Revista ITA

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INFORMAÇÕES EDITORIAIS

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

EDITOR CHEFE:

Nicholas Scharan Cysne

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:

Cibele Rodrigues Souza

Thiago Flores Barbosa

CARTA AO LEITOR:

Nicholas Scharan Cysne

MENSAGEM À TURMA:

Lara Campos Ibiapina

PALAVRAS DO REITOR:

Prof. Dr. Anderson Ribeiro Correia

PATRONO:

Luiz Carlos Rossato

TEXTOS DOS CURSOS:

Brunno Campos Martins Barbosa (AER)

Eden Schiavinato de Souza (AER)

João Pedro Spíndola Abrahão da Silva (AESP)

Peter Targino Klein (CIV)

Nickolas Batista Mendonça Machado (COMP)

Nicholas Scharan Cysne (ELE)

Lara Campos Ibiapina (MEC)

TEXTOS DAS INICIATIVAS:

Marcelo Júnio Assunção Bandeira (Fórmula ITA)

Pedro de Almeida Secchi (Aerodesign)

Rodrigo José Albuquerque Barreira (Aerodesign)

Lucas do Vale Bezerra (CASD)

Ana Flávia da Silva Tuan (ITA Rocket)

Pedro Henrique Saliba Pereira Ramalho (ITA Rocket)

Israel dos Anjos Godinho (ABU)

Vinícius Brito Bastos Antunes (ITA Bits)

Nicholas Scharan Cysne (ITAndroids)

Reynaldo Santos de Lima (ITAndroids)

Thiago Rodrigues de Oliveira Tonaco (DepCult)

Pedro Henrique Zanarino da Silva (AAAITA)

Matheus Rodrigues Gotelip (Carniceria)

Alex Paulo de Oliveira Couto (Carniceria)

Lucas Soares Rodrigues (AGITA)

Lucas Silva Nogueira Gomes (AGITA)

Mateus Monteiro Gomes (CEE)

Diego Teixeira Nogueira Fidalgo (RedeCASD)

DESDE 1950

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

Instituto Tecnológico de Aeronáutica

Praça Marechal Eduardo Gomes, 50

Vila das Acácias - CEP 12228-900

São José dos Campos, SP

www.ita.br

MENSAGEM À TURMA

Autor: Lara Campos Ibiapina

Olá T22! Estamos formando, acreditam?! Foram longos anos dedicados a essa fase da nossa vida e agora está na hora de ir para a próxima. Foi uma história memorável desde o começo… sempre lembrarei com carinho de estar no cursinho e querer muito passar nessa turma, da tão esperada ligação, de falar pra família, entrar num avião com todas as expectativas do mundo na mala, pegar pela primeira vez um ônibus da Pássaro Marrom cheio de caras com cabeça raspada e com exames debaixo do braço… como as coisas mudam!

Saímos dessa fase muito mais fortes, com pessoas incríveis como amigas e muito mais sonhos pela frente: que esse seja só o começo. Desejo que todos consigam sucesso nas áreas que decidirem ir, construam famílias lindas e sejam muito felizes. Como turma, espero que as memórias mais bonitas fiquem e as ruins virem boas histórias, que seja sempre uma felicidade um reencontro qualquer e que nossos filhos corram juntos nos churrascos de X anos de formados.

Como integrante da comissão, espero que sempre se lembrem com carinho dessa fase final, pois nosso maior objetivo sempre foi marcar esse momento tão importante tanto

pra gente quanto para as nossas famílias, que tanto sonharam e sofreram junto conosco. Gostaria de agradecer muito ao Shazam, Sobral, Bah, Macu e Werneck por terem estado comigo nesse trampo gigante, por todas nossas infinitas reuniões 22h, checks de contratos, confecção de formulários, degustações, além de ups, ups e mais ups no grupo da turma rs… foi um prazer trabalhar com vocês.

Vou sentir muita falta de lotar um carro com compras pros melas, quebrar a cabeça pensando que já tava na hora de mandar fazer alguma camisa de turma ou sair distribuindo pulseiras pra quem pagou o churrasco. Depois de tanto tempo mandando forms e mensagens no grupo ou perturbando os esquecidos no inbox, sinto que tudo isso está chegando ao fim. Mas não é um fim, é um recomeço! Que essa revista sirva como uma lembrança de um tempo que não volta mais, mas que vai estar marcado na gente para sempre porque faz parte de quem somos. E é isso pessoal, já já falo com vocês pra pegar o tamanho das blusas pro nosso churras de sei lá quantos anos de formados. Enquanto isso, aproveitem suas vidas! Beijos e podem me chamar pros rolês por aí rs

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CARTA DO REITOR

O ITA se alegra com mais uma formatura de seus alunos de graduação em Engenharia, a Turma 2022. Cada formando agora fará parte integrante da história do ITA e terá seu nome afixado perenemente às placas de formandos que abrilhantam os murais de nossa escola. Sempre que recebemos visitas ilustres ao ITA, as levamos aos murais dos ex-alunos para que vejam o principal resultado de nossa instituição, formar técnicos competentes e cidadãos conscientes, como orientava nosso patrono, o Marechal Casimiro Montenegro Filho.

Apesar de muitos me perguntarem, é difícil dizer qual foi a melhor turma da história do ITA. Passeando pelas placas dos ex-alunos, identificamos a Turma 1954, que foi a primeira turma a estudar 100% em São José dos Campos, já que antes de 1950, os alunos cursavam o ITA de forma temporária nas instalações do IME - Instituto Militar de Engenharia (antiga Escola Técnica do Exército), no Rio de Janeiro. A Turma 1958 formou os dois primeiros summa cum laudes, o Major-Brigadeiro Piva, pioneiro do programa espacial Brasileiro e o Dr. Fernando de Mendonça, fundador do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A Turma 62 formou o Ozires Silva, fundador da Embraer, enquanto a Turma 77 tem o Mário Araripe como maior ícone, o primeiro bilionário Iteano listado na Forbes e fundador da Casa dos Ventos, a maior empresa desenvolvedora de energia eólica do mundo.

A Turma 2022 é candidata a ser a melhor turma da história do ITA, mas isso dependerá agora do que os formandos farão em suas carreiras futuras. Todos têm potencial para isso. Tiveram a mesma qualidade de ensino que o Ozires recebeu, o mesmo talento de Mário Araripe e o mes-

mo ITA que o Piva vivenciou. Para ser sincero, a 2022 tem ainda melhores condições, já que o ITA se modernizou nos últimos anos e tem ainda mais parcerias internacionais. A concorrência do vestibular é muito mais acirrada e a T22 foi a turma que entrou em 2018, com um dos vestibulares mais concorridos da história, com cerca de 100 candidatos por vaga, bem acima dos números históricos das décadas passadas, cujo número girava da ordem de 10 a 40 candidatos por vaga.

O Brasil precisa de técnicos competentes, para fortalecimento de nossa indústria, criação de tecnologia que seja inovadora em nível mundial e desenvolvimento da infraestrutura necessária para servir 200 milhões de Brasileiros que carecem de saneamento básico, transporte aéreo regional, saúde e educação universal. Só a tecnologia trará os empregos de ponta que darão qualidade de vida a qualquer Brasileiro.

Igualmente, o mundo precisa de cidadãos conscientes. Precisamos desenvolver preservando o meio ambiente. Temos que cultivar a democracia e a justiça social. Os Iteanos precisam honrar o legado de seus antepassados, mantendo uma imagem positiva e pró-ativa na sociedade Brasileira, com ética e atuação impecável.

Não estamos entregando XXX engenheiros para a sociedade Brasileira, mas sim líderes responsáveis e inovadores. Pratiquem o empreendedorismo onde estiverem, seja no setor privado, público ou militar. Promovam o avanço da Força Aérea Brasileira, para que continue sendo uma força relevante que proteja nosso espaço aéreo de forma inteligente e tecnológica. Alavanquem nossa indústria aeroespacial

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para que seja competitiva como a Embraer já é no setor aeronáutico. Projetem nosso Centro de Lançamento de Alcântara no mundo. Lancem o VLM - Veículo Lançador de Microssatélites, fazendo história. Criem uma indústria automotiva 100% nacional. Ajudem o Brasil a ter uma indústria de microchips autônoma e viável. Vamos usar nossos recursos naturais de forma inteligente e sustentável. Trabalhem para termos uma educação de ponta acessível a todos.

Meu desejo é que a T22 faça história e se torne a melhor turma de todos os tempos. Deus os ilumine em seus caminhos. Lembrem-se dos seus familiares, que os sustentaram até aqui. Amem o nosso Brasil. O ITA é a casa de vocês, portanto, mantenham contato constante com a escola.

Vida longa à T22.

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PATRONO

TRIPULAÇÃO AER-22, PREPARAR PARA DECOLAGEM!

E quem diria?! Findado o pesadelo do FUND, finalmente iríamos lidar com a nossa maior motivação (vide TG do Bidart - T18’): engenharia de verdade! Entretanto, não sabíamos que nosso maior desafio não havia nem ao menos começado.

Nossa primeira semana de aulas no glorioso PROF foi marcada pela enorme satisfação de, enfim, estudar no departamento mais antigo do nosso querido ITA. Contudo, quando iríamos realmente aprender como faz-

er aeronaves grandiosas voarem, as únicas coisas que alçaram voos foram os alunos de volta para suas casas…a pandemia de COVID-19 pegou todos de surpresa, e, o que era para, inicialmente, ser apenas um período de poucas semanas longe dos laboratórios e salas de aula, transformou-se em longos e intermináveis dois (sim, dois!) anos de aulas à distância. Além da dificuldade intrínseca do próprio curso de AER, ainda teríamos que lidar com cachorros latindo, papagaios cantando e família berrando

dentro dos respectivos lares (como eram prazerosas as diversas horas seguidas de videochamadas com os grupos de relas…).

Deixando o chororô de lado, começamos muito bem com os “pequenos” labs de AED, que, inacreditavelmente, partiam de experimentos demonstrados em poucos minutos e se estendiam por horas…dias… semanas! E, finalmente, chegado o dia da entrega, ainda eram utilizados até os últimos segundos para cartear as discussões de resultados incompatíveis com a

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Autor: Brunno Campos Martins Barbosa (Brunnão) ENGENHARIA AERONÁUTICA

literatura. Para alegrar nossos dias, quizzes permeavam nossas horas vagas, fazendo parecer que o ITA havia levado o “período integral” ao pé da letra.

Não havia dias livres, feriados, finais de semana ou horário de almoço, todo o tempo pertencia ao nosso glorioso curso de engenharia. Praticamente todos os professores adotavam o sistema de “entregáveis semanais” como forma de contabilizar presença e valer porcentagem da nota, era uma delícia - eram tantos entregáveis por disciplina que era difícil de acreditar que havia pelo menos 7 delas naquele semestre (isso para quem não se aventurou com eletivas). Nosso computador se tornara nosso maior aliado: assistíamos aulas, fazíamos atividades, provas, horas e

horas de videochamadas (carinhosamente chamadas de calls), comíamos com o pc na mesa e dormíamos com o pc no colo, do lado ou em cima dele (não necessariamente com ele desligado ou fora das videoaulas).

Contudo, dávamos graças à existência de uma Entidade de Luz que nos acompanhava e nos guiava por todos os semestres de Aeronáutica - essa entidade se revelava divinamente de diversas formas diferentes em nossas vidas: como coordenador do curso, como professor, como mentor e como professor conselheiro para alguns homens de fé. Muitos até mencionavam que essa Entidade se revelava na figura de mãe, avó, mas a verdade é que, independentemente de como essa Entidade aparecesse

pra você, ela te salvaria de alguma forma e tornaria sua vida muito menos sofrida. Se não fosse por ela, talvez alguns de nós nem estaríamos comemorando esta conquista.

Ocorre que a vida no PROF era feita de altos e baixos…alguns momentos tão baixos quanto a maior nota da sala em uma certa disciplina marcada com sangue e muitas notas de conceito I’s. Entretanto, como após uma tempestade vem a calmaria, levando o semestre “by the book” e com longos prazos de atividade “PARA HOJE”, conseguimos sair vitoriosos.

E como não falar da tão imponente EST, não é mesmo? Aprendizados de estruturas que aparentavam não ter fim: a cada semestre era uma nova

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fase, um degrau mais alto (e que altura de degrau!), até chegarmos na derradeira EST-56 (Ufa!). Foram quatro, (isso mesmo, quatro!), disciplinas de EST, no total - pelo menos em Eng. Civil já estaríamos formados naquela altura do campeonato (1º semestre do 4º ano), agora só faltava buscar a parte de voar mesmo. Acontece que estávamos no meio de uma pandemia que nos rendeu dois anos de aulas e atividades à distância, então, felizmente ou não, podemos dizer que somos a primeira turma de toda a história do ITA que nunca teve qualquer dano físico nos aeromodelos construídos em PRJ-30 (mas projetar avião virtual era com a gente mesmo).

E por falar em projeto de aeronaves, para manter a tradição do pioneirismo da T22 em tantas mudanças no curso, fomos contemplados com um brilhante conhecimento sobre asas rotativas (que não são hélices!) em um simples e básico nível de engenheiros de ensaio em voo. Além dis-

so, nos (MUITOS) exemplos de acidentes, ficou bem claro que há casos em que o piloto “mereceu”. E se lembram da parte dos “altos e baixos”? Pois é, como nem tudo é sugação, um relas feito por um pequeno grupo de 17 pessoas brindou nosso último entregável da graduação e abriu com chave de ouro o nosso semestre livre!

Por fim, cada um de nós começou a seguir seu próprio caminho com o tão aguardado TG, em que começam a se desatar os laços que nos uniam como turma para que cada um trilhe sua própria jornada. Apesar das turbulências que o futuro possa nos reservar, as lembranças dos bons e desafiadores momentos que passamos juntos serão eternas e servirão de alicerce para manter nossos corações em sintonia. De agora em diante, nobres amigos, deixamos o ITA para voarmos ainda mais alto. A missão foi cumprida e o tão sonhado dia chegou: enfim, somos ENGENHEIROS AERONÁUTICOS!

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DO TURBULENTO AO LAMINAR

Viver os dois primeiros anos do curso profissional distanciados certamente não contribui para a unidade, para o espírito de corpo de qualquer turma, sobretudo de uma turma de Engenharia Aeroespacial, que depende tanto da mão na massa. Mas mesmo à distância tivemos nossos momentos marcantes e é isso que me parece que deve ser recordado.

Depois de dois sofridos anos de FUND e de tomar a decisão de qual engenharia cursaríamos, começamos o curso profissional com curiosidade. Duas semanas de aula e já dava pra ver que o curso não era um passeio no CTA: já nas primeiras aulas de AED-01 aprendemos que representar um escoamento da direita pra esquerda é coisa de psicopata, que existe o tal do escoamento laminar e turbulento (e como diferenciar os dois?) e, claro, já começamos a fazer o primeiro relatório. Em PRP-28, conhecemos a doçura da Claudinha; em EST15, relembramos a ternura do Adriano e o Marcelove nos salvou; presenciamos a inesperada união de PRJ, SIS e Direito sem saber que pensaríamos nas necessidades dos stakeholders por mais 4 semestres. Mas ao fim da segunda semana, a pandemia já era uma realidade próxima e, como o mundo todo, tivemos que voltar para casa.

Iniciado o regime de EAD, tudo era muito novo para nós e para os professores. Não sabíamos quando aquilo acabaria, os trabalhos em grupo ficaram mais complexos por conta da distância, as avaliações precisaram ser online, a motivação de todo mundo deve ter caído. Mas percebo que a confiança elevada que o instituto e so-

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ENGENHARIA AEROESPACIAL
Autor: João Pedro Spíndola Abrahão da Silva (Spin)

bretudo os professores têm em nós facilitou muito o processo de transição.

No segundo semestre do PROF, o desafio aumentou com AED-11 e seu exame teórico de LAB e EST-25, mas o Marcelove e a parceria e didática irretocáveis do Morales em MVO-20 não deixaram o semestre ser de todo ruim. Terceiro semestre: projeto de nanosat semi-presencial recuperado quase na praia, e para, variar, mais uma SIS com definição de CONOPS e projeto de firesat. No quarto semestre, aprendemos sobre mecânica orbital de foguetes de múltiplos estágios e projetamos um segmento solo de Starcraft (!). E finalmente chegamos ao último ano e a promessa de um período coçado como sempre não era totalmente verdade: ainda tínhamos três matérias obrigatórias + pelo menos uma eletiva para terminar. Sofremos com as simulações do Carlberto, nos divertimos com o jogo de Administração e fizemos infinitos relatórios de MVO, tudo isso em paralelo com o TG-1 (que ainda precisáva-

mos entender do que se tratava).

Nos resta então recordar com boas risadas aquela videoaula final explosiva de MVO, o professor que exigiria da NASA, os check-in da aula de GED, o professor locutor ELE que colocava um aviso de copyright em todas as aulas e os causos contados pelo Carlberto em sala de aula.

Aos colegas que foram para o exterior ou que por algum motivo trancaram e para os que continuaram na turma, digo com tranquilidade que foi muito bom estar com vocês! E que apesar do regime turbulento que tivemos que enfrentar, não permitamos o estol! Espero que nos vejamos todos, em breve, na formatura. Abraços e #boraAESP22.

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PARTE I: 2021 – O INÍCIO DO GAD: GAGÁ À DISTÂNCIA

“Professor, você não tá apresentando sua tela!”

E assim começa o PROF, após quatro semanas do que parecia ser mais um semestre de viradões no H8, surge um EaD mais inesperado do que as perguntas da prova oral do Eliseu e mais caótico do que o áudio do Hemsi nas aulas de GEO. Que pena! As dinâmicas das aulas presenciais da Giovanna eram tão divertidas e... peraí... ô Jota! Como é que ficam os LABs agora? Peraí... não tem mais rolê com o Alex pro Bar do Alemão?

Ufa! O primeiro semestre foi meio denso, mas pelo menos agora nós finalmente começamos nossas férias – ok, foram mais curtas que uma semaninha, mas ainda assim: férias! Vai dar pra aproveitar bastan– ih já acabou... que tragédia...

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Autor: Peter Targino Klein (Pedro)
ENGENHARIA CIVIL

Ok, agora no segundo semestre são só 5 matérias e não tem LAB! Com certeza vai ser mais suave agora! Ok, já tá todo mundo sugado com aula síncrona, bora ver quais professores topam fazer aula gravada pra gente poder dormir melhor pela manhã? Caraca man, como assim só o Sérgio topou fazer assim? Peraí, como assim ele só vai fazer isso pras aulas de projeto? E por que essa galera aleatória tá tendo aula do CJ com a gente? Ah, os outros cursos aceitam essa matéria como eletiva? Bacana! Tomara que isso não cause desencontro de horário com o Eliseu e ele fique furioso com a turma... bom, agora que o Hemsi consertou o microfone dele dá pra gente ver 10 segundos de aula sem aquele chiado agudo dos infernos quebrar o raciocínio... agora só falta marcar o Meet pra gente entender revisar o conteúdo. Ah, alguém tem o arquivo de Excel que o Pi montou em aula e que praticamente já resolve metade da nossa prova?

Chega o segundo semestre, e com ele a tão temida matéria de concreto. Sem tempo ao menos de uma preparação psicológica para esse novo semestre, seguimos na luta! As matérias começaram a se tornar um pouco mais complexas e a falta do H8 para os viradões coletivos e as tiradas de dúvidas fez bastante falta.

PARTE II: 2021 – TENTANDO CONVIVER

COM OS INFINITOS PROJETOS

Mais uma vez, vencemos um semestre e vamos ter nossas merecidas férias! Dessa vez, são merecidos 3 meses! Vai dar pra curtir bem e... mas como assim já tá acabando? Vai continuar sendo EaD? Como assim só vão confirmar na véspera? O Roberto já tá mandando o convite pro Google Classroom e marcando aula síncrona às 8h no primeiro dia e... última forma, ele mesmo melou a aula!

Que excelente começo de semestre! Tomara que os próprios professores continuem se dispondo a melar as aulas e as entregas e não seja necessário negociar com

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todo mundo simultaneamente pra adiar os prazos ou, no caso do Pi, definir algum prazo... e definir qual a atividade também, se for possível. Nada no curso inteiro foi tão marcante quanto a terceira semana de exames, que existiu exclusivamente pra autoavaliação de projetos do Márcio, refazer aquela questão com dados faltantes da P2 do Sérgio e simplesmente todas as avaliações e LABs do Schiavon e do Pi... ah é, rolou LAB EaD, inclusive os das matérias do 1o PROF! Bom, pelo menos conseguimos dar uma melada excepcional no projeto do Roberto e conseguimos convencer o Arraut e a Nadinne a aliviar um prazo ou outro graças aos argumentos irrefutáveis –contendo apenas fatos, e nenhuma opinião – do Padre e do Helber! Aliás, os mesmos argumentos conseguiram fazer com que o Sérgio passasse a adotar a metodologia de seguir apenas com aulas gravadas, com eventuais aulas de tira-dúvidas – parecido com o modelo que o Márcio adotou (falando nisso, você viu as aulas gravadas desta semana?). Mas o semestre chegou e estávamos mais perto do que nunca de sermos engenheiros! Quem vê nem suspeita do trabalho que deu usar conhecimentos do ensino médio em trigonometria e gravitação pra entender a matéria do Ronaldo!

Mas havia mais por vir! Se nós já não víamos a hora de terminar os projetos daquele primeiro semestre do 2o PROF, o semestre seguinte estava para se mostrar ainda mais carregado! Claro que os projetos dos edifícios residenciais em concreto armado do Sérgio haviam sido trabalhosos, mas fazer a ponte de aço do Alex foi outro nível de (re)trabalho! Você tá duvidando? Tente você alterar o módulo da ponte umas 74 vezes no bimestre até as extremidades se encaixarem sem forçar demais um dos elementos de aço com a assimetria do carregamento e sem deixar o módulo pesado demais – o que parecia

impossível com a aplicação de camada de concreto asfáltico de 50 cm de espessura, diga-se de passagem. Falando em concreto asfáltico, e os projetos do Régis, hein? Aulas exclusivamente gravadas (não estamos reclamando) em formato de Power Point (estamos reclamando um pouquinho) ... não fosse a Lília dando uma ajuda e falando com o professor, seria de mandar tudo pra casa do FAARFIELD! Casa... hum... como o Márcio iria fazer os LABs se só os Aspofs tinham autorização pra ficar no H8? E como encaixar todos os projetos de uma disciplina que vale por duas dentro da carga horária prevista pro curso? Claramente, o Márcio foi generoso e fez alguns milagres e, se não fosse pelo Alessandro e sua didática excepcional, deveria ganhar o Prêmio Weiss de forma unânime... a não ser que a turma decidisse não responder os Questionários-Teste... fujam para as montanhas neste caso! Aproveitem que a Cláudia ensinou a construir as pistas para trafegar pelos terrenos inclinados e vão rápido! Bom, pelo menos o Márcio tava feliz que o Flamengo havia sido campeão contra o Internacional, mas quem não gostou muito disso foi o Guterres! Ainda bem que ele e a Mayara puderam ser um refúgio, dando o conteúdo de forma breve e corrigindo as provas e os LABs com muita misericórdia – mesmo o exame tendo sido bem suga e os argumentos irrefutáveis do Padre e do Helber precisarem nos socorrer.

E depois de tantos projetos? Férias? Que nada! Agora tem que começar o Estágio Curricular Obrigatório!

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OK, SAMARA, VOU ADIAR

Enfim, o FUND acabou! Descobrimos os nomes daqueles que escolheram cursar a Computação, aqueles que foram escolhidos para cursá-la e o Greg, que sempre foi COMP por amor!

Dia 02/03/2020 era o dia de começar essa incrível jornada! Na primeira semana, uma palestra com os professores foi feita para apresentar a COMP aos seus novos alunos e logo em seguida já se falava do famoso churrasCOMP (melado indeterminadamente). Na segunda semana, porém, todos foram surpreendidos e tivemos que deixar o h8 rapidamente e esperar um mês

para voltarmos ao ITA. Logo, esse um mês se tornou dois, três, quatro… e todos sabemos como terminou essa história.

A adaptação ao EAD para o curso de COMP deveria ser o mais tranquilo de todo o ITA, afinal, todos nós lidamos bem com computadores, certo? Na verdade, como todos os professores já sofreram ao tentar ligar um projetor, nós no EAD sofremos ao tentar escanear provas, apresentar a tela no meet, dentre outros… Com o EAD também veio a dura realidade do programador home-office: seu programa precisa rodar até certo dia e, como você está em casa é

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Autor: Brunno Campos Martins Barbosa (Brunnão)

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

Sem seu tato para lidar com os professores e as infinitas melações (muitas vezes de última hora), nenhum de nós teria sobrevivido ao primeiro semestre da COMP (e por consequência, nenhum dos outros). Por fim, só gostaria de dizer que foi uma pena que o Whatsapp só implementou a votação por emoji no último semestre, pois facilitaria muito a sua vida.

Enfim os semestres foram passando e as infinitas provas foram substituídas por projetos, que conseguiram ser ainda mais infinitos, e descobrimos que algumas idéias podem ser aprimoradas quantas vezes forem necessárias (alguns quase se tornaram engenheiros de farmácia). Porém, uma coisa sempre se manteve: no primeiro semestre da COMP não tivemos semaninha por exigência do ITA, nos outros semestres, mesmo sem essa exigência, também não tivemos semaninha! Aprendemos da pior maneira que nossos veteranos que diziam que semaninha é a maior mentira da faculdade estavam certos.

só dar uma mexidinha aqui e ali de vez em quando que tudo se resolve… muitas vezes nas madrugadas e nos finais de semana.

Acredito que falo por todos que o primeiro semestre de 2020 foi como um viradão todos os dias durante um semestre inteiro. Muitos de nós ainda estávamos nos adaptando a fazer labs de várias matérias ao mesmo tempo. Alguns professores achavam que o nosso período de 1 mês sem aula significava que todo o conteúdo estava atrasado 1 mês (tá vendo?) e a administração do ITA teve a brilhante ideia de contornar esses problemas nos deixando sem semaninha e com apenas 1 semana de férias!

Um parênteses especial para agradecer à Samara (que eu garanto que não foi escrito pela homenageada), nossa representante de turma durante toda a COMP!

Para encerrar, conseguimos meus amigos computeiros, formamos. Se conseguimos terminar esse curso tão difícil, tenho certeza que nenhuma big tech é grande demais para nós. Nossa turma mostrou que com união de turma nenhum desafio é impossível, seja passando bizus pelo whatsapp ou ajudando a tirar dúvidas na madrugada da véspera de prova (pois todos da turma estavam virando ao mesmo tempo), provamos que conseguimos trabalhar com tudo, independente do assunto e do fuso horário (mesmo que nosso fuso continue sendo o brasileiro). Tenho muito orgulho de dizer que sou da COMP-22 e tenho certeza que, onde quer que estejamos no futuro, os aprendizados aqui adquiridos seguirão por toda nossa vida.

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NINGUÉM LARGA A MÃO DE NINGUÉM

A Eletrônica, ou ELE para os íntimos, é um curso famoso no ITA, presente desde o início junto com a AER, e desde sempre foi um curso que incitava uma mistura de amor e ódio entre seus alunos. São infindáveis as histórias da ELE, e quase todas se assemelham a histórias de terror, histórias de professores carrascos, provas desesperadoras e trancamentos em série, é o tipo de coisa que causa pessoas ficarem traumatizadas até antes mesmo de entrar, mas ao mesmo tempo eu também já ouvi inúmeras vezes veteranos dizendo que era

um curso extremamente interessante e complexo, muito mais recompensador que os outros, mais da minha opinião sobre isso ao final.

Lembro que por causa dessas histórias todos entramos na ELE com um certo medo, um certo frio na barriga, com o pensamento de “será que é agora que eu tranco?”. Pra confirmar esse sentimento e piorar o sentimento de tensão, antes mesmo de começarem as aulas nossos queridos veteranos da T21 pediram pra “conver-

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A MÃO DE NINGUÉM

NINGUÉM

sar” com a gente sobre a ELE... Long story short, eles queriam nos preparar. Foi uma reunião de bizus descrevendo matéria a matéria, professor a professor, tudo o que deviamos ter cuidado e nos atentar para não trancarmos, nos deram listas datando a época do Pelá, inúmeras provas antigas, e um drive que salvou todos nós inúmeras vezes. Eles sabiam a guerra que estávamos prestes a entrar e era necessário dizer o essencial, que no final do dia a ELE se resumia a uma única coisa: Ninguém larga a mão de ninguém.

Lembro que no primeiro dia de aula fomos parar num prédio que só tínhamos ido uma única vez antes, o prédio original do ITA, onde a gente achava ter apenas salas administrativas e a Reitoria. Encontramos a sala que supostamente seria nosso local de estudo durante os próximos 3 anos (durou 2 semanas), um mini-auditório inclinado, com chão de madeira, e carteiras, lousa e janelas tudo datando 1950, e contrastando com tudo isso uma TV de 58 polegadas de última geração que nenhum professor sabia nem ligar simbolizando a modernização do ITA. É, quem precisa de laboratórios e equipamentos novos se a gente tem uma TV? Entramos, sentamos, ouvimos as boas-vindas, tivemos duas semanas de aulas e fomos mandados pra casa, do nada o que achamos que seria 3 anos de noites em claro estudando em grupo no H8, se tornaram 3 anos de noites em claro com o

Google Meet aberto estudando em grupo em casa.

Não foi exatamente ruim, acredito que, como todos os outros eletracas que vieram antes de nós, teremos gravado na alma por anos a fio várias das equações de eletromag que aprendemos com os Daniels em EEM, lembraremos das indecifráveis provas da Gabriela e dos vídeos do Desafio do Jackman! em EES, das infindáveis aulas de EEA e do pânico geral a cada prova de telecom em EET. Mas claro que aind assim se foi perdido muita coisa, tanto em conhecimento prático em laboratórios, quanto em vivência em aula com colegas e professores.

De qualquer forma, como posso descrever nossa experiência na ELE? É muita coisa para um único texto. Não vou perder tempo dizendo como sofremos e tudo mais durante esses 3 anos, vocês já devem ter uma ideia, prefiro dizer que durante esse tempo, acabamos o curso com apenas 2 baixas de trancamento, um recorde pra ELE. Nós tentamos levar a sério o lema de não soltar a mão de ninguém, precisavam ver a chuva de bizu a cada prova e projeto, nosso grupo de whatsapp contém mais conteúdo acumulado do que livros inteiros de eletrônica. Durante todo o tempo tentamos nos ajudar, sobreviver talvez seja melhor dizer, desde os áudios de bizu às 3h da manhã sobre os labs do Manish, até o mutirão de EEA-52 pra entregar o maldi-

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LARGA
Autor: Nicholas Scharan Cysne (Shazam!)

to projeto de VLSI a tempo (Adeus Zandoná). Não são todos os cursos que podem citar esse tipo de união (ou esse tipo de histeria em massa, a interpretação é individual), nós com certeza só estamos formando porque todos se ajudaram até o fim, e se não fosse por isso as histórias de terror com certeza teriam se tornado realidade.

Lembro, 6 anos atrás, ainda no cursinho, um professor (também iteano) me disse, “Depois da ELE, eu nunca mais encontrei algo tão difícil na vida – se você se formar, você consegue fazer qualquer coisa”. Vou ser sincero, não acreditei naquelas palavras na época, também fiquei incomodado com a ênfase que ele deu no “se você se formar...”, hoje, depois de muitas lutas na ELE, eu entendo o que ele quis dizer, e acredito que muitos de meus colegas também. Também entendo o amor e ódio que tanto me falaram antes de entrar. Se hoje alguém me perguntar se a ELE é difícil mesmo, eu digo com toda sinceridade: Sim. Sim meus queridos, é infernal, todas as lendas e histórias são verdadeiras, mas na minha opinião, eu também não acredito que exista outro curso que seja tão interessante e gratificante quanto à ELE. Nada a supera, em dificuldade ou complexidade. Podemos ter sofrido mais que os outros, mas ninguém prometeu que ia ser fácil, o que prometeram é que ia ser recompensador ao final, e a promessa foi cumprida.

Aos meus colegas eletracas, a ELE acabou, o ITA acabou. Fizemos nossa parte, aguentamos cada semestre com a promessa de que o próximo era mais fácil (que mentira). Só nos resta pegar o diploma e dar adeus à nossa odiada e amada ELE, e, como meu professor disse anos atrás, eu duvido que a gente vá encontrar algo tão difícil quanto ela daqui pra frente, ou seja, we can do whatever the fuck we want.

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HORA DO MEC LANCHE FELIZ

É com um incrível prazer que, depois de ler várias dessas revistas e sonhar muito com esse dia (pensando que ele não ia chegar, claro), escrevo esse texto. Foram cinco anos muito difíceis (para não dizer impossíveis) e que finalmente chegaram ao fim. Senhoras e senhores, eis então o verdadeiro MEC Lanche Feliz: o jantar da formatura.

Dizem que o ITA não é uma faculdade, é um sonho. Particularmente não concordo... Para mim, o ITA é um estilo de vida, uma forma de você se desafiar e tentar sempre ser melhor, provando para você mesmo que é capaz. No meio disso tudo eu não entendia -na verdade nem tinha tempo para pensar-, mas agora eu entendo: depois de 5 anos nessa instituição eu posso não ser a melhor engenheira mecânica, mas com certeza sinto que eu posso aprender qualquer coisa, não importa o quanto desafiante que ela for.

E o que falar sobre a MEC22? Só agradecimentos (e traumas rs): we did it! Lembro de anos atrás, lá na época do aquartelamento, perguntar sobre que curso as pessoas estavam pretendendo ir no Prof e inúmeras vezes me alegrei com as respostas. Sim, grande parte dos meus amigos foram para a MEC – e não posso culpar os demais pelo mal gosto.

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Autor: ENGENHARIA MECÂNICA

Compartilhamos muitas lágrimas (muitas mesmo), desespero, superação, trabalho duro, resoluções de questões e pedidos de melação de prova. Caímos, levantamos, fomos levantados, levantamos alguém no meio do caminho... foi uma verdadeira guerra, mas vencemos e, para ser sincera, dessa vez tivemos muito mais do que uma turma de 20 pessoas com a gente: a pandemia fez amigos e familiares serem nossos colegas de classe. Afinal, nosso contato nos dois primeiros anos do Prof se resumiram aos 10 primeiros dias e, quando voltamos às aulas, em 2022, o gostinho da formatura já tinha se sobressaído a qualquer outra coisa. A essas pessoas, que com certeza sabem quem são, só agradecemos e dividimos a conquista desse diploma com vocês – diploma esse que está longe de ser um papel (ou um QR code), mas representa tudo que fizemos e tudo de que abrimos mão de fazer para ter ele.

Dizem que tudo que é ruim na hora gera boas histórias para o futuro, né? Então estamos lotadíssimos! Fazer esse texto até me lembra um dos 98312974892589 relatórios -os famosos Relas da MEC- que tivemos que escrever ao longo desses

anos. Lembro de um dia estar escrevendo um deles, de EST, às 6h da manhã, muito preocupada com o prazo que era 8h da manhã do mesmo dia. Quando olhei o grupo de WhatsApp da turma vi que todos os demais alunos estavam também acordados na mesma situação -eu até me senti melhor na hora- e quando o professor acordou aceitou adiar o prazo para a alegria de todos. Nesse dia o desespero foi tão grande que até cheguei a ir na casa da Barcelar no meio da pandemia, à meia noite, para unir esforços. Inesquecível.

São tantas histórias que é difícil resumir aqui para vocês! No primeiro ano, por exemplo, o Zangado teve sua menor nota por enviar um arquivo errado no classroom (zero saudades) -o professor não aceitou revisá-la nem quando ele mostrou que a data de modificação estava super dentro do prazo. Pelo menos o coitadinho conseguiu perdoar ele tomando um solzinho em Punta Cana. A Sayuri também enviou o arquivo errado e tomou um susto com a nota dela, mas deu tudo certo para reverter pelo menos. Barcelar seguiu os mesmos passos algum tempo depois, afinal somos uma turma que preza muito pela união

feminina rs. Dia trágico o que teve aluno zerando prova por perguntar se o enunciado estava correto no grupo da sala. Pensando em tretas, nem tiveram muitas (guerra fria ou fofura? não sei rs)… só sei que entendedores entenderão: grupos de 5 são melhores que grupos de 6 viu… #sorteio #paz

Como não esquecer também uma questão

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que toda a turma errou junta -menos o Japa desunido rs- e que a verdadeira resposta no fundo era que a pergunta que estava errada. Ou as diversas reuniões que fizemos para negociação com professores quando todos estavam afundando, mesmo que em barcos diferentes, puxados pela mesma âncora. Aliás, juro solenemente nunca mais olhar pra uma turbina como antes (#02), sempre que puder falar sobre as diferentes características das embalagens de refrigerante e também sempre pensar no perfil da asa quando pegar um voo -me compadecendo de quem a projetou… Falando em aprendizados para a vida, por favor, não vacile -obrigada professor. Vou ajudar vocês nesse momento com uma lição preciosa: se tiver uma leiteira esquentando e você tiver que pegar na panela, esqueça o cabo! Pode pegar na parte de baixo mesmo, garantimos que será a parte mais fria. Outro agradecimen-

to especial para o super incentivo ao nosso estágio obrigatório, que nunca estressou ninguém e foi essencial para nossa graduação :) . Afinal, será que o ITA estimula o networking? Olhem, nem entrarei no âmbito do networking com todas as empresas, pois a grande maioria levou o estágio de dia, ITA no resto do tempo, mas só me vem à cabeça um Lab de MPS em que falei com literalmente 95% da sala pelo caminho... com certeza ele estimula ein.

Passamos por poucas e boas! Até uma inacreditável pandemia tentou nos impedir, mas estamos aqui, formando e ainda ganhamos um último semestre juntos só para relembrar os velhos tempos. Para não esquecermos de onde viemos, fazendo brotar apresentações e relatórios relâmpagos, contando ao máximo quantas faltas tínhamos para usufruir, nos despedindo daquela aula de bermuda e

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chinelo -ch*pa bixaral-, sentindo a alegria de ter um coffee break depois daquela leve esticada do professor na aula, apreciando um churrasco da MEC como os deuses que sempre soubemos que somos... até quase fizemos nossa primeira e última viagem de turma, mas o COVID atacou novamente, dessa vez na cidade de Analândia, que com certeza sempre vai estar na memória de todos.

Não é tão gratificante terminar um quebra-cabeça de 4 peças quanto é terminar um de 1500, não é verdade? Pois saibam, o nosso teve infinitas peças -em mais de infinitos dias- e alguns ousam chamá-lo de diploma. Nos resta nostalgicamente guardá-lo montado, agradecendo cada pessoa que achou o lugar de uma pecinha, nos ajudando no meio do caminho. Para encerrar esse texto -acreditem ou não, tenho inveja de mim mesmo, nesse exato momento, por estar nessa posição depois de 5 longos anos-, uma mensagem que todos da MEC22 tem a dar é que esse dia chega e ele vale muito a pena: nos orgulhamos muito de ter vivido da forma mais intensa possível. Aos bixos e bixetes, cuidem dos seus quebra-cabeças e aproveitem enquanto dura, pois já já ele acaba.

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AMOR, VENENO & ROBÔS

O ITA me proporcionou muitas coisas nestes últimos 5 anos: amizades, conhecimento, autoconhecimento, viagens, segundas épocas, felicidades e tristezas iguais. E entre todas as coisas que me foram dadas, uma das melhores foi a oportunidade de participar da ITAndroids. Acredito que falo por todos quando digo que nós

adoramos a ITAndroids por dois motivos principais: Primeiro, nós construímos fucking robôs, vocês sabem qual a sensação de construir um robô, ver ele funcionar, e depois ver ele jogar futebol num time de robôs autônomos? Saibam, é extraordinário. Segundo, a ITAndroids é especial não somente pelo trabalho em si, que obviamente já é de deixar qualquer amante

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ITANDROIDS
Autor: Nicholas Scharan Cysne (Shazam!) & Reynaldo Santos de Lima (ZeroTwo)

de tecnologia eufórico, mas também pelas pessoas que a compõem - pessoas extremamente competitivas, com sangue nos olhos e apaixonadas por tecnologia. Podemos ter entrado na iniciativa lá trás como bixos apenas pensando nas coisas que aprenderíamos e em quais robôs iriamos trabalhar (ou quebrar pra ser mais exato), mas saímos hoje com muito mais além do conhecimento que nos foi dado, levamos conosco amizades com pessoas incríveis e experiências de vida que vão ficar na memória por um bom tempo.

A ITAndroids é uma comunidade inteira, somos mais de 60 alunos apaixonados por computação, eletrônica, mecânica e acima de tudo robótica; construímos diversos tipos de robôs (reais e virtuais) capazes de jogar futebol, além de dar um corridinha aqui e ali, tudo de forma autônoma, usando conceitos de processamento de sinais, controle e inteligência artificial. Claro, nada disso foi feito em 1 dia, muito menos 1 mês ou 1 ano, a iniciativa já conta com diversas gerações de iteanos trabalhando dia após dia em seus robôs, dando aquele gás, aperfeiçoando-os com um único propósito: Disseminar conhecimento mundo afora? Lógico que não. Ganhar campeonatos e destruir robôs alheios! Não que a gente participe das categorias de luta (Manguinha não deixa e nem os patrocinadores), é no futebol mesmo, falta e pênalti 90% são nossos (#BoraVSS). Mas sim, grande parte de estar na ITAndroids é participar dos campeonatos de robótica, muitos de nós viajaram o Brasil e o mundo estes últimos anos defendendo nossa iniciativa, nossa faculdade e nosso país em desafios regionais, nacionais e internacionais. Fala sério, existe iniciativa melhor do que uma que nos leva pro Japão, Canadá, Austrália, Tailândia, e ainda muito mais?

Eu entrei na ITAndroids em 2018, mas para ser sincero eu já sabia que queria

participar da iniciativa bem antes disso, até antes de efetivamente entrar no ITA. Acontece que um ano antes, ao ouvir relatos de amigos da T21 sobre as iniciativas do H8, descobri que existia uma que trabalhava especificamente com robótica, e eu, bixo de tudo, achando que ia construir o Baymax em 1 semana, decidi que era nessa que eu queria entrar. Chegou o Feirão de Iniciativas, hora de escolher quais que gostaríamos de entrar, e para minha surpresa muitos possuiam essa mesma pré-disposição. A apresentação no Feirão de Iniciativas conquistou nosso coração. Impossível esquecer da mini mostra de robótica no qual fomos inseridos, passando pelo Juan (T20) com o Soccer 3D, o Coimbra (T20) mostrando o Soccer 2D, os robôs do VSS mostrados pela Thayná (T21), a Dani (T11) apresentando o Chape e o Darwin, e o Aloysio (T20) mostrando peças que eventualmente viriam a compor o SSL. Claro que, segundo a lei universal da robótica, nenhum robô funciona sobre pressão, e quase nada funcionou no dia, mas isso não nos importou, a maioria já estava maravilhada com a iniciativa.

Antes de continuar nossa saga, deixeme explicar aos leigos presentes um pouco das categorias existentes na ITAndroids. O Soccer 2D, uma das primeiras categorias da ITAndroids (e dita ter sido criada em meras horas durante um café da manhã), é uma categoria simulada que permitem esquecer essas besteiras de hardware e física para focar no que importa que é codar e desenvolver as estratégias. O Soccer 3D, semelhante ao 2D, é a categoria simulada de humanoides, com grandes semelhanças nos desafios e que está sempre provendo artigos para a ITAndroids, que afinal de contas é o que mais interessa para o presidente da iniciativa. O VSS (Very Small Size), numa tentativa de colocar palavras não enviesadas pra minha categoria, nada mais é

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do que a categoria mais dinâmica da ITAndroids, com robôs rápidos o suficiente pra você se perder com o que está acontecendo em campo, com faltas e penâltis que você até se espanta com a agressividade dos robôs, e as melhores torcidas organizadas que já se viu (melhor até que torcida de futebol de verdade). O SSL (Small Size League), quase uma versão gigante do VSS, e é o projeto mais recente da ITAndroids e se esforça desde 2018 para trazer um troféu para a ITAndroids, e desde que os robôs pararam de entrar em combustão espontânea, temos fé isso vai acontecer um dia. O Humanoide é a categoria que mais chama a atenção, com robôs inegavelmente fofos, Darwin e Chape, e, por algum motivo, a categoria que possui membros venenosos que gostam de empurrar os robôs para ver se eles conseguem se levantar.

Bem, voltando, assim que entramos

na ITAndroids percebemos a existência desse ambiente colaborativo cheio de venenos e com todas as categorias tratadas de modo igual, exceto pelo Manga que prefere o Humanoide. Seguimos nosso 1º ano bixos de tudo, e aconteceu o que acontece há anos, assinalados às nossas categorias e começando a trabalhar logo percebemos que a construção de um robô é extremamente complexo e mais difícil que imaginávamos, sendo necessários diversos treinamentos ao longo do ano para começarmos a entender os fundamentos do que estava acontecendo. Tivemos treinamentos de computação, eletrônica e mecânica, e para os fortes de espírito ainda havia no outro ano uma continuação com treinamentos avançados de processamento de sinais, controle e IA. A parte boa é que não era somente estudo, alguns de nós já no primeiro ano puderam participar de algumas viagens e competições, e ver os robôs

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vencendo e perdendo ao vivo. Acreditem, ver uma competição ao vivo é de ferver o sangue, teve gente que parou de assistir porque tava quase tendo um infarto (#SddsTéssio).

Findou-se o primeiro ano, acabamos o ano um pouco mais experientes, um pouco mais traumatizados com o ITA, e alguns de nós receberam novos desafios, se tornando líderes de suas respectivas categorias ou tomando parte da diretoria administrativa na iniciativa. Nessa época aprendemos que pra gerenciar um projeto você precisa ser mais do que um bom codador, precisa conseguir entender as pessoas e ter litros de paciência com bixos ou membros de comportamento difícil. Claro que é recompensador também, ver a iniciativa, as categorias, e os membros de desenvolverem é extremamente interessante, isso sem falar de ganhar acesso ao grupo de whatsapp mais venenoso da ITAndroids, o grupo da Diretoria (se você acha que o DOO é o maior grupo de fofoca do ITA, você não podia estar mais errado).

Durante os próximos anos foram novas descobertas e novos ensinamentos, começamos a solidificar nosso conhecimento, participar mais ativamente de competições, jogar veneno nas outras equipes e até nas outras categorias, e descobrir o rumo que queremos tomar na vida. Alguns saíram da iniciativa, outros se mantiveram até o fim se tornando pessoas essenciais para o desenvolvimento do projeto e, agora que todos estamos de saída, independente do rumo que cada pessoa tomar daqui pra frente, inclusive eu, tenho certeza que a ITAndroids teve papel fundamental na sua decisão de vida, e só temos a agradecer à ela por isso. Claro que tudo isso também se deve à uma pessoa espetacular, que é nosso querido Presidente, o Prof. Dr. Marcos Máximo (T12), Manga pros

íntimos, seu trabalho de anos na ITAndroids mentorando e ajudando os alunos foi fundamental pra iniciativa se tornar o que ela é hoje, um ninho de cobras uma incubadora de engenheiros e pesquisadores excepcionais, então deixamos aqui nosso grande agradecimento ao Manga.

Fizemos parte de algo incrível, dentro da ITAndroids conhecemos pessoas que levamos como amigos para o resto da vida, além de aprendermos muito, talvez até mais do que somente a faculdade sozinha poderia nos proporcionar. Não resta mais nada a dizer, a não ser obrigado por todos esses anos maravilhosos, sentiremos saudades. #BoraITAndroids.

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A DELICIOSA ARTE DE COMETER ERROS ENTRE AMIGOS

AERODESIGN:

Fazer parte de iniciativas técnicas é quase um ato de insubordinação. Vai contra uma cultura iteana que aplica grandes doses de pressão social para saltar sobre as primeiras oportunidades de estágios que aparecem à nossa frente e não olhar para trás. Isso normalmente faz com que a engenharia seja a meretriz das opções profissionais nesta faculdade – demandando mais qualificação formal (e, com ela, paciência) para menos dinheiro e prestígio do que o julgado aceitável por orgulhos iteanamente inflados. Acredito que os poucos civis da T22 que se dedicarão a ela devem muito à AeroDesign.

Quando cheguei a um feirão de iniciativas “não somos uma iniciativa, me fez rolar um pouco Mais tarde, perceberia de uma maneira não tão to imaginei: é difícil encontrar ame e odeie sua família famílias são as mães de rinhas – mas que, mesmo amar de uma forma até nossos coraçõezinhos sejam

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Autor: Pedro de Almeida Secchi (Frustrado) & Rodrigo José Albuquerque Barreira (Barreira)

ao ITA, assisti – bixíssimo –iniciativas em que a frase clássica iniciativa, somos uma família!” os olhos pelo óbvio clichê. que a frase era verdade tão propagandística quanencontrar alguém que não família simultaneamente. Afinal, de grandes tretas, intrigas e mesmo assim, aprendemos a até grande demais para que sejam capazes de descrev-

Agora veterano, esse amor é para mim muito perceptível em como dói passar na frente da nossa salinha e não poder entrar para resenhar por horas sobre que tipo de besteira inconsequente será feita no avião deste ano. As então 32 pessoas que se reuniam, à época, para construir aviões competitivos em um cantinho do H8 foram para mim uma família cheia de irmãos mais velhos orgulhosos (e teimosos. Sim, você, Top Gun), irmãs mais velhas exemplares (oi Ju!), tiozões (oi, Roger!), e o agregado mexicano que está por lá desde o início dos tempos. Obrigado por nos ensinar tudo o que ensinou, Alejandro.

À primeira vista, um bixo pode imaginar que a AeroDesign tem uma finalidade didática diferente da que realmente tem. É um pecado perdoável para quem aprende matemática pura por um número excessivo de horas, no Fund, imaginar que a engenharia é uma ciência exata, e não uma arte – e que o pano de fundo científico de cada decisão é algo a mais que os pincéis com os quais se faz um trabalho que é, em essência, extremamente criativo. A natureza é caótica, e a aerodinâmica, parcamente simulável com os recursos que podíamos concentrar em uma salinha empoeirada do H8 – e, por isso, nos restava dançar um tango argentino pelo espaço de variáveis de projeto e aprender com cada

passo em falso.

Todos sabem que um adolescente não aprende a amar por livros. É preciso um conjunto de relacionamentos-mirins e decepções amorosas para corrigir egos, medos e impaciências e educar, assim, um adulto capaz de se relacionar com seu próximo e amá-lo de forma saudável – processo no qual tanto a experimentação quanto a dor são ingredientes fundamentais. A engenharia nada mais é que a história do relacionamento do homem com a natureza, e experimentar, e sobretudo corajosamente errar, são excelentes professores também nessa forma de amor. Por isso, reforço: o sentido da AeroDesign é errar, e o maior aproveitamento que um aluno pode dela retirar é aprender com o sabor amargo e simultaneamente doce desses erros.

Quando a T22 entrou na AeroDesign, erramos muito: e disso, orgulho-me, orgulho-me demais. Imagino que não muitas turmas possam se gabar de ter brincado com conceitos Hybrid-Wing-Body, enflechamento negativo e sistemas de redesign automático, e que não muitas possam rir de terem cometido erros tão engraçados quanto os nossos ao fazer tudo isso. A iniciativa nos trouxe também a consciência de que errar levaria a penas em HomensHora e noites em claro, refrescando a lição de vida que todo vestibulando de 18 anos sabe e

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er.
AERODESIGN

A DELICIOSA ARTE DE COMETER ERROS ENTRE AMIGOS

AERODESIGN:

todo formando de 23 já esqueceu: que há missões que justificam trabalhar até que suas mãos sangrem e seu nariz já não seja mais capaz de sentir o cheiro da resina. Um engenheiro nesses anos de aprendizado tem licença poética para errar, e errar de forma belamente estúpida, pois cada segundo trabalhado consertando esses erros lhe ensinará a acertar de forma igualmente bela no futuro.

As primeiras páginas do Gudmundsson sugerem que é um pecado capital que um engenheiro se apaixone por seu design. Não me arrependo dos nossos pecados.

Batizei nosso primogênito – um biplano negativamente enflechado de quatorze quilos – com um nome feminino. Para outros, o nome poderia ter efeitos exclusivamente humorísticos, mas para mim, a Gertrudes tinha um nome extremamente estratégico: seria mais fácil me apaixonar

por ela dessa maneira. E assim, a T22 passou a projetar sua amada filha, em 2019, com mais carinho e esmero do que teria caso contrário. Quando pronta, ficaria tão boa que seria capaz de levantar dois Bidóias do chão!

Erramos com nossa filha, como todo pai: na flor dos nossos 20 anos, teríamos de ser perdoados por pensar que aviões eram anjos metálicos definidos por vetores de variáveis de projeto, e não máquinas reais que demandam manutenção, gestão e manejo habilidosos. Enquanto otimizávamos nossas plantas aos trinques com tudo que nosso limitado conhecimento permitia, dificultávamos sua construção, transporte e manutenção, e restos de metanol e óleo de mamona se acumulávam como um câncer nos motores que não sabíamos descarbonizar. Aviões são reais, e não conceitos na nossa imaginação: não esqueceríamos mais dessa lição.

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Autor: Pedro de Almeida Secchi (Frustrado) & Rodrigo José Albuquerque Barreira (Barreira)

Quando nossa filha natimorta, nas últimas tentativas de deixar o chão, decidiu não estender suas asas, ela quebrou nossos corações em milhares de pedaços. Engraçado como sofrer juntos – e depois rir, rir muito! – une e entrelaça as histórias das pessoas de forma indivisível, como solda.

Obladi, oblada, e a vida continua. Alguns de nós se formam por aqui, e ficaram para projetar (e errar!) mais, e ensinar seus bixos a fazerem o mesmo. Outros não são mais engenheiros, e outros estão no alémmar. De forma caótica e – na minha humilde opinião – formidável, fomos família.

Hoje, aprendemos com os erros de nossos anos na AeroDesign que a engenharia não é um round de box entre o engenheiro e a natureza: o que é a Aerodinâmica, se não o aprendizado da língua dos vórtices, com os quais o projetista

desenvolve uma amizade?

Ainda sabemos amar nossos projetos. Graças à Aero, não é mais uma paixão trágica shakespeariana, mas sim um relacionamento mais fácil, e de mais paz.

Com a ajuda da farmácia moderna, no ano desta formatura, não menos de uma década ainda me separa da paternidade. Quando deixar de nos separar, que eu deixe meus filhos errarem, assim como hoje encorajo meus bixos a tentar, na AeroDesign, ousar fazer aquilo que uma engenharia menos insana não permitiria –e, com isso, errar e aprender errando.

Que muitos outros bixos ainda tenham o privilégio de cavalgar essa Carga da Cavalaria Leve, e aprender no processo. De preferência, entre bons amigos.

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CASD 2018-20: DA CRISE À FAMA

O CASD, Curso Alberto Santos Dumont, tem como missão romper o ciclo da pobreza por meio da educação, capacitando pessoas em vulnerabilidade socioeconômica a alcançarem oportunidades em instituições de ensino de qualidade, a partir de curso preparatório gratuito. Pensando no Brasil, o CASD visa a equidade do nosso

sistema educacional, em que todos tenham acesso a um ensino de qualidade e se tornem agentes de mudança na sociedade.

Desde sua refundação em 1997, o CASD busca, em termos práticos, promover um ensino médio de qualidade para jovens do 8o e 9o ano do Ensino Fundamental por

meio do CASDinho, além de viabilizar uma oportunidade nas melhores universidades do país, por meio do CASDvest. São 25 anos de história com 760 alunos sendo atendidos anualmente, e acumulando mais de 4000 aprovações em toda sua história.

Finalizamos 2019 na expectativa da recompensa

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“Todos os dias mais de 700 alunos saem de suas casas com um sonho. Nós não temos o direito de não fazer bem feito.”
Autor: Lucas do Vale Bezerra (Werneck) CASD - CURSO ALBERTO SANTOS DUMONT

por todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano, graças a todo o empenho e a contribuição da turma 22, que sem dúvidas ficará eternizada na história do Curso. Renovamos o contrato de financiamento da prefeitura de SJC; fundamos uma turma EPCAr, que funcionou pela primeira vez com um recorde de interesse dos alunos; realizamos uma Corrida do CASD no DCTA (que foi um sucesso!); reformulamos a

identidade visual da marca CASD; conseguimos passar por cima de uma das maiores crises internas do nosso Curso, e 2020 nos recebeu com resultados fantásticos: tivemos 214 aprovações no CASDvest e 213 pelo CASDinho, ou seja, mais da metade dos nossos alunos tiveram suas vidas transformadas!

No entanto, além dos resultados positivos, fomos surpreendidos com

a pandemia do COVID-19. Tivemos que nos reinventar, inovar, buscar soluções diferentes, para que a nossa missão de fornecer um ensino de qualidade não fosse comprometida. Dessa forma, deixo aqui minha completa admiração a todos os nossos alunos que, apesar de todo sofrimento social e econômico nesse período, não deixaram de sonhar, buscando transformar a própria realidade por meio da educação.

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Mesmo assim, fomos agraciados com uma participação no programa do Caldeirão do Huck da TV Globo, o que nos trouxe uma exposição nacional, que, além de ter nos rendido uma grande comoção com nosso trabalho traduzida em doações para o projeto e seguidores nas redes sociais, permitiu que nosso propósito fosse propagado para todo o país: a transformação da educação por meio do voluntariado.

Portanto, gostaria de agradecer a todos da turma 22 que contribuíram para o projeto nesses últimos anos, como plantonista, professor, corretor de redação ou simulado, voluntário na Entrevista Socioeconômica, membro, diretor e/ ou doador, por acreditarem fielmente

em nosso propósito de diminuir, mesmo que aos poucos, a desigualdade do sistema educacional brasileiro. O CASD é uma escola de lições de vida. Tenho certeza de que todos os voluntários da 22 entenderam que, simples ações, como sanar algumas dúvidas de matemática num plantão ou uma rápida conversa no intervalo, podem contribuir para mudança na vida de outras pessoas. Além disso, tivemos a oportunidade de ter uma visão profunda da realidade precária dos nossos alunos, que é o reflexo da realidade de grande parte da sociedade. E que temos o poder de mudá-la, dia após dia. E o impacto gerado por nós é diretamente proporcional ao quão estamos gratos em ter doado um pouco do nosso tempo para esse nobre projeto.

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VOANDO (LITERALMENTE) MAIS ALTO

Poucas expressões são capazes de descrever a sensação de ver um foguete saindo do chão e fica ainda mais difícil encontrar palavras quando você mesmo o construiu! Acho que a que chega mais perto é: “DO C$%@LHO!!”. É na contagem dos 10 segundos pré-lançamento que passa um filme na cabeça: trabalhos de viradão, impressões 3D mal-sucedidas, incontáveis testes de paraquedas até conseguir a exata proporção de pólvora. Nesses instantes, o trabalho de um ano inteiro é resumido. Agora imagine tentar colocar em palavras 5 anos de projetos, aventuras, desafios e amizade em um texto. Essa tarefa, apesar de difícil, começa a ser contada em 2018, início da história da T-22 na Rocket.

Logo após entrarmos na iniciativa, nos deparamos com um primeiro desafio. Fomos divididos em duas equipes para construirmos nossos primeiros foguetes que, apesar de pequenos em tamanho já deveriam alcançar 100m de altitude!! Duas semanas depois, estavam prontos os nossos foguetinhos de 50 g, com pequenos paraquedas cortados à mão e cálculos aerodinâmicos (no mínimo) duvidosos. O resultado: um deles mal sai da rampa de lançamento e se joga diretamente no chão e o segundo voa na direção dos nossos veteranos como um míssil (seria essa a revolução dos bixos?). Feliz-

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Autor: Ana Flavia da Silva Tuan (Tuan) & Pedro Henrique Saliba Pereira Ramalho (Saliva) ITA ROCKET

mente, precavidos que somos, tínhamos motores de sobra, e os segundos testes foram lançamentos perfeitos, com direito a churrasco da iniciativa para comemorar!

Mas o descanso dura pouco, pois já no segundo semestre começamos a trabalhar no projeto RD-09, que seria lançado em 2019. O nosso foguete foi de 50 g para 40 kg, com o objetivo de atingirmos 3 km! Além disso tínhamos novidade na equipe: a nova parceria com o IAE nos permitiu voltar a projetar o próprio motor, para a alegria da equipe de propulsão! Em tempo recorde, conseguimos desenvolver a nova propulsão do zero e, no que pode ser descrito apenas como um milagre, o propelente foi enviado com a ajuda da FAB aos EUA, onde ocorre a lendária Spaceport America Cup (SAC), a maior competição internacional de foguetes do mundo.

Participar de um evento internacional, por si só, já é um enorme feito para cada membro. Quanto equipe, logo nos primeiros dias, tivemos experiências indescritíveis. Conhecemos diversas pes-

soas da indústria de foguetes americana (e pegamos alguns brindes, claro!), falamos com estudantes de diversos países, trocamos ideias, experiências e aprendemos um pouco mais de tudo. Sabem quando dizem “it’s not Rocket Science”? Dessa vez era, e foguetes, independentemente do tipo, são acompanhados de dificuldades. Depois de muitos viradões, testes finais e alguns consertos de última hora, o momento que todos esperávamos chegou: o dia do lançamento. Saímos do hotel às 5h da manhã para chegarmos cedo ao local da competição e conseguirmos lançar o foguete em condições climáticas melhores. Infelizmente, nem sempre as coisas correm como o esperado. Como sempre, demoramos mais do que deveríamos na montagem e, quando finalmente conseguimos levar o foguete pronto até os trilhos de lançamento, já era meio-dia e os ventos estavam fortes.

Mesmo assim, as condições ainda permitiram que o lançamento ocorresse. O narrador do evento anuncia: “We have a clear range and a clear sky! Going in 10, 9, 8, ....”. Depois desses 10 segundos mais longos das nossas vidas, o nosso RD-09 decola rapidamente, e a equipe explode de alegria! A primeira fase já foi, agora a expectativa estava sobre a abertura dos paraquedas (sempre o momento mais incerto do voo). Quando vimos o segundo paraquedas abrindo na descida, foi como se um peso de 1 tonelada saísse das costas de todo mundo. E para melhorar, o sinal de GPS estava funcionando. Com esse segundo milagre da viagem e pela primeira vez na história da equipe, sabíamos exatamente onde o foguete estava!

Porém, infelizmente, nem tudo correu perfeitamente. Quando encontramos o foguete, descobrimos que uma das partes se soltou quando o segundo paraquedas abriu, e que o nosso apogeu foi abaixo do esperado, por conta do vento. Como conse-

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quência, tivemos uma pontuação final ruim e não conseguimos uma boa colocação. Apesar de não conseguirmos um lugar no pódio, podemos dizer orgulhosos que a equipe teve diversas conquistas. Voltamos a fabricar os próprios motores, a transmissão de dados de localização funcionou pela primeira vez e fomos premiados diversas vezes pela nossa atenção com segurança na competição, sempre a nossa maior prioridade. Saímos dessa aventura com muito aprendizado, e já estávamos nos preparando para corrigir os problemas dessa edição e voltarmos muito mais fortes em 2020, com o projeto RD-X.

Mas como todos sabemos, em 2020 veio a pandemia do coronavírus. A Spaceport America Cup foi cancelada e as aulas do ITA foram suspensas presencialmente por tempo indeterminado. Assim como o resto do mundo, a ITA Rocket teve que aprender a trabalhar à distância, procurando novos meios de treinar e motivar os membros, especialmente os que acabaram de entrar, que não tiveram a mesma chance que nós de construirmos o foguetinho. Em meio ao caos que o mundo enfrentava, tivemos uma boa notícia, a LASC, Latin American Space Challenge, anunciou uma versão online da competição. Nos inscrevemos com o projeto RD-X, e competimos com tudo o que conseguimos desenvolver à distância, enfrentando equipes de todo o Brasil e da América Latina. Depois de mais viradões e madrugadas trabalhando, dessa vez pelo (famoso) Meets, enfim chegou o resultado. Fomos os campeões da nossa categoria!!

Em 2021, os trabalhos online persistiram, assim como o nosso sucesso em diversas competições. A SAC criou uma versão online da competição e, nessa edição, conquistamos o 4º lugar da nossa categoria competindo com equipes de diversas partes do mundo. Mantendo a cadeia de bons resultados, a Rocket conseguiu ganhar novamente a categoria na LASC 2021, e ficou em 2º lugar geral. E tudo isso só foi possível por causa de cada membro que se dedicou a fazer dar certo.

A ITA Rocket foi, para muitos de nós, a melhor parte do ITA. Aprendemos muito mais do que foguete modelismo. Fizemos amizades que vão persistir, soubermos conviver com as diferenças, superamos a dificuldade de ter que trabalhar a distância enquanto cada um lidava com problemas causados pela pandemia. Após vivenciarmos um mundo diferente de dois anos atrás e que nos colocou à prova, só podemos desejar aos membros da T-22 muito sucesso. Que vocês possam voar cada vez mais alto e encontrar aquilo que realmente os faça feliz.

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DO ITA PARA O BRASIL INTEIRO

Douglas e sua esposa foram convidados a lecionar em São Paulo, e a missionária e professora americana Ruth Siemens, que antes trabalhava no Peru, mudou-se para a cidade. Os primeiros grupos se reuniam no apartamento dela, no ITA e em Aracaju (SE). Logo, o movimento ganhou líderes brasileiros e cresceu.

De onde viemos? Qual o propósito da vida? Para onde vamos? Essas e outras perguntas existenciais certamente já passaram na cabeça de muita gente. A diferença é que, na Aliança Bíblica Universitária (ABU), buscamos respondê-las com base no livro mais lido da história da humanidade!

Tudo começou em 1947, com a fundação da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (IFES). Em 1956, a caminho da primeira Assembleia da IFES, o suíço Dr. René Paché visitou, juntamente com o assessor do movimento estadunidense Robert Young, vários países sul-americanos, incluindo o Brasil. Em seu relatório, co-

municou a urgência de atender esses países, tendo verificado grande fome espiritual nos universitários. Young chegou, então, ao Brasil em 1957 como assessor pioneiro. Seu objetivo era despertar estudantes brasileiros para a visão e a tarefa de levar a mensagem de Jesus à universidade. Na mesma época, o professor Ross

O movimento no ITA possui mais de 60 anos e a T22 escreveu um pouquinho dessa longa e bela história! Quando chegamos, em 2018, os veteranos da ABU nos acolheram com o famoso “trote”: torta holandesa de bizu! Nas reuniões semanais na Sala Precisa, aprendemos mais sobre Jesus e fizemos amizades para a vida. Nas noites de jogos, divertimos e rimos muito - além de comida, é claro, o que não poderia faltar em encontro

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Autor: Israel dos Anjos Godinho
ABU

de crente. Nos encontros no parque Vicentina Aranha, conhecemos várias pessoas de outras universidades e pudemos compartilhar mais sobre Deus. Nos louvores, nunca podia faltar Castelo Forte! Já os eventos, eram uma infinidade de siglas: GB, TL, TMR, CR, CN… dentre outras que nunca descobri o significado.

Em 2020, a pandemia pegou a todos de surpresa, mas não perdemos contato, pois continuamos nossas reuniões de forma online, e deu super certo! Inclusive, descobrimos vários talentos no louvor - com vídeos que só quem editou sabe o sofrimento pra sincronizar tudo (rs). Em 2022, as coisas estão voltando ao normal, com as reuniões presenciais e o maior engajamento dos bixos. Até organizamos uma pizzada na Golden, com ex-ABUenses iteanos de várias gerações!

O caminho foi marcado por várias histórias boas, mas algumas tristes. Doía ver colegas que iniciavam a trajetória conosco mas se perdiam pelo caminho, se afastando do Senhor. Infelizmente, o ambiente universitário é promíscuo e muito convidativo para as mais diversas distrações, e mesmo alguns que pareciam firmes na fé se deixaram levar (1 Co 10:12). Continuamos orando para que Deus os alcance, bem como a todos os nossos colegas do ITA.

Sem dúvidas, a ABU tornou minha trajetória no ITA mais leve e mais prazerosa - tanto pelas amizades, as quais levarei para a vida, quanto pelas oportunidades de aprender mais sobre a Bíblia. Por fim, termino com três certezas: viemos de Deus, o propósito da vida é glorificar a Deus e, quando morrermos, passaremos a eternidade com Ele. Amém!

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FÓRMULA ITA

E mais uma turma deixa o H8 sem ver a p**** do carro do Formula ITA. Em minha defesa e de meus colegas de iniciativa: o carro seria montado; era certeza! Seria 2020 o ano da nossa glória, quando a comunidade cairia aos nossos pés implorando “Por favor, capitão, deixa eu dirigir o fórmula só um pouquinho?”.

Todos sabemos o que aconteceu naquele ano. Só deu tempo de passar na sala da ITAEx para pegar as peças que haviam chegado da usinagem e na mesma semana todo mundo foi mandado para seu respectivo estado de origem. Paciência! Agora é problema do bixaral.

Caso ainda

não conheça, o Formula ITA é uma iniciativa que tem o objetivo de construir um veículo do tipo fórmula de acordo com o regulamento da competição Fórmula SAE BRASIL. Mas Tracinho, o que é um veículo do tipo fórmula? Eu amo responder a essa pergunta. Nessa categoria as equipes são responsáveis por grande parte do

projeto do veículo; desde a concepção até a manufatura das peças. Desse modo, é só colocar um bom financiamento (como ocorre na Fórmula 1) e o resultado serão os carros mais desenvolvidos mundialmente em termos de potência, aerodinâmica, resistência e controle. É claro que a nível universitário as equipes uti-

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Autor: Marcelo Júnio Assunção Bandeira (Traço) FÓRMULA ITA

lizam tecnologias mais baseadas em silver tape e WD-40, mas ainda assim a competição é irada e os carros são muitos maneiros. Sem dúvidas, dá para se sentir um GP de Fórmula 1.

Via de regra, os membros do Formula ITA são separados em diferentes subsistemas, sendo a maioria deles subsistemas técnicos (estrutura, transmissão, motor, suspensão, arrefecimento, direção, freio etc.) e um ou dois subsistemas administrativos. Porém, por se tratar de uma iniciativa relativamente nova e sem muita rigidez de processos, é possível que todos os membros tenham uma vista panorâmica do ciclo de projeto.

Reza a lenda que a iniciativa começou a se organizar por volta de 2015. Eu entrei em 2018, a capitã era a Érika (T19), uma veterana que conseguia levar o ITA mais uma enxurrada de ativ-

idades extracurriculares, praticar esportes, frequentar as festas do H8 etc. Curiosamente ela ainda tinha tempo de sobra para a iniciativa e teve uma gestão espetacular: iniciou parcerias, comprou peças e matéria prima e iniciou a manufatura do chassi. A Érika foi para a França e quem assumiu foi o Lennon (T20), outro capitão cuja gestão não poderia ter sido melhor. Com ele, terminamos a manufatura do chassi, concluímos os projetos da transmissão e da suspensão, compramos algumas peças, mandamos outras para usinagem e fomos à competição de 2019 — sim, sem carro —, onde alguns membros se animaram em fazer um viradão para montar às pressas uma apresentação para o Business Case e inclusive mandaram muito bem. O Lennon foi essencial para o início da independência da iniciativa, porque antes de 2019 o Formula ainda dependia bastante da expertise dos membros e das ferramentas do Aerodesign e do ITA Baja — abro aqui um parêntese (ou seria um travessão?) para agradecer especialmente aos bajeiros Flórida (T19) por todos os bizus; Truco (T20), por soldar parte do nosso chassi; e Manel (T21), pelo apoio em 2019.

Hiatos acontecem nas melhores bandas e o da iniciativa ocorreu durante a minha gestão em 2020. Felizmente, Fred (T23), que já havia se envolvido em quase todos os subsistemas em 2019, fez um ótimo trabalho em 2021 mantendo a iniciativa funcionando mesmo com boa parte dos membros fora do H8. A equipe de 2022, sob a gestão do Lenin (T25), é bastante engajada, o que posso dizer pela quantidade de vezes que vieram me sugar atrás de bizus (sendo que

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muitos deles eu nem tinha).

Uma diferença da equipe de 2022 em relação às anteriores que convém mencionar foi a troca do motor a combustão Honda CB600 por um motor elétrico — uma notícia triste para quem, como eu, adora o cheiro de gasolina —, o que implicou em algumas poucas modificações de projeto no que diz respeito ao subsistema de powertrain.

Termino com meus sinceros agradecimentos a Shunsuke (T75), Peixoto (T18), Érika (T19), Obama (T19), Anormal (T19), Breno(T20), Chico Dotinha (T20), Lennon(T20), Top Gun (T20), Baianal (T22), Fernando (T22), Samurai (T22), Tupi (T22), Fred (T23), Moto Moto(T23) e Renan (T23) (se esqueci algum veterano, podem vir me dar um G). Foi uma honra passar horas a fio ouvindo o choro da esmerilhadeira sob o aroma característico do aço sendo cortado com vocês. Por fim, agradeço ao Formula ITA em nome da T22 por todas as experiências e principalmente pela oportunidade de trabalhar com pessoas tão inspiradoras. T26 entreguem esse carro pelo amor de Deus!

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ITA BITS

A ITA Bits é a iniciativa criada para os entusiastas de programação do ITA, independentemente do curso que escolheram. E, de fato, era visível o entusiasmo lá em 2018, quando o Guima soltou o resultado do PS: um jogo em que os nomes dos aprovados vinham, um a um, passando pela tela

com um efeito 3D. Embora a iniciativa pudesse me direcionar tanto para o desenvolvimento de jogos quanto para a programação competitiva, optei por me aventurar apenas na segunda área, com a qual eu já tinha alguma familiaridade. Lembro que algumas pessoas optaram por experimentar

ambas as áreas. Qualquer que fosse a área escolhida, já haveria um evento marcante logo no primeiro semestre.

Uma proposta que sinto que ajudou a segurar o engajamento dos então bixos foi realizar a tradicional Competição Interna de Games (CIG) com uma categoria, ain-

da no primeiro semestre, só para nós. E principalmente porque o evento contava com o apoio da antiga TFG (atualmente Wildlife Studios), que, se não me falha a memória, premiaria o time mais bem colocado com caixas de som marotas. O time vencedor era composto por Mister (que dizem

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Autor: Vinícius Brito Bastos Antunes (Salsicha) ITA BITS

que carregou o trio), Montanha e Jordan e fez o jogo Asimov’s Run. Em segundo lugar, veio o time do Danilo, Padeiro e Rodrigão, que fez o Zombie Smash Apocalypse, o jogo por trás do print nesta seção. Lembro bem que, em um dia aleatório no segundo semestre, o Danilo comentou comigo que a TFG lançou um jogo muito parecido com o dele na CIG, e isso me fez rir um tanto. Ao longo do ano houve as Ludum Dares (competições externas de jogos), mas nem sei quem da 22 se interessou.

Pelo lado da programação competitiva, do qual lembro com mais propriedade, houve a Olimpíada Brasileira de Informática (exclusiva para bixos), que já chegou mostrando que seria exigente: cobrou-se na primeira fase um assunto que, pelo ITA, só veríamos no segundo semestre. Felizmente, os veteranos da Bits deram, no primeiro semestre, os treinamentos aos interessados de cada área (a CIG só aconteceu após o treinamento de jogos) e isso amenizou o impacto da surpresa. Amenizou sem resolver, afinal de contas, pouquíssimas pessoas iam se empenhar muito em absorver tanta novi-

dade passada em um único treinamento (bixos, né?). Pra encurtar a história, ao final da competição, conseguimos uma medalha de bronze (LeoGeo) e duas menções honrosas (Atlântis e Danilo). Acho interessante que, na época, o Atlântis estava com bronze (e até recebeu a medalha física). Eu mesmo não fui premiado, mas cheguei em 35º lugar (foram 34 premiados). Levando em consideração que no dia da prova da terceira fase eu estava em um retiro e o interrompi para fazer a prova no ITA, acho que tá ótimo. Depois veio a Maratona de Programação, mas ninguém da 22 se classificou para participar na seletiva interna do ITA (o mais perto que chegou foi o quinto lugar, o time comigo, Danilo e LeoGeo, mas só quatro times, todos do PROF, se classificaram).

Ao longo dessa experiência, como bixo, fiquei feliz por, além de ganhar conhecimentos técnicos, conhecer veteranos engajados, tanto da COMP quanto de outros cursos. Em particular, atestei o quão incrível era (e ainda deve ser) o Mexicano, que até foi para a fase mundial da Maratona de Programação. Mais importante do que tudo, a Bits estava me ensinando a importância de

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buscar a felicidade apesar do que o ITA quisesse impor: a carga horária e o nível de cobrança acadêmicos são bem expressivos, de modo que praticamente ninguém se dedicava à Bits após o primeiro semestre. Ter contato com quem quebrava essa “regra” foi quase uma terapia, ouso dizer.

No ano seguinte, eu, Danilo, Rubens e Stitch procuramos retribuir o que a Bits fez por nós, ao colaborar dando aulas nos treinamentos de jogos (aqui foi só o Danilo mesmo) e da programação competitiva. E isso ganhou força quando, incentivados pelo Mexicano e pelo Armando, participamos do treinamento para a Maratona de Programação na Unicamp (momento esse registrado na foto). Acho que a nossa vontade de ajudar foi um alívio e tanto para o Chico, o presidente da Bits à época. Já em 2020, veio a pandemia e fragilizou ainda mais a iniciativa (nem houve CIG), mas ainda conseguimos proporcionar momentos legais a uma galerinha, que até colaborou de novo no ano seguinte! Quando vi que o engajamento dos não bixos estava quase nulo em 2020, topei a proposta do Chico de assumir a presidência da Bits para o ano seguinte. Foi desafiador conseguir organizar tudo e tentar conduzir os eventos o mais próximo possível do acertado, principalmente ainda durante o EaD (a pergunta mais frequente foi “vai ficar gravado?”). Mas foi um desafio que valeu a pena, não só pela experiência gestora que ganhei mas também porque considero que cumpri meu papel como presidente de iniciativa: manter, durante a gestão, o brilho nos olhos de quem estava engajado. Eu tive o ímpeto de buscar alguma empresa para apoiar a CIG em 2021, mas, mesmo sem ter de fato conseguido, sinto que os participantes (não foram apenas bixos!) curtiram bastante. Depois de participar da ITA Bits por 4 anos (sendo presidente no último), acredito que o saldo da experiência foi bem positivo para todos os que se envolveram, mesmo com as barreiras que surgiram. Lembro bem que em 2018 eu conversei com o Guima sobre fazer novas camisetas para a iniciativa. Em 2021, ocupando o lugar dele, senti a dificuldade que motivava seguir com a conversa passada. E, apesar disso, sem perder o brilho nos olhos.

INEVITÁVEL (ATLÉTICA)

O ano era 2018 e eu, como todo bom bixo, estava disposto a comprar qualquer coisa e mostrar para o mundo que eu estudava no ITA. Na busca, acabei chegando na bancada da Atlética, no Hall do B, onde comprei uma sacola/ bolsa e uma camisa amarela “Orgulho de ser iteano” (ambas não exatamente os produtos mais bonitos da história). Vi a correria do pessoal vendendo e fazen-

do acontecer da melhor forma possível, e fiquei interessado naquele universo. Ainda assim, não entrei para o Processo Seletivo de membro no 1º ano.

O tempo, no entanto, logo me colocou no caminho da AAAITA. Viciado em futebol, e com mínima noção de bola, entrei para o time de futsal ainda no CPOR. Lembro de fugir sair do HTO à noite, fardado, com Bah,

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Autor: Pedro Henrique Zanarino da Silva (Drão)

Jaime e outros para ir treinar no COCTA. Fiquei obcecado desde o início, e levava aquilo quase como uma profissão (ingenuidade somada à frustração de não ser jogador). O Tchelo, T21 depois Polytechnique, viu um bixo motivado e me concedeu o glamouroso título de Coordenador de Modalidade: carregava material, marcava os treinos e tirava faltas. Isso me fez um quase-membro da Atlética.

Disputamos o Interbixos logo de cara, e infelizmente não trouxemos o caneco. Mas a experiência valeu demais. Foi o primeiro evento universitário da T22, com muitas histórias pra contar. O mais impactante para mim foi o caminhão-pipa, que era redundante, já que choveu tanto que as quadras alagaram.

Gostei de me envolver no esporte. Mas na Anarquia de 2018 entendi que os eventos eram a real alma da coisa. A festa foi adiada pela greve dos caminhoneiros e aconteceu numa semana horrível (8ª talvez? Difícil distinguir no 1º semestre). O esforço dos diretores e membros foi enorme, mas sempre falta mão de obra. E então surgiu o dia em que todos foram da Atlética: bastava se aproximar do bar, atravessar o “balcão” e assumir a bucha de servir a famosa Gasolina de Avião. Foram 3 horas divertidas, cansativas, e lotadas de cenas lamentáveis.

Para fechar o calendário de grandes eventos, fomos ao Intereng em Lins – acrônimo para Local Incerto e Não Sabido – no início de novembro (mais um péssimo timing, logo antes de uma prova de MAT-22). Viajamos 12 horas para dormir no chão, jogar, torcer, beber curtir com os amigos e repetir tudo no dia seguinte. E lá eu vi um evento esportivo universitário de grande porte: jogos e fes-

ta rolando simultaneamente em diferentes pontos da cidade e alguns guerreiros segurando tudo. Por identificação, e um pouco de pena, mais uma vez ajudei como se fosse um membro.

2019 – Convocado

Ainda em 2018, o Feliz, T21 e presidente da AAAITA em 2019, me convidou para cuidar das finanças no ano que seria de consolidação das evoluções trazidas por Itajubá (T19) e Joelho (T20), além de aumentar o protagonismo do esporte frente às festas. Ainda bem que eu aceitei, porque foi o melhor ano da minha graduação (da minha vida até aqui, talvez).

Fizemos o Interbixos na raça – com direito à destruição dos jardins da UNIVAP e ataque de carrapatos – porque eram só os diretores, sem membros. No meio da lama, estava eu, o respeitável Diretor Financeiro, com máquina de cartão e uma quantidade assustadora de dinheiro no bolso da samba-canção. Seriedade com moderação.

Foi divertido, mas trabalhoso. Estressante, mas recompensador. Fortalecemos relações com as faculdades do Vale, com amistosos e competições frequentes, além de parceria em festas; fizemos ações sociais, como entrega de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade; tivemos o Torneio da Asa Dentada (TAD) no CTA e pudemos arrebentar o IME dentro de casa dessa vez; organizamos a maior Anarquia até então, levando mais de 4 mil pessoas (mais uma na raça: logo depois de exame de MAT e eu com bota ortopédica); por fim, e mais importante, fomentamos a prática esportiva na comunidade, com treinos e competições internas.

Todas essas experiências me deram a oportunidade de crescer junto com um time incrível, com diretores e membros

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completamente alinhados nos objetivos e na mentalidade, focados em fazer da AAAITA a melhor e maior Atlética do Brasil.

2020 – AAD: Atlética a Distância

No 3º ano fui escolhido como presidente da AAAITA. Os desafios eram manter a imagem externa e, principalmente, melhorar a relação da Atlética com a comunidade, garantindo a nossa missão de propiciar qualidade de vida para os iteanos. Os primeiros movimentos foram ousados (polêmicos?): assumimos a ex-Candy Shop, criando a “Lojinha”, e trouxemos a Maromba de volta para o controle da Atlética. Tínhamos outros planos audaciosos, time excelente e recursos, mas fomos paralisados pela Pandemia.

Tentamos home office, mas mal sabíamos fazer office padrão; tentamos e-sports, mas surpreendentemente não houve grande adesão da comunidade; mantivemos o otimismo de que a pandemia passaria ainda em 2020 e poderíamos até fazer uma Anarquia. Não deu tão certo.

Rapidamente ficou claro que não conseguiríamos ter uma gestão tão impactante quanto gostaríamos, então aceitamos o papel de preparar e manter o terreno. Os esforços foram direcionados para sobrevivência da associação, retenção do time, manutenção da sanidade das pessoas e sucessão. Graças aos diretores e membros, conseguimos atingir nossos objetivos. Entregamos por fim a Associação aos cuidados dos bixos, que naturalmente pembaram fizeram e fazem o melhor trabalho possível.

O que fica

Ficam as memórias, fica a famosa sau-

dade do que não vivemos, a expectativa do que poderia ter sido, mas principalmente ficam as pessoas. Com receio de cometer injustiças, prefiro me limitar à contribuição da T22. Bin (T22’), Chris (T22’) e Homem, vocês foram incríveis diretores em 2019, com Bebê (T21’) atuando na coordenação desse time. Bin esteve comigo na liderança em 2020, e foi fundamental. Todos que passaram como membros, saibam que cada braço importou, e muito (especialmente para misturar Gasolina na caixa d’água). Atletas – com menção honrosa à Barcelar, que não tinha mais onde pendurar medalha e foi importantíssima no desenvolvimento das modalidades femininas – que se entregaram, perderam e ganharam, espero que tenha valido a pena.

Aos outros colegas, ouso dizer que todos foram impactados pela Atlética em algum momento. Pode ter sido em uma Anarquia gourmet, ou num Interbixos raiz; na seriedade de um treino de futsal, ou na loucura de uma Copa Gunther; numa Olimpíada Interna ali no COCTA, ou no Intereng lá longe; nos treinos da madrugada na Maromba, ou no energético da madrugada na Lojinha; na marra de uma jaqueta college, ou no conforto de uma samba-canção. A Atlética, para quem vive ou já passou pelo H8, é inevitável. Lembro disso toda vez que uso minha bolsa, comprada na Semana de Recepção, lá em 2018.

A iniciativa mais antiga e tradicional do ITA, de uma forma ou de outra, gerou boas experiências e promoveu qualidade de vida para todos nós. Sou feliz e agradecido por ter feito parte disso. Aos veteranos que apostaram em mim, a todos que compartilharam a jornada e, principalmente, aos companheiros da fantástica T22 que a fizeram muito melhor do que eu poderia imaginar, meu mais sincero muito obrigado!

Ps.: bixo, se está lendo isso, não estrague tudo

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Feita de empreendedores, trabalhando pelo pequeno empreendedor

Vem pra arcca.

Aprendizado acelerado com time fora da curva

Responsabilidade, autonomia e flexibilidade

Cultura empreendedora e colaborativa

Construir e crescer junto

Aqui trabalhamos pelo propósito

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Marcelo Concli (ITA/arcca)
www.arcca.io

CARNICERIA

Depois desses 5 anos de ITA ainda não sei descrever muito bem o quanto a Carniceria mudou na minha vida. Dentro da iniciativa eu simplesmente tive as melhores experiências que poderia imaginar e grandes amizades que com certeza vou levar pra sempre na vida.

Quando ouvi falar sobre a Carniceria pela primeira vez parecia uma iniciativa legal e interessante para explorar algo que fosse fora da Engenharia (não é sempre que se tem a oportunidade de entrar em uma bateria universitária).

Eu confesso que entrei mais por ter amigos chamando pra entrar do que por outros motivos, mas hoje tenho muito a agradecer ao Alex e ao Bolo por terem me incentivado a entrar. Cada ensaio que tivemos foi um momento de desopilação e o momento de apresentação sempre recompensou todo o esforço de aprender uma área nova da vida.

Para contextualizar universitária é basicamente escola de samba com um soas, mas com a mesma composição musical para al, cada pessoa aprende ensaios servem para tirarmos músicas ou arranjos diferentes treinar haha. Mas os treinos não versas apresentações desde nis e em cada apresentação valeu a pena ter entrado. é a BUVA (Torneio de Vale), que é o maior torneio do Vale do Paraíba e foi conjunto com outras baterias 2020 a BUVA ia ser em mente (sad vibes), mas certo e a Carnis tá pronta

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Autor: Matheus Rodrigues Gotelip (Gota) & Alex Paulo de Oliveira Couto (Bololô)

contextualizar um pouco, uma bateria basicamente uma cópia de uma um número menor de pesmesma ideia de instrumentos e para apresentação. Em geraprende 1 ou 2 instrumentos e os tirarmos ideias novas para diferentes e treinar, treinar e não são em vão. Tivemos didesde que eu entrei na Carapresentação eu posso dizer que entrado. A principal que temos Baterias Universitárias do torneio de baterias dentro criada pela Carniceria em baterias universitárias. Em sjc, mas não rolou infelizmas fé que a próxima vai dar pronta hehe. No geral os rolês

são ótimos para integração de baterias e para entender o funcionamento do mundo de uma BU, além de toda a parte de festa e etc que todo universitário gosta, e se não gosta tá errado (brinks).

A primeira apresentação que eu tive depois de ter entrado na Carnis foi no Pub, onde tocamos várias músicas e eu tava super nervoso (devo ter errado um monte mas ninguém percebeu, amém) mas foi maravilhoso ter apresentado algo que a gente tinha ensaiado e ter dado certo no fim (além da bateria receber um cachê também né). Junto com a apresentação do Pub, participei também do Encontrinho, onde a Carniceria costuma abrir o evento e o DepCult é brabo nas organizações.

Uma outra festa que a gente fez foi a Urubuzada, junto com a Atlética e também tocamos no TAD. Cada festa que eu participei pra tocar teve um momento único e posso dizer que é viciante participar disso haha, sério. É sem igual subir no palco e tocar junto com a galera que você ensaia durante o semestre/ano todo e é muito divertido estar incluído nisso.

O Carnavral é uma festa que criamos junto com as baterias da Unifesp (CodeBloco) e da Unesp (Bruteria). Até agora foram 5 edições em que sempre esgotamos os ingressos e ainda tem gente querendo comprar na porta de entrada. Participar da apresentação e da organização da festa também foram experiências muito marcantes e muito fodas de verdade, além da festa em si ser muito boa (pelo menos é o que todo mundo fala, não é nem puxando o saco hehe).

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CARNICERIA

Já o último torneio que participamos, o JU Mineiro (Jogos Universitários de Minas), foi um torneio de baterias em 2019 que entramos de um jeito completamente aleatório que tinha tudo para dar errado, e no fim deu tudo certo. Um bate-volta pra uma cidade a 5 horas de sjc que fomos em um sábado pós festa da Atlética em que no dia seguinte iríamos apresentar em um Encontrinho. Sério, tinha tudo pra dar errado, a van que a gente foi parou no caminho pro conserto, teve gente bêbada no rolê que quase não volta, 10 horas de viagem no total e que no fim ganhamos o torneio junto com várias menções de melhores instrumentos e melhor mestre (Guile o brabo que tá na França).

O que eu tenho a dizer com essas experiências é bem simples: a Carniceria fez toda a diferença na minha vida e se fosse pra escolher apenas uma coisa pra ter feito durante o ITA com certeza escolheria participar dessa iniciativa maravilhosa. Em todo o tempo que participei tenho muito orgulho de ter tocado na

bateria universitária e sou muito realizado com as amizades que fiz por causa disso!

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Já deve ser o maior clichê falar que esses 5 anos passaram voando, mas parece que foi ontem que eu pisei pela primeira vez no H8. Eu era uma bichinha de 16 anos, recém-assumida pra parte da família, e que praticamente não tinha experiências relacionadas à vida em geral, além da sala de aula em que eu estudava pro ITA no ano anterior. Cheguei no H8 com medo de ser um ambiente em que eu me sentisse diferente e deslocado, assim como eram os ambientes dos quais havia feito parte anteriormente. Entretanto, o que eu encontrei foi um lugar onde as pessoas haviam tido experiências muito semelhantes às minhas e no qual eu me sentia à vontade para me expressar e construir relações com outras pessoas, algo que nunca havia vivenciado antes.

Entretanto, uma questão ainda mexia bastante comigo: não sabia até que ponto aquele novo ambiente, a princípio militar e conservador, seria um ambiente seguro para que eu assumisse e começasse a vivenciar a minha sexualidade e a minha identidade. Sabia da existência da AGITA, a associação LGBTQIA+ do ITA, mas o principal que havia chegado até mim sobre ela havia sido o episódio do Thales usando um vestido na formatura, por meio de professores que tinham uma visão fechada e conservadora sobre o assunto. Resumindo, ainda era uma imagem cheia de estigmas, que associava ser gay e LGBT com desordem, pecado e erro, algo que fugia ao padrão esperado pela sociedade, principalmente para um aluno do ITA, e que, portanto, deveria ser evitado e corrigido.

NOSSA LIBERDADE NUNCA FOI DADA
Autor: Davi Silva Nogueira Gomes (Lev) & Lucas Silva
AGITA
Nogueira Gomes (Dex)
ITA

O primeiro contato real que tive com a AGITA foi com o tradicional post feito no momento da divulgação do resultado do Vestibular, post esse que convidava os alunos LGBT+ ingressantes a se abrirem com os demais da instituição e a participarem de um grupo no Whatsapp. Por si só, essa foi uma surpresa boa e que me deixou animado quanto ao tipo de ambiente que encontraria na faculdade. Mas o que mais me tranquilizou foi o “bostejo” feito durante a Comissão de Recepção, por um dos membros da AGITA recém-formados, Lamonier, em que ele falou sobre sua experiência no ITA, sobre a importância da AGITA nela e sobre a importância do respeito entre todos os iteanos. Além de perceber, durante aquela palestra, que o respeito era algo valorizado e defendido oficialmente pelo corpo de alunos do ITA (do contrário, não haveria uma palestra sobre em um evento de recepção), também percebi o quão importante a AGITA

havia sido e ainda era para nutrir esse ambiente saudável, no que diz respeito às questões de sexualidade e de gênero. Depois desse momento, me senti verdadeiramente tranquilo para expor minha sexualidade aos meus colegas e para explorar e descobrir a minha verdadeira identidade, pois sabia que seria respeitado e que, mesmo que não fosse, o desrespeito não seria uma conduta endossada institucionalmente dentro do H8, mas seria, a princípio, penalizada.

O quanto eu cresci, me descobri e me desenvolvi, tanto pessoalmente, quanto academicamente e profissionalmente durante esses 5 anos de universidade só foi possível graças à liberdade que senti em experimentar e em viver o ITA sem precisar esconder partes importantes de quem eu sou. E eu sabia que essa liberdade não foi sempre dada, mas foi conquistada por anos de luta de iteanos LGBT+ para serem aceitos como são.

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Sem a organização desses estudantes no que hoje é a AGITA, a minha vivência no H8 nunca teria sido tão completa como foi. E foi exatamente esse o motivo que me levou a participar e a me engajar nas atividades dessa iniciativa: era meu desejo manter as conquistas obtidas pelos iteanos LGBTs que vieram antes de mim e, também, ajudar a construir um ambiente mais favorável à diversidade no ITA como um todo, não só no H8, combatendo problemas que ainda ameaçavam a nossa existência dentro dos espaços da faculdade.

Foi por meio da AGITA que eu vivi os melhores momentos dentro do ITA e que conheci e estreitei os laços com os melhores amigos que tenho até hoje. Nunca vou esquecer das festas, as mais comentadas e as mais divertidas do ITA (e com as melhores playlists, indiscutivelmente); vou sentir muita falta das “gaymadas”, de jogar bola de água nas outras lgbteias de salto e peruca; vou agradecer pra sempre à AGITA’s Drag Race por ter me apresentado a cultura drag e por ter me mostrado o quão incrível é me montar e deixar minhas emoções fluírem durante um lipsync; vou levar pra sempre o que eu aprendi e o que foi dividido durante as rodas de debate e de conversa com os outros membros, cada um deles tendo tocado minha passagem pelo ITA e a minha vida de uma forma diferente. Esses momentos me mostraram que ser LGBT não é um erro, mas uma felicidade, que nós devemos ter orgulho de quem somos, da forma que somos, e que é imensamente importante mostrar que existimos e que estamos ocupando espaços que disseram que não poderíamos ocupar, como é o caso do ITA.

A pandemia, que começou em 2020, durante meu terceiro ano, foi um baque pra todos nós e, certamente, pra todas as iniciativas. No caso da AGITA, não foi difer-

ente. Muito do que éramos se concentrava no contato entre nossa comunidade e na rede de apoio que proporcionávamos aos LGBTs da Instituição durante a nossa convivência no H8. Com cada um em suas casas, passamos a enfrentar novas questões, específicas de cada lar, e, para muitos, se tornou impossível ter uma experiência de descoberta e de vivência LGBT como a que eu havia tido quando entrei na Instituição. Tentamos manter esse contato e manter essa rede de apoio por meio de rodas de conversa por vídeo, mas sinto que a distância tornava mais difícil uma abertura e uma intimidade real que antes existia entre os integrantes da iniciativa. Passamos a lidar com nossas questões mais sozinhos, sem ter ao lado aqueles colegas que, antes da pandemia, estavam lidando com os mesmos desafios que nós. Além disso, era impossível termos as festas, as gaymadas, as competições, tão importantes para disseminar a cultura LGBT+ na nossa comunidade e para mantermos acesa a nossa representatividade no H8.

Em 2022, finalmente, retornamos às aulas presenciais! Pra mim isso foi um alívio e residia em mim a esperança de que aquela rede de apoio que havia conhecido em 2018 voltasse a existir, mantendo vivo o respeito à diversidade entre a comunidade iteana e fazendo renascer os eventos que mostravam que estávamos ali, que mantinham viva a nossa cultura. Essas expectativas, talvez, tenham sido um tanto irreais. De fato, a rede de apoio ainda continua a existir, mas as iniciativas que realizávamos antes ressurgiram de forma bem menos frequente e bem mais tímida do que uma vez aconteceram. De fato, vários acontecimentos, incluindo resistências do próprio ITA, contribuíram para a dificuldade em realizar esses eventos, mas eu sinto que muito da cultura que antes nos movia a organizá-los se perdeu durante os últimos dois

ITA

anos. Me preocupa o quanto a falta das festas, das gaymadas e de eventos como a drag race retiram um espaço que a comunidade LGBT iteana tinha para se expressar, para se descobrir e para se fazer parte do H8.

Hoje, percebo que a cultura da AGITA não é a mesma que era quando a T-22 entrou, o que não necessariamente é algo ruim. Entretanto, meu desejo é que não vá embora com a T-22 o senso de acolhimento à comunidade e o senso de enfrentamento às adversidades que uma vez definiram a AGITA. Meu desejo é que a AGITA possa continuar a ser um porto seguro para todos os LGBTs, meio perdidos e confusos, que venham a entrar no ITA no futuro. Espero que, por meio da AGITA, eles possam viver o ITA em sua plenitude, sem esconder quem são, e que possam descobrir e se conectar com sua identidade como LGBT+. É um fato que haverá resistência contra os eventos e as iniciativas que fazemos, como sempre houve no ambiente do ITA. Mas é também um fato que, somente pela nossa insistência e esforço em fazê-los acontecer, é que as futuras gerações de iteanos poderão continuar a ser livres para existir nesta instituição, sem precisar esconder quem são. Afinal, nossa liberdade nunca foi dada, mas foi, e sempre será, conquistada por nós.

AMIGOS, AMIGOS…

Ao longo dos primeiros anos da trajetória Para alguns, ter conquistado a aprovação no vestibular renomadas instituições de ensino do país é tão Para outros, ter marchado lado a lado com os cangas sol e à chuva, durante os tempos de CPOR jamais bém aqueles que se lembrarão das noites passadas algum outro canto do H8, para se preparar ante

Para mim, certamente o mais marcante foram a companhia que tive para compartilhar esses e falando sobre amizades firmadas, não posso me

Fundada com a missão de conectar iteanos Comissão de Estágios e Empregos do ITA – CEE estabelecimento e na manutenção do contato entre pliando o conjunto de oportunidades de trabalho de profissionais competentes para aquelas. Para atua sobretudo na divulgação de vagas de estágio tos de capacitação profissional e na organização própria Feira de Carreiras do ITA.

Autor: Mateus Monteiro Gomes (Monstro)
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NEGÓCIOS FAZEM PARTE

Desde meu primeiro contato com a iniciativa, o sentimento que transparece é o de estar entre amigos. Logo após entrar na CEE, nós, os novos membros de 2018, fomos logo recebidos com uma camiseta polo nas cores vibrantes da iniciativa e uma chave para a salinha, onde nós nos reunimos semanalmente para discutir a respeito das atividades realizadas e para planejar as próximas tarefas a serem executadas.

de um iteano, várias coisas te marcam. vestibular e ingressado em uma das mais nítido e vívido quanto o dia de ontem. cangas e suportado momentos árduos, ao jamais será apagado da memória. Há tampassadas em claro, seja no Gaga8, seja em uma avaliação mais complexa.

foram os laços de amizade formados e e tantos outros momentos saudosos. E esquecer da CEE…

iteanos com o mercado de trabalho, a – é uma liga acadêmica que auxilia no entre empresas e os alunos do ITA, amtrabalho para estes e facilitando a contratação Para cumprir com esse objetivo, a iniciativa estágio e efetivo, na promoção de treinamenorganização eventos de recrutamento, incluindo a

Dentre essas tarefas exercidas ao longo das semanas, as mais frequentes eram disparar novas oportunidades (principalmente de estágios) para a comunidade e organizar eventos de recrutamento no Cineclube ou em algum auditório do ITA. Com várias mensagens novas nas caixas de entrada e no WhatsApp, as divulgações de oportunidades são realizadas diariamente para dar vazão ao grande volume de publicações recebidas, o que é sempre acompanhando por algum diretor ou membro do conselho – que é composto por diretores de anos anteriores que ainda continuam ativamente auxiliando no andamento da iniciativa, sobretudo na transferência da cultura da CEE e no treinamento das próximas gerações – para garantir que nenhuma oportunidade se perca na grande quantidade de informações recebidas.

Similarmente ao volume de descritivos de vagas recebidos, a numerosa quantidade de eventos marcados a cada semana demanda um revezamento dos integrantes da iniciativa, divididos geralmente em duplas, para atender à organização daqueles. E, independentemente da quantidade de eventos que já se organizou, o próximo sempre acaba sendo diferente do anterior. Lidar com imprevistos e resolver problemas são experiências que acabam aproximando ainda mais os membros da iniciativa não apenas pelo desafio que muitas das vezes é enfrentado em equipe, mas também pela troca de bizus entre as diferentes gerações.

AMIGOS…
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A somar-se a essas tarefas, há também a organização da Feira de Carreiras, o maior evento realizado pela CEE, em que empresas das mais diferentes áreas se deslocam até o campus do ITA para conversar com os alunos, realizar workshops, aplicar processos seletivos, dentre outras atividades. É neste evento em que se pode perceber a manifestação de quase um ano inteiro de preparativos e negociações realizadas com múltiplas partes: com as empresas expositoras, com as empresas prestadoras de serviços para o evento, com a administração do ITA, com coordenadores de cursos, com professores etc. Dentre os preparativos, lembro-me, por exemplo, do dia em que formamos uma força tarefa para colar os cartazes de divulgação da 5ª Feira de Carreiras pelo H8. Nesse dia, nos dividimos em equipes e percorremos

todo o alojamento para colar cartazes, bem como distribuir panfletos de divulgação do evento nos apartamentos. Já no dia do evento em si, que é bem intenso para quem está do lado da organização, é quando o trabalho em equipe se dá de forma mais explícita e podemos experienciar os resultados dessa ação em conjunto. Nesse mesmo dia, assim como também ocorre nas imersões da CEE – períodos em que os novos membros trocam experiências com gestores atuais e anteriores – membros, diretores e integrantes do conselho usualmente se reúnem para tirarem uma foto juntos.

No final do meu primeiro ano de CEE, em 2018, a diretoria eleita para o ano seguinte seria composta por Mateus Gomes (Monstro – Presidente) e Matheus Bernini

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Romanha (Borat – Vice-Presidente), o que configuraria uma drástica redução de diretores em comparação aos quatro que integraram a diretoria anterior, não fosse pela prontificação de dois diretores de anos anteriores: Wallace Faria (Cristo – Presidente de 2017) e Lucas Inamine de ngelo (Enéas – Diretor da Feira de Carreiras de 2018), que prestaram um apoio vital para o funcionamento pleno da iniciativa ao longo de 2019, coordenando o setor financeiro e a organização da sexta edição da Feira de Carreiras. Agradeço muito pela ajuda que ambos prestaram a mim e ao Borat nesse ano, permitindo que a liga não contraísse em termos de ações realizadas. Muito pelo contrário, testemunhamos que o número de divulgações e eventos realizados aumentou em comparação ao ano anterior.

Tenho gratidão pelas experiências que a CEE me proporcionou ao longo desses anos e pelas aprendizagens que tive ao conviver com diversas gerações que já passaram pela iniciativa. Reconheço que essas experiências foram muito importantes não apenas para meu desenvolvimento profissional, mas também para meu desenvolvimento pessoal. Ademais tenho certeza de que essa mesma constatação é compartilhada por vários outros amigos iteanos.

Aos futuros diretores da iniciativa, saibam que há ainda espaço para vocês trazerem novas ideias para dentro da iniciativa. Contamos com vocês para que a CEE continue seguindo em frente, trazendo cada vez mais oportunidades profissionais para a nossa comunidade!

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ESSE TEXTO SÓ FOI POSSÍVEL

POR CAUSA DA REDE

Todos aqueles que convivem no H8 desde a criação da Rede a conhecem e isso não é sem motivo. A Rede é uma iniciativa muito importante para todos, pois é responsável por garantir o acesso à internet, principalmente naquelas semanas de gagá intensivo. Mas a Rede não se limita a isso apenas - nós, membros, aprendemos muito, conhecemos pessoas novas e conversamos com elas durante os mutirões. Crimpamos cabos, configuramos roteadores e switches, subimos em escada, cadeira, banquinho, batente, telhado, tudo o que fosse preciso para não interromper o gagá. Chegamos sem saber de nada e saímos com muito conhecimento prático e muitas amizades dentro e fora da Rede.

Mas como não só de cabos vive o homem, a Rede também nos deu a oportunidade de aprender muito sobre tecnologia. Servidores, bancos de dados, DNS, Firewalls, protocolos de rede, tecnologias web, entre vários outros, tudo isso aprendido, ensinado e, além de tudo, praticado. Tudo isso desde o dia zero, no processo seletivo (que nun-

ca acaba), através dos treinamentos membros mais antigos, mos ao longo dos anos tensão em que o Neo, decidia que internet não e nós precisávamos convencê-lo

Mesmo que até ado quase sempre de Rede não se limita a isso. pessoas e conversar com de vulnerabilidade (aqueles net), a Rede também nos hadas e esfirras, numa paz de compreender seria sua vez, ninguém nunca perguntar a algum membro rar que o conhece. Toda a troca de experiência, entre os membros, nos mais.

Com todos esses

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Autor: Diego Teixeira Nogueira Fidalgo (Dilma)

treinamentos dados pelos nos projetos que construíe naqueles momentos de nosso servidor principal, não é algo necessário no H8 convencê-lo do contrário.

esse parágrafo tenha falaprendizados técnicos, a isso. Além de conhecer várias com elas durante momentos (aqueles em que falta a internos rendeu muitas gargaldimensão que o único caseria o cabo Neves. Este, por nunca viu, mas se você, leitor, membro da Rede, ele irá juToda essa interação viabiliza conhecimentos e vivência ajudando a crescer ainda

capazes de desenvolver diversos projetos para melhorar a comunidade como um todo, colocando tudo em prática. Isso foi possível, pois a Rede valoriza a autonomia dos membros para propor projetos e, dessa forma, fomos capazes de desenvolver um portal de acesso eficiente baseado em endereços MAC, reestruturar nossa lógica de distribuição de rede, entre outros projetos e ações. Não foi só o conhecimento, no entanto, que levou as coisas a funcionarem como queríamos, mas o trabalho em equipe e o contato com membros e ex-membros mais experientes. Sem isso, jamais teria sido possível entregar internet para todos os mais de quinhentos alunos do ITA e ainda conseguir estudar.

A experiência que entra na Rede não a deixa. Mesmo ex-membros, pessoas que já deixaram o ITA, continuam nos apoiando por vários anos, compartilhando conhecimento através de treinamentos, sugestões de melhorias, ideias de projetos, apoiando de maneira prática na manutenção quando necessário e viabilizando coisas nunca antes vistas no H8, como a reforma da sala da Rede pela Loft em 2019. O iteano pode até sair da Rede, mas a Rede nunca sairá do iteano.

E se tudo o que a Rede trouxe de bom para nós e para todos no H8 foi possível, sabemos que nos próximos anos, muito mais será. Com todo um

novo H8 e muito mais alunos, vêm novos grandes desafios, mas temos a certeza de que a Rede será capaz de resolvê-los, melhorando a vida de todos e proporcionando muito conhecimento aos novos membros. Afinal, esse texto só foi possível e só chegou aonde chegou, por causa da Rede, tanto de forma abstrata como literal. Por isso, sabemos que estaremos sempre melhorando e sempre dizendo #borarede.

esses conhecimentos, fomos

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