Revista A ed. 7

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ANO I - Nº 07 - OESTE DA BAHIA - DEZ/2011 R$ 9,99

REVISTA OUZA EDITORA

“O judiciário da Bahia é um dos piores do Brasil Brasil”” CRISTHIANO BECKER, presidente do CALEM

barreiras e luís e.magalhães

Caos no trânsito

Veja os vencedores

ZANDRA BRANDÃO

O PODER SOCIAL DO

clássico

Empresária apaixonada por ballet sonha em estender a dança para as escolas públicas e diz que a atividade ajuda na formação social e no desenvolvimento psicopedagógico das crianças e adolescentes

Lua Clara ensaia aos olhos atendos da mãe. Zandra, que tem uma escola de dança em LEM





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ediToriaL

Ouza Editora Ltda. Av. Clériston Andrade, 1.111 - Sala 16 Tel.: (77) 3612.4074 - Centro - Barreiras (BA)

OuzaR Editora E V I S T A Ltda. Av. Clériston Andrade, 1.111 - sala 16 - CeP 47.805-970 Centro - Barreiras (BA)

reva.bahia@gmail.com ANO I - Nº 07 DEZ/2011 EDITOR/DIRETOR DE REDAÇÃO REViS Ta

Cícero Félix (DRT-PB 2725/99) 9131.2243 e 9906.4554 sousa.cfelix@gmail.com

(77)

DIRETORA COMERCIAL

Anne Stella

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DIRETORIA DE MARKETING

reva.bahia@gmail.com Jakeline Bergamo (77)

8802.0721 e 8111.4019

ed.04 jul-aGo/2011

ASSINATURAS/CONTATOS COMERCIAIS Barreiras

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3612.4074 / 3612.3330 / 3021.3149 / 9906.4554 / 9131.2243 / 9123.3307 Barra DE REDAÇÃO EDITOR/DIRETOR

Helena: (74) 3662.3621

Cícero Félix (DRT-PB 2725/99) Bom Jesus da Lapa (77)Eduardo: 9131.2243 9906.4554 (77) e 3481.2176

sousa.cfelix@gmail.com Luís Eduardo Magalhães Tizziane: (77) 9199.5585

Santa MariaCOMERCIAL da Vitória DIRETORA

Marco Athayde: (77) 3483.1134 / 9118.1120 / 9939.1224

Anne Stella

REDAÇÃO (77) 9123.3307

Thiara Reges, Anton Roos e Ellen Rarden, sousa.cfelix@gmail.com EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

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Jakeline Bergamo ILUSTRAÇÃO (77)

8802.0721 e 8111.4019 Júlio César EDIÇÃO DE ARTE

Klécio Chaves EDITOR DE FOTOGRAFIA CONSULTORIA DE MODA Jorge Barbosa

Karine Magalhães (77) 9150.9636 REVISÃO REDAÇÃO

Aderlan Roque MessiaseeJorge RôneiBarbosa Rocha Luciana IMPRESSÃO

CONSULTORIA DE MODA

Coronário Editora e Gráfica

Karine Magalhães TIRAGEM

4 milREVISÃO exemplares

Aderlan Messias e Rônei Rocha IMPRESSÃO EditoraaedaGráfi ca Portuguesa A r.A já obedeceCoronário a Nova Ortografi Língua e não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas TIRAGEM colunas assinadas.

4 mil exemplares

Revista A, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que a matéria-prima é proveniente de florestas manejadas de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável, e outras fontes controladas. Impresso na Gráfica Coronário - Certificada na Cadeia de Custódia - FSC.

EDITORIAL

ao leitor Parabéns!

t P

er um filho ou filha formada em medicina sempreParabéns foi um orgulho família. Se a deciarbéns! pra você para que éaleitor, assinante, anunsão coubesse única e exclusivamente pais ciante; a todos vocês, parceiros deste projetoaos chamado teríamos médico que no Brasil. revista A, ou mais simplemente r.A.população Se não fossem vocês, Não lembro em minha infância se havia muinão estaríamos aqui celebrando o primeiro - de muitos consultórios. minha cidade, consciência a 54km de de Campina tos! - dessaNa publicação.Temos que ainda Grande (PB), sómuito, havia atendimento dentista, deeoculista p precisamos recisamos trabalhar sempre com de respeito, ética responsa(assim era chamado o oftalmologista) e de clínico E bilidade, princípios que fazemos questão de abraçar e quegeral. se revela tem mais: eles atendiam geralmente no dia de feira, pois em tudo que fazemos dentro da revista. Nós não abrimos mão desvinham de outras cidades. Quando se precisava de atendises princípios! mentoque foratodos daquele dia, só indo a outras cidades. Não dispenlemSabemos os esforços, cuidados e investimentos bro das pessoas reclamando muito da saúde naquela época, sados a cada edição não foram suficientes para evitar equívocos, adoeciam como adoecem dias atuais.Fazer A falhas.tampouco Por eles, se pedimos desculpas; com elesnos aprendemos. quantidade de médico formado no Brasil, se não é o ideal, jornalismo, como costumamos dizer na redação, não é como fazer tem aumentado O problema maior talpipoca. É preciso maisconsideravelmente. que um simples esforço. É preciso dedicação, vez seja a desigual distribuição desses profi ssionais que se apuração, paciência, perspicácia, criatividade... é preciso surpreenconcentram nas capitais e metrópoles, como esclarece Dr. der, supreender-se. Quantas vezes não nos surpreendemos no perem urologia e delegado do curso Paulo de umaHenrique, produçãoespecializado jornalística; quantos personagens encontraConselho Regional de Medicina no Oeste, personagem mos em nossas viagens nesse ano; quantas descobertas de nossaderica matériariqueza de capa. região.nossa E dizemos não no sentido econômico - que também merece destaque, claro -, mas no sentido social.imporO modeloéde medicina armada de cultural, equipamentos Enche-nos de orgulho mostrar, edição, que aa história tados dos Estados poder Unidos acaboua cada mercantilizando área de umdapovo, de adverte uma região, não é que construída pelos “heróis” saúde, o médico, defendeapenas um atendimento legitimados pelos reconhecidos de seleção. A história mais humano e reclama daprocessos fragmentação da medicina em é construída, sobretudo,“Isso pelofoicaboclo da roçanegócio! com a pele singrada especialidades. um péssimo É preciso en-pelos riostender de horas do tempo; pelacomo mulher que, apesar de sua a pessoa humana umguerreira todo”, declara. Dr. Paulo extensa jornada diária,contagiante ri da má sorte e dá vazão à sua beleza diante tem um humor e lembra os médicos romântide umcos espelho irônico; pelo citados artista que sensibilidade da década de 1930 pelocoloca mineirosua e também mé- à merçêdico da realidade às vezes cruel,memórias. mágica, bela, ccional;épelo jovem Pedro Nava em suas Ser fimédico se doar que reconhece futuro, onoinvestimento em nome na do educação bem-estar odocaminho outro, é do espelhar-se paciente de seus de suaCaso espécie; pelo empresário quefilhos, chora,a preservação rir e se apaixona. contrário, a prescriçãoque produz riquezas, dá lição de responsabilidade se reconhetoma caminhos equivocados. De acordo social com ae literatura ce como agente indissociável doque desenvolvimento socioeconômico médica, 60% das pessoas vão ao consultório não têm da região; empreendedor não se abala às difi culdades causapelo orgânica. Portanto, que é preciso considerar outros fatoresdos desafios temde como meta meio para se fortalecer a cona ehora avaliar umfortalecer paciente,ofatores que máquinas, apeletividade... sar da imensurável contribuição para o desenvolvimento da É pra todos que a r.A. Por isso, somos plural, mas às medicina, nãofazemos conseguem observar. vezes singular, para que nosso objetivo seja efetivamente promover A emocionante história do do povo lutador de jiu-jítsu Clécio Roa integração e o fortalecimento dessa região baiana. Talvez drigues, que surpreendeu os médicos ao combater vencer isso soe como prepotência, mas não abrimos mãos dase responsaum que câncer já estava em estado avançado; o início da à bilidades umque veículo de comunicação tem quando se coloca série “Jovens empreendedores”, que vai destacar a perspicádisposição de um projeto que se orgulha em valorizar aquilo o que dosdão jovens na algum. administração e condução negócios muitoscianão valor Parabéns! Obrigadodepor fazer no desse Oeste são outros ingredientes desta edição que, somados a projeto. outros conteúdos, quer levar a você, leitor, uma informação com qualidade em um produto que a cada número orgulha Equipe r.A Boa leitura! todada a região.

Cícero Félix, editor e diretor de redação


Assine a revista mais lida do interior da Bahia e concorra a uma viagem para Fortaleza, Ceará. Regulamento no endereço: ow.ly/7guYx

INFORMAÇÕES Barreiras: Barra: Bom Jesus da Lapa: Luís Eduardo Magalhães: Santa Maria da Vitória:

3612.4074 / 3612.3330 / 3021.3149 / 9906.4554 / 9131.2243 / 9123.3307 3662.3621 (77) 3481.2176 (77) 9199.5585 (77) 3483.1134 / 9118.1120 / 9939.1224 / 9118.1502 (77) (74)


ÍNDICE

FOTO DE CAPA: C.FÉLIX

A MISCELLANEA

19 .

Exposição: Homenagem ao Mestre Guarany Desenrola a língua: Nova ortografia, por Aderlan Messias Filme: 40 anos depois da morte de Lamarca e Zequinha Inauguração: Provanza abre suas portas em Barreiras Exclamação: Look fashion in pauta, por Karine Magalhães Útil: Réveillon: com que roupa eu vou?, por Vanessa Horita trends and news: Dicas de decoração de mesa no Natal Provanza, a casa dos aromas e sabores Belíssima, novo endereço, novos produtos Depyl, depilação com propriedade terapêutica

36 .

ENTREVISTA

Cristhiano Becker Cechet “O judiciário da Bahia é o pior do Brasil”

41

JOVEM EMPREENDEDOR

.

Sandro de Paula Dom para o negócio

42

TENDÊNCIA OU REALIDADE

46

REPORTAGEM: CAOS

60

MODA HOMEM

.

.

.

68

.

Gestão com pessoas, por Osmir Santos

O drama do trânsito nas cidades de Barreiras e LEM Zhagaia

New York, Oeste, Bahia

ECONOMIA

Célia Kumagai

Presidente da CDL-Barreiras faz balanço da gestão 2011

70

A CULT

88

A UM LUGAR

92

SOCIAL: GELO, LIMÃO E AÇÚCAR

.

54 CAPA O poder social do clássico .

O sonho de uma empresária em estender o ballet para as escolas públicas

.

.

Século XXI: tribo Kiriri / Ceramistas de Barra e Artista de Lapa / Banda gospel de LEM / Memórias de Joaquim Lisboa / Filarmônica Lira Angicalense Uma pintura por Tizziane Oliveira


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abordo BARRA

ANGICAL BARREIRAS LUÍS EDUARDO MAGALHÃES

IBOTIRAMA PARATINGA

SANTA MARIA DA VITÓRIA

CORRENTINA

Diário de pauta A partir desta edição, a r.A vai levar o leitor de carona em sua viagem de produção pela região. Do Médio São Francisco às extremidades do Oeste com os estados vizinhos. A equipe da r.A vai registrar detalhes, curiosidades, sabores, pessoas, patrimônio arquitetônico, meio ambiente; enfim, o que for interessante e couber na lente da câmera fotográfica o leitor vai encontrar aqui. O mapa ao lado vai sinalizar algumas cidades pelas quais a equipe passou. Desejamos a todos boa viagem.

BOM JESUS DA LAPA

GASTRONOMIA Em Barra, é difícil resistir ao filé de tilápia grelhada ao molho de alcaparras com rúcula, acompanhado de arroz branco, farofa amarela e salada de tomate. Você encontra essa preciosidade no Bar e Restaurante Peixe & Cia. Em Santa Maria da Vitória, no Casarão, o sabor fica por conta de outro peixe: o badejo, grelhado na chapa com azeite e alho.

FOTOS: C.FÉLIX

DOIS RIOS E UM CAIS O encontro do Rio Grande com o Rio São Franciso, em Barra, é bastante curioso. Na foto ao lado, no fundo, é possível perceber a água barrenta do Velho Chico sendo invadida pelo Rio Grande.

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PATRIMÔNIO A simpática e hospitaleira cidade de Paratinga, há cerca de 70 km de Bom Jesus da Lapa, mantém muito bem conservada a barroca Igreja de Santo Antônio. Visitá-la é mergulhar na história do século XVIII.

CLÁUDIO FOLETO

DEPOIS DE MORTA... ...a centenária barriguda, árvore comum no Cerrado, continua com sua imponência. Chama atenção de quem passa pela BA-830, entre Angical e Barreiras.

VENDO O TEMPO PASSAR Sem pressa, senhor sentado às margens do Rio Corrente, em Correntina, observa imóvel o preguiçoso movimento do dia.

NA ESTRADA Fim de tarde na BR-242 pelo retrovisor, de Luís Eduardo Magalhães para Barreiras.

G.FLORES

RELÍQUIA Símbolo de desenvolvimento tecnológico, radiola do início do século XX doada pela família Oscar Guanais Mineiro para o Espaço Cultural Eládio Almeida Pinto, em Ibotirama.

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@leitor

reva.bahia@gmail.com

Ouza Editora

Achando que a r.A atingia o máximo de seu potencial, é uma edição mais surpreendente que a outra! Equipe fantástica. Parabéns! Evelyn Knebel

A edição da revista está linda, reportagens interessantes. A proposta da campanha do natal, valeu a idéia de fazer o natal com responsabilidade social. A iniciativa da equipe fará nossas crianças sorrirem. Grata, Lise Ane

Parabéns a equipe da Revista, está maravilhosa!!!!

Vi a materia com os Fi di Lunga da Gabriela Flores e achei átima a divulgação, dando valor ao que e da gente. A revista é de bom gosto... matérias e fotos bem desenvolvidas, assim como a diagramação. Estão de parabéns... bjos.

Ana Cássia Gonzaga

Andreia Ibiapina

Boa diagramação e bom conteúdo!

Para começar um grande projeto é preciso valentia, para terminar um grande projeto é preciso perseverança! Parabens a toda equipe da r.A, a cada edição surpreende com os materiais que são produzi dos.

Evelyne Pretti Rodrigues

A edição está fantástica como todos os trabalhos anteriores. Parabéns aos profissionais da r.A que harmonicamente constituem um trabalho maravilhoso.

Francisca Elisângela

Naiana Oliveira

Fantástico! Parabéns, bela revista, edição primorosa e de qualidade indiscutível. José Napoleao Ângelo

Está ótima!! Parabéns a equipe!! Ironia Pink Pink VERSÃO DIGITAL E EDIÇÕES ANTERIORES

issuu.com/cicero_felix

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A revista está linda. Um produto de qualidade que se destaca cada dia mais no mercado ;). Mylenna Silva

ERRATA cNa matéria “Uma Bahia que fala tchê” grafamos o nome errado do CTG de Luís Eduardo Magalhães em uma legenda. O nome correto é CTG Sinuelo dos Gerais. cO endereço da loja Corpo e Magia é Rua 24 de outubro, 333. cO e-mail correto da coluna “Tendência ou realidade” é chavegestaodepessoas@gmail.com.


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AV. BENEDITA SILVEIRA, 395 - CENTRO - BARREIRAS (BA) TEL.: (77) 3612.7921

FOTOS: C.FÉLIX / PRODUÇÃO: KARINE MAGALHÃES / AGRADECIMENTOS: ROSANA (SUPREMO)


NILDA MODAS


A

presentes

Kit Portinari O BOTICÁRIO

Scarpin

FÁTIMA LUZ

Vestido Lança Perfume ANJO REBELDE

Tablet Multilaser

BARREIRAS INFORMÁTICA

Kit Picardie PROVANZA


Óculos Ray-Ban ÓTICAS DINIZ

Kit Natalino SUPREMO

Corselet

NILDA MODAS

Bolsa em Couro LELÊ DE BARRA

Sandália Anarrô BELÍSSIMA

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A

Body Nilda Modas

presentes

texto KARINES MAGALHÃES

Deu

branco

Brincos Camila Klein

Renda-se ao total branco. As grifes brasileiras e internacionais invadiram passarelas e editoriais de moda com a cor ícone do réveillon. Siga a tradição entre no clima e componha looks inteiros dos sapatos ao relógio. É uma ótima aposta para uma produção nobre e fresquinha. Delicie-se com essa proposta no Natal, Ano Novo, férias...

Óculos Rayban

Camisa Colcci

Calça Colcci

Relógio Mondaine

Blusa Missbella Sandália Santa Lolla 18

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Pulseira Camila Klein


miscellanea

> COMUNICAÇÃO, CURIOSIDADES, DESIGN, EVENTOS, NEGÓCIO, POSTCARD, TECNOLOGIA, TENDÊNCIA, ETC... <

EXPOSIÇÃO

Homenagem

à Guarany

As carrancas que despertaram o encantamento do poeta Carlos Drummond de Andrade, foram destaque na Exposição e Mostra Audiovisual “Carrancas: A Arte Barranqueira do Mestre Guarany”, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de novembro em Santa Maria da Vitória. Francisco Biquiba dy Lafuente Guarany usou as suas mãos para traduzir as particularidades da cultura de seu povo. Natural de Santa Maria da Vitória, mestre Guarany confeccionou cerca de 80 carracas até os anos de 1940. Quatro delas (Jube, Zumbi, Bitazaro e Melozário) foram expostas. Destaque na arte, mestre Guarany participou de todas as etapas do desenvolvimento cultural da Bacia do Rio Corrente, inclusive das lutas sociais em defesa de trabalhadores e combatendo injustiças.Em um misto de regionalismo e resgate da identidade cultural da população ribeirinha do rio Corrente, a exposição contou também com a participação de artesões e músicos locais, além de historiados e cineastas que através da mostra de filmes-documentários, ajudaram a contar a história da Bacia do Rio Corrente e seus momentos de glória no século XX.

Obra de Jurandi Assis, renomado artista santamariense que retrata em suas telas as obras do outro mestre

Centenário

Carlos Drummond de Andrade

(...) Francisco Biquiba La Fuente Guarany conjurou os seres malévolos das águas. Com o poder de suas mãos meio espanholas, meio índias, meio africanas, totalmente brasileiras. Das mãos de Guarany surdiram monstros que colocados na proa dos barcos protegiam os viajantes contra os terrores do rio.

Os tempos são outros. Onde as carrancas? Onde os barcos, as travessias melodiosas de antigamente? O Rio São Francisco está sem mistério e poesia? A poesia e o mistério pousaram no rosto centenário de Francisco, irmão moreno do santo de Assis, também ele miraculoso, pelo poder das mãos calejadas e criadeiras.

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miscellanea MONUMENTO

LOJAS

MAIORES ESTÁTUAS BRASILEIRAS

Mais espaço e conforto no bar e restaurante Dom Q’Chopp Estabelecimento faz reforma para melhorar ainda o atendimento, que já é informatizado. Agora, há um minipalco para shows e a iluminação intimista tornou a casa mais confortável. O proprietário Adroaldo Vielmo tem sido referência em empreendedorismo do setor. O mote “em dobro” lançado por ele há algum tempo é copiado até hoje por vários segmentos do comércio. 1 Santa Rita (Santa Cruz-RN) 2 Cristo Redentor (Elóis Mendes-MG) 3 Cristo Redentor (Rio de Janeiro-RJ) N.S. Monte Serrat (Salto-SP) 4 Frei Bruno (Joaçaba-SC) 5 Cristo Redentor (Colatina-ES) 6 Frei Damião (Guarabira-PB) Santo Cristo (Barreiras - BA)

53m 39m 38m 38m 37m 35m 34m 34m

MEDIDAS COM PEDESTAL

Estátua do Parque do Santo Cristo começa a ser construída em fevereiro Ainda não começou a ser construída, mas o projeto de construção da estátua do Parque do Santo Cristo pode sofrer alterações. O custo para erguer a estátua em concreto armado é alto. De acordo com o Diretor Técnico da obra, Plinio José Giongo, “é mais econômico com ferro e fibra de vidro”. A obra, a ser realizada por um entidade sem fins lucrativos, está prevista para ser iniciada em fevereiro de 2012, na Serra do Mimo, há cerca de 30 km de Barreiras. O projeto nasceu em 2006 e tem como objetivo fomentar o turismo religioso. Além da estátua do Cristo, o parque terá estacionamento, pátio de eventos, capela, sanitários, lojas, teleférico, lanchonetes e um mirante. Para a captação dos recursos, diversos projetos foram encaminhados aos ministérios da Cultura, Turismo e Meio Ambiente. As doações podem ser feitas no Banco do Brasil, agência Sandra Regina, nº 3338-3, conta corrente nº 18.680-5. Mais informações no telefone (77) 3611.5926.

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Fátima Luz vira grife de sapato Em parceria com a Burana, a loja Fátima Luz lançou um sapato com a sua marca. Fátima Luz, que é paisagista, e sua filha Rita, abriram a loja há um ano e agora entrou para o mundo das grifes. Sua coleção Verão-2012 já está disponível.

Cacau Brasil: um novo sabor de chocolate em Barreiras Recém inaugurada na cidade, franquia é uma tentação para os chocólatras. Localizada no Centro, avenida ACM, loja dispõe de várias opções de presentes e sabores para todas as idades.

Enkantário com responsabilidade social Pensando em estabelecer uma relação de reciprocidade de bônus com a cidade de Barreiras, a Enkantário, em uma iniciativa ímpar com outras quatro empresas privadas e o Poder Público Municipal, realizou o projeto “Adote uma Praça”. O objetivo foi remodelar e conservar o canteiro da Rua Ruy Barbosa (próximo a Igreja São João Batista). O que antes era só mais uma travessa, hoje é um espaço recreativo.


Reivindicações da Comissão Pela Paz surtem efeito, mas ainda falta muito Após caminhadas e protestos, as ações cobradas da Comissão Pela Paz de Barreiras começam a ganhar força. Na última reunião, o presidente da comissão, Gil Machado, informou que o vice-governador da Bahia e secretário de Infraestrutura, Dr. Otto Alencar, assumiu o compromisso de que o Estado vai dar mais atenção às reivindicações da Comissão, principalmente no que se refere ao reforço na segurança pública e a reforma do aeroporto. Na conversa com Alencar foram tratados vários assuntos, a exemplo da conclusão das obras do contorno viário (que depende da construção da ponte sobre o Rio Grande e se arrasta há anos), da necessidade de um presídio para a região (recentemente, mais de 80 presos fugiram do Complexo Policial da cidade) e as carências do corpo de bombeiros. “Se todas as demandas vão ser atendidas, não se sabe, mas o encontro já surtiu efeito. O carro de bombeiros, que havia sido encaminhado para Salvador para realização de reparos e que já estava por lá há um ano, enfim, está de volta à cidade. Também recebemos um carro tipo caminhonete para resgate rápido”, contou Gil. Paulo Baqueiro, membro da Comissão, explicou que o que está impedindo a reforma do aeroporto é a falta de uma licença ambiental, mas o projeto executivo da obra e os recursos já estariam garantidos por uma emenda de bancada do Estado. A Comissão informou que há uma proposta para a implantação de uma unidade de semiliberdade para menores infratores, que cumprirão as medidas socioeducativas e a permanência, no 10º Batalhão de Polícia Militar, dos oficiais convocados em concurso e que estão em processo de formação. Outra ação muito aguardada é a instalação da vigilância eletrônica em parceria com o 10º BPM. “Ela vai começar pelo centro comercial. Posteriormente vai se estender até os bairros mais violentos de nossa cidade. Precisamos inibir a prática de roubos e furtos. A fase agora é de arrecadação financeira para o pagamento do projeto, avaliado em R$ 1,5 milhão de reais”, afirma Célia Kumagai, presidente da CDL Barreiras. “As ações da comissão neste último ano estão começando a resultar em bons frutos. E isso prova que quando a população, organizações particulares e mídia se unem em um objetivo comum, as coisas se tornam possíveis”, destaca Gil Machado.


Album Make and Hair

miscellanea colaboração FÁBIO MOREIRA

CARROS

Designers arrojados de sedans atraem cada vez mais os jovens

FOTOS: REPRODUÇÃO

Foi-se o tempo em que um carro sedan era o veículo dos grisalhos! Hoje, os carrões sedans, com designers imponentes e alta tecnologia, mudaram este conceito e atraem cada vez mais jovens bemsucessidos. Seguem dois modelos globais, que despertam os olhares dos consumidores no mundo inteiro: Chevrolet Cruze e Mitsubishi Lancer. Vejamos cada um:

Chevrolet Cruze LTZ Recém-lançado no mercado, o Cruze tem um designer moderno e inovador. Oferece o novo motor Ecotec, transmissão automática de 6 velocidades, chave com sensor de distância que destrava as portas, partida do carro por um botão, bancos em couro, freios ABS com EBD, central multimídia com display colorido de 7” com navegador GPS embutido e rodas aro 17”. Onde comprar: Topvel

Mitsubishi Lancer GT O Lancer é um sedan com alma esportiva que incorpora tecnologia dos veículos de competição em provas off-road, trazendo mais segurança para o uso urbano. Vem de fábrica com rodas aro 18”, sistema full airbag (dois frontais, dois laterais, quatro de cortina e um de joelho) e um sistema de freios completo, com 4-ABS, EBD, BAS e freio a disco nas quatro rodas. Onde comprar: Paraíso Motors

CERAPIÓ

Maior rally off road da América Latina será realizado em janeiro

WERDER & BINHO

Rua Dom Pedro II, 288 - Centro - Barreiras (BA) (77) 3611.0007 / 5022 / 9119-3395

O maior Rally off road de regularidade da América Latina completa 25 anos e prepara uma edição pra lá de especial. O Cerapió 2012 já soma mais de 300 inscritos de todo o Brasil, que prometem movimentar a competição. O evento começa dia 22 de janeiro e levanta poeira nas belas paisagens do Nordeste até o dia 27. A largada oficial para todos os competidores será dia 24, na praia de Cumbuco, aproximadamente a 30 km de Fortaleza e tem como destino final Teresina (PI). Várias equipes de Barreiras (Quadrilha do Cerrado e Cupins do Cerrado) e de Luís Eduardo Magalhães vão participar da competição. Novos troféus à vista!


DESENROLA A LÍNGUA

ADERLAN MESSIAS é Licenciado em Letras Vernáculas (UNEB), especialista em Psicopedagogia (FASB), professor de Língua Portuguesa e Metodologia Científica da FASB, bacharelando em Direito e professor de Língua Portuguesa e Semiótica (UNEB/Plataforma Freire)

por ADERLAN MESSIAS decodetroia@hotmail.com decodetroia.blogspot.com

Acentos e hifens

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ACENTUAÇÃO Quem pensa que a Nova Ortografia para por aqui está enganado. Ainda vamos falar muito dela. Detalhe, “para”, do verbo parar, não tem mais acento, viu! Viu aí? Tanto o verbo quanto a preposição são palavras grafadas da mesma forma, apenas o contexto do enunciado dirá qual a classe gramatical delas. É até melhor mesmo, pois muita gente já nem usava. hehe... Olha essa: Quando eu estudava no ensino fundamental minha professora de português vivia dizendo: “decorem a regra de acentuação “crêdêlêvê” e vocês nunca mais errarão”. Nossa, era uma ladainha! Coitada da pró, agora terá que desdizer esta regra. Aposto que ela vai ler isso que escrevi e vai dar belas gargalhadas. hehe... Bom, voltando a fita, todas as palavras como creem, deem, leem, veem e suas derivadas, não possuem mais acento. Detalhe: magoo, enjoo, perdoo também perderam os acentos. A santa regra diz que os hiatos das palavras terminadas em eem e oo não vão mais receber o chapeuzinho (^), que é o acento circunflexo. Ah, já ia me esquecendo de falar. Tem gente dizendo que o acento do verbo “têm”, no plural, deixou de existir. Nananinanã...o acento permanece, pois não existe a palavra teem. Ok?!? Logo, grafa-se têm. Olha o exemplo: Os leitores têm grande paixão por esta coluna. Ou será que não??? hehe... Epa, outra coisita mais!!! Atenção com os termos verbais “veem” e “vêm”. Não confundam, hein!?! Vejam: Helena vem correndo para os braços de Paris. Ou ainda: Menelau e sua tropa vêm destruir a grande Troia. E essa: Os troianos veem que é impossível conter a guerra. E por falar em Troia, leiam o livro “Troia: o romance de uma guerra”, de Cláudio Moreno. Muito bom! Ei, volte aqui! Você mesmo, leitor!!! Você não achou nada diferente no vocábulo “Troia”?? Essa não vou dizer. Você já sabe!!! hehe...

2

USO DO HÍFEN Falei tanto da acentuação que quase não sobrou espaço para falar do uso ou não do hífen. Analisem os vocábulos: anti-inflamatório, micro-ônibus, semi-internato, super-racista, hiper-requintado, autoescola, semiárido, semideus, seminovo, autopeça. Perceberam alguma diferença? Sabe dizer por que umas têm e outras não o hífen? Bom, na próxima edição eu explico, porque senão vou para a próxima página. rsrs... DEZ/2011

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Lamarca e Zequinha, 40 anos depois Desde o seu lançamento, o filme documentário “Do Buriti à Pintada, Lamarca e Zequinha na Bahia” percorre as cidades do interior da Bahia em uma verdadeira mostra cultural. Dirigido pelo professor de História Reinaldo Pereira, o “Reizinho”, o filme conta a trajetória de Lamarca e Zequinha pelo Buriti Cristalino, povoado de Brotas de Macaúbas (BA), onde tentaram organizar um núcleo de resistência armada contra a Ditadura Militar. “Este filme lembra os 40 anos da morte de Carlos Lamarca e Zequinha Barreto na Bahia. Foi concebido como uma contribuição à valorização da memória política no Brasil”, conta Reizinho. Acompanhe a entrevista. De onde surgiu essa ideia? Você já tinha feito algum documentário? Não e sim. A primeira vez que eu tive contado com cinema, foi na gravação do filme “Lamarca”, de Sérgio Rezende, que teve Paulo Betti como Lamarca. Eles foram gravar em Ibotirama. Por um acaso eu tinha trancado a minha faculdade de História na UFBA, em Salvador. Fui pra Ibotirama pra dar um tempo. A equipe chegou lá na Prefeitura e eles ligaram pra mim. ‘Reizinho, você não quer vir fazer parte da equipe do Sérgio Rezende? Eles estão vindo gravar um filme sobre Lamarca’. Eu topei na hora. Fiquei como assistente de produção local. Tive contato com o set de filmagem, com atores, figurinistas, essas coisas. Aí eles foram embora... Meu segundo contato com o cinema foi há quatro anos no projeto Revelando os Brasis, do Ministério da Cultura. Eu fui assistente de direção desse filme, que é de Juvenal Neves, chamado “O Massacre da Serra”. É um episódio real... Ai pronto! Depois que eu terminei a minha faculdade de História em Salvador, pensei em fazer um mestrado. Dois anos depois, um professor falou: já que eu era de Ibotirama, tinha uma história legal de Lamarca e Zequinha na região pra fazer uma dissertação. Quem foi Zequinha? Zequinha é filho de um povoado de Brotas de Macaúbas, chamado Buriti Cristalino. Ele é filho de uma família católica, respeitosa... E com 12 anos os pais o encaminharam para ser padre. Ele era o primogênito da família. Ele passou quatro anos em Garanhuns (PE). No último semestre, ele desistiu da batina e foi pra São Paulo, ser estudante e trabalhar. Isso foi em 1965. Em 1968 ele já era líder dos metalúrgicos e presidente do

círculo operário de Osasco. Aos 18 anos, já era líder estudantil e sindical. E no auge da ditadura ele foi preso e torturado. Depois de sua prisão, ele retorna pra sua terra natal e começa um trabalho cultural. Em 1971, Lamarca, sem ter pra onde fugir, descobre que tinha um cara chamado Zequinha Barreto que fazia um trabalho político aqui. Daí ele veio pra Bahia, ficar com Zequinha, na Serra, clandestinamente. Então, Zequinha é essa figura que acompanhou os últimos dias da vida de Carlos Lamarca, aqui no interior da Bahia. Ele foi morto com Lamarca em 17 de setembro de 1971, aos 26 anos de idade. Lamarca é do Rio, capitão do Exército aos 28 anos. Ele saiu de dentro do Exército no auge da ditadura para ir lutar ao lado do povo. Como foi produzir esse documentário? Comecei a fazer a dissertação sobre isso, e em 2004 tive a ideia de fazer o documentário. ‘Nossa! As pessoas que conviveram com eles ainda estão vivas’. Pensei logo em uma frase da TV Brasil que fala assim: ‘Quando a realidade parece ficção, é hora de fazer um documentário’. Coloquei o projeto em vários editais e o governo nunca me dava uma resposta positiva. Depois de muito tempo, recorri ao Portfólio Laboratório de Imagens lá de Salvador, que já tinha uma experiência nessa questão de documentários. Eles não tinham dinheiro pra me financiar. Eu passei 9 anos para fazer esse documentário. Começamos a fazer o filme por nossa conta, nos finais de semana. Viajei o Brasil fazendo entrevistas. Fui pra São Paulo, Tocantins, Salvador. Quando eu vim pra Barreiras ganhei de Zé da Mata um depoimento que ele tinha do pai de Zequinha, gravado em 1983. Foram muitas dificuldades. E como está a repercussão desse documentário? Eu confesso que não esperava essa repercussão. Só recebo elogios. Do lançamento que fizemos em 9 de julho pra cá, viajamos muito pela Bahia, divulgando. Penso em colocar o documentário em alguns festivais. É um filme sem fins lucrativos. C.FÉLIX

FILME

O diretor do documentário e professor de história se diz surpresa com a repercussão que seu filme tem tido onde é exibido

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EXCLAMAÇÃO

@Barreirasemfoco barreirasemfoco.com

por KARINE MAGALHÃES

KARINE MAGALHÃES é consultora de moda, trabalhou na renomada Maison Ana Paula e nas lojas Rabo de Saia, Chocolate, Mary Zide (todas em Brasília) e também em cerimoniais com Cristina Gomes. Atualmente faz consultoria para Maison Caroline (Barreiras-BA) e r.A

barreirasemfoco@live.com

Look fashion

FOTOS: REPRODUÇÃO

FOTO: KARINE

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in pauta

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FOTO: KARINE

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Os dias são mais claros, a gente aproveita ao máximo a estação mais quente e vibrante do ano, começam os planos para festas e férias de verão. É hora de repensar o closet! Tem coisa melhor? Então aqui vão algumas sugestões. FOTOS: REPRODUÇÃO

FOTOS: REPRODUÇÃO

Bo.Bô

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1 Celebridades DKNY; 2 Desfile Versus; 3 Barreiras: Fabíola Cabral; 4 Barreiras: Cristina Maçal.

Vasados direto da década de 80 Recortes nas roupas estão de volta! Use sempre o bom senso, o ambiente para usar roupas recortadas é o informal. Isso quer dizer, não é para ir ao trabalho, meninas! FOTOS: REPRODUÇÃO

Santa Lolla

Black & Gold

Le Lis Blanc

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Ou simplesmente preto e dourado. Uma combinação que evoca o glamour do rock, está nas roupas e acessórios. É uma tendência fortíssima para curtir festas de verão.

Hot Pants revisitado!

O hot pant (shorts curtos ou calcinhas grandes) surgiu em 1950 nos biquínis passando para looks das pin ups e muito usado na década de 70. Use essa proposta para ir a balada, àquele barzinho com as amigas ou a uma festa mais descolada. A camisa, o colete ou o blazer deixa o look menos ousado e mais elegante.


ÚTIL

VANESSA HORITA é formada em Administração (UniCeub-DF), morou no Canadá e nos EUA, adora viajar e conhecer culturas diferentes, é uma fashionista de plantão e ama a vida

por VANESSA HORITA vanessa@horita.com.br

Vestido de renda Anemess, Carteira Ellus, Sandália Luiza Barcelos e Brincos Camila Klein

Réveillon:

COM QUE ROUPA EU VOU? Faltam poucos dias para a chegada do fim do ano. Nada melhor que já ir pensando em todo o seu look para passar a virada em grande estilo e entrar com o pé direito em 2012. Mas, às vezes, o tempo não colabora e além da roupa, temos que nos preocupar com os presentes, a viagem, a festa, o salão e acaba não sobrando tempo para pensar na roupa. Muitos looks para o Réveillon de 2012 já foram vistos em várias passarelas mundo afora, o que os diferenciam são os modelos, cores e texturas. Mesmo com o branco prevalecendo, essa temporada de moda trouxe uma gama de cores bastantes extensas e vivas de volta às passarelas, sem deixar de ressaltar os diferentes tipos de tecidos com texturas incríveis. Se você for apostar nas cores, opte pelo azul, amarelo, rosa e laranja. As cores néon e metálicas, como o dourado e prata também vêm com tudo! Os vestidos, como sempre, em alta para o Réveillon, principalmente quem irá passar na praia. E com os acessórios, a dica é você usar em um ponto que você quer que chame atenção, por exemplo: busto, cabeça, braços ou cintura. Ah! Não poderia me esquecer dos homens! Sugiro sempre algo leve e neutro, como camisas, camisetas ou batas brancas com uma bermuda xadrez ou calça branca. Confesso que homem quando veste tudo branco, fica mais charmoso! Agora, inspirem-se nos looks abaixo para receber o ano de 2012 de braços abertos! Beijos!

Regata Tricot Farm, Saia Regina Salomão e Scarpin Glitter Schutz

Camisa Calvin Klein, Bermuda Branca VR e Tênis Osklen

Regata Neon Bo.Bô, Pulseiras Metally, Carteira Ellus, Saia Bo.Bô, e Sandália Lelis Blanc

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trends and news consultoria RENATA MAFRA peças BURITIS PRESENTES fotos C.FÉLIX

MESA

Natalina Ocasiões especiais merecem um ambiente agradável, que transmita ao mesmo tempo conforto e requinte. Pensando nisso, além dos saborosos pratos, que tal dar uma atenção especial àquilo que parece apenas detalhe? Para a celebração Natalina, aposte nos tons brancos e vermelhos. Uma opção para evitar os clichês é inovar com as cores nos talheres e taças, por exemplo. Os castiçais de vela altos devem ser evitados, pois podem impedir uma conversa com a pessoa que está sentada a sua frente. Deixe a fartura por conta da ceia. Em uma mesa preparada para uma família com quatro pessoas, utilize acessórios baixos e utensílios simples, que darão todo charme e elegância ao seu Natal.

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fatimaluz

Agradecimentos Chácara Solar do Rei

Por Cecília Pondé, promotora de justiça

Rua Dr. Abílio Farias, 16 - Centro - Barreiras (BA)

(077)

3612-8477 - E-mail: fatimaluz@fatimaluz.com


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trends and news texto REDAÇÃO fotos C.FÉLIX

INAUGURAÇÃO

Surpreenda

SEUS SENTIDOS Nova loja é um convite ao relaxamento. Além das linhas de consméticos, serve chá e disponibiliza acesso gratuito a web. “Em breve, vamos criar a confraria do chá”, revela a proprietária Híbera Viana

Visitar a “Provanza – aromas e sabores”, loja recém-inaugurada em Barreiras, é colocar os cinco sentidos à prova. É surpreender-se. Além da linha de refinados cosméticos para homens, mulheres e teens, a loja ainda oferece deliciosos e delicados chás importados dos EUA e Japão. “A ideia era inovar. Tocar as pessoas”, conta a proprietária Híbera Viana Ferreira, formada em Musicoterapia pela Católica, em Salvador. E deu certo. Alguns clientes até sugeriram que a loja funcionasse até 21h. “Eles querem vir pra cá, depois do trabalho, e bater um papo, tomar um chá”, conta. Híbera já pensa em criar até a “confraria do chá”, para reunir amigos e amantes da bebida e colocar algumas mesas na calçada. Franquia mineira, Provanza é sinônimo de bem-estar, saúde e beleza. Ela se diferencia no mercado de cosméticos por trabalhar o lado espiritual e mental. A matéria-prima é importada de outros países. Os produtos, fabricados em Uberlância (MG), têm preços acessíveis e conquistado o corpo e a mente dos consumidores que conhecem a franquia. Em Barreiras, além de a loja oferecer tudo isso, ainda disponibiliza rede wi-fi. Confira!

INFORMAÇÕES PROVANZA - AROMAS E SABORES Rua Dom Pedro II, 283-A - Centro (Alameda das Grifes) Barreiras (BA) (077) 3611.1219

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trends and news texto REDAÇÃO fotos C.FÉLIX

MUDANÇA

Belíssima Há quase um ano no mercado barreirense, a Belíssima se tornou referência para mulheres que andam antenadas, que gostam de exclusividade e não resistem a sandálias e acessórios de bom gosto. Agora, a loja que mudou para o número 260-6 da rua D. Pedro II expandiu seu espaço e seus produtos. O casal Rodrigo e Eliana Wanderley, que chegaram da Inglaterra há pouco mais de um ano, explica que o objetivo foi oferecer mais conforto e opções exclusivas para o cliente. E o melhor: a preços acessíveis. Agora, além de trabalhar com a linha de calçados Anarrô, Maraolo, Eva e Dayfex , a Belíssima também trabalha com os óculos de sol e confecções +Qd+ e Superfície. Tudo isso além de cintos, bolsas, carteiras e outros acessórios. Se você quer arrasar nesse fim de ano e entrar na tendência do verão 2012, é imprescindível visitar a Belíssima. INFORMAÇÕES BELÍSSIMA Rua D. Pedro II, 260-C - Centro - Barreiras (BA)

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(077) 3612.4900 / 9967.7997

Agora em novo endereço, Belíssima dispõe de maior espaço, conforto e varidedade de produtos. Apesar das mudanças, os preços estão mais acessíveis, garantem os proprietários Rodrigo e Eliana Wanderley A.STELLA

A NOVA


Rua Profª Guiomar Porto, 145 (Pça. Castro Alves) - Barreiras (BA) (77) 3611.8270 (77) 3612.3737 Shopping Center Rio de Ondas - Barreiras (BA) (77) 3628.5914 Rua Clériston Andrade, Qd. 19, Lj. 16 - Luís Eduardo Magalhães - Barreiras (BA)

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trends and news texto REDAÇÃO fotos J.BARBOSA / SXC

ESTÉTICA

Depilação

COM PROPRIEDADE TERAPÊUTICA Mais que depilação, oferecemos bem-estar. Com esse lema, a Depyl Action vem conquistando o mercado barreirense de depilação com cera morna. Os produtos 100% naturais, à base de mel de abelha e própolis silvestre, unem as propriedades hidratantes do mel ao efeito anestésico, antialérgico e cicatrizante da própolis, ou seja, durante o serviço estético o cliente desfruta da qualidade terapêutica e antibiótica do tratamento. A Depyl Action é uma franquia especializada em depilação com mais de 70 lojas por todo o país, e atende ao público feminino e masculino. Além das ceras, a depiladora disponibiliza também esfoliantes e hidratantes corporais com princípios naturais. O primeiro remove as células mortas da camada superficial da pele e evita problemas com pelo encravado e foliculite. O segundo, hidrata e umedece a pele sem deixar aquela aparência oleosa que ofusca a beleza. É importante lembrar que a consulta profissional é fundamental para que os resultados satisfatórios sejam alcançados. Além da depilação padrão, a depiladora oferece também a artística. São desenhos pubianos sensuais e divertidos em forma de coração, coelhinho, estrela, seta, maçâ mordida, lua, beijo dentre outros. INFORMAÇÕES DEPYL ACTION Rua Guiomar Porto, 392 - Centro - Barreiras (BA) www.depyl.com.br

(077) 3613.2788

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“O judiciário da Bahia

É UM DOS PIORES DO BRASIL”

Há mais de 250 dias sem um juiz que responda pela Vara Cível em Luís Eduardo Magalhães, o Clube dos Advogados (CALEM), criado em 2005 por não haver ainda uma entidade representativa da classe (hoje já há uma subsecção da OAB), promove caminhada, abaixoassinado e quer reunião com Conselho Nacional de Justiça em Brasília. “Já fizemos várias reivindicações ao Tribunal de Justiça da Bahia e até agora, nada”, declarou o presidente do Clube, o advogado Cristhiano Becker Cechet, reclamando do descaso para com a região “Quando mencionávamos nossa cidade em Salvador, eles perguntavam: ‘Fica onde? Na Bahia?’” texto/foto ANTON ROOS

A realização da caminhada demonstra falta de paciência, cansaço pela demora em se deliberar um profissional para atuar no município? Exatamente. Antes da caminhada havíamos feito várias etapas protocolares. Redigimos e encaminhamos quatro ofícios. Dois para a Corregedoria do Interior, dois para a presidente do Tribunal de Justiça na Bahia (N.E: Telma de Brito). Fizemos várias reivindicações. No dia 10 de agosto tivemos uma reunião com ela em Salvador. Nesta reunião ela nos disse quais eram as dificuldades e qual era o plano do Tribunal de Justiça para suprir a ausência de um juiz em Luís Eduardo. Saímos de lá, com a expectativa de termos um juiz para nossa Vara Cível, até no máximo o final de setembro ou outubro. Nada aconteceu. Nós sabemos que foi realizado um edital. Sabemos também que aproximadamente 40 juízes colocaram a cidade de Luís Eduardo com uma possível comarca para ser assumida, mas até hoje não tivemos o provimento do cargo. O que será feito agora? Estamos fazendo um manifesto escrito que será protocolado no Tribunal de Justiça, no CNJ em Brasília e vamos reivindicar 36

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uma reunião com alguns dos ministros do CNJ para explicar a nossa situação. Para esse abaixo-assinado, contamos com toda comunidade. Precisamos explanar pessoalmente para os ministros do conselho as nossas mazelas. A expectativa é para dezembro, no máximo em janeiro termos um juiz nomeado em Luís Eduardo. Mas automaticamente, assim que tivermos essa demanda atendida, vamos iniciar um trabalho para a deliberação de um novo promotor, uma nova Vara Cível, nova delegacia, novos policiais. Só vamos parar quando tivermos uma estrutura adequada ao que o município necessita. Existe alguma explicação razoável para essa desassistência? Não tem justificativa a situação em que a gente se encontra. O motivo de não termos uma estrutura minimamente adequada a nossa realidade é simplesmente descaso, tanto por parte do Tribunal de Justiça quanto do governo do Estado. A desativação de 50 comarcas no Estado, no último mês de outubro, gerou uma série de expectativás em relação a possibilidade de alguns destes profissionais serem transferidos para o município. O que houve de fato? Existe alguma possi-


CRISTHIANO BECKER CECHET bilidade disso acontecer? Hoje não tem nada. O que aconteceu foi a desativação, mas a partir dela não teve alocação de nenhum destes profissionais. Continuam todos nos seus devidos locais de origem. Vai decorrer alguma transferência, mas acredito que nós não vamos ser agraciados com algum funcionário tão cedo. O nosso quadro de funcionários permanecerá como está por pelo menos 4 ou 5 meses. Essa é a expectativa hoje. Há ainda alguma espécie de preconceito em relação ao município, pelo pouco tempo de emancipação? Não vi nada que sinalizasse nesse sentido, o fato de Luís Eduardo ser um município jovem motivar alguma espécie de preconceito por parte do Tribunal. Até porque, o tamanho do município acaba se sobrepondo a sua juventude. Luís Eduardo Magalhães é muito maior que muitos municípios no estado emancipados há mais tempo. Então, essa questão do tempo de vida do município nunca foi mencionado em nenhum encontro que a gente teve. O fato de estar a quase mil quilômetros da capital e da

sede do Tribunal de Justiça da Bahia atrapalha? A distância é um problema sim. Chegou ao extremo de em alguns locais no Tribunal de Justiça em Salvador, nós mencionarmos que pertencíamos ao Clube dos Advogados de Luís Eduardo Magalhães e eles perguntavam: É da onde? Fica na Bahia? Então, nossa região no litoral não é conhecida. Já que existe esse distanciamento, essa desatenção, a solução seria desmembrar a região e criar o Estado do Rio São Francisco? Na minha opinião, como presidente do Clube, sim. Descentralizar a administração vai melhorar nossa situação. Para se ter uma ideia, nós temos três capitais que nos atendem melhor que Salvador, por uma questão de distância: Palmas (TO), Goiânia (GO) e Brasília (DF). Aqui, quando a comunidade pensa em algum serviço que precisa ser feito ou que você vai receber, primeiro se pensa nessas três capitais. Salvador é apenas a quarta. Na prática, o que a falta de funcionários e juízes para atender um município como LEM representa? Para a comunidade, a dificuldade é muito grande. Um credor, DEZ/2011

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CRISTHIANO BECKER CECHET

A PERSPECTIVA DA JUSTIÇA NO BRASIL HOJE É A PIOR POSSÍVEL. SE COMEÇAR A SE TRABALHAR MUITO, ELA PODE FICAR RUIM, E SE DAQUI A 10 ANOS O TRABALHO FOR BENFEITO, PODE FICAR RAZOÁVEL - ISSO TENDO POR BASE UMA MÉDIA GERAL NO PAÍS TODO”

» por exemplo, não recebe crédito. Se você tem uma dívida, não tem como cobrar. Uma ação de separação, não consegue separar. Ação relacionada a pensão alimentícia, não vai receber. Não vai acontecer nada, absolutamente nada que necessite da justiça. Daí as pessoas tendem a resolver os problemas delas como acham que devem ser resolvidos. Vão procurar resolver de outra forma. Outra forma que, muitas vezes, não é legal. Comparada com outros estados a justiça na Bahia caminha de forma mais lenta ou o que vem acontecendo aqui é um caso isolado? Não é fato isolado. Nós temos notícia de vários outros municípios que estão em situação pior que a nossa. O motivo maior é que o Tribunal de Justiça não consegue gerir as comarcas que estão criadas. Falta juiz, falta servidor e falta orçamento. O judiciário da Bahia é um dos piores do Brasil. Com um número expressivo de advogados atuando no município - faculdades formando novos profissionais -, ainda existe mercado para tanta demanda? Pensando na situação atual, não tem mercado para novos profissionais. O profissional que depender do Poder Judiciário para ter retorno no trabalho dele, não tem trabalho em Luís Eduardo. É possível acreditar na justiça no país? Olha, eu recebi com felicidade as declarações da corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, na revista Veja, quando declara que a justiça no Brasil é horrível e que temos no país “bandidos de torga”. Pensando por esse viés, a perspectiva no Brasil hoje é a pior possível. Se começar a se trabalhar muito, ela pode ficar ruim, e se daqui a 10 anos o trabalho for bem feito, pode ficar razoável - isso tendo por base uma média geral no país todo. Tem alguns locais onde existe uma justiça heroica. No Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, você vê um cartório estruturado, um juiz. Mesmo com a demora terrível no desenrolar dos processos. Mas nada se compara ao que se tem aqui. Aqui se extrapola qualquer nível de razoabilidade. DEZ/2011

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JOVEM

EMPREENDEDOR

Esta seção foi criada pela r.A para mostrar um pouco do perfil dos jovens empreendedores que mudaram a cara e o estilo dos negócios no Oeste da Bahia.

Dom

PARA O NEGÓCIO texto/foto C.FÉLIX

“Não basta apenas estudar. É preciso ter dom. É preciso ter tino pro negócio. Não é só ter conhecimento. Tem que ter disposição, responsabilidade, vontade”, sentencia Sandro Santana de Paula, que em quatro anos abriu quatro lojas de revenda de automóveis (três em Barreiras e uma em Luís Eduardo Magalhães) e a marca Planet Car. Quando foi abrir a primeira loja, seu pai, Nelson Francisco de Paula, ficou receoso. Sempre negociara com carro, é verdade, mas nunca teve coragem para abrir uma loja. Era muita responsabilidade. Fazia seus negócios sem um ponto fixo. Comprava um carro aqui, vendia ali. Ligava para um amigo, alguém lhe indicava. Conhecer muitas pessoas e ser honesto era a alma do negócio. Assim, Sandro foi aprendendo com o pai os princípios de um bom negócio, da pré a pós-venda. Tudo começou com a venda de um aparelho de áudio automotivo. O pai comprava um carro, ele retirava o som e negociava. Foi fazendo amizades, criando gosto. Descobriu que podia expandir sua relação de vendas se tivesse mais aparelhos e iniciou suas viagens para Brasília. Lá encontrava mais opções para atender a sua clientela. Por fim, Sandro já estava vendendo moto, depois carro. Não demorou e já estava abrindo a primeira loja, mesmo contrariando o pai. Era pequenininha, é verdade, mas foi um passo fundamental para o jovem empreendedor dar vida ao bem-sucedido empresário que acabou se tornando. “Eu peguei uma fase em que a venda de automóvel estava em alta. O comércio era favorável, as facilidades de compra ajudavam. Foi uma época boa. Fiz parceria com lojas concessionárias e fui tocando”, confessa Sandro, que não concluiu o ensino médio mas se tornou um expert em manter a fidelidade do cliente. “Nosso grande diferencial está no atendimento. Nós queremos que o cliente saia satisfeito da loja. Nossos carros têm qualidade, procedência. Tenho cliente que já comprou sete carros em minha mão. Às vezes ele vem aqui querendo comprar um carro novo mas não vai na concessionária. Prefere que eu vá lá e negocie. A gente estabelece uma relação de confiança que agrada o cliente”, conta empolgado. Sandro acorda às seis da manhã e trabalha até às oito da noite. Quando chega em casa, faz um exercício de reflexão sobre o dia, “coloca as ideias em ordem”. Para ele, todo dia é dia de trabalho. Se for necessário, lá está ele no batente no domingo, feriado. Com perfil de empreendedor moderno, ele não fica apenas atrás de uma mesa esperando que as coisas aconteçam. A todo momento está circulando, conversando com cliente, vendendo, gerenciando, viajando

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NOME

SANDRO DE PAULA IDADE 33 anos FORMAÇÃO ACADÊMICA Ensino médio incompleto EMPRESA Planet Car FUNÇÃO Proprietário

e abrindo novas frentes de negócios: locação de carros para empresas e transporte de cargas. O jovem empresário de 33 anos comanda hoje 38 funcionários. “É uma relação bem transparente. Todos eles são meus amigos”, explica ele: “eu preciso deles e eles de mim. Não tem uma pessoa aqui que me peça ajuda que eu não ajude, quer seja na educação ou em outra coisa. Todos aqui têm um carro, uma moto. Se precisam estou sempre à disposição. Tenho muitas amizades. Daí acabo levando um cliente pro meu vendedor. Que já passa a ser cliente dele. Isso contribui bastante. Agora, tudo com honestidade. É isso que ensino. Atender bem e com qualidade é nossa prioridade”, explica Sandro. Na sequência ele atende a uma ligação, aponta uma solução, agradece a visita e diz que tem que sair. “Negócios, entende?”. Quase não conseguimos tempo para fotografá-lo.

NOSSO GRANDE DIFERENCIAL ESTÁ NO ATENDIMENTO. NÓS QUEREMOS QUE O CLIENTE SAIA SATISFEITO DA LOJA. A GENTE ESTABELECE UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA QUE AGRADA ” DEZ/2011

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chavegestaodepessoas@gmail.com

TENDÊNCIA OU REALIDADE: por OSMIR SANTOS

Competências

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omo ter sucesso no mercado? Como produzir mais e melhor? Como crescer e se expandir? A resposta mais óbvia para esses questionamentos seria através das pessoas que compoem a organização. Correto, mas o que essas pessoas têm a oferecer? Somente fidelidade e dedicação ao aparato normativo e cultural da empresa? Você empresário deve se perguntar por que nem sempre os treinamentos e palestras pagos pela empresa surtem o efeito esperado? Não bastam palestras e treinamentos, é preciso desenvolver continuamente cada colaborador, identificar ás suas competências e desenvolvê-las de forma que possam agregar valor à organização. Falam muito em competências. Como definição, utiliza-se um jargão bastante conhecido por muitos, o bom e velho CHÁ, a interação entre conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um autodesempenho, um saber agir responsável e reconhecido, capacidade de aprender, mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e habilidades, num contexto profissional determinado e de forma homogênea gerando valor econômico para os negócios da organização. O conhecimento é o saber. Envolve a educação formal, saber o quê, saber o porquê, saber para quê; a habilidade é o saber-fazer. São as experiências, o saber como, as técnicas, o conhecimento experimentado, praticado, a atitude é o saber ser, ou seja, ter determinação, responsabilidade, comprometimento, motivação e iniciativa. Para que possamos entender melhor vou exemplificar: imagine um design de móveis, ele é muito solicitado por empresas que vendem móveis sob medida, pois entende todo o processo e sabe desenhar com perfeição, ele tem o saber acadêmico (conhecimento) ele consegue materializar exatamente aquilo que lhe é solicitado, o cliente ver a sua ideia no papel (habilidade) entrega todos os pedidos dentro do prazo, pois é organizado e comprometido com o seu trabalho e se preocupa com a satisfação do seu cliente (atitude). Vale ressaltar que este profissional será competente se possuir as três dimensões de forma equilibrada. O conhecimento você adquire através de estudos dedicados; a habilidade vem do exercício incansável, da repetição e do aprimoramento contínuo; a atitude, ao contrario das outras duas É PRECISO DESENVOLVER dimensões da competênCONTINUAMENTE CADA COLABORADOR, cia, vem da própria pesIDENTIFICAR AS SUAS COMPETÊNCIADE FORMA A AGREGAR VALOR À ORGANIZAÇÃO soa, depende somente

dela decidir ir e fazer, querer fazer. O mercado de trabalho sempre buscou pessoas competentes tecnicamente, mas com o surgimento de novos modelos de gestão passou a valorizar não somente a competência técnica, mas a intelectual e comportamental, fatores decisivos no desempenho do profissional. Sendo assim, as empresas devem valorizar o saber, o saber-fazer e o saber-ser. Como identificar um profissional competente? São proativos, sonham e realizam, planejam e depois executam; são disciplinados, trabalham em equipe aprimorando o desempenho de cada membro, fazem com que as pessoas reconheçam sua capacidade através dos seus atos e buscam o crescimento das competências organizacionais. No tocante às organizações elas devem oferecer benefícios significativos aos consumidores, desenvolver e executar processos difíceis de serem imitados como também adentrar em novos e diferentes mercados. Desta forma, uma empresa será competente quando for capaz de combinar e integrar recursos que agreguem valor a produtos e serviços, isso acontece quando se estimula a aprendizagem organizacional que começa no âmbito individual para o grupal e quando menos se percebe já faz parte da cultura e das práticas da organização.

OSMIR SANTOS é formado em Administração de Empresas com Habilitação em Recursos Humanos pela Unyahna de Barreiras, MBA em Gestão de Negócios e Controladoria, Pós-Graduando em Inovações na Gestão Pública pela UFBA, professor do curso de administração de empresas da Unyahna de Barreiras nas disciplinas de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Novos Negócios, tutor do curso de Tecnologia em Recursos Humanos da Unopar polo Barreiras, vice-presidente da Associação de Jovens Empreendedores de Barreiras e sócio da Chave Consultoria Empresarial.

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REPORTAGEM A partir desta edição, a r.A passa a veicular reportagens especiais sobre problemas urbanos e sociais da região com o objetivo de fortalecer o exercício da cidadania e ajudar no desenvolvimento sustentável do interior baiano.

CAOS

Em cinco anos, a frota de carros de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras passou de 41.660 para 74.044. Isso sem falar dos carros que vêm de outros estados e os que estão em trânsito. Sem estrutura, sinalização adequada e fiscalização municipal, as duas cidades apresentam um trânsito caótico e, muitas vezes, violento texto ANTON ROOS e THIARA REGES fotos ANTON ROOS e C.FÉLIX

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regularidade do agronegócio atraiu nos últimos dez anos novos empreendimentos, no setor comercial e de serviços. Das mais de 10 concessionárias de veículos automotivos, pelo menos cinco foram abertas nos últimos dois anos em Barreiras. Segundo dados da 10ª CIRETRAN, em setembro deste ano a frota de carros na cidade de Barreiras já era de 51.058 veículos e 22.986 em Luís Eduardo Magalhães, representando 82,5 % de toda frota dos 13 municípios que compõem o extremo Oeste da Bahia. Traçando um paralelo com o Censo Demográfico 2010 – parcial, os dados completos serão divulgados em 2012 -, temos uma média de um veículo para cada duas pessoas. Em dezembro de 2007 Barreiras tinha 31.485 autos e Luís Eduardo Magalhães 10.175. A grande questão é: o Oeste está preparado para uma frota de veículos tão grande?!

Municipalização do trânsito Novidade? De fato não. Os problemas de trânsito encontrados diariamente nos grandes centros urbanos já são encontrados em Barreiras. Engarrafamentos, fluxo de veículos acentuado em horários de picos, falta de estacionamento nas ruas do centro comercial, condutores e pedestres que não respeitam as leis de trânsito e a cordialidade necessária para a convivência em sociedade, sinalização precária e às vezes confusa, infraestrutura precária, e muita, muita buzina, resultado da irritação de quem está no volante. Segundo dados da Coordenação Municipal de Trânsito – Cotrans, já são mais de 69 mil veícu-

los automotores, conduzidos por motorista e “motoristas”. As irregularidades são percebidas em qualquer parte da cidade: estacionamento em locais proibidos, motoristas e passageiros sem cinto de segurança, motociclistas falta sem capacetes e direção perigosa por uso de álcool. Nem a Praça Castro Alves, popularmente conhecida com Praça das Corujas, escapa. No centro comercial da cidade, com vagas que deveriam servir como estacionamento para clientes do comércio e bancos, a praça se transformou num feirão de carros usados. Mas começa a surgir uma luz no fim do túnel. Barreiras está entre as 30 cidades da Bahia integrantes do Sistema Nacional de Trânsito que já iniciou o processo para a municipalização do trânsito. A Cotrans, criada em maio de 2010, está realizando a capacitação dos oito agentes de trânsito aprovados em concurso e de policiais civis e militares. A previsão é que em janeiro de 2012 eles já estejam nas ruas, autuando. Mas só isso não resolve. Barreiras precisa rever toda sua sinalização vertical e horizontal, além do sentido das vias, rotatórias e zonas para estacionamento. A Prefeitura está tentando, junto ao governo estadual, uma parceria para implantar um projeto de engenharia de trânsito em Barreiras. A sua municipalização é certa e, com a implantação do Zona Azul, pode-se resolver mesmo que temporariamente o problema de estacionamento nas ruas com maior fluxo de veículos. “A Zona Azul é uma das alternativas. É determinada uma área onde cada carro pode ficar estacionado por uma hora a uma taxa determinada. Para isso, é necessário um projeto de lei criando a Zona Azul. Nossa proposta é que já seja criada e com ao menos 5 mil vagas”, destaca o coordenador. Pedro Cardoso, Coordenador Geral de Educação para o Trânsito no Estado da Bahia, presente em Barreiras para a aula inaugural da capacitação dos agentes concursados, acredita que o trânsito só vai realmente mudar quando for incluída uma disciplina de educação para o trânsito na grade curricular das escolas. “Esta é uma solução a longo prazo. Hoje é difícil fazer prevenção e, deste modo, às ações punitivas, blitz de fiscalização e multas, são totalmente necessárias”, garante.

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A cidade que corre para a rodovia O contorno viário projetado para reduzir o fluxo de veículos volantes no trecho da BR242 que corta o centro da cidade, está em fase de finalização (pelo menos o asfaltamento), após cinco anos de uma obra cheia de paralisações. Com base, sub-base e asfalto preparados para suportar o tráfego dos grandes veículos carregados com a produção da região. A preocupação apenas mudará de endereço. Mais uma vez a cidade está correndo para a rodovia. Como a geografia do município empurra a expansão territorial urbana para essa região, onde inclusive já foi criado e comercializado um extenso loteamento residencial, não vai demorar para o trânsito desses veículos pesados estar dentro da cidade novamente. O 4ª Batalhão de Engenharia de Construção começou a trabalhar efetivamente na obra do contorno viário em 2006. Deste período até hoje aconteceram algumas interrupções por conta das chuvas ou por falta da liberação dos recursos financeiros pelo Programa de Aceleração do Crescimento. Agora, após cinco anos e com todo recurso liberado, o Tenente Coronel Olyntho Gomes de Sá e sua equipe finalmente estão concluindo o asfalto do Ramo Leste, com acesso pela BA 447, que liga a BR 242 à cidade de Angical (BA). O Ramo Oeste, com acesso pela BR 135, sentido Piauí, já está asfaltado. As obras complementares, de acostamento, pintura e plantio de grama já começaram. Numa extensão total de 4 km, a liberação da via para o tráfego depende da construção de uma ponte sobre o Rio Grande. A obra, que vai unir os dois ramos, já foi licitada e liberada pelos órgãos de proteção ambiental. A previsão é que esteja pronta em sete meses. O Tenente destaca que a conclusão do asfalto e da ponte sozinhos não garantem a efetiva funcionalidade do contorno viário. Ações conjuntas de outros órgãos como Polícia Rodoviária Federal, Derba e Prefeitura Municipal serão fundamentais para que a nova rodovia assuma o papel proposto. “Leis e normas, com orientação aos motoristas de carretas; federalização da BA 447; rotatória ou viaduto para intersecção da BA 447 com a BR 242”, explicou o Tenente Coronel Olyntho.

O que competia ao Exército já está praticamente pronto, garantiu o Coronel Olyntho Gomes sobre o contorno viário, que vai ficar dependendo apenas da construção da ponte por uma empresa já licitada. No Centro de Barreiras: vias sem sinalização, excesso de carros e pedestres arriscando a vida. À direita, acima, rotatória onde ocorre maior congestionamento

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O maior gargalo

ALTERNATIVAS EM GRANDES CENTROS EM LONDRES Desde 2003, para circular no centro da cidade, o motorista tem que pagar um pedágio. O Resultado desta ação foi um aumento no uso do transporte coletivo, que além de ser menos poluente, não ocupa vaga no estacionamento.

NA ALEMANHA A cidade de Münster, fez um estudo e descobriu que o espaço ocupado para transportar 72 pessoas em ônibus é 34 vezes menor do que usando carro de passeio (com uma média de 1,2 pessoas por veículo).

NA HOLANDA Em Amsterdã as bicicletas são prioridade. E em Londres e Barcelona já existe um sistema de aluguel de bicicletas. Funciona assim: você faz um cadastro, aluga uma bike, e pode devolver em qualquer unidade. Se o usuário danificar a “magrela”, pode ser excluído do sistema.

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Correndo contra o tempo A pouca visibilidade causada pela neblina obrigou grande parte dos motoristas a dirigir com os faróis acesos. O relógio marcava quase 8h da manhã e o trânsito seguia lento em Luís Eduardo Magalhães, na BR 242 que, assim como em Barreiras, corta a zona urbana. Ficou intransitável por algum tempo, com filas a perder de vista, enormes. Mas, o fenômeno climático que provocou tudo isso na quinta-feira, 1º de dezembro, está longe de ser a desculpa para a dificuldade enfrentada pelos motoristas no seu dia a dia. Como nem todas as ruas são pavimentadas muitos motoristas preferem trafegar pelas já asfaltadas. A preferência pelas ruas principais torna o fluxo mais intenso e os buracos mais comuns. Problema em dobro para o poder público, que por um lado precisa investir na pavimentação das vias de chão batido – principalmente dos bairros Santa Cruz, Jardim das Acácias, Florais Lea e Mimoso II – e em contrapartida recuperar o asfalto deteriorado pela chuva e pelo trânsito do crescente número de veículos. No dia anterior, a Secretaria de Infraestrutura, do município começou uma operação “tapa-buracos” no centro da cidade. O material utilizado é o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). Segundo o responsável pela pasta, Sérgio Verri, é o melhor e mais resistente material que há no mercado atualmente. A operação é fundamental para a implantação do Projeto de Sinalização do Trânsito, prevista para ser concluída

e entregue no dia 30 de março, data em que o município completa 12 anos de emancipação política. “Seria inviável fazer a sinalização horizontal nas ruas sem melhorar o asfalto”, argumenta Verri. O recapeamento de todo centro da cidade já foi licitado. A previsão é que tão logo a regularização for realizada, seja feita uma cobertura de lama asfáltica para garantir ao pavimento alguns anos sem buracos. Essas etapas são necessárias, segundo o secretário de Segurança Pública, Ordem Pública e Trânsito, Eder Fior, para corrigir o trabalho feito pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf) na colocação dos tubos do esgotamento sanitário. “A obra da Codevasf danificou muito nosso asfalto e vai ter que haver uma correção pra que a gente não jogue dinheiro público fora. A sinalização horizontal depende disso”, explica. Além dela o projeto prevê também sinalização vertical, definição das mãos de direção, retirada das rotatórias, duas ciclo faixas, uma na rua Paraíba, sentido bairro Cidade Universitária, e outra na Paraná sentido BR e a colocação de sete semáforos. A pouco mais de 90 dias do término do prazo definido para entrega da obra, o secretário não esconde a preocupação em relação ao cumprimento daquilo que foi estabelecido. “A obra já está praticamente licitada, os editais foram todos publicados. O que atrapalha um pouquinho é a questão da chuva, mas ainda está dentro do nosso cronograma. Se houver atraso será coisa mínima, algum detalhe”, confia.

Três dos sete semáforos serão implantados ao longo da rua Paraíba. Central e estratégica, a rua une a rodovia federal, que corta a área urbana do município, com os bairros Mimoso II e Cidade Universitária. Todos os dias recebe uma elevada carga de veículos, de motoristas provenientes destes bairros e de ruas transversais vindos de vias onde ainda não há asfalto. Pelo fato de desembocar na BR, não seria exagero colocá-la entre as ruas com trânsito mais intenso entre todas no município. Afinal, na Paraíba estão a unidade de saúde com maior fluxo de pessoas, duas das escolas com maior número de alunos nos períodos matutino e vespertino e duas praças com grande movimentação de pessoas. No entanto, o maior gargalo enfrentado pelo município continua sendo a BR, que divide a cidade em duas regiões e se tornou um obstáculo perigoso e irritante. Por não pertencer a alçada do poder executivo é preciso esperar pela boa vontade dos órgãos federais, em especial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A aguardada duplicação da rodovia já era para ter começado. A crise instaurada no Ministério dos Transportes após a publicação de denúncias contra o ex-titular da pasta feitas pela Revista Veja, em setembro último, interrompeu as licitações e a obra continua no papel.

Existe um excedente de veículos com placas de outras cidades e estados em LEM. Entre as justificativas estão: IPVA mais barato, isenção no primeiro ano e saudosismo. Uma campanha incentivando a transferência desses veículos será feita no município para que a receita do IPVA fique no município.

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» Embora a duplicação seja necessária, apenas duplicar a BR 242 não resolve. É preciso construir passarelas, túneis ou viadutos para facilitar o trânsito de carros e de pessoas de um lado para o outro da cidade, que em certas horas do dia é praticamente impossível. Nesse trecho urbano da BR 242 acontece o maior número de acidentes da cidade. Situação que era pior antes das lombadas. Duas lombadas eletrônicas deveriam ter sido instaladas esse ano. “Eles vieram aqui, marcaram a área e saíram com tudo mapeado, com fotos, dizendo que em 60 dias seriam instaladas. Até hoje, nada”, desabafa Fior. “Ou a gente vence pelo cansaço ou acontece um fato terrível e a imprensa dá notoriedade. Aí eles vêm e fazem. Parceria não há”, reclama o secretário. Quando a municipalização do trânsito estiver concluída será possível fixar um convênio com a união para que a cidade possa atuar, efetivamente, na fiscalização do trecho da BR que passa pelo município. Quando houver necessidade de alguma interrupção, por exemplo, os guardas municipais poderão atuar, coisa que hoje não é permitido em hipótese alguma.

Não há vagas Por toda cidade, onde quer que se ande, são poucas as opções de estacionamento. As disponíveis são disputadas palmo a palmo. O bairro Santa Cruz, mais populoso da cidade, é um exemplo da dificuldade enfrentada pelos motoristas de Luís Eduardo Magalhães. Com ruas estreitas e uma única avenida – além de duas outras ruas principais – ligando a rodovia com seu interior, carros, motos e bicicletas praticamente dividem espaço com pedestres, que não conseguem caminhar pelas calçadas tomadas pelos comerciantes. A falta de conscientização agrava o problema. Alguns comerciantes estacionam o carro em frente da loja, porque não querem caminhar um pouco, e o deixam ali o dia inteiro. Eles não percebem, mas estão tirando a vaga de um possível cliente de sua loja. A sociedade precisa debater essas questões. E esse debate envolve também um amplo trabalho educativo e a disponibilização de um transporte público de qualidade. Outra coisa: o cidadão precisa se conscientizar que a cidade jamais vai disponibilizar estacionamento para todos os veículos, explica o secretário Fior, chamando atenção para o crescente aumento da frota de veículos e a falta de transportes e vias alternativas.

Com a implantação dos semáforos, as rotatórias das ruas de Luís Eduardo Magalhães tendem a desaparecer

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A dificuldade para se estacionar em Luís Eduardo, no entanto, tem outro agravante: o tamanho dos veículos. O perfil empreendedor voltado para o agronegócio faz com que exista em circulação um número muito grande de caminhonetes. “Aqui, de cada 100 veículos, 90 são caminhonetes. Peguemos as medidas, por exemplo, de uma F-250, de uma Hilux. O que ela ocuparia da via em estacionamentos tanto de 30, quanto de 45 graus, prejudicaria significativamente o fluxo e não aumentaria o número de veículos estacionados”, explica Fior. A solução, realmente, é já praticada em países do primeiro mundo: transportes coletivos e alternativos. É preciso desmistificar o mito da bicicleta como meio de transporte e também investir em transporte público. A licitação do transporte coletivo para Luís Eduardo Magalhães depende da pavimentação das ruas que fazem parte do itinerário dos ônibus, o que até o momento (esta matéria foi fechada no dia 8 de dezembro) não foi finalizada.

Conscientizar é preciso Enquanto “tudo permanece como dantes na casa de Abrantes”, as rotatórias, próximas de serem extintas, ainda contribuem para impedir que os mais apressados ultrapassem o limite no tráfego urbano e engrossem o número de acidentes na cidade. Para o empresário Talvani Chiapeti, 52, a retirada das rotatórias e a sinalização, se não vierem acompanhadas de uma campanha educativa no trânsito, mostrarão ineficientes. O empresário é da opinião de que os anos sem fiscalização deixaram o motorista de Luís Eduardo mal acostumado. “Ainda hoje vemos muitos motoristas andando sem o cinto de segurança, por exemplo. Por diversas vezes, dei carona, e quando a pessoa me vê colocando o cinto, dispara a pergunta: ‘tem blitz?’ É uma questão de educação e consciência. Não se pode usar o cinto só porque tem uma blitz, mas para garantir nossa integridade física em caso de acidente”, argumenta. A conscientização, no entanto, não deve se restringir ao motorista. Escolas, empresários e clubes de serviços como o Rotary Clube, Lions e Maçonaria devem também ser engajados da importância em se respeitar as regras que passarão a valer a partir do momento em que o sistema de trânsito for oficialmente lançado. “As campanhas educativas não podem ser pontuais, pois caem facilmente no esquecimento. O aprender se dá pela repetição constante. Além das campanhas educativas, deve-se intensificar as blitzes, inicialmente de forma educativa e orientativa e, no segundo momento, punitiva com a aplicação de multas”, comenta Chiapeti. “A maioria dos motoristas precisa se conscientizar de que estamos dirigindo em vias públicas e não em rodovia. Precisam respeitar os limites de velocidade. Alguns reclamam porque não tem asfalto, mas usando o asfalto é implantado não sabem andar devagar”, complementa. Após a entrega do sistema, haverá entre 60 e 90 dias para que todos se adaptem a novidade. Nesse período a Superintendência de Trânsito do município vai notificar a população. A ideia é que todos recebam em suas residências uma cartinha explicando as mudanças e suas implicações. “A pessoa que infringir vai receber na casa dele um auto de infração normal, mas que vai servir de advertência”, comenta Fior. Encerrado o período de adaptação, a ordem é clara: “Quem não aprendeu no amor, vai aprender na dor”, metaforiza o secretário.

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Apaixonada pela danรงa, Zandra sempre incentivou a filha Lua Clara a fazer o clรกssico

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O BALLET NA FORMAÇÃO

DOS JOVENS Zandra Brandão. Entre os escritórios de fazendas e empresas do ramo agrícola, uma escola de dança. No interior, meninos e meninas, com idade entre 3 e 14 anos, fazem da dança e o estudo do clássico uma opção para o tempo livre. Em uma das salas, fica a empresária Zandra Brandão. Seu sonho: levar expandir o estudo da dança clássica para mais pessoas, em especial para escolas públicas. “No dia em que essa região tiver um projeto que dê oportunidade para mais crianças estudarem dança muita coisa poderá ser evitada”, declara. Enquanto a chuva cai pesada do lado de fora, no escritório de Zandra a música clássica com ritmo suave vai marcando nossa conversa.. texto ANTON ROSS fotos C.FÉLIX

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dança é uma arte complexa. Trabalha a sensibilidade, a mente e o corpo de seus praticantes. Exige comprometimento e empenho. A depender do grau de interesse de quem a pratica pode se tornar uma profissão. Não escolhe raça, muito menos condição financeira. É tão somente, uma questão de oportunidades de dar a quem desconhece suas vantagens a chance de desenvolver uma aptidão, muitas vezes, escondida e, às vezes, limitada por um preconceito tolo. Sexto de uma família de sete irmãos, o chinês Li Cunxin teve a vida mudada drasticamente aos 11 anos de idade, quando foi escolhido pelos conselheiros culturais de Mao para estudar na Academia de Dança de Pequim. Sua história de vida foi contada, por ele próprio, no livro Adeus, China, lançado no Brasil pela Editora Fundamento Educacional em 2008. Ao lembrar-se de sua primeira aula, Li resume a complexidade e disciplina que precisa ser empregada por quem, invariavelmente, escolhe ou é escolhido pela dança. “Aquela primeira aula durou aproximadamente duas horas que me pareceram uma eternidade. Estava louco para que a campainha tocasse, para poder arrancar aquele calçado horrível e deixar meus dedos dormentes se esticarem. Pensei em como seria bom correr pelas ruas ou lutar com os colegas, como fazia na comuna. Eu não queria dançar. Queria ir lá para fora e brincar com a neve, atirar bolas e construir um boneco”, descreve. Cunxin foi escolhido. Nunca teria tido, por conta própria, a iniciativa em procurar algum meio que seja para praticar a dança, o ballet clássico. Muitos, como ele, não têm a mesma sorte. Seja nos grandes centros urbanos ou nas cidades do interior, o clássico ainda é para poucos, embora possam existir muitos talentos não descobertos, seja pela falta de oportunidades, preconceito ou sorte. No extremo oeste baiano, a quem acredite que seja possível dar as pessoas que não têm condições de se matricular em uma escola de dança a oportunidade de estudar o clássico e suas vertentes. Administradora e pós-graduada em Gestão de Pessoas, Zandra Brandão fala com o entusiasmo de quem descobriu na dança uma paixão. Sonhadora, acredita que o estudo do ballet clássico pode ser uma boa alternativa para as crianças e adolescentes que não têm nenhuma atividade no tempo ocioso, quando não estão na escola. – Quanto que não agregaria à educação dessas crianças? – pontua. Mesmo sem dar certeza, o desejo é de já em 2012, abrir as portas da escola de dança que administra no bairro Jardim Paraíso em Luís Eduardo Magalhães, para crianças e adolescentes que, em condições normais, não teriam como arcar com tal despesa. Embora já disponha de alguns alunos não-pagantes, Zandra diz que só não tem mais pelo custo de manutenção da escola, funcionários e professores. 56

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– Um professor que se especializou em ballet clássico, por exemplo, tem custo elevado – explica, antes de resumir seu pensamento e dar significado ao que projeta para o futuro breve. – O clássico é para todos. *** Natural de Jacobina, antes de fixar residência em Luís Eduardo Magalhães em 2009, Zandra passou por Salvador, Irecê e Barreiras. Foram os empreendimentos do marido, empresário do ramo automobilístico que possibilitaram conhecer a cidade que acabou escolhendo para morar e educar as duas filhas Lua Clara, 13, e Juline, 3. Nas idas e vindas, entre Barreiras e Luís Eduardo, o gosto pelo jovem município apenas aumentava. – Essa cidade é interessante. Quando eu abrir um negócio, quero vir pra Luís Eduardo – dizia para o marido nas constantes viagens que faziam entre uma cidade e outra. Quando a filha mais velha, Lua Clara, completou 4 anos, Zandra decidiu que era preciso preencher o tempo ocioso da pequena com alguma atividade física. O insucesso com as aulas de natação coincidiu com a notícia de que uma amiga preparava-se para inaugurar em Barreiras uma escola de dança. – Lua Clara foi a primeira aluna matriculada – relembra. Embora não tivesse muita noção do que esperar, a aposta deu certo. Em pouco tempo a filha desabrochou. Criou gosto pela dança e transformou para sempre a rotina da família. Disciplinada, a pequena Lua Clara começou a criar as próprias coreografias e arriscar apresentações para sua então plateia preferida: o pai e a mãe. As idas à capital se tornaram frequentes. A aprendiza de bailarina precisava realizar os exames em Salvador. A paixão pela dança e pela música apenas crescia. Em ambas, mãe e filha. A relação cada vez mais próxima com o ballet clássico, no entanto, quase se tornou um empecilho na hora de a família se mudar para Luís Eduardo. Sem uma escola de dança onde matricular Lua Clara, Zandra se viu em um dilema. Relutante, a filha mais velha não queria morar em uma cidade sem uma escola onde pudesse continuar a fazer o que mais gostava. Sem hesitar, a administradora entendeu ter chegado a hora de colocar em prática o desejo de anos antes. Era hora de iniciar o próprio negócio. – No fim das contas, acabamos unindo as duas coisas: o gosto pela música e pela dança e a possibilidade de proporcionar algo para a comunidade – explica. *** Com dois anos de funcionamento, a escola está em polvorosa com a proximidade da apresentação de fim de ano, agendada para o domingo, 4 de dezembro, no Espaço de Eventos Quatro


Estações. Entre funcionários e alunos, todos respiram o espetáculo. Zandra pede licença. Precisa resolver alguns detalhes. Nada pode falhar. Ao retornar, pede desculpas pela interrupção, sorri e conta que chegou a procurar a prefeitura em busca de uma parceria para o sonho de levar a dança até aqueles que não podem pagar pelas aulas. Justifica o pedido, relatando projeto semelhante iniciado no município de Camaçari, cidade próxima a Salvador, capital do estado, onde funciona uma das franquias da Escola de Ballet. Lá a parceria com o poder público garante que mais pessoas tenham acesso à dança e, consequentemente, ao clássico. A tese defendida por Zandra é simples. – Quando as crianças têm a oportunidade de estudar e frequentar aulas de dança, elas se desenvolvem de maneira mais saudável mentalmente. São crianças mais críticas, que escutam e analisam mais. Que tem um equilíbrio maior. A dança acaba ajudando em tudo, desde a parte motora, psicomotora, até no respeito ao coleguinha – defende.

Questionada sobre a Lei nº 11.769, sancionada em 2008 e que obriga o ensino de música nas escolas a partir de 2012, Zandra não hesita. Encanta-se com a possiblidade de a dança também fazer parte do currículo das escolas brasileiras e sugere mais parcerias. – Tem de proporcionar ensino sim. Buscar mais parcerias entre o público e privado. Muitas pessoas não sabem onde procurar, e por isso ficam caladas. A dança nas escolas, por mínimo que seja só traria benefícios para essas crianças – argumenta. *** Antes de Lua, o contato de Zandra com a dança se restringia ao período, ainda na adolescência em que estudou jazz. Sem oportunidade para continuar os estudos, o sonho de se tornar uma dançarina acabou interrompido. Foi apenas depois que a filha passou a encarar a dança com seriedade, que Zandra voltou as aulas. – Você sabe, a gente se realiza nos filhos. Ela foi tomando gosto,

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Os benefícios do ballet clássico para crianças e adolescentes Ajuda no desenvolvimento da sociabilidade e novas

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amizades; Encoraja a disciplina física e o controle e conhecimento de seu corpo; Garante um senso de confiança física e mental;

mostrando interesse, acabei voltando à dança por causa dela. É engraçado que várias vezes, em casa, trocamos figurinhas, mostramos o que aprendemos uma para a outra – revela a mãe orgulhosa. Ao som do maestro brasileiro Heitor Villa Lobos, Zandra senta para observar a filha. Sorri. Lua se aquece rapidamente, antes dos primeiros passos. Vestida a caráter, a pequena dançarina, procura no espelho o movimento perfeito. Na ponta dos pés, eleva os braços e rodopia, uma, duas vezes. A rotina de quem dança é puxada. Além da disciplina envolvida nos estudos, é preciso praticar pelo menos 1h30 todos os dias, de segunda a sexta-feira. A exceção fica para o final de semana, quando é permitido um pouco de descanso físico. A mente, no entanto, continua focada na dança. – Já peguei a Lua revisando alguns passos em casa – conta a mãe. Lua não nega. A dança se tornou algo natural em sua vida. Faz parte do seu dia a dia e até dos planos futuros. Sonhadora, a menina não descarta a possibilidade ir para Londres dançar no Royal Ballet, tão logo termine seu programa de dança no Brasil, daqui a quatro anos. – O ballet não é uma brincadeira, um simples hobby. A partir de um determinado grau você começa a levar a sério – explica a aprendiz de bailarina. A inspiração vem de fora. A canadense de nascimento Tamara Rojo, criada na Espanha encabeça a lista das bailarinas preferidas de Lua. Nascida em 1974, desde o ano 2000, Rojo é a principal bailarina do Royal Ballet de Londres. Aos 37 anos, continua em busca de novos desafios. Dançando e encantando gerações. – Depois de dez anos, você começa a conhecer a sua habilidade e a sua profissão, profundamente, e você só pode conhecer de verdade fazendo coisas grandes – revelou a dançarina, em entrevista recente publicada pelo site The Arts Desk. A declaração da dançarina famosa serve de inspiração e incentivo para Lua e tantos outros meninos e meninas que desejam fazer carreira na dança. Não desistir. Aproveitar as oportunidades. Fazer acontecer.

Contribui para a boa postura e habilidade corporal; Promove o conhecimento de outras formas de arte, associadas ao ballet clássico.

– Infelizmente, comecei a levar a sério muito tarde – entrega, porém, sem perder de vista a esperança de fazer carreira como bailarina e integrar o cast do maior ballet do mundo. Questionada sobre o que a dança representa para sua vida, Lua Clara não hesita: – A dança é minha vida. Se eu parasse de dançar, acho que não conseguiria fazer mais nada. Ao lado, a mãe sorri. Está realizada. O sonho é retroalimentado. Mais crianças e adolescentes precisam ter a chance de conhecer a arte. A dança. O clássico. *** No livro, “Ballé uma arte” (1998), a bailarina carioca, Dalal Achcar, defende a dança como fundamental para a vida das crianças, tanto para sua formação artística quanto para sua integração social. Isto por desenvolver os estímulos, tátil (sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo), visual (ver os movimentos e transformá-los em atos), auditivo (ouvir a música e dominar o seu ritmo), afetivo (emoções e sentimentos transpostos na coreografia), cognitivo (raciocínio, ritmo, coordenação) e motor (Esquema corporal. As atividades propostas visam o desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade.

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New York, Oeste, Bahia texto KARINE MAGALHÃES fotos C.FÉLIX

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Inspirado no estilo nova-iorquino, este editorial da Zhagaia traz opções para homens modernos, elegantes e cosmopolitas. Não importa a ocasião. Trabalho, happy hour, festa. Em qualquer momento, uma personalidade fina.

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INFORMAÇÕES ZHAGAIA Rua Profª Guiomar Porto, 145 (Pça. Castro Alves) - Barreiras (BA) (77) 3611.8270 Shopping Center Rio de Ondas - Barreiras (BA) (77) 3612.3737 Rua Clériston Andrade, Qd. 19, Lj. 16 - Luís Eduardo Magalhães - Barreiras (BA) (77) 3628.5914

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Ficha técnica

LOJA: ZHAGAIA LOOKS/PRODUÇÃO: MÔNICA LUIZA, ANNE STELLA E NEIDE MODELO: LUIZ CÉSAR DIREÇÃO e FOTOGRAFIA: C.FÉLIX LOCAÇÃO: KINGS PUB (LUÍS EDUARDO MAGALHÃES)

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Comércio forte na terra dos grãos Célia Kumagai. Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Barreiras faz balanço de sua gestão em 2011 em clima de despedida texto C.FÉLIX foto PÉRICLES

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hega ao fim mais um ano com saldo positivo, na terra do agronegócio. Mas não só de grãos se faz o Oeste da Bahia. O comércio foi marcado pela abertura de novas franquias e aguarda ansioso por surpresas e estabilidade para 2012. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Barreiras premiou os destaques do ano, no 1º Mérito Lojista de Barreiras. Nesta entrevista à r.A, a presidente da CDL, Célia Kumagai, fala da importância da entidade para o fortalecimento do comércio, pincelando alguns momentos de sua gestão. Como a senhora avalia a situação do comércio de Barreiras, hoje? Por se tratar de um importante polo agropecuário e o principal centro urbano da região oeste da Bahia, Barreiras tem um centro comercial e agroindustrial em pleno desenvolvimento, o que possibilita a chegada de novos empreendedores e de mais investimentos, tornando o comércio bastante competitivo. O que mudou com a fundação da CDL aqui e por que ela é importante para o comércio? Fundada em 23 de novembro de 1977, por um grupo de empresários tendo como o primeiro presidente Carlos D’Almeida Borges. Foi um grande passo dado pelos lojistas, uma significativa mudança no relacionamento entre o segmento empresarial, a comunidade e os poderes constituídos, fundamental no regime democrático em que vivemos. Participar de uma entidade que representa o comércio local é muito importante para o lojista, além de usufruir de todos os serviços que a CDL oferece, o associado pode expor suas ideias, sugestões e cobrar melhorias. A entidade defende seus direitos como lojista, oferecendo assessoria jurídica, treinamentos, palestras, campanhas etc. Além de promover o bem-estar do empresariado, que relação a CDL tem com a sociedade e o desenvolvimento da cidadania? Representa os interesses dos associados perante os poderes públicos e a sociedade, tornando o comércio mais forte, dinâmico e participativo. 68

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Que modelo de gestão é mais salutar para a sobrevivência de um negócio no mercado? O modelo de gestão refere-se a forma como as empresas organizam suas atividades com a aplicação de procedimentos, normas e regras alinhadas aos valores e as crenças que determinam as escolhas por determinados comportamentos. Desta forma a gestão da empresa reflete sua cultura organizacional, seus valores, sua visão e missão. Gestão supõe um misto de tecnologias, ou seja, um conjunto de conhecimentos sistematizados e princípios que se desdobrem em técnicas e procedimentos de trabalho. É necessário investimento em estruturas modernas, prática de preços e atendimento diferenciados, para tornar as empresas mais atrativas para o consumidor. Temos que avaliar se o nosso modelo de gestão está integrado ao ambiente externo, ou seja, as exigências do mercado. Quando o cenário externo é repleto de mudanças rápidas, o modelo de gestão que melhor se adapta é o flexível, em que todos se unem em prol de objetivos e resultados estratégicos para a empresa. O empresariado local está maduro o suficiente para enfrentar a competitividade mais agressiva das grandes redes nacionais? Com a abertura e o alargamento dos mercados, o aumento da concorrência e o ritmo de inovação, as empresas não podem se limitar apenas a estar no mercado. Cada vez mais as empresas têm de estar aptas a reagir aos desafios que ameaçam a sobrevivência. É necessário definir formas, incorporar novas técnicas, adequar as tecnologias de gestão sem perder as peculiaridades de um comércio acolhedor para competir com as grandes redes que se instalarem no comércio local. O que significa o 1º Mérito Lojista para o futuro do comércio na cidade? O Prêmio Mérito Lojista é uma marca registrada da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL’s), e acontece na maioria das cidades onde a CDL atua. Em Barreiras, este ano aconteceu a primeira edição. O evento premiou as empresas mais lembradas pelos consumidores em 2011 em diferentes categorias, segundo pesquisa de opinião pública realizada pelo Núcleo de Pesquisa da CDL (NUPEC). A Deusa da Fortuna, estatueta inspirada na criação do escultor e artista plástico Gustavo Nakle, tem peso de ouro para o ganhador e representa o elo que une o fornecedor e o varejo, na manutenção da qualidade de produtos e serviços ao consumidor. Os empresários devem ficar atentos às rápidas mudanças do mercado e continuar trabalhando com criatividade, pois o consumidor está de olho. Que balanço a senhora faz de sua gestão? Qual a ação mais significativa? Um grande desafio, mas com o apoio da diretoria e dos associados dei a minha contribuição de forma positiva. Várias ações foram desenvolvidas tanto no âmbito social quanto empresarial, destacando-se as campanhas de final de ano. DEZ/2011

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CULTURA

Século XXI:

TRIBO KIRIRI

textos/fotos C.FÉLIX

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uando os europeus aqui chegaram, milhões de índios habitavam essa região do continente americano que passou a ser chamada de Brasil. Com o tempo, essa população declinou para algumas centenas de milhares. Hoje, no estado da Bahia, o IBGE registra pouco mais de 60 mil índios. São homens e mulheres que lutam ainda para preservar uma cultura que pouco a pouco se mistura e se perde em meio aos costumes e modos de vida da sociedade moderna. As 40 famílias da tribo Kiriri, no Muquém do São Francisco, já não falam mais a língua materna, embora declarem não ter “dificuldade com o mundo moderno”, diz a cacique Maria Kiriri. Em 1987 o pai de Maria Kiriri deixou a reserva indígena “Saco dos Morcegos”, na região do polígono da seca em Ribeira do Pombal, a 271 km de Salvador, e saiu em busca de outro lugar. Seu sonho era morar na beira de um rio. Andou pelo Rio Grande do Sul, Tocantins – encontrou terras enormes, mas não era o que queria! Até conhecer o local onde hoje é a aldeia, na margem esquerda do Rio São Francisco, a 5 km de Ibotirama. Na época, eram apenas três famílias - já são 40. “São irmãos, sobrinhos... A área é pequena. Eu tô lutando por mais terras. Tem só 62 hectares, da margem da BR-242 até o rio. Minha população tá na faixa de 200 pessoas, incluindo adultos e crianças bem pequenininhas. Tenho uma garotada de 15 a 17 anos que já estão caçando família. Quando essa garotada arranjar família eu tenho que ter espaço. Tem que ter terra pra trabalhar”, explica a cacique, no comando da aldeia há 22 anos, quando a tribo se resumia a apenas quatro famílias. 70

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As conquistas e as perdas de uma tribo que luta para preservar sua cultura e tirar proveito dos avanços tecnológicos da sociedade moderna

Laboratório de informática com acesso à internet via satélite, uma das conquistas da cacique Maria Kiriri (à direita) para a aldeia, que tem 40 famílias. As casas de taipa, aos poucos, estão dando lugar às de alvenaria

Instalados no Médio São Francisco, os kiriris acabaram se envolvendo com os pancarus, índios que habitam a região. Foram se casando, as famílias se multiplicando, a população aumentando e as necessidades surgindo. As casas, que eram de taipa, foram dando lugar às de alvenaria. Com o projeto para a construção de mais 16 moradias, as de taipa desaparecerão, espantando de vez o fantasma da doença de chagas da tribo. A aldeia tem água tratada, escolas, laboratório de informática. “Os meninos não precisam sair daqui para estudar. Eu posso dizer que os meus índios investem na educação, porque eles não dependem dos outros para viver. Eles tiram do rio pra viver. Logo quando chegamos aqui tivemos muita dificuldade. Você morar na beira do rio e não saber pescar é difícil. Mas hoje, não. Eles tiram o pão de dentro do rio”, conta a cacique, que fez até a 6ª série. Desde que assumiu o comando da tribo luta para conseguir benefícios para a aldeia. “Não terminei os estudos porque passava muito tempo fora. Por mais que você tente pegar a matéria pelos outros, não pega”, explica. Kiriri, em tupi, significa povo calado, expressão que não traduz o perfil da cacique. “Eu sou uma mulher muito respeitada aqui e lá fora. Sou uma mulher guerreira. Eu fui até o presidente e botei pra lascar. Fomos eu, um pajé de Paulo Afonso e um pessoal de Pancararu. Formamos um grupo que tinha meio mundo de gente escolhido - eu era uma delas, tava lá junto com eles. Eu gosto de desafio. Há seis anos, fizemos uma greve no Polo Base [de Ibotirama] e eu nunca me arrependi do que eu fiz. Falaram que eu tava deva-

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música, cinema, livros, teatro, artes plásticas, cultura popular

» gar e enrolando os índios - se ferraram! Peguei 80 índios

trajados. Fomos de carro, duas vans. Conseguimos afastar o chefe. Falei pra ele: ‘O senhor vai sair e não vai tirar nada daqui’. Ele chamou a policia. Quando chegaram, deram alguns tiros pra cima, mas não saímos. Ai eu mandei um documento pra Funai e pro Ministério Público. Pra quem apoiasse os índios eu mandei. Quando completou 80 dias eu fui intimada. Fui eu e o chefe do Polo Base. Fizemos um acordo. O outro perdeu o emprego, foi desmoralizado na praça. Eu provei as fraudes que ele fazia. Eu tinha tudo nas mãos. Até os copos pra exame tinha lá os pacotes e nós tinha que comprar pra fazer. Se você visse... Era de fazer nojo. Tanto de remédio e caboclo sofrendo. Mas depois que eu fiz isso, as coisas aqui pra nós melhoraram. Aqui não falta remédio, caboclo tem hora marcada em Ibotirama. Colocamos outros pra ser chefe, mas não aguentou. Assumiu outro. Até agora não tivemos problema não. Você liga lá e depois de minutos o remédio já está na porta”, conta. Ano passado, a tribo comprou um caminhão e conseguiu do governo um trator com grade e galpão para ajudar a mecanizar a agricultura, principal fonte de renda da comunidade. Os que não trabalham no campo e no rio, estão nos órgãos públicos.

Aldeia global Os recursos (educação, tecnologia, moradia e água tratada) conquistados para dentro da aldeia, ao invés de isolá-los do mundo externo, eliminaram ainda mais a fronteira que separa o índio dos não-índios. Isso exigiu uma atenção maior da cacique sobre os jovens índios, tanto no sentido de afastá-los das bebidas e drogas como no de estimular a preservação dos valores culturais da tribo. “A gente sempre fica explicando pra eles que não podem ter vergonha do que é deles. A gente aqui trabalha com a medicina indígena. Às vezes, tem um índio que precisa passar pela mão do pajé. Não importa a hora – se é de manhã, de tarde ou noite. Antes de mandar um índio pro hospital, ele primeiro passa por nós. Estamos tentando arrumar um professor que ensine o nosso idioma. Sabemos algumas coisas, mas a ajuda do professor irá ser melhor pra devolver a nossa língua aos mais novos”, relata Maria, que teve cinco filhos: uma é professora e trabalha na aldeia, outra faz faculdade de Administração Pública. “A gente procura sempre manter o que é da gente, mas sai”, reflete em sua sabedoria de mãe. De quinze em quinze dias, às quartas-feiras, a tribo se reúne para realizar o trabalho da cura, na Casa da Ciência, localizada temporariamente no centro da aldeia - em breve será transferida para o “meio da mata”, onde está sendo construído outro espaço. Uma cruz na frente da Casa da Ciência e em seu altar, com imagens e quadros de santos 72

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Ao fundo da palhoça que fica no meio da aldeia, um galpão construído por órgãos públicos para mecanização da produção agrícola. A tribo já tem trator e caminhão. Ao lado e ao redor de uma cruz, os kiriris fazem demonstração de início do ritual do toré, em frente a Casa da Ciência (em cima e à direita)

(Santa Luzia, Cosme e Damião, Sagrado Coração de Jesus, entre outros), de Iemanjá, juntamente com artefatos indígenas e velas revelam a fé sincrética da tribo. “A gente trabalha com os mortos. Pra você trazer a cura tem que trabalhar com eles. Pra você desmanchar uma macumba tem que trabalhar com eles. Então a gente tem que trazer um que já se foi pra trabalhar. Já temos velas preparadas pra receber eles - fica é muito bonito! É um trabalho que é muito respeitado dentro da nossa cultura. Nós trabalhamos com a Jurema e graças a Deus é por isso que estamos em pé até hoje”, conta Maria, que não sai da aldeia sem antes consultar os espíritos: “Primeiramente eles vão me orientar, me dizer o que fazer. Se eu faço um projeto, é sempre com a permissão deles. A gente senta, discute, procura ver se vai ser feliz aquela viagem”. O ritual da cura é restrito, só os adultos da aldeia podem participar. Já o Toré, outro ritual realizado também quinzenalmente, só que aos sábados à noite, é permitido a todos, até aos não-índios.


O Toré é uma dança cerimonial que acontece no terreiro e é considerada uma manifestação sagrada. Ao ritmo de cantos os índios formam um círculo e, com pisadas fortes e compassadas, dançam exaltando a força guerreira da tribo e à proteção divina. O som enche a aldeia de uma energia inexplicável. A poucos metros de onde é realizado o tradicional Toré, uma outra cultura, urbana, tecnológica e revolucionária repousa. São dez computadores (dois estão no conserto) conectados à internet via satélite em uma sala climatizada precariamente. De dois ar-condicionados, apenas um funciona. “Eu ligo o ar de manhã. Quando os meninos chegam à tarde a sala tá fresquinha”, explica Carliusa Francisca Ramos, monitora responsável pelo Infocentro da aldeia, instalado pelo governo federal em parceria com os governos municipal e estadual para promover a inclusão digital. “Aprendi a trabalhar sozinha, quando fizeram o Infocentro. Obrigatoriamente tinha que trabalhar um indígena, aí tinha que ser formada. A única que tinha no momento disponível pra ir era eu. Peguei cinco dias de curso em Salvador. Quando eu fui não sabia nada de computador. Quando eu cheguei aqui, peguei mais um mês em Ibotirama. Aí, quando aqui começou a funcionar, o técnico veio aqui e disse: ‘Isso aqui tem que funcionar, você tem que se virar aqui dentro’. Eu vim pra cá e me virei”, conta Carliusa. Através de uma “cartilha” cedida pelo projeto, ela ensina como trabalhar com o editor de texto, criar apresentações em slides, navegar na web. “Eu tenho vontade de aprender muito mais. Isso aqui é o básico. Claro que ajuda quando a gente precisa pesquisar trabalho da escola. É uma boa oportunidade pra gente”, declara a aluna Marcia Souza da Silva. Ela, assim como as outras meninas da turma, aproveitam também a internet para mergulhar no mundo das redes sociais. Os meninos preferem os jogos. Às vezes, com tanta coisa pra resolver, tanta viagem, família e tribo para comandar, Maria Kiriri reflete o quanto a vida é complicada, “é doida”. “Eu tô há dois anos procurando um novo cacique, mas ninguém quer. Acham que se eu sair isso aqui vai acabar. Mas não vai, não. É só fazerem o trabalho correto”. DEZ/2011

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ARTE

Do barro ao óleo Enquanto as mãos hábeis de mulheres e homens se misturam ao barro para dar forma a objetos na histórica cidade de Barra, subindo o Rio São Francisco, à margem esquerda, em um sobrado de Bom Jesus da Lapa, um jovem talentoso reproduz em telas as imagens do cotidiano dos ribeirinhos e do homem sertanejo. Exemplos da arte do interior baiano pouco conhecida, pouco valorizada texto ELLEN RARDEN foto C.FÉLIX e REPRODUÇÃO

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A arte de moldar o barro à mão é passado de geração em geração

As ceramistas da Barra

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m 1973, Irmã Cândida chamou Dona Nicinha Batista para ensinar o ofício do barro para um grupo de adolescentes. Era o começo de uma mudança significativa para as ceramistas de Barra, cidade localizada no Médio São Francisco, terra dos antigos barões da época do Brasil Colônia. É no salão onde hoje funciona a Associação das Ceramistas Nossa Senhora de Fátima que são produzidas e comercializadas as famosas louças de barro da cidade oestina. Antigamente, as peças eram todas produzidas nos quintais das casas das ceramistas. A associação veio impulsionar o trabalho das artesãs. Ali passaram a ser produzidos potes, moringas, quartinhas, filtros, talhas. “Antes, cada um comprava seu barro, lenha, ou qualquer material que utilizasse na confecção das peças”, conta a ceramista Maria Aparecida, uma das integrantes da associação. O trabalho é todo manual. Com mãos habilidosas e acostumadas com o manuseio do barro, as ceramistas aos poucos dão forma aos objetos. É preciso ter talento, mas não é tudo. Maria Aparecida se queixa da falta de valorização do trabalho feito na associação. Ela lembra que em uma das exposições realizadas pela associação fora do Brasil, um dos exemplares da Moringa Moça, obteve o primeiro lugar em concurso de arte popular em Paris, em março de 2001. A peça foi levada para a França pelo Padre Estefânio e o registro da conquista está na Diocese de Barra. “É muito importante estarmos divulgando esse trabalho, realizando essas exposições para as pessoas daqui e fora da Região, pois, infelizmente não valorizam o necessário”, desabafa. Atualmente trabalham na associação quatro homens e oito mulheres. Dos trabalhos realizados dentro da associação, cada ceramista tem a sua peça mar-

Entre as peças em destaque na produção das ceramistas, a Moringa Moça (à esquerda), premiada na França

cada. Após a venda, uma porcentagem mensal é repassada para a associação. A maioria deles tira o sustento do que produz ali. Outros, têm renda extra. A associação conta com o apoio da prefeitura e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que contribuem para as exposições de suas peças, tanto no Brasil quando no exterior. DEZ/2011

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O artista da Lapa

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a 6ª série, o pequeno Leandro pintou o Sagrado Coração de Jesus usando apenas o preto e o branco. Logo que terminou o desenho mostrou para um colega que, deslumbrado, fez com que o desenho chegasse às mãos da diretora. As freiras que administravam o colégio ficaram igualmente encantadas, a ponto de expor o desenho na entrada da escola com a seguinte mensagem: “Alguém conhece este artista?”. Após esse episódio, Leandro Costa de Oliveira ficou conhecido em toda a escola, tendo participação em quase todos trabalhados que envolviam arte ou a necessidade de algum desenho. Nascido em Bom Jesus da Lapa e criado às margens do Rio São Francisco, Léo Costa, como é conhecido, sempre foi amante da arte, retratando nas suas pinceladas as bele-

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zas naturais oriundas do Oeste Baiano. “Meus pais sempre me apoiaram, falavam para que eu nunca desistisse” conta. Quando menino, na pequena estância da avó, no povoado de Favelândia, Leandro tinha o chão como tela. “Eu limpava o chão e desenhava”, lembra. Hoje, aos 31 anos se tornou um grande profissional, obtendo reconhecimento pelo seu trabalho com exposições de sua arte em todo o Brasil. Desde sua primeira exposição em 2001, na Agência do Banco do Brasil de sua cidade natal o artista investe na carreira, expondo em cidades como Salvador e São Paulo. Vez por outra viaja para participar de treinamentos e aperfeiçoar suas técnicas. Em 2003, se inscreveu em um concurso de pinturas da revista “Pintura em Tela”, da Editora Online de Portugal, ao lado de outros 1.500 inscritos. Após três eliminatórias ficou entre os cinco melhores, com direito a publicação na revista que tem circulação no país europeu.


O cotidiano dos ribeirinhos, do sertanejo e das edificações rochosas onde ficam as grutas religiosas da Lapa estão presentes nas tela e nos mosaicos de Leo Costa, que já expôs em São Paulo e Salvador

Em Bom Jesus da Lapa, no ano de 2009, Léo Costa foi convidado para realizar uma pintura na praça, que na época estava em reforma. Desafiado, sugeriu ao idealizador da reforma a produção de um mosaico. Deu certo! Hoje, este trabalho encanta a todos que passam pela Praça principal da cidade se tornando um cartão postal. No atelier, o artista guarda uma coleção de materiais de grandes nomes da pintura em seus diferentes estilos. Questionado sobre sua influência particular, não hesita em lembrar os mestres impressionistas como Pierre-Auguste Renoir, Claude Monet e Rembrandt, pela ênfase ao tema natureza. Principalmente as imagens de paisagens, destaca Leo, pelo uso de técnicas de pintura que valorizam a ação da luz natural. Entre os artistas da atualidade vê como referência o artista plástico Alexandre Reider.

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m 2008 a Zhadok recebeu um convite para tocar numa festa de Halloween. Mesmo sob os protestos do pastor da igreja, a banda aceitou o desafio e foi para o show. No local não havia palco ou camarim. A apresentação aconteceu no chão com a banda tocando cara a cara com o público. Do lado esquerdo de onde se apresentavam um grande freezer cheio de cerveja era disputado por parte do público presente, em sua maioria fãs de bandas de heavy metal como os britânicos do Iron Maiden ou os brasileiros do Sepultura. Indiferente à preferência musical e de bebida dos que assistiam ao show, a banda fez seu set e ao final, um dos roqueiros presentes procurou o tecladista Fábio Rocha para uma conversa. Falaram por horas. Sobre a palavra de Deus, o amor de Cristo, provações, etc. Foi o suficiente para que procurasse a igreja. “Até o toque do celular dele hoje é de uma música do Justificado”, conta Fábio, lembrando que o rapaz também era usuário de drogas. Em outro show também em Luís Eduardo Magalhães, em uma das pausas do set o tecladista fez um rápido discurso sobre suicídio. A pregação acertou em cheio o coração de pelo menos um dos presentes. “No final do nosso show um cara me abraçou e chorando disse que estava pronto para se suicidar mas que nossas palavras o comoveram”, lembra o tecladista. Ir além das paredes da igreja é mesmo a proposta da banda. “A gente usa a música como uma ferramenta de transformação. Os hinos tradicionais cantados desde sempre nas igrejas dificilmente vão alcançar um roqueiro, para fazer com que ele conheça a verdade”, resume Fábio, que além de músico é funcionário público e trabalha na Secretaria de Trabalho e Assistência Social em Luís Eduardo. No novo trabalho, a proposta da banda é abordar temas mais presentes na vida do cristão. “No primeiro álbum abordamos o encontro do homem com deus. Nesse novo disco as letras falam mais das lutas que o cristão enfrenta depois que já está na caminhada com Deus”, explica Juninho. A ideia é mostrar que todo ser humano passa por momentos de instabilidade e atribulações. Uma das novas músicas, comenta o guitarrista, fala sobre o julgamento que as pessoas fazem umas das outras, muitas vezes, até dentro da igreja. “A igreja é feita de homens, a gente não quer abafar o que acontece lá dentro. Sabemos que todo mundo enfrenta atribulações, dentro e fora dela. Isso acontece com a gente também” comenta o guitarrista e principal compositor do grupo. Outra novidade será a inclusão de um faixa em inglês. “A maioria dos visitantes do myspace da banda são de outros países”, justifica o guitarrista, lembrando que mais de mil donwloads do primeiro disco vieram de computadores da Europa, Japão e alguns, até da Argentina. Essa mudança na maneira como se consome música atualmente, parece não assustar a banda. “Não fosse pela internet, muita gente não conheceria o trabalho feito pela Zhadok”, finaliza Juninho. 80

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ALÉM MÚSICA

Eles não têm pinta de roqueiros nem usam camisetas do Iron Maiden ou Metallica. Gostam de rock e são evangélicos. Há oito anos fundaram uma banda que flerta com o metal progressivo e melódico de grupos como Dream Theater e Angra, sem se distanciar das raízes e do legado de bandas como Metal Nobre e Oficina G3, maior ícone do rock gospel cantado em português. Dois anos depois do primeiro disco, Justificado (2009), a Zhadok se prepara para novos voos e quer fazer da sua música uma ferramenta de transformação para ir além das paredes da igreja texto ANTON ROOS foto REPRODUÇÃO


Quinteto formado por Juninho Dias (guitarra), Fábio Rocha (teclado), Jessé Machado (bateria), Roberto Santos (vocal) e Jc (baixo) está em fase de pré-produção do segundo disco

DAS PAREDES DA IGREJA PARA OUVIR ZHADOK Na Web www.zhadok.com.br www.myspace.com/zhadok http://www.youtube.com/user/juninholegado

CD Justificado Lançado em 2009, disco tem 11 faixas e duração


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MEMÓRIA

AOS 20 ANOS, QUINCA, COMO É CONHECIDO, COMBATIA OS DESMANDOS E DESRESPEITO AOS TRABALHADORES RURAIS NA REGIÃO DE SANTA MARIA DA VITÓRIA. AMANTE DA LEITURA E DO CONHECIMENTO CRIOU A BIBLIOTECA CAMPESINA COM A COLABORAÇÃO DE ALGUNS PARCEIROS. NO INÍCIO DO ANO, A BIBLIOTECA COMPLETOU 31 ANOS, MAS NÃO FOI FÁCIL CHEGAR ATÉ AQUI. NEM SEGUIR DAQUI PRA FRENTE...

JOAQUIM LISBOA

texto THIARA REGES foto MARCO ATHAYDE

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1ºato História Geral

Um dia nos reunimos com Clodomir Morais. A aproximação aconteceu em virtude de nossos interesses comunistas, por nossa luta contra as arbitrariedades que aconteciam em Santa Maria da Vitória. Nesta reunião, ele nos deu uma meia dúzia de livros e disse: ‘Não é para vocês, é para o povo’. Foi aí que percebemos que estava na hora de fundar uma biblioteca. Em 15 de fevereiro de 1980 nascia a Biblioteca Campesina em uma sala de 2 metros por 1, com três caixotes de maçã que serviam de estante. O que parecia uma brincadeira já dura 31 anos. Hoje, recebe o nome de Casa da Cultura Antônio Lisboa de Morais, em homenagem ao pai de Clodomir, que construiu a casa onde é a nossa sede.

2ºato

Viagens e aventuras

A partir de 1974 o Brasil rompeu relações com Cuba, por causa do Golpe Militar. Quando começou a nova república, nos anos de 1980 - mas ainda antes dos dois países reatarem -, eu resolvi mandar uma carta para Casa das Américas, em Cuba, a mais importante entidade cultural da América Latina e do Caribe. Na carta eu contava um pouco do trabalho da biblioteca. No nosso papel timbrado tinha a frase: “Não pedimos ao povo que creia, pedimos ao povo que leia”. Cerca de dois meses depois eu recebo a resposta da secretária de relações institucionais, onde ela contava que se sentia prazerosa de receber aquela carta. Mas o que mais a emocionara foi saber que Pablo Milanês, cantor cubano, era um dos cantores mais admirados em Santa Maria da Vitória, como realmente era. E mais: “Não pedimos ao povo que creia, pedimos ao povo que leia. Essas são as palavras faladas pelo nosso comandante Fidel Castro, na campanha nacional de alfabetização”. Que grande coincidência, ou não, rs! Em 1980, entre julho ou agosto, eu estava na Nicarágua e fui a uma biblioteca pesquisar alguns livros. No rodapé da nota fiscal da loja eu lia mesma frase. Pensei: perfeito, já tenho o slogan da biblioteca.

3ºato Drama

Em inúmeros momentos pensei em desistir. Saía da Casa da Cultura seis, sete horas da noite, passava na beira do Rio Corrente e ficava pensando: “Não tenho mais como

“Não pedimos ao povo que creia, pedimos ao povo que leia”

Frase (acima) do revolucionário cubano Fidel Castro, virou slogan da Biblioteca Campesina, em Santa Maria da Vitória

segurar”. Sabe o que é você não ter dinheiro pra nada e chegar para a mulher com um pacote de arroz e dizer: “É só isso que tem”. E as coisas não mudaram com o passar dos anos. Ainda hoje faço mil acrobacias para conseguir manter a biblioteca, que não recebe nenhuma ajuda do governo municipal. Além disso, se eu morrer, não sei quem dará continuidade a essa história. Não posso exigir que meus filhos sigam meus passos, até porque eles viram todas as perseguições que eu sofri, e eu impus a eles uma vida de dificuldades para conseguir manter até hoje a biblioteca. Mas não tenha dúvidas: Eu faria tudo de novo, e se fosse possível com muito mais radicalismo.

4ºato Literatura

As pessoas se interessam em buscar conhecimento. O melhor exemplo é o Sr. Aldegundes Castro, 103 anos, leitor assíduo, e mesmo depois que os caprichos da idade não lhe permitiram mais ir até a biblioteca, constantemente Joaquim se prontifica de levar bons livros e jornais para esse fiel amante da leitura. Gostaria que todos os visitantes lessem “Porto Calendário”, única obra publicada do romancista Osório Alves de Castro, natural de Santa Maria da Vitória que trata de regionalismos do médio São Francisco, e que ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura em 1962. Temos também uma raridade em nosso DEZ/2011

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O quadro com a foto de Fidel Castro é um entre várias personagens da esquerda admirado por Quinca

» acervo. Trata-se de uma Bíblia de 1617, escrita em francês,

que é a primeira bíblia editada em Genebra depois do advento do Protestantismo. Clodomir Morais em viagem pela Alemanha Oriental comprou para dar de presente para professora Rosa Magalhães em Santa Maria da Vitória. Só que ela adoeceu. Eu mandei uma carta para Clodomir avisando do acontecido, e demonstrando a nossa preocupação de que este livro caísse no esquecimento ou se perdesse, caso a professora viesse a falecer. Clodomir e a professora Rosa acharam por bem deixar o livro sob a guarda da Biblioteca. Sr. Aldegundes Castro por vezes chegava na biblioteca a procura de conselhos na Bíblia.

5ºato

Biografias, autobiografias

Em 1959 perdi meu pai. Ele tinha apenas 33 anos. Minha mãe não tinha condições de me criar e me mandou para Carinhanha, onde fui criado por meus tios. Vida difícil, você começa a trabalhar desde cedo. Na época a VARIG pousava por lá e meus tios tinham uma banca de revista. Eu virei jornaleiro, saía pelas ruas com o jornal do dia e as revistas para vender de porta em porta. Devia ter cerca de nove anos e pensei: “Tem uma árvore frondosa aqui, estou com um monte de revistas, posso ler também antes de vender”. Me divertia com as histórias de Ziraldo e a Turma do Pererê. Eu vibrava com toda aquela descoberta. Com 10 anos de idade, voltei para Santa Maria da Vitória. Meu avô materno, que era um caro muito afeito às leituras, me presenteou com “A Relíquia” de Eça de Queiroz. Li meu primeiro clássico à luz do candeeiro. Estudei até o segundo grau. Na marra! Nos meus primeiros anos de escola, vivíamos os percalços de um período em que o sistema educacional era muito diferente de hoje. Eu pensava: enquanto um livro nos dava asas, a escola reprimia. DEZ/2011

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DÓ FILARMÔNICA

Criada em 1917, a Lira Angicalense luta para sobreviver à falta de recursos. Os instrumentos quebrados e o descaso da sociedade civil e do poder público “desafinam” o propósito social da filarmônica texto THIARA REGES fotos C.FÉLIX

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e sorriso largo apesar da pouca estatura e idade, Alison Piter, 11 anos, chama atenção pela naturalidade e satisfação com que entona o saxofone. “É muito bom estar aqui e poder tocar. Faço isso desde os meus sete anos”, diz o garoto, que emenda. “Quero ser sargento do exército, e lá sei que posso também tocar na banda”. Era terça-feira, dia de ensaio da Lira Angicalense (coincidentemente Dia da Música), na sede da Filarmônica, em uma das charmosas ruas de paralelepípedo da cidade de Angical, 40 km de Barreiras. A população acompanha tudo sentada na calçada em frent,e as suas casas. Ouve-se Villa Lobos, Pixiguinha, Carlos Gomes e até algumas composições do Maestro Mureco, pai deste sonho que começou em maio 1917. Durvalmerindo Bandeira Coité (1897-1995), o Mureco, nasceu em Angical. Rapazote, foi para Barreiras, onde aprendeu a arte da música com o Maestro Antônio Sampaio. Aos 22 anos, regressou para Angical e, com a ajuda de seu pai, formou a filarmônica. De vapor, Mureco foi até Salvador, de onde encomendou os instrumentos, muitos deles usados até hoje. A estreia da filarmônica foi numa quinta-feira, 3 de maio de 1917. Nos idos de 1920, o Brasil passou por um momento de turbulência. Surgia a Coluna Prestes, movimento político-militar que propunha reformas sociais. No oeste baiano, o maestro Antonino Espírito Santo e o maestro Mureco compõem “Avante, camaradas”, hino de apoio ao movimento. Ansiosos pela possível passagem da Coluna Prestes pela Bahia, a filarmônica passa a se reunir diariamente para ensaiar o dobrado. Certo dia, durante o ensaio, a surpresa: ao invés da Coluna Prestes chega à cidade o exército brasileiro. Instrumentos e partituras são apreendidas e “Avante, camaradas”, ironicamente, é incorporado aos hinos do exército. Manter vivo esse sonho não é fácil. Durvalmerindo José Pereira Coité, ou simplesmente Maestro Neto, herdou do avô a paixão pela filarmônica e muitas vezes se sente carregando as notas nas costas. As contas da filarmônica são pagas com o cachê das apresentações feitas fora de Angical e, quando necessário, o maestro banca as despesas com o próprio salário. Maestro Neto trabalha para a prefeitura do município de São Desidério, onde leciona para a filarmônica recém-formada. 86

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Desde a sua fundação, a Lira Angicalense exerce também um papel social. As aulas são ministradas de graça para os novos músicos. “Nenhum aluno paga nada. Mas infelizmente muitos dos nossos instrumentos estão quebrados. Podem ser arrumados, sim! Mas a filarmônica não tem a quantia necessária, que ficaria em torno de seis mil reais. Hoje, quando as mães me procuram para matricular seus filhos, eu peço para que comprem o instrumento”, conta o maestro. A filarmônica é composta por cerca de 40 músicos, na faixa de 10 a 13 anos de idade. Todos aprendem a ler partitura e acompanham as músicas nota a nota. “Por mais que seja difícil é com muito prazer que dou continuidade ao sonho do meu avô”, afirma o maestro, orgulhoso, que já prepara a terceira geração musical, através do seu filho Theivid, de 11 anos. “Tenho mais um filho que no próximo ano começará a assistir as aulas. Não sei se eles serão músicos, mas fico feliz que aprendam um pouco do ofício do pai e do bisavô”, confessa sem disfarçar o sorriso.


Avante, camaradas! Letra: Antonino E. Santos Música: Maestro Mureco Avante, camaradas! Ao tremular do nosso pendão Vençamos as invernadas Com fé suprema no coração. Avante sem receio Que em todos nós a Pátria confia Marchamos com alegria, avante! Marchamos sem receio. (2x) Aqui não há quem nos detenha E nem quem turve a nossa galhardia. Quem nobre missão desempenha Temer não pode a tirania, a tirania. E nunca seremos vencidos Pois marchamos sob a luz da crença. Marchamos sempre convencidos Não há denodo que nos vença (2x) Avante, camaradas! Ao tremular do nosso pendão Vençamos as invernadas Com fé suprema no coração. Avante sem receio Que em todos nós a Pátria confia Marchamos com alegria, avante! Marchamos sem receio.

Em um ambiente precário, o Maestro Neto comanda o ensaio da filarmônica, que tem cerca de 40 músicos de 10 a 13 anos. O amontoado de instrumentos quebrados em uma sala entristece, mas não rouba o sonho das crianças. O pequeno Alison Piter, 11 anos, estuda música desde os sete anos e sonha em tocar em uma banda, quando adulto

Havemos sempre audazes A afrontar o perigo; E seremos perspicazes Ante o mais férreo inimigo. Por isso, não temamos: Sempre fortes e sobranceiros, E com bravura sempre lutaremos; Brasileiros nós somos, Nós somos Brasileiros! (2x) DEZ/2011

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untuosa e imponente, a Igreja de Nossa Senhora Sant’Ana foi construída em 1810, época em que Angical ainda era Brejo do Angical, estância dos irmão Almeida, localizada à margem esquerda do rio São Francisco, e pertencente à Pernambuco. 200 anos se passaram e sua arquitetura permanece em destaque, emoldurada por simpáticas ruas de ladrilho e uma população devota.

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GELO, LIMÃO EAÇÚCAR

tizzib@gmail.com

Tizziana Oliveira À ESPERA DE ALICE O casal Indianara Padilha Bondan e Fabiano Carneiro espera a chegada de Alice. Indianara está com oito meses de gestação. Ela viajou no dia 30 de novembro para Francisco Beltrão (PR), onde moram seus pais, e lá terá a princesinha Alice. O parto cesárea está marcado para o dia 15 de janeiro.

Ivy e André

Ivy Guirao e André da Cunha casaram-se no dia 12 de novembro. A cerimônia religiosa foi realizada na Paróquia São José. Após a cerimônia, o casal recepcionou amigos e familiares no Espaço Quatro Estações. Ivy esbanjou elegância em um vestido clássico, e o buquê “azul” muito autêntico. 92

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Em dose dupla Karen Capeleto Francisco está transbordando em alegria. Ela está de seis semanas de gestação e espera por gêmeos.

A frase Sempre que possível, seja claro. Mas que sua clareza não seja o motivo para ferir o outros. PAULO COELHO

Me caiu os butiá do bolso!

Vittore

Pricila Isabel Zuffa inaugurou, no dia 22 de novembro, a loja de jeans e acessórios Vittore. A inauguração teve desfile e coquetel, com trufas recheadas. Seus pais, Roseli e José Umberto Zuffa, foram prestigiar a filha. A loja Vittore está localizada ao lado do Bradesco, na rua Paraná.

Os batons em tom matte (opaco) estão entre os queridinhos das mulheres ligadas a moda. O que são batons Matte? Sem brilho algum, tem alta pigmentação e dura muito tempo nos lábios. A cor é intensa e super fiel. Sendo uma ótima opção para as festas, na qual se precisa usar uma produção mais sofisticada. A dica da maquiadora sênior da M.A.C é aplicar bastante hidratante labial antes da cor. Só quando terminar a make retire o excesso de hidratante. Então, aplique nos lábios primer labial que atenua linhas e fixa a cor, e então passe o batom.

Ana Mix

Josiane Vigo, nova proprietária da Ana Mix, reinaugurou a loja de roupas e acessórios femininos no dia 19 de novembro, com um coquetel. Josiane pretende vender também moda masculina e infanto-juvenil, bem como mudar o nome da loja.

ENSAIO SENSUAL Nara Cristina Alves Teixeira, 23 anos, fez um ensaio com a fotografa Kika, no dia 19 de novembro. Na ocasião ela disse que adora estar com a família e amigos, e conta que seu maior vicio é maquiagem e perfumes.

Miss Beleza LEM

LUCIANA E MOISÉS

O casamento de Luciana da Câmara Dutra e Moisés Vieira de Jesus foi realizado no dia 12 de novembro às 18h, na Igreja São João Batista, em Barreiras, cidade da noiva. Após a cerimônia religiosa, o casal recebeu os convidados no Espaço Angel’s Recepção. Os noivos fizeram o ensaio fotográfico com Helena Ogrodowczyk.

No dia 8 de dezembro aconteceu a disputa pelo título de Miss Beleza Luís Eduardo Magalhães 2012, no espaço de eventos Estação Gê. A Miss coroada foi Monique Pizatto, 21 anos. “Seria um sonho poder representar nossa cidade. Levar nossa cultura, ao Miss Bahia, essa cidade tão próspera e acolhedora. Sou baiana de coração”, disse Monique. Gaúcha filha de Valdemar dos Santos Garcia e Izabel Pizatto, estudante de agronomia na FAAHF, mora em Luís Eduardo Magalhães há três anos, natural de Maximiliano de Almeida (RS).

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Grupo Quatro Estações

promete grandes novidades para 2012

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uatro Estações Avenida inaugurou recentemente nova estrutura de som e iluminação, mostrando que a casa não para de se reinventar a cada dia. A boa notícia é que esta é apenas uma das novidades que o complexo Quatro Estações Eventos, deve apresentar nos próximos meses. Segundo Josué Lourenço, sócio proprietário do local e de todo complexo Quatro Estações, o melhor mesmo ainda está por vir, a começar pela integração entre a antiga casa de show Avenida Lounge e o espaço de eventos Quatro Estações. “São dois espaços que se completam. A depender do tipo de evento é possível utilizar tanto um quanto outro”, explica Lourenço. Contamos com uma estrutura privilegiada para atender as necessidades do nosso cliente, desde a realização de uma balada, casamentos, aniversários, formaturas ou eventos corporativos”, tanto em nossas instalações ou em qualquer lugar que ele desejar, pois contamos com uma frota formada atualmente por cinco veículos, dois geradores de energia (com 81 e 264 Kva), profissionais qualificados e a qualidade de serviços que lhe é peculiar em decoração. O Quatro Estações Eventos oferece completo serviço de buffet, doces, bolos, salgados, mesas de frios, coffee break, além da locação de estrutura completa para eventos à domicílio, tais como: mesas, cadeiras, talheres, pratos, travessas, rechaud´s, sousplasts, toalhas, móveis nobres e rústicos, bistrôs, som para palestras e música ambiente, microfones, data show, geradores, etc.. “Procuramos sempre o diferencial, seja quando recebe-

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mos algum cliente para algum evento, disponibilizamos a casa para alguma festa, ou levamos nossa estrutura até onde nos chamarem. O nosso compromisso é e sempre será o de oferecer um serviço de qualidade e com conforto”, resume Josué. Outra grande novidade prevista para julho de 2012 é a inauguração do Quatro Estações Hall, localizado no terreno de fundo do salão de eventos atual. Construído em frente de uma área verde no setor de indústrias do município de Luís Eduardo Magalhães, quando pronto, explica Josué, a nova casa de shows será uma das maiores do interior da Bahia, com capacidade para receber 10 mil pessoas, em pé, e aproximadamente 4 mil, sentadas. O projeto contempla uma arrojada estrutura, com sistema de vídeo monitoramento, saídas de emergência, tratamento isotérmico das telhas, palco profissional de 240 mts², camarim, área VIP, cozinha industrial entre outros. “São confortos que certamente proporcionarão aos nossos clientes um excelente local para entretenimento, já que o projeto, que está sendo executado pela Lunardi Engenharia, com a arquitetura da 4D Arquitetura e Engenharia, foi pensado para ser um espaço multiuso”, completa o empresário. Muitas pessoas me questionam a falta de um local aqui na região com espaço adequado para lazer. A partir do ano que vem, o Quatro Estações vai oferecer tudo isso em um complexo de aproximadamente 7 mil metros quadrados de área construída, divididos em três prédios,” conclui Josué Lourenço.



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1 Renan e Fernanda; 2 Adriana, Taís e Cal; 3 Brigda e Amarildo; 4 Tatiane, Giovanna, Claudio e dona Tereza; 5 Elizabeth Maciel e Diego Lauck; 6 Silvana Nogueira e Elizabeth Nogueira; 7 Rodolfo e Domitila; 8 Larissa, Emilia, Melissa e Kalyne; 9 Mauro e Adriana ; 10 Ana Dark, Maria Carmem e Geraldo Mutti; 11 Augusto e Carmem Fiorio; 12 Danilo e Celia; 13 Tadeu e Jakeline Bergamo; 14 Yasmin Lauck; 15 Kalyne, Melissa, Carol, Maiara,Letícia e Mariana, 16 Victor Toralles e Mariana Magerl; 17 Ellen e Franci; 18 Guilherme e Patricia Tauneber; 19 Aldeci Menezes, Ben Hir, Marcos Cléber; 20 Débora e Jaqueline; 21 Karlucia, Cristina, Lilian, Marizete, Silvania e Janeide; 22 Comin e Karine; 23 Sandra e Ricardo; 24 Junior César e Juciara; 25 Jô e Deiva; 26 Rita, Cecilia e Fátima Luz; 27 Luiz, Amanda, Rogerio e Marina; 28 Marleide, Roge Mayco e Nete; 29 Adailton e Grasiela; 30 Pedro Ranzi, Juca Galvão, Bispo Daniel, Pastor Souza

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1 Silvano Xavier e Luzia Luz; 2 Rider Castro e Gil; 3 Giovana Borges, Larissa, Bruna, Anita, Kalyne, Vana e Camila; 4 Rodrigo, Ellen e Cristisnan; 5 Italo e Sueli; 6 Jane, Evandro e Leandro Eckert; 7 Ellen Bartmann e Kinho LeĂŁo; 8 Dona Eni, Emilia e Julia; 9 Dilma e Marcos; 10 Vinicius, Paulinho, Pamela, Marciano e Matheus; 11 Carlos Andre; 12 FĂĄtima e Eliane; 13 Bernardo, Rodrigo e Vanessa.

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