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case-study
a soldadura na indústria Pedro Miguel Oliveira Diretor de Formação da ATEC
A soldadura em Portugal sempre foi uma atividade industrial de referĂŞncia para a economia nacional e, apesar da atual conjuntura nacional e internacional, promove uma enorme empregabilidade. As empresas portuguesas devem continuar a ter profissionais certificados e bem preparados tecnologicamente porque sĂł desta forma ĂŠ possĂvel alcançar bons Ăndices de produtividade.
É uma preocupação constante, tanto dos fabricantes de equipamentos como das empresas de metalomecânica, que a soldadura se torne, cada vez mais, uma atividade que contribua decisivamente para a rentabilidade do projeto onde estĂĄ a ser aplicada. Para que isso aconteça, diversos fatores devem ser previamente analisados, designadamente: Procedimento de soldadura; Material a soldar; Local onde se vai realizar a soldadura; ConsumĂveis que devem ser utilizados; Escolha correta do gĂĄs de proteção; exemplo, RX industrial). Na indĂşstria ao optar pela realização de determinado processo de soldadura em detrimento de outro devemos ter presente que os custos associados sĂŁo sempre repartidos pelo preço da mĂŁo-de-obra, material de adição, equipamento necessĂĄrio, eletricidade e o gĂĄs, se for necessĂĄrio. Neste sentido, a decisĂŁo para soldar determinada liga num ou noutro processo deve relação preço/qualidade ĂŠ a mais indicada. As novas tecnologias relacionadas com Metal Inert Gas/Metal Active Gas Tugsten Inert Gas) e Laser sĂŁo aquelas que despertam mais atenção, em primeiro lugar, Ă s empresas porque estĂŁo intimamente ligadas Ă rentabilidade e ao www.oelectricista.pt o electricista 42
alizaçþes constantes para poderem trabalhar em qualquer processo de soldadura e se ! " # aos Centros de Formação, que têm de estar tecnológica e pedagogicamente preparados para formar com qualidade tanto formandos
$ %" formação contĂnua. A soldadura MIG/MAG ĂŠ um processo de soldadura atravĂŠs de um arco elĂŠtrico entre um elĂŠtrodo contĂnuo consumĂvel, vulgarmente denominado por arame, e o metal base que se deseja soldar. A proteção do arco elĂŠtrico e do banho de fusĂŁo ĂŠ obtida atravĂŠs de um gĂĄs de proteção, normalmente sĂŁo misturas de Ă rgon com CO2, no caso de soldadura da maioria dos aços estruturais e misturas de Ă rgon com O2 quando se trata de outras ligas.
Nas uniĂľes onde ĂŠ necessĂĄrio material de adição fornece-se Ă zona de fusĂŁo uma vareta que se vai fundindo com o material base. Pode-se dizer que ĂŠ um processo de soldadura efetuado mesmo manualmente, com grandes nĂveis de qualidade. ( *+0 by Stimulation wiht Emission of Radiation), neste momento, surge como uma alternativa credĂvel devido Ă s suas vantagens: A zona afetada ĂŠ termicamente pequena; Velocidade de soldadura elevada; Raras deformaçþes; Soldaduras de vĂĄrias espessuras numa sĂł face atravĂŠs da tĂŠcnica de â&#x20AC;&#x153;Key-Holeâ&#x20AC;?. A soldadura Laser por condução aplica 1 3 5 6 7 -se lasers de baixa potĂŞncia e o aquecimento ĂŠ realizado por condução tĂŠrmica. Na Soldadura Laser com penetração, utilizam-se la 8 9 <= >? @ B processo ĂŠ igualmente utilizado um gĂĄs de proteção, e poderĂĄ ser utilizado ou nĂŁo, ma %" $ D @ No caso de nĂŁo se utilizar material de adição, ĂŠ designado por processo de Soldadura Laser AutogĂŠnea, onde apenas o material base ĂŠ fundido atravĂŠs do feixe de laser.
A soldadura TIG ĂŠ um processo de soldadura por arco elĂŠtrico, feita numa atmosfera & ' um elĂŠtrodo de TungstĂŠnio nĂŁo consumĂvel.
Em qualquer meio industrial continua a ser usual observar que nem sempre os processos de soldadura que estĂŁo a ser aplicados em determinado produto sĂŁo os mais rentĂĄveis para a empresa. Assistimos que a maioria das vezes isso acontece por um lado, pelo desconhecimento tĂŠcnico existente e por $ investimento em equipamento.