Revista dirigente lojista

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Sistema CNDL

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EDITORIAL Sistema CNDL

O ano novo nem bem chegou e o varejo brasileiro está a todo gás. Não há tempo a perder, 2014 promete uma série de eventos e oportunidades favoráveis para o segmento. A Copa do Mundo é sem dúvida a grande vedete do calendário, estará presente somente em 12 cidades que serão sedes, mas envolverá o País. Há ainda o legado em relação à infraestrutura e à presença de mais turistas, pois seremos notícia em todo o mundo durante um mês. Não podemos esquecer que é um ano eleitoral, que tradicionalmente aquece o comércio de uma maneira geral. É nesta época que os dirigentes lojistas devem se unir e junto com as CDLs, FCDLs e CNDL, criarem uma pauta de reivindicações que tem por objetivo beneficiar todo o segmento, em todos os níveis. Durante o ano, não se limite a comemorar e se envolver com as datas promocionais. Participe eficazmente das promoções criadas pela CNDL pela sua Federação e sua CDL, como os tradicionais “Liquidas”, que fazem cada vez mais sucesso. Seja criativo, crie suas próprias promoções, comemore o aniversário da sua loja, o aniversário da sua cidade ou do seu bairro, além de outras opções. Porém, batemos na mesma tecla, nada disto adianta se a sua equipe de colaboradores não estiver preparada para um bom atendimento, sua loja organizada e com uma linguagem visual adequada, que são regras básicas. E o pós-venda é muito significativo. A Nação Lojista está preparada para fazer deste ano um sucesso, assim como está pronta para vencer as dificuldades, como sempre fez, e com otimismo alcançar os objetivos.

Salve 2014 e conte sempre conosco.

Darcy Junior Santos

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Garra e ação, crescer, trabalhar: assim é a nação lojista. 4 - Dirigente Lojista

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PA L AV R A D O P R E S I D E N T E

Um ano de

transformações e mudanças O ano de 2014 será um ano de acontecimentos marcantes nos cenários econômico, político e social. A realização da Copa do Mundo de futebol, mais de 60 anos após a última vez em que o Brasil foi sede desse grande evento, e a eleição presidencial são apenas dois dos acontecimentos que mobilizarão o país inteiro. A Copa, particularmente, gera movimentação nos segmentos do comércio, indústria, serviços, hotéis, restaurantes, transportes, turismo, enfim, o evento envolve praticamente todos os setores de atividade. A eleição presidencial é a possibilidade nacional de se abrir o debate para as grandes transformações que o Brasil precisa, muito carente ainda em infraestrutura, saúde, educação e segurança. Na CNDL a atual gestão estará encerrando o seu mandato em 2014, pretendendo neste último continuar as realizações que marcaram o período, com aprimoramento dos produtos

e serviços, capacitação, atendimento aos anseios dos associados e expansão das CDLs, hoje cobrindo literalmente nosso país do Oiapoque ao Chuí. A CNDL começa o ano com muita qualidade, pois graças ao compromisso permanente da entidade e de seus colaboradores com a excelência na prestação dos serviços, a Confederação recebeu em dezembro de 2013, a Certificação ISO 9001 Versão 2008. No cenário político, esperamos que o governo atue mais firmemente no combate à inflação e que consiga reduzir os gastos públicos, mesmo num ano de eleições, fazendo mais e prometendo menos, investindo nos setores que necessitam mais atenção para que o crescimento do PIB do Brasil possa finalmente alcançar o nível de um país que deseja melhores resultados em sua economia e que possa proporcionar mais qualidade de vida à população.

O modelo de consumo e a preservação da renda, acompanhada de baixo nível de desemprego, fez com que em 2013 nosso pais pudesse manter esperanças de um ano novo melhor. Mas é preciso trabalhar muito para que os juros baixem, a carga tributária diminua e que o crédito seja facilitado para os empresários, principalmente os de micro e pequeno porte, a fim de que possamos visualizar um autêntico próspero e feliz 2014.

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ÍNDICE

471 EDIÇÃO

25 Nota

Mais uma vitória do Movimento Lojista!

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Entrevista

Prevenir perdas é essencial para o sucesso do seu negócio. 6 - Dirigente Lojista

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Ponto de Vista

Nordeste: um mar de oportunidades para o consumo.

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Copa do Mundo

Oportunidade única para vender ainda mais.


Matéria de Capa

2014:

é aguardado com Expectativa pelos dirigente s lojistas

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As principais razões: realização da Copa do Mundo, as eleições presidenciais, e, finalmente, um maior investimento em infraestrutura e mudanças significativas na legislação que beneficiarão o segmento. Consultamos representantes das Federações de Dirigentes Lojistas das cinco regiões do Brasil, assim como especialistas do varejo para traçarmos um panorama sobre o novo ano.

SEÇÕES 08

Brasil Lojista

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CDL Jovem

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SPC Brasil

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Informe Jurídico

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Varejo em Frases

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História do Comércio

Cuiabá: o comércio da cidade começou com um “bolicho”. O comércio de Cuiabá, assim como outras cidades, começou com um “bolicho” - termo local para designar um estabelecimento comercial. Dirigente Lojista - 7


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CDL Fortaleza

entrega prêmio Lojista do Ano Em sua 36ª edição, a CDL Fortaleza (CE) realizou no dia 05 de dezembro, a entrega do prêmio Lojista do Ano.

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s presidentes da FCDL/CE, Francisco Honório Pinheiro, e da CDL Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro, recepcionaram os convidados em evento que aconteceu no La Maison Coliseu com a entrega do Troféu Iracema. Entre os agraciados estava o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior. Durante discurso, o presidente da CDL Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro, falou sobre os desafios

enfrentados pelo setor varejista. “Um dos maiores setores da economia, o varejo está atravessando um período de mudanças rumo à profissionalização. A venda da esquina, por conta da distribuição veloz e democrática da informação, se transformou em empresa sólida e eficiente, detentora da alta tecnologia deixando de ser apenas um lugar para comprar produtos”, finalizou.

Presidente da CNDL visita FCDL Paraíba e CDL João Pessoa

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O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, acompanhado do Diretor Administrativo e Financeiro da CNDL, Silvio Antonio de Vasconcelos Souza, realizaram visita técnica à FCDL/PB e CDL João Pessoa na primeira semana de dezembro. Na ocasião foram recepcionados pelo presidente da CDL João Pessoa, Eronaldo de Vasconcelos Maia.


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CDL Florianópolis

tem primeira mulher no comando da entidade

Foto: Osvaldir Silva.

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eforçar a mobilização contra as formas de concorrência ilegal e ampliar os investimentos em treinamento e capacitação de empresários e colaboradores do comércio foram os compromissos assumidos por Sara Toscan Camargo, empossada presidente da CDL de Florianópolis (SC). Primeira mulher a dirigir a maior entidade lojista de Santa Catarina e quinta do país, Sara sucede a João Batista Lohn, cujo mandato encerra no dia 31 de dezembro.

“A pirataria e o contrabando são o câncer que corroem nossa economia, roubando empregos, prejudicando o consumidor e subtraindo os impostos que seriam úteis para as demandas públicas”, resumiu Sara, diante de cerca de 400 convidados, na sede da FIESC.

O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, que esteve presente ao evento, lembrou que o Brasil precisa poupar mais para investir e melhorar a produtividade. “O capital externo está mais escasso, por isso o Brasil precisa gerar poupança interna para financiar investimentos. Se não há recurso privado, o setor público deve gastar menos para ampliar investimentos”, completou. Com 4.200 associados, a CDL de Florianópolis é a maior do estado e a quinta do país, além de pioneira do movimento lojista catarinense.

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Dirigentes lojistas se reúnem em Uberlândia e terminam visita em Ituiutaba

CDL Uberlândia e empresários durante Mérito Empresarial – CDL Ituiutaba.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), José César da Costa, cumpriu uma intensa agenda na última semana. 10 - Dirigente Lojista

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primeira parada foi em Uberlândia, onde junto com o presidente da CDL da cidade, Celso Vilela e seu vice, Humberto Jardim, e também com o presidente da CDL de Conselheiro Lafaiete, João Batista de Assis Pereira, ficaram por dentro do balanço positivo do Feirão Recupere Seu Crédito realizado pela CDL Uberlândia. Na oportunidade eles conheceram de perto o projeto Natal Luz de Uberlândia. Depois, os dirigentes lojistas seguiram para Araguari onde se reuniram com o G8, grupo formado pelas instituições de fomento da cidade e participaram do lançamento “Natal CDL Araguari 2013”. A próxima parada foi em Ituiutaba. Os dirigentes lojistas, juntamente com a classe empresarial do município e região conheceram as empresas que se destacaram no ano de 2013. Foi a primeira edição do Mérito Lojista, um reconhecimento e homenagem às empresas e profissionais que são referência em qualidade e excelência em seus produtos e serviços nos quesitos: ampliação, crescimento e inovação. Na oportunidade foi empossada pelo presidente da FCDL/ MG a nova diretoria da entidade CDL Ituiutaba gestão 2014/2016.


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Comissão Organizadora da 54ª Convenção Nacional se reúne em Brasília A 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista vai acontecer entre os dias 17 e 20 de setembro de 2014, na Costa do Sauípe/BA. As inscrições podem ser feitas pelo site: www.convencaonacionalbahia.org.br.

A Comissão Organizadora da 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista esteve reunida no dia 04 de dezembro, na sede da CNDL em Brasília. Entre os assuntos em pauta, temas importantes como a programação a ser seguida pelo grupo para que o trabalho seja realizado com sucesso. Entre os que participaram do encontro estiveram o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, os presidentes da FCDL/BA, Antoine Youssef Tawil, e da CDL Salvador, Geraldo Cordeiro de Jesus.

CNDL fecha o ano com chave de ouro! A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, CNDL, fecha o ano de 2013 com chave de ouro. Isto porque, recebemos no dia 18 de dezembro o certificado da ISO 9001. A certificação estabelece um modelo de gestão da qualidade para organizações em geral, através de normas técnicas, que estabelecem requisitos para melhoria nos processos internos.

Esta é mais uma vitória do Movimento Lojista!

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EMPRESA Cinco em cada dez empreendedores de serviços abriram a própria empresa sem qualquer experiência, mostra SPC Brasil Levantamento realizado em todas as capitais revela que os empreendedores do setor de serviços valorizam mais a experiência de mercado do que o conhecimento formal

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les são persistentes, demonstram ter confiança em si mesmos, têm paixão pelo que fazem, não têm medo de ousar e avaliam que contam com boa experiência de mercado. A conclusão é de um estudo inédito realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que traça o perfil do empreendedor do setor de prestação de serviços, identificando práticas de gestão, dificuldades e perspectivas de investimento. Movidos principalmente pelo sentimento de que possuem aptidão para o negócio, quase a metade (48%) dos empreendedores entrevistados iniciou a vida profissional no segmento de serviços sem ter tido qualquer experiência prévia no setor. Outros 29% já haviam trabalhado em alguma empresa do segmento e 20% começaram o negócio por influência familiar. 12 - Dirigente Lojista

Na avaliação de Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL, o resultado revelado pelo estudo “demonstra a determinação e o destemor de quem entra na área sem medo de encarar o desconhecido, tanto que 79% desses empreendedores não contaram com o apoio de linhas de financiamento para o capital de giro e acabaram utilizando dinheiro do próprio bolso para abrir a empresa”.

Fonte: SPC Brasil


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Além de revelar o perfil persistente desses empreendedores, a pesquisa mostra que ter experiência de mercado é um diferencial. Seis em cada dez (60%) prestadores de serviços entrevistados se consideram profissionais plenamente capacitados para exercer a função e dentre eles, 40% atribuem à experiência de mercado como a principal razão. Entre os entrevistados, 72% estudaram no máximo até o Ensino Médio. Vale destacar que apesar de boa parte dos entrevistados terem empreendido sem qualquer experiência anterior, 76% deles já possuem pelo menos mais de três anos de expertise no segmento.

“Para o empresário, a bagagem acumulada com os anos de negócio é o seu principal trunfo para se estabelecer no mercado. Por isso que ele tende a valorizar muito mais o dia a dia da profissão do que cursos e a capacitação formal”, explica Roque Pellizzaro Junior.

Os atributos que os empreendedores consideram essenciais para o sucesso profissional são autoconfiança, em primeiro lugar com 64%, paixão com 21% e ousadia com 14%. Um exemplo que reforça a autoconfiança por parte desses empreendedores é o de que 92% deles se consideram empresários de sucesso e a maior parte (56%) relaciona o sucesso à recompensa financeira e ao fato de trabalhar com o que gosta.

Fonte: SPC Brasil

Uma das razões que explica o otimismo é que o empresário do setor de serviços tem uma renda média bruta maior do que o restante da população brasileira. Segundo dados apurados pela pesquisa, a renda mensal de um empresário de micro e pequeno porte do setor de serviços é de R$ 4.060,00 – 51,7% a mais do que um trabalhador comum. Já os empreendedores formais têm uma renda que chega a ser de quase 20% a mais que os informais (R$ 4.343,43 contra R$ 3.611,24). “Com uma média salarial bastante acima dos demais brasileiros, talvez seja compreensível a alegação de que 43% dos empreendedores entrevistados não mudariam de emprego caso surgisse uma oportunidade em alguma área diferente da atual, conforme aponta a pesquisa”, afirma o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.

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O significado de ter um negócio Quando indagados sobre qual expressão melhor define o fato de terem um empreendimento próprio, 38% responderam que significa ter liberdade e autonomia para fazer as coisas do seu próprio jeito, ao passo que para 24% dos entrevistados, ele é sinônimo de assumir responsabilidades. E se tratando de compromissos, é grande a parcela dos empreendedores que não conseguem encontrar tempo para descansar. De acordo com a pesquisa, em alguns casos, a jornada de trabalho média diária de um empreendedor de serviços supera a de um trabalhador comum contratado em regime CLT. Dentre o universo de entrevistados, 56% afirmam que trabalham até nove horas por dia e 44% avaliam que trabalham mais de 10 horas – percentual que sobe para 49% entre os formais e cai para 35% entre os informais.

Fonte: SPC Brasil

Além de se dedicarem por uma extensa jornada de trabalho, períodos de férias não são garantias para esses empresários. A pesquisa indica que mais da metade (51%) dos pesquisados não tira férias e entre os que conseguem alguns dias de descanso, apenas 3% têm quatro semanas livres, como os trabalhadores assalariados convencionais. Dos que alegam não tirar férias, 40% justificam não ter ninguém de confiança para tocar o negócio em sua ausência e 33% alegam não encontrar tempo para a pausa. 14 - Dirigente Lojista


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Gestão e perspectivas A pesquisa também procurou entender como o empreendedor de serviços faz a gestão do seu negócio. Quatro em cada dez (37%) entrevistados admitem não adotar qualquer tipo de gestão financeira, seja para controlar, analisar ou planejar o dinheiro acumulado com o negócio. O índice é ainda maior entre os que se encontram na situação de informalidade e atinge 52% dos casos. Já a prospecção de novos clientes é feita na maior parte das vezes (59%) por meio do famoso boca a boca, ou seja, pela indicação de clientes.

Para 33% dos entrevistados, a maior dificuldade para gerir o negócio é Alta carga tributária. O problema é maior ainda para os formalizados (40%) do que para os informais (21%). Na avaliação de Flávio Borges, “apesar de o momento econômico vivido pelo Brasil proporcionar facilidades aos empreendedores, fomentando a criação de novas empresas, principalmente a partir da criação do MEI, o Microempreendedor Individual, a burocracia ainda impõe limites para o desenvolvimento do empresário, de modo geral”. Embora 42% admitem desconhecer programas de financiamento para pequenas e médias empresas, os empresários se mostram otimistas quanto às perspectivas de investimento no próprio negócio para 2014. A maioria deles (57%) pretende fazer investimentos. O percentual sobre para 64% entre os formais, que detém uma maior capacidade de planejamento e de acesso no mercado, e cai para 48%, dentre os informais. Entre os que vão investir, a prioridade são as áreas relacionadas á infraestrutura e que tendem a impulsionar o crescimento do negócio como um todo, por exemplo, a ampliação e melhoria de instalações (38%) e aquisição de máquinas e equipamentos (32%). “O fato de eles estarem investindo na ampliação e na melhoria de suas instalações é uma demonstração das boas perspectivas do negócio e na capacidade de ampliar a presença no mercado. Os empresários do setor de serviços combinam ingredientes fundamentais para traçar um cenário otimista para o segmento: confiança em sua própria capacidade empreendedora e boas perspectivas de investimento no curto e médio prazos”, conclui Borges

Metodologia

A pesquisa do SPC Brasil ouviu 653 empreendedores formais e informais do setor de prestação de serviços nas 27 capitais brasileiras entre os dias 4 e 13 de novembro de 2013. Dirigente Lojista - 15


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Mérito Lojista

premia personalidades e empresas que foram destaques no ano de 2013 Considerado o “Oscar do Varejo Gaúcho”, o Prêmio Mérito Lojista homenageou empresas e personalidades que se destacaram ao longo de 2013.

A iniciativa é uma promoção da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) e leva em conta fatores como excelência em atendimento, política de preços, gestão logística, índice de comercialização e a ativa participação no calendário do varejo. A noite foi de celebrar as conquistas ao longo do ano para o comércio do RS e também de projetar o futuro para o ano que se aproxima. 16 - Dirigente Lojista

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rata-se de uma noite especial, pois tivemos um ano de 2013 de muito esforço e dedicação. Com a união e força do movimento lojista obtivemos conquistas importantes políticas e econômicas que ajudaram a fortalecer o nosso comércio. “O Mérito Lojista é o momento de reconhecer o esforço de cada empresário ou personalidade que fizeram a diferença em meio às adversidades apresentadas” destaca o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.


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FCDL/PR

apresenta planejamento estratégico para 2014 C

om o objetivo de apresentar o planejamento estratégico da Federação para o próximo ano, o presidente da FCDL/PR, Samoel Antonio de Mattos, esteve reunido no dia 11 de dezembro com o superintendente da CNDL, Dr. André Luiz. Entre os objetivos e metas da Federação para o próximo ano está o fortalecimento das CDLs no estado em parceria com a Faciap, além de novos benefícios que devem ser disponibilizados aos associados.

Esteve presente ainda o diretor da FCDL/PR, Samoel Antonio de Mattos Junior.

Representantes da CNDL e Liberty Seguros participam de reunião Representando a seguradora estavam presentes Carlos Alberto Pieruccini, Ricardo Barris de Souza, Erilio Barbosa de Lucena, além de Sidney G. Mão Cheia. A Liberty Seguros está entre as maiores companhias de seguros do Brasil e em 2010 tornou-se a maior operação internacional do Grupo Liberty Mutual.

O superintendente da CNDL, Dr. André Luiz, participou dia 06 de dezembro, de reunião com representantes da Liberty Seguros. O objetivo do encontro foi estreitar o relacionamento e desenvolver novos benefícios aos associados e entidades do Sistema CNDL.

No mercado nacional, a excelente fase se traduz no posto de 5ª maior seguradora de automóveis do país, com mais 1 milhão de veículos segurados. Dirigente Lojista - 17


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CDL Bodocó

é inaugurada em Pernambuco Em novembro, a cidade de Bodocó recebeu a mais nova CDL de Pernambuco.

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sexagésima segunda do Estado e a quinta da Região do Araripe. A inauguração contou com a presença do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Pernambuco, Adjar Soares, e equipe, dos presidentes das CDLs de Ouricuri, Exú e Trindade: Francisco Assis, Jonildo Soares e Alan Deyson (respectivamente), além do prefeito do município, Danilo Delmondes Rodrigues, lojistas e convidados. Na ocasião, a diretoria da CDL Bodocó foi empossada e credenciada a começar os trabalhos em prol do comércio. “A inauguração foi um dia especial para a nossa cidade. Contamos com participa18 - Dirigente Lojista

ções ilustres na nossa noite de comemoração. Gostaria de destacar a importância da criação de uma CDL para o comércio, e manter um compromisso entre a Câmara e os associados é essencial. Para mim, foi uma honra ser eleito pelos comerciantes do município”, destacou o presidente da CDL, Jemerson Alves. Um grande incentivador da abertura de CDLs na região, Francisco Assis, presidente da CDL Ouricuri, acredita no potencial da cidade. “O município de Bodocó tem um potencial grande para desenvolver o comércio local. A CDL chega no momento certo para fortalecer a economia da região”.

Desde que assumiu a FCDL-PE, Adjar Soares demonstrou seu objetivo de dar continuidade ao projeto do ex-presidente Eduardo Catão, de interiorizar o movimento lojista do Estado. Em sua gestão, Adjar tem realizado diversas ações e capacitações no Agreste e Sertão de Pernambuco, fortalecendo as entidades e comércio. “Foi um importante momento para nós. A quinta CDL da região do Araripe fortalecerá ainda mais da região e oportunizará aos lojistas um desenvolvimento conjunto. Fico muito feliz em estarmos ampliando nossas CDLs e trazendo novos líderes lojistas para o movimento”, finalizou o presidente.


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Senador Pedro Taques realiza visita à CDL Cuiabá

No dia 18 de novembro, o senador Pedro Taques (PDT) participou de reunião com membros da Câmara de Dirigentes Lojistas. Durante o encontro, o senador apresentou projetos que visam beneficiar o setor.

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inda entre os assuntos tratados durante o encontro estava um que vem sendo de grande mobilização do Movimento Lojista: a Substituição Tributária. “É grande a queixa do setor empresarial sobre as mudanças constantes, falta de clareza na redação e na aplicação das regras tributárias e regulatórias. São práticas recorrentes os lançamentos tributários intempestivos ou indevidos. O cidadão precisa saber as regras do jogo. Elas não podem ser mudadas com o jogo sendo jogado”, disse o senador.

O presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto, agradeceu a presença de todos e, principalmente, ao senador por ter este importante canal governo-sociedade aberto. “Para o desenvolvimento do estado os agentes públicos, em todos os níveis, devem dialogar com os empresários, sindicatos e servidores”, completou.

Cerca de 100 pessoas participaram deste importante encontro

CDL Jovem de Joinville distribui 12 mil brinquedos para crianças

Mesmo a forte chuva que caiu em Joinville no dia 1º de dezembro não tirou o brilho e a alegria da 10ª edição do Natal Legal, realizado pela CDL Jovem de Joinville (SC). Os membros da iniciativa se reuniram na entidade e saíram para entregar 12 mil brinquedos. Dezoito escolas em nove bairros da cidade estavam no roteiro, que neste ano integrou também a Penitenciária de Joinville. Os detentos receberam as doações para presentearem seus filhos.

O evento contou com animação de trio elétrico, tocando canções natalinas, e como não poderia faltar, a presença do bom velhinho, distribuindo balas e carinho para as crianças. Dirigente Lojista - 19


Começo de ano e a batalha contra a inadimplência Para o SPC Brasil, planejar bem os gastos é a maneira mais eficaz para evitar o descontrole orçamentário No período das festas de fim de ano é comum que o consumidor brasileiro acabe gastando mais do que o planejado. Com as férias acabando e o término do Carnaval, a comemoração acaba cedendo lugar às preocupações do dia a dia e a maior delas é a de como pagar as dívidas contraídas nesse período de gastança sem entrar na lista de inadimplência. Já nos primeiros meses do ano, o consumidor se vê diante de vários compromissos financeiros. Além das parcelas remanescentes dos produtos adquiridos no Natal anterior, começam a chegar as cobranças de impostos como IPVA e IPTU, sem mencionar outras despesas típicas desse período, como reajustes de matrículas e materiais escolares.

“É nesse período que os consumidores percebem que as dívidas podem ter passado do limite, fazendo com que o próprio nome fique sujo na praça”, explica Flávio Borges, gerente financeiro do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Os especialistas do SPC Brasil alertam que impostos, tributos, matrículas e materiais escolares são despesas anualmente sazonais e

que por se tratarem de gastos previstos, devem sempre ser colocados no orçamento doméstico. “Com a empolgação do fim do ano, dos presentes e dos gastos com festas, muitas pessoas se esquecem de reservar parte do dinheiro para essas obrigações, que devem ser previstas no orçamento e acabam gastando mais do que ganham”, orienta Borges. Segundo dados oficiais do governo federal, entre novembro e dezembro do ano passado, o pagamento do 13º salário movimentou mais de R$ 143 bilhões na economia. Somado às facilidades de parcelamento, esse dinheiro ‘extra’ acaba servindo como um atrativo a mais para que o consumidor realize compras sem planejamento, comprometendo inclusive rendimentos futuros em parcelamentos de médio a longo prazo. Sistema CNDL

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Esse cenário de falta de planejamento no consumo reflete já nos primeiros meses do ano, com o aumento considerável de consumidores que procuram os balcões das Entidades para consultar as restrições de CPF. O superintendente da CDL de Fortaleza, Antônio Carlos Rodrigues, afirma que no primeiro trimestre de cada ano a Entidade chega a detectar uma elevação em média de 6,5% no número de registros na comparação com os demais meses. “Observamos que tradicionalmente a inadimplência tende a crescer nos três primeiros meses do ano e isso requer uma atenção especial para recuperação de crédito”, afirma Rodrigues.


Em pesquisa recente realizada pelo SPC Brasil cinco em cada dez inadimplentes (46%) alegam que a dívida adquirida poderia ter sido evitada. A maioria (66%) afirmou que deveria ter controlado os impulsos e ter resistido mais e 32% admitiram que não estariam inadimplentes caso tivessem feito um planejamento financeiro, controlando o orçamento sem gastar mais do que recebem.

Colocando as contas em dia

Por parte do lojista, uma boa análise de crédito no momento da venda a prazo, é uma ação preventiva eficaz e que auxilia a diminuir o risco de inadimplência, mas a prevenção por si só não basta. Para manter o equilíbrio financeiro da empresa e fluxo de caixa no azul é importante recuperar clientes em situação de inadimplência. Atualmente as principais formas de negociar débitos vencidos são por meio de boleto bancário e contato por telefone. Esses serviços são realizados por empresas especializadas em cobrança, contratadas pela credora para recuperar o crédito. Quanto mais rápido o lojista propor uma renegociação com o cliente, maior é a chance dele receber o valor da dívida. Sendo assim, outra forma de condicionar o inadimplente a negociar o débito, é incluí-lo no cadastro de devedores, como o do SPC Brasil. Com isso, o consumidor terá restrições para realizar novas compras parceladas ou abrir crediários, protegendo o comércio de futuros problemas. Existem ainda no mercado serviços mais sofisticados que auxiliam a empresa a gerenciar sua própria carteira de devedores, é o caso do “SPC Collection Score”, produto oferecido pelo SPC Brasil. Com ele, as empresas conseguem detectar, através de uma porcentagem desenvolvida por modelagens estatísticas, quais dos seus clientes inadimplentes têm mais chances de voltar a se tornar adimplentes

“Um dos principais benefícios do SPC Collection Score que temos observado é a redução dos custos operacionais para os nossos associados, já que a empresa conta com informações muito mais precisas sobre quais clientes devem ser abordados na tentativa de recuperar crédito”, afirma Antônio Carlos.

Antonio Carlos Rodrigues,

superintendente da CDL de Fortaleza.

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INFORME JURÍDICO

“Alguém esta sentado na sombra hoje porque outro plantou uma árvore há um tempão atrás” Warren Buffett

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Dízimo Arrependido, pastor tenta reaver na Justiça os dízimos pagos à sua igreja. Na primeira instância, a instituição fora condenada a pagar os valores descontados na folha de pagamento de um pastor aposentado. Para o magistrado “de duas, uma: ou estava ele, quando em atividade, ludibriando os fiéis, ao afirmar ser o dízimo uma obrigação, ou está agora tentando utilizar-se de torpeza para reaver quantia que espontaneamente doou para a Igreja”. Fonte: TJSC.

O que vem a ser o dízimo? é uma contribuição avaliada na décima parte de um rendimento.

Em Brasília, 19 horas Uma rádio terá a transmissão suspensa por um dia, como punição por não ter respeitado o horário do programa “A Voz do Brasil”, determinado pelo Código Brasileiro de Telecomunicações. Está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei que pretende desobrigar as emissoras de retransmitir o programa. Fonte: STJ.

Emprego frustrado Quando passa por todas as fases de um processo de seleção, faz exames admissionais e abre conta bancária a pedido de empregador, mas não tem a vaga de trabalho confirmada, o cidadão tem direito a indenização por danos morais. O entendimento foi utilizado pela 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, que acolheu Recurso Ordinário e manteve condenação que tem como alvo um Hipermercado. Fonte: TRT-9.

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CABE AO CREDOR, E NÃO AO DEVEDOR, O ÔNUS DA BAIXA DA INDICAÇÃO DE CONSUMIDOR PARA INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. A DECISÃO É DA 4ª TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, QUE REJEITOU AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL DE UMA FINANCEIRA. RELATOR DO CASO, O MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO AFIRMOU QUE A DECISÃO DE SEGUNDA INSTÂNCIA DEVERIA SER MANTIDA E CITOU O ARTIGO 73, SEGUNDO O QUAL, É CARACTERIZADA COMO CRIME A FALTA DE CORREÇÃO IMEDIATA DOS REGISTROS DE INFORMAÇÕES E DADOS EQUIVOCADOS A RESPEITO DE CONSUMIDORES. Fonte: STJ.

SPC 2 É ILEGAL E SEMPRE DEVE SER CANCELADA A INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTROS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO FEITA SEM A PRÉVIA NOTIFICAÇÃO EXIGIDA PELO ARTIGO 43, PARÁGRAFO 2º, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. MESMO QUE HAJA OUTRAS RESTRIÇÕES EM NOME DO CONSUMIDOR, A INSCRIÇÃO NÃO COMUNICADA DEVE SER CANCELADA. Fonte: STJ.

No Prazo Uma construtora foi condenada indenizar uma cliente por danos morais e materiais por não entregar um apartamento no prazo fixado. De acordo com o Juiz Onildo Antonio Pereira da Silva, titular da 4ª Vara Cível de Fortaleza, a construtora tem o dever de entregar a unidade imobiliária na data convencionada e o descumprimento desta obrigação autoriza o cliente a pleitear indenização material. Ele também considerou o dano moral indiscutível ante a frustrada expectativa da cliente em receber o imóvel. Fonte: TJ-CE.

Terceirização

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, disse que a regulamentação da terceirização não pode suprimir as necessidades básicas do trabalhador. "O primeiro passo é dar garantia de direitos, principalmente aos ligados à área de saúde, segurança e das condições de trabalho", afirmou. Defende ainda que a atividade fim não seja terceirizada. Somente poderia ocorrer terceirização nas atividades meio ou, por exemplo, em trabalhos temporários. Fonte: TST.


INFORME JURÍDICO

E-commerce Uma rede de lojas deverá pagar R$ 6 mil de indenização por danos morais para um consumidor que comprou um aparelho de televisão pelo site da empresa mas nunca recebeu o produto. A empresa alega falha da transportadora. Ao analisar o caso, o juiz condenou a loja a pagar indenização ao consumidor justificando que se verdadeiramente houve falha no sistema operacional da transportadora, cabia à loja, após as inúmeras reclamações efetuadas pelo consumidor tomar as providências cabíveis para efetuar a entrega do produto adquirido. Fonte: TJ-CE.

Estabilidade A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito à estabilidade provisória de um inspetor de segurança que, cinco dias após ser contratado, sofreu acidente e foi demitido durante o período de experiência. Como consequência, condenou o Empregador a pagar-lhe indenização substitutiva, equivalente aos salários e demais verbas que teria recebido até o fim da estabilidade. A relatora do recurso, ministra Delaíde Miranda Arantes, adotou em seu voto a jurisprudência do TST (Súmula 378, item III), no sentido de que a garantia de emprego prevista no artigo 118 da Lei 8.213/91 é devida ainda que o contrato de trabalho celebrado entre as partes seja por tempo determinado. Fonte: STJ.

Direito ao Esquecimento

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Gilson Dipp, não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma, que manteve sentença da Justiça fluminense que condenou uma emissora de televisão ao pagamento de indenização por dano moral no valor R$ 50 mil. A Quarta Turma reconheceu que um homem inocentado da acusação de envolvimento na chacina da Candelária e posteriormente retratado pelo programa Linha Direta, da TV Globo, anos depois de absolvido de todas as acusações, teve o seu “direito ao esquecimento” violado pela emissora. Fonte: STJ.

Você sabe o que é “direito ao esquecimento”? também é chamado de “direito de ser deixado em paz” ou o “direito de estar só” é o direito que uma pessoa possui de não permitir que um fato, ainda que verídico, ocorrido em determinado momento de sua vida, seja exposto ao público em geral, causando-lhe sofrimento ou transtornos.

Horas Extras

A Justiça do Trabalho condenou um Banco a pagar uma indenização de R$ 100 mil por danos morais por fazer os empregados trabalharem além da jornada normal sem o pagamento de horas extras. O processo é uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho com base em várias fiscalizações feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego na agência onde os fiscais constataram que os empregados da agência faziam jornada extraordinária sem o pagamento ou compensação das horas extras.

Fonte: TST.

Concorrência Desleal A propaganda que não promove a comparação qualitativa entre produtos ou serviços, mas apenas liga o concorrente à prática de preço superior, utilizando seu nome e sem autorização, atenta contra o princípio da livre concorrência. Logo, incorre em concorrência desleal. Fonte: Conjur.

Em ALTA:

nossa Confederação, eficaz, transparente e associativa, reconhecida como porta voz do varejo brasileiro.

Em BAIXA:

a “substituição tributária” para as MPEs retirando-lhe os efeitos positivos do Simples Nacional e reduzindo seu capital de giro. Por: André Luiz Pellizzaro E-mail: assejur@cndl.org.br Twitter: @PELLIZZAROANDRE Blog: www.pellizzaro.adv.br/blog

Dirigente Lojista - 23


O VA R E J O E M F R A S E S

“Para o empresário, a bagagem acumulada com os anos de negócio é o seu principal trunfo para se estabelecer no mercado. Por isso que ele tende a valorizar muito mais o dia a dia da profissão do que cursos e a capacitação formal”. Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL.

“Mais do que a aquisição pura e simples de conhecimentos, um fator diferencial de evolução do empresário e de seus colaboradores é a capacitação profissional e a utilização de ferramentas que geram mais possibilidades de vendas com segurança, respeito e eficácia”.

“Nosso crescimento está acima da média mundial: no ano passado, crescemos 5%, enquanto a média foi de 3%. Há um crescimento constante acelerado, ainda mais pelos eventos. O impacto dos megaeventos é indiscutível”. Flávio Dino, presidente da Embratur sobre o número de turistas estrangeiros em 2013 no Brasil.

Juliana Lanes Rolim, presidente da CDL Barra Mansa em mensagem aos lojistas.

“Vender não é apenas uma arte, mas também garra e determinação”. Romão Tavares da Rocha, presidente da CDL Goiânia em mensagem aos lojistas.

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“No contexto internacional, após mais de cinco anos da crise, o cenário continua complexo, mas temos sinais positivos pequenos e uma pequena luz no final do túnel, especialmente na economia dos Estados Unidos, mas o ritmo ainda é incerto”. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central sobre expectativas para 2014.


N O TA

Mais uma vitória do Movimento Lojista!

Comissão especial da Câmara aprova mudanças no Supersimples.

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Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, os projetos de lei complementar que propõem mudanças no estatuto da Micro e Pequena Empresa. Com as alterações, qualquer empresa que fature até R$ 3,6 milhões por ano poderá ser incluída no Supersimples e terão uma redução média de 40% da carga tributária. Com isso, o governo espera que se aumente o número de contratações e empregos formais. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa realizou a 23ª Plenária do Fórum Permanente com o tema A importância do novo Fórum Permanente para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Presidindo a plenária estava o Ministro chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, salientando que é

fundamental que o projeto seja votado no Plenário da Câmara antes da Copa do Mundo. “Hoje, já são 8 milhões de empreendimentos no Supersimples e, desde 2007, a arrecadação do regime acumula R$ 228 bilhões. É a comprovação de que quando mais empresas pagam menos tributos, todos ganham”, falou o ministro. O texto visa ainda a desburocratização do funcionamento do sistema simplificado de impostos das MPEs, além de aumentar o acesso ao Simples Nacional. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, comemorou a aprovação, mas lembrou ainda precisamos estar mobilizados. "A aprovação do fim da Substituição Tributária para as Micro e Pequenas Empresas pela Comissão especial da Câmara foi uma grande vitória, mas precisamos continuar mobilizados pela aprovação agora pelo plenário da câmara dos deputados", completou.

O Projeto segue para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, ainda sem data para ser votado. Para participar de nossa mobilização, acesse: www.cndl.org.br, clique em mobilização e envie tweets, e-mails e mensagens pelo facebook de todos os Deputados Federais.

Esta é mais uma vitória do Movimento Lojista. Movimento forte é Movimento unido! Dirigente Lojista - 25


E N T R E V I S TA

Prevenir perdas é essencial para o sucesso do seu negócio A prevenção das perdas em todos os processos do varejo influencia diretamente no lucro e deve ser aplicada em todos os estabelecimentos, não importando o seu tamanho. Para conhecermos os principais conceitos da prevenção de perdas, quais são as ferramentas eficientes para alcançá-la, entre outros aspectos, entrevistamos o prof. Carlos Eduardo Santos, presidente do Comitê de Prevenção de Perdas do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo).

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Como o senhor define o que é perda para o varejo? Perda é toda ocorrência que impacta de forma negativa a lucratividade do varejo. A falta de uma gestão adequada em relação à prevenção pode levar ao comprometimento direto do lucro e a perda de competitividade no mercado, podendo até “quebrar” a empresa. As perdas representam um grande risco, mas a partir do momento em que elas são gerenciadas, transformam-se em uma oportunidade.


E N T R E V I S TA

A mais conhecida é vender mais? Sim, porém esta não depende unicamente do proprietário do estabelecimento. Para que o consumidor passe a consumir mais na sua loja, são necessárias várias ações. Já a prevenção de perdas depende única e exclusivamente do empresário e influenciará diretamente na margem de lucro. Quanto menos perdas, maior o lucro. Existem erros básicos que resultam em perdas expressivas? É comum o empresário não enxergar o quanto as perdas influenciam nos seus resultados finais. Para isto é preciso uma gestão mais adequada. As perdas mais comuns variam de acordo com o segmento do varejo que estamos analisando. Num contexto geral, diria que o desperdício é muito comum, sendo que ele acontece quando o produto é mal acondicionado. Isto é muito comum quando lidamos com o setor de alimentos, que joga toneladas de produtos fora por estarem estragados.

Comprar a quantidade errada de produtos também é bastante comum? O que o dirigente lojista precisa fazer para reverter o quadro de risco para oportunidade? As perdas precisam ser claramente encaradas como um problema sério. A partir de uma gerência adequada, que pode ser rapidamente aplicada, estas perdas transformam-se em lucro. Afirmo isto porque há algumas formas de se alcançar o lucro.

Isto acaba criando situações paradoxais, pois se houver falta dele nos pontos de vendas será criada uma ruptura com o cliente, que ao procurar pelo produto e não encontra-lo, dificilmente retorna ao estabelecimento. Comprar em excesso também fará com que o produto fique sobrando nas prateleiras, gerando altos custos para o lojista. É preciso investir num processo eficaz de

compra. Outro ponto que precisa de extrema atenção e que interfere na disponibilidade do produto é a logística. Tenha uma reposição adequada. Não adianta nada contar com o produto no estoque, pois o consumidor não terá acesso a ele. Faça a reposição constantemente e nunca o deixe faltar nas prateleiras. É ainda mais inadmissível esquecer o produto no estoque e encontra-lo por acidente, o que era mais comum há alguns anos quando o controle era feito manualmente.

O senhor citou fatores relacionados à organização e controle, há outros tipos de perdas? Claro que há. Mas também podem ser combatidas com eficácia. Posso citar os furtos, sejam eles cometidos por colaboradores e ou pelos clientes. Outro bom exemplo são os problemas em relação à produtividade, que acontece por razão da burocracia que impera no Brasil. Às vezes os produtos ficam indisponíveis por serem importados e ficam presos na alfândega. Cito ainda quando o próprio ponto de venda pode apresentar processos burocráticos que geram perdas. Uma fila demorada no caixa faz muita gente desistir da compra e ir embora sem levar nada.

Há as perdas financeiras que são causadas pela inadimplência, estelionato e dinheiro falso. Dirigente Lojista - 27


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Na sua ótica, quais as principais razões para que as perdas aconteçam e aumentem? Os processos e controles inadequados são grandes responsáveis, assim como contar com uma equipe mal treinada.

Para todas as perdas há boas práticas para evita-las? Sempre há uma prática eficaz e todos os tamanhos de lojas podem realizar este processo sem dificuldades. Indico que são necessários seis passos.

O primeiro é saber o quanto se perde. Faça uma gestão de estoque eficiente. O segundo passo é ter indicadores para avaliar a perda. Isto é possível por meio de inventários. O terceiro passo é fazer o diagnóstico detalhado da causa raiz, abordando absolutamente todas as informações, mesmo as mais óbvias. O quarto passo é Informação, trata-se de um mecanismo de avaliação que resulta em processos eficientes. Uma forma simples é criar regras claras e que atendam a todos, sem exceções.

Uma fila demorada no caixa faz muita gente desistir da compra e ir embora sem levar nada. 28 - Dirigente Lojista

Divulgue estas regras? A gestão de pessoal também se encaixa neste passo e é outra ferramenta eficiente, ou seja, programas de treinamento, incentivos que resultam no engajamento da equipe. É preciso a quebra de paradigmas para que dê certo. Tenha um endomarketing eficaz.

Isto quer dizer? Faça seus colaboradores comprarem a sua ideia. O quinto passo é o controle eficaz de todos os setores, que pode ser alcançado com uma auditoria, ckeck list operacional, entre outros. O uso da tecnologia é a última etapa e deve ser direcionada para cada tipo específico de perda.


E N T R E V I S TA

A tecnologia tem papel de extrema relevância no processo? Todos os passos são igualmente importantes, mas a tecnologia é vital. Com ela pode-se fazer a gestão dos compradores, processos de controle de qualidade e quantitativa no centro de distribuição. Só com a tecnologia é possível saber em questão se segundos quais são os produtos com maior risco, fazer o processo de preparação com a chegada do produto no ponto de venda, ter dados de estoque e saber se o armazenamento está sendo realizado corretamente, fechando com a gestão certa da área de vendas, da exposição adequada (se não há a exposição em área de risco e que poderá provocar perdas), o registro correto e rápido no caixa e finalizando com a entrega correta do produto.

“A série de informações passadas pelo prof. Carlos Eduardo Santos comprova que sempre há uma prática eficaz para prevenir as perdas. Apesar dos passos necessários demandarem investimento, principalmente em relação às novas tecnologias, o dirigente lojista deve lembrar que a participação de todos os colaboradores e a própria organização da empresa são essenciais para alcançar os objetivos. Não importa se o estabelecimento é de pequeno, médio, grande porte ou um gigante do varejo, é preciso ter a consciência que evitar perdas é aumentar diretamente os lucros”.

A tecnologia engloba os programas específicos? Sim, equipamentos eletrônicos, câmeras e alarme. No Brasil há uma série de entidades que disseminam os critérios e auxiliam os empresários na prevenção das perdas, nós mesmos do Provar/ Ibevar realizamos este trabalho, mas poderia citar vários outros, como o Sebrae e consultorias independentes. Vale a pena fazer uma consulta e contar com o acompanhamento dos profissionais, que influenciarão no resultado final, seja em termos financeiros como num menor prazo para implantação das ferramentas necessárias. De fácil aplicação e com excelentes resultados Dirigente Lojista - 29


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Apresentada a primeira pesquisa de Prevenção de Perdas do varejo O mercado nacional de varejo já pode mensurar o quanto deixa de faturar com as perdas e quais os segmentos que merecem maior atenção. Isto porque o Ibevar e o Sebrae-SP realizaram em conjunto e divulgaram os números da primeira pesquisa de Prevenção de Perdas, feita com empresas de menor porte.

Metodologia A pesquisa contou com a participação de 690 empresas, com um total de 1.025 lojas físicas, Os ramos de atividades abordadas foram: acessórios esportivos, suplementos; alimentação, padaria, restaurante, bar, lanchonete, açougue, produtos naturais; autopeças, pneu; bebida; clínica veterinária, pet shop; construção; eletrônicos; embalagens, produtos de limpeza, descartáveis; farmácia; informática, games, celulares, serviços de manutenção e acessórios; livraria, papelaria; móveis e decorações; ótica, fotografia; outros especializados: perfumaria, cosméticos; presentes; serviços; supermercado, hortifrúti, loja de conveniência; vestuário, calçado, moda. 30 - Dirigente Lojista

O Ibevar, Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo, apresentou durante o II Fórum de Prevenção de Perdas da entidade os resultados da inovadora pesquisa, realizada em conjunto com o Sebrae-SP.


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Universo do estudo

Índice total

O universo do estudo foi composto por 32% de Micro Empreendedor Individual (ganhos de até R$ 60 mil ao ano), 44% de Micro Empresa (ganhos de até R$ 360 mil por ano), 20% de Empresa de Pequeno Porte (ganhos de R$ 360 mil a R$ 3.600.000,00 ao ano) e 4% de Empresa de Pequeno e Médio Porte (ganhos acima de R$ 3.600.000,00 ao ano).

Com o objetivo de propiciar uma referencia adicional, foi criado um índice total composto pela soma dos percentuais declarados e estimados, por empresa, das perdas com perecíveis, estoques e financeiras. Os ramos com maiores índices foram: Construção com 11,4%, Alimentação com 10,7%, Embalagens com 9,2%, Vestuário com 7,8%. Outras informações relevantes apresentadas pelo estudo, por exemplo: conferência dos produtos no momento da entrega, se o estabelecimento conta com seguranças ou agentes de prevenção de perdas, se há antenas de alarme, câmeras de segurança.

Números que refletem a realidade Apesar de essencial, maioria não utiliza o inventário Vamos aos dados, o inventário é considerado um dos seis passos para uma prática eficaz da prevenção de perdas. Porém, a pesquisa indicou que apenas 44% das empresas pesquisadas realizam inventário. Outro dado importante é que a maioria não utiliza o inventário, pois 37% das empresas não o realizam e 19% nem sabe do que ele se trata.

Porcentuais de perdas As médias dos porcentuais de perdas foram divididas em dois grupos: produtos perecíveis e em estoque. Apenas nove ramos das atividades abordadas participaram do grupo dos produtos perecíveis, sendo que os que apresentaram maiores médias foram: Supermercados com 11%, Alimentação com 10,1%, Clínica veterinária com 7,5%. Em relação ao estoque, todos os ramos apresentaram números referentes a perdas, sendo que construção, com 15,5%, foi o mais preocupante. Com até 5% de média de perda estiveram os seguintes ramos: Geral (5,60%), Autopeças (5,40%), Alimentação, Embalagens e vestuário (5%).

Parece incrível mas são itens que muitas vezes passam despercebidos pelo lojista e que são altamente importantes. Pense nisso. Para saber mais: www.ibevar.org.br

Perdas financeiras Outro dado significante é que 44% dos entrevistados tiveram perdas financeiras, sendo que 24% afirmaram que não tiveram, 33% sabe o que é, mas não tem controle e apenas 10% disse não saber o que é. As principais modalidades de perda financeira foram: Cheque (32,30%), Crediário (39,40%), Dinheiro falso (31,80%), Cartão de crédito (21,90%), Calote-inadimplência (18,50%), Produtos danificados – Quebra e Perda (17,20%), Furto - Assalto (13,40%).

Prof. Carlos Eduardo Santos,

presidente do Comitê de Prevenção de Perdas do Ibevar.

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Sistema CNDL


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C A PA

2014:

é aguardado com expectativa pelos dirigentes lojistas As principais razões: realização da Copa do Mundo, as eleições presidenciais, e, finalmente, um maior investimento em infraestrutura e mudanças significativas na legislação que beneficiarão o segmento. Consultamos representantes das Federações de Dirigentes Lojistas das cinco regiões do Brasil, assim como especialistas do varejo para traçarmos um panorama sobre o novo ano.

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C A PA

É unanimidade que a importância do varejo no cenário econômico brasileiro tem crescido cada vez mais no Brasil. Entre as várias razões, destacam-se os fatos do segmento ser o responsável por gerar o maior número de empregos com carteira assinada no País e porque nos últimos dez anos o crescimento médio do comércio brasileiro superou o do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. 36 - Dirigente Lojista

Números referentes a 2013 De acordo com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), o comércio varejista fecha o ano de 2013 com crescimento de 4,5%, já descontada a inflação. Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL, explica: “O resultado é menor do que o apresentado no ano passado e também inferior ao que prevíamos no começo do ano, mas o suficiente para apresentar, mais uma vez, um desempenho bastante superior ao PIB nacional. Principalmente porque o varejo não conta, atualmente, com os mesmos fatores macroeconômicos que ajudaram a aquecer o setor nos anos anteriores. Ou seja, já passou a época dos altos índices de crescimento da empregabilidade, forte expansão da renda real e larga oferta de crédito mais barato”.

Retrospectiva 2013 Vários acontecimentos influenciaram o varejo em 2013 e se forem repetidos, refletirão no novo ano no cotidiano do segmento lojista. Mauricio Stainoff, presidente da FCDLESP, salienta que 2013 foi marcado pela volta das grandes manifestações públicas, a resistência da inflação, isto é, a dificuldade do governo em fazer com que a inflação fique próxima ao centro da meta, a valorização da moeda americana e o aumento constante da taxa Selic. “Todos estes fatores fizeram com que o crescimento das vendas perdesse força, deixando os empresários, principalmente os que estão à frente das pequenas empresas, receosos com o resultado anteriormente esperado para o próprio ano”. Para Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho, presidente da FCDL-GO, o ano de 2013 foi incerto para o empresariado: “As manifestações trouxeram inquietude não apenas para os empresários goianos. Em muitos momentos nossas lojas foram fechadas diante da insegurança provocada, mas também enfrentamos entraves sérios com as falhas da segurança pública. Como membro do Fórum Empresarial de Goiás, a FCDL tem se posicionado junto às autoridades locais pedindo providências. Afinal, o comércio, na capital, é o maior empregador”. Ezra Azury Benzion, presidente da FCDL-AM, concorda que 2013 não foi um ano fácil: “Tivemos varias problemas econômicos, mas acredito que passamos o ano sem grandes baixas”.


C A PA

Resultados expressivos em 2013 Estado de São Paulo apresentou crescimento

Paraná resgatou trabalho da FCDL

Maurício Stainoff mostra pontos positivos para algumas regiões do Estado de São Paulo que se destacaram por terem crescido mais. É o exemplo da região fronteiriça com Mato Grosso do Sul, onde o forte crescimento do agronegócio impulsionou as vendas do varejo. Também é importante dizer que o ano de 2013 não foi um ano ruim. Ocorre que todos nós esperávamos mais, já que o otimismo é uma característica dos lojistas. “A CNDL projetou um crescimento de 4,5% para o varejo nacional, em São Paulo estamos mais otimistas e acreditamos crescer algo em torno de 5,5%”.

De acordo com Samoel Antonio de Mattos, presidente da FCDL-PR, o resgate do trabalho da Federação influenciou diretamente o empresário que por meio de benefícios ofertados pelas CDLs locais, sempre com o apoio da Federação, fortalece o segmento e o movimento lojista a dar condições ao consumidor de fomentar a economia local. Prova disto foi o lucro líquido maior obtido no final dos meses após o resgate para os empresários lojistas do Paraná do uso do SPC Brasil. Desta forma, este empresário vendeu o seu produto ou serviço com segurança e conviveu com uma inadimplência menor. “Eu resumo o ano de 2013 como um momento único e especial para este movimento que no Brasil é tão forte e que no Estado do Paraná, por algumas razões, não era destacado da maneira como o empresário merecia. Porém conseguimos acima de tudo conquistar novamente a confiança do nosso segmento e também da sociedade organizada. Por fim, 2013 foi muito positivo”, completa Samoel.

Dirigente Lojista - 37


C A PA

Paraná inova com parceria: O resgate do SPC Brasil por parte da FCDL-PR possibilitou uma grande parceria inédita dentro de qualquer associativismo brasileiro. Samoel Antonio de Mattos salienta que conseguiu de uma maneira inédita compor o uso do SPC Brasil dentro de mais de 200 associações comerciais por meio da FACIAP - Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná. Isto possibilitou que as associações comerciais e CDLs, de uma maneira totalmente sadia e de respeito, podem usar de forma mútua este bureau de crédito. “Construímos uma das maiores bases do País e que hoje é de suma importância para o movimento lojista, que pode obter informações quando necessárias de todo o estado do Paraná”. Um ano especial em Pernambuco: Adjar Soares da Silva, presidente da FCDL-PE, salienta que o movimento lojista de PE tem muito que comemorar durante o ano de 2013, aumentamos a presença da FCDL nas CDLs e implantamos o departamento comercial da nossa Federação. Possibilitando assim o crescimento quantitativo do número de sócios e o aumento efetivo da qualidade no atendimento comercial das entidades para com seus associados. “A nossa FCDL esteve também à frente de reuniões com deputados e Governo para tratar de questões como Substituição Tributária e Lei Geral da Micro e Pequena Empresa”.

Os índices positivos de Goiás:

Temos verificado em Goiás índices positivos, acima da média nacional, embora o tímido desenvolvimento da economia brasileira não deixe de influenciar os negócios do varejo em nosso Estado. Melchior Luiz, presidente da FCDL-GO, afirma: “Nos últimos dez anos, segundo o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), a economia goiana deu um salto de 59,1%, percentual superior à média nacional que foi de 43% no período. Esse resultado expressivo se deve à evolução do agronegócio, do comércio e também do setor industrial”. Em relação ao varejo, o dirigente se mostra orgulhoso: “Nosso comércio tem mostrado cada vez mais versatilidade e sofisticação. Em 2013, Goiânia ganhou um novo shopping, o Passeio das Águas, com quase 300 lojas. Temos agora dez grandes centros de compras”. Até pouco tempo o PIB goiano era ancorado nos negócios agropecuários mas, esse perfil vem mudando muito. Incentivos fiscais têm atraído indústrias para Goiás, principalmente farmacêuticas e automotivas. O Estado abriga também indústrias de alimentos, de etanol e de confecções. São 525 delas no polo de Jaraguá. Somente no Distrito Agroindustrial de Anápolis, a segunda maior cidade goiana, são 168 indústrias de vários segmentos, que geram mais de 15 mil empregos. Ou seja, de norte a sul de Goiás há uma movimentação industrial até agora incomum para os goianos e o varejo recebe os bons reflexos dessa dinâmica. “O crescimento econômico no Estado é decorrente dos incentivos do governo, fortalecimento da indústria e retomada do investimento em infraestrutura viária para escoamento da produção industrial e agrícola, que refletiram diretamente no bom desenvolvimento do nosso comércio”. 38 - Dirigente Lojista


C A PA

Distrito Federal aumentou as vendas com uma simples mudança: Álvaro Silveira Júnior, presidente da CDL-DF, ressalta que no primeiro semestre de 2013, o comércio de maneira geral sentiu o reflexo da inflação: “Isso afetou as vendas e deixou os lojistas bastante preocupados. Por esse motivo também, decidimos que o Liquida DF 2013 deveria ser realizado no segundo semestre, para dar um ânimo no varejo. Nossa decisão trouxe movimento no comércio, em um período, geralmente, de baixa. A promoção gerou um aumento de vendas da ordem de 5%, durante a última semana de agosto e a primeira de setembro. Um ótimo resultado para uma cidade como Brasília”. Em contrapartida, Álvaro aponta a Copa das Confederações como a grande decepção, apesar de os estádios estarem com capacidade máxima, o comércio não desfrutou dos eventos. As ruas foram tomadas por reivindicações. Vimos um Brasil longe do clima do futebol. Isso afetou diretamente o comércio, principalmente as lojas de rua e shoppings da área central que esperavam receber compradores e clientes interessados em lazer e gastronomia. Álvaro resume o ano da seguinte forma: “Acredito que tenhamos vivido o último ano de crise econômica e os lojistas ainda sentiram o reflexo, foi um ano difícil”.

Varejo impulsiona Manaus: Para Ezra Azury Benzion, a campanha liquida Manaus 2013, a construção da arena da Amazônia e as obras adjacentes que estão gerando milhares de empregos diretos e indiretos se destacaram. A abertura de um novo Shopping Center com 250 lojas, algumas delas com operações novas para a região, também agitou o mercado local. “Preciso lembrar que no nosso estado existe uma concentração muito grande na capital Manaus. Porém, as CDLs das cidades de Manacapuru e Itacoatiara estão fazendo um grande trabalho junto aos comerciantes locais, para que melhorem as ofertas de produtos e com isso as pessoas não tenham que se deslocar até a Manaus para fazer suas compras. Desta forma estes municípios estão tendo um crescimento em arrecadação e melhorando a qualidade de vida de todos”.

Maurício Stainoff Presidente da FCDLESP.

Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho Presidente da FCDL-GO.

Dirigente Lojista - 39


C A PA

Economista analisa as principais mudanças no Brasil nos últimos anos Na visão de Ricardo Amorim, economista da Ricam Consultoria, 2013 ficará marcado por uma série de aspectos que influenciarão a economia nos próximos anos: “Em primeiro lugar houve a confirmação do esgotamento do modelo de crescimento brasileiro, que influenciou diretamente em toda a economia nacional. Isto refletiu na oferta do dinheiro, que diminui com o aumento dos juros.”. Segundo ele, houve outras mudanças no aspecto demográfico, é preciso lembrar que o Brasil tem apresentado queda na taxa de natalidade, assim como a queda na taxa de desemprego. Infelizmente a nossa infraestrutura está no limite, o que influencia no crescimento, que se torna pequeno e lento.

Ezra Azury Benzion Presidente da FCDL-AM.

Samoel Antonio de Mattos Presidente da FCDL-PR.

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A solução apresentada pelo economista é a mesma que grande parte do povo espera, ou seja, investimento na infraestrutura e qualificação dos nossos trabalhadores, já que o Brasil tem atraído mão de obra especializada estrangeira: “É preciso treinar e equipar nossos trabalhadores. Sem isto, é impossível dar ênfase à produtividade, fazendo com que o crescimento continue baixo em todos os segmentos”, analisa Amorim. Do ponto de vista da economia como um todo, o crescimento não pode ficar restrito a apenas alguns segmentos, como tem acontecido com o varejo, serviços e agronegócios, que apresentam resultados bastante superiores ao PIB nacional.


C A PA

Pesquisador de varejo aponta os pontos que devem receber atenção especial De acordo com Maurício Morgado, pesquisador do Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), o ano de 2013 ficou marcado pela presença maciça das mídias digitais em todos os momentos, que influenciaram de várias formas o segmento varejista brasileiro: “As mídias digitais ganharam de vez o seu espaço e estão sendo utilizadas em todas as situações. Com a popularização dos smartphones, a informação pode ser acessada de qualquer lugar. Os próprios protestos no início do segundo semestre de 2013 foram organizados e tiveram a grande participação por causa deste fenômeno”.

Mais especificamente sobre o varejo, as mídias sociais tem hoje o poder de construir ou destruir a reputação de uma marca, influenciando diretamente o consumidor. Destaco que o e-commerce via mobile deve apresentar altos números de crescimento em 2014. O empresário precisa se preparar para isto, observa o especialista.

Morgado acredita que a mobilidade urbana também será responsável por várias mudanças no comércio: “Nas grandes cidades há cada vez mais dificuldade para a mobilidade, perdendo-se muito tempo no trânsito. Este quadro poderá impactar no varejo como um todo. O resultado é que o consumidor poderá trocar as compras nos shoppings centers pelas realizadas nas lojas de rua mais próximas. Para tirar proveito disto, os empresários dos centros comerciais de lojas de ruas deverão investir em infraestrutura, como estacionamento e segurança, além de modernizar os seus estabelecimentos. O consumidor dará preferência à loja de mais fácil acesso, mas este consumidor exigirá os mesmos benefícios que encontra nos shoppings”.

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Perspectivas positivas para 2014 São Paulo aposta na Copa e nas eleições O segmento lojista está otimista para 2014. É o caso do paulista Mauricio Stainoff: “Acreditamos que 2014 será um excelente ano para o varejo. Teremos a realização da Copa do Mundo, que atrairá turistas estrangeiros e brasileiros. Os turistas, além de comprarem produtos ligados à Copa, também consomem produtos típicos e mercadorias em geral. Teremos as eleições, que tradicionalmente movimentam a economia do país”. Esses dois acontecimentos impulsionam o crescimento do emprego, já que é um dos pilares que sustentam o sucesso do varejo, Isto é, com mais emprego e renda o crescimento das vendas está garantido. Stainoff informa ainda que a FCDLESP e as CDLs paulistas estão buscando junto à CNDL e ao SPC Brasil produtos e serviços que auxiliem os lojistas a aproveitarem mais os grandes eventos que ocorrerão no próximo ano.

Paraná alerta para a qualificação do varejo O estado também será sede da Copa do Mundo e por isto Samoel Antonio de Mattos acredita que o varejo será beneficiado: “Teremos um aquecimento comercial mediante a Copa, mas não será apenas Curitiba que se beneficiará, já que algumas cidades no estado serão subsedes. Isto faz com que a tendência de economia variável aumente. Porém alerto: os resultados serão alcançados, apenas se o nosso empresário estiver qualificado e ofereça um bom atendimento e estrutura compatível”. O presidente da FCDL é enfático afirmando que as ações para 2014 serão pautadas, sempre com a premissa básica de apoiar os empresários e o fomento econômico do movimento lojista paranaense. Para o primeiro semestre, a prioridade é a implantação do SPC Brasil em todas as CDLs do Paraná sem exceção. Também estamos preparando um novo portfólio de benefícios agregados para as Câmaras de Dirigentes Lojistas, que encaminharão este portfólio aos seus lojistas associados. Também oferecemos o suporte técnico, operacional e estrutural necessário para atender as CDLs. 42 - Dirigente Lojista


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Chegada de Indústrias nas cidades pequenas impulsiona Pernambuco O pernambucano Adjar Soares da Silva afirma que os índices de crescimento do Estado remetem a um momento bastante positivo: “São muitos os investimentos que estão chegando a Pernambuco. As empresas que vierem, estaremos preparados para recebê-las. Essas empresas estão buscando cidades que antes eram consideradas pequenas, como a Fiat em Goiana e os polos industriais em Vitória de Santo Antão, por exemplo”. O presidente da FCDL-PE também considera a Copa do Mundo como uma grande oportunidade. Pernambuco será beneficiado por sediar a Copa. A expectativa do grande número de turistas certamente irá melhorar bastante o movimento das lojas em todo o estado. Além disso, sempre contamos com as festividades culturais do Estado, como o Carnaval e o São João, que movimentam e aquecem o setor, nas respectivas épocas. Para alcançar os resultados esperados, estamos desenvolvendo um calendário de treinamento das CDLs e de suas equipes. Reuniões de presidentes para debater ações mais pontuais do movimento, trabalho da equipe comercial da Federação nas cidades onde tem e onde não tem CDL, abertura de novas CDLs no estado, assim como encontros de líderes, entre outros. A forte atuação da CNDL tem ajudado e muito as Federações e CDLs a desenvolverem um trabalho mais representativo e com adesão dos lojistas.

Roque Pellizzaro Junior Presidente da CNDL.

Várias oportunidades em Goiás Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho ressalta os seguintes fatores: “Estamos otimistas com o próximo ano. A economia brasileira apresentou um quadro de estabilidade. Não acredito em piores dias a partir de janeiro. Pesquisas realizadas por nossas entidades apontam uma queda da inadimplência, e isso é benéfico para o comércio. Em Goiânia, estamos na expectativa de grandes obras do transporte coletivo que vão afetar vias comerciais importantes”. As principais oportunidades para o estado como as exposições agropecuárias são fatores importantes para o comércio, não apenas da capital, mas também das cidades interioranas. Como Goiânia não será sede da Copa, talvez haja prejuízo por causa das portas fechadas em dias de jogos do Brasil ou mesmo da natural retração do consumidor. Por outro lado, como estamos muito próximos de Brasília, podemos atrair turistas estrangeiros que desejam ampliar o seu leque de visitas. Esperamos que isso ocorra porque a capital do nosso Estado tem muito a oferecer, através de um excelente comércio, preços mais acessíveis, parques e uma vida noturna movimentada. “Estamos trabalhando nos orçamentos para uma grande campanha, que já batizamos de “Consumidor Positivo”, e que será colocada em prática em todo o estado de Goiás. O objetivo é ampliar consideravelmente o número de adesões ao Cadastro Positivo. Também vamos dar continuidade ao projeto “Goiás Atende Mais” no interior do Estado”.

Álvaro Silveira Júnior Presidente da CDL-DF.

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Turismo na Copa vai aquecer o comércio no Distrito Federal e no Amazonas Álvaro Silveira Júnior acredita que em 2013 encerrou-se a crise que afeta todos os países: “Teremos novo fôlego para o varejo em 2014, especialmente com a Copa do Mundo - que trará grande movimento para o comércio, em especial turismo e gastronomia. Brasília sediará alguns jogos, acho que os próprios brasileiros vão vestir a camisa verde-amarela para comemorar. O resultado será o impulso de vendas nos supermercados, nos bares e restaurantes. O comércio de maneira geral deve crescer com a venda de artigos esportivos e itens decorativos para as festas”. O dirigente apresenta ainda as ações previstas pela CDL-DF para o ano novo: “O Liquida DF é a principal ação da CDL-DF para auxiliar os lojistas, porque gera vendas. Lojas de diversos segmentos, de rua e de shopping, recebem toda orientação e preparo para atender a clientela do “Liquida”. Em 2014, teremos grandes prêmios para o público e isso trará um impulso para o comércio”. Ezra Azury Benzion é outro dirigente lojista otimista para 2014: “Manaus é uma das sedes da Copa e existe uma chance enorme de que o turismo se estenda para as cidades do interior do Estado. Por isso acreditamos no crescimento do comercio local. Com a Copa, a oferta de emprego aumentará bastante, além do incremento com o turismo antes, durante e depois da competição”. Para atender esta demanda, a FCDL-AM aumentará o numero de treinamentos para os associados.

Ricardo Amorim Economista da Ricam Consultoria.

Maurício Morgado Pesquisador do Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).

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As principais reinvindicações para 2014 O representante do Paraná, Samoel Antonio de Mattos, expõe sua opinião: “É um ano muito importante, principalmente pelo contexto político, pois iremos continuar ou mudar o comando do Pais e dos estados. Então espero e peço a todos os nossos empresários que reflitam e analisam de que maneira e como queremos ser representados. Precisamos imediatamente de uma reforma tributária para que este empresário possa de uma maneira honesta manter e crescer com seus empreendimentos e principalmente ter a oportunidade de gerar emprego e renda para a nossa sociedade”.

Os presidentes das entidades concordam que as principais reivindicações para 2014 são decorrentes do aspecto político, principalmente por 2014 se tratar de um ano eleitoral. “Espero que o nosso congresso aprove algumas medidas que estão aguardando votação, especialmente aquelas que facilitam as atividades da micro e pequena empresa. É o caso do PLP 237/12, que trata da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que é uma bandeira da CNDL. Parece-me que o executivo e legislativo, em qualquer das esferas, trabalham quase que exclusivamente em favor dos interesses do Estado, quando deveriam trabalhar e cuidar primeiro dos interesses da nação, isto é, dos interesses dos cidadãos”, aponta Maurício Stainoff. Mauricio justifica sua cobrança que com a aprovação do PLP 237/12, a maioria das empresas de varejo terá um alívio, permitindo que os empresários tenham mais tranquilidade para gerirem suas empresas. Dirigente Lojista - 45


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Seguindo a mesma linha de reivindicações os dirigentes esperam que sejam revistas algumas decisões do poder público, principalmente no que se refere às micro e pequenas empresas, que muitas vezes são penalizadas por leis unilaterais. Mas, com os debates que estão tendo com a frente estadual e nacional, eles tem certeza que alcançarão o êxito no apoio ao comércio. Também pretendem criar ferramentas para fortalecer as CDLs, especialmente as do interior do nosso Estado. Acreditam que este ponto deve ser sempre o objetivo das FCDLs e da CNDL”.

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“Por ser ano eleitoral, haverá mudanças substanciais. Que as reformas tributárias e política sejam prioritárias. Acima de tudo esperamos o que todo brasileiro quer: menos corrupção e mais investimento no País”, aponta o goiano Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho, que indica outras necessidades para o Brasil cresça de forma consistente: “Precisamos de infraestrutura, de investimento para que a indústria possa se desenvolver de forma sustentável. Para Goiás, por exemplo, é muito difícil ver uma obra do porte da Ferrovia Norte-Sul parada, se degradando com o tempo. É muito dinheiro jogado fora. Todos ganham quando há seriedade na gestão pública”.

Para o presidente da CDL-DF, Álvaro Silveira Júnior, é essencial que a economia esteja estável e a inflação controlada, porém o dirigente também aponta as questões políticas: “Espero que tenhamos um ano eleitoral diferente, que os cidadãos votem com consciência elegendo políticos de respeito para dirigir o nosso País. Também quero que a Lei da Micro e Pequena Empresa seja aprovada. Acho que existe outra solução para a nossa economia do que a atual. Para mim, a solução é o investimento na micro e pequena empresa. Mais de 85% das empresas varejistas brasileiras são optantes do Simples Nacional e suas atividades são norteadas pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. A CDL-DF continuará defendendo a aprovação desta Lei”.


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Ezra Azury Benzion não deixa de exigir as mudanças políticas, mas traz uma nova reinvindicação para ser discutida: “Precisamos fortalecer a nossa bancada no legislativo para fazer a reforma fiscal. Os impostos em nosso País estão inviabilizando o crescimento da atividade comercial. Outro assunto, é que precisamos ter regras menos abusivas na relação entre os shopping centers e os lojistas. Mais de 70% dos lojistas que estão dentro de shoppings têm algum tipo de problema com as administradoras. Acho que já está na hora da CNDL, com ajuda das FCDLs e CDLs, entrar nesse assunto, assim como fizemos com a bem sucedida campanha contra o monopólio dos cartões de credito”.

Já está provado que um cenário econômico baseado no crescimento restrito a apenas algumas áreas não é benéfico, como acontece atualmente. O varejo tem a noção plena que é preciso uma reforma política, além de investimentos em infraestrutura, em educação, em segurança pública, entre outros setores. A nação lojista não fica parada e fará em 2014 a sua parte para que o Brasil cresça, porém também pressionará os órgãos competentes para que o País mude, atenda e beneficie a população como um todo, e não apenas alguns poucos privilegiados.

O ano de 2014 começa cheio de esperanças e possibilidades. O mais importante que podemos verificar neste panorama apresentado é que o segmento lojista está organizado e unido para lutar pelas causas que trarão benefício não só para os empresários do ramo, mas para todo Brasil.

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Nordeste:

um mar de oportunidades para o consumo Relegado por muitos anos e deixado para segundo plano, o Nordeste tem se tornado a vedete da economia do país quando o assunto é consumo. No último ano, o consumo dos nordestinos cresceu 2,4%, enquanto a média no Brasil caiu 0,5%. Vale destacar que nenhuma outra região atingiu tal desempenho neste período, sendo a classe média o principal motivador, com uma contribuição de 71% desse crescimento, de acordo com pesquisa da Nielsen. 48 - Dirigente Lojista

O Nordeste tem 27,8% da fatia de habitantes no Brasil e a população continua aumentando a representatividade no crescimento populacional. O PIB formado pelos nove Estados equivale a 13,5% do País, enquanto São Paulo, bem mais rico, responde sozinho por uma fatia superior a 30%.

De acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE, a Região Nordeste aumentou sua participação na economia em 0,5 ponto percentual. Os números acima representam não apenas o poder de consumo dos moradores da região Nordeste que têm um histórico de carências enormes, mas o aumento das oportunidades de negócios que essa área do país oferece, o que significa um grande potencial reprimido e muitas oportunidades e espaço para crescimento.


P O N T O D E V I S TA

A ascensão da população à classe C contribuiu para a melhora da qualidade de vida dos nordestinos que vêm mostrando o seu apetite por compras nos últimos meses. Quem mais sente esse boom são, principalmente, as empresas locais que vêm registrando um crescimento nas suas redes de lojas, aproveitando o espaço em lugares desprezados até então pelas grandes varejistas. Não podemos deixar de citar alguns fatores que contribuíram para a realização desse fenômeno. Acredita-se que a melhoria de vida dos moradores seja reflexo dos programas sociais disponibilizados pelo Governo. Vale lembrar que as iniciativas de transferência de renda e as políticas compensatórias não são capazes de fazer alguém mudar de classe social, mas podem elevar o consumo de produtos básicos, mo-

vimentando o comércio local e, isso acaba aumentando a massa salarial e alavancando uma economia que só era puxada pelo consumo. Mas não é só isso que impulsionou o fôlego das famílias nordestinas. Acrescenta-se o aumento da oferta de empregos formais com a chegada de grandes empresas que viram na região uma boa opção visto que o Sudeste já apresenta várias áreas saturadas. A entrada de mais gente no mercado de trabalho significa oportunidades para pequenos e médios fornecedores de todas a cadeia produtiva que ganham força quando há mais emprego. Citamos ainda instalação do Porto de Suape, em Pernambuco, e grandes obras de infraestrutura que garantem a geração de emprego como a ferrovia Transnordestina (que liga os estados do Piauí, Pernambuco e Ceará) e a transposição do rio São Francisco.

Aquecimento Econômico A explicação para esse aquecimento está no cenário econômico do País. Entre os fatores não podemos deixar de citar a disponibilidade de crédito para financiamentos e a oferta de produtos imobiliários, atendendo a uma demanda que não tinha condições de ter uma moradia própria e a implementação de investimentos de grande porte, como os do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do Minha Casa, Minha Vida. Os avanços regionais no Norte e Nordeste foram influenciados também pela exportação de minérios no Pará, pela indústria

de transformação, no Amazonas, e pela agropecuária, no Maranhão. Especialistas analisam que a ascensão do Nordeste ainda vai longe. Com um maior poder de consumo, outras questões vêm a reboque e vão fortalecer a cadeia de desenvolvimento. Um maior número de pessoas que deseja melhorar a escolaridade em busca de uma vaga em uma universidade. Formados, eles passarão a ganhar mais, aumentando assim o consumo, fortalecendo os varejistas e incentivando os empreendedores. Logo, a demanda da indústria cresce fazendo crescer junto o mercado de trabalho.

Por outro lado, a região com maior poder de consumo ainda tem inúmeros desafios a enfrentar como a questão de infraestrutura e a guerra fiscal entre os estados. Discussões à parte, o que vemos é um consumo local com base sólida, em crescimento e um mercado não só está aquecido, como também é sustentável. A região brasileira que antes era tida como um sem fim de miséria hoje pode ser considerada um mar de oportunidades.

João Alberto da Silva Neto,

sócio da KPMG responsável pelos escritórios da Região Nordeste.

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A Copa do Mundo começou Sorteio realizado no complexo da Costa do Sauipe, mesmo local em que acontecerá a 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista em setembro, definiu a distribuição dos 32 países classificados nos oito grupos e deu o pontapé inicial na competição. Assim como os organizadores do evento, está na hora dos lojistas darem os retoques finais para fazer da Copa do Mundo um enorme sucesso de vendas. 52 - Dirigente Lojista

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Copa do Mundo de 2014 terá início em 12 de junho, com a partida Brasil x Croácia na Arena Corinthians, em São Paulo, e a final acontecerá em 13 de julho, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Mas o clima de Copa já tomou conta do Brasil e do mundo com o sorteio dos grupos da primeira fase, realizado em dezembro na Costa do Sauipe, na Bahia. O evento definiu as seleções que se enfrentarão e as cidades que receberão os jogos iniciais, além de dar dicas dos grandes jogos que serão disputados na continuidade da competição. Para o segmento lojista, a Copa do Mundo é uma oportunidade única para vender ainda mais.


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Oportunidade para o comércio Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa em 2007, especialistas do varejo são unânimes em afirmar que o evento é uma excelente oportunidade para que o comércio aumente suas vendas. Pois chegou a hora dos dirigentes lojistas colocarem em prática os principais planos para que este objetivo seja alcançado. Apresentamos algumas informações básicas que, se seguidas corretamente, poderão ajudar muito no planejamento e a alcançar excelentes resultados.

Turismo aquecerá os negócios Apesar dos jogos da Copa do Mundo acontecerem em apenas 12 cidades-sedes, a Embratur – Empresa Brasileira de Turismo – identificou que os turistas, sejam brasileiros ou estrangeiros, têm enorme interesse de aproveitar as folgas entre as partidas para conhecer outras cidades e estados. Projeta-se que o evento esportivo seja acompanhado por três milhões de viajantes nacionais e 600 mil estrangeiros. Este número é 30 vezes mais do que o registrado na Copa das Confederações, também realizada no Brasil em junho de 2013, e também ao alcançado na Copa da África do Sul, realizada em 2010, que recebeu 300 mil torcedores provenientes de outros países. A estimativa de 600 mil turistas estrangeiros foi alcançada com base na procura por ingressos na agência da Fifa.

Valores gastos pelos turistas Espera-se que os turistas brasileiros gastem R$ 19 bilhões, enquanto os estrangeiros devem injetar R$ 7,1 bilhões, totalizando R$ 26,1 bilhões. A importância da Copa fica ainda mais clara se compararmos que o valor gasto pelos estrangeiros em apenas um mês durante o evento ultrapassará o total gasto no primeiro semestre de 2013, que ficou na casa dos R$ 7 bilhões (referência: Banco Central). As análises indicam que a maioria dos turistas estrangeiros ficará cerca de duas semanas no Brasil e que o gasto médio de cada um será de R$ 11,4 mil.

Seleções estrangeiras com maiores torcidas Levando em consideração a venda de ingressos no site da Fifa, os norte-americanos, argentinos, alemães, chilenos, ingleses, australianos, japoneses e colombianos serão os torcedores mais presentes nos jogos, além dos brasileiros, é claro. Os estados que receberão mais turistas serão São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, principalmente por contarem com o maior número de conexões aéreas internacionais.

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As 12 sedes da Copa e seus estádios Belo Horizonte Seis jogos durante a competição, sendo quatro na primeira fase, um pelas oitavas de final e um pelas semifinais.

Brasília Sete jogos, sendo quatro na primeira fase, um pelas oitavas de final, um pelas quartas de final e a disputa do 3º e 4º lugares.

Cuiabá Quatro jogos, todos na primeira fase

Curitiba Quatro jogos, todos na primeira fase.

Fortaleza Seis jogos, sendo quatro na primeira fase, um pelas oitavas de final e um pelas quartas de final.

Manaus Quatro jogos, todos na primeira fase.

Natal Quatro jogos, todos na primeira fase.

Porto Alegre Cinco jogos, sendo quatro na primeira fase e um pelas oitavas de final.

Recife Cinco jogos, quatro na primeira fase e um pelas oitavas de final.

Rio de Janeiro Sete jogos, quatro na primeira fase, um pelas oitavas de final, um pelas quartas de final e a finalíssima.

Salvador Seis jogos, quatro na primeira fase, um pelas oitavas de final e um pelas quartas de final.

São Paulo Seis jogos, sendo quatro na primeira fase, um pelas oitavas de final e um pelas semifinais.

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Lojista: mãos a obra Planejar é preciso Ainda dá tempo de planejar-se para atender a grande demanda que a Copa do Mundo proporcionará para o comércio em todos os segmentos, não importando a localização geográfica.

Um segundo idioma é bem-vindo Para as cidades com expectativa de receber turistas estrangeiros, ficou mais fácil planejar em relação ao idioma após o sorteio da primeira fase do torneio. O ideal é ter no estabelecimento pelo menos um funcionário com boas noções nas línguas espanhola e inglesa. Lídia Vecchio, professora de línguas e moradora de São Paulo, ressalta que será mais fácil a comunicação com os turistas de países de origem latina: “Se o vendedor falar pausadamente, mesmo com pouca noção em línguas como o espanhol, italiano e o francês, é possível a comunicação sem problemas. Para os demais turistas, o idioma inglês deve resolver na maioria dos casos. É básico conhecer palavras consideradas “chaves”, como agradecimentos, números (essenciais para os valores), cores, os produtos que são comercializados no estabelecimento, entre outras. Outra dica é que o vendedor pode usar vários artifícios para comunicar-se, como escrever preços, apontar para o modelo desejado e até a linguagem universal da mímica. Vale tudo para não perder a venda”. Os especialistas ressaltam que o vendedor precisa demonstrar atenção e boa vontade no atendimento em relação ao turista estrangeiro. Transmita segurança ao comprador, seja transparente e dê o máximo de informações, principalmente em relação ao preço e à conversão das moedas. Dirigente Lojista - 55


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o d a m r o f in e s a h n e t n Ma

Fique ligado em todas as novidades em relação ao calendário do evento. Aproveite qualquer fato novo para utilizar na sua estratégia, mas cuidado com o uso indevido de imagem de jogadores e personagens ligados à Copa, como por exemplo, o distintivo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ou a foto do Neymar. Utilize símbolos de domínio público, como bandeiras, a bola, desde que não seja o modelo oficial, as cores do Brasil e dos outros países, entre outros.

O mesmo vale para os símbolos de divulgação da Copa e que são controlados pela Fifa, como o mascote Fuleco. Apenas os patrocinadores oficiais poderão utilizá-los. A entidade tem controle rígido sobre a sua imagem, assim como em relação aos produtos oficiais. Não corra riscos desnecessários em comercializar produtos piratas. Mas nem só os produtos referentes à Copa do Mundo farão sucesso. Os souvenires, as tradicionais lembrancinhas, são muito procurados pelos turistas, assim como produtos diferenciados e exclusivos de uma região ou cidade, como, por exemplo, o segmento de vestuários. Aproveite a “brasilidade”, características encontradas exclusivamente em produtos fabricadas no Brasil. Há milhares de exemplos, como as blusas de rendas fabricadas no Nordeste, os biquínis, artesanatos, etc. 56 - Dirigente Lojista


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Faça da vitrine o seu campo de jogo A vitrine pode ser uma grande aliada para a sua estratégia. Transmita a partir dela todo o otimismo com a conquista do hexa do Brasil, além de homenagear as outras nações. O publicitário Roberto Junqueira, morador em Santos-SP, aponta: “Durante a competição, aproveite os resultados dos jogos, principalmente do Brasil, para atualizar a sua vitrine. Seja criativo e, se possível, crie promoções relacionadas aos jogos e à campanha brasileira. Isso o diferenciará da concorrência, com baixo custo”.

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Atenção ao público local Roberto Junqueira destaca que a Copa do Mundo é um evento compartilhado pela maioria da população “O Brasil adora futebol e o comércio fica aquecido pela competição e pelo espírito de nacionalidade. Não é só a presença dos turistas que aquece as vendas. Crie ações para cativar e atender o público local, ou seja, os consumidores do seu bairro, região ou cidade”. Da vitrine ao atendimento, faça com que os seus consumidores tradicionais se sintam privilegiados por meio de promoções, atendimento diferenciado, entregas em domicílio, entre diferentes possibilidades. Tenha em mente que após a Copa do Mundo, serão eles que formarão a sua base de consumidores e torna-los fiéis à sua loja é sempre o melhor caminho. Use a criatividade e confie no seu próprio conhecimento do mercado. Por fim, o publicitário ressalta que é preciso passar uma imagem organizada para o consumidor, seja ele turista ou brasileiro: “O espaço deve estar sempre limpo e organizado, assim como os atendentes uniformizados e identificados por crachás. O dirigente lojista deve vender a sua ideia organizacional para os colaboradores, criando regras básicas de atendimento. Indique qual é a forma que o vendedor deve apresentar os produtos e dar informações diversas aos clientes, inclusive referentes ao pós-venda, como garantia e se for necessário efetuar a troca. Vale a pena investir no treinamento profissional da equipe, pois os resultados finais são positivos, principalmente em relação ao aspecto financeiro”. Perceba que as informações apresentadas podem ser facilmente colocadas em prática. O custo também é acessível para a maioria dos estabelecimentos.

Esteja preparado para atender os mais variados tipos de consumidores, isso fará a diferença é a certeza de vencer a disputa com seus concorrentes de goleada. 58 - Dirigente Lojista

Curiosidades: Os símbolos da Copa Fuleco, o mascote. A primeira Copa do Mundo a contar com um mascote foi a de 1966, na Inglaterra, com o personagem Willie, que era um leão – tradicional símbolo britânico. Desde então tornou-se tradição cada País Sede criar um mascote que represente as características locais, No caso do Brasil, trata-se de um simpático tatu-bola, espécie nativa do país e que está ameaçada de extinção, batizado como Fuleco, nome que é a junção das palavras Futebol e Ecologia. O nome Fuleco foi escolhido pelo voto popular.

Brazuca, a bola da Copa Pela primeira vez na história o nome da bola da Copa do Mundo foi escolhido pelos torcedores. A enquete foi lançada pela FIFA e pelo Comitê Organizador Local (COL). A cerimônia de apresentação oficial da bola aconteceu em dezembro de 2013, também no complexo de Sauipe. As cores e o design dos painéis da Brazuca foram inspirados nas fitas da sorte do Senhor do Bonfim da Bahia e simbolizam a paixão e alegria ao futebol no Brasil


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Cuiabá:

o comércio da cidade começou com um “bolicho” De acordo com o atual presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas – Mato Grosso, José Alberto Vieira de Aguiar, o comércio de Cuiabá, assim como outras cidades, começou com um “bolicho” - termo local para designar um estabelecimento comercial como um bar ou mercearia. A afirmação prova a importância que o comércio tem para a capital mato-grossense desde a sua fundação.

“A cidade tem os seus desafios, mas também muitas perspectivas”.

José Alberto Vieira de Aguiar

presidente da FCDL/Mato Grosso.

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HISTÓRIA DO COMÉRCIO

O

presidente da FCDL/MT destaca que Cuiabá ganhará em 2014, por causa das obras realizadas para a Copa do Mundo, nova mobilidade urbana. O resultado é que o crescimento, que já é próspero, terá seu ritmo acelerado.

Porém, o dirigente lojista enfatiza outros aspectos relevantes: “A cidade tem os seus desafios, mas também muitas perspectivas”. José Alberto aponta ainda que o comércio local sofreu profundas alterações nas últimas décadas: “As grandes mudanças começaram com o aumento no número de estabelecimentos, o surgimento da concorrência criada pelo e-commerce, variedade de produtos no mercado cuiabano, expansão do comércio para os bairros, e a existência dos shoppings. Também cito a própria mudança da compra com o cruzeiro e na caderneta de fiado para o uso do cartão de crédito, do cheque e do crediário. Isto representou uma verdadeira revolução”. E completa: “Mas algo continua tão importante como antes, ou desde sempre: o bom atendimento”. 60 - Dirigente Lojista

Do “bolicho” à expansão econômica provocada pelo Porto Geral Cuiabá foi fundada como um pequeno povoado em 8 de abril de 1719. Sua origem se deu devido à descoberta de ouro pelos bandeirantes paulistas e o então povoado estava subordinado à capitania de São Paulo. Em 1748 é que a região de Mato Grosso seria desmembrada de São Paulo e tornou-se capitania, consequentemente, a Vila Real de Senhor Bom Jesus de Cuiabá, nome da cidade na época, passou a fazer parte desta nova capitania. A Vila é elevada à categoria de cidade em 17 de setembro de 1818 e torna-se capital da província de Mato Grosso somente em agosto de 1835. A cidade manteve-se estagnada por um longo tempo, até que em 1856, o Tratado de Aliança, Comércio, Navegação e Extradição entre a província do Mato Grosso e a República do Paraguai promoveu a bacia do Prata como via, resultando num grande fluxo de navios e pessoas no Porto Geral, às margens do Rio Cuiabá.

Barca Péndula sobre o Rio Cuiabá.

O fomento do comércio deu vazão à instalação de indústrias na cidade, principalmente as usinas de açúcar. Outra atividade importante era dos saladeiros, fazendas que salgavam carne para fazerem o charque. Neste período, os principais produtos fabricados e comercializados no comércio de Cuiabá eram a carne seca, o caldo de carne e o couro. Havia ainda o comércio de poaia, planta de várias espécies com propriedades medicinais, borracha bruta, erva-mate e os subprodutos de animais eram os mais relevantes. A movimentação do porto beneficiou o comércio atacadista da Avenida 15 de Novembro, que vendia para cidades vizinhas, como Corumbá, além de sitiantes vindos pelo rio, e até para o Paraguai.


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

A segunda estagnação e a nova retomada O declínio da economia das usinas de cana-de-açúcar e da exportação da borracha resultou na redução drástica da navegação do rio Cuiabá e culminou numa nova estagnação econômica local. O quadro só mudou a partir dos anos de 1940, principalmente pelo investimento realizado no sentido da realização da ligação por rodovia entre São Paulo e Goiás e pela aviação comercial. Foi na década de 1970 que o crescimento de Cuiabá consolidou-se, época em que começou a grande efervescência da vinda de brasileiros para o Estado, incentivados pelo Governo Federal que iniciou um programa de povoamento do interior do País. Para atrair os novos moradores, ofereceu-se uma série de vantagens para os interessados. O resultado foi que em apenas cinco anos, de 1970 a 1975, a população cuiabana passou de 83 mil para 127 mil pessoas.

Rápido crescimento No início de 1970, Cuiabá contava com poucos estabelecimentos, sendo que o destaque eram as 60 lojas de confecções e as cerca de oito lojas de eletrodomésticos. Após pouco mais de 40 anos, segundo dados da Junta Comercial, a principal atividade da capital e do próprio estado do Mato Grosso é o comércio. Estima-se de que atualmente há aproximadamente 100 mil estabelecimentos de diferentes segmentos em Várzea Grande e Cuiabá - cidades que formam o conjunto metropolitano.

O Studio-Cine foto Chau, funcionava na 33, a chamada Rua do Meio. (hoje, calçadão da Ricardo Franco), no início da década de 1930.

Usina de Itaicy. Primeira Usina de produção de açúcar e cachaça do Estado do Mato Grosso, começou a ser construida em 1896. Situada a aproximadamente 40 quilômetros de Santo Antônio do Leverger, no Rio Cuiabá abaixo. Foto 2008.

Os endereços do comércio O Centro Histórico de Cuiabá ainda é uma importante concentração comercial de rua. Além de ser patrimônio tombado, é neste local que estão várias lojas de roupas, calçados, tecidos, utilitários, franquias, lojas familiares e as redes nacionais. Outra característica é que os casarões e casinhas são usados como pontos comerciais. As principais ruas recebem apelidos dados pela própria população. São os casos da Rua do Meio (atual Rua Ricardo Franco), a Rua de Cima (hoje Rua Pedro Celestino) e a Rua de Baixo (Rua Galdino Pimentel).

Outra curiosidade é que cada rua trazia a concentração de estabelecimentos com praticamente os mesmos ofícios e atividades, como por exemplo, a Rua de Baixo era a principal via em que se praticava o comércio. No entanto, hoje toda esta região central, os chamados Calçadões do Centro Histórico e adjacências, é uma área comercial, incluindo as ruas 13 de Junho, Pedro Celestino, Comandante Costa, Joaquim Murtinho, Av. Isaac Povoas, entre outras.

Palácio da Instrução (de frente à Praça da República) é um dos mais importantes patrimônios históricos de Cuiabá. Foto: 1914.


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Estabelecimentos que marcaram época Várias lojas são consideradas referência, principalmente porque Cuiabá é uma cidade eminentemente comercial. São os casos da Casa Alberto (tecido e confecções) e a Arruda e Dantas (hoje com nome Arruda Móveis e Decorações), que estão entre as mais antigas e continuam em funcionamento sob a administração das famílias fundadoras. Na década de 1970, a rápida expansão da cidade atraiu lojas de redes nacionais, como Casas Buri e Pernambucanas. Atualmente, diversas redes de varejo nacional estão presentes em Cuiabá.

Pantanal Shopping - Cuiabá MT. Foto 2002.

Shoppings Centers e preços para todos os bolsos

Cidade de Cuiabá, foto de 1968.

O fenômeno dos shoppings centers também teve seu espaço na capital do Mato Grosso. Os principais passaram pelo processo de ampliação nos últimos dez anos para atender a demanda. O Shopping Pantanal tem 200 lojas e foi lançado em 2004; O Shopping Três Américas nasceu em 2006, mas já existia como galeria de lojas. Nos anos seguintes foi ampliado e hoje conta com 180 lojas. Já o Shopping Goiabeiras foi inaugurado em 1989 e está em obra de expansão, tendo agora 204 lojas. Estes centros comerciais e o comércio de rua refletem a capacidade de consumo da sociedade local. As lojas de ruas também estão se adequando às expectativas dos consumidores. É o caso da Vila Conceito, uma loja que tem na lista dez marcas, de fabricantes consagrados e que é destinada para público da classe “A”. Em contrapartida, ainda encontramos um comércio de rua em que tem um preço de venda em até 10 reais, atendendo assim todas as camadas sociais.

Cine Teatro Cuiabá foi inaugurado em 23 de maio de 1942.

Jardineiras como Transporte Público em Cuiabá - 1930.


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Espaço para o comércio popular Há os shoppings populares que abrigam os camelôs. Encontrados em vários endereços, evitam que este tipo de comerciante esteja nas praças e ruas, possibilitando maior fiscalização em relação ao comércio informal e o tipo de produto vendido e o cuidado sempre preocupante em que não seja comercializado produtos pirateados e sem nota fiscal, por exemplo, o que acabam caracterizando concorrência desleal.

Praça Alencastro em 1940.

Marechal Rondon e General Carneiro na inauguração da Estação Telegráfica entre Cuiabá e Araguaia.

Praça da República em 1930.

Por outro lado, há outro tipo de comércio itinerante na cidade que é de artesanatos e feira de gastronomia, que funciona na Praça Santos Dumont nos finais de semana e no Sesc Arsenal às quintas-feiras. No Sesc, este comércio itinerante recebe o nome de “bolicho”. E, nos mesmos moldes da feira gastronômica e da venda de artesanato, há um comércio fixo e popular de barracas ao lado da Igreja Matriz, nas imediações de uma das principais localidades do centro da cidade – entre a Praça da República e Praça Alencastro.

Centro de Cuiabá no final dos anos 1800. Aparece a Igreja Matriz do passado.


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Uma cidade em que se encontra de tudo O empresário Paulo Gasparoto (foto ao lado), do Grupo Decorliz e presidente licenciado da CDL-Cuiabá, ressalta a diversidade comercial da capital mato-grossense, ampliada em muito na última década, tendo em conta o sucesso do agronegócio no estado. Aliás, o agronegócio gerou um importante patamar econômico regional que atraiu para a cidade grandes estabelecimentos comerciais e marcas nacionais. O melhor é que as perspectivas de maior produtividade e a previsão de vários anos de safras excelentes deverão resultar numa melhor distribuição de renda, beneficiando o segmento varejista com o aumento do consumo em praticamente todas as classes sociais. Sem dúvida, o comércio é preponderante na economia de Cuiabá, detendo o maior número de empresas por atividade e gerando maior número de empregos. Gasparoto ressalta: “Com este incremento de renda, estabilidade e oferta de emprego, o brasileiro passou a consumir mais e a buscar marcas com vários preços. O mato-grossense não é diferente. O espaço comercial da capital acompanhou esta tendência e passou a dar mais vazão à venda de todo tipo de equipamento eletrônico, e itens para o comércio em geral, produtos importados originais, ou isso, e assim o aumento do poder aquisitivo da população e, paralelamente, do comércio”.

É necessário lembrar que há cerca de 10 ou 20 anos, muitas mercadorias vinham dos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo, diretamente através dos cidadãos. Hoje os consumidores cuiabanos e mato-grossenses dispõem de praticamente toda novidade simultaneamente aos grandes centros. Esse é um mérito do comércio, dos empreendedores mato-grossenses que ousaram equiparar-se apesar de toda a difícil logística.


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Proteção ao crédito influenciou diretamente na criação da CDL-Cuiabá Em 1972, os dirigentes lojistas cuiabanos criaram uma prática muito interessante: os comerciantes trocavam informações entre si sobre os devedores da famosa “caderneta de fiado”. Esta consulta era feita semanalmente e logo se mostrou eficaz. Em vista disto, e como estava funcionando esta nova metodologia, outros comerciantes aderiram e logo todos os comerciantes do bairro do Centro trocavam informações. Assim permitia detectar os nomes dos devedores inadimplentes e o crédito era bloqueado no comércio em que circulava a lista de comum acordo. Com o crescimento populacional tornou-se necessário com que os lojistas percebessem a necessidade de sistematizar com um modelo já existente de banco cadastral – o SPC. Quem puxou a ideia foi o gerente das Lojas Buri, rede de lojas nacional que tinha unidade na cidade. Seu nome era Adão Flores, presidente-fundador do Clube de Diretores Lojistas de Cuiabá. A entidade surgiu em 18 de abril de 1973 tinha como objetivo imediato e a necessidade da implantação de um serviço de proteção ao crédito. Em dezembro de 1973 foi inaugurado o SPC - Serviço de Proteção ao Crédito – dando agilidade ao sistema de crédito e proporcionando maior segurança aos lojistas de Cuiabá. A alteração de nome da entidade aconteceu na década de 90, passando de Clube de Diretores Lojistas para Câmara de Dirigentes Lojistas.

Estacionamento rotativo em espaço público.

Fachada da CDL-Cuiabá.

Ações da CDL Cuiabá A entidade tem marcante papel institucional, comercial e político em prol do comércio na capital de Mato Grosso. Entre as várias ações desenvolvidas, destaca-se a luta pela redução de carga tributária, como a que retirou a obrigatoriedade de Emissor de Cupom Fiscal (ECF) para empresas com rendimento de até R$ 360 mil por ano, entre outras relacionadas à redução de taxas como Tacin (Taxa de Segurança Contra Incêndio) e Taseg (Taxa de Segurança Pública), ambas estaduais, ou mesmo de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias). Há ainda uma lista de produtos e serviços para proporcionar melhor custo-benefício ao associado, como CDL Celular, SPC, entre outros. A CDL apoia ações como o Liquidacentro. O lançamento da Escola de Varejo, com cursos de livre extensão, pós-graduação, entre outros voltados especialmente ao Varejo, tem o objetivo de auxiliar na criação de mão de obra e capacitando para o segmento. A CDL Cuiabá é subordinada à Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, e recebe todo apoio da entidade fortalecendo suas ações que visam beneficiar o comércio incluindo a participação de várias projetos de alçada de governos, tomando para si a responsabilidade e financiamento da realização, no sentido de apoiar os lojistas. Os melhores exemplos são o estacionamento rotativo, em que a entidade venceu a licitação e o manteve por vários anos, e a reforma do posto da Polícia Militar na região central, inaugurado em dezembro de 2013.

Dirigente Lojista - 65


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Pitadas históricas A influência árabe O comércio de Cuiabá estava estabelecido quando os árabes chegaram em grande número, recorda José Alberto Vieira de Aguiar, presidente da FCDL/ MT e proprietário da Casa Alberto, a mais antiga casa comercial no ramo de tecidos em funcionamento em Cuiabá. “Eles eram os camelôs de antigamente, ou seja, os mascates, como se vê nas novelas. Os árabes vinham de São Paulo, principalmente, e abriam a mala com mercadorias em plena rua, nas praças”, José Alberto aponta que os mascates eram os concorrentes das lojas formais: “Muitos perceberam que havia uma população crescente e foram se estabelecendo na cidade”. Hoje os sobrenomes árabes fazem parte das famílias mato-grossenses.

A vez do Japão A comunidade japonesa está bastante presente no dia a dia de Cuiabá. Uma curiosidade é que entre os anos de 1970 e de 1980, o Mercado Morita, de família de descendentes de japoneses, prosperou até o ponto de ter uma rede formada por várias filiais na capital. Sua principal característica foi inovar, pois vendia alimentos, produtos de higiene e limpeza, o que ainda não era comum na cidade, além de abrir filiais até mesmo em bairros fora da região central e nas várias regiões do Centro.

É proibido ser dono de empresa Os estrangeiros não podiam ser donos de empresa, pois a legislação local não permitia. Até que Alberto Borges de Aguiar, de nacionalidade portuguesa, casa-se com uma brasileira e abre uma empresa no nome da esposa, Maria da Glória Vieira de Aguiar. Este foi o começo da Casa Alberto há 67 anos. O primeiro nome da loja foi “Feira de Tecidos”, sendo que só em 1970 é que tornou-se Casa Alberto, quando Alberto conseguiu recadastrar a empresa em seu nome, o que denota a inclusão definitiva dos empreendedores europeus em nosso Comércio.

Cuiabá Fundação: 8 de abril de 1719. População: 561,3 mil – estimativa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2012


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