reportagem
20 obras paradas e um precário serviço de saúde
cult
Santa Maria: achados e guardados de Hermes www.revistaa.net
pesquisa INSIGHT / REVISTA A
Prefeito mais novo do Oeste tem melhor avaliação popular
. no Filho amante g i n e B , o ent ível e nascim oêmio. Incorrig nha se d o r t s i g b ri No re esmente há 40 anos, Vie l p m i s , ar Na vida ono de b te barreirense d e a c i s i da mú da da no n e l a m tornou u
A R I E I V CHEIO a ç ra de g
r$ 9,99
ano 4 - nº 21 fev-mar/2014
ouza
editorial Ouza Editora Ltda. Rua Profª. Guiomar Porto, 209 - Sala 105 Tel.: (77) 3613.2118 - Centro - Barreiras (BA)
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ano 4 - nº 21 - fev-mar/2014 Diretor de redação e editor
Cícero Félix (DRT-PB 2725/99) 9131.2243 e 9906.4554 sousa.cfelix@gmail.com
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redação Alyne Miranda e Rosane Ferreira secretária de redação
Carol Freitas
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ilustração
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edição de arte
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A r.A obedece a Nova Ortografia da Língua Portuguesa e não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas colunas assinadas.
O poder do 21
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stamos no terceiro mês do ano, mas ainda paro para desejar um ótimo 2014. Nunca é tarde nem cedo para se desejar o bem. Tenha um extraordinário 2014, leitor! Não pense que este vai ser um ano qualquer. Só por haver Copa do Mundo, já seria um ano atípico, mas tem eleição para presidente e muita surpresa por aí! Creia. Vai ser um ano pra não se esquecer e talvez entre para a história como um marco na linha de tempo do Brasil. Não sei exatamente de quê nem pelo quê. O certo é que vamos ter de fazer o acerto de contas nas urnas pra saber quanto realmente valeu e tem valido todas essas manifestações populares desde junho do ano passado. Vamos descobrir até onde vai, realmente, nossa liberdade, nossa independência. Aliás, por falar em independência, esta publicação chega a sua total maioridade: 21 edições. Viva a independência! O 21 não é fácil. A idade significa liberdade e sentença de prisão em um só enredo. Você vence a fase do proibido para menor de... e passa a ser exclusivamente, totalmente responsável por todos os seus atos. Antes, ainda botavam na conta de mamãe, papai. Agora, com a alforria dos 21, não tem conversa: você está escravo de você! Bem, mas isso é na idade. Para nós, o 21 significa a 21º edição da revista. Mas é mais que isso: é o novo recomeço. Primeira edição do ano, novos desafios, necessidades, planejamentos, metas e muita alegria, de preferência. Um ótimo e feliz 2014 para todos nós, leitor! Merecemos! E para brindar esse momento de um ano que nasce par mas é ímpar por natureza, encostamos Vieirinha na parede, botamos o homem para tocar “João e Maria”, pedimos que falasse da boemia, aventuras e do fato de ser uma lenda que todo turista quer conhecer quando chega a Barreiras. Seu humor é insuperável, sua relação com a vida é macia e suave como uma bossa nova. A inauguração da coluna “Ponto Crítico” é uma das novidades desta edição. Se trata de um espaço voltado para reflexões, opiniões, análises e questionamentos em todas as áreas. Temos novidade também na seção Cult, com o mapa de bares, restaurantes e lanchonetes das cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, tornando a revista um produto de consulta permanente. Fora isso temos a segunda rodada de pesquisa Insight/Revista A com avaliação dos gestores de Ibotirama e Serra Dourada. Das quatro pesquisas realizadas até agora, a de Ibotirama merece destaque. O prefeito mais novo (Terence Lessa, 31 anos) da região é o que tem a melhor avaliação positiva do Estado: 78%. A reportagem sobre a situação da saúde em Barreiras e as 20 obras paradas assusta o cidadão. É mais que um descaso: é uma vergonha. Aliás: falta de vergonha! Por isso, nesse ano em que começamos desejando tudo de bom para você leitor, pedimos que reflita mais sobre o meio em que você vive. Pense coletivamente. Não seja egoísta! Faça como Hermes, de Santa Maria Vitória. Ele criou um museu por iniciativa própria para simplesmente doar para o futuro. Desejamos que todos se doem, dividam o seu bem com esse ano que ainda é um menino. Boa leitura! Cícero Félix, editor
índice 17 | A Miscellanea Carnaval Cultural: Nazaro não morreu Iemanjá: Fé, ‘axé’, devoção e bençãos Luto: Dinda dá adeus Desenrola a língua, por Aderlan Messias O personagem: O aconchego de Dira Exclamação, por Karine Magalhães Ponto Crítico, da redação 35 | economia & mercado Empreendedorismo: Disk calcinhas, promova o sucesso Até 2o semestre: Havan vai investir R$ 35 mi em loja de Barreiras, 1a no Nordeste Destaques ACELEM: Festa celebra reconhecidos do mercado de LEM Opinião: Cresce o controle externo e o descrédito na gestão pública, por Cândido Henrique Trilha 39 | agromagazine Helicoverpa: Insaciável, devastadora e quase imbatível Em rede nacional: Assalto a fazendas do Oeste é destaque em tv Evento: 10a edição da Bahia Farm Show terá novidades 42 | entrevista: Fernando esquivel Em média, 40% dos municípios têm contas rejeitadas 45 | reportagem: Saúde “Se não fosse Deus, a gente não estava de pé” 50 | pesquisa Modelo de gestão, diferencial que os números não conseguem esconder 56 | capa VIEIRINHA, CHEIO DE GRAÇA 62 | um lugar Rui Rezente: Feira da mata 64 | cult Cultura: Achados e guardados de Hermes Língua: Vencedores do concurso de redação da revista A Música: Mais pesado e mais maduro Impressões, por Anton Roos Agenda: O ano da redenção do cinema nacional 72 | Gastronomia Bares, restaurantes e lanchonetes em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães 75 | social Gelo, Limão e Açúcar, por Tizziana Oliveira
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leitor
Canais Revista A
leitor@revistaa.net
Capa (Pesquisa Revista A / Insight) Quero cumprimentar o trabalho sério de editoração, comprometido com a sociedade oestina desenvolvido pela r.a. A parceria com o Instituto Insight Pesquisa, vem revelando dados extremamente importantes para a reflexão das pessoas nestes municípios. Parabéns à equipe da revista, e em especial a seu editor, Cicero Felix. Edivaldo Costa Sou assinante da revista há um ano e me impressiono com as matérias a cada edição. A cada número a equipe busca uma novidade, mas o que me deixa mais contente é ver a maneira diferente que a revista traz coisas que vemos todos os dias e não damos muita atenção. Que bom que trouxeram nesta edição uma pesquisa que revela que o povo do Oeste está de olhos abertos para a administração pública e sabe o poder que tem nas mãos! Parabéns equipe r.a! Júnior Gonçalves
Personagem (Vovó Doidona) Parabéns Vovó Doidona pelo seu lindo trabalho!! Que o Senhor continue usando sua vida cada vez mais para encantar nossas crianças! Vanessa Lopes
caiunarede www.revistaa.net
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fotos: c. félix
CDL barreiras empossa Novo time de diretores para biênio 2014/2015 A declaração do mais novo presidente da CDL de Barreiras de que “estamos de portas abertas para somar forças”, sinaliza o modelo de gestão que a renovada diretoria vai adotar durante o biênio 2014/2015, que é baseado na responsabilidade inerente ao setor para que o comércio da cidade se fortaleça e seja referência para toda a Bahia. No discurso de posse, em solenidade dia 31 de janeiro, Rider Castro frisou que a preocupação do empreendedor não deve ir apenas até o balcão. “Várias situações afligem os empresários da nossa cidade, como: segurança falta de estacionamento, melhoria da infraestrutura”, disse. O novo presidente sucede Alberto Celestino e encabeça uma diretoria 50% renovada. Dos 10 diretores, cinco nunca fizeram parte da direção. “As expectativas com relação ao novo time são as melhores. Acreditamos que seja um grupo cheio de disposição para continuar o trabalho desempenhado pela entidade nos próximos anos”, disse o ex-presidente Alberto Celestino.
Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Dir. de Eventos Dir. de Prod. e Serviços Diretora Conselheiros
Rider Mendonça e Castro Carlos Henrique Souza Filho Humberto Carlos Fagundes Ribeiro Junior Fabio Petronilio Nogueira Frederico Maximiniano Nóbrega Ricardo Barbosa Campos Anny Souza Gomes Caroline Quele de Souza Santos Leandro Roberto Eckert Irineide Ribeiro Silva Figueiredo Gill Arêas, Celia Kumagai e Pedro Dourado Júnior
O grupo tem como missão manter a qualidade dos serviços e atrair mais lojistas para a entidade que em 37 anos de atividade já associou cerca de 750 empresas que reforçam ações em prol do desenvolvimento e crescimento da cidade. Tag: posse
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conheceu cê vo e qu te es O do o d ta e rr a Qual o lugar mais A. blicada próxima edição da Revista pu ser de po ela et, a.n ista rev o@ Envie sua foto para contat
VESPA/reprodução
memória
Há 24 anos... Luís Eduardo Magalhães, que completa 14 anos neste mês de março, popularizado por Mimoso do Oeste, teve sua história construída no final da década de 1970, por pessoas que migraram do sul a fim de desbravar uma imensidão de terra do cerrado antes inexplorada. Até 1998 LEM ainda era distritito de Barreiras sendo instituído Município logo em seguida. Não demorou muito para aquele pequeno povoado ganhar grandes proporções na economia regional, pois o investimento na agricultura deu certo, tornando Luís Eduardo Magalhães um dos municípios que mais cresce na Bahia. Com uma agricultura mecanizada e baseada nos avanços tecnológicos de ponta, hoje possui a décima maior economia do estado da Bahia, sua região é responsável por sessenta por cento da produção de grãos do estado. Luís Eduardo Magalhães também sedia um dos maiores eventos de equipamentos de alta tecnologia destinados ao agronegócio. Tornando-se o município mais novo do Oeste da Bahia a alcançar uma das rendas per capita maiores do Brasil. Na foto de 1990, visão aérea do posto de gasolina que marcou o início da urbanização do município.
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abordo
Ibotirama,
6h30
O clima bucĂłlico do amanhecer, o caminhar solitĂĄrio, a brisa suave que sopra do Velho Chico, o dourado que se espalha derramado de alegria... a vida acorda como um verso ainda embriagado da noite que lambeu este lado do planeta. Veja outras fotos no menu Ensaios/A bordo www.revistaa.net
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miscellanea eventos, design, tendência, moda...
CARNAVAL CULTURAL
NAZARO NÃO MORREU Saúde e força de vontade são o combustível para que alguns agitadores culturais de Barreiras mantenham viva uma tradição carnavalesca centenária. texto ALYNE MIRANDA fotos c.félix
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miscellanea irreverência e ar de brincadeira revigoram o carnaval cultural A tradição do Carnaval Cultural de Barreiras atrai todos os anos foliões locais e de alguns lugares do Brasil que vêm para a cidade se unir à festa que garante a alegria e diversão de quem participa do evento. Além de contar com uma representação artística, essa tradição carnavalesca acende a ideia de cidadania e valorização cultural. Os blocos mais antigos como Netos de Momo e Rola recebem novos parceiros, o Caisauê, que faz a festa já há três anos e o mais recente Novos Baianos que entraram na luta para manter essa tradição realizada por décadas na cidade. Este ano, o Carnaval teve uma participação maior da comunidade, sendo considerado um dos melhores nos últimos tempos. No Circuito Agnaldo Pereira, uma novidade não muito agradável, a ausência do bloco Kimarrei que todos os anos fazia a festa do Carnaoeste, fez falta para foliões que acompanharam o bloco desde sua fundação. O organizador Gula lamentou por não colocar o trio em cena, mas essa medida foi um ato de protesto para chamar a atenção da administração atual para reestruturação do Carnaval de Barreiras. Esse episódio surpreendeu a todos, mas a folia na avenida continuou e arrastou uma multidão que não perdeu o ritmo carnavalesco. Em particular, o Carnaval de Barreiras tem duas vertentes: a que promove o conhecimento e a continuação tradicional e o axé que faz parte da cultura baiana. netos de momo Um dos blocos mais antigos da cidade de Barreiras carrega a tradição por várias gerações
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omens, mulheres e até mesmo crianças, juntos pelas ruas do centro histórico de Barreiras. Todos vestidos com lençóis brancos e prontos para ‘enterrar’ o carnaval. Essa é a tradição do Nazaro, perpetuada há décadas em Barreiras como folclore regional realizado sempre na noite de quarta-feira de cinzas. Este ano o grupo saiu da Praça Landulfo Alves, e percorreu ruas do centro histórico de Barreiras. Um dos organizadores do grupo relembra como começou a fazer parte dessa tradição. “Antes de passar a ser um Nazaro eu já participava, porque corria atrás deles, quando era menor. Nos meus 16, 17 anos, comecei a vestir meu lençol branco e sair junto com a turma, de lá prá cá, são 38 anos que eu participo do Nazaro”, disse Jorge Luís de Moraes Lima, conhecido como Jorge Pologo, satisfeito em fazer parte da história dessa tradição centenária. Essa cultura de enterrar o carnaval surgiu como um protesto, mas acabou se tornando uma tradição. Em Barreiras existia um clube chamado Dragão Social, onde hoje é o prédio da Casa da Cultura e pessoas consideradas da elite frequentavam o local para curtir o carnaval, mas o povo de renda mais baixa não podia entrar. “Com raiva, o grupo de Nazaro formado pela gente humilde daquela época se reunia na quarta-feira de cinzas para sujar os “ricos” de merda de boi, de cavalo, de gente e até mesmo ovo podre“ disse. “O nosso grito de guerra era e continua sendo ‘Nazaro morreu, do peido que deu’! Nós começamos a brincar
com isso, e é esse o motivo de levarmos uma rede, num pau, colocando um boneco para encenar”, explicou Jorge. Atualmente, existem regras. Antes de sair pelas ruas da cidade, eles se reúnem na Praça Landulfo Alves, esclarecem as normas para quem deseja participar da brincadeira, em seguida rezam o Pai Nosso, para enfim, enterrarem o carnaval. O grupo, de aproximadamente 50 pessoas sai pelas ruas, jogando em quem encontram pelas ruas algo mais leve do que usaram no passado, hoje fazem uso da farinha de trigo, talco, e pó de café além de lambuzarem veículos e sujarem residências e casas comerciais.
Veja outras fotos no menu Seções/Miscellanea www.revistaa.net
organização Pologo reúne homens, mulheres e crianças para perpetuar a tradição do nazaro em Barreiras há 38 anos
fotos: c. félix
Fé, ‘axé’, devoção e bençãos Dia 2 de fevereiro atrai devotos de Oxum e Iemanjá ao Cais de Barreiras em uma celebração sincrética que ocorre na Bahia desde 1923. A devoção surgiu no país com a chegada dos primeiros africanos de origem iorubá texto ALYNE MIRANDA foto c.félix
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ra início de uma tarde ensolarada de domingo, 2 de fevereiro. E o Cais de Barreiras, entre as praças Marechal Deodoro e Landulfo Alves, começou a ser tomado por uma multidão. Pessoas de várias religiões, cada uma com sua crença, mas, que estavam ali chamados pela fé de alguns e outros pelo contraste do colorido com o branco, em meio a um grande terreiro improvisado. Às margens do Rio Grande, no centro de Barreiras, a cultura que vem da África e já é tradição em toda a Bahia, faz com que muitas pessoas reflitam e agradeçam à rainha do mar Iemanjá e à rainha dos rios e cachoeiras Oxum. No local, para se juntar ao público que estava ali para ver de perto as homenagens à essas entidades, chegavam os representantes dos terreiros da cidade. Mães, pais e filhos de santo, numa união dos terreiros e manifestações de devoção, para o momento de rituais e homenagens. Lindauro Ribeiro dos Santos participa do terreiro São Gerônimo, em Barreiras, e faz questão de ver de perto este momento há 40 anos. Para ele, essa é a manifestação popular mais bonita do Brasil. “É interessante ver a forma como as pessoas se aproximam para apreciar, mesmo quem não faz parte de nenhum terreiro, eles vêm, observam e mesmo que não concordem acham bonito. Isso aqui é um ritual de fé, não é um palco político, por isso, as pessoas acreditam e aceitam participar, quem vem aqui, não tem preconceito religioso”, disse ele, meio a meditação e emocionado, ao ver a quantidade de pessoas que participavam do evento.
Neste dia, os devotos levam vários presentes que são tidos como recusados quando não afundam ou quando são devolvidos às margens do rio ou da praia. Dentre as diversas oferendas para a bela e vaidosa deusa, encontram-se flores, bijuterias, vidros de perfumes, sabonetes, espelhos e comidas. Kaique Souza participa desde criança do Centro Ilê Axé Pai Xangô, em Barreiras. E há 3 anos, faz questão de estar junto com os outros membros do terreiro, com oferendas à rainha das águas doces, Oxum. Sem deixar de homenagear a Deusa Iemanjá. “Eu nasci dentro dessa cultura, tenho fé no que fazemos, e por isso não poderia deixar de prestar homenagem a minha rainha”, comenta Kaique. Segundo um dos organizadores do evento, Osmar Mendes, 10 terreiros participaram das homenagens à Iemanjá. E enquanto todas as manifestações de fé aconteciam às margens do Rio Grande, na Praça Landulfo Alves, uma roda de capoeira apresentava o ritmo da festa. Já era quase noite, quando chegou o momento mais esperado pelas milhares de pessoas que rodeavam o Cais. Eles aguardavam os barcos enfeitados, com membros dos terreiros representando os orixás, numa demonstração de amor e renovação da tradição. Terminando as oferendas no rio, o evento teve continuidade na Praça com manifestações culturais dos terreiros, apresentação da Banda Municipal 26 de maio e muita música. Veja outras fotos no menu Ensaios/Temático www.revistaa.net
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miscellanea LUTO
DINDA DÁ ADEUS A cinco meses de completar 100 anos, a professora do Oeste e escritora Joana Camandaroba falece em Barra, cidade que a acolheu desde menina. Autora de cinco livros, ela vivia acamada depois que um AVC lhe tirou movimentos e a fala texto REDAÇÃO foto cláudio foleto
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1997
Lança “Memórias da Dinda”. Livro retrata as viagens pelo mundo e suas experiências de vida na cidade de Barra. Dinda, era a forma carinhosa pela qual seus alunos a chamavam.
1999
Em parceria com o padre Italiano Arlindo Itacir Batistel, publica “Barra, um retrato do Brasil”. A ideia surgiu pelo fato do padre não dominar a língua portuguesa e querer publicar um livro sobre a cidade. Ela escreveu o texto e o padre, que já tinha muitas fotografias obtidas de vários moradores e artistas da região, construíram a obra.
2004
“O Canto do Cisne”. Esta terceira obra relata a importância cultural, educacional das missões estratégicas da Igreja Católica.
2007
“Caminho do Cristianismo”. Livro fala sobre papas, vaticano e a vida do bispo de Barra, Dom Luiz Cappio. Em especial a chegada dele no município, com mais três frades, em 1974. reprodução
ascida em uma fazenda no interior da cidade de Xique-Xique, porém, barrense com orgulho como ela mesma dizia, Joana Camandaroba aos 99 anos deixa a região Oeste com grande pesar em janeiro deste ano após sua morte. Ela havia sofrido um AVC há algum tempo e perdera movimentos do corpo e a voz. Mas o grito de sua literatura não foi silenciado. De origem simples e cheia de história para contar. Foi assim que sempre ficou conhecida na cidade de Barra. Joana que faria 100 anos no mês de junho com um currículo invejável deixou no roteiro da vida uma sequência de viagens e experiências únicas, para quem morou maior parte de sua existência numa pequena cidade do interior baiano. Defensora ferrenha da educação e da preservação da memória começou sua história na sala de aula e ficou conhecida como professora do Oeste. Lecionou em várias cidades da região, como: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Pilão Arcado, Barreiras e Barra; Joana Camandaroba também era membro da Academia Barrense de Letras desde 1959. Dona Joana também se destacou na política. Ela atuou durante oito legislaturas como vereadora de Barra (entre os anos de 1951 a 1988). Em um dos momentos de sua legislatura, Joana se apresenta ao então presidente da república, Luís Inácio Lula da Silva, a quem ela fez questão de entregar um exemplar de um dos livros por ela escritos, este com o padre Arlindo Itacir Batistel, o “Barra, um retrato do Brasil”, que fala sobre a língua falada pelo Brasil, a língua do povo da Barra, a antropologia do povo, dos brejos, usos e costumes da região, entre outras características. O bispo Dom Luiz Cappio descreveu muito bem essa figura singular, na orelha de um dos livros publicados por ela - O último canto do cisne – quando ele diz que Joana Camandaroba era “mãe de muitos e muitas sem ter tido filho algum. Pois o verdadeiro espírito materno é aquele que faz homens e mulheres cidadãos e gente de bem, e que é capaz de morrer para gerar vida”. As obras literárias desta escritora são referências no que diz respeito a cultura da cidade de Barra, informações únicas do “Velho Chico”. Não são apenas informações, mas também um exemplo de esforço e dedicação de uma guerreira das letras. Durante seu período de vida na terra, foi através do conhecimento e da educação que Joana levou para a população seu amor, nas palavras sobre a cidade de Barra e a região oeste.
OBRAS LITERÁRIAS
2011
“Elementos Humanos que fizeram a Barra no passado” , última obra escrita por Joana. Com pouco mais de 200 páginas, o livro destaca momentos e personalidades que engrandecem a cidade de Barra. Pouco tempo depois do lançamento desta obra ela teve um AVC, que lhe tirou movimentos do corpo e a voz.
fotos: c. félix
SHOW
lucas senzalla grava dvd no trapiche Emoção e muito nervosismo tomaram conta do momento mais esperado na carreira de Lucas Senzalla, na gravação do 1º DVD, dia 6 de fevereiro, no Trapiche, em Barreiras. “No dia do show eu estava tão cansado que nem deu tempo de sentir a ansiedade. Quando subi no palco e vi que aquilo tudo era real, não acreditei. Aquele dia foi uma energia mágica”, contou Lucas. O álbum surgiu com o apoio do irmão mais velho Tiago Zans, produtor e tecladista com quem produziu o 1º CD, “Raízes”. O álbum lançado em junho de 2013 atingiu o topo do Palco Mp3 no mês de julho na internet como a banda de reggae mais acessada de todo o Brasil. Foi aí que decidiram lutar pela gravação do DVD.
Banda Municipal 26 de Maio ensaia em praça pública
A noite foi aberta com show da banda barreirense Remanescentes. Depois Lucas Senzalla comandou a festa que teve duas participações especiais: Sérgio Nunes (Adão Negro) e Tales de Polli e Diego Mana (Maneva). O sanfoneiro Hilário Passos, integrantes das bandas Quase Urbanus e de Fi Di Lunga prestigiaram a gravação. “A minha ficha começou a cair quando acabou o show e a primeira pessoa olhou pra mim e disse ‘Foi lindo’, de lá pra cá a ficha tá caindo aos poucos... Pra quem sonha com algo do tipo, eu lembro sempre: pra toda conquista é preciso ter foco, força e fé”, aconselha. O DVD deve ser lançado no final de abril, em Barreiras, mas o local ainda não foi confirmado.
No penúltimo dia de janeiro, a banda barreirense dá um toque especial à praça Castro Alvres, no Centro da Cidade. Ela ensaia todas as semanas no Palácio das Artes, desde que o Centro Cultural Rivelino de Carvalho foi interditado pela prefeitura em fins de 2012. A banda aproveitou um pequeno palco instalado no dia anterior para outro evento e ensaiou ao ar livre. Aos poucos, as pessoas foram se aproximando. Ao término de cada música, aplausos. “É uma forma de fazer com que a população conheça o trabalho realizado pela Banda”, disse o maestro Natan Paes, 31 anos, contente com o resultado.
na castro alves Composta por 34 participantes, a banda surpreendeu quem passava pelo local na noite de 30 de janeiro, ensaiando dobrados e clássicos
Composta por 34 participantes que tocam instrumentos de sopro e percussão, a banda se apresenta geralmente em eventos oficiais da prefeitura. Os ensaios acontecem todas as quintas e sextas-feiras, das 19h às 21h.
fotos: c. félix
momento HISTÓRICO: UFOB CRIA CONSELHO UNIVERSITÁRIO A Universidade Federal do Oeste da Bahia instalou no mês de fevereiro o seu conselho universitário, formado por representantes de vários setores da instituição. A estimativa é que a UFOB tenha 46 cursos distribuídos nos 5 campi do Oeste baiano, com uma média de 8.450 estudantes na graduação e 750 na pós-graduação (mestrado e doutorado). Até o momento, já foram investidos R$ 6,5 milhões na estrutura da biblioteca, equipamentos de informática, frota, mobiliário, modernização dos auditórios, acervo bibliográfico e cadeiras escolares.
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REVISTA A DOA COLEÇÃO COM TODAS AS EDIÇÕES AO SESC
Livro publica fotos de reportagem sobre Deocleciano Publicada na edição 16 e simultaneamente no site da revista, matéria intitulada “O ciclo de bronze franciscano” atrai atenção de editores de São Paulo que publicam fotos em livro sobre o imaginário das bacias fluviais brasileiras. O livro “Prata, São Francisco e Amazonas” foi organizado por Bené Fontelese Marcelo Delduque e lançado em dezembro na capital paulista. Veja as fotos publicados no livro no menu Infográfico do endereço abaixo: www.revistaa.net
A biblioteca do Serviço Social do Comércio (SESC) recebeu no mês de fevereiro deste ano um novo conteúdo de informações regionais. A revista a doou uma coleção de seus periódicos para que os alunos do SESC tenham acesso ao acontecimentos de Barreiras e região. O objetivo é contribuir no conhecimento de cada aluno, a fim de que se tornem personagens críticos numa sociedade politizada.
EQUIPE Joelma Boto (Comunicação), Ismael Ribeiro (gerente regional), Ednilson Filho (bibliotecário) e Rayana Souza (Comunicação) recebem a doação da Revista A à unidade do Sesc de Barreiras
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Desenrola por aderlan messias
CONECTADO facebook: decodetroia@hotmail.com e-mail: decodetroia@hotmail.com aderlan messias Professor universitário, licenciado em Letras Vernáculas, bacharel em Direito, especialista em Psicopedagogia e pós-graduando em Criminologia
Crase sem crise
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iajar é uma das atividades mais prazerosas que o indivíduo pode fazer. Não importa se ela é a trabalho ou a passeio. O importante é conhecer lugares, pessoas, culturas. Como nem tudo é perfeito, no percurso de um lugar para outro necessitamos das placas informativas constantes nas estradas. Elas apontam, por exemplo, aos condutores de veículos a distância para se chegar a um restaurante, a um posto de gasolina; assim também são os outddors: eles anunciam festas, venda de imóveis, dentre outros. O problema não são os suportes físicos textuais placa e outddor, mas o que constam neles. Muitos são os erros gritantes, sobretudo no que diz respeito ao uso da crase. “O restaurante X fica à [sic] três quilômetros.” Qual a utilidade desta crase? Nenhuma! Este contexto aponta uma preposição sem fusão com artigo. Para compreender melhor, basta recorrer ao conceito do termo “crase”: fusão da preposição “a” com artigo “a”, indicada pelo sinal (`). Para os humoristas da gramática, ela levou uma porrada que ficou aleijada. Isso só acontece quando a preposição “a” é pega em esquema com o artigo “a”. Bom, o tabefe que se vê comprometeu o enunciado em questão. Caberia aqui uma ação judicial por lesão corporal, pois bateram no sujeito, e o pior, no sujeito errado: “à três quilômetros...” Como se não bastasse, os outddors, ao apresentarem propagandas de festas, atropelam o uso deste sinal gráfico.“Vem aí, show X nos dias 09 à[sic] 11 de maio de 2014.” Santo Deus! Viram isso? Esse é um dos erros mais comuns de se ver. O mau uso da crase é uma praga que se espalha rapidamente por outros veículos de comunicação como, por exemplo, embalagens e formulários, e que precisa ser combatida com unhas e dentes pelos seus usuários. Para um bom observador, o que seria uma viagem tranquila, torna-se uma pesquisa de coleta de dados, neste caso, os erros na utilização da crase. E para que serve tudo isso? Digo que para exemplificar as discussões em sala de aula. Entendeu, leitor? Não?!? Como não entendeu? Calma, calma! Se não compreendeu, vêm os exemplos para tirar esta nuvem negra que paira sobre você. Como será impossível esgotar as dezenas de exemplos e regras acerca do uso correto da crase nesta coluna, a discussão será estendida para a próxima edição desta revista. Enquanto isso, vejamos: [1] “Maria foi à cidade.” Como saber se ela está adequada? Basta que o leitor substitua a palavra feminina “ci-
dade” por uma masculina qualquer, exemplo “escritório” e verá se tem ou não o bendito acento. “Maria foi ao escritório” Esta substituição possibilita enxergar nitidamente a união da preposição e do artigo, logo o exemplo [1] está correto. É chegada a hora e tenho que ir a Luís Eduardo Magalhães. Com ou sem crase? Hum, sem crase, visto que a regra é clara. Para não errar, faça o seguinte questionamento: Quem vai a Luís Eduardo Magalhães vem de Luís Eduardo Magalhães. Assim “de” não é fusão “de + a”. Se digo: “Fui à Bolívia”, só posso voltar da Bolívia. Neste caso houve esquema da preposição “de” com artigo “a”. Acompanhe na próxima edição os casos obrigatórios, facultativos e especiais do uso deste enigma acento.
Santo Deus! O mau uso da crase é uma praga queDeus! se espalha Santo rapidamente O mau uso da
Santo Deus! Santo Deus! crase é uso umadapraga O mau O que mause uso da espalha Santo Deus! crase é uma praga crase é uma praga rapidamente mau uso da queO se espalha que se espalha crase é uma praga rapidamente rapidamente que se espalha rapidamente
Santo Deus! O mau uso da crase é uma praga que se espalha rapidamente fev-mar/2014
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miscellanea O personagem
O aconchego de Dira atenção Assim que começou a transformar essa margem do rio, uma das primeiras iniciativas e Dira foi colocar placas no jardim, principalmente de cunho religioso
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odos os dias Dona Dira levanta cedo, se arruma para as atividades diárias e segue para a primeira tarefa do dia: cuidar do Jardim Beira Rio. Ela que deu este nome, plantou cada muda e agora zela com muito carinho o espaço que ela diz ser “o recanto do descanso”. O jardim fica próximo às margens do Rio Grande, em Barreirinhas, numa curva que dá acesso à ponte Ciro Pedrosa. Valdirene Rodrigues Barbosa, Dona Dira, como é conhecida, tem 46 anos. Desde menina, morando ali ao lado, viu a beira do rio ficar cada vez mais esquecida. Por isso, resolveu mudar todo o local, fazendo dali um jardim. “A ideia surgiu porque aqui era tudo sujo. Eu vinha aqui todo o dia para varrer, e sem ter planta ainda. Aí eu falei assim ‘menino sabe que eu vou fazer aqui é um jardim, e começar a limpar plantar’. Aí comecei a plantar tudo isso aqui”, relembra Dona Dira. No local, uma diversidade enorme de plantas: alfavaca, brilhantina, espada de São Jorge, espada de Ogum, comigo-ninguém-pode, mandacarus, caninha do brejo, boldo sete dores, entre outras plantas. Ela não conhece todas as plantas do jardim. “Não sei o nome de todas, conheço essas e até uso muitas delas que são medicinais, como a caninha do brejo e as sete-dores”. Dona Dira lembra que quando começou a cultivar este espaço não sabia por onde começar. “Eu não sabia lidar com plantas, nunca tinha feito isso. Mas, como eu tinha que melhorar esse lugar, tive que aprender a lidar. Na verdade, é uma boa ação que dá muito trabalho”. Para ela, este lugar é um espaço que vai além de um simples passa tempo. “Isso aqui é uma terapia em minha vida. É uma forma de me tranquilizar, esqueço todos os problemas”, disse ela, num tom sereno e cheio de amor pelo que faz.
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Jardim à margem do Rio Grande, em Barreirinhas, criado e cuidado por Dona Dira é uma inspiração para paz, tranquilidade e esperança. Sua dedicação à preservação ambiental e bem-estar urbano é, sobretudo, uma forma de amor. “No dia em que eu não venho aqui limpar, fico doente”, conta com humor. texto ALYNE MIRANDA fotos c.félix
O Jardim Beira Rio foi criado como forma de preservar e manter o local mais limpo, e Dona Dira lembra que a cada dia vai criando um sentimento maior pelo local. “Eu tenho um amor por esse espaço. No dia em que eu não venho aqui limpar, eu fico doente, penso nisso o tempo todo. Sempre varro pela manhã, e se tem alguém aqui sujando eu venho e chamo a atenção”, diz ela, meio a risos.
Parte das plantas ela ganhou. Mas, outras ela mesma comprou. Os mandacarus foram todos ganhados, uma das vizinhas que deu as mudas. “Quando ela me deu, estava tudo pequenininho. Se você observar, já estão todos enormes, cada um mais lindo que o outro”, admira. Para manter o local limpo e arrumado, ela dispõe de tempo e dinheiro. Tempo Dona Dira consegue, sempre dá um jeitinho de estar toda manhã, e às vezes à tarde, limpando. Mas, dinheiro... “Não tenho renda fixa, cuido dos meus pais (os dois já são idosos). Só faço a venda de algumas bijuterias, que sempre mando para São Desidério. Por isso, a maioria das coisas que eu uso neste espaço, são materiais reaproveitados e, com isso, deixo meu jardim mais bonito”.
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fotos: divulgação
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Rally DE RESULTADOS Em 27 anos de história, o rally Cerapió passa por diversas cidades do Brasil dando show de manobras em todas as modalidades
ESPORTE
um bom cerapió Um dos maiores rallys de regularidade da América inspira pessoas de várias cidades do país a participarem do evento que acontece todos os anos respectivamente em cidades diferentes partindo do Piauí ao Ceará (Piocerá) e do Ceará ao Piauí (Cerapió). Em Barreiras, dois competidores não esconderam o gosto pelo esporte, o médico Paulo Henrique e seu filho Pedro Henrique também entraram nessa aventura radical. Integrantes da equipe de modalidade quadriciclos Quatrilha do Cerrado Rally Team, participa pelo 4º ano consecutivo do evento. Esse ano o rally teve início em Fortaleza (CE) com destino ao Maranhão. Em quatro dias percorreram mil quilômetros de rally. Houve a ocorrência de problemas mecânicos, mas Paulo Henrique e seu filho não desistiram de continuar na disputa. Pai e filho numa competição para lá de radical, ainda conseguiram trazer para casa dois troféus. Pedro Henrique garantiu o 3º lugar e Paulo Henrique ficou em 4º na colocação.
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Exclamação por karine magalhães
CONECTADO facebook: karine.beniciomagalhaes e-mail: @ituau_Karine / twitter: @ituau_karine instagram: @karine_magalhaes karine magalhães Consultora de moda, trabalhou na Maison Ana Paula e nas lojas Rabo de Saia, Chocolate, Mary Zide e em cerimoniais com Cristina Gomes. Presta consultoria à Maison Caroline.
fotos: Reprodução
Update of glam!! Gente! Início de ano super badalado na city barreirense: festas, posses, carnaval associado à coleção de inverno e novas inspirações chegando... E exclamação de cara nova acompanhou tudo de pertinho e trouxe aqui o que mais se destacou nessa agitação toda!
Art nouveau inspira Camila Klein O inverno da marca de fashion jewerly Camila Klein veio com o simbolismo das obras de Gustav Klimt (autor do famoso quadro o Beijo) e atmosfera de Viena. A designer explorou as texturas dos materiais e o uso de cores que partem do azul marinho, cinza, verde, vermelho e turquesa. Costanza Pascolato caracteriza as obras da designer como “Sem cair no ostracismo da caricatura, do pitoresco.”
Uhu! Boxing tênis já está entre nós!
esdras
Inspirados nos lutadores de boxe, que vem com costuras em matêlasse e bico mais fino, deixando o modelo ainda mais feminino. Você vai se apaixonar! A renomada editora da Vogue Japão, Anna Dello Russo e a stylist Anya Ziourova, celebrities fashion, abusaram do estilo durante as semanas de moda do hemisfério norte, assim como as blogueiras Chiara Ferragni e Helena Bordon. Nada como unir o confortável ao estiloso para uma maratona de desfiles, negócios, passeios, ou seja lá qual for a sua agenda, não é!?
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fotos: anne stella
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Street Style! Quem me acompanha está careca de saber que eu AMO street style, e a partir desta edição vou trazer sempre os looks que me chamarem atenção por algum motivo ou detalhe! Separei aqui estilos aleatórios sem nenhuma ordem e preferência, fotografados nos eventos que compareci nos meses de Janeiro e Fevereiro. Veja as características de cada estilo nas legendas conforme o número da foto. Espero registrar o seu na próxima balada ou evento!
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1 Assimetria - Posse CDL, 2 Transparência - Posse CDL, 3 Elegância P&B - Posse CDL 4 Cinto Boá - BalMasqué; 5 Sarada - Adoro Feijoada; 6 Vibe John John - Adoro Feijoada Confira estes eventos na íntegra acessando o endereço www.revistaa.net/exclamacao
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.crítico miscellanea
a ordem é descondicionar
Como anda o contorno? Contorno? Não seria anel? Não bastasse a demora para fazer, a forma desleixada como foi feita a ponte e a falta de conexão e sinalização decentes no encontro das BRs, tentam vender gato por lebre ao cidadão. Nas placas do Dnit, nas faixas de orientação da prefeitura e nos próprios comunicados oficiais, o desvio para que os caminhões pesados saissem do Centro de Barreiras é chamado de ANEL. Mas, afinal, se trata mesmo de ANEL? Vejamos como define o próprio Dnit:
“ANEL VIÁRIO é o trecho de rodovia destinado à circulação de veículos na periferia das áreas urbanas, de modo a evitar ou minimizar o tráfego no seu interior, circundando completamente a localidade.”
BARREIRAS SEM CAMINHÕES Desde o dia 10 de fevereiro, a população começou a experimentar a cidade sem o tráfego de caminhões. Apesar do alívio no trânsito, muitos comerciantes chiaram. Alegaram que não houve discussão prévia sobre o assunto e que os horários de carga e descarga estabelecidos pela lei nº 1062/2013 iria prejudicar o abastecimento da cidade. A lei foi alterada e a partir de agora a carga, descarga e acesso a cidade por caminhões funciona da seguinte forma:
a) De segunda à sexta-feira das18h30 às 07h; b) No sábado a partir das 13h e até a segunda-feira às 07h; b) Estão fora desta determinação casos de transporte de produtos alimentícios perecíveis; transporte da carga postal, ou seja, objetos de correspondência, valores, malotes e encomendas; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustível; captação e tratamento de esgoto e lixo e entre outros.
Com pouco mais de um mês de funcionamento, o contorno já começa a apresentar sua deficiência para receber tráfego dessa natureza, isso sem falar do recente protesto na BR-135 que acabou em agressão entre o prefeito e um manifestante. BA-447
BR-242
Rio Grande
“CONTORNO VIÁRIO é o trecho de rodovia destinado à circulação de veículos na periferia das áreas urbanas, de modo a evitar ou minimizar o tráfego no seu interior, sem circundar completamente a localidade.”
BR-242
Rio de Ondas
Ponte
Início da BA-447 BA-447 / BR-242
Problema resolvido: o correto é contorno viário. Agora, o mistério é saber por que chamam com outro nome.
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A elevação da ponte sobre o Rio Grande é tão acentuada que impede o condutor de ver o outro no sentido contrário. Mas, o problema é outro. Assim que se passa da elevação em direção à Salvador, um enorme buraco surge e o risco de acidente é eminente. E olha que o asfalto é novinho!
Como era de se esperar, a BA-447 não iria aguentar mesmo o tráfego de caminhões pesados. Uma depressão logo após o entroncamento com a BR242 está levantando poeira. Para piorar, loteamentos no entorno estão escoando a água pluvial para este local
O ‘armengue’ que o Dnit fez no entroncamento entre a BA e a BR parece brincadeira. Um lago se formou no traçado original e os veículos têm que passar por outro lugar. Quando, enfim, vai ser feito um trabalho decente?
fotos:c. félix
duas realidades, uma cidade É inegável o esforço da prefeitura em preparar as duas principais ruas da cidade para o carnaval. Não só pela decoração, que merece elogios, a qualidade do asfalto faz até o barreirense pensar que está em outra cidade. A dúvida é a seguinte: Será que esse mesmo asfalto vai agora se espalhar pelas principais ruas dos bairros ou vai parar na avenida da folia, selada no passado período momesco?
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economia&mercado carreiras, consumo, negócios, gestão, etc.
EMPREENDEDORISMO
DISK CALCINHAS,
promova o sucesso Formada em Análise de Sistemas, Cléia abandonou a profissão por ser pouco rentável para vender calcinhas na rua. Resultado, acabou criando um delivery de peças íntimas que é um sucesso em Barreiras. texto alyne miranda foto cícero félix
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ara dar conta da longa jornada de trabalho diária, Cléia Viana faz caminhadas todas as manhãs. Ao voltar da atividade física, prepara o café para toda a família, inclusive a mãe de 87 anos que ela cuida. Antes de sair de casa, adianta o almoço e se organiza para a venda de calcinhas, arrumadas no porta-malas de um Siena que ela comprou com o trabalho. Empreendedora individual, Cléia é formada em Análise de Sistemas, curso feito a duras penas na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), em Goiânia. Apesar de haver pouco desse profissional aqui no Oeste, não é bem re-
na rua Com a venda de calcinhas Cléia já comprou casa, moto, carro; pagou sua faculdade e a do seu filho e garante: “é mais rentável que trabalhar de analista de sistema no Oeste
munerado, avalia Cléia. Ela preferiu outro rumo: vender calcinhas. “Dependendo de como eu trabalho, consigo tirar dois salários de um analista de sistemas, em Barreiras. Ou até mais! a depender de quantas horas dedico às vendas diariamente... Hoje em dia tenho trabalhado menos. Passei por uma cirurgia recentemente, diminuí o ritmo, me dei esse luxo (risos)”, disse ela. Cléia relembra: “Eu cheguei aqui, o salário na minha área era muito baixo. Ainda trabalhei como professora [de informática], mas, vi que as calcinhas eram muito caras na cidade. Aí, como eu tinha acesso aos produtos de Goiânia, voltei e peguei mercadoria para vender. Comecei a vender em uma moto (que eu usava em Goiânia para ir pra faculdade), que trouxe e coloquei como meu ponto, aqui perto da feira - este sempre foi meu ponto! Aliás, mesmo estudando, eu já trazia calcinhas para vender. Foi assim que consegui pagar meus custos com a minha faculdade e a do meu filho, com o dinheiro das calcinhas”. São oito anos na rua no comércio de calcinhas, sutiãs, shorts e blusas. “Não sonho com uma loja (um ponto fixo), paguei as parcelas de um carro, que é a minha loja e vai aonde eu quiser. Não preciso me preocupar com aluguel de ponto para tocar a empresa”, afirma. Com a evolução do mercado, Cléia percebeu o que poderia ser melhorado, para atender os clientes. “Vi que as clientes tinham a necessidade do atendimento em domicilio. Muitas não podiam sair de casa, tinha ganhado neném. Outras davam plantão (como é o caso de enfermeiras), e tem aquelas que não podem sair do trabalho. Aí eu percebi que era um mercado bom, entrei com o Disk Calcinhas e comecei a fazer propaganda para as minhas clientes, nas feiras e fui desenvolvendo meu trabalho. O que antes era tele-entrega hoje é o Disk Calcinhas”. “Se a pessoa sonha em abrir seu próprio negócio, seja uma barraquinha na feira, ou até mesmo um carrinho de picolé, tem que ser planejado. Eu não tenho um carro à toa, não tenho moto à toa, nem mesmo minha casa. Tudo foi muito bem planejado. Você me vê assim - não faço unha, não arrumo cabelo -, mas todo ano eu vou à praia. Eu guardo R$ 3,00 todos os dias, jogo no cofrinho, exatamente para usar nas minhas viagens. Vou em baixa temporada. E a próxima praia que estou planejando conhecer é Fernando de Noronha. Diz como é que um camelô viaja pra Fernando de Noronha, se lá é tudo tão caro? Eu lhe respondo: com planejamento”, brinca. Já é a boca da noite quando Cléia termina o expediente na rua e começa o de casa. É hora de fazer a limpeza. Depois, vai estudar matemática ou tocar flauta doce. “Já toco algumas músicas. Mas ainda vou aprender o trompete. Não sei ficar quieta (risos)”.
reprodução
economia&mercado
ATÉ 2º SEMESTRE
Havan vai investir R$ 35 mi em loja de Barreiras, 1ª no Nordeste Com o investimento previsto de R$ 35 milhões, a rede de lojas Havan, monta em Barreiras sua nova filial. Com um total de 65 lojas em seis estados brasileiros, a Havan é conhecida por ser uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil, com um mix de mais de 100 mil itens de produtos nacionais e importados, em vários setores. O projeto da Havan em Barreiras prevê uma sequência do padrão nacional da rede, com estacionamento coberto para 500 vagas, 22 check-outs, área de alimentação e esteira rolante. Com geração de 200 novos empregos. A loja será construída na BR-242, saída de Barreiras para Salvador. Em uma área de 15 mil metros quadrados. A previsão de inauguração do empreendimento é para o segundo semestre de 2014.
Investimentos em Luís Eduardo Magalhães Ibis - Confirmado em Luís Eduardo Magalhães a instalação de uma das maiores redes hoteleiras do país, Ibis. Com investimento de aproximadamente cinco milhões de reais a rede é conhecida pelos hotéis executivos, de tarifa baixa e com poucos serviços adicionais.; Casa Campos - Inaugurada em janeiro deste ano a maior loja de materiais de construção do interior da Bahia, Casa Campos. A loja está localizada na rua Juscelino Kubitschek, área rural, ao lado da casa de shows Avenida Mix.; IgaBeleza - O Igabeleza, considerado o maior shopping de cosméticos da região, teve sua nova filial inaugurada em Luís Eduardo Magalhães. A loja oferece produtos de estética e beleza e está localizada na rua Cleriston Andrade, 709. DESTAQUES ACELEM
festa celebra reconhecidos do mercado de lem O evento que premia os destaques do ano reconhecidos pela Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães (Acelem) entra em seu 13º ano de existência. O objetivo da premiação anual é incentivar o comércio local que já cresceu consideravel-
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mente nos últimos anos. Na semana que antecede o evento, os três primeiros colocados de cada categoria são avisados pela ACELEM que estão na disputa, para que haja um representante das empresas ganhadoras para receber o troféu. O evento ocorrerá no dia 05 de abril no espaço Quatro Estações Hall e contará com a participação da dupla Guilherme e Santiago.
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Opinião
por Cândido Henrique Trilha
Consultor em Gestão Pública e Empresarial, especialista em Direito imobiliário e diretor executivo da Gent Consultoria em Gestão e Desenvolvimento Humano & Organizacional // contato@gentconsultoria.com.br
Cresce o controle externo e o descrédito na gestão pública
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uito se tem falado sobre a inércia do Estado na questão da realização de obras, liberação de recursos para execução eficaz das políticas públicas, contratação de pessoal, etc. O Poder Executivo, em todas as esferas de governo, dá exemplos inquietantes de leniência e incapacidade administrativa, subjugado pelo excesso de burocracia e licitações que se tornam impraticáveis por demasiadas exigências formais. A Lei de Responsabilidade Fiscal, que está quase debutando, apesar de trazer inovações ao processo de transparência e controle externo, engessa a administração e é um dos poucos mecanismos legais de análise por parte dos Tribunais de Contas e outros órgãos de controle. Estamos num dilema: Enquanto a atuação dos Tribunais de Contas, Ministério Público, e Conselhos tornam a administração pública mais transparente e menos vulnerável a atos de corrupção, o excesso de controle retarda a tomada de decisão e a autonomia gerencial. Poucos são os movimentos no sentido de mudar esta realidade e diariamente o que se vê é o excesso de contas públicas rejeitadas, muitas vezes por “detalhes” mínimos e excesso de zelo dos controladores. Esta reflexão não tem por objetivo a defesa da extinção dos órgãos de controle e a liberação do gestor público para fazer o que bem entender. Serve para explicar por que, no Brasil, a tendência é aumentar os órgãos de controle e criar mecanismos que retardam a tomada de decisão e a autonomia gerencial do setor público. O exemplo de economicidade e cuidado com os recursos públicos que deveria ser dado pela gestão do Governo Federal, se apresenta de maneira inversa. Nos últimos 10 anos, quase dobrou o número de Ministérios e Secretarias com o mesmo status, sendo que, hoje, este número já chega a 39 pastas. A explicação dada pelo ex-presidente Lula, (defensor do aumento do número de ministérios) é de que um corte na administração atingiria Ministérios de menor expressão. A equação é simples: são esses Ministérios e Secretarias de menor importância que mantém as políticas paternalistas dos programas de governo voltados à captação de votos e manutenção do poder. A opinião pública e os órgãos de imprensa que outrora se escandalizavam com notícias relacionadas ao aumento do tamanho da máquina administrativa, entraram num processo de “acostumação” e o assunto foi deixado de lado por todos aqueles que deveriam cobrar mais eficácia de gestão e menos burocracia nos processos administrativos. Assim, o princípio básico de gestão eficaz – aumento de receita e diminuição de despesa – é totalmente distorcido por uma via de mão única que, além de aumentar a carga tributária, impõe o aumento da máquina
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estatal no intuito de acomodar os interesses políticos. Permanece o círculo vicioso baseado no “quanto mais se arrecada mais se gasta” e os recursos para investimentos continuam parcos. Não se fala mais em Reforma Administrativa. Neste processo de excessivo controle e aumento da máquina estatal, estamos longe de ter ações que visem reformas eficazes, como a iniciada em 1979 com o Programa Nacional de Desburocratização que culminou, em 1984, com a criação dos Juizados de Pequenas Causas e do Estatuto da Microempresa, dois grandes avanços na questão do acesso à justiça e ao empreendedorismo, respectivamente. É preciso modernizar a legislação que trata do controle externo, com mudanças que acompanhem o dinamismo da gestão pública, sob pena de cada vez mais nos depararmos com cenários de paralisia gerencial e obsolescência da administração. Mas, para que se possa exigir modernização das leis e para que haja o direito de questionar a atuação dos Tribunais de Contas, do Ministério Público e o excesso de controle, é preciso que os gestores públicos conquistem credibilidade perante estes órgãos. Tal credibilidade somente será conquistada com a diminuição do tamanho da máquina administrativa, manutenção de uma política de recursos humanos que incentive plano de carreira e permanência dos funcionários na administração, execução orçamentária compatível com a LOA - Lei Orçamentária Anual - e extinção dos “feudos” formados por servidores que agem como se fossem “donos” da administração.
agromagazine agricultura, meio ambiente, agropecuária, tecnologia, etc.
PRAGA
insaciável, devastadora e quase imbatível Helicoverpa já se espalhou por 11 estados brasileiros, não respeita variação de lavoura, vive pelo menos 21 dias e só pode ser controlado com manejo integrado e uso combinado de produtos biológicos. texto/foto CÍCERO FÉLIX
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orrateiramente, uma praga já conhecida no mundo todo resolve botar as patas sobre as agriculturas do Oeste da Bahia. Isso aconteceu em 2010, mas foi na safra 2011/2012 que o produtor da região sentiu a força da fome da lagarta Helicoverpa armigera que, aliado ao baixo índice pluviométrico, causou um prejuízo de R$ 2 bilhões. Agora, ela já está presente em 11 estados brasileiros e não respeita variação de lavoura. Não importa se é de pastagem, hortaliça, verdura, café, feijão, laranja, milho, soja, algodão... ela não respeita nem plantas daninhas. A Helicoverpa virou um problema social.
Em janeiro, em evento realizado pela Associação de Agricultores de Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), foi apresentado aos agricultores familiares o Programa Fitossanitário do Oeste da Bahia, coordenado pelo agrônomo Celito Breda. O programa começou a funcionar no final do ano passado e tem por objetivo orientar e regular a plantação e alinhar o modelo de combate à praga. “Não adianta se preocupar só da cerca para dentro. É preciso se preocupar, também, com a beira da estrada. A lagarta não respeita nada”, disse Breda. Ele considera fundamental que se adote o Manejo Integrado de Praga (MIP) na região. Isto inclui o controle cultural (calendário agrícola), controle biológico (uso de vírus, bactérias, vespas), controle com Organismo Geneticamente Modificado (uso de soja BT, por exemplo, em área de refúgio) e controle químico. Sem o uso combinado desses quatro controles, é impossível a convivência com a praga. No entanto, o maior problema do campo não está vinculado apenas à Helicoverpa. A Plusias ou Falsa Medideira tem incomodado as plantações de feijão, soja e algodão. “As ferramentas e controle para esta espécie ainda são poucos, por isso muitos fracassos, insucessos. Os da Helicoverpa também. Nos casos que tiveram uso de vírus HzNPV-CCAB (em aproximadamente 20% dos produtores do Oeste da Bahia) os casos de sucesso para Helicoverpa foram maiores. Faltou a opção do Benzoato de Emamectina, que controla bem as Plusias e Helicoverpa, além de Spodopteras”, explica Breda, lamentando que até o momento, o Ministério Público não liberou o uso do Benzoato. O MIP já é usado na Austrália há muito tempo. O uso do Benzoato, aliado a produtos biológicos, tem garantido um controle eficiente na agricultura austríaca e nos Estados Unidos. No Brasil, o debate em torno da contaminação do solo e do efeito no corpo humano do uso do agrotóxico nos alimentos tem avançado a passos lentos. Mais informações sobre o Programa Fitossanitário podem ser encontradas na Aiba e Abapa nos sites www.aiba. org.br, www.abapa.com.br e www.fundacao.com.br.
celito breda Agrônomo e diretor da Abapa coordena o Programa Fitossanitário que tenta controlar as pragas nas lavouras do Oeste
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NO CAMPO
Praga força produtor a investir mais NO CAMPO Lançado em fevereiro, o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) revela que 63% do produtor brasileiro vai investir mais no controle sanitário e combate às pragas, principalmente devido a Helicoverpa armigera. O índice foi criado a partir da iniciativa da FIESP e Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), com apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para 32% dos entrevistados, as pragas são os maiores problemas da atual safra. Apenas fatores como o clima (46%) e o preço de seus produtos na hora da venda (38%), assustam mais os produtores. O objetivo principal do Índice de Confiança do Agronegócio é medir, trimestralmente, as expectativas de agentes como a indústria de insumos, cooperativas, produtores, indústrias de alimentos, sistema financeiro e distribuidores em relação ao negócio (custos, preços de venda e produtividade), a situação da economia brasileira, disponibilidade de crédito e expectativa de investimento. No quarto trimestre de 2013, o índice geral chegou a 104,5 (em uma escala de 0 a 200), apontando leve otimismo do setor para o ano de 2014.
2013/2014
reprodução
economia&mercado Analistas consultados estimam que estoque mundial de soja ao final de 2013/14 deve ser reduzido de 73,01 milhões de toneladas para 71,52 milhões de toneladas. De acordo com a consultoria Agrural, na Bahia, as chuvas chegaram em boa hora. No entanto, com as chuvas esparsas, 30% da área plantada de soja deve ter grandes perdas. Em dezembro, a Aiba divulgou previsão de safra no Oeste da Bahia:
8,7
milhões de toneladas.
Para o presidente Júlio Cézar Busato, “o cenário está propício para a recuperação da produtividade que a região sempre apresentou”
EM REDE NACIONAL
ASSALTO a FAZENDAS DO OESTE é DESTAQUE EM TV Do ano passado para cá aconteceram pelo menos nove assaltos a fazendas localizadas em Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério, totalizando prejuízo de R$ 6 milhões em produtos e equipamentos. A informação foi divulgada em reportagem do Globo Rural exibida no dia 23 de fevereiro. De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de LEM, Vanir Kölln, o número de crimes no campo tem aumentado nesses três últimos anos. Geralmente os assaltos acontecem mais nos finais de semana. Há agricultores que viram sua fazenda ser invadida três vezes ano passado. Veja no link http://zip.net/ bqmKCD a reportagem completa.
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fotos: c. félix
EVENTO
10ª edição da Bahia Farm Show terá novidades
A edição comemorativa dos 10 anos da Bahia Farm Show foi lançada em dezembro, na capital baiana. Na edição deste ano, a feira ganhará uma nova entrada, nova praça e mais vagas de estacionamento, inclusive em rua coberta. “ Estamos sempre buscando melhorar a infraestrutura. Nosso objetivo maior é oferecer conforto e comodidade aos nossos expositores e visitantes.”, disse Thiago Pimenta, coordenador do evento. Serão feitas homenagens aos sulistas, nordestinos e orientais que, juntos, fizeram do Oeste da Bahia uma potência agrícola.
“Teremos exposição fotográfica, apresentações folclóricas e comidas típicas de cada um desses povos. É o nosso jeito de agradecer e homenagear. Esta será uma Bahia Farm Show inesquecível.”, disse Júlio Cézar Busato, presidente da feira, que será realizada de 27 a 31 de maio de 2014 em Luís Eduardo Magalhães. A edição do ano passado recebeu visita de 63 mil pessoas, movimentou R$ 671 milhões e gerou 2,7 emrpegos diretos e indiretos. A estimativa é que na deste ano esses números sejam superados, como acontece a cada ano.
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entrevista
fernando esquivel perfil Fernando das Dores Esquivel Filho é natural de Salvador e bacharel em Ciências Contábeis. Concursado, trabalha no TCM desde 1997. Mora em Barreiras desde 1995 e há seis anos é inspetor regional do TCM, cuja jurisdição abrange 13 municípios do Oeste da Bahia
Em média,
40% dos municípios têm contas rejeitadas Os dados não são animadores, principalmente quando referentes ao último ano de mandato. Nesse período, cerca de 50% dos municípios baianos têm suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Professor da Uneb há 20 anos e inspetor regional responsável pelo TCM em Barreiras, Fernando das Dores Esquivel Filho, considera o número significativo. O número de servidores para fiscalizar os 13 municípios do Oeste sob a jurisdição deste TCM é muito pequeno. São só quatro e, destes, dois ficam na parte administrativa do órgão. Contudo, ele explica que é das câmaras de vereadores o dever de fiscalizar, ao Tribunal cabe a análise técnica. Esquivel diz também que o problema da corrupção é cultural. “Não adianta criar leis e órgãos de fiscalização se o povo culturalmente não for trabalhado. Por isso se perpetua a educação da ignorância”. Veja ao lado a entrevista. texto/foto C.FÉLIX
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Foram criados vários instrumentos reguladores e fiscalizadores da administração pública. Mesmo assim desvios continuam acontecendo frequentemente. Esses mecanismos não são suficientes para coibir esse tipo de comportamento? Isso é uma questão cultural e educacional. Questão de índole mesmo. Em casa nós aprendemos que não devemos roubar, matar. Mas o dinheiro público, parece que não tem dono. Em casa, é a sua casa, é a minha casa e nós zelamos. Quando a gente fala de administração pública, parece que é uma coisa largada. Agora nós temos um mal muito grande em dizer que todo político é ladrão. Quando a gente fala dessa forma, já está deixando ele tranquilo. Se, porventura, ele pegar alguma coisa de alguém, ele já tinha esse título mesmo, só vai confirmar essa questão. Eu costumo dizer pros meus alunos para mudarmos o discurso. Vamos dizer que o político é honesto, tem que ser honesto! Porque no dia em que ele for pego fazendo a coisa errada, vai ter vergonha e vai sair da vida pública. Se nosso discurso mudasse, se as nossas ações mudassem, você nem precisaria de tantas leis, de tantos órgãos de fiscalização. Ninguém melhor que o próprio povo, o povo é inteligente, ele sabe o que quer. Muitas vezes o comportamento dos políticos é reflexo do comportamento do povo. Aí não adianta criar leis e órgãos de fiscalização se o povo culturalmente não for trabalhado. Por isso se perpetua a educação da ignorância. Quanto menos qualidade na educação, quanto menos se trabalhar as questões sociais e do seu dia a dia mais o povo é manipulado. O povo tem o governo que merece ou o governo forma o povo do jeito que ele quer? Eu acho que qualquer questão nessa direção é uma verdade. A Constituição de 88 trouxe um avanço fantástico, previu a questão dos conselhos para acompanhamento. Os conselhos também são órgãos de fiscalização, mas não são governamentais - sem bandeiras, sem partidos. Eu acredito que enquanto o povo não estiver realmente inserido no contexto, não tomar posse dos governos, independente de partido... Boa parte da população não se interessa porque não é o seu partido. Eu acho que o povo tem que se preocupar com a fiscalização do bem-estar da sociedade. É um dos princípios da administração pública: tudo pelo povo e para o povo. Se nós não pensarmos assim, vai ficar difícil. Mas eu sou muito otimista e acredito que temos avançado. A Lei de Responsabilidade Fiscal é fantástica. No artigo 49 ela abriu uma brecha e foi regulamentada com a lei 131, que é a Lei da Transparência. Se o povo criasse apenas o hábito, somente uma vez por dia, de analisar as ações do governo, tudo que o governo gastou e recebeu... A maioria da juventude hoje tem acesso aos smartphones, a esse poderoso instrumento de comunicação e informação. A Lei 131, derivada da Lei 101, traz essa possibilidade de todos os dias, em tempo real, você ver o que está acontecendo em todos os municípios. Já é lei, já está em vigor. Então nós temos que entrar também nessa batalha pra plantar isso na juventude.
Onde há mais irregularidades: nas receitas livres ou nos recursos vinculados? O TCM tem como incumbência legal fiscalizar os recursos livres. Quanto aos recursos vinculados, ficam restritos a cada âmbito do poder. Por exemplo, se for uma transferência do estado para o município, quem fiscaliza é o Tribunal de Contas do Estado, se for do governo federal para o município, quem fiscaliza é o Tribunal de Contas da União. Disparadamente as irregularidades se somam e se amontoam em cima dos recursos livres porque nos recursos vinculados você não pode desviar finalidade. Se ele veio para construir fossa séptica, tem que construir fossa séptica, você já tem um direcionamento. Mesmo que haja desvio aqui ou ali na execução do projeto, mas é finalizado.
pedir o afastamento. Não cabe aos tribunais. No máximo o Tribunal de Justiça pode decretar o afastamento dessa pessoa, cassar um mandato, cassar um diploma. Mas somente por um ato de gestão não existe força suficiente para isso, porque ele foi eleito pelo povo para governar por quatro anos. Somente o povo pode tirá-lo de lá. No caso do município, quem pode fazer isso são os vereadores. Fora isso, ninguém tem o direito de tirar o gestor mesmo que haja um déficit muito grande. Na administração privada você tem parâmetros e mecanismos para dizer se a pessoa é boa ou ruim. Infelizmente, na administração pública dizer se um gestor é bom ou ruim, basicamente, é saber se ele agrada às pessoas ou não. Então coloca-se muita gente para administrar que, muitas vezes, está ali só para fazer favores políticos e esquece de cuidar da cidade. Infelizmente é a nossa cultura, não temos mecanismos.
Das prefeituras da jurisdição dessa unidade do TCM, quantas tiveram contas reprovadas nessas duas últimas gestões? A média de rejeição na Bahia está girando em torno dos 40%, é algo significativo. E quando se trata do último ano de gestão, às vezes isso oscila até pra mais, já chegou a até 49% de contas rejeitadas. Na nossa jurisdição, nesse último período, nós estamos um pouco abaixo da média. Eu não sei te dizer se isso é bom ou ruim, porque até como professor, a gente se preocupa muito com a questão da orientação. No meu modo de ver é positivo não rejeitar tantas coisas, a rejeição é o último caso. Eu acho que a nossa média aqui do último pleito é de cinco municípios, algo em torno de 40% de contas rejeitadas. Quase sempre os prefeitos entram com argumento protelatório, mas tem o prazo legal. Esgotando os recursos, no caso de 2012, eles ainda têm direito a algum recurso. Eles entram com pedido de reconsideração que vai ser julgado e pode haver, por algum motivo, um fato novo que altere esse julgamento, em especial de 2012. De 2011 pra trás, não, está rejeitado mesmo.
Ao fim de cada mandato o TCM faz uma auditoria nas contas da prefeitura? Sempre no final do mandato tem a chamada “transição”. É uma lei federal instituída por FHC quando ele fez a transição justamente para o governo Lula constituir um grupo de trabalho, avaliar a gestão e dar continuidade. O tribunal, inclusive, baixou uma resolução sobre isso e orienta que no final de mandato, seja constituído um grupo pelo grupo vencedor e pelo grupo que passa o mandato para elaborar um relatório de restos a pagar, de obras iniciadas e não concluídas. Tem ocorrido? Em alguns casos sim e, em outros, não. Essa transição deveria sempre ser pacífica. No caso de Barreiras, salvo engano, o grupo que estava no poder disse que houve e, o outro grupo, que não. Inclusive, constituiu-se um grupo independente [quando a atual gestão] assumiu para fazer essas auditorias e nos trouxe certa quantidade de documentos da auditoria que eles fizeram. Se você analisar o relatório de rejeição de contas da ex-gestora vai ver que está muito claro lá, por parte do Tribunal, que um dos temas é justamente a insuficiência de saldo. Ou seja, muitas coisas que foram contratadas, compradas e não ficou saldo para pagamento, infringindo o artigo 42 da LRF.
Por que um prefeito que teve contas rejeitadas continua gerindo o município? Ele não deveria ser afastado? Existe uma diferença muito clara entre administração pública e administração privada. Na administração privada, se você fosse um gerente e desse um prejuízo de dois ou três anos seguidos, provavelmente o seu patrão lhe botaria no olho da rua. Mas como o patrão aqui é o povo e está estabelecido na lei que o mandato é de quatro anos, se não for comprovado - no caso dessa rejeição de contas - um desvio deslavado, um roubo, dentre outras situações que ensejem uma cassação... Só quem teria força para provocar essa situação seria a Câmara de Vereadores, na esfera municipal, a Assembleia Legislativa na esfera estadual e o Congresso Nacional no caso da União, como aconteceu no caso Collor. É possível retirar alguém do poder, se estiver ruim? Sim, logicamente. Se a Câmara, a Assembleia ou o Congresso entender que o ato é digno de um afastamento, pode abrir um processo de impeachment e
Eu acho que o povo tem que se preocupar com a fiscalização do bem-estar da sociedade [independente de partido]. É um dos princípios da administração pública: tudo pelo povo e para o povo”
Você acha que essas manifestações populares do meio do ano passado para cá são reflexos de um amadurecimento dessa sociedade? Isso vai se refletir na próxima eleição? O povo está há muito tempo calado, vai engolindo tudo. Chega uma hora que explode. Isso é um processo quase natural. Na história da humanidade é mais ou menos assim: o povo vai aceitando e uma hora quer se liberar. É isso que está acontecendo agora. Mesmo com o governo atual (no sentido macro) tentando atender àquelas questões, mas o que está em questão é na alma do povo. Não é uma briga pelo valor dos transportes públicos, que foi o estopim. É mais que isso. Não é possível você ir num posto médico e marcar pra ter um atendimento daqui a uma semana; ir numa escola e não ter professor. Considerando que nós somos o segundo ou terceiro país do mundo que mais tributa. Então você tem uma carga tributária hoje beirando os 40%. É quase dividir um pão ao meio com o governo. O governo não fez nada, leva a metade do pão e a outra metade você come. Mas você tem que trabalhar para comprar um pão inteiro. O povo está inconformado. Isso foi uma alerta muito providencial pelas questões que o povo está engasgado há tempos. Aquilo foi uma pequena amostra, mas ainda virão muitas coisas pela frente, acredite. Eu tenho plena consciência que não para por aí. Digamos que a chama, o combustível tá lá, queimou. Talvez deu uma chuvinha e apagou um pouco, mas ainda tem fumaça. E a qualquer momento, como tem o combustível ali, na hora que reacender ninguém apaga essa chama. Enquanto não se investir no cidadão, enquanto o governo não entender que ele é do povo e para o povo, ao invés de para o partido, a coisa não muda. Hoje se governa para o partido “a” ou para os aliados do partido “a”. Vai chegar uma hora que as “bolsas” não vão ser suficientes.
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psf ribeirão Apesar do nome estar vinculado a outro bairro, esta obra está construída no Loteamento São Paulo. Não há pavimentação no entorno nem a prefeitura delimitou a área da rua e do posto. Por isso, alega a construtora, a calçada ainda não foi feita
se não fosse deus, a gente não estava de pé
A frase de Josnei, 38 anos, que desde 2012 tenta uma endoscopia intestinal e precisa urgentemente de exames ginecológicos, é o retrato da situação da saúde em Barreiras, que tem três postos paralisados mas “prontos”, segundo a construtora e precisando de ajustes, conforme a prefeitura. Enquanto isso não se resolve, só Deus, como diz Josnei. texto ALYNE MIRANDA texto/foto CÍCERO FÉLIX
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pronto para inaugurar O PSF de Barreirinhas foi entregue em 2012. Na época, a prefeitura instalou ar condicionado, equipamentos odontológicos, ambulatoriais, conforme foto da construtora. Com a mudança de governo municipal, os equipamentos foram transferidos para outros postos, informou a secretária de Saúde. A prefeitura reclama que a obra está fora da planilha orçamentária, a construtora que a prefeitura quebrou a calçada (foto à direita) que ela estava fazendo para construir um estacionamento
“Eu
estou precisando de um ginecologista urgente. Criei um cisto no ovário e ele está maior que um limão. Estou caminhando porque peço força a Deus. Se não fosse Deus a gente não estava de pé”, declarou Josnei Maria Almeida dos Santos, 38 anos, na fila da Central de Marcação de Barreiras no final de fevereiro. Desde 2012 ela tenta fazer uma endoscopia intestinal, mas sempre escuta que não há médico e não tem vaga. Mas sobra descaso com a saúde pública. Em janeiro de 2013, vereadores fizeram uma inspeção nas principais unidades de saúde (Hospital da Mulher, Hospital do Oeste, Hospital Eurico Dutra e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e constataram inúmeros problemas, dentre eles, uma UTI neonatal desativada, corredor de hospital estreito demais para permitir a passagem de maca; faltam equipamentos, laboratórios, instalações adequadas e profissionais especializados. Após as visitas da Câmara, um relatório (texto e foto) foi enviado ao Ministério Público Estadual, Federal; ao TCM, à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, ao governo do Estado e à Anvisa, em Brasília. Nenhum órgão se manifestou sobre o assunto. De lá para cá, a situação continua precária, e sete obras da área da saúde da gestão da ex-prefeita Jusmari Oliveira continuam paradas (ver tabela ao lado). “Eu sinto revolta. A gente se sente inútil, incapaz. Eu moro na penúltima rua do Santa Luzia. Não é todos os dias que eu tenho dinheiro pra vir de ônibus, eu venho a pé. Aqui, falam que lá no posto do bairro tem vaga. Quando a gente chega lá não tem mais. Só são 15 fichas. As pessoas preferem garantir a marcação aqui do que ir pros postos”, explica Josnei.
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Informações desencontradas, silêncio e divergência sobre as obras de saúde paralisadas. O município tem cobertura de 47% do Programa da Saúde da Família. Criado há 20 anos pelo Governo Federal para organizar e garantir acesso universal e atenção básica, cada unidade deve atender entre 3 e 4 mil pessoas. Em Barreiras, com população estimada em 150 mil pelo IBGE, há 19 PSFs em funcionamento e dois sem funcionar. Os dois postos paralisados estão em Barreirinhas e no Loteamento São Paulo. Eles começaram a ser construídos em 2011 pela Melo & Bastos Ltda., que também construiu uma Unidade Básica de Saúde na Vila Nova e está fechada. Para a empresa, as três obras estão prontas, salvo alguns detalhes. A de Barreirinhas falta só a calçada. A construtora alega que começou a fazer (ano passado) e a prefeitura quebrou para criar um estacionamento; a do Loteamento São Paulo também falta a calçada, mas a prefeitura precisa antes delimitar o espaço da rua, colocar o meio-fio. Para a prefeitura, o problema não está só na calçada. “A do Ribeirão, nós visitamos com a dra. Cláudia, dra. Simone e o dr. Maurício, quando ele ainda era secretário de infraestrutura. Eu não sei precisar quanto da obra está pronto. No primeiro semestre do ano passado estava longe de estar pronta. Depois, dra. Cláudia andou mais um pouco, mesmo assim a obra está lá sem possibilidade de funcionamento”, disse Regina Figueiredo, secretária de Saúde de Barreiras. De acordo com o engenheiro da pasta, Josenias Camargo, todas as obras estão em desacordo com a planilha orçamentária. “A construtora já foi notificada para que faça as correções e até então não fez. Ela tem que sanar essas pendências para que a prefeitura receba a obra definitiva. Inclusive várias dessas obras já foram pagas 100%. Outras foram pagas 40% da obra ou valor aproximado e nem iniciou a obra”, esclareceu o engenheiro. A Melo & Bastos diz que, de fato, já recebeu 100% do valor da obra dos PSFs de Barreirinhas e Loteamento São Paulo. Da do Vila Nova recebeu apenas 50%, mas já “concluiu” a obra. Ou seja, tem a receber. Por outro lado, ela já recebeu 20% de um contrato para fazer Academias de Saúde, mas até agora não fez, alegando que a prefeitura ainda não
20 OBRAS INACABADAS... ...algumas nem iniciadas
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sem uso A Unidade Básica de Saúde está totalmente finalizada, garante a construtora, que só recebeu 50% do valor da obra. Para o PSF do Loteamento São Paulo (fotos do meio) ficar pronto a prefeitura precisa demarcar a rua. Enquanto não se chega a um acordo, o mato cresce em volta da obra em terreno aladiço. A poça de esgoto na esquina da rua é constante
indicou o local onde vão ser instaladas; recebeu também 40% de outro contrato para construir o Laboratório Central, no Leonídia Aires, mas parou a obra na fundação. Assim que Antônio Henrique assumiu a prefeitura, em janeiro de 2013, todas as obras do município foram suspensas. A partir daí, a Melo Bastos ficou aguardando a ordem para reiniciar as obras. Como a autorização não chegou, enviou documentos reiterando o interesse em dar continuidade, mas a prefeitura não respondeu. “Eu vou marcar com o engenheiro da construtora, me inteirar dos detalhes para a gente chegar num denominador comum: que fique bom pra população, para o gestor e que também não fique ruim para a empreiteira”, declarou Josenias. Enquanto isso, o serviço de saúde continua minguado no município, com três prédios recém-construídos sem uso nenhum.
PSF Barreirinhas
Contrato: 053/2011-FMS Valor: R$ 398 mil
PSF Ribeirão
2
Contrato: 053/2011-FMS Valor: R$ 199 mil
3
Contrato: 041/2010-FMS Valor: R$ 117 mil
4
Contrato: 045/2012-FMS Valor: R$ 359 mil
5
Contrato: 057/2011-FMS Valor: R$ 400 mil
UBS Vila Nova
Academias de Saúde Laboratório Central
6
UPA
7
Nova sede do Ceproeste
Contrato: 282276-74 (CEF) Valor: R$ 2,6 mi Contrato: 389534-68 (CEF) Valor: R$ 2,6 mi
Creche Vila Amorim
8
Valor: R$ 1,3 mi
9
Creche Ribeirão Valor: R$ 1,3 mi
10
Creche Cascalheira Valor: R$ 1,3 mi
11
Creche Barreiras I Valor: R$ 1,3 mi
12
Creche Morada da Lua Valor: R$ 1,3 mi
13
Creche Novo Horizonte Valor: R$ 1,3 mi
14
Creche Sombra da Tarde Valor: R$ 1,3 mi
15
Creche MCMV Valor: R$ 1,3 mi
16
Cobertura Colégio Eurides Santana Valor: R$ 184 mil
17
Cobertura Colégio Otávio Mangabeira Valor: R$ 184 mil
18
Quadra de esportes Valor: R$ 502 mil
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Praça PEC Valor: R$ 1,5 mi
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Praça da Juventude Valor: R$ 1,1 mi
Obras por área
Saúde Educação Esporte e lazer
R$ 21 milhões
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“Caldo de cana”,
diz uma pequena placa na frente de um tapume que circunda quase todo um quarteirão no início do bairro Santa Luzia. Ali, deveria haver uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tipo II. “Eu vendia caldo de cana ali, do outro lado da rua”, diz Alexandre de Jesus, 56 anos, pai de sete filhos. Ele conta que vendia lanche “pros peões” da obra, daí foi convidado para trabalhar de guarda ali mesmo. E melhor: sem ter que se desfazer do carrinho que mói a cana. “Você trabalha de guarda e continua com seu negócio aqui”, disseram pra ele. A obra, orçada em R$ 2,6 milhões através de recursos do Ministério da Saúde, com contrapartida do Estado, teve início em março de 2012. Jesus estava feliz, tinha salário mensal fixo e ainda faturava um extra no próprio trabalho. Chegou dezembro e a alegria de Jesus diminuiu. A obra foi paralisada e seus fregueses foram mandados embora. “Pelo menos arranjei esse cantinho”, diz, conformado. De acordo com a secretaria de Saúde do Estado (Sesab), em função de problemas contratuais junto à construtora Link Engenharia, estava sendo providenciado a oficialização do distrato e que em breve seria lançado novo processo licitatório. Resta saber o teor desse distrato. Do total orçado, R$ 1,5 milhão (57% do total do empreendimento) já foi liberado, mas apenas 17% da obra foi executada, conforme medição da Caixa Econômica Federal de 6 de novembro de 2012. Outra obra da saúde que está com a verba parada na CEF é a da nova sede do Ceproeste. O Centro de Reabilitação do Oeste foi orçado em R$ 2,6 milhões. O contrato foi publicado no Diário Oficial da União em 5 de novembro de 2012 e sua vigência vai até 18 de outubro deste ano. ex-funcionários Alexandre Jesus e Hildeir Pereira trabalhavam na Link Engenharia, construtora que começou a obra e devido a problemas contratuais aguarda oficialização de distrato da Sesab. Pereira foi embora e Jesus ficou por ali, com seu carrinho de lanches e de caldo de cana dentro do tapume que cerca a obra abandonada
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Em 1946,
o presidente Eurico Gaspar Dutra vem a Barreiras inaugurar um hospital que leva seu nome. Construído com recursos próprios pelo empreendedor Geraldo Rocha, a obra foi doada à população de Barreiras. Apesar de ter passado por várias reformas, a impressão que se tem é que o hospital parou no tempo. Já foi do Estado, passou para o município, voltou para o Estado, voltou para o município. Resultado: com esse vai-e-vem a documentação ficou com pendências. O terreno do Eurico Dutra ocupa um quarteirão e é maior do que o espaço onde hoje está o Hospital do Oeste. Poderia ser uma referência em qualidade de serviços, mas é em descaso. Máquinas enferrujadas estão jogadas pelo pátio, faltam condicionadores de ar, no centro da cozinha há uma caixa de gordura que lembra uma fossa, faltam cadeiras de rodas... enfim, a situação é assustadora. A secretária diz que toda vez que vai à Sesab leva o Eurico Dutra na pauta, mas ao que parece não se tem avançado no assunto. Na abertura dos trabalhos legislativos, Antônio Henrique disse que ia “viabilizar junto ao MEC o Hospital Escola Universitário, já disponibilizamos a área do Hospital Eurico Dutra”. Com esta fala não fica claro qual o destino do Eurico Dutra. Mas, uma coisa é certa, a pendência na documentação tem que ser resolvida.
Em janeiro,
Maria Dias foi a Central de Marcação com uma requisição de exame oftalmológico da mãe, Izaura Pereira, de 82 anos. Conseguiu marcar para o dia 25 de fevereiro. No dia, conseguiram o veículo emprestado e levaram dona Izaura ao consultório. Chegando lá, foram informadas que a médica não estava atendendo pela prefeitura por falta de pagamento. Queixa comum de muitos médicos.
inspeção da câmara Fotos estão no relatório feito pela Câmara Municipal e enviado a vários órgãos estaduais e federais. Até o momento ninguém se manifestou para recolver os problemas do hospital construído há mais de 60 anos
Hoje, a prefeitura tem convênio com 51 estabelecimentos de saúde especializados. A secretária não informou quanto custa isso aos cofres públicos, mas, se o próprio poder público oferecesse determinados serviços isso seria boa economia para o município. Com a chegada do mamógrafo de “última geração” e do aparelho de raio-X comprados pela prefeitura, quem sabe isso não se concretiza. “Está chegando”, disse animada a secretária, que depois falou da dificuldade de especialistas na cidade. “Ano passado, nessa época, estávamos com a corda no pescoço. Mas com o programa Mais Médicos isso deu uma desafogada. Atualmente nós temos uma médica cubana, mas virão mais 15”, conta. Até lá, é se virar com os que tem, e quando tem. O Posto 24h, por exemplo, que atende urgências ambulatoriais, deveria ter diariamente um clínico geral, um pediatra e um cirurgião. Mas, “nem sempre temos os três ao mesmo tempo”, explica Regina. “Se não tiver o clínico geral, o pediatra tem a obrigação de atender o paciente. Antes de tudo o médico é geral. E o não atendimento é omissão de socorro”, enfatiza a secretária. No entanto, esse atendimento não é uma prática corriqueira e muitos têm que recorrer ao Hospital do Oeste, que, ao invés de fazer apenas atendimentos de média e alta complexidade, acaba cuidando da atenção básica também.
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pesquisa 2ª Pesquisa Revista a / Insight
Modelo de gestão, diferencial que os números não conseguem esconder texto CÍCERO FÉLIX
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esta edição, apresentamos a segunda rodada de pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Insight para a Revista A. Os dois primeiros municípios pesquisados foram Barreiras (82% reprovam Antönio Henrique) e Luís Eduardo Magalhães (49% reprovam Humberto Santa Cruz). O resultado foi publicado na revista passada. Agora, publicamos a opinião dos eleitores de Ibotirama e Serra Dourada. Embora de cidades com perfis diferentes, os dois prefeitos, Terence Lessa e Milton Frota, representaram nas eleições de 2012 a genuína manifestação de mudança aspirada pelo eleitor. Lessa, o prefeito mais novo do Oeste da Bahia, eleito com 31 anos, derrubou uma hegemonia que durava 50 anos em Ibotirama. Frota, 55 anos, aliou-se ao ex-candidato a prefeito do PT por três vezes, Zilmar Teixeira, e derrotou o PMDB de Enilson Fagundes, partido que há décadas estava no poder em Serra Dourada. Apesar de trajetórias parecidas, as semelhanças param por aí. Enquanto Lessa tem uma avaliação de gestão positiva de 77%, Frota tem de 44%. O que não é um número ruim. Na realidade, a avaliação do prefeito de Ibotirama revela-se fora do comum. Com dois cursos superiores e uma pós-graduação em gestão pública municipal, Lessa apresenta a melhor avaliação de gestão de um prefeito do Oeste. Os serviços oferecidos pela prefeitura de Ibotirama que tiveram avaliações mais baixas ficaram na casa dos 60% de ótimo ou bom. Bem diferente da prefeitura de Serra Dourada, cujos serviços melhor avaliados ficaram na média de 55%. Em Ibotirama foram entrevistadas 372 pessoas entre os dias 02/01 a 04/01. A pesquisa foi registrada no TRE-BA, sob o número BA-0001/2014. Foram entrevistadas 205 pessoas em Serra Dourada do dia 28/02 a 03/03 com a pesquisa registrada sob o número BA-0002/2014. As pesquisas têm 5% de margem de erro para mais ou menos, conforme estatístico Kowly Ronn de Brito, da Insight.
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Ibotirama
Pesquisa encomendada pela Revista A ao Instituto Insight registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número: BA-00001/2014. Foram entrevistadas 372 pessoas entre 02/01 e 04/01/2014.
Como você avalia a atual gestão?
77%
APROVAM Terence Lessa
E
m 2008, Terence Lessa tinha apenas 25 anos. Jovem e tanto para assumir a prefeitura de Ibotirama. Mesmo assim, candidatou-se pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) e surpreendentemente ficou em 3º lugar, com 27% da preferência do eleitorado. Em 2012, persistiu, agora pelo PT, e foi eleito com 64% dos votos válidos. Às vésperas de assumir o cargo de prefeito, em entrevista a TV Oeste, declarou: “Os dois pilares de uma administração pública são educação e saúde. O nosso compromisso inicial é estruturar a educação e procurar oferecer um serviço de saúde com melhor qualidade ao ibotiramense”. Passado um ano de gestão, educação e saúde estão entre as áreas mais bem avaliadas em pesquisa encomendada pela Revista A ao Instituto Insight sobre a administração do prefeito mais jovem do Médio São Francisco e Oeste da Bahia. Educação teve avaliação positiva de 78% da população e saúde, 70%. Foram entrevistadas 372 pessoas entre 2 e 4 deste mês. A pesquisa, registrada no TRE-BA sob o número BA-00001/2014, revelou avaliação geral positiva de 77%, com margem de erro de 5% para mais ou para menos. Para 71%, a prefeitura vem cumprindo com suas atribuições e 75% se declararam confiante/muito confiante. São números expressivos para um prefeito jovem e de primeira viagem, mas o que pode melhorar em currículo ele fez. Graduado em administração, ciências contábeis e pós-graduado em gestão pública municipal, Foi presidente da CDL, presidente do conselho municipal de segurança e de saúde. No decorrer de 2013 seu perfil administrativo moderno à frente da prefeitura começou a ganhar corpo. Destaque para os investimentos em tecnologias móveis de comunicação, em internet gratuita nas casas dos professores, reforma de todas as escolas do município, reforço do uso da agricultura familiar na merenda, contratação de médicos e profissionais da saúde e aumento no número de PSFs. Nos últimos 50 anos Ibotirama foi administrada pelas famílias Quinteiro e Munduri. “A gente quebrou essa hegemonia. As duas famílias se uniram e foram derrotadas”, disse ele ao repórter da TV, na entrevista, após vencer as eleições. “A gente sabe que os desafios são grandes. As perspectivas da população são grandes, as expectativas também. Mas a gente não tem uma vara mágica. As coisas não são simples como a gente imagina. Mas assumimos o compromisso de fazer o melhor, de nos dedicar para fazer de Ibotirama uma cidade melhor”, falou Terence.
{ 12% não opinaram }
32%
45%
9%
2%
ótimo
bom
ruim
péssimo
Como você se sente em relação a atual gestão? 9%
9%
Não opinou
21%
Muito confiante
Não confia
8%
Pouco confiante
54%
Confiante
Como você avalia as áreas abaixo? Ótimo
Saúde Educação Obras Administração Esporte Ação Social Cultura Trânsito Saneamento Pavimentação Segurança Iluminação Transporte Coletivo Coleta de lixo e limpeza
Bom
Ruim
Péssimo
21% 49% 22% 4% 74% 20% 4% 66% 31% 4% 69% 28% 3% 67% 26% 3% 67% 26% 3% 66% 26% 3% 65% 27% 2% 59% 34% 2% 59% 34% 3% 57% 33% 2% 67% 27% 3% 67% 26% 3% 61% 30%
8% 2% 0% 0% 4% 5% 5% 4% 5% 5% 7% 4% 3% 5%
A prefeitura vem cumprindo com suas atribuições? 12%
NÃO OPINIOU
17% NÃO
71% SIM
pesquisa serra dourada
Pesquisa encomendada pela Revista A ao Instituto Insight registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número: BA-00002/2014. Foram entrevistadas 205 pessoas entre 28/02 e 03/03/2014.
Como você avalia a atual gestão?
{ 20% não opinaram }
44%
APROVAM Milton Frota
C
om mais de 900 votos na frente, o petista Milton Frota venceu o peemedebista Alcides Leite (Cido) nas eleições de 2012, em Serra Dourada. Teoricamente, Frota iria ter uma administração tranquila. A cidade vinha de duas gestões seguidas e do terceiro mandato de Enilson Fagundes (PMDB). Resolveu mudar, elegeu Milton Frota (prefeito) e Zilmar Teixeira (vice). Hoje, um ano e dois meses depois, 44% dos eleitores acham que a prefeitura não vem cumprindo com suas atribuições, aponta a pesquisa do Instituto Insigh encomendada pela Revista A. A coleta de dados aconteceu entre os dias 28 de fevereiro e 3 de março. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional EleitoraL sob o número BA00002/2014 no último dia 7. Pouco tempo depois de eleitos, Zilmar, presidente do PT na cidade, rompe com Frota. Comenta-se que Frota não teria cumprido acordo com Zilmar em ceder as secretarias de Educação e Obras. Sobrinha e tio do prefeito assumem as secretarias e Frota diz que o apoio de Zilmar foi comprado. Em agosto, o advogado Afonso Teixeira Dias dá entrada na Câmara a uma representação de improbidade administrativa contra Frota. Apesar dos problemas políticos, 44% dos eleitores serradouradenses avaliam a gestão de Frota como bom e ótimo e, 37%, péssimo e ruim. Curiosamente, o número de avaliação positiva de gestão é igual ao dos que acham que a prefeitura não cumpre com suas atribuições. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar de ser avaliado positivamente, quando perguntado como o eleitor se sente em relação à gestão de Milton, 33% são confiantes ou muito confiantes e, 43%, pouco confiantes ou não confiam. Dos serviços avaliados, o pior é o saneamento e o melhor é a educação. Em entrevista a um jornal em fins de 2013, Frota se queixou do vice e disse que estão querendo colocar “chifre na cabeça de cavalo” e que sua administração é moderna e baseada na seriedade e transparência.
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8%
36%
18%
19%
ótimo
bom
ruim
péssimo
Como você se sente em relação a atual gestão? 6%
Muito confiante
24%
Não opinou
27%
Confiante
25%
Não confia
18%
Pouco confiante
Como você avalia as áreas abaixo? Ótimo
Saúde Educação Infra-estrutura Saneamento Pavimentação Segurança
Bom
Ruim
Péssimo
4,88% 46,83% 22,93% 24,88% 4,39% 67,80% 15,61% 11,71% 2,93% 47,32% 25,85% 23,41% 1,46% 42,93% 29,76% 25,37% 3,41% 45,37% 26,34% 24,39% 6,83% 57,56% 20,00% 15,12%
A prefeitura vem cumprindo com suas atribuições? 21%
NÃO OPINIOU
44% NÃO
34% SIM
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. lves A o lf ês ndu em tr do a L , aça rua os dan a , pr as na g e t en cad ami Tem um acota. m e a o l s ch ad a. te co oxim as são s clien ieirinh tivo de ieira’ r p a o é V s o 16h as me hegam Bar do i até m r de ‘V o bar. , s fo sc ado no od e, o ba que Sáb edida pouco rotina que já ome d o don ades ais d À m as, aos is uma o certa do o n s risos as as i cias m o r n n ã filei o a ma erta. T bota onta a por tod referê i m c s c iníc uesia ndara elho”, ntado a da m e a freg a vez, inha v frequ ando u ense. v é r “Um ue só iente se torn barrei b q a por , o am cabou oemi b e Hoj inha, a as da r c Viei lemáti b em
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fotos: reprodução
ábados, 16h aproximadamente, praça Landulfo Alves. À medida que as mesas são colocadas na rua, em três fileiras, aos poucos chegam os clientes e amigos dando início a mais uma rotina no Bar do Vieirinha. Tem uma freguesia certa. Tão certa que já foi até motivo de chacota. “Uma vez, andaram botando o nome do bar de ‘Véieira’ porque só vinha velho”, conta aos risos o dono do bar. Hoje, o ambiente é frequentado por todas as idades e, Vieirinha, acabou se tornando uma das referências mais emblemáticas da boemia barreirense. Natural de Cotegipe, Vierinha veio para Barreiras em 1968. A Bossa Nova estava no auge e chegava ao Oeste através da sintonia nas rádios Globo, Bandeirantes e Nacional. Na banca de Seu Odílio, em frente à Praça de Alimentação, Vieira comprava o jornal O Globo, outra fonte de acesso ao movimento musical eternizado por João Gilberto, Nara Leão, Vinícius de Morais, Tom Jobim, entre outros da época. No jornal, que vinha do Rio de Janeiro em vôo diário para Barreiras, havia uma coluna semanal que Vieira não perdia. “Paulinho Nogueira tinha uma página em que cifrava as músicas e eu fazia coleção. Eu me dedicava àquilo ali. Ouvia as músicas e pegava o tom - aprendi algumas coisas. A harmonia da Bossa Nova é muito complexa e não é todo mundo que quer pegar uma harmonia que exige muita corda. O cara quer pegar é três tons, tocar um sertanejão e lascar o dedo no violão”.
quando tudo começou Até 1989, a feira de Barreiras acontecia em frente ao Mercado Caparosa, construído em 1950. Nele, Vieira instalou seu bar em um box e vive ali há 22 anos
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O Bar do Vieirinha ocupa um dos boxes do Mercado Caparosa, construído em 1950. No mercado, por muito tempo funcionou a feira livre da cidade. Seu interior abrigava pequenos restaurantes e comércio de cereais. Aos sábados, as mercadorias eram expostas na rua e um formigueiro de gente vinda de toda a região disputava espaço e produtos. Em 1989, o prefeito Baltazarino transferiu a feira para galpões enormes, na rua Alberto Coimbra. Antes disso, Vieira montou um armarinho, onde hoje é o Bar do Raimundo. Não teve sorte: “Um cara entrou e me roubou tudo. Fiquei assim sem fazer nada”. Vieira viveu uma fase difícil, sem dinheiro. Até o violino do pai, uma réplica italiana do famoso Stradivarius, ele vendeu. “Eu tinha um amigo aqui que ele era polícia, o Tenente Guilherme. Ele gostava muito de cantar e a gente tinha uma turma que fazia farras. Ele passava aqui e me via cochilando e falou: ‘Para com essa merda aí, rapaz! Vou botar um barzinho pra você vender aí!’”, lembra. O tenente comprou duas caixas de cerveja, um outro amigo arranjou uma geladeira, depois chegou gente com violão, atabaque... Pronto! Estava fundado o Bar do Vieirinha. No entanto, com a saída da feira dali, a região do mercado ficou deserta. Na esquina, montaram uma sapataria que acabou fechando por falta de movimento. O Bar do Vieirinha já estava ficando pequeno para a turma da farra. “Daí juntou Ademarzão, dr. Valneide e dr. Feitosa e disseram: ‘Você vai mudar pra esquina, que é maior’. Aí eu vim pra cá e estou aqui até hoje. Tem uns 12 anos que estou aqui. Lá eu passei uns 10 anos, ou seja, há 22 anos que eu mexo com bar. Eu gosto da farra, de tocar violão, de botar a turma pra tocar, mas já estou ficando meio derrubado.” Do casamento de 40 anos com Lucília Filintra, Vieira teve dois filhos que já lhe deram três netos. Lucília se engraçou com os olhos furta-cor de Vieira e casou-se com ele. O termo furta-cor foi dado por um oftalmologista quando ele foi fazer a cirurgia de catarata. “O médico chamou sua auxiliar e disse: ‘Ô Ruth, o olho desse homem aqui não é azul e nem verde, é furta-cor! Não existe isso no mundo’. É igual a camaleão. Na hora do perigo muda de cor”, conta às gargalhadas. Com 70 anos completados agora em janeiro, Vieira foi batizado como Benigno Vieira Júnior. Seu pai tirava o nome dos filhos dos almanaques que vinham no Biotônico Fontoura. “Melhor ser benigno do que ser maligno, não é?!!”, diz brincando. “Se puder fazer bem a alguém, faça. Tem que ser benigno. Pode ser que o nome tenha influência na personalidade. Eu gosto da vida. Esse mistério de viver é impressionante. É só rir e deixar a vida passar. Minha maneira de ser é essa, não tem jeito de mudar. Acho que vou permanecer assim até o fim da vida. Eu não tenho mau humor. Não tem nada que me faça raiva. Os caras vêm dizer coisa comigo e eu lá vou criar problema com ninguém por causa de cerveja, deixa esse cara pra lá! Sou um cara feliz, graças a Deus, tranquilo. Consegui me aposentar, minha mulher também. A gente tem uma casinha e vamos vivendo”.
ESPAÇO VIEIRINHA Na esquina do Caparosa. Lá está ele. O espaço frequentado por boêmios e amigos é reservado aos sábados para o violão acústico muitas vezes executado Vieirinha ou por alguém que deseja soltar a voz
Ele dorme e acorda sorrindo. É muito engraçado, cheio de coisa, cheio de graça O humor de Vieira, de fato, é permanente. Lucília diz que ele dorme e acorda sorrindo. “Eu acordo com os fatos engraçados dele me fazendo sorrir na cama. Ele é muito engraçado, humorista, cheio de coisa. É uma pessoa maravilhosa. Ele canta e toca pros netos. Ele é assim: toca antes de tomar café, antes de vir trabalhar, quando chega pro almoço, depois do almoço pra poder dormir. À noite, ele tocava muito quando nos casamos. Hoje, quando chega à noite ele vai dormir”, conta Lucília. “Eu não quero deixar de tocar, não. Eu quero tocar sempre. O violão é um instrumento extraordinário: é uma orquestra”, define Vieira, que também toca cavaquinho e se já apresentou inúmeras vezes com dona Jadir do Bandolim, em um grupo de chorinho. Não faz muito tempo abriu um novo bar em frente ao de Vieira, o Boss. “Foi bom”, confessa. O público aumentou, vieram mais jovens. Lá, quase todas as noites tem música ao vivo. Aos sábados, é a vez do Bar de Vieira fazer sua música. Ele se apresenta na calçada, geralmente em companhia de alguns amigos ou de algum cliente que queira tocar ou cantar. “Eu deixo todo mundo tocar. Agora, às vezes, quando o cara num tá bom, tá muito desafinado, eu chego e digo: ‘Mano, vamos deixar pra outro dia. Você já tocou bastante’”, diz, reafirmando que o espaço é democrático. Hoje, o bar está sob a gerência de seu genro e não abre mais às segundas-feiras. Nos demais dias o bar funciona do final da tarde até o último cliente sair. “Sair daqui duas, três da manhã não dá mais! Normalmente eu acordo às 9h.
Quando vai até mais tarde, acordo às 10h. Depois não durmo mais. Quando chega esse horário parece que o relógio diz que está na hora de eu acordar mesmo. Eu acordo, pego meu café, um pãozinho, às vezes eu faço até cuscuz... faço um arroz, faço um carreteiro também, bacalhoada... na internet você tem receita do que quiser. Eu uso pouco, mas quando quero saber de uma coisa eu vou lá procurar. Se eu quiser saber da vida de um músico eu vou lá também”, conta, animado com a tecnologia de rede, mas nem tanto. Vieira acha que a televisão e a internet andaram “bagunçando” tudo. “Na época da ditatura a repressão era muito grande. Se você fosse cantar aquela música de Geraldo Vandré diziam que você era comunista. Muitos cientistas e artistas foram banidos. Agora veio essa democracia com a Nova Constituinte, a abertura está larga demais. A droga está tomando conta, a injustiça está tomando conta. A família é a base essencial. Se em casa você não respeita pai e mãe, fica difícil. Meu pai batia o olho em mim e eu já sabia. Tinha respeito. Antigamente você ouvia rádio, não tinha essas coisas não. Hoje, parece que tudo é normal”, fala com firmeza. Vieira não gosta de discutir política. Já ouviu inúmeras promessas de que iam reformar o mercado e até hoje não foi feita nenhuma reforma. No entanto, não perdeu a esperança de, um dia, ver um prefeito revitalizar aquele prédio e transformar a praça Landulfo Alves em um enorme calçadão. Mas não é só isso. “Tem horas que a gente não pode nem tocar aqui porque chegam uns caras com um som automotivo que estoura tudo! Um dia aconteceu o seguinte: um cara estava tocando aqui e chegou outro e abriu um som ali. O cara parou de tocar e ia sair. O pessoal que estava no bar levantou e gritou: ‘Fecha isso aí, seu ignorante!’, ‘Seu burro! Ninguém quer ouvir sua música não!’. Aí ele fechou o carro e sumiu. Eu achei interessante essa revolta. O pessoal está aprendendo a reclamar. Eu acho uma falta de respeito. Até coloquei um aviso proibindo som automotivo, mesmo assim os caras chegam aí. Eles vêm com a tomada dentro do carro dizendo que vão tomar uma caixa aqui. Digo que pode tomar até 20, mas não quero som ligado aqui. Eu tenho meus clientes certos que, se vêem isso aqui, não voltam mais. Eu mando esses caras voltarem pro lugar deles”, argumenta Vieira. Mais uma vez, encerrando com uma boa risada.
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umlugar
especial Oeste
foto RUI REZENDE
feira da mata A imponência da natureza em frente à gruta Boca da Lapa, no pequeno município de Feira da Mata, é encantadora. E assustadora também. Há várias lendas sobre o lugar. Dizem, inclusive, que um padre desapareceu lá dentro. Isso, provavelmente, deve alimentar o medo que os moradores têm do local. Ninguém da cidade se arrisca em entrar na gruta.
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achados e guardados de hermes Museólogo por natureza, funcionário público de Santa Maria da Vitória sonha em transformar espaço com objetos antigos que contam a história da Bacia do Rio Corrente em museu texto/fotos CÍCERO FÉLIX
a
cult música, cinema, artesanato, agenda,
cultura
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pequena placa na enladeirada rua Teixeira de Freitas diz: Guardados de Hermes. Até meados de 1990 o espaço era ocupado por um laboratório fotográfico. Hoje, é uma espécie de museu do cerrado no Centro de Santa Maria da Vitória. De ferramentas indígenas a primórdios de eletrônicos são encontrados ali, sob os cuidados caprichosos de Hermes Novaes Neto que, desde menino, guarda troços de toda sorte. “Sempre guardei bola de gude, pião... meu pai é muito assim também. A gente sempre guardou esses objetos em casa. Eu tinha o primeiro negativo da primeira câmera que eu comprei em 1976”, lembra. Muitos objetos são seculares, mas ele não consegue precisar datas, apesar de reconhecer alguns como especiais. “Uma peça que é chave das navegações - da época em que Santa Maria prospera e se torna uma grande centro ‘distribuidor’ que vai favorecer até a província de Goiás, no século XIX – é essa âncora; uma lâmina que deve ser de arenito. Essa peça eu levei para o Instituto do Trópico Subúmido, criado pela PUC-GO. Essa ideia nasceu do professor Altair Sales. Lá eles criaram o Memorial do Cerrado a partir desse instituto. Essa lâmina foi encontrada no brejo do Espírito Santo, há uns três metros de profundidade. Um cara me deu recentemente um machado de pedra e algumas lascas à base de silício e você encontra cerâmica lá até hoje”. Expulso das escolas da cidade, aos 17 anos Hermes foi morar em Salvador. “Acho que eu não prestava mesmo”, conta com humor. Foi morar com Jairo Rodrigues, professor de história e artista hoje reconhecido como o guardião da memória do Mestre Guarany, em Santa Maria. No final dos anos 1970, ainda em Salvador, Hermes inventou de trabalhar com bijuterias. “Fiz broches, gargantilhas, brincos. Eu vendia muito e ganhei muito dinheiro também consertando liquidificador, enceradeira. Quando eu chegava aqui, ainda tinha anúncio no alto-falante: ‘Chegou em Santa Maria o doutor do sapato! Se seu sapato está com problema, doutor Hermes está na cidade’. Meu pai colocava isso no alto-falante”, lembra, entre risos. O pai que lhe ensinou o ofício de trabalhar com couro e sua mãe achava bom. “Menino tem que ocupar o tempo”, era a frase dela. Ainda na capital baiana, aprendeu a arte de fotografar. Quando retornou para sua cidade natal arranjou um emprego em um banco. Não deu certo e abandonou o trabalho. Em 1995 viajou pelo cerrado registrando sua ocupação pelos migrantes e recolhendo objetos que achava interessante. A partir daí Herves voltou a estudar, fez o
raridades Entre os objetos mais raros do acervo do espaço “museal”, Hermes destaca uma lâmina de arenito, provavelmente ferramenta indígena e uma âncora, que remonta a história das navegações na região
curso técnico em agronomia. Em uma apresentação na escola, levou alguns objetos e foi questionado por que ele não expunha aquilo. “Eu demorei dois anos pra montar o laboratório de fotografia aqui. Eu pensei: por que eu não posso abrir isso aqui depois de 10 anos? Aí fiquei montando aqui. Um dia, uma professora veio me perguntar se não podia trazer uns alunos e eu disse que podia”, conta.
O museólogo
“Hermes nasceu museólogo. Desde cedo ele trabalha com a preservação do patrimônio material e imaterial”, declarou Fernanda Pereira, formada em museologia pela UFBA. Ela é de Salvador e mora há três anos em Santa Maria. Em parceria com Hermes, elaborou um plano museológico, que tem entre seus objetivos, a definição do perfil institucional. O projeto foi aprovado pela Secretaria de Cultura da Bahia e já está em execução. “A dimensão do trabalho não é apenas municipal. Há objetos da colonização do europeu, da presença dos negros africanos, da comunidade indígena e da formação dessa sociedade que ocupou o território do Rio Corrente”, explica Fernanda. O espaço onde as peças se encontram na Teixeira de Freitas já é pequeno para tanto objeto. Hermes pensa em transferir tudo para uma propriedade sua de quatro hectares que fica às margens do Rio Corrente. “Eu não quero que essas peças sejam só históricas. Quero que sejam educativas, informativas. Criar um lugar para discussões, bate-papo. Então precisa de uma área maior. Mais tarde, se for preciso, eu estou pronto para doar essa área”, diz Hermes. Emocionado, conta que nunca imaginou que as coisas que ele guardava na infância pudessem ser determinantes para lhe trazer tanta felicidade. “Eu nunca tive tanto prazer na vida como eu estou tendo agora”, conta com os olhos embotados de lágrimas. “O pessoal chega aqui, admira o lugar e eu me sinto bem. Hermes trabalha na prefeitura e tem um imóvel alugado. O que ganha, considera suficiente. “Eu tava falando com a menina [minha mulher] ali que nós somos ricos. Se a gente quisesse fechar as portas hoje a gente podia. A gente tem o cuscuz, o beiju. Então nós somos é ricos! Tenho dinheiro pra eu comer, beber e arrumar o fusquinha pra a gente rodar pelo interior pra eu fazer minhas andanças nas folias de reis, acompanhar o povo. Somos é rico!”.
Mais fotos dos “Guardados de Hermes” no endereço www.revistaa.net/cult
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cult língua
Contribuir para o desenvolvimento crítico social e integrar a região através do conhecimento. Isso, de certo modo, resume o objetivo que desde seu primeiro exemplar norteia a Revista A. Desta forma, realizamos entre outubro e dezembro
vencedores do concurso de redação da Revista A
CATEGORIA: Ensino Fundamental II
ALUNO: Lorena Carvalho Leite Garcia de Oliveira PROFESSOR: Indira Souza Oliveira (Escola São José)
Te quero Oeste, te quero verde, te quero bem
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este, te quero mais verde e mais sustentável, uma região em que as nossas cidades possam servir de exemplo na administração dos recursos naturais, e os habitantes orgulhosos de seu hábitat. Hoje, vemos os rios poluídos, matas queimadas, agrotóxicos utilizados nas plantações e moradores desperdiçando os recursos como se fossem infinitos. É devido a isso, entre outros, que devemos nos preocupar e levantar ações para mudar essa situação. Podemos dar ênfase às árvores; elas são imprescindíveis para o ser humano, sendo grandes responsáveis por transformar o gás carbônico, resultante da queima dos combustíveis fósseis e prejudicial ao ecossistema, em oxigênio e ar puro para respirarmos. Deveria ser feito investimentos em projetos de reflorestamento, e plantio de várias espécies para que possamos ter um ar puro e cidades mais agradáveis. O Oeste, como destaque na agricultura, utiliza muito agrotóxico para obter boas safras, só que não podemos nos esquecer que isso contamina, e muito, o solo e a água. Deveríamos pensar nessa atitude e no conceito de sustentabilidade para agirmos certo, lembrando que esta é a melhor maneira de gerenciar nossos recursos naturais, e utilizá-los de forma consciente é o grande desafio. As gerações futuras dependem disso. Além do uso dos agrotóxicos, nossa região carece de um sistema eficiente de esgoto, pois muitas de nossas cidades ainda são bastante precárias, tendo dejetos lançados em rios e em vias públicas. Para melhorar essa situação, basta boa vontade dos governantes e investimentos no saneamento básico, só assim teremos nossa natureza preservada. A região oeste apresenta um clima quente e seco propício às queimadas, e só cabe à população a conscientização para que elas não se agravem, colocando em risco a fauna e a flora. Sustentabilidade também é reciclar, reutilizando nossos recursos, reduzindo o impacto do homem sobre o meio ambiente, visto que é imprescindível a utilização de lixeiras nas ruas para que os cidadãos
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possam jogar o lixo e ter a consciência limpa, de que estão agindo certo. Outras medidas como adotar fontes renováveis de energia como a eólica e solar, por exemplo, contribuem para que desfrutemos da natureza sem prejudicá-la. Se quisermos um futuro melhor, de que adianta as nossas reclamações se não vierem acompanhadas de atitudes? Vamos preservar os nossos recursos, utilizando-os de maneira planejada e racional, não poluindo rios e solo, não jogando lixo nas ruas, reciclando, usando os biocombustíveis dando maior valor àquilo que vem da natureza, pois somos parte integrante do ambiente. Se cada um fizer a sua parte, conseguiremos um Oeste verde e sustentável, com suas riquezas preservadas.
CATEGORIA: Ensino Médio
ALUNO: Ingrid Vasconcelos Fraporti
PROFESSOR: Érika Sales (CEMAC - Centro Educacional Maria Cardoso Ferreira)
Frutos da terra
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esde a colonização, a divisão do Brasil, principalmente em relação a região nordeste, foi afetada e de certa forma prejudicada, em detrimento da implantação dos polos industriais nas regiões sudeste e sul. Tal fato fez com que essa região fosse, por muito tempo, considerada um sinônimo de atraso, e até mesmo de preguiça. O tempo agora é outro, digno de um povo “arretado”, pois o nordeste brasileiro, hoje, tem grande importância no cenário econômico brasileiro e mundial, com cidades desenvolvidas, principalmente na agricultura, detendo um dos maiores polos tecnológicos do país, e muitas outras riquezas que não foram exploradas com a vinda dos portugueses. Agora, país independente, autônomo, e emergente, o Brasil tem tudo e mais o oeste para crescer, se desenvolver prosperamente, e gerar recursos aos seus estados e habitantes para seguirem tal ritmo. As conquistas seguem o compasso do maior estado do nordeste, a Bahia, que por si só conduz a festa nordestina, no verdadeiro espírito brasileiro. Um fator preocupante, em meio a tanta prosperidade é a seca, um problema que afeta vários estados e é também uma apreensão mundial, tamanha é a contradição de um povo que festeja a alegria de todos os momentos e que ainda consegue “fazer chover” dentro e fora de si com a esperança de continuar a superar as adversidades climáticas. Sendo essa, uma linha concreta de pensamento, é possível explicar o porquê do aumento de fluxos migratórios no decorrer desses anos. A seca delimita um território mais que as próprias fronteiras impostas em qualquer aula de geografia, assim sendo, a região oeste do estado leva vantagem, uma vez que, seu índice pluviométrico apresenta, normalmente certa linearidade..
No oeste baiano a população rural é relativamente minoritária, se comparada à parcela urbana. A busca por estar em um lugar informatizado e dinâmico, capaz de suprir todas as necessidades decorrentes dos novos padrões sociais e do alto custo de vida, faz com que muitas pessoas migrem do campo para as cidades, mesmo assim a parcela rural tem papel importantíssimo na “nova ordem brasileira”, posto que é no âmbito rural que o oeste baiano consagrou sua cadência de crescimento. Passada a época opressora, em plena modernidade, a atual situação referente aos crescentes medidores regionais (PIB, renda per capta), torna-se favorável e permite o pensamento positivo sobre um crescente avanço do Brasil, e especialmente do oeste da Bahia, para metas que os próprios brasileiros cobraram, em protestos que tomaram proporções nunca antes imaginadas, em vibrações que uniram torcidas, não por times, não pela copa, mas pelo bem, por valores, por justiça, em uma terra onde se plantam sementes para germinar sonhos, e oportunidades para transformar vidas, e o meio que está à volta.
CATEGORIA: Ensino Superior
ALUNO: Gustavo Ramos Ribeiro
PROFESSOR: Vandré Vilela (FASB - Faculdade São Francisco de Barreiras)
Oeste, te quero mais...
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este, te quero mais quando faltam-me as cores e não te quero menos quando transborda-me saudade. Escondeu-se de todos os santos baianos para despertar-te em corações que em ti batem fé, dia e noite. Embora me fujam palavras que serviriam para descrever tamanha paixão, recordo-me dos teus olhos a brilharem no agora e é amor. No discorrer do roteiro dos meus paços, é em sua face que conduzo meu cenário e se em toda história se faz necessário à presença de um
con c
o de reda urs çao
de 2013 o “1º Concurso de Redação R.A”, com o tema provocativo “Oeste, te quero mais...”. Abaixo, publicamos os vencedores das três categorias: Fundamental II, Médio e Universitário. Este ano, lançaremos a segunda versão do concurso.
revistaa.net
OESTE, TE QUERO MAIS...
conflito, os meus são os passeios, viagens, aventuras que às vezes me permito vivenciar emprestando meus pés a outras terras. Batem no peito as dores da saudade, e isso basta para bailar no tempo um clímax digno de estatueta. E é assim, no choro dessa saudade em preto e branco, que no bater em retirada, ao me jogar aos suaves ventos do teu encontro, que meus sorrisos lançam cores. Embora o riso, a intensidade deste momento me rouba lágrimas, é como se elas quisessem às suas águas se juntarem. Sei que ao encontrar-te, não estarei só. Contracenar com tantos outros neste verdadeiro cinema que é você me faz entender o real significado da palavra felicidade. E nessa estrada rumo a ti, meu coração se enche de ansiedade, me lembro da mistura que é você, suas músicas, seus costumes, recordo-me até dos seus tropeços, dos que ainda em ti teimam em tropeçar. Mas é bom, o que faz rir este povo, que também sou eu, é o caminhar, o processo, o sonhar. Enxergar suas maravilhas é dom para todos. É maravilhoso notar que em todos os dias o sol dá a volta no mundo inteiro e em ti chegando brilha mais forte, alegra os raios, pois se enche de felicidade em saber que vale a pena a estrada, uma vez que é fato o adormecer em seus braços. E assim como o sol, quando finalmente encontro os seus braços, presenteio-me com um pouco mais de ti, o mundo gira e você roda meus sonhos, meus olhos. Às vezes me assusto com a maneira como cresce, como abraça o futuro. Mas tenho meu conforto quando me sinto seguro em suas raízes. Personalidade forte, de pouco em pouco vai largando os dedos da Bahia. É quando seguro com mais força a sua mão e as mãos que contigo erguem um pedaço - primeiro pedaço - do bolo chamado Brasil. Enfim, festa. Viver você é a melhor coisa que poderia me ter acontecido, pode não ter um mar de águas salgadas, mas velejar em seu povo é o que faz abrir meus horizontes. Pode às vezes faltar chuva, mas chove, e quando acontece, sente-se o cheiro verde do milagre nos ares e nos corações. Oeste, em ti não me faltam cores e é engraçado admitir que até quando não estou longe, minha alma transborda esse preto e branco da saudade.
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cult música
entrevista
mais pesado e mais maduro Embora tenha sido gravado em 2012, só agora a banda de rock cristã de Luís Eduardo Magalhães, Zhadok, lança em formato CD seu segundo disco, Gétsemani. Nesse período, produziu um vídeo clipe e teve de se reorganizar após a saída do tecladista Fábio Rocha. Gravado e produzido em Uberlândia (MG) o novo trabalho apresenta uma banda mais entrosada e ciente de onde pode chegar. Veja abaixo a entrevista com o guitarrista Juninho Dias. texto ANTON ROOS
O novo disco Gétsemani já estava pronto há algum tempo, mas disponível apenas no formato digital, porque a demora para o lançamento em CD? O álbum foi gravado em 2012 e no mesmo ano recebemos uma proposta de um selo que lança bandas de rock pesado cristãs. Fizemos algumas reuniões mas no final, optamos por seguir independentes. Todo este processo demanda tempo, reuniões, fechamento de contrato, etc. Em virtude disso o disco atrasou um ano e meio. Esse novo trabalho soa mais encorpado que o antecessor Justificado (2009), isso é sinal que a banda evoluiu musicalmente ou a gravação e mixagem de Gétsemani (2012) recebeu cuidado especial? Costumo dizer que o nosso som passa por uma transição constante. Somos o tempo todo influenciados pelo que ouvimos. E a tendência é que para o próximo álbum, as composições soem ainda mais pesadas. Não posso dizer que vai ser sempre assim, somos honestos com nossa arte, se um dia rolar de gravar um acústico, ou músicas mais leves, assim será.
Impressões
fotos: divulgação
por anton roos e-mail antonroos@gmail.com
anton roos Jornalista, gaúcho de Três Passos, nascido no dia de Santo Antônio cerca de três décadas atrás e pós-graduado em Jornalismo Digital
Pra mim vai ser sempre a Deborah outra formação Capa do novo disco. Ao lado a banda com a nova formação: na frente, Juninho Dias (guitarra) e Lucas Alexandre (vocal); atrás, Jessé Macedo (bateria) e JC (baixo)
O que diferencia Géstsemani de Justificado? Muita coisa. Em primeiro lugar, as letras. O contexto do Justificado era outro. As músicas falavam de conversão, de mudança de vida. Já o álbum Getsêmani fala das lutas que vivemos no meio cristão. Aquele lance de “matar um leão” a cada dia. Talvez por isso o disco tenha ficado mais agressivo. Em segundo lugar, está o amadurecimento das composições e dos músicos, o que deixou o trabalho mais técnico. Algumas faixas do disco como “A dor”, “Cada passo” e “Posso ver” demonstram, além de uma técnica apurada de toda banda, que a Zhadok merece alçar voos mais altos musicalmente. Qual a maior dificuldade para se conquistar esse reconhecimento? O principal ainda é o preconceito. Somos uma banda de rock com músicas cristãs. As igrejas torcem o nariz porque não conseguem aceitar este estilo musical, enquanto os headbangers criticam e não conseguem digerir o som pesado com letras que falam de Deus. Claro que isto não é generalizado, a Zhadok alcançou pessoas em diversos lugares. Fazemos música para quem aprecia, não rotulamos nosso público. A influência do rock progressivo é cada vez mais presente na música da banda. Essa é uma tendência futura, como a Zhadok soará musicalmente num futuro próximo? Acredito que a banda soará mais pesada e rápida nos próximos trabalhos. E teremos uma novidade gigante em breve. Este ano de 2014 será decisivo para a banda em muitos sentidos. Vamos trabalhar bastante e já começamos a préproduzir o terceiro álbum.
J
á não fazia sentido recordar o porquê da conversa ter chegado aonde chegou. O que eu mais queria e precisava era assimilar aquela nova informação. Não podia ser verdade, afinal. Uma dublê? Mas como assim? As cenas e tudo o mais pareciam tão reais e não uma sucessão de truques cinematográficos, pensei, coçando a barba e arqueando a sobrancelha direita. Não era possível e minha cabeça insistia em ir de um lado para o outro em sinal de negativo. Senti-me como se tivera sido vítima de uma profunda traição. Engoli o último gole da cerveja morna que restava na garrafa long neck e quase sem perceber, deixei escapar o seguinte: - Pra mim vai ser sempre a Deborah. As gargalhadas foram gerais e também pudera. As pessoas que me acompanhavam, só não apontaram o dedo em minha direção e rolaram de tanto rir no piso frio do apartamento, creio, para não me constranger ainda mais. Por fim, aparentemente apenas eu não tinha percebido, e olha que enchia sempre o peito para dizer que havia assistido aquele maldito filme no cinema. Sim pessoal, eu assisti Bruna Surfistinha no cinema e àquela altura, com ameaça de chuva do lado de fora da janela e após algumas caipirinhas, e cervejas pretas e também brancas e até algumas cuias de mate sentia-me como um tolo. Um tremendo de um bocó, para ser mais direito e objetivo. Isso, claro, não motivado pela excêntrica mistura etílica e tradicionalista, mas pelo fato de nunca ter parado para pensar que o realismo de todas as cenas daquele filme poderiam – como tentava-se se provar – não passar de uma excelente edição. Aos risos, a única mulher presente naquela quase orgia, teve de controlar o riso, antes de se sair com essa: - Tu achas que a Deborah ia mesmo se prestar aquilo tudo? De novo: cocei a barba e arqueei a sobrancelha direita. Estava confuso, ora. Muito confuso. Lembrei a parte em que a Bruna – ou a Deborah, tanto faz – já em decadência, na cena seguinte
à emblemática frase: “Hoje eu não vou dar, vou distribuir” e depois aquela sequência selvagem com um, com dois, com três, com dez, com sabe se lá quantos. Continuava confuso, embora tentado a acreditar que de fato algumas cenas do filme haviam sido feitas com auxílio de alguma dublê ou maquiada com alguns truques cinematográficos. Olhei para os três a minha frente e ainda introspecto depositei a tampa recém-rosqueada de uma nova e estupidamente gelada garrafa long neck sobre a mesa de madeira envernizada e após dois ou três goles, por fim, retruquei, agora em definitivo e querendo dar por encerrado o assunto: - Ah, pra mim vai ser sempre a Deborah e ponto final. O assunto, diferente do que pensava não se esgotou. Preferi, no entanto, apenas degustar a cerveja enquanto ainda estivesse refrigerada. Que continuassem a tergiversar sobre ser ou não a Deborah, pensei. Estava decidido e era isso que me importava. Passadas algumas horas, debruçado em frente ao meu notebook, achei que uma breve pesquisa ajudaria. Em uma das declarações da atriz, logo depois do lançamento do filme, descobri o seguinte: “as cenas mais ousadas talvez sejam as minhas preferidas, porque mostram exatamente a dor, o sofrimento, a humilhação. Acho que isso é necessário, faz parte da história, senão seria uma fábula”. Pela terceira vez: cocei a barba e arqueei a sobrancelha direita. Olhei para a tela do computador portátil e bradei: o que eu sempre quis dizer é de uma vez por todas: pra mim vai ser sempre a Deborah. Ponto. Desliguei o note e fui dormir. Depois de caipirinhas, cervejas pretas, brancas e algumas cuias de chimarrão, era o melhor que tinha a fazer.
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cult agenda
cinema fotos: reprodução
Robocop
O ano da redenção do Cinema Nacional
O
ano de 2013 revelou-se um dos melhores para o cinema brasileiro nas últimas décadas, com 127 longas-metragens lançados em circuito comercial, 27,8 milhões de espectadores e uma geração de renda da ordem de R$ 296 milhões. Os dados são da Superintendência de Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Cinema (Ancine). O documento foi elaborado a partir de números fornecidos pelas empresas distribuidoras registradas no órgão, abrangendo as 52 semanas do ano passado. De acordo com o levantamento, a participação de público dos filmes nacionais, em 2013, foi 18,6%, em relação ao total de espectadores. Dez
produções nacionais ultrapassaram a marca de 1 milhão de ingressos vendidos e 24 tiveram mais de 100 mil espectadores, contra 17 em 2012. Ao todo, somando os títulos nacionais e estrangeiros, o mercado exibidor brasileiro consolidou em 2013 o crescimento contínuo que vem observando nos últimos cinco anos. Foram 149,5 milhões de ingressos vendidos e renda de mais de R$ 1,7 bilhão. O informe da Ancine mostra ainda que as distribuidoras brasileiras foram responsáveis por 85,8% do público dos filmes nacionais exibidos no período. Uma delas, o consórcio Paris/Downtown, fez a comercialização de nove das 20 maiores bilheterias nacionais de 2013.
José Padilha: RoboCop
No ano de 2028, drones não tripulados e robôs serão usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles e a empresa OmniCorp, criadora das máquinas, quer reverter esse cenário. Uma das razões para a proibição seria uma lei apoiada pela maioria dos americanos. Querendo conquistar a população, o dono da companhia Raymond Sellars (Michael Keaton) decide criar um robô que tenha consciência humana e a oportunidade aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, deixando-o entre a vida e a morte. Dirigido pelo brasileiro José Padilha, esta releitura de RoboCop cumpre com seu principal papel: entreter. Embora continue na sombra do original, o filme é uma ótima pedida, seja para os fãs do policial robô, seja para iniciantes.
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Literatura
Jordan Belfort: O Lobo de Wall Street Nos anos 1990, Jordan Belfort tornou-se um dos nomes mais conhecidos do mercado financeiro norte-americano. Ele era um brilhante negociador de ações cuja ousadia e truculência lhe garantiram a alcunha, alimentada por ele mesmo, de Lobo de Wall Street. Com talento para fazer milhares de dólares em apenas alguns minutos, nem sempre pelos caminhos éticos ou legais, Jordan Belfort comandava uma gangue de corretores desvairados. Nesta autobiografia impressionante e divertida, o Lobo de Wall Street narra sem meias palavras sua história de ambição, poder e excessos. Uma vida marcada pelo relacionamento tumultuado com a esposa e por aventuras ao redor do mundo com aviões, iates, drogas e mulheres.
Marco Antonio Villa: Ditadura à Brasileira Esta obra procura desmistificar a ditadura brasileira, tanto em sua duração como em seus efeitos. Narra aqui a história desse período buscando não omitir quanto aos excessos que levaram à perseguição, tortura e morte no período entre o final de 1968 e 1979, e, para ele, porém, ‘o regime militar brasileiro não foi uma ditadura de 21 anos. Não é possível chamar de ditadura o período 1964-1968 (até o AI-5), com toda a movimentação político-cultural. Muito menos os anos 1979-1985, com a aprovação da Lei de Anistia e as eleições para os governos estaduais em 1982’.
Celio Albuquerque: 1973 – O ano que reinventou a MPB Em 1973, algo enigmático faz com que a música brasileira produza uma quantidade incomum de discos que teimariam em resistir ao tempo, não só por sua alta dose de inovação, mas também pela quantidade generosa de estreantes que os assinam. Sem nenhuma pretensão de destronar seu maior rival, 1968 (‘o ano que não terminou’), este livro aponta para a eternidade particular de 1973, ao reunir olhares individuais de cinquenta escritores para 50 álbuns no ano em que 1973 completa 40 anos. Jornalistas, artistas e outros notáveis enriquecem a leitura com seus pontos de vista e percepções particulares, acrescendo dinamismo e refinando ainda mais seu conteúdo.
se liga! No dia 16 de março, os roqueiros do Avenged Sevenfold, atração do último Rock in Rio, dão sequência a sua mais recente turnê com um show em Brasília, no Ginásio Nilson Nelson.
de março. O show também acontece no Ginásio Nilson Nelson.
No dia 05 de abril a ACELEM premia os melhores do ano em Luís Eduardo Magalhães com show da dupla Guilherme e Santiago. O show Os veteranos do Guns n´Roses desembarcam em Brasília no dia 25 acontece no Quatro Estações Hall.
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bares, restaurantes e lanchonetes
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Barreiras
1
Cais & porto
2
Bar e restaurante às margens do Rio Grande, no Centro. Especialidade: rodízio de massas Funcionamento: de terça a domingo, a partir das 17h
3
comida de boteco
1 BR -0 20
Bar e restaurante. Especialidade: gastronomia regional. Funcionamento: todos os dias, a patir das 10h. Domingo e segunda até as 14h.
Principais bairros desta área: Barreirinhas e Morada Nobre
/2 42
5/ -13 BR
Balalaika
/ 020
242
Rua Nunes, 140, São Pedro
3612.1330
Confraria da Cerveja
Rua Fco. Macedo, s/n - M. Nobre
Rua Oonono
nonon
3611.3448
confraria da cerveja
Bar e Restaurante. Especialidade: rodízios durante a semana. Funcionamento: de segunda a sábado, a partir das 19h.
Tapiocaria Delícias da Bahia Rua São Bernado, 83 - Barreirinhas
3611.8256
Casa de Maria
Pq. Exp. Eng. G. Rocha - Barreirinhas
Galinha do Afonso
9993.2428
Rua Maurício Pereira, 211, M. Nobre
3611.3502
Ponte Ciro Pedrosa
Comida de Boteco
Rua Paraíba, 117 - Barreirinhas
9142.0585
Trapiche
Rua Amazonas, s/n, Barreirinhas
9990.8525
Ponte Aylon Macedo
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doçura
Lanchonete. Especialidade: doces, salgados, tortas e buffets coorporativos e sociais. Funcionamento: de terça a sábado, a patir das 10h. Segunda, a partir das 14h.
dom’q chopp
lilia doces e salgados
Bar e restaurante. Especialidade: buffet variado durante a semana. Funcionamento: de terça a domingo a patir das 12h.
2
Restaurante, buffet e pizzaria. Especialidade: Pizzas. Funcionamento: de terça aos domingo a partir das 18h. Segundas-feiras até as 18h.
Bode e Cia
Rua J. Nogueira, 148 - Bela Vista
3612.0063
Dom’q Chopp
Rua Profa G. Porto, 471- Centro
Boliche Strike & Cia
3612.0815
Rua Camaçari, 88 - Centro
Lilia Doces e Salgados
3613.1312
Av. Cleriston Andrade, 619B - Centro
3611.4472
Bode Assado
Rua Ant. Coité Filho, 380 - O. Branco
3611.7304
Cais & Porto
Av. Presidente Vargas, 483 - Centro
3612.4812
J ua
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Bar do Vieirinha
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Centro Histórico
0000.0000
Delícia Gourmet
Los Pampas
Av. ACM, 924, Centro
Av. ACM, 131, Serra do Mimo
3612.7249
Supremo
3613.0872
Rua Profa G. Porto, 65 - Centro
3611.4442
Ru
Giraffas
rin aP sa be l
Barb osa
3611.1790
Isa
Ruy
Av. Benedita Silveira, 20, Centro
3612.0500
ce
Rua
Bobs
Av. ACM, 596, Centro
Subway
Rua M. Hermes, 158 - Primavera
3612.0580
Hotel Morubixaba
Av. ACM, 2024, Novo Horizonte
3612.7006
Doçura
Av. Benedita Silveira, 50, Centro
3611.3820
Porta do Sol
Rua Café Filho, 61, Primavera
BR -13 5
3611.7332
3 subway
Franquia norte-americana de restaurante. Especialidade: sanduíches. Funcionamento: todos os dias das 11h às 23h
trapiche
Espaço cultural, bar e restaurante. Especialidade: feijoada e galinha caipira aos sábados. Funcionamento: de quartas às sextas-feiras, a patir das 18h. Sábado, a partir das 18h.
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bares, restaurantes e lanchonetes Luís eduardo magalhães
dom mariano
Restaurante e petiscaria. Especialidade: gastronomia brasileira. Funcionamento: de segunda a sábado das 11h45 às 14h e das 18h às 0h.
hashi
Restaurante. Especialidade: culinária oriental. Funcionamento: de segunda a sábado, das 11h30 às 14h e das 19h às 23h30.
yakinori
Restaurante. Especialidade: gastronomia asiática. Funcionamento: de terça a domingo, a partir das 19h.
Hashi Culinária Oriental
Yakinori
Rua Clériston Andrade, 622 - Centro
Rua Rui Barbosa, 766 - Centro
3639.8183
3628.4604
Doce Café ônia
Avenida JK
Subway
Rua Pernambuco, 371- Centro
urata
3628.0144
3628.4714
Panorama Bar e Rest.
R. Flamboyant, 111 - Jd. Primavera
3628.3126
/ 242 BR-020
Rua Se
rgipe
3639.0522
M Av. Kichiro
R. José C. de Lima - Q6/L1/6 - Jd. Primavera
Rua Rond
Boi na Brasa
osso Rua Mato Gr
R. Rua Barbosa, 1661, Q89L1/2 - Centro
Restaurante Saint Louis Rua JK, 976, Q5L3/4 - Jd. Paraíso
3628.7700
Sabor e Arte
Sabor Caipira
R. José C. de Lima, 1270 - Jd. Primavera
R. José C. de Lima, 565 - Centro
3628.7432
3628.6130
Espetinho do Gaúcho Rua Pará, 95 - Q3/L11 - Centro
3628.3837
Dom Mariano
Rua Clériston Andrade, 1092 - Centro
3639-8132
Tizziana Oliveira
CONECTADO e-mail: tizzib@gmail.com facebook: tizzianaoliveira twitter: @tizzioliveira
Gelo, Limão e Açúcar
osvaldo filho
Virgínia Fontana completa 15 anos
A comemoração dos 15 anos da simpática capricorniana, Virgínia Fontana, no CTG Sinuelo dos Gerais, dia 18 de janeiro, reuniu amigos, familiares e muita emoção, principalmente dos pais Cabo Carlos e Tânia Fontana. “A minha maior paixão é a minha família e também sou apaixonada pelo CTG! Sou fascinada pela cultura gaúcha, mesmo sendo baiana”, diz ela.
JUNIOR FERRARI
O lado sexy do verão com a Garota Uau O lado sexy do verão, o colorido dos biquínis e o estilo gata selvagem foram as inspirações do primeiro ensaio de Rhuana Tondatto. A estudante de psicologia Rhuana Tondatto, 20 anos, 1,64m e 53kg foi pra lá de sensual! “Não abro mão de comer bem, mas para manter o corpo em forma faço musculação diariamente e, 76
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sempre que possível, corro também. Gosto de cuidar do meu corpo e da minha saúde”, admite. Rhuana não se acha sexy, mas diz que sabe ser sensual quando precisa. A loja Tempero do corpo foi responsável pelo biquíni da garota!
Me caiu os butiá do bolso... A escolha do seu perfume pode revelar muito sobre você!
Reprodução
O aroma de perfumes nos transporta a lugares como se o tempo não existisse. Involuntariamente quando cheiramos, nosso cérebro classifica o aroma como bom ou ruim, rapidamente. A variedade de fragrâncias distribuídas em milhares de frascos nos leva a um universo de opções. Esse é o poder do perfume: nos dá uma fragrância especial, que nos torna inesquecíveis. Cheiros cítricos foram relacionados ao ar livre e esportistas. Para a mulher na balada que quer conquistar, a perfumaria vende o conceito adocicado, cheiro de chocolate e açúcar queimado, com notas quentes e sensuais para a noite. O romance lembra flor, então o bouquet floral, notas de gardênia, rosa e jasmim, vão remeter a pessoas românticas. Por isso, para escolher um perfume considere duas coisas: a fragrância e se ele combina com a sua personalidade.
Cuidado com as madeixas no verão!
Claudia Morsil inaugurou no final de dezembro o “Claudia Studio Hair” para deixar a autoestima de todas lá em cima. Para amenizar os danos provocados pelo sol, elas correm para os salões de beleza, investindo em tratamentos com mais frequência. O salão está localizado na Rua Candido Portinari nº 256 e proporciona cortes, hidratação, massagem, depilação, maquiagem.
(77) 3628-6700 (77) 9979-9899
Neiva Sehn Fotografia
Fascinada por maquiagem!
Luana Santos de França posou em ensaio para as lentes da fotógrafa kika. Luana, 15 anos, nascida em Barreiras, sempre morou em Luís Eduardo, estuda na escola Monteiro Lobato no 2°ano, e seu hobby é fazer makes e sair com amigas! ”Tenho um grande sonho, fazer Medicina na área de dermatologia”, conta.
Companheirismo é o ponto forte de Camila Camila Piani, 18 anos, de Umuarama (PR), é destaque desta edição. O companheirismo é o ponto forte de Camila. “Tenho uma boa relação com meu corpo, mas acredito que a gente sempre pode melhorar, então sigo uma rotina de treinos e boa alimentação, mas sem muita neura”, disse ela. O que um rapaz precisa ter para conquistar seu coração é bons princípios, ser amigo e verdadeiro acima de tudo. Camila fez ensaio para Revista Orange usando as looks de banho “By Andreza”!
(77)9847-1313 (61)8143-1160
social
BalMasqué Festa temática que tradicionalmente antecede o carnaval, aconteceu no dia 14/02 no Le Reve.
Posse da CDL Cerimônia de posse da nova diretoria da CDL de Barreiras que aconteceu no dia 31/01.
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Adoro Feijoada Festa organizada pela Adoro produtora que aconteceu no dia 15/02 no Espaรงo Fortiori.
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