TecnoVeritas – Serviços de Engenharia e Sistemas Tecnológicos: hidrogénio: visão e estratégia de uma

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hidrogénio: visão e estratégia de uma PME

Desde 1994 que a TecnoVeritas atua essencialmente no setor naval e da produção de energia e se dedica ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o hidrogénio, digitalização e tratamento de emissões gasosas; ou seja, houve sempre uma visão muito clara dos principais pilares para o desenvolvimento sustentado da sociedade, acreditando que o hidrogénio é a solução.

Em 2004, no âmbito do Doutoramento do seu gerente foi confirmado que o H2 seria a solução. Após a realização de vários ensaios de funcionamento com um motor com ciclo de ignição por compressão e carga estratificada (vulgarmente conhecido por Diesel e posteriormente com carga homogénea ou HCCI). Quer um quer outro apresentaram rendimentos térmicos excecionais, em algumas condições superiores às atuais células de combustível, sem os requisitos de pureza a que aquelas obrigam (99,999%).

Naquele tempo as aplicações do hidrogénio como vetor energético ou eram espaciais, militares ou académicas. Com o passar dos anos, a curiosidade de muitos foi aumentando, tendo se precipitado o seu interesse com a dependência energética da Europa com o advento da guerra da Ucrânia. Porquê o hidrogénio? Porque é relativamente fácil de produzir através do eletrólise da água, assim, caso exista energia renovável ou nuclear (isto para não mencionar outras possibilidades de produção de daquele gás) disponível e porque dada a suas propriedades físicas e químicas permite atingir relações ar/combustível acima dos 100/1, possibilitando uma combustão (Lean Combustion ) completa e limpa, de altíssimo rendimento e sem produção de NOx. Pode-se dizer que do escape de um destes motores só sai literalmente vapor de água. Por outro lado, o hidrogénio pode ser “democrático”, isto é, pode ser produzido “em todo o lado” e “por toda a gente”.

O hidrogénio, como vetor energético, pode ser acumulado quando existir energia renovável em excesso e desta forma possibilitar o despacho das energias renováveis, reduzindo a “ zero ”, os caprichos do vento e da energia solar, permitindo que a energia renovável acumulada sob a forma de H 2, seja convertida em energia elétrica quando necessário.

O H 2, padece do problema muito comum em outros gases, como o seu transporte, armazenamento e a sua conversão em energia limpa, assuntos que veremos a diante.

Assim, a TecnoVeritas desenvolveu entre 2017 e 2020 o seu próprio eletrolisador alcalino, de média pressão (30 bar) cuja potência nominal elétrica vai até 500 kW por módulo. Em simultâneo tem vindo a desenvolver a tecnologia de armazenamento e transporte, que possibilita resolver por ventura o principal problema do H2, isto é, o seu armazenamento e transporte seguro. A solução é baseada num óleo carregador de hidrogénio, que com a tecnologia aplicada a motora combustão interna completa a cadeia do H2, desde a sua produção, armazenamento e transporte e conversão energia elétrica.

Como prova de conceito, a TecnoVeritas realizou a conversão de um automóvel Clio 1000 CC, com motor de combustão interna acionado a H 2

A visão passa pelo facto da TecnoVeritas, não acreditar no sucesso do H 2 baseada numa produção centralizada em larguíssima escala, sem que, se crie um mercado de “ pequenos consumidores ”. Mega instalações, necessitam de um “ mega número ” de consumidores, e o transporte de “ mega quantidades ” de H 2 ainda está tecnologicamente por ser resolvido. O seu transporte em estado liquefeito a -252 ºC, torna os custos das instalações de transporte (marítimo) virtualmente incompatível e energeticamente pouco interessante, o mesmo acontecendo com o H 2 comprimido, perdendo - se boa parte do seu poder calorífico (kJ/kg) no processo de compressão na ordem dos 750 bar ou mesmo mais.

A tecnologia LOHC ( Liquid Oil Hydrogen Carrier ) é a que possibilita o transporte de hidrogénio à temperatura e pressão ambiente de forma segura e com a eficiência energética necessária e custos mais baixos. O processo desenvolvido, possibilita a partilha das infraestruturas existentes para os combustíveis convencionais, camiões cisterna ou navio em quantidades de até 6,2 kg H2 /kg LOHC. Ao mesmo tempo, a tecnologia de injeção multiponto de hidrogénio, permite utilizar hidrogénio com pureza abaixo da requerida para as células de combustível de (99,999%), originando um preço de produção abaixo do 3€/kg.

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CEO da TecnoVeritas Figura 1 Eletrolisador experimental (www.cm-tv.pt/programas/informacao/falar-global/ deta lhe/hidrogenio - pode - ser- a - proxima - energia - do - futuro - sim - um - projeto - 100 - nacional-comprova?utm_medium=Social).Link do vídeo do Clio.

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