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dossier auditorias energĂŠticas e qualidade e gestĂŁo de energia
a importância da realização de auditorias energĂŠticas para a implementação de medidas de eficiĂŞncia energĂŠtica ClĂĄudia Rocha Coordenadora do Departamento de Energia, Construçþes e EdifĂcios Grupo SGS Portugal
É nos nossos dias consensual que o paradigma energÊtico terå de ser alterado, atuando, de forma combinada, na oferta e na procura de energia. A estratÊgia a adotar deve basear-se na sustentabilidade, combinando os fatores ambientais, atravÊs da garantia da qualidade ambiental do planeta e de fatores económico-sociais que permitam que as empresas se tornem mais competitivas e não percam o seu valor.
termos de redução do consumo de energia !"!" # $ %&
Europeia, Conselho Europeu e Parlamento ' * EnergĂŠtica que irĂĄ introduzir medidas vinculativas, tais como a renovação anual de edifĂcios pĂşblicos e um plano de poupanças para as empresas de utilites que obrigarĂĄ a poupanças de 1,5% das suas vendas anuais em todos os anos entre 2014 e 2020. SerĂĄ prioritĂĄria a conservação de energia, alterando hĂĄbitos de consumos, evitando utilizaçþes desnecessĂĄrias, atravĂŠs da atuação pelo lado da procura de energia. Assim,
pretende-se a gestĂŁo e racionalização dos consumos, atravĂŠs da implementação de medidas concretas e realistas que conduzam Ă diminuição do consumo de energia, sem com isso comprometer os seus padrĂľes de utilização e de conforto, nomeadamente no caso das indĂşstrias, nĂŁo comprometendo o nĂvel de produção. Por outro lado, a oferta de energia estĂĄ a sofrer alteraçþes de fundo, pela implemen geração de energia, nomeadamente a partir de fontes energĂŠticas renovĂĄveis. Existe um longo caminho a percorrer que torne a adoção destas fontes de energia (hĂdrica, eĂłlica, solar e biocombustĂveis) economicamente competitivas, de forma a alterar o paradigma tradicional do mercado de energia. O que tem de ser incentivado, em primeiro devem considerar as fontes energĂŠticas renovĂĄveis. A racionalização dos consumos de energia, apesar da obrigatoriedade legal (SCE e RGCIE), traduz-se tambĂŠm numa mais-valia para as empresas, na medida em que contribui para o aumento da sua competitividade, atravĂŠs da redução do consumo energĂŠtico, que ĂŠ tambĂŠm um importante fator produtivo.
Objetivos e etapas das Auditorias EnergĂŠticas vo a avaliação das condiçþes de utilização da energia no edifĂcio/instalação para deter
Figura 1 Organização das etapas para realização da Auditoria EnergÊtica. www.oelectricista.pt o electricista 41
as oportunidades de melhoria que permitam reduzir a utilização de energia atravÊs da ado 3 6 7 8 que a realização de uma Auditoria EnergÊtica, por si só, não implica redução de consumos, permite apenas conhecer a realidade destes, bem como avaliar a eventual produção de energia de origem renovåvel. 9 açþes, com base no balanço energÊtico anual e no histórico dos consumos entre necessidades e eventual produção de energias renovåveis, que conduza a um melhor desempenho energÊtico e que, simultaneamente,
$veis. Esta prĂĄtica ĂŠ baseada em conceitos de sustentabilidade que pretende conduzir a :
energias e consequentes poupanças atravÊs da redução da fatura energÊtica. Estarå tambÊm a ser dado contributo para a redução das emissþes de CO2. A auditoria energÊtica desenvolve-se em ; 3 < apresenta na Figura 1, e deve ser realizada por uma equipa multidisciplinar de especialistas que analisa documentação, monitoriza : 6 No decorrer da Auditoria EnergÊtica 8 baselines de consumos de energia para os conhecer na atualidade e preconizar investimentos que < = zação Racional de Energia que, por sua vez, permitam a realização de estudos prÊvios, anålises tÊcnicas mais detalhadas e a criação