34
formação
eletrotecnia båsica instalaçþes elÊtricas de baixa tensão JosÊ V. C. Matias Licenciado em Engenharia EletrotÊcnica (IST) Professor do Ensino Secundårio TÊcnico Autor de livros tÊcnico-didåticos de eletricidade e eletrónica
Continuando com o tema geral ‘Instalaçþes ElĂŠtricas de Baixa TensĂŁo’, neste nĂşmero da Revista, abordamos o tema especĂfico ‘Proteção contra sobreintensidades’ – sobrecargas e curtos-circuitos com disjuntores magnetotĂŠrmicos, fusĂveis e relĂŠs e respetivas tabelas com as correntes estipuladas e convencionais de funcionamento e nĂŁo funcionamento.
(continuação da edição anterior)
Na prĂĄtica, um disjuntor nĂŁo ĂŠ mais do que um dispositivo constituĂdo por um detetor – o relĂŠ –, por um ĂłrgĂŁo de disparo – o disparador –, que atua no interruptor e dotado ainda de meios convenientes para extinção do arco elĂŠtrico. Assim, o relĂŠ deteta o defeito e dĂĄ ordem de atuação ao disparador que atua diretamente no interruptor do circuito. Na generalidade, os disjuntores de Baixa TensĂŁo, o relĂŠ e o disparador fundem-se num sĂł. Nesse caso o relĂŠ-disparador atua diretamente sobre o interruptor. Do exposto, pode concluir-se que os relĂŠs tanto podem funcionar integrados em disjuntores, como independentemente deles com as funçþes mais variadas. Em qualquer dos casos, a função dele ĂŠ sempre a de ‘detetar’ e dar ordens. SĂŁo, por isso, dois aparelhos que podem ser distintos. Existem fundamentalmente dois tipos de disjuntores: o disjuntor magnetotĂŠrmico e o disjuntor diferencial. O cĂŠrebro de qualquer um deles ĂŠ sempre um relĂŠ. Assim, no disjuntor magnetotĂŠrmico, o cĂŠrebro ĂŠ a combinação de um relĂŠ eletromagnĂŠtico e de um relĂŠ tĂŠrmico. No caso do disjuntor diferencial, o cĂŠrebro ĂŠ um relĂŠ diferencial. O disjuntor diferencial serĂĄ estudado mais adiante.
15.5.2. Proteção contra sobreintensidades – continuação B – Disjuntores magnetotÊrmicos Disjuntor Ê, de acordo com as RTIEBT, o aparelho mecânico de conexão capaz de estabelecer, de suportar e de interromper correntes nas condiçþes normais do circuito. Este aparelho Ê ainda capaz de estabelecer, de supor
cadas para o circuito, tais como as correntes de curto-circuito.
www.oelectricista.pt o electricista 43
1 4
4
3 2
Figura 28 PrincĂpio de funcionamento de um relĂŠ tĂŠrmico. 1 – Lâmina 1; 2 – Lâmina 2; 3 - Enrolamento; 4 – Contactos elĂŠtricos.
Quando a corrente, que percorre o enrolamento que a envolve, ultrapassa o valor nominal (ou valor de regulação) a temperatura
tĂĄlica, abrindo assim o circuito onde estĂĄ inserido em sĂŠrie. O relĂŠ eletromagnĂŠtico ĂŠ constituĂdo por um nĂşcleo magnĂŠtico com uma armadura B que bascula em torno de um eixo (e) e fecha um ou mais contactos quando a força magnĂŠtica, devida Ă excitação do nĂşcleo pela bobina A a ação antagonista da mola m.
p’
L
I
c d a
S A
B Figura 27 Disjuntores MagnetotĂŠrmicos.
: Um disjuntor ĂŠ, em regra, previsto para funcionar pouco frequentemente, embora certos tipos de disjuntores sejam capazes de manobras frequentes.
constituição do disjuntor magnetotĂŠrmico. O relĂŠ tĂŠrmico ĂŠ constituĂdo por duas lâminas metĂĄlicas diferentes, portanto de dife Figura 28.
Dada a sua importância, vamos analisar aqui o funcionamento do relÊ tÊrmico e o do relÊ eletromagnÊtico, os quais fazem parte da
e m
N p Figura 29 RelĂŠ eletromagnĂŠtico.