Revista christal montada

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Revista Artes Grรกficas Christal Bruneli Camillo 1


Os seres humanos sempre tiveram a necessidade de expressar suas emoções e registrar sua história a medida em que evoluímos enquanto civilização e enquanto espécie. A tinta surgiu primeiro que o papel, devido ao movimento quase natural de sujar as mãos de algum pigmento natural e desenhar nas paredes das cavernas. Já o papel surgiu muitos séculos depois, advindo da necessidade de um suporte portátil e resistente que os desenhos nas cavernas, em peles de animais ou tábuas de argila não permitia. A junção desses elementos possibilitou uma revolução na humanidade, através da difusão da escrita e das artes visuais.

Pré História: Função Decorativa

Os povos pré-históricos fabricavam tintas moendo materiais coloridos como plantas e argila em pó, e adicionando água. A técnica empregada era simples, pois as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes prensadas entre pedras. Usavam-na para a decoração de suas cavernas e tumbas, e sobre seus corpos.

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Egito: novas cores e invenção do papiro O primeiro povo a pintar com grande variedade de cores foram os egípcios. Inicialmente, fabricavam as tintas a partir de materiais encontrados na terra de seu próprio país e das regiões próximas. Somente entre 8.000 a 5.800 a. C. é que surgiram os primeiros pigmentos sintéticos. Para obterem cores adicionais, os egípcios importavam anileira e garança da Índia. Com a anileira, podia-se obter um azul profundo e, com a garança, nuances de vermelho, violeta e marrom. Os egípcios também aprenderam a fabricar brochas brutas, com as quais aplicavam a tinta. Os egípcios também foram responsáveis pela criação do papiro, um precursor do papel, produzido a partir das fibras vegetais de uma planta de mesmo nome, abundante nas margens do nilo. Seu defeito era a fragilidade, por se tratar de um produto fino e permeável.

China: materiais de escrita Manuscritos de cerca de 2.000 a. C. comprovam que os chineses já conheciam e utilizavam nanquim, feito com fuligem de madeira de pinho misturada com óleo e gelatina feita da pele de um animal.

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Mais tarde, a goma, sumo de noz e sais de ferro foram adicionados à fórmula. Isto tornou-se na receita-padrão para as gerações vindouras pois resultava num tipo de tinta mais estável. O papel foi inventado pelo monge T’sai Lun. Ele fez uma mistura umedecida de casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas, e outros produtos que contivesse fonte de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta, peneirou-a e obteve uma fina camada que foi deixada para secar ao sol. A tecnologia para a fabricação foi monopólio chinês por muitos anos, até 751 d.C, em que os chineses tentaram conquistar uma cidade sob o domínio árabe e foram derrotados. Nessa ocasião, alguns artesãos foram capturados e a tecnologia da fabricação de papel deixou de ser um monopólio chinês. Os árabes assimilaram a técnica e a espalharam na Península Ibérica, quando a conquistaram (isto se iniciou lá por 1300).

Roma: ascensão e queda

Os romanos aprenderam a técnica de fabricar tinta com os egípcios. Exemplares de tintas e pinturas romanas podem ser vistos nas ruínas de Pompéia. Por volta do século V a. C., os romanos utilizaram pela primeira vez na história o alvaiade como pigmento. Após a queda do Império Romano, a arte de fabricar tintas perdeu-se, sendo retomada pelos ingleses somente no final da Idade Média. 4


Idade Média: Redescoberta Na Idade Média, o aspecto “proteção” começa a ganhar importância. Os ingleses usavam as tintas, principalmente, em igrejas e, depois, em prédios públicos e residências de pessoas importantes. Durante os século XV e XVI, artistas italianos fabricavam pigmentos e veículos para tintas. Nessa época, a produção de tinta era particularizada e altamente sigilosa. Cada artista ou artesão desenvolvia seu próprio processo de fabricação de tinta. Tratadas como se fossem um “segredo de Estado”, as fórmulas de tintas eram enterradas com seu inventor. O papel chegou na europa por volta dos séculos XIII e XIV, e durante a idade média, por ser fabricado principalmente a partir de restos de roupas, foi considerado veículo de transmissão da peste negra, o que contribuiu para a destruição de diversos materiais.

Revolução Industrial: Produção em Larga Escala

No ápice da Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX, os fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos. Os primeiros fabricantes, entretanto, apenas preparavam os materiais para tinta, fornecendo-os para os pintores, que compunham suas próprias misturas. Em 1867, os fabricantes introduziram as primeiras tintas preparadas no mercado. O papel também aumentou sua produção com a invenção, em 1709 da primeira máquina de fazer papel pelo francês Nicolas Robert, o que barateou um pouco a produção de materiais como livros e revistas. 5


Século XX: Inovações Químicas Durante Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período considerado pelos historiadores bastante fértil para ciência, químicos desenvolveram novos pigmentos e resinas sintéticas. Esses pigmentos e veículos substituíram ingredientes das tintas, como óleo de linhaça, necessário para fins militares. No final da década de 50, químicos criaram tintas especiais para pintura de exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de automóveis e tintas à prova de gotejamento para superfícies externas e internas. Nos anos 60, a pesquisa continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas maior resistência contra substâncias químicas e gases. Foi nessa época que as tintas fluorescentes se popularizaram. Devido à descoberta de envenenamento por chumbo de muitas crianças após terem comido lascas de tinta seca, na década de 1970 os governos de alguns países impuseram restrições ao conteúdo de chumbo nas tintas de uso doméstico, limitando-o a cerca de 0,5%.

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Século XX: Padronização e Problemas Ambientais Para o papel, é introduzida a utilização da celulose, uma fibra vegetal. Atualmente, a produção de papel industrial usa duas espécies de árvores cultivadas em larga escala: o pinheiro (Pinus sp.) e o eucalipto (Eucalyptus sp), ambas originárias, respectivamente da Europa e da Austrália. Porém, a padronização das matérias primas gerou um problema ambiental, os chamados “desertos verdes”, áreas pobres em biodiversidade e desmatadas para a monocultura de árvores para a produção de papel. O papel feito a partir de madeiras de reflorestamento ajuda a amenizar as práticas de desmatamento e ajuda a preservar as florestas naturais. Outra prática que atenua as problemáticas ambientais devido ao consumo de papel é a sua reciclagem, processo que ainda não ocorre de forma plena, principalmente no Brasil.

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Século XXI: Retomando Técnicas Nos dias atuais, é pouca a diferenciação e a preocupação com o meio ambiente relacionadas ao uso e produção das tintas. Mas em contraponto a esse fato, algumas pessoas como os sócios da agência Zebu criaram em 2017 a marca Mancha, de tintas artesanais derivadas de matéria prima natural. As tintas possuem 50 cores que podem ser aplicadas em papel ou madeira, sendo possível ainda a utilização na elaboração de materiais gráficos e pintura de móveis, por exemplo. Açafrão, cacau, urucum, espinafre, beterraba e canela são alguns dos materiais de base das tintas.

Para os papéis, há inovações no modelo produtivo em escala artesanal, como o papel semente, desenvolvido a partir de uma pasta base de papel reciclado, sem nenhum processo químico na sua fabricação. Nesta pasta são inseridas sementes de alta qualidade, resultando em um produto diferenciado, sustentável, pensado para não ser descartado como lixo. Isso transforma o produto antes sem valor agregado em algo completamente diferente, aspecto que pode ser explorado na publicidade.

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Século XXI: Retomando Técnicas Também são interessantes iniciativas como a das artesãs do núcleo estrela do sul no mato grosso. O papel foi criado a partir de oficinas oferecidas pelo Sebrae/MT. A matéria prima é composta por bagaço de cana-de-açúcar orgânica, bananeira, flores e folhas diversas. Na hora de dar a cor aos papéis, mais uma vez elas recorrem à natureza e lançam mão do urucum, casca de goiaba, folha de mangueira, casca de cebola e tantas outras coisas. O resultado é uma gama de papéis, únicos pela textura, coloração e estampas naturais de pétalas de flores, folhas e fibras. O grupo de artesãs também utiliza tecnologia social para produzir o papel. Uma delas é o uso do visgo de quiabo de bananeira para fazer a união das fibras utilizadas na produção.

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Usos na Publicidade Os insumos gráficos são parte essencial do aparato publicitário, e estão presentes desde embalagens, como apenas suporte para as propagandas, até a construção de um posicionamento para as empresas, como o exemplo da escolha do papel para cartões de visita. Para muitos, pode parecer apenas mais um detalhe, mas ele é fundamental. O tipo de papel para cartão de visita vai depender muito do posicionamento de sua empresa e da identidade visual que você escolheu. Escolher um papel para imprimir cartão de visita com brilho, por exemplo, anda meio fora de moda e as opções mais elegantes costumam ser foscas e acetinadas.

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Fornecedores Dritter Papéis Especiais (21) 2573-8070 Rio Branco e Ind de Papéis Ltda 21) 38873305 A4 Distribuidora de Papéis (21) 33874743 Cromos S/A Tintas Gráficas (21) 33722856 Tintas Jumbo (21) 2583-3050 SEMPRE TINTAS (21) 98535-0401

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Histรณria das Artes Grรกficas e Flexografia Marcelo Soares 13


História das Artes Gráficas Introdução

formar palavras e frases e assim imprimirem em massa um único documento, um avanço sensacional que permitiu fazer impressões de melhor qualidade em ambos os lados de uma folha de papel.

É quase impossível precisar ao certo quando nasceram as artes gráficas, mas de uma coisa parece haver certeza: esta prática surgiu quando se tornou necessário passar para algo fixo e transmissível certos pensamentos, ideias e conceitos. Desde cedo que o homem percebeu como a representação gráfica poderia ser alcançada: através da utilização de tintas, papéis ou de alguma superfície onde fosse possível fazer uma imagem ou gravar texto (madeira, pedra, metal, entre outros).

Eventualmente, começa-se a mecanizar as artes gráficas, de forma a aperfeiçoar a composição dos textos, a agilização na alimentação do papel nas máquinas e a encadernação dos livros. Um grande avanço acontece no século XVII quando acontece a substituição da bandeja e da prensa por cilindros que pressionavam o papel sobre o molde de forma mais controlável, permitindo assim aumentar a qualidade da impressão dos textos.

A revolução nas artes gráficas ocorre quando Johannes Gutenberg, por muitos relembrado como o pai da imprensa, desenvolve uma prensa que utilizava letras móveis e metálicas, que eram agrupadas cuidadosamente para 14


Em 1880 surge nos Estados Unidos a linotipia, marcan do-se assim o início de uma nova era na área das artes gráficas. Esta técnica utilizava máquinas complexas onde o texto era digitado num teclado e os caracteres eram estampados no papel, uma técnica que agilizava bastante os processos de composição dos textos. Na linotipia, os textos eram montados com uma máquina chamada Linotipo. Onde cada letra era montada em uma base de metal, formando a página. Esse processo, denominado TIPOGRAFIA, ainda existe no mercado, mas é usado para trabalhos mais simples. Também se usa a Tipografia para trabalhos com relevo. Um exemplo é o cartão de visita que tem um volume nas letras quando tocamos. Na Tipografia os desenhos e imagens eram entalhados a mão em uma chapa metálica, num processo artesanal. Esse processo é chamado “Talho Doce” e ainda é utilizado na fabricação de produtos gráficos de segurança (dinheiro,

documentos, cheques, etc.) A Linotipo é considerada uma das mais importantes contribuições para o avanço das artes gráficas desde o surgimento dos tipos móveis, desenvolvidos por Gutenberg há quase 560 anos. O inventor, cientista e empresário norte-americano Thomas Edison qualificou a Linotipo como “a oitava maravilha do mundo”.

Cronologia da evolução das Artes Gráficas A indústria de Artes Gráficas completa quase 550 anos nesse início de milênio - considerando seu início com a impressão da Bíblia de Gutemberg. A evolução do design, a criação de tipos, a tecnologia de impressão, a fotografia, a comunicação de massa, e a procura da humanidade pelo conhecimento se misturam, se transformam, e se completam. Abaixo, uma pequena cronologia da evolução das Artes Gráficas. 15


1450: Gutenberg inventa os tipos móveis.

experimentou com pigmentos a base de azeite, que não usou apenas para imprimir com as matrizes, mas também as capitulares e ilustrações que eram feitas manualmente com o papel de trapo de origem chinesa introduzido na Europa em sua época.

Gutenberg é o inventor dos tipos móveis de chumbo fundido, mais duradouros e resistentes do que os fabricados em madeira, e portanto reutilizáveis que conferiram uma enorme versatilidade ao processo de elaboração de livros e outros trabalhos impressos e permitiram a sua massificação.A imprensa de Gutenberg foi baseada nas prensas usadas para espremer o suco das uvas na fabricação do vinho. Depois da invenção dos tipos e a adaptação da prensa vinícola, Gutenberg seguiu experimentando com a imprensa até conseguir um aparelho funcional. Também pesquisou sobre o papel e as tintas. Uns e outras tinham que se comportar de tal modo que as tintas fossem absorvidas pelo papel sem escorrer, assegurando a precisão dos traços; precisava-se que a secagem fosse rápida e a impressão permanente. Por isso, Gutenberg

1455: Gutenberg imprime a Bíblia de 42 linhas. O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que se iniciou cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em 1455

1464: Os alemães Sweynheym e Pannartz, ex colaboradores de Gutenberg, abrem a primeira gráfica de Roma.

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Essa migração germânica produziu uma revolução tipográfica na Europa. Gutenberg exigia sigilo por parte de seus colaboradores. No entanto, Konrad Sweynheim e Arnold Pannartz levaram sua invenção revolucionária ao Norte da Itália introduzindo a imprensa de tipos móveis no local.

1800: O inglês Lord Stanhope constrói uma prensa de ferro capaz de imprimir duas páginas de uma vez.

1470: Nicolas Jenson desenha e manda fundir a primeira fonte no estilo Roman, até hoje utilizado.

1822: Joseph Nicephore Niépce obtém uma imagem permanente utilizando uma câmara escura - nasce a fotografia.

1 725: O escocês William Ged inventa a composição de páginas inteiras numa só matriz, sistema que foi melhorado e batizado de estereotipia pelo tipógrafo francês Firmin Didot, que inventou a caixa de tipos móveis. 1 796: O alemão Alois Senefelder inventa a impressão química sobre pedras – a litografia, mãe da impressão Offset. 17


1861: O escocês James Clerk Maxwell mostra que todas as nuanças de cor derivam de três cores primárias – Vermelho, Azul e Verde (RGB).

o texto era digitado, sendo então gravado em fita perfurada de papel. Essa fita era colocada em outro equipamento, que dava saída na fotocomposição em papel fotográfico. Compunha os textos em larguras de coluna pré-estabelecidas pelo operador, uma revolução para a época.

1878: O alemão naturalizado norte-americano Ottmar Mergenthaler inventa a linotipo, componedora que fundia uma linha de tipos de uma só vez, mecanicamente. Foi instalada a primeira máquina no jornal New York Tribune, em 1886.

1985: Lançada a linguagem PostScript pela Adobe; pela primeira vez, textos e fotos podiam ser montados juntos em computadores pessoais – os PCs.

1910: Frederich Eugene Ives desenvolve o sistema de defração da imagem em linhas de pontos – a retícula.

1990: Surgem as primeiras máquinas fotográficas digitais.

1924: Comercializada a primeira câmera fotográfica portátil – uma Leica com lente Leitz 24X36 mm.

1991: As empresas Heidelberg e Presstek gravam as primeiras chapas de impressão direto do computador – surge a tecnologia CtP (Computer to Plate).

1971: Lançada pela Compugraphic a CompuWriter, fotocomponedora na qual 18


1993: Surgem as primeiras impressoras digitais para pequenas tiragens, da Indigo e da Xeikon. 1997: SĂŁo enviados pela primeira vez arquivos grĂĄficos pela Internet em PDF. Atualmente: impressĂŁo 3D.

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Fornecedores:

sonalizados: convites, cartões, cartazes, gravuras, projetos editoriais.

Tipografia Matias:

Endereço: Rua Bagé, 317 Vila Mariana . São Paulo - SP

A Tipografia Matias é uma gráfica especializada em impressão tipográfica localizada em Belo Horizonte.

Telefone: (11) 3804-5564

Telefone: (31) 3283-1791

Conceito e características:

Endereço: Rua Padre Manoel Rodrigues, 96 Santa Efigênia – Belo Horizonte – MG

Trata-se de um processo de impressão direta, rotativo que emprega pranchas ou fôrmas de borracha ou polímero (clichês) em alto relêvo e tintas líquidas de secagem rápida que aderem à grande maioria dos suportes.

Gráfica Marly: Impressos de luxo, alto relevo francês, alto relevo americano, tipografia off-Set e serigrafia. Telefone: (21) 2263-9088

O processo de impressão conhecido como Anilina, começou na Alemanha e é anterior a 1920. Em 1951, foi adoptado o nome de Flexografia nos E.U.A. por uma questão de marketing.

Endereço: Rua do Livramento, 40 Gaboa Rio de Janeiro Letterpress Brasil: impressão artesanal em letterpress, aqui são discutidos e desenvolvidos projetos per20


entalhe manual, vulcanização (no caso da borracha) ou revelação fotográfica (fotopolímero). É uma impressão ideal para grandes tiragens e pode ser feita em diversos suportes. A quantidade de cores é ampla, podendo imprimir de 1 à 6 cores simultaneamente, sendo na escala Europa (CMYK) ou cores especiais.

Flexografia é mais econômica que a rotogravura ou o offset em grandes tiragens. Além disso, oferece uma diversidade de oferta nos suportes.

Processo de impressão: A Flexografia é classificada como um processo relevográfico de impressão direta, ou seja, a tinta é distribuída em uma matriz de borracha e tal matriz passa o desenho para o suporte.

A maioria dos suportes para impressão são configurados na forma de bobina, caracterizando o tipo de impressora como rotativa. O que muda é a distribuição dos grupos impressores. Em máquinas tipo satélite o suporte passa em um grande rolo de contrapressão, onde os rolos entintadores estão distribuídos em seu entorno.

É um processo muito utilizado na impressão de embalagens. Atualmente sua aplicação se estendeu a outros produtos gráficos tais como: livros, jornais, revistas, tecidos, papelão, cartão corrugado, etiquetas, papel de parede, envelopes, sacos, sacolas, etc. As matrizes flexográficas podem ser constituídas de borracha ou fotopolímero. Têm vários formatos e resistem a muitas impressões. Essas matrizes são geradas por 21


Aplicações:

No sistema torre o suporte passa por cilindros que o direcionam para cada grupo impressor. Ao rolo tomador de tinta denominamos Anilox.

Embalagem (Rígidas, semi-rígidas e fexíveis), papel de presente, sacos, etiquetas adesivas, impressos de segurança e rótulos Mosaicos e ladrilhos.

As tintas para impressão flexográfica se caracterizam em dois tipos, dependendo da aplicação. Em caso de suportes não absorventes como plásticos, utiliza-se tinta a base de solvente. Quando imprimimos em papel ou papelão utiliza-se tinta a base de água.

Publicidade Uma característica muito importante da flexografia para a publicidade é o fato de este processo imprimir em uma ampla gama de materiais (ásperos, lisos, mais absorventes, alumínio, entre outros. Como benefícios de seu uso podemos destacar também a alta tiragem da matriz, que pode imprimir 1 milhão de cópias sem que o material perca a qualidade. E também a velocidade de produção, sendo que algumas máquinas podem imprimir até mil metros por minuto, o que otimiza o tempo de produção em grande escala.

A flexografia é bem versátil e econômica, mas apresenta algumas limitações de qualidade. Um exemplo é o fenômeno “Squash” – espalhamento da tinta. Esse fenômeno se dá pelo tipo de matriz de impressão que é bastante flexível. A reprodução detalhada de meios tons (fotos, degradês) fica prejudicada.

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Fornecedores: VP Laser

Bibliografia:

A Vp possui um dos mais avançados sistemas de impressão flexográfica, que dispõe de tecnologia para impressão de rótulos e etiquetas de até 8 cores. Imagine o poder da impressão composta de CMYK mais quatro cores especiais ou ainda hot stamp e serigrafia em vários substratos.

Processos Gráficos; SENAI-RJ 2006 https://pt.wikipedia.org/wiki/ Johannes_Gutenberg http://aprendergrafica.blogspot.com.br/2009/07/cronologia-da-evolucao-das-artes. html

Ficha Técnica:

Telefone: (31) 3244-3000 Endereço: Rua Belmiro de Almeida, 318 - São Cristóvão - Belo Horizonte - MG

Texto da História das Artes Gráficas: Isabella Lyrio e Marcello Soares.

Multipla Adesivos, Rótulos e Etiquetas

Texto de Flexografia: Marcello Soares e Rafaela Gusmão.

AMultipla possui em seu parque industrial um espaço reservado somente à fabricação de rótulos.

Slides da apresentação: Isabella Lyrio e Rafaela Gusmão.

Telefone: (21) 3887-7100 / 3105-2526

Imagens: Isabella Lyrio, Marcello Soares e Rafaela Gusmão. 23


ImpressĂŁo Digital Camila Ratier

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História A história da impressão digital é bastante curta se comparada à história dos outros tipos de impressões. Ela surgiu no final do século 20 e foi evoluindo, tornando possível uma impressão rápida e de qualidade, sendo atualmente um dos métodos mais comuns de impressão utilizada. A impressão digital deriva-se da xerografia, distinguindo-se dela pelo fato de que a entrada de dados é realizada digitalmente, e não pela reprodução de um original em papel. Existem dois tipos de impressão digital: as impressões a laser e as de jato de tinta. No geral, o que unifica tais equipamentos sob tal denominação é seu funcionamento básico, fundada na ação eletrostática oposta entre a matriz e o toner e sua transferência para o papel.

Máquina de xerografia

Impressora digital atual

Os entusiastas da impressão digital preveêm que ela se tornará o processo hemogênico de impressão em duas ou três décadas, devido as suas inúmeras vantagens, como: não possui custos de partida (sem fotolitos e sem chapas) prático de fazer pequenas tiragens 25


possível de fazer layout in line prazos menores para a produção A impressão digital tem algumas características que a identificam, já que a impressão possui um leve brilho acetinado, pode ter um pouco de granulação, demonstrar algum um relevo sutil, contornos com definição inregular, etc.

Aplicações para a Publicidade Considerando as vantagens deste modo de impressão, podemos dizer que sua praticidade é essencial para a publicidade. Para fazer mídias out of home, como cartazes e busdoors, a impressão digital é uma boa escolha, devido a baixa tiragem. Design de embalagens são interessantes na forma de impressão digital, já que é possível fazer uma impressão teste de baixo custo, antes de selecionar o definitivo, além de se poder modificar de maneira fácil e rápida características sem atrapalhar muito o prazo. Projetos de PDV para demonstrar produtos também podem ser feitos desta maneira. No mundo da estamparia, por exemplo, é possível fazer pelo método de sublimação uma camiseta de maneira prática e rápida. A empresa Touts, criada para poder promover designers

e seus desenhos, faz por meio da impressão digital camisetas na hora para o cliente. Além disso, eles produzem: canecas, moletons, quadros, almofadas e canecas com este modelo de impressão, por ser rápida e possível de fazer diversos modelos de estampas diferentes.

Propagandas Impressas

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Camisetas da Touts

Método de Impressão

O funcionamento de impressoras a laser, por exemplo, se dá pela ação de feixes de laser que carregam eletroestaticamente um cilindro revestido de selênio nas áreas que correspondem ao que será impresso. O laser irá descarregar certas partes do cilindro, para que a figura ou texto fique desenhado nele. O cilindro acaba funcionando como uma espécie de suporte para a matriz, que agora é totalmente virtual. A impressão digital utiliza toners nas cores CMYK, e a cor só vai para o papel quando o cilindro continua a rolar, para que a tinta do toner passe. Vantagens: cartucho com maior rendimento velocidade de impressão maior impressão resistente e precisa

Impressora a laser 27


Impressoras de jato de tinta, uma vez equipadas com cartuchos cheios de tinta líquida, utiliza bocais minúsculos para derramar gotículas de tinta no papel, formando o desenho impresso a partir das orientações de um software. Para que a impressora funcione corretamente, são necessários quatro cartuchos: ciano, magenta, amarelo e preto. Esse padrão é conhecido como CMYK e foi aplicado ao mercado de impressão justamente porque a combinação de tais tonalidades é capaz de criar praticamente qualquer outra cor.

Vantagens: cartucho mais barato aparelho mais barato maior qualidade de cor Cartuchos CMYK É perceptível que o mercado de impressão digital no Brasil continua em franco crescimento, e isso tornou fundamental a utilização de um sistema de acabamento que conseguisse preservar, ou até mesmo melhorar o impresso, já que o processo digital é mais frágil do que o off-set. Existem vários tipos de acabamento utilizados, mas o principal é a termolaminação, que é um processo de revestimento a seco de cartões e papéis, onde ao mesmo tempo em que trata, preserva o material impresso e ainda serve como base para aplicações complementares, como o verniz UV localizado ou hot stamping. Com este tipo de processo de revestimento, o material impresso digital fica bem próximo em comparação com o off-set.

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Impressão 3D

Criada em 1984 por um engenheiro americano, a impressão 3D é uma das maiores revoluções gráficas do século XXI. A sua principal vantagem é a rapidez e o custo relativamente baixo dos modelos desenvolvidos. Seguindo o modelo de prototipagem rápida, o objeto é desenvolvido dentro de um aplicativo de modelagem tridimensional, depois mandado para o software da impressora que o divide em centenas de camadas diferentes e inicia então o processo de impressão. O mecanismo da impressora é relativamente simples. O injetor de material aquece e puxa uma espécie de filamento plástico que fica enrolado em uma bobina, como se fosse um rolo de barbante. Conforme o mecanismo derrete o material, ele o injeta em uma base, movimentando-se nos eixos X e Y para criar as camadas. Assim que uma camada fica pronta, a base — fixa no eixo Z — desce alguns milímetros e o mecanismo procede com a criação da próxima camada até que o objeto fique pronto. A impressão 3D pode levar de poucos minutos a algumas horas, de acordo com o tamanho e a complexidade do produto. Depois de impresso, o objeto passa por uma fase de polimento, que inclui remoção da base e retirada de rebarbas.

Impressora 3D imprimindo um modelo de Torre Eiffel 29


Ultimamente, as impressoras 3D tem feito sucesso em várias outras áreas além da indústria gráfica. Próteses humanas são possíveis de serem feitas a baixo custo e conforme a demanda do paciente, facilitando a sua adaptação. No mundo da medicina, a impressão de órgãos e ossos também são possíveis, podendo ser uma solução para problemas até então não tratáveis. Uma casa impressa, por exemplo, teria um custo muito mais baixo que uma casa construída tradicionalmente. O fator principal é o custo do material: não há desperdício, pois tudo é calculado meticulosamente, então a construção seria mais barata.

Modelo de casa

Fornecedores Gráficos CopyHouse R. Sete de Setembro 34 Centro (21) 2508-6000

Impressão digital de folders, cartões de visita, relatórios e banners

Multijob Av. Maracanã 75 - Maracanã (21) 2567-7414

Impressão e acabamento digital a laser e gerenciamento de cores

Nacional Gráfica Rua Apace 47 – Del Castilho (21) 3902-6853

Impressão digital de banners, totens de PVC e vinil adesivo

DeltaThinkers Av. Rio Branco, 120 sala 1205 Centro (21) 3226-9246 Impressão 3D

Prótese de perna 3D 30


Juliana bizzo

IMPRESSÃO OFFSET

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o que é? A impressão offset consiste em processo planográfico onde há a repulsão entre água e gordura (tinta gordurosa) com uso de cilindros intermediários. Ela é feita em tiragem, gerando assim melhor custo benefício para o consumidor. É utilizada em cartões visitas, em impressões de pastas comerciais, envelopes e talões por exemplo. Além disso, produzem materiais de grande escala em algumas horas. Tipos de impressão: • Impressão monocolor, isso exige mais do profissional que está manupulando a máquina. Pois todas as cores devem estar encaixadas corretamente para não prejudicar a impressão do conteúdo. • Impressão com quatro cores. Neste processo o papel já sai todo pronto da impressão, em um processo único de impressão das quatro cores em uma só vez. • Existem também máquinas especificas para acabamentos de verniz e laminação fosca. Esse material da uma qualidade ainda mais superior ao material final produzido.

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Histórico A tecnologia de impressão offset foi inventada em 1904 pelo americano Ira Washington Rubel, litógrafo de Nova Jersey, Estados Unidos, mas também foi patenteada pelo alemão Caspar Hermann. Apesar do surgimento no início do século passado, o sistema só chegou ao Brasil na década de 1920, mesmo assim de forma lenta e pouco difundida. “Isso ocorreu porque era complicado realizar a transição da tipografia para o offset. Esse processo transitório esbarrava em muitos problemas técnicos”, explica Thais Vieira, designer gráfica formada pela Escola Superior de Desenho Industrial, vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ). Mesmo com o lento desenvolvimento do setor, em 1922 a Companhia Lithographica Ferreira Pinto, do Rio de Janeiro, resolveu empregar o mais novo

método de impressão. Na época, a empresa imprimia quase que exclusivamente para a fábrica de cigarros Souza Cruz. Dois anos mais tarde, em 1924, foi a vez da Gráfica e Editora Monteiro Lobato, de São Paulo, dar sinais de modernidade ao fazer uso de equipamentos offset. Apesar do avanço adquirido pelas duas empresas, nesse período o setor sofria com a dificuldade em importar suprimentos de ponta. Juscelino Kubitschek, na década de 1950, promoveu o incentivo à industrialização, mas focou boa parte de suas ações na indústria de base, política que barrou a obtenção de dispositivos eficientes pelas pequenas e médias gráficas. “Como alternativa, era necessário adaptar as impressoras tipográficas, transformando-as em modelos offset”, afirma Thais Vieira.tecnologia mundial. 33


Processo de impressão

O sistema offset é planográfico e a impressão é rotativa, onde os cilindros irão conduzir tanto a tinta quanto o papel. A matriz permanece umedecida e recebe a aplicação de tinta. O segundo cilindro é composto por borracha e recebe o nome de blanqueta. As blanquetas são responsáveis por transmitir a informação da matriz para o substrato. Durante o processo de transferência das informações, há um terceiro cilindro: o cilindro impressor. Ele é responsável por pressionar o papel para que ele fique em contato com a blanqueta. A blanqueta, ao encostar na chapa, absorve a tinta excedente e permite transferir ao suporte apenas a quantidade necessária. As impressoras offset podem ser classificadas em planas ou rotativas. As impressoras planas trabalham a partir de folhas soltas enquanto as rotativas utilizam bobinas de papel. As planas oferecem melhor qualidade, ideal para impressão de cartões de visitas, folders, panfletos, folhetos, cartazes e livros. As impressoras rotativas são recomendadas para projetos em grande tiragem como revistas e jornais.

• Gravação da chapa offset A matriz da impressão offset é geralmente metálica (feita de alumínio) e sensível à luz. No processo tradicional, a gravação inicia-se à partir de um fotolito (que pode ser positivo ou negativo) que é colocado sobre a chapa offset e exposto à luz para fixação da imagem. Após a exposição, a matriz é encaminhada à revelação química, semelhante ao processo de revelação fotográfica.

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• Montagem: Com a chapa offset revelada, dá-se a montagem no rolo da impressora offset destinado à instalação da matriz. A chapa flexível é montada no cilindro destinado à matriz. Se o impresso for colorido, é necessário uma chapa para cada cor do processo de cromia, ou seja, no mínimo 4 chapas serão utilizadas. • Impressão:

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Fornecedores • Edigráfica Endereço: Rua Nova Jerusalem, 345 - Bonsucesso, Rio de Janeiro Telefone: (21) 3882-8400 Essa gráfica possui, da Pré-impressão ao Acabamento, os mais m odernos recursos tecnológicos, produzindo com a mesma desenvoltura catálogos, encartes e folhetos promocionais, assim como revistas e livros. • Gráfica aquarela Endereço: R. Limites, 360 - Realengo, Rio de Janeiro Telefone: (21) 3268-2836 Essa gráfica tem a especialidade em realizar a pré-impressão, impressão e acabamentos de catálogos, folhetos, livretos, relatórios anuais, cartazes, folders, calendários, agendas, visual aids, móbiles, displays, lenticular/3D, ZCARD®, revistas, livros, gibis, etc. Além disso, possuem um diferencial utilizando vários tipos de impressão mais inovadoras como: a aquenet, aquacolor, aquablack, matal fx, multipack, digital, 3D, Zcard. • Gráfica NOVA BRASILEIRA Endereço: R. Frolick, 31 - São Cristóvão, Rio de Janeiro. Telefone: (21) 3799-0404 Os serviços dessa gráfica atendem demandas de todos os portes. Possuem pré-impressão, impressão, acabamentos e produto final. Produzem uma variedade de impressos como livros de capa dura, catálogos, revistas, cadernos, brochuras, convites, folders, calendários, agendas, cartazes, folhetos entre outros. Montam o kit completo de papelaria, com cartões de visita, pastas, envelopes, papéis timbrados, bloco de notas, crachás.

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Beatriz Gomes

SERIGRAFIA E ROTOGRAVURA 38


CONCEITO Também conhecido como silkscreen, a serigrafia é um processo utilizado na transferência de imagens em tecidos e diversos outros materiais. O grande destaque da serigrafia é sua qualidade e durabilidade. Além disso, é um processo relativamente simples, no qual é usada uma tela que transfere a imagem colorida para o tecido ou qualquer outra superfície onde se deseja imprimir a mensagem. custo x benefício e é adequado para pequenas e médias tiragens em papel, plástico, metal, cerâmica entre outros suportes.

É muito utilizada na impressão de adesivos e amplamente difundida na indústria têxtil. A qualidade da impressão está relacionada com a qualidade dos insumos, principalmente do tecido e a competência da mão de obra. É um processo com boa relação custo x benefício e é adequado para pequenas e médias tiragens em papel, plástico, metal, cerâmica entre outros suportes.

DESCRIÇÃO DA MATRIZ Nesse processo as matrizes não são chapas de metal como no offset e sim de tecido. Em cada tecido é gravada a informação da imagem que é transmitida por fotolitos. Assim, cada fotolito fornece a imagem de uma cor e conseqüentemente cada tela (tecido de nylon, por exemplo) vai corresponder a uma cor do trabalho. A aplicação de tinta pode ser feita manual, semi-automática ou automaticamente. O interessante na serigrafia é que, diferente do processo offset, pode-se reaproveitar a matriz onde se gravou determinada arte. 39


FLUXO DE PRODUÇÃO 1. Escolha do bastidor

3. Tensão do tecido

O bastidor é o nome técnico dado a moldura onde ficará fixado o tecido. Ele mantém o tecido sob pressão, garantindo estabilidade e registro de impressão (caso sejam utilizadas mais de uma cor). Este bastidor pode ser de madeira, ferro ou alumínio. O mais barato é o de madeira, porém, sua vida útil é pequena. O bastidor de ferro é pesado e pode apresentar problemas de oxidação ao longo do tempo. O ideal é o de alumínio, pois possui maior resistência e sua leveza facilita o manuseio.

Deve-se utilizar a melhor técnica para esticar o tecido na moldura (bastidor). Geralmente a tensão é feita com equipamento pneumático ou mecânico.Com o tecido esticado, é feita sua colagem no bastidor. Até no momento da aplicação da emulsão, um mau tensionamento, prejudicará a planeidade da camada de emulsão e comprometerá todo o trabalho de impressão.​ Também no momento da recuperação ou para remover imagens fantasmas, uma tela frouxa impedirá a boa limpeza do tecido, consequentemente, seu melhor reaproveitamento.

2. Escolha do tecido

4. Preparação do tecido

É fundamental a escolha correta do tecido, pois ele suportará a camada fotográfica, determinará o depósito de tinta e terá influência na definição e resolução da imagem. Existem três tipos de tecido: nylon (mais elástico), poliéster (maior estabilidade e resistência) e metálico (possui efeito anti-estático). O tecido de nylon pode apresentar coloração branca – a mais comum – alaranjado ou avermelhado.

É feito o registro das matrizes para que o encaixe seja perfeito, as cores são matizadas / misturadas, os rodos preparados

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5. Escolha da emulsão

8. Exposição à luz

Na escolha da emulsão deve-se verificar parâmetros como: emulsão viscosa para tecidos abertos e mulsão líquida para tecidos fechados. Para tornar a emulsão sensível à luz, misturam-se sensibilizadores químicos. Existem no mercado emulsões que já estão pré-sensibilizadas, ou seja, prontas para aplicação na tela.

Depois de seca a tela será exposta à luz ultravioleta. Nessa etapa é necessário observar a qualidade do fotolito positivo. A parte preta deve ser totalmente opaca para evitar passagem de luz. O fotolito deve ser colocado no lado externo da matriz, preso com fita adesiva. O tempo de exposição determinará a qualidade, vida útil, definição e resolução da imagem. Esse tempo depende de vários fatores: tipo de fonte de luz, potência, distância entre a fonte e a matriz, tipo de emulsão, etc.

6. Aplicação da emulsão A aplicação da emulsão serve para construir no tecido uma camada fotográfica uniforme, devendo ser aplicada do lado externo e interno da tela. A emulsão deve ser bem aplicada para evitar perda de qualidade da impressão. Existem instrumentos – aplicadores – que facilitam tal aplicação.

7. Secagem da emulsão

9. Revelação

A matriz (tela emulsionada) deve ser seca com o lado externo voltado para baixo. O tempo de secagem depende da lineatura do tecido, do tipo de emulsão e da espessura da camada aplicada.

A revelação geralmente é feita com um jato de água suave em toda a matriz, iniciando pelo lado externo até o aparecimento total da imagem.

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PROCESSO DE IMPRESSÃO O processo de impressão consiste em vazar a tinta pela pressão de um rodo ou puxador através da tela previamente preparada. A tela (matriz serigráfica) é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A matriz é gravada pelo processo de fotosensibilidade, onde é preparada com uma emulsão fotosensível e colocada sobre um fotolito e, posteriormente, sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido. Os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível exposta a luz. Para cada cor de impressão é utilizada uma matriz, resultando em um impresso com grande densidade de cor, saturação e textura.

https://www.youtube.com/ watch?v=PGTUlSlnAPE

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APLICAÇÃO NA PUBLICIDADE Andy Warhol é um nome que simboliza aquilo que é a Pop Art pela seu trabalho desenvolvido e por ser um dos grandes artistas que do mesmo modo a simbolizou. Os quadros feitos através de serigrafia, uma das técnicas promovidas e utilizadas nos quadros desta corrente artística, de figuras como Marilyn Monroe em diferentes tonalidades, os auto-retratos que lhe deram ainda mais visibilidade, as embalagens de sabonete Brillo e de ketchup Heinz, os dólares americanos e os cifrões, as latas de diferentes sabores de sopa Campbell e as garrafas de Coca-Cola que sofrem uma constante multiplicação celular bem como os cartazes publicitários adaptados são exemplos de alguns dos quadros que imortalizam o artista.

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FORNECEDORES Carioca Silk: Endereço: R. Regente Feijó, 28 Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20060020 Telefone: (21) 2510-2671

Gráfica Recreio: Endereço: Barra World Shopping &Park - Avenida Alfredo Balthazar da Silveira - Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro - RJ, 22790710 Telefone: (21) 99846-8394

Painel Estamparia: Endereço: R. Uruguaiana, Quadra C - box 466/467 - Rua dos Andradas esquina com Rua da Alfândega-Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20050-095 Telefone: (21) 3970-5360

SilkFabril: Endereço: Av. das Américas, 2111 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ, 22631-010 Telefone: (21) 2493-1616

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ROTOGRAVURA

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CONCEITO

FLUXO DE PRODUÇÃO

A rotogravura é um sistema de impressão direta denominado encavográfico, ou seja, a tinta é depositada em uma matriz de baixo relevo. O grafismo ou imagem a ser impressa é gravada no suporte através de tintas líquidas à base de solventes fortes e altamente voláteis. Sua aplicação é bem ampla imprimindo miolos de revistas, embalagens flexíveis para produtos alimentícios, cigarros, rótulos, papéis de presentes, etc. Esse tipo de impressão só é economicamente viável para grandes tiragens. Esse fato se dá pela característica do processo. As máquinas impressoras são rotativas de grande porte e a matriz de impressão possui um alto custo para gravação.

1. Gravação de matriz A matriz para rotogravura é um cilindro que pode ser confeccionado em aço ou ferro, podendo ser oco ou maciço. Este cilindro recebe pelo processo de galvanização outras camadas metálicas, tendo cada uma as seguintes funções: - De níquel: permite a aderência do cobre ao ferro ou aço. - Cobre base: determina a espessura final do cilindro - Cobre camisa: parte removível da matriz onde é feita a gravação da imagem a ser impressa - Cromo: utilizado para aumentar a durabilidade do cilindro

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2. Impressão Na rotogravura, usa-se cilindros micro-perfurados que passam a tinta diretamente para o papel por pressão. Usando várias unidades de impressão, trabalhando em conjunto, pode-se imprimir frente e verso do papel numa única operação, em várias folhas que farão a composição de jornal ou revista. https://www.youtube.com/ watch?v=Z4uym-gJvec

FORNECEDORES Editora Abril: Centro Empresarial Mourisco Praia de Botafogo, 501 - Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, 22250-911 Piraquê: Rua Leopoldino de Oliveira, 335 Turiaçu, Rio de Janeiro - RJ, 21360060

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APLICAÇÃO NA PUBLICIDADE A publicidade utiliza muito desta técnica de impressão imprimindo em embalagens de produtos de vários tipos de materiais. A rotogravura também faz parte do processo editorial da revista Veja e da producão de cigarro.

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ACABAMENTOS GRร FICOS Fรกbio Oliveira

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O QUE SÃO

ACABAMENTOS GRÁFICOS? do pensamos sobre o que é acabamento gráfico, estamos pensando, antes de tudo, em uma questão estética. Com diferentes recursos a seu dispor, o acabamento gráfico é um processo que precisa ser efetuado com cuidado e pelas mãos de um profissional.

Acabamento gráfico é um processo de finalização de um produto feito em uma gráfica. Ele pode transformar um simples material impresso em algo envolvente que seja capaz de chamar a atenção e, se for o caso, vender mais. Quan-

Tipos de Acabamentos: Laminação; Verniz; Corte e vinco; Hot stamping;

Bordas arredondadas; Relevo; Refile;

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Laminação A laminação é o processo de “encapar” o impresso com uma camada de plástico adesivo. A maior vantagem da laminação é o aumento da durabilidade e resistência do material. Existem dois tipo de Laminação: Laminação com brilho: Recomendado para impressos com muitas cores e imagens, pois o efeito brilhante gera cores mais vivas. Laminação fosca: Recomendado para impressos com muitos textos. Evite laminar papéis mais finos (de menor gramatura), pois a laminação pode causar curvatura no papel.

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Verniz e Uv localizado

O verniz é uma tinta transparente de alto brilho que gera um aspecto sofisticado e profissional aos impressos. Por este motivo é muito utilizado em cartões de visita, cardápios de luxo e capas de livros. O efeito do verniz é muito parecido com a laminação, porém, o verniz tem duas grandes vantagens: Pode ser aplicado em papéis de gramaturas baixas (mais finos) e pode ser aplicado em partes específicas do impresso. O verniz UV localizado é um dos acabamentos gráficos mais usados na indústria. Sua aplicação mais popular é a laminação fosca no fundo com detalhes em verniz localizado. Essa união gera um contraste muito bonito entre as cores brilhantes e foscas, deixando o impresso muito profissional, sofisticado e atraente.

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Corte

O corte é o acabamento gráfico feito para moldar papéis conforme a necessidade, criando formatos personalizados. É muito usado para confeccionar caixas e embalagens personalizadas. Para isso são usados metais pré-moldados, chamados de “facas”, ou equipamentos a laser. As facas são montadas exclusivamente para cada formato.

vinco Vincos são marcações feitas no papel. Essas marcações servem como “linhas-guia” para que os papéis possam ser dobrados. Sem os vincos, as dobras irão acabar com a qualidade do seu impresso.As fibras dos papéis são muito sensíveis, e os vincos impedem que elas sejam danificadas no processo de dobra. Os vincos também servem para criar outros efeitos estéticos. O custo é baixo, sendo muito utilizado em folders, convites e cardápios.

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Hot stamping

O hot stamping é muito parecido com o verniz UV localizado, a diferença é que no hot stamping, como o nome já diz, a transferência da “estampa” é feita através de calor. Apesar de ser encontrado em diversas cores, as mais comuns são prata e dourado.

Relevo

O relevo é perfeito para criar uma sensação diferenciada ao toque, agregando sofisticação ao impresso. Entre as opções, você pode escolher entre o relevo alto ou profundo. Esse tipo de acabamento não pode ser aplicado em qualquer tipo de papel. É preciso que a gramatura do papel seja maior que 180g. Por isso, é muito utilizado em convites e cartões de visita, onde as gramaturas tendem a ser maiores. 55


Borda Arredondada A borda arredondada é um acabamento simples, e não precisa ser feito com as tradicionais facas, hoje em dia existem outros equipamentos que produzem esse tipo de acabamento com custos mais baixos. Lembrando que não é obrigatório arredondar os quatro cantos, você pode optar um, dois ou três cantos separadamente.

Refile Refile é um corte reto, feito através de uma guilhotina. A principal função deste acabamento é garantir que os lotes de impressos terão as mesmas proporções. O refile é um acabamento básico e essencial. Esse processo não gera nenhum tipo de diferencial ao impresso.

Borda Arredondada

Refile

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