Papai e mamãe fazem o curso comigo.
Saber sair da piscina é muito importante.
Preciso aprender que a piscina é perigosa.
Tod os de insti temo sob nto s rev s ivê nci a.
Car t ilha de Orientaçþes para os pais
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Int rodução
Quando o assunto é cuidado com crianças na água, a prevenção ainda é a melhor opção. Acidentes, especialmente na infância, são muito comuns, seja por falta de atenção, cuidado ou até mesmo uma fatalidade. Nesta etapa, as crianças estão mais expostas a perigos, pela sua inexperiência e por isso, todo cuidado é pouco. A Cartilha Meu Primeiro Mergulho garante o treinamento de pais e alunos contra afogamentos e possíveis acidentes envolvendo água, seja em piscinas, praia, ou até mesmo em utensílios domésticos. São técnicas simples e eficazes, podendo assim, salvar vidas de cada vez mais crianças. 03
Número de
afogamentos
Em segundo lugar nas estatísticas, o afogamento infantil só perde para acidentes de trânsito quando o assunto é mortalidade infantil. No Brasil, a cada ano perdemos mais de 1100 crianças por afogamento. É a primeira causa de morte entre crianças entre 1 a 4 anos. 25% das mortes ocorrem por queda em baldes, vaso sanitário, caixa de reserva de água e outros volumes menores de água. São Paulo contabilizou 22 mortes de crianças de zero a sete anos em afogamentos domésticos em 2014. A maioria ocorreu nos quintais (13 casos) e banheiros (4). A boa notícia é que podemos prevenir esses acidentes e em alguns casos, até reverter as sequelas causadas por este acidente. 04
Sabe o excesso de cuidado?
Às vezes pode ser o que vai salvar
uma criança em um acidente assim. Pensa na cena: Seu filho brincando na bacia de água e o telefone toca. No meio da ligação o interfone também toca. Ali se passam 3 minutos até que você volte a olhar seu filho. 3 minutos são o suficiente para sequelas irreversíveis e até mesmo uma criança entrar em óbito ao se afogar. Ou o seu filho de 14 anos vai para o fundo do mar, porque afinal de contas ele é grande e está acostumado a entrar no mar sozinho desde pequeno. Mas ele acaba se encontrando com uma água viva e se afoga... Aproximadamente 300 crianças de 10 a 14 anos se afogam no mar todos os anos no Brasil. Em São Paulo, após o início da crise hídrica, a morte de crianças por afogamento aumentou devido ao estocamento de água em reservatórios fundos e no chão. 05
O zelo e o cuidado sĂŁo os fatores principais para tentar evitar esses acidentes.
Nenhum acidente ĂŠ inevitĂĄvel,
mas pode ter os riscos reduzidos se o cuidado for cons tante.
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As férias são os maiores vilões e os maiores aliados destes acidentes. Os pais estão mais relaxados e a criançada está com todo o vapor para aproveitar e descobrir novas coisas.
Mesmo havendo registro de afogamento em todos os meses do ano, Junho, Julho e Agosto são os meses que possuem maior registro de afogamento infantil.
Imagine outra cena: Você tira seu filho da piscina e retira as boias
dele para pegar a toalha. Quando você se vira para pegar a toalha, seu filho corre para a piscina. Ou então, ele senta na beirada para bater os pés e se desequilibra. 10 segundos são o suficiente para que a água alcance o pulmão da criança.
O primeiro dia de férias e o final da tarde são os momentos em que
ocorrem mais afogamentos. A supervisão de adultos é indispensável para a segurança de uma criança. O excesso de preocupação neste caso pode evitar acidentes fatais. 08
como proteger as crianças de um afogamento
• Esvazie baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guarde-os sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças; • Mantenha baldes com água no alto, longe do alcance delas;
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• Conserve a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrada com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou mantenha a porta do banheiro trancada; • Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”; • Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos; • Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos; • Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água; • Evite brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água; 10
• Saiba quais amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando levar a criança para visitá-los, certifique-se de que será supervisionada por um adulto enquanto brinca na água; • Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. Eles podem estourar, virar a qualquer momento e ser levados pela correnteza. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas quando estiver em embarcações, próxima a rios, represas, mares, lagos e piscinas, e quando estiver praticando esportes aquáticos; • Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também; • Muitos casos de afogamentos aconteceram com pessoas que achavam que sabiam nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes; • No mar, a vala aparenta uma falsa calmaria, mas representa o local de maior correnteza que leva para o alto mar. Ensine a criança a nadar transversalmente à vala até conseguir escapar ou a pedir socorro imediatamente; • O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança 11
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que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas 5 minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de crianças aprendam técnicas de primeiros socorros;
Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência
SAMU: 192 Corpo de Bombeiros: 193
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Ensine a criança • Sempre nadar com um companheiro. Nadar sozinho é muito perigoso; • Respeitar as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e verificar as condições das águas abertas; • Não brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água ou simular que está se afogando; • Saber ligar para um número de emergência e passar as informações de localização e do que está acontecendo em caso de perigo.
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Saiba mais
Algumas características do desenvolvimento contribuem para que crianças pequenas fiquem mais vulneráveis a afogamentos. • Diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e consequentemente podem se afogar em baldes ou vasos sanitários; • O processo de afogamento é acelerado pela pequena massa corporal da criança; • As crianças não têm maturidade, nem experiência para sair de uma situação de emergência; • Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos responsáveis. Um mero descuido basta para que um afogamento ocorra. 16
“Prevenção é melhor que qualquer vacina”, alerta a Dra. Simone Abib, cirurgiã pediatra e presidente do CONSELHO DA CRIANÇA SEGURA.
Out ra boa dica para evitar
riscos é ensinar os pequenos sobre as condutas de
segurança e ser o exemplo.
Nós somos os modelos para nossos filhos.
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Afogamento. Primeiros socorros para as crianças.
Se uma criança estiver se afogando e não for resgatada rapidamente poderá se asfixiar. A criança pode se afogar até em cinco centímetros de água. Por isso muita atenção quando estiver perto de um balde, tanque, banheira, rio, piscina ou água dapraia. Qualquer descuido pode ser fatal. Afogamento é a quarta causa de morte acidental em adultos e a terceira em crianças e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, pela imensidão de rios e o tamanho do litoral representam fatores de risco para que os afogamentos sejam muito preocupantes. 18
O que fazer em
caso de afogamento? No caso de afogamento em grande quantidade de água, a primeira coisa é resgatá-la, se possível sem entrar na água. • Veja se a criança está respirando. Se estiver coloque-o de lado para expelir a água que bebeu. • Se não estiver respirando, aplique a respiração boca a boca e massageie o tórax da criança. Recuperar a respiração o mais rápido possível é muito importante para evitar que a criança sofra alguma lesão cerebral. • Procure deixar a cabeça da criança numa posição mais baixa que o peito para evitar que se afogue com seu próprio vômito. • No caso de afogamento em grande quantidade de água, a primeira coisa é resgatá-la, se possível sem entrar na água. 19
• Veja se a criança está respirando. Se estiver coloque-o de lado para expelir a água que bebeu.
• Se não estiver respirando, aplique a respiração boca a boca e
massageie o tórax da criança. Recuperar a respiração o mais rápi-
do possível é muito importante para evitar que a criança sofra alguma lesão cerebral.
• Procure deixar a cabeça da criança numa posição mais baixa que o peito para evitar que se afogue com seu próprio vômito.
• Leve a criança para um lugar mais quentinho e seco mais próximo possível e coloque cobertores ou algo que a aqueça.
• Confira sua respiração e pulso. Se estiver consciente, coloque-a em posição de recuperação e controle sua respiração. • Acalme a criança. • Troque suas roupas úmidas e isole-a do frio. • A criança deve receber ajuda médica imediatamente, assim que possível. 20
Crianças devem aprender a nadar com ins t rutores
qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar,
devem aprender também;
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