DOSSIER APRESENTAÇÃO 2010
APRESENTAÇÃO O Centro Iberoamericano de Desenvolvimento Estratégico Urbano (CIDEU) é a rede formada pelas principais cidades iberoamericanas vinculadas pela Planificação Estratégica Urbana (PEU), na qual participam ativamente os escritórios de planejamento estratégico pelas quais se elaboram e desenvolvem os principais projetos de desenvolvimento urbano da Iberoamérica. Mais de 100 cidades que supõem mais de 100 milhões de pessoas utilizam a rede CIDEU como plataforma para o intercâmbio de conhecimento, a sinergia de projetos e em geral, o impulso do pensamento estratégico como elemento articulador da melhora da qualidade de vida dos cidadãos da Iberoamérica. CIDEU tem sede permanente na Espanha e nasce com a vocação da transferência de modelos de êxito para o desenvolvimento de cidades e seus projetos de calado estratégico. Através de seus mais de 16 anos de experiência, desenvolveu estreitos vínculos com as distintas equipes de planejamento urbano assim como os órgãos eleitos de gestão municipal aos quais proporciona assistência técnica experta, formação especializada, capacitação de profissionais e um importante instrumento telemático para a gestão do talento e do conhecimento. Nossas cidades se propõem alcançar um modelo de cidade onde as pessoas que a habitem possam desfrutar de uma qualidade de vida suficiente, compartida e prevista. Para consegui-lo é preciso pensar a cidade que queremos com a participação de todos os atores e a liderança municipal, planificar e administrar os projetos estratégicos urbanos. Agradecemos a quem apoiou CIDEU desde sua criação e de uma forma ou de outra, vem colaborando nas diferentes etapas da sua história, na sua consolidação e extensão. Especialmente, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, AECID, que cofinancia as atividades da rede CIDEU através de subvenções e a disponibilidade dos seus Centros de Formação Presenciais na Iberoamérica.
Maravillas Rojo Torrecilla Secretária Geral
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ÍNDICE
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Coadjuvar na planificação da qualidade de vida de 100 milhões de pessoas o
Plataforma do pensamento estratégico para mais de 100 cidades
o
Impulsor de serviços de alto valor agregado
o
Ponto de encontro dos planificadores locais
Representar em rede às cidades que pensam seu futuro estrategicamente o
Da Planificação à Gestão Estratégica Urbana Concorrente e a Gestão por Projetos
o
Definir, apreciar e certificar a qualidade dos projetos
o
Desempenhar o papel adequado no marco global
Organização e estrutura o
Objetivos
o
Estrutura e funcionamento
o
Membros do Conselho Reitor do CIDEU
o
Convênios e captação de recursos para as cidades
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COADJUVAR NA PLANIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE 100 MILHÕES DE PESSOAS CIDEU se constituiu em Barcelona em 1993 para compartir em rede os benefícios derivados do seguimento de processos da PEU. Entre esses benefícios podemos destacar a continuidade no tempo de linhas e projetos estratégicos, uma maior e melhor participação dos agentes sociais e econômicos, a oportunidade de compartir e administrar o conhecimento comum, e a melhora da posição competitiva própria dos sistemas organizados em rede. Cada ano, CIDEU se converte na plataforma geradora de pensamento estratégico urbano que interatua em mais de 100 escritórios e equipes de profissionais vinculados à PEU. Uma média anual de 60 profissionais encarregados da planificação estratégica das suas cidades e o impulso de projetos que a articulem participam nos processos de formação especializada, capacitação profissional e oficinas de prospectiva. Aproximadamente 50 cidades utilizam os serviços de assistência técnica experta, seja presencial, virtual ou de processos de intercâmbio de experiências, projetos e conhecimento nos espaços que CIDEU organiza anualmente. •
CIDEU impulsiona o desenvolvimento econômico e social das cidades iberoamericanas através da PEU.
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Promove a reflexão em torno das estratégias urbanas e facilita sua circulação.
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Promove a mudança cultural para a incorporação de tecnologias digitais no entorno da PEU e para construir comunidades virtuais.
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Estrutura uma rede de cidades para posicionamento estratégico das mesmas.
melhorar
o
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PLATAFORMA DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO PARA 100 CIDADES CIDEU é uma rede formada por 104 cidades e 21 organismos colaboradores: Argentina: Cidade de Buenos Aires, Universidade de Buenos Aires, Córdoba, Morón, Rafaela, Rosario, General San Martín, Santa Rosa, Venado Tuerto, Zárate. Bolívia: La Paz, Sucre. Colaboradores: Universidade Mayor, Real y Pontífica San Francisco Xavier de Chuquisaca. Brasil: Belo Horizonte, Brasília, Cairu, Campo Grande, Fortaleza, Juiz do Fora, Natal, Nova Iguaçu, Salvador, São Paulo. Colaboradores: CNM - Confederação Nacional de Municípios Brasileiros, Instituto da Cidade, Pesquisa e Planejamento Urbano e Rural de São Luís do Maranhão, Universidade de Salvador-Bahía. Chile: Chillán, Região do Bío Bío, Concepción, Lota, Santiago de Chile. Colômbia: Barrancabermeja, Área Metropolitana de Barranquilla, Bogotá, Bucaramanga, Cartagena de Indias, Departamento de Cundinamarca, Ibagué, Medellín, Pasto, Governo de Tolima, Yopal. Colaboradores: Câmara de Comércio de Bogotá. Cuba: Havana. Ecuador: Cuenca, Quito. Colaboradores: FLACMA (Federação Latinoamericana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais).
El Salvador: San Salvador Espanha: Barcelona, Deputação de Barcelona, Plano Estratégico de Barcelona, Candelaria, Gijón, Irun, Málaga, Donostia-San Sebastián, Sevilla, Valladolid, Vitoria-Gasteiz, Zaragoza. Colaboradores: Câmara de Comércio e Indústria de Zaragoza, COCETA (Confederação Espanhola de Cooperativas de Trabalho Associado), IBERIA, Porto de Barcelona.
Guatemala: La Antigua. Honduras: San Pedro Sula, Zona Metropolitana do Valle de Sula, Tegucigalpa México: Aguascalientes, Ciudad Valles, Culiacán, Durango, Ensenada, Guadalajara, Mérida, Monterrey, Oaxaca de Juárez, Pachuca de Soto, Parral, Puebla de Zaragoza, San Luís de Potosí, San Pedro Cholula, San Pedro Garza García, Tijuana, Querétaro, Zapopan. Colaboradores: AMIMP (Associação Mexicana de Institutos Municipais de Planejamento do Colégio de Arquitetos de Salamanca), INPLAN (Instituto Municipal de Planejamento de Manzanillo), IMPLADE (Instituto Metropolitano de Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Veracruz), Plano Estratégico de Mérida. Nicarágua: Estelí, León. Colaboradores: Associação de Municípios com Irmanações Nicarágua-Holanda. Conselho Nacional de Irmanações Holanda-Nicarágua, Associação de Municípios do Departamento de Estelí – AMUDES. Paraguai: Asunción, Choré, Concepción, Encarnación, Presidente Franco.
Peru: Huaraz, Lima. Portugal: Coimbra. Porto Rico: Caguas. República de Panamá: Panamá, Portobelo. República Dominicana: La Romana, Los Alcarrizos , San Pedro de Macorís, Santiago de los Caballeros, Santo Domingo. Colaboradores: FEDOMU (Federação Dominicana de Municípios), Urbanos).
SODOPLAN
(Sociedade
Dominicana
de
Planificadores
de
Assentamentos
Uruguai: Montevideo. Venezuela: Estado de Anzoátegui, Município Autônomo Bolívar, Caracas Libertador, Distrito Metropolitano de Caracas, Caroní, Chacao, Guanta, Diego Bautista Urbaneja, Instituto Municipal da Habitação de Sotillo.
Membros de honra AECID – Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. SEGIB – Secretaría General Iberoamericana.
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IMPULSOR DE SERVIÇOS DE ALTO VALOR AGREGADO As cidades CIDEU compartem ativamente conhecimento, através da participação de seus profissionais estrategistas e suas equipes de planejamento. Estas cidades aproveitam os serviços de Assistência Técnica Experta, organizada nos seguintes serviços: •
Assistências técnicas presenciais, encontros programados com expertos internacionais para o treinamento e melhora de escritórios de planejamento.
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Assistências técnicas virtuais, através da plataforma de trabalho colaborativo telemática do CIDEU.
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Encontros bilaterais, reuniões de trabalho entre equipes de planificação e/o com a equipe de expertos do CIDEU.
Serviços de formação e capacitação através da Universidade Corporativa: •
Programas de Especialização, desenhados desenvolvimento profissional de técnicos.
para
o
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Cursos de Capacitação, instrumentos de treinamento prático em enfoque setorial.
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Oficinas de Especialização, por exemplo, em Desenvolvimento Glocal, Turismo, Cultura e Territórios Sustentáveis.
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Reengenharia de Escritórios Técnicos de Planejamento, coaching dirigido a equipes profissionais que conformam um Escritório Técnico de Planejamento (OTP)
Integrados numa potente Plataforma Telemática e com o apoio das Redes Sociais, que introduzem serviços de: •
Banco de Projetos Estratégicos Digitalizados: Em www.cideu.org as cidades compartem mais de 300 projetos atualizados e mais de 150 boas práticas.
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PEU on-line, aplicativo telemático que assiste às OTP na elaboração, partida e atualização de um plano estratégico urbano.
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Marketing viral e redes multidispositivo, CIDEU consolida seu trabalho colaborativo através do Facebook, Twitter e YouTube.
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PONTO DE ENCONTRO DOS PLANIFICADORES LOCAIS Sendo a administração local a mais próxima às pessoas, é também a que acusa de forma mais viva e direta os problemas que afetam as pessoas que a habitam, e, infelizmente, a que atua com recursos legais e econômicos mais subsidiários. Para melhorar o nível de representatividade do urbano e internacionalizar o local se requer das cidades sua organização em redes fortes, capazes de melhorar o posicionamento de cada uma delas e do conceito local no entorno global. CIDEU intervém de maneira direta nos processos de reflexão e desenho das estratégias urbanas das cidades mais relevantes da Iberoamérica que a curto e médio prazo se posicionarão como eixos emergentes da Nova Economia. Através do CIDEU, mais de 140 profissionais vinculados à PEU enriquecem anualmente seu perfil profissional com intercâmbios de conhecimento e talento, perfilam o desenho de projetos de intervenção urbana com as melhores práticas de projetos similares localizados na mesma rede e estabelecem estratégias de colaboração entre cidades membro.
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REPRESENTAR EM REDE AS CIDADES QUE PENSAM SEU FUTURO ESTRATEGICAMENTE Queremos que nossa cidade seja aberta, onde as pessoas vivam com uns níveis de qualidade de vida dignos, participativa, diversa, plural e sustentável. Diariamente uma maior parte da população do planeta se faz urbana e habita mega cidades em países em vias de desenvolvimento. A gestão destas cidades supõe um grande desafio e uma redefinição profunda das tarefas e orçamentos das administrações. A razão de ser da cidade são as pessoas que a habitam e ante o fenômeno da globalização devemos criar novos mecanismos de participação e coesão social, para eliminar a lista de povoadores que, na prática vivem à margem do sistema: sem emprego, em zonas periféricas, sem serviços mínimos, e próximos da exclusão econômica, política, cultural e social. Se foi na cidade onde as pessoas obtiveram o reconhecimento de seus direitos civis, pode ser esse o marco onde se renove o modelo democrático. Queremos cidades participativas e sustentáveis. Relacionamos a sustentabilidade do sistema urbano com o modo que este tem para se abastecer de recursos e se desfazer dos resíduos, e com o controle e correção das perdas de qualidade que afetam seu funcionamento. A sustentabilidade local no mundo global nos leva a cooperar para lá do nosso próprio recanto territorial, atendendo os desafios que apresenta a conservação do planeta. A cidade na qual queremos viver, a faremos entre todos, se primeiro somos capazes de imaginá-la, e posicioná-la no mundo global.
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DA PLANIFICAÇÃO À GESTÃO ESTRATÉGICA URBANA CONCORRENTE E A GESTÃO POR PROJETOS A planificação estratégica entra na agenda da administração local como a alternativa aos modelos tradicionais de gestão pública que permite antecipar respostas a problemas complexos que acontecem em cenários de incerteza socioeconômica. A assunção de novas competências no âmbito local como consequência dos processos de descentralização, e a revalorização do papel de cidades e regiões para incentivar o desenvolvimento, levaram os governos locais à busca de maiores níveis de eficácia e eficiência na gestão. Mas o “plano estratégico” já não é tarefa administrativa e pontual dos governos locais ou regionais, senão um processo permanente de pensamento, diálogo e proposta protagonizado por atores públicos e privados que determinam e fazem a cidade. É uma metodologia e uma ferramenta de governabilidade na medida em que através da participação e do consenso dos cidadãos, contribui a uma maior eficácia na gestão do desenvolvimento desejado pelo conjunto de atores implicados. O plano estratégico não é um contêiner técnico de ditames ou normas. Planificar o desenvolvimento local nos vincula também à gestão desse mesmo processo. De tal forma que a planificação e a gestão territorial se concebem de forma integrada no marco das relações comunidade-território-governo local, dando lugar a um conjunto de processos político-técnicos complexos que permitem a concreção de políticas e programas concertados e sua execução através de projetos. Um olhar ao conjunto dos planos estratégicos promovidos pelas administrações locais iberoamericanas põe de manifesto que, na prática, os planos estratégicos foram um instrumento para que os governos locais desenvolvam um novo tipo de gestão pública, definido como gestão relacional. O enfoque participativo e consensuado dos planos estratégicos permite integrar a gestão relacional como parte do desenvolvimento do plano e da gestão estratégica do território. Com frequência, a cidade deve estruturar funcionalmente um espaço regional descontinuo e assimétrico, pelo seu caráter plurimunicipal ou metropolitano. O governo local deve pensar políticas e serviços para um território e uma população que costuma exceder sua demarcação estrita. Neste marco o governo local deve estabelecer um novo tipo de relação de cooperação e complementaridade com o resto das administrações homólogas e superiores.
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Por essas razões, na PEU devem concorrer os planos relacionados com os distintos territórios que se sobrepõem para definir a complexidade do entorno urbano atual. E também as diversas visões setoriais estratégicas da cidade, sendo estas produzidas desde o meio ambiente, o urbanismo, o infraestrutural, o desenvolvimento econômico e o emprego, a segurança, a inclusão social ou a busca da própria identidade. E, finalmente é necessário que concorram os planos e projetos estratégicos que diferentes níveis de governo municipal, regional, estatal ou federal elaboram, na medida em que possam terminar repercutindo no local. Os planos estratégicos se levam a cabo a partir da execução e partida de projetos concretos que alinhados pelo plano ajudem à consecução de seus objetivos. CIDEU impulsiona a profissionalização das equipes de planejamento na gestão excelente de projetos, como elemento chave para a implantação bem-sucedida dos planos estratégicos urbanos.
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DEFINIR, APRECIAR E CERTIFICAR A QUALIDADE DOS PROJETOS O principal referente da atividade produtiva e em concreto da cidade que faz planos estratégicos deve ser a qualidade. O cliente da PEU é a pessoa que vive e trabalha na cidade e não podemos imaginar cliente nenhum que deva ser melhor servido. No final do período industrial, a qualidade amadureceu muito como conceito e também como entidade visível, medível e gestionável, seja no produto, serviço ou processo. O período de transição à sociedade do conhecimento apostou mais por inovar e assentar o uso das novas tecnologias que por assegurar sua qualidade ao modo em que se entendia e assegurava a qualidade no período industrial. Mas, todos sabemos que no fim, nada permanece se não tem qualidade. A qualidade da PEU deve ser objetivo dos atores implicados na mesma, dos próprios profissionais da gestão estratégica e, sobretudo, ser medida e certificada para que se faça visível entre as pessoas que se beneficiarão da mesma. E os planos por sua vez se concretizam em projetos e, portanto, CIDEU se torna fundamental no processo da certificação da qualidade dos mesmos. Se cada cidade não pode ser juiz e parte da sua própria qualidade, é preciso que uma rede externa à cidade, consensuada e definida para defender os interesses das cidades neste terreno avalie e certifique a qualidade dos projetos articuladores de uma cidade. Mas, a qualidade é a meta e alcançá-la requer aprender, identificar e dar apoio às boas práticas, desaprender e gerar culturas adequadas. Trata-se de atividades associadas à medição e certificação que prolongam o propósito da rede. CIDEU está desenvolvendo continuamente equipes de expertos de calado internacional, instrumentos telemáticos para a gestão de dados, seguimento de processos e assistentes para a gestão ótima de planos, projetos e suas qualidades e impacto no território.
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DESEMPENHAR O PAPEL ADEQUADO NO MARCO GLOBAL: INTERNACIONALIZAR O MUNICIPALISMO Os processos de globalização e a revolução tecnológica favorecem à abertura de fronteiras nacionais, dão mobilidade ao capital e enfatizam a produtividade como suporte da competitividade de tal modo que as cidades adquirem um papel relevante. No longo prazo, constatamos que o crescimento da população urbana é incontrolável: dois terços da população mundial, 5000 milhões de pessoas viverão em cidades no ano 2025. Tais cifras permitem dizer que vivemos o milênio urbano. Na nova realidade a cidade não pode se administrar como extensão administrativa do governo central, estrangulada nas suas responsabilidades por não ter acesso aos recursos necessários. A globalização converte as cidades em nodos de uma rede de intercâmbio mundial de bens, pessoas, informação, finanças que se prolonga fora das fronteiras dos Estados. O fato é uma oportunidade para a cidade que amplia sua área de influência e sua capacidade de atração e também um objetivo que exige posicionamento na rede de fluxos, para ganhar competitividade e complementaridade. A internacionalização do local incorpora novos territórios ao sistema econômico e político consolidado, mas, também margina aos mais fracos criando importantes áreas periféricas com repercussões sociais graves. Por isso, a cidade precisa de estratégias de cooperação que deem lugar a redes para potencializar a participação dos centros urbanos em espaços de intercâmbio e de decisão mais amplos que o espaço local. CIDEU é um suporte para a solidariedade internacional e a aplicação de políticas redistributivas e o veículo para que as cidades participem na esfera política mundial.
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ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA Atrás de sua constituição respondendo à demanda de um núcleo inicial de cidades e autoridades locais, CIDEU iniciou sua caminhada propondo às cidades a conveniência de implantar metodologias de planificação estratégica de desenvolvimento urbano contrastadas. Acabada a etapa inicial, se abre a fase na qual as cidades veem suas áreas metropolitanas, em evolução constante, e características específicas. Ao tempo, a PEU ganha complexidade pela concorrência de diversos planos setoriais, e de diferentes entidades públicas e privadas vinculadas à planificação do território para dar resposta aos desafios em que vive o cidadão do mundo global. CIDEU se consolida como rede de cidades que dirige seu esforço ao pensar estrategicamente a ordenação do território, para acolher o desenvolvimento econômico capaz de oferecer emprego às pessoas, para que as oportunidades se repartam melhor entre todas as pessoas e se reduza a marginalidade social e para elevar o nível cultural de todos os cidadãos. A partir de 1997 se ampliou o programa de ação e se incorporou à planificação estratégica um grande número de cidades. Mas, é em 2004 quando se inicia uma nova etapa na vida da rede, que se caracteriza pela incorporação das tecnologias da informação e do conhecimento, o reforço do debate teórico, e a incorporação de novas práxis da PEU derivadas de ditos debates. Na atualidade, CIDEU é uma rede com uma dimensão digital muito sólida que permitiu o permanente apoio às equipes de planejamento e o efeito multiplicador dos serviços que oferece em termos de qualidade, capilaridade e personalização.
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OBJETIVOS O objetivo do CIDEU é impulsionar a realização e renovação de planos estratégicos urbanos com metodologias e instrumentos que clarifiquem o futuro das cidades e favoreçam a implantação de uma massa crítica de projetos estratégicos urbanos suscetível de facilitar o progresso das mesmas. Seus objetivos operativos se concretizam em: •
Impulsionar o desenvolvimento econômico e social das cidades iberoamericanas através da PEU e a gestão de projetos estratégicos.
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Promover a reflexão em facilitando sua circulação.
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Estruturar uma rede de posicionamento estratégico.
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Treinar uma equipe de expertos de calado internacional que oferecem serviços de valor agregado aos escritórios de planejamento.
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Construir a maior base de dados de profissionais estrategistas, projetos, boas práticas e planos estratégicos urbanos de cidade.
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Promover a mudança cultural para a incorporação de tecnologias digitais no entorno da PEU e para construir comunidades virtuais.
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO A Assembléia Geral é o órgão máximo do governo e, em sua reunião anual, aprova a gestão do ano, os orçamentos, o plano de trabalho, ratifica as adesões de novos membros e emite a Declaração que, fruto do trabalho realizado no Congresso anual, reúne os interesses e as inquietações do processo de desenvolvimento que estão vivendo as cidades e que se apresenta na próxima Reunião de Cúpula Iberoamericana de Chefes de Estado e de Governo. O Conselho Reitor determina e dá seguimento às linhas de atuação do CIDEU que lhe são apresentadas pela Secretaria e ratificadas pela Assembléia. Este órgão de governo está constituído pela Presidência, a Vicepresidência, a Presidência saliente e o/a Secretário/a Geral, e entre sete e nove comitês representantes das cidades associadas, que se renovam de modo parcial mediante eleição pela Assembléia Geral. As Sub-redes territoriais que agrupam as cidades das seis zonas regionais em que se organiza CIDEU: Andina, Brasil, CentroaméricaCaribe, Cone Sul, Ibérica e México. A estrutura executiva do CIDEU está constituída por uma Secretaria, dirigida por uma pessoa que ocupa o cargo de Secretário/a Geral, que leva a cabo o plano de trabalho anual, as relações com as cidades associadas, a busca de recursos, a participação internacional, e a resposta técnica às questões formuladas pelas cidades associadas. CIDEU financia sua atividade com as quotas ordinárias das cidades membros, com colaborações extraordinárias às que se agrega a colaboração da AECID, e de outros organismos.
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MEMBROS DO CONSELHO REITOR DO CIDEU (Abril 2009 – Maio 2009)
PRESIDÊNCIA Roberto Miguel Lifschitz Intendente Municipal de Rosario VICE-PRESIDÊNCIA Márcio Araújo De Lacerda Prefeito de Belo Horizonte PRESIDÊNCIA SALIENTE Paz Fernández Prefeita de Gijón SECRETÁRIA GERAL Maravillas Rojo Barcelona
COMITÊS Prefeito de Barcelona (Espanha) Coordenador Geral do Plano Estratégico de Barcelona Prefeito do Distrito Metropolitano de Caracas (Venezuela) Prefeita de Concepción (Chile) Prefeito de Donostia-San Sebastián (Espanha) Prefeito Metropolitano de Quito (Equador) Intendente Municipal do General San Martín (Argentina) Síndico Municipal de Santiago de los Caballeros (República Dominicana) Prefeito Municipal de San Salvador (El Salvador) Prefeito de Caguas (Porto Rico) Presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Zaragoza (Espanha)
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CONVÊNIOS E CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA AS CIDADES CIDEU tem estabelecido convênios e acordos com diversas instituições e entidades com o objetivo de colaborar em ações ou programas de desenvolvimento urbano. •
Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). 1994. Convênio de colaboração, mediante o qual se cofinancia a assessoria dos processos de planificação estratégica das cidades e diferentes ferramentas de e-CIDEU assim como projetos formativos.
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SEGIB (Secretaria Geral Iberoamericana), Membro de Honra do CIDEU. Desde a V Reunião de Cúpula Iberoamericana de Chefes de Estado e de Governo (San Carlos Bariloche, 16 e 17 de outubro de 1995) foi reconhecido como programa de cooperação das Reuniões de Cúpula Iberoamericanas de Chefes de Estado e de Governo. Atualmente é um projeto adscrito à Reunião de Cúpula Iberoamericana de Chefes de Estado e Governo (XVII Reunião de Cúpula Iberoamericana - Santiago de Chile, 2007).
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União de Cidades Capitais Iberoamericanas (UCCI). 1994. Acordo de colaboração com o objetivo de apoiar e promover as iniciativas de planificação estratégica urbana na Iberoamérica. Renovado no ano 2005.
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Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 1995. Acordo de cooperação que tem como objetivo determinar os campos e mecanismos que possam contribuir ao desenvolvimento econômico e social da América Latina e do Caribe.
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Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), se formalizou a adesão como organização associada.
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Confederação de Cooperativas Espanholas de Trabalho Associado (COCETA) 2009. Este acordo nasce com a finalidade de consolidar nas cidades do CIDEU a filosofia do cooperativismo e, com isso difundir, intercambiar ideias e boas experiências cooperativas apostando por esta forma diferente de fazer empresa para construir cidades socialmente coesionadas, responsáveis e com emprego digno e estável.
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Deputação de Barcelona (1999). Protocolo de colaboração para cooperar em ações ou programas de formação e capacitação de recursos, de modernização e democratização da gestão pública, e de fortalecimento das políticas tendentes a implantar planos de desenvolvimento concertados e participativos e assegurar a gestão sustentável dos projetos e programas.
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Federação Dominicana de Municípios (FEDOMU) 2008. Acordo de colaboração com o propósito de estabelecer uma relação de cooperação que fortaleza a Planificação Estratégica Urbana na República Dominicana.
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Federação Latinoamericana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (FLACMA) 2009. Acordo de colaboração com o objetivo de promover um parternariado que fortaleza a Planificação Estratégica Urbana na América Latina
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Instituto de Logística Iberoamericano (ILI). 2000. Protocolo de colaboração com o objetivo de potenciar o desenvolvimento da atividade logística no âmbito iberoamericano.
MAIS INFORMAÇÃO www.cideu.org Blog: http://www.cideu.org/site/especial/blocsCideu/blogs/aforo.php Mais informação em outros canais: Facebook: http://www.facebook.com/cideu.red Twitter: http://twitter.com/CIDEU YouTube: http://www.youtube.com/user/cideubcn
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