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vozes do mercado
exportações e parcerias são a solução para o futuro do setor da iluminação O mercado nacional da iluminação tem vindo a sofrer desde 2009 uma enorme contração como todos os setores ligados à fileira casa. O retalho praticamente desapareceu e o que continua a dar bons frutos é a área de projetos. Os projetos são, contudo, bastante mais trabalhosos de conseguir exigindo uma extensa rede de networking e resultam em encomendas de menor volume por cliente. Mas é neste segmento que se encontra um maior valor acrescentado e, por isso, existe uma aposta grande das empresas nesta área. Uma vez que o setor no mercado nacional anda um pouco em paralelo com o andamento da nossa economia, as notícias que dão conta do crescimento do PIB em 2014 e 2015 permitem-nos antever alguma recuperação também do mercado interno para o setor da iluminação nos próximos 2 anos. Apesar de todas as adversidades da conjuntura económico-financeira do nosso País e também por causa das mesmas, o setor de iluminação tem conseguido marcar a sua posição no mercado internacional e o saldo tem sido positivo. As exportações de material para iluminação cresceram mais de 20% nos últimos 3 anos, o que nos leva a concluir que o esforço contínuo por parte dos empresários de iluminação, no que respeita à sua estratégia de internacionalização, à participação em feiras, à aposta na formação, não foi em vão. Quem ainda não começou a exportar tem dificuldades acrescidas, pois há um extenso trabalho a desenvolver para uma empresa se apresentar ao mercado externo. É crucial apresentar produtos e marcas altamente competitivas, onde o design, qualidade e a inovação estão devidamente evidenciadas. Este é o verdadeiro desafio! O principal problema no que concerne à internacionalização do nosso setor é a falta de escala das empresas: existem muitas micro e pequenas empresas a tentar internacionalizar-se. Além disso são empresas que, além do pessoal da produção têm 4/5/6 pessoas na parte administrativa que são uma espécie de “faz-tudo” na empresa e que quando há uma feira ou uma deslocação internacional, os recursos humanos tornam-se simplesmente insuficientes. Uma vez que o tecido empresarial português é particularmente avesso a fusões e aquisições, a internacionalização deste tipo de empresas terá que passar forçosamente pelo estabelecimento de parcerias que permitam gerar sinergias particularmente ao nível da promoção e www.oelectricista.pt o electricista 51
comunicação e é para fazer essa ponte que entra a AIPI – Associação dos Industriais Portugueses de Iluminação. A AIPI foi constituída em 1997 e oferece um conjunto diversificado de serviços aos seus associados, desde ações de formação a seminários sobre as diversas normas legais que a fabricação de luminárias deve obedecer. Depois organizamos um conjunto de ações de internacionalização cofinanciadas pelo QREN. A AIPI tem feito um enorme esforço no que toca ao processo de internacionalização das empresas do setor. Temos contribuído para a abertura de portas a novos mercados, dentro e fora da Europa, promovendo a participação nas maiores feiras europeias de iluminação e da fileira casa bem como em missões empresariais a mercados extracomunitários (México, EUA, Angola, Moçambique, Dubai, Miami, entre outros), apostando em estudos de mercado e benchmarking para o setor, desenvolvendo através de parcerias ações de formação e iniciativas para a aquisição de novas competências pelas empresas nas áreas da comunicação e marketing, desenvolvimento de produtos, e outros. Os resultados do setor refletem esse esforço pois a respetiva quota exportadora passou de pouco significativa no final dos anos 90 para se encontrar hoje acima dos 60%. Criámos também em 2011 uma marca para o setor português de iluminação, a LUZZA que tem sido dinamizada quer em termos de comunicação e promoção quer também em termos de presença física em feiras internacionais. O propósito da marca é gerar notoriedade para a globalidade do
Modesto Castro Presidente da AIPI – Associação dos Industriais Portugueses de Iluminação
A mensagem que tentamos passar na nossa comunicação internacional é a da nossa flexibilidade e soluções à medida. Não podemos obviamente competir internacionalmente pelo preço nem pelas quantidades pelo que a nossa diferenciação reside na rapidez de resposta às encomendas, na produção de peças únicas feitas à medida de cada cliente, em produções limitadas de valor acrescentado. nosso setor de modo a que, a médio prazo, essa notoriedade possa atingir cada vez mais as marcas dos fabricantes. A mensagem que tentamos passar na nossa comunicação internacional é a da nossa flexibilidade e soluções à medida. Não podemos obviamente competir internacionalmente pelo preço nem pelas quantidades pelo que a nossa diferenciação reside na rapidez de resposta às encomendas, na produção de peças únicas feitas à medida de cada cliente, em produções limitadas de valor acrescentado. Quando falamos do setor de iluminação estamos a falar num universo de 100 empresas, 2500 postos de trabalho, cerca de 100 milhões de euros de exportações anuais a que corresponde uma quota de exportação superior a 60% da produção. Os principais mercados são França, Alemanha, Reino Unido, Angola, Rússia, EUA.