ANO 5 - Nº 30 AGO-SET/15
OUZA
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O
melhor da Bahia MEL PRODUZIDO NO TERRITÓRIO DO VELHO CHICO LIDERA RANKING DE QUALIDADE ESTADUAL E É EXPORTADO PARA VÁRIOS PAÍSES DA EUROPA E ESTADOS UNIDOS
editorial
Lição da caatinga
Ouza Editora Ltda. Rua Profª. Guiomar Porto, 209 - Sala 105 Tel.: (77) 3613.2118 - Centro - Barreiras (BA)
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A
s cidades sempre causaram uma espécie de fascínio nos jovens da zona rural. A arquitetura, o espaço urbano, os centros dos serviços públicos e de empreendimentos variados; o espaço da efervescência cultural, lazer, emprego, educação, saúde, oportunidades. Tudo isso e muito mais fazia das cidades o lugar mais cobiçado para o jovem viver - lá que era lugar de gente pra frente, gente moderna!
O êxodo rural no Brasil se desenvolveu a partir dos anos 1950 e acentuou-se nas três décadas seguintes. Hoje, o fluxo ainda existe, mas, mais equilibrado e em diferentes direções, adequado a uma realidade de mundo em acelerada transformação. Isso, de certo modo, envelheceu gradativamente a zona rural, espaço de pouca graça e sem perspectiva se comparado ao urbano. Em regiões com as estações melhor distribuídas ou com irrigação, com terra fértil e própria para a agricultura, a zona rural ainda ocupa um lugar de privilégio na sociedade por representar aquele que coloca o alimento na mesa do cidadão. Mas, como viver na caatinga, espaço nordestino com aspecto de deserto que de verde, na maior parte do ano, só tem um pé de umbuzeiro aqui, um cacto acolá?
ANO 5 - Nº 30 - AGO-SET/2015 DIRETORA DE REDAÇÃO E COMERCIAL
Anne Stella
9123.3307 e 9945.0994 annestellax@hotmail.com
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CONSULTORIA EDITORIAL
Cícero Félix (DRT-PB 2725/99) sousa.cfelix@gmail.com REDAÇÃO Ivana Dias SECRETÁRIA DE REDAÇÃO
Carol Freitas
8826.5620 e 9174.0745 freitas.caarol@gmail.com
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COLABORAÇÃO
Rui Rezende
EDIÇÃO DE ARTE
Leilson Soares
CONSULTORIA DE MODA
Karine Magalhães REVISÃO
Aderlan Messias IMPRESSÃO
Gráfica Gatos TIRAGEM
3 mil exemplares ASSINATURAS/CONTATOS COMERCIAIS Barreiras
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A r.A obedece a Nova Ortografia da Língua Portuguesa e não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas colunas assinadas.
Talvez não exista uma reposta definitiva para essa pergunta, mas Gilmário, Joselito e tantos outros jovens do Território do Velho Chico sabem que é possível, sim, viver nesses espaços. E com muita dignidade, sem complexo algum de inferioridade por e gostar de viver na zona rural. É sobre esse assunto que trata a reportagem de capa desta edição. Com pequenas ações é possível provocar grandes transformações. Essa é a filosofia da Coopamesf, cooperativa que, com o apoio mínimo e barato de políticas públicas, mudou a concepção de se viver no sertão, tem evitado o êxodo para as cidades e melhorou autoestima do sertanejo. Enquanto a macroeconomia, os grandes centros, as cidades e as grandes indústrias são prioridades nos discursos políticos, como se um país só dependesse disso, apicultores espalhados pelo território vestidos como astronautas dão lição de como lidar com adversidades e com economia sustentável. Lição com sabor de mel que ratifica exatamente o que Joselito pensa: “O homem tem que ser mais abelha”. Boa leitura! Cícero Félix, consultor editorial
índice COLUNAS 25 | Desenrola, por Aderlan Messias 26 | Exclamação, por Karine Magalhães 33 | Opinião, por Ricardo Menna Barreto 51 | Impressões, por Anton Roos 55 | Saia Lápis, por Anne Stella
16 | MISCELLANEA Arte: II Senadinho Cultural Música: Rock na praça O Personagem: Em outros voos Em Barreiras: “Nu escuro” lota sala do Sesc Manifestação: Romaria do cerrado reúne milhares Novo espaço: LEM inaugura Centro Cultural Pelo Oeste: Cinema e meio ambiente 29 | ECONOMIA & MERCADO Hotel Fazenda: Juntos pelo mesno empreendimento Em Barreiras: Sede da Fieb pronta para inaugurar Reinauguração: 16 anos de dedicação
FOTO E CAPA : C.FÉLIX
40 | CAPA Made in caatinga 49 | UM LUGAR Rui Rezende: Matopiba
35 | AGROMAGAZINE Alerta: Número de queimadas aumenta no Oeste 46 | FISCALIZAÇÃO Instalado em Barreiras o Observatório Social
50 | CULT Literatura: O cordel ainda vive Agenda: Hermanos em Salvador 56 | SOCIAL
38 | ENTREVISTA: WALTER SIQUEIRA Programa vai entregar 10 mil moradias em todo o Oeste
leitor
Canais Revista A contato@revistaa.net
Capa - Areeiros do Corrente Que legal esse resgate da nossa cultura! Sempre fomos tão ligados aos rios, que acabamos naturalizando nossas relações. Triste ver que é um “ofício em extinção”, mas fico muito feliz em saber que ainda existem pessoas que resistem a esse mundo louco da industrialização. Precisamos valorizar o que temos. Parabéns r.A! Vocês sempre conseguem nos surpreender. A cada edição uma matéria melhor. Já estou ansiosa pela próxima! Luíza Mariane
Economia e Mercado – Entre imagens e palavras Artigo muito bacana! Vemos cada coisa na publicidade em Barreiras que é alarmante mesmo (coisas de Barreiras, risos). Estamos a cada dia, cada vez mais, perdendo a nossa privacidade e, estamos procurando por isso também. Interessante a reflexão. Parabéns pelo texto! Monique Gonçalves
Coluna Desenrola - Cafundó de Judas Tive o privilégio de ler a coluna do professor Aderlan Messias que aborda o tema - influência da língua africana no Brasil. Nela pude reconhecer algumas riquezas que os africanos deram à cultura brasileira. A coluna, além de relatar como a língua chegou ao país, traz também algumas palavras de origem africanas que são usadas por nós brasileiros atualmente – confesso que não sabia que algumas tinham essa origem. Além disso, o professor retrata a história de uma comunidade rural, chamada Cafundó, dando ênfase de que a língua nativa era o português caipira, mas ainda assim, falava a língua africana utilizada como se fosse um código. Dessa forma, as informações apresentadas nesta coluna me agradaram e sugiro que o professor faça outra sobre a influência da língua indígena na formação do Português Brasileiro. Maria Paula Ramos
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memória Espaço de lazer barreirense Construído no início da década de 1970, durante a gestão do prefeito Aníbal Barbosa Filho (que deu a autorização para o uso do terreno público), o bar La Barca fez parte da história de muitos moradores da cidade que frequentaram o espaço de lazer. No primeiro governo de dr. Saulo Pedrosa, um trator da prefeitura que trabalhava na beira do rio, abaixo da área construída, fez o cais desmoronar, levando junto o bar La Barca. Atualmente, o espaço é ocupado somente pelo cais que percorre a beira do rio no centro histórico da cidade.
FAAHF realiza 7ª edição do ENICOB
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA CHEGA A BARREIRAS
A Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (FAAHF) promoveu de 17 a 21 de agosto a II Edição da Semana Acadêmica e a VII Edição do Encontro de Iniciação Científica do Oeste da Bahia (ENICOB) com o objetivo de estimular a transformação de ideias científicas em realidades, visando o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Entre 03 e 09 de agosto as mulheres de Barreiras de 50 a 59 anos participaram da campanha de mobilização para rastrear o câncer de mama realizada pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. A ação realizada na praça Castro Alves contou com uma equipe de técnicos orientando as mulheres e ensinando o autoexame, além da realização de mamografias gratuitas.
ACERVO DE NAPOLEÃO MACEDO
REPRODUÇÃO
Cinco novos municípios do interior do Estado (Amargosa, Barreiras, Brumado, Irecê e Eunápolis) terão assistência jurídica gratuita oferecida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA). Atualmente a DPE/BA está presente em 23 das 236 comarcas instituídas pelo Tribunal de Justiça, com a designação dos defensores públicos para os cinco municípios, a instituição passa a ocupar 28 comarcas do Estado.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
BARREIRAS TERÁ DEFENSORIA PÚBLICA GRATUITA
abordo
Casa na zona rural às margens da BR-135, entre São Desidério e Correntina
a televisão matou a janela Lembro-me como se fosse hoje. A televisão foi apresentada solenemente e recebida com muita festa - e desconfiança, confesso. O mundo que passava na janela da dona dos seios fartos despejados sobre os braços cruzados foi perdendo a graça. Depois da televisão que graça havia de ter viajantes, poeiras, histórias ali emolduradas? A pobre janela foi trancada, selada, silenciada, ridicularizada. Lembro-me como se fosse hoje a manchete no jornal local: “Televisão comete chacina!”. Depois disso ninguém mais ouviu falar da dona dos seios fartos. Essa é minha única lembraça da janela. texto/foto C.FÉLIX
miscellanea
eventos, design, tendência, moda...
FOTOS:C.FÉLIX
Comumente abrimos a seção Miscellanea com destaque para um evento já ocorrido. Nesta edição, decidimos fazer diferente e provocar o leitor para a triste relação entre o homem e natureza que se manifesta com muita frequência. Essas duas barrigudas que foram queimadas ficavam em um terreno à direita da rua lateral da Havan que dá acesso ao Jardim Vitória. A barriguda maior, que se desmanchou inteira com o fogo, inspirou a criação da logomarca do Senadinho Cultural. Muito comum no cerrado e na caatinga franciscana, esta árvore da família das gigantes baobás perde todas as folhas durante a seca e fica com aspecto de morta. No entanto, bastam as primeiras chuvas para ela tornar a florir. Essa capacidade de renovação e resistência das barrigudas fez com que ela fosse escolhida para ser o símbolo do Senadinho Cultural (veja matéria na página 18). Agora, depois desse estúpido acontecimento, ela será mais do que o símbolo desse evento, mas uma espécie de mártir da luta por uma região com pessoas melhores.
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Estupidez! As discretas barrigudas fotografadas há alguns meses foram reduzidas a carvão. A estupidez humana não resistiu e ateou fogo ao seu encanto, seus galhos com flores de arranjo simples de mesa da roça, sua barriga em gestação eterna. Sem gritos ou gemidos, sob os estalos de suas entranhas ocas e os açoites dos ventos, arderam lentamente com a peleja cruel da coivara a fazer escada para o fogo subir e limpar a paisagem de insolentes presenças. Agora, o que ficou está na memória dessa foto colorida, substituída pela estupidez de uma realidade perversa, sem cor e alegria. Aos vencedores, as cinzas! (por C.Félix)
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miscellanea FOTOS: LUCAS MOREIRA E ASCOM UFOB
II SENADINHO
CULTURAL
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úsica, poesia, cinema, artesanato, gastronomia e muita cultura compuseram a segunda edição do Senadinho Cultural, em setembro. Este ano, aconteceu na praça Amphilóphio Lopes, no centro histórico de Barreiras, e com várias novidades: a Universidade Federal do Oeste da Bahia ofereceu serviços de saúde aos que foram a manifestação cultural e a sala “Cinemaqui”, criada pela Opa! Produtora de Conteúdo e Revista A, foi outra novidade. O público aprovou e a rotatividade de plateia para ver a pré-estreia do filme “Areeiros do corrente” (criado a partir da reportagem de capa da edição anterior da revista) e o documentário “Alguma coisa na vida” (produção coletiva de LEM), entre outros filmes, foi um sucesso. Realizado pelo Senadinho Barreiras, com apoio da iniciativa privada e de órgãos públicos, o Senadinho Cultural deste ano teve ainda a participação de músicos, artistas, poetas, artesãos. Integrantes do movimento #Ocupe a praça também participou com a “Feira do troca”. Durante a programação, o grupo entregou, simbolicamente, quimonos adquiridos antes do evento para projeto social em um bairro da cidade. Com recursos da obtidos na primeira edição, foi possível perfurar um poço artesiano no Lar de Emmanuel, comprar instrumentos musicais para a fundação de uma escola de percussão para crianças e jovens no Barreiras I e um bebedouro de inox para escola do projeto Catavento. Neste ano, com o que arrecadou, o grupo vai fazer um campo de futebol de terra em uma escola municipal, pintar as traves e colocar as redes. Não parece muito, mas simboliza o espírito do grupo, defendem os senadistas.
ATRAÇÕES Se apresentaram no palco do II Senadinho Cultural os poetas Motinha, Chicão, Ananias Serra Negra (Ibotirama) e Ataliba; a Trupe Gambiarra Dellart, professor Heleizon Rocha, com dança solo, Adriana Casanova (Ibotirama), Ripa, Aberrações e Ramon Arievilo.”Todos os expositores, artistas, pessoal técnico, assistência de palco, som, luz; todos que participaram direta ou indiretamente desse evento estão de parabéns”, agradece o grupo
PATROCINADORES Armazém Serviços de Locação, Barreiras Cartuchos, Barreiras Informática, Blog ZDA, Casa do Marceneiro, CDI, Clínica Previne, Cordeiro Comunicação, Doçura, Elementais, Insight Instituto de Pesquisa, Instituto de Urologia de Barreiras, Jr. Rental, M8 Construtora, Madeireira Santa Luzia, Marconi Material de Construção, O Boticário, Parceria Imóveis, e Posto 70 APOIO Prefeitura Municipal de Barreiras, Universidade Federal do Oeste da Bahia, Polícia Militar e Guarda Municipal
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FOTOS: C.FÉLIX
MÚSICA
ROCK NA PRAÇA
O mês do rock foi celebrado em Barreiras com várias atividades culturais gratuitas, na praça Castro Alves. A terceira edição do “Ocupe a praça”e o “Encontro com o Rock”, produzidos em parceria entre Secretaria de Cultura de Barreiras, o músico e ativista cultural Ruy Guedes, a produtora Diva Bonfim e os organizadores do “Ocupe a Praça”, deram um clima todo especial à praça. O encontro multicultural contou com a palestra “O rock contra a cultura”, ministrada por Ricardo Menna Barreto e Cláudia Wagner, exposição fotográficas, feira de troca de livros, apresentações de DJ’s, etc. Subiram ao palco as bandas Power Trio, Os chacais, Audiirado, RIPA e Hollywood. O escritor jornalista, Anton Roos e integrantes do EX! Grupo Artístico e Editora de LEM lançaram o livro “Fragmentos”, assinado por vários autores.
FESTIVAL
IBOTIRAMA FAZ 57 ANOS COM MÚSICA E POESIA
INTÉRPRETES Os atores Ramon Souza e Clecia Rilem interpretam “Metalinguagem dos Ventos”, do barreirense Clebert Luiz, que ficou em 2º lugar
Para celebrar os 57 anos de emancipação política, a cidade de Ibotirama realizou o XXXVIII Festival de Música Popular (Fempi), que acontece há mais de três décadas ininterruptas e a XXVIII Festival de Poesia de Ibotirama (Fepi). Jorge Vercilo encerrou o festival no palco que já recebeu artistas como Dominguinhos, Guilherme Arantes, Chico César, Xangai, Zeca Bahia e Geraldo Azevedo. Este, o festival teve como vencedores na música Cristina Diniz e Pedro Hoisel (melhores intérpretes, com a música “A voz do vento”de Pedro Hoisel) e Carlos Gomes (melhor letra, com a canção “Nossas mulheres”); na poesia, Cleide Vieira (intérprete da Poesia “Brasília, Capital Concreta”, de Ruth Guimarães) ficou em primeiro lugar.
Rua Francisco Macedo, 1035 - Morada Nobre (Barreiras) - Tel.: 3611.3448
miscellanea O personagem
EM OUTROS VOOS Hamilton Pamplona viveu a enfervescência do aeroporto de Barreiras a partir da década de 1950, ingressou nas ondas do radioamadorismo e descobriu “como é bom poder tocar um instrumento”texto/fotos IVANA DIAS
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ádio telegrafista controlador de voo da Aeronáutica Brasileira, essa é a profissão que Hamilton Pamplona orgulha-se em ter exercido durante 16 anos no aeroporto de Barreiras. Devido à necessidade de profissionais desse segmento na cidade, em 1952, Pamplona, aos 21 anos, foi estudar na Escola Edson no Rio de Janeiro. “Aqui no aeroporto o comandante pedia para ter radiotelegrafista e me indicou para estudar no Rio”, conta. Durante dois anos aperfeiçoou-se para praticar a telegrafia com o Código Morse. Ao retornar a Barreiras compartilhou a função com os barreirenses Areas e Milton Félix e controladores de voo de outras regiões. “Tudo dentro do padrão” é o que tem a declarar sobre a antiga rotina de trabalho no aeroporto. Nessa época o grande movimento era de aviões que faziam escala para reabastecer. “Os aviões saíam de Belém para o Rio de Janeiro e faziam escala aqui para reabastecer”. A rotina de seis horas diárias de trabalho por quase duas décadas proporcionou realização profis-
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sional para seu Hamilton. São várias fotos, condecorações, medalhas e diplomas, inclusive o de terceiro lugar na Bahia, em Comunicação, do Ministério da Aeronáutica e do Departamento de Telecomunicações. Todos recebidos e guardados em um cantinho especial da casa, o quarto de recordações. Após aposentar-se, não distanciou-se da comunicação. O prazer pela atividade o motivou a montar o seu próprio rádio e atuar como radioamador. “Comprei o rádio para montar e usar aqui em casa, o departamento de comunicação autoriza que eu compre o rádio. Converso com antigos colegas sobre coisas da gente, da vida, novidades da cidade, coisas que temos conhecimento. É de grande valor sentimental”, disse. Pamplona é filho único da professora Iazinha Pamplona (in memoriam) e tem três filhos que moram em salvador. Além de radioamador é músico, herança de sua mãe, como ele diz. “Desde menino eu toco bateria e percussão. Às vezes também canto. Quando morei no Rio toquei com Altamiro Carrilho – músico, cantor e flautista. Aqui em Barreiras participei de vários eventos”, lembra. Sente falta de mais opção cultural, mas sempre que pode coloca sua sensibilidade musical em prática nas suas andanças pelo Vieirinha e Clube do Choro de Barreiras.
miscellanea FOTOS: C.FÉLIX
EM BARREIRAS
“NU ESCURO” LOTA SALA DO SESC Mais dois espetáculos teatrais do projeto Palco Giratório passaram pelo palco do Sesc em Barreiras, “O cabra que matou as cabras” e “Plural”, da Companhia de Teatro Nu Escuro (GO). O primeiro levou os expectadores a gargalhadas enquanto refletia sobre o real significado de honestidade e como a aplicamos em pequenas situações do
MANIFESTAÇÃO
ROMARIA DO CERRADO REÚNE MILHARES EM CORRENTINA Comunidades geraiseiras, quilombolas, estudantes, professores, agentes pastorais, sindicalistas, gestores públicos, vereadores e militantes socioambientais marcaram presença na Semana do Cerrado, realizada em setembro na cidade de Correntina. Fizeram parte da programação o IV Seminário do Cerrado e a II Romaria do Cerrado, que reuniu 2 mil pessoas de 24 municípios e percorreu as ruas de Correntina alertando a população para a necessidade da consciência com o meio ambiente local. Durante a caminhada, paradas foram realizadas em pontos da cidade com o intuito de alertar sobre a importância da agricultura familiar e refletir sobre o rio Corrente, que está com a vazão visivelmente comprometida. No fim da romaria, foi lida a Carta de Correntina – documento gerado no evento, que trata de denúncia e compromissos em defesa do ecossistema. No próximo ano Canápolis sediará o encontro. (por Robson Vieira)
nosso dia-a-dia. Já o espetáculo “Plural” trouxe ao público a magia do teatro de bonecos e a união do universo urbano e rural através das memórias da personagem principal. Os interessados também puderam participar da oficina “Construção de Bonecas baseada na estética Abayomi”, promovida pelo grupo. O projeto Palco Giratório, que em 2015 completa 18 anos, consiste em difundir estrategicamente as artes cênicas e levar espetáculos teatrais à maior parte das cidades a fim de diminuir as diferenças culturais e socioeconômicas do país no qual uma grande parte dos cidadãos ainda possui acesso muito restrito a equipamentos culturais e obras artísticas. ROBSON VIEIRA
FOTOS: ASCOM LEM
NOVO ESPAÇO
PELO OESTE
LEM INAUGURA CENTRO CULTURAL
CINEMA E MEIO AMBIENTE
Foi inaugurado recentemente em Luís Eduardo Magalhães um novo espaço para manifestações artísticas na cidade. O Centro Cultural oferece salas para música, teatro, capoeira, dança, artesanato, biblioteca e memorial; além de uma sala multimídia voltada para a realização de workshops e exibição de vídeos e um auditório com palco. A inauguração contou com várias apresentações, além de exposições de literatura e artes plásticas.
Taguá (distrito de Cotegipe), Cotegipe, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães sediaram o projeto que levou cinema e conscientização para as comunidades. Realizada pela Granflor Agroflorestal e prefeituras, a Semana de Cinema Itinerante apresentou filmes clássicos e documentários em uma grande tela inflável. Promoveu ainda palestras para sobre os perigos das queimadas nessa época do ano e sobre suas consequências.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
UFOB E UNEB DISCUTEM PESQUISA As duas universidades públicas de Barreiras, realizaram em setembro encontro sobre pesquisa no âmbito acadêmico. “O plano nacional de educação e o papel da universidade: conhecimento e ação transformam o mundo” foi o tema da segunda edição da Semana Científica da Uneb. A Ufob reuniu professores e estudantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) em seu I Seminário de Iniciação Científica no campus Reitor Edgard Santos. Palestraram no evento os professores Jader dos Santos Cruz (UFMG) e Ronaldo Lopes (UFBA). Um recital poético/musical encerrou o encontro.
ACERVO PARTICULAR
EM BRASÍLIA
MOTOCICLISTAS DO MUNDO TODO VÃO AO MOTOCAPITAL Entre os dias 22 e 26 de julho, a capital federal sediou o XII Brasília Motocapital 2015, maior encontro de motociclistas da América Latina e o terceiro maior do mundo. Durante os cinco dias passaram cerca de 500 mil pessoas pelo Parque de Exposições da Granja do Torto. Vários barreirenses prestigiaram o encontro, a exemplo de Marcolino Rabelo (foto), que participa desde a primeira edição. “Isso aqui é o paraíso do motociclista”, declarou.
Desenrola por ADERLAN MESSIAS
CONECTADO facebook: decodetroia@hotmail.com e-mail: decodetroia@hotmail.com ADERLAN MESSIAS Professor da Universidade do Estado da Bahia e Faculdade São Francisco de Barreiras. Licenciado em Letras Vernáculas e bacharel em Direito
TUPI-GUARANI: a língua alienígena Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. (CAMINHA, 1500)
É
na carta de Pero Vaz de Caminha, de 1500, que temos a nossa certidão de batismo. É por meio dela que aprendemos na escola o achamento do Brasil e os povos habitantes desta terra: os índios. Mas há algo que incomoda um leitor crítico neste documento: a relação harmônica entre os brancos e os selvagens. O excerto acima é apenas um fragmento de tantos outros que aponta esse pseudorromantismo. É mais fácil acreditar que Caminha escreveu aquilo que o rei de Portugal gostaria de ler, a relatar o que verdadeiramente aconteceu. Independentemente dessa relação, os povos indígenas já habitavam o Brasil e possuíam sua própria língua: o tupi-guarani e suas variantes. Assim, fica evidente que os primeiros contatos em solo pátrio do português quinhentista foram com esse falar alienígena. Tal língua fora intitulada assim por ser idioma estrangeiro que influenciou o falar europeu. Ao que nos parece, os silvícolas estão longe de serem os estrangeiros. Quando as caravelas cabralinas ancoraram em solo brasileiro, os índios não sabiam (por sua ingenuidade) que seriam alvo de grandes conflitos que dizimariam boa parte de suas tribos, e, consequentemente, sua cultura, sua língua. Vários foram os fatos históricos que culminaram nesse processo, a exemplo das capitanias hereditárias, o governo geral e a contratação de bandeirantes na caça aos índios, o Diretório do marquês de Pombal e a proibição do uso da língua geral, a relusitanização com a vinda da família Real ao Rio de Janeiro, dentre outros. Merece destaque nesse cenário o papel dos jesuítas no combate a escravização do indígena por defender que viam neles almas para Deus e não braços para os homens, como relata o filólogo Silvio Elia (1913-1998) em sua obra Fundamentos histórico-linguísticos do Português Brasileiro. Dentre eles destaca-se o missionário Padre Vieira
que, com suas pregações em prol da liberdade dos nativos, provocava revolta entre os comerciantes e proprietários, que se sentiam prejudicados com a falta de mão de obra. Essa situação justifica a vinda dos escravos negros ao Brasil, e a expulsão dos jesuítas. Outra figura de destaque é o padre Anchieta que se empenhou na descoberta, aprendizagem e registro da língua tupi. Sua obra que marca a valorização desse patrimônio linguístico é a Arte de Gramática (1595), publicada em Coimbra. Mesmo diante de tantas perseguições os povos conquistadores não suprimiram por completo a cultura dos povos conquistados. A língua é a maior prova de resistência que culminou na formação do português-brasileiro. A contribuição lexical é a mais relevante. Na toponímia, temos: Pará, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Goiás, Acre, Amapá, Tocantins, Roraima, Itabaiana, Macapá, Amapá, Aracaju, Curitiba etc; nos vegetais: abacaxi, capim, cipó, caju, aipim, macaxera, mandioca, maracujá etc; em antropônimos: Araci, Iracema, Juraci, Moema, Ubirajara, Sucupira etc. Inúmeros são os itens lexicais que fazemos uso e nem tomamos ciência de que eles são herança da língua dos nativos. Basta uma consulta na internet para verificarmos a vastidão do léxico que tomamos como empréstimo para o nosso português. Partindo do princípio de que a língua é poder, e por isso relaciona-se a situações de domínio, logo não haveria como termos a língua indígena como oficial, ou mesmo um bilinguismo. A língua que se instaura em solo brasileiro como oficial é a portuguesa, língua do colonizador, língua do dominador. Como indicativo para compreensão desse processo histórico-linguístico, vale conferir o filme brasileiro Desmundo (2003), dirigido por Alain Fresnot, que traz a realidade do Brasil colonial em meados do século XVI, pondo em destaque a efervescência linguística presente nessa época, caracterizando a existência de várias culturas no país.
Exclamação Trend ALERT! As grifes que já são consagradas no mercado internacional, estão preocupadas em manter a identidade sem cair na monotonia. A cada estação se atualizam com vários lançamentos, para se defenderem do ritmo cada vez mais acelerado do fast-fashion. Hoje, corriqueiro no vocabulário da moda, o termo se refere à habilidade com que gigantes do varejo “criam” e produzem rapidamente uma enorme quantidade de roupas “inspiradas” nos desfiles de marcas de prestígio. Por esse caminho, os novos looks chegam às araras de um sistema global de lojas em menos de duas semanas depois de serem lançados pelas grandes maisons - e custam menos de 10% do preço que se viu nas passarelas originais. Jeremy Scott, estilista da Moschino, lançou a pré-estreia do documentário sobre sua vida ao lado de sua musa amiga, Katy Perry. Leia mais abaixo e na Coluna Exclamação online www.revistaa.net/exclamacao.
FOTOS: REPRODUÇÃO
por KARINE MAGALHÃES
Minna Parikka lançou uma série de Sneakres com orelha de coelho, que caiu no gosto das fashionistas
CONECTADO facebook: karine.beniciomagalhaes e-mail: @ituau_Karine / twitter: @ituau_karine instagram: @karine_magalhaes KARINE MAGALHÃES Consultora de moda, trabalhou na Maison Ana Paula e nas lojas Rabo de Saia, Chocolate, Mary Zide e em cerimoniais com Cristina Gomes. Presta consultoria à Maison Caroline.
Acessórios fun Fãs de sneakers, o hit nos pés de nomes como Cara Delevingne, Rihanna e Kanye West, os tênis de cano longo, serão presenças marcantes nas vitrines de verão 2016! Para entender o que vem por ai, separei os lançamentos das Harrods em parceria com estilistas mais cobiçados do mundo e Minna Parikka.
Giuseppe Zanotti para Harrods apostou em pelos e metalizados para celebrar shoe heaven
Looks brancos handmade são a bola da vez! Foto do verão 2015/16 de Paula Raia e Lenny Niemeyer.
Novidade fashion! Wes Gordon em parceria com a Silhouette criou a primeira coleção de óculos de sol. A novidade foi apresentada no desfile do estilista na NYFW de verão 2016.
Stars of film and fashion! O lançamento vip do filme Jeremy Scott: “The People’s Designer” aconteceu no dia 8 de setembro. Katy Perry usando um vestido do etilista da Moschino, foi destaque do tapete vermelho do teatro TCL Chinese, em Los Angeles, nos Estados Unidos, cenário do luxuoso do evento. Celebridades que também prestigiaram a pré-estreia vestidas de Moschino foram: Dita Von Teese que preferiu um nude com tachinhas, Lily Collins usou vestido estampado em tons de azul e Chiara Ferragni usou total look patchwork com pontos black. 26
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economia&mercado C.FÉLIX
carreiras, consumo, negócios, gestão, etc.
HOTEL FAZENDA
JUNTOS
pelo mesmo empreendimento De um projeto pessoal que contemplava a vida em contato com a natureza, a um negócio de sucesso que valoriza o turismo ecológico da região texto IVANA DIAS
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e um projeto de vida a um empreendimento que proporciona aos seus hóspedes, paz e o prazer de conviver com as belezas naturais da região Oeste. O Hotel Fazenda Paraíso das Corredeiras começou a ser construído no ano de 2009 em Correntina (BA), pelo baiano Moacyr Teixeira Cavalcante, que trabalhava em um ramo totalmente diferente do que pretendia investir. “Eu trabalhava com manufatura de fraldas descartáveis e reciclagem de plástico em Lauro de Freitas, mas já conhecia a região, pois sou de Santana. Quando decidi comprar essa área queria um lugar para ‘fugir do mundo’. As riquezas naturais – rios e morros do local, além da carência de lazer e do turismo ecológico na região me incentivaram na ideia de investir no hotel. Ao iniciar as obras mudei para o terreno e acompanhei tudo de perto. Morei cerca de quatro meses em uma barraca que montei com quarto, cozinha, banheiro e até televisão”, contou Cavalcante. Em 2010, Moacyr começou um relacionamento à distância com Tatiane Paschoal Fagundes, que acreditou no sonho dele e mudou-se do Rio de Janeiro (RJ) para a Bahia há cinco anos e, juntos trabalharam para a realização do funcionamento do hotel fazenda. Para atender aos hóspedes com eficiência e qualidade na prestação de serviços, o casal encontrou algumas dificuldades, entre elas, a falta de apoio do poder público no incentivo ao turismo ecológico e na qualificação da mão de obra dos moradores das comunidades vizinhas. “O hotel está localizado no município de Santa Maria da Vitória, mas por causa da proximidade com a cidade de Correntina, ficou conhecido como hotel fazenda de Correntina, que sempre nos apoiou. A região tem várias comunidades, no entanto, não existia estrada, nós é que a abrimos e constantemente tentamos mantê-la acessível. Também pela falta de apoio, não tem profissionais capacitados para o trabalho, não existe incentivo para a profissionalização na região e com isso temos uma alta rotatividade de funcionários”, pontuou Cavalcante. Com sua beleza exuberante, o hotel fazenda é o lugar ideal para quem curte a natureza e a vida no campo aliados a receptividade acolhedora dos anfitriões. Em uma área de 50 hectare, atualmente são 30 apartamentos, uma cozinha gourmet, além de um cardápio com comida caseira a pratos requintados preparados por profissionais; é servido café da manhã, almoço, jantar, buffet, petiscos e lanches. Tem ainda, campo de pouso - uma pista com 1.100 metros, muitas trilhas para prática de quadriciclo, moto, tirolesa,
PARCERIA O casal Moacyr e Tatiane acreditou no sonho de trocar a vida agitada da cidade pelo conforto e tranquilidade do interior e montou o hotel fazenda que hoje é referência na região Oeste
2,5 km de percursos de rafiting - quando feito de carro e 45 minutos na descida de bote pelo Rio do Meio e outro passeio de quatro horas e meia do hotel até a ponte velha – um lugar muito bonito com paredões de 30 metros de altura. “Todos os esportes são realizados com a orientação de profissionais, equipamentos de segurança adequados e respeito à natureza”, pontuou Tatiane. Os projetos do casal são muitos e aos poucos estão sendo realizados. De acordo com Moacyr e Tatiane, a ideia é futuramente funcionar como um pequeno resort, trabalhar com foco nas atividades esportivas realizadas com o aproveitamento da geografia da região do local, inserir animais exóticos na propriedade, criação de outros ambientes como uma caverna onde serão servidos queijos e vinhos - uma opção para as noites frias de inverno em que a temperatura chega a oito graus, uma cozinha com forno de pedra e a produção de festivais de comida de outras culturas. Além de promover passeios em locais de turismo ecológico, e um projeto para mapear e recuperar as nascentes da bacia hidrográfica da região. Após os quatro anos de funcionamento, é perceptível o sucesso do empreendimento dos empresários e segundo eles, tudo só foi possível com o apoio e amizade dos muitos hóspedes que hoje são grandes amigos do casal. “Quando comprei esse terreno, o meu vizinho me disse que eu precisaria de duas coisas: dinheiro e muitos amigos para frequentar o local. Hoje posso dizer que além do nosso esforço, os amigos que fizemos no hotel fizeram o negócio prosperar. São tantas pessoas que se tornaram amigos irmãos que hoje temos muito a agradecê-los, pois é por eles que tentamos fazer cada vez melhor. De uma hospedagem nasceram grandes amizades”, disse Cavalcante. ago-set/2015
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economia&mercado EM BARREIRAS
Sede da Fieb
PRONTA PARA INAUGURAR O novo empreendimento da Federação das Indústrias do Estado da Bahia foi orçado em R$ 14,8 milhões e vai ampliar serviços e atendimentos no Oeste CAROL FREITAS texto
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ais oportunidades de qualificação profissional e qualidade de vida para o trabalhador. Esses são alguns dos benefícios das novas instalações da sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) em Barreiras. A obra com conclusão prevista para o dia 5 de outubro comportará o prédio do Serviço Social da Indústria (Sesi), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Instituto Euvado Lodi (IEL), que atualmente funcionam no Shopping Center Rio de Ondas. Dos quase 17 mil m² do terreno onde o equipamento está sendo implantado, pouco mais de 4 mil m² será de edificações para o IEL, Sesi e Senai. O aparelho social já atendeu a milhares de pessoas de Barreiras e região através de cursos de educação continuada, qualificação profissional, consultoria para empresas do Oeste, capacitação empresarial, atendimentos na área da saúde, encaminhamentos de empregos e estágios e o fomento às indústrias por meio de projetos como o Programa de Apoio à Competitivi-
FOTOS: C.FÉLIX
SEDE PRÓPRIA A obra com conclusão prevista para o dia 5 de outubro fica localizada na avenida das Turbinas e comporta os prédios do Sesi, Senai e IEL
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dade das Micro e Pequenas Indústrias (PROCOMPI) e o Sibratec – Rede de Extensão Tecnológica da Bahia. “No ano passado, capacitamos cerca de cinco mil trabalhadores e com o aumento do espaço, teremos uma maior capacidade para a realização de novos cursos e poderemos aumentar o número de vagas ofertadas”, afirmou Henrique Costa Almeida, gerente do Sesi em Barreiras há três anos. O empreendimento orçado em R$ 14,8 milhões fica localizado na avenida das Turbinas, próximo ao loteamento Parque da Cidade, que está em obras. O grupo Sertaneja, responsável pelo loteamento, doou cerca de 10 mil m² do espaço para construção das instalações da Fieb. Para Sávio Barreto, coordenador de novos negócios do grupo, o novo empreendimento será mais um vetor de crescimento para aquele setor da cidade. “Equipamentos de grande importância para Barreiras, como o Hospital do Oeste, o Serviço Social do Comércio e a própria Fieb, são marcas indeléveis em uma região geográfica da cidade que começa a protagonizar um crescimento ímpar em termos de valorização e desenvolvimento”, pontuou. Inovador e sustentável, o complexo fará uso do reaproveitamento da água de chuva, terá arquitetura voltada para iluminação e ventilação natural, iluminação mais eficiente e de baixo consumo, central de resíduos e reciclagem e bicicletário. O prédio do Sesi ofertará atendimentos na área da saúde com oito consultórios médicos, três consultórios odontológicos e raio x e na área de educação EAD/EJA, com sete salas de aula e dois laboratórios, além de comportar os serviços oferecidos pelo Iel. Já o Senai, oferecerá atendimento na área de educação profissional, com sete salas de aula e dois laboratórios práticos, além do galpão com 563 m² que ofertará cursos práticos.
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REINAUGURAÇÃO
16 ANOS
de dedicação O longo caminho de superação e parcerias firmadas pela Unipeças Centro Automotivo para oferecer serviços com qualidade e agilidade texto/foto: IVANA DIAS
U
ma das empresas mais modernas no ramo de peças e serviços, a Unipeças Auto Centro, consolidou-se no mercado de Barreiras e há 16 anos atende seus clientes com qualidade e experiência, além de surpreender a cada ano com novas tecnologias. Tudo começou no ano de 1999 quando a Unipeças iniciou suas atividades em um pequeno ponto comercial, de apenas 60 m2, na avenida Clériston Andrade. O proprietário, Luciano Silva, já trabalhava em uma empresa no segmento automotivo quando decidiu montar o seu próprio negócio. No início foram muitas dificuldades, mas o empresário não deixou-se abater, com muito esforço e vontade de crescer profissionalmente persistiu em seu objetivo e hoje, após 15 anos no mercado de Barreiras, recorda orgulhoso de como tudo começou. “Eu trabalhava em uma concessionária de carros aqui na cidade e com o aprendizado que adquiri lá, tive a ideia de montar minha empresa de peças e serviços automotivos. No começo é sempre difícil e para a gente não foi diferente. Passamos por várias situações, o local onde funcionava era alugado e pequeno, não podíamos nem contratar muitos funcionários. Foram muitos finais de semana e feriados trocados por dias de trabalho. As dificuldades de todos esses anos foram pontos positivos para que eu nunca desistisse”, disse Silva. Todo empenho dedicado à Unipeças resultou na qualidade dos serviços prestados, na conquista de clientes e na estabilidade da empresa. No entanto, no decorrer desses anos muitos fatos ocorreram -, a saída do sócio e em seguida a devolução do local onde o empreendimento funcionava. “Nós passamos por vários apertos com a saída do sócio e ainda veio o proprietário do ponto e o pediu de volta, sendo que o local era ótimo, na avenida. Ficamos sem chão sem saber para onde ir, mas graças a Deus conseguimos outro lugar, também na avenida e começamos do zero”, disse a esposa e atual sócia de Luciano, Carla Werônica.
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MUITO EMPENHO Para Luciano e Carla, os contratempos serviram de impulso para as inovações e o consequente crescimento da empresa, que hoje atende também assegurados da PortoSeguro
Todos os contratempos impulsionaram o trabalho de Luciano e Carla. Foi nesse mesmo período que aconteceram as inovações com a implantação de serviços e consequentemente o crescimento da empresa, além do incentivo constante à equipe de profissionais, para que eles também acreditassem que o esforço valeria a pena. “Essas dificuldades nos fizeram movimentar, querer mais, nos aperfeiçoar, nos proporcionou força de vontade e isso tudo eu encontrei no Luciano que sempre acreditou que daria certo e assim passamos essa confiança para nossa equipe, por que sem eles não somos nada”, pontuou Carla. “Estou na Unipeças desde 2000, quase 16 anos e gosto muito de trabalhar na empresa, a tenho como uma segunda família”, disse o vendedor Varney de Souza. As inovações não pararam. Essa é uma das preocupações da equipe e sócios, que estão sempre em busca de novos produtos, serviços e parcerias, como a da Porto Seguro. “Essa parceira veio para agregar, melhorar ainda mais a empresa. Só temos a agradecer a confiabilidade, qualidade e oportunidade no mercado de Barreiras e região”, disse Silva.
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Opinião
por RICARDO MENNA BARRETO Doutorando em Ciências Jurídicas pela Universidade do Minho (PT). Mestre e Graduado em Direito (UNISINOS-RS). Professor da FASB.
CDC: DESAFIOS contemporâneos
“C
omemora-se, no dia 11 de setembro de 2015, os 25 anos da promulgação da Lei n. 8.078/90, conhecida como Código de Defesa do Consumidor (CDC). Inspirado e determinado pela Constituição Federal de 1988, o CDC é considerado, por muitos juristas, um verdadeiro avanço para a época. Não obstante o fato de ser uma lei avançada para o seu tempo, ao longo destes 25 anos a jurisprudência brasileira precisou “ajustar” as disposições normativas do código, enquanto, paralelamente, a doutrina jurídica realizava seu trabalho, esclarecendo o alcance semântico dos conceitos jurídicos no plano da interpretação e aplicação da lei. A proteção do consumidor é, pois, tema que ao longo destas duas décadas e meia ganhou contornos muito diferenciados, sobretudo devido à evolução e ao amplo acesso dos consumidores ao mercado de consumo. Neste conciso ensaio, proponho uma breve abordagem dos desafios que envolvem este ramo tão importante do Direito. Juristas em geral reconhecem que, se de um lado, a chamada “sociedade de consumo” trouxe uma série de benefícios aos consumidores, por outro acabou por trazer um sem-número de desafios às relações comerciais. Logo, são justamente os desafios destas relações – alguns próprios do momento em que vivemos – que merecem, atualmente, maior atenção dos operadores jurídicos. Ora, muitos obstáculos à proteção e defesa do consumidor não poderiam sequer ser previstos pelo legislador do final dos anos 1980. É o caso do comércio eletrônico. Este é, certamente, um dos maiores desafios que envolvem o direito do consumidor na atualidade. Não por menos que um dos Projetos de Lei do Senado que visam atualizar o Código de Defesa do Consumidor regulamenta o comércio eletrônico. Trata-se do PLS 281/2012, que aperfeiçoa disposições do capítulo I da lei consumerista e contempla, em seção própria, aspectos gerais sobre o comércio eletrônico no CDC. Mas não sejamos ingênuos: o projeto de lei traz, a bem da verdade, pouquíssimas novidades se compararmos ao que já foi decidido no plano jurisprudencial, pelos tribunais brasileiros, ao longo dos últimos quinze anos. A meu ver, um dos pontos mais acertados (embora previsto de modo relativamente genérico no PLS 281/2012) é a previsão normativa dos famosos spams, aquelas mensagens não solicitadas, contendo, na maioria das vezes, teor publicitário. Existe hoje uma real necessidade de colocar-se um freio em empresas que enviam estas mensagens aos consumidores, seja via e-mail, seja via telefone celular. Entre estas empresas, sem dúvida as mais perversas em suas práticas são as de telefonia celular: estas, de forma maliciosa, lançam diariamente mensagens não solicitadas contendo “ofertas” na tela dos smartphones dos consumidores de todo o país. E, geralmente, o consumidor, querendo “apagar” da tela a indesejada mensagem, acaba, sem querer, clicando no “concordo”; desse modo, acaba o consumidor contratando, contra sua própria vontade, um dos muitos serviços de telefonia. Práticas abusivas como essa precisam acabar. Outro grande desafio que aquece o debate entre empresas e juristas de todo o país na atualidade é o chamado superendividamento dos consumidores, objeto do PLS 283/2012. Este projeto de lei tem a pretensão de controlar as funestas práticas de instituições financeiras que, a partir das ofertas de
“crédito facilitado”, “dinheiro fácil”, somadas a informações pouco claras (para não dizer duvidosas), levam seguidamente os consumidores a comprometerem com compras e empréstimos muito mais do que efetivamente recebem de proventos. Com efeito, o superendividamento é fruto não apenas das “necessidades reais” dos consumidores, mas de uma falaciosa ideia de “consumo como meio de obtenção da felicidade”. Por isso, Denis de Rougemont afirmou que “a felicidade, apregoam incessantemente os anúncios, depende disto, exige aquilo – e isto e mais aquilo, sempre alguma coisa que é preciso adquirir, em geral com dinheiro. Como resultado, essa propaganda nos deixa obcecados pela ideia de uma felicidade fácil, ao mesmo tempo em que nos torna incapazes de atingi-la. Pois tudo que nos é oferecido nos leva ao mundo das comparações onde não poderá haver felicidade enquanto o homem não for Deus. A felicidade é uma Eurídice: nós a perdemos a partir do momento em que pretendemos alcançá-la. A felicidade só pode existir na aceitação; quando a reivindicamos, ela deixa de existir, porque depende do ser e não do ter” (grifei). Pois bem, estas sábias palavras de Rougemont poderiam ser um interessante ponto de partida para refletirmos de modo a privilegiarmos, em nossas vidas, doravante, mais o “ser” do que o “ter”. Os desafios mencionados (comércio eletrônico e superendividamento) já se encontram, como dito acima, contemplados em projetos de lei. Com sorte, em breve, teremos estes dois importantes pontos contemplados na Lei n. 8.078/90. Entretanto, outros desafios permanecem. Para citar apenas um, decisivo, a título conclusivo: o escancarado desrespeito de algumas empresas aos direitos básicos dos consumidores (sobretudo na cidade de Barreiras). Aqui, por vezes, tenho a impressão de que o CDC não apenas é desobedecido, mas rasgado, dadas algumas práticas comerciais abusivas que imperam no comércio local. Ora, temos uma “lei adulta”, madura, contando com seus 25 anos... Que tal a tirarmos do papel?
agromagazine ALERTA
FOTOS: ASCOM AIBA
agricultura, meio ambiente, agropecuária, tecnologia, etc.
NÚMERO DE QUEIMADAS
AUMENTA NO OESTE
Na Bahia, de janeiro a setembro de 2015, houve um aumento de 86% dos focos de queimadas em relação ao mesmo período do ano passado texto: REDAÇÃO
A
s altas temperaturas, a vegetação ressecada, os fortes ventos e a baixa umidade relativa do ar tornam crítica a situação no Oeste da Bahia para o risco de queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a região tem registrado momentos com 39º C e umidade em 20%. Segundo tabela divulgada pelo Inpe, no fim do mês de agosto deste ano, o município de Barra, registrou 822 focos de queimada. Outra tabela, divulgada em setembro, aponta também que na Bahia, de janeiro a setembro de 2015 foram registrados 7305 focos de queimadas, 86% a mais em relação ao mesmo período de 2014. Além das condições climáticas favoráveis para o fogo, uma prática muito comum na região agrava a situação: as queimadas feitas pelo homem. A legislação permite que se faça o uso controlado do fogo, mas é preciso cumprir alguns procedimentos, como preparar o aceiro de acordo com a queima a ser realizada, comunicar aos vizinhos data e horário em que ela será realizada, evitar os horários mais quentes e com muito vento, providenciar pessoal treinado e com equipamentos adequados para contenção do fogo e solicitar ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a Declaração de Queima Controlada (DQC). Apesar das recomendações, muitos incêndios acontecem de forma descontrolada, prejudicam plantações, comprometem áreas de preservação, além de colocarem vidas em risco, como aconteceu no dia 16 de setembro na região da Estrada do Café, em Barreiras. Um incêndio de origem desconhecida queimou mais de mil hectares de área produtiva e de preservação ambiental na localidade. Além disso, dois pivôs de milho foram totalmente consumidos pelo fogo, um trator explodiu e dois trabalhadores rurais saíram feridos. O prejuízo foi total, já que além de material, também comprometeu a vida humana e a vegetação local. “Nesse caso, de fogo em área com vegetação nativa, nestas proporções, tem-se alteração da densidade e diversidade das plantas e mortalidade de animais; perda de biodiversidade; alteração do banco de sementes, afetando a regeneração da
DESTRUIÇÃO Recentemente, um incêndio de origem desconhecida queimou mais de mil hectares de área produtiva e de preservação ambiental, causou a queima de dois pivôs de milho, explosão de um trator e ferimentos em dois trabalhadores rurais
vegetação, dentre outros”, afirmou Alessandra Chaves, diretora de Meio Ambiente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). As equipes do PrevFogo/Ibama, bem como os grupos de brigadistas voluntários de grandes empresas, fazendas e povoados tê♥m trabalhado muito para minimizar o número de incêndios no Oeste. Além das contenções das queimadas, a conscientização da população é alvo da atenção. Palestras, debates e até um projeto de cinema itinerante vêm sendo realizados para propagar as boas práticas e alertar para o perigo dos incêndios na região. ago-set/2015
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fiscalização
capa
INSTALADO EM BARREIRAS O
OBSERVATÓRIO SOCIAL Cidade é a quarta da Bahia a constituir a entidade que vai funcionar, inicialmente, na sede da OAB, com o propósito princiap de acompanhar os gastos públicos e promover a educação fiscal texto CAROL FREITAS
T
ransparência, essa é a palavra-chave do Observatório Social, instalado oficialmente em Barreiras no dia 19 de agosto deste ano. Ainda em fase de registro dos atos constitutivos, a organização que funcionará na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pretende acompanhar e fiscalizar de perto como os gastos públicos são aplicados. A ferramenta, além de mecanismo de auditoria, também busca a inserção de microempresas e empresas de pequeno porte nos processos de certames municipais, auxiliando no crescimento da economia local. “Com o início das atividades, O.S. de Barreiras buscará junto aos poderes executivo e legislativo, informações sobre fatos que hoje se encontram em plena penumbra para os cidadãos barreirenses. Além disso, os programas de educação fiscal estão em nosso planejamento para início no primeiro biênio de 2016, através de palestras públicas e institucionalizadas por meio de convênios e parcerias com as entidades cível e instituições de ensino”, afirmou Carlos André da Silva Prado, primeiro presidente da franquia. Prado é empresário, perito judicial e professor universitário e garante que qualquer cidadão interessado no que a entidade propõe, pode fazer parte dela, basta desejar contribuir para o bem comum através da disponibilização de tempo e não estar filiado a nenhum partido político. Com a participação popular, os Observatórios Sociais contribuem diretamente para a justiça social, através da prática da vigilância sobre a coisa pública. Apesar do pouco tempo de instalação na cidade, Prado garante que já existem demandas na pauta. “Em contato com o poder legislativo municipal, foram entregues ao O.S. de Barreiras algumas situações em condições no mínimo controversas em âmbito municipal, como o fornecimento de materiais de construção civil, por empresas sediadas em outro município, onde o valor do produto é bem superior ao ofertado em valor de varejo no comércio local”, disse. Criado na cidade de Maringá em 2006, a partir de um evento das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, o O.S. é uma entidade civil autônoma, apolítica e sem fins lucrativos cujos objetivos são promover a educação fiscal; acompanhar os gastos públicos através de observações e acompanhamentos
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ANNE STELLA
DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Carlos André da Silva Prado Vice-presidente para Assuntos Administrativo-financeiros: Keiko Ueda (suplente: José Carlos Lima Peixoto) Vice-presidente para Assuntos Institucionais e de Alianças: Benedita Tadei Barbosa Campos (suplente: André Carloto Vielmo)
SOCIEDADE RESPONSÁVEL Para o presidente eleito do Observatório Social de Barreiras, o contador Carlos da Silva Prado, a entidade vai incentivar práticas de vigilância constante sobre os gastos públicos
Vice-presidente para Assuntos de Produtos e Metodologia:Gabriela Cerqueira Andrade (suplente: Gládiston da Silva Rocha) Vice-presidente para Assuntos de Controle Social: Willamy Shelig da Silva Mendes (suplente: Fernanda Fernandes Cardoso) Titulares do Conselho Fiscal: Cornélio Nascimento Araújo Filho; Haroldo de Barros Oliveira e Zaquei Alves Reis (suplentes: Edson José Boll; Arlem de Assis Pereira; e Anne Kathelyn Ferreira da Cruz)
das compras, licitações e contratos realizados pela prefeitura, Câmara de Vereadores e outros órgãos públicos; e tomar ações efetivas para corrigir os desvios, solicitando explicações aos responsáveis e levando ao Ministério Público os casos cabíveis. Barreiras é a quarta cidade da Bahia a constituir um O.S. Atualmente, em quase todo o país, há mais de 100 municípios com Observatório em atividade. Em busca de uma gestão melhor dos recursos públicos, estima-se que nos últimos três anos, através das ações da entidade, houve uma economia de mais de R$ 1 bilhão para os cofres municipais e a cada ano, mais de R$ 300 milhões do dinheiro público deixam de ser gastos desnecessariamente.
INFORME PUBLICITÁRIO
transparência legislativa Boletim informativo do gabinete do vereador
DIGÃO SÁ
Por uma política decente
A
ssim que tomei posse como vereador pelo município de Barreiras, em janeiro de 2013, busquei desde o primeiro dia colocar o mandato que me foi concedido acima de conveniências políticas e partidárias momentâneas e ser um defensor intransigente dos verdadeiros interesses da cidade. Não poderia trair a confiança daqueles que me honraram com o voto e desperdiçar a oportunidade de bem representar a sociedade no parlamento municipal. Desde então, nas votações realizadas na Câmara de Vereadores, tenho me posicionado em defesa do interesse público, como na votação que derrubou o veto do executivo ao projeto de lei que proibia a cobrança da chamada taxa de esgoto em Barreiras.
Ao longo desses quase três anos de mandato criei vários mecanismos de incentivo às atividades esportivas e culturais. Levantei a bandeira de defesa do meio ambiente com várias ações individuais e com o “Projeto Cidade Verde”, que tem por objetivo despertar a consciência ambiental no cidadão e ampliar o número de árvores na cidade. Para mim, sempre foi claro que não entrei na política para defender interesses pessoais ou de grupos políticos. Entrei para defender os interesses da coletividade. Assim, venho conduzindo meu mandato. Este informativo é mais um canal de comunicação para que o cidadão não só acompanhe minha atuação na Câmara, mas que também contribua com o debate em torno das necessidades de nosso município.
Alguns projetos PROJETO 114/2013 - Proíbe a inauguração de obras públicas inacabadas; PROJETO CIDADE VERDE - Visa o plantio e a adoção de árvores pelos moradores da cidade; CRIAÇÃO DAS OLIMPÍADAS DE REDAÇÃO para valorizar a educação dos alunos motivá-los no desenvolvimento de suas capacidades intelectuais; TEATRO NA ESCOLA para estimular o desenvolvimento e a discussão de ideias, valores e normas de convivência; PROJETO INSTITUI INCENTIVO FISCAL a empresas que contribuírem com projetos esportivos e culturais.
Depoimento
“Digão Sá tem se mostrado muito coerente nos seus posicionamentos políticos. Não importa se o que esteja em votação é da situação ou oposição, ele age de forma independente. Ele tem sido muito corajoso e feliz em seu primeiro mandato” Paulo Henrique, médico urologista
Canal de comunicação Digão Sá
camaradebarreiras.ba.gov.br
(77) 3611.9605
vereador.digaosa@hotmail.com
Transparência e participação, por uma política decente.
Você tem uma boa ideia? Ela pode se tornar um projeto de lei. Envie suas sugestões!
entrevista
WALTER SIQUEIRA
Programa vai entregar 10 mil moradias em todo o Oeste O tempo do mineiro Walter Luiz Siqueira no Oeste não durou muito. Enquanto fazia esta entrevista recebeu a notícia de convocação para trabalhar na Caixa de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. “Logo agora?”, reclamou. A indagação faz sentido, sua família já estava adaptada e o sabor de desafio que tem a região lhe instigava. “Há muita coisa a desenvolver. Isso aqui vai crescer muito, pode escrever”. Há 26 anos na Caixa, veio presidir a superintendência em 2012, quando ela foi criada em Barreiras. Agora, se prepara para mudar, mas ciente do dever cumprido texto/foto C.FÉLIX Que balanço o senhor faz desses quase três anos de instalação da superintendência da Caixa no Oeste? Nossa instituição, após a adoção de um Plano estratégico passou a figurar entre os três maiores bancos do País. Foi reflexo do aumento da nossa base de 50 para 80 milhões de clientes e da rede de atendimento para mais de 4.200 agências. Também expandimos a nossa participação (share) de crédito total para 20% no país e consequente aumento dos Ativos e da lucratividade. Aqui não foi diferente, inauguramos mais 11 novas agências, totalizando 18; 58 unidades lotéricas e 61 correspondentes bancários, proporcionando um melhor atendimento aos clientes no acesso aos serviços e produtos que a Caixa oferece. Também modernizamos agências, inclusive duas novas unidades em Barreiras. Um capítulo à parte nesse período pode ser escrito pela alavancagem do programa “Minha Casa Minha Vida”, que contribui decisivamente para a redução do déficit habitacional quantitativo e qualitativo da região, ocasionado pelo rápido aumento populacional, com a chegada de novos moradores atraídos pela expansão da fronteira agrícola e o crescimento econômico da região. 38
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PERFIL Mineiro de Divino, Walter Luiz Siqueira da Silva tem 50 anos. Começou a atuar no mercado financeiro com 20 anos. Formou-se em administração e fez pós em MBA Executivo com ênfase em Finanças, pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro
Disponibilizamos em 2014, em benefícios aos trabalhadores, benefícios sociais, créditos comerciais e em programas de habitação, mais que o orçamento do município no mesmo período”
Quantas moradias já foram entregues e quantas ainda serão até o final deste ano, no município? Dentre as unidades já produzidas, estão programadas as entregas de 1.476 moradias do residencial São Francisco, em Barreiras. Estas unidades fazem parte da Modalidade Urbana, chamada de Faixa 1 – que beneficia as famílias com renda até R$ 1.600,00, cuja a maior parte do subsidio é da União. Nessa modalidade já entregamos no município 742 unidades de um total de 4.214 unidades contratadas. E nas outras cidades do Oeste? No Oeste são 3.772 unidades entregues de 8.520 unidades contratadas. Somando as unidades produzidas na área rural - 316 em Barreiras e 1.644 no restante do Oeste -, temos mais de 10 mil unidades sendo produzidas ou entregues na região, atendendo uma população estimada em mais de 40 mil pessoas, o equivalente a um cidade de porte médio. Além disso, nas faixas 2 e 3, o programa atende também através de financiamentos de imóveis até R$ 115 mil dependendo do porte do município. Nessa modalidade já financiamos mais de 7.500 moradias, com total de mais de R$ 500 milhões. O investimento total do Minha Casa Minha Vida na região atinge cerca de 18 mil moradias, com mais de R$ 1,1 bilhão investidos, beneficiando mais de 70 mil pessoas Qual o papel da Caixa na economia local? Um dos nossos objetivos mercadológicos é “ser o principal banco do setor público” e a nossa atuação é focada na proximidade com os gestores municipais e na disponibilização de equipe técnica voltada para contratação e acompanhamento dos convênios e repasses do Orçamento Geral da União e do PAC. São 240 operações ativas no Oeste, com investimentos de mais de R$ 300 milhões, nas áreas de pavimentação, saneamento urbano, turismo, esporte e lazer. Essa parceria tem dado mais efetividade aos contratos da região, agilizando os benefícios para a população. Buscamos reafirmar cada dia mais a compatibilidade entre nossa atuação social e de mercado, ajudando também as economias locais. Em Barreiras por exemplo, disponibilizamos em 2014 cerca de R$ 420 milhões em benefícios aos trabalhadores; benefícios sociais e créditos comercias às pessoas físicas e jurídicas, além dos programas de habitação no balcão. Os valores são superiores ao orçamento do município para o mesmo período. Em todo o Oeste esse valor ultrapassou R$ 1,7 bilhão de reais. Conquistamos fatia significativa do Crédito Rural da região, um novo segmento de atuação da Caixa, disponibilizando operações de custeio agrícola e pecuário, às operações de investimento em máquinas e equipamentos, à aquisição de animais e a projetos de infraestrutura rural. Crescemos a nossa captação de recursos, oferecendo as melhores opções de investimento do mercado, seja Poupança, Fundos de Investimento, CDB, Letras Imobiliárias. Nas operações de Crédito Comercial oferecemos as melhores taxas do mercado. Estivemos presentes nos maiores eventos realizados na região como o Bahia Farm Show, exposição agropecuária de Barreiras e outros; disponibilizando patrocínios e realizando três feirões da casa própria, que aqueceram o segmento habitacional com o lançamentos de diversos empreendimentos imobiliários que permitem a aquisição de unidades habitacionais ainda na planta, com financiamento, consolidando uma modalidade antes inexistente na região.
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caatinga ATIVIDADE APÍCOLA ATRAI JOVENS, MUDA A REALIDADE ECONÔMICA DO TERRITÓRIO DO VELHO CHICO E PRODUZ MELHOR MEL DO ESTADO texto e fotos C.FÉLIX
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um domingo qualquer dos nove meses de seca na caatinga baiana, a poucos quilômetros do Rio São Francisco, em Ibotirama. A vegetação quase toda sem folhas tem o marrom dos caules realçado pelo impiedoso sol no meio da manhã. Viver de lavoura e criação nesse semideserto é um desaforo à lógica. Mas, quem se importa? Joselito Sodré Queiroz, de 19 anos, vive ali e não parece nada desaforado e nem preocupado com lógica. Mais moço, inclusive, só pensava em seguir o pai na lida com o gado. Depois que conheceu a apicultura, com o vizinho Gilmário, sua vida no assentamento Olho D’água dos Tanques tomou outro rumo, o da produção do mel. E valeu a pena. Há dois anos na atividade, já chegou a tirar até R$ 3 mil no período de produção, entre dezembro e fevereiro, com 10 caixas. Hoje, com 35 caixas em dois apiários em sociedade com o tio e Gilmário, o rendimento vai ser melhor. Agora não quer saber de outro negócio e já é integrante da Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), que este ano já exportou 45 toneladas de mel para os Estados Unidos, Alemanha e França, em parceria com a empresa mineira Melbras. Em julho, no 6º Congresso Baiano de Apicultura em Ilhéus, o mel da Coopamesf foi considerado o melhor da Bahia, em avaliação feita no evento pelo laboratório do Ministério da Agricultura. Se a apicultura veio se apresentar como uma promissora atividade econômica para a zona rural, para jovens com Joselito representou muito mais. “O homem precisa é ser mais abelha”, reflete. Ele fez estágio de 300 horas na cooperativa, mas não cansava de pesquisar e buscar novas informações em livros. No início, quase todos os dias ia ao apiário observar o trabalho das abelhas. Dali tirou muitas lições. “A abelha é muito inteligente. Ela sabe o período certo de fazer cada etapa da vida. Sabe que vai ser faxineira, vai alimentar as larvas, vai fazer os favos, virar guardas e depois campeira. Antes de o sol sair, já estão no campo trabalhando. Trabalham, traba-
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lham e vivem bem. Já a gente quer tudo fácil. Com a apicultura você aprende que tem que começar de baixo e trabalhar bastante para conseguir as coisas”, conta. Joselito é um dos 10 jovens cooperados da Coopamesf. No território há outras dezenas de jovens envolvidos na apicultura, mas ainda fora da cooperativa. Talvez por pouco tempo. Antes, havia resistência do agricultor à atividade porque não ele sabia a quem vender e tinha pouco conhecimento sobre o manejo. Com a cooperativa a produção de mel no Médio São Francisco expandiu e conquistou jovens como Joselito, como Wanderson e Renê, ambos com 17 anos; como Leone, de 20 anos, cujo pai encontrou na apicultura a principal fonte de renda familiar e mudou sua relação com o meio ambiente – hoje, não lança mais veneno no capim para não matar as abelhas; como Jackson, 21 anos, que aprendeu que pouca produção significa pouca renda e passou a converter parte do salário em caixas para novas colmeias; como Aline, 26 anos, que encontrou na coordenação do entreposto de beneficiamento de mel uma oportunidade ímpar de trabalho. “Se a gente não trabalhar essa juventude rural, nós vamos ficar com um campo caduco. Os pais estão ficando só no campo, e os filhos indo para a cidade. A gente precisa trabalhar esse jovem para ele não precisar ir para a cidade. A cidade não suporta mais, já está lotada. A gente quer mostrar a esse jovem que ele tem que ter orgulho de morar no campo. Antes, ele era excluído por ser da roça. Isso está acabando. Tem a comunidade de Bandarra, em Morpará, que lá todo mundo tem carro, moto, casa. Tudo fruto do mel. Esses jovens são cobiçados na cidade. Os jovens de Bandarra são espelho para os outros jovens”, explica o técnico em agropecuária Gilmário, que é formado em serviço social, é Agente de Desenvolvimento Rural em Apicultura (ADR) e coordenador de acesso ao mercado da Coopamesf.
Negócio rentável
ASTRONAUTAS DA CAATINGA Uma vez por semana nessa época do ano Joselito, Wanderson, Renê e Gilmário, coordenador de acesso ao mercado da Coopamesf e grande incentivador da atividade no território, vão aos apiários avaliar a situação das colmeias e alimentar as abelhas. Seu Arisovaldo (acima, à direita), no início, não deu muita importância a essa rotina. Alimentar outro animal, para ele, era normal, mas abelha? Até que ele começou a perder os enxames de um ano para outro. Como a seca na região dura praticamente nove meses, sem água e alimento as abelhas acabavam debandando para outros lugares. Hoje, mais consciente e com 30 colmeias, reconhece que a apicultura é a lhe é mais rentável de todas as atividades da roça
Nesse período mais denso da seca Joselito visita os apiários uma vez na semana, aos domingos. Ou em companhia do tio ou de Gilmário. Com um fumigador a lançar fumaça para confundir as abelhas, eles examinam caixa a caixa, verificam se há baixa de voo na entrada e saída das colmeias, se alguma foi invadida por um enxame mais forte e, por fim, alimentam as abelhas. O entendimento de que era preciso alimentar as abelhas, na seca, demorou a ser compreendido pelos agricultores que ingressavam na apicultura. “Nosso agricultor familiar alimenta o porco, dá água ao porco. A mesma coisa faz com a vaca, o bode, a galinha. A abelha ele achava que não precisava”, conta Gilmário. Até o ano passado, por exemplo, seu Ariosvaldo Caetano, que está na cooperativa há quatro anos, todo ano perdia enxames. Hoje, depois de vários prejuízos, já se conscientizou de que não pode deixar de alimentar as abelhas nessa época do ano. Esta alimentação é composta, comumente, de água, açúcar e do próprio mel deixado de reserva nas melgueiras ao fim de cada colheita. Seu Ariosvaldo começou a trabalhar com a apicultura em 1982, através de políticas públicas do governo do Estado que incentivavam a atividade com a doação de duas caixas de colmeia por agricultor. No início, ele ficou entusiasmado. Depois, desanimou. O negócio não estava rentável. “Eu fazia só para a alimentação. Às vezes estocava 200, 300 litros de mel. De vez em quando vinha alguém e comprava 20, 30 litros. A gente vendia para o atravessador, e barato. E às vezes nem vendia, porque não tinha comprador. Com o surgimento da cooperativa, em 2005, fiquei empolgado novamente”, conta Ariosvaldo, que hoje já tem 60 caixas, mas só 30 com colmeias. Na safra passada, dos quatro meses de colheita (dezembro, janeiro, fevereiro e março), ele só colheu dois: dezembro e janeiro. Mesmo assim, ainda faturou quase R$ 4 mil com 600 quilos de mel produzidos. Esse ano, se não houver quebra de safra, vai ser melhor. “O mel tem ajudado muito. Eu crio galinha, porco – criava bode, gado. Eu cuido da roça, planto batata, abóbora... essas coisas. Mas o mel já me ajudou mais que todas essas atividades”, reconhece Ariosvaldo.
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O MEL DA CAATINGA O clima da caatinga é bastante adverso. São quase nove meses de seca. Mas, já com as primeiras chuvas tudo se transforma. É um bioma muito fértil. “Agora, vem o período de florada da jurema (foto). A jurema vai produzir o pólen que vai alimentar a cria e a rainha, e a rainha vai aumentar a população do enxame. Após a florada da jurema vem a do marmeleiro. Daí as abelhas vão buscar o néctar das flores e produzir o mel. Elas visitam também o eucalipto, o cravinho, o umbu, caju, o estilosante”, explica Joselito Entre os vários tipos de mel produzidos na caatinga, o do marmeleiro e o da rama-debezerro são considerados os melhores do mercado. Não por sua qualidade nutritiva, mas pela cor e transparência. O da aroeira, por exemplo, é mais rico em ferro, mas sua cor não favorece ao mercado. “De cada 10 consumidores de mel, nove preferem o mais claro”, arrisca Gilmário.
DOCE EMPREGO Com a implantação da cooperativa em Ibotirama, muitos jovens acabaram se interessando pela a atividade. Hoje, eles representam mais de10% dos cooperados, fora os que trabalham na unidade de beneficiamento, na loja do mel ou que se envolvem com a apicultura de outra forma
A Coopamesf e parceiros A relação de Ibotirama com o mel não é recente. Em 1982, o município foi escolhido pelo Estado para a implantação da apicultura na região. Não foi um início fácil, como lembrou Ariosvaldo, mas em setembro de 2005, com a criação da Coopamesf, a atividade ganhou novo estímulo e se fortaleceu. O próprio Estado financiou a assistência técnica, contratação de agentes comunitários para acompanhar as famílias cooperadas; construiu unidade de beneficiamento e distribui kits. A Codevasf distribuiu colmeias, EPIs e ofereceu condições para a instalação de entrepostos e casas do mel. O Sebrae, por sua vez, ajudou a profissionalizar a gestão, o acesso ao mercado, comercialização dos produtos, elaboração de plano de negócio, plano de marketing; auxiliou e incentivou a participação da cooperativa em feiras e eventos. Atualmente, a Coopamesf tem 96 cooperados de 16 municípios, dos quais só Santana é fora do Território do Velho Chico. São mais de mil famílias de apicultores no território, mas apenas 350 são atendidos pela cooperativa. A meta, para 2016, é atender 400 famílias e 140 cooperados. Com a conquista do Selo de Inspeção Federal (SIF) do ministério da Agricultura (Mapa), que assegura a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis, os apicultores cooperados viram se abrir de vez a porta para o mercado interno e externo. O território produz em média 100 toneladas de mel por ano, mas só 70% aproximadamente passa pela cooperativa, que evita priorizar a exportação para não desabastecer o mercado interno. “Desde 2013 o ‘Velho Chico’ está na alimentação escolar de Salvador. A gente também vende na Cesta do Povo, em toda a Bahia. Agora, consolidar esse mercado interno é um desafio. Sabemos que não é fácil, devido ao baixo consumo de mel no Brasil. O nosso consumo per capta chega a 300 gramas de mel por ano, nos EUA são 3 quilos. O brasileiro ainda vê o mel como remédio, e não como alimento”, explica Gilmário, ao refletir sobre o final da cadeia produtiva do mel. Além do consumidor interno, a cooperativa ainda tem outros desafios. Um deles é a conquista da certificação do mel orgânico, exigência do mercado. Inicialmente 40 apicultores estarão envolvidos. Essa certificação vai garantir um aumento médio de 30% sobre o valor do produto. Mas, para isso, o apicultor precisa atender a algumas recomendações, que incluem mudança de hábito e distância de fronteiras agrícolas.
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O mel na Bahia e no Brasil A produção de mel no Brasil cresceu significativamente nas últimas quatro décadas. De acordo com o IBGE, em 1974 o país produziu 4,1 mil toneladas e, em 2013, 35,4 mil. Entre 2013 e 2014, passou do 11º maior exportador para o 8º maior. Mesmo com esse crescimento, ainda está bem distante da Argentina, que ocupa o 2º lugar no ranking liderado pela China. A contar pela animação do coordenador da Coopamesf, a curto prazo o Brasil vai ser o 1º. “Nós temos potencial, nós vamos ser! Temos um clima espetacular, praticamente não temos geada. Agora, para chegar a isso, a gente precisa profissionalizar a apicultura”. Em 1999, a Bahia produziu 354 toneladas e, em 2013, mais de 2 mil. Esse aumento, impulsionado por investimentos e programas públicos voltados para a cadeia produtiva do mel, colocou o Estado como o maior produtor do Nordeste e o 6º no país. Presente nos 27 territórios baianos, a atividade apícola envolve cerca de 10 mil apicultores, cadastrados no Plano de Desenvolvimento da Apicultura do Estado da Bahia, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Rural. Embora a apicultura consista da produção de pólen, própolis, apitoxina, geleia geral, cera e mel, este é predominante. E curiosamente é o que tem o menor preço de mercado. Um quilo de pólen, por exemplo, custa em torno de R$ 80, um de própolis vermelho, que só tem na região de mangues, chega até R$ 450. “Eu não sei se é viável para a gente aqui deixar de produzir mel pra produzir pólen, porque nós não temos uma florada com potencial grande de pólen. E se você produzir pólen, não vai produzir mel. Tem que escolher. E nosso potencial aqui é maior para o mel”, justifica Gilmário. Outro produto que está crescendo na apicultura é a polinização, processo pelo qual se aluga enxames para polinizar plantios. Ano passado Gilmário alugou 12 colmeias a um laboratório de São Paulo para um estudo na cultura do algodão em Luís Eduardo Magalhães. Ele ainda não teve acesso ao resultado da pesquisa, mas uma coisa tem certeza, a tendência da Coopamesf é se estender para o Oeste baiano. “O cerrado ainda não está sendo explorado na atividade da apicultura e tem potencial enorme, maior que o da caatinga, pois tem água”. 46
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HISTÓRIA
O mel é usado como alimento pelo homem desde a pré-história. Por vários séculos foi retirado dos enxames de forma extrativista e predatória. Há registros de que os sumérios da Mesopotâmia de 5000 a.C. já usavam o mel que, ao longo da história, passou a ser explorado de diversas maneiras devido sua rica propriedade nutricional e medicinal.
PROPRIEDADE
O mel de abelha é composto por carboidratos (cerca de 80 a 90%), pequenas quantidades de enzimas, aminoácidos, minerais, oligoelementos, vitaminas e polifenóis. O aroma, paladar, coloração, viscosidade e propriedades funcionais do mel estão diretamente relacionados com a fonte de néctar que o originou e também com a espécie de abelha que o produziu. De maneira geral, alguns estudos demonstram que o mel possui propriedades antimicrobianas, antivirais, antiparasitária, anti-inflamatória, antioxidante e anticarcinogênica.
Há 16 anos, a Bahia produzia 354 toneladas. Hoje, é o 6º maior produtor do Brasil e o 1º do Nordeste.
10 China Argentina Vietnã Mexico Ucrânia Índia Espanha Brasil Alemanha Belgica
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MAIORES ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL
Rio Grande do Sul Paraná Santa Catarina Minas Gerais São Paulo Bahia Ceará Piauí Maranhão Mato Grosso do Sul
7 286 5 565 4 887 3 308 3 224 2 058 1 835 1 267 1 137 769
(em toneladas)
MAIORES PAÍSES EXPORTADORES DE MEL
129.824 54.500 49.641 39.152 36.336 26.976 26.111 25.317 22.547 20.006
De 2013 para 2014, o Brasil subiu três posições no ranking mundial de exportadores. No entanto, está bem abaixo da Argentina.
(em toneladas)
FONTES: IBGE 2013, EMBRAPA E WWW.NUTRITOTAL.COM.BR/
umlugar
foto RUI REZENDE
MATOPIBA A Cachoeira da Fumaça, em Ponte Alta, no Jalapão (TO) fará parte do novo projeto fotográfico de Rui Rezende sobre a nova região que envolve parte dos estados de Maranhão, Piauí e Bahia e todo território do Tocantins. Além dos registros específicos do espaço que configura a Matopiba, o livro apresentará também certas peculiaridades de cada estado. Em breve mais informações sobre o projeto.
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cult
música, cinema, artesanato, agenda,
literatura
O CORDEL
AINDA VIVE
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Seja com xilogravuras ou ilustrações coloridas a literatura de cordel sobrevive, muito em função da persistência dos cordelistas, que ainda realizam oficinas para ensinar aos jovens a tradição milenar.texto/fotos IVANA DIAS ordel, assim foi denominada as impressões de relatos orais feitos pelos trovadores medievais, comercializadas em folhetos pendurados em cordões – chamados de cordéis, em Portugal. A história da literatura de cordel começou no período do Renascimento e desenvolveu-se até a Idade Contemporânea. Trazido para o Brasil pelos portugueses no início da colonização, as impressões dos folhetos tipicamente brasileiros começaram a serem impressos na segunda metade do século XIX. Nas mãos de um poeta qualquer assunto vira cordel, o brasileiro geralmente apresenta fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre outros, como as histórias do cangaceiro Lampião e o suicídio de Getúlio Vargas – cordéis que tiveram maior tiragem registrada. O cordel é destaque no Nordeste principalmente nas feiras culturais, casa de cultura, livrarias, feiras e nas apresentações dos cordelistas, com muito esforço dos próprios autores para que essa cultura não desapareça. Assim como Zeca Pereira que, além de escrever e vender, realiza palestras e oficinas na região Oeste, no intuito de fortalecer a Literatura de Cordel. “O cordel tem uma boa aceitação, mas ainda existe um público que infelizmente desconhece essa literatura que é nossa. Tenho trabalhado nas escolas de Barreiras desde 2002 e em 2011 deixei minhas outras atividades para viver unicamente do cordel. Por minha insistência, hoje sou um dos poucos cordelistas que vivem exclusivamente da arte. Viajo e faço palestras, oficinas, escrevo cordel e já percorri os Estados de Minas, Goiás e Brasília – onde morei por um ano”, disse o cordelista.
RECONHECIMENTO Orgulhoso, Zeca Pereira afirma ser um dos poucos cordelistas que vivem exclusivamente da arte
Zeca Pereira conheceu o cordel quando criança. Seu irmão comprou um exemplar na feira livre de Barreiras e, como ainda não sabia ler, fez o pedido que foi realizado inúmeras vezes. “Aprendi a gostar um pouco de tudo, poesia matuta com uma linguagem diferente e de alguns poetas. Meus pais eram analfabetos, apenas contavam algumas histórias, meu irmão foi quem apresentou-me e lia os cordéis, eu gostava muito”, pontuou e ressaltou ainda a experiência compartilhada com um grupo de amigos. “Eu trabalhava no extinto Supermercado Vivi, próximo à feira livre e no fundo tinha um rapaz com uma lona no chão e muitos cordéis antigos da editora Luzeiro – a primeira e mais tradicional no segmento. Comprei e influenciei outros colegas de trabalho a comprarem. Na época, todos meninos, decorávamos e a noite sempre nos reuníamos na casa de alguém para recitar. O meu gosto pela literatura de cordel me afastou do envolvimento com as drogas, o que era muito comum no bairro em que morava – Vila Brasil, e me proporcionou também o gosto pela escrita. Aos 14 anos comecei a escrever e em 2002 publiquei o meu primeiro cordel ‘Os lamentos do senhor Mazilo’”, disse. Após o primeiro vieram muitos outros, entre eles, A confissão de um drogado, ABC do cachaceiro, O homem que se casou com a égua, em destaque, os que tratam de temas relacionados à cidade de Barreiras – Menino do cais – lançado em Serra do Ramalho em 2012 e a Romaria do Cantinho, com ilustrações nas tradicionais xilogravuras e com as modernas capas ilustradas coloridas, todos vendidos na barraca localizada na feira livre de Barreiras.
Impressões
ANTON ROOS Jornalista, gaúcho de Três Passos, nascido no dia de Santo Antônio cerca de três décadas atrás e pós-graduado em Jornalismo Digital
por ANTON ROOS e-mail antonroos@gmail.com
Não quero saber tua opinião NA HORA DO CAFÉ
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oje pela manhã, logo após sorver meu primeiro gole de café com leite e dar a primeira mordida num desses bolinhos bolivianos, levemente adocicados e quase que suavemente apimentados, recebi uns tapinhas nas costas e um sorriso largo e convidativo de alguém que mal conheço. Ganhei um bom dia e até pelo nome fui chamado. Por questão de educação, vi-me obrigado a me levantar e retribuir a gentileza com um aperto de mão e um abraço, desses em que o melhor a fazer é devolver o sorriso e a cordialidade, sem queixumes, tampouco chorumelas. Por fim, com a mão direita aberta dei uns tapinhas cordiais no peito da pessoa. Mais amigável que isso, em se tratando do horário, particularmente, duvido e o dó. Meu gesto, só pode ter sido ele, fez com que o quase desconhecido se sentisse no direito de se sentar na mesma mesa que eu, embora eu não tenha feito nenhum convite, tampouco sido consultado a respeito. Ela — a pessoa — simplesmente se sentou, também com uma generosa xícara de café com leite e esperou até que uma moça magrela que atende na padaria trouxesse um pratinho com dois pães franceses com margarina. Só e nada mais. Eu, por outro lado, comia meu segundo bolinho boliviano, com açúcar a resvalar pelo bigode, já pensando na coxinha que repousava solitária no meu pratinho. Minha inesperada companhia, pelo contrário, preparava-se para devorar dois pães franceses com margarina. Bolinhos e coxinhas de um lado, pão com margarina do outro. Vá entender. Mas então, ele começou a falar. E falar e falar. Quase sem parar, talvez desejando que eu embarcasse naquela prosa duvidosa e contra argumentasse aquela infinidade de opiniões e teorias e conchavos, cuspidos junto às migalhas do pão com margarina ou do açúcar do bolinho boliviano que caiam sobre a mesa. Terminei meu café, meus bolinhos e a solitária coxinha e, novamente, a educação fez com que, ao invés de me levantar e sair correndo indiferente, permanecesse ali, imóvel, ouvindo e ouvindo. E eu ouvi. E discordei também muitas vezes. Na maioria talvez. Só resolvi permanecer calado. Não por omissão. Apenas, por que nada do que dissesse mudaria o que aquela pessoa pensava. Nada. Nenhuma palavra. Não sei explicar o porquê e talvez haja quem discorde de mim.
Só sei que não faria diferença para ele ouvir, àquela hora da manhã, uma opinião diferente. Porque ela falava com convicção. Isso. E quem fala com convicção, mesmo quando mente ou vocifera um paiol de bobagens, consegue ser convincente. Guardadas as devidas proporções, aquela pessoa estava sendo convincente. Se fosse outro e não eu, provável que marcassem um almoço e os números de celular para um incluir o outro nos seus grupos de whatsapp. Sai da padaria imaginando se deveria ou não ter respondido e dito discordar disso e daquilo. Entrei no carro com uma sensação estranha. De desconfiança. O mais estranho imaginar, é que, pouco depois de meu café da manhã conjunto, uma amiga disparou, meio que fazendo beiço e com olhos de quem perdeu a fé na humanidade: — De agora em diante, vou é ficar de bico calado. Chega de ficar dando minha opinião à toa. Eu vi. Assisti o momento em que ela disse isso. E lembro da entonação na voz quando ela pronunciou o “chega”. Não um chega qualquer, mas um chega rodeado de uma tristeza, quase comovente. De quem se cansou de opinar, por saber que os outros talvez não se importem ou acabem usando para mal alguma coisa que você falou. E ai eu me lembrei da padaria. E dos bolinhos bolivianos, a solitária coxinha, os dois pães franceses com margarina e o barulhinho que fizemos com a boca ao sorver o primeiro gole de café com leite. Só não consegui lembrar de quase nada do que aquele estranho me disse. Apenas, que da próxima vez não darei nenhum tapinha cordial no peito de alguém, afinal, não quero saber da tua opinião na hora do café.
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MÚSICA
EVENTO
HERMANOS EM SALVADOR texto CAROL FREITAS FOTOS: REPRODUÇÃO
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arcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba se encontram para mais uma turnê da banda Los Hermanos a partir do dia 2 de outubro. Para alegria dos baianos, a banda carioca, incluiu na agenda o show no Wet’n Wild, em Salvador no dia 12. Os fãs da banda da Anna Júlia e do Bloco do Eu Sozinho, podem se preparar para ouvir e cantar muitos sucessos como “A flor”, “Sentimental”, “Morena”, “O vencedor”, “Pierrot”“Azedume”“Bárbara”, “O velho e o moço”, dentre muitos outros. A turnê que que se inicia em Belém, passa também por Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Após uma década juntos e quatro discos lançados, em 2007, Los Hermanos anunciaram, no auge do sucesso, que fariam uma pausa por tempo indeterminado. Os músicos trabalharam em carreira solo, mas em 2012 se reuniram para uma turnê comemorativa que percorreu 12 cidades brasileiras. Em 2015, ganharam um documentário que mostra de perto as apresentações da banda em cinco dessas cidades (Recife, Brasília, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro). O longa de Maria Ribeiro “Los Hermanos – Esse é só o começo do fim da nossa vida”, revela o cotidiano da turnê, os bastidores dos shows, além das participações calorosas dos fãs e acompanha os músicos na temporada que marcou o reencontro da banda depois de cinco anos de recesso.
BARBUDOS REUNIDOS Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Bruno Medina e Rodrigo Amarante se reencontram em mais uma turnê da banda Los Hermanos
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Os ingressos para a turnê 2015 já estão à venda no site da banda e para algumas cidades já estão esgotados. Os fãs precisam correr para garantir logo o seu, porque não se sabe quando os barbudos (como carinhosamente são chamados pelos fãs) se reencontrarão para novas apresentações. Que “todo carnaval tem seu fim”, os baianos já sabem muito bem, agora só resta conferir de perto “de onde vem a calma” da banda que há mais de 15 anos, mexe com a cabeça de jovens e adultos de todo o país.
Encontro de SABORES Cerca de 60 atividades como oficinas técnicas, aulas-show, palestras, rodas de conversas, feiras e manifestações artísticas e culturais marcam a 2ª edição do Festival LEM Gastronomia que acontecerá de 01 a 04 de outubro no Centro de Eventos Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Luís Eduardo Magalhães. Estão programadas aulas que ensinam técnicas de alimentos como cortes de ovinos, aves e defumação de peixes, além de apresentações que envolvem a culinária baiana, mineira, paulista, pernambucana, goiana, e até mesmo internacional como a gastronomia japonesa e iraniana. A coordenação da segunda edição do Festival é de responsabilidade da chef Rosa Gonçalves, através da Escola de Culinária e Buffet, que leva o seu nome. Chefs de outros estados como Rivandro França (PE), Chico Amaral e Chico Ferraz (SP), Gilmar Borges (GO) e Osmane Silva (TO), além de profissionais de Salvador como Clodomiro Tavares, Alício Charoth e Charles Silva também estarão presentes no evento que tem público estimado em dez mil pessoas que, incluindo os habitantes de LEM, virão de cidades da região Oeste da Bahia, Goiás, Brasília, Tocantins e diversas regiões do país.
CINEMA
GEORGES GACHOT: O Samba O ritmo que arrebata o coração dos brasileiros é tema do longa metragem de Georges Gachot. Procurando desmistificar a imagem do samba, futebol e belas mulheres registrada na cabeça dos turistas, o filme busca a origem e o real significado da palavra samba. Através de uma viagem guiada pelo sambista Martinho da Vila, o espectador se dá conta de que o samba é muito mais que uma dança. É uma linguagem, uma grande representação cultural e para muitos, um estilo de vida. Martinho apresenta a Vila Isabel, sua escola de coração e conta histórias do mundo do samba. O enredo que também conta com os depoimentos de Leci Brandão e Mart’nália promete mudar a visão de muitos turistas e dos próprios brasileiros sobre o estilo musical que não deixa ninguém parado.
JOE WRIGHT: Peter Pan Diferente das produções anteriores do herói que nunca cresce, o longa se propõe a contar a história do menino órfão que é levado para o mundo mágico da Terra do Nunca. Lá, ele encontra diversão e também muitos perigos. A enigmática carta de sua mãe que promete encontrá-lo nem que seja em outro mundo, conduz o garoto a incríveis aventuras após sua ida para a Terra do Nunca. Peter demonstra ser o mais corajoso da ilha e vive momentos incríveis que vão despertar o imaginário da criançada. A aventura de quase duas horas conta ainda como o herói conheceu o grande amigo, que mais tarde se tornaria o vilão Capitão Gancho.
ANDRÉ RISTUM: O outro lado do paraíso O filme protagonizado pelo ator Eduardo Moscóvis tem como objetivo primordial mostrar ficcionalmente o período e local pouco, ou quase nunca, vistos na cinematografia brasileira: o da construção de Brasília. A história de Antônio e de seu sonho pela busca de um lugar melhor ilustra bem o momento tenso pré-ditadura militar e algumas das suas consequências na vida de muitos brasileiros. Atraído pelas promessas do presidente João Goulart e pela ampla oferta de emprego, Antônio se muda para a capital com a esposa e os filhos. O sonho da prosperidade, no entanto, é interrompido pelo golpe militar e Antônio, envolvido com o sindicalismo, começa a viver um pesadelo. O longa é baseado na literatura de Luiz Fernando Emediato e traz uma visão crítica do momento unido à visão poética do autor.
SE LIGA! No dia 03 de outubro, a partir das 19h, o Espaço Artístico e Cultural - Trapiche, em Barreiras, será palco para o encontro
de vários ritmos. As bandas Afro Pekko, Remanescentes e o cantor Bosco Fernandes irão comandar a festa.
CONECTADO facebook: annestella e-mail: annestellax@hotmail.com
Saia Lápis
ANNE STELLA Libriana de 30 anos e 2 filhas. Administradora da Revista A e apaixonada por moda, fotografia e tendências.
REP
ROD U
ÇÃO
FOTOS:ANNE STELLA
por ANNE STELLA
Moda Pet!
Puro luxo essa bolsa pet da Carmen Steffens!! Seu cachorrinho vai arrasar nas ruas.
Para a criançada Recentemente inaugurada em Barreiras a loja Baby & Kids tem tudo para as princesinhas ficarem ainda mais lindas! A loja localizada na Rua Professora Guimar Porto, 66 – A centro, traz as grifes americanas Gap, Jane and Jack, Gymborre, Crazy 8, Disney, Carter`s, H&M, Sara, Tommy Hilfiger entre outras. Tel.:(77)3613-6686.
Novidade!
Cliente Vip O
ÇÃ LGA
DIVU
O Boticário acaba de lançar o produto mais premium de seu portfólio feminino – Elysée O Boticário, um eau de parfum feito com o que há de mais nobre entre as matérias-primas da perfumaria mundial. Chamados de “Orpur®”, ingredientes naturais, de origem específica e pureza olfativa são considerados joias no universo das fragrâncias.
Ana Maria Índia, uma das pioneiras do MMA feminino veio a Barreiras visitar a família e aproveitou pra ir na franquia Elementais Barreiras e conferir de perto a nova coleção Allegria. A loja está em novo endereço, na rua Marechal Hermes, 179 (rua do ubway). ago-set/2015
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social
João Paulo, Alan, Luciene, Ubiratan, Ramon, Rodiney, Alane, Ranaiane, Eduardo e Aglailson
Nelson, Lenir, Walter e Silvia
Dra. Isa e Dr. Davi
Antonieta, Cristiana, Ananda,Niedja e Jessica
CONSTRUVALE
No dia 27 de agosto, a Construvale realizou a entrega do Residencial Poeta Drumond.
Jessica, Janzia,Margot, Naura e Luana
Nubia,Naurinha e Viviane
ELEMENTAIS
Aline, Janzia,Naurinha, Roberta, Kenya, Bruna,Ana, Ana Maria e Isadora
Selminha, Naurinha, Sergio e Janzia
Inauguração da franquia em novo endereço em Barreiras e lançamento da coleção Allegria no dia 03 de setembro. 56
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Letícia, Carine, Pammella,Lanna,Ana Luiza e Maria Eduarda
Pammella, Luciana, Adriano e Natanael
Kedynha e Brenda
Pammella, Isabela, Natanael e Victor
BABY & KIDS
Inauguração da loja infantil em Barreiras no dia 8 de agosto.
Noili,Monica e Tania
Vanessa, Dra. Daiane e Neide
Leila, Cris,Jakline,Josana e Vanessa
Kenya e Carla
CARMEN STEFFENS
Lançamento da coleção Primavera - Verão 2016 da franquia em Barreiras no dia 30 de agosto.
social FOTOS: ARERE
Eduardo,Ray, Juca e Andre
Luciano, Virginia e Castro
Lorena, Carla e Caik
UNIPEÇAS
Reinauguração da Unipeças no dia 11 de agosto.
Major Uzeda e Gertulio