ANO II - Nº 08 - OESTE DA BAHIA - FEV-MAR /2012 R$ 9,99
REVISTA
ESPECIAL
ELEIÇÕES 2012: OS NÚMEROS DA CORRUPÇÃO NO BRASIL E O COMPROMISSO DO ELEITOR MODA MULHER ENSAIO NO ARRAIAL DA PENHA MISTURA TECNOLOGIA E CULTURA ESPORTE ATLETAS DE CRISTO SOBEM AOS RINGUES EM LUÍS EDUARDO MAGALHÃES AGRICULTURA FAMILIAR A VIDA DAS CARNAUBEIRAS DE PORTO DE PALHA EM BARRA PROFISSÃO MULHER CHEFIA OFICINA MECÂNICA EM BARREIRAS E DÁ LIÇÃO DE LIDERANÇA
miscellanea
AI SE EU TE PEGO
CANGAIA DE JEGUE: OS DESAFIOS DA BANDA QUE GANHOU DE PRESENTE O MAIOR HIT DO MOMENTO
Hora de APOSENTAR VIRGULINO DE LIMA PINTO
Com nome de cangaceiro, o menino natural de Catolândia foi à batalha. Engraxou sapatos, vendeu picolé, passou a ser chamado de GULLA, se tornou um dos maiores empresários do ramo do entretenimento e cansou. É hora de estacionar o ‘trio elétrico’.
“A escolha do eleitor é decisiva para expansão ou retração da economia local” ERNANI SABAI, mestre em Economia e consultor de finanças
OUZA EDITORA
FEV-MAR/2012
5
Ouza Editora Ltda.
ediToriaL EDITORIAL
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ANO II - Nº 08 FEV-MAR /2012 DIRETOR DE REDAÇÃO
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ao leitor Um passo à frente
t U
er um filho ou filha formada em medicina sempre foi um orgulho para a família. Se a decima coubesse trajetória única de vitórias é sempre feita com são e exclusivamente aos pais superação, garra e muito esforço. As exceções teríamos mais médico que população no Brasil. a estalembro tríade em em minha sua normalidade desNão infância seacabam havia muicortinadas e, logo, fadadas ao esquecimento. tos consultórios. Na minha cidade, a 54km de Campina preço a ser pago conquistas que Grande (PB),Há só um havia atendimento depelas dentista, de oculista acumulamos; os troféus e medalhas que colocamos na estan(assim era chamado o oftalmologista) e de clínico geral. E te.tem Nada acontece por acaso,geralmente ensina-nosno o ditado, coberto da mais: eles atendiam dia de feira, pois mesma poeira que as fórmulas de matemática decoradas sob vinham de outras cidades. Quando se precisava de atendimuito esforço nos tempos deindo escola e depois nuncaNão maislemusamento fora daquele dia, só a outras cidades. das e, por isso mesmo, esquecidas. bro das pessoas reclamando muito da saúde naquela época, Após completar um anocomo de vida, a r.Anos busca passo setampouco se adoeciam adoecem diaso atuais. A guinte, subir de degrau, passar de fase. O risco de transquantidade de médico formado no Brasil, se não é se o ideal, formar em uma dessas fórmulas matemáticas, empoeiradas tem aumentado consideravelmente. O problema maior tal-e esquecidas, não existe. Após sete edições a consolidação da vez seja a desigual distribuição desses profissionais que se marca nos faz projetar o futuro. Querer o algo mais. A crença concentram nas capitais e metrópoles, como esclarece Dr. nesse - é bomespecializado que se diga -,em nãourologia se restringe as paredes Paulosalto Henrique, e delegado do daConselho redação da revista. Você faz parte disso. Desse sonho, dessa Regional de Medicina no Oeste, personagem de certeza. nossa matéria de capa. Ao procurar pela nova edição da r.A nas bancas, você, amiO modelo de medicina armadaede equipamentos imporgo leitor, cria um vínculo conosco nos dá combustível para tados dos Estados Unidos acabou mercantilizando a área seguir em frente, desbravando os quatro cantos dessa rica reda saúde, o médico, que defende um atendimento gião, pouco adverte lembrada nos gabinetes de governo e nas praias humano e reclama danidade fragmentação da medicina em damais capital. Existe uma infi de histórias aguardando especialidades. “Isso foi um péssimo negócio! É preciso enpara serem contadas. Histórias em que o protagonista, muitas tenderé avocê. pessoa humana umuma todo”, declara. repleta Dr. Paulo vezes, Aquele quecomo trilhou trajetória de tem um humor contagiante e lembra os médicos romântivitórias, ancorada no tripé superação, garra e esforço, citados décadaparágrafo. de 1930 citados pelo mineiro e também mélácos no da primeiro dico Pedro Nava memórias. Ser Não médico é se doar Histórias como aem de suas Virgulino, o nosso. o cangaceiro. em nome do bem-estar do outro, é espelhar-se no Gulla, o homem que há 25 anos ajudou a mudar apaciente cara do que chora, rir e se apaixona. Caso contrário, a prescrição Carnaval de Barreiras e hoje, à sombra do seu chapéu, revela caminhos Denoacordo a literatura tertoma chegado a horaequivocados. de parar. Pisar freio ecom estacionar o trio médica,Histórias 60% dascomo pessoas vão ao não têm elétrico. a daque mulher queconsultório chefia um grupo de causa40 orgânica. considerar fatores quase homensPortanto, em uma éofipreciso cina mecânica de outros Barreiras. na hora de vez avaliar um paciente, que superação, máquinas, garra apeMais uma construída na basefatores da trinca sar da imensurável contribuição para o desenvolvimento da e esforço, chega agora a suas mãos a mais nova edição da r.A. medicina, não conseguem observar. E sem poeira, porque não deixamos ela assentar. Já estamos trabalhando na próxima edição. A emocionante história do lutador de jiu-jítsu Clécio RoBoa leitura! drigues, que surpreendeu os médicos ao combater e vencer um câncer que já estava em estado avançado; o início da Do editor série “Jovens empreendedores”, que vai destacar a perspicácia dos jovens na administração e condução de negócios no Oeste são outros ingredientes desta edição que, somados a outros conteúdos, quer levar a você, leitor, uma informação com qualidade em um produto que a cada número orgulha toda a região. Boa leitura!
Cícero Félix, editor e diretor de redação
ÍNDICE
FOTO DE CAPA: C.FÉLIX
A MISCELLANEA
17 .
44 Gulla: é hora de CAPA
Música: Ai se eu te pego, a história da música que virou febre Desenrola a língua: Nova ortografia, por Aderlan Messias Exclamação: Trends chic, por Karine Magalhães Útil: Summer Kit - corpo & cabelo, por Vanessa Horita Posse: Nova diretoria da CDL-Barreiras assume para o biênio 2012/2013
.
estacionar o ‘trio elétrico’ A história do vendedor de picolé que ajudou a mudar o carnaval de Barreiras e se tornou um dos maiores empresários do ramo de entretenimento da região
trends and news:
Subway: para comer sem culpa Provanza, a casa de chá para todas as horas In Corpe, a clínica que seu corpo esperava Brasil Cacau, cafeteria e chocolateria com sabor brasileiro
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TENDÊNCIA OU REALIDADE
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ENTREVISTA
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.
Aprender com foco na competência, por Janaína Lima
Ernani Sabai
2012: perspectivas para um mundo de incertezas
32 .
JOVEM EMPREENDEDOR
Rui Gengnagel
Excelência se faz com investimento
Alexandre Meassi O jeito é fazer bem feito
37
MÍDIA Out of home: um modelo de comunicação em ascensão
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ESPECIAL
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DESIGN DE INTERIORES
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Eleições 2012: um clipping sobre a corrupção no Brasil
Fernanda Mascarenhas
Criatividade, requinte, conforto e beleza para o seu quarto
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MODA MULHER
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PROFISSÃO
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ESPORTE
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AGRICULTURA FAMILIAR
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A CULT
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A UM LUGAR
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Atletas de Cristo sobem aos ringues em Luís Eduardo Magalhães Nossa vida é isso aí: as carnaubeiras de Barra Promessas e folia de Reis: Tradição, fé e alegria em uma das manifestações populares mais antigas do país Pedaços de uma vida: A herança histórica do ex-deputado Ney Ferreira Artes plásticas: A versatilidade artística de Juliano Francisco AGENDA: Rio Grande e São Desidério em livros
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SOCIAL: GELO, LIMÃO E AÇÚCAR
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A SOCIETY
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As mulheres conquistam as oficinas mecânicas
Fé de rocha: as grutas de Bom Jesus da Lapa
.
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Ensaio mistura estilos, cores, informações culturais e viaja por etnias africanas
por Tizziane Oliveira O registro social da região
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abordo BARRA SANTA RITA DE CÁSSIA IBOTIRAMA
ANGICAL BARREIRAS LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
PARATINGA
SANTA MARIA DA VITÓRIA
CORRENTINA
BOM JESUS DA LAPA
IMPAGÁVEL
FOTOS: C.FÉLIX
O sorriso das crianças e da mãe (atrás) revelam os traços fortes dos ribeirinhos do São Francisco em Paratinga
Todos convergem em um As águas que banham o oeste respondem por vários nomes: Rio Preto, Rio de Ondas, Rio de Pedras. Todos, direta ou indiretamente, fizeram parte do roteiro de viagens desta edição da r.A. São rios que, embora com cursos, histórias e predileções diferentes, convergem para um único: o Velho Chico, principal fonte de alimento da região.
GASTRONOMIA A moqueca de surubim pescado no São Francisco, em Barra, é uma tentação. Servido com pirão, arroz branco e farofa de dendê, o prato pode ser encontrado no “Ky Mukeka”, de Cláudia Leite. Vale experimentar e conhecer as opções de peixe em seu cardápio
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SOLITÁRIO Depois das chuvas, as águas barrentas do São Francisco é leito para o percurso solitário de um barco em Ibotirama
CLÁUDIO FOLETO
A BELEZA POR TESTEMUNHA Os paredões de Santa Maria da Vitória formam o cenário para o transporte de areia no Rio Corrente
PÉRICLES MONTEIRO
RIO PRETO Como em várias localidades, as margens do Rio Preto, em Santa Rita de Cássia, formam uma extensa lavanderia a céu aberto
JANELA LATERAL Vista privilegiada de um quarto de hotel à esquerda de quem vai para Angical. Ao fundo o Rio Grande se espalhando após as cheias
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@leitor
reva.bahia@gmail.com
Ouza Editora
Comecei a ler a edição de dezembro e só consegui parar depois de virar a última página. A matéria do balé ficou linda. Manuela Mata
Fico feliz com o sucesso da r.A, parabéns a toda a equipe. O primor, o carinho e o cuidado em fazer bem feito estão presentes a cada nova edição. Sucesso e que 2012 seja um ano de muitas realizações e alegrias. Nadia Borges
Sei que não é fácil manter em nosso país uma publicação desse nível, com esse esmero editorial, com essa impecável qualidade gráfica. A leveza do design, que expõe um texto criativo, atualíssimo e em perfeita sintonia com o nosso tempo, favorece em muito o gosto pela leitura. Que em 2012 seus sonhos e suas realizações aconteçam de A a Z. Aquele abraço, Juca Pontes
Gostei muito, sobretudo, das matérias de cultura na parte final da revista. Sucesso na continuação desse empreendimento que, espero, ter vida longa. Rosildo Brito
Mais uma vez gostaria de parabenizar pelo excelente trabalho que vem sendo realizado. Vejo que a revista está cada vez melhor. Grande abraço e sucesso. Recebi a revista, simplesmente o máximo. Muito bacana. Parabéns pelo engajamento neste projeto de sucesso. A revista não deve em nada as melhores publicações do centro-sul do país. Jader Luís
issuu.com/cicero_felix
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Suzana Schwengber Espinoza
Muito pertinente a reportagem sobre o trânsito de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Paulo Alcântara
Victor Castro
Dailton Nascimento
VERSÃO DIGITAL E EDIÇÕES ANTERIORES
A r.A está mesmo melhor a cada edição. Fantástico o trabalho de vocês todos! Infelizmente CAOS é a palavra mais adequada pra definir o trânsito de LEM, quem sabe de edição em edição as coisas não começam a melhorar, né?! A coluna da Tizziana Oliveira também está um arraso. Parabéns a todos que integram a revista.
Se pudesse resumir a revista em uma palavra, diria: viciante! Paloma Dias
Há muito nossa região carecia de um produto jornalístico com tamanha qualidade. A r.A já é uma realidade e grande cartão de vistas do oeste em outras localidades. Que continuem sempre assim. João Fernando
ERRATA cA grafia correta da nova chocolateria e cafeteria aberta recentemente em Barreiras é “Brasil Cacau”. cO endereço correto da loja “Belíssima” é Rua D. Pedro II, 260-C, Centro, Barreiras.
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A
presentes
Colônia Duo Malbec Nebbiolo O BOTICÁRIO
Mesa de chá oval
Peça clássica. Faz parte da exclusiva linha da Sierra Premium, com acabamento em pintura especial provençal. Pode ser folheada a ouro ou prata. DESIGN CENTER
Kit Picardie (óleo corporal, difusor de aroma e sabonete) PROVANZA
Jogo de banho 5 peças Buddemeyer FIORIO TECIDOS
Caixa de charutos Gold Way e Perfumes Cuba
ZHAGAIA
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Kit para vinho
BURITIS PRESENTES
Colônia feminina Anni O BOTICÁRIO
Bolsa de valores
BURITIS PRESENTES
Pasta em couro Zhagaia
ZHAGAIA
Bombons de chocalete ao leite Amor Perfeito BRASIL CACAU
Moldura Infantil
MOLDURA MINUTO
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miscellanea
> COMUNICAÇÃO, CURIOSIDADES, DESIGN, EVENTOS, NEGÓCIO, POSTCARD, TECNOLOGIA, TENDÊNCIA, ETC... <
MÚSICA
Ai se eu te pego foto C.FÉLIX texto THIARA REGES
“Sabádo no forró, a Cangaia começou a tocar”, e o que seria apenas mais uma música, virou uma febre no mundo inteiro. “E passou a menina mais linda”, nos Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha, Polônia, Holanda, França, e mais, muitos mais, que se renderam ao “Ai se eu te pego”, música de autoria dos baianos Sharon e Antônio Dyggs, gravada em 2010 no ritmo do forró, com direito a um clip ensinando os passinhos fáceis e sensuais com todo tempero baiano, pela banda Cangaia de Jegue. Engana-se quem pensa que este é o primeiro hit de sucesso da banda. Mulher Danada, Chama essa Cerveja, De frente pro mar, Dança do Ice, O Beijo teu e Bolo doido, já fizeram muita gente dançar em outros ritmos e na voz de MC Sapão, Calcinha Preta, Forró do Muído, Leonardo, Michel Teló, Carlos e Jader e Guilherme e Santiago. “Quando outros cantores procuram a banda, pedem autorização e gravam as nossas músicas, a tendência é que a banda cresça junto com esse sucesso”, afirma Norberto Curvelo, vocalista da banda. Com quase 4 milhões de acesso no Youtube e perfis nas redes sociais como Twitter e Facebook com fãs totalmente participativos, Norber-
to percebe a Internet com um dos responsáveis por tirar pequenas bandas no anonimato. “A internet é fundamental em qualquer empresa, e nas pequenas ainda mais. Hoje você grava um clip e disponibiliza na rede, em alguns minutos pode ganhar o mundo. O fã está nas redes, quer interagir, e sem dúvida é que mantém o artista vivo”, destaca o vocalista que fez a galera de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães arrastar o pé nos dias 27 e 28 de Janeiro. Um show agitado, com alguns bons momentos para a paquera, e outros para a plateia cantar junto. Mesmo com tantos predicados, o grande destaque da banda é a criatividade. Com várias músicas de autoria de Norberto, e também de Allê Barbosa, baixista da banda, gravadas por outros artistas, em março a banda lança mais um CD, com 11 músicas inéditas. Na estrada desde 2002, os meninos de Jeguié abrem mais uma porta em busca do sucesso nacional. O desafio agora é chegar com o mesmo charme no eixo Rio-São Paulo. A parceria com a dupla sertaneja Guilherme e Santiago, que em 2011 gravou a música Bolo Doido, de autoria de Norberto, está rendendo ótimos frutos. A banda Cangaia de Jegue assinou contrato com a gravadora Som Livre. “Começamos uma fase nova. Saímos de uma realidade em que distribuir CD’s é fundamental para tornar a banda conhecida, para um ambiente onde sabemos que a pirataria é prejudicial à gravadora e ao público. A qualidade do produto oferecido pela gravadora é inquestionável e o público sairá satisfeito”, afirma Norberto Curvelo.
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miscellanea
Sinuelo dos Gerais comemora 21º aniversário de fundação no LEM Fundada em 11 de janeiro de 1991, o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sinuelo dos Gerais de Luís Eduardo Magalhães comemorou seu 21º aniversário em grande estilo. A comemoração aconteceu nos dias 21 e 22 de janeiro e reuniu milhares de tradicionalistas da região Oeste e cidades próximas. A programação contou com provas de tiro e laço, apresentação de danças típicas e entrega das faixas aos vencedores do Concurso de Prendas e Peões, organizado pela Federação Tradicionalista Gaúcha do Planalto Central (FTG-PC). Na noite do sábado, 21, um baile animado por bandas locais não deixou ninguém parado. O CTG de Luís Eduardo, considerado o maior do país em extensão territorial recebeu a visita de comitivas oriundas de outros Centros de Tradição Gaúcha de Palmas (TO), Barreiras (BA), Buritis e Chapada Gaúcha, ambos em Minas Gerais. Também aconteceram apresentações de capoeira e outras atividades culturais de outros estados.
RELIGIÃO FOTOS: PÉRICLES MONTEIRO
TRADICIONALISMO
Missa campal encerra celebrações para São Sebastião em Barreirinhas Tradição em Barreirinhas, a comemoração pelo dia de São Sebastião durou mais uma vez nove dias. Entre 11 e 19 de janeiro, uma novena em homenagem ao santo movimentou a população do bairro. No dia 20, data do padroeiro, milhares de pessoas (foto abaixo) participaram de uma missa campal em frente à igreja da comunidade. No encerramento dos festejos, os devotos saíram em procissão pelas principais ruas de Barreirinhas.
FOTOS: C.FÉLIX E ARQUIVO CTG
Em dois dias de festa, a programação abriu espaço para outras atividades culturais e realizou a premiação de peões e prendas
Rainha das Águas recebe oferendas às margens do Rio Grande No dia 02 de fevereiro, uma multidão de fiéis e admiradores compareceu no Cais de Barreiras, com oferendas para aquela que é considerada a Rainha das Águas, Iemanjá. As embarcações participantes foram recepcionadas com queima de fogos, água de cheiro das baianas e apresentações acrobáticas de aeromodelos do Clube Barreirense de Aeromodelismo.
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FOTO: D’ARTAGNA N NASCIMENTO / COLABORAÇÃO: CARLOS AUGUSTO
CHUVAS
Debaixo de água A chuva que caiu próxima a nascente do Rio São Francisco em Minas Gerais, entre o final do ano passado e os primeiros dias de janeiro, fez com que o Rio São Francisco subisse quase 6 metros. Resultado, parte de Bom Jesus da Lapa sofreu com a enchente. Esta é a segunda vez que o município enfrenta uma inundação. Em 2007, aproximadamente 200 famílias ficaram desabrigadas por causa de uma enchente.
ANNE STELLA
ESTILO CARIBENHO
Professores mostram aos algumas algumas evoluções da dança sensual
Zouk chega a Barreiras como opção para amantes da dança A professora de dança Ednéia Oliveira trouxe para Barreiras o Zouk, uma dança praticada especialmente no Caribe. No Brasil, com movimentos contínuos, o Zouk resulta num passeio em liberdade melódica com respiração nas pausas. “Sua musicalidade e ritmo ensejam o romantismo e a amizade, fortalecendo um dos mais gratificantes prazeres da vida, que é dançar”, afirma a professora.
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Album Make and Hair
miscellanea PRÊMIO
REPRODUÇÃO
Camila Franciose
Rodrigo Sampaio recebeu a chave do New Fiesta das mãos do campeão mundial de MMA, Anderson Silva, em companhia do gerente nacional de vendas, Oswaldo Ramos
Amanda Juliane
Buriti Veículos fatura prêmio de melhor desempenho de vendas no NE O dia 19 de janeiro foi de comemoração para a Buriti Veículos. A empresa conquistou o prêmio de melhor desempenho em vendas dos meses de outubro de dezembro. O Gerente Comercial do Grupo Buriti, Rodrigo Sampaio, foi presenteado com um New Fiesta e recebeu a certificação de 1º colocado no concurso promovido pela Ford. Na ocasião, Sampaio, ressaltou o esforço profissional de toda a equipe. Recentemente o grupo Buriti adquiriu dois revendedores Ford no extremo sul do Estado, nas cidades de Eunápolis e Teixeira de Freitas”.
Karina
Paula Campos
RANKING
‘Fiorio’ entre as melhores Geovana Borges
O investimento em comunicação, atendimento e know-how no comércio de tecidos, cama, mesa e banho, papel de parede, persianas, quadros e tapetes, tem mostrado que a Fiorio Tecidos está no caminho certo. A loja está entre as 10 primeiras no ranking de revendas da Luxaflex na Bahia e Sergipe. CICLISMO
Maria Kumagai
Luana
Ciclista barreirense recebe prêmio e projeta 2012 O barreirense Leonardo Modesto recebeu no último dia 21 de janeiro, em solenidade realizada em Salvador, a premiação pelo título de Campeão Baiano de Ciclismo 2011 na categoria speed (iniciantes). “Foi uma etapa difícil por ser meu primeiro ano no ciclismo” afirmou o ciclista. Este ano, Modesto vai pedalar na categoria Master A. A primeira etapa inicia no dia 26 de fevereiro.
WERDER & BINHO
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Rua Dom Pedro II, 288 - Centro - Barreiras (BA) (77) 3611.0007 / 5022 / 9119-3395
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DESENROLA A LÍNGUA
ADERLAN MESSIAS é Licenciado em Letras Vernáculas (UNEB), especialista em Psicopedagogia (FASB), professor de Língua Portuguesa e Metodologia Científica da FASB, bacharel em Direito. Professor de Língua Portuguesa e Semiótica (UNEB/Plataforma Freire) e de Português (FAAHF)
por ADERLAN MESSIAS decodetroia@hotmail.com decodetroia.blogspot.com
Acentos e hifens
1
USO DO HÍFEN Oi, pessoal! Lembram da coluna anterior? Pois é. Ficamos de comentar por que estes vocábulos: antiinflamatório, micro-ônibus, semi-internato, superracista, hiper-requintado, autoescola, semiárido, semideus, seminovo e autopeça estão grafados desta forma. Observem que alguns possuem hifens e outros não. Vamos lá para o hífen sem crise! Heheh... Bechara, que é um paizão da Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), diz que os prefixos terminados em vogais e que o segundo elemento começar pela mesma vogal, usa-se o hífen. Ex.: antiinflamatório. O mesmo vale para as consoantes iguais. Ex.: super-racista. Não é fácil? E por que autoescola, semideus estão agarradinhas? Elas se amam, não?!? Rsrsrs...O pai da Língua Portuguesa aê diz que os prefixos terminados em vogais e que o segundo elemento começar por vogal diferente, nada de hífen. O mesmo para vogal e consoante. Atenção! Cuidado! Vocês já viram que se o segundo elemento iniciar com “r” ou “s”, juntam-se as palavras e duplicam-se as letras. Ex.: autosserviço, antirromântico. Ei, um detalhezinho: dia a dia não tem mais hífen, tá? Bom, antes tínhamos as duas formas: “Dia a dia” (sem hífen) – advérbio - significa “diariamente”: Ela melhora dia a dia. Já “Dia-a-dia” (com hífen) – substantivo - significa “cotidiano”: O meu dia-a-dia é muito cansativo. Esqueçam isso!!! Agora é substantivo e advérbio. Vai do contexto.
2
ACENTUAÇÃO Essa é o fim! Sabiam que para diferenciar os tempos verbais (presente e pretérito perfeito do indicativo) a gente pode fazer uso do acento agudo (´). Vejam isso na conjugação de um verbo: eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos. Aqui o verbo amar está no presente; eu amei, tu amaste, ele amou, nós amámos. Está no passado. É, feio né? Ainda bem que vamos deixar isso para nossos irmãos portugueses, pois no Brasil, em ambos os tempos verbais o timbre da vogal tônica é normalmente fechado. Alerta! Cuidado com certos livros que falam da Nova Ortografia. Já peguei muitos em contradição. Então recomendo o livreto de Evanildo Bechara “O que muda com o Novo Acordo Ortográfico”, da editora Nova Fronteira. Esse sim pode confiar!!! Na próxima edição vamos falar das dúvidas nossas de cada dia, ou seja, problemas de norma culta. Até lá!
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miscellanea
EXCLAMAÇÃO
@Barreirasemfoco barreirasemfoco.com
por KARINE MAGALHÃES
KARINE MAGALHÃES é consultora de moda, trabalhou na renomada Maison Ana Paula e nas lojas Rabo de Saia, Chocolate, Mary Zide (todas em Brasília) e também em cerimoniais com Cristina Gomes. Atualmente faz consultoria para Maison Caroline (Barreiras-BA) e r.A
barreirasemfoco@live.com
FOTOS: KARINE MAGALHÃES
Trends
Chic
O melhor de observar e assistir aos desfiles internacionais e nacionais é analisar o que vamos conseguir tirar ou não para usarmos em nosso dia a dia! A dica é dar uma boa filtrada em todas as informações e aproveitar o que nos cai bem. Boa viagem e feliz carnaval!
Neftali Durães
Lorena Barreto
Camisa com colarinho abotoado
A tendência da gola abotoada vai ser um dos destaque no inverno 2012. No verão podemos usar e abusar montando looks com shorts, saia micros e Hot pants e até abusar da transparência e do lingerie aparente. Para incrementar é só combinar com acessórios poderosos, como um megacolar.
Solidariedade Fashion!
Neftali Durães
Blazer peça coringa Lorena Barreto
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O blazer garante sempre um look elegante! Dependendo do corte do modelo, ele deixar um vestido, short ou uma microssaia sensual e chic.
As irmãs Kelly, (17 anos) e Jéssica, (16 anos) moradoras do Conjunto Habitacional Buritis II, foram descobertas na seleção da Elite Model Look, durante seletiva realizada em 2011, em Barreiras. Kelly já assinou contrato de dois anos com a agência M. Office Model de Vitória/ES e Jéssica tem proposta da Elite Model de São Paulo/SP, mas ainda há uma série de dificuldades para a realização do grande sonho. Para ajudar a realizar esse sonho, entre em contato pelo telefone (77) 9127-0036, falar com Dulce Heinen, mãe das aspirantes a modelo.
ÚTIL
VANESSA HORITA é formada em Administração (Uniceub-DF), trabalha como personal stylist e já morou nos EUA e Canadá
por VANESSA HORITA vanessa@horita.com.br
Summer Kit CORPO & CABELO O verão já chegou e pra muita gente é hora de ir à praia, tirar aqueles dias de descanso tão esperados. Nós mulheres, não abrimos mão de nenhum cuidado para nos proteger do sol, seja para o corpo e principalmente para o cabelo. E há quem diga que são “frescuras”, mas, ninguém merece ficar com cabelo de palha e pele seca durante esse calor. Então, decidi abrir minha nécessaire para vocês e contar o que eu uso na praia: Para proteger o corpo, uso sempre protetor solar com FPS 50, levo sempre mais de um frasco, pois acaba muito rápido. Os protetores de spray, são ótimos, mas acabo preferindo o cremoso. Um protetor solar com FPS alto para o rosto, de preferência não oleoso. Para o cabelo, depois de molhar uso um leave in com protetor solar e deixo secar bem antes de prendê-lo. No pós-praia, não abro mão de um bom hidratante e óleo corporal para passar durante o banho, assim você evita que a pele descasque. No rosto, uso um esfoliante, dia sim e dia não, depois um hidratante não oleoso. Este ritual de proteção e hidratação, apesar de ser um pouco cansativo, tem que ser feitos todos os dias, ou então, seu bronze vai por água abaixo. Só assim conseguimos com que o bronzeado dure por mais tempo. Ah, uma dica: passar hidratante nunca é demais, ainda mais na praia. Vale lembrar também do pós-sol, caso você tenha exagerado no bronzeamento. Bom verão pra vocês!
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miscellanea FOTOS: PÉRICLES MONTEIRO
POSSE
Presidente eleito, Alberto Celestino agradeceu o apoio dos colegas e ressaltou a importância da entidade para o desenvolvimento do município
Nova diretoria da CDLBarreiras assume para o biênio 2012/2013 A Câmara de Dirigentes Lojista de Barreiras está com nova diretoria. Em eleição realizada no último dia 24, a CDL elegeu os novos diretores para o biênio 2012/2013. A posse aconteceu no dia 31 de janeiro no Espaço Lê Revê e contou com a participação de todos os associados. No ato, a presidente Célia Kumagai, ressaltou aos associados a importância da oportunidade que a ela foi concedida e fez votos de sucesso a nova diretoria. NOVA DIRETORIA DA CDL
Presidente: Alberto Celestino 1° Vice-Presidente: Rider M. Castro 2° Vice-Presidente: Humberto C.F.R. Junior 1° Secretário: Ricardo Barbosa 2° Secretário: Pedro Dourado 1° Tesoureiro: Irineide R. Silva 2° Tesoureiro: Geraldo Denilson Diretor de Eventos: Claudimir Lurczaki Diretor de Produtos e Serviços: Carlos Henrique Souza Filho Conselheiros Fiscais: Gil Arêas, Maria Célia e Alvimar Alvim
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trends and news texto REDAÇÃO fotos PÉRICLES MONTEIRO
GASTRONOMIA
REPRODUÇÃO
sem culpa PARA COMER
Agora, em Luís Eduardo Magalhães, você não precisa esperar muito tempo em uma fila para degustar um delicioso sanduíche. E mais: montado por você! Funcionando desde dezembro, a franquia Subway aposta na localização central, qualidade, atendimento e sabor inconfundível de seus produtos. O slogan, gostoso e saudável, é seguido a risca por Marla Glusczak, responsável pela franquia no município. “O sanduíche é realmente gostoso. Não é aquela coisa sem graça de muitos sanduíches naturais. O cliente que prova nosso sanduíche uma primeira vez, sempre acaba voltando”, conta, dizendo que ainda existe muita gente que deixa de conhecer o sabor Subway por puro desconhecimento. O segredo que faz dos sanduíches Subway mais saudáveis, está na redução de sódio e gordura. O sabor praticamente não é alterado. “Os pães são assados aqui mesmo, quase todos os produtos são exclusivos”, explica Marla. Recentemente, a franquia lançou a campanha ‘Baratíssimo’. Por apenas R$ 5,45 você come um sanduíche. A loja é aberta todos os dias, inclusive feriados, das 11h até as 23h30.
DO INAUGURAÇÃO EM LUÍS EDUAR
MAGALHÃES
INFORMAÇÕES SUBWAY Rua Pernambuco, 371 - Centro -Luís Eduardo Magalhães (BA) Rua Marechal Hermes, 158 - Centro - Barreiras (BA)
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trends and news texto REDAÇÃO fotos C.FÉLIX
Chás gelados: de frutas vermelhas, blueberry com limão e maça verde
BEBIDA
o chá!
HUMMMM...
Conta a lenda que há cinco mil anos um imperador chinês estava fervendo uma água quando folhas de uma árvore selvagem caíram dentro da panela. Atraído pelo aroma, resolveu experimentar. Aquilo era saboroso e revigorante. Assim nasceu o chá, bebida com propriedades terapêuticas, servido quente ou gelado e degustado em momentos de prazer e descontração. Em Barreiras, o endereço para desfrutar desses momentos agradáveis saboreando os mais diferentes chás é na “Provanza – Aromas e Sabores”. A loja, inaugurada recentemente, além de ser referência em cosméticos de alta qualidade, também é conhecida pela sua “Casa de Chás Provanza”. Trata-se de um espaço confortável e ideal para degustação de chás que vão do exótico “blueberry com limão” (gelado) à “flor da praia” (quente), cujo processo de composição é intrigante e sensual com uma flor feita artesanalmente. Com ambiente climatizado, música ambiente e acesso à internet via wi-fi, a “Casa de Chás Provanza” comercializa as ervas do chá para quem quiser experimentar a bebida quente em casa. O “French Lemon Ginger” e o “White Goji Blossom” são opções interessantes. Vale apreciar os sabores dessa milenar bebida que auxilia na digestão, retarda o envelhecimento e ainda é rico em vitaminas e minerais.
Chá quente “Flor da praia”: em contato com a água quente, a flor confecionada artesanalmente se abre e revela um botão vermelho
INFORMAÇÕES
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PROVANZA - AROMAS E SABORES
Rua Dom Pedro II, 283-A - Centro (Alameda das Grifes) Barreiras (BA)
(077) 3611.1219
texto REDAÇÃO foto REPRODUÇÃO
, e p r o C n I ESTÉTICA
A V A R E P S E O P R O C U E S E U Q A C I N A CLÍ Estar bem consigo e com a autoestima lá em cima nunca esteve tão relacionado a saúde como hoje. E saúde tem a ver com alimentação, estética, beleza e cuidado com o corpo. Pensado nisso, a clínica In Corpe, que estreou em solo barreireirense no mês de janeiro, desenvolveu um protocolo de tratamento corporal com foco nos melhores resultados, tanto para redução de medidas quanto para estrias, celulites e flacidez que contam com aparelhos de altíssima tecnologia. A clínica traz ainda procedimentos faciais e de emagrecimento que são realizados por profissionais graduados e especializados. E falando em resultados, a In Corpe trouxe também um dos melhores aparelhos para quem quer eliminar aquela gordurinha localizada. Conhecido em todo o Brasil como “lipo sem cortes”, este aparelho implode as células de gordura, possibilitando que estas sejam eliminadas facilmente pelo organismo, e o melhor: com resultados evidentes desde a primeira sessão. Entre os serviços oferecidos estão ainda lipo-massagens, drenagens linfáticas, vacuoterapia, eletrolipólise, limpeza de pele, peelings, acompanhamento nutricional personalizado. A clínica ainda conta com a presença da franquia Light Depil, especializada em depilação a luz pulsada que elimina os pelos de forma indolor e por um preço bem atraente. Faça uma visita e descubra o que é possível fazer para melhorar o seu dia a dia e sua autoestima. INFORMAÇÕES IN CORPE Rua 24 de Outubro, 139 - Centro - Barreiras (BA) (077) 3021.2121 / 9194.0200
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trends and news texto REDAÇÃO fotos C.FÉLIX/DIVULGAÇÃO
NOVO POINT
SABOR
brasileiro
BRASIL CACAU Av. Antônio Carlos Magalhães, 596-B Centro - Barreiras (BA)
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NA LOJA TA
INFORMAÇÕES
APRE SE
Barreiras e região já podem contar com uma chocolateria e cafeteria que tem algo especial e exclusivo em seu DNA: o sabor brasileiro. Inaugurada em dezembro, a Brasil Cacau é uma verdadeira tentação para os amantes de chocolates e café. A loja, de propriedade de Raira França, produz cafés de alta qualidade com grãos moídos na hora do preparo. Além do expresso, cappuccino e chocolate quente, tem receitas exclusivas como chocomax, founde de frutas e drageado. A Brasil Cacau tem uma ampla variedade de produtos em marshmallows, tabletes, biscoitos cobertos, crispies, drageados e trufas em três linhas especiais: infantil, artesanal e presentes. A mescla de cores, juntamente com os aromas e sabores, torna cada produto único. Quem aprecia um saboroso café e um chocolate diferenciado não pode deixar de visitar a Brasil Cacau.
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chavegestaodepessoas@gmail.com
TENDÊNCIA OU REALIDADE: por JANAÍNA LIMA
Aprender com um novo foco: competências
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onsiderando a Gestão de Pessoas um diferencial competitivo para enfrentar a concorrência, contribuir para a formação dos colaboradores deverá ser um objetivo permanente. Porém, é necessário ter certa dose de sensibilidade e intuição associadas à razão para garantir o crescimento e sucesso nas etapas do processo de desenvolvimento individual. Todo processo de desenvolvimento deve considerar também que o ambiente organizacional está em constante mudança e que os objetivos, estratégias, resultados, visão e valores são únicos para cada empresa. Vamos falar então de uma prática cada dia mais comum dentro das organizações que são os Programas de Desenvolvimento em Competências. Estes programas são baseados em um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, que quando colocados em prática, contribuem para a melhoria dos processos de trabalho e realização dos objetivos, tanto individuais como organizacionais. Independente de cargo, posição ou unidade de trabalho, competências precisam ser definidas. E tudo parte do autodesenvolvimento, da curiosidade natural, que se manifesta por um interesse em descobrir e conhecer o novo, na iniciativa, na persistência, na motivação e na disciplina. Segundo Peter Drucker, guru da administração, “gerenciar a si mesmo” significa colocar-se onde você possa fazer uma maior contribuição à sociedade, desenvolver-se constantemente, mantendo-se mentalmente ativo, e aprender como e quando mudar a conduta. Para fazer isso com sucesso são necessários alguns fatores (ver ao lado); para os gestores ou lideres é necessário estabelecer, a partir do Plano de Desenvolvimento Individual, um plano de ação para sua equipe ou área desenvolvendo ações direcionadas às competências que irá desenvolver, como: treinamentos, cursos, desafios, etc. Lembrando, por mais que as empresas invistam em práticas como programas de treinamento e desenvolvimento de equipes, a decisão de desenvolvimento é sempre individual e galgada em um quesito fundamental: querer INDEPENDENTE DE CARGO, POSIÇÃO OU aprender. Porém, as orUNIDADE DE TRABALHO, COMPETÊNCIAS ganizações precisam esPRECISAM SER DEFINIDAS” tabelecer competências que todos os colabora-
Conhecer suas fragilidades e necessidades.
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Definir para cada fragilidade um plano com desdobramento detalhado de ações para alcançar o objetivo dentro de um prazo determinado.
Definir os recursos necessários e investimento destinado a cada ação. Esse investimento não é necessariamente financeiro. Poderá ser, por exemplo, de tempo, disponibilidade, etc
Manter disciplina na execução das ações, com acompanhamento diário dos resultados alcançados
Rever constantemente todas as ações para assegurar que a realização o leve a atingir os objetivos definidos.
dores precisam apresentar e fortalecer. Nesse contexto, a Gestão de Pessoas dá o “tom” da organização. E o gestor não é apenas aquela figura capaz de conseguir resultados através das pessoas, mas, além disso, ele deverá ser a figura de inspiração, em que através das suas habilidades em liderar com as pessoas, alcançará seus resultados pelo respeito da sua equipe promovendo o desenvolvimento individual e logo o organizacional.
JANAINA LIMA é Bacharel em Administração de Recursos Humanos, MBA em Gestão de Negócios e Controladoria, docente da Instituição de Ensino Superior Unyahna de Barreiras, tutora do curso de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos e do curso de Processos Gerenciais da Unopar unidade de Barreiras/BA e Diretora da CHAVE Consultoria Empresarial Ltda, elaborando projetos para área de Gestão de Pessoas, treinando e desenvolvendo equipes.
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2012: PERSPECTIVAS
PARA UM MUNDO DE INCERTEZAS ERNANI SABAI A economida brasileira, a Instabilidade do dólar e a crise na Europa. Qual a lógica do salário mínimo? O que pode acontecer com a economia com as eleições municipais? São muitas as incertezas. Mas, uma coisa é certa: muito depende do comportamento do consumidor, do eleitor. Veja o que diz o professor, mestre em Economia e consultor de finanças Ernani Edvino Sabai texto/foto ANTON ROOS E C.FÉLIX
A crise internacional colocou o Brasil em uma posição de tranquilidade em 2011. Que tipos de vantagens o país pode tirar da situação financeira mundial para iniciar com pé direito o ano de 2012? É possível que o país sofra algum tipo de recessão? Ao longo da história econômica brasileira, as políticas econômicas objetivaram prioritariamente o mercado externo em razão da demanda interna limitada e riqueza concentrada na região Sudeste do país. Quando ocorriam crises externas a economia nacional ficava vulnerável. Com a criação do Plano Real e a implantação de políticas de âmbito social nos governos subsequentes, houve uma melhora no nível de renda da classe C, e inclusão das classes D e E ao mercado consumidor, em especial de alimentos e habitação, garantindo certa estabilidade da economia. Uma vez fortalecida, a economia nacional estará preparada para suportar uma crise externa que poderá permitir ao Brasil maior representatividade no cenário internacional. Um aporte de recursos à UE através do FMI, conforme cogitado pelo governo em novembro passado, mesmo que pequeno, em razão do volume limitado de reservas do país, poderá mostrar solidariedade com a Europa, para onde se destina cerca de 21% das nossas exportações. 30
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Algum setor da economia apresenta perspectivas de manutenção e até mesmo crescimento do lucros durante o ano de 2012? No cenário econômico mundial, o Brasil tem sido reconhecido como o celeiro do mundo e a ONU estima que 7 bilhões vivam no planeta. O setor produtivo de alimentos sofre menor impacto com qualquer crise, visto ser o alimento um bem vital, essencial à manutenção da vida humana. Outro setor que se destaca como importante gerador de emprego e renda no Brasil é o da construção civil. O déficit habitacional nas classes inferiores, minimizado por programas de financiamento habitacional público e privado, bem como a proximidade da Copa e Olimpíadas, que exigem investimentos em construção e infraestrutura, tende a manter a economia aquecida. O Brasil é um país de economia pujante, forte, com destaque no mundo, mas ainda carrega fragilidades estruturais. Como essa disparidade é percebida, por exemplo, pelo trabalhador? Considerando os diversos elos da cadeia produtiva exportadora, o efeito de uma crise mundial provoca uma retração da produ-
ção e novos investimentos. Isto reflete direta e indiretamente na geração de emprego e renda. Se a economia doméstica estiver fortalecida, poderá absorver parte da demanda externa reduzida, garantindo estabilidade e segurança aos setores produtivos bem como os trabalhadores em geral. O que o país tem de positivo para consolidar e fortalecer o mercado nacional? A inclusão de importante parcela da população no mercado de consumo, o volume de investimentos que se realizam em infraestrutura, financiamentos habitacionais, obras da Copa e Olimpíadas representam possibilidades de crescimento da economia. Entretanto, o montante de recursos mobilizado pode desencadear problema inflacionário e com isto um estrangulamento da economia nacional e da renda real do trabalhador, visto ter reajuste salarial anual. Para o trabalhador, o aumento salarial para R$ 622,00 representa algum ganho real e colabora com o comércio ou a tendência é que persistam os endividamentos? O reajuste salarial está vinculado diretamente ao aumento do gasto público com funcionalismo e previdência social. Em cidades de pequeno porte, onde parcela significativa da população tem aquela renda, a economia é aquecida. Entretanto, no caso da previdência, uma compensação destas despesas ocorre apenas com o aumento no número de contribuintes. A título de exemplo: o programa Empreendedor Individual auxiliou em muito a formalização do trabalhador e no aumento da contribuição previdenciária. No caso da economia privada, o aumento do salário mínimo serve de parâmetro para reajustes nos salários de base sindical: caso do comércio, indústria e agricultura. De que adianta ter aumento de salário mínimo e habitação, combustível e alimentos serem reajustados também? Num primeiro momento, o anúncio de um aumento no salário desencadeia aumento de preços ao consumidor - é uma compensação dos preços defasados e recuperação dos lucros. Entretanto, em razão da estabilidade econômica conquistada também pelo aumento da concorrência de mercado, que oferece uma variedade de produtos, os preços tendem a se estabilizar. Em casos como aluguel, o déficit habitacional é alto e geralmente o custo é absorvido pelo trabalhador que terá de administrar a situação reduzindo outras despesas. No caso dos combustíveis, os preços são regulamentados no âmbito internacional especialmente pela OPEP, observada a capacidade de produção de petróleo e derivados. O Brasil, também integrante desse grupo, reduziu esta dependência através da produção de etanol proveniente da cana de açúcar, que permite ao produtor um produto substituto a preços competitivos em alguns momentos da economia. Pensando na realidade da região Oeste da Bahia, o agronegócio, carro chefe da economia possui um histórico com dificuldades logísticas para o escoamento da safra. Isso afeta economicamente o setor? O custo com logística de produção na região Oeste é elevado em razão das grandes distâncias das fontes de matéria prima (minas de calcário, misturadoras e indústria química)
e reduzida frota de veículos para transporte destes produtos até as unidades produtivas agrícolas. Este custo aumenta ainda mais no período da colheita devido à limitação de rodovias pavimentadas e condições precárias das vicinais, pouco planejadas e estruturadas para suportar as chuvas intensas do Oeste, e pela pouca eficiência na descarga dos veículos nas unidades de beneficiamento. As linhas de crédito oferecidas pelos bancos são alternativas viáveis para quem quer investir? Existe algum perfil para este investidor? Apesar das linhas de crédito oferecidas pelo sistema financeiro bancário e não bancário ao setor agrícola serem diferenciadas em relação a outros setores e sub-setores da economia, apresentam-se ainda elevadas e limitadas, devido a burocracia. Isto posto, parte considerável dos insumos para produção agrícola passou a ser financiado por empresas multinacionais que vinculam o fornecimento destes à produção agrícola, limitando o poder de negociação do produtor. Afinal, existe alguma explicação para o custo de vida nesta região ser tão alto? A expansão do agronegócio no Oeste da Bahia provocou, ao mesmo tempo, melhora no nível de renda e na qualidade de vida local e também um aumento do custo de vida da população. O descompasso econômico-social da região Oeste dificilmente poderia ser explicado simplesmente pela lei da procura e oferta. Muitos são os fatores, entre o quais: concentração da propriedade urbana e rural em reduzido número de pessoas e/ou grupos empresariais, que promoveram valorização dos imóveis via melhora da capacidade produtiva e especulação imobiliária; ausência de plano diretor que contemple a ocupação regular e planejada das cidades, o que tem provocado uma supervalorização dos terrenos nas áreas centrais apesar da grande oferta de imóveis; isolamento geográfico dos grandes centros industriais fornecedores de produtos acabados, o que tem onerado o custo das mercadorias destinadas ao setor produtivo e consumidor final; limitada concorrência comercial; limitação de mão de obra local especializada exigindo a importação de profissionais atraídos muitas vezes apenas por remuneração mais elevada. O fato de ser 2012 um ano de eleições provoca alguma insegurança na economia local? Alguns setores da economia podem tirar proveito deste período? Em municípios marcados por gestões públicas oportunistas e pouco eficientes, a sociedade civil e especialmente investidora mantém certa reserva quanto ao uso e aplicação do seu capital. Isso provoca geralmente uma retração da economia, até que se configure junto aos candidatos um plano político e de gestão pública coerente com a necessidade e realidade econômica e social. No período eleitoral, poucos segmentos da economia podem ser beneficiados entre os quais o da malharia, locação de veículos, postos de combustível, etc. No médio e longo prazo, dependendo da ideologia e do planejamento de gestão pública dos candidatos ao pleito municipal, os setores da economia podem ser beneficiados de modo geral. A escolha do eleitor é decisiva para a expansão e/ou retração da economia municipal pelos próximos quatro ou até mesmo oito anos. FEV-MAR/2012
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JOVEM
EMPREENDEDOR
Esta seção foi criada pela r.A para mostrar um pouco do perfil dos jovens empreendedores que mudaram a cara e o estilo dos negócios no Oeste da Bahia.
EXCELÊNCIA SE FAZ COM
investimento texto /foto ANTON ROOS
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Em 2003, depois de ir à formatura de um amigo em Florianópolis, capital de Santa Catarina, Rui Gengnagel, então com 25 anos, perdeu o ônibus que o traria de volta a Chapecó no interior do estado onde trabalhava para uma loja de serviços e informática. O atraso lhe custou o emprego e o fez tomar uma decisão: visitar a avó no interior da Bahia. O futuro ficaria para depois de alguns dias de férias. O que a princípio seriam apenas algumas semanas de descanso, em 2012 completa nove anos. “Cheguei com um MP3, uma mochila e uma máquina fotográfica”, lembra Rui, hoje com 34 anos. Sem capital para investir, a loja de informática e serviços G7 nasceu após uma conversa sobre a qualidade da mão de obra oferecida na cidade. Tanto Rui quanto o sócio da época Luciano Dalmolin contaram com ajuda dos pais para iniciar o empreendimento. A parceria durou apenas seis meses. Atolado em dívidas, Rui mal conseguiu pagar o capital investido pelo ex-sócio. Para seguir com a empresa o pai teve de vender um carro antigo da família e o irmão mais novo, Roberto - mais conhecido como Beto - chegar de Santa Catarina para ajudar com a empresa. A moto de Beto passou a ser o maior bem
NÓS NÃO TÍNHAMOS DINHEIRO, MAS TÍNHAMOS IDEIAS”
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NOME
RUI GENGNAGEL IDADE 34 anos FORMAÇÃO ACADÊMICA 2º Grau Completo EMPRESA G7 Informática CARGO Proprietário
da G7. O que nenhum dos dois esperava é que com apenas 15 dias na Bahia, a moto foi roubada. Para não perder a clientela, a dupla ia visitar seus clientes de moto táxi. “Isso durou uns dois meses, até que conseguimos financiar outra moto, que continua conosco até hoje”, lembra o empresário. O grande salto da loja dos irmãos Gengnagel se deu apenas três anos mais tarde, com a implantação do serviço de internet. “Nós não tínhamos dinheiro mas tínhamos ideias” conta Rui. Para diminuir os custos, os irmãos aproveitavam os finais de semana para fazer testes de sinal em localidades próximas a sede do município. “A gente conseguiu com um custo muito baixo fazer uma rede daqui até o Novo Paraná”, explica. A partir daí o empreendimento só cresceu. Atualmente, o serviço de internet é o carro chefe da G7 Informática. “Hoje temos uma rede que trafega 150 megabites por segundo. Nos próximos 15 dias, devemos ampliar para 350 megabites”, diz Rui, reforçando a necessidade em se investir frequentemente para manter a qualidade do serviço oferecido. Após implantar uma filial em Barreiras (dezembro de 2010), o jovem empresário avisa que novos investimentos estão por fim este ano. “Por mais que a gente tenha certeza, acho que todo empresário sempre fica com o pé atrás, antes de colocar uma ideia nova em prática”, resume Rui, sem querer adiantar o que estão nos planos de expansão da loja para este ano.
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JOVEM
EMPREENDEDOR
O JEITO É FAZER
bem feito texto /foto ANTON ROOS
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Fundada em 1998, a Virtual PP acompanhou todo processo de emancipação e desenvolvimento do município. Começou com uma pequena escola de informática – a primeira de Luís Eduardo Magalhães. Aos poucos, ganhou o espaço necessário para se tornar referência na região. O crescimento da marca fez com que a família investisse em uma nova sede, com previsão para ser inaugurada ainda nesse primeiro trimestre. “A estrutura aqui ficou pequena, vamos aumentar um pouco mais”, explica Alexandre Meassi, 33, sócio proprietário da empresa. O investimento se justifica pela qualidade. Proporcionar um melhor atendimento para o cliente que procura a empresa. Os mais de 10 anos de experiência no ramo proporcionaram a Alexandre, graduado em Administração com Habilitação em Agronegócio, cacife para conhecer as tendências e manias da clientela da região. “Agora em dezembro fez 23 anos que moro na região. O empresário que quer investir em comunicação visual para sua marca muitas vezes não sabe ou compreende, mas Luís Eduardo e Barreiras são como dois países com culturas diferentes. Às vezes o que dá certo lá, pode não dar aqui e vice-versa”, conta. Com 20 funcionários Alexandre parece ter aprendido os caminhos para o sucesso em Luís Eduardo. A máxima do tudo que se planta colhe. Segundo ele, é passível de ser aplicada no município que mais cresce no país. “Tudo o que se planta - bem plantado! -, se colhe aqui na cidade”, parafraseia. Inovar é verbo presente no vocabulário de Meassi. Além dos serviços de uma agência de comunicação, a Virtual PP oferece uma variedade de serviços gráficos, para web, fachadas, impressão em lonas e adesivos, personalização de vitrines, painéis, etc. Questionado sobre o que significa empreender, Alexandre é sintomático: “o jeito é fazer algo diferente e bem feito”, encerra.
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NOME
ALEXANDRE MEASSI IDADE 33 anos FORMAÇÃO ACADÊMICA Administração EMPRESA Virtual PP CARGO Proprietário
INOVAR: ESTE É MEU VERBO. EMPREENDER SIGNIFICA FAZER DIFERENTE E BEM FEITO. TUDO QUE SE PLANTA - BEM PLANTADO! SE COLHE AQUI NA CIDADE”
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mídia
of home OUT
Milhões de brasileiros assistem as mais de 60 mil telas espalhadas nos mais diversos ambientes, como supermercados, ônibus, academias, rodoviárias, universidades, drogarias, e mais, muito mais. Os dados são da Associação Brasileira de Mídia Out Of Home (ABDOH)
REPRODUÇÃO: WWW.MARKAVIVA.COM.BR
texto THIARA REGES
ARQUIVO
A
mídia digital out of home, ou MDOOH, que remodela o tradicional outdoor através das grandes e das pequenas telas, virou a vedete da vez para publicitários. O que surgiu como alternativa após a criação da Lei Cidade Limpa, no ano de 2007 em São Paulo, hoje domina os mercados das capitais, e já começa chegar no interior. O grande diferencial está no pleno aproveitamento dos três segmentos da MDOOH: pontos de espera, pontos de venda e trânsito. “O primeiro trata das esperas forçadas, como filas ou salas de espera em consultório; o segundo trata de grandes redes de supermercado; já o terceiro visa locais de grande movimento de pessoas como as rodoviárias”, explica o publicitário Rônei Rocha. Como defesa para implantação dos telões a vantagem está na maior quantidade de anúncios se comparado as telas estáticas. “Nos outdoor’s o publicitário consegue trabalhar no máximo três anúncios, no caso do outdoor rotativo; e assim, para atender a demanda o mercado fica realmente difícil não cairmos numa de poluição visual. A versão digital da mídia out of home permite inclusive, que além das publicidades sejam divulgados dados relevantes à comunidade local, como previsão do tempo, dados econômicos e notícias, em parceria com grandes grupos jornalísticos”, afirma Rônei Rocha. O mais visitado ponto turístico do mundo, a avenida Times Square, em Nova York, é uma atração à parte. Centro comercial de Manhattan, os prédios
Para o professor e publicitário Rônei Rocha, a versão digital, além de divulgar as publicidades, prestam serviço a comunidade
são equipados com telões digitais que iluminam a cidade com publicidades. Em São Paulo, os debates sobre a MDOOH foram retomados pela chegada da Copa de 2014, e o planejamento prevê também o patrocínio de grafiteiros para decorar artisticamente as fachadas dos prédios. Em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, LCD’s com publicidades e informações jornalísticas, já ocupam ônibus, academias, rodoviária e substituem os outdoor’s. “O mais interessante da MDOOH é que ela atende as necessidades de grandes e também dos pequenos empreendimentos, além de se aproveitar do movimento natural da vida das pessoas sem depender que estejam parados”, destaca Rônei Rocha. FEV-MAR/2012
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especial
Eleições 2012
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partir da próxima edição da r.A e até outubro, debateremos com especialistas, empresários e populares os desafios para os postulantes ao Poder Executivo de Barra, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura e economia. O objetivo é contribuir para o amadurecimento e fortalecimento da democracia e cidadania na região. Nesta edição, apresentamos ao leitor/eleitor um clipping de uma reportagem publicada na revista Rolling Stone nº 61, de outubro de 2011, sobre o maior de todos os problemas políticos: a corrupção. Serve de reflexão para que o leitor/eleitor se conscientize de sua responsabilidade na hora de escolher o administrador das contas públicas de sua cidade.
A CORRUPÇÃO OBLITERA A POSSIBILIDADE QUE MILHARES DE PESSOAS TÊM DE SEREM FELIZES. QUANDO NÃO SE DÁ EDUCAÇÃO E SAÚDE ADEQUADAS PORQUE HÁ ROUBO, SE ESTÁ PRIVANDO O BEM ESTAR DE TODA A POPULAÇÃO. É UM TIRO NO PÉ DO PRÓPRIO GOVERNO, QUE DÁ COM UMA MÃO E RETIRA, DE FORMA VELADA E SUB-REPÍTCIA, COM A OUTRA” MARCOS FERNANDES, COORDENADOR DO CENTRO DE ESTUDOS DOS PROCESSOS DE DECISÃO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV)
Com os R$ 50 bilhões desperdiçados com a corrupção, o Brasil poderia, por exemplo: Elevar o número de aeroportos de 20 para 327 unidades Acrescentar em 24, 5 milhões o número de alunos das séries iniciais do ensino fundamental Construir 129 mil escolas das séries iniciais do ensino fundamental, com capacidade para 600 alunos Construir 918 mil casas populares
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Estudos sobre a corrupção Um estudo realizado em 2010 pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), revelou que o “preço” da corrupção no país é estimado entre 1,38% e 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, aproximados R$50,8 bilhões. Com este dinheiro poderia-se, por exemplo, aumentar em 138,1% os quilômetros de rodovias brasileiras – as quais passariam, de acordo com a meta estabelecida no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), de 45 mil para 107,9 quilômetros. A corrupção, no entanto, não é exclusividade brasileira. O Banco Mundial estima que US$ 1 trilhão seja tragado todos os anos pelos corruptos em escala planetária. Um importante levantamento feito entre 2002 e 2008 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que a corrupção subtraiu cerca de R$ 40 bilhões da vida dos brasileiros. Pelas contas o Brasil perdeu R$6 bilhões por ano nesse período. O valor é equivalente ao PIB da Bolívia. O estudo também concluiu que os mesmos R$ 40 bilhões poderia ajudar a diminuir – 43% para 22% de – o percentual de pessoas que ainda não são contempladas com saneamento básico no país. No jogo sujo da corrupção, economia e eleições caminham de mãos dadas, enamoradas. Há evidências práticas de que certas regras eleitorais, no entanto, contribuem para reforçar a fiscalização do comportamento político. Ao redor do mundo, pesquisas mostram que a aproximação do eleito em relação ao eleitor tende a minimizar atos corruptos.
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design de interiores
HARMONIA e conforto Fernanda Mascarenhas. Designer destaca as principais qualidades neste projeto: requinte, conforto e beleza texto REDAÇÃO fotos C.FÉLIX
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Criatividade, sensibilidade e conhecimento são fundamentais para a realização de um projeto. Apesar do espaço reduzido, foi possível inserir um closet no quarto do casal. O excelente resultado foi possível devido a uma boa pesquisa de dimensionamento e ergonomia. O closet está camuflado através das portas com espelho e painel lateral com fotos da família. O painel da TV acompanha o alinhamento do gesso da cabeceira da cama, tudo conversando entre si, deixando o ambiente em perfeita harmonia.
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A escolha certa de Materiais e Revestimentos acompanhados com excelente projeto de design e iluminação deixam esse ambiente um luxo Atemporal. O local da banheira como relaxamento é permitido através da iluminação de foco com dicróicas com filtro azul, arandela na parede e iluminação indireta no gesso.
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O quarto do filho de seis anos foi pensado de forma que acompanhasse o seu crescimento ao longo dos anos sem que ficasse inadequado para sua idade. O mapa múndi na cabeceira da cama permite que a criança viaje no mundo da imaginação e dos estudos além de ser a identidade do quarto. Os quadros de todos os ambientes foram feitos na Moldura Minuto.
INFORMAÇÕES FERNANDA MASCARENHAS Rua 24 de Outubro, 73, 1º Andar, Centro (077) 3611.3676 / 8116.8117 contato.fernandamascarenhas@gmail.com MOLDURA MINUTO Av. Coronel Magno, 214-A (077) 3612.3422 mm.barreiras@molduraminuto.com.br wwww.molduraminuto.com.br
Fernanda Mascarenhas é graduada em Design de Interiores pela Universidade Federal de Goiás. Desenvolve projetos residenciais e comerciais em Barreiras e região
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É HORA DE ESTACIONAR
O ‘TRIO ELÉTRICO’ Gulla. A cabeleira loira, o chapéu da boemia e o jeito manso de viver a vida pouco despistam os 25 anos dedicados a levar alegria a todos os foliões que pulam carnaval em Barreiras. Virgulino de Lima Pinto, ou Gulla, como é mais conhecido está realizado profissionalmente. Prestes a completar seu 50º aniversário, o homem que ajudou a mudar o carnaval do Oeste baiano revela seu maior desejo: ter um cantinho tranquilo à sombra de um buriti na beira do Rio de Ondas. Chegou a hora de se aposentar. texto THIARA REGES fotos C.FÉLIX
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beira mar em Salvador, um grupo de amigos fazia o maior batuque. Lá pelas tantas uma melodia africana fez com que todos cantassem o estranho refrão: “kima, kima, kimarrei”. O som diferente chamou atenção dos amigos. No dia seguinte, de novo na praia, o único solteiro da turma parecia vislumbrado com as moças passantes. Uma delas, que desfilava num minúsculo fio-dental, causou alvoroço. Para não chamar a atenção das namoradas do pessoal da turma, exclamou: - Que, que, que mar, rei! Curiosamente e sem perceber a semelhança, a melodia africana estava de volta à boca de todos. “Quando formos pesquisar na língua africana Tagalo, vimos que Kimarrei significava sedução”, conta Gulla, para logo emendar: “Essa é nossa história, é o Kimarrei”. Natural de Catolândia, 27km de Barreiras, Virgulino chegou na maior cidade do Oeste ainda menino, depois de o pai, Juracy de Lima Pinto, se ver obrigado a reunir a esposa e os quatro filhos homens, pegar um pau-de-arara e mudar de cidade. “Fui engraxate, vendedor de picolé, laranjinha, bolo, biscoito! Mas sempre busquei fazer tudo bem feito, sempre com muita determinação”, comenta, ao relembrar o tempo de infância. Dos tempos de criança a adolescência foi tudo muito rápido. Gulla fez amigos e aproveitou o melhor da juventude. O carnaval era sempre esperado com ansiedade, embora à época fosse restrito aos sócios dos clubes. Não havia nada de popular na folia. “Ficávamos no Centro Histórico, mais próximos à ponte, esperando o trio Cortesia, de Aguinaldo. Era uma festa quando avistávamos o trio. Aproveitávamos cada minuto, era o que podíamos curtir”. 46
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A arte do convencimento
A mudança veio no ano em que o grupo decidiu não seguir as regras até então impostas para a folia de momo. Na Esquina do Mariana, onde hoje está localizado o Laboratório Santa Rita, havia um bar chamado 266, que era o centro nervoso da época. A ‘minirrevolução’, segundo lembra Gulla, aconteceu numa segunda-feira de carnaval. “Alugamos uma Veraneio que se chama Clave de Sol, e não fomos para o Clube”, conta. O grupo, formado por aproximadamente 80 pessoas, acabou por mudar as regras do Carnaval de Barreiras. O passo seguinte, foi convencer o amigo Bosco Fernandes a subir em um improvisado trio elétrico e cantar para as centenas de pessoas que iam até a praça no período festivo. Gulla, fazendo jus ao nome de líder que tem, comandava a turma sem imaginar que o futuro lhe reservava um lugar no rol do empreendedorismo de entretenimento. A partir daí, o carnaval ganhou um novo e mais democrático formato. O grupo de amigos
revolucionários e com ares anarquistas, convenceu o amigo Bosco Fernandes a subir em um improvisado trio elétrico e cantar para as centenas de pessoas que iam até a praça no período festivo sob o comando de Gulla. “Ele só cantava para os amigos, em reuniões particulares. Tivemos que insistir, botar pressão! O trio tlétrico foi feito de madeira, na antiga Calmac, em cima de uma F4000. E como não podia deixar de ser, não seguimos as regras. A prefeitura determinava o percurso e a ordem do desfile. Não fazíamos nada do que era programado. O que nós queríamos era curtir, sentir a beleza e a energia do carnaval”, explica, fazendo questão de se eximir da paternidade da festa em Barreiras. “Não sou o pai do carnaval de Barreiras. Muito antes de mim ele já existia. O Netos de Momo, que nos últimos anos ganhou destaque com a valorização do Carnaval do Centro Histórico, existe desde antes do Kimarrei - muito antes! E quanto ao novo modelo - com trios elétricos, festa na praça em vez de clube -, foi a união de várias cabeças pensantes”, resume.
Sem arrependimentos
Em 2012, o bloco completa 25 anos de avenida. De engraxate e vendedor de picolé a empresário, Gulla não se arrepende de ter largado o emprego de bancário para trabalhar com entretenimento. “Meus amigos saíram de Barreiras para estudar e viraram médicos, engenheiros; mas eu não tinha como sair. Fiquei e fui trabalhar: comecei na gráfica, fui despachante, bancário. Em 1997, larguei tudo que fazia e passei a me dedicar exclusivamente aos eventos. Barreiras tinha esse potencial”, justifica. O trabalho na área não é fácil. É preciso planejamento. “Diferente de um sapato, que se você não comprar hoje pode comprar amanhã, a festa só acontece naquele dia, naquela hora”, completa Gulla, hoje formado em Administração com ênfase em Comércio Exterior, com pós em Marketing e Recursos Humanos. Católico não-praticante, ele lembra a mãe, Irany de Lima Pinto, antes de falecer em 2008, sempre rezava por ele. “Ela tinha muito medo que me acontecesse alguma coisa, já que eu trabalhava com pessoas, festas e bebidas. Como uma forma de tê-la sempre comigo, todo ano comprávamos um camarote, onde meus pais curtiam a festa e recebíamos os pais dos colaboradores do Kimarrei. Depois que ela morreu, eu não podia mais deixar meu pai sozinho. Então, hoje, meu pai - que vai completar 80 anos, que é minha inspiração e meu amuleto da sorte -, está comigo em cima do trio, fazendo tudo dar certo”. Gulla costuma dizer que ele pode até ficar velho, mas o bloco se mantém jovem. Antenado aos sucessos do momento, procura inovar nas marcas e atrações, reformulando inclusive as festas tradicionais, caso da Lavagem do Cais, realizada anualmente no primeiro dia do ano. “Hoje paga quem quer pagar. Você pode curtir o carnaval, inclusive a atração dos blocos, mesmo sem ter a camiseta. Até porque sabemos que ainda tem aqueles que por vários motivos não conseguem reservar uma parte do orçamento para uma festa”, diz.
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TENHO UM SONHO DE FAZER UM FESTIVAL EM BARREIRAS, EM PROPORÇÕES MENORES, MAS ESPELHADO NO FESTIVAL DE VERÃO [DE SALVADOR], E QUEM SABE TRAZER CAETANO”
O filho que não teve
Novas alternativas
A experiência, depois de 25 anos proporcionando diversão para a população de Barreiras e toda região Oeste, não o impede de pensar em novas alternativas para o carnaval da cidade. “Podemos sim nos espelhar em Salvador, fazer um corredor de camarotes para que haja uma apresentação especial nesta parte do trajeto. Isso cria uma expectativa tanto para os foliões do camarote como para os foliões do bloco e para o artista que está se apresentando”, explica. “Realmente, temos uma certa dificuldade em trazer as grandes atrações. Mas é no período do carnaval que o turista pode vir para a cidade, e quem é daqui e mora fora vem visitar seus familiares. Estamos perto de Palmas, Brasília e Goiânia e atraímos aqueles que não podem ir para Salvador. As grandes atrações nós trazemos no meio do ano, como já fizemos com Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Timbalada, Harmonia do Samba e Asa de Águia. O que está faltando é um planejamento para que nossas belezas naturais sejam exploradas. Não existe um trabalho forte de ecoturismo que incentive os turistas a aproveitar as cachoeiras e grutas durante o dia e a avenida no período da noite”, desabafa.
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Como tantos outros, Gulla também viveu um amor de carnaval. Aliás, ainda vive. Com brilho no olhar e uma risada apaixonada ele conta que conheceu Rita, a esposa, no Netos de Momos, há 25 anos. Nesse ¼ de século viram várias histórias de amor acontecer na avenida. Muitos amigos se conheceram e se casaram no bloco e hoje levam seus filhos para a folia. Além dos amores, Gulla viu um menino se transformar num homem. Sem ter tido filhos, o empresário do entretenimento diz que se sente um pai quando lembra do orgulho que Saulo Fernandes – vocalista da Banda Eva – nos dá. “Sou fã incondicional dele e da Banda Eva. No ano passado, quando ele fez um show em Barreiras, fui me despedir no aeroporto. Lá, Serginho, irmão dele, tirou uma foto e brincou: “Pai e filho, pai e filho!”. Temos essa liberdade de brincar, e quando a gente se encontra é uma grande festa. Quem conhece Saulo como pessoa, sabe que ele é um grande amigo, grande pai, grande filho, grande irmão, faz tudo por sua família”.
O grande pé de buriti
Em casa, nos seus momentos de descanso, Gulla, fã de MPB, escuta Zé Melodia, Gilberto Gil e, em especial, Caetano Veloso. Como leitura, indica a biografia de Silvio Santos. Em 28 de fevereiro ele completa 50 anos, 25 anos de amor com Rita e 25 anos de Kimarrei. Está na hora de se aposentar! “Não é fácil me afastar. Comecei aos poucos. Hoje, nas festas do Kimarrei, ajudo a minha equipe a organizar tudo, mas não vou no evento. Tá certo: eu fico com o rádio ligado e só consigo dormir quando a festa acaba e alguém me liga pra avisar que ‘deu tudo certo’! Ainda tenho um sonho de fazer um festival em Barreiras, em proporções menores, mas espelhado no Festival de Verão, e quem sabe trazer Caetano para Barreiras. Cinquenta anos... está na hora de pensar em aposentadoria. Já tenho uma chácara à beira do rio de Ondas com um belo e grande pé de Buriti!”.
INFORME PUBLICITÁRIO
Implante dentário, segurança
e autoestima
Q
uando o assunto é colocar dentes no lugar dos que foram perdidos, é certo o desejo de voltar a mastigar com
satisfação, falar, sorrir sem medo. A odontologia moderna tem muito mais a oferecer do que a simples ideia de devolver a função e a saúde. Ela pode nos dar o prazer de sorrir com beleza. Foi-se o tempo em que dentaduras, próteses móveis e fixas eram as únicas opções para restaurar um sorriso. O sucesso de reabilitações orais com implantes obedece aos seguintes fatores: planejamento e emprego de tecnologia avançada em materiais cirúrgicos e protéticos. Dr. Wilson Costa, especialista em implantodontia e prótese dentária ressalta que esse tipo de tratamento pode trazer vários benefícios ao paciente: devolve a função da mastigação, estética e principalmente a autoestima. “Vários pacientes entraram em meu consultório em busca de algo mais, algo que pudesse, além de restaurar o sorriso, elevar a autoestima. Muitos diziam ter vergonha de sorrir e conversar, tamanha era a insegurança e insatisfação. Tenho testemunhado grandes transformações. Muitos até confessam: ‘Se soubesse que o tratamento me traria tanta satisfação teria investido na minha saúde bucal há muito mais tempo’”, declarou o implantodontista.
“A realização de seu sonho está ao seu alcance” Rua Marechal Hermes, 313 Centro - Barreiras (BA)
Dr. Wilson Costa, especialista em implante prótese dentária
Tel.: (77) 3611.1083
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Começamos o ano apostando numa na fusão de várias idéias. O resultado é uma mistura de estilos, cores, informações culturais ora viaja por etnias africanas, ora mistura a tecnologia ao artesanal. A maquiagem em tons de jóias e naturais, os cabelos arquitetônicos valorizam o glamour intercontinental, global, sem fronteiras. Não importan onde se esteja, se no sertão, no cerrado, na savana. O que importa é ser tão... Então seja.
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consultoria de moda KARINE MAGALHÃES fotos C.FÉLIX
ANOS 80 Calcinha alta Lycra usada como short (Pele de Seda); cinto (Santa Lolla) camisa pink Lança Perfume (Anjo Rebelde); scarpin preto (Belíssima) e bijoux Camila Klein (Maiosn Caroline)
NAVAJO Body terroso print pena de índio Lança Perfume e jaqueta pink Planet Girls (Anjo rebelde); cinto DTA (Zhurka); scarpin tweed (Santa Lolla); bijoux Camila Klein (Maison Caroline) e óculos Tarot (Belíssima)
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MULLET DRESS Vestido longo I贸dice (Rosa Bonita); meia em tom terroso 7/8 Lycra (Pele de Seda), sapatos (Santa Lolla) e bijoux Camila Klein (Maison Caroline)
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ÉTNICO Top strass Planet Girls (Anjo Rebelde); saia fendas Amíssima (Rosa Bonita); sandalia bicolor (Santa Lolla); bracelete e cinto (Zhurka) e bijoux Camila Klein (Maison Caroline)
OFF-WHITE Vestido lápis DTA (Zurkha); estola fake Idrissi (Maison Caroline); sapatos (Santa Lolla) e bijoux Camila Klein (Maison Caroline)
IT SMOKING Blazer jacquard preto Colcci (N’Zambi); top Cavalera (Rosa Bonita); camisa fios de ouro Shoulder (Maison Caroline); short metalizado Missbella e scarpin preto Eva e óculos Tarot (Belíssima)
Ficha técnica
LOOKS/PRODUÇÃO: KARINE MAGALHÃES // MAKE/HAIR: MARCOS DUVALLE (77) 9147.1010 (MEIRE CABELEIREIRO) // ASSISTENTES: ANNE STELLA E ALAN XAVIER // MODELO: HERICA XAVIER // DIREÇÃO e FOTOGRAFIA: C.FÉLIX // LOCAÇÃO: ARRAIAL DA PENHA (BARREIRAS) // AGRADECIMENTOS: A TODA COMUNIDADE DO ARRAIAL QUE DE UMA FORMA OU OUTRA CONTRIBUIU PARA A REALIZAÇÃO DESTE ENSAIO
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LUGAR DE MULHER É texto/fotos C.FÉLIX
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...na oficina, pelo menos para Clara Estrela, que comanda dezenas de homens em um ambiente que décadas atrás mulher provavelmente só entrava para solicitar conserto de carro - e olhe lá! Mas os anos são outros e a igualdade de direitos dos gêneros, apesar de distante, já faz parte da pauta diária da sociedade
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efinitivamente, o termo “sexo frágil” não se aplica mais a mulher. E faz tempo. Clichê demodê. De gerente do lar, invariavelmente monitorada pelo marido, ela foi pra rua trabalhar de táxi, passou a dirigir caminhões, assumiu cargo de diretoria nas empresas, se qualificou, melhorou sua renda, se tornou a maior receita do orçamento doméstico, virou “Pereirão”, CEO de multinacionais, presidente de países, entrou nas oficinas de carros e não admite gracinhas do tipo “o defeito é na rebimboca da parafuseta”. Mas continua elegante. É provável até nesses últimos tempos, com tudo isso, tenha investido mais na estética. Agora a tal fragilidade... não, talvez essa mulher, essa nova mulher, essa mulher em constante processo de emancipação prefira seguir o pensamento do argentino revolucionário Che Guevara: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás!”. Diz o ditado: “Filho de peixe, peixinho é”. Mas nem sempre. Não é regra. Às vezes, filho de peixe vira uma fera. E muito diferente. Capaz até de matar um leão - e por dia! Assim é Clara Estrela Marinho Correia, que nasceu em Goiânia, foi morar em Belo Horizonte, mudou-se para Brasília e hoje mora em Barreiras. Filha de cantora de blues e pai publicitário e artista plástico, Clara, que já nascera “estrela”, tinha tudo para brilhar em outro palco. Mas foi em uma oficina automobilística que ela realizou seu sonho. “Meu pai nunca trabalhou com carro. Meus tios não gostam de carro. Não sei. Sempre gostei muito de carro. Mas a paixão veio mesmo quando comecei a trabalhar no concessionário. Realmente foi onde eu me descobri. Trabalhei com área de vendas, de polimento e proteção de pinturas – isso há 12 anos! Me encantei com aquele universo de oficina. Nunca quis ser vendedora. Nunca tive essa ambição. Eu gosto de oficina”, declara a gerente de pós-venda, há 4 anos na Paraíso Motors, responsável pelas peças e oficina do Grupo Brandão na linha Mitsubishi. Clara comanda cerca de 40 funcionários diretos. Homens, em sua maioria. Alguns, aliás, por preconceito, desconfiança ou machismo, demoraram a aceitá-la como chefe quando ela foi contratada. Onde se viu uma mulher na oficina? lidando com um conhecimento historicamente legado ao macho? segurando ferramentas, apertando parafusos, inalando cheiro de borracha, óleo, fumaça de combustão? com unhas pintadas, mãos hidratadas... Um dia, ainda em Brasília, Clara chegou para o diretor da concessionária em que trabalhava e falou: “Quero ser consultora técnica”. Aquilo, sabia ela, significava trabalhar muito, e muito mais; ter que estar preparada, ter muito conhecimento – e muito mesmo!
Ao ímpeto de sua funcionária, o diretor respondeu: “Olha, Clara, pra você ser respeitada como igual, vai ter que saber mais que eles. Se souber a mesma coisa que eles, não vão te respeitar. Pra chegar a uma liderança, então, você vai ter que saber muito e muito mais do que eles”. Apesar das resistências iniciais, a miúda Clara, às vésperas de completar 30 anos e mãe de dois filhos, impõe respeito em seu jaleco sempre branco. “Oficina tem que ser mais limpa que a casa da gente”, defende. “O mecânico não precisa mais estar sujo de graxa, com mão suja. Tem luva pra se proteger. E o carro requer menos trabalho manual. ‘Tudo’ é computadorizado, os reparos são menores. Antigamente, o mecânico se sujava inteiro para tirar uma peça. Hoje em dia, a peça é torqueada com poucos pontos”. Apesar da resistência inicial masculina, hoje ela não tem problema nenhum com “os meninos”, como chama seus colegas de trabalho. Aliás, segreda ela, “prefiro trabalhar com 50 homens que com uma única mulher. Exceção as três ‘meninas’ de minha equipe, que em alguns anos vão me substituir. Uma até, que trabalha comigo há mais tempo, já está sendo preparada para assumir uma gerência. Olhe, o preconceito está mais na mulher do que no homem”.
Autoestima
Clara até tentou o ensino superior. Chegou a cursar Serviço Social. Desistiu. Acabou se formando no exercício diário da vida. A necessidade, a paixão, o interesse, a disposição e a flexibilização para o novo fizeram dela uma aprendiz incansável. Fez muitos cursos técnicos, tirou muito proveito da vida profissional, das concessionárias onde trabalhou. E de tudo que aprendeu, há algo que ela faz questão de enfatizar: é preciso ter autoestima. “Assim que cheguei aqui quis desenvolver, valorizar a profissão de mecânico. O mecânico - na cabeça deles -, era um nada, um lixo, uma profissão feia. O homem tinha vergonha de chegar num canto e dizer: ‘sou mecânico’. Eu quis valorizar isso neles. Então muitas vezes botei a mão na massa pra mostrar que aquilo era uma função privilegiada. Hoje em dia o
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““Prefiro trabalhar com 50 homens que com uma única mulher. Exceção as três ‘meninas’ de minha equipe”, revela Clara, que teve papel fundamental na valorização da profissão de mecânico
salário de um mecânico chega a ser maior que o de um professor, maior que de alguns enfermeiros – de uma pessoa com formação acadêmica. Varia entre R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. É um excelente salário”, confessa. Nessa relação entre homem e mulher – às vezes de disputa, companheirismo, ajuda, autoafirmação -, Clara reconhece que ambos têm seu valor, que todos têm sua fraqueza. A mulher, reconhece ela, têm conquistado espaço e respeito antes nunca tidos. No entanto, elas têm pouca ambição ainda. “Às vezes chegam numa função e param. ‘Até aqui tá bom’. Isso não pode. Já o homem não para. Se atualiza diariamente. E a mulher tem um diferencial interessante: é mais organizada. Além disso, ela se cerca de muitas possibilidades antes de tomar uma iniciativa. Já o homem é muito de tomar iniciativa”, compara.
Guerra dos sexos
É notório que a mulher vem, cada vez mais, conquistando um espaço social antes ocupado apenas por homens. Apesar dos avanços, não se pode afirmar que haja, efetivamente, igualdade dos gêneros na sociedade moderna. Recentemente, o assunto foi tema da 7ª edição do Prêmio Construindo a Igualdade do Gênero, promovido por várias instituições, a exemplo do MEC e o CNPq. Entre os vencedores, está Carla Letícia Pereira Oliveira, aluna do IFBA da unidade de Barreiras. Em sua redação ela narra a história de uma menina que sonhava em ser mecânica. Veja texto abaixo.
Por mais mecânicas
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sso não é coisa de menina, meu bem. Deixe pra lá. Eram sempre as mesmas palavras, ou algumas variações delas. O que pouco mudava era o tom de voz zombeteiro e arrogante que deixava transparecer quase sempre uma despreocupação fingida. Também não mudava o jeito como essas palavras cortavam-lhe o peito, como uma flecha atravessa o ar, com uma facilidade inacreditável. À medida que o tempo passava, elas foram criando um lugar em sua vida, aninhando-se entre um sonho e outro como um obstáculo que estaria sempre presente e com o qual teria que aprender a conviver caso decidisse por continuar na profissão. Este tipo de pensamento das pessoas era quase tão irrefreável quanto a lembrança que a invadia ao ouvir algo assim. A imagem de seu pai, claro, do alto de seus cabelos grisalhos e olhar severo, falando graciosamente por cima do ombro enquanto mexia nos motores. O cheiro de graxa e óleo queimado, o barulho estridente das ferramentas e a sensação de estar em casa completavam o quadro que ela sempre idealizava de uma vida perfeita. Porém, ali pairavam essas benditas palavras a surrar-lhe os ouvidos. Como se fossem o preço a pagar. Desde que descobriu a paixão pelos automóveis, viu-se obrigada a lidar com as mais variadas expressões com que se deparava na oficina. Boquiabertos, os clientes perguntavam se seria ela a cuidar de seus carros e exasperavam-se ao perceber que era mulher o mecânico tão competente de que tanto ouviram falar. Sempre havia sido assim. Uma mulher! Uma onda de sensações a invadia. Não era algo que a fazia se sentir 58
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propriamente confortável, mas não podia deixar de admitir que também sentia um certo prazer. Apesar de estar cansada disso, de aquelas palavras e olhares machucarem uma parte dela, não podia evitar pensar em como era bom provocá-los. Ora, todo mundo quer se destacar. Ser bom em algo e ser diferente por isso. Ser desafiador. Acreditava ser isso o que as mulheres tentavam fazer hoje em dia, mesmo achando não ser o melhor caminho para fazê-las provar seu valor. Via diariamente que muitas mulheres optavam por deixar de lado o que sempre lhes fora “reservado”, optavam por uma maternidade tardia ou por não se casarem, para seguir com os estudos e correr atrás do reconhecimento que tanto desejavam. Era perfeitamente claro para ela que homens e mulheres, novos ou velhos, todos têm características que são só suas, e caberia a cada um explorá-las. Mas ao que parecia nem todos viam isso. Estava cônscia do quanto parecia estranho aos olhos de um homem o fato de uma mulher possuir algum talento para algo tão... Masculino. Perfeitamente compreensível. Apesar de atualmente o discurso ser totalmente voltado para uma sociedade em que todos estejam em equilíbrio de direitos, na prática o individualismo ainda impera. Cotidianamente, mesmo dentro da oficina, ela conseguia sentir o quanto a igualdade é algo de certa forma temida pelas pessoas: alguns gastam absolutamente todo tempo e esforço para distinguir-se dos demais. Desigualar-se da massa. Percebeu que as mulheres eram vistas dessa maneira, buscando maior espaço e poder, afinal a integração da mulher no mercado de trabalho e o crescimento de seu papel na sociedade abalaram a todos. É preciso tempo para que mudanças sejam mais bem aceitas, para que as pessoas possam se adaptar. Porém, sendo a única mecânica de sua pequena cidade, e presenciando de perto essa mudança sabia que o verdadeiro intuito de uma mulher não é apenas se diferenciar de quem quer que seja. Pelo menos não era o dela. Será que as pessoas não enxergavam? Tudo é uma questão de talento, aptidão e esforço! Ela via naqueles carros o que acreditava uma presidente também ver em seu gabinete: uma oportunidade de usar suas características para fazer o que gosta, o que sabe. Não era apenas por destaque pessoal, ou por provar Carla Letícia Pereira Oliveira, estudante do curso de técnico em informática IFBA-Barreiras, vencedora do concurso de redação
Em casa, Clara evita falar com o marido sobre carros. Ele trabalha em uma empresa concorrente. Mas, é no mesmo ramo. Aliás, ela já foi chefe dele em outra ocasião. Talvez isso até garanta melhor entendimento, compreensão do casal nos momentos em que as empresas exigem mais deles. De carro, em casa, ela só fala mesmo com seu filho, de 4 anos. “Ele é louco por minha profissão. Tá no sangue”, confessa e ri, um riso diferente. O tempo passou. Além de chefe de oficina, ela é esposa, mãe... e sobretudo, filha. “Clara”, diz sua mãe do outro lado da linha: “Minha filha, não manda ninguém embora. As pessoas precisam de emprego”, conta Clara, que emenda: “A minha mãe tem uma visão totalmente filosófica da vida. Ela diz: ‘Não seja fria, não seja má’. Tudo paz e amor. Minha mãe está lá em 1970. Está lá...”, conclui, confessando que o som que combina com oficina é rock ’n’ roll, hip-hop. A cadência do blues não serve.
que pode fazer o mesmo que um homem, mas por produzir com seu trabalho e vê-lo dar frutos graças a um dom seu. Ela poderia sim, fazer qualquer outra coisa. Ter filhos e cuidar da casa, trabalhar em um escritório, ser médica, arquiteta, garçonete. Mas era com carros que sabia mexer e com o que era feliz fazendo. Os clientes, tão alheios àquela felicidade íntima, não conseguiam esconder a preocupação ao deixarem seus bebês em mãos femininas. Mas - a cada dia ela percebia e sentia o peito inflar como um balão - também havia em sua expressão algo como admiração. Se não era admiração, era respeito, ainda que tímido. O mundo cresceu, e aceitar as mulheres nas mais variadas áreas antes destinadas apenas a eles, é uma prova de que as pessoas cresceram junto. Tinham que crescer. Porém, como uma criança assustada, temiam esse avanço, sempre achando que essa luta por igualdade por parte delas por vezes assumia um sentido de inversão de papeis, como se merecessem um respeito maior por estarem se atrevendo. Aí não seria igualdade. Algumas vezes esse medo vira preconceito, discriminação, e os problemas ficam maiores. Ai como mexer com gente é complicado! Por isso prefere máquinas. Peças e ferramentas são mais maleáveis... Cada dia em meio aos carros, vendo como amava o que fazia e lamentando por aquelas que têm medo de assumir essa liberdade, aprendia que o mundo ainda precisaria de muitas outras mecânicas. Para ser realmente bom em algo é necessário estudo e dedicação, mas não é preciso um curso para aprender a se impor no convívio social de modo a obter mais respeito. A maneira como trabalhava era o que a caracterizava e dar o melhor de si era contribuir com o crescimento e aproveitamento da própria sociedade. Como católica que era, acreditava que a mulher fora proveniente de uma costela retirada do homem. Uma costela fica no meio. Não na cabeça e nem nos membros inferiores, no meio do corpo humano. No meio, igual. Isto não é coisa de menina, meu bem. Deixe pra lá. É preciso acreditar e trabalhar para que os povos encontrem seu próprio equilíbrio de direitos e obrigações, não havendo distinções por gênero ou qualquer outra coisa. Só assim palavras e frases como estas serão extintas do nosso meio ao ponto de provocarem expressões surpresas e olhares desaprovadores ao serem pronunciadas, em qualquer ambiente profissional ou familiar. FEV-MAR/2012
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texto/fotos ANTON ROOS
CÁTIA DÖRR
Quem assiste a uma aula de jiu-jitsu do mestre Luciano Soares, ou os treinamentos de MMA do trio Alex Soares, Jairo Soares e Douglas Silva não imagina que por trás de toda agressividade e violência que o esporte pressupõe, estão quatro seres humanos fiéis e tementes a Deus. “Atletas de Cristo” eles carregam a bandeira do evangelho em todos os eventos que participam: “O MMA para um atleta cristão tem duas fases de treinamento: a espiritual e a física”, resume o professor
CÁTIA DÖRR
N
as ruas próximas ao Ginásio de Esportes José Alberto Lauck em Luís Eduardo Magalhães, a chuva que caiu durante toda manhã e tarde do sábado limitava-se então as poças d´água. Poucas horas após o anoitecer, quase não havia lugares para estacionamento dos carros e motos de quem chegava para assistir ao Maximum Midway Fight, tradicional evento de MMA (Mixed Martial Arts) organizado pelo mestre Luciano Soares, também presidente da Associação Baiana de Lutas (ABL). Aos 34 anos, o professor lembra que pensou em parar com a organização do evento, normalmente realizado nos meses de abril e setembro. “Depois que eu me converti eu não queria mais realizar o Maximum. Eu sentia um preconceito comigo mesmo”, recorda. Naquela noite de 17 de dezembro, um público superior a 1,2 mil pessoas compareceu para assistir aos 12 combates da programação. Entre os convidados estava o campeão mundial de boxe, Acelino Popó Freitas, deputado federal e também evangélico. Na animação da plateia presente um grupo de hip hop da igreja Missionária Unida de Luís Eduardo Magalhães apresentava seu repertório recheado por letras versando sobre a palavra de Deus. Foi preciso muita oração e muitas conversas com o pastor de sua igreja, antes de rever a decisão de parar com o Maximum. “Deus falou comigo, se você fez para o mundo, por que não pra mim. Eu sei que posso parecer um maluco por dizer isso, mas é verdade. Eu nunca faço o evento em dezembro, dezembro é mês de chuva”, justifica Soares, no intervalo de uma aula de jiu-jitsu. Sentado no tatame da academia de artes marciais da qual é proprietário em Luís Eduardo, Luciano orienta os alunos. De quimono azul e com o ros-
Alex Soares, 36 anos, o mais velho entre os atletas de cristo da academia defende o cinturão no IV Maximum Midway Fight em LEM
Após mais um treino com muitos socos e chutes, o mestre Luciano Soares (C) e os lutadores Jairo Soares (E) e Alex oram no tatame da academia
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esporte
» to encharcado de suor, o mestre conta que pratica artes marciais há
pelo menos 17 anos. A conversão ao evangelho é recente. Ocorreu há apenas nove meses (N.E: a entrevista foi realizada em janeiro), em muito, por influência da família. A esposa evangélica sempre falava da palavra de Deus dentro de casa. O pastor da igreja era presença constante assim como outros evangélicos. “Eu tinha raiva de crente”, relembra. A conversão mexeu com o lutador. Se antes, nos momentos de angústia, Luciano ia para uma chácara encher a cara, hoje, prefere o conselho de algum irmão da igreja para resolver os problemas do dia a dia. A mudança na maneira de encarar os desafios da vida influenciou até o ambiente interno da academia, que atualmente conta com 12 atletas evangélicos, entre eles os irmãos Alex, 36, e Jairo Soares, 29, (ambos primos de Luciano) e Douglas Dias, 30. “O Douglas e o Jairo são atletas de nível nacional. São apostas pra gente tentar participar do UFC. Pra se ter uma ideia, o Jairo vem de cinco vitórias seguidas”, conta Luciano empolgado. Levar um atleta seu para o maior evento de lutas do mundo é um sonho que o professor não esconde. A motivação não está distante. Com a popularização do esporte e a transmissão em canal de tevê aberto, nomes consagrados dos octógonos acabaram revelando sua religiosidade, caso do carioca Vitor Belfort na última edição do UFC Rio, no dia 14 de janeiro. “Meu sonho é poder chegar lá em cima e proclamar: eu sirvo a Jesus. Foi ele que me trouxe aqui e não um ser humano” desabafa, antes de passar nova orientação para a turma de alunos que praticava algumas técnicas de luta de solo espalhados pelo tatame. “Quando se está em uma luta você tem de ir pra cima do cara. Antigamente eu dizia que se o adversário caísse era pra continuar batendo. Hoje não. Se deu o knockdown e o juiz viu, você para. Se você viu que já parou não precisa estar em cima até o juiz separar. Tem de respeitar o adversário”, emenda Luciano. Sobre a associação do esporte à violência, o professor parte do princípio de toda prática e atividade esportiva ser violenta, do tênis ao beisebol. “Até o balé é violento”, define. “Se você reparar nas sequelas que o balé causa para uma pessoa. O pé fica achatado, desloca. O atleta de boxe morre mais cedo que um atleta de MMA”, complementa. Ainda no comparativo com o boxe, Luciano diz que o MMA possui regras, com médicos e exames para cada lutador, o que contribui para a sua profissionalização. “No boxe se você tomar uma pancada na cabeça pode ficar sequelado por vários meses. Nos eventos de vale tudo não. Se você tiver uma pancada séria você fica o período de Em semana de competição, a rotina de treinos é intensificada. “Eles precisam estar 100% concentrados”, diz o professor Luciano Soares, ao centro 62
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recuperação afastado do esporte, por prescrição médica”, relata. A ABL, por exemplo, realiza exames periódicos nos atletas que vão lutar, inclusive exames de HIV e Hepatite. “É um evento dos mais seguros que existe”, crava Luciano.
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Depois de encerrada a luta, o atleta derrotado cai de joelhos e curva o tronco para reverenciar o vencedor da noite. Jairo Soares não aceita. Estende a mão, levanta o oponente e com o dedo indicador apontando para os céus lhe fala ao pé do ouvido: “O único digno de você se prostrar é Jesus”. Na plateia um homem que assistia ao evento acompanhado de uma garrafa de whiski entende o sinal e logo após o evento procura Jairo para uma conversa. “Aquele meu gesto ajudou na conversão desse homem. Hoje, ele frequenta a igreja e é um membro ativo na sua congregação”, conta o atleta satisfeito depois de encerrado o treino. Convertido há quatro anos, Jairo lembra que começou a praticar artes marciais no quartel em Brasília no ano de 2003. Paraense de Bragança, Soares chegou a ser campeão do pentatlo militar. No entanto, à época o temperamento forte e o pavio curto, impediam que ele crescesse no esporte. “Me sentia muito iludido pelas coisas do mundo”. Nesse período acumulou mais de 60 brigas de rua no currículo. Incomodado com o passado rebelde aproveita para convidar os interessados a ingressar em uma academia e praticar o esporte de maneira saudável, longe das ruas. “Quem luta não briga”, filosofa. Ainda que concorde com a agressividade e violência do esporte, Jairo acredita que muitas pessoas conservem uma visão errada do
MMA. “Tem muita gente que acha que é uma carnificina”, conta. O bom momento que vive no esporte, aparentemente não ilude o campeão. A rotina pesada de treinamentos é aliviada com paixão pelo esporte, pela vontade de evangelizar. Todo treino e combate é precedido por orações. As lesões fazem parte do jogo, mesmo para aqueles que cumprem uma agenda rígida de treinamento e cuidados alimentares. “Quando você está ali, naquele ambiente, você tem de bater sem medo de se lesionar”, resume Jairo. Na agenda do atleta estão previstos combates em Salvador e Brasília ainda este primeiro semestre. “Uso minhas mãos para glorificar a Deus, sem maldade no meu coração”, resume. Além de cumprir expediente de 8h por dia e bater ponto na academia para treinar, Soares ainda tem tempo para ministrar aulas de artes marciais em outra academia da cidade.
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Em 2003, Douglas Dias deixou Eunapólis no sul da Bahia em busca de novas oportunidades de vida em Luís Eduardo Magalhães, emancipado havia apenas dois anos. O esporte e o evangelho surgiram na sua vida praticamente no mesmo momento, logo que chegou à região. Com oito anos de experiência no MMA, o atleta de 30 anos aproveita suas lutas para fazer amizade com seus oponentes. “Todos adversários que luto acabam se tornando meus amigos depois”, conta. O treino puxado justifica-se: Douglas estava inscrito em um torneio de vale-tudo em Unaí/MG, que aconteceu no terceiro final de semana de janeiro, e foi o único representante da academia a retornar com vitória. Questionado sobre o UFC, o lutador prefere a cautela. Antes é preciso ganhar os principais eventos da MMA do país. Criar bagagem. “Se for da vontade de Deus vai se cumprir. Todos nós lutamos com esse objetivo”, pontua. Mais velho entre os atletas de Cristo que treinam na academia, Alex Soares, no auge dos seus 36 anos mantém o ritmo pesado de treinamento como se fora um menino de 20. Bi-campeão do Maximum em Luís Eduardo, ele conta que começou a praticar o esporte sem compromisso. “É como um hobby. Treino porque gosto”, justifica. As viagens para competir em outras cidades e estados servem para proclamar as convicções do quarteto. Seja com as camisetas onde se lê a frase “Atletas de Cristo” ou nas conversas de bastidores com seus adversários. A mensagem é sempre a mesma: Deus em primeiro lugar.
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Entre sorrisos, Luciano se aproxima. As palavras transbordam convicção. “O MMA para um atleta cristão tem duas fases de treinamento: a espiritual e a física”. O treino termina. De joelhos no centro do tatame dão as mãos um para o outro. Agradecem. Oram. Antes de serem lutadores, são fiéis. FEV-MAR/2012
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S
ábado. Fim de tarde. Agora, o sol está mais frio. Dona Zilma empurra o carrinho de mão carregado de palha de carnaúba. Dois netos e um filho de sua vizinha são sua companhia. Eles vêm de longe, “lá d’acolá, naquela entrada assim”, explica dona Zilma. Ela não sabe a distância. Mas é longe. Os braços estão cansados, as pernas às vezes cambaleiam. Dona Zilma perde o equilíbrio e o carrinho deita na areia branca. Um dos fechos de palha se desfaz. Ela não reclama. Resignada, se abaixa, monta o fecho e segue para Porto de Palha, comunidade quilombola do município de Barra, à margem esquerda do Rio São Francisco.
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Carlos José de Souza, presidente da associação do projeto Carnaúba na Comunidade, sonha com o dia em que máquinas possam vir ajudar no manejo da planta, principalmente para extração da cera. Alfredo Alves (à direita), gerente de Regularização Fundiária, acredita que o projeto, além incrementar a renda dos ribeirinhos, vai ajudar a preservar a cultura da região
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As casas coloridas de um lado e outro formam uma longa rua, espaço de lazer para as crianças, que rolam na areia com suas travessuras. Carlos José de Souza, presidente da associação do projeto Carnaúba na Comunidade não sabe precisar o número de habitantes em Porto de Palha, mas é um bocado. “Vixe, Maria!”, exclama. Em quase toda família da comunidade há alguém que trabalha com carnaúba, mas só 27 são associadas ao projeto. “A mulher faz uma esteira e vende. Ela vai fazendo e juntando pra vender de vez. Aí ela leva até a barca e vende por R$ 4,00. Isso não paga nem o trabalho. Ainda compra linha na cidade pra costurar. É muito trabalho. É daqui que ela tira o sustento. Quem tem o cartão do Bolsa Família tira um pouco mais, R$ 50 por mês. Aí vem água, vem luz. Não dá pra pagar tendo 10, 12 pessoas dentro de casa. O custo de vida aqui é muito pesado”, avalia Carlos José, com alguns filhos em sua volta. Nas décadas de 1940 e 1950 a cera da carnaúba foi a principal fonte de renda de muitos nordestinos, em especial naquela região do Médio São Francisco. “Com a entrada de materiais sintéticos provenientes do petróleo, a cera foi caindo. Essa cultura chegou a ser muito forte aqui”, conta Geraldo Serves Ferreira, secretário do Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo de Barra. O assunto, na época, levou Deocleciano Martins de Oliveira a escrever o livro “O país das carnaúbas”, premiado pela Academia Brasileira de Letras.
Andréia Melo, que está no 2º ano do Ensino Médio, aprendeu a fazer artesanato com a palha da carnaúba desde cedo, assim como a maioria das mulheres de Porto da Palha. Morou um ano em São Paulo, mas preferiu voltar
Hoje, poucos se aventuram a trabalhar com a carnaúba. Os homens de Porto de Palha, em sua maioria, vivem da pesca, da roça. “Tem muitos anos que os donos venderam as fazendas. E aí ficou largado. Só fogo. Tirando as palhas que as mulheres tiram aí...”, justifica Carlos José. Na estrada de Barra até a comunidade vê-se várias plantações de carnaúba e muitas queimadas, o que afeta profundamente a comunidade. Da carnaúba nada se perde: o fruto serve de alimentação humana e animal; o tronco é usado na construção das casas e cercas e, a palha, antes destinada às coberturas e depois substituída por telhas para evitar barbeiros, é a matéria prima da pequena economia gerada pelas mulheres através do artesanato. “Desde que eu me entendo por gente que trabalho com isso”, conta Andréia Melo. Apesar de todas as dificuldades, não é fácil sair de Porto de Palha. Andréia ficou um ano em São Paulo, mas retornou. Ela está no 2º ano do Ensino Médio. Todos os dias trabalha com a palha. Vai fazendo uma trança aqui, emedando ali, costurando acolá... Às vezes demora um dia em uma peça. Às vezes, mais. Pensa em uma faculdade, mas... “Isso é complicado pra gente que não tem renda nenhuma. Vamos ver. Quem sabe? Nossa vida é isso aí. Quem quer trabalha, quem não quer fica aí andando pra cima e pra baixo sem fazer nada. Quem quer sobreviver vai fazendo isso”, desabafa um pouco acanhada.
O futuro
Com a implantação do projeto Carnaúba na Comunidade, a esperança foi reavivada. O coordenador regional, Alfredo Alves Nogueira, gerente de Regularização Fundiária do município, explica que as discussões sobre assunto começaram em 2009, inicialmente em Xique-Xique. Hoje, são seis comunidades assistidas, entre elas Porto de Palha. “Antigamente, vivia-se da carnaúba. Mas era muito rudimentar. Era triste você ver um pai de família que vinha de manhã, todos os dias, cortar a palha. Envolvia a mãe, a mulher, os filhos. Carregava, botava pra secar no terreiro. Depois levava para uma chocha (casinha de palha). A pessoa ficava lá dentro rasgando a palha e porque tinha que ser bem vedada por causa do vento. Hoje não! Com esse projeto, nós vamos ter uma máquina. Vamos ter um secador solar, um rasgador. Uma máquina que rasga a palha pra poder fazer a coleta do pó [para fabricação da cera]. Essa palha que sobra ela pode ser aproveitada para alimentar os animais e no artesanato”, explica. Alfredo ressalta ainda que o projeto é uma forma de preservar a história, de conscientizar a comunidade sobre a conservação e importância da carnaúba. O projeto surgiu de um estudo de viabilidade da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir) e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) do Estado. De cada comunidade foram selecionados um presidente, um tesoureiro e uma pessoa do conselho fiscal. Eles tiveram um curso sobre a gestão administrativa do projeto, no CAR de Irecê, e não veem a hora da chegada das máquinas. “Com a chegada desse projeto vai ser mais fácil. Vai vir a máquina pra secar, pra bater, pra tira o pó. Se a gente conseguir isso as coisas melhoram”, reflete Carlos José, vislumbrando um futuro mais digno para seus filhos, para os filhos de Porto de Palha. FEV-MAR/2012
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CULTURA POPULAR
PROMESSAS E FOLIA DE
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C.FÉLIX
Altar na casa de Maria Reis: lugar especial para reflexões espirituais e onde os reiseros se reúnem em momentos festivos. Ao lado, a visita do Folia do Reis a uma casa da comunidade é uma festa contagiante. Todos acabam caindo no “samba”
“S
eu filho está curado. Não sei o que a senhora fez. Deve ser uma boa mãe. Agora ele só vai se recuperar”, disse um médico do Sarah Kubitschek, contrariando o diagnóstico de outros médicos que diziam que o menino iria ficar paralítico, que teria que usar aparelho. Mas aquela notícia... Será que promessa que Maria Reis havia feito à beira do rio tinha surtido efeito? Os olhos de Maria Reis se perdiam no movimento das águas. Seu coração, apertado. Quanta dor. Um filho paralítico? Por quê? Como brincar com as outras crianças, correr com elas? “Meu Deus, o senhor fez tudo isso com suas mãos. Então, com essas mesmas mãos que o Senhor criou tudo isso, toca na perna do meu filho para ele ficar curado. Eu nunca dei atenção à Folia do Senhor. Cura meu filho. Eu vou sair com sua Folia, Senhor”, pedira Maria. Agora, dizia o médico que o menino ia se recuperar.
Tradição, fé e alegria se minsturam em uma das manifestações populares mais antigas do país, Folia de Santo Reis. Maria Reis, do bairro Boa Sorte, em Barreiras, fala como se tornou uma das maiores reiseras da região e das dificuldades de preservar a cultura popular texto C.FÉLIX foto PÉRICLES MONTEIRO
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“Antes do parto, minha mãe fez uma promessa pro Santo Reis. Se ela não morresse, daria a criança para o Santo Reis. Se fosse homem, se chamaria Zé dos Reis, se mulher, seria Maria Reis. Daí eu nasci. Sou Reis de nascença. O reisado é uma tradição que vem de família. O irmão do meu avô era reisero. Ele tinha um terno de reis. Meu tio também tinha um terno de reis. A gente se chama terno de reis. Igual eu tenho. Eu sou encarregada da folia. Então eu sou a mestra. Terno de reis é essa pessoa que comanda a folia todo o ano’, explica Maria Reis. Sob sua cabeça, do lado esquerdo, a foto de formatura de seu filho que gerara a promessa. O mundo é uma “aldeia global”. O termo, criado pelo filósofo canadense Marshall McLuhan, trata da integração dos povos. Um quintal sem cercas, um país sem fronteira. Um globo, um povo. E quanto mais se caminha para o estreitamento das diferenças, as diferenças emergem necessitadas de se proteger da falta de identidade, do esvaziamento da história. Por mais que o reisado estivesse no sangue da pedagoga Maria Reis ela não conseguia realizar em Barreiras. “Eu sou de lá. Depois do Rio Grande, em São Desidério”, FEV-MAR/2012
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» conta. “Eu sempre amei a Folia do Santo Reis. Quando chegava
assim de madrugada, na casa da gente, que cantava aquele Reis ali na porta... a gente chorava de alegria. E quando o Reis saía, ficava uma pureza, leve. Era assim”. Já morando em Barreiras, ela foi ajudar uma senhora a cantar reis. Foi a primeira vez depois da roça. Mas a mulher faleceu em pouco tempo. Os instrumentos ficaram lá. Maria queria pagar a promessa, mas tinha vergonha. Poucas pessoas conheciam a tradição na cidade. Uns aceitavam, outros não. Decidiu: no outro ano não sairia com a Folia de Reis. “O povo aqui quase num aceita reis”, lamentou. Tempo depois, voltou atrás e, em silêncio, pediu: “Ô Santo Reis, se o Senhor me der folião esse ano, eu saio de novo”. Era um 24 de dezembro, dia em que geralmente se dá início a Folia de Reis. Os festejos terminam em 6 de janeiro.
Maria e o marido estavam no quintal quando as palmas soaram casa adentro. Eram uns cinco homens. “A senhora é Maria Reis”, perguntou um. “Sim”, respondeu ela se aproximando da porta. “É porque nós viemos aqui, sabe. A senhora tá precisando de folião pra sair o Reis e a gente sabe que é a melhor reisera da região”, argumentaram, se colocando à disposição para sair na folia. “Ô moço, que mentira! Eu nunca saí Reis, como posso ser a melhor? E eu também num tenho instrumentos. Os que eu tenho aqui são velhinhos. Já até rasgado”. Não adiantou. Eles pediram os instrumentos e ajeitaram ali mesmo. Isso foi no Natal de 1999. Aquele foi, efetivamente, o primeiro Reis sob o comando de Maria. “Naquele ano Santo Reis me deu uma cantadora que ia pra onde eu fosse e me dava força”.
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Hoje, o Folia de Santo Reis do bairro Boa Sorte tem cerca de 20 foliões. A maioria é homem. E embora muitos venham de outros bairros, boa parte vem da roça. Maria tem quatro filhos. Um carrega a bandeira, outra samba. Ali, e em outras famílias, a tradição vai ganhando raízes. Um dia, as crianças, os jovens; todos serão adultos; quem sabe o Santo Reis não continue com eles.
São poucas, mas bastante significativa a participação das crianças durante a Folia. A esperança de preservação da cultura se renova em cada rosto curioso dos reiseros mirins 70
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Maria Reis (ao centro) e seus foliões. Acima, em frente a capela do Boa Sorte, eles se preparam para mais uma incursão pelo bairro
“O Santo reis é forte. Uma vez, fomos numa fazenda e aí veio aquele tanto de gado pra cima da gente. Muito folião correu, sem querer entrar mais. Eu pensei assim: mas gado é abençoado por Deus. Daí a gente entrou no curral e cantou o Reis. Sem mentira nenhuma, moço, quando eu falei assim: ‘Louvor a senhor Santo Reis e viva o gado do curral’ todo o gado berrou ao mesmo tempo. E depois que berraram saíram pro pasto. Pode perguntar”, relata Maria, que sonha em construir uma igreja, uma sede pro Santo Reis. “É o meu sonho. Que eu não me perca com nada disso. E nem quero que seja pra mim, que as pessoas possam tomar conta quando um dia eu deixar de existir. Eu quero muito construir essa sede. As crianças aqui vivem abandonadas. A maioria fica nas ruas depois do horário da escola. Eu me lembro que, quando eu era novinha, tinha um sonho de trabalhar na televisão, de apresentar teatro. Eu faço tanta peça de teatro, faço música. Mas a gente não tem essa oportunidade de mostrar. Se a gente tivesse uma escola que incentivasse os jovens a sonhar...”. FEV-MAR/2012
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FOTOS: ARQUIVO DE FAMÍLIA
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MEMÓRIA
Pedaços de
UMA VIDA “Numa alta aclamação, sem gritos, o regresso dos átomos aflitos ao descanso perpétuo da Unidade!” São as palavras de Augustos dos Anjos que ornam a lápide de Francisco Ney Ferreira, que faleceu em Salvador no dia 22 de dezembro de 2011, com insuficiência respiratória e infecção pulmonar texto THIARA REGES
Francisco Ney Ferreira em alguns momentos de sua vida: encontros políticos, tenente da Polícia Militar ao lado de seu pai Rui Ferreira, com a esposa Zizette e os filhos Tsylla e Antonio Balbino Neto, e recebendo o carinho dos netos
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aiano, ex-deputado federal, Ney Ferreira deixou de herança para Barreiras, no Oeste da Bahia, uma porta aberta para a democracia. Filho de um funcionário público e uma lavadeira, Ney Ferreira não escondia sua origem humilde. Os ensinamentos recebidos de seus pais tornaram-se sua cartilha: De Dona Zazá, como chamava carinhosamente a mãe, ele dizia que admirava a tenacidade, retidão e perseverança. Do pai Ruy Ferreira, Ney declarava ter recebido “régua e compasso”. Deputado estadual em 1966 pelo Partido Democrata Cristão (PDC) e federal entre 1967 e 1983 pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e entre 1983 e 1987 pelo Partido Democrático Social (PDS), Ney Ferreira atuou ainda como professor na Academia da Polícia Militar do Estado da Bahia, na Fundação Visconde de Cayru e nas faculdades de Ciências Políticas e Filosofia da UFBA, e exerceu a advocacia. De personalidade forte e por vezes difícil, Ney Ferreira viveu relações intensas. Muitas delas, ambientadas nos bastidores da política contemporânea e na direção do Esporte Clube Vitória, fatos estes ele contou em sua autobiografia ‘Pedaços de uma vida’ lançada em 1998. Para região Oeste, dedicou parte de sua vida ajudando o sogro, o ex-governador da Bahia Antonio Balbino de Carvalho Filho, nos empreendimentos de comunicação, Ney Ferreira deixa as Organizações Antonio Balbino, Sistema de Comunicações, que integra as Rádios Barreiras e FM Líder (hoje Transamérica), que há 28 informam, orientam e principalmente escutam a população oestina.
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Uma semana pra ser feito; cinco dias para montar as peças e um dia e meio para deixá-la estruturada
ARTES PLÁSTICAS
A VERSATILIDADE DE
um artista O olhar com que observa sua obra parece revelar a íntima relação entre criador e criação. Versátil e talentoso, Juliano Francisco é um artista de mão cheia. Em Barreiras desde os 16 anos, sonha com o dia em que a população local vai valorizar os artistas e a arte produzida na região texto ELLEN RARDEN foto JOANEY TANCREDO e ARQUIVO PESSOAL
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Rico em detalhes, o trabalho de Juliano tem inspiração na dura realidade do sertão nordestino. Das casas de adobe e chão batido, à mãe que mesmo diante de todas adversidades alimenta o filho recém-nascido
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eja pela sensibilidade ou nos gestos mais simples, Juliano Francisco, 32, nascido e criado no povoado de Araguaiana, município de Angical, sempre se diferenciou dos irmãos. Desde criança quando brincava na estância dos pais, percebeu que eles não compartilhavam dos mesmos gostos e brincadeiras. Na época, como tudo era muito distante, os vizinhos eram poucos e amigos quase não haviam. “A mãe não gostava que os filhos ficassem em casa de vizinhos ou vice-versa”, lembra Francisco.
A aptidão para as artes foi desenvolvida por Juliano ainda pequeno. Os brinquedos fazia à mão, utilizando-se do barro e materiais recicláveis como tampas, latinhas e garrafas pets. Indiferente, Juliano não gostava dos brinquedos de fábrica. “Gostava das coisas da minha forma, meu encanto pela arte veio ainda na infância, eu sempre brinquei só, não tinha muitos amigos construía meus próprios brinquedos. Tudo muito real e original”, afirma o artesão. Com o passar dos anos, as criações de Juliano chamaram atenção de familiares e vizinhos. Não demorou para ter seu trabalho reconhecido dentro do povoado de Araguaina a partir da construção de cenários para apresentações artísticas e encenações, ornamentação de festas de São João, ou qualquer outro tipo de serviço mais elaborado. O desejo de conhecer novas técnicas e ferramentas de trabalho para ampliação de seu conhecimento, no ramo da arte, fez com que Juliano Francisco, aos 16 anos, se mudasse para Barreiras. A partir daí, ele passou a trilhar uma nova trajetória de vida. Em 2000, já com 20 anos, Juliano começou a realizar trabalhos artesanais em madeira. Quatro anos depois, participou da associação de artesãos de Barreiras, e passou a integrar uma companhia de teatro com a qual se viu atuando em diversas peças pela Região. Atualmente, Juliano contribui em projetos sociais, e o conhecimento adquirido em cursos e oficinas, repassa a crianças, ensinadoas a arte e suas técnicas. O trabalho do artesão consiste em re-utilizar materiais. Desenvolve artes com barro, palha de milho, fibra de coco, sementes, cipós e o papel machê. Voluntário no projeto social “Catavento”, foi professor de Artes por três anos no Bairro de São Sebastião. Em sua comunidade no Bairro Vila Amorim, há 17 anos atua e dirige uma peça teatral realizada durante a Semana Santa. Sua única resignação é a falta de reconhecimento na própria localidade. “O artista deveria ser mais reconhecido, principalmente no âmbito local. Quando pessoas de fora visitam a nossa cidade, eles percebem o valor que o nosso trabalho tem. Ao contrário do que acontece com pessoas aqui da região não é dado o devido valor que merecemos”, desabafa. Participou pela quinta vez do concurso de lapinhas, realizado pelo poder público municipal, por quatro vezes consecutivas foi vencedor e no ano passado ficou em segundo lugar. FEV-MAR/2012
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AGENDA LITERATURA
As meninas e o rio
O
que começou como um mero projeto de conclusão de curso acabou se tornando uma obra indispensável para quem quer conhecer um pouco das histórias do Rio Grande, um dos mais importantes afluentes da margem esquerda do Rio São Francisco e que percorre as localidades de São Desidério, Barreiras, Santa Luzia (distrito de Angical), São José do Rio Grande (distrito de Riachão das Neves), Taguá (distrito de Cotegipe), Goiabeiras (distrito de Wanderley) e Barra. O livro-reportagem reúne dados históricos e científicos dos sete municípios baianos banhados pelo Rio Grande. Sua importância para o desenvolvimento das cidades, a vida das pessoas e o meio ambiente. Entre os personagens entrevistados durante o processo de criação destaque para a escritora Joana Camandaroba, o Bispo Dom Luís Cáppio e o artesão Gérard. “Resgatamos as histórias dos remeiros, das aguadeiras, narramos a vida das lavadeiras e dos pescadores, relatamos também as trágicas mortes no Rio Grande”, conta Luciana. O livro “Um rio de histórias”, contém 11 capítulos. O lançamento será no dia 25 de fevereiro em São Desidério. Posteriormente, as autoras pretendem lançar a obra em Barreiras.
A PRIMAVERA DO DRAGÃO (Nelson Motta)
Dois anos depois da formatura no curso de jornalismo, as jornalistas Luciana Roque, Jackelyne Bispo e Ana Lúcia Souza lançam livroreportagem sobre Rio Grande
Escrito pelo jornalista e produtor musical, Nelson Motta (que anteriormente já havido escrito a biografia de Tim Maia (Vale Tudo), também lançado pela Objetiva), o livro apresenta uma detalhada descrição em tom romanceado dos anos verdes do cineasta Glauber Rocha. A obra abrange desde o nascimento de Glauber, em 1939, quando quase matou sua mãe no parto, até a consagração no Festival de Cannes de 1964, onde, apesar de não levar nenhum prêmio relevante, conquistou prestígio e consolidou seu nome como um dos principais diretores do mundo naquela época. Biógrafo pop, Nelson Motta faz desse livro retrato de um cineasta tão genial quanto precoce, ele e sua geração ousada, abusada e transgressora, na aventura contra a monotonia cultural. Ed. Objetiva, 368 págs. Preço médio: R$ 47,90.
São Desidério em todas as letras
F
ruto de uma pesquisa de 20 anos, o livro “São Desidério de A a Z: sua história, minhas lembranças”, lançado em janeiro registra importantes fatos da história do município. “Eu nasci em 1956 e posso me considerar um dos irmãos mais velhos de São Desidério. Esse livro traduz todo o amor que sempre nutri por este município, desde a sua criação até hoje, nas proximidades do cinquentenário de emancipação política”, declarou o autor Augusto de Souza Filho, natural de São Desidério. Este é o primeiro volume da obra e está dividida em três partes. A primeira relata a história de São Desidério até 1962, quando a vila torna-se município. A segunda parte dtrata da trajetória política e a última traça uma linha do tempo até o ano 2 000. O segundo volume, a ser lançado futuramente enfoca o Poder Legislativo. “Souza não teve pressa, foi prudente e sábio ao condu76
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FELIZ POR NADA (Martha Medeiros)
zir os relatos desse livro”, enfatizou a professora Maria do Socorro Souza Santos, irmã do autor e responsável pela revisão do livro. Souza Filho, que é membro da Academia Barreirense de Letras, arrancou elogios de colegas. “Pouco se fala da cultura intelectual. Hoje, você está aqui implantando a cultura intelectual. Na academia temos colegas de outros municípios e até de outro estado. Temos a honra de tê-lo como membro”, disse Durval Nunes ao amigo, por ocasião do lançamento do livro.
Nesta coletânea de mais de oitenta crônicas, Martha Medeiros aborda temas diversos e próximos do leitor. A autora tem o dom para aproximar assuntos por vezes fugidios – como é próprio do cotidiano – de questões universais, como o amor, a família e a amizade, e criar lugares de reconhecimento para o leitor, como ao falar de Deus, dos romances antigos e novos, da mulher, de escritores e cineastas que são imortais, de se perder e se reencontrar, do que a vida oferece e muitas vezes se deixa passar. Gaúcha de Porto Alegre, Martha além de escritora é colunista dos jornais Zero Hora e o Globo. L&PM, 216 págs. Preço médio: R$ 31,00.
CINEMA
Da bossa ao rock: a música brasileira vai ao cinema
O
início de 2012 reserva duas boas surpresas para os fãs de música brasileira. Dois de seus mais aclamados nomes tiveram sua trajetória recontada em documentários que chegam aos cinemas de todo país neste primeiro trimestre: Raul Seixas e Tom Jobim. O documentário O Início, o Fim e o Meio que conta a história de um dos maiores ídolos do rock nacional teve sua estreia nos cinemas brasileiros adiada. O filme entraria em cartaz no dia 27 de janeiro, mas só chegará às telonas em 23 de março. Com direção de Walter Carvalho, o mesmo de “Cazuza”, o longa conta participações especiais como a do escritor Paulo Coelho, parceiro do músico baiano na década de 1970 e co-autor de alguns dos maiores sucessos da carreira do ‘maluco beleza’, como “Gita” e “Sociedade Alternativa”. Também participaram com depoimentos Tom Zé, Caetano Veloso e Nelson Motta. Já o filme sobre Tom Jobim, estreou em 20 de janeiro nos melhores cinemas do país. Para retratar o extraordinário universo da música do criador de “Garota de Ipanema”, o diretor Nelson Pereira dos Santos e a filha do músico, Dora Jobim, escolheram o caminho sensorial da imagem e do som para exibir o trabalho do músico considerado, ao lado de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira.
Carlinhos Brown é o Brasil no Oscar 2012
A
pós a sequência de Tropa de Elite ficar de fora da disputa de “melhor filme estrangeiro”, restou ao baiano Carlinhos Brown a honra de representar o país no maior evento do cinema mundial. O músico foi indicado pela canção da animação Rio, na categoria “melhor música original”. A música, chamada Real in Rio, vai disputar o Oscar com a canção Man or Muppet, do filme Os Muppets. A trilha é de autoria de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown e o longa tem direção do brasileiro Carlos Saldanha. O filme foi lançado nos cinemas brasileiros em abril de 2011, com grande aceitação do público e da crítica. A festa que revela os vencedores da estatueta em 2012 acontece em 26 de fevereiro. FEV-MAR/2012
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um lugar
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FÉ DE ROCHA texto THIARA REGES foto JORGE BARBOSA
uando Francisco de Mendonça Mar avistou, à margem direita do Rio São Francisco, aquele rochedo imponente com formação intrigante, viu a beleza divina. Da gruta, fez sua morada, que depois virou igreja. Ele virou santo e, a cidade de Bom Jesus da Lapa, sinônimo de milagre há mais de 300 anos.
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GELO, LIMÃO EAÇÚCAR
tizzib@gmail.com
Tizziana Oliveira Jessica e Zheng
O casamento de Jessica Miranda e Zheng Campos foi celebrado na sexta-feira, 20 de janeiro. A cerimônia e a recepção aconteceram na Pizzaria Boi na Brasa, para aproximadamente 200 convidados. O casal fez um ensaio fotográfico com a Kika.
A hora do sim
Após dois anos e três meses de namoro os pombinhos Luana Karla Biazussi Cappellesso e Hernanee Souza Borges, casaram-se no dia 19 de janeiro. As cerimônias civil, religiosa e o jantar foram realizados no Espaço Cristal, onde o casal recebeu mais de 100 convidados.
Karine e Maurício
O simpático casal Karine Nicolodi e Mauricio Colla se casou no dia 28 de janeiro. A cerimônia foi realizada na Paróquia São José. Eles receberam cerca de 400 convidados no bistrô Olavo Nascimento. O Studio Arte Movimento fotografou o casamento. 80
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O “Planeta” No carnaval de Barreiras, o camarote Planeta Skol novamente levará conforto para quem quiser curtir o carnaval sem pular atrás do trio elétrico. Localizado no centro do circuito, o camarote possui localização privilegiada e uma mega estrutura de sonorização, projetos audiovisuais, os melhores DJs, veejays, bandas, lounge e bares! Faça parte desse planeta. Passaportes e ingressos. Barreiras: 9993.1627 ou 9971.4308. Luís Eduardo Magalhães: 3628.6866
KIKA
A comemoração dos 15 anos da simpática Hilarry Orestes, em sua residência no dia 21 de janeiro, reuniu amigos, familiares e muita emoção, principalmente dos pais Viviane Orestes e Eliandro Marion. Hillarry fez ensaio com a fotógrafa Kika para comemorar seu aniversário.
O “DEBUT” DE HILLARRY
NATALIA DE CARLI RIGHETTO Natalia de Carli Righetto tem 17 anos e cursa a faculdade de engenharia de produção na FAAHF. “O que mais gosto é estar com os amigos e principalmente com a família. Espero que este ano seja de muitas realizações e que eu possa cultivar novas amizades”, disse Natalia.
Em foco
Filha de Neliane (Biroca) e André Weissenstein, Andressa Weissenstein completou 16 anos no dia 8 de janeiro. “Tenho o sonho de me formar, ser uma ótima profissional, atender às expectativas de quem me ama e acredita em mim, constituir uma família e ser muito feliz”, diz Andressa. Ela conta que gostaria de conhecer a Europa, tirar bons proveitos daquela cultura e se dedicar aos estudos. Seu príncipe encantado ideal seria alguém que a conquiste e faça-a se sentir única; através de seu caráter e de suas qualidades. A frase de cabeceira da jovem é: “O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre” de Lance Armstrong.
Em Lençóis
O casal Lenara Brito e Adriano Chiarini viajou no dia 28 de dezembro para Lençóis, na Chapada Diamantina. Os recém-casados, trocaram alianças em outubro e desde janeiro residem em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.
Me caiu os butiá do bolso! Sou viciada em cheiros. O papel do olfato, em seres humanos, é evidente. Homens e principalmente mulheres se ligam muito em “cheiros”. Dedico esta nota aos cheirosos que usam o perfume perfeito. Sentir o perfume de alguém é extraordinário para o nosso ego, sei que sou “digna de tal perfume”, especialmente se essa pessoa tem alguma coisa que nos deslumbra. É pelo perfume que a mulher consegue se lembrar do primeiro encontro no dia seguinte, e imediatamente começa uma viagem ao mundo dos prazeres. Da mesma forma que é natural o homem gostar de ver sua mulher sempre linda e sexy, a mulher tende a gostar de ver seu homem cheiroso e inteligente. Existem inúmeras opções de perfumaria masculina, estando os perfumes franceses e italianos entre
os preferidos. É certo que muitos perfumes não têm um preço tão acessível, mas vale a pena fazer um reajuste no orçamento para ter o “cheirinho irresistível”. Sabemos que o perfume feminino ajuda o homem a se sentir mais atraído, por isso abusamos. A mesma regra deve valer para os meninos, pois o cheiro provocado tem efeito poderoso em quem está a nossa volta e em nós mesmos. Então homens, aproximem-se que nós, mulheres, precisamos dar uma “cafungada” no cangote dos cheirosos de plantão. Recordando que um dos cheiros mais agradáveis para as mulheres é o perfume natural masculino. Ou seja, além de tomar banho regularmente, lavar bem os cabelos e manter o hálito fresco, você precisa escolher um perfume que seja “a sua cara”.
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1 Jessica Sampaio; 2 Siomara e Carlos Augusto; 3 Danilo, Célia, Dilma e o Bispo Dom Josafá; 4 Gilka e Gil ; 5 Jean e Ronei; 6 Juliana, Cida, Deusdete e Maurício; 7 Anne Stella E Cícero Félix; 8 Sueli e Júnior; 9 Rider e Mona; 10 Fernando e Débora; 11 Niedja e Ananda; 12 Gládiston, Felipe, Bárbara, Diego, Jéssica, Daiana e Leonardo; 13 Maria das Dores, Alberto e Daniele; 14 Moacir e Domingas; 15 Denilson e Ricardo Campos; 16 Maria José, Diego, Rodrigo, Gerolino e Avanir; 17 Claúdio e Tadeu; 18 Carlos Costa E Sueli; 19 Janaina e Harisson; 20 Paula, Humberto Junior e Neide; 21 Suzane, Edson e Irineide; 22 Amanda e Geise; 23 Silvana, Célia e Dulce; 24 Janete e Izabel; 25 Rebeca Sampaio; 26 Erik, Maira e Amiga; 27 Thiara e Maurício Rocha; 28 Fátima, Taciana, Diego, Rachel e Carine (Equipe In Corpe); 29 Adriana e Augusto; 30 Brígida e Amarildo FEV-MAR/2012
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1 Eliane e Alencar Almeida; 2 Aparecida Shirabe e Jorge Bischoff ; 3 Sergio e RosieleFavotol; 4 Mariana e Nilton; 5 Thainara, Stéfanie e Mariana; 6 Thaynâ, Charles e Kau; 7 Saymond; 8 Nara e Eliana; 9 Henrique, Ricardo, Aaron, Alexandre e Carlos; 10 Marcio, Carlos, Marquinhos, Jader e Daniel; 11 Viviane, Vinicius, Fábio e Paula; 12 Quinca, Lourdes, Nice, Ronaldo, Maria, Mano, Amário, Serginho e Hélvio; 13 Os 10 irmãos Gatto: Roberto, Lucia, Luís Carlos, Rita, Cleusa, Clair, Carminha, Vilson, Valter e Valdir.; 14 Mirian; 15 Monique; 15 Felipe, Mauricio e Tiriago
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