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integração da eficiĂŞncia energĂŠtica com a incorporação de fontes renovĂĄveis de energia HĂĄ alguns anos atrĂĄs as energias renovĂĄveis estavam na ordem do dia. O paĂs polarizava-se para a produção de energia elĂŠtrica a partir das ditas fontes verdes, com especial enfoque na energia eĂłlica e na energia solar fotovoltaica. O discurso polĂtico e econĂłmico apontavam para o objetivo do paĂs ficar na vanguarda mundial do aproveitamento dessas duas fontes renovĂĄveis e da criação de um cluster de empresas, industriais e de serviços, ligadas a este aproveitamento, que desse um contributo decisivo ao avanço da economia do paĂs, pois perspetivava-se um grande aumento a nĂvel mundial no consumo de equipamentos e serviços deste setor.
Com a chegada da crise, portuguesa e europeia, e com a mudança de governo, o foco passou para outros temas e a produção de energia elĂŠtrica a partir de fontes renovĂĄveis deixou de fazer parte da agenda polĂtica e econĂłmica do paĂs, sendo muitas vezes referida como um dos caso de mĂĄ gestĂŁo do Estado. No entanto, apesar desta mudança, hĂĄ metas estabelecidas internacionalmente, com o acordo de Portugal, relativas a objetivos a alcançar em prazos jĂĄ “20-20-20â€?
como horizonte o ano de 2020, obriga-nos a ter permanentemente em atenção a evolução do paĂs relativamente a eles. No passado mĂŞs de abril foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros n.Âş 20/2013,
energÊtica e o aproveitamento das energias renovåveis são as duas vertentes de atuação para atingir as metas a que estamos obrigados e, por isso, esta resolução faz a integração do Plano !" # # $ %& ##' & !"
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objetivos à luz da sua integração. No que se refere ao PNAEE, a estimativa de poupança energÊtica atÊ ao ano de 2016 $
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atĂŠ 2016. ( & #( +88: % ? ' $ 7 & gistou uma evolução favorĂĄvel do objetivo da incorporação de fontes de energia renovĂĄvel e espera-se que assim continue no perĂodo entre 2013 e 2020, o que permitirĂĄ atingir as metas # "
A integração do PNAEE com o PNAER tem como vantagem ter em conta a redução dos
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!" ção de fontes renovĂĄveis, na medida em que mantendo o investimento nas fontes renovĂĄveis e diminuindo o consumo global a percentagem de incorporação acaba por aumentar. Embora correta do ponto de vista formal da avaliação da situação, trata-se de uma ação de engenharia de nĂşmeros, que permite diminuir a necessidade de investir na produção baseada em fontes renovĂĄveis de energia. Desta forma, passa-se a mensagem de que o investimento nesta ĂĄrea serĂĄ pouco interessante para o paĂs, de evitar na medida do possĂvel. O que jĂĄ foi visto como um setor de ponta da tecnologia e da economia portuguesa ĂŠ agora, poucos anos depois, considerado como algo em que nĂŁo serĂĄ necessĂĄrio continuar a investir. Tendo em consideração que o setor da energia elĂŠtrica requer um planeamento de mĂŠdio e longo prazo, quando serĂĄ possĂvel traçarmos, em termos polĂticos e econĂłmicos, uma estratĂŠgia tambĂŠm de mĂŠdio e longo prazo sĂłlida, sem estarmos continuamente a mudar ao sabor da alteração dos â&#x20AC;&#x153;ventos e marĂŠsâ&#x20AC;?? CustĂłdio Pais Dias, Diretor
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CustĂłdio Pais Dias, Diretor