Agro Magazine ed_01

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OUZA EDITORA

EDIÇÃO 01 OESTE DA BAHIA JUN/2011 R$ 9,99

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TECNOLOGIA DE PRECISÃO

MUDA ROTINA NO CAMPO Equipamentos de última geração inserem práticas modernas na agricultura, aumentam a produtividade e reduzem despesas com insumos

ISABEL DA CUNHA: PRESIDENTE DA ABAPA DEFENDE A VERTICALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DO ALGODÃO


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C.FÉLIX

Não fique para trás

anuncie na revista de maior circulação do Oeste da bahia

A REVISTA CERTA PRA VOCÊ QUE ESTÁ SEMPRE NA FRENTE!

(77) 9131.2243 / 8823.8618 / 9906.4554 / 9123.3307 JUN/2011

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EDITORIAL

UM NOVO PRODUTO

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TECNOLOGIA DE PRECISÃO Novos equipamentos mudam rotina no campo

É sempre desafiador lançar um novo produto no mercado. Não importa que produto seja. Certamente outros já estão nas prateleiras, são conhecidos por uma parcela de pessoas e consumidos por um punhado que, afinal de contas, não tem muita escolha sobre o que consumir. De qualquer forma, seu novo produto vai competir com eles. E competir, enfrentar a concorrência, é um desafio. E o desafio é o principal combustível da Ouza Editora, porque acreditamos que renovar, ousar, repaginar, estar atento à velocidade do desenvolvimento tecnológico nos fortalecem como profissionais e estabelecem nossos diferenciais qualitativos em relação aos outros produtos. Depois de lançar a Revista A, produto editorial de informação e variedade com maior circulação na região, publicamos agora a Agro Magazine, revista bimestral que se propõe a discutir as variáveis da agricultura do Oeste baiano, as inovações tecnológicas, a biociência e demais assuntos que compõem o universo dessa atividade econômica que mais cresce no país. Este número inaugura um projeto que está em formação e que virá a se consolidar a cada edição. Seu arrojado projeto gráfico/editorial não teria sido impresso se não tivesse do outro lado o parceiro, que acreditou na proposta e comprou a ideia. E produto é, sobretudo, ideia. E essa nova ideia veio para ficar. Boa leitura! Cícero Félix, diretor de redação

Editor/Diretor de redação: Cícero Félix (DRT-PB 2725/99) (77)

9131.2243 e 9906.4554 sousa.cfelix@gmail.com

Editor de fotografia e redação: Jorge Barbosa

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Comercial: Ramis Dourado (77) 9984.0121

Av. Clériston Andrade, 1.111 - Sala 16 Centro - Barreiras (BA

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9150.9636

Gutemberg Dourado (77) 9905.5365 (Luís Eduardo Magalhães) Anne Stella (77) 9123.3307 (Barreiras)

Revisão: Rônei Rocha

Ouza Editora Ltda.

(77)

Foto da Capa: Divulgação Impressão: Coronário Editora e Gráfica Tiragem: 2 mil exemplares

6 Coluna Helmuth Kieckhöfer 8 Estilo Azimute 10 Entrevista Isabel da Cunha 15 Evento Um show para todos 17 Colheita Safra do Oeste supera média

nacional 19 Café Sobre preço e cai produção 25 Peixe Piscicultura, um negócio promissor 26 Segurança Sociedade civil se une 28 Educação FAAF: referência educacional e reconhecimento do MEC 30 Gastronomia: Os sabores do Saint Louis


PARABÓLICA

por JORGE DA S. JÚNIOR

Nematóides em lavouras do Oeste exigem precaução

Estímulo aos produtores com a Safra Oeste Bahia 2010/11 Segundo os últimos levantamentos da AIBA a Bahia se consolida em primeiro lugar no Brasil em produtividade de soja e milho. Vejamos os números no país: 1º Bahia > 3.360 kg (56 sacas) - 3º levantamento da safra (13/05/2011) 2º Paraná e Brasília >3.310 kg e 3.300 kg (55 sc, respectivamente) 3º Mato Grosso > 3.190 (53 sc) 4º Goiás e Piauí > 3.100 kg e 3.118 kg (52 sc, respectivamente) 5º Tocantins > 3.052 kg (51 sc) No 8º levantamento feito pela CONAB de maio/2011, ainda vem posicionando a Bahia com 53 sacas de soja, sendo que foram levantados dados no campo somente em abril. Esses dados demonstram o empenho dos produtores da nossa região e do seu time de funcionários para que se conseguisse este excelente resultado. É o cerrado baiano produzindo mais e melhor.

A sofisticação e prazer conferido pelos charutos baianos

Jorge da Silva Júnior é engenheiro agrônomo, mestre em fitotecnia e especialista MIP e receituário agronômico e professor da FASB

A cultura fumageira ao longo da história construiu uma economia responsável por geração de renda e de milhares de empregos, o que foi primordial no desenvolvimento de algumas cidades baianas como: Cachoeira, Castro Alves, Cruz das Almas, Maragogipe, Muritiba, São Gonçalo dos Campos, São Félix, Sapeaçu, dentre outras da região do Recôncavo. Especialmente na região da “Mata Fina” - expressão que foi cunhada pela indústria baiana do fumo para enaltecer a localização da região econômica do recôncavo sul, onde, em face às especificidades edafo-climáticas, se produz o melhor fumo para charutos do Brasil. O reflexo de sua qualidade, reconhecida internacionalmente, permitiu uma verdadeira cultura do fumo, cujas conseqüências se estendem até os dias atuais, moldando costumes, comportamentos, relações econômicas, sociais e políticas . Diante disso, o mercado barreirense dispõe recentemente de diversos tipos de charutos de arte e fabricação tradicional baiana. São charutos premium feitos a mão e minuciosamente selecionados de blends dos melhores fumos da Bahia, os quais conferem identidade, aroma e sabor único. Estão disponíveis de composição de folhas inteiras e de pedaços de folha, nos tipos: Torpedo, Churchil, Rosbusto, Belicoso, Corona, Petit Corona, dentre outros.

Os nematóides fitoparasitas promovem a destruição do sistema radicular das plantas, o que induz a formação de nodulações ou lesões necróticas nas raízes, e impedem as plantas de absorverem água e nutrientes. Segundo alguns autores esses nematóides parasitas de plantas já causaram consideráveis reduções à produtividade agrícola, já que acarretam perdas da ordem de US$ 100 bilhões. Existem resultados que, mostram que, em média, Rotylenchus reniformis e Pratylenchus brachyurus causam cerca de 20% a 30% de redução de produtividade, em variedades suscetíveis. M. incógnita pode ocasionar perdas maiores, ao redor de 40%. Em casos de variedades muito suscetíveis em níveis populacionais muito altos, as perdas provocadas por nematóides podem chegar a até mais 50% da produtividade. Esses dados são confirmados pela MSc. Sandra Eliza Guimarães, pesquisadora e microbiologista agrícola doutoranda da Universidade Federal de Lavras, como a região Oeste da Bahia destaca-se na produção agrícola nacional por ser o segundo maior produtor de algodão, e possuir uma das maiores áreas produtoras de soja no Brasil. Portanto, cada vez mais se faz necessários trabalhos de pesquisa na região, para que se conheça a real população destes vermes de solo, e seu grau de risco afim de que práticas adequadas de manejo possam se adotadas, de modo a evitar maiores prejuízos às culturas. O Professor DSc. Jaime Maia dos Santos, nematologista da UNESP/FCAV Jaboticabal, ressalta que existem diversas estratégias que podem ser utilizadas na diagnose dos fitonematóides que ocorrem em nossa região, que podem facilmente ser aplicadas pelos próprios produtores ou sua equipe técnica com o intuito de evitar o crescimento da população e inviabilização do cultivo nas áreas infectadas, com o plantio de culturas susceptíveis a determinadas raças e verificação de suas raízes, sendo observados alguns nódulos característicos de fitonematóides sedentários procede-se com o não cultivo deste material, e em casos particulares proceder com amostragens e envio do material para análise e manejar sempre o solo de modo a não alimentar o parasita com a cultura específica. Como outras estratégias de manejo que serão abordadas por esse pesquisador na Bahia Farm Show, com sua palestra que ocorrerá no dia 3 de junho, que terá como tema o manejo dos principais fitonematóides que ocorrem nas principais culturas da Região Oeste da Bahia.

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PRODUÇÃO E CONSUMO

por HELMUTH KIECKHÖFER

Frango,

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Helmuth Kieckhöfer é médico veterinário e doutor pela Universidade de Hannover (Alemanha) e professor do curso de Agronomia (FAAHF)

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um alimento saudável e sem hormônios avicultura emprega mais de 4,5 milhões de pessoas e responde por quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A importância social da avicultura no Brasil se verifica também pela presença maciça no interior do país e em muitas cidades a produção de frangos é a principal atividade econômica. Em 2009, a produção brasileira atingiu a marca histórica de 10,9 milhões de toneladas, garantindo ao Brasil uma posição entre os três maiores produtores mundiais de carne de frango, com Estados Unidos e China. Desse total, cerca de 65% permanecem no mercado interno, o que comprova a força dessa indústria para o país. O consumo per capita de carne de aves no Brasil está em aproximadamente 39 kg por ano. Nas exportações, o Brasil mantém, desde 2004, a posição de maior exportador mundial, tendo terminado 2009 com a marca de 3,63 milhões de toneladas embarcadas para mais de 150 países. Com esse desempenho, a carne de frango brasileira aumentou ainda mais sua presença na mesa dos consumidores no Brasil e no mundo. A sanidade é um dos grandes atributos do frango brasileiro. No Brasil, o uso de hormônios é proibido na produção de aves e, além disso, toda a produção é submetida a um rigoroso controle de resíduos de medicamentos, o qual está dentro do Plano de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNRC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também se destaca o fato de o Brasil não ter registrado um único caso de Influenza Aviária de alta patogenicidade, graças aos rígidos controles estabelecidos pelo Plano Nacional de Influenza Aviária, também do Ministério da Agricultura, e do esforço contínuo e incessante das empresas do setor para garantir a segurança dos plantéis (UBABEF).

Um recente estudo mostrou que a produção de carne de aves é a que menos consome energia, água, emite menos gases de efeito estufa e tem menor impacto sobre o solo, comparado com a produção de bovinos e suínos. Além disso, um relatório do Departamento de Assuntos Ambientais, Alimentos e Rurais (DEFRA) do governo britânico divulgado em 2008, mostrou que a avicultura brasileira consome 25% menos energia e tem emissões de gases de efeito estufa 17% menores do que a avicultura no Reino Unido. As aves são animais vertebrados e estudos paleontológicos afirmam que estes se desenvolveram a partir dos répteis, provavelmente de um grupo de sáurios, os dinossauros. A origem das aves ainda é um tema polêmico e a maioria dos pesquisadores acredita que as aves evoluíram dos dinossauros predatórios de duas pernas. Esta teoria é sustentada por diversas descobertas de fósseis nos últimos 150 anos. A primeira ave fossilizada conhecida foi o Archaeopteryx que data do período Jurássico. A descoberta do Archaeopteryx, em particular, convenceu muita gente

O ‘OVO VEIO ANTES DA GALINHA’. NÃO EXISTE FICÇÃO CIENTÍFICA OU HORMÔNIOS NA EVOLUÇÃO DO FRANGO DE GRANJA QUE CHEGA ATÉ A NOSSA MESA


de que os dinossauros são a origem das aves modernas e por isso muitos pesquisadores arriscam em dizer que o “ovo veio antes da galinha”, ou seja, os dinossauros já colocavam ovos antes de surgir a galinha. Não existe ficção científica ou hormônios na evolução do frango de granja que chega até a nossa mesa. De leigos a médicos, não é raro encontrar quem cite o “frango cheio de hormônio” como um potencial perigo à saúde. Alguns consumidores tem a crença de que o frango é o resultado da adição de hormônios de crescimento que deixam os animais “bombados”, com muito peito e coxa. Este progresso está baseado fundamentalmente em uma intensa atividade de pesquisa nas áreas de genética, nutrição, sanidade e no entendimento das relações destes conhecimentos através da ambiência e do manejo da produção destes animais. São resultados de anos de estudos que se iniciaram na década de 50, obtidos de seguidos cruzamentos entre fêmeas e machos de raças e linhagens diferentes. A partir dos dados de desempenho observados nestas pesquisas, os cientistas já podiam prever que os frangos, a cada ano, precisariam um dia a menos para atingir o mesmo peso obtido no ano anterior. Esta estimativa vem se confirmando e os frangos de corte produzidos pela indústria avícola, embora da mesma espécie dos frangos de fundo de quintal, vem sendo geneticamente desenvolvidas ao longo dos anos exatamente para ser mais precoces e produzir carcaças de melhor qualidade. O melhor exemplo vem das aves natalinas como o Chester, vendido desde o início dos anos 80. Foi desenvolvido a partir do cruzamento de diferentes linhagens de aves da espécie

Gallus gallus, de origem escocesa. Nas coxas e no peito estão concentrados 70% de sua carne, que também tem baixo teor de gordura, resultado da dieta dessas aves, baseada em milho e soja. Já o Bruster vem do cruzamento de aves de uma linhagem chamada Ross. O mapa genético do Bruster, assim como o do Chester, é mantido em sigilo para que outras empresas não produzam as mesmas aves. Todas as aves como o Chester, o Bruster e o Fiesta recebem alimentação exclusivamente vegetal (milho e farelo de soja). O manejo dessas aves é diferenciado, pois enquanto um frango normal é abatido por volta de 42 a 44 dias de vida, pesando cerca de 2 kg, um Bruster fica até 60 dias na granja, atingindo 3,6 kg. Já o Chester vive por 62 dias e alcança 4,3 kg, em média. Estas aves são frangos como qualquer outro, apenas com um maior desenvolvimento de carcaça, principalmente com peito e coxas rechonchudos, mas com pouca gordura, conforme já mencionado. Muita ciência se esconde no caminho do frango caipira da roça até chegar ao frango assado da padaria. As raças modernas de galinhas perderam o instinto maternal, transformadas em verdadeiras máquinas de postura de ovos. Suas antepassadas, encontradas nos sítios do interior, namoram galos, constroem os seus ninhos com palha e gravetos, chocam e criam seus pintinhos. As aves melhoradas geneticamente não possuem mais esta rotina. São fertilizadas através de inseminação artificial e botam ovos que vão para a incubadora com temperatura e umidade controlada por um período de 21 dias. Os pintinhos que nascem na incubadora são transferidos com apenas um dia de vida até os galpões de engorda, onde ficam até o período de abate. Confundir hormônio com nutrientes, vitaminas, minerais, aminoácidos, que a aves recebem na sua alimentação no seu dia a dia, tem sido muito comum. Os promotores de crescimento são enzimas, proteínas, vitaminas e os chamados probióticos que aumentam a absorção de nutrientes, fazendo o organismo das aves aproveitarem ao máximo o alimento. Deste modo, a produtividade do frango de corte deu um salto em 40 anos, transformando-se numa proteína de baixo preço e fácil acesso a todas as camadas sociais da população. De acordo com as demandas de mercado, os frangos de corte são produzidos para alcançarem um peso médio de 2,5 kg em 42 dias, com uma conversão de 1,8 kg de alimento por kg de ganho de peso. As poedeiras por sua vez devem produzir 320 ovos com conversão alimentar de 1,4 kg de ração por dúzia de ovos produzidos. A carne de frango é considerada um alimento saudável, pobre em gorduras, desde que seja consumido sem pele. Essa carne apresenta rico teor de proteínas de boa qualidade e o seu consumo é recomendado em todas as idades e podem ser consumidas, sem pele, por alguém que tenha riscos cardiovasculares, pois contem uma baixa taxa de colesterol. Além disso, trata-se de proteínas de boa qualidade porque são ricas em aminoácidos indispensáveis ao nosso organismo e de fácil digestão. Saboreie com prazer a sua ave assada, cozida ou grelhada, pois não existe nada de errado com ela.

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ESTILO

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JORGE BARBOSA

ENTREVISTA

Isabel da Cunha

Presidente Associação Baiana dos Produtores de Algodão 10

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VERTICALIZAÇÃO PELO CRESCIMENTO por JORGE BARBOSA

o comando da Associação Baiana dos Produtores de Algodão desde outubro do ano passado, Isabel da Cunha representa um perfil simpático e feminino do agronegócio do Oeste baiano, mas nem um pouco frágil. Seu domínio do assunto apenas fortalece a entidade que é uma das mais importantes da região. Nascida em Tapera (RS), Isabel tem sua origem numa tradicional família produtora de grãos, que no ano de 1981 se instalou na Bahia, onde 18 anos depois passou a produzir algodão. Com uma agenda ocupada, Isabel consegue ainda ser acessível e aliar a vida de empresária com as atividades comuns de uma mulher que é mãe de três filhos e dona de casa. Ela cuida da parte administrativa das fazendas do grupo Ilmo da Cunha. Isabel acredita que seu começo no agronegócio foi coisa do destino e da sua vocação natural. “Temos que ser insistentes e dedicados em tudo aquilo que nos propomos a fazer”, explica ela. Com um sorriso no rosto, a presidente da Abapa recebeu a revista Agro Magazine em seu escritório, e falou sobre a produção de algodão do Oeste, os desafios e perspectivas da cultura na região, a importância de dar apoio ao pequeno produtor e também da necessidade de buscar formas para promover a verticalização da cadeia do algodão na região, gerando riquezas e empregos não só para Luís Eduardo Magalhães, mas para toda a região Oeste.

A senhora pode fazer um histórico da safra do algodão dos últimos dez anos e traçar um panorama do atual cenário? A cultura do algodão aqui no Oeste da Bahia começou com a coragem e empreendedorismo de alguns produtores. Gradativamente tivemos um aumento de área cultivada. Em questão de área ainda não somos a cultura mais forte da região Oeste, mas em volumes de valores que gira em torno da cultura algodoeira, chegamos a movimentar mais do que a soja. Passamos agora por um momento muito positivo e acredito que a tendência é de melhorar sempre mais, de maneira gradativa. Hoje a cadeia do algodão vive um grande momento não só no Oeste da Bahia, mas em nível mundial. Tivemos um ano climaticamente favorável, onde a previsão para todo o Estado é uma colheita de mais de 600 mil toneladas de algodão em pluma, o que representa um número bem melhor em comparação ao ano passado. Houve um aumento na área cultivada e também teremos um aumento

na produtividade, uma vez que os produtores também investiram bastante esse ano. Estima-se uma produção de 270 a 280 arrobas por hectare somente na região Oeste. O agronegócio vive um momento muito favorável, estimulado pelo alto preço das commodities. Como o produtor deve se comportar? Deve investir mais, fazer reservas? A alta vem exatamente em um bom momento, principalmente porque o preço estava defasado, com o dólar em baixa estava difícil fechar o custo de produção com o mercado, visto que existem custos em reais. É um bom momento para compensar os baixos preços praticados anteriormente. O produtor continua investindo para continuar aumentando a produção, gerando empregos e garantindo uma boa safra a cada ano. O algodão é o que mais emprega na região. A senhora sabe precisar quantos são os empregos diretos e indiretos? Hoje somos o setor que mais emprega na região, temos a estimativa de que o algodão emprega aproximadamente 30 mil pessoas em empregos diretos e indiretos. Se você analisar bem, a região evoluiu muito depois que o algodão chegou a se consolidar aqui no Oeste. Não é algo que traz um retorno apenas para o produtor, mas acredito que toda a sociedade acaba se beneficiando com isso. JUN/2011

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ENTREVISTA O desenvolvimento tecnológico está cada vez mais presente no campo. Isso também acaba reduzindo o número de trabalhadores nas fazendas, devido à mecanização das lavouras. Como aliar o uso da tecnologia para otimizar a produção sem que isso reduza a mão de obra nas lavouras? Com os avanços tecnológicos existe uma grande demanda em se encontrar mão de obra qualificada e isso mostra para os produtores que existe a necessidade de se investir em qualificação. Então podemos dizer que não existe uma redução e sim a exigência de profissionais com habilidade para o manuseio dessa nova tecnologia.

ção de lavoura não espera. Temos casos aqui no Oeste de produtores que encaminharam a solicitação de desmate e não conseguiram receber resposta. Sabemos que os órgãos responsáveis têm suas demandas e prioridades e isso não é culpa nem dos produtores nem dos órgãos públicos, mas sim uma deficiência do sistema.

Existe uma escassez de mão de obra qualificada? Existe sim. Hoje, temos dificuldades em encontrar profissionais qualificados para exercer algumas funções. Pensando nisso a Abapa tem buscado parcerias para desenvolver cursos de capacitação profissional que beneficiam o setor produtivo como um todo.

Que ações a Abapa tem realizado para fomentar o desenvolvimento da produção algodoeira da região? Assim que a Abapa se instituiu foi buscar junto ao governo do estado um incentivo importante, o Proalba (Programa de Incentivo à Cultura de Algodão). Além disso, também promovemos cursos de capacitação e palestras, pois a Abapa busca atender aos anseios dos produtores associados. Também investimos em marketing nacional e internacional sempre divulgando o algodão baiano. Recentemente tivemos uma missão na China com o objetivo de divulgar o algodão brasileiro, e a Bahia apresentou-se como segundo maior produtor da cultura. Na atualidade estamos lutando pela verticalização da cadeia do algodão, buscando a implantação de indústrias e fiações, que irão gerar emprego e renda para a população de toda região.

Por que há tanta polêmica em torno do Código Florestal? A definição do Código Florestal é um anseio do produtor para poder finalmente se regularizar junto aos órgãos ambientais. Há uma imagem distorcida de que o agricultor é um devastador da natureza. Há alguns anos a expansão agrícola era incentivada pelo próprio governo sem grandes exigências, mas a maioria dos produtores tinha a consciência, e tem ainda, de que há um espaço para ser definido como reserva, para preservação, seguindo todas as regras ambientais. Não existe essa coisa de chegar, derrubar até a beira do rio, passar a plantadeira e ocupar tudo. Isso não é assim. Desde criança, lembro que meu pai sempre falava que tínhamos de deixar a parte para a reserva, e sempre foi assim. A maioria dos produtores trabalha na regularidade. A dificuldade é você conseguir dos órgãos competentes o acompanhamento das demandas dos produtores, que encaminham suas documentações, mas não recebem as respostas necessárias em tempo hábil, o período de implanta-

Estamos trabalhando para atrair e implantar indústrias de fiação aqui no Oeste, com o objetivo de verticalizar a cadeia produtiva do algodão gerando emprego e renda para toda a região”

Então você acredita que o produtor da região Oeste tem a consciência de trabalhar em conformidade com as leis que regulam o meio ambiente? A grande maioria tem a consciência de que deve trabalhar e viver em conformidade com as leis ambientais. Temos a consciência de que não devemos destruir a natureza, pois dependemos dela para a sobrevivência e sustentabilidade do setor.

Como estimular o pequeno produtor? A Abapa busca promover capacitação, assistência técnica e auxílio no manejo do solo em parceria com a EBDA. A Abapa tem um projeto muito interessante também na região Sudoeste, em que o pequeno produtor está recebendo o apoio da associação no sentido de ter um técnico disponível para auxiliar os pequenos produtores no monitoramento e manejo do bicudo. Também apoiamos tecnicamente os pequenos produtores da região de Angical. Lá eles cultivam o algodão colorido, que tem um mercado específico. É possível dizer em percentual quanto a produção do algodão do Oeste representa da produção total do Brasil? Somos atualmente o segundo Estado que mais produz algodão no Brasil, ficando atrás apenas do estado do Mato Grosso. Podemos estimar que somos responsáveis por mais de 30% da produção nacional de algodão, o que mostra o nosso potencial e a importância econômica da Bahia para todo o país nesse segmento. O Bahia Farm Show tem crescido a cada ano. A senhora acha que o Oeste está despertando mais atenção da agroindústria mundial? Os grandes investidores, inclusive no âmbito internacional, estão voltando a atenção para o Oeste da Bahia. Recentemente recebemos a visita de um grupo chinês, que tem a intenção de instalar aqui uma unidade esmagadora. O Banco Mundial também esteve presente na região avaliando possíveis investimentos em logística. Enfim, o Oeste é uma região com potencialidade de desenvolvimento, possuímos o menor índice de inadimplência no setor do agronegócio no Brasil, o que também favorece a vinda de novos investidores. Temos todas as condições favoráveis para aceitar vários tipos de investidores, em qualquer área agrícola. JUN/2011

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DIVULGAÇÃO

EVENTO

O SHOW É PARA TODOS por CÍCERO FÉLIX e JORGE BARBOSA

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Bahia Farm Show chega a sua 4ª edição se consolidando como uma das principais feiras de agronegócio do país. Com um crescimento de 20% ao ano, o evento já é considerado o quarto maior do Brasil, sendo o segundo em maquinário. São 50 horas de negócios em cinco dias. E se engana quem acredita que a feira é interessante apenas para os médios e grandes produtores. Há Alex Rasia, diretor da Aiba: “é um espaço espaço também para os pequenos, que inpara todos os agricultores, tem stand para tegram importante parcela dos visitantes todos os tipos de negócios” que percorrem os 100 mil metros quadrados de puro atrativo rural. “Existe um preconceito de que agricultura empresarial, maquinário é apenas para grandes produtores. Na verdade nós temos expositores com equipamentos que atendem tanto ao grande, médio ou pequeno produtor”, explica Alex Rasia, diretor executivo da AIBA e coordenador do Bahia Farm Show. “Temos um dia dedicado à agricultura familiar com palestras especificas para

C.FÉLIX

CONSIDERADO UM DOS MAIORES EVENTOS DE AGRONEGÓCIO DO BRASIL, BAHIA FARM SHOW FAZ EVENTO VOLTADO PARA OS MÉDIOS, GRANDES E PEQUENOS PRODUTORES

esse segmento, o que não significa que os outros temas não carecem de atenção. Na verdade é um espaço para todos os agricultores, tem stand para todos os tipos de negócios”. A consolidação veio justamente porque a feira atinge seu principal objetivo: criar um ambiente de negócios propício para colocar frente a frente vendedor, comprador e agente financeiro. “Hoje estamos competindo em termos de porte, pela quarta posição no Brasil. Nós temos três grandes feiras, Ribeirão Preto (a maior feira da América Latina), uma no Rio Grande do Sul, uma em Cascavel, a nossa e a do Rio Verde no Goiás. Agora em termos de parque com ocupação de área de exposição com máquinas, ela é a segunda maior, ficando atrás apenas da Agrishow”, comenta Rasia, ao avaliar o crescimento do evento. Apesar de ser a quarta edição levando a marca Bahia Farm Show, a feira existe há mais tempo. Ela começou em 2004, través de uma parceria com a Dimac, empresa detentora da marca Agrishow de Ribeirão Preto e que produzia as feiras regionais, entre elas a de Luis Eduardo Magalhães. Segundo Alex Rasia, essa parceria chegou ao fim em 2007, por uma decisão estratégica da Dimac. “Como era um evento que vinha numa ascendente, que estava dando certo, nós resolvemos criar uma marca própria e a AIBA assumiu em definitivo a realização”, lembra. Nos 10 hectares da área destinada ao evento, há três pistas para teste drives, restaurantes, stands e um pavilhão com 56 expositores de pequeno porte. “Em termos de infraestrutura do parque, teremos um restaurante de mil metros quadrados, melhorias no sistema de tratamento de esgoto do parque e uma praça central pavimentada. Em termos de exposição teremos uma área maior, todos os fabricantes de veículos estarão na feira, como também os fabricantes da linha rodoviária. Conseguimos entrar definitivamente no banqueting das empresas, muitas grandes empresas como Pirelli, Petrobras e outras de diversos seguimentos estão vindo para o Bahia Farm Show devido a esse trabalho de consolidação da feira”, destacou o coordenador do evento. Na programação, está prevista uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho, do Ministério da Agricultura, e também um fórum do Canal Rural do grupo RBS, com uma hora de transmissão em rede nacional tratando do Código Florestal. “Essa discussão na área ambiental será muito importante”, avalia Rasia, ao comentar que esse assunto está em pauta em todo o país e não poderia ficar de fora de um evento dessa magnitude. “E a gente tem algumas ações de âmbito estadual que devem acontecer relacionados ao nosso Plano de Adequação Ambiental Oeste Sustentável, que tem questões que estão sendo trabalhadas a mais de um ano”, acrescentou. JUN/2011

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COLHEITA

SAFRA: OESTE SUPERA MÉDIA NACIONAL PRODUTORES DA BAHIA JÁ COMEMORAM O AUMENTO DA SAFRA E O FAVORÁVEL PREÇO DAS COMMODITIES, APESAR DO ALGODÃO E MILHO AINDA ESTAREM EM COLHEITA

por JORGE BARBOSA

OS NÚMEROS DA SAFRA DO OESTE BAIANO, EM TONELADAS SOJA MILHO ALGODÃO

3,2milhões 1,3milhão 1,5milhão

A estimativa é do Sindicato dos Produtores Rurais da Região Oeste. É importante lembrar que o milho e o algodão ainda não foram totalmente colhidos.

JORGE BARBOSA

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região Oeste da Bahia superou as expectativas e bateu mais um recorde com a safra 2010/2011, ficando com uma produção acima da média nacional. A colheita da soja e do milho atingiu números surpreendentes, acima das estimativas iniciais feita pelo Sindicato dos Produtores Rurais da Região Oeste. De acordo com o presidente da entidade, Vanir Antônio Cölln, alguns produtores venderam a safra antecipada, em dólar, e com a desvalorização da moeda tiveram perdas nos lucros. Mas mesmo assim estão satisfeitos. A alta do preço das commodities também agradou os produtores. A soja já foi completamente colhida e agora os produtores já se preparam para a próxima safra. O milho já atingiu cerca de 60% da colheita, enquanto que o algodão teve a colheita iniciada em maio. A produção do Oeste baiano, em toneladas, é de 3,24 milhões para soja, 1,33 milhão para milho e de 1,46 milhão para algodão em caroço, de acordo com a estimativa do Sindicato dos Produtores Rurais, que tem sede em Luís Eduardo Magalhães, representa sete municípios e cerca 1,6 mil produtores rurais. Os números das três culturas da região já superaram a safra 2009/2010. “Tivemos uma produção excelente de soja e milho. Nós vamos superar todos os recordes que tínhamos aqui no Oeste da Bahia e até mesmo em nível de Brasil”, comemora Cölln,

ao comentar os resultados da produção. “De maneira geral, o Brasil nunca colheu tão bem soja e milho como colheu esse ano e o Oeste não é uma exceção em termos de qualidade”. A alta dos preços também foi comemorada. “A soja e o milho chegaram a um preço muito bom, o que não se esperava há cerca de oito meses”, explica Cölln. “No entanto, temos que ressaltar que alguns produtores venderam o produto em dólar e até em reais em junho do ano passado a um preço baixo”, lembrou. Segundo ele, a saca de grãos foi vendida antecipadamente por cerca de U$ 18,00, o atingindo cerca de R$ 30,00, mas depois o valor subiu e chegou a atingir cerca de R$ 43,00. “Sem falar que o dólar baixou, aumentando mais ainda o prejuízo desses produtores”. Dessa maneira, cerca de 30% da produção da região terminou sendo vendida por um valor inferior ao praticado pelo mercado. Mas em compensação, o restante da produção terminou sendo comercializada quando o preço estava em alta. Muitos produtores ainda estocaram o produto e estão aguardando uma alta do mercado para fechar a venda. Para os especialistas, alguns fatores influenciam diretamente no aumento da produção, entre eles a política governamental de incentivo à produção, com o crescimento do preço mínimo em 92%, no período de 2003 a 2010, no Nordeste, a implantação de alta tecnologia de sementes com elevado potencial produtivo, além do uso racional de adubação. Na região Oeste, segundo o presidente do Sindicato, houve também um aumento da área cultivada, o que também favoreceu o aumento da produção. E as previsões já para a próxima safra também são otimistas. “Tudo indica que a próxima safra vai ser boa também em termo de preço, acredito que esses valores vão se manter sem grandes mudanças”, prevê Vanir Cölln.

Nós vamos superar todos os recordes que tínhamos aqui no Oeste da Bahia e até mesmo em nível de Brasil”, garantiu Vanir Cölln, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais JUN/2011

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CAFÉ

por JORGE BARBOSA

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produção do café na região Oeste deste ano será de 493.578 sacas, o que representa cerca de 43 sacas por hectare. A estimativa foi passada pela Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé). Conforme a entidade, a colheita iniciou em maio e atinge o pico em junho, chegando a ter todas as etapas concluídas em agosto. Houve uma pequena redução na produção desta safra, em comparação com 2010, que foi de 45 sacas por hectare. Por outro lado, o alto preço do produto no mercado interno e externo, que chegou a somar um aumento de mais de 100%, está fazendo a felicidade dos 36 cafeicultores da região. De acordo com a Abacafé, a redução na produção pode ser explicada pela renovação dos cafeeiros em algumas áreas. “Porque o café quanto mais novo, mais produz”, explica Ivanir Maia, diretor executivo da associação. “Estamos aí com várias áreas beirando a oitava safra. Então é preciso passar por um processo de renovação, porque o café só produz em ramos novos. Então quando se chega por volta da oitava safra, normalmente se faz uma intervenção, de uma poda drástica ou uma poda leve, e nesses momentos a produtividade cai. Mas no ano seguinte a produção volta ao estágio normal”. O diretor da Abacafé explicou que o normal para a região Oeste é uma produtividade de 50 sacas por hectare. Isso acontece quando se adota todas as medidas padrão de fertilidade e manejo fito sanitário. Essa característica torna o Oeste como uma das regiões com as maiores médias de produtividade do mundo. Para se ter um ideia, na região Sudeste, que é onde está a maior concentração de produtores e áreas cultivadas do

Ano passado, a saca do café custava aproximadamente R$ 220. Este ano chegou a R$ 550, explicou Ivanir Maia, diretor da Abacafé

ALTA NOS PREÇOS E BAIXA NA PRODUÇÃO PREÇO DO CAFÉ TEM AUMENTO DE MAIS DE 100% MAS PRODUTIVIDADE POR HECTARE CAI, SE COMPARADA COM A COLHEITA DE 2010 Brasil, a média é de 23 sacas por hectare. Somente a região Oeste representa cerca de um quarto da produção de café da Bahia. Mas é a região de menor densidade demográfica de cafeicultores do Estado, ou seja, concentra poucos produtores em grandes áreas, diferentemente do café do planalto da Bahia, onde há muitos produtores em pequenas áreas cultivadas. No Oeste, são 14.729 hectares destinados ao café, mas a produção na atual safra ocupa uma área é de 11.498 hectares. PREÇO EM ALTA Em comparação ao ano passado, mesmo com a variação de preços por períodos isolados, o valor da saca do café aumentou em mais de 100%. “No ano passado ficamos em patamares de aproximadamente R$ 220,00, enquanto que esse ano o café está atingindo cerca de R$ 500,00 a saca”, informa Ivanir Maia. “Assim como as outras culturas, onde todas as commodities estão valorizadas, o café literalmente dobrou de preço. Isso aconteceu porque o mundo passou por frustrações de safras em quase todos os países produtores, enquanto que por outro lado o consumo está aumentando. Sem falar que os estoques estão baixando e praticamente esse ano zerou”. O principal fator que pode explicar a alta do preço do café é o consumo mundial, que cresce cerca de 2,5% ao ano, mas a produção não acompanha isso. Dessa maneira, mais da metade da produção da região é exportada de forma direta ou indireta, com destino principal para o mercado americano, europeu e, por último, o mercado japonês. A outra metade segue para o mercado interno, principalmente na região Nordeste, para as indústrias locais. O Oeste baiano produz apenas o café arábica, que é o principal produto do Brasil. Conforme explica a Abacafé, o café do cerrado baiano possui boa fragrância e aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e acidez. “Isso é uma classificação internacional, que é o que diferencia o café de uma região para outra. Então de modo geral, os cafés da região central do Brasil têm essa característica mais aromática. Não tão encorpado, mas com ótimo aroma e de um sabor marcante”, detalha Maia. JUN/2011

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CAPA

A ÇÃO ALTERAM A R E G A IM T L Ú OLÓGICOS DE L, REDUZEM N A C R E U T R S O O Ã T Ç N U E OD A EQUIPAM TIMIZAM A PR O , O P CIONÁRIA PAR U M L A C O V O E N R E A D M A OR ATIVID STE BAIANO E TRIBUEM DE F O N O O C N E O S Ã Ç O T U S PROD OS GA AUMENTO DA Consultor e gerente de peças da Maxum, Rodrigo Martins (D), explicando in loco o funcionamento da base RTK

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FOTOS: JORGE BARBOSA

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revolução tecnológica, pela qual o mundo passa na atualidade, definitivamente chegou ao campo. Equipamentos de última geração estão alterando completamente a agricultura, inserindo modernas e práticas modificações que geram resultados instantâneos, como aumento da produtividade e redução drástica das despesas com insumos agrícolas. As novas tecnologias voltadas para a produção rural, que também já não são novidades no Oeste baiano, desenham um caminho sem volta, na qual o produtor não tem mais como evitar. Nessa linha de agricultura de precisão, existe uma larga lista de equipamentos tecnológicos que estão alterando o cenário agrícola. A Agro Magazine foi à loja Maxum, em Luís Eduardo Magalhães, revendedora autorizada da Case IH, que é referência em alta tecnologia, performance e produtividade em mecanização agrícola, e selecionou alguns importantes acessórios que estão transformando o jeito de plantar e cultivar e ouviu a opinião de quem mais entende do assunto: o produtor. Um desses equipamentos é o revolucionário Piloto Automático AFS Guide, que tem como base três sinais de GPS, entre eles o preciso RTK (Real Time Kinematic). Instalado em máquinas como tratores, pulverizadores, colheitadeiras e outras, o piloto recebe o sinal de localização via satélite, com o suporte de uma antena instalada na propriedade, que faz a correção do trajeto. A partir daí é possível organizar de forma precisa o trajeto que a máquina vai fazer na área que será plantada ou colhida. O sistema é usado para otimizar todas as etapas da produção, como preparo de solo, corretivos, pulverização, plantio e colheita. O RTK é o sinal agrícola mais preciso disponível no mercado, com precisão de 2,5 cm em um raio de 15 quilômetros. Em outras palavras, o operador da máquina, ao realizar qualquer uma das etapas do cultivo da terra usando o sistema, basta acionar o piloto automático que ele passa a controlar sozinho a direção da máquina com precisão, sem perder espaço e trabalhando a terra por completo. O operador não precisa segurar o volante,

Para o gerente de fazenda Sandro Altair, o avanço tecnológico otimiza as atividades do campo e representa economia para os produtores. Acima, o técnico da Maxum Adriano Pereira explica o funcionamento do monitor do Piloto Automático

ficando apenas atendo à qualidade das operações. O RTK é um sinal corrigido por uma base, instalada na fazenda, que envia sinais através de ondas de rádio, gerando um alinhamento perfeito no plantio, no cultivo e na colheita. Como resultado o produtor ganha, além de uma área maior cultivada, economia nos gastos com combustível e outros insumos, como os fertilizantes e calcário. Dados coletados por produtores locais mostram que somente com combustível a economia é de dois litros por hectare. Para uma lavoura de 10 mil hectares, por exemplo, a redução dos gastos numa única aplicação já compensa o investimento. “É um avanço tecnológico que está nos dando um suporte importante, tanto no preparo da terra e na colheita, como na economia do combustível”, explica Sandro Altair Dal Forno, gerente de uma grande propriedade agrícola no Oeste baiano que está utilizando o sistema. Para Sandro, que trabalha gerenciando todos os ciclos da produção há mais de 23 anos, os resultados positivos são muitos. “O sistema é importante também porque gera conforto ao operador da máquina, seja de trator ou colheitadeira, pois ele vai ter mais tempo para cuidar da máquina e da operação que está desenvolvendo”, comenta o gerente, ao analisar o equipamento depois de um dia de trabalho. “Com esse suporte do piloto automático, o operador da máquina vai desenvolver sua atividade com uma precisão incrível, coisa que manualmente não é possível”.

O piloto automático AFS Guide faz as correções de trajeto via satélite com precisão de até 2,5 cm em um raio de 15 Km. Através deste equipamento, é possível obter uma economia com combustível de até 2 litros por hectare. JUN/2011

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FOTOS: JORGE BARBOSA

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Controle da produtividade Outro importante equipamento selecionado pela Agro Magazine juntamente com a Maxum é o Monitor de Produtividade AFS. Trata-se de um equipamento opcional em todos os modelos de colheitadeira de grãos da Axial Flow, também da Case IH. Ele faz um diagnóstico e uma gestão da lavoura, disponibilizando, em tempo real, dados e informações de todos os processos da produção agrícola, otimizando a produtividade, reduzindo despesas e tempo, além de melhorar a qualidade da safra. O Monitor de Produtividade AFS faz o monitoramento instantâneo da produtividade por talhão e da umidade dos grãos, o que antes levava tempo e gastos adicionais, possibilitando ao produtor uma melhor gestão da área no instante da colheita. Além disso, todas as informações coletadas nas fases da produção, como preparo da terra, pulveriza22

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O gerente da Fazenda Mizote, Carlos Roberto Salomão, conta que o Monitor de Produtividade facilitou em 90% o trabalho, pois o equipamento mapeia as áreas mais e menos produtivas

ção, plantio e colheita, ficam armazenadas em mapas, garantindo um diagnóstico completo que vai auxiliar o produtor e otimizar as próximas safras. “O mapeamento da área é uma das grandes vantagens dessa tecnologia, pois nos ajuda muito na adubação do solo”, analisa Carlos Roberto Salomão, gerente de mecanização da Fazenda Mizote, na região de Roda Velha, em São Desidério, uma das maiores produtoras de grãos da região Oeste. “O monitor facilitou nosso trabalho em 90%, pois ele nos passa informações sobre as áreas que produzem melhor, de acordo com a análise de umidade, e também nos informa sobre aquelas que estão menos produtivas. Dessa forma, podemos corrigir as deficiências e garantir uma produtividade de qualidade”. A satisfação de Roberto é tanta que ele não imagina mais trabalhando sem o auxílio do monitor de produtividade. “Como trabalhamos com adubação de precisão, o monitor nos dá informações precisas e instantâneas sobre a produtividade, informações estas que antes levávamos muito tempo para obtê-las”, salientou.


Mapeamento e orientação O produtor Douglas Alexsandre Radoll, proprietário da Fazenda Radoll, na região da Bela Vista, em Luís Eduardo Magalhães, utiliza equipamentos Case IH desde 1998. Ela comenta que há anos acompanha a evolução da tecnologia no campo e compreende perfeitamente a utilidade de equipamentos como esses. Para ele, a maior satisfação está no aumento da produtividade. “Além de obter uma importante economia com os gastos, principalmente de fertilizantes, conseguimos aumentar a produtividade de forma significativa”, explica. Douglas utiliza em suas máquinas Case IH toda a linha AFS (Advanced Farming Systems), como o Piloto Automático, o Monitor de Produtividade e a Barra de Luz EZ-Guide. Essa última ferramenta é a sua favorita. Ela também orienta a máquina na sua trajetória previamente planejada. Com indicadores luminosos e um mapa no monitor, a Barra de Luz apresenta os desvios à esquerda ou à direita, passando a informação para o operador corrigir a direção evitando falhas e sobreposições. Ela também trabalha com orientação GPS, em parceria com o EZ-Steer e é utilizado em todas as etapas da produção: preparo do solo, plantio, pulverização e colheita. Para Radoll, a maior importância desses equipamentos é que eles fornecem um mapa da colheita. “Sem o mapa de colheita gerado pelo monitor AFS, você não consegue visualizar o que está produzindo detalhadamente em cada talhão e acaba ficando no ‘achômetro’, sem ter certeza se está corrigindo realmente a área que merece mais atenção durante o preparo do solo”, destaca, afirmando que o mapa passa as informações detalhadas e precisas sobre todos os pontos deficientes na área a ser plantada. “Antes tínhamos que coletar amostras e levar para o laboratório para fazer análises. Isso levava tempo e nem sempre os resultados eram precisos. Hoje, tenho tudo isso de forma instantânea”. De fácil instalação, a Barra Luz promove um maior rendimento e e uma redução do número de manobras em todas as etapas, resultando em uma importante economia de combustível. “Não consigo imaginar mais a agricultura sem essa tecnologia. Uma vez nesse caminho, não pode mais voltar pra trás. É avançar sempre, aperfeiçoar, buscar maior produtividade e ser competitivo no mercado”, analisa Douglas Radoll, que cultiva milho e soja, com o auxílio dos equipamentos da Case IH, e vem acompanhando a evolução do sua produção em perfeita harmonia com evolução tecnológica que chegou ao campo.

Usuário dos equipamentos da Case IH desde 1998, o produtor Douglas Radoll destaca a Barra de Luz EZ-Guide, também da linha Advanced Farming Systems. Com essa tecnologia, ele pode traçar a trajetória da máquina previamente, conforme os modelos ao lado

Bordadura

Linha A-B

Pivot

Curva idêntica

Linha A

Bordadura múltipla

Forma livre

Curva adaptativa

SOBRE A CASE IH A empresa Maxum é a representante da Case IH em Luís Eduardo Magalhães e região. Fundada há mais de 12 anos, possui uma grande estrutura e profissionais qualificados. A empresa oferece equipamentos agrícolas dos mais variados, como tratores, plantadeiras, colheitadeiras de grãos, de algodão, de café, além de pulverizadores. Possui assistência técnica especializada. Na linha de peças, a Case IH oferece uma gama de produtos que geram mais precisão e rentabilidade para o produtor, otimizando a produção do plantio à colheita. GERAÇÕES O trator é um dos principais equipamentos agrícolas, sendo a primeira máquina a ser utilizada no campo auxiliando o produtor rural. Veja a evolução dos tratores através do tempo:

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1998

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Av. Luis Eduardo Magalhães, 2241 - Luís Eduardo Magalhães/BA - Tel.: (77) 3628.9200 www.maxum.com.br

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PEIXE

PISCICULTURA, UM NEGÓCIO PROMISSOR FAVORECIDO PELAS CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS E AMBIENTAIS, SÃO DESIDÉRIO CAMINHA PARA SE TORNAR UMA REFERÊNCIA NA PRODUÇÃO DE PEIXES NA REGIÃO por JACKELINE BISPO

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FOTOS: JACKELINE BISPO

onhecido pelo seu potencial agrícola e turístico, São Desidério agora dá os primeiros passos para se consolidar como produtor de peixes. As condições geográficas aliadas ao incremento tecnológico podem alavancar a piscicultura regional, explicou o técnico agrícola Francisco José dos Santos. “A produção de peixe aqui ainda tem um baixo nível tecnológico, mas gera cerca de 10 toneladas por hectare/ano. Ou seja, esse número pode dobrar facilmente com novos investimentos”, disse. O desenvolvimento da piscicultura em São Desidério é favorecido por vários fatores, entre eles o vasto recurso hídrico e a luminosidade de aproximadamente três mil horas de sol por ano. O rico banco de proteínas de grãos (soja, milho e algodão) produzidos na região e o domínio técnico de algumas instituições que dão suporte ao criador também fazem da região um promissor pólo piscicultor. A lâmina d’água de tanques escavados no município está entre 15 a 20 hectares, distribuídos em áreas de um a dois mil metros quadrados por tanque. A maioria destes produtores está inserida no perímetro do Projeto de Irrigação São Desidério/Barreiras-Sul. O fornecimento dos alevinos aos produtores é feito por meio das estações de piscicultura da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, e da Bahia Pesca – um órgão ligado a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, localizado em São Felix do Coribe. Para Francisco, a produção existente é suficiente para se pensar na criação de Unidades de Beneficiamento de Pescado (UBP), que agregam valor ao produto e garantem a distribuição

no mercado de consumo. Por enquanto, muitos produtores comercializam o peixe por meio de encomendas. É o que faz Hélio Cavalcante de Souza que há 10 anos trabalha com piscicultura. “Sempre vendemos o produto no município, mas já começamos a entregar também em outros lugares, como Guanambi”. Hélio explica que apesar do suporte dos farelos de soja e milho que utiliza, sua principal dificuldade está relacionada ao preço da ração que alimenta os animais. “A criação exige cuidados especiais, um deles é a alimentação que vem de São Paulo e tem custo elevado”. A ração também é fornecida pelos estados de Santa Catarina e Paraná. O elevado preço da ração é decorrente da compra individual, pois os produtores ainda não estão organizados em cooperativas. Para ajudar os piscicultores, a Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Econômico, prevê a criação do Propeixe, um projeto de lei que visa fomentar a prática da piscicultura no município. Outros cuidados também devem ser levados em consideração, pois a quantidade e qualidade do produto dependem do manejo adequado dos viveiros. Para isso os criadores contam com as técnicas de biometria, um estudo completo e constante da área, com pesagem dos peixes, análise da oxigenação da água nos tanques, nível de turbidez e o rodízio correto da água. “O segredo da criação de peixes em cativeiro envolve uma série de cuidados, principalmente com a qualidade da água e alimentação, pois devemos simular de forma artificial para os peixes, o mais próximo das condições naturais”, completa o técnico Francisco, que tem participado de cursos de especialização na área de piscicultura. Tambaqui, tilápia, pacu, curimatã e o piau, são as espécies mais comuns nos viveiros de São Desidério, mas outros animais despertam o interesse dos criadores. É o caso do produtor Paulo Braga que atualmente está investindo também na criação do pirarucu e do surubim. “Não são peixes da nossa bacia hidrográfica, mas o pirarucu se adaptou facilmente à região e o surubim está em fase de teste, as duas espécies tem uma boa aceitação no mercado”. Com a criação nos 35 tanques, em datas especiais como a Semana Santa, Paulo abastece mercados de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Barra, Xique-Xique, Pilão Arcado e Brasília. O quilo do peixe pode ser comprado por R$ 9 no varevo e R$ 7 no atacado, dependendo da espécie. O aumento do consumo de peixe e a busca por uma alimentação saudável incluíram esta carne no cardápio diário das pessoas. A nutricionista Christiani Barbosa de Jesus orienta que o peixe deve ser consumido no mínimo duas vezes por semana. “Ele apresenta um misto de nutrientes essenciais que ajudam no combate e na prevenção de várias doenças, a exemplo do ômega 3, não produzido pelo organismo humano, por isso obtido por meio de alimentos”. As espécies mais comuns encontradas nos viveiros de São Desidério são tambaqui, tilápia, pacu, curimatã e o piau JUN/2011

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SEGURANÇA

UNIDOS

PELA SEGURANÇA SOCIEDADE CIVIL CRIA CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA E DÁ EXEMPLO DE CIDADANIA E LIÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

por JORGE BARBOSA

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edução dos índices de criminalidade e contribuição econômica e logística para melhorias da segurança pública. Essas são algumas das conquistas do Conselho Comunitário de Apoio à Segurança Pública de Luís Eduardo Magalhães (Conseg LEM), criado há dois anos. Formado por 43 entidades representativas da sociedade civil, incluindo produtores rurais e empresários ligados ao agronegócio, o conselho alterou completamente o quadro de segurança no município e foi classificado como modelo pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia. “Não somos apenas um grupo de pessoas que se reúne para apontar problemas e cobrar soluções: somos também financiadores da segurança pública do nosso município, com um posicionamento apartidário”. Essa frase de Julio Mattos, presidente do Conseg, explica bem as atribuições do grupo, que realiza reuniões quinzenais e investe cerca de R$ 14 mil ao mês diretamente na segurança pública local. A iniciativa é uma prova de que a boa vontade e a participação popular pode alterar positivamente o meio, deixando de ser apenas dependente das ações do poder público para passar à condição de colaborador.


FOTOS: JORGE BARBOSA

Entre as ações do Conseg, a aquisição e caracterização de veículos seguindo padrão da Polícia Militar

AÇÕES Desde que foi criado, o conselho alugou, equipou e caracterizou dois veículos modelo Uno, seguindo o padrão de uma viatura da Polícia Militar. Ainda caracterizou viaturas da PM e recuperou outras duas, modelo Meriva. Todas as despesas com essas ações foram custeadas pelo Conselho, que também financia a manutenção das motocicletas usadas pelos policiais e a internet da 5ª Companhia da PM. Para a Polícia Civil também foram destinados vários investimentos. O Conseg construiu o pátio fechado da delegacia para abrigar os veículos apreendidos; locou um veículo para uso em tempo integral dos agentes e disponibilizou outro para emergências; forneceu apoio financeiro para transferência de presos, viagens do delegado e outras ações. Além de tudo, a entidade mantém uma campanha de valorização das polícias para a sociedade. O Conselho também começou a realizar reuniões itinerantes, nos bairros, para ouvir os moradores, colhendo suas propostas e fazendo os encaminhamentos necessários.

Estamos comprometidos com a segurança pública de Luís Eduardo Magalhães e vamos continuar fazendo a nossa parte pelo bem do município e de toda a população” JULIO MATOS, Presidente do Conselho Comunitário de Apoio à Segurança Pública do LEM

RECONHECIMENTO De acordo com o presidente Julio Mattos, todas as ações desenvolvidas pelo Conselho foram reconhecidas oficialmente pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Telles Barbosa, que visitou Luís Eduardo Magalhães na primeira semana de maio. “O secretário ficou surpreso com a quantidade de ações sociais que desenvolvemos e disse que nunca tinha visto isso em nenhum lugar do Estado, afirmando que o Conseg LEM é um exemplo”, destacou. Na audiência com o secretário, o Conseg apresentou algumas reivindicações, como a transformação do da 5ª Companhia em um Batalhão. Se o pedido for atendido, a cidade passará a ter mais policiais e uma estrutura mais adequada. O que não falta é disposição da Conseg para realização de tal projeto. “Entendemos que nossa participação, ou seja, a participação de todas as entidades e pessoas que formam o conselho são de fundamental importância para as melhorias”, frisou Mattos. O Conseg solicitou também a instalação de câmeras de monitoramento e a criação de postos policiais nos bairros. Em parceria com a prefeitura, a direção do conselho também propôs a construção da Cadeia Pública Municipal de Luís Eduardo Magalhães. Outra proposta foi a formalização de um convênio para a construção do módulo administrativo da Polícia Civil, que hoje funciona em um local precário. Nesse caso, o conselho novamente se comprometeu em contribuir financeiramente com a obra. “Tanto a Polícia Civil como a Militar necessitam de equipamentos adequados urgentes. Estamos reformando o alojamento dos soldados da 5ª Cia”, destacou Mattos, afirmando que tudo isso só está sendo possível devido a atuação direta e comprometida das instituições e pessoas que formam o conselho. “Estamos comprometidos com a segurança pública de Luís Eduardo Magalhães e vamos continuar fazendo a nossa parte pelo bem do município e de toda a população”. Cidade polo da agroindústria e com apenas 11 anos de existência, a cidade de Luís Eduardo Magalhães está servindo de exemplo para os demais municípios baianos, através de ações como essas da sociedade civil organizada. JUN/2011

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EDUCAÇÃO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

COMPETÊNCIA

E RECONHECIMENTO

FAAHF INVESTE EM EQUIPAMENTOS E ESTRUTURA, TORNA-SE REFERÊNCIA EDUCACIONAL, RECEBE ALTO RECONHECIMENTO DO MEC E PRESENTEIA A SOCIEDADE COM AÇÕES SOCIAIS por JORGE BARBOSA

E Ambientes internos e externos agradáveis para melhor comodidade de alunos, docentes e visitantes

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dificada no sonho de uma educação moderna e humanizada, a Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (FAAHF) é mais que uma instituição de ensino superior: é uma conquista da cidade de Luís Eduardo Magalhães. Fundada há cinco anos, a instituição se tornou referência para toda a região e agora passa a se destacar pelos vários projetos de pesquisa e extensão, com foco principalmente voltado o social. Como resultado de uma política educacional séria, com base nos pilares sólidos da dignidade, ética e do respeito ao próximo, os cursos da FAAHF receberem notas excelentes do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, Direito e Letras obtiveram nota 4 (muito boa), que significa uma classificação alta, já que a nota máxima é 5. Os cursos de Engenharia da Produção e Pedagogia ainda estão em processo de reconhecimento. “A FAAHF está sendo construída com paixão e competência e, com ela, o progresso do Estado e do país, fazendo da realidade regional e de suas características uma convicção acadêmica”, explica a diretora Maria Angelina, ao comentar que a Faculdade não representa apenas uma instituição de ensino, mas um conjunto de valores que busca, antes de tudo, formar cidadãos. “Fazemos educação por paixão e queremos deixar uma marca de qualidade na educação brasileira, baseada em valores que resultem em novos comportamentos e posturas”.


A Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira dispõe de biblioteca ampla, modernos laboratórios, auditório e vários outros equipamentos imprescindíveis para uma formação de qualidade

A unidade oferece ainda os cursos de pós-graduação em Estudos Linguísticos e Literários, Gestão Metodológica do Ensino e Psicopedagogia, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os cursos de MBA são os mais variados e também buscam atender as necessidades da região, como o curso de Gestão de Estratégia do Agronegócio. Mas também se destacam os cursos de Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria; Logística; Gestão de Pessoas; e Gestão Empresarial com Ênfase em Estratégia e Logística. Todos iniciados em 2011. EXTENSÃO SOCIAL Indo além, a Faculdade tem aprofundado seu contato com a comunidade, com o foco na responsabilidade social. Isso está sendo feito através de projetos específicos de cada curso. Destaque para o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), voltado para atender as pessoas de baixa renda, e o Balcão de Justiça e Cidadania, realizado

pelo curso de Direito em parceria com Tribunal de Justiça da Bahia. Trata-se de uma iniciativa que oferece assistência gratuita à sociedade na mediação de conflitos familiares, principalmente na área cível. Somente em 2010, foram realizados 493 atendimentos para cerca de 560 pessoas. O curso promove ainda o projeto Direito na Escola, com palestras sobre direitos humanos e cidadania nas escolas públicas. O curso de Agronomia também conta com o Laboratório de análise da ferrugem da soja, cadastrado na Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), além de desenvolver o projeto Indutores de Resistência na Cultura do Algodão, financiado pelo Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Já o curso de Engenharia da Produção desenvolveu um aquecedor solar com material reciclável, além de manter o projeto de reaproveitamento de óleo de fritura para fabricação de materiais de limpeza, como sabão, e biodiesel. Estes projetos já foram executados em caráter experimental e a pretensão é expandir para a comunidade, conforme explica a direção da FAAHF. “Intensificamos cada vez mais nossa dedicação e compromisso com a qualidade. Assim, a FAAHF cresce inovando a cada dia, com a credibilidade de sempre”, comenta Maria Angelina. Dentre os projetos pedagógicos está prevista a criação de um curso de alfabetização e letramento; um laboratório de ensino, voltado para as práticas artísticas; e uma brinquedoteca. Além da continuidade dos trabalhos de produção cultural e literária, está programada a implantação de um curso de gramática e conversação em inglês e outro de francês instrumental. Já o colégio da FAAHF, o CEMAC (Centro Educacional Maria Cardoso Ferreira), que funciona no mesmo espaço, promove eventos que priorizam a integração da escola com as famílias dos alunos, mantendo seu calendário de projetos interdisciplinares voltados para as expressões artísticas, literárias e científicas, bem como, a ênfase na orientação vocacional. O CEMAC é conveniado com a Rede Salesiana de Escolas, e prima pelo conhecimento baseado nos valores humanos, na formação de cidadãos éticos, morais e cristãos.

SAIBA MAIS A FAAHF, assim como a própria cidade de Luís Eduardo Magalhães, (nome histórico “Mimoso do Oeste”) tem sua história entrelaçada com a história de vida do pecuarista e empresário Arnaldo Horácio Ferreira, proprietário de uma imensidão de terras onde antes se formou a comunidade de Mimoso. O lugar cresceu, prosperou e passou há condição de cidade há 11 anos. O município que hoje mais cresce no Brasil teve seu primeiro desenvolvimento nos braços de Arnaldo Ferreira, que desbravou o cerrado e vislumbrou um futuro de muito trabalho e muitas conquistas. Para

concretizar seus sonhos, Arnaldo Horácio Ferreira teve o importante apoio de sua esposa, Dona Maria Cardoso Ferreira. Seu Arnaldo faleceu em 04 de outubro de 2002, mas deixou como legado uma vida marcada pelo trabalho, persistência e muita dedicação. Por tudo que representa para o município, sua esposa decidiu consolidar ainda mais seus projetos visionários e como homenagem e prova de amor implantou em 2006 a FAAHF. A Faculdade leva não apenas o nome do seu patrono, mas sua credibilidade e seus princípios.


1 Aberto diariamente para o café, almoço e jantar, o restaurante Saint Louis se tornou uma das opções mais deliciosas e refinadas da gastronomia da região. Com uma culinária rica e diversificada, a cozinha agrada os paladares mais exigentes e conta com experientes profissionais do setor, a exemplo do chef Sidnei Andrade, que há 11 anos se dedica à arte de criar, preparar pratos e fortalecer sabores nos principais hotéis de Brasília. No cardápio, saladas, massas, aves, carnes, peixes e frutos do mar que podem ser combinados a vinhos nacionais e importados, além de aperitivos, licores e outros acompanhamentos. Aos sábados, o restaurante oferece uma tradicional feijoada e caipirinha em dobro - ou seja: pedindo a primeira, a segunda é grátis. O cardápio ainda oferece pizzas e lanches. No entanto, apesar de alguns pratos tradicionais, o restaurante do Saint Louis dispõe de outros mais sofisticados, adotados após várias pesquisas com os clientes. São eles o “Galeto ao curry”, “Filé mignon à moda do chef”, “Filé ao molho poivre vert”, “Surubim ao molho de tangerina” e a já famosa “Costela suína ao molho barbecue” (ao lado), que é acompanhada de arroz com castanha de caju e abacaxi flambado. Uma delícia de encher os olhos e atiçar o apetite. É importante lembrar que o restaurante não é de uso exclusivo dos hóspedes do hotel, é aberto ao público em geral.

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FOTOS: JORGE BARBOSA

GASTRONOMIA


HOTEL REFERÊNCIA NO OESTE BAIANO CONQUISTA O PALADAR DA REGIÃO COM UM REQUINTADO RESTAURANTE QUE ALIA PRATOS TRADICIONAIS BRASILEIROS A COZINHA INTERNACIONAL

Em um prédio de sete andares, o Saint Louis possui a capacidade de receber até 304 hóspedes. São 76 flats e suítes luxuosas, além de internet wireless, uma sala de eventos, três salas de reuniões, dois elevadores panorâmicos e um amplo e estruturado auditório. Tudo isso com uma equipe composta por 46 profissionais qualificados. Temos orgulho de ser o maior hotel da região Oeste, com a melhor estrutura e com capacidade de oferecer serviços diversos, sempre seguindo as mais importantes exigências do segmento de hotelaria. Prezamos, em primeiro lugar, pela satisfação do nosso hóspede ou dos nossos clientes que buscam os demais serviços, como o nosso restaurante DIEGO LAUCK MARIANO, gerente do Saint Louis

HOTEL SAINT LOUIS - Rua JK, 1000, Jardim Paraíso - Luís Eduardo Magalhães (BA) Tel.: (77) 3628.7777 // www.hotelsaintlouis.com.br JUN/2011

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INFORME PUBLICITÁRIO

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AGROAGENDA 29ª Expobarreiras De 03 a 10 de julho, Barreiras será palco mais uma vez da Expobarreiras. A 29ª edição do evento está sendo organizada pela Associação dos Criadores de Gado do Oeste Baiano (Acrioeste). Serão cinco leilões em destaque, com animais de alto nível e a confirmação da presença de importantes pecuaristas do cenário nacional, oportunidade tanto para aqueles que querem vender, quanto para aqueles quer pretendem adquirir animais de raça. A Expobarreiras acontece anualmente, conta com as seguintes linhas de produtos e serviços: máquinas e equipamentos agrícolas, bovinos, caprinos, ovinos, rodeios, parque de diversões, shows com cantores e bandas do cenário nacional e outros produtos da agricultura, pecuária, indústria e comércio da região. Com cerca de 200 expositores. Com investimentos em infraestrutura e atrações a EXPOBARREIRAS se consolida como a maior feira de agronegócios da região.

Superagro Minas 2011

Evento iniciou no dia 25 de maio e será encerrado no próximo 05 de junho. Acontece no complexo Parque de Exposições da Gameleira (Expominas), em Belo Horizonte (MG). A Superagro também engloba a tradicional Exposição Agropecuária, a 15ª Feira e Festival Internacional da Cachaça (Expocachaça); Feira de Negócios, Serviços e Produtos Pet e Veterinários (Expovet); Feira da Agricultura Familiar e Ciclo de Palestras. As novidades desta edição são a Feira da Pesca, Aquicultura, Náutica e Turismo; o Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal e o 16° Encontro Nacional de Educação Sanitária e Comunicação. A sexta edição do Seminário Brasileiro sobre Pequenas Frutas acontece nos dias 14 e 15 de julho, na cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul. Este é um dos principais eventos nacionais de atualização técnica sobre o cultivo das chamadas pequenas frutas, frutas vermelhas ou berries, como são conhecidas em inglês. O evento, que teve sua primeira edição em 2003, já se consolidou como espaço de encontro de produtores e técnicos para troca de informações sobre a produção de morango, amora-preta, framboesa, mirtilo e physalis com qualidade, bem como para o debate de aspectos relativos à comercialização. Considerado o maior evento do agronegócio do Centro-Oeste, a Exposição Internacional, Agropecuária, Industrial e Comercial de Mato Grosso (Expoagro), será realizada no período de 07 a 17 de julho. O evento está na 47ª edição e a expectativa é

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Papaya e banana

A Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) do Governo da Bahia vai realizar, de 31 de outubro a 4 de novembro, o 5º Simpósio do Papaya Brasileiro. O evento acontecerá em Porto Seguro e deverá reunir produtores e pesquisadores da cultura do mamão de todo o país. Além do mamão, o Estado também é líder na produção de banana. Por esse motivo, a Bahia também vai realizar o Simpósio ProMusa, evento internacional de bananicultura. Está marcado para acontecer de 10 a 14 de novembro, em Salvador.

Pequenas frutas

Expoagro

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de que sejam fechados negócios na ordem de R$ 50 milhões. A exposição acontece no Parque de Exposições “Senador Jonas Pinheiro”, no bairro do Porto, em Cuiabá.

Algodão

Será realizado de 19 a 22 de setembro o 8º Congresso Brasileiro do Algodão & Cotton Expo 2011. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e com a realização da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (APPA), o evento acontece na cidade de São Paulo, na Expo Center Norte, e deverá reunir produtores de todo o Brasil.


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