguntei na Central Madeirense se tinham e qual o preço, disseram 12.500 bolívares (cerca de 19 euros), fiquei horrorizada”, disse Ermelinda da Silva à Agência Lusa. Com dois sacos quase vazios na mão, Ermelinda da Silva, diz que
“em minutos gastei o salário quase todo em apenas algumas coisas, que agora terei que levar com cuidado para que ninguém me roube os sacos pelo caminho”. “Nas grandes redes de supermercados os preços estão absurdamente altos. Um quilograma de arroz custa 3.600 bolívares (5,45 euros) meio kg de macarrão custa 3.800 bolívares (5,75 euros). Não se consegue café mas já me disseram que está à volta de 10.000 bolívares (15,20 euros) o quilo. Isto sem falar das fraldas para bebés, para os meus netos, ou os ovos”, explicou. Numa outra loja, Lourdes Betencourt, 55 anos, verificava atentamente o talão da caixa registadora para “ter a certeza que não cobraram demais”. “Comprei um pouco de frango, refrigerante, queijo, fiambre, bolacha e um pacote de massa
e paguei mais de 35.000 bolívares (53 euros). Tudo isto é um absurdo, com estes preços”, disse. Além dos preços, as duas portuguesas queixam-se de que nas últimas semanas subiram também o preço dos telefonemas, dos serviços bancários e da eletricidade e de que é difícil conseguir os produtos que o Governo venezuelano prometeu distribuir através dos Comités Locais de Abastecimento e Produção, porque são precisas muitas horas de fila correndo o risco de que os bens acabem antes que consigam passar a porta do estabelecimento para fazer a compra. A Venezuela, país exportador de petróleo, mas dependente de importações para a generalidade dos bens de primeira necessidade, enfrenta uma séria crise de falta de divisas que está a provocar escassez de bens essenciais e inflação acelerada. PUB
A Aldeia de Natal do Principado de Andorra acolheu a 10 deste mês o primeiro encontro de “Nadales” ou cânticos natalícios, uma organização do Comú (Câmara Municipal) de Andorra la Vella. O evento contou com participação portuguesa através do Grupo de Folclore ‘Casa de Portugal’ que proporcionou aos visitantes da Aldeia cânticos tradicionais portugueses de Natal e cantares ao Menino. A temperatura negativa que se fez sentir na Praça do Povo da capital andorrana não foi desculpa para que os elementos que integraram o Grupo de cantadores e tocadores apresentassem publicamente cinco peças do cancioneiro português dedicado à quadra nata-
lícia. Temas como “O menino está dormindo”, “Foi na noite de Natal”, Ó menino Jesus”, “Natal de Elvas” e “Entrai pastores, entrai” deleitaram o publico assistente não quis perder a oportunidade de assistir às típicas “Nadales” no idioma de Camões. O Grupo de Folclore ‘Casa de Portugal’ conclue desta forma um ano repleto de iniciativas culturais para celebrar duas décadas de existência das quais se destaca a inicio de ano as Janeiras, em Maio o Festival de Folclore “Danças do Mundo”, a organização em Julho da terceira edição do Mercado Tradicional “O Feirão” e a viagem, em Setembro, a Maiorca (Espanha) para intercâmbio com a Agrupación Aires d’Andratx.”
frança
Academia do Bacalhau de Rouen fez jantar de Gala solidário Foi num ambiente natalício que a Academia do Bacalhau de Rouen realizou o seu jantar de Gala e dando término às suas tertúlias de 2016. Decorreu a 3 de Dezembro em Déville lés Rouen, numa sala oferecida pela mairie para a ocasião. A Academia contou com a presença de António Moniz, Cônsul-Geral de Portugal em Paris, da adjunta da junta de Déville, Mirella Deloignon, bem como os dos seusilustres compadres de Rouen e amigos e compadres da Academia de Paris. “A noite foi longa mas nem se deu por isso, pois a animar todos estes convidados estava o grupo Lusibanda do Havre, o Rancho
Folclórico Amor de Pátria de Petit Quevilly, o magico Mickaël Cabral e para pintar este ambiente o pintor Rénald Lemaire”, refere uma nota divulgada pela Associação. Sublinhe-se que esta foi um Gala solidária, pois em causa “estava a angariação de verbas para auxiliar a Ilha da Madeira devido aos incêndios sofridos”. “E foi assim que todos contribuíram, com a presença, com a vinda gratuita como o rancho, com a venda do quadro pintado e com a redução do cachet que os restantes artistas fizeram, e também o apoio financeiro da Banque BCP (Millenium)”, revela a mesma nota.
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16 de DEZEMBRo de 2016
Estados Unidos
Lusodescendente abre restaurante de sabores tradicionais portugueses na Flórida O luso-descendente Russel Andrade abriu este mês o “Iberian Rooster”, em São Petersburgo, na Flórida, o primeiro restaurante de cozinha colonial portuguesa nos Estados Unidos. “Tanto quanto sei, não existe outro restaurante deste género nos Estados Unidos. Se quiseres comida de Macau, tens em Chicago, de Goa em Los Angeles, mas não existe um sítio que reúna todos estes sabores”, explicou Russel Andrade à Lusa. Com raízes em Portugal, na Índia e na Tanzânia, o norte-americano é cantor de ópera profissional, atualmente com a St. Petersburg Opera Company, em que participa em “Romeu e Julieta”,
e é descendente de portugueses pelo lado do pai e da mãe. “A ideia de abrir um restaurante nasceu quando percebi que não havia um sítio onde pudesse encontrar a comida fantástica da minha avó, que cresci a comer. Foi nessa altura que comecei a pensar em usar o seu livro de receitas para abrir um negócio”, disse. A avó de Russel cresceu na Tanzánia, mas os pais eram portugueses. O pai, de quem herda o nome Andrade, nasceu em Goa filho de portugueses. “A minha avó cozinhava estes pratos que eram uma fusão de todos os sítios onde os portugueses passaram, com diferentes in-
Canadá quer colaborar com Portugal na regularização de emigrantes portugueses “O Governo do Canadá calcula que existem no país um milhão de cidadãos da União Europeia e da Europa do Leste, nomeadamente polacos, ucranianos, que desenvolvem a sua atividade de forma indocumentada”, explicou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas durante uma deslocação àquele país, em novembro último. O governante assegurou que o Canadá quer colaborar com Portugal na regularização de portugueses que se encontram indocumentados no país. “Eles estão registados na segurança social, os seus filhos encontram-se a frequentar as escolas canadianas, há uma política de habitação e de acesso à saúde pública, mas encontram-se no Canadá de uma forma indocumentada”, acrescentou José Luís Carneiro. Durante a deslocação àquele país do norte da América, José Luís Carneiro reuniu-se com o ministro da Cidadania e Imigração do Canadá, John Mccallum, e com o deputado federal Boris Wzresnewskyj, presidente do Comité Parlamentar para a Cidadania e Imigração. O secretário de Estado acordou com os responsáveis canadianos que no quadro dessas regularizações, quando Otava avançar para esse processo, “entrará em contato
com as autoridades portuguesas”, o que o deixou “muito satisfeito”. “Constituiu para nós )Governo), e para mim particularmente, uma grande satisfação e conforto saber que pretendem manter um contacto com as autoridades portuguesas quando avançarem para o processo de regularização dessas situações”, sublinhou. No encontro, a educação também foi um dos temas abordados, debatendo-se a ideia da “oferta da língua portuguesa integrada no ensino das várias províncias”. José Luís Carneiro pretende ainda desenvolver esforços conjuntos entre o Canadá e Portugal “para a sensibilização das famílias para a importância de inscreverem os seus filhos nas escolas” e de procurarem que os filhos concluam a escolaridade obrigatória e possam aceder ao ensino superior”. O secretário de Estado, acompanhado pelo pelo embaixador de Portugal no Canadá, José Fernando Moreira da Cunha, encontrou-se ainda com os deputados lusodescendentes Alexandra Mendes (Montreal) e Peter Fonseca (Mississauga), que presidem ao Comité Parlamentar de Amizade entre o Canadá e Portugal, entre outros parlamentares canadianos presentes.
gredientes, especiarias e sabores. O que o nosso ‘chef’, Ed Lowery, está a fazer é pegar nestas receitas e torná-las mais acessíveis para o palato americano”, disse. Na ementa, encontra-se frango de churrasco com piri-piri, pratos de bacalhau, chamuças de Goa, pato à moda de Macau ou cachorros quentes brasileiros. A ideia parece ter resultado: o restaurante teve casa cheia nos dois primeiros fins de semana em que esteve aberto. “As pessoas de São Petersburgo são muito aventureiras e disponíveis para tentar coisas diferentes. Investimos muito no espaço, na decoração, nos cocktails, mas a comida é aquilo de que toda a gente está a falar”, garantiu Andrade.
A ideia surgiu quando Russel Andrade percebeu “que não havia um sítio onde pudesse encontrar a comida fantástica da minha avó” PUB
p.16 CARTAS DOS LEITORES
16 de DEZembro de 2016
em@il Receber uma pensão no estrangeiro MATILDE BARBOSA- LONDRES
Como requerer uma pensão de Portugal e aqui de Inglaterra? Se trabalhou em vários países da UE, poderá ter acumulado direitos de pensão em cada um deles. Deve requerer a pensão junto da entidade competente em matéria de pensões do país onde reside ou do país onde trabalhou pela última vez. Se nunca trabalhou no país onde reside atualmente, este transmitirá o pedido ao país onde trabalhou pela última vez. É este último que é responsável por processar o pedido e reunir os registos das contribuições pagas em todos os países onde trabalhou. Em alguns países, a entidade competente em matéria de pensões deve enviar-lhe um formulário para requerer a pensão antes de atingir a idade legal de reforma. Se não receber este formulário, contacte a entidade competente para verificar se o mesmo é enviado automaticamente. Comece a informar-se sobre a obtenção da sua pensão pelo menos seis meses antes da data em que se pretende reformar, uma vez que, em muitos países, a atribuição da pensão pode ser um processo moroso. Documentos necessários Os documentos necessários variam de país para país. Regra geral, tem de fornecer os seus dados bancários e apresentar um documento de identificação. Para informações mais exatas, contacte a entidade competente em matéria de pensões que se ocupa do seu caso. Diferenças na idade de reforma Em alguns países da UE, tem de esperar mais tempo para se poder reformar do que noutros. Só poderá receber uma pensão do país onde agora vive (ou onde trabalhou pela última vez) quando tiver atingido a idade legal da reforma nesse país. Caso tenha acumulado direitos de pensão noutros países, só receberá a parte da pensão correspondente quando atingir a idade legal da reforma nos países em causa. Por conseguinte, informe-se com antecedência em todos os países onde trabalhou sobre qual será a sua situação se alterar a data em que começa a receber a pensão. O facto de começar a receber uma pensão mais cedo do que outra poderá afetar os montantes recebidos. Para mais informações, consulte a entidade competente em matéria de pensões no país onde vive e/ou nos países onde trabalhou. Centro Nacional Pensões National Pensions Centre Campo Grande, 6 - 8 º PT - 1749-001 Lisboa Tel.: +351 30 051 13 00
Renovação de assinaturas e esclarecimento MANUEL FERREIRA DA SILVA- ARNSBERG - ALEMANHA
Com esta carta juntamente vos envio um cheque para renovação da assinatura por mais dois anos e ao mesmo tempo solicitava que me esclarecessem sobre um assunto relacionado com a reforma de velhice da minha esposa. A minha esposa, depois de pedir a primeira vez a sua “Reforma de Velhice” pedida na Alemanha por motivo de ficar desempregada e, como teve que pedir na Alemanha a sua reforma, automaticamente foi pedida a Portugal pois trabalhou na ex-
Cuf durante 10 anos. Quando lhe foi atribuída a sua primeira reforma tinha um valor de 62,50- espantoso! Como é natural, foi recusada a reforma e para agora receber uma reforma de miséria no valor de 166,84, foi ter que se ir contestando por mais de 7 anos. Mas agora está aqui o mais interessante. A Segurança Social enviou para as Finansça o total pago como se fosse de um único ano, e ainda enviou outros valores que não
se sabe como apareceram e como consequência as Finanças obrigaram a pagar de IRS o valor de 1.355,43 Euros. Já foram pedidos esclarecimentos pessoalmente, nada resolvem, foram pedidos por escrito, não respondem, mas que grande confusão arranjaram. Por esse motivo pedia ao jornal que me esclarecessem, onde me devo dirigir, para solucionar tudo isto, pois levar o caso para o Tribunal demora muitos anos e também fica dispendioso.
Caro leitor e assinante. Em primeiro lugar os agradecimentos por continuar a ajudar a manter a companhia deste jornal no seu lar. Verificamos a sua declaração de IRS de 2015 que certamente o senhor apresentou, já que a carta apresenta residência fiscal em Ansião e os rendimentos do casal dão 21 mil euros o que traduz esse imposto. Porem na declaração a Segurança Social à sua esposa foi declarado 6 300 ou seja o valor total pago incluindo retroactivos, mais a sua pensão de
Portugal o que de verdade não representa no total o valor dos 21 mil euros. Foi declarada a sua reforma na Alemanha? Foi preenchido o Anexo J para evitar a dupla tributação? Face ao exposto e assistindo-lhe o direito de ser informado e não tendo nós forma de descobrir o que de verdade se passou sugeria que fizesse uma exposição ao Provedor de Justiça Provedor de Justiça
Dr. José de Faria Costa Rua Pau de Bandeira, 9 1249-088 LISBOA PORTUGAL Tel.: (+351) 213926600/19/21/22 Faxe: (+351) 213961243 provedor@provedor-jus.pt http://www.provedor-jus.pt Horário de atendimento ao público: das 9:30h às 17:30h, 2ª a 6ª feira Linha Azul: 808200084
Direito à reforma em Portugal MARIA DA CONCEIÇÃO PEREIRA FRANÇA
Qual será o valor da minha pensão quando me reformar de Portugal? Esta é uma das
questões que mais me preocupa pois tenho 10 anos de descontos e depois emigrei e em-
bora só em 2017 vou requerer a reforma de França gostaria de ter uma ideia!
Recorrendo à informação do Saldo Positivo da Caixa Geral de Depósitos que reuniu um conjunto de questões mais pertinentes sobre este tema. 1. Quem tem direito à pensão de reforma? Neste campo há diferenças a salientar face ao verificado no ano passado. Em 2014, tem direito à reforma quem tenha mais de 66 anos de idade (até agora a idade legal era de 65 anos) e 15 anos de desconto para a Segurança Social. Assim sendo, os trabalhadores por conta de outrem (a contrato), os membros dos órgãos estatuários de pessoas coletivas (diretores, gerentes e administradores), os trabalhadores independentes (a recibos verdes) e os beneficiários do Seguro Social Voluntário têm direito a receber esta prestação social. No entanto, existem outros requisitos a cumprir para aceder à pensão de velhice, como cumprir o prazo de garantia, isto é: o período mínimo de descontos para a Segurança Social necessários para ter acesso a este benefício. Se for trabalhador por conta de outrem ou trabalhador independente para ter acesso à pensão de reforma o período mínimo de descontos são 15 anos, sejam eles seguidos ou não, para a Segurança Social ou outro sistema de proteção social. Se for beneficiário do Seguro Social Voluntário é necessário que tenha 144 meses (12 anos) de
contribuições. 2. É possível pedir a reforma antecipada? Sim, mas em situações muito limitadas. Recorde-se que em abril de 2012 o Executivo suspendeu as reformas antecipadas, uma decisão que se mantém em vigor enquanto Portugal estiver sob a vigilância da Troika, no âmbito do programa de assistência financeira. Apesar do congelamento das reformas antecipadas há exceções há regra. Assim, as pessoas que descontam para a Caixa Geral de Aposentações (funcionários públicos) podem continuar a pedir a reforma antecipada, já que a suspensão afeta apenas os beneficiários do regime geral da Segurança Social. No entanto, mesmo no setor privado, continua a ser permitido o pedido de reforma antecipada para os desempregados de longa duração- ou seja, para as pessoas que se encontrem sem emprego e que estejam inscritas nos centros de emprego há mais de 12 meses. 3. Como funciona a pensão social de velhice? A pensão social de velhice é um apoio social para as pessoas que tendo idade para ter acesso à reforma, não são abrangidos por nenhum sistema de proteção social obrigatório ou que não têm descontos suficientes e, por isso, não cumprem o prazo de garantia necessário para ter direito à pensão de velhice. Para ter acesso à pensão social de velhice
é necessário que preencha as seguintes condições de acesso: ter 66 anos de idade; não ganhar mais de 167,69 euros por mês (isto é, 40% do Indexante de Apoios Sociais) antes dos descontos; ou se for um casal, juntos não podem ganhar mais que 251,53 euros por mês (60% do Indexante de Apoios Sociais) antes dos descontos. Tenha ainda em conta que a pensão social de velhice não é acumulável com a pensão de invalidez do regime geral, com a pensão social de invalidez, com a pensão de velhice ou com rendimentos de trabalho, bolsas, subsídios por frequência de ações de formação profissional desde que estes rendimentos sejam superiores aos limites acima referidos: 167,59 euros por mês (beneficiário individual), ou se for casal, 251,53 euros. nContudo poderá acumular esta pensão com o complemento extraordinário de solidariedade, complemento por dependência, rendimento social de inserção, complemento solidário para idosos, pensão de viuvez (desde que a soma da pensão social de velhice com a pensão de viuvez não seja superior a 259,36 euros), pensão de sobrevivência (se esta for de valor inferior ao da pensão social de velhice. Neste caso, a soma da pensão social de velhice com a pensão de sobrevivência não pode ser superior a 259,36 euros.
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16 DE DEZEMBRO de 2016
Presidência da república
2016 marcou o final do ciclo de Cavaco em Belém e Marcelo Rebelo de Sousa trouxe muitas mudanças O ano de 2016 ficou marcado pela despedida de Cavaco Silva da chefia do Estado, após um ciclo de dez anos em Belém, e pela chegada de um novo Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, que trouxe mudanças substanciais. Embora vindo da mesma área política, e sendo igualmente um antigo líder do PSD, o novo Presidente da República distinguiu-se no contacto próximo e informal com os cidadãos, na agenda intensa e na presença mediática constante, com programas originais - em contraste com o estilo mais contido e formal de Cavaco Silva. Também na interpretação da função presidencial Marcelo Rebelo de Sousa mostrou diferenças face ao seu antecessor, desde logo na desdramatização da atual solução de Governo, e no acompanhamento permanente e ativo da governação e da atividade parlamentar, ouvindo regularmente os partidos, as confederações patronais e sindicais e o Conselho de Estado. O ano arrancou com a campanha para as eleições presidenciais de 24 de janeiro, que Marcelo Rebelo de Sousa venceu à primeira volta, com 52% dos votos, apresentando-se como um moderado empenhado em “fazer pontes” e “promover consensos”.
Situando-se ideologicamente na “esquerda da direita”, o candidato em quem PSD e CDS-PP recomendaram o voto procurou distanciar-se destes partidos e da bipolarização resultante das recentes legislativas, defendendo que era preciso evitar uma crise política e que o Governo do PS devia cumprir a legislatura. Depois de ser eleito, aos 67 anos, o ex-comentador político e professor universitário de direito elencou os seguintes princípios para o seu mandato presidencial: “Afetos, proximidade, simplicidade e estabilidade”. No dia 9 de março, quando Marcelo Rebelo de Sousa iniciou funções, afastou-se da cena política uma das figuras mais preponderantes da democracia portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, que nos últimos 30 anos somou duas décadas na chefia do Governo e do Estado. Cavaco Silva terminou o seu ciclo em Belém aos 76 anos, deixando em funções um executivo do PS viabilizado por acordos inéditos à esquerda no parlamento, ao qual deu PUB
Marcelo Rebelo de Sousa sucedeu a Cavaco Silva na Presidência da República
posse com reservas e advertências. Agora, tem como gabinete o recuperado Convento do Sacramento, em Lisboa, onde estará a concluir as prometidas memórias dos seus tempos em Belém. Marcelo Rebelo de Sousa inovou logo no dia da investidura, em que chegou a pé ao Palácio de São Bento e assinalou a data com um encontro de religiões e um concerto, em Lisboa, estendendo depois as cerimónias ao Porto, dois dias mais tarde. O novo Presidente teve um início de mandato intenso, com mais de 250 iniciativas - entre visitas, encontros e audiências - nos primeiros 100 dias em funções. Os portugueses têm-no ouvido quase diariamente, e com frequência várias vezes ao dia, a comentar e enquadrar os mais variados temas da atualidade, num tom de distensão e, no essencial, convergente com o Governo, embora com reparos. Tem insistido em acordos de médio prazo em áreas como a saúde, a justiça, a educação e a segurança social e apelado à valorização da concertação social, num momento em que se negoceia o valor do salário mínimo nacional. Uma das suas afirmações mais polémicas aconteceu a 24 de maio, sobre a possibilidade de haver instabilidade política após as eleições autárquicas de 2017. “Desiludam-se aqueles que pensam que o Presidente da República vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas. Depois das autárquicas, veremos o que é que se passa”, declarou. O próprio Presidente se apressou a justificar as suas palavras na manhã seguinte, enquadrando-as como uma referência à tradição de as autárquicas terem consequências nas lideranças partidárias. Nestes nove meses, Marcelo Rebelo de Sousa ainda não recorreu ao Tribunal Constitucional e utilizou três vezes o poder de veto político, em relação a dois diplomas do parlamento sobre a gestação de substituição e a estatização dos transportes do Porto - o primeiro dos quais acabaria promulgado numa segunda versão - e a um decreto do Governo sobre acesso a informação bancária.
Até hoje, realizou 20 deslocações ao estrangeiro, três das quais visitas de Estado, a primeira em maio, a Moçambique, e as outras em outubro, à Suíça e a Cuba - onde teve um encontro com o líder histórico cubano Fidel Castro, entretanto falecido. Destacam-se ainda as inéditas comemorações do 10 de Junho em Paris com os portugueses residentes em França, juntamente com o primeiro-ministro, e a deslocação ao Brasil em agosto para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. As suas saídas do país foram quase todas de curta duração, para encontros institucionais ou cimeiras, e a maioria a capitais de países europeus: Vaticano, Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido. O chefe de Estado esteve também no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, e foi recebido em Casablanca pelo rei de Marrocos. Deslocou-se duas vezes às Nações Unidas, em Nova Iorque, a primeira em campanha pela candidatura de António Guterres a secretário-geral desta organização, e a segunda, hoje, para ver o seu amigo de longa data e antigo primeiro-ministro prestar juramento antes de iniciar funções em 01 de janeiro. Marcelo Rebelo de Sousa viajou ainda três vezes para assistir a jogos do Euro 2016, em França, incluindo a final, que Portugal venceu. Em território nacional, realizou três edições de uma iniciativa a que chamou “Portugal Próximo”, no Alentejo, em Trás-os-Montes e na Beira Interior, e visitou a Região Autónoma da Madeira, incluindo os subarquipélagos das Desertas e Selvagens. Evitou os Açores em ano de eleições regionais, mas tem agendadas duas visitas a esta região em 2017. Marcelo Rebelo de Sousa justificou esta intensa atividade declarando que quer “fazer tudo o que puder” neste mandato de cinco anos: “Não estou à espera de um segundo mandato para depois fazer o que não consegui fazer no primeiro”. Em inúmeras ocasiões, o Presidente da República tem sugerido que não pensa fazer um segundo mandato, mas nunca assumiu claramente esse compromisso.
PATRIMÓNIO
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Castelo de Guimarães
Este é o berço da Nação... No contexto da Reconquista cristã da península Ibérica, os domínios de Vimaranes (atual Guimarães) foram outorgados, em fins do século IX, a um cavaleiro de suposta origem castelhana, de nome Diogo Fernandes, aqui se veio a estabelecer. Uma de suas filhas, Mumadona Dias, desposou o poderoso conde Hermenegildo Gonçalves, vindo a governar, desde meados do século X até ao terceiro quartel do século XI, os domínios de Portucale. Mumadona enviuvou por volta de 928, entrando na posse de vastos domínios, divididos em julho de 950 entre os seus seis filhos. O domínio de Vimaranes ficou com a filha Oneca. A condessa Mumadona Dias trocou de propriedade com Oneca. Ficou com Vimaranes e cedeu Creiximir. Após ter, a Condessa Mumadona Dias assume o governo do Condado Portucalense e toma duas medidas de grande importância: funda, na parte baixa de Guimarães, o Mosteiro de Santa Maria (por volta do ano de 950) e, na parte alta, um castelo, o denominado Castelo de S. Mamede (entre os anos 950 e 957). A construção deste castelo foi necessária para defender o Mosteiro recém edificado e as populações que, entretanto, se foram fixando junto a estas duas construções. Os constantes ataques por parte dos mouros e normandos leva à necessidade de construir uma fortaleza para guarda e defesa dos monges e da comunidade cristã que viviam em seu redor. Surge assim o primitivo Castelo de Guimarães. A construção deste Castelo foi igualmente, uma forma de afirmar o seu poder perante os demais senhores feudais. Um diploma que assinala a entrega do Castelo de S. Mamede ao Mosteiro de Guimarães, em 4 de dezembro de 968, é a primeira referência conhecida a esta fortificação. Tal como o historiador Mário Jorge Barroca refere, o castelo desta época seria muito diferente daquele que conhecemos hoje, pois eram obras incipientes, os torreões eram raros e não se conheciam as torres de menagem, sendo muitas vezes necessário o recurso à remoção de terras para criar desníveis acentuados. Várias alterações A povoação de Vimaranes distribuía-se, à época, por dois núcleos: um no topo do então chamado Monte Largo, e outro, no sopé
Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal. É popularmente designado como berço da Nação dessa elevação, onde o mosteiro foi fundado (local da actual Colegiada e Igreja de Nossa Senhora da Oliveira). Essa localização era então vulnerável: além das incursões de forças Muçulmanas, oriundas da fronteira ao sul de Coimbra, eram ainda uma preocupação também as incursões de Normandos, oriundos do Mar do Norte em embarcações rápidas e ágeis, que assolavam as costas e o curso navegável dos rios à época. No final do século X, por morte de Mumadona Dias, o seu filho primogénito, Gonçalo Mendes, tomou posse das terras, sempre respeitando a vontade da mãe em relação aos direitos concedidos aos mosteiros. O Castelo foi objeto de inúmeras alterações tendo a sua configuração atual pouco a ver com a sua forma original. No século XII, com a formação do Condado Portucalense, vêm viver para Guimarães o Conde D.Henrique e D.Teresa que mandam realizar grandes obras no Castelo de forma a ampliá-lo e torná-lo mais forte. Diz a tradição que teria sido no interior do Castelo que os condes fixaram residência e pro-
vavelmente aí teria nascido D. Afonso Henriques. Entre os séculos XIII e XV vários reis irão contribuir com obras de melhoramento e restauro do Castelo. De facto, com o Conde D. Henrique são realizadas algumas reformas e, segundo Mário Barroca, existem vestígios que se supõem da época deste Conde. E séc XIII/XIV, com D. Dinis foi construída a Torre de Menagem e ergueram-se os oito torreões que flanqueiam a muralha do castelo. Outras reformas mais tardias foram levadas a cabo no reinado de D. João I sendo aqui definida a sua última forma. Foi dentro dos muros dessa cerca que D. Afonso Henriques terá resistido ao assédio das forças de Afonso VII de Leão e Castela, em 1127, episódio que levou Egas Moniz a garantir àquele soberano a vassalagem de seu amo, libertando a vila do cerco. No vizinho campo de São Mamede, o castelo foi testemunha do embate entre as forças de D. Afonso Henriques e as da condessa D. Teresa, sua mãe (24 de junho de 1128) que, com a vitória das armas do primeiro, deu origem
à nacionalidade portuguesa. Entre o final do século XII e o início do XIII, Sancho I de Portugal (1185-1211) circulou pela parte alta da vila a cavalo, a fim de lhe assinalar um termo, sendo provável que se tivesse iniciado o amuralhamento da vila a partir de então. Em meados do século XIII, sob o reinado de Afonso III de Portugal (12481279), iniciou-se o traçado definitivo da cerca da vila, unificando a vila do Castelo (parte alta) à vila de Santa Maria (parte baixa). Sob o reinado de Fernando I de Portugal (1367-1383), foram conduzidas obras de reforço na cerca da vila na altura da I Guerra Fernandina (1369-1370), pelas tropas de Henrique II de Castela (1334-1379) que, invadindo Portugal pelo Minho, já haviam conquistado Braga. É um exemplo excepcional da arquitetura militar em estilos românico e gótico, situa-se no limite norte do centro histórico, isolado no topo de um pequeno afloramento granítico, na cota de 231 metros acima do nível do mar, rodeado por parque arborizado e relvado,
com acesso por diversos caminhos pedonais, que percorrem o parque. Junto à torre sul encontra-se um medalhão de bronze de D. Afonso Henriques, colocado num penedo. Na proximidade, na encosta do monte, implanta-se a igreja românica de São Miguel do Castelo, o Paço dos Duques de Bragança e alguns troços da muralha que circundava a cidade e que inicialmente estariam ligados aos extremos norte e sul do castelo, onde a muralha deste prolonga-se ligeiramente. O castelo apresenta planta pentagonal com cerca reforçada por oito torres de planta quadrangular, delimitando a praça de armas, no centro do qual se implanta a torre de menagem. Possui diversas características góticas, pois terá sido objecto de remodelações já nos finais do século XIII e durante o século seguinte, sendo acrescentada a torre de menagem e a alcáçova, possivelmente erguidos sobre construções já existentes. Os seus paramentos são em cantaria aparelhada, com muralha e torres rematadas por merlões chanfrados, alguns rasgados por seteiras. Interessante é o facto de o Castelo de Guimarães ser o primeiro castelo português a ter registos fotográficos que nos mostram a estrutura tal com se encontrava no séc. XIX. Estas fotografias são da autoria de Frederick William Flower, um comerciante inglês que viveu alguns anos no Porto, que foi o pioneiro na utilização da técnica fotográfica. Depois de séculos de abandono e ruína, o Castelo foi objeto de um imperativo restauro, levado a cabo na década de 30 do século XX, pela DGEMN. O objetivo destas obras de beneficiação foi reabilitar o lugar mais emblemático da castelologia nacional. O Castelo de Guimarães é Monumento Nacional desde 1910 e Maravilha de Portugal desde 2007. Para visitar o castelo da cidade berço o custo é de dois euros. As crianças até 12 anos (inclusive) e pessoas em situação de desemprego residentes na União Europeia têm isenção, não lhes sendo cobrado qualquer valor. Há ainda alguns descontos: portadores do cartão jovem, cartão de estudante, e famílias numerosas têm 50% de desconto. Nos primeiros domingos de cada mês a visita pode ser feita gratuitamente para todos aqueles que estiverem interessados em visitar o castelo.
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CIÊNCIA
16 de DEZEMBRO DE 2016
Estudo foi publicado na revista ‘Nature’ com a participação de José Alves, biólogo da Universidade de Aveiro
Investigador português integra maior estudo mundial centrado nas aves Um biólogo da Universidade de Aveiro participa na maior investigação de sempre sobre os até agora desconhecidos padrões de incubação das aves que vivem em zonas húmidas costeiras. A curiosidade em relação ao que já descobriram está no facto de que na hora de proteger o berço e o ninho, humanos e aves são muito parecidos… Quando os filhos pequenos choram a meio da noite, o que fazem os pais? Quem se levanta, o pai ou a mãe? Vai ao berço quem estiver menos cansado? Fazem turnos ou vai quem acorda primeiro? Se em relação aos humanos não parece haver um único padrão instituído, ou uma única solução ideal para uma atividade que pode ter repercussões no bom funcionamento do casal, com as aves o cenário é semelhante. A revelação consta de um artigo publicado a 23 de novembro pela revista ‘Nature’, e que reporta a um estudo internacional realizada por 76 investigadores de todo o mundo, entre os quais um cientista português. Entre os cientistas que integram a maior investigação de sempre sobre os até agora desconhecidos padrões de incubação nas aves limícolas - espécies que vivem em redor do planeta em zonas húmidas costeiras, como estuários e lagoas – está o biólogo José Alves, investigador do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, uma das 69 organizações de todo o mundo que ‘assinam’ o estudo.
Ao longo dos últimos anos, os investigadores fizeram uma recolha de vários parâmetros - como quanto tempo incuba de forma contínua cada membro do casal, com que frequência há trocas entre eles, etc. - ao nível global, para um total de 729 ninhos de 91 populações pertencentes a 32 espécies. José Alves registou na Islândia, durante os verões de 2013, 2014 e 2015, a atividade parental em mais de 30 ninhos de sete espécies: o pilrito-comum, a perna-vermelha, o milherango, o maçarico-galego, o borrelho-grande-de-coleira, a tarambola-dourada e o ostraceiro. Tratam-se de espécies que migram para fora da Islândia após a época de nidificação, que ocorre durante o verão, para se refugiarem também em Portugal do frio do inverno ártico. Nalguns casos, como entre os milherangos, o mesmo indivíduo foi estudado na Islândia e em Portugal. A grande variedade de padrões de incubação encontrada pelos investigadores indica que os ritmos de sincronização são muito mais diversos do que tinha sido descrito até agora nos estudos com aves em cativeiro. A
“É o risco de predação, mais do que a fome, que parece ser um fator determinante na evolução dos padrões de cuidados parentais nestas aves”, afirma José Alves, biólogo da Universidade de Aveiro
José Alves registou na Islândia, durante os verões de 2013, 2014 e 2015, a atividade parental em mais de 30 ninhos de sete espécies
diversidade destes padrões entre espécies, e até dentro da mesma espécie, é de tal ordem que algumas trocam entre membros do casal em média a cada hora e outras chegam a fazer de forma rotineira turnos contínuos de 19 horas, sendo o caso mais extremo registado de 50 horas. Estratégias anti-predadores Ao contrário do que se pensava, o estudo garante que a incubação dos ovos não se rege apenas pelos custos energéticos dos membros do casal mas, tal como nos humanos, por “uma espantosa diversidade de soluções” para manter os ovos quentes e a salvo de predadores. “Apesar do que era genericamente aceite até agora, não parecem ser os custos energéticos dos membros do casal que determinam estes padrões de incubação”, salienta José Alves. O biólogo, investigador do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, explica que, se assim fosse, “as espécies de maior tamanho, que libertam menos calor por unidade de massa, deveriam ter períodos de incubação mais longos do que espécies mais pequenas”. Contudo os padrões de incubação relatados no estudo não apresen-
tam qualquer relação com o tamanho destas aves. De igual forma, “espécies que se reproduzem no Ártico e Subártico, deveriam ter intervalos mais curtos de incubação uma vez que as reservas energéticas são gastas de forma mais célere em ambientes mais frios”. O que este estudo veio a revelar é a que as estratégias anti-predadores assumidas pelas diferentes espécies são determinantes nos padrões de incubação agora revelados. Em espécies que se baseiam na camuflagem (por exemplo, o maçarico-galego ou o milherango), cada membro do casal realiza longos períodos de incubação de forma a reduzir as trocas entre macho e fêmea e assim diminuir a atividade na proximidade do ninho para não revelar a sua localização a potenciais predadores. De forma inversa, espécies que não camuflam o ninho e que perseguem predadores para os afastar (por exemplo, o ostraceiro ou o borrelho-grande-de-coleira), fazem trocas constantes tendo por isso períodos individuais de incubação mais curtos. Em conclusão, aponta José Alves, “é o risco de predação, mais do que a fome, que parece ser um fator determinante na evolução dos padrões de cuidados parentais nestas aves”.
Aquecimento global recente é a causa de subida acentuada nas últimas décadas
Investigadores da UAlg dizem que subida do nível do mar foi relativamente constante até ao século XX Investigadores do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve (UAlg) acabam de publicar um artigo na revista ‘Scientific Reports da Nature’ sobre um trabalho de investigação que consistiu na reconstituição do nível do mar, utilizando depósitos de praia e duna. O estudo “contribuirá para o conhecimento da sua variabilidade nos últimos sete mil anos, no sudoeste da Europa”, explica uma nota da UAlg.
Através da análise da estrutura interna de uma barreira de areia costeira, na Península de Troia, (concelho de Grândola, Alentejo) utilizando métodos geofísicos, foi possível retirar imagens da organização interna das camadas de sedimento que essas barreiras formam. As imagens mostram a variabilidade morfológica preservada na barreira de areia ao longo do tempo. Após esta análise foi possível constatar que a taxa de subida do nível do mar foi relativamente constante desde há 6500 anos
até ao século XX, o que contraria a teoria de outros autores. Segundo o grupo de investigadores, coordenado por Susana Costas “observou-se que a taxa de subida do nível do mar observada, 0.31mm/ano, desde há aproximadamente 6.500 anos foi relativamente constante até aos últimos anos do seculo XX, quando, de acordo com outros autores, subiu de aproximadamente 1.69mm/ ano”. Os investigadores constataram, assim, que “esta diferença na subida do nível do mar de aproximadamente 1.38mm/ano
pode estar relacionada com o aquecimento global recente”. A curva do nível do mar que o grupo do CIMA e da East Carolina University elaboraram constitui um avanço científico significativo dada a sua elevada resolução na compreensão das mudanças do nível do mar para o período referido e possibilitará a melhoria do presente modelo isostático. Contribuirá também, para a elaboração de futuros trabalhos de arqueologia ou evolução paleoambiental das zonas costeiras.
CIÊNCIA
16 de DEZEMBRO DE 2016
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A Crónica de Joaquim Vitorino*
Investigação de João Rosa, do Departamento de Física da ua
A ameaça devastadora da humanidade
Expansão do universo passou por temperaturas muito altas
“(...) Uma das maiores ameaças à vida inteligente no nosso Universo, é a alta probabilidade de um asteroide colidir com planetas habitados, disse Stephen Hawking (..)” Os humanos terão que sair da Terra para que a sua “espécie” possa sobreviver; entre as ameaças a que estão sujeitos e que mencionarei no final do texto, uma delas tem um potencial devastador, com capacidade para limpar por completo toda a humanidade. A mais mortífera entre elas seria o provável impacto de um asteroide com a Terra - por ironia, o Homem deve a sua existência ao impacto de um grande asteroide com a Terra há 65 milhões de anos e como consequência foi reiniciado um novo ciclo de vida, que em lento processo deu origem ao homem e posteriormente à inteligência. O alerta foi recentemente levado ao conhecimento público, mas não é uma novidade para os astrónomos e astrofísicos de todo o mundo. Os primeiros vasculham incansavelmente o céu noturno, na tentativa de localizar qualquer movimento suspeito da aproximação com a Terra. Para, em caso de perigo, alertarem de imediato a NASA e a ESA (Agências Espaciais norte-americana e europeia) para que tomem todas as iniciativas, para minimizar os terríveis efeitos de uma colisão de um grande asteroide com o nosso planeta, que acabaria com toda a vida inteligente na Terra. Ao longo da História da humanidade, pensadores, filósofos, astrónomos e astrofísicos, anteviram a destruição da humanidade, o ‘Apocalipse’ (‘Revelação’, na versão grega).
dia vir a colidir com a Terra. Mas este não é o único perigo que os astrónomos receiam; sabemos que para além de ‘Bennu’, muitos outros vagueiam perigosamente na aproximação com a Terra, entre os quais se destaca o asteroide ‘Didymos’, um sistema binário que está sob vigilância dos astrónomos, porque está a aproximar-se perigosamente da Terra. Lembro que só uma pequena parte dos asteroides que constituem uma real ameaça à humanidade foi identificada. As associações Internacionais dos astrónomos amadores, são responsáveis por mais de 95% das descobertas destes bólides que vagueiam próximos da Terra e a campanha ‘Asteroid Day’ visa consciencializar o planeta para a necessidade de investir mais recursos para aumentar essa identificação. A melhor forma de proteger a Terra e a vida do impacto de um grande asteroide, é encontrá-los primeiro, disse o astronauta da Apollo 9, Rusty Schweickart, que foi um dos fundadores do ‘Asteroid Day’. A missão conjunta da NASA e da ESA está prevista para 2022 e foi apelidada de AIDA, (Avaliação de Impacto e Deflexão de Asteroides) e será dividida em duas partes: a ESA terá a função de avaliar o impacto do objeto e as suas consequências, e os americanos vão ficar com o teste de redirecionamento do asteroide. Ambas as tarefas consistem em enviar sondas espaciais ao sistema binário – os
A mais mortífera entre elas seria o provável impacto de um asteroide com a Terra - por ironia, o Homem deve a sua existência ao impacto de um grande asteroide com a Terra há 65 milhões de anos Uma das maiores ameaças à vida inteligente no nosso Universo, é a alta probabilidade de um asteroide colidir com planetas habitados, disse Stephen Hawking, numa intervenção citada pelo jornal britânico ‘Express’, no âmbito do movimento global “Asteroid Day”, que tem no guitarrista dos Queen, Brian May, que também é astrofísico, um dos mais famosos apoiantes. Hawking que é o mais famoso astrofísico da atualidade, disse que a humanidade pode autodestruir-se nos próximos 100 anos e avisa que o impacto com a Terra de um “asteroide pesado”, dos muitos existentes no espaço, é uma perigosa e real ameaça para a nossa espécie. Uma recente notícia de que a NASA e a ESA estavam a preparar uma missão ao espaço para testarem tecnologias, que possam vir a ser usadas para desviar asteroides em rota de colisão com a Terra, veio colocar a comunidade científica em “alerta máxima-discreta”, para não criar pânico generalizado nos 7000 milhões de humanos. A NASA tem manifestado especial atenção a ‘Bennu’, com 500 de diâmetro, conhecido como “asteroide da morte“, que pode um
asteroides ‘Didymos’, que medem 850 e 150 metros de diâmetro respetivamente, e que devem passar pela Terra em 2022. É difícil aos astrónomos conseguir caracterizar a superfície dos asteroides devido ao seu tamanho, e a sonda a enviar terá de lidar com a gravidade extremamente baixa e velocidades muito lentas para conseguir realizar os testes com sucesso, para que no futuro possamos defender o nosso planeta de uma eventual colisão com a Terra. Os exercícios foram organizados pela NASA, e pela Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), com participação de laboratórios nacionais, centros públicos de ciência e tecnologia, do Departamento da Energia dos EUA e do Pentágono, representado pela Força Aérea. As outras três grandes ameaças são da autoria do homem e todas elas já estão em curso: a destruição do clima provocada pelos humanos, a nuclearização do Planeta que atingiu a capacidade de o destruir centenas de vezes e a possibilidade de ser utilizada uma pandemia como arma de guerra, cujos efeitos seriam devastadores em todo o Mundo. *Astrónomo amador
A teoria foi proposta há 20 anos e reescreve a história do nascimento do Universo. Arjun Berera, físico da Universidade de Edimburgo, garantia então que nas primeiras frações de segundo após o Big Bang, a expansão do Universo não passou por uma fase de temperaturas frias, mas antes por um período onde as altíssimas temperaturas que o acompanharam à nascença não baixaram drasticamente. Esta ideia mostrou-se, contudo, difícil de pôr em prática. Até agora. João Rosa, físico da Universidade de Aveiro (UA), e o próprio Arjun Berera acabam de provar a teoria através de um modelo onde a ação do inflatão, uma partícula tão enigmática como o bosão de Higgs, assume o papel principal. “Até agora ninguém tinha conseguido conceber um modelo simples e apelativo de inflação quente (expansão inicial do Universo sem arrefecimento), e muitos achavam que isso seria praticamente impossível. Mas foi exatamente o que conseguimos fazer neste trabalho”, congratula-se João Rosa, investigador no Departamento de Física da UA e coautor do artigo. Os investigadores mostraram que os inflatões podem não ter desaparecido todos ao mesmo tempo, mas antes extinguiram-se gradualmente ao longo do período de expansão
inicial do Universo. Deste modo, tal como um fogão permanentemente aceso, a energia por eles libertada gradualmente à medida que se transformaram noutras partículas serviu para manter o jovem Universo ‘aconchegado’ em altíssimas temperaturas. Assinado pelos físicos Arjun Berera, João Rosa, Mar Bastero-Gil (Universidade de Granada) e Rudnei Ramos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o trabalho foi publicado no último número da ‘Physical Review Letters’, uma das mais importantes revistas científicas mundiais dedicadas à Física. PUB
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turismo
16 de DEZEMBRO DE 2016
aveiro
Agências de viagem elegem região Centro como destino turístico preferencial em 2017 A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) elegeu a região Centro do país como o seu destino turístico preferido em 2017, foi anunciado no seu 42.º Congresso Nacional, que decorreu em Aveiro. A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) elegeu a região Centro do país como o seu destino turístico preferido em 2017, foi anunciado no seu 42.º Congresso Nacional, que decorreu em Aveiro. “É naturalmente com enorme prazer que informo que estabelecemos com o turismo do centro um protocolo que permitirá a esta região ser ‘destino preferido da APAVT 2017’”, disse o presidente da associação, Pedro Costa Ferreira, acrescentando que esta “é a simples evolução natural e o corolário do extraordinário trabalho que esta região tem desenvolvido com a APAVT” e “ainda mais importante, com todas e cada agência de viagens deste país”.
Pedro Costa Ferreira mencionou ainda “os excelentes resultados que têm sido alcançados por este programa” em conjunto com o presidente da Região de Turismo do Centro, Pedro Machado, nos últimos anos. A APAVT termina assim, hoje, o programa ‘destino preferido 2016’ com a região autónoma da Madeira, enumerando também os “resultados significativos” que foram alcançados, e já antes mencionados pelo secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, nomeadamente no trabalho feito na inversão da queda de turísticas nacionais na região. A Cidade de Aveiro acolheu desde o 42.º Congresso Nacional da APAVT, coorganizado pela En-
tidade Regional de Turismo Centro de Portugal e pela Câmara Munici-
lisboa
pal de Aveiro, contando com 670 profissionais do setor de vários ra-
mos de atividade, o maior número de inscritos dos últimos 15 anos.
subida de 25,2 por cento
Acordão do tribunal da Relação Tap com recorde de Lisboa sobre alojamento local de passageiros em Novembro
A junta de freguesia lisboeta de Santa Maria Maior aplaudiu hoje o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa que deu razão a uma assembleia de condóminos sobre a obrigatoriedade de autorização do condomínio para instalação de alojamento local. “Os moradores têm direito a preservar as condições de habitabilidade e tranquilidade no prédio onde vivem, em nome da manutenção da qualidade de vida”, defendeu em comunicado a junta de Santa Maria Maior, sublinhando que a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa vem ao encontro da posição defendida pela autarquia sobre o alojamento local. Uma das medidas propostas pela junta é “a alteração da legislação no sentido de incluir o parecer obrigatório e vinculativo da administração do condomínio para permitir o alojamento local num prédio”. “A junta de freguesia continuará a exi-
gir a consagração desta medida na lei”, adiantou, em comunicado. Neste sentido, a autarquia de Santa Maria Maior aconselha a que “todos os moradores confrontados com medidas semelhantes recorram aos tribunais”, disponibilizando-se para apoiar estas iniciativas. No distrito de Lisboa existem atualmente 8.468 espaços de alojamento local, a maioria situada no concelho de Lisboa (6.515), essencialmente nas freguesias do centro histórico - Santa Maria Maior, São Vicente e Misericórdia -, de acordo com dados do Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL), disponibilizados pelo Turismo de Portugal. Segundo uma notícia divulgada pelo jornal Público, os proprietários podem proibir vizinhos de arrendar casas para habitação a turistas, na sequência de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa que deu ra-
zão a uma assembleia de condóminos. O caso, que chegou ao Tribunal da Relação de Lisboa, tem por base uma decisão de uma assembleia de condóminos de um prédio de Lisboa, aprovada por maioria em maio deste ano, que proibiu a prática de alojamento local exercida numa fração.
De acordo com os dados preliminares de tráfego do último mês de Novembro, a TAP atingiu um novo recorde mensal, com um total de 967.350 passageiros transportados na sua rede geral, mais 194.550 passageiros do que no mesmo mês de 2015, o que traduz uma subida de 25,2 por cento só neste mês comparativamente ao ano passado, um resultado excecional para este período do ano em que se verifica habitualmente uma redução na procura. Na mesma linha, a taxa de ocupação dos voos (load-factor) registada em Novembro aumentou 5,8 pontos percentuais face ao ano passado, atingindo agora os 79 por cento em toda a rede da companhia, continuando a refletir os re-
sultados positivos que têm vindo a afirmar-se ultimamente em resultado da gestão rigorosa da oferta da companhia assim como do reforço de capacidade nos mercados com maior procura. Entre os vários sectores da rede da TAP, destaca-se o Atlântico Norte com um crescimento de 155,4 % neste mês de Novembro, demonstrativo dos efeitos muito positivos da aposta da companhia na sua expansão nos EUA, seguido do mercado nacional com 113,3% de aumento nos voos da Ponte Aérea entre Lisboa e o Porto. De igual modo, a Europa, com 20,1 % de subida no tráfego e África, com um aumento de 28,9 % , deram um contributo assinalável para o bom desempenho da TAP neste mês de Novembro.
CULTURA
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Vhils criou ‘Invisível, Visível’, num trabalho de pesquisa “intenso”
Mural sobre o poeta Camilo Pessanha exposto no Consulado de Portugal em Macau O artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, inaugurou na passada semana um mural com uma imagem do poeta Camilo Pessanha, no jardim do Consulado de Portugal em Macau, cidade chinesa onde o poeta viveu e morreu. “Conheço parte da obra dele e foi uma pessoa relevante para a história de Macau, mas a ideia aqui não é fazer julgamentos de história, nem de nada. O nome da peça é ‘Invisível, Visível’ e a ideia destas obras, que fazem sempre uma ligação com a história local, é tornar essa história que muitas vezes está invisível, visível, sem julgamentos. É basicamente expor a história e gerar a discussão em relação à pessoa e à obra”, disse Vhils à agência Lusa. O artista disse que “o trabalho de pesquisa”, para fazer um mural em Macau, “foi intenso e levou algum tempo”, mas a conclusão foi que, “com a obra e a relevância que ele (Pessanha) tinha para a história de Macau, era a pessoa certa”, agra-
decendo o apoio da Casa de Portugal e do Consulado-geral de Portugal em Macau, neste projeto. Vhils explicou à Lusa que, para fazer o mural, “a imagem é trabalhada, é feito um desenho, é feita uma divisão de cores desse desenho e, depois, são pintados na parede esses diferentes tons e, dependendo do tom e da própria parede, dos diferentes tons que vai tendo, cada tom vai a uma profundidade mais funda e a outra mais superficial, e é jogar com estas camadas que o muro tem que, no final, revelam e fazem um rosto”. “É quase uma escultura no final, mas a partir de uma imagem”, afirmou. No mês passado, Vhils fez um mural com José Saramago, em Madrid, e disse agora à agência Lusa que “é possível” que surjam outros trabalhos seus com escritores portugueses: “Depende dos projetos e depende muito das situações. Este é um projeto específico que tenho estado a trabalhar, que tem muito a ver
com a literatura, também com a relevância de alguns poetas e escritores portugueses, mas sim, é possível”. O mural de Macau resultou de uma parceria entre a Casa de Portugal em Macau e o Consulado-geral de Portugal, em Macau e Hong Kong. Na inauguração, a presidente da Casa de Portugal, Amélia António, disse que este é “um marco no trabalho de divulgação da cultura portuguesa e dos artistas portugueses” da Casa de Portugal em Macau, que este ano comemora 15 anos, e manifestou especial satisfação por poder, neste aniversário, “entregar à cidade, aos residentes, aos turistas” uma obra de Vhils, que “tem tudo a ver” com Macau. O cônsul-geral, Vítor Sereno, destacou que esta é a primeira obra em Macau e, numa representação diplomática portuguesa de Vhils, “um dos nomes mais aclamados do panorama da arte urbana mundial”. “Devemos e podemos ficar felizes sabendo
que a República Popular da China é presentemente um dos grandes investidores em Portugal em termos económicos, mas não nos podemos esquecer de outras valências como é o caso da cultura, em que a diplomacia tem um papel fundamental a desempenhar (...), e de outras vertentes que nos permitem construir as chamadas pontes reais de afeto”, afirmou. Na inauguração estiveram também dois trinetos de Pessanha, Vítor e Filomeno Jorge, que se disseram “apanhados de surpresa” com a homenagem ao poeta, que morreu há 90 anos. “Fiquei até bastante comovido”, disse Vítor Jorge à Lusa, enquanto Filomeno falou “num dia de alegrias”. Os dois consideraram que o mural é “uma obra magnífica” e que a imagem é “igualzinha” à de uma fotografia do trisavô. Vítor Jorge acrescentou que esta foi a primeira homenagem ao trisavô a que assistiu na vida, e considerou-a “justa”,
lembrando que um grupo de personalidades em Portugal queria levar os restos mortais de Pessanha para o Panteão Nacional, em Lisboa. pub
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DESPORTO
16 de dezEMbro de 2016
Liga dos Campeões europeus
Benfica apurado para os oitavos da ‘Champions’ O Benfica sofreu a segunda derrota consecutiva, desta vez frente ao Nápoles, por 2-1, um resultado que permite a continuidade na Liga dos Campeões de futebol. Na Luz ainda não há razão para alarmes, mas pede-se força máxima e concentração à equipa que ainda não acusa desgaste perante as duas derrotas consecutivas.
Rui Vitória congratulou os jogadores pela passagem aos oitavos de final da ‘Champions’ mas sem razões para festejar
No Estádio da Luz, os italianos foram superiores e mostraram classe europeia, o espanhol Callejon abriu o marcador aos 60 minutos e o belga Mertens aumentou a vantagem dos forasteiros aos 79. Já perto do fim, numa demonstração de atitude e raça benfiquista, o mexicano Raúl Jiménez reduziu a diferença, aos 87. Com o Besiktas esmagado em
Kiev pelo Dínamo por 6-0, os tricampeões nacionais asseguraram, na sexta e última jornada, o segundo lugar do Grupo B com oito pontos, mais um do que os turcos e menos três que o Nápoles, que acabou em primeiro. Esta derrota não impediu o Benfica de alcançar pelo segundo ano seguido os oitavos de final da ‘Champions’, um dos objetivos da
temporada (tanto a nível desportivo como financeiro), mas a formação de Rui Vitória voltou a desiludir a nível exibicional, tal como já tinha acontecido uns dias antes na Madeira onde saíu derrotado por 2-1 com o Marítimo para a I Liga. Depois de ainda ter conseguido equilibrar a partida na primeira parte, o Benfica deixou-se dominar pelo Nápoles
na segunda metade, cometendo vários erros defensivos e sem apresentar qualquer tipo de ideia de jogo ou intensidade. O técnico Rui Vitória bem pode agradecer ao guarda-redes Ederson por não ter sofrido uma derrota pesada. O brasileiro efetuou uma mão cheia de grandes defesas, primeiro a impedir que os napolitanos abrissem o marcador e depois a negar que chegassem ao terceiro golo. Com Raúl Jimenez a ser a surpresa no ‘onze’ do Benfica, no lugar do grego Mitroglou, o Nápoles apresentou quase sempre um futebol mais intenso do que os ‘encarnados’, que só a meio da primeira parte é que conseguiram apresentar alguma superioridade. Com o Besiktas a perder por 4-0 e atuar com menos uma unidade, as duas equipas regressaram ao relvado para a segunda parte com o apuramento no ‘bolso’ e com o Benfica, perante mais 50 mil adeptos, a ter a possibilidade garantir o primeiro lugar do grupo. Tendo em conta este cenário o Benfica optou por diminuir ainda mais a sua intensidade no jogo e recuou as suas linhas, algo que o Nápoles, bem mais ambicioso, apro-
veitou para sair da Luz com a vitória. Depois de Insigne já ter tido um falhanço incrível, Callejon abriu a contagem aos 60 minutos, depois de ter fugido com facilidade a Lindelof e à restante defensiva ‘encarnada’, apanhada novamente a ‘dormir’. Frente a Ederson, o espanhol só teve que picar a bola para as redes. Em desvantagem, o máximo que o Benfica conseguiu foi um livre direto de Pizzi, que atirou ao lado, sem criar qualquer tipo de susto a Reina. O Nápoles voltou a marcar, aos 79 minutos, pelo belga Mertens, que tinha rendido instantes antes Gabbiadini. O belga recebeu a bola à vontade à entrada, fez o que quis de Luisão e atirou com sucesso. Vitória lançou Mitroglou no ataque para o lado de Jiménez e o Benfica conseguiu reduzir a diferença graças à persistência do mexicano, aos 87 minutos. Albiol, que era o último defesa dos forasteiros, perdeu a bola para o jogador do Benfica, que frente a Reina não falhou. Foi com um sabor amargo que os Benfiquistas festejaram a segunda passagem consecutiva aos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas o objetivo foi cumprido.
Sporting perde com o Legia e falha Liga Europa O Sporting foi afastado das competições europeias de futebol ao perder com o Legia por 1-0, na sexta e última jornada do grupo F da Liga dos Campeões de futebol, na sequência de uma estratégia e de opções técnicas erradas. O Sporting viu os polacos adiantarem-se no marcador aos 30 minutos, por Guilherme, ficando arredado das competições europeias, em último lugar do grupo. Bastava um empate mas a equipa de Alvalade foi forçada a um tremendo desgaste na segunda parte do jogo, na procura do golo do empate, apenas a quatro dias de distância do dérbi com o Benfica, na qual estaria em causa a liderança do campeonato. Os equívocos começaram, desde logo, com a opção por três centrais, Paulo Oliveira, Coates e Rúben Semedo, esquema ao qual a equipa não está rotinada, o que prejudicou claramente a dinâmica ofensiva da equipa, que ficou com a asa direita enfraquecida, onde Gelson Martins ficou com a sua in-
fluência cortada em face das alterações introduzidas. A opção por três centrais não garantiu maior coesão defensiva, o Legia, antes de inaugurar o marcador, aos 30 minutos, num lance em que a defesa falhou, desfrutou de mais três oportunidades soberanas de chegar ao golo. Logo aos 7 minutos, Prijovic, a colocar a bola no fundos das redes de Rui Patrício, valendo ao Sporting estar ligeiramente adiantado, a segunda aos 26, numa má reposição de bola do guarda-redes ‘leonino’, que isolou o mesmo jogador, que rematou à rede lateral, e a terceira por Odjidja, cujo ‘chapéu’ passou a centímetros do poste direito da baliza ‘leonina’. Do ponto de vista ofensivo, o Sporting não existiu praticamen-
te durante a primeira parte e saltava à vista a necessidade de Jorge Jesus retomar o modelo habitual, com a entrada de Esgaio, mas só o fez aos 58 minutos, mantendo em campo o sérvio Markovic, que voltou a ser uma nulidade em termos de rendimento. Com as entradas de Esgaio e, sobretudo, de Bryan Ruiz, o Sporting assumiu, finalmente, o comando do jogo, mas deparou então com uma equipa do Legia a defender com o bloco recuado, com as linhas muito juntas, sem dar espaços, à espera que os ‘leões’ assumissem toda a ‘despesa’ do jogo. Jesus ainda lançou André, sacrificando o lateral esquerdo Zeegelaar, aos 68 minutos, no assédio final à baliza polaca, mas perante um adversário acantonado e mora-
Gelson Martins viu a sua influência diminuida face às alterações táticas
lizado, a dar tudo em cada lance, o Sporting ficou dependente de algum lance de sorte numa grande área aglomerada de jogadores. Gelson Martins ainda ‘ofereceu de bandeja’ o golo a André, aos 73 minutos, mas este falhou o tento.
Á medida que os minutos se escoavam, o discernimento diminuía, ao mesmo tempo que a equipa leonina ficava exposta aos contra-ataques do Legia, que chegou a estar muito perto do 2-0 nos minutos finais da partida.
DESPORTO
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FC Porto goleia Leicester e segue na ‘Champions’ O FC Porto assegurou a passagem aos oitavos de final da Liga do Campeões de futebol, depois de derrotar os ingleses do Leicester, por 5-0, no derradeiro jogo do grupo G da competição. sentaram-se para este desafio com um ‘onze’ semelhante ao que tinha derrotado o Sporting de Braga, por 1-0, para a Liga portuguesa, trocando apenas Layún por Alex Sandro, e Brahimi pelo lesionado Otávio. Do outro lado, o técnico do Leicester, Cláudio Ranieri, que já tinha o apuramento para a fase seguinte da ‘Champions’ assegurado, poupou quase toda equipa nesta ronda europeia, deixando de fora algumas das ‘estrelas’ como Vardy, Mahrez ou Slimani, que tinha marcado o golo do triunfo do Leicester em casa. Indiferente a isso, o FC Porto não poderia esperar melhor entrada no desafio, com André Silva, logo aos seis minutos, na sequência de um canto apontado por Corona, a cabecear para o 1-0, deixando a equipa numa posição mais confortável. Perante a entrada de rompante dos comandados de Nuno Espí-
rito Santo, o Leicester praticamente não conseguia sair da sua área para armar o contra-ataque, sempre muito pressionado por um FC Porto que ainda a antes da meia hora chegou ao 2-0. Cruzamento de Alex Telles na esquerda e Corona, na área, sem oposição, rematou de primeira para o segundo golo dos portistas, aos 26 minutos. Perante um adversário demasia amorfo ofensivamente Casillas não fez uma única intervenção de relevo na primeira parte. Brahimi, aos 44, desviou de calcanhar um cruzamento de Maxi Pereira, assinando o 3-0 com que se chegou a tempo de descanso. Com tão confortável vantagem, o FC Porto regressou para o segundo tempo retirando o ‘pé do acelerador’, mas, ainda assim, suficientemente embalado para manter o domínio da contenda e criar as me-
lhores oportunidades de golo.André Silva, aos 64 minutos, na marcação de uma grande penalidade a castigar uma falta de Drinkwater sobre si mesmo, bisou na partida, a apontar com serenidade o remate dos 4-0. Perante um adversário com tanto volume de jogo, o Leicester não mostrava qualquer argumento para, pelo menos, fazer o golo, mantendo-se demasiado amarrado à sua defesa, e sem capacidade para fazer desequilíbrios para explorar o ataque Em sentido inverso, o FC Porto tirava a ‘barriga de misérias’ no que diz respeito à eficácia, chegando ao quinto golo, num remate pleno de oportunidade de Diogo Jota. O Leicester, só aos 89 minutos, criou o seu primeiro, e único, lance de perigo com Ulloa, aposta para o segundo tempo, a rematar ao poste da baliza de Casillas, mantendo o 5-0 com que se arrastou até ao final. PUB
Hector Herrera agradeceu o apoio dos adeptos portistas no final da partida
Com este triunfo, os ‘dragões’ somaram 11 pontos e garantiram o segundo lugar do grupo, acompanhando, assim, o Benfica, na fase seguinte da prova. Os golos de André Silva, Corona e Brahimi, ainda na primeira parte, embalaram a equipa para uma vitó-
ria tranquila frente ao campeão inglês em título, que ganhou contornos de goleada, na segunda parte, com o ‘bis’ do avançado português, de grande penalidade, e mais um tento de Diogo Jota. Certamente não esperando tantas facilidades, os ‘dragões’ apre-
Liga EUROPA
Sp. Braga eliminado O Sp. Braga perdeu em casa com o Shakhtar Donestsk de paulo Fonseca por 4-2 e foi eliminado da Liga Europa depois do Gent vencer o Konyaspor na Turquia por 1-0. O desfecho do jogo na Turquia surgiu já depois da partida em Braga ter terminado, pelo que José Peseiro, que foi muito contestado durante o jogo e os jogadores da equipa minhota só no balneário souberam do ‘balde de água gelado’. O Sporting de Braga partiu para a última jornada com mais um ponto que os belgas e até ao golo de Coulibaly, aos 90+4 minutos, estava apurado para a fase seguinte da competição, mas sofreu duro castigo pelo mau jogo realizado diante de uma equipa ucraniana que,
mesmo sem vários titulares, mostrou ser de outra ‘galáxia’. O Shakthar Donetsk apresentou-se em Braga já apurado para a fase seguinte e, perante um jogo importante para o campeonato ucraniano com o Dínamo Kiev, Paulo Fonseca fez descansar alguns habituais titulares, mas mesmo assim deu uma lição de futebol em Braga. O jogo ficou ainda marcado pelos muitos assobios e contestação a José Peseiro pelas substituições que operou quando a equipa já perdia por 4-1.
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DESPORTO
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i liga portuguesa de futebol
Benfica ‘abana mas não cai’ e sai do dérbi com a liderança reforçada. Sporting ‘cai’ para terceiro O Benfica venceu o Sporting por 2-1, apesar de ter sofrido durante quase toda a segunda parte do dérbi da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol. Este resultado permitiu ao clube da Luz solidificar a liderança da prova. O Sporting está agora em terceiro lugar do campeonato nacional a 1 ponto do FC Porto.
Raúl Jiménez festeja o golo decisivo na Luz (47m) com Salvio e Pizzi
Após 13 jornadas, os comandados de Rui Vitória passaram a contar mais cinco pontos do que o ‘onze’ de Jorge Jesus - que justificou o desaire com erros de arbitragem, queixando-se de dois penáltis - e mantiveram quatro à maior sobre a equipa de Nuno Espírito Santo, que goleou fora o Feirense por 4-0. Salvio (24 minutos) e Raúl Jiménez (47) colocaram o Benfica com dois golos de vantagem sobre o eterno rival, mas o golo de Bas Dost (69) fez ‘tremer’ as hostes ‘encarnadas’, que tiveram de ‘sobreviver’ a um autêntico ‘assalto’ do adversário durante quase toda a etapa complementar. Desta forma, os tricampeões nacionais seguraram a liderança da I Liga e recuperaram a vantagem de cinco pontos para os ‘leões’, que, com este desaire, foram ultrapassados pelo FC Porto, agora segundo classificado, a quatro das ‘águias’. No 299.º dérbi da história, os dois rivais entraram no Estádio da Luz após derrotas na Liga dos Campeões, a meio da semana, mas, ainda assim, nenhum dos treinadores caiu na tentação de operar uma ‘revolução’ no respetivo ‘onze’. Se Rui Vitória se limitou a mexer no flanco esquerdo do ataque, lançando Rafa para o lugar de Cervi, Jorge Jesus também pouco alterou, fazendo regressar João Pereira e Bryan Ruiz à titularidade, por troca com Paulo Oliveira e Markovic, além de ter contado com Adrien e Gelson Martins, que estavam em dúvida. Como tinham previsto os dois treinadores na véspera, o encontro da Luz teve intensidade em níveis máximos e, logo nos primeiros minutos, Gelson deixou André Al-
meida ‘pregado’ ao relvado e testou Ederson, antes de Rafa obrigar Rui Patrício a defesa atenta. Pouco depois, o guardião brasileiro do Benfica, que voltou a ser decisivo em muitas fases do jogo, voltaria a ser colocado à prova, num cabeceamento de Bryan Ruiz. Contudo, seriam as ‘águias’ a colocar-se na frente do marcador, num contra-ataque superiormente delineado: Gonçalo Guedes progrediu com a bola, deixou para Rafa na esquerda e o internacional luso cruzou para o segundo poste, onde surgiu Salvio a ‘faturar’ o terceiro tento da carreira aos ‘verde e brancos’. Os tricampeões poderiam mesmo ter
saído para o intervalo com uma vantagem mais dilatada, não fosse o desperdício inacreditável de Raúl Jiménez, que, na ‘cara’ de Rui Patrício, isolado por um jogador forasteiro, não teve ‘arte nem engenho’ para bater o guardião sportinguista. A resposta do Sporting surgiria logo nos instantes iniciais da etapa complementar, com Bas Dost a rematar ao poste, mas, nem um minuto decorrido, o Benfica revelou eficácia máxima e ampliou a vantagem, por Raúl Jiménez, que se redimiu da ocasião anterior e correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Nélson Semedo. De resto, este acabaria por se revelar um tento sobejamente importante para os ‘encarnados’, tendo em conta o que viria a suceder durante grande parte da segunda parte, a começar pela lesão de Salvio, aos 55 minutos, situação que levou Rui Vitória a colocar Danilo em campo e a desviar Pizzi para a direita. A partir deste momento, o Benfica passou a ter enormes dificuldades para construir jogo por dentro e, invariavelmente, foi permitindo que o Sporting ganhasse ascendente no jogo, também por ‘culpa’ das alterações operadas por Jorge Jesus, sobretudo a entrada de Joel Campbell, ao intervalo. O costa-riquenho dinamizou sobremaneira o ataque ‘verde e branco’ e esteve envolvido na maioria dos lances de perigo junto à baliza de Ederson, que, à passagem da hora de jogo, evitou, por duas vezes, que o Sporting reduzisse a margem, negando os golos a William Carvalho e a Bas Dost. Ainda assim, o avançado holandês acabaria mesmo por levar a melhor sobre o
guarda-redes brasileiro, a 20 minutos do final, dando a melhor sequência a um cruzamento de Joel Campbell e aproveitando a apatia defensiva do adversário. O Benfica via-se ‘encostado’ à sua grande área e, à exceção de algumas incursões de Cervi e Rafa, pouco conseguiria fazer para incomodar Rui Patrício, tentando defender como podia a magra vantagem. Com o passar dos minutos, o triunfo parecia começar a escapar das mãos benfiquistas, dado o autêntico ‘assalto’ dos sportinguistas, mas, depois de duas épocas seguidas sem conseguir vencer o dérbi na Luz, os tricampeões seguraram mesmo a vantagem tangencial e deixaram os mais de 63.000 espetadores em êxtase. No restantes jogos da I Liga, o Sporting de Braga goleou em casa o Paços de Ferreira (3-0) recuperando o quarto lugar, apenas a um ponto do Sporting. Nesta jornada destaque ainda para o triunfo por 2-1 do Vitória de Guimarães sobre o Boavista, no Bessa, graças a novo livre direto do peruano Hurtado, a exemplo do que havia acontecido na Taça de Portugal, então no prolongamento. O Belenenses bateu em casa o Marítimo por 1-0, com um golo de Gerson e o Desportivo de Chaves superou o Moreirense por 2-1, num triunfo selado sobre o final por Rafael Lopes. No arranque da ronda, o Vitória de Setúbal recebeu e bateu o Estoril-Praia por 2-0. resultados 13 ª JORNADA V. setúbal – ESTORIL, 2-0 BELENENSES – MARíTIMO, 1-0 CHAVES – MOREIRENSE, 2-1 BOAVISTA – V. Guimarães, 1-2 FEIRENSE – FC PORTO, 0-4 NACIONAL – TONDELA, 3-2 SL BENFICA – SPORTING 2-1 Sp. BRAGA – PAços FERREIRA, 3-0 AROUCA – RIO AVE, --14ª JORNADA
A desilusão dos jogadores do Sporting no final da partida. Estiveram quase...
Sexta-feira, 16 dezembro P. FERREIRA - BELENENSES, 20:30 (SportV1) Sábado, 17 dezembro MOREIRENSE - AROUCA 18:15 (Sport TV1) ESTORIL - BENFICA, 20:30 (Sport TV1) Domingo, 18 dezembro TONDELA - BOAVISTA, 16:00 (Sport TV1) RIO AVE - NACIONAL, 16:00 (Sport TV5) GUIMARÃES - V. Setúbal, 18:00 (Sport TV1) Sporting - SP Braga, 20:15 (Sport TV1) Segunda-feira, 19 dezembro MARÍTIMO - FEIRENSE, 17:30 (Sport TV1) FC PORto - Chaves, 20:00 (Sport TV1)
DESPORTO
16 de dezEMbro de 2016 PUB
dragões na segunda posição
FC Porto goleia na Feira Quatro dias após o 5-0 ao Leicester, o FC Porto somou hoje nova goleada, ao bater fora o Feirense por 4-0, num encontro da I Liga de futebol marcado pela expulsão de Ícaro, logo aos três minutos.
André Silva celebra com Ivan Marcano um dos golos apontados
Neste embate Ícaro viu o vermelho direto logo a abrir, por falta na área sobre André Silva, que inaugurou o marcador aos quatro minutos, de penálti, e viria a fechar a contagem, aos 66, passando a somar nove tentos no campeonato. Pelo meio, o argelino Brahimi (33 minutos) e o espanhol Marcano (50) apontaram os outros tentos da terceira vitória fora dos portistas, que se colocaram provisoriamente no segundo posto do campeonato. O jogo até começou com uma boa oportunidade de golo para o Feirense, quando Ícaro surgiu livre de marcação na área do FC Porto e cabeceou por cima da baliza de Casillas, aos dois minutos. Contudo, no minuto seguinte, o defesa do Feirense derrubou André Silva na área, com o árbitro Luís Ferreira a assinalar grande penalidade e a dar ordem de expulsão a Ícaro. André Silva converteu o castigo máximo e colocou o FC Porto na frente do marcador, perante um Feirense que, reduzido a 10 unidades, acabou por perder fulgor na zona do meio campo. Com a equipa de Nuno Espírito Santo a
dominar o jogo, o Feirense, apesar da inferioridade numérica, quase chegava ao empate num remate de Tiago Silva, à entrada da área, que embateu no poste da baliza de Casillas, aos 18 minutos. O FC Porto não baixou de intensidade no ataque e ampliou a vantagem, aos 33 minutos, depois de um lançamento lateral longo de Maxi Pereira, que encontrou Brahimi no coração da área, com o argelino a tirar um defesa do caminho e a fazer o segundo golo da equipa de Nuno Espírito Santos. A vencer por 2-0, o FC Porto entrou na segunda parte com vontade de ampliar a vantagem, o que acabou por acontecer aos 50 minutos, na sequência de um pontapé de canto, com Marcano a cabecear para o fundo da baliza de Vaná. Com o Feirense a evidenciar algum desgaste físico, o FC Porto continuou a criar perigo e André Silva fez o seu segundo golo no jogo e o quarto do FC Porto aos 66 minutos, ao responder a um cruzamento de Alex Telles com um cabeceamento ao segundo poste.
P
J
V
E
D
GOLOS
1º
SL BENFICA
32
13
10
2
1
29-8
2º 3º
FC PORTO SPORTING
28 27
13 13
8 8
4 3
1 2
24-5 24-12
4º
SPORTING DE BRAGA
26
13
8
2
3
24-12
5º
VIT. GUIMARÃES
24
13
7
3
3
23-16
6º
DESPORTIVO CHAVES
19
13
4
7
2
13-11
7º 8º 9º 10º 11º
RIO AVE MARÍTIMO BELENENSES VITÓRIA SETÚBAL ESTORIL-PRAIA
17 17 17 16 15
12 13 13 13 13
5 5 4 4 4
2 2 5 4 3
5 6 4 5 6
15-16 8-11 10-13 12-13 11-16
12º
AROUCA
14
12
4
2
6
9-15
13º 14º
BOAVISTA
13 13
13
3 3
4 4
6 6
13-17 15-21
15º
NACIONAL MOREIRENSE FEIRENSE
11
2
8
13-21
3 3
2 2
8 8
12-20 10-28
18º
TONDELA
13 13 13 13
3
16º 17º
2
3
8
11-21
PAÇOS FERREIRA
11 11 9
13
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DESPORTO
16 de DEZEMBRo de 2016
hÓquei - Suíça
Antigo hoquista Pedro Alves deixa comando técnico dos amadores suíços do Genéve RHC O antigo hoquista internacional português Pedro Alves, de 46 anos, deixou o comando técnico do Genéve RHC, por considerar que a formação amadora suíça, na qual esteve cinco anos, estagnou.
Pedro Alves conquistou com a equipa três taças, uma supertaça e um campeonato suíço ao serviço do Genéve RHC
“Chegou o dia de terminar a minha ligação ao Genève RHC como treinador da equipa sénior.
Não se trata de resultados, mas sim de alguns anos de trabalho para o clube, e sentir que as coi-
sas estagnaram, numa equipa totalmente amadora”, escreveu o antigo jogador na sua página na rede
social ‘Facebook’. O antigo jogador foi, ao serviço da seleção portuguesa, três vezes campeão mundial e quatro campeão europeu, admite que este ano a equipa viveu várias mudanças que o levaram a tomar a decisão. “Confrontamo-nos com dificuldades e insistimos que se crie um grupo sempre presente para criar algum ritmo e alguns mecanismos após várias sessões de treinos, que nem sempre é possível, este ano com a saída de diversos jogadores influentes na movimentação da equipa”, referiu. Pedro Alves, que enquanto jogador representou seis clubes em Portugal, entre os quais o Sporting, o FC Porto e o Óquei de Barcelos, considera que não existem condições para “fazer um trabalho digno”. “Começo a sentir que, ao criar esta nova equipa já a meio, estou a perdê-la, e incapaz de fazer um trabalho digno, porque a indisponibilidade dos diversos in-
tervenientes da equipa a treinos e jogos não permitem que possamos ‘sonhar’ e encurtar distancias das melhores equipas europeias”, escreveu. O antigo hoquista, que também representou os espanhóis do Liceo da Corunha e abandonou a alta competição aos 41 anos, admite ainda que ambiciona a algo maior. “Deixar de sonhar na modalidade que eu amo, seria sinónimo para mim, de pouca ambição e conformismo... por isso para mim é hora de partir e contribuir para que o clube não adormeça e possa ambicionar algo mais e maior”, escreveu o antigo jogador. Pedro Alves emigrou para a Suíça depois de ter deixado a alta competição, tendo aliado a prática da modalidade a um emprego. Ao serviço do Genéve RHC, clube no qual chegou a ser jogador-treinador, Pedro Alves conquistou com a equipa três taças, uma supertaça e um campeonato suíço.
CIRCUITO MUNDIAL DE SURF
Cascalense Frederico Morais assegura presença no circuito mundial de surf em 2017 O português Frederico Morais assegurou a qualificação para o circuito mundial de surf em 2017, reeditando o feito de Tiago Pires, que integrou a elite entre 2008 e 2014. O surfista de Cascais, de 24 anos, depois de ter avançado para as meias-finais no havaiano Vans World Cup, beneficiou da derrota do brasileiro Jesse Mendes nos quartos de final desta etapa do circuito de qualificação para assegurar um dos 10 primeiros lugares da hierarquia. Frederico Morais vai ainda disputar a presença na final do campeonato frente ao norte-americano Tanner Gudauskas, ao australiano Jack Freestone e ao havaiano Ezekiel Lau. ‘Kikas’ como também é conhecido já esteve em quatro finais de etapas do circuito de qualificação, duas delas este ano, casos do Martinique Surf Pro e do Hawaiian Pro, que terminou com com os mesmos pontos do havaiano e campeão do mundo John John Florence, depois das presenças, em 2013, nas baterias decisivas do havaiano Vans World Cup
e do francês Sooruz Lacanau Pro. Entretanto a Liga Mundial de Surf (WSL) confirmou a presença de Frederico Morais no Billabong Pipe Masters, da 11.ª e última etapa do circuito mundial em substituição de Alejo Muniz, devido a lesão do brasileiro. “Frederico Morais, qualificado para o circuito mundial de 2017 e atual líder da ‘Triple Crown’, vai entrar diretamente no evento principal (...) para substituir Alejo Muniz”, lê-se no comunicado da WSL, acrescentando que o cascalense fica a aguardar a realização das eliminatórias de acesso para conhecer os adversários na primeira ronda do campeonato havaiano. Além de Kikas, também o havaiano e vencedor da prova em 2001 Bruce Irons, irmão do antigo tricampeão mundial Andy Irons que é homenageado nesta competição, recebeu uma vaga
para substituir o também lesionado Matt Banting. Depois de ter assegurado o seu primeiro título mundial em outubro, em Peniche, John John aponta como objetivo estrear-se a vencer a derradeira etapa do circuito, que disputa desde 2008 e reconquistar a Triple Crown, que já venceu em 2011 e 2013. “Vencer a ‘Triple Crown’ é uma das melhores coisas que podemos conquistar depois do título mundial, porque são três campeonatos em ondas completamente diferentes. Cada onda pode ser realmente grande ou pequena, então tens de conseguir todos os tipos de surf, enquanto competes com os melhores do mundo. É tão prestigiante porque é muito difícil”, referiu John John, em declarações à WSL. Iguais objetivos foram apresentados pelo brasileiro Gabriel Medi-
Frederico Morais, 24 anos, é o atual líder da ‘Triple Crown of Surfing’
na, campeão em 2014, que procura o primeiro triunfo em Pipeline, depois de ter conquistado a Triple Crown no ano passado. Banzai Pipeline, onde Adriano de Souza se sa-
grou campeão do mundo em 2015, vai ser ainda palco das decisões quanto à permanência no circuito mundial, assegurada pelos 22 primeiros do ranking.
PRODUTOS & INOVAÇÃO
16 de DEZEMBRo de 2016
p.31
quase dois terços dos espumantes nacionais são produzidos na Bairrada
‘Gaivosa Tinto 2011’ destacado por crítico internacional
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O vinho de maior referência da Quinta da Gaivosa acaba de receber nova distinção internacional. Desta vez foi Robert Parker, crítico do influente portal ‘eRobert Parker/ Wine Advocate’, a destacar o ‘Quinta da Gaivosa Tinto 2011’, “um vinho que reflete um dos melhores anos de sempre para a região”, revela uma nota divulgada pela produtora vinícola do Douro. Segundo o crítico, este vinho tem o potencial de se tornar um “Gaivosa brilhante”. Por um lado, pela “harmonia elegante, complexidade e final persistente” e, por outro, pelo equilíbrio demonstrado, prometendo tornar-se “progressivamente mais impressionante durante a próxima década”. Robert Parker recomenda que se dê algum espaço ao vinho para que possa respirar, de forma a poder “apreciar a sua graça e equilíbrio”. A Quinta da Gaivosa é um projeto familiar liderado por Domingos Alves de Sousa. O ‘Quinta da Gaivosa Tinto 2011’ é produzido apenas em anos de excecional qualidade e composto por cerca de 20 castas autóctones do Douro provenientes de vinhas velhas, com mais de 80 anos.
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A massa ‘Milaneza Wok’ foi distinguida com a 2ª Menção Honrosa na 7ª edição do ‘Food & Nutrition Awards’, na categoria de ‘Produto Inovação’, “um prémio que reconhece a inovação das empresas nacionais do setor agroalimentar que promovem estilos de vida e hábitos alimentares saudáveis”, sublinha uma nota divulgada pela Cerealis. Segundo a administradora da Cerealis com os pelouros de I&D, Marketing e Exportação, “a inovação faz parte do ADN da Milaneza”. “Trabalhamos todos os dias para desenvolver produtos novos que acrescentem valor ao mercado. O reconhecimento deste nosso compromisso é sem dúvida um motivo de orgulho que nos motiva a inovar cada vez mais, com a qualidade e o sabor que são reconhecidos aos produtos Milaneza”, acrescentou Graça Amorim. Sem necessidade de pré-cozedura, as ‘Milaneza Wok’ são práticas de confecionar, promovendo a junção da massa no Wok com legumes, leguminosas, carne, peixe ou marisco.
“a dinamização, promoção e valorização da atividade vitivinícola da Bairrada, e atividades afins, enquanto produtos turísticos e culturais da região”. A Associação promove ativamente as riquezas turísticas, gastronómicas e vinícolas da região, com destaque para as belezas do Luso e da Curia, os vinhos da casta Baga e o tradicional leitão assado à moda da Bairrada, e propõe cinco roteiros turísticos numa região que abrange os concelhos de Águeda, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada e Vagos, além de Oliveira do Bairro. “O balanço destes dez anos, com uma aposta na estruturação do produto enoturístico constituído pelos vinhos da Bairrada, produtos regionais e oferta turística é extremamente positivo”, resumiu o presidente da associação, Jorge Sampaio, que promete continuar a investir no “reposicionamento da marca Bairrada”.
A
‘Milaneza Wok’ recebe menção honrosa como Produto Inovação
preservar um edifício centenário. A autarca destacou o trabalho pioneiro desta instituição, criada em 1887, considerando-o essencial para a liderança desta região demarcada na produção de espumantes nacionais. Segundo dados oficiais, quase dois terços dos vinhos espumantes nacionais são produzidos na Bairrada, região que é responsável pela venda anual de cerca de 5,5 milhões a seis milhões de garrafas. Números que para a autarca, reforçam a necessidade de criação do centro de investigação de espumantes, que terá o apoio científico do Biocant de Cantanhede e das universidades de Coimbra, Aveiro e Trás-os-Montes e Alto Douro. Capoulas Santos elogiou ainda o trabalho desenvolvido nos últimos dez anos pela Associação da Rota da Bairrada, entidade de caráter regional, constituída sem fins lucrativos, que tem como objetivo
UG
MILANEZA
O ministro da Agricultura afirmou que há abertura para discutir a instalação de um centro de investigação de espumantes na Estação Vitivinícola da Bairrada, num projeto conjunto da Câmara de Anadia, da Rota da Bairrada e da Comissão Vitivinícola. “Temos toda a disponibilidade para encontrar soluções que valorizem o património, no caso da Estação Vitivinícola”, disse o ministro Capoulas dos Santos, na Curia (Anadia), no final de uma curta intervenção na cerimónia que assinalou o décimo aniversário da criação da Associação Rota da Bairrada. A declaração do ministro foi recebida como “otimismo moderado” pela presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Costa, que minutos antes tinha defendido que a instalação do centro de investigação de espumantes na Estação Vitivinícola da Bairrada (EBV) é a melhor forma de
I T S O F P OR T
A Ervideira, produtora vitivinícola do Alentejo, somou 18 prémios em 2016 graças ao trabalho desenvolvido pela empresa ao longo dos últimos anos. Em 10 concursos, quer nacionais como internacionais, a empresa foi altamente galardoada, essencialmente devido à sua proatividade, pioneirismo e inovação no setor. “Terminarmos o ano de 2016 com tantos reconhecimentos, só nos permite concluir que estamos no bom caminho, a Ervideira tem vindo a percorrer o caminho da diferenciação através da inovação no setor e isso reflete-se agora nestes prémios que recebemos. Estamos todos muito satisfeitos, é um excelente presente de Natal e uma motivação ainda maior para entrar em 2017 com o pé direito”, congratula-se Duarte Leal da Costa, diretor executivo da empresa. Para 2017, a produtora vitivinícola prevê que mais de 75% da faturação será baseada nos vinhos topos de gama da casa, como o ‘Conde D’Ervideira’, ‘Invisível’ e ‘Vinha D’Ervideira’, representando os vinhos ‘Lusitano’, ‘Terras D’Ervideira’ e ‘Sol’, menos de 25%.
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2016 foi o melhor ano de sempre
Ministro da Agricultura aberto a projeto de investigação de espumantes em Anadia
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ECONOMIA
16 de DEZEMBRo de 2016
quatro anos depois a sagres decidiu renovar a imagem
Reforçar a ligação com Portugal A nova imagem reforça o simbolismo do escudo e o logótipo passa a vir sempre acompanhado pela expressão “Desde 1940”, ano de lançamento desta marca. O outra novidade é o rótulo que assume o formato do logotipo pela primeira vez em 76 anos de história. “Esta mudança é simbólica, para reforçar a portugalidade da nossa marca, e também serviu para tornar o rótulo mais afirmativo”, assinalou Filipe Bonina na apresentação, realizada na Sala do Tratado, no Meo Atlântico do Parque das Nações. As garrafas com o nova imagem e rótulo começaram a ser cheias na fábrica da Central de Cervejas de Vialonga, Vila Franca de Xira. A Cerveja Sagres apresenta-se ao mercado com uma nova imagem, que reforça o escudo como o elemento central da marca. Os produtos em todos os formatos (mini, branca, preta e sem álcool) chegam já aos lineares dos supermercados e ao consumidor. Esta é a primeira mudança na imagem da marca desde 2012. A alteração mais visível está no rótulo em papel das garrafas, que passa a assumir o formato de escudo, abandonando o formato oval que perdurava desde 1989. O próprio escudo, presente no logotipo da marca,
mas também no rótulo e na gargantilha das garrafas, foi retocado, surgindo com uma pequena alteração no seu formato e com uma maior presença da cor verde, aproximando-se mais das cores da bandeira nacional. De acordo com Filipe Bonina, responsável de Marketing da Cerveja Sagres, a nova identidade fecha com chave de ouro um ano que, já de si, foi recheado para a marca, com a introdução das novas variedades de Radler, o relançamento da Bohemia e, sobretudo, a vitória no Europeu de Futebol, uma vez que a Sagres é o mais antigo patrocinador da Seleção Nacional. «Nós acreditamos que Sagres já é um elemento da cultura portuguesa, e isto nota-se tanto nos estranPUB
geiros que nos visitam quanto nas comunidades portuguesas que estão fora do País, e a marca está presente tanto nuns como nos outros. O escudo é um símbolo disso, quisémos realçar ainda mais esta componente da portugalidade», frisou Filipe Bonina. «Quisémos também tornar-nos mais únicos do que somos. Existe uma tradição de rótulos ovais e arredondados no mercado de cervejas, mas nós somos uma marca única», reiterou. O leque de opções Bohemia está a crescer. Às Bohemia Original, Bohemia Puro Malte e Bohemia Trigo junta-se a Bohemia Bock, uma cerveja lager, com um teor alcoólico mais elevado e que promete harmonizar com assados, estufados e outras receitas tipicamente reconfortantes. A Bohemia Bock é uma edição limitada que está disponível a partir de agora no canal Horeca e grande distribuição. Para promover a novidade, e as restantes referências Bohemia, a Cerveja Sagres tem em curso uma campanha de comunicação presente em plataformas digitais, outdoor e imprensa, sob o mote “Junta-te à mesa”. Filipe Bonina, explica que a nova cerveja tem como objectivo «oferecer mais uma proposta que enriqueça a experiência às refeições, tanto do ponto de vista da combinação de cerveja com comida como do informalismo que a cerveja consegue trazer, proporcionando combinações únicas e assentes em sabores exclusivos e singulares». Segundo a marca, a Bohemia Bock tem um sabor forte, cor escura e aromas de malte torrado. Deve ser servida em copo túlipa.
Nuno Pinto de Magalhães
Entre 1940 e 2016 setenta e seis anos se passaram mudando várias vezes a imagem da SAGRES (à direita a nova imagem)
Filipe Bonina, François-Xavier Mahot, Nuno Pinto de Magalhães e Luís Prata, brindando à nova imagem da SAGRES
INFORMAÇÃO
16 de dezembro de 2016
Vinhos de Portugal
5 regiões investem 3,5 milhões de euros na “criação da fileira da região centro”
AWC Vienna dá 26 medalhas de ouro a Portugal Num dos maiores concursos de vinhos do mundo, o AWC Vienna, que se celebrou no Federal College and Office of Viniculture and Pomology, em Klosterneuburg (Áustria), Portugal conseguiu 26 medalhas de ouro (acima de 90 pontos) Este ano entraram 12.826 vinhos de 41 países, participando mais de 1.800 produtores.
Foi ainda entregue um prémio especial à Casa Santos Lima, que levou o prémio “Best Portugal Producer of the year 2016”. A distinção leva em consideração as classificações dos melhores seis vinhos apresentados por cada produtor. Também considerando os resultados, esta empresa e a Casa Agrícola Alexandre Relvas conseguiram estar na lista dos produtores com 3 estrelas (50 no total).
3 milhões de euros para promover vinhos verdes em 2017 A Comissão de Viticultura da Região de Vinhos Verdes anunciou que vai investir em 2017, três milhões de euros na promoção de vinho verde, principalmente nos mercados do Japão e da Rússia. Um dos planos de investimento é o reforço no mercado do Japão, onde os vinhos verdes estão a crescer «quase 50% ao ano». A Comissão de Viticultura da Região de Vinhos Verdes (CVRVV) vai levar empresários ao país asiático e trazer importadores e
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jornalistas japoneses a Portugal.Outro dos objetivos da estratégia promocional para 2017, é avançar com a promoção no mercado russo, mercado onde a CVRVV nunca tinha estado. A CVRVV refere no entanto que vai continuar a trabalhar na promoção dos «mercados estruturais» e que são os principais importadores deste vinho português como os Estados Unidos da América, a Alemanha, a Grã-Bretanha e o Brasil
5 Comissões Vitivinícolas – Lisboa, Dão, Bairrada, Beira Interior e Tejo – formalizaram uma acordo inédito de cooperação e associação para contribuir para a valorização económica da cultura do vinho em Portugal, cujas exportações no ano passado atingiram um novo máximo, ascendendo a 737,3 milhões de euros. O projeto de cooperação entre estas cinco CVR abrange três eixos fundamentais: viticultura e enologia, certificação de qualidade e promoção e valorização dos territórios onde
se cultiva a vinha em Portugal, estando já assegurado um investimento público de cerca de 3,5 milhões de euros para este projeto. Este é um projeto financiado pelos programa comunitários Centro 2020 e Portugal 2020 e a gestão do projeto será da responsabilidade da CVR Lisboa Este programa conta com o apoio do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e Instituto Politécnico de Viseu (IPV).
Vinhos de talha a património da humanidade Vários municípios e instituições do Alentejo vão candidatar a Património da Humanidade a produção artesanal de vinho de talha, uma prática de vinificação típica da região, descendente dos romanos e com mais de dois mil anos. A candidatura pretende que a produção artesanal de vinho de talha seja classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
AÇORES ILHA DO PICO
Sulcos de carros de bois vão ter plano de proteção Os sulcos resultantes da passagem de carros de bois nos Açores, denominados relheiras, vão ter um plano de proteção em 2017, de acordo com uma proposta da comissão que avaliou este património, foi anunciado. “As relheiras estão em terrenos agrícolas, muitas vezes pouco acessíveis e, portanto, o plano de proteção significa também a sua valorização, consulta, visitação, visibilidade e enquadramento”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o diretor regional da Cultura, Nuno Lopes. As relheiras são sulcos paralelos deixados na pedra, no caso dos Açores, provocados pela passagem continuada de carros puxados por bois, que durante séculos foram o principal meio de transporte de pessoas e de carga no arquipélago. As rodas dos carros de bois, normalmente envoltas em aros de ferro, deixaram marcas mais ou menos fundas, consoante a carga que transportavam, causadas pela quantidade de vezes que passaram no mesmo local, seguindo sempre o mesmo trajeto. De acordo com o relatório “Inventariação e Proteção das Relheiras dos Açores”, ao qual a agência Lusa teve acesso, estão identificadas 102 relheiras em oito das
nove ilhas da região, com exceção do Corvo, a ilha mais pequena. São Miguel, a maior ilha do arquipélago, tem contabilizado um quilómetro de relheiras, divididos em dez troços; já o Pico será a ilha com maior extensão deste património, que, aliás, foi tido em conta aquando da aprovação da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha como Património Mundial, em 2004. Nuno Lopes considerou que “as relheiras não existem por si só”, pelo que está em curso um trabalho de contextualização e explicação histórica da forma como este património contribuiu para o desenvolvimento da economia agrária nas ilhas e as relações entre as pessoas. “Em 2017 vamos trabalhar em várias frentes”, assegurou o diretor regional, acrescentando que neste trabalho estão envolvidas as direções do Ambiente e do Turismo, assim como a Universidade dos Açores, entre outras entidades. A Comissão de Avaliação do Potencial Turístico das Relheiras, que elaborou o relatório, adianta que, após conclusão do plano de proteção, o documento passará a uma “fase de discussão pública para envolver e sensibilizar a opinião pública”,
Vinhas do Pico
dado que “as relheiras estão, na generalidade, em locais de pouca acessibilidade, pelo que será necessário obter a anuência dos proprietários dos terrenos e dos agricultores que lidam com este património quotidianamente”. A mesma entidade propõe a criação de uma página na Internet, a integrar o portal do Governo Regional dos Açores, com informação sobre as relheiras, e onde os conteúdos possam ser acrescentados por utilizadores externos, mediante aprovação.
“Será necessário proceder a investigação científica, nas áreas das ciências ambientais e do património, como no âmbito da história oral, para se poder avançar no conhecimento sobre as antigas vias terrestres, de modo a se poder compreender, de forma integrada, o significado”, defende ainda a comissão. A proposta de inventariação das relheiras nos Açores partiu do grupo parlamentar do CDS-PP na Assembleia Legislativa regional.
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EMPRESAS & MERCADOS
16 de DEZEMBRO DE 2016
CERFUNDÃO - ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES
“Fundão é uma marca de qual CERFUNDÃO – Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda localiza-se no Mercado Abastecedor da Cova da Beira - Zona Industrial do Fundão Lote 154situada no Mercado Abastecedor da Cova da Beira, na zona Industrial do Fundão que reúne uma equipa profissional, experiente, no sector frutícola. Situa-se na cidade do Fundão, em plena Cova da Beira, zona de excelência da cerejeira em Portugal, sendo a região responsável por mais de 50% do volume de produção de cereja nacional. Na nossa deslocação ao Fundão visitámos esta organização de produtores e falámos com José Pinto de Castello Branco seu presidente, que juntamente com o administrador da Cerfundão Patrick Martins, nos receberam. MP- Estamos perante uma organização de produtores. Fale-nos desta organização a Cerfundão? José Pinto de Castello Branco- A empresa Cerfundão foi criada em 2006. O reconhecimento como organização de produtores só aconteceu agora em 2016, ou seja 10 anos depois. Agrega uma média de vinte produtores, apesar da génese da sua fundação ter como score business a cereja, recepciona, calibra e embala presentemente, pêssego, mirtilo, figo, marmelo, a produção desta região da Cova da Beira. Tem tido, nos últimos dois anos, um grande crescimento na recepção da produção dos produtores associados e no leque dos produtos que recepciona. Ou seja, deixamos de ser uma organização que só recepcionava a cereja; mais que duplicamos a quantidade de cereja recepcionada, mas desde 2014 começamos a recepcionar o pêssego. Registe-se que só nesse ano a Cerfundão recebeu 800 toneladas! Em 2015 fizemos uma experiência com o que é já 3º grande fruto da casa – o mirtilo - uma cultura recente na região. Cultura essa que na região é de muitís-
simo boa qualidade, com largas dezenas de hectares de plantio e inclusive temos na nossa região a maior mancha contínua de produção de mirtilo biológico da Europa. Sentimos que há um acreditar nesta região no sector frutícola, que esteve muito parado e que ressurge com “pernas para andar”. Além disso, queremos servir a região, de maneira que acolhemos também, todas as outras frutas que os nossos produtores produzem, e que entregam aqui! A Cerfundão faz chegar, a um consumidor cada vez mais informado e exigente, frutos frescos de grande qualidade, e esse é o propósito da existência de uma empresa como a Cerfundão, associando o potencial produtivo da região ao saber fazer das pessoas que se dedicam à fruticultura há décadas.
que é um fruto que aqui se dá muito bem. Não é, contrariamente ao que se possa pensar um fruto endógeno - as cerejeiras foram aqui introduzidas – mas encontraram aqui o seu terroir de excelência e, atingem níveis organolépticos ímpares no mundo inteiro. Os compradores internacionais que procuram aqui o fruto, ficam encantados! Registe-se que a Cova da Beira tem um potencial muito grande e, essa é a nossa aposta, para os frutos de caroço: pêssego, nectarina, ameixas, damascos. Além disso, (apesar de não estarmos nesse mercado), a azeitona que tem um forte componente na economia local.
MP - Hoje associamos o Fundão à cereja, muitos referem que esse fruto é o “Ouro da Cova da Beira” mas encontramos na fileira dos frutos, outros frutos com elevado potencial, para o país e para os mercados internacionais? JPCB- Diz-se que é o “ouro rubro”. De fato
MP- Voltando à Cereja e a outros frutos aqui produzidos eles chegam aos mercados internacionais, e são exportados? JPCB – Já exportamos para alguns mercados importantes na França e na Suíça e, os compradores depois de comprarem uma vez, ficam fidelizados! As variedades de cereja aguentam o transporte, em boa qualidade. Garantir que ela chega aos consumidores em excelente qualidade é a nossa missão! A
ção comercial do produto final, respondendo claramente às exigências dos mercados internacionais. Nesse sentido, a Cerfundão com a colaboração da Appizêzere tem vindo a efectuar um forte investimento na implementação de modos de produção junto dos sócios da Cercobe com o objectivo de aumentar os critérios de qualidade e de segurança na cereja que chega ao consumidor final. Nesse enquadramento a Cerfundão iniciou em 2008 uma campanha de valorização adicional da produção entregue pelos sócio da Cercobe que estejam a cumprir os requisitos específicos da Produção Integrada. Na tentativa de aumentar ainda mais as garantias de segurança e de qualidade da cereja, avançou-se, também em 2008, com o programa de implementação do sistema integrado de garantia de produção Globalgap,
onde os sócios que entregam cereja na Cerfundão e que cumprem com os critérios de cumprimento deste modo de produção, recebem uma valorização suplementar para além das despesas com a certificação serem integralmente pagas. Ao nível da central fruteira a Cerfundão iniciou, também em 2008, a implementação do sistema de garantia da segurança dos géneros alimentícios HACCP visando a análise dos perigos e controlo dos pontos críticos ao longo de todo o processo de recepção, de conservação, de calibragem, de embalamento e de expedição. Num futuro próximo a Cerfundão pretende vir a implementar os referenciais de qualidade e de segurança alimentar BRC e IFS obrigatórios para os fornecedores dos retalhistas do Reino Unido e da Alemanha, respectivamente.
CERTIFICAÇÕES Com a globalização e o aumento da competitividade dos mercados internacionais as cadeias de distribuição europeia vêm exigindo cada vez mais produtos que cumpram com as necessidades do mercado, pedindo alimentos de alta qualidade, que proporcionem uma plena segurança alimentar e, além disso, que se obtenham com técnicas que respeitem o meio ambiente. Observa-se um aumento da procura destes produtos por parte de um consumidor que pede cada vez mais informação sobre o que consome, muito sensibilizado pelos temas que afectam directamente, tanto a sua saúde, como a preservação da natureza. Assim sendo, a certificação da produção bem como de todo o processo pós-colheita são passos cruciais para a garantia de qualidade e de segurança dos géneros alimentícios com a consequente valoriza-
Cerfundão recepciona, calibra, dispondo dos mais modernos calibradores, faz a conservação da cereja, estabelecendo uma fileira devidamente organizada e fulcral para responder às exigências actuais do mercado nacional e internacional. A Cerfundão, dispõe de um grupo de profissionais motivado que reúne todas as fases dessa mesma fileira, desde a produção à chegada ao consumidor, assegura o apoio ao produtor o manuseamento e processo pós-colheita (conservação, calibragem, acondicionamento, embalamento e rotulagem), a promoção do produto final, o suporte da comercialização. A região ao ter dois micro climas (de um lado e outro da Serra da Gardu-
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EMPRESAS & MERCADOS
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idade associada ao agro-alimentar” nha) consegue produzir cereja, desde Maio a Agosto. MP – A aposta na irrigação da Cova da Beira, novos pomares, novas culturas, modernização agrícola, associado a uma excelente campanha de promoção e divulgação por parte da Câmara do Fundão levou que hoje a região do Fundão seja reconhecida? JPCB- O Fundão passou a ser uma marca de qualidade! Houve investimento, houve empenho dos produtores e a câmara do Fundão soube divulgar o que de bom aqui se produz! O Turismo do Fundão foi o “motor” e nós somos a “locomotiva” de um “comboio” que tem muita valia. No concelho durante o ano realizam-se muitos eventos que divulgam o que produzimos, desde a cereja, ao azeite, os míscaros, o vinho, os queijos! O Fundão, é mais que o nome de uma terra! É uma marca muito associada ao agro-alimentar e, associando a qualidade a bons produtos e bons sabores.
O administrador da Cerfundão - Patrick Martins juntamente com o presidente José Pinto de Castello Branco PUB
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BOA VIDA
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Culinária
SABE sempre BEM...
Café Cardinale O que usar: 100 ml de café espresso 25 ml de licor Bailey’s 25 ml de licor Frangélico Chantilly, grãos de café e raspas de chocolate
Entradas
Carne
Tomate recheado com ricota
Arroz de forno à antiga
Ingredientes: 8 tomates maduros, mas firmes 1/2 maço pequeno de ervas frescas picadas (tomilho, manjericão e salsinha) 1 chávena (de chá) de ricota 2 dentes de alho picados em peda-
Ingredientes 500 g de carne de vaca 200 g de presunto 300 g de frango 400 g de arroz carolino 100 g de chouriço de carne 100 g de salpicão 100 g de cebola Salsa, sal e pimenta q.b.
ços pequenos 1/2 chávena (de chá) de queijo parmesão 1/2 chávena (de chá) de farinha de rosca 6 colheres (de sopa) de azeite Sal e pimenta-do-reino moída q.b.
Preparação Preaqueça o forno a 180ºC. Lave os tomates, retire os pedúnculos e faça uma tampa no lado oposto do pedúnculo. Tire as sementes, polvilhe sal dentro dos tomates e deixe escorrer por 15 minutos com a parte cortada para baixo. Num prato misture e amasse as ervas a ricota. Adicione o alho, o queijo parmesão, a farinha de rosca, 5 colheres (de sopa) de azeite de oliva, sal, pimenta e misture bem. Numa assadeira, coloque os tomates com a parte cortada voltada para cima e recheie. Leve ao forno por 40 minutos ou até dourar. Retire e sirva com o restante do azeite de oliva.
PEIXE
Bacalhau recheado com farinheira INGREDIENTES 4 postas de bacalhau do lombo, demolhado 2 farinheiras de porco preto 3 dentes de alho
2 cebolas Azeite e pimentão doce q.b 900 g de batatas Pimenta branca moída q.b. Sal e salsa picada q.b.
Preparação Retire a pele à farinheira, esmague-a com um garfo e reserve. Corte as postas de bacalhau ao meio, depois destas amanhadas e, recheie-as com a farinheira. Refaça as postas e tempere de sal e pimenta. Descasque as batatas e corte-as em gomos e coloque-as num tabuleiro de barro. Descasque e corte as cebolas em meias-luas. Adicione
as cebolas e os alhos picados às batatas envolvendo. Regue generosamente com azeite, polvilhe com o pimentão doce e leve ao forno, previamente aquecido a (200ºC), cerca de 20 minutos. Junte as postas de bacalhau às batatas e deixe assar cerca de 25-30 minutos, regando de vez em quando com o molho. Retire do forno, polvilhe com a salsa picada e sirva.
Preparação Leve ao lume uma panela com água. Adicione cebola às rodelas e salsa. Junte salpicão, chouriço de carne, um pedaço de presunto, carne de
Como fazer: Numa taça resistente ao calor junte o Bailey’s, o Frangélico e o café. Complete até o fim do copo com chantilly. Por cima, oonha raspas de chocolate e grãos de café.
vaca cortada aos pedaços e frango. Tempere com sal e pimenta. Deixe cozer tudo durante 1 hora. Coe o caldo e deite numa panela ao lume. Adicione o arroz e deixe cozer durante 15 minutos.
Num tacho de barro ou num pirex coloque as carnes desfiadas e o arroz. Decore com rodelas de chouriço e leve ao forno (aquecido à temperatura de 180º C)até alourar o arroz, durante 10 minutos.
turada com o fermento e canela, o mel e o leite. Misture tudo muito bem. Bata as claras em castelo firme, juntamente com a pitada de sal. Envolva bem, as claras ao prepa-
rado anterior sem bater. Deite a massa na forma. Leve ao forno a cozer cerca de + ou - 45 minutos, (convém verificar se está cozido). Depois de cozido desenforme.
SOBREMESA
Bolo de mel Ingredientes: 4 ovos 2 chávenas de chá de açúcar 2 colheres (de sopa) bem cheias de manteiga derretida 2 chávenas de chá de leite gordo 3 chávenas de chá de farinha de trigo 1 colher (de sobremesa) de fermento em pó 4 c. (de sopa) de mel 2 c. (de chá) de canela em pó Uma pitada de flor de sal Preparação: Aqueça o forno (180ºC). Unte com bastante manteiga uma forma com chaminé e polvilhe com farinha. Bata bem, o açúcar com as gemas e a manteiga derretida (fria). Junte a farinha previamente misPUB
Dicas
de
Cozinha
Macarronada A macarronada ficará mais saborosa se você misturar um pouco de pimenta-do-reino ao queijo ralado.
Banana frita Antes de fritar a banana, passe-a em farinha de trigo. Assim ela não fica encharcada na gordura.
Molho da carne Se o molho de carne ficar sem cor, acrescente duas colheres (chá) de café solúvel. Chantilly O creme chantilly rende mais e não fica tão pesado quando se acrescenta uma clara de ovo ao creme de leite. Couve-flor Para manter a couve-flor branca, adicione um pouco de leite a água do cozimento.
PARABÉNS
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Parabéns a você DEZ
12 Luís Sousa Scarborough Canadá Manuel Araújo La Garenne Colombes França Manuel Branco Antony França Manuel Fernandes London Inglaterra Manuel Gonçalves Vernon França Manuel Santos Paris França Marcelo Serafim Ilhavo Portugal Maria Brandão Brest França Maria Cardoso Vichy França Maria Fernandes Longwy Haut França Martins Nazaré Andorra La Vella Andorra Nathália Fernandes Uriage França Vasco Monteiro Santos Brasil Virgílio Margato Luxembourg Luxemburgo DEZ
13 Abreu José Brienon-sur-armancon França António Ferreira Franconville França António Freitas Guebwiller França António Pereira Joinville-le-pont França António Rocha Escaldaes-engordany Andorra António Rodrigues Paris França Arlindo Marques Andorra La Vella Andorra Castro Malojo Sceaux França Correia Joaquim Encamp Andorra Cunha Victor Hamilton Canadá Da António Creteil França Da Manuel Sant Julia De Loria Andorra Dr Castro Lisboa Portugal Fernando Pinto Recife Brasil Francesco Silva Luxemburgo Luxemburgo João Simões Arnsberg Alemanha Joaquim Peoria U.S.A.
José Silva Leverkusen Alemanha José Silva São Paulo Brasil Josefa Jales Jaboatao Dos Guararapes Brasil Lopes Júlio Zurich Suíça Manuel Valente Kearny U.S.A. Maria Simões Petange Luxemburgo Silva António Bremerhaven Alemanha Silva Manuel Rennes França Virgílio Soares Wilwerdange Luxemburgo DEZ
14 António Pereira Tours França Artur Gomes Bertrange Luxemburgo Belmiro Teixeira London Inglaterra Bruco António Bougival França Cabouco Bruno St. Gilles França Carvalho Manuel Bobigny França Daniel Costa Luxembourg Luxemburgo Daniel Loureiro São Paulo Brasil Delfim Janela Duisburg Bélgica Fernanda Claro Neuss Alemanha Fernando Afonso Saint-gilles Bélgica Fernando Monteiro Strasbourg França Filipe Anjo Montmagny França Flávio Neves Les Pontins Suíça German Cavaco City Bell - Buenos Aires Argentina Gomes Agostinho Negrepelisse França José Santos Praia Cabo Verde Laurentino Esteves Toronto Canadá Maria Calado Vancouver Canadá Maria Fonseca Peterborough Inglaterra Rui Pereira Geneve Suíça DEZ
15 Alfredo Antunes Recife
Brasil
António Quintal London Armandina Martins Rio De Janeiro Armindo Mateus Bezons Carlos Cardoso Luxembourg Carlos Fonseca Schorndorf Carlos Guedes Livry Gargan Cunha Cristina Els Cortals De Virginia Andorra La Vella Espirito Eunice La Massana Fajardo Maria Luxembourg Fernanda Salvador São Paulo Fernando Proença Champs-sur-marne Gonçalves Semedo Nice Jerónimo Cardoso Graffenstaden Jesus Isabel Hamburg José Santos Parlin Manuel Carvalho Cornelles Le Royal Manuel Correia Comodoro Rivadavia Manuel Nogueira Rueil Malmaison Manuel Pedro Illingen Maria Figueiredo São Paulo Maria Rosa São Paulo Maria Silva Rio De Janeiro Mário Ribeiro Maringa Mendes José Esch-sur-alzette Morais Vitor Noiseau Natália Belchior Comodoro Rivadavia Orlindo Santos Burier Paulo Santos Bale Vanessa Valente Biel Viegas João Gex
Inglaterra Brasil França Luxemburgo Alemanha França Andorra Andorra Andorra Luxemburgo Brasil França França França Alemanha U.S.A. França Argentina França Alemanha Brasil Brasil Brasil Brasil Luxemburgo França Argentina Suíça Suíça Suíça França
DEZ
16 Agnaldo Tomé Rio De Janeiro António Araujo Caracas António Garnacho Cascavel
António Pereira Vinhedo Brasil António Silva St. Helier-jersey Inglaterra Artur Sousa Gerzat França Cândido Dias Koniz Suíça Daniel Garcio Neuchatel Suíça De Rosália Strasbourg França Débora Candeias Downham Market Inglaterra Fernandes Fernandes Torcy França Florinda Leite Rio De Janeiro Brasil Francisco Oliveira Porto Alegre Brasil Gaspar Olinda Clichy Sous Bois França Gilvan Rodrigues Recife Brasil Jacinto Sousa Londrina Brasil João Gonçalves Paris França João Merim Dippach Luxemburgo João Oliveira Beauchamp França José Silva Chennevieres-sur-marne França José Simoes Buhler Suíça Manuel Balau Ribeirão Preto Brasil Márcio Correia Kaufbeuren Alemanha Martins Michael Villebon Sur Ivette França Ricardo Costa Werl Alemanha Simões Manuel Luxembourg Luxemburgo Vasco Pereira Petit Quevilly França
Brasil Venezuela Brasil
DEZ
17 Adelino Costa Maringa Alice Piedade Peutie António Azevedo Nanterre António Cravo Paris António Dias Kitchener Fábio Santos São Paulo Guido Cascais Bois-bougy Henrique Caetano Chalon S. Saone Herberto Cardoso Newman Hilário Gomes Forbach
Brasil Bélgica França França Canadá Brasil Suíça França U.S.A. França
Isabelle Faustino La Varenne Ismael Marques Andorra La Vella José Araújo Rio De Janeiro Mael Gonçalves Dombresson Manuel Fernandes Margny Les Compiegne Manuel Veiga Tewksbury Ma Matias Vasco Aubervilliers Miguel Ferreira Neuchatel Pais António Paris Paulo Neto Hausach Paulo Silva Ittlingen Sebastião Esteves São Paulo
p.37 França Andorra Brasil Suíça França U.S.A. França Suíça França Alemanha Alemanha Brasil
DEZ
18 Adérito Pereira Geneve Albertino Santos Pantin Aníbal Melo Arlanc António Coelho Sao Caetano Do Sul António Cunha Ettelbruck António Moreira Crissier António Resende Rio De Janeiro Cabeçinha José Victoria Carlos Monteiro Paris Da António Sant Julia De Loria Emília Morais Frisange Fernando Novais Lyon Joaquim Cunha Contern Joaquim Martins São Paulo Joaquim Moreira Paris Joaquim Silva Neuss Joaquim Silva Rio De Janeiro Joaquim Silva Toulouse Jorge Guimarães Niederbipp Jorge Santos Geneve José Mendes Niteroi José Rei Besancon
Suíça França França Brasil Luxemburgo Suíça Brasil Canadá França Andorra Luxemburgo França Luxemburgo Brasil França Alemanha Brasil França Suíça Suíça Brasil França
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LAZER
SIGNO DA ÉPOCA
SAGITÁRIO 23 nov. a 21 dez.
16 de DEZemBRo de 2016
O SAGITÁRIO é um dos signos mais positivos do zodíaco. São versáteis e encantam-se com a aventura e o desconhecido. Têm a mente aberta para novas ideias e experiências e mantêm um atitude otimista inclusive quando as coisas parecem difíceis. São fiáveis, honestos, bons, sinceros e dispostos a lutar pelas boas causas, custe o que custar. Os sagitários costumam acreditar na ética e gostam de seguir os ritos da religião, de um partido político ou de uma organização. Isto pode levá-los a terem certas tendências supersticiosas. Encanta-lhes abarcar novos projetos e aprender sobre coisas novas. São intuitivos, bons organizadores, generosos e muito cuidadosos.
p.38 POSTAIS DOS LEITORES SuSANA LOuRO CARNEIRO
touro
19 DE DEZEMBRO DE 2014
gémeos
jOSÉVIRGEM E AmÉLIA PINtO CANADá 24 ago. a 23 set.
LEÃO
caranguejo
DINAmARCA 21 mar. a 20 abr.
21 abr. a 21 mai.
22 mai. a 21 jun.
21 jun. a 23 jul.
Saúde: ande mais a pé. Amor: tudo estará calmo mas é necessário estabelecer novas metas para a vida a dois de forma a não deixar a relação cair na rotina.
Saúde: tente fazer alguma actividade desportiva. Amor: a semana será vivida com muita paixão em que vai sentir-se apaixonado e feliz.
Saúde: as suas energias estarão muito em baixo. Amor: estará mais forte e decidido em alterar o rumo da sua situação atual; tomará medidas que vão melhorar a sua relação.
Saúde: poderá ter dores nas costas e problemas de vias respiratórias. Amor: terá de tomar algumas atitudes, mas apenas com certezas de forma a fazer o melhor para si.
Saúde: opte por comida natural em vez de comida artificial. Amor: as relações estarão fortes e seguras; saberá com o que contar do seu parceiro e não são de prever problemas.
24 jul. a 23 ago.
Saúde: poderá ter alguns problemas de stress; dê uns passeios para descontrair e apanhar ar. Amor: terá de tomar posições mais fortes para que seja respeitado.
balança
escorpião
sagitário
capricórnio
aquário
peixes
24 set. a 23 out.
24 out. a 22 nov.
23 nov. a 21 dez.
22 dez. a 20 jan.
21 jan. a 19 fev.
20 fev. a 20 mar.
Saúde: seria bom que viajasse mais para descontrair um pouco mais. Amor: ao longo da semana tente disponibilizar mais tempo para o seu parceiro.
Saúde: atenção às posturas. Saúde: estará muito agitado e Saúde: é aconselhável que Saúde: passeie e aproveite o ar Amor: vai sentir alguma satuterá dificuldades em adormecer. marque uma consulta para livre para recuperar energias. ração dentro da sua relação; Amor: não acredite em tudo o avaliar a sua saúde em geral. Amor: tende a sentir-se um esta é uma boa altura para que lhe dizem; oiça os arguAmor: o momento é de reflexão pouco perdido; nem sempre e conversarem. do seu parceiro e esteja e terá necessidade de se isolar Dospoderá contar com oque seu mais par- do sentarem nossos leitores, que assinantes, são a família mentos do Mundo Português, calmo. e ficar sozinho. ceiro. recebemos todos os anos por esta altura, os postais de Natal, que, com muito orgulho,
Aqui vão os desejos de Bom Natal e Feliz Ano Novo Sempre amiga, Susana
Aos amigos de sempre que fazem este marapublicamos em várias edições. A todos deixamos o nosso ‘muito obrigado’ e vilhoso jornal, queremos desejar um Feliz Nadesejamos um Natal muito Feliz em Paz e Harmonia e que 2015 chegue com tal e um Novo Ano com saúde. Destes amimuita saúde, trabalho e bons momentos passados em companhia deste vosso ogo dos erros gos que longe, não os esquecem. Um abraço, fiel amigo há quase 45 anos
Passatempos
Olá amigos da grande equipa do jornal
«Mundo Português». Este postal tem o fim Ao encontro da história de vos desejar umas Boas Festas. Tudo de
955 - É eleito o Papa João XII. 1431 - Henrique VI de Inglaterra é coroado Rei de França na Catedral de Notre-Dame de Paris. 1653 - Oliver Cromwell torna-se Lord Protector de Inglaterra e Escócia, em substituição à figura do rei 1761 - Guerra dos Sete Anos: Depois de quatro meses colocando barreiras, os russos sob o comando de Pyotr Rumyantsev conquistam a fortaleza de Kolobrzeg da Prússia. 1773 - Ocorre a Festa do Chá Boston. SIGNO DAdeÉPOCA 1810 - Início do Cerco de Tortosa, Guerra Peninsular, SAGItáRIO Guerras Napoleónicas. 23 nov. até 2 a 21 dez. O cerco prolongou-se de janeiro de 1811. Foi uma vitória das forças francesas sobre a guarnição espanhola. 1811 - O mais terrível terremoto na história dos Estados Unidos ocorre no Estado de Missouri.
17 dez
CARNEIRO
21 I é mar. a 20coimperador abr. 920 — Romano coroado sob o reinadoSaúde: de Constantino VII. 942 — Assassinato de Guilherme I da ande mais a pé. Normandia. Amor: 1770 — Ludwig van Beethoven é baptitudo estará calmo mas é zado em Bonn. necessário novas 1777 — A França é a estabelecer primeira nação metas para a vida a dois a reconhecer a independência dos Esta-de dos Unidos. forma a não deixar a relação cair nade D. rotina. 1792 — Por ordem Maria I, Rainha Dinheiro: de Portugal, foi fundada a Real Academia tende ae decorrer de Artilharia, tudo Fortificação Desenho,dentro primeira escola do de engenharia das Amérinormal. cas e terceira do mundo. 1903 — História da aviação: Primeiro voo de aeroplano dos Irmãos Wright 1939 — 2ª Guerra Mundial - O navio de guerra alemão Admiral Graf Spee, é afundado na batalha do Rio da Prata.
J
7
José e Amélia Pinto
CRIStINA PARRILLA ALEmANHA
16 dez
Saúde: poderá ter alguns problemas de estômago. Amor: necessita de estar em paz com o seu parceiro por isso deve evitar discussões por coisas sem importância.
bom para vocês e vossos familiares. Muita saúde, alegria, felicidades e trabalho pela 1838 — Almeida Garrett é nomeado croo anos e 2015. Bom Natal e Próspero nista-morAno do reino de Portugal. 18 dez Japão recebe estaNovo. Venho também por este 1940 — Odawara no meio dese218 a.C. — Segunda Guerra Púnica: Bade cidade. talha dojar Trébia vitória queridos de Cartago, sob etuto aos meus marido filhos (Séro comando gio de Aníbal sobre e Bianca), um a República bom Natal e tudo de bom Romana.para o novo ano de 2015 - saúde, alegrias, 21 dez 1787 — Nova Jérsei torna-se o terceiro sucesso em tudo o que eles planeiam para estado norte-americano, após ter ratificaas suas vidas. do a Constituição americana. 1163 — Furacão causa grandes inunda1870 —Boas Fim Festas do Primeiro Concílioum doabraço çõesena Holanda. para todos, beijos, Vaticano.Cristina Parrilla 1471 — João de Santarém e Pêro Es-
óSCAR OLIVEIRA ALEmANHA Para todos da equipa e seus familiares, votos de um Santo e Feliz Natal e que o Novo Ano lhes traga tudo de bom e felicidades para o vosso e nosso jornal. Um forte abraço e cumprimentos para todos deste vosso assinante e família, Óscar Oliveira
CAEtANO GRAçA ALEmANHA Quero desejar a toda a equipa que edita e produz o nosso jornal, Boas Festas. Feliz Natal e um Ano Novo cheio de coisas boas, em especial saúde para todos e um Portugal melhor com a crise resolvida. Continuo muito satisfeito com o vosso trabalho, senão não seria assinante há quase 40 anos. Espero que vá continuando por muito anos, Caetano Graça
1892 — Estréia do ballet O Quebra-Nozes. cobar descobrem as ilhas de São Tomé 1941 — Os Aliados invadem Timor. e Príncipe. 1945 — O Uruguai é admitido como Es1844 — Um grupo de 28 tecelões de RoO SAGItáRIO é um dos signos mais positivos zodíaco. São versáteis e encantam-se com a aventura e o desconhecido. Têm a mente aberta para novas ideias e experiêntado-Membro da ONU. chdale, nadoregião de Manchester, Inglacias mantendo um atitude otimista inclusive quando coisas parecemdo difíceis. terra, lançou aoas mundo a semente sis- São fiáveis, honestos, bons, sinceros e dispostos a lutar pelas boas causas custe o que custar. Os Sagitários costumam acreditar na ética gostam dedo cooperativismo. seguir os ritos da religião, de um partido político ou de uma organização. Isto pode levar-lhes a terem certas tendêntema eeconómico cias supersticiosas. Encanta-lhes abarcar novos aprender coisas novas. São intuitivos, bons organizadores, generosos e muito cuidadosos. 1903 — projetos Primeira e edição do sobre Prêmio 324 — Licínio abdica sua posição Goncourt de literatura francesa. como Imperador Romano. 1937 — O filme Branca de Neve e os 1154 — Henrique II de Inglaterra é coSete Anões, de Walt Disney, estreia nos roado na Abadia de Westminster. cinemas norte-americanos. 1490 — Ana, Duquesa da Bretanha ca1942 — Projecto Manhattan: início sa-se com Maximiliano I, Sacro Imperada primeira reacção nuclear em cadeia dor Romano-Germânico. tOuRO CARANGuEjO LEÃO VIRGEm auto-sustentada. 1843 — É publicado o livro “A Christmas GÉmEOS 21 abr. a 21 mai. 22 mai. a 21 jun. 21 jun. a 23 jul. 24 jul. a 23 ago. 24 ago. a 23 set. Carol”, de Charles Dickens. 1920 — Rei Constantino I da Grécia é Saúde: Saúde: Saúde: Saúde: Saúde: Estreia da quinta sinforestaurado rei dos Gregos após a morte as1808 — tente fazer alguma actividade suas energias estarão muito poderá ter dores nas costas opte por comida natural em vez poderá ter alguns problemas nia de Ludwig van Beethoven em Viena. de seudesportiva. filho, o rei Alexandre I da Grécia. em baixo. e problemas de vias respirade comida artificial. de stress; dê uns passeios para 1846 — José Travassos Valdez é feito 1927 Amor: — Stalin condena Trotsky a Amor: tórias. Amor: descontrair e apanhar ar. prisioneiro na batalha de Torres Vedras. deportação. a semana será vivida com estará maisConcluída forte e decidido em Amor: as relações estarão fortes e seAmor: 1926 — a eletrificação da li1940 — Risto Ryti é eleito o 5° presidenpaixão em que vai sentiralterar o rumo da suade situação terá de tomar algumas atitudes, guras; saberá com o que contar terá aça de tomar posições mais nha de comboio Cascais, ligando te da muita Finlândia. se apaixonado e feliz. atual; tomará medidas que vão mas apenas com certezas de do seu parceiro e não são de fortes para que seja respeitado. aquele município português a Lisboa. palavras Dinheiro: melhorar sua relação. forma a fazer o melhor para si. prever problemas. Dinheiro: 1957 —aCriação do Museu da Abolição, estará muito motivado e emDinheiro: Dinheiro: estará muito de forte e com força instalado no antigo Sobrado Grande da 1520 — Martinho Lutero queima em Wit- Dinheiro: Na mistura penhado no desempenho das bom período para fazer contradeve medir todos os passos altere um pouco os procedide vontade para superar todos Madalena. tenberg (Alemanha) a bula de excomuletras , encontre tarefas.contra ele pelo Papa tos1964 — e negócios. antes de seguir em frente com mentos atuais, assin vai conos Boas persopecPrimeiro vôo da aeronave SRnhão,suas decretada asobstáculos. palavras que 71 Blackbird. um investimento novo. tinuar a ter dificuldades tivas Leão X. estão aqui ao 1968 - Anos de Chumbo: os canto1766 — São incorporadas na Coroa Porlado res Caetano Veloso e Gilberto Gil são tuguesa todas as saboarias do Reino. presos no Rio de Janeiro, acusados de O conde de Castelo Melhor, que perde o protestar publicamente contra a ditadu- Solução: monopólio, é compensado com o título de ra, nos seus espetáculos marquês e importantes bens fundiários.
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22 dez
C
20 dez
bALANçA
ESCORPIÃO
SAGItáRIO
CAPRICóRNIO
AquáRIO
PEIxES
24 set. a 23 out.
24 out. a 22 nov.
23 nov. a 21 dez.
22 dez. a 20 jan.
21 jan. a 19 fev.
20 fev. a 20 mar.
Saúde: seria bom que viajasse para se
Saúde: é aconselhável que marque
Saúde: tente passear e aproveite o ar
Saúde: atenção às posturas.
Saúde: vai estar muito agitado e terá
Saúde: poderá ter alguns problemas de
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16 DE DEZEMBRO DE 2016
Porque os Homens Pensam Pequenos pensamentos do dia-a-dia que exprimem a realidade que nos envolve, que nos condiciona ou nos estimula, dependendo da nossa atitude...
Foto da semana fora de contexto O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, brinca com um balão que lhe foi dado por uma criança durante a visita realizada no Refúgio Aboim Ascensão onde participou na cerimónia de inauguração das luzes de Natal em Faro. Foto de LUIS FORRA/LUSA
Ó companheiro não tenhas medo que eu não vou deixar isto “rebentar”... Já estou habituado!
ALGUÉM DISSE... NUNO MORAIS SARMENTO| Dirigente do PSD sobre a sucessão “Não sei se será Rui Rio o futuro líder do PSD, Tenham atenção a Marques Mendes e a Pedro Santana Lopes. Em vez de olharem para o campeonato regional, olhem para a primeira liga” O problema é que isto é mais parecido com a Taça de Portugal, onde por vezes aparecem uns tomba gigantes que estragam a festa toda. Lembra-se de Cavaco, vindo diretamente dos regionais? AUGUSTO SANTOS SILVA| Ministro dos Negócios Estrangeiros “Não vi nenhum sinal de descortesia no parlamento (PCP não aplaudiu o monarca espanhol e o BE permaneceu sentado) Era o que faltava estarmos todos obrigados a aplaudir” De facto ninguém pode ser obrigado a aplaudir, mas permanecer sentado e indiferente é de meninos birrentos DONALD TRUM| Presidente Eleito dos Estados Unidos “Vamos escolher o ‘cão louco’ Matts como nosso secretário de defesa. Dizem que ele é o mais próximo que temos do General George Patton”. Ora não se preocupem, o cão da minha vizinha o “sai-cedo” depois de ter sido vacinado contra a raiva ficou tão sossegadinho que nunca mais saíu à noite... FLORENTINO PEREZ| Presidente do Real Madrid “Cristiano é especial, os seus números são escandalosos. Já nos devolveu cada centavo que pagamos por ele”. Estão a ver como se diz muita mentira... Afinal o homem devolveu tudo o que recebeu, portanto aquilo dos 150 milhões em off-shore é tudo treta... JAIME PACHECO| Treinador de futebol “Jorge Jesus tem um segredo muito especial, pois todos os anos dá a volta aos presidentes e contrata 20 ou 30 jogadores. Um dia tenho de lhe perguntar”. Essa até eu sei e não sou treinador de futebol. Basta o clube, mais tarde conseguir vendê-los com lucro, já foi assim no Benfica e está a ser no sporting...
OS NOSSOS LIVROS
loja mundoportugues.pt
Grande Atlas Geográfico da Bíblia A Bíblia sempre despertou o maior interesse a quem gosta de livros. Naturalmente apelidada de “Livro dos Livros” encerra os principios doutrinários de Judeus e Católicos, e é hoje o grande livro da fé dos povos ocidentais com raízes no Cristianismo. O livro que hoje apresentamos para a sua biblioteca é fundamental para uma correta compreensão da bíblia em especial de toda a vida de Cristo. ao longo dos trinta e três anos em que andou entre nós.. Este livro mostra-lhe os locais geográficos onde Cristo andou, e onde todas as coisas aconteceram. Mas também aborda o Antigo Testamento. Decerto já ouviu falar e conhece a história da fuga dos escravos do Egito e de como Moisés com a sua vara separou as águas do Nilo. Este livro mostra-lhe com mapas e fotografias os locais onde tudo isso aconteceu, para ficar com uma visão correta dos acontecimentos que sempre surpreende-
ram o mundo. Este livro é pois, uma fantástica viagem pelos lugares da Bíblia, que lhe permitirá conhecer todos esses sítios de que sempre ouviu falar, mas que na realidade nem sabe bem onde ficam.
Um livro para todos
Independentemente da fé de cada um, este é um livro fundamental para os leitores, porque se trata de um livro de caráter histórico que enquadra geograficamente a vida de Cristo e dos apóstolos de uma forma única com recurso a maravilhosos e rigorosos mapas que identificam os sítios que pretendemos procurar. Mas vai para além disso, na medida em que estão também tra-
tados os mapas dos Impérios contemporâneos com os acontecimentos bíblicos para que se possa ficar assim com uma idéia importante do que se passava no mundo naquela época. Quando Cristo disse “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, estava a pronunciar uma frase com repercussões políticas até aos dias de hoje. Nes-
te livro o leitor vai compreender porquê. São 575 páginas em formato grande de 24 x 35 cm, com encadernação de luxo em capa dura e caixa de protecção que poderá ser adquirido por 85 euros+portes. Todas as páginas (mapas e fotos) em papel couché para que esta obra possa perdurar no tempo.
Este faz também parte dos livros que consideramos fundamentais para a sua biblioteca. Comece já a fazê-la hoje mesmo, e não esqueça que LIVROS TAMBÉM SÃO UM EXCELENTE INVESTIMENTO. Para si próprio ou para deixar a filhos e netos e outros familiares e amigos, que desta forma jamais o esquecerão.