3 de Novembro 2016 correiodominho.pt 13
1 de Setembro 2016
!"
T#$%& '( )(*+#,
Europa
ALZIRA COSTA Coordenadora do Centro de Informação Europe Direct Barcelos
/
nhamos perceção disso, os programas espaciais da UniĂŁo Europeia (UE) jĂĄ prestam serviços que beneficiam milhĂľes de cidadĂŁos. A Europa no seu conjunto (os EstadosMembros, a AgĂŞncia Espacial Europeia, a EUMETSAT - Organização Europeia para a exploração de satĂŠlites meteorolĂłgicos - e a UE) ĂŠ um importante interveniente no setor espacial a nĂvel mundial. DispĂľe de uma indĂşstria forte e competitiva, por exemplo, ao nĂvel de satĂŠlites, lançadores e operaçþes e serviços conexos. Para termos uma maior compreensĂŁo, a indĂşstria espacial europeia emprega mais de 230 000 profissionais e gera um valor acrescentado estimado entre 46 e 54 mil milhĂľes de euros. Um terço da produção mundial de satĂŠlites ĂŠ fabricado na Europa e ĂŠ legĂtimo referir que a indĂşstria europeia tem obtido muitos ĂŞxitos no domĂnio espacial, com tecnologias de ponta e missĂľes de exploração. A UE estĂĄ a investir 12 mil milhĂľes de euros no perĂodo de 2014 a 2020 para desenvolver projetos espaciais de elevada qualidade. O sistema Copernicus, lĂder no fornecimento de dados de observação da Terra em todo o mundo, jĂĄ contribui para salvar vidas no mar, melhorar respostas Ă s catĂĄstrofes naturais, como sismos, incĂŞndios florestais ou inundaçþes, mas permite ainda aos agricultores gerir melhor as suas culturas, por exemplo. O sistema europeu de navegação por satĂŠlite, Galileo, em breve facultarĂĄ informaçþes de posicionamento e de sincronização ainda mais precisas e fiĂĄveis para serem utilizadas por automĂłveis autĂłnomos e conectados, caminhos-de-ferro, aviação e outros setores. O Sistema Europeu Complementar GeoestacionĂĄrio de Navegação (EGNOS) presta serviços de navegação para salvaguarda da vida humana Ă aviação e aos utilizadores marĂtimos e terrestres na maior parte do territĂłrio europeu.
Um certo nĂşmero de empresas inovadoras em fase de arranque jĂĄ utilizam dados de satĂŠlite, por exemplo, para permitir aos agricultores controlar as suas produçþes de forma mais eficiente, usar dados de posicionamento em aplicaçþes da “Internet das Coisasâ€? ou fornecer drones de socorro marĂtimo. Na verdade, os programas espaciais da UE jĂĄ prestam serviços que se tornaram
indispensĂĄveis nas nossas vidas quotidianas. Os dados espaciais sĂŁo imprescindĂveis se queremos utilizar o telemĂłvel, viajar de carro com um sistema de navegação, viajar de aviĂŁo ou ver televisĂŁo por satĂŠlite. SĂŁo igualmente imprescindĂveis para proteger infraestruturas essenciais, como as centrais elĂŠtricas, as redes inteligentes, ou mesmo as transaçþes bancĂĄrias. Recentemente a ComissĂŁo Europeia (ComissĂŁo) apresentou uma proposta que conduz a uma nova polĂtica espacial. A EstratĂŠgia Espacial para a Europa dĂĄ resposta Ă crescente concorrĂŞncia global, fomentando a participação do setor privado e promovendo importantes mudanças tecnolĂłgicas. A ComissĂŁo propĂľe um con-
=>?@BC D> E?FCBGHIKC LMBCN> OPB>Q@ D> RHBQ>SCU
Instituto PolitĂŠcnico do CĂĄvado e do Ave Campus do IPCA - Lugar do AldĂŁo 4750-810 Vila FrescaĂnha S. Martinho - Barcelos Contactos Gerais Telefone: 253 802 201 Email: ciedbarcelos@ipca.pt www.ciedbarcelos.ipca.pt Facebook: www.facebook.com/cied.barcelos Twitter: https://twitter.com/CIEDBarcelos Flickr: http://www.flickr.com/photos/ciedbarcelos
junto de medidas para que os europeus possam aproveitar plenamente as vantagens oferecidas pelo setor espacial, criar o enquadramento adequado para que as empresas em fase de arranque possam crescer, promover a liderança da Europa e aumentar a sua parte nos mercados espaciais mundiais. As intervençþes desta nova polĂtica assentam em: tirar o maior proveito do espaço em prol da nossa sociedade e economia, direcionando os programas espaciais da UE para uma maior disponibilização de serviços que contribuem para as prioridades comuns europeias, como a segurança e a defesa, e o combate Ă s alteraçþes climĂĄticas. Promover um setor espacial europeu inovador e competitivo, tanto atravĂŠs de financiamento da UE mais orientado para as empresas do setor espacial, como promovendo mais investimento privado para as empresas em fase de arranque, em especial no contexto do Plano de Investimento para a Europa e dos futuros fundos de capital de risco. E, manter a autonomia estratĂŠgica da Europa, reforçando o seu papel no setor espacial mundial. A UE ĂŠ o maior cliente institucional europeu e tenciona lançar mais de 30 satĂŠlites nos prĂłximos 10 a 15 anos para os seus programas Galileo e Copernicus No passado dia 26 de outubro, a UE e a AgĂŞncia Espacial Europeia assinaram uma declaração conjunta com a expressĂŁo da sua visĂŁo comum para a polĂtica espacial europeia. É a primeira declaração desta natureza, que revela a importância que ambas as instituiçþes atribuem Ă cooperação estreita e integrada, numa verdadeira abordagem europeia do espaço. O setor espacial da Europa deve manterse na vanguarda da rĂĄpida inovação disruptiva, da emergĂŞncia de novos modelos empresariais e da crescente concorrĂŞncia mundial.
arrendado a uma empresa que vai pedir a insolvĂŞncia. O que vai acontecer ao contrato de arrendamento?
J-.- 0-1234567 A89:;<8:
Voz à Justiça
RESPOSTA Caso a insolvĂŞncia venha a ser decretada o contrato mantĂŠmse em vigor e nĂŁo se suspende. No entanto, a decisĂŁo de continuar ou nĂŁo com o contrato passarĂĄ a estar nas mĂŁos do administrador da insolvĂŞncia, que ĂŠ a pessoa nomeada pelo tribunal para provisoriamente administrar o patrimĂłnio da empresa. E, caso o administrador entenda ser melhor para os interesses da empresa, pode fazer cessar o contrato de arrendamento, fazendo a denĂşncia com uma antecedĂŞncia de 60 dias. Pode ainda suceder que o administrador entenda que ĂŠ melhor suspender a exploração da empresa, o que causarĂĄ o fim do contrato. Na primeira hipĂłtese, de denĂşncia do contrato, o senhorio ficarĂĄ com um crĂŠdito sobre a insolvĂŞncia que incluirĂĄ os prejuĂzos causados pelo fim antecipado do contrato. Outra consequĂŞncia importante da declaração de insolvĂŞncia ĂŠ a de que o senhorio passa a nĂŁo poder terminar o contrato com base na falta de pagamento das rendas referentes ao perĂodo anterior Ă data da declaração da insolvĂŞncia.