Teatro Municipal do Porto . Temporada 2015 . Jan Fev Mar

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T E AT R O M U N IC I PA L DO PORTO

TEMPORADA 2015 ⁄ JANEIRO ⁄ FEVEREIRO ⁄ MARÇO

DANÇA • PERFORMANCE • TEATRO • PENSAMENTO MÚSICA • CINEMA • LITERATURA ENCONTROS • EXPOSIÇÕES • RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS WORKSHOPS • MARIONETAS • NOVO CIRCO

SEASON 2015 ⁄ JANUARY ⁄ FEBRUARY ⁄ MARCH D A N C E • P E R F O R M A N C E • T H E AT R E • T H O U G H T M U S I C • C I N E M A • L I T E R AT U R E MEETINGS • EXHIBITIONS • ARTISTIC RESIDENCIES WORKSHOPS • PUPPETRY • NEW CIR CUS


PAU L O C U N H A E S I LVA V E R E A D O R DA C U LT U R A

Um Teatro Municipal no coração de uma cidade é um órgão vital. É um coração dentro de um coração. Recriá-lo com os públicos do Porto significou acelerar esse batimento, alimentado por uma grande vontade de ver o palco crescer e o teatro “representar-se”, assumindo um papel de protagonista na cultura da cidade. Sim, “fez-se Teatro”, construíram-se dinâmicas que permitiram transformá-lo, durante os últimos meses, num projeto amplamente partilhado e participado, aberto à dança e a outras disciplinas, artisticamente distinto e erguido à imagem da cidade que o faz renascer. E ela não hesitou. O Teatro pertence-lhe. É para este modelo de Teatro que o nosso trabalho tem concorrido e que agora se materializa numa nova programação que alimenta a identidade e o quadro de valores que para ele definimos, há um ano atrás. Os seus dois polos, na sua diferença morfológica, geográfica e tática, complementam-se finalmente para compor um projeto que pretende chegar a diferentes comunidades (de públicos e de artistas) locais, nacionais e internacionais; complementam-se na mesma estratégia.

A Municipal Theatre in the heart of a city is a vital organ. It’s a heart within a heart. Recreating it with the audiences of Porto meant increasing that pulse, nourished by an enormous will to see the stage grow and the theatre representing itself, assuming a leading role in the city culture. Yes, we made theatre — we built dynamics which transformed it in the past few months into a widely shared project, open to dance and to other disciplines, artistically distinct and erected in the light of the city that made it rise once again. And the city didn’t flinch. The city owns its Theatre. This is the model of Theatre for which we converged our efforts, now materialized on a programme that feeds the identity and values we have defined for it a year ago. Its two hubs with their morphological, geographical and tactical differences, complement each other to finally bring forth a project to reach different local, national and international communities (of public and artists). They complement one another on the same strategy. After a kick-start period marked by unforgettable moments and audience numbers — like those of O Rivoli Já Dança! and other projects that took place (from cinema to the Forum of the Future) – we have no doubt that our Theatre is back and it is once again a serious case in the panorama of the performing arts, here and there, now and hereafter. For this reason, it will also be one of the HAPPINESS territories in 2015 – a traversal theme to this year’s activities of the Culture Cabinet of the City Council of Porto. — Paulo Cunha e Silva Councillor for Culture

Depois de um período de arranque marcado por inesquecíveis momentos e correntes de público – como foram os d’ O Rivoli já Dança! e de outros projetos que aqui decorreram (do cinema ao pensamento, nomeadamente o Fórum do Futuro) – não temos dúvidas que o nosso Teatro está de regresso e que é, novamente, um caso (a) sério no panorama das artes performativas, aqui e ali, agora e depois.

Encontre este selo no decorrer da Agenda e identifique os momentos da programação associados ao tema. Look for this seal in our Programme and find which moments are associated with this topic.

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

Fotografia © José Caldeira

Será também por isso em 2015 um dos territórios de FELICIDADE (tema transversal à atividade do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto, este ano).


TIAGO GUEDES DIRETOR

O Teatro Municipal do Porto, através dos seus dois polos, Rivoli e Campo Alegre, apresenta um programa multidisciplinar, aberto a várias latitudes e a diversos tipos de público, executando a estratégia implementada pelo Pelouro da Cultura desde a sua reabertura em setembro de 2014. O arranque oficial da temporada 2015 tem lugar a 24 de janeiro, celebrando o 83º Aniversário do Teatro Municipal Rivoli (inaugurado a 20 de Janeiro de 1932), com a apresentação de um programa que atravessa diferentes áreas artísticas. Dança, performance, teatro, pensamento, cinema, música, literatura, exposições, marionetas e novo circo serão apresentados com regularidade, reforçando projectos que foram essenciais à reabertura do Teatro Municipal como o ciclo O Rivoli Já Dança! ou o Fórum do Futuro. O equilíbrio entre o que se faz na cidade, o que circula no país e o que de internacional se passará a apresentar no Porto fará deste Teatro um verdadeiro lugar de descobertas e confirmações artísticas. Um sítio onde diferentes abordagens serão programadas e apresentadas em múltiplas escalas, podendo acontecer num pequeno camarim, num sub-palco, num foyer ou nos diferentes auditórios.

Teatro Municipal do Porto, through its two hubs - Rivoli and Campo Alegre - presents a multidisciplinary programme open to a wide range of latitudes and different kinds of audiences, carrying out the strategy laid out by the Culture Department since its reopening in September 2014. The official start of the 2015 programme is on January 24th, with the celebration of the 83rd Anniversary of Teatro Municipal Rivoli (the opening was on January 20th 1932), with the presentation of a programme spanning different artistic fields. Dance, performance, theatre, thought, cinema, music, literature, exhibitions, puppetry and new circus will have a regular presence, reinforcing projects that were pivotal to the reopening of Teatro Municipal, like O Rivoli Já Dança! and the Forum of the Future. The balance between what is done in this city, what is shown around the country and the international programme that will be shown in Porto from now on, will make this Theatre a venue for discovery and artistic confirmations. It will be a place where different approaches are programmed and presented on different scales, from a small dressing room to the under stage, the lobby or the different auditoriums. Artists, companies and projects live together in the city of Porto, resiliently developing a body of work of the utmost importance. Our programme will reveal some of those projects in co-production, premiere or repeat, with the presence of artists and companies that shape the cultural fabric of this city. Teatro Municipal will also be a mandatory stage for many Portuguese shows, challenging artists to propose encounters with the audience and the artistic community.

Na cidade do Porto convivem artistas, companhias e projetos que, de forma resiliente, têm desenvolvido um trabalho de enorme importância. A nossa programação revelará alguns desses projetos em coprodução, estreia ou reposição, tendo presença regular artistas e companhias que caracterizam o tecido cultural da cidade. O Teatro Municipal será também ponto de passagem obrigatória para muitos espetáculos nacionais, desafiando os artistas a propor encontros com o público e com a comunidade artística. A programação internacional será uma constante, ancorada em espetáculos de dança que darão resposta à enorme procura por parte do público. Neste primeiro trimestre apresentaremos espetáculos oriundos da Suíça, Reino Unido, África do Sul, França, Bélgica e Brasil.

Será também nestes primeiros meses que iniciaremos o projeto “Performance...Again!” com curadoria de Vera Mota, um programa de reflexão alargada sobre a história da performance, e “Imagens Migratórias” com curadoria de Alexandra Balona, um atlas de imagens à volta de determinados artistas da temporada. Acolheremos mais uma edição do Fantasporto e daremos continuidade às Quintas de Leitura. Uma intimista exposição que cruza os olhares de Álvaro Siza e de Giovanni Chiaramonte ocupará Foyer do 3º piso do TM Rivoli, servindo assim de arranque a uma ocupação contínua deste espaço polivalente. O cinema terá presença regular tanto no TM Campo Alegre, com as sessões diárias da Medeia Filmes, como no TM Rivoli, onde todas as terças-feiras várias estruturas da cidade terão espaço para apresentar sessões especiais. Já o CAMPO ABERTO - Programa de Residências Artísticas e Bolsas de Criação será um dos pilares do desenvolvimento artístico de várias companhias e artistas da cidade. No TM CamThe international programme will always be present, anchored to dance po Alegre oito companhias, projetos e performances that will respond to the great audience demand. In this first trimester we will present performances from Switzerland, United King- diversos artistas irão desenvolver residom, South Africa, France, Belgium and Brazil. In these first few months dências de curta e longa duração que we will also start the projects “Performance… Again!” curated by Vera Mota – a programme of broad reflection on the history of performance; compreendem espaços de produção, and “Das Imagens Migratórias” curated by Alexandra Balona – an atlas of images around certain artists presented this season. We will welcome ensaios e apresentação. another edition of Fantasporto and continue with Quintas de Leitura. Foram ainda atribuídas bolsas a seis An intimistic exhibition crossing the visions of Álvaro Siza and Giovanni Chiaramonte will take on the 3rd floor lobby of TM Rivoli, thus beginning jovens artistas, promovendo e impulthe continuous use of this versatile space. sionando, desta forma, novas ideias Cinema will have a frequent presence in TM Campo Alegre, with daily sessions by Medeia Filmes, and in TM Rivoli, where every week several local e dinâmicas de criação. organisations will have a space to present special screenings. The Artistic Residency Programme and Creation Grants – CAMPO ABERTO – will be a pillar for the artistic development of many companies and artists of this city. In TM Campo Alegre, eight companies and projects will develop short and long term residencies, comprising production facilities, rehearsal studios and stage performances. We’ve also granted six grants to young artists, promoting and propelling new ideas and creation dynamics. O PARALELO – Approach Programme to Performing Arts will be made of different projects and mediation actions, approaching different audiences to different performances in an active, creative and critic way, widening the range of a traditional educational service. It is also good to mention that an appealing season tickets programme – adaptable to each person – is now available, and that our box office policy considers the socioeconomic reality of the city and its region, so that everyone may experience the vast programme of Teatro Municipal do Porto. Enjoy your Theatre to the fullest! — Tiago Guedes Director

O PARALELO - Programa de Aproximação às Artes Performativas será constituído por diferentes projetos, espetáculos e ações de mediação que aproximarão, de forma criativa, ativa e crítica os diferentes públicos aos mais diversos espetáculos, alargando assim o raio de ação de um tradicional serviço educativo.

De referir ainda que um aliciante programa de assinaturas, que poderá ser construído à medida de cada um, é lançado desde já e que a nossa nova política de bilheteira teve em conta o panorama socioeconómico da cidade e da região, de forma a que todos possam usufruir da vasta programação do Teatro Municipal do Porto. Aproveitem ao máximo o vosso Teatro!


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FOCOS

PA R A L E L O PROGRAMA DE APROXIMAÇÃO ÀS ARTES PE R F OR M AT I VA S

HIGHLIGHTS

APPROACH PROGRAMME

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TO PERFORMING ARTS

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DANÇA ⁄ PERFORMANCE DANCE / PERFORMANCE

P. 3 2 TEATRO ⁄ MARIONETAS T H E AT R E / P U P P E T R Y

CAMPO ABERTO PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS E BOLSAS DE CRIAÇÃO ARTISTIC RESIDENCIES PROGRAMME AND C R E AT I O N G R A N T S

P. 4 4 MÚSICA

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MUSIC

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QUEM ÉS? O QUE FAZES?

CINEMA

W H AT D O YO U D O ?

WHO ARE YOU? CINEMA

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LITERATURA ⁄ EXPOSIÇÕES

INFORMAÇÕES

L I T E R AT U R E / E X H I B I T I O N S

I N F O R M AT I O N S

C O N S U LTA R C A L E N D Á R I O / S E E C A L E N D A R

Fotografia © José Caldeira

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SÁB 24 JAN

83º ANIVERSÁRIO T E AT RO M U N IC I PA L RIVOLI 8 3 RD A N N I V E R S A R Y

T E AT R O • M Ú S I C A / 1 1 H 0 0 & 1 4 H 3 0 PEQUENO AUDITÓRIO

PERFORMANCE / DAS 20H00 ÀS 23H00 FOYER DA ENTRADA

S OPA N U V E M ⁄

PROX I M (A)I DA DE ⁄

C O M PA N H I A C A Ó T I C A [ PÁ G .36]

TA L E S F R E Y ( B R ) [ PÁ G .18]

CONFERÊNCIA / 16H30 PEQUENO AUDITÓRIO EXPOSIÇÃO • INAUGURAÇÃO / 17H30 FOYER 3º PIS O

DANÇA / 21H30 GRANDE AUDITÓRIO

A MEDIDA DO OCIDENTE V I A G E M N A R E P R E S E N TA Ç Ã O

⁄ Á LVA R O S I Z A & GIOVANNI CHIARAMONTE (IT) [ PÁ G .66]

L I T E R AT U R A / 1 8 H 3 0 V Á R I O S E S PA Ç O S

A P O E S I A À S O LTA ⁄ ANTÓNIO DURÃES AD OLFO LUXÚRIA CANIBAL TERESA COUTINHO PEDR O LAMARES SUSANA MENEZES [ PÁ G .67]

TARAB ESTREIA NACIONAL

⁄ LAU R E N C E YA D I & NICOLAS CANTILLON C O M PA G N I E 7 2 7 3 ( C H ) [ PÁ G .17]

MÚSICA • CABARET / 23H30 CAFÉ-CONCERTO

JÉRÔME MARIN

(FR)

ESTREIA NACIONAL [ PÁ G .46]

Junte-se ao Teatro Municipal do Porto nesta comemoração que presta homenagem à história do Rivoli e que agora abre portas para o que vai ser o seu futuro. Um Teatro tem sempre várias vidas, várias histórias e vários projetos que nele se inscrevem. O agora renomeado Teatro Municipal Rivoli, tem uma história que remonta a 1913 aquando da inauguração do então Teatro Nacional, que ficava situado onde agora se localiza o atual edifício e a contígua Caixa Geral de Depósitos. Das obras de reestruturação do Teatro Nacional, projeto do engenheiro José Júlio de Brito, sai o novo Teatro Rivoli, inaugurado a 20 de Janeiro de 1932, propriedade de Manuel Pires Fernandes e do Banco Borges & Irmão. Durante anos consecutivos, teatro, ópera, música, dança e cinema (a par da passagem do cinema mudo para o sonoro) foram apresentados acompanhando as tendências nacionais e internacionais do momento. Em 1997, e após profundas obras de recuperação, o Rivoli reabre sob a direção de Isabel Alves Costa. Em 2014 é devolvido à cidade, fruto da implementação das políticas culturais de Rui Moreira e Paulo Cunha e Silva, e em 2015 uma nova temporada inicia sob a direção de Tiago Guedes. Está então marcado o arranque oficial da temporada 2015 para o dia 24 de janeiro, celebrando o 83º aniversário deste emblemático edifício da cidade. Este dia é comemorado com um intenso programa onde serão apresentados projetos de diversas disciplinas artísticas, regulares no decorrer da temporada. Um espetáculo de dança de uma das mais conceituadas companhias suíças da atualidade, uma peça de teatro e música para ver em família, uma performance no foyer, uma exposição que cruza os olhares de Álvaro Siza com os do fotógrafo Giovanni Chiaramonte, acompanhada por um encontro, um percurso poético por sítios normalmente interditos ao público e um inusitado cabaret no sub-palco farão deste um dia de descoberta e partilha. Join the Teatro Municipal do Porto in this celebration and pay tribute to the history of Rivoli in this reopening of its doors into the future. A Theatre has many lives, many stories and many projects inlaid. The newly renamed Teatro Municipal Rivoli has a history that goes back to 1913, when Teatro Nacional was inaugurated in this very spot, stretching to the area where Caixa Geral de Depósitos is now located. From the restructuring project of Teatro Nacional, by architect José Júlio de Brito, Teatro Rivoli is born. Inaugurated on January 20th 1932, owned by Manuel Pires Fernandes and Banco Borges & Irmão. For many years, theatre, opera, music, dance and cinema (from silent to sound movies) were regularly presented, following the national and international trends of the ages. In 1997 Rivoli reopens after a deep refurbishing, under the direction of Isabel Alves Costa. In 2014 Rui Moreira and Paulo Cunha e Silva implement new cultural policies, giving the theatre back to the city. In 2015 a new season begins under the direction of Tiago Guedes. The official launch of the 2015 season will be on January 24th, celebrating the 83rd anniversary of the city’s iconic building. This day will be celebrated with an intense programme, presenting projects from different artistic disciplines that shall maintain a regular presence throughout the season. A dance performance from one of the most outstanding Swiss dance companies; a musical theatre play for the whole family; a performance in the theatre’s lobby; an exhibition that crosses the visions of Álvaro Siza and photographer Giovanni Chiaramonte, accompanied by a meeting; a poetic route through the restricted areas of the building and a cabaret at our understage will make for a full day of shared discovery.


TER 10 A DOM 15 MAR

BILHETE CONJUNTO

FOCO BRASIL

20,00 EUROS

SEX 20 A DOM 22 MAR

BILHETE CONJUNTO

FOCO MARIONETAS

15,00 EUROS

FOCUS BRAZIL ⁄ T E AT RO M U N IC I PA L R I VOL I

FOCUS PUPPETRY ⁄ T E AT RO M U N IC I PA L R I VOL I

Um programa dedicado ao cinema e às artes performativas do Brasil.

CINEMA TER 10 A QUI 12 MAR / 22H00 PEQUENO AUDITÓRIO

CICLO DE CINEMA ⁄ R I CA R D O A LV E S J R . MARCELO PEDROSO ADIRLEY QUEIRÓS GABRIEL MASCARO CINTHIA MARCELLE T I A G O M ATA M A C H A D O TIÃO [ PÁ G .60— PÁ G .62]

DANÇA SEX 13 MAR ⁄ 15H00 & 19H00 PEQUENO AUDITÓRIO

3 SOLOS EM 1 TEMPO ⁄ DENISE STUTZ [ PÁ G .28]

DANÇA SEX 13 MAR ⁄ 21H30 GRANDE AUDITÓRIO

MATADOURO ⁄ MARCELO EVELIN DEMOLITION INC. [ PÁ G .29]

ENCONTRO SÁB 14 MAR ⁄ DAS 14H30 ÀS 18H00 PEQUENO AUDITÓRIO

OFICINA DO PENSAMENTO ⁄ MARCELO EVELIN DEMOLITION INC. [ PÁ G .81]

O FOCO BRASIL é um percurso multidisciplinar pelo trabalho de autores e artistas oriundos deste país, nas áreas da dança, da performance e do cinema, representativos da produção artística contemporânea brasileira. Para além dos momentos de apresentação e mostra destes trabalhos, há espaço ainda para a reflexão, que pontuará o programa através de encontros e conversas. A programme dedicated to cinema and performing arts in Brazil. A multidisciplinary trajectory through the work of Brazilian artists in dance, performance art and cinema, representing Brazilian contemporary artistic production. Along with the presentation of these works there is room for reflection, with meetings and talks.

No dia 21 de março comemora-se o Dia Mundial da Marioneta, celebrado com um preenchido fim-de-semana dedicado a uma das mais inventivas disciplinas artísticas com forte expressão na cidade.

M A R I O N E TA S SEX 20 MAR / 21H30 PA L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O

NO TA L LW H OWA N D E R A R E L O S T ⁄ BENJAMIN VERDONCK (BE) [ PÁ G .42]

PERFORMANCE SÁB 14 MAR ⁄ DAS 16H00 ÀS 19H00 FOYER 3º PISO

DANÇA DOM 15 MAR ⁄ 15H00 PEQUENO AUDITÓRIO

COLEÇÃO ⁄

REVERSO ⁄

PRIS CILLA DAVANZO [ PÁ G .30]

TA L E S F R E Y [ PÁ G .31]

DANÇA SÁB 14 MAR ⁄ 21H30 PA L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O

ENCONTRO DOM 15 MAR ⁄ 16H00 PEQUENO AUDITÓRIO

FINITA ⁄

BRASIL PERFORMATIVO ⁄

DENISE STUTZ [ PÁ G .28]

N AY S E L O P E Z DENISE STUTZ MARCELO EVELIN TA L E S F R E Y PRIS CILLA DAVANZO [ PÁ G .81]

MÚSICA ⁄ DJ SÁB 14 MAR ⁄ 23H30 CAFÉ-CONCERTO

DJ DEMOLITION INC. ⁄ DEMOLITION INC.

DANÇA DOM 15 MAR ⁄ 18H00 PA L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O

PENSAMENTO SÁB 21 MAR ⁄ 18H00 FOYER 3º PISO

No Porto são várias as companhias e projetos que têm dedicado especial atenção às marionetas e, em outubro, o FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto terá no Teatro Municipal o seu quartel-general. Lançou-se então o desafio ao Teatro de Marionetas do Porto, para a reposição de um dos seus mais recentes espetáculos — “Pelos Cabelos” — ­ eo desenvolvimento de um workshop para crianças. Foram também convidados Igor Gandra, a estrear a mais recente criação, “Objeto Encontrado Perdido”, do Teatro de Ferro, e o multidisciplinar artista belga, Benjamin Verdonck, a apresentar “notallwhowanderarelost” e a instalar a sua gigante maquete animada no palco do Grande Auditório. March 21st is the World Puppetry Day. Teatro Municipal celebrates it with a weekend dedicated to one of the most inventive artistic disciplines with a strong presence in this city. Porto has several companies and projects dedicated to pup-

IMAGENS MIGRATÓRIAS #2 ⁄

petry, and in October we will host and headquarter FIMP – International Puppetry

ALEXANDRA BALONA BENJAMIN VERDONCK (BE) R U I CATA L Ã O PETER T’JONCK (BE) [ PÁ G .75]

dra was invited to premiere his most recent creation “Objecto Encontrado Perdido”

Festival of Porto. Teatro de Marionetas do Porto was challenged to repeat one of their recent creations “Pelos Cabelos” and to develop a workshop for children. Igor Ganfrom Teatro de Ferro. The multidisciplinary Belgian artist Benjamin Verdonck was also invited to present “notallwhowanderarelost” and install his gigantic animated scale model on the stage of the Auditorium.

M A R I O N E TA S SÁB 21 MAR ⁄ 19H00 PEQUENO AUDITÓRIO

WORKSHOP DOM 22 MAR / DAS 10H30 ÀS 12H30 SALA DE ENSAIO S

ENCONTRO DOM 22 MAR / 17H00 PEQUENO AUDITÓRIO

OBJECTO ENCONTRADO PERDIDO

PELOS CABELOS ⁄

ESTREIA

T E AT R O D E M A R I O N E TA S DO PORTO [ PÁ G .78]

A CRIAÇÃO CONTEMPORÂNEA: O QUE PODE UMA M A R ION E TA? ⁄

⁄ T E AT R O D E F E R R O [ PÁ G .43]

M A R I O N E TA S SÁB 21 MAR / 21H30 PA L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O

FINITA ⁄

NO TA L LW H OWA N D E R A R E L O S T ⁄

DENISE STUTZ [ PÁ G .28]

BENJAMIN VERDONCK (BE) [ PÁ G .42]

M A R I O N E TA S DOM 22 MAR / 15H00 PEQUENO AUDITÓRIO

PELOS CABELOS ⁄ T E AT R O D E M A R I O N E TA S DO PORTO [ PÁ G .43]

EUGÉNIA VAS QUES ISABEL BARROS IGOR GANDRA JÚLIO VANZELER CHRISTINE ZURBACH [ PÁ G .81]


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T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

DANÇA ⁄ PERFORMANCE DANCE ⁄ PERFORMANCE

M A R C O D A S I LVA F E R R E I R A / H U ( R ) M A N O [ PÁ G . 1 6 ] L A U R E N C E YA D I & N I C O L A S C A N T I L L O N – C O M PA G N I E 7 2 7 3 ( C H ) / TA R A B [ P Á G . 1 7 ] TA L E S F R E Y ( B R ) / P R O X I M I D A D E + R E V E R S O [ PÁ G . 1 8 E PÁ G . 3 1 ] P E R F O R M A N C E . . . AGA I N ! # 1 [ PÁ G . 1 9 ] J O A N A V O N M AY E R T R I N D A D E / N A M E L E S S N AT U R E S [ PÁ G . 2 0 ] F LÁV I O R O D R I G U E S / B E V Y V E R S E $ + C Y R I L V I A L L O N ( F R ) / P R É F É R E N C E [ P Á G . 2 1 ] ( B A L L E T E AT R O ) G R E G O R Y M A Q O M A ( R S A ) – C O M PA N H I A I N S TÁ V E L / F R E E [ P Á G . 2 2 ] J O N AT H A N B U R R O W S & M AT T E O FA R G I O N ( U K / I T ) / B O T H S I T T I N G D U E T + B O DY N O T F I T F O R P U R P O S E . C H E A P L E C T U R E + T H E C OW P I E C E [ PÁ G . 2 3 E PÁ G . 2 4 ] SA R A M A N E N T E ( I T ) , M A R C O S S I M Õ E S , V O N CA L H AU ! / T H I S P LAC E [ PÁ G . 2 5 ] ( N E C — N Ú C L E O D E E X P E R I M E N TA Ç Ã O C O R E O G R Á F I C A ) CATA R I N A M I R A N D A / S H A R K + J O A N A CA S T R O / PA R T Í C U L A S D O U R A D A S N U M M U N D O Q U A S E S E M P R E V E S T I D O D E P R E T O [ PÁ G . 2 6 ] ( PA L C O S I N S TÁ V E I S — ­ C O M PA N H I A I N S TÁ V E L ) F LÁV I O R O D R I G U E S / G . O . D . — G O D D E S S O F D E S I R E [ PÁ G . 2 7 ] D E N I S E S T U T Z ( B R ) / 3 S O L O S E M 1 T E M P O + F I N I TA [ PÁ G . 2 8 ] M A R C E L O E V E L I N ( B R ) / M ATA D O U R O [ PÁ G . 2 9 ]

Fotografia © Direitos Reservados

P R I S C I L LA D AVA N Z O ( B R ) / C O L E Ç Ã O [ PÁ G . 3 0 ]

Tarab Laurence Yadi & Nicolas Cantillon – Compagnie 7273 (CH)


SEX 23 JAN ⁄ 21H30

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SÁB 24 JAN ⁄ 21H30

HU(R)MANO

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TARAB

R E MON TAG E M ⁄ C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O C OA PR E S E N TAÇ ÃO C OM C OM PA N H I A I NS TÁV E L ⁄ PA L C O S I NS TÁV E I S ⁄ M A R C O DA S I LVA F E R R E I R A ⁄ AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE 7,50 EUR • M/12

ESTREIA NACIONAL ⁄ L AU R E NC E YA DI & N IC OL A S C A N T I L LON C O M P A G N I E 7 2 7 3 (C H ) ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 10,00 EUR • M/12

Marco da Silva Ferreira desenvolve uma reflexão coreográfica sobre as relações humanas através da dança.

Os coreógrafos Laurence Yadi e Nicolas Cantillon questionam a identidade humana num mundo em constante mudança.

Neste espetáculo é desenvolvida uma reflexão não-verbal sobre as relações e interações existentes entre o denominado “eu humano” e o chamado “nós urbano”. Em “Hu(r)mano”, os intérpretes elevam-se a uma atmosfera paralela ao real, uma dimensão coletiva de consciência do “movimento humano urbano”. Esta é uma busca constante do significado da dança enquanto produto abstrato, uma procura partilhada, que se gera de forma intuitiva e em grupo, numa relação de significados e estares destes “humanos-transumanos”. Marco da Silva Ferreira remonta esta produção, numa performance que promete deixar pistas consistentes para o futuro.

Num palco despido de vida, dez corpos seguem uma rotina de movimento que não os diferencia dos demais. São como uma coluna vertebral gigantesca, com movimentos ligeiros, hipnóticos, como se de um ritual se tratasse. Um ritmo, uma lufada de ar fresco e/ou quente que chega de parte incerta, que leva os intérpretes para parte desconhecida. São como seres com identidade, volumes que adquirem várias identidades, características que os vão modificando conforme a viagem. Laurence Yadi e Nicolas Cantillon, dois seres universais que partem do território (seu e dos outros) para o mundo (que é seu mas é de todos) criam uma nova peça centrada na identidade humana — o que é ser e estar num mundo em constante mudança. Neste novo espetáculo, os dois coreógrafos recuperam o misticismo oriental, com os movimentos ondulantes típicos de uma cultura do mundo a cruzarem-se com as influências urbanas, como o funk, o rock ou o R&B (aqui personificando uma cultura do mundo, massificada).

Marco da Silva Ferreira reflects on human relations through contemporary and urban dance. In “Hu(r)mano” the dancers are elevated to a parallel atmosphere, a collective dimension of consciousness of the ‘urban human movement’. It’s a constant search for the meaning of dance as an abstract product, a shared research, which generates intuitively within a group, in a relation of meanings and presences of these ‘trans-human humans’. Marco da Silva Ferreira restages this piece in a performance

Choreographers Laurence Yadi and Nicolas Cantillon question human identi-

that promisses to leave consistent clues for the future.

ty in a world in permanent change. Laurence Yadi and Nicolas Cantillon, are two universal beings who leave the territory (theirs and other’s) into the world (which is

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

theirs but everyone else’s) and create a new piece based on human identity (how is it

professional dancer since 2008, with choreographers like André Mesquita, Hofesh Schechter, Sylvia Rijmer, Tiago Guedes and Victor Hugo Pontes.

PA R A L E L O

CAMPO ABERTO

CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0

RESIDÊNCIA DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 6 RESIDÊNCIA DE C U R TA D U R A Ç Ã O PÁ G . 8 8

take up eastern mysticism, with undulating movements typical of a world culture, mixDireção e coreografia Marco da Silva Ferreira • Assistência de direção Mara Andrade • Interpretação Anaísa Lopes, André Cabral, Marco da Silva Ferreira e Vítor Fontes • Direção técnica e desenho de luz Wilma Moutinho • Música Rui Lima e Sérgio Martins • Cenografia Marco da Silva Ferreira • Figurinos Marco da Silva Ferreira • Produção executiva Marco da Silva Ferreira e Joana Ferreira • Produção Pensamento avulso, associação de artes performativas

ing it with urban influences like funk, rock or R&B (embodying a mass world culture).

Fotografia © Direitos Reservados

Marco da Silva Ferreira was born in 1986, in Santa Maria da Feira. He works as a

like being in a world in constant change?). In this new piece, the two choreographers

Fotografia © João Vidal

Marco da Silva Ferreira nasceu em 1986 em Santa Maria da Feira. Trabalha profissionalmente em dança desde 2008, com coreógrafos como André Mesquita, Hofesh Schechter, Sylvia Rijmer, Tiago Guedes e Victor Hugo Pontes. Como coreógrafo estreou-se em 2012 com o solo “Nevoeiro 21”.

Nicolas Cantillon nasceu em 1972, em Melun, e Laurence Yadi nasceu em Argenteuil, França, em 1973. Ambos têm dividido as vidas pessoais e profissionais entre França e Suíça. A primeira peça criada em conjunto chama-se “La Vision du lapin” e data de 2003. Nicolas Cantillon and Laurence Yadi split their personal and professional lives between France and Switzerland. They created their first piece together in 2003. It is called ‘La Vision du Lapin’.

PA R A L E L O WORKSHOP PÁ G . 7 7

Conceção e Coreografia Laurence Yadi, Nicolas Cantillon • Interpretação Aline Lopes, Gabriela Gomez, Gildas Diquero, Karima El Amrani, Lola Kervroedan, Luc Bénard, Margaux Monetti, Nicolas Cantillon, Ryan Djojokarso, Victoria Hoyland • Desenho de Luz Patrick Riou • Música Jacques Mantica • Figurinos Olga Kondrachina • Direção Técnica Patrick Riou, Arnaud Viala • Colaboração Graziella Jouan, Nicolas Field, Sir Richard Bishop

Produção Compagnie 7273 • Coprodução Association pour la Danse Contemporaine de Genève, Arsenic de Lausanne, Gessnerallee Zürich, Südpol Lucerne, Reso - Réseau Danse Suisse, com o apoio de Pro Helvetia e Ernst Göhner Stiftung

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

83º ANIVERSÁRIO TM RIVOLI


SÁB 24 JAN ⁄ DAS 20H00 ÀS 23H00

SEX 6 FEV ⁄ 21H30 E SÁB 7 FEV ⁄ 16H00

PROXIM(A)IDADE

PERFORMANCE... AGAIN! #1

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⁄ PINTURA AINDA: ABANDONO E PERSISTÊNCIA CURADORIA DE VERA MOTA ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 EUR PROGRAMA INTEGRAL • M/12

PROGRAMA

Um corpo desconhecido está perdido num espaço vazio. Está sozinho, imóvel, como que (aparentemente) desprovido de vida. Mas um corpo que (aparentemente) não vive carrega em si a velocidade da vida de quem o olha. O corpo traz consigo, agarrado, como se fossem prolongamentos das veias, a cor de balões que esvoaçam com a passagem da vida de quem o olha, atenta, admira e se espanta com este sinal dos tempos. O corpo de Tales Frey é assim o campo simbólico para converter signos que marcam o ritual de passagem do aniversário em anúncios de proximidade da morte. O fim é o início e o início, que se comemora, pode afinal ser o fim.

DE 2 A 7 FEV / EM HORÁRIO CONTÍNUO

VÍDEOS DE YVES KLEIN ⁄ ANTHROPOMÉTRIE DE L’ÉPOQUE BLEUE (2’26), 1960 T H E H E A R T B E AT O F F R A N C E (2’49), 1961 Y V E S K L E I N M A K I N G F I R E PA I N T I N G S (9’03), 1962

Tales Frey sees birthdays as a moment of both death and rejuvenation of the human being. An unknown body is lost on a lifeless, stark empty space. The body is

alone and motionless, as if (apparently) devoid of life. But a body that (apparently)

FOYER DA ENTRADA

doesn’t live carries in itself the speed of life of the beholder. The body has the colour

Como poderá o aqui e agora de um passado existir num outro tempo, num outro lugar? Num momento em que a performance parece reafirmar-se como linguagem privilegiada para muitos artistas, tornando-se alvo de interesse também por parte de diferentes instituições, impõe-se considerar a importância da reconstituição da sua história, questionar e avaliar a pertinência da reposição de obras seminais, tomando esta hipótese como meio para uma reflexão em torno desta prática artística na contemporaneidade. “Performance... again!”, programa delineado pela performer Vera Mota, procura revisitar performances de referência, por meio da sua reprodução ou através da exibição de filmes que as documentam. “Pintura ainda: abandono e persistência”, primeiro momento deste programa, irá debruçar-se sobre a relação entre pintura e performance e as diferentes formas como se materializam na obra de alguns artistas, nomeadamente Yves Klein.

of balloons that flutter with the passing lives of those who attentively observe, adPERFORMANCE / CONCERTO SEX 6 FEV / 21H30

mire and wonders with the sign of the times.

SYMPHONIE MONOTON-SILENCE ⁄

Conceção Tales Frey • Contraregras Paulo Aureliano da Mata, Priscila Davanzo e Tânia Dinis

DE YVES KLEIN DIRIGIDA PELO MAESTR O R OLAND DAHINDEN 40 MIN.

“Performance... again!”, a programme curated by Vera Mota, in which notable performances are revisited either by reproduction or by showing them on film. “Pintura ainda: abandono e persistência” (Painting nevertheless: abandonment and persistence) is the first moment of this programme, focused on the relation between painting and performance, and the different ways they materialized in the work of some artists, namely, Yves Klein.

83º ANIVERSÁRIO TM RIVOLI

Tales Frey nasceu no Brasil, em 1982. É performer e dedica-se à vídeoarte, à encenação e à crítica de arte. O ritual, o corpo e a performance são os tópicos de destaque no seu trabalho académico e performativo. É fundador da Cia. Excessos e da Revista Performatus. Tales Frey was born in Brazil, in 1982. He is a performer dedicated to video art, theatre staging and art critic. Ritual, body and performance are the topics of his academic and artistic work.

PROJEÇÃO DE FILMES / PERFORMANCE SÁB 7 FEV / 16H00

Fotografia © Direitos Reservados

O aniversário é encarado por Tales Frey como momento de morte e rejuvenescimento do ser humano.

Fotografia © Direitos Reservados

PEQUENO AUDITÓRIO

PA I N T I NG FAC E D OW N – WHITE LINE D E PA U L M c C A R T H Y

VÍDEO / PERFORMANCE

A PA R T I R DE I L FAU T DANSER PORTUGAL DE ANTÓNIO OLAIO

ENCONTRO

MAGNUS AF PETERSENS ANTÓNIO OLAIO ⁄ M O D E R A Ç Ã O D E V E R A M O TA

⁄ PEQUENO AUDITÓRIO

Vera Mota, artista plástica e performer, vive e trabalha no Porto. É licenciada em Artes Plásticas – Escultura, pela Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto. Frequentou o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica pelo Fórum Dança. Em 2008 conclui o Mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas, com uma tese dedicada à investigação da performatividade e presença do corpo na obra de arte. Vera Mota is a visual artist and a performer. She has a degree in Sculpture. She attended the Research and Choreographic Creation Course from Fórum Dança. In 2008 she concluded her Masters in Contemporary Artistic Practices.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

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⁄ T A L E S F R E Y (BR) ⁄ FOYER DA ENTRADA TM RIVOLI ENTRADA GRATUITA • M/6

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SÁB 7 FEV ⁄ 19H30

QUA 11 & QUI 12 FEV ⁄ 21H30

NAMELESS NATURES

BEVY VERSE$ + PREFÉRENCE BALLETEATRO ⁄ F L ÁV IO RODR IGU E S ⁄ C Y R I L V I A L L ON ⁄ AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE 5,00 EUR • M/12

O ato fotográfico é visto como mediador de uma relação entre o visível e o invisível.

O programa apresentado vai ao encontro de uma das principais missões do Balleteatro: o trabalho com jovens intérpretes e criadores, que tem como finalidade a exibição em contexto profissional de bailarinos e atores em início de carreira. This programme reflects one of the main missions of Balleteatro: the dedication to young performers and creators, aiming to show in a professional setting their work as actors and dancers starting a professional career.

The action of taking a picture is seen as a go-between linking what’s visible and invisible. “Nameless Natures” is focused on the photographic image and the potential framing of the figure. With documents, contexts and concepts, it triggers composition on stage through resistance, persistence, chaos and excess. The estab-

“Preférence” é uma proposta que reflete sobre as questões de género, a comunicação entre homem e mulher, ou outras. Nesta peça o coreógrafo Cyril Viallon questiona a importância do género na sociedade: ser mulher, delicada e ternurenta; ser homem, forte e viril; ser homem e/ou mulher e não se enquadrar nos padrões estabelecidos pela sociedade. Falar e viver o humano sempre foi um tema que interessou o coreógrafo francês, que, pela sexta vez, colabora com o Balleteatro. “Preférence” is a proposal that reflects on gender issues,

“Bevy Verse$”, de Flávio Rodrigues, é a continuação de um projeto iniciado em 2014, VERSE$. Nesta nova versão pretende-se a sua reconstrução e recriação, desta vez com um coletivo de corpos. Em BEVY VERSE$ a ideia de grupo ou comunidade é recorrente. Noções como “manifesto”, “um só corpo”, “aglomeração”, “sobreposição”, “tempestade”, “conflito”, “o pop” e “as massas” são pontos de partida para dar lugar a um corpo vivo e enérgico.

Fotografia © Direitos Reservados

CAMPO ABERTO RESIDÊNCIA DE C U R TA D U R A Ç Ã O PÁ G . 8 8

lished relation is immediate, with well-defined senders/receivers: body (the performer) in a field of vision (the audience), generating a sequence of photograms of what is visible, and an invisibility even more visible than what we see with the naked eye.

Conceção, Criação e Coreografia Joana von Mayer Trindade • Cocriação e Interpretação Bruno Senune e Lee Meir • Som Jonathan Uliel Saldanha • Consultor Artístico Hugo Calhim Cristovão • Residência Artística Atalaia Artes, Companhia Instável, O Espaço do Tempo • Apoio à Criação Fundação Calouste Gulbenkian

(FR)

Joana von Mayer Trindade é coreógrafa, performer e professora. Fundadora, com Hugo Calhim Cristovão, da NuIsIs ZoBoP. É licenciada em Psicologia pela Universidade do Porto e mestre SODA - Solo Dance Authorship, pela Universidade das Artes de Berlim. Joana von Mayer Trindade is a choreographer, performer and teacher. She founded NuIsIs ZoBoP, and has a degree in Psychology from the University of Porto and a SODA masters - Solo Dance Authorship by the Berlin University of the Arts.

Direção Flávio Rodrigues • Interpretação Ana Ester Ribeiro, Ana Lia Moura, Ana Margarida Silva, Ana Maria Ferreira, António Teixeira, Bruna Silva, Diana Moreira, Inês Macedo, Isa Silva, Iuri Costa, Joana Silva, João Costa, Mariana Marcelino, Patrícia Viana, Paula Barata, Raquel Dos Santos, Raquel Nicolau, Rita Ribeiro, Sara Araújo, Sara Gonçalves, Sara Moreira, Sebastião Beki, Tânia Tedim, Telma Gomes, Tiago Martins, Vanessa Cunha [alunos do 2º Ano do curso de dança do Balleteatro Escola Profissional] • Produção executiva Tiago Oliveira • Produção Balleteatro

on communication between man, woman and other gender identities. In this piece, choreographer Cyril Viallon questions the importance of gender in our society: being a woman, tender and delicate; being a man, virile and strong; being a man and/or woman and not fitting in society’s established models.

Coreografia Cyrill Viallon • Interpretação Afonso Cunha, Ana Filipa Sousa, Ana Rita Silva, Andreia Alpuim, Ândria Gonçalves, Bárbara Sequeira, Beatriz Machado, Beatriz Martins, Bruno Santos, Catarina Teixeira, Filipa Duarte, Gabriela Barros, José Meireles, Katycilanne Reis, Luana Andrade, Márcio Duarte, Maria Inês Portela, Paulo Faria, Raquel Santos, Renata Calado, Rui Machado, Sara Barbosa [alunos 3º ano do curso de dança do Balleteatro Escola Profissional] • Produção Executiva Tiago Oliveira • Produção Balleteatro

“Bevy Verse$” by Flávio Rodrigues, is the sequel to a project started in 2014, VERSE$. In this new version, he sought for its reconstruction and recreation, but this time with several bodies.

Flávio Rodrigues nasceu em 1984, em Vila Nova de Gaia. Em 2006 conclui o curso de Dança no Balleteatro Escola Profissional. Atualmente trabalha como coreógrafo e performer. É professor no Balleteatro. Flávio Rodrigues was born in 1984 in Vila Nova de Gaia. In 2006 he finished the dance course at Balleteatro Professional School, where he currently teaches. He works as both choreographer and performer.

Cyril Viallon começou a dançar em 1983. Criou a Cariátides Companhia em 1996, em Lille. Desde 2003, a Companhia faz parte do Collectif Jeune Public Nord-Pas-de-Calais e do Conselho Internacional de Dança. Cyril Viallon created the Compagnie Caryatides in Lille, 1996. Since 2003, the company is part of the Collectif Jeune Public Nord-Pas-de-Calais and the International Dance Council, in France.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

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⁄ JOA NA VON M AY E R T R I N DA DE ⁄ CAFÉ-CONCERTO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/12

“Nameless Natures” centra-se na imagem fotográfica e no enquadramento potenciado pelo elemento figurativo. Através de documentos, contextos e conceitos provoca a composição performativa através da resistência, persistência, o caos e o excesso. A relação que se cria é direta e com emissores/recetores bem definidos: o corpo (performer) num campo de visão (espetador), que gera uma sequência de fotogramas do que é visível e de um invisível ainda mais visível que aquele que descortinamos a olho nu. Um invisível que é transgressor e transcendente, que polvilha o que se desconstrói, o que se constrói, o que se movimenta, partindo de premissas base como a sua natureza, o seu significado, o seu objetivo e os seus efeitos. Tal como o título o indica, estas são imagens sem nome, sem discurso, numa contraposição que inverte o significado usual da expressão “natureza morta”.

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Fotografia © Direitos Reservados

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SÁB 14 FEV ⁄ 21H30

SEX 20 FEV ⁄ 21H30

FREE

BOTH SITTING DUET + BODY NOT FIT FOR PURPOSE ESTREIA NACIONAL ⁄ JONATHAN BURROWS & MATTEO FARGION (UK ⁄ IT) ⁄ PA L C O D O G RA N DE AU DI T ÓR IO T M R I VOL I 10,00 EUR • M/12

Gregory Maqoma constrói uma ode ao continente africano, local que percorre toda a sua obra coreográfica.

IMAGENS M I G R AT Ó R I A S PÁ G . 7 5 WORKSHOP PÁ G . 7 7

Gregory Maqoma é natural do Soweto, onde nasceu em 1973. Formouse na P.A.R.T.S., na Bélgica, e colaborou com diferentes criadores, entre os quais Akram Khan, na peça “Variations for Vibes, Strings & Pianos”, um trabalho comemorativo dos 70 anos do compositor Steve Reich.

Fotografia © Ben Parks

África é um continente de dimensões geográficas e sociais extremas. De um lado, as guerras que consumimos no dia-a-dia, através dos meios de comunicação social; as epidemias que dizimam milhares de vidas humanas; a pobreza que aumenta diariamente. Do outro lado, um continente de cores, de formas, de cheiros inebriantes, de exotismos inalcançáveis em qualquer outra zona do globo. É sobre tudo isto – o pior e o melhor que um continente pode ter e dar - que falam as coreografias de Gregory Maqoma. Natural do Soweto, Maqoma propõe abordar nos seus objetos coreográficos as diferenças de um território em mutação, desconstruindo, em movimentos, ritmos e sons, os estereótipos criados. Através da sua história pessoal e do seu trabalho, esta é a forma encontrada para não deixar cair o território no esquecimento.

PA R A L E L O

Gregory Maqoma has a degree from P.A.R.T.S., in Belgium, and collaborated with different choreographers, like Akram Khan.

A dupla Jonathan Burrows e Matteo Fargion questiona o valor da performance artística através da ironia.

Gregory Maqoma creates an ode to the African continent, which is present in all his choreographic body of work. Africa is a continent of extreme geographical and social dimensions.On the one hand, all the wars we consume daily through media; epidemics that kill by the thousands; poverty that grows every day. On the

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

other hand, a continent full of intoxicating colours, shapes and scents, exotic like no other place on the globe. This is what Gregory Maqoma addresses in his pieces:

O bailarino e coreógrafo Jonathan Burrows e o compositor Matteo Fargion têm um objetivo artístico comum: fazer qualquer plateia pensar. Pensar no que é dito, pensar no que é visto, pensar. Simplesmente pensar. Ao longo dos últimos 12 anos, elaboraram uma série de duetos que conjuga a composição musical mais clássica (a cargo de Fargion) com uma performance despojada, inebriante, quase desbocada (responsabilidade de Burrows). “Both Sitting Duet” é a prova disso: um espetáculo com mais de 10 anos (estreou em 2002) em que o humor, aliado à fina inteligência de dois artistas sem medos do politicamente incorreto, permite entender melhor o mundo em que vivemos. Já “Body Not Fit For Purpose”, espetáculo estreado na Bienal de Veneza em 2014, é uma forma de protesto: coloca em choque as políticas de ódio e fúria e a alegria contagiante da dança, desvendando uma relação entre significado e ação e levantando questões sobre o estado das coisas através do humor.

the best and the worst a continent has to offer.

CAMPO ABERTO

CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0

RESIDÊNCIA DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 6

A Companhia Instável foi criada em 1998, na cidade do Porto, como resposta à necessidade sentida ao nível das opções de valorização do intérprete de dança contemporânea. A estruturação do projeto assentou num modelo que tem no seu centro a vontade de dar oportunidades de experimentar, praticar e divulgar linguagens coreográficas pertinentes a cada tempo. É uma das estruturas residentes no Teatro Municipal Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto. Companhia Instável was created in 1998, in Porto, as a response to the increasing need to provide options to improve the skills of contemporary dancers.

Direção Gregory Maqoma • Criação musical Giuliano Modarelli • Assistente de ensaios Cristina Planas Leitão • Interpretação Anya Seno, Daniela Cruz, Duarte Valadares, Pedro Rosa, Vittoria Ferrari • Estágio João Cardoso • Direção técnica Ricardo Alves • Figurinos ESAD (sob a orientação de Maria Gambina) • Produção Companhia Instável

Jonathan Burrows and Matteo Fargion question the value of artistic perforFotografia © Suzy Bernstein

PA R A L E L O

mance through irony. “Both Sitting Duet” (2002) is a performance with more than 10 years, in which humour is allied to the fine intelligence of two artist that are not afraid of the politically incorrect, allowing a better understanding of the world we live in. “Body Not Fit For Purpose” - premiered at the Venice Biennale 2014 - is a protest: it confronts the politics of hate and fury, and the contagious happiness of dance, unveiling a relation between meaning and action, and raises questions through humour - about the state of things.

Interpretação Jonathan Burrows, Matteo Fargion

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E S T R E I A ⁄ C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O ⁄ G R E G O R Y M A Q O M A (RSA) ⁄ C O M P A N H I A I N S T Á V E L ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 7,50 EUR • M/12

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SÁB 21 FEV ⁄ 21H30

SÁB 28 FEV ⁄ 18H00

CHEAP LECTURE + THE COW PIECE

THIS PLACE

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E S T R E I A ⁄ C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O ⁄ SARA MANENTE (IT), MARCOS SIMÕES, VON CALHAU! ⁄ NEC – NÚCLEO DE EXPERIMENTAÇÃO COREOGRÁFICA ⁄ SALA-ESTÚDIO TM CAMPO ALEGRE 5,00 EUR • M/12

IMAGENS M I G R AT Ó R I A S PÁ G . 7 5 WORKSHOP PÁ G . 7 7

Fotografia © Flávio Romualdo Garofano

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PA R A L E L O

Sara Manente e Marcos Simões são um casal (de artistas) que gosta de pensar os casais (de artistas) enquanto um “casal artístico”. Para isso convidam um casal de artistas (naturais do país de apresentação) para, durante duas semanas, partilharem um espaço de trabalho e algumas práticas comuns, permitindo-lhes observar e investigar o comportamento do casal em criação. O projeto tem o título de “This Place”. Como ponto de partida propõem a cada casal o mesmo kit de práticas, criado a partir de experiências de perceção extra sensorial que, desenvolvidas e gravadas, possuem a forma de manual de instruções para a performance e funcionam como método alternativo para colaboração e improvisação. No final das duas semanas, em que tudo é partilhado, é feita uma apresentação ao público. Sara Manente and Marco Simões are a couple (of artists) that like to see artist couples as artistic couples. They have invited another artistic couple (from each country where they present the piece) to share a working space and some common practic-

“Cheap Lecture” plays a game of hit and run with John Cage’s piece “Lecture On

es, in order to observe and research the behaviour of the creating couple. The pro-

Nothing”; it pays tribute and questions the frame of mind that has sustained dance

ject is called “This Place”.

and performance for the past 30 years. “The Cow Piece” tests the (human) limits of logic. Two tables side by side become a platform where 12 plastic cows do the un-

CAMPO ABERTO RESIDÊNCIA DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 7

Sara Manente nasceu em Itália, no ano de 1978. Vive e trabalha em Antuérpia. Marcos Simões é português e nasceu em 1975. Estudou Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, frequentou o curso intensivo SNDO, em Amsterdão, Dança Contemporânea na Universidade Miguel Hernandes, em Alicante, e o post-master em Artes Performativas em Antuérpia. Von Calhau! é a designação do corpo de trabalho desenvolvido por Marta Ângela e João Alves desde 2006. Performances, concertos, projeções de filme, exposições, programas de rádio, workshops, livros e leituras são as bases do seu trabalho.

thinkable: they sing, dance, talk, think, sleep, go out together, come back alone or Sara Manente has a degree in Communication/Semiotics, in Bologna, and a degree

with company and in the end they die.

in Performing Arts, in Antwerp. Marcos Simões Studied Civil Engineering at IST, in Lisbon, attended the intensive dance course at SNDO, Amsterdam, Contemporary

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5 Interpretação Jonathan Burrows, Matteo Fargion

Dance at Miguel Hernandes University, in Alicante, and the post-master in Performing Arts, in Antwerp. Von Calhau! is the designation for the body of work developed by Marta Ângela and João Alves, since 2006. Performances, concerts, movie screenings,

Jonathan Burrows dançou 13 anos com o Royal Ballet antes de se dedicar ao seu trabalho performativo, que começou há cerca de 12 anos. O seu foco de trabalho atual é uma série de performances com Matteo Fargion que nasceu em Milão, Itália, em 1961. Fargion vive atualmente em Londres. Foi através de Merce Cunningham e da sua companhia que despertou para a dança contemporânea, tendo frequentado um curso de composição para dança. Foi aí que conheceu Jonathan Burrows, com quem colabora há mais de 20 anos.

exhibitions, radio shows, workshops, books and readings are the base of their work.

Conceito Sara Manente e Marcos Simões • Criação e Performance em colaboração com Von Calhau! • Coprodução Núcleo de Experimentação Coreográfica (NEC) e Teatro Municipal do Porto

Jonathan Burrows danced with the Royal Ballet for 13 years before he dedicated to his work as a performer, which started 12 years ago. His present focus is a sein 1961. Fargion lives in London. His interest in dance emerged after seeing Merce Cunningham and his company perform, leading him to do a course for choreographers and composers. That’s where he met Jonathan Burrows, with whom he has been collaborating for more than 20 years.

Fotografia © Von Calhau!

Fotografia © Herman Sargeloos

ries of performances with composer Matteo Fargion who was born in Milan, Italy

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

ESTREIA NACIONAL ⁄ JONATHAN BURROWS & MATTEO FARGION (UK ⁄ IT) ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 10,00 EUR • M/12 Jonathan Burrows sabe que os limites podem ser ultrapassados (a vida assim o permite) se o humor for a arma de arremesso para consciências mais pesadas. Por isso, juntamente com o compositor Matteo Fargion, Burrows apresenta um programa assente no chamado nonsense. Em “Cheap Lecture”, que faz um jogo de “toca e foge” com a composição “Lecture On Nothing”, de John Cage, Burrows homenageia e questiona o modo de pensar que tem sustentado a dança e a performance nos últimos 30 anos. Já “The Cow Piece” testa os limites (humanos) da lógica. Duas mesas, dispostas num mesmo local, tornam-se numa plataforma para 12 vacas de plástico fazerem o impensável: dançarem, cantarem, falarem, pensarem, dormirem, saírem juntas, regressarem sozinhas e acompanhadas e, no final, morrerem. Esta série de rituais tem encantado as plateias do mundo inteiro, através destas vacas “inteligentes” que agem como seres racionais (como todos nós, aliás).

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PA L C O S I NS TÁV E I S

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SÁB 7 MAR ⁄ 21H30

G.O.D. (G O D D E S S O F D E S I R E ) E S T R E I A ⁄ C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O ⁄ F L ÁV IO RODR IGU E S ⁄ CAFÉ-TEATRO TM CAMPO ALEGRE 5,00 EUR • M/12

Um projeto da Companhia Instável realizado com o Teatro Municipal do Porto, que tem como objetivos incentivar o trabalho de jovens criadores.

Flávio Rodrigues usa os estereótipos da pop atual e as tradições ancestrais do povo maia para um trabalho sobre a metamorfose de um corpo.

SEX 20 MAR / 21H30

PA R T ÍC U L A S D O U R A DA S NUM MUNDO QUASE SEMPRE VESTIDO DE PRETO

Palcos Instáveis (Unstable Stages) is a project by Companhia Instável and Te-

ESTREIA

atro Municipal do Porto which has the goal to encourage the work of young artists. This project promotes the intersection of artistic experimentation, and of-

JOANA CASTRO

“Till the World Ends” é o título de uma canção interpretada pelo ícone pop Britney Spears, cujo vídeo mostra a cantora numa festa subterrânea com alusões a um ambiente apocalíptico. Nesse vídeo são feitas referências ao dia 21 de dezembro de 2012, data em que, reza a crença, terminou o calendário Maia com um ciclo de 5125 anos. É este o acontecimento que dá início ao projeto “G.O.D.”, de Flávio Rodrigues. A partir da ideia de construção de uma árvore genealógica, emerge uma série de ramificações. Esta árvore é a simbologia encontrada para a criação de uma nova partitura coreográfica e sonora, que será a base para um corpo que se move e se metamorfoseia.

fers the city the contact with these emerging choreographic languages. Developed since 2012, with artistic residencies at Lugar Instável, this project contemplates a monthly programme of emerging choreographers.

SÁB 28 FEV / 21H30

SHARK ESTREIA

⁄ CATA R I N A M I R A N D A

Uma ficção sobre a crença e a circunstância, onde o humano caminha ao lado do desumano, a presença submerge na ausência e a natureza é artifício e vice-versa. É prazer que moi e doi, num preto vazio: cheio de tudo e de nada. Quando poderíamos chamar-lhe Paraíso, o dourado caiu em crepúsculo, ficando somente um novo ponto de partida.

Flávio Rodrigues uses the stereotypes of today’s pop culture and the ancient

Fotografia © Jonathan Saldanha

RESIDÊNCIA DE LONGA DURAÇÃO P. 8 6

“Shark” is an exercise of control over lifeless matter, intercepting it, normalising its space, imposing organization through violence and manipulation, leading to

traditions of the Mayan people in a piece about the metamorphosis of a body.

tido de preto” is a fiction on belief and circumstance

“Till the World Ends” is the title of a song by pop icon Britney Spears, whose video

where human walks along with inhumane, presence

clip shows the singer in an underground party, alluding to a post-apocalyptic ambi-

submerges in absence, nature and subterfuge are the

ence. In this video we see references of December 21, 2012 – the date in which, ac-

same. It’s a pleasure that aches and grinds in an emp-

cording to the prophecies, the Mayan calendar ended with a 5125 years cycle. This

ty blackness full of nothing and everything. When we

is the event that started Flávio Rodrigues’ “G.O.D.” project.

were able to call it Paradise, golden fell into twilight…

Joana Castro concluiu o curso profissional em dança no Balleteatro, frequentou o Fórum Dança, foi bolseira do Núcleo de Experimentação Coreográfica (NEC) e participa no DanceWeb Scholarship Programme do Festival Impulstanz.

extreme situations of coercion through the flesh. Joana Castro finished the professional course at Balleteatro; attended Fórum Dança; attended Núcleo de

Catarina Miranda nasceu em 1982. É licenciada em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Terminou ainda o curso de Dança para a Comunidade do Fórum Dança. É cofundadora do coletivo Flocks&Shoals (Berlim) e do Espaço Cultural AltesFinanzamt (Berlim). Catarina Miranda has a degree in Visual Arts. She also attended the course Dance for the Community at Fórum Dança. She’s cofounder of the Flocks&Shoals collective, and the AltesFinanzamt cultural space, both in Berlin.

CAMPO ABERTO

Only a new beginning remains.

Experimentação Coreográfica (NEC) with a grant and

Fotografia © Direitos Reservados

CAMPO ABERTO

Conceito/Performance Catarina Miranda • Apoio Dramatúrgico Jonathan Uliel Saldanha • Música John Philip Sousa misturado live por Jonathan Uliel Saldanha • Apoio à Criação Fórum Dança/Rumo do Fumo (Residência de Criação no Espaço da Penha 2014), Map/p/TNSJ, Dock11 Berlin, Gestão dos Direitos dos Artistas, Companhia Instável

“Shark” é um exercício de controlo sobre matérias inanimadas, interceptando-as, normalizando o seu espaço, impondo a organização pela violência e manipulação, levando a situações extremas, de coerção pela carne. Esta peça faz parte de uma série de solos desenvolvidos pelos elementos do coletivo Flocks&Shoals de Berlim, intitulada “snail – lamb – shark – orangutan – rhino / The Celestial Emporium of Benevolent Knowledge”.

“Particulas douradas num mundo quase sempre ves-

Concepção cénica, coreográfica e musical Flávio Rodrigues • Interpretação Bruno Cadinha • Documentação Telma João Santos • Imagem Carla Valquaresma • Apoio "Um lugar para a dança", EIRA, Balleteatro

BOLSAS DE CRIAÇÃO P. 8 9

Flávio Rodrigues nasceu em 1984, em Vila Nova de Gaia. Em 2006 conclui o curso de Dança no Balleteatro Escola Profissional. Atualmente trabalha como coreógrafo e performer. É professor no Balleteatro.

was part of DanceWeb Scholarship Programme from Flávio Rodrigues was born in 1984 in Vila Nova de Gaia. In 2006 he finished the

Impulstanz Festival.

dance course at Balleteatro Professional School, where he currently teaches. He works as both choreographer and performer. Conceção, direção e interpretação Joana Castro • Música ao vivo Joana Castro e Flávio Rodrigues

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

⁄ C OM PA N H I A I N S TÁV E L ⁄ PA L C O D O AU DI T ÓR IO T M C A M P O A L E G R E 7,50 EUR • M/6

Este projeto permite ainda o cruzamento de experiências artísticas e oferecer à cidade o contacto com linguagens coreográficas emergentes. Desenvolvido desde 2012, com a realização de residências artísticas no Lugar Instável, este projeto prevê uma programação mensal.

27


SEX 13 MAR ⁄ 15H00 & 19H00

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3 SOLOS EM 1 TEMPO ⁄ D E N I S E S T U T Z (BR) ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/12

SEX 13 MAR ⁄ 21H30

SÁB 14 MAR ⁄ 21H30 DOM 15 MAR ⁄ 18H00

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MATADOURO

FINITA

⁄ MARCELO EVELIN — DEMOLITION INC. ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 10,00 EUR • M/16

⁄ D E N I S E S T U T Z (BR) ⁄ PA L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I VO L I 7,50 EUR • M/12

(BR)

Tudo o que tem um início tem, mais cedo ou mais tarde, um fim. É o ciclo normal da vivência (quando não da sobrevivência) de qualquer entidade, ser ou objeto. O início traz imediatamente a ideia do fim e o fim arrasta, de forma inconsciente, a ideia de ausência. É nesta dimensão, de um fim que provoca sentimentos díspares, que se situa a peça de Denise Stutz. Desenvolvido nos últimos dois anos, o espetáculo teve como ponto de partida uma carta enviada pela sua mãe. Uma carta de ausência, de fim, de ciclos que terminam e de vidas que continuam, com a perda sempre presente. Com essa inspiração (ou ideia permanentemente na cabeça, como se de um vírus se tratasse), Denise utilizou a arquitetura cénica do teatro para elaborar o conceito de perda e trabalhar os temas do envelhecimento e da ausência sob a perspetiva da dança.

A memória num corpo, com ou sem memória consciente. As memórias de um tempo inscritas num corpo em desenvolvimento.“3 Solos em 1 Tempo” é uma reflexão em cena de Denise Stutz, assente na memória enquanto identidade de um corpo através de três solos: “DeCor” (2003), “Absolutamente Só” (2005) e “Estudo para Impressões” (2007). Nesta proposta são apresentadas as três obras numa só. Com esta abordagem, permitese perceber que todas estas coreografias, criadas em momentos diferentes, simbolizam uma preocupação fundamental da arte contemporânea atual: o que fazer com a memória que nos acompanha ao longo da vida. A body: with or without a conscious memory. The memories of an age set in a developing body. ‘3 Solos em 1 Tempo’ is Denise Stutz’s 3 solo piece based on memory

Developed in the past two years, this piece started with a letter she received from her mother. A letter of absence, of endings, of finishing cycles and lives that go on with an ever-present loss. Inspired by this letter (or with it permanently in her mind,

Marcelo Evelin presents an arena of naked bodies in a ritual of permanent move-

like a virus), Denise uses the theatre’s stage architecture to work on the issues of

ment as a synonym of an emerging society. In “Matadouro” (Slaughterhouse) – a

aging and absence through dance.

piece by Brazilian artist Marcelo Evelin and his company Demolition Inc. – the body is explored like a metaphor of a battlefield, where each fight goes beyond the mere physical confrontation. Tradition and marginality are questioned, so are civilization

Fotografia © Sergio Caddah

FOCO BRASIL

Numa arena sem nome, sem cidade, sem país, vários corpos sem rosto dispõem-se num ritual de iniciação. Bombos e instrumentos de corte dão o mote para uma sucessão de movimentos que se seguem, numa correria hipnotizante (para quem a vive e para quem a segue, ao longe). São corpos nus, novas peles, num caminho em círculo contínuo sem fim à vista (“mas será que algum dia esta viagem terá um fim?”, pensamos). Porque correm? Para onde correm? Será que correm? Ou será que prolongam a vida presa por um fio? “Matadouro”, a peça do brasileiro Marcelo Evelin e da sua companhia Demolition Inc., investiga o corpo como uma metáfora de um campo de batalha em que as lutas travadas extravasam o mero confronto físico. Questiona-se o tradicional e o marginal, a civilização e a irracionalidade que lançam a ação no espaço subjetivo do “entre”. O espetáculo incorpora a luta no seu estado limite através de uma ação contínua e que é acompanhada pelo “Quinteto em C Maior” de Franz Schubert.

PA R A L E L O CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0

and the irrationality that set the action in the subjective space of ‘in between’. The piece embodies fight in its limit state through a continuous action, accompanied by Fanz Schubert’s “String Quintet in C Major”.

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

as a body’s identity: “DeCor” (2003), “Absolutamente Só” (2005) and “Estudo para Impressões” (2007).

E S P E TÁ C U L O PA R A G R U P O S E S C O LA R E S PÁ G . 8 2

Texto, direção e interpretação Denise Stutz • Direção técnica Daniel Uryon

Denise Stutz é um dos nomes fundamentais da dança contemporânea brasileira. Iniciou os seus estudos de dança em Belo Horizonte. Em 1975 fundou o Grupo Corpo. Trabalhou com Lia Rodrigues como bailarina, professora e assistente de direção.

Fotografia © Antonio Flor

Denise Stutz is a fundamental name in Brazilian dance. In 1975, she founded the Grupo Corpo. She worked with Lia Rodrigues as dancer, teacher and assistant director.

FOCO BRASIL

Texto, direção e interpretação Denise Stutz • Colaboração Laura Samy e Clara Kutner • Iluminação Daniel Uryon • Som Luciano Siqueira • Coprodução Festival Panorama da Dança do Rio de Janeiro

Fotografia © Renato Mangolin

PA R A L E L O

Interpretação e Criação Alexandre Santos, Andrez Lean Ghizze, Eduardo Moreira, Fagão, Izabelle Frota, Jaap Lindijer, Jacob Alves, Josh S., Layane Holanda, Marcelo Evelin, Regina Veloso e Silvia Soter • Projeto financiado por Bolsa de estímulo à criação artística em dança da Funarte (2008) • apoio Lei de Incentivo Estadual do Governo do Piauí/ SIEC/FUNDAC

Marcelo Evelin apresenta uma arena de corpos nus num ritual em constante movimento, sinónimo de uma sociedade em eclosão. PA R A L E L O CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0 RESIDÊNCIAS DE C U R TA D U R A Ç Ã O PÁ G . 8 8

Marcelo Evelin é coreógrafo, pesquisador e intérprete brasileiro. Criou a companhia Demolition Inc. em 1995, depois de se ter mudado, em 1986, do Brasil para a Europa. Lecciona improvisação e composição na Escola Superior de Mímica de Amesterdão e orienta workshops e projetos colaborativos na Europa, nos Estados Unidos da América, em África e na América do Sul. Marcelo Evelin is a Brazilian choreographer, researcher and dancer. He created his company Demolition Inc. in 1995, after moving from Brazil to Europe, in 1986.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

FOCO BRASIL


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SÁB 14 MAR ⁄ DAS 16H00 ÀS 19H00

DOM 15 MAR ⁄ 15H00

COLEÇÃO

REVERSO

⁄ T A L E S F R E Y (BR) ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/16

Priscilla Davanzo usa a pele como perpetuação da vida, transformando os objetos que recolhe em adereços indispensáveis à sobrevivência.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

Fotografia © Paulo Aureliano da Mata

Priscilla Davanzo é uma artista multidisciplinar, que vive e trabalha entre o Brasil e Portugal. Formada no Instituto de Artes da UNESP, desenvolveu a sua pesquisa focada no corpo humano, culminando na dissertação de mestrado “corpo obsoleto”, apresentada e defendida nesta mesma instituição no ano de 2006. Priscilla Davanzo is a multidisciplinary artist. Has a degree from the Art Institute of UNESP. Developed her research around the human body, culminating in her Master’s dissertation, ‘Obsolete Body’, in 2006.

Conceção, criação e execução Priscilla Davanzo • Apoio Performatus

ries, a return to the origin without leaving the present, the present moment, the unique place that is now.

that she collects into essential props for survival. This piece by Brazilian artist central neighbourhoods of Porto, searching for borrowed or donated objects by local residents or passers-by. On a second moment, Davanzo will sit with those objects and attach them, one by one, to her body.

FOCO BRASIL

FOCO BRASIL

This piece by Tales Frey is like a visit to the psychotherapist, a trip to past memo-

Priscila Davanzo uses the skin as the perpetuation of life, transforming objects Priscilla Davanzo, is divided in two parts: on a first moment, Priscilla will walk the

O simples exercício da regressão a vida(s) passada(s), a um tempo que já não existe (mas que, todos sabemos, existiu), a momentos que ficaram na memória (ou que a memória talvez queira camuflar) é o mote para esta apresentação. “Reverso”, peça do brasileiro Tales Frey, é como uma ida ao psicanalista para uma viagem ao passado das memórias, um regresso às suas origens sem deixar o tempo presente, o momento atual, o local único que é o “agora”. Nesta performance, Tales Frey, de corpo nu, recorda todos os aniversários através de uma visão narcisista, da visão de um espelho colocado defronte do artista como a porta que o permite a entrada numa nova dimensão. A viagem, regressiva, tem um ponto de chegada identificado: as 20 horas do dia 20 de junho de 1982, o tal dia em que interrompeu, de forma ruidosa, a festa de aniversário da sua irmã, que completava um ano, para nascer e abandonar o conforto do útero materno.

Conceção/direção/ interpretação Tales Frey • Participação Silvana Frey • Operação de Som e Luz Paulo Aureliano da Mata • Produção Cia. Excessos

Tales Frey nasceu no Brasil, em 1982. É performer e dedica-se à vídeoarte, à encenação e à crítica de arte. O ritual, o corpo e a performance são os tópicos de destaque no seu trabalho académico e performativo. É fundador da Cia. Excessos e da Revista Performatus. Tales Frey was born in Brazil, in 1982. He is a performer, dedicated to video art, theatre and art critic. Ritual, body and performance are the topics of his academic and artistic work.

Fotografia © Direitos Reservados

Esta é uma peça da artista brasileira Priscilla Davanzo, que se divide em duas partes: num primeiro momento, a artista percorrerá os bairros centrais do Porto, nos arredores do Teatro Municipal Rivoli, durante cerca de duas semanas, em busca de objetos doados ou emprestados pelos moradores ou transeuntes nesta zona. Estes objetos, de dimensões reduzidas ou médias, serão recolhidos e colocados no espaço onde decorrerá a performance. Num segundo momento, findo o processo de recolha e coleção, Davanzo, sentada junto aos objetos, irá prendê-los, um a um, no seu corpo, através de costura. Esse acumular de objetos no seu corpo geram uma ideia de coleção e de decoração/design.

Fotografia © Paulo Aureliano da Mata

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

⁄ P R I S C I L L A D A V A N Z O (BR) ⁄ FOYER DO 3º PISO TM RIVOLI ENTRADA GRATUITA • M/16

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T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • DA NÇ A /PE R F OR M A NC E

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TEATRO ⁄ MARIONETAS THEATRE ⁄ PUPPETRY

T E AT R O E X PA N D I D O ! J O Ã O S O U S A C A R D O S O / A R O N D A + O C E R E J A L + B A A L [ P Á G . 3 4 E P Á G . 3 5 ] C O M PA N H I A C A Ó T I C A / S O PA N U V E M [ P Á G . 3 6 ] R I TA B LA N C O , M A R I A J O Ã O L U Í S , M A R C E L L O U R G E G H E ( T E AT R O D A T E R R A ) / N A S O L I D Ã O D O S CA M P O S D E A L G O D Ã O [ PÁ G . 3 7 ] T E P — T E AT R O E X P E R I M E N TA L D O P O R T O / : O S M A I A S + C A S A VA G A [ PÁ G . 3 8 E PÁ G . 3 9 ] O C Ã O D A N A D O / M E D E I A [ PÁ G . 4 0 ] LA M A R M I TA / A Q U E LA N U V E M . . . [ PÁ G . 4 1 ] B E N J A M I N V E R D O N C K ( B E ) / N O TA L LW H O WA N D E R A R E L O S T [ PÁ G . 4 2 ] T E AT R O D E F E R R O / O B J E C T O E N C O N T R A D O P E R D I D O [ PÁ G . 4 3 ] T E AT R O D E M A R I O N E TA S D O P O R T O / P E L O S C A B E L O S [ PÁ G . 4 3 ]

notallwhowanderarelost Benjamin Verdonck (BE)


34

T E AT R O E X PA N D I D O !

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E S T R E I A S ⁄ C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O ⁄ JOÃO SOUSA CARDOSO ⁄ VÁ R IO S E S PAÇ O S T M C A M P O A L E G R E 5,00 EUR • M/12

João Sousa Cardoso (1977). Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Paris Descartes (Sorbonne). Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2005 e 2009. Leciona na Universidade Lusófona. Professor convidado na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Fotografias © Catarina Oliveira

Teatro Expandido! é um laboratório de investigação teatral dinamizado por João Sousa Cardoso. O projeto propõe desenvolver várias apresentações num regime intensivo de criação, entre Janeiro e Dezembro de 2015, revisitando um repertório dramatúrgico de 12 textos que promete abordar obras dos últimos 100 anos. A estrutura, cujo nome alude à noção amplamente debatida de “expanded cinema” ou “cinema expandido”, nasceu da necessidade de criação performativa que João Sousa Cardoso tem sentido nos últimos anos de se adaptar a novos autores e nova metodologias. Teatro Expandido! é uma das estruturas residentes do Teatro Municipal Campo Alegre durante o ano de 2015, inseridas no programa Teatro em Campo Aberto.

Has a Doctorate in Social Sciences by Paris Descartes University (Sorbonne). Received a Calouste Gulbenkian Foundation grant between 2005 and 2009. Teaches at Lusófona University. Is a guest teacher at the Fine Arts University of Porto.

João Sousa Cardoso will work on several texts during 2015 and shall present them in different places of TM Campo Alegre. Teatro Expandido! is a creation of João Sousa Cardoso, alluding to the widely debated notion of expanded cinema, and experimenting new relations between work, staging, interpreting, architecture and audience, in search for a theatre in process. Between January and December

CAMPO ABERTO RESIDÊNCIAS DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 7

2015, Teatro Expandido! Enters an intensive experimental regime, with a selection of fundamental plays form the past 100 years.

João Sousa Cardoso propõe trabalhar vários textos emblemáticos durante o ano de 2015 e apresentá-los em vários locais do TM Campo Alegre.

QUA 21 JAN / 21H30

QUA 27 FEV / 21H30

SÁB 24 MAR / 21H30

A RONDA

O CEREJAL

BAAL

DE ARTHUR SCHNITZLER S U B - PA L C O D O A U D I T Ó R I O

DE ANTON TCHEKHOV P LAT E I A D O A U D I T Ó R I O

DE B E R T O LT B R E C H T TEIA DO AUDITÓRIO

“A Ronda”, de Arthur Schnitzler (1897), é um conjunto de dez diálogos que retratam dez diferentes relações entre um homem e uma mulher, descrevendo as ligações e a erótica entre personagens de meios sociais diversos, num círculo de encadeamentos onde cada personagem mantém inevitavelmente um segundo relacionamento amoroso. Os ensaios em torno do texto do autor austríaco têm lugar no espaço confinado e obscuro do Sub-Palco do Teatro do Campo Alegre, numa experiência intensa capaz de problematizar a carne, o princípio do prazer e as instâncias do poder.

“O Cerejal”, de Anton Tchekhov (1904), descreve a grande sociedade russa na transição de século, numa paisagem económica e social em profunda metamorfose e anúncio de um abalo na organização política que só alguns pressentem. A inércia e a falta de perspetiva da aristocracia dominante será progressivamente substituída pela energia da burguesia e pelo seu pragmatismo. Os ensaios de O Cerejal desenvolvem-se exclusivamente na plateia do Auditório do Teatro Municipal Campo Alegre, procurando resgatar Tcheckhov à coloração nostálgica e descobrir neste clássico a agitação cultural e a verve revolucionária.

Depois da rodagem do filme “Baal”, em 2013, Ricardo Bueno e outros atores que protagonizaram a longa-metragem de João Sousa Cardoso, reencontram-se – agora no teatro – para regressarem, partilhando a memória da construção cinematográfica, ao texto anarquista de Bertolt Brecht (1918). Os ensaios sobre o relato da vida no fio da navalha do poeta pagão e enfurecido decorrem nos corredores suspensos em vários andares da teia de palco do Auditório do Teatro Municipal Campo Alegre.

“La Ronde” by Arthur Schnitzler (1897) is a set of 10

Anton Chekhov’s “The Cherry Orchard” (1904) de-

feature film get together on stage to return to Bertolt

dialogues that picture different relations between a man

scribes the great Russian society at the turn of the

Brecht’s anarchist text, sharing their memories of that

and a woman, describing the connections and eroti-

century, in an economical and social landscape under

cinematographic construction.

cism in characters from different social backgrounds,

deep metamorphosis, announcing a shift in the politi-

in a chained circle where each character maintains a

cal reality only perceived by a few.

After shooting the movie “Baal” in 2013, Ricardo Bueno and other actors that starred in João Sousa Cardoso’s

parallel love affair.

A P R E S E N TA Ç Õ E S INTERMÉDIAS E N T R A D A G R AT U I TA QUA 14 JAN / 21H30 SÁB 17 JAN / 21H30

A P R E S E N TA Ç Õ E S INTERMÉDIAS E N T R A D A G R AT U I TA DOM 15 FEV / 18H00 QUI 19 FEV / 21H30

A P R E S E N TA Ç Õ E S INTERMÉDIAS E N T R A D A G R AT U I TA QUA 11 MAR / 18H00 QUA 18 MAR / 21H30

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

Conceção e direção João Sousa Cardoso • Interpretação Ricardo Bueno e participantes locais


36

SÁB 24 JAN ⁄ 11H00 & 14H30

SÁB 31 JAN ⁄ 21H30

S O PA N U V E M

NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE ALGODÃO

A sopa do avô que anima o estômago faminto é a mesma que alimenta as memórias e o coração de uma criança. A sopa do avô, polvilhada de sonhos e carinhos em doses exageradas, é a única que parece deixar o miúdo satisfeito. Como satisfazer, então, este rapaz, após a morte deste avô que parece ter levado este segredo consigo? Este é o ponto de partida de uma viagem feita por um pai que sabe que, afinal, só esta sopa é capaz de aconchegar um filho em constante tormento pela saudade que a sopa lhe deixa. Por isso, convoca as recordações para encontrar estes ingredientes especiais. Mas será que, no final, este homem, cheio de amor pelo filho, conseguirá a receita que tanto procura?

⁄ MARIA JOÃO LUÍS, RITA BLANCO E MARCELO URGEGHE TEATRO DA TERRA ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 7,50 EUR • M/12

83º ANIVERSÁRIO TM RIVOLI

Como dois animais que se cruzam no mesmo território, uma hostilidade violenta submerge estes dois seres humanos, igualmente confusos, cara a cara; dois estrangeiros degladiam-se ali, num tempo e espaço argumentativo de diálogo ou morte. Um combate dialético dominado pelo medo, que apesar da densidade verbal, assinala um conflito que ultrapassa em muito as palavras. Sem alternativas à ausência de desejo, surge a inevitável guerra e luta. Maria João Luís, Rita Blanco e Marcello Urgeghe criam uma despojada dramaturgia cénica, estratégia estética de uma geração que abdica de grandes cenografias ou dispositivos que diminuam a força da palavra deste texto fundamental.

Maria João Luís é uma das atrizes de referência da sua geração. Iniciouse em 1985 n’A Barraca, sob a direção do encenador Hélder Costa. Trabalhou depois no Teatro da Casa da Comédia, ACARTE, Teatro da Malaposta e na Comuna – Teatro de Pesquisa. Em 2009 criou a companhia Teatro da Terra com Pedro Domingos. Maria João Luís is a notable actress of her generation. She started in 1985 at A Barraca. She worked at Teatro da Casa da Comédia, ACARTE, Teatro da Malaposta,

Grandpa’s soup comforts the hungry stomach and feeds the memories and heart of

Like two animals crossing the same territory, a violent hostility submerges these

Teatro da Cornucópia and at Comuna – Teatro de Pesquisa. In 2009 she created the

a child. Grandpa’s soup - sprinkled with generous doses of fantasy and tenderness –

two human beings. Equally confused and face-to-face, two foreigners duel in an argu-

company Teatro da Terra, with Pedro Domingos.

seems to be the only soup that satisfies the young boy. How to satisfy this kid, now

mentative time and space of dialogue and death. A dialectical combat dominated by

that grandpa’s death seems to have taken away this secret?

fear, which despite the verbal density marks a conflict that goes well beyond words.

Caroline Bergeron é autora, cenógrafa e encenadora, tendo trabalhado com a Companhia Caótica na peça “Na Barriga”. António Pedro desenvolve vários projetos e ateliers de filmes-concerto, onde filma e compõe, tentando assim aprofundar a relação entre o som e a imagem. Fotografia © José Filipe Costa

CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0

Caroline Bergeron is the author, set designer and director, having already directed the piece “Na Barriga” (In the Belly) for Companhia Caótica. António Pedro develops several projects and workshops for movie-concerts, where he films and composes the music, exploring the relation between sound and image.

Texto Bernard-Marie Koltés • Tradução Marcello Urgeghe e Rita Blanco • Coencenação Marcello Urgeghe, Maria João Luís e Rita Blanco • Interpretação Maria João Luís e Rita Blanco • Música José Peixoto • Direção de produção e desenho de luz Pedro Domingos • Coprodução Teatro da Terra/ Teatro Municipal São Luiz

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

PA R A L E L O E S P E TÁ C U L O PA R A G R U P O S E S C O LA R E S E FA M Í L I A S PÁ G . 8 2

Fotografias © Caroline Bergeron

Conceção e Dramaturgia António-Pedro e Caroline Bergeron (a partir de uma ideia original de António-Pedro) • Encenação Caroline Bergeron • Interpretação, composição e realização de filme António-Pedro • Interpretação, operação som e vídeo Gonçalo Alegria • Desenho de luz André Calado, Rui Alves • Interpretação-filme José Maria Lobo Antunes, Cândido Ferreira, António-Pedro • Câmara António-Pedro, Leonor Noivo, António Vasques • Montagem Leonor Noivo, António-Pedro • Pós-produção som Moz Carrapa • Coprodução CCB/ Fábrica das Artes e Centro Cultural do Cartaxo

PA R A L E L O

Marcello Urgeghe estreia-se como ator em 1997. No cinema trabalhou com os realizadores João Botelho, Fanny Ardant, Valeria Sarmiento, Bruno de Almeida, Zézé Gamboa, Catarina Ruivo, Teresa Villaverde, João Canijo, Raul Ruiz, Vicente Alves do Ó, João Mário Grilo, Leonel Vieira, Margarida Cardoso.

Rita Blanco é uma das atrizes mais reconhecidas do panorama artístico português. Conclui o Curso de Formação de Atores do Conservatório Nacional, em 1985. Em 2012 foi considerada na Gala SPAUTORES, melhor atriz de cinema, com a interpretação no filme “Sangue do meu Sangue”, de João Canijo.

Marcello Urgeghe premiered as an actor in 1997. In cinema he worked with such

Rita Blanco is one of the most acknowledged actresses in the Portuguese artistic

directors as José Álvaro de Morais, João Botelho, Fanny Ardant, Valeria Sarmiento,

scene. She finished the Drama course from Conservatório Nacional, in 1985. In 2012

Bruno de Almeida, Zézé Gamboa, Catarina Ruivo, Teresa Villaverde, João Canijo, Raul

she won the SPAUTORES award for best cinema actress, with her role in João Can-

Ruiz, Vicente Alves do Ó, João Mário Grilo, Leonel Vieira and Margarida Cardoso.

ijo’s ‘Sangue do meu Sangue’.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

C OM PA N H I A C AÓ T IC A ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI A DU LT O S 5,00 E U R • C R I A NÇ A S 2,00 E U R • M /6

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QUI 5 & SEX 6 FEV ⁄ 10H30 & 15H00 SAB 7 ⁄ 16H00*

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QUI 26, SEX 27 & SÁB 28 MAR ⁄ 21H30 DOM 29 MAR ⁄ 17H00

:OS MAIAS

C A S A VA G A E S T R E I A ⁄ C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O ⁄ TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO (TEP) ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 7,50 EUR • M/12

Uma estreia do Teatro Experimental do Porto no ano do seu regresso à cidade.

Uma nova visão da obra clássica de Eça de Queirós, numa encenação de Gonçalo Amorim. Diz o ditado popular que “quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto”. O Teatro Experimental do Porto (TEP) adicionou a esta lógica (popular) um outro significado: para contar a célebre história da família Maia, imortalizada por Eça de Queirós, acrescentou-lhe dois pontos. Assim, o denominado “:Os Maias” (“Dois pontos Os Maias”), um espetáculo com encenação de Gonçalo Amorim, destina-se (essencialmente, mas não exclusivamente) a um público escolar. No fundo, com este título, o TEP quis sinalizar esta apresentação como de um sumário se tratasse, onde a matéria abordada é desvelada no arranque da aula para desvendar o que vai ser abordado e elaborado nos restantes minutos. Para além de possibilitar ver e sentir os amores e desamores de Carlos da Maia e Maria Eduarda, assim como contextualizar toda a obra, esta peça permite desencadear uma reflexão sobre as condições de trabalho dos professores nas escolas portuguesas na era moderna, permitindo a todos o pensamento livre sobre o que é isso de “ser docente” e “ser aluno” em pleno século XXI.

CAMPO ABERTO RESIDÊNCIAS DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 7

A new vision on the classical novel of Eça de Queirós directed by Gonçalo Amorim. school children. Besides allowing us to see and feel the love and lovelessness of Carlos da Maia and Maria Eduarda, and putting “Os Maias” into context, this piece unchains a reflection on the working conditions of teachers in Portuguese schools in the modern ages, leaving us all thinking freely about what is being a teacher and a

Cocriação Gonçalo Amorim, Pedro Gil, Raquel Castro e Rui Pina Coelho • Interpretação Gonçalo Amorim, Pedro Gil, Raquel Castro • Cenografia e Figurinos Catarina Barros • Música José Ricardo Nogueira e Pedro João • Desenho de Luz Francisco Tavares Teles • Coprodução Teatro Experimental do Porto e Teatro Municipal do Porto

CAMPO ABERTO RESIDÊNCIAS DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 7

Imagens © Direitos Reservados

PA R A L E L O

ny to the city. 1830. Three Portuguese cowboys moved to the North American far west tion dedicated to finding and destroying the first capitalist in the world. Their mission

student in the 21st Century.

E S P E TÁ C U L O PA R A G R U P O S E S C O LA R E S E FA M Í L I A S PÁ G . 8 2

Teatro Experimental do Porto premieres a new piece in this return of the compain search for a better life. They end up forming a subversive cell on a secret organiza-

Fotografia © Paulo Pimenta

This piece directed by Gonçalo Amorim, is mostly but not exclusively, made for

1830. Três cowboys portugueses, emigrados para o Faroeste norte-americano em busca de melhores condições de vida, acabam por formar uma célula subversiva de uma organização secreta destinada a descobrir e a exterminar o primeiro capitalista do mundo. A sua missão levá-los-á de volta ao Velho Mundo, a Paris (França), mais precisamente à Comédie-Française, onde assistirão à estreia de “Hernâni”, de Victor Hugo, a 25 de Fevereiro de 1830. A presença destes cowboys acabará por criar uma série inusitada de tumultos e confrontos naquele teatro – um episódio mais tarde relatado por Théophile Gautier em Histoire do Romantisme e que ficou, surpreendentemente, conhecido na história do teatro como “A batalha de Hernâni”. “Casa Vaga” insiste em alguns interesses e temas presentes nos últimos anos de programação do Teatro Experimental do Porto: na interpelação às reais condições de vida e trabalho em Portugal; na inquirição sobre os modos sistémicos de domínio que o modelo capitalista exerce sobre os indivíduos e sobre as suas aspirações de felicidade; no debate de questões como a emigração, a falência do capitalismo e a importância do teatro.

will take them back to the Old World, to Paris, France. More precisely to the Comédie Française, where they’ll see the premiere of Victor Hugo’s “Hernani”, on February 25th 1830. The presence of these cowboys will create an unusual commotion in that theatre – an episode told later by Théophile Gaultier in the “Histoire du Romantisme”, which became surprisingly known in the history of theatre as “The Battle of Hernani”.

Teatro Experimental do Porto (TEP) é a mais antiga companhia teatral portuguesa em atividade. Estreou o primeiro espetáculo em 1953 e assumiu a profissionalização em 1957. Estreou, até agora, 235 espetáculos. Atualmente a direção artística é de Gonçalo Amorim. O TEP é uma das oito estruturas em residência no Teatro Municipal Campo Alegre, no ano de 2015, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto. Teatro Experimental do Porto (TEP) is the oldest Portuguese drama group in activity. It premiered its first piece in 1953, becoming professional in 1957.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

⁄ TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO (TEP) ⁄ AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE GRUPOS ESCOLARES 2,00 EUR *A D U LT O S 5 , 0 0 E U R • C R I A N Ç A S 2 , 0 0 E U R • M / 6

Encenação e adaptação de Gonçalo Amorim • Em cocriação com os professores Andreia Figueiredo, Michelle Domingos, Paulo Silveira e os atores Carlos Marques Sofia Dinger • Interpretação Andreia Figueiredo , Carlos Marques, Catarina Lacerda , João Melo, João Rosário , Susana Madeira • Apoio Dramatúrgico Rui Pina Coelho • Cenografia e Figurinos Catarina Barros • Desenho de Luz Francisco Tavares Teles • Sonoplastia Eduardo Brandão

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SEX 20 & SÁB 21 FEV ⁄ 21H30 DOM 22 FEV ⁄ 17H00

QUI 5 & SEX 6 MAR ⁄ 10H30 & 15H00 SÁB 7 & DOM 8 MAR ⁄ 16H00*

MEDEIA

AQUELA NUVEM... C OPRODUÇ ÃO T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O ⁄ LA MARMITA ⁄ AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE 2,00 EUR • GRUPOS ESCOLARES *5,00 E U R A DU LT O S • 2,00 E U R C R I A NÇ A S • M /3

Uma atriz e um músico fundem-se num monólogo interior; um confronto entre a realidade e o subconsciente.

“Pelo céu cor de violeta/que lindo, que lindo vai o poeta”. — Eugénio de Andrade É assim que começa a viagem inverosímil de um poeta que tenta, na sua cozinha, seguir uma receita. No processo de a cozinhar, o poeta é constantemente distraído pela sua fértil imaginação, da qual nascem poemas, ora desconstruídos, ora cantados ou dançados. Assim vão surgindo as várias personagens que irão povoar este espetáculo a partir dos mais variados objetos. Cada passo que o poeta dá transforma-se numa nova ideia: gatos, cavalos e nuvens, lagartos, frutos e épicas situações. Uma viagem ao imaginário representado por texto, sons, movimento e objetos. Ficam no ar estas perguntas: Mas para quem é cozinhada esta receita? Conseguirá o poeta seguir a receita até ao fim com sucesso?

A Medeia, do coletivo O Cão Danado, não é só a Medeia (clássica) de Séneca ou a Medeia de Eurípedes. A Medeia de O Cão Danado é todas elas em simultâneo e uma nova Medeia, que surge no cruzamento desses dois seres com textos contemporâneos. “Medeia”, a peça de O Cão Danado que parte de “Material Medeia” e “Margem ao Abandono”, de Heiner Muller, é uma proposta que coloca em confronto a Medeia (clássica) de Eurípedes e Séneca, tornando-a assim uma Medeia coletiva de memória e da imaginação. Em palco, uma atriz (que encarna essa Medeia nos sonhos, nos desejos, nos desesperos, nos gritos e respiros) e um músico (como se as suas notas, sopradas ao saxofone, fossem um subconsciente sem fundo) “dialogam com os mortos”, no sentido desejado e expresso pelo autor Heiner Muller nas suas obras. Um “diálogo” em que se interroga a alteridade (o estrangeiro, o outro, a mulher), o sujeito fragmentado e heterónimo (no fundo, uma interrogação sobre todos nós).

A poet uses his cooking recipes to create an imaginary reality. “Through the violet coloured sky/how lovely, how lovely goes the poet” — Eugénio de Andrade. This is how the unbelievable journey of a poet starts in his kitchen while trying to follow a recipe. In his cooking the poet is constantly distracted by his wild imagination, from which new Fotografias © Direitos Reservados

poems are born, sometimes dismantled, others sung or danced. This is how many

An actress and a musician merge in an interior monologue, a confrontation between reality and sub consciousness. This piece by O Cão Danado derives from Heiner Muller’s “Despoiled Shore Medea Material Landscape with Argonauts” and confronts (the classic) Euripides’ and Seneca’s Medea, creating a collective Medea

characters emerge from different objects and inhabit this piece.

Um poeta usa as suas receitas culinárias para criar uma realidade imaginária.

of memory and imagination. On stage, an actress and a musician “speak with the dead”, in the sense Heiner Muller expressed in his work.

PA R A L E L O E S P E TÁ C U L O PA R A G R U P O S E S C O LA R E S E FA M Í L I A S PÁ G . 8 2

Dramaturgia e Encenação Sara Barbosa • Traduçao Regina Guimarães • Interpretação Diana Sá e Rodrigo Amado (saxofone) • Assistência de Encenação Tiago Correia • Conceção Plástica Paulo Capelo Cardoso e Sara Barbosa • Desenho de Luz Pedro Correia/Rui Monteiro • Vídeo Sara Augusto • Produção Pedro Barbosa

O Cão Danado is a structure for the creation and production of art, developing work not only in performing arts, but also in music, visual arts, cinema and teaching.

Andrea Gabilondo is a dance professional in different styles, like ballet, contemporary, butoh and dance theatre. She has a degree and masters in choreography.

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

Fotografias © Rui Ferreira

O Cão Danado é uma associação cultural sem fins lucrativos criada em 2001. É uma estrutura de criação e de produção de artes, desenvolvendo o seu trabalho não só na área das Artes Performativas, mas também nas áreas das artes visuais, da música, do cinema e da formação.

Andrea Gabilondo é profissional de dança em diferentes estilos, como o ballet, a dança contemporânea, o butoh e a dança-teatro. É licenciada e mestre em coreografia. Concluiu diversos cursos de teatro, dos quais se destacam cursos orientados por Liza Mayer e Vicente Fuentes, do Roy Hart Theater. É diretora artística e programadora no La Marmita.

Texto original Eugénio de Andrade • Direção Andrea Gabilondo • Cocriação e interpretação Rui Oliveira • Sonoplastia Daniel Padure • Criação de cenário Américo Castanheira/ Tudo Faço

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

⁄ O CÃO DANADO ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/6

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SEX 20 & SÁB 21 MAR ⁄ 21H30

SÁB 21 MAR ⁄ 19H00

DOM 22 MAR ⁄ 15H00

N O TA L LW H O WA N D E R A R E L O S T

OBJECTO ENCONTRADO PERDIDO

PELOS CABELOS

ESTREIA ⁄ TEATRO DE FERRO ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/12

Um espetáculo de marionetas e formas animadas, onde o humano manobra e é manobrado pelo que vê. Fotografia © Direitos Reservados

O Teatro de Ferro propõe, nesta nova peça, a realização de uma investigação em torno da ideia geral de “objeto”. O ponto de partida desta peça é a noção de objeto-encontrado pelas marionetas, figuras e seres que servem de guias para esta busca do objeto. O público é convidado a embarcar nesta aventura que tem como cenário os lugares e os não-lugares onde a não-vida se faz animar pela vida e vice-versa. Ao longo desta aventura, será feita a visita à secção de perdidos e achados de uma instituição identificada e a outros lugares como fábricas e aeroportos, locais aparentemente excluídos da dança dos objetos-mercadoria.

ideas and timeless habits. It is a place almost beyond this earth, inhabited by creatures that look out of this world. Almost all of them have a common trace: their hair is long and sloppy.

this quest for objects. The audience is invited to join this adventure, which is set in the places and non-places where life and non-life are enlivened by each other.

Verdonck is a performance created with very few words, many tricks, colours and FOCO MARIONETAS Ilustração © Direitos Reservados

manipulates and ends up being manipulated by what he sees happening on stage.

Direção Benjamin Verdonck, Iwan Van Vlierberghe, Sven Roofthooft, Sébastien Hendrickx, Han Stubbe, Louisa Vanderhaegen, Griet Stellamans • Produção Toneelhuis, KVS • Coprodução Kunstenfestivaldesarts, Steirischer Herbst (AT) NXTSTP • Com o apoio da European Union’s Culture Programme.

creatures, remarkable characters with a delirious absent stare, with uncommon

starting points are the objects found by the puppets – the figures that guide us in

the things he sees. “notallwhowanderarelost”, the piece presented by Benjamin

access at eye level. The piece is centred in the world of puppets, where the human

Somewhere, in a far away address with no mailbox or zip code, lives some strange

Teatro de Ferro proposes an investigation around the general idea of “object”. The

A puppetry performance where the manipulative human is manipulated by

geometrical figures, opening doors and closing curtains on a human scale, of easy

⁄ TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 E U R A DU LT O S • 2,00 E U R CRIANÇAS • M/4

Lá longe, algures numa morada sem posto correio ou código postal, vivem seres estranhos, personagens insólitas, de olhares ausentes e alucinados, com ideias fora do comum e hábitos sem tempo definido. É um lugar quase extra terreno, habitado por seres que parecem não ser deste mundo. Quase todos esses “habitantes” têm uma característica em comum: os cabelos longos e desalinhados. A partir das ilustrações “Pelos Cabelos”, de João Vaz de Carvalho, o Teatro de Marionetas do Porto cria um espetáculo onde o humor e o absurdo se fundem numa história cheia de seres animados, de novas marionetas.

FOCO MARIONETAS

No início, uma mesa surge aos nossos olhos como o campo de ação. É um dispositivo que funciona como uma caixa mágica onde todo o enredo ganha forma(s). Benjamin Verdonck, um corpo junto a este espaço inanimado, funciona como um ator e um técnico de palco, manobrador e diretor de cena. É ele que coordena o que vemos, que decide o rumo que toma, que corrige quando a história parece fugir do seu controlo. É ele que orienta o mundo artístico que cresce e desaparece à nossa frente, um universo de formas animadas com diferentes e possíveis leituras. “notallwhowanderarelost”, peça que Verdonck apresenta em duas datas, é uma performance criada com poucas palavras, muitos truques, cores e figuras geométricas, portas que se abrem e cortinas que se fecham, numa escala humana, de fácil acesso ao nível dos olhos. Uma peça centrada no universo das marionetas, onde o humano manobra e acaba por ser, também ele, manobrado pelo que vê acontecer no palco.

Benjamin Verdonck é ator, encenador, escritor e artista visual. O seu trabalho divide-se entre as apresentações em auditório e as peças em espaços públicos. Sob o título “Even I Must Understand”, Verdonck irá levar a cabo, nos próximos dois anos, um conjunto de trabalhos que refletem sobre a arte enquanto transmissora direta da realidade e a arte como reflexão para a realidade em si mesma. Benjamin Verdonck is an actor, writer and visual artist. His work is divided between presentations in auditoriums and pieces for public spaces. Under the title “Even I Must Understand”, Verdonck will develop in the next 2 years a series of projects reflecting on art as direct transmitter of reality and art as reflection of reality itself.

PA R A L E L O IMAGENS M I G R AT Ó R I A S PÁ G . 7 5 CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0

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Conceito e Direção Igor Gandra e Carla Veloso • Interpretação Carla Veloso, Hernâni Miranda e Igor Gandra • Música Michael Nick • Desenho de Luz Rui Maia • Realização Plástica Hernâni Miranda e Eduardo Mendes

O Teatro de Ferro surgiu em 1999 com Igor Gandra e Carla Veloso. O trabalho da companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objetos. Concebe a sua prática numa lógica de investigação, em que a marioneta tem assumido um valor matricial nas suas hibridações possíveis. Teatro de Ferro was established in 1999, by Igor Gandra and Carla Veloso. The work of this company is based in puppetry and the use of other objects.

FOCO MARIONETAS

Encenação e Cenografia Isabel Barros • Textos Edgard Fernandes, Isabel Barros e Rui Queiroz de Matos • Interpretação Edgard Fernandes e Rui Queiroz de Matos • Marionetas Sandra Neves, a partir das ilustrações de João Vaz de Carvalho • Música e Animação Coletivo HUSMA (João Apolinário, Nuno Cortez e Pedro Cardoso) • Desenho de Luz Alexandre Vieira • Produção Sofia Carvalho

PA R A L E L O WORKSHOP PÁ G . 7 8 E S P E TÁ C U L O PA R A G R U P O S E S C O LA R E S E FA M Í L I A S PÁ G . 8 2

Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em 1988 e, numa primeira fase, centra a sua atividade na criação de espetáculos que resultam da pesquisa do património popular. Desta fase, destaca-se o estudo e reconstituição da velha tradição portuguesa do teatro dom Roberto, agora em exposição no Museu das Marionetas do Porto, projeto mais recente da companhia (inaugurado a 3 de Fevereiro de 2013). Teatro de Marionetas do Porto was established in 1988. In the beginning it created pieces resulting from the research of popular cultural heritage. From those roots the company began a new and more experimental process, searching for modern elements in puppetry.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • T E AT RO/M A R ION E TA S

ESTREIA NACIONAL ⁄ BENJAMIN VERDONCK (BE) ⁄ PA L C O D O G RA N DE AU DI T ÓR IO T M R I VOL I 10,00 EUR • M/6

Fotografia © Susana Neves

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MÚSICA MUSIC

J É R Ô M E M A R I N ( F R ) [ PÁ G . 4 6 ] R A Ú L C O S TA , J O Ã O D I O G O L E I T Ã O , VA S C O D A N TA S R O C H A / N O V O S TA L E N T O S [ PÁ G . 4 7 ] ( C U R S O D E M Ú S I C A S I LVA M O N T E I R O ) S T U R Q E N , W H I T E H AU S , S O N O S C O P I A / U N D E R S TA G E [ PÁ G . 4 8 E PÁ G . 4 9 ] M A N U E LA A Z E V E D O , H É L D E R G O N Ç A LV E S , V I C T O R H U G O P O N T E S / C O P P I A [ PÁ G . 5 0 ] Q UA R T E T O C O N T R AT E M P U S / A Q U E R E LA D O S G R I L O S + S E M A N A P R O FA N A [ PÁ G . 5 1 ]

Fotografia © Victor Hugo Pontes

T I M E S P I N E [ PÁ G . 5 1 ]

COPPIA Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves e Victor Hugo Pontes


NOVOS TALENTOS

SÁB 24 JAN ⁄ 23H30

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JÉRÔME MARIN

(FR)

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C U R S O DE M Ú S IC A S I LVA MON T E I R O ⁄ CAFÉ-CONCERTO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/6

ESTREIA NACIONAL ⁄ CAFÉ-CONCERTO TM RIVOLI ENTRADA GRATUITA • M/16

Jérôme Marin recupera ambientes de outros tempos, resgatando o conceito clássico de cabaret para os dias de hoje.

Todos os meses, os jovens músicos que se destacam no panorama nacional e internacional ganham um novo palco para a apresentação de diferentes repertórios, assentes em diferentes instrumentos. Fotografias © Direitos Reservados

O universo artístico de Jérôme Marin nunca será a preto e branco. É um imaginário cheio de cores, pintado a tons vivos, onde a decadência de uma determinada elite e o drama de um qualquer país são camuflados por ambientes faustosos, exagerados e histórias que, apesar de serem as de todos nós, são cantadas como devaneios. Ao piano, transfigurado, entre lantejoulas e purpurina, resgata os anos passados, como se a memória fosse o ingrediente que falta a uma sociedade cuja memória não deve ser esquecida. Jérôme Marin recupera, nas suas atuações e através de personagens fictícias, os ambientes dos loucos anos 20, os autores que não queremos (nem devemos) esquecer. Apropriou-se de Boris Vian e Kurt Weill. De Serge Gainsbourg e Bertolt Brecht. Há um pouco de todos eles no universo (ilimitado) de Jérôme Marin, através de Monsieur K, personagem criada em 2001 que lhe permitiu abordar vários universos em diferentes espetáculos e colaborações ao longo da sua carreira.

Os recitais são apresentados de forma pouco convencional, em diálogo com o pianista Álvaro Teixeira Lopes, e terão lugar no Café-Concerto do Teatro Municipal Rivoli pelas 18h00. O primeiro convidado será o jovem pianista Raúl da Costa, jovem músico que tocou já com a Orquestra Sinfónica Casa da Música e que irá iniciar este ciclo mensal dedicado à música erudita. Seguem-se, em fevereiro e março, João Diogo Leitão e Vasco Dantas Rocha com guitarra e piano, respetivamente. Every month, the young musicians that stand out in the national and international scene go on stage to present different repertoires, based on different instruments. The concerts are presented in an unconventional setting, in dialogue

Jérôme Marin retrieves atmospheres from other ages, recovering the classi-

with pianist Álvaro Teixeira Lopes, at Teatro Municipal Rivoli’s café-concerto, at 6pm.

cal concept of cabaret to this day and age. The artistic universe of Jêrome Marin will never be black and white. It’s a world full of bright colours, where the decay of a certain elite and the drama of some odd country are camouflaged by luxuriant ambiances and stories just like ours, but sang in reverie. Playing the piano, transformed in spangle and glitter, rescuing the years gone by - as if memory was the missing in-

SÁB 31 JAN / 18H00

SÁB 14 FEV / 18H00

SÁB 28 MAR / 18H00

RAÚL DA COSTA

JOÃO DIOGO LEITÃO

VA S C O DA N TA S RO C H A

Raúl da Costa é bolseiro da Yamaha Musical Foundation of Europe e da Yehudi Menuhin Live Music Now Foundation. Estuda desde 2011 na Hochschule für Musik, Theater und Medien, em Hannover.

João Diogo Leitão é vencedor de mais de uma dezena de prémios em concursos. Venceu em 2014 o Prémio Jovens Músicos – Nível Superior de Guitarra.

Vasco Dantas Rocha é um pianista português nascido em 1992. Frequenta o Mestrado em Performance na Universidade de Münster, na Alemanha. Obteve inúmeros prémios em concursos internacionais.

gredient in a society whose memory must not be forgotten.

João Diogo Leitão won several competition awards.

Jérôme Marin é uma artista multidisciplinar, que junta as artes performativas com a música num conceito que oscila entre o cabaret, o teatro musical e a performance. Depois de ter frequentado o Conservatório de Artes Dramáticas de Orleáns, Marin decidiu criar, em 1997, a sua primeira companhia: a Compagnie de l’Eau qui dort. O seu trabalho orientou-se desde cedo para o cabaret, juntando o teatro à música, polvilhado por referências a Karl Valentin e ao absurdo.

in a concept that shifts between cabaret, musical theatre and performance. After attending the National Conservatory of Dramatic Art of Orleans, Marin decided to create his first company in 1997: Compagnie de l’Eau qui dort (The sleeping Water Company). His work was soon oriented towards cabaret, mixing theatre and music, sprinkled with references of Karl Valentin and the absurd.

Fotografias © Direitos Reservados

Jérôme Marin is a multidisciplinary artist, combining performance art and music

Raúl da Costa has grants from the Yamaha Musical

He’s the winner of the Young Musicians Award 2014 –

Vasco Dantas Rocha Is a Portuguese pianist, born in

Foundation of Europe and Yehudi Menuhin Live Mu-

Higher Level in Guitar.

1992. Attends the Performance Masters at Münster

sic Now Foundation. He studies at the Hochschule für

University, in Germany. Won several awards in inter-

Musik, Theater und Medien, in Hannover, since 2011.

national contests.

O Curso de Música Silva Monteiro é uma escola do ensino artístico fundada em 1928, com autonomia pedagógica desde 2011. Com uma implantação nacional de 84 anos, é uma das escolas de música mais antigas e importantes do país. The Silva Monteiro Music Programme is an artistic school established in 1928 and it has pedagogical autonomy since 2011. With 84 years of national implantation, it’s one of the oldest and more important music schools in the country.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • M Ú SIC A

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • M Ú SIC A

83º ANIVERSÁRIO DO TM RIVOLI


UNDERSTAGE

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SONOSCOPIA

“Control and unpredictability” é uma série de ações que são apresentadas em forma de performance e/ou instalação sonora e onde o conteúdo das paisagens sonoras é usado como matéria prima composicional. Para esta peça, é apresentada uma versão transformada do ambiente sonoro local através do recurso ao processamento de áudio e a uma instrumentação construída exclusivamente para o efeito. Os sons originais são repensados e apresentados como uma nova paisagem sonora.

S U B -PA L C O T M R I VOL I 5,00 EUR* • M/12

Understage é um ciclo mensal de programação musical, que procura dar a conhecer novos projetos e talentos da música atual.

“Control and unpredictability” Sonoscopia presents a part of this piece, with a series of actions in form of

Alberto Lopes nasceu em 1967. Tem o Curso de Construção de Instrumentos Tradicionais Portugueses ministrado por Fernando Meireles (95/96). É compositor de bandas sonoras para teatro, dança, performance, cinema e vídeo. Construtor de instrumentos alternativos. Explorador de sistemas interativos entre dança, vídeo e música. É autor, coordenador, diretor artístico do Co-Lab, ciclo de música experimental/improvisada de 1999 a 2003. Toca regularmente com TwinTar, Ungala Coi, Srosh Ensemble, N.O.F.P., Cabelo, Zie Restolhos entre outros.

performance and/or sound installation, where the contents of the sound landscape is used as raw material for composition. A transformed version of the local sound ambience is presented through audio processing and instruments exclusively built for the purpose.

Este programa será apresentado num espaço pouco convencional do Teatro Municipal do Porto: o sub-palco do Teatro Municipal Rivoli, convertido assim em local de apresentação e encontro de gerações. Understage is a monthly music program that shows new and undiscovered talents of urban contemporary music. In an unconventional space of Teatro Municipal Rivoli: its under stage – now converted in a venue where generations meet.

Alberto Lopes was born in 1967. He was the author, coordinator and artistic director of Co-Lab - experimen-

SÁB 31 JAN / 23H30

SEX 20 FEV / 23H30

STURQEN

WHITE HAUS

Sturqen é um projeto musical que vive de dissonâncias, de ritmos diferentes, acelerados e/ou calmos, de atmosferas inebriantes e hipnóticas. Formados em 2009 por César Rodrigues e David Arantes, o projeto tem nas máquinas analógicas o ponto de partida para a criação musical, numa constante exploração dos diferentes limites sonoros. As composições, de difícil catalogação, vão do pós-industrial mecânico até à anarquia pura, de improvisação inusitada, fazendo com que um concerto desta dupla nunca seja feito de momentos monótonos ou silêncios prolongados. A dupla Sturqen abre assim o programa Understage.

Quantos capítulos pode conter uma vida dedicada à música? A vida de João Vieira, o vocalista/ produtor/mentor do projeto White Haus, dava um livro com vários e multifacetados capítulos. Desde histórias passadas em clubes londrinos como DJ Kitten (que trouxe posteriormente para Portugal e “incendiou” a noite do Porto) até mirabolantes atuações enquanto vocalista dos portuenses X-Wife em palcos mais ou menos inusitados. A vida de João Vieira, aquela que dava um livro, tem hoje um novo capítulo: criado em 2013, o projeto White Haus é João Vieira a baralhar tudo (dj, produtor, o grupo X-Wife) e a dar para jogo. Em “The White Haus Album”, disco lançado em 2014, o músico fez a síntese das influências que o foram marcando nos capítulos anteriores: o rock electrónico tão ao gosto de James Murphy, dos LCD Soundsystem (que lhe teceu rasgados elogios no passado) até à música de dança. Para isso juntou alguns cúmplices (Nuno Sarafa, André Simão e Graciela Coelho) para fazer um dos melhores álbuns lançados em 2014.

Sturqen is a music project that feeds on dissonances, different rhythms - fast and/or slow - on hypnotic and intoxicating atmospheres. Founded in 2009 by César Rodrigues and David Arantes, this project bases their musical creation on analogical machines, constantly exploring different sound limits.

tal/improvised music cycle, from 1999 to 2003.

Conceção Gustavo Costa • Interpretação Gustavo Costa, Henrique Fernandes e Alberto Lopes • Produção executiva Patrícia Caveiro • Produção Sonoscopia

Voz, programações e sintetizadores João Vieira • Voz e sintetizadores Graciela Coelho • Baixo, voz e sintetizadores André Simão • Bateria e percussão Nuno Sarafa

of the White Haus project – could be a novel with very different chapters. From stories in London clubs as DJ Kitten, to extravagant performances as lead singer of X-Wife on some unconventional stages. The life of João Vieira has a new chapter: with White Haus project, founded in 2013, João Vieira shuffles the cards and deals once again. * Bilhete com 1 Bebida Incluída

Fotografias © Direitos Reservados

The life of João Vieira – lead singer/producer/mentor

Gustavo Costa nasceu no Porto em 1976. Possui o curso técnico-profissional de percussão (EPME), licenciatura em Produção e Tecnologias da Música (ESMAE), pós-graduação em Sonologia (Instituto de Sonologia, Haia), mestrado em Composição e Teoria Musical (ESMAE) e encontra-se neste momento a frequentar o programa doutoral em Media Digitais na FEUP, Porto, sendo bolseiro da FCT. Tocou e colaborou com Três Tristes Tigres, Alfred Harth, Damo Suzuki, John Zorn´s Cobra, Fritz Hauser, Jamie Saft entre muitos outros. Desenvolve trabalho na área da composição electroacústica, improvisação livre e contracultura underground, tendo-se apresentado em 19 países europeus, Estados Unidos, Japão, Brasil e Líbano. Gustavo Costa was born in Porto in 1976. He develops his work in electro-acoustical composition, free improvisation and underground counter culture. His work was presented in 19 European countries, USA, Japan, Brazil and Lebanon.

Henrique Fernandes iniciou os seus estudos musicais no ano de 1992 na Escola Profissional e Artística do Vale do Ave, na classe de contrabaixo do professor Alexander Samardjiev. Em 2005 conclui o curso superior de música, na especialidade de contrabaixo, na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do professor Florian Petzborn. Paralelamente ao universo da música erudita, integra diversos projectos da música experimental, tais como: Mécanosphère, Lost Gorbachevs, Two white monsters around a round table, Sektor 304, Stealing Orquestra, Estilhaços, Radial Chao Opera, Srosh Ensemble, Space Ensemble, entre outros. Henrique Fernandes started his musical studies in 1992 at the Professional and Artistic School of Vale do Ave, playing double bass with Alexander Samardjiev. He’s part of several experimental music projects.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • M Ú SIC A

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • M Ú SIC A

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SÁB 21 MAR / 23H30


SÁB 7 FEV ⁄ 21H30

SÁB 21 FEV ⁄ 21H30

COPPIA

A QUERELA DOS GRILOS + SEMANA PROFANA ÓPERA ⁄ QUA RT E TO C ON T RAT E M PU S ⁄ AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE 7,50 EUR • M/6

Os músicos Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves e o coreógrafo Victor Hugo Pontes encontram-se num híbrido de música e dança. “COPPIA” (palavra italiana que significa “dupla”, “par”) é Manuela Azevedo. É a vocalista dos Clã (e de algumas coisas mais) com total liberdade para a criação musical e performativa. É Manuela Azevedo a delinear um espetáculo de dança que pode ser música que pode ser performance. É uma cantora que pode ser atriz que pode ser performer ou que pode ser tudo o que quiser, ao mesmo tempo. É a voz a definir um movimento para os movimentos ganharem voz e espaço. No final, é um híbrido que a vocalista dos Clã montou através da carta branca concedida pelo Centro Cultural de Belém (CCB) para a construção de uma peça em estreia. A ela juntaram-se dois “velhos” conhecidos, a seu pedido – Hélder Gonçalves, a quem cabe a direção musical, e Victor Hugo Pontes, responsável pela direção cénica e cenografia. Musicians Manuela Azevedo and Hélder Gonçalves, and choreographer Victor Hugo Pontes meet in a hybrid performance of music and dance. “COPPIA” (Italian word meaning ‘couple’, ‘pair’) is Manuela Azevedo. Coppia is the lead singer of Portuguese band Clã in total musical freedom. This is Manuela Azevedo tracing a dance show that can be music that can be performance art. This is an actress that

“Um fruto tem quase sempre duas metades. Se for uma coisa séria, concreta, física, as duas metades são exatamente iguais, síncronas e fisicamente siamesas. Como aquelas pinturas abstratas que fazíamos aos dez anos, quando dobrávamos uma folha em duas e uma metade imprimia na outra, uma imagem exatamente inversa dela. Neste caso, talvez se deva invocar o exemplo da moeda, duas faces do mesmo corpo, uma cara e a outra a coroa, coisas diferentes que habitam o mesmo corpo, o valorizam e que, talvez, lhe dão sentido. De um lado a Semana Profana, coisa já estreada, saída das entranhas de Regina Guimarães e Fernando Lapa, que viram mais longe, no corpo de António Nobre, um pedaço da alma de Só, numa sequência de dias e de gestos repetidos. Do outro, a estreia mundial de uma hipótese de história com tempo no bilhete de identidade, uma Querela de Grilos que Tiago Schwäbl e Fátima Fonte compuseram, à volta do santo graal da inspiração para se construir algo verdadeiramente original.” —António Durães

PA R A L E L O CONVERSA PÓS E S P E TÁ C U L O PÁ G . 8 0

Manuela Azevedo nasceu em 1970, em Vila do Conde. Concluiu o curso geral de piano, licenciou-se em Direito e acaba por se formar advogada. No entanto, é como vocalista dos Clã que descobre a sua profissão e paixão. Hélder Gonçalves nasceu em Luanda em 1970. Em 1992 integrou o Sexteto de Mário Barreiros, no qual forma uma prestigiada reputação como contrabaixista. Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães em 1978. Das suas mais recentes criações como encenador/coreógrafo destacam-se “Fuga Sem Fim” (2011), “A Ballet Story” (2012), “Zoo” (2013) e “Fall” (2014).

time. It’s a voice defining a movement so that movement can gain space and a voice.

PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 5,00 EUR • M/6

É difícil catalogar a música dos Timespine. Soam a música folk com conotações de música clássica contemporânea. Podemos até detetar um balanço tão característico da música livremente improvisada, mas mais uma vez é uma impressão vaga, até porque são utilizadas partituras gráficas. Essa (intencional) indefinição idiomática é o resultado de se terem juntado músicos com diferentes linguagens: Adriana Sá tem um percurso na música electrónica experimental, Tó Trips é um guitarrista inspirado nos blues, cofundador dos Dead Combo, e John Klima foi membro do grupo pop Presidents of United States of America. No final, esta é uma música sem métricas e sem relógio – apenas os tempos biológicos humanos são seguidos. It’s hard to label the music of Timespine. They sound like a folk song but there are also connotations of contemporary classical music. We can also detect the characteristic swing of freely improvised music, but once again, it’s just a vague impression. After all, they use graphic scores. This (intentional) idiomatic vagueness is the result of the meeting between musicians with different languages: Adriana Sá comes from experimental electronic music; Tó Trips is a blues-inspired guitar player and co-founder of Dead Combo; and John Klima was a member of pop band Presidents of the United States of America.

used to do when we were kids, folding a paper sheet in two to imprint the other half with a reversed image. In this case, it’s like a coin: two sides of the same body, one heads, the other tails, different things inhabiting the same body, adding value and maybe some sense.” — António Durães

Soprano Teresa Nunes Barítono Job Tomé Clarinete Crispim Luz Violoncelo Susana Lima Piano Brenda Hermida Encenação António Durães Luz Mariana Figueroa Figurinos Inês Mariana Moitas

Manuela Azevedo was born in Vila do Conde, in 1970. She finished the general piano occupation as lead singer of Portuguese pop band Clã. Hélder Gonçalves was born in 1970, in Luanda. In 1992 he joined Mário Barreto’s Sextet, in which he became an acknowledged double bass player. Victor Hugo Pontes was born in Guimarães, in 1978. He recently staged and choreographed “Fuga Sem Fim” (2011), “A Ballet Story”

Programa: Semana Profana Fernando Lapa Texto Regina Guimarães A Querela dos Grilos Fátima Fonte Texto Tiago Schwäbl

Fotografia © Victor Hugo Pontes

(2012), “Zoo” (2013) and “Fall” (2014).

• Interpretação Hélder Gonçalves, Joana Castro, Manuela Azevedo, Valter Fernandes • Textos Carlos Tê • Produção Nome Próprio Associação Cultural • Produção Executiva Jesse James

halves are exactly the same, in sync and Siamese. Like those abstract painting we

course and graduated to become a lawyer. However, she found her true passion and

Cocriação Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves, Victor Hugo Pontes • Direção musical Hélder Gonçalves • Direção cénica e Cenografia Victor Hugo Pontes • Desenho de luz Nuno Meira • Desenho de som Nelson Carvalho

TIMESPINE

“A fruit almost always has two halves. If it is a serious actual physical thing, the two

can be a singer that can be a performer that can be everything she wants at the same

Quarteto Contratempus, grupo de música de câmara formado na ESMAE vocacionado para música contemporânea, tem estreado várias obras de compositores portugueses. Um dos objetivos deste grupo passa pela difusão e divulgação da música portuguesa contemporânea, assim como pela exploração de diversas formas de dinamização dos concertos, incluindo a encenação das peças. Quarteto Contratempus is a chamber music group, born at ESMAE, dedicated to contemporary music, having premiered several scores of Portuguese composers. This group is dedicated to the promotion and circulation of Portuguese contemporary music, and to exploring different ways of presenting concerts, including staged concerts.

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Músicos Tó Trips, Adriana Sá e John Klima

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⁄ M A N U E L A A Z E V E D O ⁄ H É L D E R G ONÇ A LV E S ⁄ V I C T O R H U G O P ON T E S ⁄ GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 7,50 EUR • M/6

SÁB 28 MAR ⁄ 22H00

Fotografia © Vera Marmelo

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CINEMA T E R Ç A S D E C I N E M A [ PÁ G . 5 4 — PÁ G . 5 7 ] S E S S Õ E S E S P E C I A I S [ PÁ G . 5 8 — PÁ G . 6 2 ] M E D E I A F I L M E S [ PÁ G . 6 3 ] FA N TA S P O R T O [ PÁ G . 6 3 ]

Ventos de Agosto Gabriel Mascaro (2014)

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HISTÓRIA(S) DA DANÇA

TERÇAS DE CINEMA ⁄

Tendo a dança uma presença re- Tuesdays are cinema days at Teatro Municipal Rivoli. Three structures associated with cinema and image - Porto Post Doc, Medeia Filmes and Casa gular na programação do Teatro da Animação – were challenged to imagine special showings for the Small A steady path will be traced around the world through the Municipal do Porto desenvolveu- Auditorium. eyes of different directors of film, documentary and animation. dance has a strong presence in the programme of Teatro Munici-se também, em colaboração com a Because pal do Porto, a collaboration with the Cinemathéque de la Danse de Paris Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de la Danse has been developed: the cinema programme “História(s) da dança”. Through the eyes of different directors, the history / Centre National de la Danse, uma of dance will be crossed, and each month the universe of outstanding arlike Loie Fuller, Mary Wigman, Pina Bausch and Merce Cunningham programação de cinema intitula- tists can be discovered; along with movements that marked dance history, like da “História(s) da dança”. Através Post Modern Dance, Butoh or Hip Hop. do olhar de diferentes realizadores será percorrida a história da dança e em cada mês poderá ser descoberto o universos de artistas incontornáveis como Loie Fuller, Mary Wignam, Pina Bausch e Merce Cunningham, ou mesmo movimentos que marcaram essa mesma história, tais como a Post Moderne Dance, o Butoh ou o Hip-Hop.

História(s) da Dança é um ciclo de cinema que atravessa o tempo através do olhar de diferentes realizadores sobre o trabalho de coreógrafos. 1

Fotografias © Direitos Reservados

A terça-feira será o dia dedicado ao cinema no Teatro Municipal Rivoli. Para estes primeiros meses, três estruturas ligadas ao cinema e à imagem — Porto Post Doc, Medeia Filmes e Casa da Animação — foram desafiadas a imaginar sessões especiais para o Pequeno Auditório. Através do cinema documental, do cinema de autor e do cinema de animação será traçado de forma regular um percurso pelo mundo através do olhar de diferentes realizadores.

E M PA RC E R I A C OM C I N E M AT H É QU E DE L A DA NS E DE PA R I S ⁄ C E N T R E NAT IONA L DE L A DA NS E

Em estreita parceria com a Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de la Danse, serão apresentadas onze sessões com diferentes características ao longo de 2015, podendo ir de um só filme numa sessão a uma montagem de pequenas obras que, em conjunto, traçam um panorama coreográfico. Esta viagem pela História da dança não será cronológica, privilegia antes uma deambulação que atravessa diferentes épocas e estilos. Começará pelo hip-hop, passará por Merce Cunningham mas também por Christian Rizzo, Pina Bausch ou os movimentos americanos da Post Moderne Dance. Todas as sessões terão um convidado que as apresentará, traçando uma relação entre a sua história da dança e aquela sobre a qual se debruça a sessão.

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1. Loie Fuller 2. Isadora Duncan 3. Mary Wigman

“História(s) da dança” is a cinema cycle that crosses History through the vision of different directors on the work of certain choreographers. In a close partnership with Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de la Danse, we present eleven sessions will be presented throughout 2015, with different characteristics - from a single movie session to an ensemble of small films that trace a choreographic panorama. This voyage through the history of dance is not chronological but privileges a stroll through different ages and styles. Starting with hip-hop, moving to Merce Cunningham and Christian Rizzo, Pina Bausch and the American movements of Post Modern Dance. All session have an invited host, tracing the relation between their history of dance and the one being depicted.

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PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 3,00 EUR

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H I S T ÓR I A (S) DA DA NÇ A E M PA RC E R I A C OM CINEMATHÉQUE DE L A DA NS E DE PA R I S ⁄ CENTRE NATIONAL DE LA DANSE

DOCUMENTÁRIOS CONTEMPORÂNEOS P ORT O/P O S T/D O C

VER PRIMEIRO: ANTESTREIAS NO TM RIVOLI MEDEIA FILMES

24 FEV ⁄ 16H00, 18H30 & 22H00

24 MAR ⁄ 16H00, 18H30 & 22H00

⁄ DO LINDY HOP AO HIP HOP ⁄

LOIE FULLER & ISAD ORA DUNCAN

MARY WIGMAN

⁄ LA FÉÉRIE DES BALLETS FANTASTIQUES DE LOIE FULLER ⁄

⁄ WHEN THE FIRE DANCES BETWEEN THE TWO POLES ⁄

GEORGES R. BUSBY

ALLEGRA FULLER SNYDER

⁄ NINFOMANÍACA, VOL. 2

1934 • 29’

1981 • 43’

DIRECTOR’S CUT

+

+

ISADORA DUNCAN, MOVEMENT FROM THE SOUL ⁄

TOTENMAL ⁄

P E T R A C O S TA

1929 • 7’

BRASIL • 2012 • 80’

“From Lindy Hop to Hip Hop” is an editing of archive

1930 and 2006. This visual document presents the evo-

1987 • 56’

lution of Afro-American dances from the mid 20th century until today’s performing arts, through such music and dance icons like Cab Calloway, Earl “Snake Hips”

Fotografia © Direitos Reservados

10 FEV ⁄ 22H00

3 FEV ⁄ 18H30 & 22H00

⁄ ELENA ⁄

LAR S VON TRIER

BUSCA VIDA FILMES

Loie Fuller é uma das pioneiras da dança do século XX. Chegada da music hall, Fuller é uma das primeiras artistas a usar os efeitos cénicos como parte integrante da sua coreografia, com uma finalidade narrativa. Ela é mais conhecida pela sua “Serpentine Dance”. Em 1891 ela aprende a dança da saia, um encontro entre o flamenco e o can-can francês. Neste movimento é usada a saia como percurso de ação no espaço, desenhando formas efémeras com contornos particulares e irrepetíveis. Isadora Duncan, outra das pioneiras da chamada dança moderna, revolucionou a dança pela sua liberdade de expressão que privilegiava a espontaneidade, inspirada nas antigas figuras gregas. Aproxima-se da dança clássica. Este filme é um retrato da dança de Isadora Duncan através de imagens de arquivo, entrevistas e reconstituições das coreografias mais (re)conhecidas da autora.

Mary Wigman, reconhecida num primeiro momento através da sua colaboração com o teórico Rudolf von Laban, focou o seu trabalho na preocupação entre a espiritualidade e o movimento. Move-se mais numa vertente introspetiva, numa dança que evoca a morte, a angustia e o êxtase. Este é um documento visual centrado na figura de Mary Wigman acompanhado de imagens de arquivo entre 1923 e 1942 e onde se podem acompanhar alguns dos seus trabalhos mais conhecidos: La Danse de la sorcière, Chant séraphique ou Pastorale, entre outros. Já “Totenmal” é um verdadeiro monumento aos mortos e à dança macabra interpretado pela coreógrafa e um grupo de bailarinos numa sucessão de movimentos inquietantes.

Elena segue as pisadas da mãe e muda-se para Nova Iorque, com o sonho de ser atriz. Passadas 2 décadas a sua irmã Petra também vai para Nova Iorque, à procura de Elena e do sonho. Baseado numa história real, "Elena" destrói a linha entre o documentário, o diário e o onírico.

oration with theoretician Rudolf von Laban. Her work

Suffering from his father’s absence, a boy leaves his vil-

BILHETE CONJUNTO 5,00 EUR

lage and finds a wonderful world, ruled by machine-creatures and strange beings. An unusual animation recurring to different artistic techniques portrays the issues of the modern world through the eyes of a child.

Depois da exibição do Vol. 1 da versão do realizador (não censurada) de “Ninfomaníaca” no Festival de Cinema de Berlim, do Vol. 2 no Festival de Veneza, e dos dois volumes no Lisbon & Estoril Film Festival, poderemos ver, no Porto, numa sessão exclusiva e única no Teatro Municipal Rivoli, a totalidade do filme de Lars von Trier, ou seja, a versão director’s cut, que tem cerca de 80 minutos inéditos em relação à versão comercial que estreou há um ano nas salas.

Elena follows her mother’s footsteps and moves to New York. Her dream is to become an actress. Twenty years

After the showing of Vol.1 of the (uncensored) director’s

later, her sister Petra also moves to New York, search-

cut of “Nymphomaniac” at the Berlin Film Festival, Vol. 2 at

ing for Elena and her own dream. Based on a real sto-

the Venice Film Festival and the two volumes at the Lisbon

ry, “Elena” destroys the borders of documentary, dia-

& Estoril Film Festival, Porto can finally see an exclusive

ry and dream.

showing of the director’s cut of the Lars Von Trier’s movie at Teatro Municipal Rivoli. The film has 80 minutes more than the commercial versions one could see in theatres.

was focused on her concern between spirituality and movement. Her movement is introspective, a dance that conjures death, anguish and ecstasy. This is a visual document focused on Mary Wigman through archive images between 1923 and 1942, where we can follow some of her most iconic pieces: “Witch Dance”; “Chant

⁄ TIME GOES BY LIKE A ROARING LION ⁄ PHILLIP HARTMANN

31 MAR ⁄ 18H30 & 22H00

⁄ PHOENIX ⁄

ALEMANHA • 2013 • 79’

CHRISTIAN PETZOLD

FLUMEN FILM

ALEMANHA • 2014 • 98’

Um cineasta que sofre de cronofobia à procura de uma forma de desacelerar a passagem do tempo.

O realizador alemão Christian Petzold é um dos grandes nomes do cinema europeu contemporâneo. Em “Phoenix” volta a trabalhar com a sua atriz fétiche, Nina Hoss, no papel de Nelly Lenz, uma sobrevivente de um campo de concentração, que o filme segue depois de ter sido submetida a uma cirurgia de reconstrução e na procura da sua vida anterior.

Sérafique” or “Pastorale”, among others. “Totenmal” is Loie Fuler is one of the pioneers of 20th century dance.

an absolute monument to the dead and to the dance of

Coming from music hall, Fuller is one of the first artists

death, performed by the choreographer and a group of

to use stage effects with narrative purposes as part of

dancers, in a sequence of disturbing movements.

her choreographies. She is famous for her “Serpentine Dance”. Isadora Duncan is another pioneer of modern

A movie director suffering from chronophobia looks for

dance. This is a portrait of Isadora Duncan’s dance,

a way to slow down time.

through archive images, interviews and the most recognized choreographic remakes of her work.

A sofrer com a falta do pai, um menino deixa a sua aldeia e descobre um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres. Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.

DINAMARCA • 2014 • 145’ + 180’

17 MAR ⁄ 18H30 & 22H00 Mary Wigman is at first acknowledged for her collab-

ALÊ ABREU BRASIL • 2014 • 85’

+

G AY N A G O L D F I N E & D A N G E L L E R

images from films and short films produced between

Tucker or Duke Ellington.

DIRECTOR’S CUT

⁄ O MENINO E O MUNDO ⁄

German director Christian Petzold is an outstanding name in contemporary European film. In “Phoenix” he returns to his fetish actress, Nina Hoss, in the role of Nelly Lenz, a concentration camp survivor. The film follows her after a reconstruction surgery, in a quest for her inner life.

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⁄ NINFOMANÍACA, VOL. 1

27 JAN ⁄ 16H00, 18H30 & 22H00

“Do Lindy Hop ao Hip Hop” é uma montagem de imagens de arquivo de curtas e longas metragens produzidas entre 1930 e 2006. Este documento visual apresenta a evolução das danças afro-americanas de meados do século XX até às artes performativas dos nossos dias, através de ícones da dança e da música como Cab Calloway, Earl “Snake Hips” Tucker ou Duke Ellington.

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17 FEV ⁄ 16H00, 18H30 & 22H00

10 FEV ⁄ 18H30

2010 • 52’

TERÇAS ANIMADAS CASA DA ANIMAÇÃO


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SESSÕES ESPECIAIS

29 & 30 JAN ⁄ 22H00

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BICICLETA

Para além das sessões regulares que a Medeia Filmes apresenta no Cine Estúdio do Teatro Municipal Campo Alegre ou das Terças de Cinema que habitam o Pequeno Auditório do Teatro Municipal Rivoli, serão apresentadas sessões especiais que se cruzem com a programação geral. Nesta primeira temporada será apre- Along with the regular sessions presented by Medeia Filmes at the Cine sentado “Bicicleta” de Luís Vieira Estúdio of Teatro Municipal Campo Alegre, or “Terças de Cinema” at the Small Auditorium of Teatro Municipal Rivoli, special screenings will be Campos, integralmente filmado held, complementing the general programme. In this first season Teatro presents “Bicicleta” by Luís Vieira Campos — a film that was no Bairro do Aleixo no Porto, e Municipal totally shot at the Aleixo neighbourhood, in Porto; along with a showcaintegrated in our Focus Brazil, showing the strength of contemporary um ciclo integrado no Foco Brasil seBrazilian cinema in a pertinent relation with the performances presenque mostrará, através de uma per- ted within this programme. This showcase is curated and presented by Ricardo Alves Júnior. tinente relação com os espetáculos que integram este foco, a força atual do cinema brasileiro. As sessões de cinema do ciclo Foco Brasil contarão com a apresentação de Ricardo Alves Júnior, que assegura a curadoria desta mostra.

Bicicleta é um filme sobre o lado popular da vida que parte do conceito de vizinhança e família. António vê-se subitamente na sorte de ter um emprego pelo qual tanto procurou. Maria, a esposa, desconfiada dos azares, ajuda-o no que pode para que garanta aquele cargo e traga para casa um salário. Sustentam a mãe de António e Guilhermina, a filha do casal, que vive iludida com as brincadeiras de criança. Contando com Blandina, a bruxa do prédio, a família vai-se desgraçando em crenças e má sorte que, acentuando o desfavorecimento laboral, resultam num crescendo trágico. Gorete, a vizinha que faz negócio montando uma espécie de mercearia a partir da sua janela da cozinha, funciona como a última hipótese de financiamento para combater o cada vez mais inevitável desespero de António. Entre momentos mais difíceis e passagens de um divertido cruel, a história de António é montra para a realidade dos trabalhadores menos protegidos da pirâmide laboral. É uma reflexão sobre o instinto de sobrevivência e a extrema defesa da dignidade que o Bairro do Aleixo como uma cidade vertical, vendo o interior das torres como ruas ao alto, onde a sorte dos cidadãos se resolve tão longe de um Portugal dito convencional. António lives in a housing project in Porto. In a sudden stroke of luck, he gets the job he’s been looking for so long. His wife Maria is suspicious of misfortunes, but helps him in anyway she can to ensure he brings home a salary. Between harshness and some cruelly fun moments, António’s story displays the reality of workers at the base of the work pyramid. It is a reflection on the survival instinct and the ultimate fight for dignity.

Montagem e Realização Luís Vieira Campos • Argumento Valter Hugo Mãe • Interpretação Adelaide Teixeira, Jorge Loureiro, Rute Miranda, Sandra Salomé • Músicos Alexandre Soares, Álvaro Teixeira Lopes, Ana Deus, José Augusto Pereira de Sousa, José de Eça • Direção de Fotografia Manuel Pinto Barros • Direção de Som Pedro Adamastor • Produção Filmes Liberdade • Produção Executiva Miguel Rubim • Coprodução Cimbalino Filmes • Ficção, 48’

Luis Vieira Campos nasceu no Porto em 1964. Terminou o curso de Cine Vídeo da ESAP - Escola Superior Artística do Porto em 1989 e foi estagiário de realização de Manoel de Oliveira na rodagem do filme “Divina Comédia”. Antes de “Bicicleta”, realizou as curtas-metragens “Dia de Visita” (2011), “Quando eu Morrer” (2006) e “aDeus” (2000). Em 2008 fundou a Filmes Liberdade, onde atualmente desenvolve a sua atividade. Luis Vieira Campos was born in Porto in 1964. Finished his Cine-Video degree at ESAP - Escola Superior Artística do Porto, in 1989. He did a cinema direction internship during the filming of Manoel de Oliveira’s ‘Divina Comédia’. Directed the short films ‘Dia de Visita’ (2011), ‘Quando eu Morrer’ (2006) and ‘aDeus’ (2000). In 2008 he founded Filmes Liberdade.

Festivais e Prémios 22º Curtas Vila do Conde - Julho 2014 Prémio TAP - Melhor MédiaMetragem Nacional 2º Arquiteturas Film Festival Lisboa - Setembro 2014 Best National Short Film - Fiction XX Festival Caminhos do Cinema Português - Novembro 2014 Melhor Curta Metragem Melhor Actriz Secundária (Adelaide Teixeira no papel de Blandina)

Apresentações 29 Janeiro Sessão apresentada por João Teixeira Lopes, sociólogo e prof. universitário. 30 Janeiro Sessão apresentada por Álvaro Domingues, geógrafo e prof. universitário.

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ESTREIA ⁄ LUÍS VIEIRA CAMPOS ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 3,00 EUR • M/12


CICLO DE CINEMA FOCO BRASIL

60

Os novos valores do cinema brasileiro, num ciclo com curadoria do realizador Ricardo Alves Jr.

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RUA DE MÃO ÚNICA ⁄ CINTHIA MARCELLE, T I A G O M ATA M A C H A D O 2013 • 10’ • M/6

“O carácter destrutivo não vê nada de duradouro. Mas por isso mesmo vê caminhos por toda a parte, mesmo quando os outros esbarram com muros e montanhas. Como, porém, vê por toda a parte um caminho, tem de estar sempre a remover coisas do caminho. Nem sempre com brutalidade, às vezes fá-lo com requinte. Como vê caminhos por toda a parte, está sempre na encruzilhada. Nenhum momento pode saber o que o próximo trará. Converte em ruínas tudo o que existe, não pelas ruínas, mas pelo caminho que as atravessa.” —Walter Benjamin “The destructive character sees nothing permanent. But

QUA 11 MAR ⁄ 22H00

⁄ O MURO ⁄ TIÃO 20O8 • 17’ • M/12

Alma no vazio, deserto em expansão.

for this very reason he sees ways everywhere. Where others encounter walls or mountains, there too, he sees a

Soul in emptiness, expanding desert.

way. But because he sees a way everywhere, he has to clear things from it constantly. Not always by brute force, sometimes he does it with refinement. Because he sees

FOCO BRASIL

ways everywhere, he always stands at a crossroads. No

Festivais e Prémios Prêmio Regard Neuf em Cannes

moment can know what the next will bring. What exists he reduces to rubble – not for the sake of rubble, but for that of the way leading through it.” — Walter Benjamin

Festivais e Prémios Festival de Roterdão Semana dos Realizadores Festival de Havana

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“A junção é de certa forma tensa, pois se de um lado revela semelhanças, do outro expõe disparidades. Aqui talvez interessem mais as aproximações entre os filmes, pois é o que há de similar que nos pode ajudar a pensar sobre o cinema que vem sendo feito hoje no Brasil. Um cinema que aproxima a encenação e a coreografia. Cinema que mistura os espaços do mundo e as ficções. A transformação do país, o mergulho do olhar, a postura diante do luto: os impasses que se colocam. E diante deles a resposta vem sob a forma de novas perguntas, em que os signos se sobrepõem, as ideias são transformadas em ícones que se baralham e se fortalecem. Para existir é preciso resistir.” — Ricardo Alves Jr. The new Brazilian cinema in a programme curated by director Ricardo Alves Jr. “The connection is somewhat tense, as it reveals similarities and exposes disparities. What is most interesting here are the points where these films connect – these sim-

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B R A S I L S /A ⁄ MARCELO PEDROSO 2014 • 70’ • M/6

No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson trabalhou no cultivo da cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se dedicar à sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil.

ilarities are what help us think about the cinema that is being made today in Brazil,

BRANCO SAI. PRETO FICA ⁄ ADIRLEY QUEIRÓS 2014 • 93’ • M/12

Dois homens negros, moradores da maior periferia de Brasília, ficam marcados para sempre graças a uma ação criminosa de uma polícia racista da Capital Federal. A polícia invade uma festa. Tiros, correria e a consumação da tragédia: um homem fica para sempre na cadeira de rodas, o outro perde a perna após um cavalo da polícia cair sobre ele. Mas esses homens não se sentem confortáveis em contar a história de maneira direta e jornalística. Eles querem fabular, querem outras possibilidades de narrar o passado, abrindo para um presente cheio de aventuras e novos significados, propondo um novo futuro. Two black men, both living in the biggest suburb of

combining staging and scenography, mixing places and fictions. The transformation

For the past 500 years in Brazil, Edilson worked on

Brasília, are forever marked by the criminal action of

of the country, the plunge of a regard, the posture before mourning: the impasses

sugar cane farming. One day the machines arrived and

a racist cop from the Federal Capital. The police crash

that are presented and the answers that come from them in form of new questions,

he abandoned the cut to dedicate to his first space mis-

into a party. Gunshots, running and tragedy: a man for-

in which symbols overlap and ideas are transformed in icons that are mixed up and

sion. A small step for himself, but a giant step for Brazil.

ever stuck on a wheel chair, the other loses a leg after

strengthened. To exist one has to resist.” — Ricardo Alves Jr.

being crushed by a police horse. But these men don’t feel comfortable in telling the story to a journalist. Festivais e Prémios Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora e Melhor Montagem – 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Festivais e Prémios Doc Lisboa Menção honrosa - 17a Mostra de Cinema de Tiradentes; Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba; V CachoeiraDoc; Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Direção de Arte - 47º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro.

1. Brasil S/A 2. Rua de Mão Única 3. Branco Sai. Preto Fica

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • C I N E M A

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • C I N E M A

PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI 3,00 EUR POR SESSÃO

TER 10 MAR ⁄ 22H00


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TER 24 FEV A DOM 8 MAR

QUI 12 MAR / 22H00

⁄ TREMOR ⁄

FANTASPORTO ⁄ TM RIVOLI

R I C A R D O A LV E S J R . 2013 • 14’ • M/12

Um dia na vida de um homem. Ele procura a sua mulher, procura respostas, procura vida.

DE SEG A SEX ⁄ 18H30, 22H00 SÁB & DOM 15H30, 18H30, 22H00

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MEDEIA FILMES ⁄ TM CAMPO ALEGRE

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A day in the life of a man. He’s looking for his wife, look-

Festivais e Prémios Locarno Film Festival – Competição Pardi di Domani Oberhausen Film Festival - Prize of the Jury of the Ministry for Family, Children, Youth, Culture and Sport of North Rhine-Westphalia Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro – Prêmio de Melhor Direção, Fotografia e Montagem Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte – Melhor Filme Kinoarte Festival de Londrina – Melhor Direção e Edição de Som Festival Internacional de curtas de São Paulo Janela Internacional de Cinema do Recife Panorama Coisa de Cinema FICBIC - Festival de Cinema da Bienal de Curitiba Festival Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira - Prêmio Especial do Juri

VENTOS DE AGOSTO ⁄ GABRIEL MASCARO 2014 • 77’ • M/12

Shirley deixou a cidade grande para viver numa pacata vila litoral cuidando da sua avó. Ela trabalha numa plantação de côco. Mesmo isolada, cultiva o gosto pelo punk rock e o sonho de ser tatuadora. Namora com Jeison, um rapaz que também trabalha na fazenda e faz pesca subaquática. Um estranho pesquisador chega à vila para registar o som dos ventos alísios que emanam da Zona de Convergência Intertropical. Agosto marca a chegada das tempestades e das altas marés. Os ventos crescentes colocarão Shirley e Jeison numa jornada sobre perda e memória, vida e morte, vento e mar.

1

“A cidade do Porto, debruçada sobre o Rio Douro e este ano considerada de novo o “Melhor Destino Turístico da Europa”, recebe há 35 anos um dos festivais de cinema mais prestigiados a nível Europeu. São mais de dez dias de Festa para o Mundo do Cinema, onde produtores, realizadores, atores, atrizes, distribuidores e (muito) público se fundem num programa multifacetado, com uma tónica de género, o Fantástico. São quatro as secções, oficiais competitivas com júris internacionais próprios, que se “alimentam” das mais recentes produções mundiais. Este ano estão 51 países presentes e mais de 220 filmes, de entre curtas e longas metragens, todos eles inéditos em Portugal, alguns na Europa e outros ainda exibidos em antestreia mundial. As homenagens e retrospetivas nunca faltam. Este ano celebraremos o 100º aniversário do nascimento de Orson Welles, realizar-se-á uma larga retrospetiva sobre os filmes com Fred Astaire e Ginger Rogers — estes tendo por base a celebração dos 80 anos da estreia mundial de Top Hat —, sendo o homenageado português, o produtor Fernando Vendrell, o qual, a par de outras personalidades convidadas, receberão o Prémio de Carreira do Fantasporto. Esta edição realiza-se entre 24 de fevereiro e 8 de março. O Porto tem os braços aberto para si. Seja bem vindo ao Mundo das Artes, ao Mundo do Cinema.” — Mário Dorminsky Diretor do Fantasporto

Há mais de vinte anos a exibir cinema em Portugal, e há dez no Teatro Municipal Campo Alegre, a Medeia Filmes aposta na qualidade e diversidade, com estreias em exclusivo, privilegiando o cinema europeu, o cinema americano independente, o “cinema do mundo”, divulgando as mais variadas cinematografias e exibindo os melhores filmes selecionados e premiados nos mais importantes festivais de cinema (Cannes, Veneza, Berlim, Locarno, Toronto, entre outros). E porque a programação do cinema contemporâneo deve fazer-se em diálogo com a sua história, exibe também, regularmente, clássicos em cópias novas ou ciclos de autor, como aconteceu com os ciclos dedicados a Ingmar Bergman, Ozu, ou Satyajit Ray, ou, ao longo do ano, nas Terças-feiras Clássicas. Medeia Filmes shows films in Portugal for more than 20 years, and at Teatro Municipal Campo Alegre for 10. Medeia privileges quality and diversity, with exclusive premieres, focusing on European, American, independent and World cinema. Showing different cinematographies and a selection of films from the most important film festivals (Cannes, Venice, Berlin, Locarno and Toronto, among others). Because the programme of contemporary film should dialogue with its history, Medeia also shows classics and movie cycles dedicated to directors like Ingmar Bergman, Ozu, or Satyajit Ray. There’s also the weekly “Terça-feiras Clássicas”.

“The city of Porto, capital of northern Portugal, perched on the Douro River and considered this year’s “Best Touristic Destination in Europe”, has been for the past 35 years, the host of one of the most prestigious film festivals in Europe and the World. More than ten days of celebration of cinema where producers, directors, actors and actresses, distributors and public (a lot of it) come together in a wide programme with a dedicated genre: Fantasy. There are four sections of official competition with an international jury, feeding on the most recent productions from all over the world. This year’s edition has 51 participating countries and more than 220 films, long and short, all previously unseen in Portugal, some unseen in Europe and even some on

Shirley left the big city to take care of her grandmoth-

world premiere.” — Mário Dorminsky Diretor do Fantasporto

er in a quiet village by the shore. She works on a coconut farm. Even in isolation she nourishes her taste for punk rock and her dream of becoming a tattoo artist. Her boyfriend Jeison also works at the farm and does underwater fishing. A strange researcher arrives in the village to register the sounds of trade winds that blow from the Intertropical Convergence Zone. August

1. Tremor 2. Ventos de Agosto

winds will take Shirley and Jeison on a journey of loss and memory, life and death, wind and sea.

Festivais e Prémios Menção especial – 67o Festival de Locarno 2014; 62o Festival Internacional de Cinema San Sebastian; 47o Festival de Brasília de Cinema Brasileiro; 33° Festival Internacional de Vancouver; 58° BFI Festival de Cinema de Londres; 50° Festival Internacional de Chicago; FilmFest Hamburg 2014.

CAMPO ABERTO RESIDÊNCIAS DE LONGA DURAÇÃO PÁ G . 8 6

Fotografia © José Caldeira

is when the storms and high tides start. The increasing

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ing for answers, looking for life.


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LITERATURA ⁄ EXPOSIÇÕES LITERATURE ⁄ EXHIBITIONS

Á LVA R O S I Z A E G I O VA N N I C H I A R A M O N T E ( I T ) / A M E D I D A D O O C I D E N T E [ PÁ G . 6 6 ] A P O E S I A À S O LTA [ PÁ G . 6 7 ] Q U I N TA S D E L E I T U R A [ PÁ G . 6 8 E PÁ G . 6 9 ]

Fotografia © Giovanni Chiaramonte

LA N Ç A M E N T O S D E L I V R O S [ PÁ G . 7 0 E PÁ G . 7 1 ]

A Medida do Ocidente – Viagem na Representação Álvaro Siza e Giovanni Chiaramonte


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SÁB 24 JAN ⁄ 18H30

ENCONTRO • SÁB 24 JAN ⁄ 16H30 EXPOSIÇÃO* • INAUGURAÇÃO ⁄ 17H30 SÁB 24 JAN — TER 31 MAR

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A P O E S I A À S O LTA

A MEDIDA DO OCIDENTE

⁄ ANTÓNIO DURÃES, ADOLFO LUXÚRIA CANIBAL, PEDRO LAMARES, SUSANA MENEZES E TERESA COUTINHO ⁄ VÁ R IO S L O C A I S T M R I VOL I ENTRADA GRATUITA • M/12

VIAGEM NA REPRESENTAÇÃO Á LVA R O S I Z A & G I OVA N N I C H I A R A M ON T E (I T ) ⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI *FOYER DO 3º PISO DO TM RIVOLI ENTRADA GRATUITA • M/6

Cinco autores consagrados são lidos por cinco vozes inesquecíveis fazendo descobrir locais inusitados do TM Rivoli.

“A Medida do Ocidente” é uma exposição dedicada a dois mestres da cultura ocidental: Álvaro Siza e Giovanni Chiaramonte. O primeiro é um dos nomes maiores da atualidade, referência para uma geração de arquitetos; o segundo um dos fotógrafos de referência do Velho Continente, com trabalhos publicados e premiados um pouco por todo o mundo. “A Medida do Ocidente” é assim a síntese do encontro entre dois intelectuais, dois viajantes com pontos de partida diferentes (Portugal e Itália), mas destinos comuns: o Mundo. Um mundo feito de ruínas antigas e ruinas do futuro. Um mundo onde a antiguidade e o contemporâneo se diluem num conceito universal. (The measure of the West) “A Medida do Ocidente” is an exhibition dedicated to two masters of the western culture, in two distinct areas, such as architecture and photography - although sometimes they walk hand in hand: Álvaro Siza and GioFotografias © Giovanni Chiaramonte

vanni Chiaramonte. The first is one of the greatest names in his field, a reference to a whole generation of architects; the other is a reference photographer in the Old Continent, published and awarded all over the world. This exhibition, opening at 5pm, will have a conference with the authors, in the Small Auditorium of Teatro Municipal Rivoli, at 4pm. Free admission.

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5 António Durães lê Jorge de Sousa Braga Adolfo Luxúria Canibal lê Mário Cesariny Teresa Coutinho lê Alexandre O´Neill Pedro Lamares lê Fernando Pessoa Susana Menezes lê Adília Lopes

Álvaro Siza nasceu em Matosinhos, em 1933. Estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1949 e 1955. É um dos nomes mais reconhecidos da arquitetura portuguesa. Giovanni Chiaramonte nasceu em Varese, Itália, em 1948. Iniciou o seu percurso fotográfico no final dos anos 60. Dedica o seu trabalho à exploração da relação entre o lugar e a identidade do homem e ao destino do Ocidente.

Cinco poetas de sempre, com palavras intemporais: Adília Lopes, Alexandre O’Neill, Fernando Pessoa, Jorge de Sousa Braga, Mário Cesariny. Cinco ‘diseurs’ de diferentes gerações, com vozes inconfundíveis: António Durães, Adolfo Luxúria Canibal, Pedro Lamares, Susana Menezes e Teresa Coutinho. Cinco palcos não convencionais num espaço em plena efervescência. A poesia está à solta, a acompanhar a comemoração dos 83 anos do Teatro Municipal Rivoli. Five acknowledged writers read by five unforgettable voices, discovering unusual places of TM Rivoli. Five timeless poets with timeless words: Adília Lopes, Alexandre O’Neill, Fernando Pessoa, Jorge de Sousa Braga and Mário Cesariny. Five ‘diseurs’ of different generations with distinctive voices: António Durães, Adolfo Luxúria Canibal, Pedro Lamares, Susana Menezes and Teresa Coutinho. Five unconven-

Álvaro Siza was born in Matosinhos in 1933. Studied architecture at Escola Superi-

tional stages in a space of pure effervescence. Poetry is on the loose, celebrating the

or de Belas Artes do Porto, between 1949 and 1955. He is one of the most acknowl-

83rd anniversary of Teatro Municipal Rivoli.

edged names in Portuguese architecture. Giovanni Chiaramonte was born in Varto the relation between man’s identity and his location, and the destiny of the West.

83º ANIVERSÁRIO DO TM RIVOLI

Fotografias © Direitos Reservados

ese, Italy, in 1948. He started photographing in the late 60’s. He dedicates his work

F E L I C I DA D E —T E M A P E L O U R O DA C U LT U R A 2 0 1 5

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • L I T E RAT U RA /EX P O SIÇ ÕE S

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83º ANIVERSÁRIO DO TM RIVOLI


QUI 29 JAN, 19 FEV* & 26 MAR ⁄ 22H00

26 MARÇO

QUINTAS DE LEITURA

TROPICAL

Todos os meses, os livros e os seus autores dão o mote para um encontro multidisciplinar entre vários artistas. “Quintas de Leitura” é uma iniciativa do Teatro Municipal do Porto que teve início em 2001, mantendo-se, desde então, em atividade permanente todos os meses. Foram já realizadas 165 sessões. Em 2015, serão realizadas mais 10 sessões, duas das quais fora do seu espaço habitual, o Teatro Municipal Campo Alegre. Mantendo o carácter intimista das “Quintas”, este ciclo afirma-se como um espaço de liberdade de expressão, um espaço transversal a filosofias, ideologias, credos, estéticas, géneros, sensibilidades e afectos. A ação do projeto continuará a assentar num depurado conceito de transdisciplinaridade e de cruzamento da palavra dita com a música, performance, dança e imagem, imprimindo à Poesia uma nova força e dimensão. Com uma programação virada para o Futuro e assente numa atitude de modernidade e de compromisso com a contemporâneidade, não se esconde que o Amor, a Liberdade e o Sonho continuam a ser as bandeiras que animam e norteiam a ação poética das Quintas de Leitura. Every month authors and their books are the motto for a multidisciplinary meeting between different artists. “Quintas de Leitura” is an initiative of Teatro Municipal do Porto, which started in 2001. Since then it became a monthly event, counting 165 sessions. In 2015 we will have 10 more sessions, two of them outside Teatro Municipal Campo Alegre, its usual venue. The intimist atmosphere of “Quintas” will be maintained, confirming this event as a space of freedom of expression, where different philosophies, ideologies, believes, aesthetics, genres, sensitivities and affections meet.

29 JANEIRO

19 FEVEREIRO*

ENTRE DOIS RIOS

A P OE S I A VA I AC A BA R

Nesta sessão a convidada especial é a poeta Ana Luísa Amaral. Natural de Lisboa, onde nasceu em 1956, trocou a capital por Leça da Palmeira aos nove anos. É, atualmente, professora associada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e um dos nomes maiores da poesia em Portugal. Os seus livros de poesia estão editados em vários países, tais como França, Brasil, Suécia, Holanda, Venezuela, Itália e Colômbia. Em 2007 foi galardoada com o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas, com a obra "A Génese do Amor", também selecionado para o Prémio Portugal Telecom. Nesta sessão, a autora conversa com o jornalista Luís Caetano, enquanto os recitadores Daniel Macedo Pinto e Paula Ventura dão voz a excertos das suas obras, perpassando os diferentes momentos de uma carreira dedicada às letras. A artista plástica Susana Bravo inspira-se no universo poético de Ana Luisa Amaral para assinar a imagem deste encontro. O momento de performance será da responsabilidade da bailarina Mariana Tengner Barros, que apresentará a peça “Aprés Le Bain”. Participação especial de Ana Bacalhau, a vocalista do projeto musical “Deolinda”. Tempo ainda para ver um fragmento do documentário “Entre Dois Rios e Outras Noites”, de Nuno F. Santos e João Nuno Soares.

Sessão centrada na obra do autor Manuel António Pina. A sua poesia, algumas crónicas e histórias para os mais novos serão percorridas pelas vozes de Ana Deus, Pedro Lamares, Ana Celeste Ferreira, Celeste Pereira, Eduardo Roseira e Adriana Faria. Será feita ainda a apresentação, em estreia nacional, do filme “As Casas Não Morrem”, trabalho de Pedro Macedo sobre o autor. Os escritores Inês Fonseca Santos e Álvaro Magalhães comentam o filme e falam sobre a obra e a vida do poeta. A imagem da sessão é assinada por Lucília Monteiro, fotógrafa e amiga do autor, que foi captando, ao longo de muitos anos de convivência, imagens expressivas do poeta. As canções de Francisco Fanhais fecham a sessão. Terá ainda lugar nesta sessão uma performance da coreógrafa Clara Andermatt, com o músico Jonas Runa. Participação especial de Ricardo Caló, Joana Ilhão, Paula Ventura e Andreia Oliveira.

nio Pina. His poetry, some chronicles and many stories for the young ones, will be visited by the voices of Ana Deus, Ana Celeste Ferreira, Celeste Pereira and Eduardo Roseira. We will also present the national premiere of “As Casas Não Morrem”, a film by Pedro Macedo about this author. Writers Inês Fonseca Santos and Álvaro Magalhães comment the film and talk about the life and work of this poet.

Amaral. Born in Lisbon, in 1956, she traded the capital an associated teacher at the Faculty of Letters of Porto University and an established author of Portuguese poetry. Her poetry books are published in many coun-

Fotografia © Luísa Coelho

tries like France, Brazil, Sweden, Holland, Venezuela,

Adriana Faria, Álvaro Magalhães, Ana Celeste Ferreira, Ana Deus, Andreia Oliveira, Celeste Pereira, Clara Andermatt, Eduardo Roseira, Francisco Fanhais, Inês Fonseca Santos, Joana Ilhão, Jonas Runas, Lucília Monteiro, Paula Ventura, Pedro Lamares, Pedro Macedo, Ricardo Caló

Italy and Colombia. In 2007 she was awarded with the Literary Prize Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, with her book “A Génese do Amor”, also short listed for

FELICIDADE—TEMA PELOURO

the Portugal Telecom Award. She will talk with journal-

DA C U LT U R A 2 0 1 5

ist Luís Caetano, while actors Daniel Pinto and Isabel Queirós will read parts of her work, crossing different moments of a career dedicated to writing.

Ana Luísa Amaral, Ana Bacalhau, Daniel Macedo Pinto, João Nuno Soares, Luís Caetano, Mariana Tengner Barros, Nuno F. Santos, Paula Ventura

Álvaro Domingues is the main guest of this session, where we try to answer a main question: what is “tropical” explained in images? When we use Google, this tool that has an answer for (almost) everything, it shows us blue/green ambiences of sky and sea, crooked palm trees, luxurious creatures, golden sunsets, food and flowers. A paradise! But is this the real “tropical”?

Álvaro Domingues, Afrolatin Connection, Chullage, Gileno Santana

This session is focused on the work of Manuel Antó-

For this session, our special guest is the poet Ana Luísa for Leça da Palmeira when she was 9. She is presently

Álvaro Domingues é o convidado central desta sessão onde se procura dar resposta a uma pergunta: o que é o “tropical” explicado por imagens? Se recorrermos ao Google, esse instrumento que tem sempre uma resposta para (quase) tudo, surgem atmosferas verde-azul de céus e mares, palmeiras tortas, animais vistosos, poentes sanguíneos, comidas e flores. Ou seja, um paraíso! Mas será isso o verdadeiro “tropical”? Álvaro Domingues diz que é quase tudo mentira e é isso que irá explicar numa conferência-esquisita. A sessão contará ainda com a companhia de dança Afrolatin Connection e com a participação musical do trompetista Gileno Santana. De Londres chega Chullage, um dos mais importante rappers da atualidade.

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Fotografia © Lucília Monteiro

AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE *GRANDE AUDITÓRIO TM RIVOLI 7,50 EUR • M/12

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Fotografia © Álvaro Domingues

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LANÇAMENTOS DE LIVROS ⁄

O Café-Concerto do Teatro Municipal Rivoli acolhe lançamentos de livros de autores consagrados e, em pé de igualdade, das novas veias comunicantes da literatura portuguesa. Assim já aconteceu no final de 2014, onde o Café-Concerto foi palco do lançamento de livros de José Luís Peixoto, Pedro Eiras e Filipa Leal. Todos estes autores já passaram pelas “Quintas de Leitura”, também promovidas pelo Teatro Municipal do Porto, estabelecendo-se, assim, uma ponte lógica e previsível entre os dois projetos. Será procurado, em 2015, aprofundando e sistematizando o trabalho já realizado, e sempre em estreita colaboração com as editoras, trazer para o Teatro Municipal Rivoli os lançamentos do que melhor se faz em Portugal na área do romance, conto, poesia, ensaio, banda desenhada e fotografia, entre outros géneros. The Café-Concerto of the Teatro Municipal Rivoli is the place where books by acknowledged writers are released side by side with the new voices of Portuguese literature. This was already so in the end of 2014 when José Luís Peixoto, Pedro Eiras and Filipa Leal released their books at our Café-Concerto. This work will be continued in 2015 in close partnership with publishers, to bring to Teatro Municipal Rivoli

SEX 30 JAN / 18H30

DA FAM Í LI A DE VALÉRIO R OMÃO EDITORA ABYSMO

Um dos mais desafiantes escritores da atualidade regressa com um conjunto de onze contos, alguns deles anteriormente publicados em revistas como Granta ou Egoísta. Em estilo de grande crueza lírica, expande aqui o seu universo para o tema omnipresente da família, desenhando com inusitada autenticidade extraordinárias personagens e ambientes apocalípticos. Na capa, um pequeno espelho, que o tempo e o uso riscarão, lembra que ninguém, nenhum dos incautos leitores, consegue escapar do retrato de família, uma qualquer família.

RIO TORTO

DE ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO CHIADO EDITORA

DE RUI LAGE E D I T O R A L Í N G U A M O R TA

D E M A R TA B E R N A R D E S EDITORA DOUDA CORRERIA

Rui Lage nasceu no Porto em 1975. É ensaísta, crítico literário e autor de Teatro e de literatura para a infância. É também uma das vozes mais importantes da nova poesia portuguesa. Rio Torto, da Editora Língua Morta, é o seu sexto livro de poemas e constitui uma espécie de primeiro “tomo” das suas memórias de infância.

Claviculária, o último livro de poemas de Marta Bernardes editado pela Douda Correria, é uma exercício de pequenos discernimentos sobre o mundo e sobre o próprio nascimento do poema. Como um livro de horas que retoma um certo sentido litúrgico laico, comprometido e luminoso, vai abrindo a cada poema uma porta em novas direções.

“A pedrada chega com os UHF e as águas revoltaram-se. De repente todos queriam ser como nós, a locomotiva de Almada. É este o tempo de unir as pontas da história, esquivar as falsas encruzilhadas (crossroads) e chamar as coisas pelo seu nome sem pruridos ou abrangências contranatura: não sou um gajo porreiro, sou um tipo sério e sincero, como diz a canção. Não se trata de avaliar o ADN da paternidade, trata-se de reconhecer o grito firme e continuado que mexe com tudo, a diferença entre quem era e quem queria ser. Enquanto o produtor Carlos Gomes e o Valentim de Carvalho procuravam trazer Rui Veloso e a Banda Sonora para espectáculo como um todo coerente capaz de reproduzir o disco gravado, os UHF somavam palcos e conquistavam namoradas por este país fora. Sexo, Drogas & Rock and Roll.” António Manuel Ribeiro “The ripple effect came with UHF and the waters were disturbed. Suddenly everybody wanted to be like us, the locomotive from Almada. Now its time to tie the loose with no restrictions or unnatural reach: I’m not a nice guy, I’m like the song says, a serious and sincere guy”. António Manuel Ribeiro

QUI 12 FEV / 18H30

One of today’s most defying writers returns with a set of eleven short stories, some of them previously published

D E R E N AT O F I L I P E CA R D O S O EDITORA DOUDA CORRERIA

on magazines like Granta and Egoísta. In a very crude lyric style, he expands his universe to the omnipresent theme of family, drawing apocalyptical ambiences and extraordinary characters with unusual authenticity.

"Yuki-onna Blues", editado pela Douda Correria e com ilustrações de Ana Tecedeiro, é o quarto original de poesia de Renato Filipe Cardoso, poeta portuense. Inspirado na personagem da mitologia japonesa Yuki-onna — espécie de sereia da neve um terço musa, um terço bruxa, um terço mulher —, o livro descreve uma viagem poética, fabulada e anacrónica, pelas aventuras e desventuras, medos e inseguranças, ânsias e paixões de Yasiko Wing, uma dessas entidades simultaneamente frágeis e cruéis, intimidade feminina na fímbria do impossível. Inspired by the Japanese mythological character Yuki-onna – a sort of snow mermaid one third muse, one third witch, one third woman – the book describes a fabled and anachro-

Fotografia © José Caldeira

nistic poetic journey through adventures and misfortunes, fears and insecurities, angst and passions of Yasiko Wing, an entity both fragile and cruel, a feminine intimacy on the hems of the impossible.

QUI 19 MAR / 18H30

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C L AV IC U L Á R I A

Rui Lage was born in Porto in 1975. Essayist, literary critic, children’s books writer and play-writer. He is

“Claviculária”, the latest poetry book by Marta Ber-

also an important voice of the new Portuguese poetry.

nardes, published by Douda Correria is an exercise of

“Rio Torto” published by Editora Língua Morta is his

little insights on the world and the birth of a poem.

sixth poetry book and is the first volume of his child-

Like a Book of Hours retrieving a lay liturgical sense,

hood memories.

compromised and luminous, it opens with each poem a doorway to new directions.

SEX 20 FEV / 18H30

THROUGH THE BACK. SITUATING VISION BETWEEN MOVING BODIES DE JEROEN PEETERS

ends, dodge fake crossroads and call a spade a spade

YUKI-ONNA BLUES

the best of what is being done in Portugal in the areas of novel, fiction, short story, poetry, essay, graphic novel, photography and other genres

SEX 13 FEV / 18H30

O dramaturgo e escritor belga Jeroen Peeters apresenta o seu novo livro sobre a condição do espetador em dança contemporânea, em conversa com a crítica Alexandra Balona. A obra procura articular o potencial crítico de abordagens alternativas para a expressão física e a criação de imagens do corpo que são vulneráveis e permeáveis ao mundo. Coreógrafos experimentais, como Alexander Baervoets, Boris Charmatz, Meg Stuart ou Vera Mantero, também desafiam e expandem a experiência do espetador, incluindo os elementos corpóreos, tecnológicos e culturais que suportam as formas como vemos, ouvimos, sentimos e imaginamos. The Belgian play writer Jeroen Peeters presents his new book on the condition of the contemporary dance spectator, in a conversation with critic Alexandra Balona. This book tries to articulate the critical potential of alternative approaches to physical expression, and the creation of body images that are vulnerable and pervious to the world.

SÁB 28 MAR / 18H00

ATIVIDÁRIO DO TEATRO E D I T O R A PAT O L Ó G I C O

O Teatro vai ao Rivoli. Este Teatro rompe a quarta parede que o separa do público, pede olhos de ver e palmas de bater. Este Teatro folheia-se para encontrar sarilhos dos bons, comédias, dramas e tragédias. É um atividário editado pelo Pato Lógico - agora transformado em animal de palco - que dia 28 de Março invade o Teatro Municipal Rivoli para ser lançado pela embaixadora teatral Dora Batalim. Theatre goes to Rivoli. This theatre breaks the fourth wall that separates it from the audience, asks for seeing eyes and clapping hands. This theatre leafs through its pages to find good trouble, comedy, drama and tragedy. It’s a book published by Pato Lógico.

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • L I T E RAT U RA /EX P O SIÇ ÕE S

T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • L I T E RAT U RA /EX P O SIÇ ÕE S

CAFÉ-CONCERTO TM RIVOLI ENTRADA GRATUITA • M/6

TER 10 FEV / 18H30

P OR DE T R Á S D O PA NO


PA RA L E L O ⁄ PROGRAMA DE APROXIMAÇÃO ÀS ARTES PE R F OR M AT I VA S

O Paralelo — Programa de Aproximação às Artes Performativas surge da reflexão mais alargada do que são (ou do que podem ser) tradicionalmente os serviços educativos das instituições culturais. Desta forma são propostas diversas ações e projetos que constroem e sedimentam eixos de ligação entre o Teatro Municipal do Porto e a comunidade, dando a conhecer novas práticas culturais contemporâneas, fomentando um contacto mais aprofundado com a programação e desenvolvendo um apurado sentido crítico nos diferentes públicos. O PARALELO – this approach programme to performing arts is born from a broader reflection on what an educational service of a cultural institution is and can be. This is a way of developing different initiatives and projects that build and strengthen connection hubs between Teatro Municipal do Porto and the community, presenting new contemporary cultural practices, promoting a closer contact with the programme and developing a finer critical capacity in different audiences. Through a series of activities — conceived and oriented by the team of Teatro Municipal, guest teachers and artists from the programme — the continuous and regular creation of a multidisciplinary space of shared ideas is proposed, based on a bold and sometimes challenging programme.

O programa promove, de forma contínua e regular, a criação de um espaço multidisciplinar e de partilha de ideias, alicerçado num conjunto de propostas concebidas pela equipa do Teatro Municipal, formadores e artistas presentes na programação.

O PARALELO será também uma importante ferramenta de mediação de públicos, que no seu conjunto propõe espetáculos para grupos escolares e famílias, conversas, workshops, encontros, visitas guiadas, tradução em língua gestual portuguesa e até babysitting performativo.

I M A G E N S M I G R AT Ó R I A S [ PÁ G . 7 4 E PÁ G . 7 5 ] WO R KS H O P S [ PÁ G . 7 6 — PÁ G . 7 9 ] E N C O N T R O S / C O N V E R S A S P Ó S - E S P E TÁ C U L O [ PÁ G . 8 0 E PÁ G . 8 1 ] E S P E TÁ C U L O S PA R A G R U P O S E S C O L A R E S E FA M Í L I A S [ PÁ G . 8 2 ] V I S I TA S G U I A D A S / B A B YS I T T I N G P E R F O R M AT I V O / L Í N G U A G E S T U A L P O R T U G U E SA [ PÁ G . 8 3 ]

PA R A L E L O ⁄ APPROACH PROGRAMME TO PERFORMING ARTS

Todas as atividades acontecem nos dois polos do Teatro Municipal do Porto, promovendo assim uma saudável deambulação entre equipamentos e desenvolvendo projetos com as oito estruturas artísticas em residência.

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T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

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IMAGENS MIGRATÓRIAS

Jonathan Burrows é bailarino e coreógrafo, tendo dançado com a companhia Royal Ballet. O seu foco de trabalho é, atualmente, uma série de duetos com o compositor Matteo Fargion, com quem se apresenta regularmente em todo o mundo. Jonathan Burrows is a dancer and choreographer who danced for the Royal Ballet. His present work is focused on a series of duets with composer Matteo Fargion, with whom he presents their work around the world.

Jeoren Peeters é escritor, dramaturgo e performer. Vive em Bruxelas. Escreve regularmente sobre dança contemporânea. É codiretor do “Sarma”, um laboratório sobre práticas discursivas na área da dança.

De que forma as artes performativas são catalisadoras de pensamento e ação crítica sobre o contemporâneo? A montagem dinâmica de imagens, que migram de outros tempos e de outros media, compõe constelações (visíveis e subterrâneas) em redor do universo criativo dos artistas. Este programa visa ancorar o momento efémero de uma proposta de artes performativas numa trama de leitura visual e reflexão crítica sobre a prática e o discurso do artista. Partimos do visionamento de imagens, fixas e/ou em movimento, provenientes de diversos campos (in)disciplinares, que intuímos como gravitacionais à sua obra. Dessa cartografia imagética, que se espera tão fecunda quanto dissonante, geram-se outros espaços de pensamento, ensaios possíveis de mediação entre a imagem e o gesto, entre o visual e a linguagem. Articulam-se dispositivos do olhar com uma mesa de ideias, numa conversa informal entre o artista, os convidados e o público, e que parte de indagações múltiplas. Numa época de voracidade pictórica, como dissecamos as imagens que permeiam a construção do social, do político e, neste caso preciso, de uma obra performativa? Que visualidade (material e imaterial) informa a prática e o discurso do artista? Como se opera a passagem das imagens do pensamento ao gesto? In what way are the performing arts a catalyst for thought and critical action

SÁB 21 FEV / 18H00

SÁB 21 MAR / 18H00

IMAGENS MIGRATÓRIAS #1 ⁄

IMAGENS MIGRATÓRIAS #2 ⁄

J O N AT H A N B U R R O W S

BENJAMIN VERDONCK

No seu livro recente “A Choreographer’s Handbook” (2009), Jonathan Burrows parte não só de material que regista nos workshops que leciona, como do sentir e da forma da sua prática artística, para propor um dispositivo de investigação sobre modos e formas de coreografar. Nele se podem ler algumas das suas possíveis definições de coreografia: “choreography is a negotiation with the patterns your body is thinking” (27), ou “arranging objects in the right order that makes the whole greater than the sum of the parts” (40). Trata-se de um livro de exercícios, reflexões e princípios que expõe aberta e honestamente a prática criativa do artista, e que convida à navegação de interessados. Neste primeiro laboratório, partiremos precisamente de uma montagem de imagens que o artista nos apresentará, sob o tema “Lost in process”, para uma conversa aberta ao público entre o crítico de dança belga Jeroen Peeters, e o curador e director do Centro Galego de Arte Contemporânea, Miguel von Hafe Pérez.

Com formação em teatro no Conservatório de Antuérpia, Benjamin Verdonck apresenta um corpo de trabalho que percorre várias disciplinas, permeando os limites do trabalho de ator, das performances em palco, object-based e no espaço público, assim como instalações artísticas no circuito galerístico. As suas propostas combinam a subtileza com o desconcertante e a estranheza, a poesia e o onírico com o ativismo político e ecológico. Este laboratório de pensamento parte do visionamento de imagens como aproximação à obra do artista, prosseguindo com uma conversa entre o crítico de artes performativas belga Pieter T’Jonck e o performer, dramaturgo e pensador português Rui Catalão.

on what is contemporary? The dynamic assemblage of images (which migrate from other times and media) composing visible and underground constellations around

In this first lab the starting point is an assemblage of

the creative universe of artists. The goal of this lab for thought is to anchor the

images presented by the artist, under the theme “Lost

ephemeral moment of a performing arts proposal in a web of visual interpretation

in process”. This opens the public talk between Belgian

and critical reflection on the work of the artist. The starting points are fixed and/or

dance critic Jeroen Peeters and curator and CGAC’s di-

moving images from different (in)disciplines, which we consider to be gravitation-

rector Miguel von Hafe Pérez.

al to their work. From this imagery cartography – that we expect to be as fertile as dissonant – we generate other fields for thought and possible trials between image Convidados Jonathan Burrows, Jeroen Peeters e Miguel von Hafe Perez Moderação Alexandra Balona

and gesture, visual and language.

Alexandra Balona is an architect and a researcher. Has a degree in Architecture from FAUP and a postgraduate in Contemporary Art from UCP. Her research is based around the critical theory of Architecture, Performing Arts and Visual Arts.

Destinatários adultos, artistas, estudantes do ensino superior Mediante inscrição prévia Duração aprox. 60 minutos

er. He lives in Brussels and writes about contemporary dance. He’s co-editor of “Sarma” – a lab on discursive practices in dance.

Miguel von Hafe Pérez é crítico de arte e comissário de exposições. Foi responsável pela área de Artes Plásticas e Arquitetura da Porto 2001, Capital Europeia da Cultura. É diretor do CGAC, em Santiago de Compostela (2009-2014). Miguel von Hafe Pérez is an art critic and curator. He was responsible for Visual Arts and Architecture in Porto 2001 – European Capital of Culture. He’s the director of CGAC, in Santiago de Compostela (2009-2014).

Benjamin Verdonk é ator, encenador, escritor e artista visual. O seu trabalho divide-se entre espetáculos para auditórios e peças para espaços abertos, das quais se destacam “Bara/ke” (2000), uma casa de árvore em pleno coração da cidade; “Hirondelle / Dooi Vogeltje” e “BOOT”, entre outras.

In this lab for thought we start from the observation

Benjamin Verdonck is an actor, writer and visual art-

of images as means of approach to the work of the art-

ist. His work spans between performances for audito-

ist, followed by a talk between Belgian performing arts

riums and pieces for open spaces, of which “Bara-ke”

critic Pieter T’Jonck and Portuguese performer, play

(2000) – a tree-house in the city centre; “Hirondelle /

writer and thinker Rui Catalão.

Dooi Vogeltje” and “BOOT” stand out.

Convidados Benjamin Verdonck, Rui Catalão e Peter T’Jonck Moderação Alexandra Balona Destinatários adultos, artistas, estudantes do ensino superior Mediante inscrição prévia Duração aprox. 60 minutos

Rui Catalão é autor e intérprete de “Canções i comentários” (2014), e dos solos “Av. Dos Bons Amigos” (2013) e “Dentro das palavras” (2010). Fez peças de grupo, trabalhou com diversos artistas, escreveu argumentos cinematográficos, escreveu e editou livros, e foi jornalista do jornal Público nos anos 90. Rui Catalão is the author and performer of “Canções i comentários” (2014), and the solos “Av. dos Bons Amigos” (2013) and “Dentro das Palavras” (2010). He’s an author and publisher of books and was a journalist for the newspaper Público in the 90’s.

Fotografia © Direitos Reservados

Alexandra Balona é arquiteta e investigadora. Doutoranda em Media and Communications na European Graduated School, em parceria com Estudos da Cultura da FCH-UCP. Licenciada em Arquitectura (FAUP) e pós-graduada em Arte Contemporânea (UCP), a sua investigação centrase na teoria crítica da Arquitectura, Artes Performativas e Visuais. Publica crítica de artes performativas.

Jeoren Peeters is a writer, play writer and a perform-

Pieter T’Jonck é arquiteto e crítico de artes visuais. Desde 1980 que escreve textos em vários jornais e livros especializados. Pieter T’Jonck is an architect and visual arts critic. Since

She writes critics on performing arts.

1980 he writes for many newspapers and books in this field. Inscrição prévia e mais informações geral.tmp@cm-porto.pt

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

MIGRATORY IMAGES ⁄ CURADORIA DE ALEXANDRA BALONA ⁄ CAFÉ-CONCERTO TM RIVOLI 3,00 EUR

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WORKSHOPS

QUA 18 & QUI 19 FEV

DAS 18H00 ÀS 22H00

DAS 11H00 ÀS 13H00

DAS 11H00 ÀS 13H00

E DAS 15H00 ÀS 17H00

E DAS 15H00 ÀS 17H00

WRITING PERFORMANCE ⁄

ARTICULANDO EXPERIÊNCIA E PRÁTICA – WORKSHOP DE CRÍTICA DE DANÇA ⁄

C O M PA G N I E 7 2 7 3 ( C H ) SALA DE ENSAIO S D O TM RIVOLI ALINE LOPES E LUC BÉNARD

J O N AT H A N B U R R O W S ( U K ) SALA DE ENSAIO S D O TM RIVOLI 10,00 EUR

Fotografia © Direitos Reservados

10,00 EUR

Dirigidos a estudantes e profissionais do espetáculo, crianças, jovens, famílias e grupos escolares.

Em 2003 os coreógrafos Laurence Yadi e Nicolas Cantillon criaram a Compagnie 7273. Já apresentaram mais de 15 peças, desde solos a espetáculos de grupo. Em 2011 venceram o Prix Suisse de la Danse et la Choréographie. Este workshop é uma introdução à técnica de dança “Fuittfuitt” desenvolvida pelos coreógrafos Laurence Yadi e Nicolas Cantillon nos últimos dez anos. Esta técnica envolve características da história da dança mundial (elementos como o ballet clássico, a dança contemporânea europeia e as influências orientais) e um trabalho sobre o Maqâm, um estilo musical praticado na parte mais oriental do globo.

Jonathan Burrows is a dancer and choreographer who danced for the Royal Ballet. His present work is focused

tillon created Compagnie 7273. They’ve presented more

on a series of duets with composer Matteo Fargion, with

than 15 pieces, from solos to group pieces. They won

whom he presents their work around the world. This

the Prix Suisse 2011 de la Danse et la Choréographie.

2 days workshop, oriented by choreographer Jonathan

They’ve developed a dance technique – Fuittfuitt, which

Burrows, will focus on choreographic research and com-

combines several eastern and western styles, creating a

position processes, in order to question the validity of

new concept of performance. This workshop is an intro-

performance nowadays. The practice in this workshop

duction to the dance technique “Fuittfuitt”, developed

will concentrate exercises of time and space assess-

in the past ten years by choreographers Laurence Yadi

ment, in order to clarify the dramaturgical information.

e Nicolas Cantillon. This technique involves character-

families, and school groups. These are a series of workshops connected to the programme. This allows the school audiences and performing arts professionals to profit from the presence of certain artists/thinkers/intellectuals in Porto, and it promotes a deeper knowledge of their work: their methodologies, techniques and universes.

Inscrição prévia e mais informações geral.tmp@cm-porto.pt

SALA DE ENSAIO S D O TM RIVOLI 10,00 EUR

Jeoren Peeter é escritor, dramaturgo e performer. Vive em Bruxelas. Escreve regularmente sobre dança contemporânea, tendo colaborado já com a coreógrafa Meg Stuart nos livros “Are we here yet?” (2010) e “Through the Back: Situating Vision between Moving Bodies” (2014). É codiretor do “Sarma”, um laboratório sobre práticas discursivas na área da dança. Em 2012, recebeu o prémio Pierre Bayle pelas suas críticas no domínio das artes performativas. Sempre emergente, a dança contemporânea propõe imagens alternativas do corpo e convida performers e espetadores a exercitar a sua atenção e imaginação de forma a experimentarem diferentes formas de ser. Como é que alguém se torna um espetador literato? Como é possível articular a complexa experiência da dança contemporânea através da escrita? Estas são algumas questões centrais que surgem em e através da escrita de dança contemporânea. O workshop é aberto a artistas, escritores, teóricos e estudantes interessados em discursos sobre a dança e disciplinas artísticas relacionadas.

istics from the world history of dance (like elements from classical ballet, contemporary dance and oriental widely practiced in the East part of the globe.

Developed for performing arts students and professionals, children, youth and

JEROEN PEETERS (BE)

Jonathan Burrows é bailarino e coreógrafo, tendo dançado com a companhia Royal Ballet. O seu foco de trabalho é, atualmente, uma série de duetos com o compositor Matteo Fargion, com quem se apresenta regularmente em todo o mundo. Este workshop de dois dias intensivos orientado por Burrows, centra-se na investigação coreográfica e processos de composição, de forma a questionar a validade da performance no mundo atual. O trabalho prático deste workshopo vai concentrar exercícios de avaliação do tempo e espaço, de forma a esclarecer a informação dramatúrgica. Um workshop para qualquer artista interessado em analisar o processo e a prática criativa.

In 2003, choreographers Laurence Yadi e Nicolas Can-

influences) and a work around Maqâm – a musical style

Propõe-se um conjunto de workshops conectados com a programação definida, aproveitando a vinda de determinados artistas/pensadores/intelectuais ao Porto, para melhor conhecer a sua obra, experienciando em proximidade as suas metodologias, técnicas e universos.

SEX 20 & SÁB 21 FEV

Falado em português e francês Artistas/orientadores Aline Lopes e Luc Bénard Destinatários Estudantes e Profissionais Nº inscrições máximo 20 Mediante inscrição prévia Sala de Ensaios do TM Rivoli Material necessário Roupa Casual

Falado em inglês Artistas/orientadores Jonathan Burrows Destinatários Profissionais do Espetáculo Nº de inscrições máximo 20, mínimo 8 Mediante inscrição prévia Sala de Ensaios do TM Rivoli Material necessário Roupa Casual, Papel e Caneta

Jeoren Peeters is a writer, play writer and a performer. He lives in Brussels and writes about contemporary dance. He’s co-editor of “Sarma” – a lab on discursive practices in dance. How can someone become a literate spectator? How can someone articulate the complex experience of contemporary dance through writing? These are some of the key questions that emerge from contemporary dance and from writing about it.

Falado em inglês Artistas/orientadores Jeroen Peeters Destinatários Artistas, Escritores, Teóricos e Estudantes Nº de inscrições máximo 12, mínimo 4 Mediante inscrição prévia Sala de Ensaios do TM Rivoli Material necessário Papel e Caneta

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

QUA 21 & QUI 22 JAN

M U LT I S T Y L E S FUITTFUITT ⁄

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

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WO R K S H O P S PA R A ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DO ESPETÁCULO


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WO R K S H O P S PA R A CRIANÇAS, JOVENS E FAM Í LI AS

WORKSHOPS PA R A GRUPOS ESCOLARES

LABORATÓRIOS DE LEITURA POÉTICA

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SEX 30 JAN A SÁB 28 MAR DOM 22 MAR / DAS 10H30 ÀS 12H30

SÁB 28 MAR / DAS 16H00 ÀS 18H00

PELOS CABELOS — TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO ⁄

ATIVIDÁRIO DO TEATRO ⁄

SALA DE ENSAIO S D O TM RIVOLI DOS 6 AOS 8 ANOS

SALA DE ENSAIO S D O TM RIVOLI A PA R T I R D O S 6 A N O S Nº INSCRIÇÕES • MÁX. 20, MÍN. 8 E N T R A D A G R AT U I TA

Nº DE INSCRIÇÕES • MÁX. 15, MÍN. 8

O Teatro de Marionetas do Porto propõe um mergulho no universo do espetáculo Pelos Cabelos, da experimentação do desenho à invenção de histórias, da manipulação à criação de personagens. Teatro de Marionetas do Porto proposes a plunge in the universe of the piece “Pelos Cabelos”. There is a lot to discover, from drawing to the creation of stories, from manipulation to the creation of characters.

Dora Batalim is an educational coordinator and teach-

TER 24 FEV / 10H30 E 15H00

⁄ DAS 19H00 ÀS 21H30

O PORTO QUE SENTIMOS ⁄

CAFÉ CONCERTO TM RIVOLI

OFICINA DO TM CAMPO ALEGRE GRUPO S ES COLARES • 2.º CICLO D O ENSINO BÁSICO Nº DE INSCRIÇÕES • MÁX. 2 TURMAS, MÍN. 1 TURMA E N T R A D A G R AT U I TA

O Teatro vai ao Rivoli. Este Teatro rompe a quarta parede que o separa do público, pede olhos de ver e palmas de bater. Este Teatro folheia-se para encontrar sarilhos dos bons, comédias, dramas e tragédias. É um atividário editado pelo Pato Lógico - agora transformado em animal de palco que dia 28 de Março invade o Teatro Municipal Rivoli para ser lançado pela embaixadora teatral Dora Batalim. Pais e filhos são bem-vindos, a fazerem parte deste atividário, uma exposição/ oficina com propostas baseadas nas atividades do livro, como por exemplo fazer uma máscara de papel e cartão ou jogos dramáticos em grupo.

er. Collaborates with the educational services of several

Ricardo Henriques já fez design gráfico, ilustração, redação publicitária e escrita para a imprensa. É editor de duas revistas, uma para adultos e outra para crianças, onde escreve sobre minudências e faz reportagens. Em 2015 prepara-se para lançar mais três títulos, dois do Pato Lógico e um do Município de Elvas. Usa barba e vernáculo.

Vamos percorrer o centro histórico do Porto mantendo todos os sentidos bem despertos. Cada participante fará uma recolha pessoal de pequenas descobertas: objetos, formas, cores, histórias, cheiros e outras sensações. O material servirá para construir o mapa desse percurso feito pelo grupo. Recorrendo ao desenho como extensão da memória registaremos a nossa experiência afetiva com a cidade. Este é um workshop inserido no projeto ”O meu Porto é património mundial”, da Câmara Municipal do Porto.

This is an activity book published by Pato Lógico – now

Ricardo Henriques has worked as graphic designer,

We’ll walk the streets of the historical centre of Por-

transformed in performing creature – that will invade

illustrator, advertising and press writer. He’s the edi-

to with our senses wide aware. Each participant will

Teatro Municipal Rivoli on March 28, to be released by

tor of two magazines – one for adults, one for children

collect personal small discoveries: objects, shapes, col-

theatre ambassador Dora Batalim. Parents and chil-

– where he writes about minuteness and news reports.

ours, stories, scents and other sensations. This mate-

cultural institutions, developing educational and artistic activities for children, youth and adults.

Criação e orientação Teatro de Marionetas do Porto

O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em setembro de 1988, uma data simbólica que coincide com a apresentação da companhia na seleção oficial do Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes, em Charleville-Mézières. A prática teatral da companhia revela uma visão não convencional da marioneta. A pesquisa vai no sentido de encontrar novas formas de conceção das marionetas e novas possibilidades de explorar a gramática desta linguagem teatral, no que diz respeito à interpretação e à relação transversal com outras áreas de expressão como a dança, artes plásticas, música e a imagem.

rial will be used to create the map of the route made

dren are welcome to participate in this activity – an

theatre games.

Autores Atividário Texto de Ricardo Henriques e Ilustrações de André Letria – Editora Pato Lógico Embaixadora Editora Pato Lógico Dora Batalim

André Letria nasceu em Lisboa, em 1973. Trabalha como ilustrador desde 1992. Está publicitado em diversos países, como os EUA, Brasil, Inglaterra, Espanha ou Itália. Ganhou diversos prémios como ilustrador. Criou o farol de sonhos – Encontro sobre o Livro e o Imaginário Infantil, em 2006. Em 2010, fundou a editora Pato Lógico Edições, distinguida com a menção nos Bolonha Ragazzi Awards 2014, atribuída ao livro MAR.

Teatro de Marionetas do Porto was established in Sep-

André Letria was born in Lisbon, in 1973. He works

tember 1988 – a symbolic date, coinciding with their

as an illustrator since 1992. He is published in several

presentation at the official selection of Festivale Mondial

countries like the USA, Brazil, UK, Spain and Italy. He

des Théâtres de Marionnettes, in Charleville-Mézières.

won several awards as an illustrator.

This Lab, oriented by Ana Celeste Ferreira, has a beginners level and an advanced level. The goal is to teach Criação e orientação Pedro Esperança

actors, ‘diseurs’, teachers and poetry lovers in general.

Pedro Esperança é licenciado em Artes Plásticas / Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Como formador tem colaborado em projetos de educação pela arte – como é o caso de “Verão em Serralves” e “Oficinas de Natal” em Serralves, o “Atelier de Teatro de Formas Animadas”, “Atelier de Objetos Musicais” e “Atelier de Escultura” no âmbito do Projeto “Porto de Crianças” da Câmara Municipal do Porto. Pedro Esperança has a degree in Visual Arts / Sculpture by the fine Arts Faculty of the University of Porto. As a teacher he collaborates in projects of education through art.

Inscrição prévia e mais informações geral.tmp@cm-porto.pt

technical bases for a profound approach to the poetic word and the ways of reciting poetry. It is meant for

The company’s work reveals an unconventional vision of puppetry.

Dando seguimento ao trabalho que foi desenvolvido, desde 2011, no Teatro Municipal Campo Alegre, com a realização de vários laboratórios na área da leitura poética, o Teatro Municipal do Porto irá lançar, já em Janeiro de 2015, uma nova edição do Laboratório de Leitura Poética. Este projeto funciona em estreita relação com o ciclo poético “Quintas de Leitura”, relação essa já concretizada através da participação de diversos formandos, como recitadores, em espetáculos do ciclo. Em Janeiro e Fevereiro de 2015, vários formandos integram o elenco das sessões das “Quintas de Leitura” – “Entre dois rios”, com Ana Luísa Amaral, e “A poesia vai acabar”, dedicada à obra de Manuel António Pina. O Laboratório, orientado por Ana Celeste Ferreira pretende transmitir as técnicas bases para uma abordagem mais profunda à palavra poética e à forma de dizer poesia. É destinado a atores, diseurs, professores e os amantes da poesia em geral. Tem a duração de 30 horas, divididas por 12 sessões semanais e um preço de 90,00 euros por formando. As sessões decorrerão no Teatro Municipal Rivoli.

by the group.

exhibition/workshop with proposals based on the activities of the book, like making a paper mask or group

INSCRIÇÃO PRÉVIA • M/18

It’s 30h training, divided in 12 weekly sessions. The price is €90 per person. The sessions will take place at Teatro Municipal Rivoli.

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

T E AT R O M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E G R E • J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O • PA R A L E L O

2,00 EUR

Dora Batalim é coordenadora pedagógica e docente da Pós-Graduação em Livro Infantil da Universidade Católica de Lisboa e professora na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich. Colabora com os Setores Educativos de várias instituições culturais desenvolvendo atividades de carácter artístico-pedagógico para o público infanto-juvenil e adulto.


80

ENCONTROS ⁄ CONVERSAS PÓS-ESPETÁCULO

ENCONTROS SÁB 14 MAR ⁄ 14H30

⁄ OFICINA DO PENSAMENTO ⁄

MEETINGS ⁄ TALKS AFTER PERFORMANCES ⁄ ENTRADA GRATUITA

MARCELO EVELIN DEMOLITION INC.

DOM 15 MAR ⁄ 16H00

⁄ BRASIL PERFORMATIVO ⁄

visual objects that allow infinite possibilities, in which the audience can recognize characters, states of mind

MARCELO EVELIN

and soul or moving objects. Puppets: a powerful vehicle

FOCO BRASIL

7 FEV COPPIA 14 FEV FREE

dance, performance art and body art presented in this

from which each one brings a new subject to the table.

focus? These questions - along with many others – will

No mediation or educational interpellation.

be the base of an informal conference moderated by

13 MAR M ATA D O U R O

DOM 22 MAR ⁄ 17H00

⁄ A CRIAÇÃO CONTEMPORÂNEA: O QUE PODE U M A M A R ION E TA? ⁄

Marcelo Evelin is a choreographer and performer. He

EUGÉNIA VAS QUES

lives and works in Teresina and Amsterdam. He collab-

ISABEL BARROS

Destinatários: Artistas, Pensadores, Público Geral Pequeno Auditório do TM Rivoli

JOSÉ LUÍS FERREIRA GONÇALO AMORIM

A história do TEP marca de uma maneira muito expressiva a história do Teatro no Porto e no país. De António Pedro — um esteta de todas as linguagens que empreendeu a missão revolucionária de cultivar em Portugal, pela primeira vez de uma forma sistemática, a prática da encenação tal como a conhecemos — até Gonçalo Amorim, responsável pelo mais recente fôlego da companhia, revisitaremos mais de seis décadas de práticas de criação e transmissão, de formas de ver o mundo através do Teatro, de muitos sucessos e rugosidades... Uma tarde de encontros breves, depoimentos, master-class disfarçada de performance, vídeos curtos, momentos musicais... Com a certeza de que, mais do que homenagear o passado, é compreender o presente e inventar o futuro aquilo que nos anima. Todos os dias como no Dia Mundial do Teatro.

IGOR GANDRA JÚLIO VANZELER

The history of TEP is deeply embedded in the national

CHRISTINE ZURBACH

history of theatre, but specially in Porto. From António

FOCO MARIONETAS

Pedro – an aesthetician of all languages that took on the revolutionary mission of systematically exploring the practice of staging as we know it in Portugal – to

14 MAR F I N I TA 20 MAR N O TA L LW H O WA N D E R A R E L O S T

Moments for meeting and dialogue, activating a mediation of audiences. The and sharing, activating an audience mediation that Teatro Municipal do Porto wish-

lic event, a network conversation begins spontaneously,

orates with artists of different areas.

26 MAR CASA VAGA

es to maintain. The goal is to promote the approach and a deeper understanding of performing arts.

Fotografia © Direitos Reservados

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31 JAN NA SOLIDÃO D OS CAMPOS DE ALGODÃO

meetings and talks after the performances were thought as a moment of dialogue

graphic work of artists? What is the barrier between

Janeiro - with the artists presented in Foco Brasil.

23 JAN HU(R)MANO

⁄ À VO LTA D O TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO ⁄

What defines the variety of performing arts in Brazil?

Nayse Lopes - director of Festival Panorama in Rio de

Duração aprox. 30 min.

Os encontros e conversas pós-espetáculo desenvolvem-se com o objetivo de promover uma aproximação e um entendimento mais aprofundado das artes performativas. Os encontros têm uma estrutura mais formal propondo temas específicos e promovendo a articulação entre artistas e pensadores convidados. As conversas pós-espetáculo funcionam de modo mais informal tendo como objetivo o debate de ideias, a reflexão e a contextualização das propostas performativas. Estas conversas serão dinamizadas por diferentes convidados, desafiados a assistirem aos espetáculos com o intuito de posteriormente moderarem uma conversa entre artistas e público.

SEX 27 MAR ⁄ 18H30

O que define a pluralidade das artes performativas no Brasil? Como é que a tradição e o ritual têm influenciado as obras coreográficas dos artistas? Qual a barreira entre a dança, a performance e a body art apresentados neste foco? Estas e muitas outras perguntas serão a base de uma conferência informal moderada por Nayse Lopez, diretora do Festival Panorama do Rio de Janeiro, e os artistas apresentados no Foco Brasil.

Starting from a text, a film, a newspaper article or pub-

Marcelo Evelin é coreógrafo, pesquisador e intérprete. Vive e trabalha em Teresina e Amesterdão. Colabora com artistas de várias linguagens. É um criador independente, tendo criado a companhia Demolition Inc., e ensina na Escola Superior de Mímica de Amesterdão. Orienta workshops e projetos colaborativos em vários países da Europa, Estados Unidos, África, Japão, América do Sul e Brasil, para onde regressou em 2006.

of innovation in the world of theatre.

PRIS CILLA DAVANZO

How does tradition and ritual influence the choreo-

CONVERSAS PÓS-ESPETÁCULO

puppetry art. Puppets as instruments of theatre and

A partir do Porto, cidade com uma história ligada à criação e programação de espetáculos de marionetas, de uma forma informal abrimos um espaço de reflexão sobre o universo das artes da marioneta. As marionetas como instrumentos teatrais, mas também como objetos plásticos, que permitem diferentes possibilidades, nas quais o público pode reconhecer personagens, estados de alma ou objetos em movimento. As marionetas permitem ainda uma forte inovação nas formas teatrais. O teatro de marionetas é um teatro de formas que se move muito mais nos domínios do fantástico, do onírico e de uma certa poética, talvez gerando uma nova forma de teatro visual, em que o texto pode ter muito menos importância que nas narrativas teatrais tradicionais. Deste ponto de vista, o teatro de marionetas é a arte cénica com maior capacidade de absorver, num cruzamento feliz, as novas tecnologias do palco, ou as novas formas teatrais, como a dança, o vídeo, a imagem.

Gonçalo Amorim - the person responsible for the most recent phase of the company. We will revisit more than sixty years of creation and showings, of ways of looking at the world through theatre, of many triumphs and tribulations… an afternoon of brief encounters, statements, master classes disguised as performances, short videos and music. We are certain that more than paying tribute to the past it is the understanding of the present and the invention of the future that uplifts us. Every day is World Theatre Day.

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Momentos de encontro e diálogo ativando uma mediação de públicos que se querem constantes no Teatro Municipal do Porto.

open an informal space for reflection on the world of

DENISE STUTZ TA L E S F R E Y

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ation and programming of puppetry performances. We

N AY S E L O P E Z

FOCO BRASIL

A Oficina do Pensamento é uma instância de trabalho coletivo aberta a todos, adotada como prática de investigação em 2010 por Marcelo Evelin e a sua companhia. A partir de um texto, um filme, um artigo de jornal ou um acontecimento público, inicia-se uma conversa em rede de forma espontânea, a partir da qual cada um traz um novo assunto para a mesa, sem mediação ou interpelação didática.

Porto is a city with a long history connected to the cre-


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ESPETÁCULOS PA RA G RU P O S E S C OL A R E S E FAMÍLIAS PERFORMANCES FOR SCHOOL GROUPS AND FAM I LI ES

VISITAS GUIADAS ⁄ BABYSITTING PERFORMATIVO ⁄ LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA

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Os espetáculos designados neste programa conciliam conteúdos curriculares e artísticos. Apresentam temáticas pertinentes, quer pelas suas especificidades e características quer pela reflexão proposta sobre a arte como motor de transformação do indivíduo. São peças que dialogam com públicos específicos de forma distinta, no âmbito de uma deslocação organizada ao teatro.

Estes serviços são pontuais e decorrem mediante marcação prévia. São programas específicos de relação com os públicos, de aproximação e sensibilização para as artes performativas, promovendo uma experiência diferenciadora a quem os solicita. These services are occasional and happen by booking previously. These specific programmes are dedicated to audience involvement, to approach and sensitize to the performing arts, promoting a different experience for those who book them.

The performances in this programme combine curricular and artistic contents. They present relevant themes, either by their specificity and characteristics, or by the reflection they propose on art as an engine of self-transformation, and at the same time a multidisciplinary space for sharing.

VISITAS GUIADAS

SÁB 24 JAN / 11H00 & 14H30 FA M Í L I A S

S OPA N U V E M ⁄ C O M PA N H I A C A Ó T I C A

⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI

QUI 5 & SEX 6 MAR / 10H30 & 15H00 GRUPO S ES COLARES SÁB 7 & D OM 8 / 16H00 FA M Í L I A S

AQUELA NUVEM… ⁄ LA M A R M I TA

As visitas guiadas ao Teatro Municipal do Porto pretendem dar a conhecer ao público geral os bastidores, histórias e episódios que fazem parte da memória dos espaços teatrais. Estas visitas são pontuais e decorrem uma vez por mês, de forma alternada entre os dois equipamentos do Teatro Municipal do Porto: o Teatro Municipal Rivoli e o Teatro Municipal Campo Alegre. Podem ser solicitadas visitas extra para grupos escolares em horários e datas a acordar.

AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE QUI 5 & SEX 6 FEV / 10H30 & 15H00 GRUPO S ES COLARES SÁB 7 & D OM 8 / 16H00 FA M Í L I A S

:OS MAIAS ⁄ T E AT R O E X P E R I M E N TA L DO PORTO

⁄ AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE conversa no final do espetáculo (para grupos escolares) público alvo 3º ciclo do ensino básico e secundário

conversa no final do espetáculo (para grupos escolares) público alvo educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico

BABYSITTING PERFORMATIVO Babysitting Performativo é uma experiência destinada a crianças dos cinco aos dez anos. É um serviço pontual e acontece na Sala de Ensaios do TM Rivoli em simultâneo com as apresentações no Grande Auditório. Durante o babysitting performativo é proposto um conjunto de atividades, criadas a partir da tipologia dos espetáculos apresentados. Performing Babysitting is an experience for children from five to ten. It’s an occasional service that happens

The guided tours of Teatro Municipal do Porto guide

in the Rehearsal Room of TM Rivoli during the shows

the general public through the backstage, stories and

of the Great Auditorium.

episodes that are part of the living memory of the theatrical spaces. These visits are occasional and happen SEX 13 MAR / 15H00 GRUPO S ES COLARES

3 SOLOS EM 1 TEMPO ⁄ DENISE STUTZ (BR)

⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI público alvo ensino secundário e ensino superior

once a month, alternating between the two theatres of Teatro Municipal do Porto: Teatro Municipal Rivoli and Teatro Municipal Campo Alegre. Destinatários famílias com crianças a partir dos 6 anos e grupos escolares Lotação máximo 25, mínimo 8 TM Rivoli sáb 31 jan / 16h00 sáb 28 mar / 11h00 TM Campo Alegre sáb 28 fev / 16h00

LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA Serviço de tradução em língua gestual portuguesa, um serviço pontual e disponível em espetáculos de teatro com mais de um dia de apresentação. The Portuguese sign language service is an occasional service available for theatre pieces that are presented more than once.

DOM 22 MAR / 16H00 FA M Í L I A S

PELOS CABELOS ⁄ T E AT R O D E M A R I O N E TA S DO PORTO

⁄ PEQUENO AUDITÓRIO TM RIVOLI Inscrição prévia de grupos escolares e mais informações geral.tmp@cm-porto.pt

Marcação prévia e mais informações geral.tmp@cm-porto.pt

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GUIDED TOURS ⁄ PERFORMING BABYSITTING ⁄ PORTUGUESE SIGN LANGUAGE


CAMPO ABERTO

⁄ PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS E BOLSAS DE CRIAÇÃO

R E S I D Ê N C I A S D E L O N GA D U R A Ç Ã O [ PÁ G . 8 6 E PÁ G . 8 7 ] R E S I D Ê N C I A S D E C U R TA D U R A Ç Ã O [ PÁ G . 8 8 ] B O L SA S D E C R I A Ç Ã O [ PÁ G . 8 8 E PÁ G . 8 9 ]

CAMPO ABERTO ⁄ ARTISTIC RESIDENCIES PROGRAMME AND CREATION GRANTS

Campo Aberto — Programa de Residências Artísticas e Bolsas de Criação será um dos pilares da programação do Teatro Municipal do Porto dirigido a várias companhias, projetos e artistas da cidade. No Teatro Municipal Campo Alegre oito estruturas desenvolvem residências de longa duração que comportam espaços de produção, ensaios e apresentação. Neste primeiro ano estarão presentes quatro áreas diferentes — dança, teatro, cinema e novo circo — transformando o TM Campo Alegre num autêntico laboratório criativo. Companhia Instável, Núcleo de Experimentação Coreográfica, O CAMPO ABERTO – Artistic Residencies Programme and Creation Grants will be one of the pillars for the artistic development of several compa- Radar 360º, Erva Daninha, Teanies and artists of the city. In Teatro Municipal Campo Alegre, eight comtro Experimental do Porto, Teatro panies and projects will develop long-term residencies, comprising production facilities, rehearsal studios and stage presentations. In this first Expandido! / João Sousa Cardoso, year, four areas will be represented, turning TM Campo Alegre into a real creative lab. Companhia Instável, Núcleo de Experimentação Coreográ- Casa da Animação e Medeia Filmes fica, Radar 360º, Erva Daninha, Teatro Experimental do Porto, Teatro Expandido! / João Sousa Cardoso, Casa da Animação and Medeia Filmes são os primeiros residentes. As rewill be the first residents. sidências de curta duração terão luThe sort-term residencies will take place in the two hubs of Teatro Municipal, bringing to Porto artists from different latitudes, which later on gar nos dois polos do Teatro Muwill present the work resulting from these residencies. The creation grants were given to six young artists, promoting and nou- nicipal trazendo à cidade artistas rishing new projects for different places of presentation. The results of de várias latitudes que, mais tarde, theses grants will be presented during 2015. apresentarão as criações resultantes destes momentos de trabalho. As bolsas de criação foram atribuídas a seis jovens artistas, promovendo e impulsionando assim novos projetos para espaços distintos de apresentação. Os resultados destas bolsas serão apresentados no decorrer de 2015.

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RESIDÊNCIAS DE LONGA DURAÇÃO

CASA DA ANIMAÇÃO

C OM PA N H I A I N S TÁV E L

E RVA DA N I N H A

A Casa da Animação nasce em 2001, com o apoio da Capital Europeia da Cultura – Porto 2001 e da Câmara Municipal do Porto. Conta, desde 2002, com o apoio do Instituto de Cinema e do Audiovisual e da autarquia para promover e divulgar a animação nacional e internacionalmente. Em 2014 integra-se no Teatro Municipal Campo Alegre, passando a desenvolver as suas atividades regulares nos dois edifícios do Teatro Municipal do Porto: Rivoli e Campo Alegre. Presta ainda Serviço Educativo em duas vertentes: Arte e Animação, no Museu Nacional Soares dos Reis e Animação, Ritmos e Movimento – no Teatro Municipal Campo Alegre. É uma associação cultural sem fins lucrativos que tem por associados grande parte dos autores, produtores e profissionais da animação portuguesa, razão pela qual se tem afirmado enquanto interface e plataforma de ligação entre autores, produtores, agentes culturais, profissionais e estudantes da área e o público.

A Companhia Instável surgiu no Porto como resposta à necessidade de criar opções de valorização do intérprete de dança contemporânea. Foi criada uma companhia que, no seu nome, encerra a contradição em que trabalha: companhia enquanto elemento constante e estabelecido e instável enquanto referência à mutação característica da criação contemporânea. O projeto assenta num modelo que tem no seu centro a vontade de dar oportunidades de experimentar, praticar e divulgar linguagens coreográficas pertinentes a cada tempo da dança contemporânea. A cada edição, uma audição, um coreógrafo e uma obra, uma circulação e depois o desvanecer de um projeto e o nascer de outro, num ciclo que se renova. Passaram pela Companhia Instável cerca de 110 intérpretes e 20 coreógrafos de reconhecido mérito, ao longo de mais de 20 obras. Criaram para a Instável, entre outros: Nigel Charnock, Javier de Frutos, Wim Vandekeybus, Rui Horta, Madalena Victorino, Victor Hugo Pontes, Hofesh Shechter e Tiago Rodrigues.

A Companhia Erva Daninha tem como missão a criação de circo contemporâneo explorando o diálogo entre diferentes expressões das artes performativas. Desde 2009 o trabalho da companhia centra-se na investigação de novas formas de fazer e apresentar circo, procurando elevar o virtuosismo a uma forma de comunicação de ideias e emoções por excelência. A Erva Daninha é uma das poucas companhias portuguesas dedicadas em exclusivo à experimentação e criação do circo. Reúne uma equipa jovem, multidisciplinar e com formação especializada. A lógica de sustentabilidade da estrutura assenta na circulação dos seus projetos. Tem-se dedicado também à formação e programação procurando contribuir de uma forma estratégica para o desenvolvimento deste género artístico. Aspirando num futuro próximo o reconhecimento e integração do circo contemporâneo nos circuitos de criação artística nacionais e internacionais. The mission of Erva Daninha is the creation of contemporary circus, exploring the combination of differ-

Casa da Animação came to life in 2001, with the support of the European Capital of Culture Porto 2001 and the

Companhia Instável was created in Porto as a response

ent expressions in the performing arts. Since 2009,

Municipality of Porto. Since 2002 it has the support of

to the need to provide options to improve the skills of

the work of the company is focused on the research of

Instituto do Cinema e do Audiovisual and of the munic-

contemporary dancers. The company was given a name

new ways of making and presenting circus, elevating its

ipality, to promote Portuguese animation films in Por-

that captures the contradiction of its existence: a com-

mastery to a distinct way of communicating ideas and

tugal and abroad. In 2014 it moved to Teatro Municipal

pany as permanent and established element, but un-

emotions. Erva Daninha is one of the few Portuguese

Campo Alegre, developing its regular activities in the

stable (instável) like the ever changing conditions in

companies exclusively dedicated to circus experimen-

2 hubs of Teatro Municipal do Porto. It is a non-profit

contemporary creation. The project is based on a will

tation and creation.

cultural association, whose associates are many of the

to experiment, practice and promote pertinent chore-

Portuguese authors, producers and professionals of an-

ographic languages for every moment in time.

imation. This is the reason why it is an important interface for authors, producers, professionals, cultural agents, students and public.

MEDEIA FILMES

RADAR 360º

Há mais de vinte anos a exibir cinema em Portugal, e há dez no Teatro Municipal Campo Alegre, a Medeia Filmes aposta na qualidade e diversidade, com estreias em exclusivo, privilegiando o cinema europeu, o cinema americano independente, o “cinema do mundo”, divulgando as mais variadas cinematografias e exibindo os melhores filmes selecionados e premiados nos mais importantes festivais de cinema (Cannes, Veneza, Berlim, Locarno, Toronto, entre outros). E porque a programação do cinema contemporâneo deve fazer-se em diálogo com a sua história, exibe também, regularmente, clássicos em cópias novas ou ciclos de autor, como aconteceu com os ciclos dedicados a Ingmar Bergman, Ozu, ou Satyajit Ray, ou, ao longo do ano, nas Terças-feiras Clássicas.

A RADAR 360º Associação Cultural iniciou o seu percurso oficial em 2005. Nos anos precedentes havia já um coletivo, que apesar de não estar formalizado, começou a trabalhar e a pesquisar sobre as áreas de intervenção, que estão presentes actualmente no seu trabalho. No domínio curricular, foram aprofundando os conhecimentos nas áreas artísticas das artes de rua, circo e teatro físico, sob uma perspetiva de formação contínua, ao nível nacional e internacional. A ocupação do espaço público, a aproximação das manifestações artísticas às pessoas e a utilização de espaços não convencionais para a apresentação de espetáculos passaram a ser o habitat natural desta companhia. O estudo intenso da rua como um palco levou a mergulhar neste universo tão vivo e dinâmico. São inspirados pelo espaço arquitetónico e social onde coabitam comportamentos individuais e colectivos, o local da expressão pública da comunicação, a festa pública, a guerra pública, a dimensão sensorial e climatérica onde não existe a quarta parede, o teto como céu…

Medeia Filmes shows films in Portugal for more than 20 years, and at Teatro Municipal Campo Alegre for 10. Medeia privileges quality and diversity, with exclusive premieres, focusing on European, American, independent and World cinema. Showing different cinematographies and a selection of films from the most important film festivals (Cannes, Venice, Berlin, Locarno and Toronto, among others). Because the programme of contempo-

RADAR 360º Associação Cultural had an official start in

rary film should dialogue with its history, Medeia also

2005. In the years before that, it was an informal col-

shows classics and movie cycles dedicated to directors

lective, which started working and researching street

like Ingmar Bergman, Ozu, or Satyajit Ray. There’s also

performance, circus and physical theatre. Since then,

the weekly “Terça-feiras Clássicas”.

they’ve been working and training continuously in these areas, both nationally and internationally.

NÚCLEO DE EXPERIMENTAÇÃO COREOGRÁFICA — NEC

T E AT R O E X PA N DI D O !

O Núcleo de Experimentação Coreográfica – NEC – iniciou a sua atividade em 1993 através de encontros regulares entre a comunidade artística. É, desde 1997, uma associação cultural sem fins lucrativos dirigida por artistas e investigadores independentes do campo das artes performativas interessados em criar contextos de experimentação, treino e apresentação que encorajem práticas artísticas experimentais e multidisciplinares através de projetos abertos a artistas nacionais e internacionais que contribuam para a inovação dos processos e das práticas coreográficas contemporâneas. Dirigido atualmente por Cristiana Rocha e Luís Miguel Félix, conta com a colaboração de um colectivo de pessoas no desenvolvimento de actividades que fomentam a pesquisa e questionam dispositivos de produção convencionais, ativando processos de colaboração entre criadores, públicos, instituições e comunidades.

Teatro Expandido! é uma criação de João Sousa Cardoso que, aludindo à noção amplamente debatida de expanded cinema, ensaia novas relações entre o trabalho de encenação, a interpretação, a arquitetura e o público na procura de um teatro em processo. Teatro Expandido! atravessa, entre Janeiro e Dezembro de 2015, num regime intensivo de experimentação, uma seleção de textos fundamentais da dramaturgia dos últimos cem anos, de Arthur Schnitzler a Edward Bond, passando por, entre outros, Bertolt Brecht, Luigi Pirandello, Tennessee Williams, Harold Pinter e Heiner Müller. Todos os meses, um novo texto é tomado em mãos por João Sousa Cardoso, o ator Ricardo Bueno e um grupo sempre atualizado de participantes. O envolvimento de uma comunidade escolhida para integrar cada peça – em número variável de acordo com as necessidades do texto – promove a experiência do teatro a partir do interior da sua fabricação, explorando as possibilidades de um teatro cidadão.

Núcleo de Experimentação Coreográfica – NEC – start-

Teatro Expandido! Is a creation of João Sousa Cardo-

ed in 1993 with regular encounters within the artistic

so, alluding to the widely debated notion of expand-

community. It is, since 1997, a non-profit association, di-

ed cinema, and experimenting new relations between

rected by independent artists and researchers in the field

work, staging, interpreting, architecture and audience,

of performing arts. It is dedicated to the creation of new

in search for a theatre in process. Between January and

contexts for experimentation, training and presentation,

December 2015, Teatro Expandido! enters an intensive

encouraging experimental and multidisciplinary artistic

experimental regime, with a selection of fundamental

practices through projects open to national and inter-

plays form the past 100 years - from Arthur Schnit-

national artists, thus contributing for the innovation of

zler to Edward Bond, Bertolt Brecht, Luigi Pirandello,

processes and practices of contemporary choreography.

Tennessee Williams, Harold Pinter and Heiner Müller.

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TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO É a mais antiga companhia teatral portuguesa em funcionamento, tendo estreado o primeiro espetáculo em 1953. Sob a direção artística de António Pedro (1953-1961), o TEP foi uma companhia percursora do teatro moderno em Portugal. Em 1956, inaugura o Teatro de Algibeira, onde reside até 1980. Em 1978, foi cofundador, com a Seiva Trupe, do FITEI. Em 1994, um incêndio destruiu a Sala-Estúdio, no edifício da ex-Escola Académica, onde os espectáculos eram apresentados desde Janeiro de 1981. Após o incêndio, peregrinou por vários espaços no Porto até Fevereiro de 1999. Nesse ano transferiu-se para Vila Nova de Gaia, onde estreou até Dezembro de 2014 cinquenta e nove novos espetáculos e efetuou vinte e quatro reposições. Entre 1998 e o final de 2009, a companhia foi dirigida artisticamente por Norberto Barroca, data após a qual Júlio Gago assumiu essa função. Em 2012, a direção artística foi assumida por Gonçalo Amorim, encenador residente desde 2010. Teatro Experimental do Porto is the oldest Portuguese theatre company. Their first production was in 1953. Directed by António Pedro (1953-1961), TEP was a leading company of modern theatre in Portugal. In 1956 it opens Teatro de Algibeira, where it resides until 1980. In 1987, they co-founded Seiva Trupe. Between 1998 and late 2009, the company was directed by Norberto Barroca, followed by Júlio Gago. In 2012, Gonçalo Amorim assumed the artistic direction, being its resident stage director since 2010.

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RESIDÊNCIAS DE CURTA DURAÇÃO

BOLSAS DE CRIAÇÃO

As residências de curta duração terão lugar nos dois polos do Teatro Municipal do Porto, trazendo à cidade artistas de várias latitudes que, mais tarde, apresentarão os resultados destes momentos de trabalho e reflexão.

As bolsas de criação foram atribuídas a seis jovens artistas da cidade promovendo e impulsionando assim novos projetos para espaços distintos de apresentação. Os resultados destas bolsas serão apresentados no decorrer de 2015. Os artistas selecionados foram apresentados por Carla Miranda, Isabel Barros, António Júlio, Nuno M. Cardoso e Tiago Guedes.

The sort-term residencies will take place in the 2 hubs of Teatro Municipal, bringing to Porto artists from different latitudes, which later on will present the work resulting from these residencies.

The creation grants were given to six young artists, promoting and nourishing new projects for different places of presentation. The results of theses grants will be presented during 2015. The selected artists were presented by Carla Miranda, Isabel Barros, António Júlio, Nuno M. Cardoso e Tiago Guedes.

DE 5 A 11 JAN

M A R C O DA S I LVA FERREIRA TM RIVOLI Apresentação de Hu(r)mano a 23 de janeiro no Auditório do TM Campo Alegre. Hu(r)mano can be seen on January 23 at TM Campo Alegre’s Auditorium.

DE 27 JAN A 6 FEV

JOANA VON M AY E R T R I N DA DE TM RIVOLI Apresentação de Nameless Natures a 7 de fevereiro no Café-Concerto do TM Rivoli. Nameless Natures is presented on February 7 at TM Rivoli’s Café-concerto.

LUÍS MIGUEL CERQUEIRA

F L ÁV IO RODR IGU E S

Flávio Rodrigues was born in 1984 in Vila Nova de Gaia. fessional School, where he currently teaches. He works

Luís Miguel Cerqueira é um jovem de 20 anos recentemente formado em Interpretação pelo Balleteatro Escola Profissional. Trabalhou já com encenadores como Luís Mestre, Nuno M. Cardoso, Marcos Barbosa, Pedro Zegre Penim, Pedro Almendra, Marta Freitas, entre outros. Ainda como aluno, foi criador-intérprete de dois projetos teatrais de curta-duração, “Mens Vaga” (inserido nas Mostras BTEP 2013) e “Dear Kay Iatsy” (Prova de Aptidão Profissional), respetivamente. Em 2014 participou no espetáculo infantil “Olívia”, de Isabel Barros, e no mesmo ano foi também estagiário da companhia Público Reservado, integrando o elenco de “A Cena” de Valère Novarina, numa coprodução com o Teatro Nacional São João, encenada por Renata Portas. Mais recentemente foi assistente de encenação de Luís Mestre no exercício “Escudos Humanos” de Patrícia Portela, realizado no âmbito da Formação em Contexto de Trabalho dos alunos do 2° ano de Teatro do Balleteatro Escola Profissional. Luís Miguel Cerqueira is a 20 years old actor. He was

as both choreographer and performer.

JOANA MORAES

Coprodução Teatro Municipal do Porto com estreia em 2016.

with directors like Luís Mestre, Nuno M. Cardoso, Mar-

Joana Moraes began studying theatre in ACARTE with

cos Barbosa, Pedro Zegre Penim, Pedro Almendra, Mar-

Lúcia Sigalho, in 1997. In 2011 she founded the compa-

ta Freitas, among others.

ny Musgo, of which she is the artistic director. She was

performances in which he privileges aesthetics combined with physical work.

JOÃO C RAVO C A R D O S O João Cravo Cardoso nasceu no Porto em 1991 e foi nesta cidade que se formou em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo, curso que concluiu em 2013. Ainda assim, foi em 2012 que realizou o seu primeiro trabalho no meio profissional, com a companhia de teatro Vivarte, numa produção de teatro de rua. Tem trabalhado na qualidade de ator em produções do Teatro do Bolhão, Teatro Experimental do Porto, Ao Cabo Teatro – e noutras produções independentes com encenadores como António Júlio, Nuno Cardoso e Gonçalo Amorim.

ished his training at Academia Contemporânea do Espetáculo in 2013. He works as an actor with Teatro do Bolhão, Teatro Experimental do Porto and Ao Cabo Teatro.

TIAGO CORREIA Tiago Correia nasceu em Tomar, em 1987. É ator e encenador. Fundou a companhia A Turma. Trabalhou com vários encenadores nacionais e internacionais em diferentes companhias de teatro e participou em produções cinematográficas e televisivas. Prémio de Melhor Ator no Festival Ver e Fazer Filmes (CEC/12). Encenou “História de Amor” (Últimos Capítulos) de Jean-Luc Lagarce e “Gaspar” a partir de Peter Handke. Criou o projeto “Do Discurso Amoroso”, para o qual encenou “Fragmento #1” e “Fragmento #2” e protagonizou, escreveu e produziu a longa-metragem “Ela”.

co-creator of “Três em linha”, “Gostava de ter um periquito…”, “A casa de Georgienne”, “Eldorado” and “nó”..

This is a co-production of Teatro Municipal do Porto, premiering in 2016..

develops his work as a performer and director, creating

João Cravo Cardoso was born in Porto, in 1991. He fin-

Joana Moraes iniciou os estudos de teatro no ACARTE com Lúcia Sigalho, em 1997. Em 1999/2000 frequenta o Institut del Teatre de Barcelona. Conclui em 2003 a licenciatura em estudos teatrais na ESMAE, no Porto, onde trabalhou com nomes como Polina Klimovitskaya, Denis Bernard, Rogério de Carvalho, Álvaro Correia, entre muitos outros. Em 2011 conclui, na ESMAE, o Mestrado em Encenação e Interpretação. Como atriz trabalhou com nomes como António Durães, Catarina Lacerda, Lee Beagley, Lúcia Sigalho, Rodrigo Areias, entre outros. Em 2011 fundou a companhia Musgo, da qual é diretora artística, tendo cocriado e construído texto para os espetáculos “Três em linha”, “Gostava de ter um periquito…”, “A casa de Georgienne”, “Eldorado” e “nó”.

trained by Balleteatro Escola Profissional. He worked

TM RIVOLI

Bruno Martins é ator, encenador e criador. Diplomado pela Academia Contemporânea do Espetáculo e pela École International de Théâtre Jacques Lecoq. Como ator participou em diversas produções teatrais em Portugal, França e Bulgária das quais se destacam: “One Man Alone”, Teatro da Didascália; “To be... in Labyrinth”, Museu de Arte Contemporânea de Plovdiv; “Le dernier souffle”, Centro Pompidou (Museu de Arte Moderna de Paris); “As Leis Fundamentais da Estupidez Humana”, de Carlo Maria Cipolla, criação coletiva, AL-MaSRAH Teatro. Desde 2009 que desenvolve o seu trabalho como intérprete e criador, na construção de espetáculos em que se privilegia o aspeto visual aliado ao jogo físico. Bruno Martins is an actor and director. Since 2009 he

Flávio Rodrigues (1984) nasceu em Vila Nova de Gaia. Vive e trabalha na cidade do Porto. Frequenta a licenciatura de Produção e Design de Figurinos na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). Conclui em 2006 o curso de Dança em Balleteatro Escola Profissional. No ano de 2007 frequenta o programa alternativo de dança contemporânea em Dance Works/Roterdão. Em 2008 foi bolseiro do Núcleo de Experimentação Coreográfica (NEC) e em 2009 frequenta o curso de Arte Pública e criação de obras site specific na Universidade Lusófona.

In 2006 he finished the dance course at Balleteatro Pro-

DE 1 A 15 MAR

MARCELO EVELIN

BRUNO MARTINS

Tiago Correia was born in Tomar, in 1987. He’s an actor and director. He founded his company A Turma. Worked with several national and international directors and participated in television and film productions.

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9. Marco da Silva Ferreira 10. Joana von Mayer Trindade 11. Marcelo Evelin

1

12

15

4 1. Casa da Animação 2. Compainha Instável 3. Erva Daninha 4. Medeia Filmes 5. Núcleo de Experimentação Coreográfica 6. Radar 360º 7. Teatro Experimental do Porto 8. Teatro Expandido!

9

13 2 10

5

16 8

3

6

Fotografias © Direitos Reservados

14

12. Luís Miguel Cerqueira 13. Flávio Rodrigues 14. Joana Moraes 15. Bruno Martins 16. João Cravo Cardoso 17. Tiago Correia 11

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MARIA JOÃO LUÍS

QU E M É S ? O QU E FA Z E S ? ⁄

ENTREVISTAS POR MARIANA DUARTE

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Um Teatro é feito de artistas, companhias e da equipa que os recebe, tornando possível a apresentação dos seus espetáculos. Desta forma, em cada agenda de temporada, será dado a ler um conjunto de entrevistas que desvendam um pouco melhor o universo e o trabalho de um conjunto de pessoas que de forma direta, através da apresentação dos seus projetos, ou indireta, através do trabalho regular, fazem o Teatro Municipal do Porto funcionar diariamente.

Maria João Luís apresenta-se no Grande Auditório do TM Rivoli com Na Solidão dos Campos de Algodão, dia 31 de janeiro às 21h30.

Fotografia © Alípio Padilha

Esta peça de Bernard-Marie Koltès coloca em confronto duas personagens: um dealer e um cliente. O dramaturgo usa aqui uma metáfora para o capitalismo aplicado às relações humanas. São também elas uma forma de transação comercial? Sem dúvida. Há um deal permanente, uma compra e uma venda de tudo na vida. Neste texto, o Koltès chama a atenção para o facto de as relações humanas estarem muitas vezes dependentes de transações de vários tipos e a vários níveis. Isso resulta em solidão? Mais do que a solidão, a ideia do desejo e da curiosidade é, quanto a mim, onde assenta o texto de Koltès. Interessou-nos [o espetáculo é co-encenado com Marcello Urgeghe e Rita Blanco] explorar o desejo sob todas as suas formas, sendo que também ele está na base destas transações. Este texto é mais positivo do que aquilo que parece e a nossa abordagem é um bocado mais esperançosa, menos focada na solidão e no abandono, menos negra. Desde que criou o Teatro da Terra, em Ponte de Sor (Alentejo), que as suas peças têm uma forte presença de mulheres. E de mulheres fortes. Pensou logo na Rita Blanco para contracenar consigo neste espetáculo? As coisas acontecem-me um bocado por acaso…. Vou-me rodeando de mulheres mas também de homens. Felizmente tem passado muita gente pelo Teatro da Terra, mesmo nestes tempos de crise. Neste caso eu queria interpretar o texto do Koltès e, para mim, não fazia sentido ser um homem e uma mulher. Por variadíssimas razões. Uma delas tem a ver com o desejo, com o jogo do desejo físico, com o desejo homossexual. É a primeira vez no mundo que esta peça é interpretada por duas mulheres. Tem sido feita sempre por dois homens.

Qual é a sua relação com este texto? Eu queria muito fazer este espetáculo desde que o vi interpretado pelo Mário Viegas e pelo João Perry no Teatro Aberto, com encenação do João Lourenço, em 1990. O texto ficou-me gravado de uma forma muito particular. Achei que o Bernard-Marie Koltès era talvez o dramaturgo que mais perto se encontrava de uma zona minha, de uma zona que eu entendia muito bem. Era um texto que não tinha a ver com a estrutura convencional do teatro e que dizia muito à minha geração. Que falava de tudo o que eu queria falar: sobre o ser humano, sobre ir dentro da verdade daquilo que é dito, sobre este deal constante nas relações, sobre esta falta de verdade para se fazer um comércio supostamente bem feito.

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⁄ ATRIZ E ENCENADORA PORTUGUESA 51 ANOS


DENISE STUTZ

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JOÃO PEDRO VILAÇA

⁄ COREÓGRAFA E BAI LARINA BRASI LEI RA 57 ANOS

⁄ ASSISTENTE DE SALA 24 ANOS

Finita (2013) é um solo sobre a ausência. Como a trabalha em palco? Tento que cada um pense nos seus desaparecidos, nas suas ausências. Pense em alguém que lhe desapareceu. Enquanto você existir essa pessoa não se apaga. Nestas duas peças que vai apresentar no Teatro Municipal Rivoli procura integrar o público na narrativa do espetáculo, sobretudo através da palavra. Uma espécie de discurso dançado. Estranho, não é? Não sei o que tenho eu com as palavras. Elas foram surgindo como movimento. A palavra também me aproxima do outro, gosto de estar em cena com o público e não estar para ele. Passei muitos anos a dançar sem ver quem me assistia. Hoje prefiro ver quem está comigo no teatro, com quem eu me estou a encontrar e quem se está a encontrar comigo. Espero que no Porto seja um lindo encontro.

Fotografiaa © José Caldeira

Fotografia © Direitos Reservados

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“Os trabalhos com os outros são transformadores do meu trabalho de base, os solos”. Esta sua afirmação é evidente em 3 Solos em 1 tempo, onde o seu corpo mapeia memórias e trabalhos com outros artistas. Sim. Eu digo em cena que percebi que a minha memória é a memória dos outros. Tenho a certeza de que hoje faço o que faço por causa dos encontros que tive na vida. Foram eles que me ensinaram, todos estes encontros estão presentes no meu corpo. Falo dos meus professores de ballet e de dança moderna; pessoas com quem trabalhei, como a Lia Rodrigues [figura de proa da dança contemporânea do Brasil]; lugares por onde passei, como o Grupo Corpo [fundado por Denise em 1975 juntamente com outros dez bailarinos]; amigos parceiros que visitavam a minha sala de ensaio na época em que comecei a pensar e a criar DeCor, o meu primeiro solo… 3 Solos em 1 tempo é uma releitura de três trabalhos anteriores: DeCor (2003), Absolutamente Só (2005) e Estudo para Impressões (2007). O que os une é, então, a memória? É a memória do meu corpo na dança. O meu corpo foi sendo formado pela memória de outros corpos. DeCor foi o meu primeiro solo. Nasceu da minha necessidade de responder a uma pergunta que me foi feita por três pensadores da dança [Helena Katz, Yan Ritsema e Thomas Lemen] no Festival Panorama da Dança do Rio de Janeiro, em 2003. A questão era: porque é que você se move? A minha resposta foi DeCor, um solo autobiográfico sobre o meu percurso, a minha história na dança. Depois veio o Absolutamente Só, um trabalho sobre as minhas questões íntimas em cena, as minhas angústias como intérprete, e, por fim, Estudo para Impressões, que é o meu corpo despido, colocado como um diário, e sendo sempre atualizado pelo tempo.

Como é ser assistente de sala no renascido TM Rivoli? Eu entrei antes desta nova fase. Agora temos mais trabalho, com mais regularidade, e isso é bom. Estamos sempre com públicos diferentes e poder ajudá-los, orientá-los na sala, é muito gratificante. Ver os espetáculos aqui apresentados também é uma mais-valia. Já teve de lidar com alguma situação mais complicada? No espetáculo do Marcelo Evelin [De Repente Fica Tudo Preto de Gente, apresentado em setembro n’O Rivoli Já Dança!] os performers estavam pintados de negro e entravam em contacto físico com o público, que partilhava o palco com eles. Muitas pessoas ficaram com manchas pretas na roupa. No final disseram que não estavam à espera daquilo e perguntaram-me se o Rivoli pagava a lavandaria (risos). Eu expliquei que a tinta saía muito facilmente e que foi opção do coreógrafo não avisar, pois fazia parte do conceito da peça. Vem da área das artes performativas? Não, estou a terminar o mestrado em arquitetura. Mas quando era pequeno vinha ao teatro com os meus pais e achava que seria interessante um dia poder fazer o trabalho dos assistentes de sala. E agora sou um deles.

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⁄ R E S P ONSÁV E L PE L O S S E RV IÇ O S ADMINISTRATIVOS 52 ANOS

O que faz um responsável pelos serviços administrativos de um teatro? Muitas coisas. Tenho o dia todo preenchido. Faço a requisição de todo o material necessário para a execução dos espetáculos; peço os serviços de limpeza e de vigilância para o teatro; trato dos horários da bilheteira e da agenda do diretor; tenho o fundo de maneio a meu cargo; coordeno todos os telefonemas; faço a ligação entre a direção do Teatro Municipal e a Câmara do Porto…. É um misto entre recursos humanos e gestão. O meu trabalho consiste em fazer as coisas bem e rapidamente para que os dirigentes consigam planear as suas tarefas. Como veio parar ao TM Rivoli? Precisavam de alguém que contribuísse para um melhor desenvolvimento do Gabinete de Teatros da Câmara do Porto e eu aceitei esse desafio. Foi há pouco mais de dois anos. E é mesmo um desafio. É mesmo. É uma área completamente diferente de toda aquela em que já tinha trabalhado, apesar de ter feito coisas bastante variadas durante o meu percurso na Câmara do Porto. Quando vim para cá isto era um mundo à parte, mas os meus colegas ajudaram-me a entrar na orgânica do teatro. E tenho aprendido bastante sobre esta área.

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Denise Stutz apresenta dois espetáculos no TM Rivoli: 3 Solos em 1 tempo, no Pequeno Auditório, dia 13 de março às 15h00 e às 19h00; e Finita, dias 14 e 15 de março no Grande Auditório, às 21h30 e às 18h00 respetivamente.

VITÓRIA SOUSA


A P O I O S E PA R C E R I A S

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⁄ T E AT R O M U N IC I PA L D O P OR T O

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M E D I A PA R T N E R S

APOIOS

PA R C E R I A S

APOIO INSTITUCIONAL FOCO BRASIL

A L G U M A S I N I C I AT I V A S D O T E AT R O M U N I C I PA L D O P O R T O C O N TA M C O M A P O I O S E S P E C I A I S :

Fotografiaa © José Caldeira

A M E D I D A D O O C I D E N T E — V I A G E M N A R E P R E S E N TA Ç Ã O

HISTÓRIA(S) DA DANÇA



INFORMAÇÕES

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101

E Q U I PA C Â M A R A M U N I C I PA L D O P O R T O

T E AT R O M U N I C I PA L D O P O R T O

Presidente Rui Moreira

RIVOLI E CAMPO ALEGRE

Vereador da Cultura Paulo Cunha e Silva T E AT RO M U N IC I PA L D O P ORT O • R I VOL I • C A M P O A L E GR E • JA N E I RO / F E V E R E I RO / M A RÇ O • M Ú SIC A

Direção e Programação Geral Tiago Guedes

Adjunto Guilherme Blanc

Coordenação Geral Manuela Rezende (Chefe de

Diretora Municipal Olga Maia

Divisão) e João Fontes (Chefe de Unidade)

Diretora de Departamento Sofia Alves

Assistente de Direção Francisco Malheiro

Comunicação Patrícia Campos Produção Pedro Oliveira

PROGRAMAÇÃO João Gesta Programa Paralelo Dina Lopes, Rute Pimenta PRODUÇÃO Coordenação Cristina Oliveira e Ricardo Freitas* Carla Moreira**, Patrícia Vaz, Paulo Covas** CONTEÚDOS E DIVULGAÇÃO Bruno Malveira, José Reis FRENTES DE CASA Teresa Ribeiro**, Vânia Ferreira A P O I O A D M I N I S T R AT I V O Vitória Sousa, Marta Silva, Ana Viegas, Emília Sousa, Floriano Pinto TÉCNICA Coordenação Jorge Soares, Marco Silva Direção de Cena Patrícia Gilvaia**, Vanessa Freitas** Som Luís Carlos Pereira, Nuno Coelho*, Tiago Pinto* Luz Diogo Barbedo, Luis Silva*, Romeu Guimarães* Maquinaria António Silva Audiovisuais Luís Miguel Sousa MANUTENÇÃO Coordenação João Bastos, Francisco Choupina

Ficha Técnica da Publicação Diretor Tiago Guedes Editores Francisco Malheiro, José Reis Entrevistas Mariana Duarte Fotografia TMP José Caldeira Tradução e Retroversão Pietro Romani Revisão Ângela Azevedo Design White Studio Impressão Empresa Diário do Porto Papel Munken Pure 90gr. Tiragem 2300 exemplares Periodicidade 3 agendas anuais A agenda do Teatro Municipal do Porto foi escrita ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico de 2009

A P O I O I N F O R M ÁT I C O DMSI / Paulo Moreira BILHETEIRA Armanda Rodrigues, Carlos Ribeiro, Maria da Glória Ribeiro, Paulo Vasconcelos SEGURANÇA Polícia Municipal do Porto

Fotografiaa © José Caldeira

Securitas LIMPEZA Euromex

* Academia Contemporânea do Espetáculo ** Mala Voadora

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DIREÇÃO P E L O U R O D A C U LT U R A


BILHETEIRA

DESCONTOS

ASSINATURAS

Espetáculos Internacionais no Grande Auditório TM Rivoli 10,00 eur

50% Cartão de Amigo, Colaboradores da Câmara Municipal e Empresas Municipais do Porto

ASSINATURA O RIVOLI (JÁ) DANÇA! 7 Espetáculos por 25,00 eur + 50% de desconto em todos os outros espetáculos desta agenda.

Espetáculos Nacionais no Grande Auditório TM Rivoli, Espetáculos no Auditório TM Campo Alegre 7,50 eur

40% Professores e alunos da Universidade do Porto; Outras instituições e empresas protocoladas

Espetáculos no Pequeno Auditório do TM Rivoli e noutros espaços do TM Campo Alegre 5,00 eur

30% Menores de 30 anos, maiores de 65 anos, portadores de Cartão Jovem, profissionais do espetáculo, desempregados e estudantes

Para esta temporada, os sete espetáculos incluídos nesta assinatura são Hu(r)mano, Tarab, Coppia, Free, Both Sitting Duet + Body Not Fit for Purpose ou Cheap Lecture + The Cow Piece, Matadouro, Finita ou 3 solos em 1 tempo.

Espetáculos do Programa Paralelo 5,00 eur preço adulto; 2,00 eur preço criança (até aos 12 anos de idade); 2,00 eur por aluno, professores acompanhantes com entrada gratuita (Grupos Escolares) O programa Paralelo não se encontra ao abrigo dos descontos previstos. Cinema 3,00 eur TM Rivoli (preço único); 5,50 eur Medeia Filmes no TM Campo Alegre (sujeito a descontos específicos)

Teatro Municipal Rivoli Segunda 13h00 – 18h00 Terça a Sábado 13h00 – 20h00 Domingo (apenas dias de espetáculo) 13h00 – 18h00 Em dias de espetáculo a bilheteira mantém-se aberta até 30 mins. depois do início do mesmo. Tel. 22 339 22 01 bilheteira.tmp@cm-porto.pt Teatro Municipal Campo Alegre Seg a Dom 14h30 – 19h00 e 19h30 – 22h30 Tel. 22 606 30 00 bilheteira.tmp@cm-porto.pt Bilhetes também disponíveis em http://www.bilheteiraonline.pt

R E S E RVA S

Os bilhetes reservados deverão ser obrigatoriamente levantados num período máximo de cinco dias, após o qual serão automaticamente cancelados. No caso de serem efetuadas reservas nos cinco dias anteriores à iniciativa, estas manter-se-ão até 72 horas antes da iniciativa. Não se efetuam reservas nos três dias (72 horas) que antecedem o espetáculo.

O programa Paralelo e as sessões de cinema não se encontram ao abrigo destes descontos.

CARTÃO DE AMIGO RIVOLI ALEGRE

Como aderir? O Cartão de Amigo é oferecido na compra simultânea de 3 bilhetes para espetáculos distintos. Tem a validade de um ano. O desconto do Cartão de Amigo é aplicável a apenas um bilhete por espetáculo. Quais os benefícios? Desconto de 50% na aquisição de bilhete para todos os espetáculos; Convites para ensaios abertos; Convites para conversas com o Diretor do Teatro Municipal do Porto (marcação prévia)

REDE DE PROGRAMAÇÃO A rede 5 Sentidos foi criada em 2009, no âmbito do QREN 2007-2013, com o intuito de promover a programação cultural e a produção artística em rede. Atualmente composta por onze equipamentos culturais do país, a 5 Sentidos procura apoiar e dinamizar o desenvolvimento das artes performativas em Portugal organizando digressões de espetáculos e apoiando a produção de novas criações através de cofinanciamentos, coproduções e residências. A estratégia da rede 5 Sentidos – assente na troca de saberes, processos e experiências de trabalho – visa fortalecer o desempenho dos parceiros, dinamizar a criação artística e alargar os públicos. Os equipamentos que integram esta rede de programação cultural são: Teatro Municipal do Porto Rivoli Campo Alegre (Porto), Teatro Viriato (Viseu), Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), Centro de Artes de Ovar (Ovar), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra), Maria Matos Teatro Municipal (Lisboa), Teatro Micaelense (Ponta Delgada), Teatro Municipal da Guarda, Teatro Nacional São João (Porto) e Teatro Virgínia (Torres Novas).

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CASA DA MÚSICA

TM CAMPO ALEGRE

ASSINATURA 10 Esta assinatura permite um desconto de 60% na compra simultânea de 10 bilhetes para espetáculos. Pode incluir um máximo de 2 bilhetes por espetáculo. Para qualquer outro espetáculo desta agenda, os portadores da assinatura podem usufruir de 50% de desconto. O Programa Paralelo e as sessões de cinema não se encontram ao abrigo desta assinatura. As assinaturas são limitadas à disponibilidade.

OUTRAS INFORMAÇÕES

Todas as salas têm acesso e lugares disponíveis para espetadores com mobilidade reduzida. Não é permitida a entrada nas salas após o início do espetáculo, salvo indicação em contrário dos assistentes de sala. Em caso de atraso e impossibilidade de entrada, o valor do bilhete não será devolvido. Espetáculos de entrada livre estão sujeitos à lotação do espaço e pode ser necessário o levantamento prévio de bilhete. Os menores de 3 anos podem assistir a espetáculos classificados “Para todos os públicos” (Decreto-Lei 23/2014 de 14 de fevereiro). A participação nos workshops é feita mediante inscrição prévia, limitada à lotação definida. Informações e pedidos de inscrição através de geral.tmp@cm-porto.pt A informação presente nesta agenda poderá ser alterada por motivos imprevistos.

C Â M A RA M U N IC I PA L D O P ORT O RUA DAS ESTRELAS

TM RIVOLI PRAÇA D. JOÃO I

PA L ÁC IO DE C R I S TA L

ESTAÇÃO S. BENTO

COMO CHEGAR

T E AT R O M U N I C I PA L RIVOLI

T E AT R O M U N I C I PA L CAMPO ALEGRE

Praça D. João I 4000-295 Porto

Rua das Estrelas s/n 4150-762 Porto

De carro Coordenadas GPS: Latitude 41° 08’ 51” N Longitude 8° 36’ 34” O

De carro Coordenadas GPS: Latitude 41° 09’ 03” N Longitude 8° 38’ 21” O

De comboio Estação de São Bento

De comboio Campanhã (e metro até Casa da Música)

De metro Trindade ou Aliados

De metro Casa da Música

De autocarro 200, 207, 302, 904, 22, 11M

De autocarro 200, 204, 207, 209, 1M

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CALENDÁRIO TEMPORADA 2015

FEVEREIRO

DIA

HORA

DISCIPLINA

TM RIVOLI

TER 3

18H30, 22H00

CINEMA

ELENA DOCUMENTÁRIOS CONTEMPORÂNEOS

QUI 5

10H30

TEATRO

:OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

AUDITÓRIO

15H00

TEATRO

:OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

AUDITÓRIO

10H30

TEATRO

:OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

AUDITÓRIO

15H00

TEATRO

:OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

AUDITÓRIO

21H30

PERFORMANCE

PERFORMANCE... AGAIN! VÁRIOS CONVIDADOS

PEQUENO AUDITÓRIO

16H00

PERFORMANCE

PERFORMANCE... AGAIN! VÁRIOS CONVIDADOS

PEQUENO AUDITÓRIO

16H00

TEATRO

JANEIRO ⁄ FEVEREIRO ⁄ MARÇO SEX 6

SÁB 7

DIA

HORA

DISCIPLINA

QUA 14

21H30

SÁB 17

21H30

TM RIVOLI

TM CAMPO ALEGRE

E S PA Ç O

TEATRO

A RONDA TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)

SUB-PALCO AUDITÓRIO

TEATRO

A RONDA TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)

SUB-PALCO AUDITÓRIO

QUA 21 QUI 22

18H00—22H00

WORKSHOP

QUA 21

21H30

TEATRO

A RONDA TEATRO EXPANDIDO!

SUB-PALCO AUDITÓRIO

SEX 23

21H30

DANÇA

HU(R)MANO MARCO DA SILVA FERREIRA

AUDITÓRIO

SÁB 24

11H00

TEATRO

* SOPA NUVEM COMPANHIA CAÓTICA

PEQUENO AUDITÓRIO

14H30

TEATRO

* SOPA NUVEM COMPANHIA CAÓTICA

PEQUENO AUDITÓRIO

16H30

ENCONTRO

ENCONTRO A MEDIDA DO OCIDENTE ÁLVARO SIZA E GIOVANNI CHIARAMONTE

PEQUENO AUDITÓRIO

EXPOSIÇÃO

* INAUG. EXPOSIÇÃO A MEDIDA DO OCIDENTE ÁLVARO SIZA E GIOVANNI CHIARAMONTE

17H30 18H30

LITERATURA

20H00—23H00 PERFORMANCE 21H30

DANÇA

23H30

MULTI STYLES FUITTFUITT COMPAGNIE 7273

PERFORMANCE

CAFÉ-CONCERTO

21H30

MÚSICA

COPPIA MANUELA AZEVEDO, HÉLDER GONÇALVES, VICTOR HUGO PONTES

GRANDE AUDITÓRIO

18H30

LITERATURA

LANÇAMENTO “POR DETRÁS DO PANO” ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO

CAFÉ-CONCERTO

18H30, 22H00

CINEMA

NINFOMANÍACA VOL.1, NINFOMANÍACA VOL.2 VER PRIMEIRO

PEQUENO AUDITÓRIO

21H30

DANÇA

18H30

LITERATURA

LANÇAMENTO “RIO TORTO” RUI LAGE

CAFÉ-CONCERTO

SÁB 14

18H00

MÚSICA

NOVOS TALENTOS JOÃO DIOGO LEITÃO

CAFÉ-CONCERTO

21H30

DANÇA

FREE GREGORY MAQOMA / COMPANHIA INSTÁVEL

GRANDE AUDITÓRIO

DOM 15

18H00

TEATRO

FOYER 3º PISO

TER 17

16H00,18H30, 22H00

CINEMA

O MENINO E O MUNDO TERÇAS ANIMADAS

VÁRIOS ESPAÇOS

QUA 18 QUI 19

11H00—13H00 15H00—17H00

WORKSHOP

WRITING PERFORMANCE JONATHAN BURROWS

CAFÉ-CONCERTO

TER 27

16H00, 18H30, 22H00

CINEMA

DO LINDY HOP AO HIP HOP HISTÓRIA(S) DA DANÇA

PEQUENO AUDITÓRIO

QUI 29

22H00

CINEMA

BICICLETA LUÍS VIEIRA CAMPOS

PEQUENO AUDITÓRIO

22H00

LITERATURA

18H30

LITERATURA

LANÇAMENTO “DA FAMÍLIA” VALÉRIO ROMÃO

CAFÉ-CONCERTO

22H00

CINEMA

BICICLETA LUÍS VIEIRA CAMPOS

PEQUENO AUDITÓRIO

18H00

MÚSICA

NOVOS TALENTOS RAÚL DA COSTA

CAFÉ-CONCERTO

21H30

TEATRO

NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE ALGODÃO TEATRO DA TERRA

GRANDE AUDITÓRIO

23H30

MÚSICA

UNDERSTAGE STURQEN

SUB-PALCO

SEX 30

SÁB 31

Espetáculos

83º Aniversário TM Rivoli

Foco Brasil

Foco Marionetas

A Medeia Filmes apresenta sessões diárias de cinema no Cine Estúdio TM Campo Alegre. De segunda a sexta às 18h30 e 22h00; sábados e domingos às 15h30, 18h30 e 22h00.

AUDITORIO

SEX 13

GRANDE AUDITÓRIO

QUINTAS DE LEITURA VÁRIOS ARTISTAS

BEVY VERSE$ + PRÉFERENCE BALLETEATRO LANÇAMENTO “YUKI-ONNA BLUES” RENATO FILIPE CARDOSO

DANÇA

* TARAB COMPAGNIE 7273 JÉRÔME MARIN

AUDITÓRIO

21H30

FOYER DA ENTRADA

QUI 12

:OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

LITERATURA

PROXIM(A)IDADE TALES FREY

MÚSICA

QUA 11

PEQUENO AUDITÓRIO

18H30

SALA DE ENSAIOS

* A POESIA À SOLTA VÁRIOS AUTORES

TER 10

E S PA Ç O

NAMELESS NATURES JOANA VON MAYER TRINDADE

19H30 JANEIRO

TM CAMPO ALEGRE

BEVY VERSE$ + PRÉFERENCE BALLETEATRO

O CEREJAL TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)

AUDITÓRIO

PLATEIA AUDITÓRIO PEQUENO AUDITÓRIO SALA DE ENSAIOS

O CEREJAL TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)

QUI 19

21H30

TEATRO

22H00

LITERATURA

* QUINTAS DE LEITURA VÁRIOS ARTISTAS

GRANDE AUDITÓRIO

SEX 20 SÁB 21

10H30—13H00 15H00—17H00

WORKSHOP

ARTICULANDO EXPERIÊNCIA E PRÁTICA JEROEN PEETERS

SALA DE ENSAIOS

18H30

LITERATURA

LANÇAMENTO DE “THROUGH THE BACK. SITUATING VISION BETWEEN MOVING BODIES” JEROEN PEETERS

CAFÉ-CONCERTO

21H30

DANÇA

* BOTH SITTING DUET + BODY NOT FIT FOR PURPOSE JONATHAN BURROWS & MATTEO FARGION

PALCO GRANDE AUDITÓRIO

21H30

TEATRO

MEDEIA O CÃO DANADO

PEQUENO AUDITÓRIO

23H30

MÚSICA

UNDERSTAGE WHITE HAUS

SUB-PALCO

18H00

PARALELO

IMAGENS MIGRATÓRIAS #1 VÁRIOS CONVIDADOS

FOYER 3º PISO

21H30

DANÇA

* CHEAP LECTURE + THE COW PIECE JONATHAN BURROWS & MATTEO FARGION

PALCO GRANDE AUDITÓRIO

21H30

TEATRO

MEDEIA O CÃO DANADO

SEX 20

AUDITÓRIO

Felicidade — Tema Pelouro da Cultura 2015

CAFÉ-CONCERTO

SAB 21

PLATEIA AUDITÓRIO

PEQUENO AUDITÓRIO A QUERELA DOS GRILOS + SEMANA PROFANA QUARTETO CONTRATEMPUS

21H30

MÚSICA

DOM 22

17H00

TEATRO

TER 24

10H30 15H00

WORKSHOP

16H00, 18H30, 22H00

CINEMA

LA FÉÉRIE DES BALLETS FANTASTIQUES DE LOIE FULLER + ISADORA DUNCAN, MOVEMENT FROM THE SOUL HISTÓRIA(S) DA DANÇA

SEX 27

VÁRIAS/ 21H30

CINEMA/ TEATRO

FANTASPORTO

O CEREJAL TEATRO EXPANDIDO!

VÁRIOS/ PLATEIA AUDITÓRIO

SAB 28

VÁRIAS/ 18H00

CINEMA/ PERFORMANCE

FANTASPORTO

THIS PLACE SARA MANENTE, MARCOS SIMÕES & VON CALHAU!

VÁRIOS/SALA-ESTÚDIO

VÁRIAS/ 21H30

CINEMA/ DANÇA

FANTASPORTO

SHARK CATARINA MIRANDA

VÁRIOS/AUDITÓRIO

MEDEIA O CÃO DANADO

AUDITÓRIO PEQUENO AUDITÓRIO

O PORTO QUE SENTIMOS PEDRO ESPERANÇA

OFICINAS PEQUENO AUDITÓRIO


MARÇO DIA DOM 1 A QUA 4 QUI 5

SEX 6

SAB 7

DOM 8 TER 10 QUA 11

DISCIPLINA

TM RIVOLI

VÁRIAS

CINEMA

FANTASPORTO

VÁRIAS/ 10H30

CINEMA/ TEATRO

FANTASPORTO

* AQUELA NUVEM... LA MARMITA

VÁRIOS/AUDITÓRIO

VÁRIAS/ 15H00

CINEMA/ TEATRO

FANTASPORTO

* AQUELA NUVEM... LA MARMITA

VÁRIOS/AUDITÓRIO

VÁRIAS/ 10H30

CINEMA/ TEATRO

FANTASPORTO

* AQUELA NUVEM... LA MARMITA

VÁRIOS/AUDITÓRIO

VÁRIAS/ 15H00

CINEMA/ TEATRO

FANTASPORTO

* AQUELA NUVEM... LA MARMITA

VÁRIOS/AUDITÓRIO

VÁRIAS/ 16H00

CINEMA/ TEATRO

FANTASPORTO

* AQUELA NUVEM... LA MARMITA

VÁRIOS/AUDITÓRIO

VÁRIAS/ 21H30

CINEMA/ DANÇA

FANTASPORTO

G.O.D. FLÁVIO RODRIGUES

VÁRIOS/SALA-ESTÚDIO

16H00

TEATRO

* AQUELA NUVEM... LA MARMITA

AUDITÓRIO

HORA

22H00

CINEMA

TM CAMPO ALEGRE

E S PA Ç O VÁRIOS

RUA DE MÃO ÚNICA + BRASIL S/A CICLO DE CINEMA FOCO BRASIL

PEQUENO AUDITÓRIO BAAL TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)

18H00

TEATRO

TEIA AUDITÓRIO

22H00

CINEMA

O MURO + BRANCO SAI. PRETO FICA CICLO DE CINEMA FOCO BRASIL

PEQUENO AUDITÓRIO PEQUENO AUDITÓRIO

QUI 12

22H00

CINEMA

TREMOR + VENTOS DE AGOSTO CICLO DE CINEMA FOCO BRASIL

SEX 13

15H00, 19H00

DANÇA

3 SOLOS EM 1 TEMPO DENISE STUTZ

PEQUENO AUDITÓRIO

21H30

DANÇA

* MATADOURO MARCELO EVELIN

GRANDE AUDITÓRIO

14H30

ENCONTRO

OFICINA DO PENSAMENTO MARCELO EVELIN

PEQUENO AUDITÓRIO

16H00

PERFORMANCE

COLEÇÃO PRISCILLA DAVANZO

FOYER 3º PISO

21H30

DANÇA

FINITA DENISE STUTZ

PALCO GRANDE AUDITÓRIO

15H00

PERFORMANCE

REVERSO TALES FREY

PEQUENO AUDITÓRIO

16H00

ENCONTRO

BRASIL PERFORMATIVO NAYSE LOPEZ E CONVIDADOS

PEQUENO AUDITÓRIO

18H00

DANÇA

FINITA DENISE STUTZ

PALCO GRANDE AUDITÓRIO

TIME GOES BY LIKE A ROARING LION DOCUMENTÁRIOS CONTEMPORÂNEOS

PEQUENO AUDITÓRIO

SÁB 14

DOM 15

TER 17

18H30, 22H00

CINEMA

QUA 18

21H30

TEATRO

QUI 19

18H30

LITERATURA

LANÇAMENTO DE “CLAVICULÁRIA” MARTA BERNARDES

TEATRO

NOTALLWHOWANDERARELOST BENJAMIN VERDONCK

SEX 20

21H30

BAAL TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)

TEIA AUDITÓRIO CAFÉ CONCERTO PALCO GRANDE AUDITÓRIO

PARTÍCULAS DOURADAS NUM MUNDO QUASE SEMPRE VESTIDO DE PRETO JOANA CASTRO

21H30

DANÇA

18H00

PARALELO

IMAGENS MIGRATÓRIAS #2 VÁRIOS CONVIDADOS

FOYER 3º PISO

TEATRO

OBJETO ENCONTRADO PERDIDO TEATRO DE FERRO

PEQUENO AUDITÓRIO

21H30

TEATRO

NOTALLWHOWANDERARELOST BENJAMIN VERDONCK

PALCO GRANDE AUDITÓRIO

23H30

MÚSICA

UNDERSTAGE SONOSCOPIA

SUB-PALCO

10H30-12H30

WORKSHOP

PELOS CABELOS TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO

SALA DE ENSAIOS

TEATRO

PELOS CABELOS TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO

PEQUENO AUDITÓRIO

17H00

ENCONTRO

A CRIAÇÃO CONTEMPORÂNEA: O QUE PODE UMA MARIONETA? EUGÉNIA VASQUES E CONVIDADOS

PEQUENO AUDITÓRIO

16H00, 18H30, 22H00

CINEMA

WHEN THE FIRE DANCES BETWEEN THE TWO POLES + TOTENMAL HISTÓRIA(S) DA DANÇA

PEQUENO AUDITÓRIO

21H30

TEATRO

21H30

TEATRO

22H00

LITERATURA

18H30

ENCONTRO

À VOLTA DO TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO JOSÉ LUÍS FERREIRA E CONVIDADOS

PEQUENO AUDITÓRIO

21H30

TEATRO

CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

GRANDE AUDITÓRIO

16H00-18H00

WORKSHOP

ATIVIDÁRIO DO TEATRO PATO LÓGICO

SALA DE ENSAIOS

18H00

MÚSICA

NOVOS TALENTOS VASCO DANTAS ROCHA

CAFÉ-CONCERTO

21H30

TEATRO

CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

GRANDE AUDITÓRIO

22H00

MÚSICA

TIMESPINE

PEQUENO AUDITÓRIO

DOM 29

17H00

TEATRO

CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

GRANDE AUDITÓRIO

DOM 31

18H30, 22H00

CINEMA

PHOENIX VER PRIMEIRO

PEQUENO AUDITÓRIO

SAB 21

19H00

DOM 22

15H00

TER 24

QUI 26

SEX 27

SÁB 28

BAAL TEATRO EXPANDIDO! CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

AUDITÓRIO

TEIA AUDITÓRIO GRANDE AUDITÓRIO

QUINTAS DE LEITURA VÁRIOS ARTISTAS

AUDITÓRIO



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