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artigo tĂŠcnico
onde estĂŁo os profetas das lâmpadas fluorescentes compactas nas habitaçþes? VĂtor VajĂŁo Presidente da Direção CPI – Centro PortuguĂŞs de Iluminação
A estratĂŠgia polĂtica de aplicação generalizada de lâmpadas fluorescentes compactas (LFC) em habitaçþes (excluindo situaçþes com perĂodos de funcionamento mais intensivo), em detrimento das incandescentes, foi desde o inĂcio denunciada pela comunidade cientĂfica luminotĂŠcnica, pondo em evidĂŞncia a falĂŞncia dessa opção.
HĂĄ inĂşmeros artigos contestando essa polĂtica, nomeadamente o CPI - Centro PortuguĂŞs de Iluminação alertou para esse facto, atravĂŠs de comunicaçþes e artigos publicados (ver “Banir (jĂĄ) a luz incandescente?â€?), e outros ignorados pelos media, dando conta da contestação vinda a lume nas mais conceituadas publicaçþes luminotĂŠcnicas internacionais. Se ĂŠ verdade que desse nosso esforço poucos efeitos se notaram, nĂŁo ĂŠ menos verdade que mesmo com alguma tristeza, sentimos o dever cumprido. Entendemos esse esforço como parte da MissĂŁo CPI. Ao invĂŠs, os lobbies interessados, a publicidade enganosa que os media foram divulgando e as campanhas de organismos governamentais e atĂŠ de ONGs, metralharam os consumidores com ofertas e anĂşncios de virtudes duvidosas, muitas vezes Ă custa do dinheiro dos nossos impostos, provavelmente para nĂŁo perdermos o 133.Âş lugar (num ranking de 144 paĂses...) no desperdĂcio de dinheiros por parte dos governos, conforme notĂcia na imprensa diĂĄria de 12/9. Entretanto, na Ă ustria, foi produzido um www.oelectricista.pt o electricista 42
nos cinemas a 15 de setembro de 2011, com os resultados de um estudo feito ao longo de trĂŞs anos no mercado da iluminação, em que, segundo os autores, â€œĂŠ um exemplo marcante de como atua o processo polĂtico e o quanto encerra de falta de transparĂŞncia.â€? “Obviamente na iluminação residencial, as lâmpadas fluorescentes compactas (LFC) nĂŁo sĂŁo alternativa Ă s incandescentesâ€?; “Depois da luz do dia, a luz de uma lâmpada incandescente ĂŠ a mais saudĂĄvel que se pode terâ€?; “No futuro poderemos vir a ter de recorrer a lâmpadas incandescentes por prescrição mĂŠdica (embora, nessa altura nĂŁo custem os inicias â‚Ź0,30 mas sim â‚Ź20 ou â‚Ź30)â€?; “SerĂĄ possĂvel que possam ser produzidas lâmpadas incandescentes com vida bastante mais longaâ€?; “Os fabricantes de lâmpadas foram bene lâmpadas incandescentes, porque os con lâmpadas mais carasâ€?. Para os mais incrĂŠdulos estas conclusĂľes e o artigo podem ser lidos na revista “Professional Lighting Designâ€? n.Âş 79, de outubro de 2011. JĂĄ em junho de 2010, Mike Petras, Presidente e CEO da GE, apontava como alternati ! " # $ % mas sim os LEDs, alertando, no entanto, que “teriam de explicar aos consumidores que uma lâmpada jamais iria custar ÂŁ0,25â€? referindo ainda que, no mercado atual, existiam $&' * qualidade de luz muito duvidosa. Mais recentemente em artigo da revista LD + A de agosto de 2012 (publicação do Illuminating Engineering Society of North America), ĂŠ chamada a atenção para nĂŁo se repetir * 6 # $ %
ção das incandescentes, agora que começa a
surgir a alternativa com LEDs, na iluminação residencial. Diz o articulista que nos EUA o recurso a $ % 8: ;< =8 ;< oricamente teria conduzido a substanciais economias de energia se os consumidores as tivessem adotado, o que não aconteceu apesar dos vastos investimentos promocionais, devido à insatisfação dos consumido > # ! nalidades de luz e à longevidade. Muitos consumidores depois da primeira @ F # $ % K A pressão nos custos de produção, para baixar preços e assim aumentar a venda das $ % * Q R Q " de pior qualidade cromåtica e com menores # K