Consultório técnico

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consultĂłrio tĂŠcnico

consultĂłrio tĂŠcnico O “ConsultĂłrio TĂŠcnicoâ€? visa esclarecer questĂľes sobre Regras TĂŠcnicas, ITED e Energias RenovĂĄveis que nos sĂŁo colocadas via email. O email consultoriotecnico@ixus.pt estĂĄ tambĂŠm disponĂ­vel no website, www.ixus.pt. Aguardamos as vossas questĂľes. Nesta edição publicamos as questĂľes que nos colocaram entre maio e agosto de 2012.

P1 Serve este email para colocar uma dĂşvida sobre baixadas de pĂĄra-raios a instalar no interior de um edifĂ­cio. A NP4426 recomenda que a passagem da baixada de pĂĄra-raios deve ser feita pelo exterior, no entanto, e em caso de impossibilidade, o cabo deverĂĄ passar dentro de um tubo de secção de 2.000 mm2. A dĂşvida que tenho ĂŠ: que tipo de tubo devo colocar? O tubo VD, devido Ă reduzida espessura das suas paredes, ĂŠ aconselhado? Tive uma situação deste tipo, numa instalação em Angola em que sou diretor de obra. Propus passar-se a baixada em tubo hidronil (parede bem mais espessa) e o projetista achou pertinente e aceitou. O que acham deste tipo de solução? HĂĄ algum tipo de tubo mais recomendĂĄvel para situaçþes como esta? R1 Efetivamente o tubo deverĂĄ ter uma secção superior a 2.000 mm2 se instalado no interior. Quanto ao tubo, a norma refere que deve ser “isolanteâ€? e nĂŁo inflamĂĄvel. O tubo VD, em policloreto de vinilo, ĂŠ inflamĂĄvel, embora normalmente nĂŁo propagador de chama (ignifugo). Existem no mercado tubos que correspondem ao normalizado, baseados descida (baixada) com braçadeiras isolantes. De referir, que um dos erros mais graves que se conhecem nas instalaçþes de pĂĄra-raios çadeiras metĂĄlicas. O efeito “tampĂŁoâ€? provocado pelos efeitos eletromagnĂŠticos da força conta eletromotriz (f.c.e.m.) gerada na braçadeira dita a fusĂŁo do condutor. Ou seja, www.oelectricista.pt o electricista 41

só funciona uma vez (e última). Os cabos que nessas condiçþes estão intactos, normalmente nunca sofreram uma descarga.

P2 Tenho bastantes dĂşvidas na determinação dos fatores de utilização, nos dimensionamentos das instalaçþes elĂŠtricas. Presumo que o fator de utilização seja traduzido pela seguinte fĂłrmula: Ku = (potĂŞncia absorvida)/ (potĂŞncia instalada). Sucede que, normalmente, nĂŁo conhecemos todas as cargas no momento de elaboração dos projetos. Existe algum valor a considerar para o fator de utilização de cada tipo de cargas? Outra questĂŁo: para a determinação da potĂŞncia numa determinada instalação, existe algum valor de PotĂŞncia/metro quadrado que se possa determinar para cada tipo de carga? Ambas as questĂľes sĂŁo importantes para a determinação da potĂŞncia a contratar, ou para a potĂŞncia instalada a considerar para PT’s e Geradores. Se me indicassem algum ĂĄbaco, ser-me-ia bastante Ăştil. R2 Na PublindĂşstria (ou Engebook que ĂŠ o mesmo), existe Ă venda um livro que poderĂĄ ajudar no dimensionamento das instalaçþes elĂŠtricas: Tabelas TĂŠcnicas das Instalaçþes ElĂŠtricas, Edição Certiel - www.engebook.pt (praça da Corujeira no Porto).

P3 Tenho uma obra em que o projetista colocou no exterior do edifício tomadas salientes estanque da sÊrie PLEXO da LEGRAND. Estas tomadas têm caraterísticas apropriadas para serem instaladas no exterior? O catålogo do fabricante diz que estas tomadas têm IP55, este Ê o IP mais apropriado para uma cidade localizada a 1.800 metros acima do nível do mar e com grande propensão para poeiras (Lubango, em Angola)? R3 O IP55 poderå ser adequado para o exterior se o lugar for minimamente abrigado, caso contrårio convÊm utilizar equipamento com IP66. De referir em adicional, que os circuitos de tomadas colocadas no exterior devem ser sempre dotados de proteção diferencial de sensibilidade 30 mA ou inferior.

P4 Tenho um cliente que pretende instalar um sistema de iluminação numa cavalariça. Esta instalação Ê num Lodge na cidade do Lubango, em Angola. Que tipos de aparelhos de iluminação podem ser aplicados para

este tipo de instalação? O cliente pretende luz amarela, Ê o mais adequado para este tipo de instalação? R4 A iluminação em espaços agropecuårios deve ser realizada com equipamentos de IP66 para evitar a entrada de pó e outros agentes eventualmente inflamåveis ou explosivos. Relativamente à cor da luz, não existem

P5 Estou com uma situação crĂ­tica, para a qual estou a estudar uma solução, que consiste no seguinte: Num estaleiro central de uma empresa Angolana, tenho um PT que fornece energia durante a maior parte do tempo (a preços econĂłmicos), que faz inversĂŁo com um gerador que fornece energia durante as falhas da rede. Acontece que, esta instalação alimenta, entre outras coisas, uma central de betĂŁo e uma fĂĄbrica de artefactos. A fĂĄbrica de artefactos tem um tapete rolante ascendente que leva pedra a um moinho e quando a energia da rede falha hĂĄ dois tipos de problemas: ou as pedras que estavam a subir pelo tapete acima começam a circular em sentido contrĂĄrio e caem todas no chĂŁo; ou, mesmo que se mantenham no tapete, o motor nĂŁo consegue arrancar o tapete carregado quando a energia volta. Julgo que para a transição do PT para o Gerador seria necessĂĄrio uma UPS ou coisa que se pareça, mas tendo em conta as potĂŞncias em jogo, o que se poderĂĄ colocar? R5 Existem UPS dinâmicas que mantĂŞm o serviço durante algum tempo atĂŠ ao arranque do gerador, apoiando-se em baterias de acumuladores. Estas UPS estĂŁo sincronizadas com a alimentação da rede, com a qual carregam as baterias, e a “interrupçãoâ€? da energia nĂŁo se faz notar devido ao baixĂ­ssimo tempo de comutação. É uma solução que normalmente funciona bem. Outra solução seria manter um gerador em paralelo com a instalação em regime de carga nula, alimentando a instalação quando da falha da rede. Neste caso, o gerador tem de possuir equipamento de sincronização com a ! " Tem a desvantagem de consumir combustĂ­vel de forma ininterrupta, ainda que em pequena escala. Sabendo-se que o gasĂłleo em Angola ĂŠ barato, hĂĄ que estudar qual o sistema que apresenta melhor custo/qualidade.


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