Mostra Brasileira de Arte Autoral (MOBAA) _ Catálogo

Page 1

TEATRO DANÇA MÚSICA LITERATURA AUDIOVISUAL ARTES PLÁSTICAS


2

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Um encontro com Arte e Artistas de diferentes regiões do Brasil, todos autores, criadores e gestores do seu próprio fazer Arte! Reunir em um único evento diversos movimentos artísticos autorais que fazem a cena contemporânea brasileira atual e que, na sua maioria, situam-se fora da indústria cultural. Nesta edição da I Mostra Brasileira de Arte Autoral há o encontro de sapateadores e brincantes do Ceará, dança contemporânea de Goiânia, músicas brasilienses e pirenopolinas, artes plásticas, fotografias e literaturas de São Paulo e Brasília, cinema (curtasmetragens) e grupos teatrais do centro-oeste. Nesta I MOBAA, mais de 30 artistas brasileiros com quase 40 horas de programação gratuita, e cerca de 30 atividades para público adulto e infantil: além dos shows musicais, apresentações teatrais, dança e sapateado, filme e exposição de artes visuais, realizações de Roda de Conversa com o público e oficinas ministradas pelos próprios artistas, criadores de sua Arte. Artistas participantes da I MOBAA: DANÇA Cia Vatá (CE): Valéria Pinheiro, Rodrigo Claudino, Makito Vieira, Carina Santos, Rafael Abreu, Leandro Neto e Igor Lira Rafael Guarato (GO) TEATRO Fernanda Pimenta e Elena Diego Marina (Farândola Teatro/GO) Flávia Cunha e Val Azevedo (Cia CHiMOMi/GO) Julia Pascali (GO) MÚSICA Andréa Luisa Teixeira (GO) Carol Carneiro (com Jorge Augusto de S. Oliveira e André de Araújo Costa - DF) Isabella Rovo e Victor Batista (GO) PERFORMANCE Suyan de Mattos (com Leci Augusto Kaiowá e Iza Tapuia) (DF) LITERATURA Ruiter Lima (DF) Silvia Nogueira (SP) ARTES VISUAIS Rosa Berardo (GO) ARTES PLÁSTICAS Beatriz Nogueira (SP) Eneida Sanches (BA) Fernanda Pacca (DF) Glenio Lima (DF) Janice Affonso (DF) José Ivasy (DF) Osvânia Ferreira (DF) Peninha (DF) Wagner Barja (DF)


3

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

MOBAA - PROGRAMAÇÃO GRATUITA Dia 03/1 1/16 ( Quinta- feira)    

10h Oficina circo.teatro música (infantil) – Cia. CHiMOMi (GO) 14h Oficina circo.teatro música (infantil) – Cia. CHiMOMi (GO) 18h30 Espetáculo circo.teatro mudo “A bOla” - Cia. CHiMOMi (GO) 20h30 Abertura da exposição “imemoria” com os artistas de diferentes estados

Dia 04/1 1/16 ( Sexta- feira)         

09h Oficina de dança (juvenil/adulto) “Corpos brincantes” – Cia. Vatá e Valéria Pinheiro (CE) 9h30 Oficina-Mostra de “Poema Visual” (infantil) – Silvia e Bia Nogueira (SP) 14h Projeção filmes de animação sobre Cora Coralina (“A chegada de Aninha”, A infância de Aninha”, “Os meninos verdes”) e fotografias “Xingu” – Rosa Berardo (GO) 14h Oficina-Mostra de “Poema Visual” (infantil) – Silvia e Bia Nogueira (SP) 16h Oficina teatro (infantil) – Farândola Teatro (GO) 18h Apresentação teatro “Minha Terra” – Julia Pascali (GO) 19h Roda de Conversa I com os artistas autorais de diferentes estados e Ruiter Lima (DF) 20h30 Apresentação dança sapateado “Compilation” - Cia Vatá (CE) 21h30 Show musical “Cantoria” – Isabella Rovo e Victor Batista (GO)

Dia 05/1 1/16 ( sábado)            

09h Oficina teatro (adulto) – Farândola Teatro (GO) 10h Oficina dança contemporânea (juvenil/adulto) – Rafael Guarato (GO) 10h30 Projeção filmes de animação sobre Cora Coralina (“A chegada de Aninha”, A infância de Aninha”, “Os meninos verdes”) e fotografias “Xingu” – Rosa Berardo (GO) 14h Roda de Conversa II com os artistas autorais de diferentes estados e Ruiter Lima (DF) 15h30 Oficina teatro (adulto) “Performance vocal” – Julia Pascali (GO) 15h30 Oficina-Mostra de “Poema Visual” (adulto) – Silvia e Bia Nogueira (SP) 15h30 Oficina viola caipira (juvenil/adulto) – Victor Batista (GO) 18h Projeção fotos e pesquisa de campo em música – Andréa L. Teixeira (GO) 19h Performance “Jupiracó Tapipy-Akó e Silva” – Suyan de Mattos (DF) 20h Apresentação “Quando se abrem os Guarda-Chuvas” – Farândola Teatro (GO 21h Apresentação dança contemporânea “Alça de Balde” – Rafael Guarato (GO) 21h30 Apresentação show musical – Carol Carneiro (DF)

 

10h Espetáculo circo.teatro mudo “A bOla” – Cia CHiMOMi (GO) 11h Encerramento da I Mostra Brasileira de Arte Autoral

Dia 06/1 1/16 ( Domingo)


4

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Cia. CHiMOMi – Pirenópolis, GO Flávia Cunha (atriz e psicóloga) e Val Azevedo (compositora e musicista) Espetáculo de circo.teatro mudo “A bOla” Sem palavras... É assim que CHiMOMi conta sua história! Sem falar nada, é possível entender tudo... Mas como?! CHiMOM, que não usa fala para se comunicar, é fruto do trabalho desenvolvido por mais de 10 anos pela psicóloga e atriz Flávia Cunha com crianças e Cia CHiMOMi -"A bOla" na MOBAA em Olhos Água, adolescentes em situação de nov/16. Foto: Alessandra Oliveira risco e vulnerabilidade social em comunidades periféricas da região metropolitana de São Paulo/SP, Ubatuba/SP e Pirenópolis/GO. A trilha sonora "A bOla" possui repertório especialmente elaborado pela musicista e multi-instrumentista Val Azevedo (nascida em Caruaru/PE), com uma musicalidade em que dialogam ao vivo, por exemplo, o cajón e a flauta passando pelo cavaquinho, violão, gaita, voz e pandeiro. Desde 2012 “A bOla” já foi apresentado em diferentes cidades de 12 estados brasileiros e no Distrito Federal. E nos mais diferentes locais: Festivais, escolas, creches, Circos, APAE, comunidade indígena, Teatros, ruas e praças! Oficina de circo.teatro e música para crianças Utilização de técnicas de improvisação e mimica, objetivando trabalhar a ludicidade, interação social e reconhecimento de limites e percepções corpóreas, também abarcando a sonoridade e a musicalidade. Ministrada por Flávia Cunha e Val Azevedo (Cia. CHiMOMi). Textos: Cia CHiMOMi. Site: www.chimomi.com

Cia CHiMOMi – oficina para alunos da escola municipal de Olhos D´Água na MOBAA. Foto: Alessandra Oliveira


5

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Farândola Teatro – Goiânia, GO Fernanda Pimenta (atriz e diretora) e Elena Diego (atriz e diretora) “Quando se abrem os guarda-chuvas” A Farândola Teatro apresenta seu primeiro resultado do processo de pesquisa de teatro físico e poético, monólogo interpretado pela atriz goiana Fernanda Pimenta, que colaborou com a dramaturgia do escritor carioca João Pedro Fagerlande, e dirigido pela espanhola Elena Diego Farândola Teatro – “Quando se abrem os guardaMarina. chuvas”. Foto: Farândola Teatro “Quando se Abrem os Guarda-chuvas” é um espetáculo que conta a história de Conceição, uma senhora de 75 anos, que vive, na monotonia da vida, a lembrança de um tempo que se passou e a realidade de um presente solitário. Inesperadamente recebe um telefonema de um amor da juventude, que pode mudar o futuro que ainda lhe resta. Uma proposta para refletir sobre o amor, a vontade de viver, sobre a esperança e, principalmente, a expectativa de se reviver. Basta estarmos vivos para suportar os obstáculos da vida. É com este espetáculo que a Farândola Teatro estréia sua caminhada na pesquisa de um teatro que reflete sobre a vida, usando de técnicas individuais adquiridas por seus membros e compartilhadas com novas platéias. Um espetáculo íntimo e intimista, onde o espectador sente a alma da personagem em suas dores, memórias e alegrias. Oficina de jogos poéticos Busca possibilitar a integração dos participantes através de divertidos e instigantes procedimentos teatrais. Baseada numa junção estratégica de jogos de improvisação, brincadeiras do teatro do oprimido e música, a oficina de duas horas pretende estimular a cooperação entre os participantes. Ministrada pela atriz espanhola Elena Diego Marina (Farândola Teatro). Textos: Farândola Teatro

Farândola Teatro – oficina com alunos da escola estadual na MOBAA, nov/16. Foto: Flávia Cunho


6

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Julia Pascali – Pirenópolis, GO (teatro) “Minha Terra” Julia Pascali, atriz e diretora desde 1973, apresenta-se em performance vocal em Minha Terra, sob a direção de Marcio Aurelio, premiado diretor de teatro brasileiro, com Dramaturgia do Movimento e Roteiro por Daraína Pregnolatto, Estudos de Voz por Linda Wise e Dramaturgia das Músicas Julia Pascali – “Minha Terra” na Praça de Olhos D´Água, nov/16. Foto: Flávia Cunha por Helio Amaral. Em performance cênico/vocal apresenta, ao sabor das tradições populares brasileiras uma releitura para histórias e canções da Amazônia, do Ceará, do Centro-Oeste sertanejo e de São Paulo. O roteiro busca tratar as histórias da Amazônia e outros Brasis invocando humor e personagens, com acompanhamento inusitado, aproximando o público do Universo dos mitos e cultura popular. No roteiro, que vai sendo tecido conforme os sinais da Sincronicidade com o espaço, o tempo e a comunidade entorno, encontramos vozes que apresentam mitos da Amazônia como a Cobra-Grande, a Curupira e o Boto, poemas sobre a natureza - o Rio, o Ipê, o Mar – histórias de amor, de vida e de morte. Os índios Nambiquara se fazem presentes com seus mitos de origem. A performer, Julia Pascali, recebeu os primeiros ensinamentos de voz em sua casa, desde a tenra infância, com sua mãe, que cantava a capela, dia e noite, as canções de seu tempo. Sempre dedicada ao teatro, voz e dança com passagens pelo Teatro Popular, Teatro Experimental de Grupo, Artes Integradas, Butô, Nô, tem estudado com o Pantheatre desde 2009, na linha da Performance Vocal e Teatro Coreográfico. Nascida na Pauliceia Desvairada, viveu mergulhada na Amazônia de 1985 a 1994, quando se transferiu para o Centro-Oeste brasileiro. O atual trabalho tem sua tônica na interpretação vocal, convidando, sempre que possível músicos e acompanhamentos singulares com pandeiro, sax, contra-baixo, sinos, percussão diversa, piano, ao sabor dos espaços, região e sincronicidade dos encontros. Para que a natureza brasileira se faça presente Julia Pascali concebe e ensaia suas criações sob a Sumaúma, por exemplo, árvore de importância mítica da Amazônia, onde o Boto, a Curupira, a Cobra-Grande moram, ou nas matas e serra de Ceará e Pernambuco, onde sopra a brisa do mar que traz a voz de pescadores e jangadas. A cachoeira, o jatobá a aroeira, as ervas e baixios do planalto Central também acolhem e dão vida às interpretações sertanejas. Texto: Julia Pascali


7

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Suyan de Mattos - Brasília, DF (performance) “Jupiracó Tapipy-Akó e Silva” Concepção performance: Suyan de Mattos Performers: Leci Augusto Kaiowá e Iza Tapuia Jupiracó Tapipy-Akó e Silva, nome dado a partir da matriz Gilberto Freire, das três raças, para tornarmos todos numa só identidade. Nossa maior identidade é a mandioca, foi por muito a base de nossa existência física. Os portugueses aprenderam e tomaram gosto e os africanos também. Nos irmanamos a partir da mandioca. Como Mário Pedrosa, sugiro a partir da Jupiracó Tapipy-Akó e Silva, como nossa única saída, o retorno a produção estética de caráter étnico, sem negar a arte moderna. Ela não será necessariamente uma deusa, poderá ser apenas um talismã... Ou mesmo uma peça de troca... Um elemento de uso cotidiano ou ritual, convertendo-se num objeto de exercício semi-mágico. Irei me revestir num objeto de uso coletivo transformando-me em ingrediente da Suyan de Mattos – “Jupiracó Tapipy-Akó sopa de pedra e por ser ingrediente, serei e Silva” em Olhos D´Água, nov/16. servida. Serei o principal componente e Foto: Suyan de Mattos executarei a sopa de pedra me colocando no lugar dela, sua mais saborosa iguaria. Sua finalidade é de alimentar os homens e mulheres tornando-os fortes e férteis. Nossa Deidade é uma espécie de deusa precedente aos deuses, é a grande mãe, o grande útero, a grande provedora da fertilidade dos campos e das proles, o cipó do qual a mandioca foi domesticada, é a senhora das chuvas e da seca. Serei a prenha, sou a menstruação e a não menstruação. Oferecerei a peça aqueles que desejam participar da sopa e que devem, cada um no seu turno, brindar com uma pequena contribuição. É um truque. Eu inverterei a natureza para um sortilégio de coletividade e Suyan de Mattos – “Jupiracó doarei um grande sopão. Texto: Suyan de Mattos. Tapipy-Akó e Silva”, boneca Karajá. Foto: Suyan de Mattos


8

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Cia Vatá – Fortaleza, CE Valeria Pinheiro (diretora artística, coreógrafa, brincante e dançarina), Rodrigo Claudino (brincante, dançarino e músico), Makito Vieira (brincante, dançarino e músico), Carina Santos (brincante e dançarina), Rafael Abreu, Leandro Neto e Igor Lira (brincante e dançarino) “Compilation” Uma obra que compila 15 anos de Cia. Vatá no Ceará, inspirada na cultura popular nordestina, tendo como mote a poesia de Ascenso Ferreira e da própria diretora artística da companhia, Valeria Pinheiro, que navega pelo sertão nordestino com muito humor e de forma lúdica. Nessa obra trabalhamos com Cia Vatá – “Compilation” na MOBAA. Durante alguns harmonia entre as linguagens minutos faltou luz na vila e o público iluminou o espetáculo com os faróis dos carros. Foto: Flávia Cunha (dança contemporânea, sapateado, música, e danças brincantes) , provindas do universo tradicional do Brasil, passeamos por cocos, maracatus, sambas, lamentos e muita poesia do universo tradicional do nordeste brasileiro, focados em Ascenso Ferreira, Valéria Pinheiro, mas passeando por Patativa do Assaré). Somos brincantes, e nessa compilação, vamos experimentando fazer harmonicamente, o que a tradição nos ensina, mas sempre nos deixando vetorizar pelas linhas contemporâneas da música, dança e poesia! Oficina Corpos Brincantes Ao longo desses 20 anos a Cia Vatá vem desenvolvendo essa técnica de "brincar" se apropriando de matrizes de corpo e ritmo das danças e ritmos tradicionais do nordeste e introduzindo elementos da Dança Cia Vatá – oficina na Praça de Olhos Água, nov/16. Contemporânea. Foto: Flávia Cunha Essa forma de experimentar o corpo em matrizes da tradição e da dança contemporânea brincando, traz para o aluno uma forma simples de não juízo de valores, fazendo com que a apreensão de técnicas e movimentos se dê mais rapidamente. E ao som de alfaias, zabumbas, rabeca e pífanos lhe convidamos a brincar. Bora junto?! Oficina ministrada por Valeria Pinheiro e Cia. Vatá. Textos: Cia Vatá. Site: www.teatrodasmarias.com


9

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Rafael Guarato – Goiânia, GO (dança) “Alça de Balde” O trabalho tece corporalmente reflexões acerca da trama que engendra a prática artística em tempos recentes, especificamente, a ambivalência (crise/estabilidade) como inerente ao campo das artes. Fazendo uso de um repertório gestual advindo das danças urbanas como popping, bboyng e finger tutting, o Rafael Guarato – “Alça de Balde” no MOBAA, artista investigou novos padrões de Praça de Olhos Água,nov/16. Foto: Flávia Cunha movimento a partir de lesões. A "alça de balde", no joelho direito, impulsionou o corpo urbano a outras formas de se mover, alterando a dança no corpo. Oficina de iniciação ao breaking e processos de criação O intuito é fomentar as possibilidades de criação em dança contemporânea tendo como suporte a prática corporal advinda de uma das danças urbanas, a saber, o breaking. Num segundo momento, serão realizado exercícios de composição gestual, utilizando os referenciais corporais existentes nos participantes em suas diferentes Rafael Guarato - oficina de dança na MOBAA formações. Oficina ministrada por Rafael em Olhos Água, nov/16. Foto: Flávia Cunha Guarato. Textos: Rafael Guarato


10

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Duo Isabella Rovo e Victor Batista – Pirenópolis, GO (música) “Cantoria” O show apresenta parte do repertório executado no grupo Camerata Caipira, tanto com canções autorais como algumas de domínio público coletadas pelos músicos em pesquisas sobre manifestações tradicionais brasileiras, e executadas com arranjos próprios. O duo convida a plateia a participar em brincadeiras de Isabella Rovo e Victos Batista – “Cantoria” no MOBAA canto e ritmo interativas. em Olhos Água, nov/16. Foto: Alessandra Oliveira Isabella Rovo é formada em Educação Artística pela UnB e atua com música, artes plásticas, educação e cultura popular. Integrou os grupos musicais Liga Tripa, Zanmbê e Quinteto Popular Brasil.
Durante dois anos na Nova Zelândia (2008/9) desenvolveu intenso trabalho musical, formando e integrando as bandas Brazealand e Roda de Samba; e também do grupo Wellington Batucada, participando como artista e produtora executiva do “Live Brazil Festival 2009”. Desde 2011 integra e produz o grupo Camerata Caipira com o qual já realizou turnê na Nova Zelândia, Chile, Austrália e Holanda. Paralelamente atua como arte educadora no Ponto de Cultura COEPi em Pirenópolis. Blog: www.isabellarovo.blogspot.com Victor Batista, compositor, cantor e pesquisador da cultura popular, é formado em letras pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH) e Técnica Vocal e Canto Lírico pela UEMG; trabalha com arte educação desde 1998. Dirigiu a Orquestra Mineira de Violas no álbum “Concerto Caipira” e o Coletivo de Educação do MST em “Cantares da Educação do Campo”, além de direção musicais de espetáculos. Dedicado especialmente à viola caipira, desenvolve trabalho solo com apresentações e oficinas de iniciação ao instrumento em diversos festivais pelo país, tendo produzido dois álbuns autorais: “Além da Serra do Curral” e “Manchete do Tico-Tico”, além de integrar o Camerata Caipira. Site: www.victorbatista.com.br Oficina de viola caipira Ministrada pelo mineiro Victor Batista, a oficina tem foco no histórico da viola caipira no Brasil e trabalha diferentes toques e fraseados em ritmos tradicionais e em estilos contemporâneos. Textos: Isabella Rovo e Victor Batista Victor Batista – oficina viola na MOBAA. Foto: Flávia Cunha


11

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Carol Carneiro – Brasília, DF (música) Nesta apresentação, a musicista Carol Carneiro acompanhada dos músicos Jorge Augusto de Souza Oliveira e André de Araújo Costa apresentará seu trabalho autoral contendo canções compostas inspiradas essencialmente na música brasileira como forró pé Carol Carneiro – show na I MOBBA, de serra e suas variações: samba, nov/16. Foto: Flávia Cunha resfulengos de Viola, Ijexá e outros ritmos marcantes. Com a proposta de difundir e reforçar a inserção da Viola de 10 cordas nos dias atuais, a apresentação traz arranjos alinhados utilizando elementos sonoros variados com viola, percussão e voz. Tendo a música no DNA, Carol Carneiro exerce sua musicalidade desde criança, quando iniciou seus estudos em flauta doce, na cidade de Recife-PE, aos 7 anos. Retornando à Brasília, sua terra natal, se dedicou ao Violão Popular agregando, a partir de 1999, os estudos da Viola Caipira, procurando traduzir em seus estudos a marca impressa por músicos, compositores e intérpretes que foram definitivos em seu gênero musical. Cursa Licenciatura em Música na Universidade de Brasília, onde Carol Carneiro fazendo o público dançar ciranda na MOBAA em Olhos Água. Foto: Flávia Cunha tem a oportunidade de incluir a sua Viola Caipira na Orquestra de Violões. Pesquisa a música popular brasileira, ambiente em que se inspira para compor suas canções, que transitam entre o forró pé de serra, o samba, forró brega tradicional, o côco de embolada, ijexá, entre outros, sempre no mirante dos gêneros populares do país. Motivada pelo desejo do encontro destas nossas raízes, idealizou a banda Roda na Banguela e com suas composições marcadas pela simplicidade e harmonia, com CD autoral lançado em outubro/13 na sala Funarte e gravado através do FAC Brasília com o grupo de Forró Pé de Serra e Música Brasileira Roda na Banguela. Criou o Trio Forrozeado onde atua com a Viola de 10 cordas numa formação de trio pé de serra, paralelamente ao seu trabalho solo. Texto: Carol Carneiro. Blog: www.carolcarneiroviola.wordpress.com


12

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Andréa Luísa Teixeira – Goiânia, GO (música e audiovisual) “A Importância da Pesquisa de Campo em Música: mitos, símbolos, memória oral, tempo e sentido. Um Relato de experiência" Para investigar a Folia de Reis, a pesquisadora Andréa Luísa Teixeira iniciou no ano de 1998 um mapeamento no oeste da Bahia para comparar com fitas de rolo gravadas na mesma região nos anos de 1974 e Andréa L. Teixeira – palestra no I MOBAA em Olhos 1975, o que tinha acontecido com a Água, nov/16. Foto: Flávia Cunha música daquele lugar, que ficou isolado do restante da população até o final da década de 70. Após investigar as várias manifestações culturais do bioma cerrado durante 18 anos, Andréa relata o imaginário musical da região e como ele é real aos olhos de quem produz a cultura. Os mitos e os símbolos vão sendo criados à medida que a oralidade percorre o tempo, e assim, dá sentido e faz-se sentir em comunhão aquela população. Andréa L. Teixeira é doutoranda em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa Portugal; Mestre em Musicologia pelo Conservatório Brasileiro de Música RJ, e graduada em Piano pela UFG. Atualmente é Pianista Camerista da EMAC UFG e pesquisadora do ITSPUC/Go. Conselheira de Cultura da Cidade de Goiânia (2001-2007). Colaboradora do CESEM (Centro de Estudos em Sociologia e Estética Musical da Universidade Nova de Lisboa, Andréa L. Teixeira – foto de material apresentado Portugal). Integrante da Comissão de durante palestra na I MOBBA Cultura do Mundo da Fala Portuguesa e uma das fundadoras do Observatório dos Luso-Descendentes (ambos com sede em Lisboa). Fundadora, juntamente com Alberto Pacheco, da Academia dos Renascidos, em Lisboa, Portugal, grupo que divulga a música luso-brasileira. Prêmio melhor intérprete de Villa Lobos Concurso Nacional de Piano Villa Lobos (São Paulo) e 3º lugar no Concurso Internacional de Piano Maryse Cheillan França, categoria Excellence Professional. É autora do livro: A Densidade do Próprio na Folia de Reis: uma investigação acerca de tempo, mito, memória e sentido, Editora Kelps, 2010. Tem divulgado a música lusobrasileira em países das três Américas, Europa e Ásia. Texto: Andréa Luísa Teixeira


13

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Rosa Berardo – Goiânia, Goiás (audiovisual) “Projeção de fotos e curtasmetragens seguido de conversa” Duas sessões de projeção de fotografia do XINGU, seguidos de comentários sobre o processo de aculturação dos grupos indígenas da região, e dos filmes de animação sobre a vida de Cora Coralina: A CHEGADA DE ANINHA (9 minutos): Este curta narra a história do Rosa Berardo – 1ª projeção de filmes na nascimento de Cora Coralina, como sua chegada MOBBA, nov/16. Foto: Flávia Cunha frustra as expectativas da família, que esperava um menino no lugar de uma menina. A INFÂNCIA DE ANINHA (9 minutos): Narra a infância de Corta Coralina, sua relação com o mundo imaginário e seu poder de superação das dificuldades as quais foi submetida. OS MENINOS VERDES (9 minutos): Adaptação do conto homônimo da escritora Cora Coralina. Fala sobre o aparecimento de estranhas criaturas verdes no quintal de Cora Coralina, em Vila Boa. Rosa Berardo é fotógrafa, professora, jornalista, roteirista, produtora e cineasta, conhecida por seu trabalho de produção de imagens fotográficas e fílmicas sobre cultura, identidade cultural, alteridade, gêneros e etnias. Em 2011 criou a Maison du Cinema, (Casa Do Cinema), um atelier de ensino da teoria e prática do cinema, com um curso semestral de 180 horas para a capacitação dos alunos na realização de curtametragem de ficção e animação Rosa Berardo – 2ª projeção de filmes na em Stop Motion. MOBBA, nov/16. Foto: Flávia Cunha Possui graduação em Comunicação Social Jornalismo pela UFG (1985), mestrado em Artes pela USP (1990), mestrado em Cinéma Et Audiovisuel - Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (1993) e doutorado em Cinéma Et Audiovisuel - Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (2000). Pos-doutorado em Ciências Sociais e Cinema na Universite du Quebec a Montreal, Canada (2005/06). Atualmente é professora Associada II da Universidade Federal de Goiás, DE. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em História e Técnicas do Cinema de Animação, atuando principalmente nos seguintes temas: fotografia, cinema, identidade cultural, educação e alteridade. Texto: Rosa Berardo. Site: www.rosaberardo.com.br


14

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Beatriz Nogueira e Silvia Nogueira – São Paulo, SP (Artes Plásticas e Literatura) “Oficina e Mostra Coletiva POEMA-VISUAL Tipo-Grafismo – Marcas Literárias: Explorando a visualidade sonora das letras e/ou palavras” Propõe uma investigação de marcas tipográficas a partir de carimbos e estênceis das letras do alfabeto. O participante poderá experimentar a criação de ‘marcas literárias’, explorar composições visuais formando oralidades diversas sobre suportes como o papel, tecido de algodão cru e tecido de Beatriz e Silvia Nogueira numa das 3 Oficinas-Mostra morim, favorecendo, desta maneira, na MOBAA com crianças de Olhos D´ Água. Foto: Flávia Cunha uma vivência sensorial e lúdica dos materiais e processos. Ao final da oficina cada participante terá um conjunto de livrinhos ilustrados ou de estampas soltas, resultado da investigação de cada um. A oficina também inclui a proposta de compartilhar a produção numa pequena mostra que ficará exposta para apreciação geral. As estampas soltas farão parte de um mural coletivo e os livrinhos estarão dispostos de forma a possibilitarem o manuseio do público. Contextualização: A poesia visual acontece no diálogo entre a experimentação literária e visual. O poema-visual ao ser lido é também visto e, nesta “sobreposição” entre o desenho e a escrita poética, reside sua potência de gerar sentido. Beatriz Nogueira é formada em Licenciatura em Artes Plásticas pela FAAP/SP. Entre as principais exposições que participou destacam-se a individual Entre- Paredes na galeria El Container, em Quito, Equador, 2010 e Bienal do Recôncavo (São Félix, BA). Participou da exposição VERSO, em 2013, no Sesc Pinheiros, SP, com curadoria da artista Edith Derdyk e da exposição Desenho – Estado. Ação. Acontecimento., no Sesc São Carlos (SP) e da mostra Abre Alas – galeria A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro (2014). Artista e arte-educadora, atua no ensino formal e informal em diversas frentes: capacitação de educadores em artes visuais; arte e cultura em hospitais; com portadores de distúrbios mentais e na elaboração e edição de material didático. Silvia Nogueira é escritora e tradutora, formada em Psicologia (Mackenzie/SP), mestre em Psicologia Social pela PUC/SP, especializada em violência doméstica (Sedes Sapientiae) e proficiente em língua inglesa (PUC/SP). Integrou a primeira turma do Curso Livre de Preparação do Escritor (CLIPE 2013), na Casa das Rosas. Além da publicação digital de escrituras e poesias em revistas eletrônicas (Musa Rara, Cronópios, Germina e Zunái), publicou o livro de contos Imagens da Rua (2006), comentado na edição de junho da


15

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Revista Ocas e resenhado pelo escritor Arlindo Gonçalves, e algum de-dizer finando em papel: poesias na plaquete Língua Mariposa (org. Claudio Daniel, 2011); vi-me (agenda do Centro Cultural de São Paulo, 2012); micropeça Transmelhança no jornal GLBTUVXZ (org. Marcelino Freire, 2012); participação com contos/prosa poética no Livro-Livre (org. Damazio e Mendonça, 2014). Atualmente, ministra a oficina de criação literária no Condomínio Cultural/SP, frequenta o núcleo Estudos de Poética na PUC/SP e, desde 2013, é palavreira do Coletivo Literário Palavraria. Contemplada com a bolsa de fomento à literatura da Fundação Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura 2015 com o projeto Ruminânsias. Textos: Silvia Nogueira e Beatriz Nogueira.

ACIMA: Beatriz Nogueira e Silvia Nogueira – oficinas-mostra de Poema Visual na MOBAA com crianças e jovens de Olhos D´ Água. Fotos: Beatriz Nogueira


16

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Rodas de Conversa Nesta I MOBAA, duas Rodas de Conversas com os artistas participantes e o público do evento. Foram oportunidades de interação, de troca de informações, conhecimentos e experiências sobre a arte, os artistas e suas trajetórias.

Os encontros terminam com Ruiter Lima, poeta e diretor teatral, apresentando trechos do seu “Sertão de Cabo a Rabo”. Site: www.sertaodecaboarabo.org

Momentos das Rodas de Conversa da MOBAA na Praça de Olhos D´ Água, com artista e público. Fotos: Alessandra Oliveira

Exposição de Artes Plásticas “imemória”

Casa do Seu Claudiano em Olhos D´Água. Foto: Beatriz Nogueira

Sediada na casa em que viveram Dona Rosa e Seu Claudiano (1922 – 2008), num gesto de homenagem ao vilarejo e seu povo através de um conhecido e querido morador de Olhos D´Água. Seu Claudiano era contador de causos, tocador de viola, regente de folia, mestre na Folia do Divino Espírito Santo e Divino Pai Eterno; lavrador, fazedor de rapadura, conhecedor das ervas e seus remédios.


17

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

Numa proposta inusitada, a exposição “acomodou-se” na casa, preenchendo seus ambientes com as obras dos artistas. A exposição possui curadoria coletiva dos seus artistas integrantes: Beatriz Nogueira (SP); Glenio Lima (DF); Eneida Sanches (BA); Fernanda Pacca (DF); Janice Affonso (DF); José Ivasy (DF); Osvânia Ferreira (DF); Peninha (DF) e Wagner Barja (DF).

Casa do Seu Claudiano em Olhos D´Água, sede da exposição “imemória”. Sala de estar com objetos de usos cotidianos e pessoais. Foto: Alessandra Oliveira

“O Poço”, Janice Affonso (DF). Foto: Alessandra Oliveira

Eneida Sanches (BA). Foto: Alessandra Oliveira

Peninha (DF). Foto: Alessandra Oliveira


18

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

José Ivasy (DF) Foto: Alessandra Oliveira

Glenio Lima (DF). Foto: Alessandra Oliveira

Beatriz Nogueira (SP). Foto: Beatriz Nogueira

Fernanda Pacca (DF). Wagner Barja (DF). Foto: Alessandra Oliveira

Osvânia Ferreira (DF). Foto: Osvânia Ferreira


19

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

I MOSTRA BRASILEIRA DE ARTE AUTORAL

Ficha Técnica REALIZAÇÃO CHiMOMi Cursos e Eventos Artísticos

PRODUÇÃO GOIÂNIA Fernanda Botelho

APOIO INSTITUCIONAL Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (SEDUCE) Governo de Goiás

PRODUÇÃO LOCAL “IMEMÓRIA” Peninha

APOIOS Prefeitura de Alexânia Pousada Menina dos Olhos Gaia Pousada e Conveniência Lia Refeições ACORDE (Associação de Moradores de Olhos D´Água) NACO Casa do Piano BSB TOUR JM Tecnologia Em Eventos IDEALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO Flávia Cunha

E

EXPOSIÇÃO

PRODUÇÃO EXECUTIVA Flávia Cunha Alessandra Oliveira CURADORIA “I MOBBA” Flávia Cunha CATÁLOGO CHiMOMi Cursos e Eventos Artísticos FOTOS Alessandra Oliveira Beatriz Nogueira Flávia Cunha AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Halu Gamashi e Nossa Chácara

Este é um pequeno catálogo com o único intuito de registrar, através dos textos enviados pelos artistas e das fotos registradas durante o evento, os acontecimentos da I Mostra Brasileira de Arte Autoral. Copyright ©2016 Flávia Chimomi


20

I Mostra Brasileira de Arte Autoral 2016

APOIO INSTITUCIONAL

REALIZAÇÃO

APOIO

I MOSTRA BRASILEIRA DE ARTE AUTORAL Site: www.mo str a dear teau tor a l.com Facebook: www.facebook.com/arteautoral


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.