Ref. 3809/DZ
WMarket Review 1ºS 2009 – Turismo
Lisboa, 06 de Outubro de 2009 •
Consolidação do sector turístico em Portugal, que tem vindo a ganhar cada vez maior projecção quer nacional quer internacional
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Retracção dos principais dados estatísticos referentes ao turismo como resultado da actual situação económico-financeira
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Projectos de turismo residencial em fase de ponderação e de adiamento de fases subsequentes devido à diminuição da procura e aos condicionalismos dos mercados alvos destes empreendimentos
Hotelaria Durante os primeiros seis meses de 2009, registou-se um decréscimo do número de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses, quando comparado com igual período no ano passado (-5,7%) devido à quebra acentuada dos desembarques internacionais (-8,4%). Durante o período em análise também se verificou também uma redução das dormidas e da taxa de ocupação e consequentemente, dos proveitos globais (-13,2%) e por aposento (-12,8%). Já os mercados do Reino Unido, Alemanha e Espanha continuam a ser os maiores emissores de turistas para o nosso país representando cerca de 35% das dormidas em Portugal Relativamente a Lisboa, mantém-se como um dos destinos principais do investimento em hotelaria existindo um conjunto alargado de hotéis previstos para esta cidade. A tendência tem sido para os projectos de charme/design, de menor dimensão e com serviço personalizado, resultado da reconversão/reabilitação de antigos edifícios muitos dos quais com uma raiz histórica importante
Turismo Residencial No que diz respeito ao Turismo Residencial tem sido um dos sectores mais dinâmicos no mercado imobiliário português e tem vindo a afirmar-se como uma das principais apostas de um conjunto de promotores nacionais e internacionais. A oferta actual de resorts em Portugal ascende a cerca de 45 projectos em diferentes estados de desenvolvimento, estando anunciados aproximadamente 40 outros projectos. Em termos de localização, assiste-se à concentração da maioria destes projectos no Algarve (53%), seguido da Costa Oeste (16%) embora com tendência crescente para a descentralização. Os investidores nacionais com maior relevância neste segmento são a Sonae Turismo, o Grupo Imocom, Grupo CS, Grupo Pestana, Grupo Atlântica e Pelicano, enquanto os mercados emissores de maior relevância para Portugal são o Reino Unido, a Alemanha, a Irlanda e ainda a Holanda. Dada a actual situação económico-financeira destes países tem-se vindo a assistir à retracção da procura internacional destes mercados sendo importante consolidar o destino Portugal noutros países. Simultaneamente, importará rever alguns dos projectos em pipeline, perceber a sua vocação e target de forma a que o conceito se adapte à procura potencial e se adeqúe igualmente ao mercado interno. Importa sublinhar neste contexto a tendência para o ajustamento em baixa dos valores de mercado dada a actual situação económica, o aumento da oferta concorrencial e a retracção da procura dos principais países emissores de turistas para Portugal.
Tendências Em termos de tendências, destaque para a consolidação do mercado hoteleiro em Portugal e em especial na cidade de Lisboa cuja oferta se tem vindo a diversificar apostando na exclusividade e no prestígio através do número de unidades de charme/design ou boutique hotéis. De realçar ainda o crescimento do mercado interno como resultado das sucessivas campanhas do Turismo de Portugal, da qualificação da oferta existente e de uma maior apetência para turismo de natureza, gastronómicas (gourmet e vinicultura) com recursos importantes no País. Finalmente, a sustentabilidade como conceito base de todos os resorts a serem construídos no sentido mais lato do termo: respeito pelo meio ambiente, construção com base em princípios de sustentabilidade, práticas “verdes” na gestão hoteleira e imobiliária, melhoria dos skills e apetências da população da região, criação de emprego local e dinamização da economia e dos produtos autóctones, tem sido outra das tendências no mercado de turismo.
Tendências Oferta Procura Valores de Venda
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