Este quinto volume da série Literatura na Bahia reúne dez textos escritos em momentos e circunstâncias diversos, tendo como ponto de identidade o fato de tratar de autores e obras que resultam da condição de ser ou estar baiano. Entende-se a segunda como um modo de caracterizar pessoas que tendo nascido fora, passaram a morar na Bahia e incorporaram traços do viver local. O título do volume resulta da minha própria vivência de baiano de uma cidade negro-mestiça do recôncavo. Em Maragogipe, terra habitada por caboclos, caiçaras, curibocas, negros e alguns brancos, era mais ou menos comum, em meados do século passado, utilizar o termo “peji”, pronunciado baianamente como “piji”, não apenas para designar os espaços sagrados da Umbanda e do Candomblé, mas para caracterizar um lugar onde se vai amontoando, desarrumadamente, um mundo de coisas.