nota tĂŠcnica
JosuĂŠ Morais, Diretor TĂŠcnico
ao correr dos ventos e das åguas Pela primeira vez na história, Portugal produziu e consumiu durante uma semana, em abril, apenas energia elÊtrica com origem renovåvel, tendo inclusivamente exportado cerca de 7% dessa produção. A energia elÊtrica com proveniência eólica e hidroelÊtrica foram suficientes para os consumos internos, sendo atÊ excedentåria.
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artigo tÊcnico a arte de bem iluminar espaços comerciais
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dossier especial reportagem
107 proteção contra raios e sobretensþes em debate no seminårio da OBO case-study
109 aplicação de domótica em instalaçþes jå existentes
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informação tĂŠcnico-comercial nova fonte de alimentação gama “PRO-Eâ€? da WEIDMĂœLLER AURA LIGHT PORTUGAL: o papel social da iluminação wireless da ABB NIESSEN ARESAGANTE: Testes em equipamentos de telecomunicaçþes utilizando mĂĄscaras de teste passa/falha com o ScopeMeter ÂŽ 190 SĂŠrie II PALISSY GALVANI: – ATEX LED
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formação
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ited
É certo que os consumos tĂŞm descido devido Ă crise, mas ainda assim ĂŠ notĂĄvel o facto de possuirmos um parque eletroprodutor com origem em energias renovĂĄveis capaz de suprir, ainda que temporariamente, as necessidades do PaĂs. A aposta nas energias renovĂĄveis, nomeadamente no setor hĂdrico nos anos 60 e 70, bem como no setor eĂłlico que teve forte impulso desde 2004, estĂĄ agora a dar frutos. Muito se tem discutido acerca das tarifas aplicĂĄveis Ă energia elĂŠtrica de proveniĂŞncia renovĂĄvel e as rendas excessivas, mas
contribuĂdo para a redução da importação de combustĂveis fĂłsseis, nomeadamente gĂĄs e carvĂŁo, para a produção de energia elĂŠtrica. TambĂŠm no setor hidroelĂŠtrico se tem apostado ultimamente, reforçando a potĂŞncia em aproveitamentos que tinham caudais excedentĂĄrios, casos de Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Venda Nova, esta Ăşltima jĂĄ com a terceira central em construção, e Salamonde tambĂŠm em reforço de potĂŞncia. Paralelamente foi lançado um plano de barragens visando a construção de 10 novos aproveitamentos que vem colocar o aproveitamento do potencial hĂdrico portuguĂŞs a um nĂvel muito importante. Portugal encontra-se a nĂvel europeu na terceira posição dos paĂses com maior taxa de produção de energia elĂŠtrica pela via renovĂĄvel. As “EstatĂsticas RĂĄpidasâ€? de dezembro de 2012 da DGEG indicavam a SuĂŠcia no topo com uma taxa de penetração superior a 55%, seguida da Ă ustria prĂłximo dos 55% e segue-se Portugal com cerca de 45%. da Biomassa e BiogĂĄs com pequena expressĂŁo e com muito baixa componente ao nĂvel eĂłlico. Em paĂses onde a ĂĄgua congela no inverno ĂŠ notĂĄvel a gestĂŁo que conseguem fazer do parque eletroprodutor hidroelĂŠtrico. Portugal, por seu turno, apresenta algum equilĂbrio entre a produção hĂdrica e eĂłlica, tendo a primeira alguma primazia. A breve trecho, com a conclusĂŁo do plano de barragens em curso, poder-se-ĂĄ prever uma maior produção hĂdrica, atĂŠ pela melhoria da performance do sistema, com o armazenamento da energia eĂłlica das horas de vazio pela bombagem nos aproveitamentos hĂdricos. Caminhamos para uma situação de produção de energia elĂŠtrica com elevada taxa de energias renovĂĄveis, reduzindo bastante a dependĂŞncia da importação de combustĂveis fĂłsseis. Portugal e o planeta, agradecem. JosuĂŠ Morais, Diretor TĂŠcnico
127 consultĂłrio tĂŠcnico
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