inspeção em UPP: mais que importantes, são vitais para a rentabilização e segurança do ativo
A aposta na descentralização da produção de energia elétrica numa lógica de autoconsumo está predominantemente materializada por soluções de solar fotovoltaico. Por essa via, tem-se assistido a um aumento significativo de centrais fotovoltaicas em espaços de instalações fabris ou de armazenamento.
Este crescimento, que tem sido exponencial nos últimos anos, coloca maior pressão e exigência nas empresas instaladoras: estas sentem-se pressionadas a serem mais competitivas, correndo muitas vezes o risco de não serem tão exigentes quanto deviam no que concerne à qualidade dos materiais, acessibilidades à cobertura, entre outros.
Durante as nossas inspeções técnicas é possível detetar diversas situações que deviam ser evitadas:
• Zonas técnicas sem ventilação, com os inversores muito próximos uns dos outros. Uma maior temperatura implica menor eficiência do inversor e uma vida útil mais precária, levando em muitos casos a quebras de produção devido a paragem por temperatura excessiva;
• Módulos fotovoltaicos com defeitos – células queimadas, PID ( Figura 2 ), substrings abertas, entre outros – que influenciam negativamente o desempenho dos módulos, e consequentemente do parque;
• Coberturas sem acesso permanente para facilitar as atividades de manutenção e inspeção/avaliação. E também, muitas vezes, essas coberturas não oferecem as condições mínimas de segurança que garantam uma adequada circulação de pessoas (nomeadamente para realização de atividades de Operação e Manutenção (O&M));
• Projetos desatualizados (sem telas finais) ou mal-executados que não permitem posteriormente um seguimento confiável no processo de O&M.
Por estas razões, mas principalmente por razões económicas, as atividades de manutenção em muitos parques fotovoltaicos localizados em coberturas de edifícios não são executadas da forma tão exigente quanto seria desejável.
A título de exemplo, numa simples inspeção termográfica executada com drone (Figura 1) é frequente encontrar-se strings completas inativas
(3 kW de perda de disponibilidade por string). Isso pode dever-se a cabos DC desligados, fusíveis queimados, módulos fotovoltaicos inativos, etc. Também, a presença de células fotovoltaicas danificadas (Figura 2) comprometem o funcionamento dos módulos fotovoltaicos a médio/longo prazo, podendo danificá-los por completo, em casos extremos. Por vezes, os módulos fotovoltaicos que contêm essas células sobreaquecidas, se não forem sujeitos a uma manutenção atempada, poderão desenvolver pontos suficientemente