dossier mobilidade elĂŠtrica
preparar Portugal para o desafio da mobilidade elÊtrica INTELI – Inteligência em Inovação
A generalidade dos paĂses tem ambiciosos planos para o aumento da penetração do veĂculo elĂŠtrico, em particular paĂses com elevadas taxas de motorização e que pretendem aumentar o uso de energia elĂŠtrica produzida a partir de fontes renovĂĄveis. Estes planos incluem frequentemente a criação de redes de carregamento de acesso pĂşblico (e no espaço domĂŠstico), a par de incentivos financeiros Ă compra de veĂculos. A componente de infra-estrutura ĂŠ determinante jĂĄ que, nĂŁo obstante a tendĂŞncia para que 80% dos carregamentos sejam em casa, a existĂŞncia de uma rede de carregamento ĂŠ um dos fatores que mais pesa na decisĂŁo dos potenciais compradores de veĂculos elĂŠtricos, uma vez que cria a noção de segurança. De acordo com dados da Bloomberg, em $ # 28 mil pontos de carregamento normal e 1.576 % & ! % atendendo ao facto destes investimentos se terem concentrado nos Ăşltimos dois anos. SĂł em 2011, o investimento em sistemas de carregamento de acesso pĂşblico totalizou 437 milhĂľes de dĂłlares, valor que deverĂĄ atingir 1,2 mil milhĂľes em 2012. Se fora das localidades dominarĂĄ o carregamento rĂĄpido (AC ou DC em cerca de 30 minutos, com potĂŞncias da ordem dos 50 kW), dentro das localidades predomina o carregamento dito normal (AC em cerca de 6 a 8 horas), com particular enfoque sobre o carregamento domĂŠstico. Dados os requisitos em
termos de segurança e a necessidade de integrar, de forma inteligente, os carregamentos com a rede elĂŠtrica, todos os veĂculos modernos como o Nissan Leaf ou o Renault Fluence carregam em AC de acordo com o modo 3 da Norma IEC 61851, que estabelece a comunicação bidirecional, por forma a proteger o carro e a infra-estrutura de sobrecargas. O carregamento em modo 3 pode atingir nĂveis de cor ça de um veĂculo, utiliza modulação PWM de modo a indicar ao veĂculo a corrente mĂĄxima que este pode extrair. O carregamento em DC segundo a Norma CHAdeMO corresponderia a uma implementação do modo 4 (carregador fora do veĂculo), nĂŁo estando ainda contemplado nas N admite nĂveis de alta voltagem (atĂŠ 500 V DC) e corrente (125 A), utilizando um protocolo com base no CAN do veĂculo, sendo o standard de facto utilizado pelos veĂculos japoneses ou seus derivados (Nissan Leaf, Mitsubishi iMiEV, Citroen Z-Zero, Peugeot iON). Neste momento, a indĂşstria automĂłvel europeia e americana encontra-se a procurar convergir para uma tomada Ăşnica que permita o carregamento, quer em AC quer em DC (tomada Combo) Portugal criou um Programa para a Mobilidade ElĂŠtrica em 2009, que resultou no plano para a criação de uma rede-piloto com mais de 1.300 pontos de carregamento em 25 ci ! "# cem outros pontos jĂĄ instalados por operado-
A legislação aplicĂĄvel estĂĄ disponĂvel em www.mobie.pt/documentacao
res legalmente estabelecidos (EDP MOP, Galp e Prio.E). Hoje, estĂŁo instalados cerca de 1.090 pontos de carregamento normal (AC, 16 A, 3.68 kW) e 8 pontos de carregamento rĂĄpido (DC, 50 kW, segundo a Norma japonesa CHAdeMO). Os pontos de carregamento normal estĂŁo equipados com tomadas IEC 62192 tipo 2 para carga em modo 3 da Norma IEC 61851, estando disponĂvel para ve' # * "# ! motociclos e bicicletas) a carga em modo 1/2 da Norma IEC 61851 com uma tomada IEC 60309 (tomada industrial). Com monitorização permanente atravĂŠs do Mobility Intelligence Center (MIC), na Maia, os pontos da rede MOBI.E estĂŁo em fase de teste e melhoramen +
No que diz respeito ao carregamento domĂŠstico, em edifĂcios novos ou reconstruĂdos, a legislação (Decreto-Lei n.Âş 39/2010, de 26 de abril) passou a exigir a inclusĂŁo, para cada local de estacionamento, de um ponto de carregamento normal ou de uma tomada elĂŠtrica que # "# DGEG. Para edifĂcios existentes, admite-se a instalação, por qualquer condĂłmino, arrendatĂĄrio ou ocupante legal, de pontos de carregamento ou de tomadas elĂŠtricas que cumpram os requisitos tĂŠcnicos, nos locais de estacionamento de veĂculos dos edifĂcios. Apenas em # : # ' ! ' derĂĄ opor-se Ă instalação. No entanto, mais do que uma rede de pontos de carregamento, criou-se, com base em tecnologia portuguesa, um verdadeiro sistema de mobilidade elĂŠtrica, gerido de forma inteligente, e que permite ao utilizador escolher o seu fornecedor de eletricidade e carregar o seu veĂculo em qualquer ponto de carregamento operado por qualquer empresa. O sistema portuguĂŞs ĂŠ inovador a nĂvel mundial, tendo sido desenhado de raiz com uma cobertura nacio ! ; # "# ; utilizador e promove a inovação. Existem, atualmente, cerca de 250 automĂłveis elĂŠtricos, a que acrescem cerca de 100 veĂculos de duas rodas e quadriciclos. www.oelectricista.pt o electricista 40
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