FACULDADE CAMPO REAL
ANATOMIA HUMANA
Profª. Esp. Ana Carla Mila Primak
Sumário 1. O que é a Anatomia? (Breve relato sobre o Surgimento dos desenhos anatômicos) 2. Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 2.1 Anatomia Macroscópica 2.2 Anatomia Microscópica 2.3 Anatomia do desenvolvimento 2.4 Anatomia Comparativa 2.5 Níveis de organização 3. Posição anatômica 4. Direções anatômicas 5. Planos e seções do corpo humano 6. Regiões e quadrantes Abdominopélvicos 7. Princípios de construção 8. Nomenclatura Anatômica 9..Sistema Esquelético e Articular 9.1 Estrutura dos ossos 9.2. Sistema Articular ou Junturas 9.3. Movimento das Articulações Sinoviais 9.4. Classificação funcional das articulações Sinoviais 9.5 Classificação Morfológica das Articulações Sinoviais 10.Sistema Muscular 10.1 Músculo esquelético 10.2 A anatomia dos músculos estriados esqueléticos 10.3 Fáscia 10.4 Subdivisão do sistema muscular 11. Sistema Circulatório 11.1 Divisão 9.1.1 Sangue – conceito 9.1.2 Vasos Sanguíneos 9.1.3 Coração 12. Anatomia dos Vasos Linfáticos 10.1 Função 10.2. Capilares linfáticos 10.3 Órgãos linfáticos 13. Sistema Respiratório 13.1 Parte superior do sistema respiratório 13.2 Parte inferior do sistema respiratório 13.3 Os lobos dos pulmões 13.4 Faces dos pulmões 14. Sistema Nervoso 14.1 Estrutura geral do SNC 14.2 O Sistema Nervoso Central 14.3 Sistema Nervoso Periférico 14.4 Sistema nervoso autônomo 15. Sistema Digestório 15.1 Canal Alimentar 15.2 Glândulas Anexas 15.3 Cabeça 15.4 Dentes Permanentes Superiores e Inferiores 15.5 Língua e Boca 15.6 Glândulas Sebáceas 15.7 Língua 15.8 Estômago 15.9 Fígado 15.10 Pâncreas 15.11 Intestino Delgado 15.12 Intestino Grosso BIBLIOGRAFIA
03 03 08 09 09 09 08 11 11 12 15 16 19 21 22 30 37 45 49 49 53 53 57 58 59 67 67 67 69 71 80 80 81 81 83 83 84 86 89 92 94 95 114 119 120 120 121 123 124 125 125 126 127 128 130 131 133 136
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O que é a Anatomia A Anatomia é área da biologia que estuda a estrutura do corpo humano. Esta ciência já vem sendo estudada desde a pré-história, quando o homem necessitava deste conhecimento para poder caçar e sobreviver. Por muito tempo, o conhecimento anatômico se baseava apenas no estudo dos animais. Entretanto, o real entendimento da estrutura e do funcionamento do corpo humano só foi possível após a introdução da técnica de dissecção de corpos humanos. A compreensão da circulação do sangue, da disposição dos diversos órgãos e a possibilidade de desenvolver operações para o tratamento de diversas doenças só foi possível com o progresso da Anatomia. Por todos estes motivos, a ciência anatômica é considerada básica para os profissionais da área da saúde Breve relato sobre o Surgimento dos desenhos anatômicos As
primeiras
ilustrações
anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O Fasciculus medicinae era uma coleção
de
textos
contemporâneos
de
autores
destinada aos
médicos práticos, que alcançou muitas edições. Na primeira ( 1491) utilizou-se a xilografia pela primeira
vez,
anatômicas. representam
para As
corpos
figuras
ilustrações humanos
mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem a figura às explicações
impressas
nas
margens. As dissecações foram
Fig 01 3
desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista. ( Fig 01). Na Segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous Brunschwig (cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. (Fig 02). O capítulo final de uma obra de Johannes (1474-1522)
Peyligk
consiste
numa
breve
anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze gravuras de madeira que inclui são algo mais
que
representações
Fig 02
esquemáticas
posteriores dos árabes. Na Margarita philosophica de Gregor Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista. Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos estudantes medicina
de e
aos
médicos,
foram
impressas
muitas
outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as
obras
para
médicos), mas sim em várias línguas vulgares. (Fig 03).
Fig 03
Houve um grande interesse, por exemplo, na
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concepção e na formação do feto humano. O uso freqüente da frase “conhece-te a ti mesmo” fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A “Dança da Morte” chegou a ser um
ítem muito popular, sobretudo nos países de língua
germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas.
* A Biblioteca Nacional da Medicina "Turning the Pages" galeria permite virar as páginas virtuais da ciência clássica medicina manuscritos. Visite o site: http://archive.nlm.nih.gov/proj/ttp/books.htm
No século XV, Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista meramente pictórico. Fez preparações que
logo
desenhou,
das
quais
são
conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos.
As ilustrações foram completadas
muitas vezes com anotações do tipo fisiológico. A precisão de Leonardo é maior
Fig 04
que a de Vesalio e sua beleza artística permanece inalterada. Sua valorização correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante mais de cem anos. Representou corretamente a posição do fetus in útero (fig 04) e foi o primeiro a
assinalar algumas estruturas
anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, sem dúvida, não foram publicados até o final do século passado.
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Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os conhecimentos anatômicos corretos, se iniciou em toda Europa um período de intensa investigação, sobretudo no norte da Itália e no sul da Alemanha. O melhor
Fig 05
representante
deste
grupo
é
Jacob
Berengario
da
Carpi
,
autor
dos Commentaria super anatomica mundini (1521), que contém as primeiras ilustrações anatômicas tomadas do natural. ( Fig 05). No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da anatomia e da fisiologia humana. Francis Glisson (1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o intestino. Apesar de seus pontos de vista sobre a biologia serem basicamente aristotélicos, teve também concepções modernas, como a que se refere aos impulsos nervosos responsáveis pelo esvaziamento da vesícula biliar.
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Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e comum idéia de que o cérebro era uma glândula que secretava muco (sem dúvida, continuou acreditando que as lágrimas se originavam ali). Wharton descreveu as características diferenciais das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O conduto de evacuação da glândula salivar submandibular conhece-se como conduto de Wharton. Uma importante contribuição foi distinguir entre glândulas de secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai no sangue, e as glândulas de secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades. Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por Christopher Wren e Richard Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado sobre o sistema nervoso. ( Fig 06).
Fig 06
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2. Introdução ao Estudo da Anatomia Humana
Mesmo sem saber, somos anatomistas em nossa vida diária, quando em determinados momentos fazemos a identificação de amigos e familiares, observando mudanças sutis de movimentos ou posições corporais que fornecem pistas sobre pensamentos e sentimentos. Portanto a
anatomia refere-se ao
estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas, tanto interna quanto externamente. A anatomia precede
do termo anatome = cortar em partes , cortar
separado. Estuda a forma, a estrutura e a organização dos seres vivos. Sua função nunca pode ser separada completamente da estrutura, diante disto fisiologia é o estudo da função biológica: como o corpo funciona, da célula ao tecido, do tecido ao órgão, do órgão ao sistema e de que maneira o organismo como um todo realiza tarefas particulares essenciais à vida. Sua divisão compreende: 2.1 Anatomia Macroscópica Considera as grandes estruturas e características que podem ser vistas a olho nu. Conforme o enfoque dado, recebe as seguintes denominações: 1. Anatomia de superfície: estuda a forma geral ou morfológica, e dos pontos de referência anatômica superficiais. Utilizada na interpretação do conjunto de sinais e sintomas observados no exame de um paciente. 2. Anatomia Regional ou Topográfica: Considera as características internas e superficiais em uma determinada área do corpo, como a cabeça, o pescoço ou o tronco. 3. Anatomia sistêmica (descritiva): Considera a estrutura dos principais sistemas de órgãos do corpo humano, como: sistema esquelético, circulatório e assim por diante.
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2.2 Anatomia Microscópica Quando as estruturas observadas não podem ser vistas a olho nu, necessitando de instrumentos, como : lupa, microscópio de luz composta, microscópio eletrônico de varredura, microscópio eletrônico de transmissão. Esta anatomia é subdividida em especialidades numa determinada escala: - Citologia: analisa a estrutura interna da célula. - Histologia: considera uma perspectiva mais ampla e examina os tecidos. Como a combinação dos tecidos forma os órgãos, e estes são unidades anatômicas com muitas funções, podem ser observados sem o uso de um microscópio, neste ponto pode-se cruzar o limiar entre a anatomia microscópica e a anatomia macroscópica. 2.3 Anatomia do desenvolvimento Examina as mudanças que ocorrem na forma durante o período entre a concepção e a maturidade física.
Envolve a anatomia microscópica e
macroscópica. Podemos estudar a embriologia, pois é onde se inicia o processo de desenvolvimento. 2.4 Anatomia Comparativa Estuda a anatomia de diferentes tipos de animais., como por exemplo humanos, lagartos e tubarões são chamados de vertebrados, pois todos possuem coluna vertebral.
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2.5 Níveis de Organização Do organismo às células. Pode-se estudar o corpo humano em qualquer um dos seus diversos níveis de organização: organismo, sistemas, órgãos, tecidos e células. Cada um desses níveis está contido no precedente. Veja: •
um organismo é constituído de vários sistemas;
•
cada sistema é formado por vários órgãos;
•
cada órgão apresenta vários tecidos;
•
qualquer tecido é composto de muitas células. As células contêm organelas, como o núcleo;
•
as organelas são feitos de moléculas;
•
as moléculas, por sua vez, são constituídas de átomos.
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3. Posição Anatômica Na anatomia, existe uma convenção internacional de que as descrições do corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição específica, chamada de posição anatômica. O indivíduo está em posição ereta, em pé ( posição ortostática ) com a face voltada para frente e em posição horizontal, de frente para o observador, com os membros superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados para frente. Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em posição anatômica.
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4. Direções anatômicas Sempre utilizam a posição anatômica como referência padrão. Vista Lateral
SUPERIOR
Cranial
Posterior ou dorsal
Anterior ou Ventral
Caudal
INFERIOR
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Vista Anterior ou Ventral
SUPERIOR
DIREITO
ESQUERDO
Proximal
Lateral
Medieval Proximal
Distal
Distal
INFERIOR
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5. Planos e secções do corpo humano Qualquer corte em um corpo tridimensional pode ser descrito em três planos de secção:
Plano Frontal ou Coronal
Plano Mediano ou Sagital
Planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal, que divide o corpo de forma a separar os planos ventral e dorsal
Planos de secção paralelos aos planos laterais que divide o corpo em metades direita e esquerda.
Plano Transversal ou Horizonntal Planos de secção paralelos aos planos cranial e caudal seguido de podal, que divide o corpo horizontalmente.
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Observe as direções anatômicas e planos de secção a seguir: Direção anatômica: Vista: Anterior ou Ventral Direção Proximal de corte ou plano: Transversal ou Horizontal
Direção anatômica: Vista: Anterior ou Ventral Direção Cranial de corte ou plano: Sagital ou Mediano
Direção anatômica: Vista:Posterior ou dorsal Direção Caudal de corte ou plano: Sagital ou Mediano
Direção anatômica: Vista:Lateral Direção Medial de corte ou plano: Frontal ou Coronal
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6. Regiões e Quadrantes Abdominopélvicos Para descrever-se mais precisamente a localização de muitos órgãos abdominais e pélvicos, a cavidade abdominopélvica pode ser dividida em compartimentos menores. Em um dos métodos, duas linhas horizontais e duas verticais, como uma grade de jogo-da-velha, dividem a cavidade em nove regiões Abdominopélvicas As denominações das nove regiões abdominopélvicas são: hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, lombar direita (lateral direita), umbilical (umbigo), lombar esquerda (lateral esquerda), ilíaca direita (inguinal direita), hipogástrica (hipogástrio; região púbica) e ilíaca esquerda (inguinal esquerda). Em outro método, uma
linha horizontal e outra vertical atravessam o
umbigo e dividem a cavidade abdominopélvica em quadrantes (do latim, quadrans= quarta parte) . As denominações dos quadrantes abdominopélvicos são: quadrante superior direito QSD), quadrante superior esquerdo (QSE), quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior esquerdo (QIE). Enquanto a divisão em nove regiões é mais utilizada para estudos anatômicos, os quadrantes são geralmente mais usados pelos clínicos para descrever os sítios de dor, tumores ou outras anormalidades abdominopélvicas.
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7. Princípios de construção Planos de construção do corpo: - Antimeria: O plano mediano divide o corpo do indivíduo em duas metades, direita
e esquerda.
Estas metades são denominadas antímeros e são
semelhantes morfologicamente e funcionalmente.
É construído segundo o
princípio da simetria bilateral, mesmo esta não sendo perfeita, porque não existe correspondência exata de todos os órgãos.
Ela é mais notável no início do
desenvolvimento, na embriologia. Com o desenvolver do indivíduo, ela se perde, surgindo secundariamente a assimetrias morfológicas. Ao lado delas existem as assimetrias funcionais, das quais um exemplo é o predomínio do uso do membro superior direito, na maioria dos indivíduos é conhecido como dextrismo.
- Metameria: Nesse princípio, o corpo estaria construído por uma série de segmentos superpostos longitudinalmente.
A metameria
é
embrionária,
mais
evidente
na
fase
conservando-se no adulto apenas algumas estruturas .Ex.: coluna vertebral (superposição de vértebras) e caixa torácica ( as costelas estão
superpostas
em
série
longitudinal
deixando entre elas os espaços intercostais.
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-
Paquimeria:
Princípio segundo o qual
o corpo humano,
mais
especificamente o esqueleto axial, estaria construído esquematicamente por dois tubos: um anterior (ventral) ou visceral e um posterior (dorsal) ou neural que seriam os paquímeros.
- Estratificação: O corpo seria formado por uma série de camadas, (estratos) superpostas umas as outras. Ex. pele, tecido celular subcutâneo, aponeurose, músculos, peritônio.
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8. Nomenclatura Anatômica
Pode ser tradicional ou clássica, a qual diverge em cada país, e internacional onde o significado dos termos anatômicos são os mesmos, mas sua escrita e leitura são traduzidos para cada nação conforme a sua língua de origem. No final do último século, foi criado uma comissão de eminentes autoridades de vários países da Europa e Estados Unidos denominada BNA (Basle Nomina Anatomica) que foi substituída pela PNA (Paris Nomina Anatomica). Esta comissão é responsável pela nomenclatura anatômica que será utilizada em todo o mundo.
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9. Sistema Esquelético e Articular O sistema esquelético, inclui os diferentes ossos do esqueleto, além de cartilagens e ligamentos. O osso pode ser chamado de tecido ósseo. No indivíduo adulto, idade na qual se considera, completado o desenvolvimento, o número de ossos é 206. Sua classificação: a) Ossos longos: são relativamente alongados e delgados. Apresentam : Uma diáfise; Duas metáfises; Duas epífises; Uma cavidade medular. Encontrados: Membros superiores Membros inferiores. Exemplos: • Úmero; • Rádio; • Ulna; • Fêmur; • Tíbia; • Fíbula.
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b) Ossos planos ou laminar: Sua estrutura assemelha-se a um sanduíche de substância esponjosa; São fortes; São leves; Compacto; Protegem os tecidos moles. Exemplos: •
ossos do crânio;
O crânio é a estrutura óssea que forma o esqueleto da cabeça. Situado na parte mais alta do corpo humano ele é sustentado pela coluna cervical. Possui um formato oval e é levemente maior em sua parte posterior do que na parte frontal. É composto por uma serie de ossos planos e irregulares, que são imóveis (exceção da mandíbula), totalizando 22 ossos. Pode ser dividido em face e o crânio propriamente dito.
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•
esterno;
É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoiético. Apresenta três partes: manúbrio, corpo e processo xifóide.
•
costelas;
c) São ossos alongados, em forma de semi-arcos, que se articulam com as vértebras e com o esterno. Temos ao todo 12 pares de costelas e podemos classifica-las em: - Verdadeiras: são 7 pares de costelas que se articulam diretamente com o esterno através das cartilagens costais. Ressaltando que são as 7 primeiras costelas.
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- Falsas: 3 pares, elas se articulam indiretamente com o esterno - Flutuantes: 2 pares, são os dois últimos pares de costelas. Recebem esse nome porque não se articulam com o esterno, estão fixadas somente às vértebras. •
Escápula.
É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma a parte dorsal da cintura escapular.Tem a forma triangular
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Sua superfície externa é recoberta por substância
d) Ossos curtos:
compacta; No interior sua substância é esponjosa; Exemplos: •
Ossos do carpo ( mão); A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges.
• 1
metatarso e falanges.
1 2
2 3
3 4
4
5
5
e) Ossos irregulares:
apresentam superfícies
planas; entalhadas; curtas ou sulcadas;
Estrutura interna variada. Exemplos: • Vértebras que formam a coluna; • Osso temporal..
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f) Ossos pneumáticos: são ocos; tem numerosas cavidades de ar, que recebem o nome de sinos ou seios; Exemplo: ossos que estão situados no crânio. • etmóide; • frontal; • maxilar; • temporal; • esfenóide.
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g) Ossos sesamóides:
são pequenos; arredondados; planos; se desenvolvem dentro de tendões; encontrados próximos às articulações joelhos, mãos e pés; Exemplo: • patela.
dos
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9.1 ESTRUTURA DOS OSSOS O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e seu aspecto macroscópico também difere. Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais denso e rijo. Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a semelhança do canal medular, contém medula.
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Nos ossos longos a diáfise é composta por osso compacto externamente ao canal medular, enquanto as epífises são compostas por osso esponjoso envolto por uma fina camada de osso compacto.
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Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de substância compacta. Nos ossos da abóbada craniana, a substância esponjosa é chamada de díploe. Os ossos curtos são formados por osso esponjoso revestido por osso compacto, como nas epífises dos ossos longos. A) PERIÓSTEO No vivente e no cadáver o osso se encontra sempre revestido por delicada membrana conjuntiva, com exceção das superfícies articulares. Esta membrana é denominada periósteo e apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo, este em contato direto com a superfície óssea. A camada profunda é chamada osteogênica pelo fato de suas
células
se
transformarem em células ósseas,
que
são
incorporadas à superfície do osso, promovendo assim o seu espessamento. Os
ossos
são
altamente
vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre.
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B) CARTILAGEM A cartilagem é uma forma de tecido de suporte firme e resistente, mas não tanto como o osso. Não tem vasos sangüíneos nem linfáticos e não recebe nervos. Três tipos são conhecidos - cartilagem hialina, fibrocartilagem e cartilagem elástica. ·
a cartilagem hialina tem uma aparência translúcida, branco-azulada. É o
tipo de mais larga distribuição e aparece no modelo cartilagíneo dos ossos em desenvolvimento. Ela persiste, na vida adulta, como: -- cartilagem articular, nas extremidades dos ossos; --cartilagens costais, da traquéia, do nariz, septo nasal dos brônquios; --as maiores cartilagens da laringe. Os representantes não-articulares da cartilagem hialina têm tendência a se ossificar mais tarde na vida.
33
·
a fibrocartilagem consiste em coleções densas de fibras colágenas nas
quais está misturada uma matriz cartilagínea. Ela é menos homogênea que a cartilagem hialina, porém é mais resistente e mais flexível. Ocorre nos: -- discos intervertebrais e articulares; --na sínfise púbica; --cobre tendões onde estes têm relação com ossos.
·
a cartilagem elástica é atravessada por uma rica rede de fibras elásticas, o que
lhe dá, além de uma aparência amarelada, a capacidade de retornar rapidamente a sua forma original, quando tracionada ou torcida. A cartilagem elástica ocorre somente nas partes móveis do ouvido externo, no nariz e na epiglote.
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C) LIGAMENTOS Um ligamento é uma faixa ou corda bem definida de tecido fibroso unindo dois ossos. A maioria dos ligamentos atua resistindo ao movimento de uma articulação em uma direção específica. Existem aqueles que são espessamentos localizados da cápsula da articulação (ligamentos capsulares), outros que são completamente isolados da cápsula da articulação sobre a qual atuam (ligamentos extracapsulares) e outros, ainda, que estão situados dentro da articulação (ligamentos intracapsulares). Algumas estruturas, tais como o ligamento inguinal e o ligamento redondo do fígado, que recebem a denominação de ligamentos não o são no sentido estrito do termo. Também distantes deste sentido estrito, recebem o nome de ligamentos, algumas pregas do peritônio, que contêm vasos sangüíneos e tecido conjuntivo e unem uma víscera a outra ou a parede do corpo.
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36
9.2 SISTEMA ARTICULAR OU JUNTURAS
Articulação ou juntura é a conexão entre duas ou mais peças esqueléticas (ossos ou cartilagens). Essas uniões não só colocam as peças do esqueleto em contato, como também permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas partes do esqueleto mudem de forma durante o parto. Além disto, capacitam que partes do corpo se movimentem em resposta a contração muscular. Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para esta divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam. A) ARTICULAÇÕES FIBROSAS As articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso são ditas fibrosas (ou sinartroses). O grau de mobilidade delas, sempre pequeno, depende do comprimento das fibras interpostas. Existem três tipos de articulações fibrosas: sutura, sindesmose e gonfose. As suturas, que são encontradas somente entre os ossos do crânio, são formadas por várias camadas fibrosas, sendo a união suficientemente íntima de modo a limitar intensamente os movimentos, embora confiram uma certa elasticidade ao crânio. No crânio, a articulação entre: •
os ossos nasais é uma sutura plana;
•
entre os parietais, sutura denteada ( serreada );
•
entre o parietal e o temporal, escamosa.
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No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo
fibroso
interposto
é
muito maior, explicando a grande separação entre os ossos e uma maior
mobilidade.
fibrosas
são
Estas
áreas
denominadas
fontículos (ou fontanelas). São elas que permitem, no momento do parto,
uma
redução
bastante
apreciável do volume da cabeça fetal pela sobreposição dos ossos do crânio. Esta redução de volume facilita a expulsão do feto para o meio exterior.
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Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (sinostose), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam e, com elas, a elasticidade do crânio.
01 – Osso frontal 02 – Osso parietal 03 – Osso occipital 04 – Forame parietal 05 – Bregma 06 – Lambda SUTURAS – CRÂNIO 07 – Sutura Sagital 08 – Sutura Coronal 09 – Sutura Lambdóide
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Nas sindesmoses os ossos estão unidos por uma faixa de tecido fibroso, relativamente longa, formando ou um ligamento interósseo ou uma membrana interóssea, nos casos, respectivamente de menor ou maior comprimento das fibras, o que condiciona um menor ou maior grau de movimentação. Exemplos típicos são a sindesmose tíbio-fibular e a membrana interóssea radio-ulnar.
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41
Gonfose é a articulação específica entre os dentes e seus receptáculos, os alvéolos dentários. O tecido fibroso do ligamento periodontal segura firmemente o dente no seu alvéolo. A presença de movimentos nesta articulação significa uma condição patológica.
B) ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS Nas articulações cartilaginosas o tecido que se interpõe é a cartilagem. Quando se trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses; nas sínfises a cartilagem é fibrosa. Em ambas a mobilidade é reduzida. As sincondroses são raras e o exemplo mais típico é a sincondrose esfenooccipital que pode ser visualizada na base do crânio.
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Exemplo de sínfise é a união, no plano mediano, entre as porções púbicas dos ossos do quadril, constituindo a sínfise púbica.
Também as articulações que se fazem entre os corpos das vértebras podem ser consideradas como sínfise, uma vez que se interpõe entre eles um disco de fibrocartilagem - o disco intervertebral. C) ARTICULAÇÕES SINOVIAIS A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra outra e isto é impossível quando entre elas interpõe-se um meio de ligação, seja fibroso ou cartilagíneo. Para que haja o grau desejável de movimento, em muitas articulações, o elemento que se interpõe às peças que se articulam é um líquido denominado sinóvia, ou líquido sinovial. Além da presença deste líquido, as articulações sinoviais possuem três outras características básicas: cartilagem articular, cápsula articular e cavidade articular. ·
a cartilagem articular é a cartilagem do tipo hialino que reveste as
superfícies em contato numa determinada articulação (superfícies articulares), ou seja, a cartilagem articular é a porção do osso que não foi invadida pela ossificação. Em virtude deste revestimento as superfícies articulares se apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiçada. A cartilagem articular é avascular e não possui também inervação. Sua nutrição, portanto, principalmente
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nas áreas mais centrais, é precária, o que torna a regeneração, em caso de lesões, mais difícil e lenta. ·
a cápsula articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação
sinovial como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos, por ligamentos , destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cápsula articular e em algumas, como na do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. ·
cavidade articular é o espaço existente entre as superfícies articulares,
estando preenchido pelo líquido sinovial
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Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disto, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais.
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular. É abundantemente vascularizada e inervada, sendo encarregada da produção da sinóvia (líquido sinovial), o qual tem consistência similar a clara do ovo e tem por funções lubrificar e nutrir as cartilagens articulares. O volume de líquido sinovial presente em uma articulação é mínimo, somente o suficiente para revestir delgadamente as superfícies articulares e localiza-se na cavidade articular. Além destas características, que são comuns a todas articulações sinoviais, em várias delas encontram-se formações fibrocartilagíneas, interpostas às superfícies articulares, os discos e meniscos, de função discutida: serviriam à melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Discos são encontrados nas articulações esternoclavicular e temporomandibular.
9.3 MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS As articulações fibrosas e cartilagíneas tem um mínimo grau de mobilidade. Assim, a verdadeira mobilidade articular é dada pelas articulações sinoviais. Estes movimentos ocorrem, obrigatoriamente, em torno de um eixo, denominado eixo de movimento. A direção destes eixos é ântero-posterior, látero-lateral e longitudinal. Na análise do movimento realizado, a determinação do eixo de movimento é feita obedecendo a regra, segundo a qual, a direção do eixo de movimento é sempre perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento em questão. Assim, todo movimento é realizado em um plano determinado e o seu eixo de movimento é perpendicular àquele plano. Os movimentos executados pelos segmentos do
45
corpo recebem nomes específicos e aqui serão definidos, a seguir, apenas os mais comuns: ·
flexão e extensão são movimentos angulares, ou seja, neles ocorre uma
diminuição ou um aumento do ângulo existente entre o segmento que se desloca e aquele que permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do ângulo diz-se que há flexão; quando ocorre o aumento, realizou-se a extensão, exceto para o pé. Neste caso, não se usa a expressão extensão do pé: os movimentos são definidos como flexão dorsal e flexão plantar do pé. Os movimentos angulares de flexão e extensão ocorrem em plano sagital e, seguindo a regra, o eixo desses movimentos é látero-lateral.
46
·
adução e abdução que são movimentos nos quais o segmento é deslocado,
respectivamente, em direção ao plano mediano ou em direção oposta, isto é, afastando-se dele. Para os dedos prevalece o plano mediano do membro. Os movimentos da adução e abdução desenvolvem-se em plano frontal e seu eixo de movimento é ântero-posterior. ·
rotação que é o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo
longitudinal (vertical). Assim, nos membros, pode-se reconhecer uma rotação medial, quando a face anterior do membro gira em direção ao plano mediano do corpo, e uma rotação lateral, no movimento oposto. A rotação é feita em plano horizontal e o eixo de movimento, perpendicular a este plano é vertical.
47
·
circundução, é o resultado do movimento combinatório que inclui a adução,
extensão, abdução, flexão e rotação. Neste tipo de movimento, a extremidade distal do segmento descreve um círculo e o corpo do segmento, um cone, cujo vértice é representado pela articulação que se movimenta.
48
9.4 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos em torno de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classificá-las funcionalmente. Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo, diz-se que é mono-axial ou que possui um só grau de liberdade; será biaxial a que os realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e tri-axial se eles forem realizados em torno de três eixos (três graus de liberdade). Assim, as articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são mono-axiais; aquelas que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a radio-cárpica (articulação do punho), são bi-axiais; finalmente, as que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. 9.5 CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS O critério de base para a classificação morfológica das articulações sinoviais é a forma das superfícies articulares. Contudo, às vezes é difícil fazer esta correlação. Além disto, existem divergências entre anatomistas quanto não só a classificação de determinadas articulações, mas também quanto à denominação dos tipos. De acordo com a nomenclatura anatômica, os tipos morfológicos de articulações sinoviais são: ·
plana, na qual as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas,
permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. A articulação acromioclavicular (entre o acrômio da escápula e a clavícula) é um exemplo. Deslizamento existe em todas as articulações sinoviais mas nas articulações planas ele é discreto, fazendo com que a amplitude do movimento seja bastante reduzida. Entretanto, deve-se ressaltar que pequenos deslizamentos entre vários ossos articulados permitem apreciável variedade e amplitude de movimento. É isto que ocorre, por exemplo, nas articulações entre os ossos curtos do carpo, do tarso e entre os corpos das vértebras.
49
·
gínglimo, ou dobradiça, sendo que os nomes referem-se muito mais ao
movimento (flexão e extensão) que elas realizam do que à forma das superfícies articulares. A articulação do cotovelo é um bom exemplo de gínglimo e a simples observação mostra como a superfície articular do úmero, que entra em contato com a ulna, apresenta-se em forma de carretel. Todavia, as articulações entre as falanges também são do tipo gínglimo e nelas a forma das superfícies articulares não se assemelha a um carretel. Este é um caso concreto em que o critério morfológico não foi rigorosamente obedecido. Realizando apenas flexão e extensão, as articulações sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais. ·
trocóide, na qual, as superfícies articulares são segmentos de cilindro e, por
esta razão, cilindróides talvez fosse um termo mais apropriado para designálas. Estas articulações permitem rotação e seu eixo de movimento, único, é vertical: são mono-axiais. Um exemplo típico é a articulação radio-ulnar proximal (entre o rádio e a ulna) responsável pelos movimentos de pronação e supinação do antebraço. Na pronação ocorre uma rotação medial do rádio e, na supinação, rotação lateral. Na posição de descrição anatômica o antebraço está em supinação. ·
condilar, cujas superfícies articulares são de forma elíptica e elipsóide seria
talvez um termo mais adequado. Estas articulações permitem flexão, extensão, abdução e adução, mas não a rotação. Possuem dois eixos de movimento, sendo portanto bi-axiais. A articulação radio-cárpica (ou do punho) é um exemplo. Outros são a articulação temporomandibular e as articulações metacarpofalângicas. ·
selar, na qual a superfície articular de uma peça esquelética tem a forma de
sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro, e se encaixa numa segunda peça onde convexidade e concavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira. A articulação carpo-metacárpica do polegar é exemplo típico. É interessante notar que esta articulação permite flexão, extensão, abdução, adução e rotação (conseqüentemente, também circundução) mas é classificada como bi-axial. O fato é justificado porque a rotação isolada não pode ser realizada ativamente pelo polegar sendo só possível com a combinação dos outros movimentos.
50
·
esferóide, que apresenta superfícies articulares que são segmentos de
esferas e se encaixam em receptáculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa, que pode ser movimentado em qualquer direção, é um exemplo não anatômico de uma articulação esferóide. Este tipo de articulação permite movimentos em torno de três eixos, sendo portanto, tri-axial. Assim, a articulação do ombro (entre o úmero e a escápula) e a do quadril (entre o osso do quadril e o fêmur) permitem movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundução.
51
52
10. Sistema Muscular O estudo dos músculos chama-se Miologia. Este sistema é constituído por mais de 700 músculos. As células musculares especializam-se para a contração e o relaxamento. Estas agrupam-se em feixes para formar massas macroscópicas denominadas músculos. Ventre: é a parte contráctil do músculo, que constitui a sua porção carnosa. Tendão: serve para a fixação do ventre, é inelástico (não-contráctil) e apresenta o aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. Existem três tipos de tecidos musculares: 1. Músculo esquelético. 2. Músculo cardíaco. 3. Músculo liso. Embora estes três tipos difiram em estrutura e função, o sistema muscular se refira apenas aos músculos esqueléticos compostos de tecido esquelético. 10.1 Músculo esquelético. O tecido muscular esquelético e o tecido conjuntivo de ligação estão dispostos em um padrão altamente organizado que unem as forças das contrações das fibras musculares e as direciona para as estruturas a serem movimentadas.
Possuindo porção média: esta é carnosa e recebe o nome de
ventre muscular, sendo a parte contrátil do músculo., temos também a porção de extremidades onde encontramos os tendões que podem ter o formato cilindróides e quando são laminares
recém
o nome de aponeuroses, estes
são
esbranquiçados, brilhantes, inextensíveis, resistentes, sendo formado por tecido conjuntivo denso
rico em
fibras colágenas.
Os tendões e as aponeuroses
servem para prender o músculo ao esqueleto.
53
Podem ser classificados de acordo com a disposição das fibras ( fascículos) musculares estriadas esqueléticas: •
Músculos Paralelos:
os fascículos ( fibras) são paralelos, longos
predominando o comprimento. No corpo, a maior parte dos músculos esqueléticos são músculos paralelos. Ex: músculo bíceps braquial. Predomina seu comprimento e largura, podendo ser denominado fusiforme.
•
Convergentes: Seus fascículos ( fibras) podem convergir para um tendão em uma das extremidades, sendo denominado leque. Força de contração enfocada em um único ponto de fixação sendo mais forte que o do tipo paralelo. Ex: músculos peitorais, no tórax.
54
•
Esfinctérico ou circular: Fibras (fascículos) dispostas concentricamente em torno de uma estrutura que se abre ( orifício). Atua como um esfíncter, quando contraído;ex: orbicular do olho e orbicular da boca.
•
Peniforme: um ou mais tendões passam através do corpo do músculo, e os fascículos (fibras) formam um ângulo oblíquo em relação ao tendão. A contração de músculos peniformes produz mais tensão do que os músculos paralelos de mesmo tamanho. Recebe este nome porque suas fibras lembram as barbas de uma pena. Um músculo peniforme pode ser semipeniforme ou multipeniforme. Peniforme, ex: músculo reto femoral.
55
Multipeniforme: se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão. Ex: músculo deltóide,
Semipeniforme: se os feixes musculares se prendem numa só borda do tendão. Ex: músculo extensor dos dedos,
56
10.2 A anatomia dos músculos estriados esqueléticos Veja na figura a seguir a descrição dos tecidos conectivos que unem e fixam os músculos esqueléticos a outras estruturas:
Epimísio
Endomísio
Perimísio
Um músculo esquelético consiste em feixes de fibras musculares (fascículos) envolvidos por uma bainha de tecido conectivo, o epimísio.
Cada
fascículo é envolto por uma bainha, o perimísio, e dentro de cada fascículo, as fibras musculares individuais são envoltas pelo endomísio.
57
10.3 Fáscia É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, sua espessura dependerá de sua função. Quando a fáscia é muito espessa, ela pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Essas lâminas podem ser divididos em três componentes principais: 1. A fáscia superficial ou tela subcutânea; 2. A fáscia profunda; 3. Tela subserosa. Relacionada aos músculos temos a Fáscia profunda muscular e visceral., forma uma estrutura interna resistente e fibrosa, seu tecido conectivo é denso e está ligada a cápsulas, periósteos, epimísios e outras bainhas fibrosas que envolvem órgãos internos.
Assim sustentam e interconectam os músculos
esqueléticos adjacentes, mas permitem movimentos independentes. Quanto mais próximas forem as orientações, ações e amplitude de movimentos de dois músculos, maior sua interconecção pela fáscia profunda.
10.4. Origem - Inserção – Ventre muscular - Ação
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Origem: Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que apresentam mais de uma cabeça de origem. São então classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps. Inserção: Os músculos podem inserir-se por mais de um tendão: Dois tendões: diz-se bicaudados. Três ou mais: diz-se policaudados. Ventre muscular: Quando os músculos apresentam
mais de um ventre muscular, com tendões
intermediários situados entre eles. Dois ventres: diz-se digástricos. Mais ventres: diz-se poligástricos. Ação Pode ser classificado como: flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal. 10.4 Subdivisão do sistema muscular a) MUSCULATURA AXIAL Musculatura Axial, localiza-se no esqueleto axial. Ela posiciona a cabeça e a coluna vertebral e contribui na mecânica da respiração por meio da movimentação da caixa torácica.
Os músculos axiais não atuam na
movimentação ou estabilização dos cíngulos dos membros superiores ou inferiores, nem dos próprios membros superiores e inferiores. Aproximadamente 60% dos músculos esqueléticos do corpo são músculos axiais. Estão envolvidos nos movimentos da cabeça e da coluna vertebral. Os MÚSCULOS AXIAIS subdividem-se em quatro grupos de acordo com a localização e/ou função.
59
GRUPO 1. MÚSCULOS DA CABEÇA E PESCOÇO • • • •
Mas que não estejam associados a coluna vertebral. Estão os músculos que movimentam a face, a língua e a laringe. Responsáveis pela comunicação verbal e não-verbal, como rir, falar, franzir as sobrancelhas, sorrir e assobiar. Responsáveis pela alimentação, como: sugar, mastigar e engolir.
Levanta a sobrancelha e franze a testa
Franze a pele da fronte Traciona o couro cabeludo e movimenta a cartilagem da orelha
Fecha o olho Comprime o dorso do nariz, abaixa o ápice do nariz,alarga as narinas
Movimenta o nariz, muda a posição e forma das narinas
Retrai e levanta o lábio inferior Retrai e levanta o ângulo da boca Comprime, franze os lábios Traciona o ângulo da boca para o lado
Eleva a mandíbula e auxilia na mastigação Comprime as bochechas
Traciona a pele do pescoço e abaixa a mandíbula Levanta e protai o lábio inferior
Juntos, fletem a cabeça; Isoladamente um flete a cabeça em direção ao ombro e roda a face para o lado contraqterall
A sua ação varia conforme os feixes se contraem separadamente: 60os superiores elevam o ombro, os médios retraem o ombro e os inferiores elevam-no e retraem-no.
GRUPO 2. MÚSCULOS DA COLUNA VERTEBRAL Inclui numerosos flexores e extensores.
61
GRUPO 3. MÚSCULOS OBLÍQUOS E RETOS Forma as paredes musculares das cavidades torácica e abodominopélvica, entre a primeira vértebra torácica e a pelve. Na região torácica, esses músculos são divididos em seções pelas costelas, porém, na superfície abdominal, formam largas lâminas musculares.
62
GRUPO 4. MÚSCULOS DO PERÍNEO E DO DIAFRAGMA b) MUSCULATURA APENDICULAR Há dois grupos principais de músculos apendiculares :
GRUPO 1: MÚSCULOS DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E MEMBROS SUPERIORES
63
64
GRUPO 2: MÚSCULOS DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR E MEMBROS INFERIORES
65
66
11. Sistema Circulatório Oferece um mecanismo para transporte rápido de nutrientes, produtos residuais e células no interior do corpo. 11.1 Divisão Compreende o Sistema Circulatório: •
Sangue;
•
Vasos sanguíneos : artéria, arteríola e capilar contínuo, veia, vênula e capilar fenestrado);
•
Coração;
11.1.1 Sangue – Conceito Existem entre 4 a 8 litros de sangue total circulante em um adulto mediano. O sangue está confinado ao sistema circulatório e apresenta composição e características particulares: Faz parte da composição sanguínea: •
Plasma: é a matriz líquida, sua densidade é ligeiramente maior que a da água. Contém proteínas dissolvidas e solutos dissolvidos.
•
Elementos figurados ( Fig 07): são células sanguíneas e fragmentos celulares que se encontram suspensos no plasma. Esses elementos estão presentes em abundância e são altamente especializados. a. Eritrócitos (Hemácias ou
Glóbulos Vermelhos):
responsáveis pelo transporte de oxigênio, dióxido de carbono. b.
Leucócitos
(Glóbulos
Brancos):
são
menos
numerosos e integram o sistema imunológico. c. Plaquetas: são pequenas cápsulas de citoplasma, delimitadas por membrana citoplasmática, contendo enzimas e fatores essências
para a coagulação
sanguínea.
67
Seus componentes podem ser separados ou fracionados, para propósitos de análises clínicas. Viscosidade: geralmente são comparadas a viscosidade da água. equivalente a 1,0. •
Plasma: viscosidade 1,5.
•
Sangue: viscosidade 5,0, devido a interações entre as moléculas de água e os elementos figurados.
Sua temperatura é um pouco maior que a temperaturacorporal + ou - 37ºC ou 38ºC. Leucócitos Granulares ou Granulócitos Neutrófilos (50% a 70%): são fagócitos altamente móveis. Eosinófilos: são fagocitárias atraídos por compostos estranhos. Basófilos: são raros migram para tecidos danificados
Fig 07
Leucócitos Agranulares Monócito: migram para o interior de tecidos periféricos, tornam-se macrófagos livres. Linfócito: principal célula do sistema linfático danificados
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11.1.2 Vasos Sanguíneos Compreendem um sistema fechado que faz com que o sangue circule por todo o corpo. A estrutura dos vasos possui camadas três camadas distintas, tanto para as artérias quanto para as veias (Fig 08): 1. interna, a túnica íntima; 2. intermediária, a túnica média 3. externa a túnica adventícia
Fig 08
69
Artérias Conceito: Flui do coração até atingir os capilares periféricos, o sangue passa por uma série de artérias de diâmetros cada vez menores, sendo elas: Tipos: a. Elásticas ou Artérias de Condução : são grandes com diâmetro de até 2,5cm, transportam grandes volumes de sangue, exemplos: tronco pulmonar e a aorta.com seus ramos principais. (Fig 09)
Fig 09
b. Musculares ou Artérias de Distribuição: conhecidas também como de médio calibre, conduzem o sangue aos músculos esqueléticos e órgãos internos, tem aproximadamente 0,4cm. Exemplos as artérias carótidas externas do pescoço, as artérias braquiais nos braços, as artérias femorais nas coxas e as artérias mesentéricas no abdome. c. Arteríolas. são menores , possuindo um diâmetro de aproximadamente 30µm (milésima parte do milímetro). Controlam o fluxo sanguíneo entre as artérias e capilares.
70
Veias Conceito: coletam o sangue de todos os tecidos e órgãos
retornando-o ao
coração, sendo elas Tipos: a. Veia de Grande Calibre: incluem a veia cava superior e a veia cava inferior e suas tributárias no interior das cavidades torácica e abdominopélvica.
Suas
camadas são mais espessas. b. Veias de Médio e Pequeno Calibre: variam de 2 a 9 mm de diâmetro interno. c. Vênulas: são menores e coletam sangue dos capilares. d. Capilar Fenestrado: são minúsculos vasos (espessura de um fio de cabelo) situados no interior dos órgãos do corpo. 11.1.3 Coração É um órgão muscular, cavitário, que age como uma bomba aspirante e propulsora de sangue. a) Forma e localização: Tem a forma piramidal, com três faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar ou esquerda). Face esternocostal ou face anterior: formada principalmente pelo ventrículo direito.(Fig 10). Face diafragmática ou face inferior: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito, está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma.( Fig 10). Face pulmonar ou face esquerda: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo, ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.
71
Fig 10
Localiza-se no mediastino inferior-médio. b) Estrutura da parede cardíaca (Fig 11): Endocárdio: camada interna. Revestimento interno do miocárdio e é composto por tecido conjuntivo com uma camada superficial de células pavimentosas. Miocárdio: camada
media (muscular)
sendo mais
espessa
do coração
e é constituída por músculo cardíaco. Epicárdio (pericárdio visceral): : camada externa é uma membrana serosa muito fina, que adere à superfície externa do órgão. (Fig 12).
72
Fig 11
73
Fig 12
c) Cavidades (Fig 13): Câmaras de recepção: a. Átrio direito. b. Átrio esquerdo. Câmaras de expulsão ou propulsão: a. Ventrículo direito. b. Ventrículo esquerdo.
74
Fig 13
75
d) Morfologia externa: 1. Arco da aorta 2. Ápice. 3. Veia cava superior e ceia cava inferior. 4. Sulcos interventriculares anterior e posterior, interatrial , terminal e coronário. 5. Átrios direito e esquerdo: aurículas. 6. Ventrículos direito e esquerdo. 7. Seio coronário. 8. Artéria pulmonar direita, artéria pulmonar esquerda. 9. Veia pulmonar superior e inferior esquerda. 10. Reflexão pericárdia. 11. Veia oblíqua do átrio esquerdo. 13. Veia pulmonar superior direita. 14. Veia pulmonar inferior direita. 1 3 8 8
5
13 5 4
9 5
5
9 14
10 4 3 12
6 2
7
6
76
e) Morfologia interna: 1. Átrio direito: 2. Músculos papilares 3. Septo interventricular. 4. Artéria Carótida comum esquerda. 5. Tronco Braquicefálico. 6. Artérias pulmonares direita. 7. Veia Cava Superior. 8. Valva pulmonar. 9. Veia cardíaca e artéria coronária direita. 10. Valva tricúspide. 11. Ventrículo direito. 12. Veia cava inferior. 13. Artéria subclávia esquerda. 14. Arco aórtico. 15. Artéria pulmonar esquerda. 16. Veias pulmonares esquerdas. 17. Átrio esquerdo. 18. Veia Intraventricular anterior e Artéria Coronária esquerda. 19. Valva Aórtica. 20. Valva Mitral. 21. Cordas Tendíneas. 22. Brabéculas. 23. Miocárdio. 24. Epicárdio. 25. Endocárdio. 26. Ventrículo Esuqerdo.
77
4 13
5
14
15
6
7 16 17 8 18 1 19 9 20
10
21
3
22
11
23
12
24 25 2 26 78
f) Esqueleto fibroso do coração: O tecido conectivo interno do coração é chamado de esqueleto fibroso. Funciona para estabilizar as células musculares cardíacas e as valvas, sustentar células musculares, vasos sanguíneos e nervos, distribuir as forças de contração, aumentar a resistência e a elasticidade isolando também fisicamente os átrios dos ventrículos.
79
12. Anatomia dos Vasos Linfáticos O Sistema Linfático inclui uma rede
de
vasos
transportam
linfáticos
a
linfa
(
que líquido
semelhante ao plasma, mas com uma
concentração
menor
de
proteínas). Vários órgãos e tecidos linfáticos pelos
estão
vasos
funciona
interconectados
linfáticos.
como
um
Isto
sistema
é de
drenagem que transporta para o sistema venoso as macromoléculas que
não
são
capitadas
pelos
capilares venosos. 12.1. Função Este sistema produz, mantém e distribui os linfócitos (célula que atacam células
organismos anômalas
estranhas).
invasores, e
proteínas
Ajuda a manter o
volume sanguíneo e eliminar as variações locais na composição do líquido intersticial.
As estruturas
linfáticas podem ser classificadas como primárias (contendo
células-
tronco) ou secundárias ( contendo linfócitos imaturos ou ativados).
Fig 14
80
12.2. Capilares linfáticos. Conduzem a linfa desde os tecidos periféricos até o sistema venoso. A linfa flui de uma rede de vasos linfáticos que se originam no capilares linfáticos (terminais linfáticos). As células endoteliais de um capilar linfáticos se sobrepõem para atuar como válvulas unidirecionais, evitando que o líquido retorne para os espaços intercelulares. 12.3 Órgãos linfáticos
•
Amígdalas (tonsilas);
•
Adenóides;
•
Baço;
•
Linfonodos ( nódulos linfáticos)
•
Timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos).
Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos. Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade.
Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua. Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do
81
sangue em circulação
já
desgastadas como eritrócitos, leucócitos e
plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático. ( Fig 14)
82
13. Sistema Respiratório O sistema respiratório inclui o nariz, a cavidade nasal e os seios paranasais, a faringe, a laringe, a traquéia e os ductos condutores menores que levam às superfícies de difusão gasosa dos pulmões. O trato respiratório consiste em vias aéreas que conduzem o ar para e a partir das referidas superfícies de difusão.
Pode ser dividido em uma parte
condutora e uma parte respiratória. Parte Condutora: se estende da entrada da cavidade nasal até os menores bronquíolos dos pulmões. Parte respiratória: dos bronquíolos com seus delicados alvéolos, onde ocorre a difusão gasosa. 13.1 Parte superior do sistema respiratório
Consiste em nariz, cavidade nasal, seios paranasais e faringe. Essas vias de passagem filtram, aquecem e umedecem o ar, protegendo as superfícies mais delicadas de difusão e condução contra resíduos, patógenos e condições ambientais extremas. 13.1.1 O Nariz: é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo, compreendendo: a raiz, o dorso, asa, narina e ápice. (Fig 15 ).
Raiz Dorso
Ápice
Asa
Narina
Fig 15 83
O ar entra no sistema respiratório, através de suas narinas e em seguida temos a
cavidade nasal, esta por sua vez é delimitada pelos
tecidos flexíveis do nariz e sustentado por duas finas cartilagens laterais e dois pares de cartilagens alares. O epitélio do nariz contém pêlos, para capturar impurezas presente no ar. O septo nasal separa as partes direita e esquerda da cavidade nasal. A parte óssea do septo nasal é formada pela lâmina perpendicular do osso etnóide e pelo vômer, que se articulam. Os seios paranasais produzem uma secreção mucosa. A faringe é uma conecção de vis de passagem ou câmara comum do nariz, da boca e da laringe. 13.2 Parte inferior do sistema respiratório Inclui a laringe, a traquéia, os brônquios e os pulmões. A laringe inicia-se no nível da vértebra CIV ou CV e termina no nível da vértebra CVII, possui paredes cartilagíneas sendo estabilizada por ligamentos ou por músculos estriados esqueléticos, ou ambos. A traquéia segue com o mesmo epitélio da laringe. Sendo um tubo flexível e resistente, possui um diâmetro de 2,5 cm e comprimento de 11cm. O início da traquéia situa-se anteriormente à vértebra CVI,
e sua
terminação se dá ao nível da vértebra T V, onde uma bifurcação marca a origem dos brônquios. Os brônquios principais ou primários direito e esquerdo. Situam-se fora dos pulmões e são denominados
brônquios extrapulmonares.
O
brônquio principal direito têm um diâmetro maior que o esquerdo. Cada brônquio principal dirige-se a uma região de acesso na face mediastinal do pulmão correspondente.
84
85
Os pulmões direito e esquerdo estão situados na cavidade torácica, envoltos pelas cavidades pleurais.
Tem formato de cone com a extremidade
superior arredondada, chamada de ápice do pulmão. O ápice do pulmão se estende até a região da base do pescoço, superiormente a primeira costela. A porção inferior, côncava e ampla, ou base do pulmão, apóia-se na superfície superior do diafragma. 13.3 Os lobos dos pulmões: são separados por fissuras. O pulmão direito é
maior que o pulmão esquerdo, porque a maior parte do
coração e grandes vasos projeta-se em direção à cavidade pleural esquerda. Entretanto o pulmão esquerdo é mais longo que o direito, pois o diafragma elevase mais do lado direito para acomodar o fígado na cavidade abdominal. O pulmão direito apresenta três lobos, 1. Lobo superior; 2. Lobo médio; 3. Lobo inferior. Com uma fissura oblíqua separando os lobos superior e inferior e uma fissura horizontal separando o lobo superior do lobo médio. O pulmão direito também apresenta três brônquios lobares: 4. Brônquio lobar superior; 5. Brônquio lobar médio; 6. Brônquio lobar inferior. O pulmão esquerdo apresenta dois lobos: 7. Lobo superior; 8. Lobo inferior. Separados por uma fissura oblíqua. O pulmão esquerdo apresenta dois brônquios lobares: 9. Brônquio lobar superior; 10. Brônquio lobar inferior;
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1
4
7
5
9 6
2 10
8
3
Cada brônquio principal dirige-se a uma região de acesso na face mediastinal do pulmão correspondente. Os Bronquíolos Cada brônquio segmentar ramifica-se diversas vezes no interior do segmento broncopulmonar, originando aproximadamente 6.500 bronquíolos terminais menores, com diâmetro de 0,3 a 0,5 mm. Cada bronquíolo terminal conduz ar a um único lóbulo pulmonar. No interior do lóbulo, o bronquíolo terminal divide-se para formar vários bronquíolos respiratórios, que são mais finos e delicados ramos da árvore bronquial e conduzem o ar às superfícies de difusão gasosa dos pulmões.
Estes são
conectados a alvéolos individuais e a múltiplos alvéolos ao longo de regiões
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denominadas dúctulos alveolares . Essas passagens de ar terminam em sáculos alveolares. Existe uma rede de vasos capilares associada a cada alvéolo, os vasos capilares que o envolvem são envolvidos por uma rede de fibras elásticas, ajudando assim a manter as posições relativas dos alvéolos e dos bronquíolos respiratórios.
88
13.4 Faces do pulmão As superfícies anterior, lateral e posterior do pulmão, de contorno convexo, acompanham a curvatura da caixa torácica, constituindo a face costal e esta vai desde o esterno até as vértebras torácicas. A face mediastinal (medial) contém o hilo do pulmão e apresenta formato mais irregular, pois nestes locais existem impressões que marcam os lugares dos grandes vasos e do coração. É então o local onde penetram as estruturas dos brônquios, artérias pulmonares e veias pulmonares. A face diafragmática, é o local onde o pulmão repousa no diafragma. Confira os Lobos e as Faces dos pulmões a seguir: Pulmão Direito
Face costal
Face mediastinal
Face diafragmática
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Pulm達o Esquerdo
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O mediastino é medial aos pulmões; estende-se do esterno à coluna vertebral e do pescoço ao diafragma.
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14. Sistema Nervoso O sistema nervoso está entre os menores sistemas orgânicos, em termos de peso corporal, porém sem dúvida é o mais complexo. Ele controla as funções orgânicas e a integração ao meio ambiente. Ou seja, ele não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo como também, ao receber os devidos estímulos, é capaz de interpretálos e desencadear respostas adequadas a eles. Muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade e muitas outras ocorrem sem que se tenha consciência delas. O sistema nervoso é dividido em: •
sistema nervoso central (SNC): é a porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas, formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, protegidos, respectivamente. pelo crânio e pela coluna vertebral. O encéfalo apresenta três partes (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo, ponte e bulbo.
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•
sistema nervoso periférico (SNP): constituído pelas vias que conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos efetuadores as ordens emanadas da porção central, formado pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
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14.1 Estrutura geral do SNC O SNC vamos iniciar pelas sua estrutura embriológica. O cxérebro originase do tubo neural que, na sua extremidade cranial, apresenta três dilatações, denominadas vesículas primordiais: •
Prosencéfalo: com o decorrer do desenvlvimento, as porções laterais do prosencéfalo aumentam desproporcionalmente e acabam por recobrir a porção central. Originando o telencéfalo e o diencéfalo.
•
Mesencéfalo: desenvolveu-se sem subdividir-se e a luaz permanece como um canal estreitado.
•
Rombencéfalo: subdivide-se em metencefalo e mielencéfalo, neste último a luz dilata.
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14.2 O Sistema Nervoso Central O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo
(hemisférios
cerebrais),
diencéfalo
(tálamo
e
hipotálamo),
cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos.
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A) TELENCÉFALO ou CÉREBRO O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre
os
hemisférios,
estão
os
VENTRÍCULOS
CEREBRAIS
(ventrículos laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso. Em seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calota craniana, que não acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 1/3 de sua superfície fica "exposta", o restante permanece por entre os sulcos.
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A superfície do cérebro apresenta sulcos chamados cissuras. Os sulcos dividem a superfície do cérebro em regiões que se chamam circunvoluções cerebrais. A maior das cissuras é a inter-hemisférica, que divide o cérebro nos dois hemisférios cerebrais. Sulcos - são depressões que delimitam os giros, diferente das fissuras (cerebelo) que são sulcos mais profundos. a - Sulco central; b - Sulco lateral; c - Sulco parieto-occipital; d - Incisura pré-occipital; Lobos - relacionam-se com os ossos do crânio, a divisão em lobos apesar da grande importância clínica não corresponde a uma divisão funcional. a. Lobo frontal ; b. Lobo parietal ; c. Lobo occipital ; d. Lobo temporal;
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98
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente. O SNC é heterogêneo quanto à distribuição dos corpos dos neurônios e de seus prolongamentos. As regiões onde predominam os corpos neuronais são chamadas de substância cinzenta. Outras regiões contêm, predominantemente, prolongamentos neuronais (em especial seus axônios). Estes prolongamentos são, muitas vezes, revestidos por mielina, o que lhes dá coloração mais pálida, daí a denominação de substância branca.
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No cérebro e no cerebelo a estrutura geral é a mesma: uma massa de substância branca, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta e tendo no centro massas de substância cinzenta constituindo os núcleos (acúmulos de corpos neuronais dentro do SNC). Na medula, a substância cinzenta forma um eixo central contínuo envolvido por substância branca, enquanto no tronco encefálico a substância cinzenta central não é contínua, apresentando-se fragmentada, formando núcleos.
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B) Meninges A proteção ao SNC dada pelo crânio e pela coluna é acentuada reforçada pela presença de lâminas de tecido conjuntivo, as meninges, que são, de fora para dentro: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
A dura-máter é a mais espessa delas. No crânio está associada ao periósteo da face interna dos ossos, enquanto entre ela e a coluna vertebral existe um espaço, o espaço extradural (ou epidural). A pia-máter é a mais fina e está intimamente aplicada ao encéfalo e à medula espinhal.
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Entre a dura e a pia-máter está a aracnóide, da qual partem fibras delicadas que vão a pia-máter, formando uma rede semelhante a uma teia de aranha. A aracnóide é separada da dura-máter por um espaço virtual, o espaço subdural e da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, real, onde circula o líquido cérebro-espinhal ou líquor, o qual funciona como absorvente de choques.
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O líquido cérebro-espinhal, incolor, é constantemente produzido nos ventrículos do encéfalo e constantemente deixa o espaço subaracnóideo para entrar no sistema venoso. Atua na nutrição do SNC e como amortecedor, protegendo o SNC de movimentos súbitos.
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C) Tronco encefálico e cerebelo O tronco encefálico apresenta é formado por substância branca contendo núcleos no seu interior. Divide-se em mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo é responsável pelos reflexos visuais e auditivos (colículos superior e inferior); seus núcleos e os pedúnculos cerebrais participam do controle da postura e dos movimentos. A ponte é centro de retransmissão de impulsos; contém núcleos de vários nervos cranianos (III – VII); e controla o ritmo e força da respiração. O bulbo é centro de retransmissão de impulsos; contém núcleos de vários nervos cranianos (VIII-XII); e é centro autônomo visceral (respiração, ritmo cardíaco, vasoconstrição).
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O cerebelo tem estrutura geral parecida com a do cérebro (substância cinzenta externa e substância branca interna) e atua na coordenação motora e no equilíbrio.
D) Medula espinhal
É chamada assim porque está localizada no interior da coluna vertebral. O termo medula significa miolo, logo medula espinal é o "miolo da espinha", medula óssea seria o "miolo do osso". Alguns autores ainda dizem que ela possui esse nome por ter o seguimento inferior semelhante a medula óssea. O que sabemos realmente é que a medula espinhal tem forma cilindróide, está situada no interior do canal vertebral, mede aproximadamente 45 cm de comprimento e se estende do limite inferior do bulbo à 2º vértebra lombar, onde termina formando um cone. Seu calibre não é totalmente uniforme, ela apresenta dois abaulamentos, um superior ou cervical também chamado de intumescência cervical e outro inferior ou lombar, chamado de intumescência lombar. Esses abaulamentos correspondem aos seguimentos da medula que dão origem ao plexo braquial e lombossacral. Possui maior diâmetro porque contêm maior quantidade de neurônios, logo mais fibras nervosas que entram e deixam a medula para a inervação dos membros e suas infinitas terminações nervosas.
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Como já dito, a medula não é totalmente cilíndrica. Em sua topografia encontramos sulcos longitudinais que a percorrem em toda a sua extensão. Esses sulcos variam de forma dependendo da região da medula que esta sendo estudada. Na figura a seguir podemos observar isto. Na medula cervical ainda existe um outro sulco, o sulco intermediário posterior, situado entro o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior.
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Observe ainda na figura acima que na medula, a substância cinzenta tem um forma de letra "H" e localiza-se no interior da branca, sendo contrário ao encéfalo (nele a substância branca fica no interior da cinzenta). Na substancia cinzenta distinguimos da cada lado três colunas, são os cornos medulares. São eles: corno anterior, corno posterior e corno lateral. No meio do "H" medular encontramos um canal, é o canal central da medula, resquício do tubo neural embrionário.
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A substância branca é formada por fibras nervosas agrupadas em funículos, são eles: - Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior - Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior. - Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior.
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Então temos no "H" medular corpo de neurônios, pos isso a cor cinza e na substância branca encontramos os axônios ou prolongamentos dos neurônios. A substância branca funciona como uma verdadeira avenida de informações, conectando as mais diversas áreas do sistema nervoso periférico.
E) Conexão com os Nervos Espinhais Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. As raízes espinhais anteriores têm função motora e as raízes espinhais posteriores tem função sensitiva. É importante sabermos que os nervos espinhais entram e deixam o canal vertebral pelos forames intervertebrais.
F) Os Segmentos Medulares A medula espinal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão, esse segmentos são compostos por pares de nervos espinhais. São ao todo 31 pares de nervos espinhais, aos quais correspondem a 31 segmentos medulares. Os segmentos da medula cervical são oito (C1 a C8) e controlam a sensibilidade e o movimento da região cervical e dos membros superiores. Os segmentos torácicos (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores. Os segmentos lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidade dos membros inferiores. Os sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino.
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Observe na figura acima que a medula não ocupa todo canal vertebral. Ela termina ao nível de L2. Abaixo desse nível o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que formam a cauda equina.
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G) Envoltório da Medula Espinhal A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: dura-máter, pia-máter e aracnóide.
A dura-máter é a mais expessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos.
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A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter. A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão.
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Entre as meninges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebroespinhal ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso.
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14.3 Sistema Nervoso Periférico O sistema nervoso periférico é composto por terminações nervosas, gânglios e nervos. Nervos são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm por função levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. As fibras que levam impulsos ao SNC são chamadas de aferentes ou sensoriais, enquanto que as que trazem impulsos do SNC são as aferentes ou motoras. Os nervos são divididos em dois grupos: nervos cranianos e nervos espinhais. A) Nervos espinhais O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensoriais (aferentes) cujos corpos celulares estão no gânglio sensitivo da raiz dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da própria raiz. Como o nervo espinhal é formado pela fusão destas raízes, ele é sempre misto, ou seja, tem fibras aferentes e eferentes. Logo após sua formação pela fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide em dois ramos: ramo dorsal, menos calibroso e que inerva a pele e os músculos do dorso e ramo ventral, mais calibroso e que inerva os membros e a porção ântero-lateral do tronco. Os ramos ventrais que inervam os membros se anastomosam amplamente formando os plexos, dos quais emergem nervos terminais, de tal forma que cada ramo ventral contribui para formar vários nervos e cada nervo contém fibras provenientes de diversos ramos ventrais. Já no tronco não há a formação dos plexos; cada ramo ventral segue seu curso isolado.
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B)Nervos cranianos Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois primeiros têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos cranianos são mais complexos que os espinhais, havendo acentuada variação quanto aos seus componentes funcionais. Alguns possuem um gânglio, outros tem mais de um e outros, ainda, não tem nenhum. Também não são obrigatoriamente mistos como os nervos espinhais. Os nervos cranianos recebem denominações próprias, bem como também são numerados em seqüência crânio-caudal .
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C) Terminações nervosas e gânglios As terminações nervosas existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras. Nestas últimas, o exemplo mais típico é a placa motora. Nas primeiras, as terminações nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Assim, os cones e bastonetes da retina são estimulados somente pelos raios luminosos; os receptores do ouvido apenas por ondas sonoras; os gustativos por substâncias químicas capazes de determinar as sensações de doce, azedo, amargo, etc., na pele e nas mucosas existem receptores especializados para os agentes causadores de calor, frio, pressão e tato, enquanto as sensações dolorosas são captadas por terminações nervosas livres. Enquanto acúmulos de neurônios dentro do SNC são chamados de núcleos, fora do SNC são chamados de gânglios e se apresentam, em geral, como uma dilatação.
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14.4 Sistema nervoso autônomo SNC e SNP são divisões anatômicas do Sistema Nervoso. Já do ponto de vista funcional sua divisão se faz em SN somático e SN visceral O SN somático, formado por estruturas centrais e periféricas, tem por função a interação do organismo com o meio externo, enquanto o SN visceral, também formado por estruturas centrais e periféricas, é o conjunto de estruturas nervosas que se ocupam do controle do meio interno. Generalizando, pode-se afirmar que o SN somático cuida das atividades voluntárias enquanto o SN visceral o faz das involuntárias. Tanto o SN somático quanto o SN visceral possuem uma parte aferente e outra eferente. Denomina-se sistema nervoso autônomo (SNA) a parte eferente do SN visceral. O SNA por sua vez é dividido em duas partes: o sistema simpático e o sistema parassimpático. O simpático estimula as atividades que ocorrem em situações de emergência ou tensão, enquanto o parassimpático é mais ativo nas condições comuns da vida, estimulando atividades que restauram e conservam a energia corporal. Em ambos, a estrutura básica é a mesma, formada pela seqüência de dois neurônios entre o SNC e a estrutura inervada. O corpo do primeiro neurônio fica no SNC, enquanto o segundo neurônio fica localizado perifericamente em um gânglio autônomo. O SNA simpático tem origem nos neurônios da coluna lateral dos segmentos torácico e abdominal da medula. Os axônios destes neurônios, denominados pré-ganglionares, acompanham os ramos ventrais dos nervos espinhais e fazem conexão em gânglios próximos à coluna vertebral (gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais), dos quais partem as fibras pós-ganglionares. Os gânglios para-vertebrais, unidos entre si pelos cordões interganglionares, constituem o tronco simpático, situado de cada lado da coluna vertebral em toda sua extensão. São três gânglios cervicais (superior, médio e inferior), dez a doze
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torácicos, três a cinco abdominais, quatro a cinco sacrais e um coccígeo, o gânglio ímpar, para o qual convergem e onde terminam os dois troncos simpáticos. Os gânglios pré-vertebrais estão situados próximos à origem dos principais ramos da aorta abdominal. O SNA parassimpático tem origem no tronco encefálico (nos núcleos dos n.n. oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) e nos segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula. Os gânglios parassimpáticos ficam situados próximos ou mesmo na parede do órgão inervado.
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15. Sistema Digestório 15.1 CANAL ALIMENTAR A boca está adaptada a receber os alimentos e iniciar o processo de digestão. Também atua como órgão da fala e do prazer. As bochechas são seu limite lateral, enquanto que os lábios a delimitam superior e inferiormente. Os lábios são muito móveis e possuem grande variedade e quantidade de receptores sensitivos, utilizados para analisar as características do alimento. A língua é, basicamente, uma estrutura muscular revestida por mucosa que atua misturando o alimento com a saliva e encaminhando-o à faringe. A superfície irregular da língua, além de facilitar a movimentação dos alimentos também apresenta receptores gustativos. O palato forma o teto da cavidade bucal e apresenta duas partes, o palato duro, ósseo e o palato mole, muscular. Este se move e ajuda a ocluir a comunicação com a cavidade nasal durante a passagem dos alimentos em direção à faringe. Os dentes (vinte, primariamente e trinta e dois, secundariamente) atuam cortando o alimento em pedaços pequenos, aumentando assim a área exposta às ações digestivas. A faringe e esôfago atuam, somente, como tubos condutores, levando o alimento da boca até ao estômago. A faringe é dividida em Parte Nasal, Parte Oral e Parte Faríngea. Destas três, a Parte Nasal é ,exclusivamente, via aérea. A Parte Laríngea é somente via digestiva e a Parte Oral é um caminho comum ao ar e aos alimentos. A deglutição dos alimentos se inicia com eles sendo misturados com a saliva, na boca, e empurrados para a Parte Oral da Faringe. A seguir, reflexos involuntários encaminham o alimento até ao esôfago, do qual é encaminhado ao estômago. O estômago recebe os alimentos, mistura-os com o suco gástrico, absorveos (limitadamente) e os encaminha ao intestino delgado. O intestino delgado, composto de três partes (duodeno, jejuno e ílio) mede, no vivo, cerca de 3 a 4 metros de comprimento. Após a morte, pela perda do tônus
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muscular, pode atingir até 7 metros. Ele recebe o bolo alimentar do estômago, mistura-o com secreções provenientes do pâncreas, da vesícula biliar e dele mesmo e completa o processo de digestão, absorvendo seus produtos e encaminhando seus resíduos ao intestino grosso. O intestino grosso, formado pelo ceco, pelos colos ascendente, transverso, descendente e sigmóide, pelo reto e pelo ânus, recebe os resíduos da digestão vindos do intestino delgado, reabsorve a água e os eletrólitos neles contidos e forma e estoca as fezes. Estas consistem de material não digerido, água, eletrólitos, secreções das mucosas e bactérias. 15.2 GLÂNDULAS ANEXAS As glândulas salivares secretam a saliva, a qual umedece os alimentos, facilita a mastigação, possibilita a gustação, inicia a digestão e ajuda a limpar a língua.
Existem
três
pares
de
glândulas
salivares
maiores
(parótida,
submandibular e sublingual) e um número variável de glândulas salivares menores disseminadas pela cavidade oral. O pâncreas, estreitamente relacionado com o duodeno, produz o suco pancreático, Além disto, tem ações como glândula endócrina, produzindo dois hormônios, a insulina e o glucagon, que atuam no metabolismo dos açúcares. O fígado é a maior glândula do corpo humano. Além de produzir diversas substâncias fundamentais para a vida, ele atua na digestão através da produção da bile, a qual é armazenada, concentrada e excretada pela vesícula biliar.
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122
15.3 CABEÇA
FARINGE - começa logo após a boca e segue até o esôfago, é um canal comum aos sistemas respiratório e digestório, pela faringe passa o ar, que se dirige à laringe, e o alimento, que se dirige ao esôfago. ESÔFAGO - é o canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, é localizado entre os pulmões, atravessa o músculo diafragma, e fica atrás do coração. Os movimentos peristálticos fazem com que o bolo alimentar avance até o estômago. A digestão química por ação de enzimas (ptialina) tem início na boca, os alimentos impulsionados pela LÍNGUA seguem para a FARINGE e em seguida para o
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ESÔFAGO ( que tem paredes musculares cujas contrações resultam os movimentos peristálticos, os quais permitem aos alimentos movimentar-se em direção ao estômago). 15.4 DENTES PERMANENTES SUPERIORES E INFERIORES
Tipos de dentes: Incisivos, Caninos e molares (divididos em pré-molares e molares). Cada tipo de dente tem sua função própria no processo de mastigação. Os incisivos cortam; Os caninos rasgam; Os molares trituram os alimentos.
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15.5 LÍNGUA E BOCA
Glândulas salivares - São os órgãos encarregados de produzir a saliva, suco digestivo que contém a ptialina, que age sobre o amido, transformando-o em moléculas menores. 15.6 GLÂNDULAS SALIVARES
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15.7 LÍNGUA
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15.8 ESTÔMAGO
Localizado na parte superior do abdome, abaixo do diafragma e do fígado. A parede interna do estômago possui inúmeras glândulas que elaboram o suco gástrico. Este contém pequena quantidade de ácido clorídrico, o bolo alimentar passa por transformações e recebe o nome de quimo.
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15.9 FÍGADO
É a maior glândula do corpo humano. Pesa aproximadamente 1.400g, tem cor vermelho-escuro. Tem várias funções, entre elas está a de produzir a bile, que é conduzida ao duodeno pelo ducto colédoco. A bile é formada principalmente de sais biliares, colesterol e pigmentos.
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15.10 PÂNCREAS
É responsável pela excreção de várias substâncias importantes para a digestão, que são lançadas no duodeno. O pâncreas além de participar na digestão dos alimentos, produz a insulina (hormônio que regula o teor de glicose no sangue).
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15.11 INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma da letra C e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
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É DIFÍCIL ESPECIFICAR COM CERTEZA ONDE TERMINA O JEJUNO E COMEÇA O ÍLIO, UMA VEZ QUE A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS É MAIS VISÍVEL INTERNAMENTE DO QUE EXTERNAMENTE, SENDO MAIS COMUM IDENTIFICAR O CONJUNTO COMO ALÇAS INTESTINAIS DO JEJUNO-ÍLIO.
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15.12 INTESTINO GROSSO É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmóide e reto. A saída do reto chama-se anus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal. Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante considerável. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
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