Transição digital e o caminho a percorrer

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robótica

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Se houve uma coisa que uma pandemia à escala mundial nos ensinou foi que o ser humano se consegue adaptar de forma rápida às adversidades. Numa altura crítica como esta, fomos propulsionados para um mundo onde grande parte dos negócios continuou à distancia de um ecrã[1],[2].

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Isaac Ferreira Deputy Head of Industry Solutions Department na SisTrade, PhD in Mechanical Engineering

case study

Transição digital e o caminho a percorrer

Com este boost, enfrentamos um paradigma onde a digitalização se terá de manter a um nível elevado para que a indústria tenha o nível de competitividade e produtividade desejada. Assim a transição digital deixou de ser apenas um "chavão” e tornou-se algo onde os mais diversos setores vêm valor. Valor este não só a nível económico, mas também ligado à sustentabilidade e à responsabilidade em criar um mundo mais capaz de maneira não prejudicial para as gerações futuras[3]. Acelerar a transformação digital é neste momento essencial, de maneira a repensar a maneira de como os negócios operam desde o chão de fábrica à direção, assim, integrando a tecnologia a todos os níveis do negócio, movendo-se para um caminho onde a informação em real time para além de um dado adquirido é algo útil.

PAPERLESS Associada a esta transição digital está o paperless. Sendo este um dos primeiros passos a ser tomados, o transitar para um mundo digital, não significa que a maior vantagem seja a não utilização do papel, mas sim as consequências que esta mudança pode trazer para a indústria. No entanto, os benefícios de um negócio ecologicamente consciencioso, para além de assegurar uma redução dramática do consumo de recursos importantes, cria também um status ecológico que perante o consumidor e clientes se torna cada vez mais valioso[4]. De uma forma grosseira, a remoção do papel para uma empresa, está ligada a um aumento na produtividade. Desde o não ter que procurar no meio de pilhas de documentos, a ter ordens de fabrico a serem distribuídas diariamente, a digitalização dos processos promove um mais fácil acesso à informação. Com isto, ciclos de aprovação e validação documentais

tornam-se mais expeditos, estando à distancia de um click, promovendo assim uma colaboração mais simples. A remoção do papel implica o cumprimento de novas regulamentações como General Data Protection Regulation (GDPR), restringindo-se assim o acesso dos dados a certos utilizadores, aumentando assim a segurança dos dados, para além de criações de backups múltiplos de recuperação onde foram vistos aumentos de segurança[5],[6].

ENTRAVES À DIGITALIZAÇÃO Aliada a esta transição para o paperless estão os softwares de gestão de informação, que permitem gerir, transformar e controlar os dados. Uma das grandes adversidades encontradas é a resistência à mudança, sendo que uma transição a este nível implica um trabalho árduo de várias frentes, nomeadamente dos interessados, aos vários níveis na organização, do service provider destas tecnologias, e da relação/interligação entre os dois intervenientes. Falhando um deles, a experiência é má e complica a mudança de mentalidades, o que implica um retrocesso. Para que a transformação digital funcione verdadeiramente, e não passe só da adição de mais software resultando em entropia no fluxo das empresas, tem/terá que existir um compromisso das empresas em repensar as suas estratégias internas para, de facto tirar partido destas tecnologias, uma vez mais passando desde o mais alto cargo até ao operador do chão de fábrica[7].

NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO Para a promoção de uma verdadeira transição digital na indústria é essencial que haja o rastreamento da informação em “todos” os setores da mesma, de forma a criar um ciclo fechado onde, se sabe em tempo real desde as necessidades compras, a que produto está ligado, ao operador e equipamento em que o produto está a ser produzido, sendo possível uma maior eficiência de processo, assim como rentabilidade do mesmo.


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