Mlriii.mha Ocidental / Peru (Autoren, l'mj« I ,Werner Herzog, wildlife, ZDF) ISK
m i n . Cor
Direção: Werner
difícil
abordar
sem
Fitzcanaldo
antes
mergulhar
na propensão
obsessiva
de seu
Klaus Klnskl (por sua vez, f r e q ü e n t e m e n t e impenetrável). A relação de trabalho entre os
Herzog
d o i s era b a s e a d a e m u m a n t a g o n i s m o m ú t u o e e s t a c o n t r a d i ç ã o r e g u l a r m e n t e s e
1'ioduçáo: W e r n e r Herzog, Lucki
\ll|irhi
n i f e s t a v a , ela própria, n o s f i l m e s . N ã o é n e c e s s á r i o dizer q u e , a p e s a r d e s e u
ma-
comporta-
m e n t o i m p r e v i s i v e l , K l n s k l m u i t a s v e z e s era a p r i m e i r a e s c o l h a d e H e r z o g para o e l e n c o .
Kotllro: W e r n e r
Herzog
i otografia: Thomas
O u seria m a i s correto dizer q u e H e r z o g r a r a m e n t e c o n s e g u i a c o n v e n c e r q u a l q u e r
Mauch
a se envolver c o m seus projetos reconhecidamente
Mútlca: P o p o l v u h Musica não original: Vincenzo Bellini, G i a c o m o P u c c i n i , R i c h a r d
Elenco: Klaus Kinski, José
Miguel Angel
Lewgoy,
Fuentes, Paul
l l u n e q u e q u e Enrique
Hittscher,
Bohorquez,
i Innde O t e l o , P e t e r B e r l i n g , D a v i d l Spinosa, Milton
Nascimento,
1'uv P o l a n a h , S a l v a d o r G o d í n e z , I H I M C I M i l z . W i l l i a m L. R o s e , L e ô n c i o Claudia
outro
torturantes?
É verdade que tanto Jason Robards quanto Mick Jagger haviam originalmente
acei-
tado o papel e s o m e n t e após a desistência de a m b o s Herzog entrou e m contato
com
Klnskl. N ã o c para m e n o s : a t r a m a do filme exemplifica a lendária t e n a c i d a d e t a n t o d e
'»lt.Miss. G i u s e p p e V e r d i
Bueno,
É
diretor, W e r n e r Herzog, assim c o m o e m sua confusa colaboração freqüente c o m o ator
I d i o m a s : inglês / a l e m ã o
Pirei
FITZCARRALDO (1982)
Cardinale
I estival de Cannes: Werner
Herzog quanto
d e Kinski. O a m a n t e
de ópera
Brian S w e e n e y
Fitzgerald (Klnski)
jura
levar a m ú s i c a a o s c o n f i n s m a i s r e m o t o s d o P e r u . P r i m e i r o , c o n t u d o , precisa ficar rico para financiar esse objetivo quixotesco, e seu plano e n v o l v e puxar u m g r a n d e barco a vapor
por cima
d a crista
deuma
montanha
até
u m lote
d e terra
onde
e l e poderá
recolher borracha das seringueiras. N a t u r a l m e n t e , o u talvez t i p i c a m e n t e , fazer u m filme q u e m o s t r e tal façanha
quase
Impossível, sobrecarregada de o b s t á c u l o s difíceis d e s e r e m t r a n s p o s t o s , acaba se torHerzog
(diretor), i n d i c a ç ã o ( P a l m a d e O u r o )
n a n d o u m suplício por si só. E m n a d a a j u d o u o fato d e H e r z o g ter a b o r d a d o o projeto com a mesma
teimosia
Insana de seu personagem
dor, d o e n ç a e a t é m e s m o
principal. Ferimentos,
Insanidade,
m o r t e s u r g i r a m n a b u s c a d e H e r z o g para levar à stelas
v i s ã o t ã o ú n i c a e i m p r e s s i o n a n t e c o m o a d e Fitzcarra/do.
uma
H e r z o g f i l m o u n a s p r o f u n d e z a s da selva tropical d o E q u a d o r e d o P e r u , l i d a n d o
com
l o d o s os d e s a f i o s inerentes, d e m o s q u i t o s a d e s l i z a m e n t o s d e l a m a . Para c a p t a r
ima-
gens de u m a
uma
pequena
expedição de balsas a m e a ç a d a
por perigosas corredeiras, Herzog e
equipe de fato desceram essas corredeiras. Ainda
m a i s I m p r e s s i o n a n t e foi
lato de q u e , para m o s t r a r o barco a v a p o r s e n d o t r a n s p o r t a d o m o n t a n h a a c i m a , fez e x a t a m e n t e isso, r e t r a t a n d o o e s f o r ç o c o m a v e r o s s i m i l h a n ç a d e u m
documentário.
B o a p a r t e d o d i f í c i l p r o c e s s o d e f i l m a r Fitzcarraldo
é mostrada
m e n t e I n s t i g a n t e d e L e s B l a n k , Burdcn
no qual vemos Herzog
em
of
s e u s esforços e à beira de u m c o l a p s o
Drcams,
o
Herzog
no d o c u m e n t á r i o
igual-
empenhado
total.
C o n t u d o , Fitzcarraldo, c o m o obra concluída, e m
nada
se parece c o m
O coração
das
( r e v a s d e J o s e p h C o n r a d n e m m u i t o m e n o s c o m o A p o c a / y p s e N o w d e Francis Ford Coppola. Kinski t a m p o u c o é m o s t r a d o c o m o u m invasor, c o m o K u r t z . C o m p a r a d o a Aguirre, a cólera r i o s d e u s e s - o u t r o f i l m e d e H e r z o g e K i n s k i -, Fitzcairoldo
chega a ser i n g ê n u o . O
otimista
a m a n t e de ópera representado por Kinski c apelidado de "Fitzcarraldo" pelos p e r u a n o s é movido
tanto
ajudam
a realizar s e u s o n h o e m
por idealismo
quanto
por
intransigência.
parte por causa
de sua
Os
nativos, muito
curiosos,
inocência, exuberância
e
o
total
paixão pela ópera, q u e ele t o c a e m u m v e l h o toca-discos Victrola q u e carrega c o n s i g o para todo
lado.
Enquanto
o
barco
é
puxado
montanha
acima,
Fitzcarraldo
está
no
superior, refulgente, e n q u a n t o sua Victrola toca a pleno v o l u m e o cantor de ópera Caruso. É u m a visão ao m e s m o t e m p o surreal e inspiradora, s i m u l t a n e a m e n t e uma
realização q u e é t a n t o dramática ( e m t e r m o s de narrativa) q u a n t o
m e n t e tátil (em t e r m o s de processo de criação cinematográfica).
JKL
convés Enrico
anunciando
Impressionante-
GANDHI (1982) "A v e r d a d e " , disse Richard A t t e n b o r o u g h , "é q u e e u n u n c a q u i s ser u m diretor. S ó queria dirigir
aquele
filme."
Pare
ele,
portanto,
representava
Gandhi
uma
missão:
Atten-
b o r o u g h s o b r e v i v e u a 20 a n o s d e a t r a s o s , f r u s t r a ç õ e s , ridicularizações e risco f i n a n c e i r o pessoal
para
realizar
Kharamchand
seu
grande
sonho
d e recriar
G a n c l h l (1869-1948) d e u m a
forma
a vida
ocidentais e orientais c o m o significado espiritual do Attenborough
concebeu
e a época
de Mohandas
que tocasse igualmente o s públicos
o p r o j e t o e m 1962. S u a
Mahatma. inspiração pessoal foi a frase d e
G a n d h i : " S e m p r e foi u m m i s t é r i o para m i m c o m o os h o m e n s p o d e m se sentir com
a humilhação
dos seus pares." Já sendo u m
d i r e t o r a t é 1 9 6 9 , e m O h ! Q u e bela
produtor, não assumiria
honrados
o papel d e
g u e r r a , e , e m d i f e r e n t e s é p o c a s d e s u a l u t a d e 18 a n o s
para l e v a n t a r f u n d o s para G a n d h i , Fred Z i n n e m a n n e David L e a n f o r a m s u g e r i d o s diretores
mais
escritores, preparar
prováveis
incluindo
u m roteiro
e mais
Gerald até
que
fáceis
Hanley, John
de serem
Donald Briley
vendidos
Ogden
Stuart
finalmente
soube
para
o mercado.
e Robert captar
Bolt, com
como Vários
tentaram
maestria
a
essência da vida e das c o n q u i s t a s de G a n d h i . Ao
longo
dos
anos, atores
d e várias
gerações
- incluindo
Alec
Guinness,
Bogarde, Peter Finch, Albert Flnney, T o m Courtenay, Robert De Niro, Dustin Inglaterra / índia (Carolina
Coldi rest,
Bank,
Indo-British, International,
NI IM ) I K H m i n . Technicolor Id
Attenborough
Richard
Attenborough
Rotllro: J o h n B r i l e y
Mii-.li .1: K.wi s h a n k a r , G e o r g e
Fenton
Elenco: Hen Kingsley, Candice Bergen, h l w a u l I ox. J o h n G i e l g u d , Trevor Mills, Martin Sheen,
tin i li.ulcson, Athol Fugard, G ü n t h e r
Man.i Halmer, S a e e d J a f f r e y , i ii'i.ililini' J a m e s , A l y q u e A i n i k l i Purl, K o s h a n
Padamsee,
Seth
Otcar: Richard Attenborough
Fllmi), Rli hard
(melhor
Attenborough
John Briley (roteiro), B e n
i- Inglley
(.nor), S t u a r t Craig, Robert
I .uni',, M i c h a e l S e l r t o n ( d i r e ç ã o d e
irti i B i l l y W i l l i a m s , R o n n i e T a y l o r o
grafia), J o h n M o l l o ,
Athllya
(li)',iirlno),John
Bhanu
Smith
(in.i(tiilagem), Ravi Shankar, (música), Gerry
(som)
George
Humphreys,
i " l H I 11 t ' D o n o g h u e , J o n a t h a n Miunn Kaye
ioga,
celebridades
época.
discriminação
racial n a África
d o S u l d e 1893. A p a r t i r d a í o f i l m e t r a ç a o s p r i n c i p a i s
m a r c o s b i o g r á f i c o s da s u a luta c o n t r a a d o m i n a ç ã o i m p e r i a l i s t a britânica e e m prol d e u m a sociedade e cultura indiana integradas. Ironicamente, o compromisso
apaixonado
de G h a n d i por protestos pacíficos m u l t a s vezes levou à violência e à m o r t e , b e m
como
à sua própria e duradoura prisão. M u i t a s seqüências de a ç ã o f o r a m f i l m a d a s nas ções históricas reais. Estima-se q u e a cena do f u n e r a l , f i l m a d a
naavenida
Bates,
loca-
cerimonial
R a j p a t h c o m 11 e q u i p e s d e c â m e r a , t e n h a r e u n i d o c e r c a d e 4 0 0 m i l f i g u r a n t e s . Gandhi refutou triunfalmente o ditado de que filmes que levam multo t e m p o d es u a s a m b i ç õ e s , p e r d e n d o o frescor da i n s p i r a ç ã o
em
Inicial. A
r e s p o s t a a G a n d h i foi I m e d i a t a , s e n d o a c l a m a d o t a n t o pela crítica q u a n t o pelo
público
m u n d i a l e premiado oito vezes c o m o Oscar, u m recorde ultrapassado apenas por BenH u r (1959). P a r a A t t e n b o r o u g h , u m a s a t i s f a ç ã o p e s s o a l a i n d a m a i o r f o i e v i d e n t e m e n t e a certeza d eq u e a om e n o s
parte d opúblico sesentiu enriquecida
pelo encontro
p i r a d o r a s . DRos
com
marcaria
a carreira futura de A t t e n b o r o u g h c o m o u m diretor de biografias c i n e m a t o g r á f i c a s
• •••In i c . i o a o O s c a r : T o m
inton
peso, praticou
G a n d h i a t r a v é s d e s u a r e p r e s e n t a ç ã o n a t e l a . P a r a m e l h o r o u p a r a p i o r , Gandhi
Bloom
(MJIçlo)
i
a o papel: perdeu
ros de G a n d h i . O e n o r m e e l e n c o d e a p o i o i n c l u i u u m n o t á v e l c o n j u n t o de do teatro e do c i n e m a da
produção ficam aquém
(diretor), w
se dedicou
retornar, e m seguida, ao seu c o m e ç o c o m o u m j o v e m a d v o g a d o , protestando contra a
Williams
loward, |ohn
d o pai i n d i a n o . K i n g s l e y
O r o t e i r o d e B r i l e y t e m I n í c i o c o m o a s s a s s i n a t o e f u n e r a l d e G a n d h i e m 1948, para
Fotografia: R o n n i e T a y l o r , B i l l y
I
lhido foi o p r a t i c a m e n t e d e s c o n h e c i d o B e n Kingsley, q u e tinha a v a n t a g e m das feições
a p r e n d e u a tecer a l g o d ã o e t e n t o u b r a v a m e n t e viver a vida s e g u n d o os preceitos s e v e -
Dliccao: Richard
Produçlo:
J o h n H u r t e Richard B u r t o n - f o r a m c o g i t a d o s para o papel principal. Ao final, o esco-
herdadas
a: i n g l ê s
Dirk
Hoffman,
ins-
A NOITE DE SÃO LOURENÇO m
I t á l i a ( A g e r , R A i ) 105 m i n .
(LA NOTTE Dl SAN LORENZO)
Eastmancolor
i/te d e S ã o L o u r e n ç o é a o b r a - p r i m a d o s i r m ã o s P a o l o e V i t t o r i o T a v i a n l . O t í t u l o s e ri f e r e à n o i t e n a q u a l t o d o s o s s o n h o s s e t o r n a m torre. C o n t a d a ninina
p o r u m a m ã e q u e fala
realidade, q u e é q u a n d o a história a
narrativa
a t é 1944, q u a n d o o s invasores a l e m ã e s e o s colaboradores fascistas
c o m s e u filho
adormecido,
italianos
i i o l a v a m o vilarejo d a narradora, e n t ã o c o m seis a n o s d e i d a d e . C o m s u a c i d a d e dividida entre o regime nazista e a eventual libertação, u m grupo d e h a b i t a n t e s
decide
•ui.ivessar a região rural d a T o s c a n a e m b u s c a d e s a l v a ç ã o .
D i r e ç ã o : P a o l o T a v l a n i , Vittorio Tavíani P r o d u ç ã o : Giuliani G . D e Negri R o t e i r o : P a o l o T a v l a n i , Vittorio Tavlani, Giuliani G. De Negii, I Guerra Fotografia: Franco Di G i a c o m o
S e m ignorar, m a s t a m b é m s e m se aprofundar n o s terrores da guerra, essa
jornada
pirssa a resistência civil. A luta diária por c o m i d a t e m prioridade sobre balas o u v a n t l g e m tática. Periodicamente a perspectiva infantil d anarradora até transparece c o m m u g e n s tragicómicas e surreais q u e a m o r t e c e m
Idioma: italiano
o sentimento amedrentador de sua
udisséia.
M ú s i c a : Nicola
Plovani
Elenco: Omero Antonutti,
G u i d e i i i , M a s s i m o B o n e t l i , I u m .1 M a r i a M o d u g n o , S a b i n a V a n i n i ' chi Giorgio Naddl, Renata
N o t á v e l p e l o c o n j u n t o d e s e u e l e n c o , A noite
i imagens marcantes que remedeiam a memória maculada Uma c a t e d r a l é b o m b a r d e a d a
t a m b é m deixa atrás d e
de São Lourenço
pelo conflito
Indesejado.
para m a t a r o s fiéis. M e l õ e s selvagens s ã o objeto d e u m
" b a n q u e t e " no c a m p o . A m i g o s de lados políticos opostos m a t a m - s e u m ao outro. Duas pessoas mais velhas c o n s u m a m
u m caso amoroso
hádécadas interrompido. Juntos,
esses m o m e n t o s s i m b o l i z a m a gravidade da S e g u n d a Guerra M u n d i a l , n o s lembrando,
Margi
Lozano, Claudio Blgagli, Mlii.im
Zamnign,
Micol Guideiii, M a s s i m o S a n hnlli. Giovanni Guideiii, Mario Spallino Paolo
Hendel
Festival de Cannes: Paolo
l.ivi.mi
V i t t o r i o T a v i a n i ( G r a n d e 1'ieiiiio i l n Júri), (Prêmio d o Júri E c u m ê
1
indicação (Palma de Ouro)
em p a r a l e l o , d a d i g n i d a d e d a v i d a c o t i d i a n a . GC-0
UMA QUESTÃO DE SILENCIO (mi)
H o l a n d a ( S i g m a ) 9 2 m i n . i 01
(DE STILTE ROND CHRISTINE M.)
I d i o m a : holandês / Inglês
M o m e n t o c r u c i a l n a h i s t ó r i a d a c i n e m a t o g r a f i a f e m i n i s t a , U m a q u e s t ã o d e siiêncio, Marleen Gorris, mobilizou e polarizou o público. O filme abordava
a raiva
de
sublimada
das m u l h e r e s , religando as f e m i n i s t a s à raiva q u e lhes serviu c o m o c o m b u s t í v e l para o s movimentos
d o s anos 6 0e 70, e n q u a n t o gerou, assim c o m o
T h e l m a & L o u i s e (1991),
acusações d e reversão de estereótipos. Motivado
por u m a notícia
Gorris
P r o d u ç ã o : M a t t h l j s v a n Hcíjiilu Roteiro: Marleen
Gorris
Fotografia: Frans B r o m e t M ú s i c a : Lodewljk de Boer, M . H I Hasebos
na imprensa
c l a s s e o p e r á r i a p o r f u r t o e m u m a l o j a , Uma
Direção: Marleen
a respeito d a prisão
deu m a mulher da
questão d e silêncio está c e n t r a d o e m t o r n o
Elenco: Edda Barends, Nelly
i
FrIJdl
H e n r i e t t e T o l , C o x H a b b c i n . i . I ddli
Plooyi
de três m u l h e r e s q u e n ã o se c o n h e c e m e q u e e s p o n t a n e a m e n t e m a t a m u m gerente d e
B r u g m a n , H a n s Crolset, Eiik
loja q u a n d o
A n n a v a n B e e r s , N o a C o h e n , K r rl y r l ,
ele arrogantemente
roubar. U m a mistura
única
confronta
u m a dona-de-casa
d e thriller, d r a m a
fragilizada
d et r i b u n a l , c o m é d i a
negra,
noato de semldocu-
mentário e alegoria política, o filme é a om e s m o t e m p o instigante e distante, torturante e eletrizante. O assassinato e m sié m a i s o u v i d o d o q u e visto e está inserido e m u m a série d e três s e q ü ê n c i a s e m flashback, s u b v e r t e n d o o Imperativo
Coolen, Edgar Danz, Diana
D o b b e l m a n , M i r a n d a FrIJda, I m l de Groot, Noortje Jansen
visual.
N o c l í m a x d o f i l m e , e m u m t r i b u n a l , q u a n d o o Dr. V a n d e n B o s declara q u e a s três mulheres s ã o " c o m p l e t a m e n t e sãs", s e u gesto ganha u m a carga política. A última precisa ser vivenclada e n ã o descrita - outra f o r m a
cena
d e dizer q u e o filme n ã o t e r m i n a
c o m u m a explosão n e m c o m u m suspiro, m a se m o n d a s de risadas estridentes, finaliz a n d o e m silêncio. C o m o u m crítico já p e r g u n t o u : " Éo assassinato q u e torna t u d o t ã o i n c ô m o d o o u s ã o o s risos?" Ainda q u e o sfilmes m a i s recentes d eGorris s e j a m
mais
doces e populares, este torna a ideologia visceral e é u m verdadeiro c h o q u e . L B
f,H/
FANNY & ALEXANDER
(1982)
(FANNY OCH ALEXANDER) A vasta obra d o diretor sueco I n g m a r B e r g m a n é t ã o característica q u e f r e q ü e n t e m e n te é parodiada e m c o m é d i a s e t a m b é m Imitada o u citada por diretores m e n o r e s .
Mos-
t r a n d o o lado m a i s profundo e escuro d o espírito h u m a n o s e m s e esquivar o u resvalar no m e l o d r a m a , o s f i l m e s alegóricos e oníricos d e B e r g m a n a p r e s e n t a m a vida c o m o ela é, n ã o c o m o g o s t a r í a m o s q u e f o s s e . A n u n c i a d o c o m o o p e n ú l t i m o f i l m e d o diretor (ele p a s s o u a trabalhar p a r a a t e l e v i s ã o d e p o i s ) , a h i s t ó r i a a u t o b i o g r á f i c a d e Fanny S u f < i.i / F r a n c a / A l e m a n h a
Ocidental
(' i n A H . G . i u m o n t , P e r s o n a , S w e d i s h
Film
In-.l , S a n d r e w s , S v e n s k a , T V I , T o b l s )
Ittloin.is: Micro / a l e m ã o / iídiche / Inglês D l i r i a o : lnj',niar Produção: J ö r n
c h o q u e para os f ã s d o sfilmes m a i s taciturnos d e s e u período inicial. Escrito por Bergm a n e c o m u m elenco c o m p o s t o poralguns d e seus atores mais talentosos e veteranos, incluindo
IKK n u n I a s t m a n c o l o r
l«i«p,i.ifia: Sven
Nykvist
Josephson,
Harriet
Andersson
e
Gunnar
Bjbrnstrand,
Fanny
& seis
indicações a o Oscar, incluindo a d e Melhor Filme Estrangeiro.
Bergman
Bergman
Erland
Alexander é considerado o mais acessível d e seus filmes. G a n h o u quatro de suas
Este longo filme parcialmente biográfico percorre u m a n o i m p o r t a n t e e t u m u l t u a -
Donner
Knien«: Ingmar
basicamente
veio c o m o u m
& Alexander
do n avida d eu m I r m ã o e u m a Irmã
(Pernilla Allwin e Bertil Guve)
nascidos e m u m a
família aristocrática na Suécia da virada d o século XIX. Filmado c o m u m aenergia vista
M ú l l i .1:1 l a n i e l B e l l I l r n c o : I il.md J o s e p h s o n , Jarl Kulte. I'rinlll.i Allwin, Allan Edwall, Bertil G u v e ,
e moutros
filmes
d e B e r g m a n , a história
é e m parte
u mdrama
nunca
n o estilo d e
Dlckens, e m parte u m conto d e fadas místico. C o m e ç a n d o e m u m luxuoso Natal d ef a mília, narrado d o p o n t o d e vista d o garoto, ele passa para suas vidas miseráveis a p ó s a
i.iinii w.ilgren, E w a Fröling
m o r t e d o pai, d o n o d e teatro e m u l t o querido pelas crianças. A essa altura, a habitual
• III I I
sensação de m a u agouro de B e r g m a n já invadiu a história, fixando-se na vida
Suei i.i ( m e l h o r f i l m e e s t r a n g e i r o ) ,
A n n a A'.p, S u s a n n e L i n g h e l m (direção d e arte), Sven Nykvist (fotografia), Marik ^ii-, I u n i t h ( f i g u r i n o ) i n d l f .iç.1o a o O s c a r : I n g m a r jlliiMiii), Ingmar B e r g m a n • C Mlu.d île V e n e z a : I n g m a r
JPrlmlo F l P R E S C l )
Bergman
(roteiro) Bergman
o
segundo
casamento,
profundamente
infeliz
e apavorante,
durante
d e sua m ã e c o m u m
terrível bispo - J a n M a l m s j õ e m u m papel a d e q u a d a m e n t e detestável. A d u r a ç ã o d e Fanny
assim c o m o seu ritmo lânguido e meticuloso p o -
Sc Alexander,
d e m afastar parte dos espectadores contemporâneos, acostumados a filmes d e ação, m a s o f a m o s o fotógrafo d eB e r g m a n , Sven Nykvist, criou u m a iluminação
fantástica,
t o r n a n d o cada f o t o g r a m a u m prazer. O f i l m e inteiro possui u m s e n t i d o onírico d e irrealidade, o q u ev e m c o m o u m alívio e m s e u s m o m e n t o s m a i s t r á g i c o s . B e r g m a n , s e m p r e •
u mm e s t r e , e s t r u t u r a tenha
seus
s a b i a m e n t e a história d eforma q u e
momentos
mais
terríveis e m a i s
satisfatórios
exatamente q u a n d o ela requer u m a resolução. A t é então, o espectador é deixado s e m fôlego, perplexo, esperando q u e os b o n s t e m p o s r e t o r n e m . Apesar d e ter passado a vida lisando
o assustador
mundo
dos vivos,
Bergman
ana-
permite
a l g u m conforto a seus espectadores aqui - ainda q u e c o m ,
certas ressalvas filosóficas. KK
UMA HISTORIA DE NATAL
nsssi
EUA/Canadá
(A CHRISTMAS STORY) li.unos
nos anos 40, época
e mq u e
as famílias
americanas
ainda
se reuniam
para
||ntar, q u a n d o as crianças percorriam a pé u m longo trajeto até a escola e t o d o s c o n h e i . i i n s e u s v i z i n h o s . P a r a o j o v e m R a l p h i e ( P e t e r B l l l l n g s l e y ) , c m U m a história é boa m a s não está completa. O Natal s eaproxima
deseja
r a p i d a m e n t e e o q u e ele
é u m a carabina Red Ryder BB, do m e s m o tipo u s a d o por seu herói do
de l á d i o . A p e s a r nu
de Natal,
da oposição
d a família
e d eseu
professor, ele está
a mais
programa
determinado a
Esse t e m a s i m p l e s dá a o diretor B o b Clark m u n i ç ã o m a i s do q u e suficiente para dede forma
amorosa
•upos p a s s a d o s
m a s sarcástica, o Natal, valores familiares, nostalgia
e o consumismo
que
passou
a caracterizar
esse feriado.
pelos
Bem-hu-
morado e por vezes provocando gargalhadas, este clássico m o d e r n o de Natal ecoa 1'iofundamente
tão
porque n u n c a se torna cruel o u d e s d e n h o s o e n q u a n t o ataca seus alvos.
Os valentões da escola, u m pai rabugento e u m a m ã e c o m excesso de trabalho, i-.tranho p a r e n t e m a i s n o v o e u m b a n d o d e a m i g o s d e s a j u s t a d o s g a n h a m vida da n a r r a ç ã o d o R a l p h i e a d u l t o . H á c e n a s c l á s s i c a s q u e c o n s e g u e m po h i l a r i a n t e s e t o c a n t e s s e m
nunca
Metrocolor
Idioma:
Inglês
através
ser ao m e s m o
escorregar para o s e n t i m e n t a l i s m o
um
Tin
Direção: B o b Clark
Duponl
P r o d u ç ã o : B o b Clark, René
R o t e i r o : L e i g h B r o w n , B o b < L u I , |tin S h e p h e r d , b a s e a d o n o l i v r o In Cml T r u s t , Al! Others
Wr
i t lean
PayCash,
Shepherd F o t o g r a f i a : R e g i n a l d H.
ontrar u m jeito d e garantir o b r i n q u e d o para o Natal.
tonar,
(Christmas
94 min.
MorrtS
M ú s i c a : Paul Z a Z a , Carl
Zluin
Elenco: Mellnda Dillon,
Darren
M c G a v i n , P e t e r B i l l l n g s l e y . Ian P e t r e l l a , S c o t t S c h w a r t z , R. D, Robb, T e d d e M o o r e , Y a n o A n a y a , Z a i !• w . m l
Hubbird
Jeff G i l l e n , Colin Fox, Paul Leslie Carlson, J i m Hunter,
Patty
Johnson
tem-
barato.
Para
aqueles q u e o d e i a m o lado meloso do Natal, m a s não q u e r e m se tornar o avarento d o 1 u n t o d e C h a r l e s D l c k e n s , U m a h i s t ó r i a de Natal
EL NORTE
é p e r f e i t o . EH
(1983)
E U A / I n g l a t e r r a (Ameilean
I x p l o r a n d o a p a s s a g e m Ilegal p a r a o sE s t a d o s U n i d o s , El N o r t e c o n f r o n t a lonforto
n o Primeiro
Mundo
com
a realidade d avida
a fantasia d o
n oTerceiro M u n d o .
Escrito e m
parceria pelo casal G r e g o r y N a v a e A n n a T h o m a s e dirigido por Nava, o f i l m e é significativo a oexpor a natureza dores
nômades.
porosa
Honrando
das fronteiras nacionais e a exploração
a humanidade
b a i x o d o s o n h o a m e r i c a n o , El Norte Para
os Irmãos
guatemaltecos
dos
imigrantes
Ilegais q u e
de trabalha-
subsistem por
vai a l é m e reconhece o contexto de tal experiência. Enrique
(David
Vlllalpando)
e Rosa
(Zaide
Silvia
Playhouse, Channel
Four,
I n d e p e n d e m , Island
Allve, PB!
139 m i n . C o r I d i o m a s : inglês / espanhol Direção: Gregory
Nava
P r o d u ç ã o : T r e v o r B l a c k , Hei t h Navarro, Anna
Thomas
R o t e i r o : G r e g o r y N a v a . Anua
Guriérrez), a q u e s t ã o é m u i t o m a i s simples do que geopolítica. Q u a n d o seu pai é assas-
Fotografia: James
sinado por organizar coletores de feijão e sua m ã e " d e s a p a r e c e " e m m ã o s de p a r a m i l i -
M ú s i c a : The Folkloristas, M.ilri lo
tares, o s dois
Martínez, Linda 0'Brien,
Irmãos
cidade e capturam
fogem
para
não
morrer.
u mcolote antes d echegar
E mTljuana,
lutam
com
a pobreza d a
a Los Angeles. P e r c e b e n d o
o
racismo
exacerbado de seus e m p r e g a d o r e s no Norte, ainda q u e agora c o n t e m c o m as v a n t a g e n s de água encanada e eletricidade, trabalham c o m o mão-de-obra barata c o m u m
futuro
Incerto.
tmll
Richards E l e n c o : Z a i d e Silvia G u t l c m v .
luvid
Vlllalpando, Ernesto G ó m e z (rui, L u p e O n t l v e r o s , T r i n i d a d S i l v a . Allí L i de Lago, Abel Franco, Em Ique
No f i l m e , a G u a t e m a l a é caracterizada por verde e a m a r e l o , Tljuana por tons de castanho e osEstados
Glennon
U n i d o s por azul e branco. A m ú s i c a t a m b é m
d á o t o m da
jornada
dos i r m ã o s , m a s é o efeito a c u m u l a d o de seu percurso q u e nos faz perceber a força d i s p a r i d a d e s e c o n ô m i c a s c o n t e m p o r â n e a s . CC-Q
das
Castillo, Tony Plana, D i a n e Civil Mike
Gomez
Indicação ao Oscar: Gregoiy Na Anna Thomas
(roteiro)
I.IW
I UA / (.liudä (Famous
Players,
i Ilmplan, G u a r d i a n , C F D C ,
Universal)
H/ m l n . C o r Itlluma:
l»lir<,.io: D a v i d
Cronenberg
pela exposição à violência t e l e v i s i o n a d a diretor
Cronenberg
Elenco: James Woods, Sonja
Smits,
I>I'IMII,III Harry, Peter Dvorsky, I .id'.UM, jack Creley, Lynne
Leslie
Gorman,
lull« K h a n e r , R e i n e r S c h w a r t z ,
Harvey
David
Gomez,
i hao, David Tsubouchi, Kay
I l.iwtiry
havia
tido
aborda
geradas
h a b i l m e n t e os p r o b l e m a s q u e o próprio
c o m censores, distribuidores
de Hollywood
c grupos
feministas
por
R c n n ( J a m e s W o o d s ) é u m operador d e e s t a ç ã o d e T V a c a b o cujo m a r k e t i n g cínico d e sexo
Shore
kl i l l . I . i l l y C a d e a u , H e n r y
comercial/independente d o s anos 8o
conta d aexploração d e I m a g e n s d e violência sexual e m suas p r o d u ç õ e s anteriores. M a x
POtOfrafla: M a r k I r w i n Mtislci: Howard
filme revolucionário originário d o m o v i m e n t o
e m H o l l y w o o d , a história d e David Cronenberg sobre as horríveis transformações
ProdSo: Claude Heroux David
(VIDEODROME) U m
ingles
ROtllro:
VIDE0DR0ME - A SÍNDROME DO VÍDEO (1983)
e violência se volta contra ele q u a n d o seu a b d o m e s u b i t a m e n t e desenvolve u m a abertura e m forma de vagina na qual, entre outros objetos, videocassetes p o d e m ser inseridos. O filme,
n o qual
tais
fantasias
papéis centrais, termina
sadomasoquistas
c d e troca
d e gêneros
desempenham
de forma trágica, c o m a autodestruição deM a x .
Sendo, e m vários sentidos, a manifestação formal mais audaciosa dos temas t e r í s t i c o s d e C r o n e n b e r g , Videodrome m u m
para
s etransformar
começa
e m u m a fantasia
c o m o u m thriller comercial subjetiva
usual. Visualmente elaborado, o filme é t a m b é m
d ot i p o
mais
carac-
bastante co-
chocante
e pouco
provocante e m sua ponderação
preendente tanto sobre a perversidade polimorfa quanto sobre a interpenetração os d o m í n i o s público e subjetivo da experiência. C r o n e n b e r g foi a om e s m o
tempo
surentre elo-
giado e condenado por seu t r a t a m e n t o fluido d o s sexos ( u m a seqüência final, q u e m o s trava dois personagens femininos desenvolvendo pênls e m u m a espécie de contraponto à " v a g i n a ç ã o " d e M a x , foi c o r t a d a p o r s e r m u i t o p e r t u r b a d o r a ) . M e s m o e m s u a f o r m a editada, Videodrome continua sendo u m dos filmes m e n o s c o m u n s de Hollywood, choc a n t e e idiossincrático d e m a i s para ser algo a l é m de u m fracasso comercial. R B P
GUERRA NAS ESTRELAS: EPISODIO VI O RETORNO DE JEDI (1983)
(STAR WARS: EPISODE VI - RETURINI OF THE JEDI) A terceira
p a r t e d a t r i l o g i a o r i g i n a l d e Guerra
nas
d e George Lucas
estrelas,
E U A ( L u c a s f i l m ) 134 m i n . C o r Idioma:
inglês
Direção: Richard
Marquand
Produção: Howard G. Kazanjlan (também
( o n h e c i d a c o m o Episódio VI), t e m início a l g u m t e m p o d e p o i s d a c o n c l u s ã o d r a m á t i c a e
Roteiro: George Lucas, Lawrenrr Kasdan
c m a b e r t o d e O Império
contra-ataca
(1980). L u k e S k y w a l k e r ( M a r k H a m l l l ) , u m j o v e m e
Fotografia: Alan
aplicado
na primeira
parte, é agora
Música: John Williams, Joseph
aprendiz Jedl
u mguerreiro
Introvertido
(daí a s
roupas pretas). Tendo s e a p r i m o r a d o n o u s oda Força, ele retorna a o s e u planeta Fatooine
para
ajudar
seus
amigos
- Princesa
Leia
(Carrie
Fisher, u s a n d o
natal
u m biquíni
futurístico q u e a t é hoje deixa o s f ã s m a s c u l i n o s exaltados), L a n d o Calrissian (Bllly D e e W i l l i a m s ) e o wookie
Chewbacca
- a resgatar H a n Solo (Harrison
Ford), c o n g e l a d o e m
carbonita, d a sgarras d e Jabba t h e Hutt.
Williams E l e n c o : M a r k H a m i l l , H a r r i s o n I oui Carrie Fisher, Billy D e e Willi.im ., 1
A n t h o n y Daniels, Peter
Mayhrw.
S e b a s t i a n S h a w , l a n McDI-armld, F r a n k O z , J a m e s E a r l J o n e s , David
O f i o p r i n c i p a l d a t r a m a é s e m e l h a n t e a o d e Guerra
nas estrelas
(1977). O I m p é r i o n e -
fasto está c o n s t r u i n d o outra Estrela d a M o r t e q u enossos heróis d e v e m destruir. O produtor executivo
Hume
Lucas (co-autor d o roteiro c o m L a w r e n c e
Kasdan) e o diretor
Richard
M a r q u a n d i n t r o d u z e m u m a n o v a raça d e c r i a t u r a s s e m e l h a n t e s a u r s i n h o s d e p e l ú c i a , o s Ewoks, para entreter o público m a i s j o v e m . A s estrelas d o filme, e n t r e t a n t o , nunca s ã o
Prowse, Alec Guinness, Kenny
l'aie
M i c h a e l P e n n i n g t o n , K e n n e t h I all Oscar: Richard Edlund,
Peiinh
M u r e n , K e n R a i s t o n , Phil
Uppen
(efeitos visuals) I n d i c a ç ã o a o O s c a r : R e n IU1111
eclipsadas porbonecos fofinhos n e mpelos efeitos especiais, transmitindo c o m talento
( e f e i t o s s o n o r o s ) , Noun,111 R e y n o l d '
a visão de Lucas sobre a conclusão da batalha intergalática entre o b e m e o mal. J B
F r e d H o l e , J a m e s L. S c h o p p c , M n l u Ford (direção d e arte), J o h n
William
( m ú s i c a ) , B e n B u r t t , íi.uv '.niinnu R a n d y T h o r n , T o n y D a w n ('.oui)
0 REENCONTRO naas)
E U A ( C a r s o n , C o l u m b i a ) 10', n i l Metrocolor
(THE BIG CHILL)
O clássico filme nostálgico d e Lawrence Kasdan sobre u m grupo d e amigos da faculdade d o sa n o s 6 0 reunidos n a meia-idade para u m funeral c o n s e g u e ser a o m e s m o po inteligente e d o l o r o s a m e n t e
tem-
Após o suicídio d e Alex - papel d eKevln Costner, e m b o r a a versão final
conserve
p a r a o e n t e r r o -,
sete d e seus a m i g o s s e e n c o n t r a m n u m f i m d e s e m a n a para dividir s u a s l e m b r a n ç a s d o
(JoBeth
S a m (Tom Berenger), Williams)
e M e g(Mary
meia-idade, chegam
Michael
(Jeff
Goldblum),
Nlck
(William
Hurt),
Karen
K a y Place), todos lidando c o m suas próprias crises d a
à casa d ocasal Sarah
(Glenn Close) e Harold (Kevin
Kline)
para
relembrar, discutir e abrir velhas feridas a o s o m d e m ú s i c a s d a década d e 60. O
roteiro
perspicaz
de Kasdan
idealistas e a s decepções
e Barbara
Benedek
capta
todos
os sentimentos
d e u m a geração q u e cresceu c o m o s ideais libertários d o s
a n o s 60 e se v ê presa a o m a t e r i a l i s m o d o sa n o s 80, e n q u a n t o o c o n j u n t o d o elenco d e O reencontro t r a n s m i t e a c o m b i n a ç ã o certa d e tristeza e h u m o r , s e m n u n c a cair n o s e n timentalismo barato. J B
Direção: Lawrence Produção: Michael
tocante.
apenas u m a cena e m q u e ele já morreu e está sendo e m b a l s a m a d o
falecido.
I d i o m a : inglês
Kasdan Shanibcic,
Roteiro: Barbara Benedek. Ia w i e m Kasdan Fotografia: John
Bailey
M ú s i c a : Mick Jagger, S m o k e y Robinson, John
Williams
E l e n c o : T o m B e r e n g e r , G l e n n 1 lo'.e, J e f f G o l d b l u m , W i l l i a m H u n . Kevin K l i n e , M a r y K a y P l a c e , M e g Tilly, JoBeth Williams, Don
Galloway,
J a m e s Gillis, K e n Place, J o n I a i d " ' Ira S t i l t n e r , J a k e K a s d a n , M m lei Moore I n d i c a ç ã o a o O s c a r : Mi l u e l Shamberg (melhorfilnie), Ia w u m K a s d a n , B a r b a r a B e n e d e k (roteiro) G l e n n Close (atriz
coadjuv.inlr)
I
França (Argos Film) í o o m i n . Cor Idioma: !•
francês
SANS SOLEIL
uses)
S a n s soleil ( S e m s o l ) , a o b r a - p r i m a
de Chris Marker, é u m d o s filmes d e não-ficção
.10: C h r i s
Marker
d a m e n t a i s de nossos t e m p o s : u m ensaio filosófico pessoal q u ese concentra
Roteiro: Chris
Marker
em
lotografia: Chris Musica:
Marker
Miissorgsky, Jean
d e nossos
dias,
mas também
inclui
filmagens
feitas
n a Islândia,
Cuiné-
B i s s a u e S ã o F r a n c i s c o , o n d e o c i n e a s t a p r o c u r a t o d a s a s l o c a ç õ e s o r i g i n a i s d e Um
IsaoTomita
Musica não original:
Tóquio
que Modest
Marker.
Sibelius
dos
t l e n c o : Florence Delay, Arielle inl'.r.le. Riyoko Ikeda,
d e Hitchcock
- u m a d a s principais
Difícil d e d e s c r e v e r e q u a s e
grandes
cineastas
impossível
e videomakers
obsessões
corpo
cinematográficas de
d eresumir, este diário poético d e u m
franceses
s e irradia
e m todas
a s direções,
explorando e refletindo a respeito de décadas de experiência e m todo o m u n d o .
Charlotte
Ktrr, A l e x a n d r a S t e w a r t Iestival Internacional de Berlim: 1 hrll M a i k e r ( P r ê m i o O C I C - m e n ç ã o honrosa, Fórum do Novo
(1958),
cai
fun-
sobretudo
Cinema)
U m filme sobre subjetividade, m o r t e , fotografia, c o s t u m e s sociais e a própria ciência,
Sons
solei/ p o s s u i
o registro
d e u mp o e m a
encontrado
cons-
e mu m a cápsula d o
t e m p o . Tipicamente, é u m filme d e reflexões posteriores d e u m fotógrafo, h o m e m d e esquerda
e viajante
global
compulsivo
que permanece
fascinado
e transflxado
a l g u m a s de suas próprias imagens. Significativamente, c o m o e m outros de seus e v í d e o s , M a r k e r s e recusa a receber o s créditos d e diretor. T a m b é m que ele tenha atribuído sua própria
narração a u m a americana
parece
por
filmes
pertinente
(Alexandria Stewart) na
versão e m inglês d o f i l m e - suas citações s u r g e m a p e n a s na terceira pessoa e n o p a s s a dote
sinalizando q u e é u m mestre da sutileza. A sagacidade e beleza da forma original
d o discurso
espectadores.
Idioma: n e n h u m / f r a n c ê s Mrtflo: L u c B e s s o n
personagens desta
Varini
Bouise,
Christlane
M.mrice Lamy, Pierre Carrlve,
Michel Castanié, Michel
linn.ud Havet, Mareei Pttra M u l l e r , G a r r y
Doset,
Berthomier,
Jode
altamencom
seus
Paris foi reduzida a ruínas e m u m a p a i s a g e m desértica. O s
fantasia d e ficção-clentíflca
branco, já n ã o c o n s e g u e m falar e precisam
dores, decola
E l e n c o : Pierre Jolivet, J e a n
Jran
tempo
pós-apocalíptica, filmada
buscar água, comida
e m preto-e-
e sexo. O herói
(Pierre
Jolivet) faz a m o r freneticamente c o m u m a boneca d e borracha. Perseguido por saquea-
M u s i c a : I ric Serra
Wcppcr, Jean Reno,
um l o n g o
JRos
N o m e l h o r e s t i l o M a d Max,
R o t e i r o : Luc B e s s o n , Pierre Jolivet
r rtlger,
durante
(LE DERNIER COMBAT)
l'iniluç.10: f u c Besson
hlt/
permanece
0 ULTIMO COMBATE (1983)
l i . u i t . i (I n i i p ) 9 2 m i n . P & B
Fotografia: Carlo
de Marker
no avião que ele m e s m o
construiu
d o n a d o . Lá, é alojado por u m médico (Jean
e pousa
perto de u m hospital
Bouise), q u e t a m b é m
aban-
está abrigando u m a
das últimas mulheres e quer c o m e ç a r u m a nova sociedade tendo nosso herói e a m o ç a como
A d ã o e E v a , e n q u a n t o e l e seria
(Jean
Reno)
t e m outros
planos:
u m Deus-voyeur. Contudo, u m gigante
ele sitia
o complexo
m u l h e r antes d e ser m o r t o pelo herói. O herói retorna havia
expulsado,
humana
mata
o líder e s e apropria
d omédico
exemplo)
maligno e mata
a
para c o n f r o n t a r a g a n g u e q u e o
da mulher
deste, talvez
a última
fêmea
na Terra.
Primeiro filme de Luc B e s s o n , feito c o m u m o r ç a m e n t o combina
e estupra
humor
dos desenhos
e violência,
colocada
animados, toques aqui
como
crítica
surreais
mínimo, O último (uma chuva
ã alienação
c o m b a t e
d epeixes, por
d aj u v e n t u d e
diante d o
m a t e r i a l i s m o d o s a n o s 80, e m q u e a c o m u n i c a ç ã o era reduzida a desejos primitivos ea s o f i s t i c a ç ã o u r b a n a d e P a r i s à s r u í n a s d e u m a d i s t o p i a . PP
O DINHEIRO (1983)
França / S u í ç a (EOS-Film, Frani e 1
(L'ARGENT)
C i n é m a , M a r i o n ' s F i l m s ) 85 m i n
U m a hora a p ó s o início de O dinheiro, a tela s ee n c h e d e branco, i n i c i a n d o u m a na n a r r a t i v a . U m a
m u l h e r de cabelos grisalhos (Sylvie V a n den Elsen) passa
virada
andando,
i r o ç a n d o u m o l h a r s u t i l corri u m c r i m i n o s o e m f u g a , Y v o n ( C h r i s t i a n P a t e y ) . A l g u n s
mo-
m e n t o s d e p o i s o v e r d e e a natureza t o m a m c o n t a da tela pela primeira v e z neste f i l m e . Mistério é a s e n h a no c i n e m a d eRobcrt Bresson, m a s a relação q u e c o m e ç a
aqui,
entre Yvon e sua benfeitora, é a m a i s misteriosa de todas. A mulher parece perceber tem
e mmãos
u m assassino.
Sua
m e s m o t e m p o - e, e v e n t u a l m e n t e ,
submissão
é masoquista,
espiritual
que
c sexual a o
por seu código de b o n d a d e d e s l o c a d o ou
uma
santa q u e traz u m m o m e n t o de graça a u m a a l m a a m a l d i ç o a d a ? E o q u e dizer de Y v o n a essa altura de sua jornada angustiante? A premissa, retirada de u m conto de Tolstoi, é a de q u e u m a nota de s o o francos, falsificada por adolescentes, serve para dear a dissolução louco
alienado,
inocência
desenca-
I n e x o r á v e l d a s e s t r u t u r a s d e s u a v i d a . Teria s e t o r n a d o , e n t ã o , u m
u m frio
manipulador
o u é apenas
uma
vítima
e m busca
de sua
perdida?
O m u n d o d e O dinheiro é s o m b r i o c i n ó s p i t o . A a r q u i t e t u r a f r i a d a s l o j a s d e c l a s s e por u m a c o l a g e m I g u a l m e n t e
de sons: sirenes, carros, maquinário. O s personagens são freqüentemente
áspera
enquadrados
e m umbrais e janelas, que g a n h a m u m aspecto de molduras. D e v e m o s v e r e m O dinheiro
HenchOZ,
Daniel Toscan du Plantler Roteiro: Robert Bresson, baseado no c o n t o " N o t a falsa", de Tolstoi Fotografia: Pasqualino De Sanie. Machuel
Música não original: Johann Sebastian
Bach
E l e n c o : C h r i s t i a n P a t e y , V i m ein R I s t e r u c c i , C a r o l i n e L a n g . S y l v i e Van den Elsen, BéatriceTabourin,
Dldltl
B a u s s y , M a r c E r n e s t F o u r n e a u , Bri L a p e y r e , F r a n ç o i s - M a r i e B a n i e i , AI,im
(1977)
D o m i n i q u e Mullier, Jacques Cilles Durieux, Alain
Bein,
Bourguignon
Festival de C a n n e s : Robert (diretor), e m p a t a d o c o m T a r k o v s k y c o m Nosralghia,
a obra m a i s secular e materialista d eBresson, o ápice
lógico do desespero frente à vida industrializada provavelmente
Bresson
Produção: Jean-Marc
A p t e k m a n , J e a n n e Aptekni.in.
média, dos tribunais, das prisões é a c o m p a n h a d a
diabo
Direção: Robert
Emmanuei
suicida.
Essa m u l h e r é u m a tola c o n d e n a d a
Eastmancolor Idioma: francês
Bresson
Andrei Indu içlo
(Palma de Ouro)
m o d e r n a - algo já tematizaclo e m O
ou h áu m vislumbre de esperança oculto e m a l g u m
lugar
e m sua visão sombria? Alguns detalhes marcantes escapam à matriz do determinismo, como
astomadas
d eY v o n
colhendo
avelãs e compaitilhando-as
com
a mulher,
en-
q u a n t o lençóis b r a n c o s s ã o s u a v e m e n t e s o p r a d o s pela brisa - u m a d a s m a i s s i m p l e s e ainda
assim
mais
belas passagens
d etodos
o sfilmes
d e Bresson. Aqui
mistério p r o f u n d o de seres q u e se m o v e m através de cenários de violência
intuímos o desumaniza-
dora. C a d a u m g u a r d a t r a n c a d a d e n t r o de si, s i l e n c i o s a m e n t e , a c a p a c i d a d e para o m a l e para o b e m . A o s e s p e c t a d o r e s resta a p e n a s p r e s e n c i a r m o m e n t o s f u g i d i o s de
pureza
n a t u r a l e a b s o l u t a e m u m m u n d o c o n d e n a d o . AM
i.'i
I
N n v . i Z e l â n d i a ( G l i t t e r o n ) 118 m i n .
I ii|i< nlnr Idioma:
inglês
Direção: Geoff
(1983) (Anzac
Wallace)
é um
rastreador
maori
a serviço
da m á q u i n a
colonialista
britânica na Nova Zelândia. Tendo fugido q u a n d o u m d e s t a c a m e n t o d o exército ao qual Murphy
Produção: Don Blakeney, Geoff
Murphy
servia ataca sua aldeia, ele se declara " n a t i v o " e reivindica utu (vingança). E m reúne
um
bando
de saqueadores
que atacam
as propriedades
dos brancos
seguida na
zona
rural. N o final, o u t r o rastreador m a o r i a serviço d o s ingleses, W l r e m u ( W i Kuki Kaa), o
ROtllro: K e i t h A b ç r d e i n , G e o f f
Murphy fotografia: Graeme Musica: John
UTU Te W h e k e
Cowley
mata
em
um
fratricídio
Representando
Charles
llenco: Anzac Wallace, Bruno
ritual, do tipo
que não é multas
vezes
Imaginado
fora
de
adaptações de Shakespeare. de forma
admirável
os levantes reais d o s m a o r i s q u e m u d a r a m
a
história da N o v a Z e l â n d i a , Utri é o relato f i c c i o n a l d a q u e l a q u e t a l v e z t e n h a sido a única
I awrr'nce, T i m Elliott, Kelly J o h n s o n ,
resistência indígena
W l Knki Kaa, Tania Brlstowe, Nona
d a d e a o p e r s o n a g e m Te W h e k e , u m s í m b o l o d e s e u s I r m ã o s h i s t ó r i c o s , a s e n s i b i l i d a d e
Kudgers, Merata Mita, Faenza I-1111><• 11. T o m P o a t a ,
Martyn
Sanderson, J o h n Bach, Dick Puanaki, '.can Duffy, Ian W a t k i n
bem-sucedida
à colonização britânica. Ligando essa feroz tenaci-
crítica d o f i l m e g a n h a força m o r a l e n q u a n t o , ao m e s m o t e m p o , c o m e n t a a n e c e s s i d a d e de autodeterminação. Seu impacto só é a u m e n t a d o pelo desenvolvimento
ambivalente
de diferentes tipos de utu por meio de u m a trama baseada e m episódios que progride e m espiral até u m a conclusão s e r e n a m e n t e
violenta.
Alistado pelo p o m p o s o coronel Elliot (Tim Elliott), o t e n e n t e S c o t t (Kelly J o h n s o n ) , um
neozelandês
branco, deve
usar sua experiência
tática
de luta
antiguerrilha.
Ao
l o n g o d e sua j o r n a d a , ele se a p a i x o n a por Kura (Tania B r i s t o w e ) , u m a m a o r i q u e W h e k e i r á a s s a s s i n a r , c r i a n d o o u t r a utu. firmeza
O diretor e co-roteirista Geoff M u r p h y teve, portanto,
s u f i c i e n t e para n ã o t r a n s f o r m a r W h e k e n e m e m herói r e n e g a d o n e m e m
um
criminoso enlouquecido. Sua transformação de Kiwi Uncle Tom e m u m patriota sedento por s a n g u e t e m s u a s m o t i v a ç õ e s . Da m e s m a f o r m a há m o t i v a ç ã o na I n s a n i d a d e v i n gativa de Williamson (Bruno Lawrcnce), u m colono branco que t e m sua mulher assassin a d a e a p l a n t a ç ã o d e s t r u í d a e m u m d o s a t a q u e s d e W h e k e . M a i s n o t ó r i o para a repercussão duradoura do filme, c o n t u d o , é o papel central d e s e m p e n h a d o por W i r e m u . Reconhecendo os ventos de mudança, sabe que W h e k e é seu irmão, m a s reconhece que lhe cabe a tarefa de fazer justiça sacrificando a l g u é m de seu próprio s a n g u e c o m vistas a u m futuro aparentemente inevitável e m que klwis e europeus estarão A o l o n g o d e t o d a a s u a d u r a ç ã o , Utu cenários
da
Nova
Zelândia,
bons
Integrados.
t e m u m a bela p r o d u ç ã o c o m os
desempenhos
do
elenco,
rompantes
exuberantes de
violência
s e l v a g e m imprevisíveis e u m a perspectiva não-eurocêntrica. Trágico, o filme de M u r p h y é ainda assim u m drama brilhante e u m a realização notável.
GC-0
LAÇOS DE TERNURA
(1983)
(TERMS OF ENDEARMEIMT) I
romance
• Inema,
d e Larry
Pra lá dojíim
i lisslco filme •motiva
McMurtry
- também
do mundo
e H o r s e m a n , Pass
d èMartin
difícil
R i t t , O indomado,
e desgastada
autor
de A última By (no
qual
d e 1963) - s o b r e
entre m ã e e filha foi traduzido
sessdo
uma em
relação
um
bem-
• 1 cedido e p r e m i a d o f i l m e p e l o r o t e i r i s t a c d i r e t o r J a m e s L. B r o o k s . A t é I n n i i n u a s e n d o um e x e m p l o d e c o m o f a z e r u m d r a m a l h ã o dl
Micesso Debra
hnma,
n o ápice
protagonista
e filha
d a sua teimosa
m o s , desde a tentativa de E m m a Flap H o r t o n
quando
hoje
hollywoodiano
comercial.
Winger,
carreira
nos
anos
d a possessiva
80, faz
e por vezes
Aurora (Shirley M a c L a i n e ) . Laços de ternura a c o m p a n h a
Infiel)
de
foi b a s e a d o o
Emma
(Jeff
está
sufocante
a relação delas durante
vários
de se libertar de sua m ã e c a s a n d o c o m o folgado (e
Daniels) até u m a
morrendo
o papel d e
espécie de acordo de paz entre m ã e e
de câncer.
Embora
o
filme
seja
claramente
feito
filha para
I X t r a i r l á g r i m a s , B r o o k s c o n s e g u e m a n t e r s o b c o n t r o l e o s e n t i m e n t a l i s m o e, a o fazê-lo, permite q u e seu elenco e n c e n e u m a das m a i s c o m o v e n t e s cenas de leito de m o r t e n a historia r e c e n t e d o
cinema.
E U A ( P a r a m o u n t ) 132 m i n . M e l Idioma:
D i r e ç ã o : J a m e s L. B r o o k s P r o d u ç ã o : J a m e s L. B r o o k s
I ilha - s u r g e n a s c e n a s c o m S h i r l e y M a c L a i n e e J a c k N i c h o l s o n c o m o o a s t r o n a u t a
Garrett
baseado nO
R o t e i r o : J a m e s L. B r o o k s , livro d e Larry
McMurtry
Fotografia: Andrzej
U m lado m a i s leve - u m alívio para as l á g r i m a s e para as palavras p e s a d a s de m ã e e
Música: Michael
Bartkowi.il
Gore
Elenco: Shirley MacLaine,
Deliu
Kreedlove, e m atuações premiadas c o m o Oscar. É durante os m o m e n t o s entre esses dois
Winger, Jack Nicholson,
• Mores e x p e r i e n t e s q u e o f i l m e r e a l m e n t e ferve, s o b r e t u d o q u a n d o Garrett, exibindo
Devito, Jeff Daniels, John I
sua
Lisa H a r t C a r r o l l , B e t t y
.11 i t u d e n ã o - e s t o u - n e m - a í , d i r i g e c o m A u r o r a p e l a p r a i a b e m n a b e i r a d a s o n d a s . Ao lado das atuações sutis de Winger, Daniels, John Lithgow (como o h o m e m q u e m E m m a t e m u m c a s o d e p o i s da i n f i d e l i d a d e d e Flap) e D a n n y D e v i t o ( c o m o pretendente de Aurora), os d e s e m p e n h o s de Nicholson e M a c L a i n e e m Laços de l o u b a m a cena e a m e a ç a m t o m a r o f i l m e inteiro. No e n t a n t o , o ex-diretor d e Brooks (que faria outro f i l m e c o m
N i c h o l s o n - Melhor
é impossível,
com outro ternura
televisão
vencedor do
Oscar
e m 1997) d á u m r i t m o t ã o á g i l a o f i l m e , m i s t u r a n d o a s t u t a m e n t e h u m o r e t r a g é d i a , q u e suas
estrelas
modernas. J B
apenas
reforçam
esse
olhar
melancólico
sobre
a s relações
familiares
li 11
inglês
Danny IthgOW,
King.
H u c k l e b e r r y Fox, Troy l.ishnp.
Mui»
S e r w i n , M e g a n M o r r i s , Tara Y e a k e y , N o r m a n Bennett, Jennifer Josey O s c a r : J a m e s L. B r o o k s ( m e l l i o i f i l m e ) , J a m e s L. B r o o k s (diretor), J a m e s L. B r o o k s ( r o t e i r o ) ,
Shirley
M a c L a i n e (atriz), J a c k Nichcih
(.um
coadjuvante) Indicação ao Oscar: Debra (atriz), J o h n L i t h g o w
Wlngei
(ator
c o a d j u v a n t e ) , Polly Platt, t o m
ivdlgo
( d i r e ç ã o d e a r t e ) , R i c h a r d M.11I •. (edição), M i c h a e l Gore (músii a). D o n a l d O. M i t c h e l l , Rick Kliiie, kevlii 0 ' C o n n e l l , J a m e s R. A l e x a n d e i (••
1
0 QUARTO HOMEM <1983)
Holinda (De Verenigde
í lederlandsche) 105 m i n . C o r Idioma:
(DE VIERDE MAN)
holandês
Direção: Paul
Fechando
Verhoeven
Produçio: Rob Houwer
em
lloli'lro: Gerard S o e t e m a n , no
livro d e Gerard
baseado
Reve
So
de
termos de humor Hltchcock
sua Renée
nilijk, T h o m H o f f m a n , Dolf d e
Vr !<••., G e e r t d e J o n g , H a n s V e e r m a n , Htro M u l l e r , C a r o l i n e d e B e u s , •
antes
d e partir
negro c o m O q u a r t o
para
os campos
férteis
u m a espécie de apoteose
homem. Essencialmente
se este diretor tivesse explicitado ainda
Hedda
Paul Nygaard, G u u s v a n der
Made
fonte
d e renda,
possa
ter m a t a d o
homossexualidade, m a s ainda qual Soutendljk vítima
11 B u s s e m a k e r , E r i k J . M e i j e r ,
U i s u l d e Geer, Filip B o l l u y t , 1 in
européia
Paul Verhoeven atingiu
mais
u m filme
seu medo
da
de
trash
n o estilo
sexualidade
u m g a y e n r u s t i d o . E l e s u s p e i t a q u e R e n e é S o u t c n d i j k , u m a rica b i s s e x u a l q u e é t a m b é m
Dlkker
1 lenço: leroen Krabbé,
fase
f e m i n i n a , O q u a r t o h o n r e m é e s t r e l a d o porJ e r o e n K r a b b é c o m o u m escritor alcoólatra e
Intografia: Jan de Bont MILLIE.1:lock
sua auspiciosa
H o l l y w o o d , o diretor holandês
número
Confuso
assim
se diverte. Continua
o s três
primeiros
maridos.
Krabbé
explorando-a,
mesmo
quando
teme
Krabbé
se
pela
aversão
a
si
mantém
mesmo,
a verdade
as
suspeitas
de
propositalmente
as expectativas
criadas. Na verdade, Verhoeven
Gerard S o e t e m a n
Intencionalmente
intensificam.
turva. Ele preenche o
c o m u m óbvio simbolismo católico e premonições de morte, brincando
roteirista
tornar-se a
quatro.
Verhoeven, contudo,
com
odeia sua
n ã o consegue deixar d e seduzir o garotão c o m o
afirmou
adicionaram
mais
filme
perversamente
tarde q u e ele e o
alegorias
supérfluas
e por
vezes Irrelevantes só para d e s c o n c e r t a r o s críticos, e, c o m certeza, o f i l m e é Imprevisível. V e r h o e v e n
retornaria
I n s t i n t o selvagem
mais
tarde
ao mesmo
(1992), m a s e s s e o u t r o
recapturar o h u m o r c a energia tortuosa
OREI DA COMEDIA
1 H A Ii ox, I m b a s s y ) 101 m i n . In
iillniii.i: i n g l e s
V i n d o l o g o a p ó s Taxi
Dlrccao: Martin
Scorsese
I ' M I C I I K .in: A n i o n
S c o r s e s e , O rei
Milchan
Scorsese
Mnirlro: P a u l D. Z i m m e r m a n n
M11-.U.1: R o b b i e
Schüler
Bernhard,
H a r k , Ed Herlihy, L o u
rupper,
bilheteria
de O quarto homem.
JKL
(1983)
Niro),
da
( 1 9 7 6 ) e Touro
driver
comedia,
n o s f a z rir c o m a e s t r a n h a
cuja
obsessão
é
i n d o m á v e l
(1980), o f i l m e s e g u i n t e d e M a r t i n
parece c o m p a r a t i v a m e n t e
tornar-se
narrativa
leve n o Início. C o n t u d o ,
do fracassado
apresentador
de
Rupert
televisão,
há
Pupkin uma
enquanto
(Robert D e inquietação
Robertson
I n.ihunr Abbott, Sandra
mi
de
constante quepermeia o filme.
Elenco: Robert D e Niro, Jerry Lewis,
Ihtlley
c o m o sucesso
b e macabado, não conseguiu
(THE KING OF COMEDY)
hnlcolor
l o i o g r a f i a : Fred
cenário
filme, tão mais
Brown,
P e t e r P o t u l s k i , V i n n ie
..ILI"., W h i t e y Ryan, D o c Lawless, M.11I.1 H e f l l n , K a t h e r i n e
Wallach,
' Ii U L I " , k.ili'in.) Irstlv.il de Cannes: Martin l i i ' l l i .11.10 ( P a l m a d e O u r o )
O sorriso confiante d e D e Niro carrega tantas a m e a ç a s q u a n t o suas a t u a ç õ e s grandiosas, e sua imprevisível conectada Ambos
Masha
(Sandra
Bcrnhard)
avisos
de qualquer
sobre
centro
as figuras
solitárias
e talvez
urbano. O elemento-chave
perigosas
existentes
na
neste filme, c o n t u d o , é Jerry
Lewis, a t u a n d o c o m o o apresentador d e televisão Jerry Langford. Após tantos a n o s f a zendo papel de panaca, dessa vezele n o sapresenta u m aversão quase arrogante,
Scorsese,
mais
parece estar t ã o des-
da realidade q u esuas eventuais aparições irradiam u m a aura de ansiedade.
s ã o claros
periferia
colega
amar-
ga e d e s g a s t a d a d e si m e s m o . Essa ruptura d r a m á t i c a criada p o r L e w i s e m relação à s u a p e r s o n a pública borra a diferença entre fato e ficção, r e a l ç a n d o a i n d a m a i s a s ilusões d e Pupkin e M a s h a . C o n t u d o , Scorsese parece t a m b é m estar interessado n o poder e n a s armadilhas
da fama
e m geral a o apresentar
O r e i da
comédia
placável sobre a supervalorlzação d a s celebridades cultivada
como
u m a acusação i m -
por nossa sociedade.
JKL
OS ELEITOS (1983)
E U A ( T h e L a d d C o . ) 193 m i n . Technicolor
(THE RIGHT STUFF) Este d r a m a
Direção: Philip
épico d etrês horas d eduração celebrando
o inicio d o programa
espacial
11 i | > u I a d o n o r t e - a m e r i c a n o c o n t a c o m u m g r u p o d e a t o r e s q u e e s t a v a p r e s t e s a c h e g a r a o i-.i r e l a t o ( E d H a r r i s , D e n n i s Q u a i d e , e n t r e o u t r o s , J e f f C o l d b l u m e m u m p e q u e n o cómico). A sgrandes expectativas e m relação a o filme vieram
por água
papel
abaixo c o m o
modesto retorno d e bilheteria, se c o m p a r a d o a o grande o r ç a m e n t o . C o n t u d o , as t o m a d a s lo c o n v e n c i o n a i s d o r o t e i r i s t a c d i r e t o r P h i l l i p K a u f m a n s o b r e o h e r o í s m o e s u a s i m p r e s ionantes imagens recompensaram
O s eleitos c o m o i t o i n d i c a ç õ e s a o O s c a r
(incluindo
Melhor Filme) e quatro premlações, a l é m d e u m grupo significativo d e admiradores, para os q u a i s a s s e q ü ê n c i a s a é r e a s e e m ó r b i t a d a T e r r a p e r m a n e c e m p u r o ê x t a s e .
Kaufman
Produção: Robert Chartofl. Iiwin Winkler
baseadi
Roteiro: Philip K a u f m a n , livro d e T o m
Wolfe
Fotografia: Caleb
Deschanel
M ú s i c a : Bill C o n t i M ú s i c a n ã o original: G u s t a v e I lo E l e n c o : S a m S h e p a r d , S c o t t (,lem Harris, D e n n i s Q u a i d , Fred W . i n l ,
O f i l m e foi a d a p t a d o d a crônica não-ficcional d e T o m W o l f e , u m best-seller realista e
V e r o n i c a C a r t w r i g h t , P a m e l a Keeri,
revelador s o b r e o s a s t r o n a u t a s d o p r o g r a m a M e r c u r y . O s eleitos c o n t r a p õ e a c o r a g e m e a s
S c o t t P a u l l n , C h a r l e s F r a n k , I am e
proezas d o piloto Chuck Yacger ( S a m Shepard, perfeito no papel d e aviador despreocupado,
H e n r i k s e n , D o n a l d M o f f a t , I evon
um
individualista
pouco
refinado)
durante
os ousados
-
m a srelativamente n ã o
c o m e m o r a d o s - v ô o s e x p e r i m e n t a i s para q u e b r a r a barreira d o s o m à s e l e ç ã o , t r e i n a m e n t o e exibição na m í d i a d e pilotos-astronautas m a i s c o m p e t i t i v o s , f o r m a n d o u m g r u p o d e elite lipicamente a m e r i c a n o : " o seleitos". O s retratos afeiçoados d o spilotos, b e m - h u m o r a d o s e
Helm, Mary Jo Deschanel O s c a r : J a y B o e k e l h e i d e ( e l e i i 1II s o n o r o s ) , G l e n n Farr, Lisa Frui htmin S t e p h e n A . R o t t e r , D o u g l a s '.lew.111. T o m Rolf ( e d i ç ã o ) , Bill C o n t i
(múlli 1)
realísticos, s ã o c o l o c a d o s contra o p l a n o d e f u n d o d e u m a visão d i s t i n t a m e n t e satírica d a
M a r k B e r g e r , T h o m a s S c o t t , Rand)
tórrida
T h o m , David MacMillan
espacial
durante
a Guerra
Fria, c o m p o l í t i c o s d e s e s p e r a d o s
conquistas d o s soviéticos, e x p o n d o a o perigo e p r o p a g a n d e a n d o instantâneos q u efaziam parte do sonho
para
minimizar as
u mbando
d e heróis
encontrar
Yaeger a p ó s a q u e d a d e seu avião m o s t r a u m d o s h o m e n s a p o n t a n d o para u m p o n t i n h o e perguntando,
inseguro: "Aquilo
é u mhomem?"
Corte para
a figura
semicarbonizada,
(som)
Indicação a o Oscar: Irwin W i n ! I n Robert Chartoff (melhor
americano.
Há m u i t o s m o m e n t o s m e m o r á v e i s : a e q u i p e d e socorro e m disparada para
filme). Sim
Shepard (ator coadjuvante),
Geotliry
Kirkland, Richard Lawrence, w S t e w a r t C a m p b e l l , P e t e r R.
Romero
J i m P o y n t e r , G e o r g e R. N e l s o n
c a m i n h a n d o arrogante e corajosamente e m m e i o a o s destroços f u m e g a n t e s , e d e volta
( d i r e ç ã o d e a r t e ) , C a l e b D c s c liaoel
para o e x u l t a n t e c o m p a n h e i r o d e Y a c -
(fotografia)
g e r ( L e v o n H e l m , d e T h e Bana.
hl
Barbara Hershey, K i m Stanley,
também
narrador d ofilme): "Pode apostar q u e sim!"
O u ainda
Alan
Shepard
(Scott
G l e n n ) , a n s i o s o t a n t o para urinar q u a n to para entrar na história, e n q u a n t o s u a vigília n a c á p s u l a d o f o g u e t e S a t u r n o é dolorosamente prolongada. O vôo orbital d e J o h n
Glenn
(Harris) é a g r a c i a d o
c o m u m viés místico e t e r m i n a e mu m a reentrada
tensa
na atmosfera,
irrom-
pendo n u m a cena c o m confetes e serpentinas n otriunfal desfile após o regresso. Há ainda Gordo Cooper (Quaid), convencido
e sorridente, admirando a
"luz celestial" refletida e m s e u c a p a c e te. O f i l m e bom
é eletrizante,
incluindo o
u s o da sinfonia d e Gustav
The P l a n e i s , e m c o n j u n t o
Hoist,
c o m a pre-
m i a d a t r i i h a s o n o r a d e Bill C o n t i . A E
1,0
F U A (Institute for Regional
KOYAANISQATSI
E d u i a t i o n , S a n t a Fe) 87 m i n . C o r
Como
Idiomas: inglês / hopi
longa de vanguarda
Direção: Godfrey
g e m sociopolítica séria - o diretor G o d f r e y Reggio a n u n c i o u d e s d e o c o m e ç o q u e
Reggio
1'rodução: G o d f r e y
Reggio
Roteiro: R o n F r i c k e , M i c h a e l Ifrey R e g g i o , A l t o n I litografia: Ron
produção Hoenig,
Walpole
em
apenas
película
a fase
música
minimalista
inicial de
comercial
de
uma
35mm
Godfrey Reggio, indicação (Urso
de
incessante e uma
trilogia
tendo
qatsi,
como
alvo
que a
cm
Embora
esta
filmada
distribuição
1988 e p r o b l e m a s d e
c i a m e n t o i m p e d i r a m R e g g i o d e c o n c l u í - l a a t é 2 0 0 2 , q u a n d o Naqoyqatsi pronto.
seria
um
mensa-
em
circuito.
A s é r i e n ã o c o n t i n u o u a t é a e s t r é i a d e fowaqqatsí Hoenig
I c l i v a l Internacional de Berlim:
Ouro)
inteiramente
(1983)
K o y a a i r i s q c i t s i n ã o f o s s e o u s a d o o s u f i c i e n t e p o r si s ó -
s e m historia, c o m
d e 1983 e r a
cinemas do grande
Fricke
M ú s i c a : Philip Glass, M i c h a e l
se u m filme c o m o
todas
as
três
partes
tenham
admiradores,
finan-
finalmente
Koyaanisqatsi
é
ficou
a
maís
c o m p l e t a , c o m seu podei de provocar a m e n t e , espantar os olhos e e n c a n t a r os ouvidos. O f i l m e é f u n d a m e n t a d o sobre três idéias a u d a c i o s a s . U m a é o desejo de Reggio d e criar u m n o v o tipo de c i n e m a atraente c sensual no qual todos os parceiros criativos o fotógrafo Ron Fricke, o c o m p o s i t o r Philip Glass c ele próprio, c o m o diretor igualmente
responsáveis, fazendo
contribuições
equivalentes
para
o resultado
O u t r a ¡déla é sua convicção d e q u e o público e m geral apoiaria u m f i l m e se ele a p r e s e n t a s s e idéias i m p o r t a n t e s
de uma
terceira é seu c o m p r o m i s s o c o m a m e n s a g e m
maneira
final.
não-narrativo
atraente e despretensiosa.
A
no coração da trilogia: que a natureza
e
a c u l t u r a p e r d e r a m s e u equilíbrio a n c e s t r a l na era m o d e r n a c p o d e m fugir do se a h u m a n i d a d e não atentar para os perigos gerados por sua arrogância
controle
tecnológica.
Fiel a o t í t u l o - u m a p a l a v r a q u e s i g n i f i c a " v i d a fora d e e q u i l í b r i o " na l i n g u a g e m í n d i o s h o p i -, o c a l e i d o s c ó p i o d e Koyaanisqatsiapresenta tornou
instável
memoráveis
devido
usam
um
às várias
formas
de
gerar
para
atividade
humana.
As
seqüências
a m p l o leque de recursos cinematográficos, de lentes
retratar o
pensamentos
mundo
igualmente
em
imagens
originais
e
dos
i m a g e n s de u m m u n d o q u e se
ficas e m o n t a g e n s rápidas a fotografia de lapso de t e m p o c c a m e r a s c o m variáveis
-
fossem
velocidades
originais e Inusitadas, projetadas
inusitados
sobre
questões
mais
anamór-
para
ecológicas
e
ambientais. A visão de Reggio retoma elementos importantes de cineastas experimentais
ante-
riores - as influências de S t a n B r a k h a g e e Hilary Harris são e s p e c i a l m e n t e fáceis de n o tar - ao m e s m o t e m p o que consegue alcançar u m
público maior do que qualquer
n e a s t a d e v a n g u a r d a j á c o n s e g u i u . O a p e l o a t u a l d e Koyaanisqatsi de Reggio.
DS
é a prova do
ci-
sucesso
I ;A UMA VEZ NA AMERICA mm (ONCE UPON A TIME IN AMERICA) Sergio Itália
L e o n e g a s t o u t a n t o t e m p o a t r a i n d o atores para f i l m a r s e u s n o t á v e i s faroestes
q u e a l o c a ç ã o d e E r a u m a v e z n a América
marcou uma
mudança
radical. E m
na vez
dos a m p l o s e s p a ç o s a b e r t o s d o d e s e r t o , L e o n e c o n s t r u i u u m a r e p r o d u ç ã o e l a b o r a d a
do
i nwer East Side d e Nova York, o n d e se passa sua história, m o s t r a n d o várias gerações
de
gangsteres judeus (um tipo c o m p l e t a m e n t e diferente de atirador) cruzando
caminhos
e lutando entre siao longo dos a n o s . C o m e ç a n d o d u r a n t e a é p o c a d a Lei S e c a e c o n t i n u a n d o a t é o f i n a l d o s a n o s 6o, o l rime a c o m p a n h a
os parceiros de crime Robert De Niro e J a m e s W o o d s , dois líderes d e
gangues cujas diferenças de visão inevitavelmente
levam a um
Niro) é m a i s c a l a d o e p r o p e n s o à d e p r e s s ã o , e n q u a n t o
conflito. Noodles
(De
Max (Woods) é seu oposto, u m
i n m p l e t o c a b e ç a q u e n t e . O f i l m e n o s m o s t r a a d u p l a e m t r ê s a n o s e s p e c í f i c o s - 1921, 1933 e 1 9 6 8 - e c a d a incapacidade para
vez q u e
reencontramos
o spersonagens
nos lembramos
d e sua
mudar.
C o m q u a s e q u a t r o h o r a s d e d u r a ç ã o , Era uma
v e z na América
é o filme mais longo e
( o m p a s s a d o de Leone. A narrativa paciente segue e m seu ritmo c o m a m e s m a b r u m a
que
e n c o n t r a m o s no antro de ópio o n d e Noodles reflete sobre sua vida inconstante. C o m o
de
habito, Leone dá grande atenção aos detalhes de época e à composição, n o v a m e n t e enfatizando sua preferência pelo poder das I m a g e n s sobre os diálogos. Sua história
transcorre
entre olhares incandescentes, olhadas obscenas e escárnio mal disfarçado. Este filme é apoiado
p o rm a i s
uma
trilha
sonora
brilhante
d e seu
veterano
colaborador
Ennlo
Morricone, cujo uso f r e q ü e n t e de u m a flauta de pã é b e m a d e q u a d o ao m a t e r i a l . I n f e l i z m e n t e L e o n e m o r r e u p o u c o d e p o i s d a p r o d u ç ã o d e Era uma mas o filme tornou-se a conclusão fascinante de u m a
não
assim
representativos
do infalível b o m g o s t o d o diretor e d e seu controle c o n f i a n t e sobre t o d o s os 1I0 p r o c e s s o d e c r i a ç ã o . J K L
América,
carreira n o t á v e l . A p e s a r de
nos oferece outros tipos de prazeres, m a i s sutis e mais lentos, p o r é m
Technicolor Direção: Sergio
Leone
Produção: Arnon
Milchan
R o t e i r o : L e o n a r d o B e n v e n u i 1, t e n D e B e r n a r d i , E n r i c o M e d i o l l , 11. Arcalli, Franco Ferrini, S c i g i u 1 e E r n e s t o G a s t a l d i , b a s e a d o 110 livro
vez na
ter a m e s m a força e i n v e n t i v i d a d e de a l g u n s d e s e u s w e s t e r n s s p a g h e t t l , ainda
E U A / I t á l i a (Embassy, PSO, u.ili.m W a r n e r B r o s . , W i s h b o n e ) z z / min
parâmetros
The Hoods, de Harry Grey F o t o g r a f i a : T o n i n o Delli Colli Música: Ennlo
Morricone
E l e n c o : R o b e r t D e N i r o , fames W
||
Elizabeth M c G o v e r n , Treat Willi.me. T u e s d a y W e l d , J o e P e s c i , Bui 1 Y o u n | D a n n y Aiello, William
Foisythe,
J a m e s H a y d e n , Darlanne I luegel, Larry Rapp, D u t c h Miller, Harper, Richard
Bright
Robert
SCARFACE (1983) A refllmagem
atualizada
d o clássico d e gângsteres Scarface, d e Howard
H a w k s (1932), é s a n g r e n t a , e x a g e r a d a , u l t r a j a n t e e b r i l h a n t e m e n t e tada pot Brian d ePalma, além de ostentar o d e s e m p e n h o
h i s t r i ó n i c o d eA l P a c i n o . Q u a n d o foi l a n ç a d o , parecia ser u m a radical I »
para
D e Palma,
longe
d e seus
tradicionais
arquite-
inesquecível e
jogos
mudança
n o estilo d e
Hitchcock c o m v o y e u r s , janelas e duplos de u m s óp e r s o n a g e m . Hoje
em
dia, Scarface i c o n s i d e r a d o o a u g e de Brian de P a l m a , u m tratado sobre a fragilidade das c o n d i ç õ e s da m a s c u l i n i d a d e e da política do poder. O filme começa c o m u m documentário detalhando a onda de refugiados cubanos que invadiram os Estados Unidos, adicionando uma são política que transforma
completamente
dimen-
o padrão estabelecido
pelo
original de H a w k s . Tony M o n t a n a (Pacino) percebe, c o m rapidez, que o crim e e o a s s a s s i n a t o s ã o as m e l h o r e s m a n e i r a s de sair d o g u e t o de i m i g r a n tes. Sua a s c e n s ã o e queda c o m o gãngster m o d e r n o são traduzidas e m estilo
espetacular
e pomposo:
De Palma
usa
cada
oportunidade
um para
r e a l ç a r a m o d a e o f r e n e s i m u s i c a l d o s a n o s 70 c o m o c o n t r a p o n t o a t o d a a carnificina e traição presentes no filme. O s críticos apressaram-se e m apelidar essa a b o r d a g e m ao original d e Hawks
(com
roteiro
d e Oliver Stone)
d e primeiro
gãngster
épico
m o d e r n o " . Tony até m e s m o fala d e s i próprio e m t e r m o s q u e "O gãngster como "Você
precisa
herói trágico", o clássico ensaio d e Robcrt
d em i m , e usou o bandido!"
ele diz. M e s m o
"pós-
relembram Warshow.
assim,
com
toda a sua fascinante autoconsciência, esta é u m a narrativa grandiosa, no velho estilo, I D A ( U n i v e r s a l ) 170 m i n . T e c h n i c o l o r
Idiomas:
inglês / espanhol
Direção: Brian De
Palma
Produção: M a r t i n
Bregman
De
num
llvio d e A r m i t a g e Trail e n o r o t e i r o d e i'i { : d e S c a r f a c e , a vergonha
de
uma
Ml.
helle
Pfeiffer, M a r y
olon,
Bauer,
Elizabeth
1. M u r r a y A b r a h a m ,
Miriam
Paul
11111.11. H a r r i s Y u l i n , A n g e l S a l a z a r , Ainalrio Santana, Pepe Serna, Michael p M n i . i n , AI I s r a e l , D e n n i s
a u m novo
extremo
melodramático
dos
temas
clássicos d o
Holahan
inexo-
rável do poder. O s s o n h o s d e Tony de controle a b s o l u t o - s o b r e seu corpo, sobre o coração e a lealdade daqueles próximos a ele e sobre o terreno de seu império Depois
d e cheirar
montanhas
d e cocaína,
não
consegue
nem
mesmo
criminoso.
ver, e m s u a s
matá-lo.
sa d e D e P a l m a n o s dá u m a e m o ç ã o s u b v e r s i v a por e s t a r m o s o b s e r v a n d o u m
M l S t r a n t o n i o , Robert Loggia, 1
leva
M a i s do q u e q u a l q u e r f i l m e de desastre feito d e s d e os a n o s 70, a obra-prima
Moroder
I l e n ç o : Al P a c i n o , S t e v e n
nos
câmeras de vigilância, aqueles que v ê m
Hawks
I n t o g r a f l a : J o h n A. Alonzo Musica: Giorgio
Palma
gênero de gângsteres: a o b s e s s ã o do herói c o m o controle territorial e a perda
Rottlro: O l i v e r S t o n e . b a s e a d o
floi Í 0 , d e H o w a r d
e seu impacto catártico e apocalíptico é tremendo.
controver-
microcosmo
s o c i a l e x p l o d i r e m m i l f r a g m e n t o s , e n q u a n t o u m d i r i g í v e l a n u n c i a : " O m u n d o é s e u . " AM
A BALADA DE NARAYAMA (1983)
J a p ã o ( T o e i ) 130 m i n . C o r
(NARAYAMA BUSHI-KO)
Idioma: japonês Direção: Shohei
i sic estranho f i l m e é u m a crônica de vidas e m o r t e s dos habitantes de u m a aldeia "
remota,
nlia e m u m a região m o n t a n h o s a do J a p ã o do século XIX. A o c o m p l e t a r 70 a n o s , cada a l -
d e ã o d e v e ser c a r r e g a d o n a s c o s t a s d e u m p a r e n t e d o sexo m a s c u l i n o a o l o n g o d e u m a t r i lha m o n t a n h o s a e s c a r p a d a a t é o c e m i t é r i o d e N a r a y a m a e, d e p o i s , d e i x a d o lá p a r a m o r r e r . A balada
está centrada e m u m a família matriarcal, chefiada por Orin
de Narayama
('.umiko S a k a m o t o ) , q u e está p r ó x i m a de s e u a n i v e r s á r i o d e 70 a n o s . O diretor Imamura
retrata
a vida
na aldeia
d e forma
aomesmo
tempo
severa
de
Fukazawa Tochizawa Ikebe
mulher, Orin
•.ao r e v e l a d a s d e s s a f o r m a , n u m a e x i s t ê n c i a v í v i d a , p o r é m b r u t a l e b á s i c a . completa
Shichirô
baseado
Bushi-Ko,
Música: Shinichirô
latlsfaz suas necessidades c o m o cachorro de u m vizinho. A aldeia e a família de
d o filme, Orin
n o l i v r o Narayama
Fotografia: Masao
ierrados vivos. U m j o v e m sexualmente frustrado, Incapaz de encontrar u m a
segmento
Roteiro: Shohei Imamura,
Shohei
fome, se os m e m b r o s de u m a família p e g a m m a i s do q u e sua cota d e c o m i d a , são en-
último
Tomoda
e surrealista,
revelando os d e s e j o s rústicos e a sd i f i c u l d a d e s q u e m o v e m os a l d e õ e s . E m é p o c a s d e
No
Imamura
P r o d u ç ã o : G o r o K u s a k a b e , Jlro
70 anos, e seu filho
Elenco: Ken Ogata, Sumlko S a k a m o t o , Takejo Aki, Tonpel
Ryutaro T a t s u m i , J u n k o Takad.i, Nijiko K i y o k a w a , M i t s u k o
Balsho
Imamutl
Festival de Cannes: Shohei mais
velho,
u s u h e i ( K e n O g a t a ) , d e v e levá-la para N a r a y a m a . A j o r n a d a e m m e l o às p a s s a g e n s m o n t a n h a é a i n d a m a i s d i f í c i l d o q u e a v i d a n a a l d e i a . E, c o n f o r m e a j o r n a d a
Hldll
Seiji K u r a s a k i , K a o r u S h i m a n i o i i .
(Palma de Ouro)
na
prossegue,
latsuhel o b s t i n a d a m e n t e persevera e Orin encara sua mortalidade graciosamente. Acab a m o s nos d a n d o conta de q u e o c u m p r i m e n t o desse ritual e x t r a v a g a n t e m e n t e
desne-
' e s s á r i o é o q u e t o r n a o s a l d e õ e s h u m a n o s . RH
AMADEUS
(1984)
E U A ( S a u l Z a e n t z ) 160 m i n . C o r
A escolha d odiretor t c h c c o M i l o s F o r m a n d o a m e r i c a n o T o m H u l c e c o m o o risonho e
Direção: Mllos
Forman
brincalhão c o m p o s i t o r austríaco W o l f g a n g A m a d e u s M o z a r t contrasta c o m os cenários
Produção: Saul
Zaentz
opulentos e os detalhes de época que p r e e n c h e m esta biografia épica. M a s a atuação a g i t a d a e h i s t r i ó n i c a d e H u l c e c o m o o b r i l h a n t e enfant idéia d e q u e
uma
música
terr/blccstá e m h a r m o n i a c o m a
m a i o r q u e a vida d e v e fluir a partir d e u m a
personalidade
R o t e i r o : P e t e r S h a f f e r , b a s e a d o em sua
peça
Fotografia: Miroslav
Ondricek
Música não original: Johann
l a m b e m maior que a vida. Hulce saltita e desfila pelas cenas c o m o se reconhecesse o a n a c r o n i s m o e a tolice d e
Sebastian Bach, Wolfgang
Amadeus
M o z a r t , A n t o n i o Salieri
seus trajes c h e i o s de b a b a d o s e perucas coloridas. C o n t u d o , ele i m p u l s i o n a o f i l m e
em
E l e n c o : F. M u r r a y A b r a h a m ,
um
im-
H u i c e , E l i z a b e t h B e r r i d g e , Simon
ritmo
tão vigoroso que sua atitude d epalhaço e o sotaque americano
pouco
p o r t a m . A d a p t a d o por Peter Shaffer a partir d e sua própria peça, A m a d e u s c o n t r a p õ e o s r o m p a n t e s d ecriação inspirada e fácil à s c o m p o s i ç õ e s s i m p l i s t a s d e s e u i n v e j o s o Salieri (interpretado Salieri é m o s t r a d a
p o r F. M u r r a y A b r a h a m , a d e q u a d a m e n t e
rival
amargo). A amargura d e
c o m o piada, enquanto Mozart é retratado c o m o
u m tolo sedutor. A
prova f i n a l , c o n t u d o , se e n c o n t r a n a s c o n q u i s t a s d e s t e ú l t i m o , c o m o p o d e ser o u v i d o f o r m i d á v e l m ú s i c a e a m p l a e n c e n a ç ã o d e D o n Giovanni.
Ainda que ver m e s m o u m a
na pe-
lom
Callow, Roy Dotrlce, Christine E b c r s o l c J e f f r e y J o n e s , C h a r l e s Kay, K e n n y Blkll
Filmt),
Oscar: Saul Zaentz (melhor
M i l o s F o r m a n (diretor), Peter
Shaffll
( r o t e i r o ) , F. M u r r a y A b r a h a m
(,ri"i).
Patrlzia v o n Brandenstein,
Karel
Cerny (direção de arte), Theodor
q u e n a parte de u m a obra tão c o m o v e n t e no contexto do q u e acaba sendo u m a obra d e
P i s t e k ( f i g u r i n o ) , P a u l L e B l a n i , I III I
arte p o p possa parecer e s t r a n h o , talvez seja e x a t a m e n t e essa a idéia. F o r m a n parece ter
Smith (maqulagem), Mark
tido a intenção de modernizar a vida e as realizações de u m dos maiores gênios da tória. JKL
His-
Berger,
T h o m a s Scott, Todd Boekelheide, Christopher N e w m a n
(som)
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : T o m H u l c c (.1101), M i r o s l a v O n d r i c e k ( f o t o g u l i . i ) , Ni n 1 D a n e v i c , M i c h a e l C h a n d l e r (eilii.ao)
I U A ( ( i n e m a 84, Euro Film
Fund,
1 l e m d a l e , P a c i f i c W e s t e r n ) 108 m l n .
Cor Idiomas:
inglês /
Direção: James
tornando
Cameron Hurd Anne
1 I I I I Í I , b a s e a d o n o s r o t e i r o s Soldier Hand,
de
e
Harlan
llllion
d o s g r a n d e s s u c e s s o s d e1984 e s u a
popularidade
a olongo das
últimas é um
do f u t u r o
triunfo do estilo sobre a t r a m a , da esperteza sobre a Inteligência e u m a c o m b i n a ç ã o
de
e l e m e n t o s que ultrapassa a s o m a das partes. Sua narrativa circular sobre a tentativa
do
futuro d e controlar o p a s s a d o para p o d e r a s s u m i r o controle d e si m e s m o - m u d a n d o , a s s i m , as premissas sobre seu próprio estado - é familiar a t o d o s os fãs da literatura d e
lotografia: Adam M u s i c a : Brad
um
duas décadas o consagrou c o m o u m clássico do género. O e x t e r m i n a d o r
Itotclro: James Cameron, Cale
I lemon w i t h a Class
(THE TERMINATOR) Este c a n d i d a t o e m p o t e n c i a l ao G o l d e n Turkey A w a r d na c a t e g o t i a " k i t s c h Z "a c a b o u s e
espanhol
Produção: Cale Anne
0 EXTERMINADOR DO FUTURO mm
Creenberg
f i c ç ã o c i e n t í f i c a d o p ó s - g u e r r a ( H a r l a n E l l i s o n , P h i l l i p K. D i c k , e o u t r o s ) e d e s e r i a d o s
Fiedel
1 linco: A r n o l d
t e l e v i s ã o ( c o m o O u t e r Limits
Schwarzenegger,
Mil hael B i e h n , L i n d a H a m i l t o n ,
ej o r n a d a
do
nas estrelas)
Logo após concluir efeitos especiais de baixo o r ç a m e n t o
Paul
Wlnfleld, L a n c e H e n r i k s e n , R i c k Rossovlch, B e s s M o t t a , E a r l
s e u s m e n t o r e s para proteger-se de q u a l q u e r o b j e ç ã o q u a n t o a o s m u i t o s furos na
nic k M i l l e r , S h a w n S c h e p p s , B r u c e M . 111 tier. F r a n c o C o l u m b u , B i l l P a x t o n , Brad U r a r d e n , B r i a n
Thompson
do
filme,
encarados
espirituosas estava
dos
na moda
C a r p e n t e r , Mad combate,
d e frente
com
Cameron
Max
como
II - A caçada
o humor
u m d a rd e o m b r o s
protagonistas. A visão na época,
adaptou
para Roger C o r m a n e J o h n
Carpenter, o diretor e roteirista
Boen,
James
deum
atestam continua,
d e L u c B e s s o n ( 1 9 8 3 ) , e The Element
futuro
filmes
desconcertante de
perplexo
o u com
sombrio, escuro
como
Fuga
d eNova
trama tiradas
e apocalíptico York,
de John
d e G e o r g e M i l l e r ( a m b o s d e 1981), O ú l t i m o d e L a r s v o n Trier (1984).
of Crime,
O e s t i l o s e g u r o d e C a m e r o n - t e c h noir, c o m o foi c h a m a d o p o r c o n t a d e u m a no filme - e sua energia cinética c o m b i n a d a as
várias
mudanças
na trama
mantêm
de
pós-guerra.
com a economia
o espectador
nanarração
suficientemente
boate
englobando distraído d o
a b s u r d o da coisa toda. Até m e s m o Arnold S c h w a r z e n e g g e r - o e p i t o m e da m á
atuação
com
corporal
s u aexpressão
aprendida
namesma
facial
fria,
escola
o sotaque
d om o n s t r o
austríaco
pesado
c a expressão
d eFrankenstein - s e torna
u m grande
p a r a o f i l m e . T o d a s a s s u a s a ç õ e s v i o l e n t a s e s u a s 10 f a l a s ( o u a l g o a s s i m ) s ã o das c o m u m a monotonia as carregadas de u m a
m e c â n i c a e u m ar f a l s a m e n t e s o t u r n o q u e a c a b a m
trunfo
executadeixando-
irresistível ironia e m vários níveis. Todos os seus diálogos c o n s i s -
t e m de frases curtas s e m m u i t a
relevância. No entanto, todos os q u e assistiram a este
fenômeno
de cor a maioria
inusitado conhecem
de Schwarzenegger.
"I'll
beback"
delas, incluindo a pronúncia
é provavelmente
a frase
mais
citada
peculiar
d etodas,
fre-
q ü e n t e m e n t e usada c o m o bordão e m s h o w s de rádio e televisão. Se a habilidade de O exterminador de envolver a audiência d e T h e R o c k y H o r r o r P i c t u r e S h o w (1975), e n t ã o a i r o n i a público a p o n t a m
remete ao culto dos
p a r a o f u t u r o , p a r a a s p i a d a s d a t r i l o g i a Pânico
sobre clichês genéricos. O m e s m o
pode ser dito d a violência
(1999-2000)
d eficção
científica
está
u mslasher
movie
Inclui u m m a t a d o r (literalmente) m e c â n i c o e u m a m o c i n h a
montadas
escrachada, sádica
b r i n c a l h o n a , e da virada da " m o c i n h a " n o f i n a l . S o b a s u p e r f í c i e d e s s e de elementos
fãs
insistente e a sgracinhas c o m o
ainda
mas
corte-e-colagem original,
que
bruta (Linda Hamilton)
menos
que
descobre sua capacidade de lutat e combater o mal. M a s , c o m o o b s e r v a m o s , a c o m b i nação
única
filme, como
d e O exterminador
é mais
d oque
a soma
d esuas
a todos os filmes geniais, não v e m de sua suposta
partes. A resposta ao originalidade. Ao
con-
trário: é a maneira c o m o o diretor j u n t a todos esses e l e m e n t o s familiares e lhes dá u m sopro de vida nova q u e resulta e m
uma
e x p e r i ê n c i a t ã o m e m o r á v e l . MT
PARIS, TEXAS
(1984)
Q u e m é a q u e l e h o m e m c a m i n h a n d o ? Travis (Harry D e a n S t a n t o n , e m seu m e l h o r s u r g e d o i m e n s o d e s e r t o t e x a n o a o s o m d a slide imediato, a possibilidade de u m a onde vai?
história
guitar
captura
Na v e r d a d e , Travis está f u g i n d o
melancólica
nossa
de u m a
papel)
de Ry Cooder.
atenção. De onde velo,
turbulenta
separação. Deixou
esposa Jane (Nastassja Kinski), que depois t a m b é m desapareceu, e seu filhinho (Hunter Carson) sob os cuidados de seu irmão, Walt (Dean
Inglaterra / F r a n ç a / A l e m a n h a O c i d e n t a l (Fox, Argos, C h a n n e l
Stockwell).
Projei Cor
l , R o a d M o v l e s , W D R ) 147 m i n .
Direção: W i m
boate
de
onde
ela
se
comporta
como
terapeuta
para
os
uma
clientes
Wim
não.
W e n d e r s fez u m d o s f i l m e s a r q u e t í p i c o s da d é c a d a d e 80. S u a visão
estética
européia, c a p t a d a v i b r a n t e m e n t e pela fotografia de p a i s a g e n s d e R o b b y Muller, f u n d e -
Roteiro: L. M . K i t C a r s o n , S a m
se m u i t o b e m c o m a sensibilidade a m e r i c a n a tocante
'.hi'pard Fotografia: Robby
sobre
laços c o m
Elenco: Harry Dean Stanton,
sobre
assja
Kinski, Dean Stockwell,
Festival de Cannes: W i m
Wicki Wenders
de O u r o ) , (prémio do júri
ei u m ê n l c o ) , ( P r é m i o e m p a t a d o c o m Viogem
FIPRESCI), a
um
homem
do escritor S a m Shepard. É u m a
que
não
consegue
se encaixai
história
na
"ordem
Citera
outros
outsiders, como
roupas e boas
a empregada
m a n e i r a s , e, e m
latina
forma
que
lhe dá
excêntricas
especial, Huntet, c o m
quem
compartilha
aulas uma
adorável relação Infantil.
Amore Clement, Hunter Carson, aro Valdez, Bernhard
a "alterldade",
s i m b ó l i c a " . D u r a n t e sua t i t u b e a n t e reentrada na civilização, Travis n a t u r a l m e n t e
Müller
M ú s i c a : Ry Cooder
(Palma
strlp-tease,
a sua própria história a t r a v é s d e u m v i d r o e s p e l h a d o - e l e p o d e vê-la, m a s ela
Wenders
iiuest
'
fazê-lo
lar e f a z e r
f r e q ü e n t e m e n t e p r o b l e m á t i c o s e solitários. E m u m a cena c o m o v e n t e , ele conta a J a n e
Produção: Anatole Dauman, Don
ii.rt
de c o m o era ter u m
parte dele. M a s nada estará b e m até q u e Travis e n c o n t r e J a n e . Ele a descobre e m Four,
sua
Hunter
Travis não quer parar d e c a m i n h a r . Aos p o u c o s , W a l t e os o u t r o s c o n s e g u e m falar, trazê-lo de v o l t a ao c o n v í v i o social, à l e m b r a n ç a
De
para
P a r i s , Texas foi u m f i l m e f u n d a m e n t a l cautelosamente
para W e n d e r s . Da m e s m a f o r m a c o m o
Travis
reajusta s u a s relações c o m a s o c i e d a d e , W e n d e r s foi aos p o u c o s
che-
g a n d o a u m acordo c o m o ato de c o n t a t histórias no c i n e m a , u m a obrigação q u e ele t i n h a a t é e n t ã o i n t e r r o m p i d o c o m a f a s e d i g r e s s i v a d o s f i l m e s e p i s ó d i c o s c o m o Alice cidades
( 1 9 7 4 ) , f a l a d o e m a l e m ã o , e No
decurso
do
t e m p o (1976).
Ele t a m b é m
das
estava
se
e m p e n h a n d o e m analisar os valores tradicionais do casamento, família e c o m u n i d a d e . Para a l g u n s , logo e m s e g u i d a essa t e n t a t i v a foi l o n g e d e m a i s a o a b a r c a r t a n t o o c o n v e n c i o n a l q u a n t o o s v a l o t e s t r a d i c i o n a i s . M a s t a n t o Paris,
Texas
cinema
c o m o Asas do
desejo
(1987) c a p t a m o m e l h o r d e a m b a s a s f a s e s d a c a r r e i r a d e W e n d e r s : a o m e s m o t e m p o a n e c e s s i d a d e d e e n c o n t r a r u m lar e o
reconhecimento
da a l i e n a ç ã o c o n t e m p o r â n e a d o m e s m o .
AM
A HORA DO PESADELO
(1984)
(A NIGHTMARE ON ELM STREET) A hora
do
o f i l m e m a i s c o n h e c i d o de W e s C r a v e n , foi ao m e s m o t e m p o u m su-
pesadelo,
BSSO c o m e r c i a l e d e c r í t i c a . M e s c l o u , c o m c r i a t i v i d a d e , h o r r o r e h u m o r , i d é i a s góticas e as c o n v e n ç õ e s
cinematográficas
dos
slasher
movies
com
efeitos
literárias especiais
i n g u i n o l e n t o s e c o m e n t á r i o s sociais sutis. D e i x o u à solta, na c o n s c i ê n c i a cultural
pop
norte-americana, u m novo m o n s t r o : Freddy Krueger, o irônico assassino de a d o l e s c e n tes e m p e t e c a d a s .
\
O s p r i m e i r o s d o i s f i l m e s d e C r a v e n , Aniversário "
(1977), h a v i a m
consagrado
(1972) e Quadrilha
macabro
o ex-professor de
inglês c o m o
um
de
sádi-
autor de filmes
de
horror de baixo o r ç a m e n t o , similares aos de Tobe H o o p e r e G e o r g e R o m e r o . D e p o i s i trabalhos
subseqüentes
não
cotresponderam
ao
que
se esperava
dele,
Craven
d e s e n v o l v e u a Idéia de u m assassino q u e vai buscar suas v í t i m a s no s o n h o delas. U m c u s t o i n f e r i o r a 2 m i l h õ e s d e d ó l a r e s , A hora
do
nhecidos e atores de filmes B (incluindo J o h n n y estréia) e foi c o n c l u í d o e m mais
de
25
milhões
de
Depp, com
a p e n a s 32 d i a s . N a d a
dólares
nas
teve u m elenco de
pesadelo
mau
bilheterias
e
para
que
21 a n o s , e m
seis
Com
desco-
seu filme
u m filme que
Inspirou
que
de
arrecadaria
continuações,
O filme c o m e ç a e m u m porão-oficlna surrealista. U m h o m e m c o m cicatrizes pavorosas, de suéter v e r m e l h o c v e r d e e u m v e l h o c h a p é u sujo, solda l â m i n a s na
ponta
de
dedos
metálicos,
os quais
prende
a
uma
luva
de
couro
afiadísslmas
desgastada.
À
medida q u e os e v e n t o s se d e s d o b r a m e antigos segredos v ã o s e n d o revelados, d e s c o brimos que esse cruel
Englund), u m
ex-
assassino d e crianças, q u e i m a d o vivo por u m a m u l t i d ã o d e pais enfurecidos da Rua
Elm
.1 p ó s t e r s i d o
invasor
libertado da
de sonhos é Freddy
prisão por causa
I icddy volta da sepultura c o m o I ilhos
adolescentes
daqueles
de
um
a personificação que
acabaram
Krueger
detalhe
(Robert
burocrático. Anos
do mal, obcecado e m
com
sua
vida
mortal.
m e n t e o n i p o t e n t e , c a p a z d e r e e s c r e v e r as leis da física, m a t a n d o
depois,
se v i n g a r Por
morar
subconsciente de suas jovens vítimas e atacá-las e n q u a n t o d o r m e m , Freddy é de forma
nos no
literal-
grotesca,
porém criativa. As fantásticas seqüências do filme, repletas de efeitos especiais e • ingue falso, são equilibradas
muito
pela trilha s o n o t a q u e deixa t o d o s a n s i o s o s e por
uma
narrativa incitante que nos faz t e m e r pelas próximas vítimas e m sua batalha inútil
para
permanecerem Ao
contrário
de
filmes
de
horror
anteriores,
como
( 1 9 7 8 ) e S e x t a - f e i r a 13 ( 1 9 8 0 ) , o m o n s t r o a s s a s s i -
/ lalloween no
acordadas.
de A hora
do pesadelo
quina
mortífera
mal",
um
que tem
tipo
do que de
é
um
anti-herói
menos
uma
arquétipo
gótico, u m
chatme, senso de humor
silenciosa
má-
do "trapaceiro
e um
assassino talento
do
cruel
natural
para o d r a m a , m u i t o a t r a e n t e para os e s p e c t a d o r e s . A
hora
do
pesadelo
mescla
elementos
da
literatura
gótica, o vilão sedutor, o lugar terrível, c o m ênfase nos sonhos e visões subjetivas e elementos dos filmes
genéricos
de horror - as v í t i m a s sendo m o r t a s u m a a u m a , o assassino indestrutível, a sobrevivente virginal e Intrépida.
SJS
EUA (Media Home
Entertainment,
N e w U n e , S m a r t E g g ) 91 m i n . 1 Ol
iiirnando-se u m a d a s séries m a i s rentáveis d o s f i l m e s de horror.
Direção: Wes
Craven
Produção: Robert Roteiro: Wes
Shaye
Craven
Fotografia: Jacques
Haitkln
Música: Charles Bernstein, Karsnner, M a r t i n K e n t , Mir
Steve I1.1H
Schurig E l e n c o : J o h n S a x o n , R o n e n F.l.iklry, Heather Langenkamp, Amanda Jsu Garcia, J o h n n y Depp,
Wy.
Charlei
Fleischer, J o s e p h W h i p p , R ö h n 1 E n g l u n d , Lin S h a y e , J o e
Unger,
Muni
C r a v e n , J a c k S h e a , Ed Call, S a n d y Lipton
I U A ( S p i n a l Tap Prod.) 82 m i n . Cor Direção: Rob
Reiner
Produção: Karen
Murphy
Roteiro: Christopher Guest, Michael M i K e a n , Rob Reiner, Harry Shearer Ilitografia: Peter S m o k i e r Musica: Christopher Guest, Michael M i Kean, Rob Relnet, Harry Shearer r l c n c o : Rob Reiner, Kimberly Stringer, I h a / / D o m l n g u e z a , S h a r i H a l l , R. J . Parnell, D a v i d K a f f , T o n y H e n d r a , M M hael M c K e a n , C h r i s t o p h e r G u e s t ,
Harry
Shearer, B r u n o
Klrbyjean
I l o i n i e , P a t r i c k M ä h e r , Ed B e g l e y Jr., 11.iimy K o r t c h m a r
THIS IS SPINAL TAP
(1984)
O d o c u m e n t á r i o fictício d e R o b Reiner (se preferirem, o " m o c k u m e n t a r y " )
percorre a
fina linha que separa a estupidez d a inteligência, u s a n d o e l e m e n t o s d elegítimos d o c u m e n t á r i o s d o r o c k ( A c a m i n h o d o l e s t e , A última c e n t e s e x e m p l o s i n c l u e m o p r o j e t o d e A bruxa T h / s Is Spinal
e cria u mn o v o g ê n e r o (re-
valsa),
dc Blair
c Bob Roberts). G r a n d e s fãs d e
Top d e c o r a r a m s u a s c e n a s f a v o r i t a s e as f a l a s c o n s a g r a d a s : D e r e k
Smalls
(Harry Shearer) preso e m u m casulo transparente no cenário de u m s h o w ou disparando o detector d e metais d oaeroporto com
u mpepino embrulhado
e m papel
e n f i a d o e m sua c u e c a , para a u m e n t a r o " v o l u m e " ; a b a n d a se p e r d e n d o nos ao tentar chegar até seu público ansioso; a hora e m
alumínio bastidores
q u e a b a n d a critica a réplica d o
tríptico de S t o n e h e n g e , feita por e n g a n o e m escala reduzida e q u e
poderia "ser
esma-
g a d a por u m a n ã o " ; os o l h a r e s perplexos da b a n d a a o c o n f r o n t a r a lista d c críticas d e s f a v o r á v e i s , o u a d e c l a r a ç ã o d e u m DJ q u e S p i n a l Tap a t u a l m e n t e m o r a n ap a s t a
rotulada
" O n d e estão agora?". T e m o s ainda as discussões sobre a inovadora (ou ultrajante)
capa
do á l b u m " S m e l l the Glove", b e m c o m o Nigel (Christopher Gtiest) e a exibição d e sua coleção de guitatras c amplificadores ("Esses vão até o onze.") Ainda h áu m magistral c o n j u n t o d e participações especiais, de Fran Drescher,
como
a publicitária B o b b i F l e k m a n (seus c l o n e s a i n d a t r a b a l h a m no r a m o ) , a B r u n o Kirby, c o m o o m o t o r i s t a da l i m u s i n e , f ã d e S i n a t r a , e as m i c r o p a r t i c l p a ç õ e s d e Billy C r y s t a l e D a n a C a r v e y , c o m o g a r ç o n s - m í m l c o s . S e g u i n d o a l i n h a d e Y o k o n o f i l m e Ler l t B e , d e 1970, T h / s I s Spinal
Tap s e m a n t é m f i e l a o q u e s e r i a u m d o c u m e n t á r i o g e n u í n o a o m o s t r a r o s
a m i g o s de infância David St. H u b b i n s (Mlchael M c K e a n ) e Nigel Tufnel brigando Jeanine
Pettibone
(June
Chadwick), a namorada
produtora
d e David,
consegue
da banda, demitindo o eterno sofredor
quando
u m lugar
como
Ian Faith
(Tony
Hendra), que m e m o r a v e l m e n t e descreve a moça c o m o alguém
que
se veste " c o m o u m pesadelo australiano". A p ó s u m a hora de piadas às c u s t a s da grosseria e e s t u p i d e z do S p i n a l Tap e p a r ó d i a s extraord i n a r i a m e n t e precisas sobre as pretensões p o m p o s a s dos d i n o s s a u ros d o rock ("Big B o t t o m " , " S e x F a r m " ) , é u m a
proeza q u e o filme
consiga arrancar alguma e m o ç ã o por causa daa m e a ç a d e separação da banda. C o m u m exímio sotaque londrino, M c K e a n t e m u m m o m e n t o de grande a t u a ç ã o ao ficar tão furioso e m a g o a d o c o m a traição d e s e u a m i g o q u e m a l c o n s e g u e falar. KN
CABRA MARCADO PARA MORRER
(1984)
Brasil (Eduardo Coutinho
11 In.iicio C o u t i n h o f a z u m c i n e m a c o m p l e x o q u e l i d a c o m d i f e r e n t e s c a m a d a s d a r e a l i d a d e le a t r i l h a d a v e r d a d e p o d e m u i t o b e m s e r a e n c e n a ç ã o . C o b r a m a r c a d o p a r a m o r r e r , mu
lilme m a i s celebrado, é t a n t o sobre si próprio q u a n t o sobre seu t e m a
"oficial": o
i si n a t o d o líder c a m p o n ê s J o ã o P e d r o Teixeira, d e S a p é , n a P a r a í b a , e m 1962.
patrocinado
pelo C e n t r o P o p u l a r d e C u l t u r a ( C P C ) , d a U n i ã o N a c i o n a l d o s E s t u d a n t e s , C o u t i n h o f o r a I 1 i.ililéia, e m
P e r n a m b u c o , dois anos após o crime c o m o intuito de rodar u m
1 pirado na tragédia de João Pedro. U m a ficção, portanto, só q u e u s a n d o
filme
personagens
ip, i n t e r p r e t a n d o a s i m e s m o s . A t é E l i s a b e t h T e i x e i r a , v i ú v a d o a t i v i s t a , p a r t i c i p o u d a s
II
gravações. M a s
a s filmagens foram
i.i i v e r n o n a r e g i ã o e m i
s
subitamente
Interrompidas
pela
intervenção d o
d e a b r i l d e 1964, n a s p r i m e i r a s h o r a s d o g o l p e m i l i t a r .
O f i l m e f o i r e t o m a d o e m 1981 ( e l a n ç a d o , p o r f i m , e m 1 9 8 4 ) e s e v i u
Produções Filmes)
119 m i n . P 8 t B / C o r Idioma:
português
Direção: Eduardo
Coutinho
Produção: Vladimir Carvalho,
/ A idéia inicial já fugia ao l u g a r - c o m u m do d o c u m e n t á r i o - r e p o r t a g e m :
Cinematográficas, Mapa
E d u a r d o C o u t i n h o , Z e l i t o Vi,111,1 Roteiro: Eduardo
Coutinho
Fotografia: Fernando Duarte, I dgll Moura Edição: Eduardo Escorei M ú s i c a : Rogério Rossini Elenco: Eduardo Coutinho, Ferrelri Gullar (narração), Tite de
transformado
Lemos
(narração)
• 111 a l g o a i n d a m a i s i n t r i c a d o : a o b u s c a r o p a r a d e i r o d o s p e r s o n a g e n s d e 17 a n o s a n t e s ,
Festival de B e r l i m : prêmio da
1 iiiitinho r e s g a t a v a a própria trajetória d o f i l m e e, e m certa m e d i d a , d e l e p r ó p r i o e da
internacional
evolução de sua
crftlci
estética.
Guiado pelos preceitos éticos do cinema direto, o n d e o suporte básico é a entrevis.1 1 a r a a c a r a , c o m
o diretor aparecendo
n a t e l a , Cabra
marcado
para
tornou
morrer
linho u m a grife, q u e alcançaria grau inédito de popularidade nos a n o s 2 0 0 0 , princii' i l m e n t e c o m EdifícioMaster.
JBi
OS CAÇA-FANTASMAS (1984)
EUA (Black Rhino, Columbia)
(GHOST BUSTERS) l leitos especiais caros e c o m é d i a são m e s c l a d o s c o m inteligência nesta aventura fantalosa e s c r i t a p o r d u a s d a s e s t r e l a s d o f i l m e , H a r o l d R a m i s e D a n A y k r o y d . J u n t o c o m
Bill
Murray, eles f a z e m u m trio d e " e x p e r t s " p a r a n o r m a i s - na v e r d a d e , ex-professores d e iincias preguiçosos e irônicos, expulsos do c a m p u s devido às suas esquisitices - q u e 1 inieçam u m 'iii
negócio de caça-fantasmas em
um
quartel d eb o m b e i r o s
abandonado
Nova York. O m o m e n t o é o p o r t u n o , pois a cidade s u b i t a m e n t e explode e m
ativida-
I d i o m a : inglês Direção: Ivan
Reitman
Produção: Ivan
Reitman
R o t e i r o : D a n A y k r o y d , H a r o l d Ri
M ú s i c a : T o m B a i l e y , E l m e r Bernstein, A l a n n a h C u m e , J o e L e e w a y . Brian O ' N e a l , Kevin O ' N e a l , Ray
ii", da b i b l i o t e c a , t u m u l t u a n d o u m h o t e l c h i q u e e a t é p a s s a n d o a h a b i t a r a g e l a d e i r a d e
Diane Warren
unia Sigourney W e a v e r m u i t o cética.
nado), assim c o m o os co-astros W e a v e r e Rick Moranis ( c o m o o " K e y M a s t e r " )
tenham
i o d o s u m e x c e l e n t e t i m i n g c ô m i c o , é o Dr. P e t e r V e n k m a n d e M u r r a y , c o m s e u
charme
v u l g a r e a u t o c o n f i a n ç a , q u e r o u b a t o d a s a s c e n a s e m O s caça-fantasmas. secontracena
com
efeitos especiais
E este é d e que
incluem u m
g i g a n t e s c o h o m e m d em a r s h m a l l o w e m disparada q u e t e n c i o n a reduzir M a n h a t t a n a pilha
d eescombros
adocicados
1ómleos menos habilidosos. J B
Parkei
h .
E l e n c o : Bill M u r r a y , D a n A y k r o y d ,
E m b o r a H a r o l d R a m i s (o n e r d sério e c i e n t í f i c o d o g r u p o ) e A y k r o y d (o t a p a d o d e s a s -
uma
|
Fotografia: László Kovács
de p a r a n o r m a l , c o m aparições f a n t a s m a g ó r i c a s fazendo baderna, aterrorizando visitan-
lato u mg r a n d e feito q u a n d o
iii/inni
Metrocolor
e que
roubariam
o filme
das
mãos
d e atores
S i g o u r n e y W e a v e r , H a r o l d R a m i s , Rli k Moranis, Annie Potts, William Atherton, Ernie Hudson, David Margulies, Steven Tash, Jennlfei Runyon, Slavitza Jovan, Michael Ensign, Alice D r u m m o n d , Jrml.in Charney I n d i c a ç ã o a o O s c a r : Richard I illuinl John Bruno, Mark Vargo, Chin k C a s p a r (efeitos visuais), Ray (canção)
Parkei II
PASSAGEM PARA A ÍNDIA mm (APASSAGETO ÍNDIA) E m seu último filme, David Lean continua obcecado pot trabalhar c o m os grandes dros e m livago,
p l a n o s a b e r t o s q u e d e f i n i r a m Lawrence
mas
P a s s a g e m para
a
da
A r á b i a , A p o n t e do
(que n ã o foi r o d a d o
índia
em
rio
e
Kwai
Cinemascope)
qua-
Doutor
é mais
cen-
trado e m idéias do que no visual espetacular. A d a p t a n d o de maneira relativamente a h i s t ó r i a d e E. M . F o s t e r s o b r e o c o n f l i t o d e c l a s s e s e c u l t u r a s n a í n d i a c o l o n i a l , o necessariamente perde u m
fiel
filme
p o u c o da força d a s várias p e r s p e c t i v a s s i m u l t â n e a s do livro,
e portanto perde algo da n u a n ç a das várias motivações de seus personagens. Adicionalm e n t e , P a s s a g e m para vaga
histeria
sexual
a índia do
que
às vezes se parece m a i s c o m
com
um
adeus
mordaz
uma
história
ao colonialismo
de mistério
inglês. M a s ,
m ã o s d e L e a n , s e m p r e u m a r t e s ã o b e m - s u c e d i d o , o f i l m e r e s p l a n d e c e e, m e s m o q u e
ele
dependa
d e m a i s de seu colaborador freqüente Alce C u i n e s s (atuando
um
indiano)
para
criar u m
pouco
de
humor
e de James
Fox para
no papel de
evidenciar
os temas
filme, o tespeito de Lean pelo roteiro e seus atores permite a estes transcender o por v e z e s f e t i c h i s t a da A pálida Judy Inglaterra (EMI, HBO, Thorn-EMI)
homogeneizada
IIVÍ m i n . T e c h n i c o l o r Idioma:
havia
Inglês
Direção: David
pedido
Dr. A z i z Lean
"fazer
Produção: John Brabourne,
Rlchard
(inodwln
atiça
como
barulhentos
r o m a n c e d e E. M .
no
nem ocultada figura
de
mente
Elenco: Judy Davis, Victor
da
1'cggy A s h c r o f t , J a m e s Fox, A l e c
um
personagens
Richard Michael
Swlft, A n n e Firbank, Roshan
Clive
Seth,
Hotz
Oscar: Peggy Ashcroft
ingênua
nativos". Conforme
esgotam
o
(atriz
i oadjuvante), Maurice Jarre Indicação ao Oscar: John
(música)
Brabourne,
Rlchard C o o d w i n (melhor filme), David Lean (diretor), David
Lean
(inteiro), J u d y Davis (atriz), J o h n
Box,
I lugh Scaife (direção de arte), Ernest Day (fotografia), Judy
Moorcroft
(ligurino), David Lean
(edição),
ü r a h a m V. H a r t s t o n e , N i c o l a s
Miss o
entusiasmo encontro
j u l g a m e n t o d o Dr. A z i z u m a
(iiiinness, Nlgel Havers,
Pemberton,
Banerjee,
cujo
obsequioso
Quested
calor banal
de
Davis
uma
de
Quested,
ela
se
que
personagem
aversão
torna
não
mais do
e distraído
incessante, a claustrofobia
primai
e os cada
por
macacos vez
nas cavernas cheias de eco de Marabar que
Le
M e s s u r i e r , M i c h a e l A. Carter, J o h n
e colonialismo
d e Forster é m o s t r a d a
reflexão tardia, o d e s d é m do filme pela c o n d e s c e n d ê n c i a
Banerjee,
( ulver, Art M a l l k , S a e e d Jaffrey,
p o r s e u s c o m p a t r i o t a s i n g l e s e s -, e n c o n t r a
Victor
Se a colisão de psicologia
Day
M ú s i c a : J o h n Dalby, M a u r i c e Jarre
Sandra
na os
índia.
mais
resulta
e m Aziz ser a c u s a d o de e s t u p r o .
Forster
Fotografia: Ernest
Wilson, Antonia
na
do
retrato
D a v i s é p a r t i c u l a r m e n t e f o r t e e, e m s u a b u s c a pela índia " r e a l " -
instável, o q u e leva a u m
Roteiro: David Lean, baseado
e
nas
W.
tom
apropriado centrais
e
forte ou provocante c o m o
como
inevitabilidade irônica. Passagem para a í n d i a termina
satisfatoriamente
do
quase
filme
ainda
não
ambivalente aprenderam
que a
sugere
lição. N ã o
que é
uma
alguns
digna para u m a
carreira ilustre.
JKL
ao
com dos
conclusão
poderia (ou deveria) ter sido, m a s ainda a s s i m o filme é
grande realização e u m a conclusão
uma
inglesa termina conferindo
uma
E U A / A l e m a n h a O c i d e n t a l ((Ineithll i
C r o k e n b e r g e r , Z D F ) 8 9 m i n . PítB Idiomas: Inglês/ húngaro Direção: Jim Jarmusch P r o d u ç ã o : Sara
Driver
Roteiro: Jim Jarmusch F o t o g r a f i a : T o m DICillo M ú s i c a : J o h n L u r i e , S c r e a m i n ' J.iv Hawkins E l e n c o : J o h n Lurle, Eszter
Ballnt,
Richard E d s o n , Ceclllia S t a i k ,
Dinny
R o s e n , R a m m e l l z e e , T o m Dl( lllo, Richard Boes, Rockets
Rcdgl.nr,
H a r v e y P e r r , B r i a n J . B u r c h i l l . Sari
ESTRANHOS NO PARAÍSO
Driver, Paul S l o a n e
0984)
Festival de Cannes: Jim Jarmuii h (Camera de Ouro)
(STRANGER THAN PARADISE) D e p o i s d e v á r i o s f i l m e s , o m o d u s opcrandi Seus longas-metragens
revelam
de Jim Jarmusch
agora
parece b e m
claro.
não apenas as maneiras c o m o diferentes culturas
se
l iiizam, se s o b r e p õ e m e interagem n o m u n d o m o d e r n o , m a s t a m b é m c o m o , consldei.indo-se a e r o s ã o d a s f r o n t e i r a s i n t e r n a c i o n a i s , c o m f r e q ü ê n c i a e s s a s d i f e r e n ç a s
dimi-
nuem
tudo,
comparadas
às características
i si r a n h o s n o paraíso intenso cineasta
que todos
temos
e m c o m u m . Apesar
de
é tão bizarro q u a n t o maravilhoso, a estréia impressionante de u m independente.
E m b o r a n ã o t e n h a m u i t o a d i z e r n a c a t e g o r i a d e c n i e d o . Estranhos
no
é tudo
paraíso
m e n o s d e s c u i d a d o . Willie, u m v a g a b u n d o d e N o v a York (protagonizado pelo m ú s i c o
John
i mie), é s u r p r e e n d i d o pela visita de sua p r i m a h ú n g a r a Eva (Eszter Ballnt). A p ó s ficar conl i n a d a n o m i n ú s c u l o a p a r t a m e n t o dele, Eva v a i para C l e v e l a n d visitar s u a tia L o t t e (Ceclllia ark), e m a i s t a r d e , s e m n a d a m e l h o r para fazer, W i l l i e e s e u a m i g o E d d i e ( R i c h a r d
Edson)
v.io atrás dela e m O h l o . O s três s e g u e m para a Flórida, ú l t i m a t e n t a t i v a para r o m p e r o t é d i o . E s t r a n h o s n o paraíso ile q u e "a g r a m a
é c o m o u m a paródia do s o n h o americano, c o m a concepção de Eva
é s e m p r e m a i s verde..." d a q u e l a n a ç ã o s e n d o frustrada pela
Implacável
d e s c o b e r t a d e q u e o s E s t a d o s U n i d o s p o d e m ser u m país t ã o c o m u m e m o n ó t o n o t o m o q u a l q u e r outro. M a s Eva é a única d o g r u p o disposta a fazer q u a l q u e r coisa a respeito d e sua s e n s a ç ã o de opressão. Willie e Eddlc c a r r e g a m c o m eles O h i o , e d e p o i s para a Flórida, a m e s m a s e n s a ç ã o d e m o n o t o n i a , c o m o negros itinerantes, s u g a n d o a vida o n d e quer que c h e g u e m .
para
buracos
Confrontada
com
esse d e s t i n o , Eva n ã o t e m n a d a a fazer a n ã o ser escapar, e m b o r a Willie e Eddie p e r c e b a m q u e ela p o d e t a m b é m ser o único e s c a p e deles. J a r m u s c h dirige a maioria de seus filmes e m espaços claustrofóbicos, m a n lendo a câmera
relativamente
estática
enquanto
capta
as estranhas
banali-
d a d e s d a s c o n v e r s a s . N i n g u é m parece ser a m i g o d e n i n g u é m , m a s , já q u e e s t ã o iodos na m e s m a
situação, fazem o melhor possível de seu
companheirismo.
Nada os m a n t é m e m lugar n e n h u m , da m e s m a maneira c o m o nada os arranca dos arredores simples. O s Estados
Unidos de Jarmusch
parecem
um
grande
purgatório cultural, e m e s m o o mais ambicioso de seus personagens não dá a i m p r e s s ã o d e e s t a r e s p e c i a l m e n t e a n s i o s o p a r a ir e m b o r a .
JKL
/nu
I n g l a t e r r a ( E n i g m a , First Casualty, doldcrest, Intern'l Film Investors,
Warner
B r o s . ) 141 m i n . C o r
Idioma: inglês / francês / khmer
OS GRITOS DO SILENCIO
(.984)
(THE KILLING FIELDS) O filme moralmente honesto d e Roland Joffé descreve as desastrosas conseqüências do
DtreçSo: R o l a n d joffé
e n v o l v i m e n t o dos Estados U n i d o s n a política d o C a m b o j a
1'todução: David
Conta
Roteiro: Bruce
Puttnam
Música:
Mike
resultados, n ã o admitidos
Menges
Oldfield
Paul M c C a r t n e y , C i a c o m o P u c c i n i ,
Francisco T a r r e g a
como
Sydney
Schanberg,
O s g r i t o s d o silêncio
norte-americana
d e bombar-
comunistas.
divide-se, d e maneita
u m pouco estranha, e m duas partes. A
primeira é dedicada à decisão corajosa e talvez temerária d e Schanberg de permanecer n o p a í s m e s m o a p ó s a o c u p a ç ã o d o K h m e r V e r m e l h o . D l t h P r a n ( H a i n g S. N g o r ) , o a s s i s -
E l e n c o : S a m W a t e r s t o n , H a i n g S. Ngor, |Ohn M a l k o v i c h , J u l i a n S a n d s , C r a i g T. N e l s o n , S p a l d i n g C r a y , Bill P a t e r s o n , A1I10I r u g a r d , G r a h a m
Kennedy,
Katherlne K r a p u m C h e y , O l i v e r P i e r p a o l i , Entero Chey, Tom Bird, M o n i r a k
Slsowath, L a m b o o l
durante a Guerra d o Vietnã.
de S a m Waterston
publicamente, d ac a m p a n h a
dear locais suspeitos de serem bases
M ú s i c a n ã o o r i g i n a l : John L e n n o n ,
Edward
excelente
j o r n a l i s t a d o N e w Vork T i m e s q u e f a z i a r e p o r t a g e n s n o p a í s d e s v e n d a n d o o s t e n e b r o s o s
Robinson
lotografia: Chris
com o desempenho
Dtangpaibool
O s c a r : H a i n g S. N g o r (ator Mi.iiljuvante), Chris
negociam
d e Schanberg, ajuda
o pequeno grupo de jornalistas ocidentais que
u m a série d e encontros angustiantes c o m o svencedores, m a s ,a despeito
das t e n t a t i v a s d e fazê-lo passar por u m c i d a d ã o n o r t e - a m e r i c a n o , Dith Pran é deixado para trás q u a n d o eles p a r t e m . N a s e g u n d a parte d o filme, Pran torna-se o protagonista. C o m m u i t a p e r s p i c á c i a e b r a v u r a , s u p o r t a a p r i s ã o i m p l a c á v e l e s e livra d a m o r t e , e s c a p a n d o attavés d o s c a m p o s d e arroz, cheios d e corpos d e c o m p a t r i o t a s , " o s c a m p o s da m o r t e " d o título original, a t e q u e é trazido a N o v a York, o n d e s e reencontra c o m S c h a n b e r g .
Menges
E m b o r a o f i l m e e f e t i v a m e n t e e v o q u e a a t m o s f e r a d e terror, c o n f u s ã o e t r a n s t o r n o q u e
(fotografía), J i m Clark (edição) Indicação ao Oscar: David
tente cambojano
Puttnam
(melhor filme), Roland Joffé (diretor),
a guerra traz, n ã o enfatiza a política internacional, m a so s d a n o s c a u s a d o s à dignidade humana
pela violência i m p e s s o a l . B P
r.i in e R o b i n s o n ( r o t e i r o ) , S a m W.Uorston
(ator)
Brasil ( E m b r a f i l m e , Luiz Carlos Produções Cinematográficas,
Barreto Regina
I I h n e s ) 187 m i n . C o r Idioma:
português
Roteiro: N e l s o n Pereira d o s S a n t o s , b a s e a d o n o livro h o m ô n i m o d e
l í t i c o d o E s t a d o N o v o , 17 a n o s a n t e s . D o e n t e , o a u t o r n ã o c h e g o u a t e r m i n a r o l i v r o , o que torna mais palpável a dor e a amargura q u e p e r m e i a m a narrativa, impregnada d e relatos d e m a u s - t r a t o s e d e g r a d a ç ã o física e psicológica. Dez
Ramos
lotografia: José Medeiros, Antonio
anos
depois,
e m 1963, o c i n e a s t a
Nelson
Peteira
dos Santos
a d a p t a ç ã o d e u m d o s l i v r o s m a i s a c l a m a d o s d e G r a c i l i a n o , Vidas
secas,
lançaria s u a q u e viria a ser
reconhecido c o m o precursor d o Cinema Novo e q u eé até hoje seufilme mais
Luiz S o a r e s I dição: Carlos Alberto
E m 1953, m e s e s d e p o i s d a m o r t e d o e s c r i t o r G r a c i l i a n o R a m o s , f o i p u b l i c a d o o p r i m e i r o v o l u m e d e M e m ó r i a s do cárcere, s e u c o m o v e n t e relato d o s m e s e s c o m o prisioneiro p o -
D i r e ç ã o : N e l s o n Pereira d o s S a n t o s
Graciliano
MEMORIAS DO CÁRCERE (vm)
Camuytano
aclamado.
V i n t e a n o s m a i s t a r d e , e m 1983, N e l s o n i n i c i o u a s f i l m a g e n s d e s t e a m b i c i o s o
tetor-
I lenço: Carlos Vereza, Glória Pires,
no à obra d o escritor alagoano, u m a a d a p t a ç ã o d e três horas d e duração d e Memórias
Mi Mu P a r e n t e , J o s é D u m o n t ,
do cárcere.
Wilson
Crey f e s t i v a l d e C a n n e s : p r ê m i o da crítica Internacional
Estrelado porCarlos Vereza, o filme d o c u m e n t a a vida d o escritor c o m o professor e m Alagoas, sua ascensão ao cargo d e Diretor d e Instrução d o Estado, o e n v o l v i m e n t o c o m a Aliança Nacional Libertadota e a prisão. R o d a d o e m o r d e m cronológica, para q u e Vereza p u d e s s e p e r d e r 11 q u i l o s - e x p o n d o a d e c a d ê n c i a f í s i c a d o e s c r i t o r n a p r i s ã o --, f o i u m d o s filmes
brasileiros
mais
celebrados
da década
d e80, ganhador
d o prêmio
d a crítica
intetnacional n o Festival d e C a n n e s . Infelizmente, a t é hoje n ã o foi lançado e m DVD. J B i
/IO
0 CLUBE DOS CINCO ra>
E U A ( A & M , U n i v e r s a l ) 9 2 m i n.
(THE BREAKFAST CLUB)
Technicolor Idioma:
II"'. a n o s 60, f i l m e s d e a d o l e s c e n t e s t i n h a m Frankle A v a l o n , A n n e t t e Funlcello, de
montes
nela (nada d e sexo) e m ú s i c a agitada, e n q u a n t o n o sa n o s 70 ser a d o l e s c e n t e essen-
11.límente s i g n i f i c a v a s e t t r u c i d a d o e m s u a c a m a
e m varios f i l m e s d e horror. M a s , e m
i')H4, o d i r e t o r e r o t e i r i s t a J o h n H u g h e s r e v o l u c i o n o u o g é n e r o c o m G a t i n h a s e g a t õ e s , a que
deu seqüência,
n o a n o s e g u i n t e , c o m O clube
d o s cinco,
u m filme
cujo
grande
1 redito f o i o d e f i n a l m e n t e m o s t r a r a d o l e s c e n t e s c o m o r e a l m e n t e f a l a m e p e n s a m .
" l i l e s , d o q u e O clube dos cinco, q u e n ã o s ó fez d e H u g h e s u m n o m e a s e a c o m p a n h a r
mente bem-sucedido
E s q u e c e r a m d e mim
a vida
(1986) e o i m e n s a -
adoidado
(1990) - c o m o t a m b é m
reuniu u m talentoso
grupo d e j o v e n s atores (assim c o m o fez, dois a n o s antes, o f i l m e Vidas s e m rumo, d e 1 i.nicis C o p p o l a ) q u e foi a p e l i d a d o pela m í d i a d e " B a n d o d e M o l e q u e s " . Cinco adolescentes b e mdiferentes sãosuspensos e t ê m q u ecumprir detenção e m ter-
m i n a m criando laços entre s i .T e m o s o atleta da escola (Emilio Estevez), a esquisitona (Ally S h e e d y ) , a princesa
pomposa
(Molly
Ringwald,
nlolescente e m u s a de H u g h e s desde q u eestrelou Gatinhas e gatões), o nerd Michael Hall) e o rebelde (Judd Nelson), t o dos t e n t a n d o
se manter
entretidos
sob o
Olhar a t e n t o d o c o m p l e x a d o professor
Ver-
non (Paul Gleason). Este f i l m e , q u e aposta de
tiradas
inteligentes
e m u m roteiro
mais
do q u e e m
ação, funciona e m grande parte por conta das
caracterizações
que verdades
do elenco
são reveladas,
los s ã o vetbalizados
e cada
à
medida
ressentimenu m t e m sua
vez d e brilhar. E m b o r a c o p i a d o e m f i l m e s e loriados
de televisão, talvez tenha
filme adolescente nming
definitivo, seja
sido
o
por seu
perfeito, pelos d e s e m p e n h o s
afia-
dos o u pela trilha sonora d o s a n o s 80, d i g na d e u m a c á p s u l a d o t e m p o , q u e i n c l u i o 1lássico " D o n ' t
Y o u Forget A b o u t
Me", do
'.imple M i n d s , c o m p o s t o para o filme. J B
Michelle
H u g h e s , N r d l.uiui.
Manning
Roteiro: John
Hughes
Fotografia: Thomas Del Ruth
Keith
Forsey
Elenco: Emilio Estevez, Paul A n t h o n y M i c h a e l Hall, J o h n
Cleiion Kapeli IS,
J u d d N e l s o n , M o l l y R i n g w a l d , A11 v Sheedy, Perry Crawford, M a r y Christian, Ron Dean, Tim
Gamble, P W 1 Hughei
Gargano, Mercedes Hall, John
um s á b a d o p o r v a r i a d a s r a z õ e s . A p e s a r d e s u a s d i f e r e n ç a s q u a n d o o d i a c o m e ç a ,
' m u excesso de delineador
Hughes
Produção:John
M ú s i c a : G a r y C h a n g , W a n g ( hnnr
N e n h u m o u t r o f i l m e r e s u m i u m e l h o r o período, o u se t o r n o u m a i s cult para adoles-
p e r t o - e m s e g u i d a e l e f e z o e x c e l e n t e Curtindo
inglês
Direção: John
ídolo
(Anthony
l a p ã o / França (Greenwich, Herald A i i', N i p p o n H e r a l d ) 160 m i n . C o r Idioma: japonês D i r e ç ã o : Akira
Kurosawa
estava
fazendo
75 a n o s
quando
Ran
foi realizado.
É
importante
c o m p r e e n d e r a sabedoria e o t a l e n t o artístico q u e ele a c u m u l o u d u r a n t e t o d o s
Kurosawa
Trodução: M a s a t o Hara, Serge
Silberman Roteiro: M a s a t o I d e , A k i r a
Kurosawa,
H i d e o ü g u n i , d a p e ç a Rei Lear. William
RAN (1985) Akira
de
esses
a n o s e q u e c o n t r i b u í r a m para a criação deste filme, p r o v a v e l m e n t e u m dos m e l h o r e s de t o d o s o s t e m p o s . D o s 1.001 f i l m e s q u e v o c ê p t e c i s a v e r a n t e s d e m o r r e r , R a n e s t á , c o m c e r t e z a , e n t r e o s 10 p r i m e i r o s . S e u d i r e t o r o c o n s i d e r a " u m a s é r i e d e e v e n t o s
humanos
vistos do Céu". K u r o s a w a é u m mestre e m técnicas de f i l m a g e m e as s e q ü ê n c i a s de batalha de Ran
Shakespeare
I litografia: Asakazu Nakai, Takao
c o n t i n u a m s e m paralelo. São c o m o u m
balé cinematográfico, violento e sangrento, e
'.alto, M a s a h a r u
ainda
A história
Ueda
assim
cheias
de imensa
beleza.
é uma
adaptação
d o R e i Lear
de
Musica: tôru Takemitsu
S h a k e s p e a r e , unida a u m a a n t i g a lenda j a p o n e s a sobre três flechas. Essa
1 II-IM o: t a t s u y a N a k a d a i , Akira Terão,
c l a r a m e n t e leva a tragédia d o B a r d o para u m n o v o território. As f i l h a s de Lear s ã o agora
llnpai l i i N e z u , D a i s u k e R y u , M i e k o
h o m e n s e a ênfase volta-se para a v i n g a n ç a e m vez da catarse.
11.11.ida, Y o s h i k o M i y a z a k i , T a k a s h i Nomura, H i s a s h l I g a w a , P e t e r , Mliayukl Y u i , K a z u o K a t o , N o r i o M a 1 '.1 i i , l o s h i y a I t o , K e n j i
rikashl
Kodama,
Watanabe, Shinnousuke
Ikrhata i'-.'
at: I m i W a d a
d odesempenho
dos atotes vai d ebrilhante a algo
próximo
d a pura
perfeição. S e m dúvida o destaque é Mieko Harada, c o m o Lady Kaede, u m a das noras de L o r d e H i d e t o t a ( T a t s u y a N a k a d a i ) . A c e n a e m q u e ela f o g e p e l o p a l á c i o , a seda d e sua túnica farfalhando no áudio, é inesquecível. Nakadai, c o m o Lorde Hidetota,
demonstra
u m feroz desprezo q u e s e dissolve c m desespero. O b u f ã o d e Lear é t r a n s f o r m a d o n o (figurino)
Indicação ao Oscar: Akira
Kurosawa
[diretor), Y o s h i r ô M u r a k i , S h i n o b u M i i i a k i (tlireção d e arte), Takao Saitô, Masaharu U e d a , A s a k a z u (lotogiafia)
A gradação
modificação
Nakai
bobo
d a corte
Ikehata, u m
Kyoami,
maravilhosamente
interpretado
e x í m i o ator d eteatro N ô . A m a q u i a g e m
pelo
e muito
travesti
Shinnosuke
da história d eRan
são
inspiradas na tradição e no d r a m a d o teatro Nó. A trilha m i n i m a l i s t a de Tôru T a k e m i t s u faz u m a d m i r á v e l uso da flauta de japonesa
o sakuhachi
bambu
- e da p e r c u s s ã o para ressaltar o é p i c o . A ê n f a s e recai s o b r e o
silêncio d u r a n t e a sc e n a s d e b a t a l h a , u m a
tática multo
m a i s eficaz d oq u e t o d o s o s
c a n h õ e s t o n i t t u a n t e s já u s a d o s n a s t e n t a t i v a s d e r e p r o d u z i r a g u e r r a n a s t e l a s . Ran
expõe a sabedoria
d et o d a
uma
vida
e m"prosaicas" d u a s
horas e quarenta
m i n u t o s , d u r a n t e as quais o t e m p o s i m p l e s m e n t e pára. C o m o u m d o s p e r s o n a g e n s filme diz: " O h o m e m nasce c h o r a n d o ; q u a n d o morre, basta, ele morre."
DDV
do
VAE VEJA
União Soviética (Belarusfilm, M O S f l l m , S o v e x p o r t f i l m ) 142 m i n . C o r Idioma:
russo
Direção: Elem
Roteiro:
(IDII SMOTRI) D u r a n t e a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , u m m e n i n o (Aleksei K r a v c h e n c k o ) da
Klimov
deixa
Ales A d a m o v i c h , Elem
Klimov fotografia: Aleksei
seu
o: A l e k s e i K r a v c h e n k o , O l g a
Mironova, Llubomiras Lauclavicius, vi,idas Bagdonas, Juris Lumiste, mI t o r I o r e n t s , K a z l m i r
zona
rural
próxima
Rabetsky, Berda,
1. V e i t s , V. V a s i l y e v , I g o r C n e v a s h o v ,
unidade e tem
fronteira
de v o l t a r para c a s a , só para
Nenhum
outro filme de guerra
polonesa
para
Bielo-Rússla
se j u n t a r
aos
descobrir q u e t o d o o vilarejo
foi
fazenda.
piorar. Klimov, e m
seu
terror i m p l a c á v e l . N ã o há e n r e d o , a p e n a s a a p a v o r a n t e j o r n a d a d o herói, à m e d i d a
que
se c o m p a r a
a V á e veja,
de
Elem
o m e n i n o atravessa os c a m p o s e descobre cenários horríveis, u m após outro. Não
há
feitos heróicos, sacrifícios, discursos patrióticos c o m o v e n t e s exortando o povo a lutar contra o inimigo. Há a p e n a s m o r t e e brutalidade e aleatorledade e vitimados, onde a sobrevivência é definitivamente arbitrária, talvez u m a cruel piada cósmica. A
V.islli D o m r a c h y o v , C . Y e l k i n ,
reside na convicção e controle que
Yo.
espectador.
Kryzhanovsky
da
Perdido, s o z i n h o e surdo, as coisas só p o d e m
Wagner
Yi'vgcnl Tllicheyev, A l e k s a n d r
na
massacrado, c o m os corpos empilhados aleatoriamente nos fundos de u m a
Musica n ã o o r i g i n a l : W o l f g a n g A m a d e u s Mozart, Richard
vilarejo
p a r t i s a n s , m o v i m e n t o c l a n d e s t i n o q u e lutava contra os Invasores nazistas. Ele se perde de sua
Rodionov
Musica: Oleg Yanchenko
1 Ilm
(1985)
Há
estranhamente q u a n d o um um
quadros
Klimov
surrealistas
familiares. Há
que
eclosões
resposta
exerce s o b r e o f i l m e e, p o r t a n t o , sobre
o
são
e
ao
mesmo
de esttanheza
tempo
desconhecidos
visual d e tirar o fôlego,
combatente partlsan, usando lama, gravetos e o uniforme descartado
nazista, constrói u m
totem
para
um
enfoca
vaca que
se d e s d o b r a m o
ponto
de
uma com
vista
do
dupla
de partisans disputava
a lógica menino
de u m c
sonho. Há
todos
os
sons
senão
para servir de c o m i d a .
momentos
nos quais o
desintegram-se
e
iluminado
pelo fogo inimigo, deixando o j o v e m herói s e m outra alternativa para se abrigar atrás de u m a
de
grupo de viúvas e mães enlutadas atacar
destruir, e m u m ato primitivo de violência e catarse; ou q u a n d o o c a m p o é
eventos
como
em
Os
filme
um
eco
m o n ó t o n o , oco, d u p l i c a n d o sua surdez depois q u e m o r t e i r o s e x p l o d e m ao seu redor. A m a i o r i a d o s f i l m e s d e c o m b a t e a l e g a ser a n t l g t i c r r a , m a s t a m b é m tira p r o v e i t o
do
i m p e t u o s o e hábil h e r o í s m o d e p e r s o n a g e n s principais d e t e r m i n a d o s e c o n f i a n t e s . Vá e veja
714
n ã o proporciona esse alívio o u conforto. M o s t r a que, na guerra, há a p e n a s v í t i m a s .
AT
A HISTORIA OFICIAL (igss)
Argentina (Hist. Cinemat., C o m m . ) 112 m i n .
(LA HISTORIA OFICIAL)
Idioma:
Após o g o l p e m i l i t a r n a A r g e n t i n a e m 1 9 7 6 , a s f o r ç a s d o E s t a d o e n v o l v e r a m - s e n a I li.nnada "guerra
suja" contra
a oposição
assim
civil. D u r a n t e a q u e l e periodo, m i l h a r e s d e
pessoas d e s a p a r e c e r a m nas m ã o s das forças a r m a d a s e d e paramllltates (as e s t i m a t i v a s variam de 9.000 a 30.000 mortos).
Muitos dos filhos dessas pessoas foram
p a r a a d o ç ã o , s e m o c o n s e n t i m e n t o d e s e u s p a r e n t e s . A história
entregues
dramatiza
oficiai
esses
I * 111 t e c i m e n t o s a t r a v é s d a h i s t ó r i a d e A l i c i a ( N o r m a A l e a n d r o ) , u m a p r o f e s s o r a I
pollti-
1 a m e n t é conservadora, que leciona História e m u m a escola secundária e prefere igno1.11 o s p r e m e n t e s c o n f l i t o s s o c i a i s e m s u a v e t s ã o d o p a s s a d o d a A r g e n t i n a . C o n t u d o , e l a 1m u e c a a s u s p e i t a i q u e sua filha adotiva de 5 a n o s possa ser de pais liiina-se e v i d e n t e q u e seu m a r i d o
"desaparecidos",
R o b e r t o (Hector Alterio), u mh o m e m
d e negócios
F i l m a d o e m 1985, l o g o a p ó s a q u e d a d o r e g i m e m i l i t a n o f i l m e d e L u i s P u e n z o é u r n a i m i t a t i v a c o r a j o s a d e e n f r e n t a r a v e r d a d e i n c ô m o d a . A história e bastante
angústia
melodramático
social, contudo,
n o final, q u a n d o
é verdadeira.
Foram
oficialé
o marido
suas
convencional
d e Alicia
credenciais
no
a espanca. A
políticas
espanhol
Direção: Luis Puenzo Produção: Marcelo
Pineyro
R o t e i r o : Aída Bortník, Luis P u e n z o F o t o g r a f i a : Félix M ú s i c a : Atílio
Monti
Stampone
Elenco: Héctor Alterio, N o r m a Aleandro, C h u n c h u n a Villafani', 1 lugo A r a n a , G u i l l e r m o B a t t a g l i a , 1 h e l a Rut Oscar: Argentina (melhor filme estrangeiro) I n d i c a ç ã o a o O s c a r : L u i s P u e n z o , Alil 1
b e m - s u c e d i d o , c o n h e c e t o d a a h i s t ó r i a e, e m c e r t o m o m e n t o , A l i c i a o c o n f r o n t a .
'"tilo
Progress
Eastmancoloi
e não a s
Bortník
(roteiro)
Festival de B e r l i m : Luis P u e n / o (Prémio Otto
Dibelius)
F e s t i v a l d e C a n n e s : L u i s Puenzo(| do júri e c u m ê n i c o ) , N o r m a A l e . n n l i "
artísticas q u e levaram a A c a d e m i a de C i n e m a norte-americana a conceder-lhe o Oscar
( a t r i z ) , e m p a t a d a c o m C h e r . e m Mie./..
de M e l h o r Filme Estrangeiro. E B
L u i s P u e n z o , i n d i c a ç ã o ( P a l m a de 11
ENTRE DOIS AMORES (1985)
E U A 162 m i n .
(OUTOF AFRICA)
I d i o m a : inglês
Paisagens extraordinárias q u a s e r o u b a m a cena deste v e n c e d o r do O s c a r de M e l h o r Filme g r a v a d o e m l o c a ç ã o n o Q u ê n i a . " Q u a s e " é a p a l a v r a d e o r d e m , n o e n t a n t o , 1 história
incomum
táculo a b s u r d a m e n t e Cada fotograma
d ea m o r entre Meryl Stteep e Robert
porque
Redford s e iguala a o espe-
belo. é uma
maravilha; cada seqüência, u m a pérola. Produzido c o m o a
i i . i d u ç ã o p a r a o c i n e m a d e u m a a u t o b i o g r a f í a , E n t r e d o / s amores
t a m b é m se esquiva d e
.11 u s a ç õ e s d e r a c i s m o c o m a f i d e l i d a d e à s s u a s f o n t e s . E m m a i s u m a d e m o n s t r a ç ã o d e orno u m a t é c n i c a d e n a r r a t i v a d e p r i m e i r o m u n d o p o d e s e s o b r e p o r a t o d o o r e s t o busca de lucro e arte, o épico de Sydney Pollack t o m a a forma de u m r o m a n c e nado a u m diário de v i a g e m c o m u m a produção Quando a senhora dinamarquesa
uma
fazenda
em
combi-
Karen Blixen (Meryl Streep) é forçada
n oQ u ê n i a . Afligido pelo i m p u l s o
a se casar permite
de viajar, ele a negli-
gencia; e n t ã o ela busca a c o m p a n h i a d o a v e n t u r e i r o D e n y s H a t t o n (Robert Redford). A Pl i m e i r a G u e r r a M u n d i a l e o u t t a s c o m p l i c a ç õ e s p e s s o a i s i n t e r r o m p e m
o caso, mas o s
a m a n t e s c o n t i n u a m a p a i x o n a d o s . N o f i m , as a t i v i d a d e s de Bror d i l a p i d a m a riqueza d e K a r e n e ela é f o r ç a d a a e n t e r r a r D e n y s a p ó s u m t r á g i c o a c i d e n t e . O s p o n t o s altos i n c l u e m u m safari de biplano, i m a g e n s da vida s e l v a g e m e a trilha s o n o r a e m p o l g a n t e d e J o h n B a r r y . CC-0
Direção: Sydney
Pollack
Produção: Sydney
Pollack
Roteiro: Kurt Luedtke, baseail m e m ó r i a s de Isak
Dinesen
Fotografia: David
Watkln
Música: John
Barry
Música não original: Wolfang Amadeus
Mozart
E l e n c o : M e r y l Streep, Robeit Heillonl, K l a u s M a r i a B r a n d a u e r , M i c h a e l Kitt h e n , Joseph Thiaka, Stephen Kinyanjul, M n h l i l
exemplar.
por c o n v e n i ê n c i a c o m o B a r ã o Bror Finecke (Klatis Maria B r a n d a u e r ) , o d o t e dela q u e ele c o m p r e
1
G o u g h , S u z a n n a H a m i l t o n , Rat hei Kemj O s c a r : S y d n e y Pollack (melhoi
filme),
S y d n e y Pollack (diretor), Kurt t
uedtkl
( r o t e i r o ) , S t e p h e n B. G r i m e s ,
joile
M a c A v i n (direção de arte), David Watkin (fotografia),John
Bauy
( m ú s i c a ) , C h r i s J e n k i n s , G a r y AleXBndt Larry Stensvold, Peter Handlmcl 1 I n d i c a ç ã o a o O s c a r : M e r y l st
1
p(atrtl)
K l a u s M a r i a B r a n d a u e r (atoi c o a d j u v a n t e ) M i l e n a C a n o n e r o ( f i g u r i n o ) , l-iedm S t e i n k a m p , W i l l i a m S t e i n k a m p , I'
brokl
J . Herring, S h e l d o n K a h n (edição)
/i
A ROSA PURPURA DO CAIRO (vm) (THE PURPLE ROSE OF CAIRO)
Esta c o m é d i a nostálgica escapa à fórmula usual de W o o d y Allen sobre apatetados
tendo
problemas
de
relacionamento".
Tanto
o
diretor
"nova-iorquinos quanto
os
seus
f a m o s o s m o n ó l o g o s neuróticos estão ausentes dessa vez, m a s os fãs não precisam preocupar, porque as frases hilárias e os p e r s o n a g e n s esquisitos c o n t i n u a m
se
presentes.
A c i m a d e t u d o , o f i l m e fala s o b r e o a m o r , t a l v e z o m a i o r d e t o d o s o s a m o r e s d e A l l e n : o a m o r pelo Um i u n (Jack Rollins & Charles i Irion) 84 m i n . Direção: W o o d y
marido grosseiro e desempregado. S o m e n t e
Greenhut
a j o v e m , que é aterrorizada
assistindo aos heróis corajosos e
cíveis da tela é q u e ela p o d e resistir a o p e s a d e l o diário q u e c a sua
Allen
I litografia: Gordon M ú s i c a : Dick
(Mia Farrow), u m a garçonete pobtc que, durante a Depressão, passa u m b o m t e m p o cinema. "Eu esqueço de m i n h a s tristezas", confessa
Allen
Produção: Robert Roteiro: W o o d y
H.Joffe,
P&B/Cor
cinema.
t r i b u t o a o s p o d e r e s m á g i c o s da tela, A rosa púrpura c o n t a a história de Cecilia
P e l o f i l m e c l á s s i c o d e P r e s t o n S t u r g e , SullivaiYs
Willis
Inven-
vida.
(1941), s a b e m o s
Traveis
um
pouco
sobre o q u a n t o os a m e r i c a n o s precisavam do o t i m i s m o trazido pelo c i n e m a durante os
Hyman
i lenco: Mia Farrow, Jeff Daniels,
a n o s da
D a n n y Aiello, Irving M e t z m a n ,
r o s a púrpura
Stephanie Farrow, David K i e s e r m a n ,
p r o t e s t o s d o resto da platéia, q u e p e d e s e u d i n h e i r o de volta. E m u m esforço para
11.line G r o l l m a n , V i c t o r i a Z u s s i n ,
u m fiasco financeiro, os produtotes de H o l l y w o o d e n v i a m o atot q u e faz o herói
Mark I l a m m o n d , W a d e
Barnes,
Joseph G. G r a h a m , Don
Qulgley,
Maurice Brenner, Paul H e r m a n , Rh f
Petrucelli
Indicação ao Oscar: W o o d y
Allen
(roteiro) I estival de Cannes: W o o d y (Premio
FIPRESCI)
no
pelo
Depressão. Enquanto
seduzi-la.
do
Embora
Cecilia assiste, pela oitava
vez, a u m filme c h a m a d o
o
personagem
fictício
seja
gentil
e
romântico,
o
astro
evitar
a diferença entre o h o m e m
para
que
representa é cínico e arrogante. A s s u m i n d o a m b o s os papéis, Daniels sugere c o m
metamorfose
A
o c h a r m o s o herói (Jeff D a n i e l s ) sal da tela a o s e u e n c o n t t o , s o b os
Cairo,
ideal e o real. E n c a n t a d a c o m a m b o s , Cecilia v i v e n d a
impressionante
de
Cinderela
em
uma
bela
e x c e l e n t e d e F a r r o w n o s faz a c r e d i t a r na t r a n s f o r m a ç ã o
princesa, e o
o
ironia uma
desempenho
miraculosa.
O filme é u m a m e d i t a ç ã o sobre a ilusão e seu final n ã o é cínico, c o m o o de outro fil-
Allen me
mais
recente
de
Allen,
Desconstruindo
(1997). A f i c ç ã o
Harry
pode
salvar
nossas
v i d a s , a f i r m a Allen c o n v i n c e n t e m e n t e c o m A rosa púrpura. D e n t r e as falas há o c o m e n tário i n e s q u e c í v e l de Cecilia: " E u e n c o n t r e i u m h o m e m m a r a v i l h o s o . Ele é f r u t o da
mi-
nha i m a g i n a ç ã o , mas... e daí? N ã o se p o d e ter t u d o " , n o s l e m b r a n d o a f a m o s a fala final de
Quanto
guém
é
mais perfeito"
quente - e
melhor
(1959)
intensificando
c r e n ç a q u e p o s s a m o s ter n o s p o d e r e s do cinema.
•m
DD
"Ninqualquer mágicos
DE VOLTA PARA O FUTURO (isss)
E U A ( A m b l l n , U n i v e r s a l ) 116 m i n
(BACKTO THE FUTURE)
Technicolor Idioma:
M l i li,iel J . F o x , e n t ã o j á u m q u e r i d i n h o d a t e l e v i s ã o a m e r i c a n a
c o mo seriado
Fomily
Inglês
Direção: Robert
Zemeckls
• tornou u m astro de c i n e m a c o m t o d a s as letras graças a este híbrido d e c o m é d i a
P r o d u ç ã o : N e i l C a n t o n , B o b Gale
l u r a s o b r e u m a v i a g e m n o t e m p o . F o x e s t r e l a c o m o M a r t y M c F l y , u m r a p a z d e 17
Roteiro: Robert Zemeckis, B o h Gill
• exasperado c o ms e u p a i b o b a l h ã o (Crispin Glover) q u epassa a m a i o r parte d o s e u l i m p o c o mo excêntrico inventor E m m e t t B r o w n (Christopher Lloyd). A invenção 11' e n t e d o D r . B r o w n é u m a m á q u i n a
mais
para viajar n o t e m p o , s o b a f o r m a d eu m carro
1 lei o r e a n , e l o g o M a r t y s e d e s c o b r e c o r r e n d o n o t e m p o e m d i r e ç ã o a 1955, q u a n d o
seus
pils ainda n ã ot i n h a m se c o n h e c i d o n e mm u i t o m e n o s Iniciado o n a m o r o q u elevaria à •••r.iêncla d o p r ó p r i o
Marty.
Música: Alan
Cundey
Silvestri
E l e n c o : M i c h a e l J. F o x . C h r i s l o p h r i L l o y d , Lea T h o m p s o n , Crispin
ágil
ih
Kobert Z e m e c k l s e u m belo e divertido roteiro, n o qual M a r t y - c o ma ajuda d e u m
1H
Brown m u l t o m a i s j o v e m - tenta voltar a o presente s e m m u d a r o passado e fazer
uni estrago n o futuro (não é t ã o simples c o m o parece q u a n d o sua inocente futura m ã e p o r você). Fox está perfeito n o papel d oa d o l e s c e n t e q u e t e n t a
pais p a r a q u e u m d i a e l e p o s s a
nascer; Lloyd, a d e q u a d a m e n t e
maluco; e Glover e Lea T h o m p s o n
bobo como
(como a m ã ede Marty) se divertem
unir
seus
o cientista
representando
leus personagens c o m o pais de meia-idade e c o m o jovens. U m a comédia de aventura
McClure, W e n d l e Jo Sperber.
UM TEMPO PARA VIVER, UM TEMPO PARA MORRER <1985)
B i l l y Z a n e , H a r r y W a t e r s Jr. O s c a r : C h a r l e s L. C a m p b e l l , Robe 1 R Rutledge (efeitos sonoros) Indicação a o Oscar: Robcrl /rim I 1 B o b Gale (roteiro), Chris H a y e s , J o h n n y Colla, H u e y Lewis ( c a n ç l o ) . B i l l V a r n e y , B . T e n n y s o n S e b a s l Ian,
T a i w a n ( C e n t r a l ) 138 m i n . C 0 1 idioma:
mandarim
(TONG NIEN WANG SHI)
i i l w a n , 1950: a v i d a d o j o v e m A h X l a o é a p a r e n t e m e n t e u m a s u c e s s ã o d e s c o m p l l c a d a e
Hou
Roteiro: Chu T'lenwen. Hsiao
infinita d e j o g o s d e b o l i n h a s d e g u d e , correr atrás d o sc o m p a n h e i r o s e ouvir o s planos
experiência
à China
c o m a morte,
a vida
continental. Contudo, após a primeira se apaga
e o menino
se torna
e chocante
u m adolescente
Fotografia: Lee Pin Bing
E l e n c o : M e i - F e n g , T a n g Y u Y u e n , I h ai Feng, X i nShufen, Yiu
valor entre a s g a n g u e s d e rua.
Festival d e Berlim: Hsiao
E m muitos aspectos, o filme autobiográfico d e Hslao-hslen H o u sobre a passagem da adolescência para a m a i o r i d a d e assinalou u m progresso singular e m relação a D o n g d o n g de iiaqü,
d e 1984. E s t e f i l m e a b r i u o c a m i n h o
para a e s t r u t u r a natrativa
mais
complexa
(1989), c o m o d e s d o b r a m e n t o
das
tristezas
I C Hn
Música: W u Chuchu
embrutecido, aprisionado entre as obrigações familiares e a necessidade d e provar seu
d e A cidade
|amtl
T o l k a n , J . J. C o h e n , C a s e y S l e m a s 11
Direção: Hsiao-hsien H o u
retornar
Georgi
R o b e r t T h i r l w e l l , W i l l i a m B. K a p l a n
que nãot e mépoca. J B
le s u a a v ó p a r a
GlOVir,
T h o m a s F. W i l s o n , C l a u d i a W e l l ' , . M a n
DiCenzo, Frances Lee M c C a i n .
U m a premissa e x t r e m a m e n t e inteligente ganha ainda mais vida c o ma diteção
• apaixona
Fotografia: Dean
Ann-Shuln hslen I Inn
( P r ê m i o FIPRESCI - f ó r u m d o iinvn cinema)
consideravelmente d oestudo d e
p e r s o n a l i d a d e d e u m i n d i v í d u o , para explorar a d i n â m i c a d a s o c i e d a d e d e T a i w a n e m u m m o m e n t o específico n o t e m p o . O q u e caracteriza a primeira fase da vida d e A h X i a o é u m a c o m u n i d a d e insegura q u a n t o a s u a própria identidade e o seu futuro d e s d e a separação da China continental, c o m e m o ç õ e s potencialmente conflitantes que levam o u à delinqüência c a o c r i m e o u , n o caso d e H o u , a u m am a t u r i d a d e gratificante. A direção d e U m t e m p o para v i v e r , u m tempo
para
morrer
é sutil, ponderada e b e m cuidada, n o estilo d e O z u , o q u e torna
m a i s forte a intensidade d a s e m o ç õ e s q u a n d o elas afinal c o n s e g u e m explodir na tela. O l i l m e é u m t r a b a l h o d e e x t r a o r d i n á r i a m a t u r i d a d e , c o n v i c ç ã o e c l a r e z a . GA
/I/
Inglaterra (Embassy,
BRASIL, 0 FILME
Universal)
Idioma:
inglés
A famosa
D i r e ç ã o : Terry G i l l i a m Produção: Amon
Milchan
às t e n t a t i v a s
Música: Michael
qualquer
Pratt
Niro, Katherine H e l m o n d , Ian
De Holm,
Hob H o s k i n s , M i c h a e l Palin, Ian Richardson, Peter V a u g h a n ,
(liarles M c K e o w n , Derrick
Hicks,
O'Connor,
Pringle
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : Terry G i l l i a m , Stoppard, Charles
McKeown
(roteiro), N o r m a n G a r w o o d , i .1 , i v ( d i r e ç ã o d e a r t e )
em
distribuir
uma
versão
drasticamente
truncada
e
status que
possa
manter
como
causa
quase
política, ele t e m
seus
de Mlchael
Radford baseado
posicionado
"em
algum
no romance h o m ô n i m o ,
momento
do
século
afinal de
méritos
1 9 8 4 , d e G e o r g e O r w e l l , Brasil
XX", com
um
Estado
Maggie
é
imaginátio,
plausivelmente opressivo, c o m b i n a n d o as piores características da burocracia
Kim
Greist, J i m Broadbent, Barbara
i
estúdio
resistiu
p r ó p r i o s , a s s i m c o m o s u a s i n a d e q u a ç õ e s . F i l m a d o e m 1984, e e m p a r a l e l o c o m o f i l m e
Kamen
Elenco: Jonathan Pryce, Robert
i athryn Pogson, Bryan
do
e a
o filme,
a c a b o u p r e v a l e c e n d o ao liberar s e u f i l m e provocador nos E U A . I n d e p e n d e n t e m e n t e
Stoppard
Fotografia: Roger
h i s t ó r i a d o s r e s s e n t i m e n t o s e n t r e T e r r y G i l l i a m , c r i a d o r d e Brasil,
distribuidora Universal só t e n d e a d i m i n u i t o interesse por este f i l m e . O diretor
lloteiro: Terry G i l l i a m , Charles McKcown, Tom
(1985)
(BRAZIL)
i |l m i n . T e c h n i c o l o r
mas
britânica
d o s a n o s 4 0 , a p a r a n ó i a a m e r i c a n a d o s a n o s 50, o t o t a l i t a r i s m o s t a l i n i s t a o u fascista e os m a l e s dos a n o s 80 (pot e x e m p l o , as obsessões c o m realidade de Orwell é erigida sobre u m vigilância
de
Estado,
o
pior
aspecto
cirurgia
plástica). Enquanto
inconcebível e terrivelmente eficaz sistema da
distopla
de
Gilliam
é que
ela
nem
a de
mesmo
f u n c i o n a : o e n r e d o c o m e ç a c o m u m erro a b s u r d o , q u a n d o u m i n s e t o e s m a g a d o cai na impressora
e, a s s i m , u m
mandado
refrigeração Tuttle (Robert cidade m e d o n h a m e n t e roristas
prisão
contra
um
terrorista, o engenheiro
de
utilltarista está se d e s i n t e g r a n d o , m e s m o s e m as b o m b a s ter-
eventualmente
u m a terrível
de
D e N i r o ) , é a p l i c a d o a o i n o c e n t e Sr. B u t t l e ( B r i a n M i l l e r ) . A
patrocinadas
pelo
próprio governo,
que
regularmente
criam
carnificina.
C o m o W i n s t o n S m i t h c m 1984, S a m L o w r y ( J o n a t h a n P r y c e ) é u m f u n c i o n á r i o d e n í vel m é d i o do Estado violento q u e através de u m a
relação romântica acaba se alinhan-
do c o m os rebeldes, para e n t ã o ser e s m a g a d o e d e s p e d a ç a d o por u m t o r t u r a d o r
amigá-
vel. Contudo, Gilliam está b e m mais preocupado c o m o imaginário do que Orwell e produz u m cenário delirante do qual só se escapa através de mais fantasia. S a m aprecia a romântica
i m a g i n a ç ã o fantasiosa (ao s o m da m ú s í c a - t e m a do filme, "Aquarela do Bra-
sil"), na qual é u m angelical e super-heróico cavaleiro: t e m de enfrentar as criações Gilliam - algo c o m o cópias no estilo M o n t y
Phyton dos gigantescos
de
monstros
d e filmes j a p o n e s e s - para salvar a garota dos s e u s s o n h o s ( K i m Greist), aquela que, na vida
real, t e m
como
doppe/ganger (duble idêntico)
uma
motorista
c a m i n h ã o decidida a consertar as Injustiças feitas a Buttle e à sua Graças talvez ao envolvimento
de
família.
d o c o - r o t e i r i s t a T o m S t o p p a r d , Brasil
é
um
filme dramaticamente mais engajado do que a maioria dos outros trabalhos Gilliam, voltados (incorporados
pata
Katherine
humor
Hclmond
negro
como
pavoroso e visuais
uma
matrona
de
bizarros
obcecada
por
cirurgia u s a n d o u m a sucessão de c h a p é u s e m f o r m a de sapato) coexistem
com
um
por
o pastiche. O
retrato plausível - e, pior, b a s e a d o e m f a t o s p r ó x i m o s - d e u m
regime
que
cobra de suas v í t i m a s pela eletricidade e mão-de-obra e m p r e g a d a s e m sua própria t o r t u r a , c o n f o r m e r e p r e s e n t a d o p e l o e s p e c i a l i s t a d e " R e c u p e r a ç ã o d e Inform a ç õ e s " (Michael Palin) e o desesperado gerente de nível m é d i o que
processa
papéis i n f i n d a v e l m e n t e (Ian H o l m ) . E m pelo m e n o s u m p o n t o a Universal
tinha
r a z ã o : o f i l m e é m a i s l o n g o d o q u e p o d e r i a ser, c o m u m e x a g e r o de g a g s q u e o aproximam de u m a comédia pastelão.
/in
KN
0 BEIJO DA MULHER ARANHA (1935) (KISS OF THE SPIDER WOMAN) B a s e a d o n o r o m a n c e d e M a n u e l Puig, o diretor Hector B a b e n c o fazu m acorajosa
explo-
ração d e questões políticas, psicológicas e sociais dentro d a sfronteiras d e u m a prisão de segurança m á x i m a sul-americana. O projeto d o filme foi Iniciado porBurt
Lancaster,
que originalmente pretendia protagonizá-lo e, n o final d a scontas, o papel principal foi para W i l l i a m
Hurt. Burt
Lancaster recebe os agradecimentos
u m d e s e m p e n h o espetacular, Hurt g a n h o u u m Oscar c o m o preso p o r ser h o m o s s e x u a l . Teatral e d e certa forma
n o scréditos finais. C o m Luis M o l i n a , u m vitrlnista
obsoleta, a história
e m si a i n d a
repercute, e o d e s e m p e n h o e x c e p c i o n a l m e n t e verossímil d e Raul Julia é páreo equilibrado para o e f e m i n a d o Luis, d e Hurt. Alto e c h e i o d e m a n i a s , Luis c o m p a r t i l h a u m a e n o r m e cela d e prisão c o m o prisioneiro político e h e t e r o s s e x u a l V a l e n t l n Arregui (Julia). Para passar o t e m p o , Luis
Brilll
/ EUA / Argentina
s u g . u l o a f ) 119 m i n .
(HB,
em
Metrocolor
backs
Idioma: inglês / português Direção: Hector
n o l i v r o O beijo
Welsman
do mulher
baseado de
aranha,
Música: John
mada
coloridos, Sonla
a Segunda
Guerra
Braga
Mundial.
e sensível, ela se apaixona
desempenha Braga,
o estereótipo da cantora
q u e n ã o falava
inglês
boas
pessoas, apenas
querem
livrar
vencida pors e ua m a n t e d e q u eos nazistas o mundo
da miséria.
Dedicado
à
Luis n ã os e c o n c e n t r e nas descrições sobte c o m i d a o u m u l h e r e s n u a s . Luis está
Neschling
Elenco: William Hurt, Raul Julia,
preocupado
Sónia Braga, José Lewgoy,
dlretot da prisão p r o m e t e u libertá-lo se ele conseguisse arrancar informações
Milton
' lonçalves, M i r i a m Pires, N u n o
Leal
Dumont,
Pctrin, W i l s o n Grey, Miguel
. 11.1 ] .i-ll.i. W a l t e r
(diretor),
Weisman
Babenco
Leonard Schrader
I estival de Cannes: William
(itor),
Hector Babenco,
(Palma de Ouro)
lio
Embora sexualidade
sentimentos
Oscar: W i l l i a m H u r t (ator)
(iiirlliiii f i l m e ) , H e c t o r
românticos
apenas
d o filme, m a s t e m s e u próprio segredo.
O
valiosas
tenha, antes de tudo, u m a importância raramente
havia
sido
retratada
histórica significativa
e m tais t e t m o s
(a h o m o s -
no clnemão), o
desem-
penho de Hurt vaialém da teatralidade: s e u talento consiste e m manter o s verdadeiros
Breda
Indicação ao Oscar: David
c o m os detalhes
de s e u c o m p a n h e i r o d e cela, porq u e m ele se apaixonou.
Maia, 1 m i a n d o T o r r e s , P a t r í c i o B i s s o ,
Antonio
política,
V a l e n t i n n ã o gosta d e f i l m e s , m a s é g r a d u a l m e n t e c o n f o r t a d o pela narrativa, d e s d e q u e
Sanchez
Heison Capri, Denise
naquela
por u m e l e g a n t e oficial louro da G e s t a p o . Apesar d e
ía/er parle da Resistência francesa, ela e são
Puig
lotografia: Rodolfo
durante
relata
intricado q u e viu anos atrás. Attavés de flash-
é p o c a , f o n c t l z a v a a s p a l a v t a s , d a n d o u m a s p e c t o irreal à arqui-sátira. M u i t o b e m a r r u -
Koteiro: teonard Schrader,
Manuel
nostalgicamente
francesa
Babenco
Produção: David
detalhes irritantes u m m e l o d r a m a
(roteiro) Hurt
Indicação
do personagem
escondidos
sob diversas c a m a d a s
de múltiplas
intensi-
d a d e s . M e s m o a o final, o p ú b l i c o n ã o t e m certeza s e e l etraiu o u n ã o V a l e n t i n . C o n s i d e rado
como
u m Casablanca
gay, a principal
virtude
d e O beijo
concentra na h u m a n i z a ç ã o d o a m o r e m todas as suas formas.
da KK
mulher
aranha
se
TERRA TRANQUILA
(1985)
N o v a Z e l â n d i a (Cinepro, Mr,
(THE QUIET EARTH)
Y e l l o w b e a r d ) 91 m i n . C o r
lo n o r o m a n c e d e C r a i g H a r r i s o n , e s t e f i l m e d e C e o f f M u r p h y é c l a r a m e n t e u m a c o n ¡0 d a n a r r a t i v a c l á s s i c a a r e s p e i t o d o ú l t i m o h o m e m s o b r e a T e r r a , s o b a ó t i c a d a N o v a índia. O cientista Z a c H o b s o n (Bruno Lawrence) acorda u m a m a n h ã e d e s c o b r e q u e está '.u/inho n o m u n d o , a p ó s u m p r o j e t o c i e n t í f i c o t e r d a d o e r r a d o . O s p r i m e i r o s 36 m i n u t o s d a nação solo de Lawrence são fantásticos, e n q u a n t o Z a c vacila entre a euforia e o deses" 11) d e s u a s o l i d ã o . Por f i m , e n c o n t r a outra s o b r e v i v e n t e , j o a n n e (Ailson R o u t l e d g e ) , c o m a qual inicia u m r e l a c i o n a m e n t o . S e u idílio é i n t e r r o m p i d o por Api (Pete S m i t h ) , u m terceiro ••nbrevivente, u m m a o r i a g r e s s i v o e o v é r t i c e q u e f a l t a v a p a r a c o m p l e t a t o t r i â n g u l o a m o r o s o . E m b o r a o t e m a d o f i l m e o c o l o q u e n o g ê n e r o da ficção científica, o t r a t a m e n t o da narra1 iva o a f a s t a d e d í s t o p i a s c o m o Mad
Max
(1979), d e i x a n d o - o m a i s p r ó x i m o d e u m a i n v e s t i g a -
.111 d a s r e l a ç õ e s h u m a n a s e p r e o c u p a ç õ e s i n t e r - r a c i a i s . O q u e d i s t i n g u e o l o n g a - m e t r a g e m I a d e s c r i ç ã o d e M u r p h y s o b r e o m u n d o d e s a b i t a d o . Toda a g r a v a ç ã o d e s o m foi refeita e m idio para r e m o v e r q u a l q u e r v e s t í g i o d e s o m a m b i e n t e . O g r a d u a l c o l a p s o n e r v o s o d e Z a c le
faz sentir a t r a v é s d e i m p r e s s i o n a n t e s
colagens de Imagens: u m
passeio
de
I I induzir trens c o m o se f o s s e m d e b r i n q u e d o ; u m a bela t o m a d a dele na c h u v a - . a x o f o n e . Terra
tranqüila
lingerie; tocando
n ã o recorre a efeitos especiais espetaculates - pelo contrário, é u m
I i l m e e s t i m u l a n t e , u m a leitura da c o n d i ç ã o h u m a n a c o n d u z i d a por u m p e r s o n a g e m .
RDe
Idioma:
inglês
Direção: Geoff
Murphy
P r o d u ç ã o : S a m Pillsbury. D o u Reynolds R o t e i r o : B i i l B a e r , B r u n o l awrem ' • S a m Pillsbury, baseado no livm ilr Craig Harrison Fotografia: James Música: John
Bartle
Charles
Elenco: Bruno Lawrence, Routledge, Pete S m i t h ,
Allson
Artzai
W a í l a c e , N o r m a n Fletcher, 1
Hyd<
l U A (American Zoetrope, Filmlink,
I in
asfllm,
M C o . ) 120 m i n .
P&B/Cor
Idioma: japonês / Inglês Diretor: Paul
MISHIMA, UMA VIDA EM QUATRO TEMPOS (1985)
(MISHIMA: A LIFE IN FOUR CHAPTERS)
Schräder
P r o d u t o r : Francis Ford Coppola, George Lucas, T o m Luddy,
Mata
Vimamoto
O
extraordinário
Mishima
roteiro
d e Paul
é atípico, u msuntuoso
Schrader filme
sobre
d e arte
o escritor
e ativista
norte-americano
japonês
falado
Yuklo
e m japonês
( e m b o t a se possa ouvir, a l g u m a s vezes, a narração de Roy Scheider e m inglês). M i s h i m a
Itotclro: Leonard Schräder,
Paul
'.I h i . i i l r r Fotografia: John
o
M ú s i c a : Philip Glass
Shlonoya, Hiroshi
narcisista, u m
patriota revolucionário, u m samurai irrealizado, e há controvér-
sias q u a n t o a ele ser o u n ã o o m a i s i m p o r t a n t e escritor j a p o n ê s d o s é c u l o X X .
Bailey
tlcnco: Ken Ogata,
foi u m
filme
seja
mais
doque
uma
simples
homenagem,
Schrader
move-se
Embora
attavés
das
m u i t a s máscaras de M i s h i m a c o m grande inteligência e clareza. Masayukl
O f i l m e e n t r e l a ç a o se v e n t o s q u e l e v a r a m a oato final d e d e s a f i o de M i s h i m a
Mlkamijunya
(Ken
h i ! iiila. S h i g e t o T a c h i h a r a , J u n k i c h l
Ogata)
sua tentativa grandiosa d e reconciliar arte e ação, envolvendo o rapto de u m
()i I m o t o , N a o k o O t a n l , G ô
general
c o m seqüências biográficas c m preto-e-branco, m o s t r a n d o a infância do a u -
M.isato Aizawa, Yukl
Rijü,
Nagahata,
Kyu/o Kobayashi, Yuki Kitazume, I l.uuko Kato, Yasosuke
Htsako
Bando,
M a n d a , Roy Scheider
Pavillion,
Kyako's
H o u s e e Runaway
pelo
Horscs. Filmado
sob
(conhecido
a d m i r a d o r d a c u l t u r a c h i n e s a ) , Mis/iinicr é u m f i l m e e s c l a r e c e d o r , c o e r e n t e e c o m p l e x o . Adota figurinos espetaculates criados por Eiko Ishloka, mostra u m a fotografia
(melhor
I " i i u i b u i ç ã o artística - fotografia,
direi
e s c r i t o r d e T e m p l e o f t h e Coldcn
o p a t r o c í n i o d o s p r o d u t o r e s e x e c u t i v o s Francis Ford Coppola e G e o r g e Lucas
FtStlval d e C a n n e s : J o h n B a i l e y , E l k o llhloka, P h i l i p G l a s s
tor e três d r a m a t i z a ç õ e s a l t a m e n t e estilizadas, realizadas e m estúdio e inspiradas
brilhante
a s s i n a d a por J o h n Bailcy, a l é m d o s a c o r d e s p o d e r o s o s e p a l p i t a n t e s d e Philip C l a s s . TCh
an de arte, m ú s i c a ) , Paul
5l h r a d e r , i n d i c a ç ã o ( P a l m a d e o u r o )
A HONRA DO PODEROSO PRIZZI w )
I U A ( A B C ) 130 m i n . C o r Idioma:
(PRIZZIS HONOR)
inglês
Diretor: John
Huston
Piodutor: John
A
Foreman
I louco: Richard C o n d o n , Janet Roach, baseado no conto de Richard I litografia: Andrzej
Condon
Bartkowiak
M ú s i c a : Alex N o r t h , G a e t a n o
I
lonlzetti,
Gioacchino
I Iam o : J a c k N i c h o l s o n ,
despeito
d o declínio
d e sua
saúde
e m 1985, o d i r e t o r
John
Huston
embarcou na
filmagem de seu quadragésimo filme, uma comédia de humor negro que contempla o
Kathleen Randolph,
Prlzzi, m a f i o s o s i n f l u e n t e s de N o v a York. O p a d r i n h o D o n Corrado ( W i l l i a m Hickey) trata como
s efosse
u m filho adotivo, já que sua
neta
Maerose, interpretada por
Anjelica H u s t o n (filha d o diretor c a m a n t e de N i c h o l s o n n a q u e l a é p o c a ) , c o m e t e u injustiça c o m ele. M a s Charley s e apaixona
pela ardente loura Irene Walker
W i l l i a m Hickey, Lee R i c h a r d s o n ,
Turner) durante u m c a s a m e n t o . Acontece que os apaixonados t i n h a m sido
M n h.iel L o m b a r d , A n j e l i c a
pata se m a t a r e m .
ige Santopietro,
Huston,
LawrenceTierney,
• I 11 P o u n d e r , A n n S e l e p e g n o , V i c POllZOS, D i c k O ' N e i l l , S u l l y Oscar: Anjelica H u s t o n
Boyar
Indicação ao Oscar: John
Foreman
(inelhor filme), J o h n H u s t o n (diretor), Rli h a r d C o n d o n , J a n e t R o a c h ( r o t e i r o ) , la, f N i c h o l s o n ( a t o r ) , W i l l i a m I.
Extraordinário e revigorante, o final é o q u e a história pede e n ã o o que o público
furtivamente
I iiadjuvante)
Hickey
I oadjuvante), Donfeld (figurino),
Rudi Fchr, Kaja Fehr (edição)
uma
(Kathleen
contratados
d e s e j a . A p e s a r d e o f i l m e ter s i d o i n d i c a d o a oito O s c a r s , Anjelica foi a única c o m o m e l h o r atriz c o a d j u v a n t e . C o n t u d o é Hickey, t a m b é m
(atriz
protagoniza
Charley P a r t a n n a , u m assassino d e a l u g u e l nada inteligente q u e trabalha para a família
Charley
Rossini
Iiiuiei, Robert Loggia, J o h n
q u e poderia acontecer se dois assassinos se a p a i x o n a s s e m , Jack N i c h o l s o n
o filme: aparentemente
Indicado, que
premiada, Impulsiona
à beira d a m o r t e , ele faz d e certas falas
" V o c ê gostaria d eu m b i s c o i t o ? " algo t ã o a m e a ç a d o r q u a n t o hilário. L a w r e n c e (que Interpretou 1945)
interpreta
honro
d o poderoso
Dillinger e m
u mfilme
u m policial corrupto.
demesmo
Impetfeito
nome
e em
feito
última
Prrzzí é, a p e s a r d e t u d o , u m a j ó i a c ô m i c a .
KK
por Max
como
Tierney
Dosseck e m
análise deprimente, A
SEM TETO NEM LEI (isas)
Inglaterra / França (Channrl
(SANSTOITNILOI)
ClnéTamaris, FilmsA2,
liando c o m e ç o u , A g n e s Varda, outrora p a r t i c i p a n t e da n o u v e l l e v a g u e , n ã o p o s s u í a a l unas das credenciais dos antigos colegas e críticos de c i n e m a c o m o Ftançois
Truffaut
|ean-Luc C o d a r d . Pelo c o n t r á r i o , sua f o r m a ç ã o era e m f o t o g r a f i a e, a p e s a r d e n ã o colecer m u i t o s o b r e o p r o c e s s o d e c r i a ç ã o d e f i l m e s , V a r d a r a p i d a m e n t e d e m o n s t r o u n e s t i l o p r ó p r i o . T a l v e z o m a i s c o n h e c i d o d e s e u s p r i m e i r o s f i l m e s s e j a C l e o das
tct
5 às
7
(i')62), a e s p e r a e m t e m p o real d e u m a m u l h e r q u e a g u a r d a o s r e s u l t a d o s d e s e u t e s t e d e ancer. Na realidade, Varda a l t e r n a v a a direção d e f i l m e s e n t t e f i c c i o n a i s e não-ficclonais. Sem
teto n e m lei s e g u i u - s e a u m
longo
período
de não-ficção, o que
explica a
fusão
II b r i d a d o e s t i l o d e d o c u m e n t á r i o c o m t é c n i c a s c i n e m a t o g r á f i c a s m a i s t r a d i c i o n a i s . U m a m a n h ã , u m fazendeiro descobre o corpo congelado de u m a andarilha,
voz
de Varda
que
escutamos.
Ela e x p l i c a
que
pouco
se s a b e sobre a j o v e m
prossegue realizando u m a série de entrevistas falsas e flashbacks, cada qual
própria e
então
revelando
lncves f a t o s e d e t a l h e s p a s s a g e i r o s da infeliz m o ç a . O b v i a m e n t e , na realidade n a d a labe sobre a mulher, M o n a Bergeron (interpretada c o m glacial desafeição por
se
Sandrine
Apesar disso, Varda utiliza a andarilha c o m o m e t á f o r a para o q u ã o p o u c o
realmente
a b e m o s sobre pessoas que e n c o n t r a m o s e m nosso cotidiano. A andarilha de i n ú m e r a s pessoas durante sua busca
por c o m i d a
faz u m e s f o r ç o para c o n h e c ê - l a s . Ela é m a l - h u m o r a d a
e abrigo, m a s
Bonnaire raramente
e Ingrata, escapando e m meio
lida p a i s a g e m f r a n c e s a , f u g i n d o d e a l g u é m d e s c o n h e c i d o e r u m a n d o p a r a s e u lim anunciado.
No segmento
irrelevantes
seu
imagem
de
mental
das "entrevistas", os personagens
comportamento
da m o ç a
e
atitude,
mas
ninguém
relatam pode
à
trágico
pormenores
oferecer
e n i g m á t i c a . V a r d a o r g a n i z a c a d a c e n a e c a d a fria
uma
paisagem
( o m os olhos de fotógrafa, f r e q ü e n t e m e n t e colocando sua protagonista (algumas vezes (intagon/sta), cada
vez
mais
sombria,
à
margem
do
plano, exatamente
misteriosa M o n a existisse à m a r g e m do próprio m u n d o .
JKL
C01
Direção: Agnès Varda Produção: Oury
Milshteln
Roteiro: Agnès Varda Fotografia: Patrick
Blossiei
M ú s i c a : J o a n n a B r u z d o w i i / . 1 red Chichin Elenco: Sandrine Bonnaiie,
Settl
Louls Perletti, Urbain Caussc,
C h r i s t o p h e A l c a z a r , Dominique D u r a n d , J õ e l F o s s e , P a t r i c k Si l i m i i Daniel Bos, Katy Champaiul, R a y m o n d R o u l l e , H e n r i Frldlanl, Patrick S o k o l , Píerre Imberl F e s t i v a l d e V e n e z a : A g n i " . Vai da (Prêmio FIPRESCI), (Leão de Ouro),
i n a i r e ) . Ela é m e r a m e n t e u m c o n c e i t o na n a r r a t i v a e l í p t i c a d e V a r d a .
III z a c o m
min.
Idioma: francês
R a m d a n e , Francis Balcherc, (raii
curvado
li ibre si m e s m o , o r o s t o a z u l c o b e r t o p e l a g e a d a . L o g o q u e a p o l í c i a c h e g a , é a
C u l t u r a d a F r a n ç a ) 105
Four,
Ministério '
como
se
a
(Prêmio
OCIC)
SHOAH (1985) Se por u m lado pode parecer absurdo, até m e s m o ultrajante Incluir este filme de Claude Lanzmann
entte
os
outros
aqui
selecionados,
usando
palavras para descrevê-lo e discuti-lo, por outro
apenas
lado, c o m
o
todas
número as suas
d a d e s (inclusive as n o v e horas de d u r a ç ã o e sua autêntica genialidade), é
regular
de
particulari-
fundamental
considerar Shoah como u m filme entre filmes. L a n z m a n n v i a j o u p e l o m u n d o d u r a n t e q u a s e 10 a n o s c o n v e r s a n d o s o b r e o s
campos
de extetmínio nazistas - não os c a m p o s de concentração n e m o sistema nazista u m t o d o o u o a n t i - s e m i t i s m o c o m o u m p r o c e s s o . Ele foi d i s c u t i r o s l u g a r e s
como
específicos
o n d e a m o r t e reinou, os círculos Internos do Inferno. Coletou d e p o i m e n t o s de
alguns
poucos sobreviventes, várias t e s t e m u n h a s , até m e s m o antigos organizadores do França (Les Films A d e l p h / Historia)
cesso de extermínio e m
566 m i n . C o r
filmadas,
Idioma: francês
a t o r m e n t a d o s pela m e m ó r i a desse trágico passado. Ao m e s m o t e m p o , ele torna
Direção: Claude
Lanzmann
Fotografia: Dominique William
Lubtchansky
Chapuis,
exibindo
massa. Editou essas vozes e imagens do presente, tais
corpos,
faces
e
paisagens
tais
como
estão
agora,
para
procomo
sempre todo
espectador consciente da absoluta impossibilidade de representar o q u e a c o n t e c e u cada
um
daqueles
lugares,
tais
como
Auschwitz,
Birkenau,
Sobibor,
em
Treblinka
e
C h e l m n o , n ã o p o r q u e seja proibido, m a s s i m p l e s m e n t e p o r q u e é I m p o s s í v e l . Ao
lazer
tudo
Isso, L a n z m a n n
obtém
vátlas
conquistas
de
grande
Importância.
Inventa u m a forma de recuperar a m e m ó r i a dos horrores do Holocausto s e m
distorcer
o que foram. C o m o conseqüência, t a m b é m é bem-sucedido ao dat ao processo o
nome
de "Shoah", título do filme e hoje u m
desse
episódio. Contudo, e m
um
plano
termo
bastante
usado
para
falar e s p e c i f i c a m e n t e
diferente, L a n z m a n n
também
conseguiu
c o n q u i s t a t o q u e se p o d e c h a m a t de a essência do c i n e m a : o m a i s alto grau d e
presença
através da total ausência. Ausência
qualquet
dos milhões de mortos, do passado, de
evidência de restos mottais, c u i d a d o s a m e n t e eliminados pelos assassinos, b e m de atquivos O
como
audiovisuais.
filme de Lanzmann
coloca-se c o m o
a resposta
absoluta
ao apelo
de
Jean-Luc
G o d a r d por " n ã o [criar] u m a I m a g e m j u s t a , m a s u m a I m a g e m , j u s t a m e n t e " . S h o a h foi o filme q u e exigiu esta radicalização do c i n e m a m o d e r n o : o e x t r e m i s m o da idolatria e da p r o p a g a n d a t i n h a l e v a d o a o pior, o q u e incluía a l g u n s elos c o n c i l i a d o r e s e n t t e a realização de filmes e o poder da
era i n d u s t r i a l . N a s s u a s raízes m a i s
profundas, o
cinema
m o d e r n o coloca-se c o m o u m a recusa ética desses elos e precisava confrontar os efeitos mais desumanos
da
industrialização
da
representação
para atingir sua
expressão. A discussão gerada por S h o a h confirma a i m p o r t â n c i a
deste
mais
elevada
extraordinário
t r a b a l h o a r t í s t i c o , s o b r e o q u a l p o d e m o s a f i r m a r q u e s u a e x i b i ç ã o e m q u a l q u e r tela u m a vitória para a h u m a n i d a d e e s e u f u t u r o . J - M F
é
E U A ( A m b l i n , G u b e r - P e t e i s ( o., W a r n e r B r o s . ) 154 m i n . C o r Idioma:
inglês
Direção: Steven
Spielberg
P r o d u ç ã o : Q u i n c y J o n e s , Kathleen K e n n e d y , F r a n k M a r s h a l l . Steven Spielberg Roteiro: M e n n o Meyjes, baseado i m livro d e Alice W a l k e r Fotografia: Allen
Daviaii
Música: Quincy Jones Elenco: D a n n y Glover, W h o o p i G o l d b e r g , Margaret Avery, O p r a h W i n f r e y , W l l l a r d E. P u g h , A k O S U I Busla, Desreta Jackson, Adolph Caesar, Rae D a w n C h o n g , D i m Leonard Jackson, Bennei
Ivev,
Guillniv.
J o h n P a t t o n Jr., C a r l A n d e r s o n , S u s a n B e a u b i a n , J a m e s Til I is. P h i l l i p Laurence Fishburne, Sonny Indicação ao Oscar: Steven Kathleen Kennedy, Frank
Strong
ferry '.pielbrir.
Man,half
Q u i n c y J o n e s ( m e l h o r f i l m e ) . Menno M e y j e s ( r o t e i r o ) , W h o o p i G o l d i n ir (atriz), M a r g a r e t Avery coadjuvante), Oprah
(atrll
Winfrey (itrl
c o a d j u v a n t e ) , J . M i c h a e l R l v a , Llndl DeScenna (direção de
arte),
Allen
D a v i a u ( f o t o g r a f i a ) , A g g i e 1 ana.11. Rodgers (figurino), Ken ( hail (maquiagem), Quincy Jones, leiemy Lubbock, Rod T e m p e r t o n , r .ilplne,
A COR PURPURA (isss)
S e m e n y a , A n d r a é C r o u c h , ( hie. B o a r d m a n , J o r g e C a la rid 11 d I i, | n e l
(THE COLOR PURPLE)
R o s e n b a u m , F r e d S t e i n c r , J a c k ll.iyrs,
m p e n h a d o e m se desfazer de sua r e p u t a ç ã o c o m o m e r o criador de fantasias j o v e n s e
populares, Steven Spielberg escolheu a história de Alice W a l k e r sobre u m a
comunidade
rural negra e p o b r e n o S u l d o s E s t a d o s U n i d o s n o início d o s é c u l o X X c o m o s e u v e í c u l o ile a f i r m a ç ã o
dramática.
Estranhamente,
as grandes
habilidades
d e Spielberg
como
liretor a j u d a r a m e, a o m e s m o t e m p o , p r e j u d i c a r a m o r e s u l t a d o , u m a vez q u e s e u lento pata o h u m o t irônico e sua habilidade técnica e m tealizar p r o d u t o s b e m
ta-
acabados
não s e a j u s t a r a m b e m a o c o n t e ú d o , q u e e l e a b r a n d o u e m r e l a ç ã o a o l i v r o . M e s m o q u e f o s s e m a i s d o q u e e l e p u d e s s e d a r c o n t a , A corpúpura q u e S p l e l b e r g aceita correr
riscos.
ainda assim comprovou
Ele o b t e v e d e s e m p e n h o s m a r c a n t e s d e O p r a h W i n f r e y e
Danny Clover, m a s e m particular seus instintos mais u m a vez se m o s t r a r a m valiosos ao escalar .1 e n t ã o d e s c o n h e c i d a W h o o p i G o l d b e r g . A C e l i e q u e e l a r e p r e s e n t a p o u c o f a l a m a s é c h e i a d e e m o ç ã o , transmitida pelo impressionante d e s e m p e n h o de Goldberg, q u e o b t é m
melhores
lesultados c o m u m sorriso largo b e m colocado do q u e a maioria dos atores c o n s e g u e c o m
um
m o n ó l o g o e x i b i d o . S p i e l b e r g recai n o s e n t i m e n t a l i s m o m u i t a s v e z e s , m a s já se e n c o n t r a m n o t i l m e l a m p e j o s p r o m i s s o r e s d o d i r e t o r q u e v i r i a a f a z e r o b r a s m a i s m a d u r a s c o m o Império Sol (1987), A lista
d e S c h i n d l e r (1993) e A . I. - Inteligência
artificial
(2001). JKL
do
J e r r y H e y , R a n d y K e r b e i ( m ú s l i l), Q u i n c y Jones, Rod T e m p e r t o n , 1 Richie (canção)
il
EUA (De Laurentiis, Red
DRAGÃO VERMELHO
Dragon)
(MANHUNTER)
119 m i n . T e c h n i c o l o r Idioma:
inglês
Direção: Michael
B a s e a d o n o s u c e s s o d e v e n d a s d o l i v r o D r a g ã o vermelho,
Mann
de T h o m a s Harris, este
a p r e s e n t o u às salas de c i n e m a , pela primeira vez, o psiquiatra canibal Hannibal
Produção: Dino De Laurentiis,
filme Lecter
(interpretado aqui por Brian Cox), cinco a n o s antes de A n t h o n y H o p k i n s protagonizar o
R i c h a r d A. R o t h Roteiro: Michael M a n n , baseado l i v r o R e d dragon,
de Thomas
Fotografia: Dante
no
Música: Michel Rubini, Klaus Schulze E l e n c o : W i l l i a m L. P e t e t s e n , K i m C.reist, J o a n A l l e n , B r i a n C o x , D e n n i s
David Seaman,
Noonan,
Benjamin
Hendrickson, Michael Talbott, Butler, M i c h e l e Shay, Robin l'.ml P e r r i , P a t r i c i a
Dan
Moseley,
Charbonneau
dos
premiado c o m o Oscar.
inocentes,
M i c h a c l M a n n p o s s u i u m e s t i l o e l e g a n t e . E l e t a m b é m d i r i g i u Fogo mais
Spinotti
farina, Stephen Lang, Tom
p e r s o n a g e m e m O silencio
Harris
filme
conhecido, naquela enfoca
o
agente
época, por seu trabalho
do
FBI
Will
Graham
no seriado
(William
contra
de TV
Petetson),
que
é
Este
persuadido
r e t o r n a r d e s u a a p o s e n t a d o r i a , c a u s a d a p o r c o l a p s o n e r v o s o , já q u e s e u t a l e n t o e m c o m p r e e n d e r a m e n t e d e a s s a s s i n o s p o d e ser útil na l o c a l i z a ç ã o de u m
q u e a j u d o u a c a p t u r a r - Lecter - e m s u a cela na prisão, e m b o r a
a
peculiar
assassino
e m série e s p e c i a l m e n t e perigoso. C o n t u d o , para fazê-lo, ele tetá d e e n f r e n t a r o homem
e era
fogo
M i a m i Vice.
último
tenham
j u s t a m e n t e as m a n i p u l a ç õ e s psicológicas d e Lecter q u e c o l o c a r a m e m risco a
sido
sanidade
mental de G r a h a m . Um
d o s s u s p e n s e s m a i s t e n s o s e p e r t u r b a d o r e s d o s a n o s 80 (e, o b v i a m e n t e ,
modelo Dragão
q u e setia
usado
p o r C h r i s C á r t e r n o s e r i a d o d e T V Milíennium,
entre
um
outros),
apresenta a t u a ç õ e s fantásticas não s o m e n t e do arrepiante Cox ou do
vermelho
intenso Petersen c o m o t a m b é m do elenco de coadjuvantes, incluindo K i m Greist, Joan Allen e D e n n i s Farina. S e v o c ê p e n s a v a q u e O silêncio dos inocentes eta a s s u s t a d o r , não viu nada.
E U A (Act III, C o l u m b i a , T h e
Body)
89 m i n . T e c h n i c o l o r Idioma:
O conto "The Body", de Stephen
Reiner
P r o d u ç ã o : B r u c e A. E v a n s , R a y n o l d Gideon, Andrew
Scheinman
R o t e i r o : R a y n o l d G i d e o n , B r u c e A. Fvans, baseado no conto "The Body", de Stephen
Riley, Kiefer S u t h e r l a n d , C a s e y
Oliver, M a r s h a l l Bell, Frances Lee M c C a i n , Bruce Kirby, W i l l i a m Scott Beach, Richard
Bronder,
Dreyfuss
infância, Raynold
Conta
o dócil Gordie (Wil W h e a t o n ) , o
comigo,
T e d d y (Corey F e l d m a n ) , o g o r d u c h o V e r n (Jer.y 0 ' C o n n e l l ) e o líder d o g r u p o Chris (River P h o e n i x ) s ã o q u a t r o g a r o t o s q u e p a s s a m o v e r ã o d e 1959 à t o a , b r i n c a n d o e m s u a
E l e n c o : W i l W h e a t o n , River Phoenix,
siemaszko, Bradley Gregg, Jason
ode s e m horrores às a m i z a d e s de
atrevido
e B r u c e A. E v a n s . E m
á r v o r e , até o dia
em
Esta
que
Vern anuncia
para ver qual é a aparência
longa c a m i n h a d a para
Corey Feldman, Jerry O'Connell, Gary
King, uma
Gideon
Curiosos
Ruth
Nltzsche
nsse)
r e c e b e u u m a bela a d a p t a ç ã o para a tela d o diretor Rob Reiner e d o s roteiristas
na
King
Fotografia: T h o m a s Del Música: Jack
CONTA COMIGO (STAND BY ME)
inglês
Direção: Rob
de
que
um
sabe onde
podem
defunto, os a m i g o s
achar
um
casa
cadáver.
se p r e p a r a m
para
a
encontrá-lo.
história sobre a a m i z a d e , narrada
pelo adulto Gotdie
(Richard
Dreyfuss,
não
m e n c i o n a d o nos créditos finais), t e m c o m o cenário a bela p a i s a g e m de Oregon, ao invés da a m b i e n t a ç ã o original do conto, no M a i n e . Conta comigo retrata, c o m os m e d o s , os jogos, as frases m a r c a n t e s , as discussões ( " M i c k e y um
pato. Pluto é u m cachorro. O
Pateta
é um
habilidade,
rato, Donald
é o quê?") e os segredos compartilhados
é
por
g a r o t o s , e n q u a n t o Ace ( i n t e t p r e t a d o por Kiefer S u t h e r l a n d ) , m a i s v e l h o e m a l d o s o , dá
Indicação ao Oscar: Raynold Gideon,
u m a a m o s t r a do q u e poderia vir logo a seguir nas v i d a s de t o d o s eles. O f i l m e t e m
B r u c e A. E v a n s
d e s e m p e n h o s do j o v e m elenco e foi p o e t i c a m e n t e dirigido por Reiner.
(roteiro)
ainda
JB
JB
belos
VELUDO AZUL (1986) (BLUE VELVET) "É u m m u n d o estranho, não é?" O sombrio e perturbador filme de s u s p e n s e quase onírico de D a v i d L y n c h g e r o u c o n t r o v é r s i a s encenação
que
família d e u m a
por conta
faz de
um
da violência
psicopata
sexual vívida e da
sádico, m a n t e n d o
chocante
Dennis
Hopper
como
cantora
e n q u a n t o ela t o l e r a ser b r u t a l i z a d a . A d e s c r i ç ã o q u e ele faz
tefém
a da
( r u e l d a d e e d o horror q u e se e s c o n d e s o b a superfície ascética da classe m é d i a d o s E s t a d o s Unidos, e m suas casas tranqüilas c o m cercas pintadas de branco, n ã o é e x a t a m e n t e sutil, mas implacavelmente
absorvente, ousada
e repleta
de estilo. Veludo azul c o m b i n a
c erto m i s t é r i o d i s t o r c i d o c o m u m a sátira irônica à c u l t u r a a m e r i c a n a . O t o m é, a o
um
mesmo
t e m p o , excêntrico, jovial e ligeiramente estilizado. A m e s m a mistura vitoriosa d o bizarro e do familiar, d o e s p e r t o e d o i n o c e n t e , fez d a s séries d e L y n c h para a TV ( s o b r e t u d o
Twin
1'eaks) u m f e n ô m e n o c u l t u r a l d o s a n o s 9 0 e u m a e n o r m e i n f l u ê n c i a p a r a v á r i o s i m i t a d o r e s . Kyle
MacLachlan
e Laura
Dern
estão
Williams, os inocentes jovens enredados
cativantes
como
no grotesco
Jeffrey
Beaumont
relacionamento
que interpreta o desvairado seqüesttadot e assassino viciado no seu
entre
e
Sandy
Hopper
I rank B o o t h (Hopper, c u s p i n d o o b s c e n i d a d e s , está m u i t o perturbador, t e n d o gerado dos psicopatas m a i s notáveis d a s telas) - e a m a l t r a t a d a pela c o r a j o s a
Dorothy Valcns,
um
interpretada
Isabella Rosselini. D o r o t h y é u m a a t o r m e n t a d a c a n t o r a d e c a b a r é q u e fica
a mercê de B o o t h , e n q u a n t o ele m a n t é m
seu marido e o filhinho cativos.
onde o filme se passa, é radiante e sombria c o m o cana, c o m
-
tanque de oxigênio
seus gramados bem
qualquer outra cidade
cuidados e canteiros de flores, u m
Lumberton, norte-ameri-
centra
Industrial
u m a l a n c h o n e t e s e m graça. É na l a n c h o n e t e q u e jeffrey e S a n d y se r e ú n e m ,
formando
u m a d u p l a d e d e t e t i v e s a m a d o r e s à m e d i d a q u e o a m o r floresce. M a s t u d o está fora eixos, seja d e f o r m a
leve o u infame, desde a descoberta
de uma
orelha
e
humana
jardim pelo curioso universitário Jeffrey e suas aventutas perigosas e angustiantes
dos num
como
voyeur e investigador de crimes até sua chegada estupefata à estranha cena de morte. A c e n a na q u a l Jeffrey, e s c o n d i d o n o a r m á r i o d e D o r o t h y , t e s t e m u n h a Frank
estuprara
vítima e m u m r o u p ã o d e v e l u d o azul é a principal causa d e discussões e m torno deste filme, mas também
é u m e x e m p l o clássico e notável da audácia de Lynch. O uso inteligente
de
E U A ( D e L a u r e n t i i s ) 120 m i n . Idioma:
Cor
inglês
Direção: David
Lynch
P r o d u ç ã o : Fred C. C a r u s o Roteiro: David
Lynch
Fotografia: Frederick
Eimes
Música: Angelo Badalamenii.
DlVld
Lynch M ú s i c a não original: Roy OrblíOfl, Berníe W a y n e , Victor Young Elenco: Isabella Rossellini. Kyle MacLachlan, Dennis Hopper, I a m a Dern, Hope Lange, Dean S U M kwell,
i n o c e n t e s b a l a d a s p o p ( s o b r e t u d o a canção-título), e n t r e m e a d a s à trilha s o n o r a d e s u s p e n s e
G e o r g e D l c k e r s o n , Priscilla
de Angelo Badalamentl, a u m e n t a a tensão. Apesar de aparecer e m apenas u m a cena (du-
F r a n c e s Bay, J a c k H a r v e y . K e n StOVll I
blando "In Dreams", de Roy Orbison), o d e s e m p e n h o de Dean Stockwell c o m o Ben, o aliado
Brad Dourif, Jack N a n c e , J .
de Frank, q u a s e se equipara à i m p r e s s i o n a n t e e sinistra a n o r m a l i d a d e de Hopper.
AE
Hunter, Dick
Polnttl Michael
Green
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : D a v i d I v i n Ii (diretor)
HI
Direção: Woody
Allen
Produção: Robert Roteiro: W o o d y
Greenhut
Allen
F o t o g r a f i a : Carlo Di
Palma
M ú s i c a : J a m e s V. M o n a c o Música não original: Johann Sebastian Bach, Giacomo
Puccini
Elenco: Barbara Hershey, Carrie Fisher, M i c h a e l C a i n e , M i a Dianne Wiest, Maureen
Farrow,
O'Sulllvan,
I loyd Nolan, M a x v o n Sydow,
Woody
Allen, Daniel Stern, Julie Kavner, Joanna Gleason, Bobby Short, Black, Julia
Lewis
Louis-Dreyfus
O s c a r : W o o d y Allen (roteiro), M i c h a e l Caine (ator coadjuvante), W i e s t (atriz
Dianne
Greenhut
( m e l h o r filme), W o o d y Allen (diretor), Stuart Wurtzel, Carol Joffe (direção de a r t e ) , S u s a n E. M o r s e
(HANNAH AND HER SISTERS) O ú l t i m o e m a i s a b r a n g e n t e l o n g a - m e t t a g e m de u m a primorosa série de filmes de W o o d y
coadjuvante)
Indicação ao Oscar: Robert
HANNAH E SUAS IRMÃS mm
(edição)
Allen q u e c o m e ç o u c o m S o n h o s eróticos de u m a noite de verão, este f i l m e , t a l v e z
Inspirado
c m B e r g m a n , m a s c o m t o n a l i d a d e s q u e l e m b r a m Renoir, revela a Influência d o s dois m e s tres sobre Allen a o t r a ç a r a s m u d a n ç a s c m vários r e l a c i o n a m e n t o s c o m p l i c a d o s d u r a n t e o espaço de privilegiada
um
ano. Centrado, como
a l g u n s de seus o u t r o s f i l m e s , na
de M a n h a t t a n , o filme focaliza
três irmãs
(Mia
parte artística
Farrow, Barbara
Hcrshey
e e
D i a n n c W i e s t ) , o s p a r c e i r o s d a s d u a s p r i m e i r a s ( M i c h a e l C a i n e e M a x v o n S y d o w ) , o exm a r i d o da primeira (Allen) e a l g u n s a m i g o s e colegas q u e e n t r a m e m cena para
complicar
a ciranda romântica. O próprio Allen está m e n o s à frente do q u e de hábito e sua
neurose
hipocondríaca habitual c o n s o m e m e n o s t e m p o e e m p a t i a d o q u e Caine, q u e deixa de lado s u a fidelidade a Farrow por c o n t a de u m a paixonite pela H e r s h e y m a i s nova. Na v e r d a d e , u m d o s p r a z e r e s d o f i l m e é a m a n e i r a c o m o A l l e n lida c o m o e s c o p o da n a r r a t i v a , m a i o r d o que
o
tradicional. Os
anteriores, m e s m o
personagens
são, no
quando a abrangência
mínimo,
ampliada
mais
n o s dá
bem um
acabados
do
que
sentido de u m
os
mundo
m a i o r que é externo ao outro m u n d o , o q u e constitui o núcleo ficcional do filme. Em
m u i t o s aspectos, é claro, são as m e s m a s velhas situações, tipos, até m e s m o
as
piadas antigas, e apesar disso há algo d e C h e c o v no filme: a delicada tristeza
de vários dos dilemas emocionais, a c o n s -
ciência da dor m u i t o
real s u b j a c e n t e às p i a d a s , o a m a r g o
e
Inevitável fato de a m o r t e pairar s u b e n t e n d i d a n o ar o t e m p o todo, e n q u a n t o W o o d y , o b o b o da corte ansioso, encara q u e s tões médicas. As piadas não são a p e n a s tiradas espirituosas, mas
totalmente
plausíveis
em
termos
de
personagens
e
enredo, fazendo justiça a u m dos melhores elencos que Allen já r e u n i u . A o c o n t r á r i o d e o u t r o s f i l m e s , s e n t e - s e e m H a n n a h e suas irmãs u m sincero tributo às boas coisas q u e q u a s e f a z e m c o m q u e a vida v a l h a a p e n a , a o I n v é s da p e r c e p ç ã o d e q u e a sensação
foi
forçada
(embora
Allen
houvesse,
de
fato,
c h e g a d o a pensar e m u m final m a i s sombrio). U m
filme
b e m c o m a vida", no m e l h o r sentido da expressão.
CA
"de
ELA QUER TUDO (1986)
EUA (40Acres & A Mule) 84 m i n
(SHE'S GOTTA HAVE IT)
P&B/Cor
i ste f i l m e I n a u g u r a l d e S p i k e L e e é u m e x a m e d a v i d a d e N o l a D a r l i n g ( T r a c y C a m i l l a J o h n s ) ,
Idioma:
uma jovem
Direção: Spike Lee
lornado
negra q u e vive c m Nova York e s e p r e o c u p a q u e s e u a p e t i t e sexual a t e n h a
u m a "esqulsitona", e manipula
c o m destreza
seus
h o m e n s diferentes, n e n h u m d o s q u a i s p o d e satisfazê-la
telacionamentos
Inteiramente. Seus
c o m três
namorados
. 1 0 d o i s p e r s o n a g e n s q u a s e c a r i c a t o s , s e m p r e n o m e s m o m a t i z . G r e e r ( J o h n C a n a d a Tcrrell) i
u mmodelo
dehomem
vaidoso
e u m"buppie"
(yuppie
negro), a o passo
que Mars
H l a c k m o n (Lee) é d e s e n g o n ç a d o , irresponsável c t a g a t c l a . E n t r e m e n t e s , o d e c e n t e , gentil c
o filme e m preto-e-btanco a o encenar u m a apresentação
Produção: Spike Lee Roteiro: Spike Lee F o t o g r a f i a : E r n e s t R. D i c k c r s o n M ú s i c a : Bill L e e E l e n c o : T r a c y C a m i l l a J o h n s , li Redmond H i c k s j o h n Canada
politico J a m i e ( T o m m y R e d m o n d Hlcks) está e m b o as i t u a ç ã o para c o n q u i s t a r a m o ç a . Jamie tumultua
inglês
v I n nil.
Spike Lee, Raye D o w e l l , Jole Lee, S,
musical
E p a t h a M e r k e r s o n , Bill L e e ,
Cheryl
e m cores c o m o presente d e anlvetsário, e eleé q u e m pressiona pela g r a n d e e esperada
Burr, A a r o n Dugger,
i ena d e confronto onde Nola
Covington, Renata Cobbs, Cheryl
reavalia
sua vida e t o m a
sua decisão, escolhendo-o. Na
prática, ele t a m b é m estupra Nola s ó para deixar claro s e u p o n t o d e vista, e o a l m e j a d o "final feliz" é c o r t a d o pela própria narrativa d e Nola, q u e conclui: " E u n ã o s o u m u l h e r de u m h o m e m basicamente
só... É isso, é c o m o
afro-americano,
Sociais d a c o m u n i d a d e
negra
inovies, s u p o s t a m e n t e
para
sou."
E m geral
Lee c o m certeza dos Estados audiências
está
qualificado
disposto
como
a examinar
Unidos, negligenciada
negras, m a s sempre
humanos
tornam
Lee u m membro
lordin
S i n g l e t o n , M o n t y R o s s , Lewi*, Festival de Cannes: Spike Lee (prêmio de filme estrangeiro
jovem)
as camadas
c m todos o s hood-
caricaturais, d e alguma
lorma. Sua abordagem d o sdiálogos, seus Insights, a forma c o m o OS c o r a ç õ e s
u m cineasta
Stephanie
da irmandade
m o s t r a N o v a York e
à qual
pertencem
Eric
1'ohmer, M a r t i n Scorsese e W o o d y Allen. KN
0 DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO
(1986)
M a l o f i l m , N F B , S o c i é t é R a d i o 1 Inémi,
(LE DÉCLIN DE LEMPIRE AMÉRICAIN)
S o c i é t é G é n é t a l d u C i n é m a du
P r i m e i r o s u c e s s o I n t e r n a c i o n a l d o c i n e a s t a c a n a d e n s e D e n y s A r c a n d , O declínio
do
império
é u m estudo sarcástico sobre os c o s t u m e s sexuais, o n d e sexo é assunto d e
• unerlcano
1 o n v e r s a s e n ã o a l g o p r a t i c a d o n a tela. E m u m a c a s a d e c a m p o , à belta d e u m lago, q u a t r o académicos
franco-canadenses
estão
preparando
u m a refeição
gourmet
e conversam
.obre sexo. E m paralelo, q u a t r o m u l h e r e s , s u a s c o m p a n h e i r a s q u e irão e n c o n t r á - l o s c m eguida, e s t ã o e m u m aa c a d e m i a esportiva e t a m b é m f a l a m sobre sexo. T o d o s s e r e ú n e m I iara j a n t a r , m o m e n t o o n d e a s c o n v e r s a s e a s r e v e l a ç õ e s c o n t i n u a m . Pela
manhã,
durante
u m a enttevista
pela
emissora
C a n a d á ( C o r p o r a t i o n I m a g e M H. M ,
Q u é b e c , T é l é f i l m C a n a d á ) loi 1 Cot Idioma: francês Direção: Denys
Arcand
P r o d u ç ã o : R o g e r F r a p p i e r , Rene M.il Roteiro: Dennys
Arcand
Fotografia: G u y Dufaux M ú s i c a : François
d e rádio, u m a d a s mulheres
Dompierre
E l e n c o : D o m i n i q u e M i c h e l , Dorothèf
p e r g u n t a s e " a f r e n é t i c a b u s c a p o rfelicidade p e s s o a l " está " l i g a d a à q u e d a d o i m p é r i o
B e r r y m a n , L o u i s e P o r t a l , P l e i n - 1 uni,
a m e r i c a n o " . O f i l m e d e Arcand explora i r o n i c a m e n t e essa q u e s t ã o . Parece q u e t o d o s o s
R é m y G i r a r d , Y v e s J a c q u e s , Geneviève
personagens estão determinados a enconttar a felicidade, m a s , m e s m o
Rioux, Daniel Brière, Gabriel A u .nul.
Ilustrados
e desesperados
e seus
relacionamentos
aproximam-se
assim,
estão
d odesastre.
Pata
Arcand, esse é o efeito colateral adverso de u m asociedade o n d e a gratificação sexual é promovida acima d e outros valores. As Interações entte os personagens, durante o jantar, s ã o filmadas c o m o i luzado. O sdiálogos
especialmente
u m a batalha, a conversa travada c o m o
s ã o g e n i a i s , c u l t o s e i r ô n i c o s . O declínio...
u m fogo
é a omesmo
tempo
desesperançoso e engraçado: podemos n ã ogostar daquelas pessoas, m a sdecerto são l a s c l n a n t e s d e s e o b s e r v a r . PK
É v e l y n R e g l m b a l d , L i s e t t e Guei in. Alexandre Remy. Ariane Jean-Paul
Fredeuque.
Bongo
Indicação ao Oscar: Canada filme
(melhOl
estrangeiro)
Festival d e C a n n e s : Denys A n .nul (Prêmio
FIPRESCi)
A MOSCA
(1986)
(THE FLY) Já e m s e u s primeiros f i l m e s o diretor D a v i d C r o n e n b e r g i m a g i n a
c o m o os a v a n ç o s
da
c i ê n c i a , d a m e d i c i n a e d a t e c n o l o g i a (e p o r v e z e s d a s t r ê s j u n t a s ) p o d e r i a m m o d i f i c a r o c o m p o r t a m e n t o h u m a n o . A m o s c a l e v a e s s a j u n ç ã o a o e x t r e m o literal e, a p e s a r d e o f i l m e ser u m
exemplo de horror no seu sentido
encena c o m o u m a história de a m o r
m a i s estrito, na v e r d a d e C r o n e n b e r g
o
distorcida.
F i e l à p r e m i s s a d o f i l m e B o r i g i n a l d e 1958, c o m V i n c e n t P r l c e , A mosca
é estrelado por
Jcff G o l d b l u m no papel de u m cientista q u e desenvolve u m transportador de matéria,
um
aparelho para desconstruir m a t é r i a e m u m lugar e reconstruí-la e m outro. M u l t o a contrag o s t o d e s u a n a m o r a d a , G e e n a D a v i s , u m a n o i t e G o l d b l u m t e s t a a m á q u i n a e m si m e s m o . Algo sai errado. O D N A de G o l d b l u m é a c i d e n t a l m e n t e misturado ao de u m a
m o s c a e, se
i n i c i a l m e n t e a a l t e r a ç ã o g e n é t i c a a g u ç a o s s e n t i d o s d e G o l d b l u m , ela r a p i d a m e n t e
resulta
e m u m a batalha por d o m i n â n c i a genética entre as d u a s espécies díspares. C r o n e n b e r g n u n c a e v i t o u I m p a c t o v i s c e r a l e, à m e d i d a q u e G o l d b l u m p a s s a p o r s u a t r a n s f o r m a ç ã o d e h u m a n o e m h í b r i d o d e h o m e m e m o s c a , A mosca
exibe u m
crescente
incessante de efeitos especiais cada vez mais nojentos. Pêlos duros brotam e m estranhos. Gosma F U A ( B r o o k s f i l m s ) 95 Idioma:
substituídas por apêndices
m i n . Cor
ingles
O
Direção: David
escorre de cada orifício. Partes do corpo se a t r o f i a m
Cronenberg
arsenal de próteses nauseantes de Rob Bottin a m e a ç a
lioyrman, Kip
Cronenberg e seu habilidoso elenco de alguma forma conseguem
Ohman
Roteiro: David Cronenberg, George
Irwin
Música: Howard
Shore
Pogue
)0hn
h u m o r perverso. M a s , embora
a t r a n s f o r m a ç ã o c e n t r a l s o e (e s e j a )
imbuí-la de
emoção homem
q u e ela c o n h e c e u , e n q u a n t o G o l d b l u m luta para m a n t e r sua h u m a n i d a d e à m e d i d a
G e t z , J o y B o u s h e l , Leslie
rado é fadado ao e s m a g a m e n t o
que
instinto.
I n f e l i z m e n t e , t u d o isso s ó p o d e t e r m i n a r d e u m a m a n e i r a , já q u e o r o m a n c e Davis,
para
repulsiva,
real. Davis luta d u r a n t e a t r a n s f o r m a ç ã o n o j e n t a de G o l d b l u m para enxergar o
seu livre-arbítrio é s u b j u g a d o pelo
Elenco: Jeff G o l d b l u m , G e e n a
são
r o u b a r a c e n a e, de f a t o ,
seus efeitos n a u s e a b u n d o s são c o l o c a d o s e m cena n ã o s o m e n t e para chocar c o m o criar u m
fotografia: Mark
e
misteriosos.
Produção: Stuart Cornfeld, Mare
I angelaan, Charles Edward
lugares
e caem
pelo mata-moscas do destino. Ctonenberg,
açuca-
portanto,
retira d e s u a t r a g é d i a o m á x i m o d e e m o ç ã o e, e m g r a n d e p a r t e g r a ç a s à q u í m i c a
entre
( o p e m a n , David C r o n e n b e r g , Carol
os atores
raras
I a/are, S h a w n
vezes u m a seqüência de eventos tão repulsiva resultou c m tantas lágrimas.
( irlson, George Chuvalo,
Michael
Hewitt
Oscar: Chris W a l a s , S t e p h a n
(maquiagem)
Dupuis
principais e à plausibilidade
de seu relacionamento,
apesar de tudo, JKL
O RESGATE (1986)
ALIENS
E U A / I n g l a t e r r a (Fox, B r a n d y w i m |
(ALIENS)
137 m i n . E a s t m a n c o l o r
"Al.iste-se dela, sua c a d e l a ! " M a t e r n a l , a t e n e n t e Rlplcy d e S i g o u r n e y W e a v e r fica luiiosa e se t o m a a m a i o r heroína d e a ç ã o d e ficção científica na s e n s a c i o n a l
<lr j . i m e s C a m e r o n p a t a Alien,
u m a d a s m e l h o r e s d o c i n e m a . Aliens
mais
seqüência
começa com
Ripley
" ;', a t o J o n e s s e n d o r e s g a t a d o s n a n a v e d e f u g a . O d e t a l h e é q u e s e p a s s a r a m 57 a n o s além da d i f i c u l d a d e para explicar o q u e a c o n t e c e u à N o s t r o m o , Ripley fica c h o c a d a descobrir q u e o local d esua d e s c o b e r t a desastrosa inevitavelmente, algo
ruim
acontece
( o p l a n e t a LV 4 2 6 ) f o i
lá e a t r a u m a t i z a d a
Ripley
ao
colonizado,
é enviada
com u m
IXecutivo nada confiável, u m a equipe de fuzileiros arrogantes (incluindo os favoritos de
Idioma:
inglês
Direção: James
Cameron
Produção: Gale Anne
Hurd
R o t e i r o : J a m e s C a m e r o n , D a v i d 1 ,lle,, W a l t e r Hlll Fotografia: Adrian Música: James
Biddle
Horner
E l e n c o : S i g o u r n e y W e a v e r , M i i hael B l e h n , P a u l R e i s e r , L a n c e Henrlksen,
i .imeron, M i c h a e l B i c h n , B i l l " F i m d e J o g o ! " P a x t o n , e a ó t i m a d u r o n a V a s q u e z , r e p r e -
C a r r i e H e n n , B i l l P a x t o n , W i l l i a m Hopi,
sentada por Jenette Goldstein), a l é m de u m n o v o andróide a m b í g u o (Lance
J e n e t t e G o l d s t e i n , A l M a t t h e w s , M,ul<
Mimo
Henrlksen
Rolston, Ricco Ross, Colette lllllei.
Bishop).
S e Alien
foi u m a
assustadora
incessante e furiosamente
Intensa
casa
mal-assombrada
d eCameron
espacial, a
(que g a n h o u
o segundo
1 e.car d e e f e i t o s e s p e c i a i s d a série) é u m f o r t e e s p a c i a l t o m a d o gitipo cada vez m e n o r - a c o m p a n h a d o s
pela astuta
montanha-russa e o terceiro
pelo inimigo, c o m o
órfã sobrevivente, N e w t
l l e n n ) -, c e r c a d o p o r u m a m u l t i p l i c i d a d e i m p l a c á v e l d e f o r m i d á v e i s m o n s t r o s
(Carrie
gigantes
d e H . R. G i g e r b a b a n d o á c i d o , a c o m p a n h a d o s p e l a m ã e d a e s p é c i e . A v e r s ã o d o d i r e t o r
D a n i e l K a s h , C y n t h i a D a l e S c o t t , Hp Tipping Oscar: D o n S h a r p e (efeitos especiais sonoros), Robert Skotak, Stan Winston, John Richardson,
Suzanne
indicação ao Oscar:
sigourney WeiVII
(atriz), Peter L a m o n t , Crispian
.11 r e s c e n t a c e r c a d e 17 m i n u t o s s e m e s m o r e c e r . AE
M
Benson (efeitos especiais visuals)
Sallll
( d i r e ç ã o d e a r t e ) , R a y L o v e j o y (ed James Horner (música), Graham V H a r t s t o n e , N i c o l a s Le M e s s u r l e r , M i c h a e l A . C a r t e r , R o y Charm.111 (som)
CURTINDO A VIDA ADOIDADO (i986)
E U A ( P a r a m o u n t ) 102 m i n . M e i n n o l o
(FERRIS BUELLERS DAY OFF)
Idioma: Inglês Direção: John
lodos os s o n h o s de u m adolescente do sexo masculino - e os pesadelos de seus pais Se t o r n a m r e a l i d a d e n a s t e l a s n e s t a c o m é d i a d o e s c r i t o r / d i r e t o r J o h n H u g h e s , ii vida
Curtindo
à m e d i d a q u e o herói do filme ( M a t t h e w Broderick) faz, e m u m só dia,
adoidado,
i o d a s as coisas q u e a m a i o r i a d e n ó s n ã o t e m c o r a g e m para fazer e m u m a vida Ao notar u m a
inteira.
m a n h ã q u e " a vida passa m u l t o rápido. Se você não parar e olhar a o
i c d o r d e v e z e m q u a n d o , v o c ê p o d e perdê-la", Ferris d e c i d e m a t a r a u l a , d e s t a v e z e m d e estilo. R e c r u t a n d o a a j u d a d e s e u a m i g o C a m e r o n (Alan R u c k ) , Ferris " p e g a
gran-
emprestada"
.1 F e r r a r i d o p a i d e C a m e r o n , c a n t a " T w l s t a n d S h o u t " e m u m d e s f i l e d e c a r r o s a l e g ó r i c o s n a i idade (em
uma
das cenas mais memoráveis
d ofilme), vai a u m jogo
d e beisebol n o
W i igley Field d e C h i c a g o e entra d e penetra e m u m r e s t a u r a n t e de alta classe. C o m o n o s f i l m e s a n t e r i o r e s d e H u g h e s O c l u b e d o s c i n c o , A garota linhas
e gatões,
de rosa
shockinge
Hughes
Produção: John Hughes, Tom Jacobson Roteiro: John
Hughes
Fotografia: Tak Fujimoto M ú s i c a : Ira
Newborn
Elenco: M a t t h e w Broderick, Alan R u c k , M i a S a r a , J e f f r e y J o n e s , lennlfl G r e y , C i n d y P i c k e t t , L y m a n W a u l , I ill McClurg, Charlie Sheen, Ben Mem D e l C l o s e , V i r g i n i a C a p e r s , Ri< h a u l Edson, Larry Flash Jenkins. Krlsty
Ga-
Swanson
os adultos aqui não c o m p r e e n d e m os adolescentes sob seus cuidados: n e m
o s pais d e Ferris n e m o s u p e r v i s o r d a escola (Jeffrey J o n e s ) , q u e a d o t o u c o m o s u a m i s s ã o d e v i d a a p a n h a r Ferris e m f l a g r a n t e delito. O s a d u l t o s s ã o m e r o s f i g u r a n t e s , p o i s o f i l m e é r e a l m e n t e d o e l e n c o d e a p o i o : R u c k ( q u e t i n h a 30 a n o s d e i d a d e q u a n d o f e z o p a p e l d o a d o l e s c e n t e C a m e r o n ) , J e n n i f e r G r e y ( c o m o a I r m ã m a l - h u m o r a d a d e Ferris, f a r t a da
popularidade
d o s e u I r m ã o ) , M i a S a r a ( c o m o S l o a n e , a n a m o r a d a d e Ferris). M a s , a c i m a d e t u d o , M a t t h e w Broderick rouba a cena no papel do adorável e exuberante personagem principal.) B
/II
r u A / Alemanha Ocidental
Snake,
(Black
C r o k e n b e r g e r , I s l a n d ) 107 m i n .
P&B Idioma:
DAUNBAILO
m
(DOWN BY LAW)
iinema i n d e p e n d e n t e
Há m u i t o respeitado c o m o a maior personalidade do inglês
Direção: Jim Jarmusch Produção: Alan Kleinberg, Tom Rothmanjim Roteiro: Jim
Stark
s e u m e m o r á v e l l o n g a d e 1986, r e s u m e s e u
resse e estilo a n t i - h e g e m ô n i c o s e se desenrola dentro de u m universo criativo selado e longe das d e m a n d a s
de retorno de bilheteria
t
inte-
hermeti
ou dos requisitos
de
u m a satisfação imediata das platéias.
Müller
M ú s i c a : J o h n Lurle, T o m
Waits
Elenco: Tom Waits, John
Lurie,
Roberto Benigni, Nicoletta ! lien B a r k i n , Billie N e a l ,
a l t a m e n t e i d i o s s i n c r á t i c o s . Daunbailó,
camente
Jarmusch
fotografia: Robby
americano,
o roteirista e diretor J i m J a r m u s c h é b e m c o n h e c i d o por seus filmes não-comerciais
Braschi,
Rockets
Redglare, Vernel Bagnerls, Tlmothea, L. C . D t a n e , J o y N . H o u c k J r . , C a r r i e 1 indsoe, Ralph Joseph, Richard Boes, 1lave Petitj'ean
Uma
(Roberto
Benigni), u m turista
italiano. Cada
u m deles acaba
preso - Jack e Zack
como
b o d e s e x p i a t ó r i o s por c r i m e s q u e n ã o c o m e t e r a m ; B o b e s t á c u m p r i n d o p e n a por ter co m e t i d o u m a s s a s s i n a t o e m a u t o d e f e s a . I n i c i a l m e n t e n ã o m u i t o a m i g á v e i s entre si, eles acabam
formando
laços de a m i z a d e e fugindo
para a relativa c a l m a da parte rural
dos
Estados Unidos. A trama é simples assim, c o m poucos adornos. C o n t u d o , essa forma concisa de J a r m u s c h é i m p o r t a n t e porque seus objetivos
Festival de Cannes: Jim Jarmusch, Indicação (Palma de Ouro)
história d e e n c o n t r o s f o r t u i t o s e d e a c a s o s , D a u n b a i l ó c o n t a as v i d a s inter-rela
c l o n a d a s d e J a c k ( J o h n Lurie), u m c a f e t ã o , Z a c k (Tom W a i t s ) , u m DJ d e s e m p r e g a d o , e B o b
muitas vezes e n g a n o s a m e n t e simples. Tomadas longas predominam c o m
são
composições
profundas d e m o n s t r a n d o técnicas exptessivas de f i l m a g e m e m preto-e-branco. Passatempos, como jogar cartas, enquadram me, que sempre mantém
um tom
e estruturam
de aventura
a s v i d a s d o s p e r s o n a g e n s . O fil
burlesca, s u p o s t a m e n t e transcorre
estado de Louisiana, embora claramente espelhe o m u n d o que conhecemos, m e s m o for a p e n a s através de outros
no se
filmes.
M u i t a s v e z e s se e q u i l i b r a n d o n u m a linha t ê n u e e n t t e a t é c n i c a a m a d o r í s t i c a e o brlI h a n t l s m o p r o f i s s i o n a l , Daunbailó
evita c l i c h ê s e as restrições u s u a i s de e s p a ç o e lugar.
Ele c o n t é m brigas d o m é s t i c a s , u m m í n i m o de e x p o s i ç ã o para a c o m p r e e n s ã o da ç ã o na
ptisão e u m a
fuga
inexplicável através do sistema
filme passa por u m c o n j u n t o de cenários de f o r m a q u a s e
situa-
de esgotos. Depois disso
o
improvisada.
Este é u m filme obrigatório para os fãs de J a r m u s c h . Até m e s m o para seus detratores ele a f i r m a os v a l o r e s da p r o d u ç ã o d e f i l m e s e m p e q u e n a escala n o s E s t a d o s
Unidos,
c o m o o p o s i ç ã o a o p a d r ã o h o l l y w o o d l a n o . S e j a c o m o for, o f i n a n c i a m e n t o d e J a r m u s c h vem
de fontes alemãs. De alguma
forma, seu t e m p e r a m e n t o , estilo e
comerciais ressoam com a tradição germânica, representada fotógrafo Robby Müller, que transforma inegavelmente belo.
GC-O
uma trama
(des)interesses
neste caso t a m b é m
pelo
relativamente desconexa e m
algo
UMA JANELA PARA O AMOR (vm)
I n g l a t e r r a ( C h a n n e l Four, C u r z o n ,
(A ROOM WITH A VIEW)
Goldcrest, Merchant-lvory, Nai
I .in.iil M e r c h a n t e J a m e s I v o r y t r a b a l h a v a m j u n t o s d e s d e 1963, m a s f o i s u a a d a p t a ç ã o
Idioma:
d o r o m a n c e d e E. M . F o r s t e r , Uma janela
Direção: James
1
para
(1985), q u e t o r n o u a d u p l a d e p r o -
o amor
1I111 1 e d i r e t o r f a m o s a p o r u m e s t i l o l u x u o s o d e é p o c a q u e f i c a r i a e v i d e n t e m a i s ' i n M i m e s c o m o V e s t í g i o s d o d i a e Retorno
d od r a m a
cinematográfico
e Ivory n ofilme
d eépoca
também
Verão
e aqui
vermelho
traba-
adaptou
In 11 l a m e n t e p a r a a t e l a a h i s t ó r i a d o d e s p e r t a r d e u m a j o v e m . L u c y ( H e l e n a B o n h a m
Car-
iri) é a mulher e m questão, q u e descobre m u i t o sobre a vida e o a m o r n o s c a m p o s da •
ana, enquanto
(Haniel
s e decide
entre
o s pretendentes
inglês Ivory
Produção: Ismail
Merchant
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala.
ia s e r d a d o a o t e r c e i r o m e m b r o d a e q u i p e , R u t h P r a w e r J h a b v a l a , q u e t i n h a c o m Merchant
tarde
a Howard's End.
M u i t o d ocrédito pela revitalização
lhado a n t e r i o r m e n t e
ll
F i l m F i n a n c e ) 117 m i n . T e c h n i c o l o i
George
(Julian
Sands)
e Cecil
Day-Lewis).
b a s e a d o n o l i v r o d e E. M . F o r s t e l F o t o g r a f i a : T o n y P l e r c e - R o b n 15 Música: Richard
Robbins
E l e n c o : M a g g i e S m i t h , H e l e n a l'.inili.n Carter, D e n h o l m Elliott, Julian
D e n c h , Fabla Drake, Daniel D a y I e w e . O s c a r : Ruth Prawer Jhabvala
S a n d s , e m s u a m e l h o r a t u a ç ã o n a tela, é u m G e o r g e a p a i x o n a d o , q u e beija a reser-
Sandl,
S i m o n C a l l o w , P a t r i c k G o d f r e y , |udl
(roteiro),
Gianni Q u a r a n t a , Brian Ackl.ind
Snow,
vada Lucy e m u m g r a m a d o c o m tons d e amarelo, e n q u a n t o Day-Lewis acerta n o t o m
B r i a n S a v e g a r , E l i o A l t r a m u i a (1 Inn a m i '
1 mi 110 o c o m p o r t a d o C e c i l ( I n c l u s i v e c o m o c a b e l o o l e o s o e a r a f e t a d o ) . M a s s ã o M a g g i e
a r t e ) , J e n n y B e a v a n , J o h n B r l g h i (lie.
Imith,
c o m o a a c o m p a n h a n t e excêntrica d e Lucy, c D e n h o l m
pai p r o g r e s s i s t a , q u e m a i s s e d e s t a c a m
Elliott, c o m o G e o r g e , o
n oelenco d eatores soberbos nesse
cenário
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : I s m a i l M m hinl ( m e l h o r f i l m e ) , J a m e s I v o r y (diretor) D e n h o l m Elliott (ator coadjuvante),
I'.iandloso e p i t o r e s c o . J B
M a g g i e S m i t h (atriz c o a d j u v a n t e ) , Tony Plerce-Roberts
OS FILHOS DO SILENCIO mm
E U A ( P a r a m o u n t ) 119 m i n . C o r
(CHILDREN OF A LESSER GOD) No p a p e l , e s t e f i l m e adaptação
talentosa
n h e r b a s , O s f/lhos
soa c o m o da peça d o silêncio
u m a produção teatral
n a qual
Idioma: Inglês Direção: Randa menor
para
s e baseia
a TV, m a s ,g r a ç a s a u m a
e duas
atuações
s e torna, e m v e z disso, u m filme
principais
provocante
que é
1 a m b é m u m a bela história d e amor. O
professor d elinguagem
u m a escola para surdos e encontra
Leeds (William
Hurt) vai trabalhar e m
u m a ex-aluna, Sarah N o r m a n (Marlee Matlln), q u e
. 11',0ra t r a b a l h a l á c o m o f a x i n e i r a . S a r a h , u m a j o v e m r a i v o s a q u e f o r a u m a d a s m e l h o r e s alunas da escola, i n i c i a l m e n t e resiste a o s e n c a n t o s e m é t o d o s de J a m e s - ele encoraja
q u e é deficiente
auditiva,
t e m u m excelente
desempenho
como
Sarah,
1 i i m u n l c a n d o - s e e m sinais c o m t a n t a fúria q u e a t r a d u ç ã o d e H u r t d e s e u s g e s t o s e m p a l a v r a s é v á r i a s v e z e s d e s n e c e s s á r i a , pois é p o s s í v e l ler a m e n s a g e m ai n a ç ã o
d e Hurt
sentimentalólde),
é sutil
(exatamente
enquanto
a diretora
Sugarman Roteiro: Hesper Anderson, baseado na
o necessário Randa
m m y p e l o d r a m a p a r a t e l e v i s ã o S o m e t h i n g about
para
evitar
e m s e u rosto. A
q u e o filme
se torne
Halnes (queanteriormente ganhara u m Amélia,
Medoff
Fotografia: John
Seale
Música: Mlchael
Convertlno
E l e n c o : W i l l i a m H u r t , M a r l e e M.11II11 Plper Laurle, Philip Bosco, Alie G o m p f , J o h n F. C l e a r y , P h i l i p I I n l i n i " . ,
eus a l u n o s a u s a r a v o z -, m a s a c a b a c e d e n d o e s e t o r n a s u a a m a n t e . Matlln,
Haines
Produção: Patrick J. Palmer, Bui 1
peça d e M a r k
d esinais J a m e s
(fotografia)
d e 1984) e x p l o r a l i n d a m e n t e o
i n u n d o silencioso d e S a r a h , e s p e c i a l m e n t e e m u m a cena e n t r e ela eJ a m e s n u m a
piscina,
onde J a m e s finalmente experimenta o m u n d o c o m o Sarah o percebe. Encantador. J B
G e ó r g i a A n n C l l n e , W i l l i a m D. I i y i i l Oscar: Burt S u g a r m a n , Patrk k I l a i ( m e l h o r f i l m e ) , H e s p e r A n d e i s n n , MariM e d o f f ( r o t e i r o ) , M a r l e e M a t l i n (.11 i l : ) I n d i c a ç ã o a o O s c a r : W i l l i a m I lui 1 (ator), Piper L a u r l e (atriz Festival de Berlim: Randa d o s l e i t o r e s d o Berliner
coadjuvante)
Halnes
(JÚfl
Moiue/ipie.i),
( U r s o d e P r a t a - p o r t e m a d e gi.imle I m p o r t â n c i a p a r a o p ú b l i c o ) , I n r l l i .11.111 (Urso de Ouro)
/II
PLAT001M (1986) Um
olhar violento m a s ainda assim c o m o v e n t e à Guerra
olhos de
um jovem
s o l d a d o , Platoon
continua
sendo
do Vietnã, vista através
um
dos filmes de guerra
f o r t e s já f e i t o s e u m d o s m e l h o r e s f i l m e s d o d i r e t o r e roteirista O l i v e r
Stone.
O primeiro dos f i l m e s da "trilogia do V i e t n ã " de S t o n e - os outros f o r a m em
4 de j u l h o , d e 1 9 8 9 , e E n t r e o c é u e u t e r r a , d e 1 9 9 3 -, Platoon
Nascido
narra as experiências de
C h r i s T a y l o r , d e 19 a n o s ( i n t e r p r e t a d o \ p o r C h a r l i e S h e e n ) , u m r a p a z i d e a l i s t a , d e m é d i a , q u e se apresenta
como voluntário
dos mais
classe
p a r a o E x é r c i t o , a l h e i o a o s h o r r o r e s q u e iria
encontrar. U m a vez n o V i e t n ã , s u a s c a r t a s para casa (narradas por Charlie, por vezes de forma
muito
próxima
a como
seu
pai, Martin
C o p p o l a s o b r e o V i e t n ã , A p o c a l y p s e Now recrutas e os dois sargentos
Sheen, narrou o épico de Francis
[1979]) d e t a l h a m s u a s r e l a ç õ e s c o m o s
que dividem
o pelotão - o hippic
Elias Grodin
(Willem
Dafoe), q u e usa drogas para fugir aos p e s a d e l o s e m torno dele, e o v i o l e n t o B o b (Tom
Berenger)
-, a m b o s
parecendo
estar envolvidos
em
uma
luta
Ford
outros
Barnes
pelo controle
do
pelotão e pela posse da a l m a pura de Chris. P/atoon apresenta u m a visão única sobre "guerras", c o m o u m t o d o , e sobre a Guerra do Vietnã, e m particular, e m grande parte porque o próprio Oliver S t o n e serviu
durante
o conflito e u s o u o filme para relatar as s u a s experiências c o m o u m j o v e m soldado. t U A ( C i n e m a 8 6 , H e m d a l e ) 120 m i n . Cor
cena
ele dirige a partir de t o d o s os p o n t o s
de vista
possíveis - então
a
Em
platéia
n u n c a t e m certeza s o b t e de o n d e virá o p r ó x i m o a t a q u e , g e r a n d o u m a s e n s a ç ã o d e a n -
idioma:
inglês/vietnamita
g ú s t i a , c o m o se v o c ê r e a l m e n t e e s t i v e s s e lá, v e n d o e s s e terrível e c a ó t i c o c o n f r o n t o
Direção: Oliver Stone P m d u ç ã o : Arnold
d e s e n r o l a r a o seu redor. C o m a ajuda d o c o n s u l t o r militar D a l c D y e , ele p r o d u z u m a
Kopelson
rie d e i m a g e n s
Roteiro: O l i v e r S t o n e lotografia: Robert Musica: Georges
Richardson
I harlle S h e e n , Forest
Rli h a r d E d s o n , K e v i n D i l l o n , R e g g i e lOhnson, Keith David, Johnny
Depp,
1 livid Neidorf, M a r k M o s e s , Chris Ivrii'isen, Tony Todd (melhor
1lime), Oliver S t o n e (diretor), Claire S i m p s o n (edição), John Wilkinson, n u h a u l D. R o g e r s , C h a r l e s G l e n z b a c h , l l m o n Kaye (som) iinlii a ç ã o a o O s c a r : Oliver S t o n e (ator
0 idjuvante), Willem Dafoe 1 isidjuvante), Robert
(ator
Richardson
(fotografia) I estivai de Berlim: Oliver Stone de P l a t a - d l t e ç ã o ) , i n d i c a ç ã o Ouro)
soal, tendo
l u t a d o p o r 10 a n o s p a r a q u e o r o t e i r o c h e g a s s e à s t e l a s . P a r a o s
dores, é u m clássico Inesquecível, autêntico e m o d e r n o .
Whitaker,
(inteiro), T o m Berenger
na q u a l n ã o há u m
rapaz patriota q u e aos poucos vai se tornando
(Urso
(Urso
JB
se sé-
herói
desilu-
d i d o c o m t u d o a q u i l o pelo q u a l a c r e d i t a v a lutar. Para S t o n e , o f i l m e foi u m t r i u n f o Dafoe,
11.1111 c s c o Q u i n n , J o h n C . M c G i n l e y ,
Oscar: Arnold Kopelson
intensas e c o n f u s a s da guerra - u m a guerra
holywoodlano, mas apenas u m
Delerue
Elenco: Tom Berenger, Willem
de
cada
pes-
especta-
CARAVAGGIO mm I n i Caravaggio,
I n g l a t e r r a ( B F I ) 93 m i n . T e c h n i c o l o i
Derek J a r m a n usa u m e s t ú d i o e m Londres e os sons da Itália d e
dias para criar u m
retrato impressionante do m u n d o
nossos
da arte r e n a s c e n t i s t a . O f i l m e
co-
meça c o m a m o r t e d e C a r a v a g g i o e m Porto E r c o l e m , o l h a n d o para sua vida passada
em
uma Roma decadente e entretendo seus implacáveis patronos c o m histórias de t
vida
roubadas
d eseus companheiros
energia
d e bares e alcovas. A sa t u a ç õ e s , d e s d e
Nlgel
Tcrrye Tilda S w i n t o n a Robbie C o l t r a n e e J o n a t h a n H y d e , são s u b l i m e s , e t a n t o os
cená-
rios d e C h r i s t o p h e r arte se t o m a pinturas
Hobbs
quanto
a música
d eFisher-Turner
são
impressionantes. A
vida q u e se torna atte q u a n d o J a r m a n sopra vidas biográficas nas
d e Caravaggio
enquanto
o artista
reflete,
sem
piedade
alguma,
maiores
sobre
própria vida d i v i d i d a e n t r e a v a i d a d e g r i t a n t e d o m u n d o da a r t e e os p e r i g o s
sua
excitantes
de u m universo e m q u e a violência e o sexo se c r u z a m . O
filme
é notável
pelas
seqüências
pelas
cenas
assustadoramente
cômicas
que
recriam
e mque
a sobras-primas
o s cardeais
g e m a s mortíferos e pelo extraordinário triângulo f o r m a d o prostituta Lena ( S w i n t o n ) e C a r a v a g g i o (Terry). U m um artista q u e realmente mostra
d e Caravaggio,
planejam
seus
estrata-
por R a n u c c i o (Sean Bean), a
dos poucos filmes biográficos
sobre
Idioma:
inglês
Direção: Derek
Roteiro: Derek
Radclyffe
Jarman
Fotografia: Gabriel Música: Simon
Beristaín
Fisher-Turner
Elenco: N o a m Almaz,
Dawn
A r c h i b a l d , S e a n B e a n , J a c k B l r k e i 1. Sadie Corre, U n a
Brandon-Jones,
I m o g e n Claire, Robbie Coltrane, g.III C o o p e r , Lol C o x h l i l , N i g e l
Davenpoii.
V e r n o n Dobtcheff, Terry
Downes,
Dexter Fletcher, Michael
Gough,
Jonathan Hyde, Spencer Leigh, I mile Nicolaou, Gene October,
Cindy
Oswin, John Rogan, Zohra Sehgal, Tilda S w i n t o n , L u c i e n Taylor, Terry, S i m o n
a q u i l o q u e está n ap o n t a d e s e u p i n c e l . CM
Jarman
Produção: Sarah
Nigel
Fisher-Turner
Festival de B e r l i m : Derek
Jarman
( P r ê m i o C.I.D.A.L.C.), ( U r s o de
Prata
forma visual), indicação (Urso
de
Ouro)
TAMPOPO - OS BRUTOS TAMBÉM COMEM SPAGHETTI (1986) (TAMPOPO)
J a p ã o ( I t a m i P, N e w C e n t u r y ) 114 m i n Cor Idioma: japonês Direção: juzo
juzo I t a m l dizia q u e este f i l m e , sua s e g u n d a c o m é d i a , era u m " w e s t e r n r a m e n " - r a m e n uma
forma
d espaghetti
chinês.
Itaml
expande
sua
abrangência
e mTampopo
incorporar o tipo d e peça narrativa associado ao trabalho de Luis B u ñ u e l . S e u s
para
assuntos
são comida, sexo e m o r t e , e seu ponto focal ostensivo é a abertura de u m restaurante m a s s a s . Ele n o s leva por d e n t r o de u m a o b s e s s ã o , c m m e i o a várias d i g r e s s õ e s c o m
de
uma
s a g a c i d a d e filosófica e s o m b r i a q u e é ao m e s m o t e m p o hilária e perturbadora. A heroína q u e dá título ao f i l m e ( N o b u k o M i y a m o t o ) , p r e o c u p a d a a p e n a s c o m é uma
mãe
chamado
viúva
Goro
determinada
(Tsutomu
a dominar
Yamazaki),
a arte d oramen c o m
u m motorista
a ajuda
de caminhão.
d eum
mentor está
acompanhado
por sua a m a n t e t a m b é m vestida de branco, que está p r e o c u p a d o c o m c o m i d a , sexo, m o r t e c c i n e m a . I n i c i a l m e n t e v e m o s o g á n g s t e r s e n t a d o na p r i m e i r a fileira d e u m c i n e m a de u m a
suntuosa
íampopo.
Várias
mesa de comida, ostensivamente digressões
estendem
esses
temas
diante
preparando-se para ver a história d e Inter-relacionados
para
incorporar
como
e mOsoshiki,
o interesse
final
d e Itami
parece
ser
llaiiil.
Tamaoki
Roteiro: Juzo
Itami
Fotografia: Masaki Música: Kunihiko
Tamuta Murai
Miyamoto, Ken Watanabe,
NobUKO Koji
Y a k u s h o , M a r i o A b e , I z u m i H a i a , IsaO Hashizume, Hisashi
Igawa,
Toshimune Kato, Yoshi Kato, Yoshihiro Kato, Fukumi
Kuroda,
N o b u o N a k a m u r a , M a r i k o Okada, S h u j i O t a k i , R y u t a r o O t o m o , Yoshlhll Saga, Kinzoh Sakura, Setsuko
Shlno,
Hitoshi Takagi, Choei Takahashi. Al m Tanaka, MasahikoTsugawa,
temas típicos do cinema japonês c o m o traição, pobreza, família e culpa. Assim
Yasushi
Elenco: Tsutomu Yamazaki. comida,
S u a história
e n t r e l a ç a d a c o m a d e u m g á n g s t e r rico e s e m n o m e q u e se v e s t e d e b r a n c o ,
Itaml
Produção: Seigo H o s o g o e j u z o
Rtklya
Yasuoka o d e explorar
t a m b é m o de ridicularizar a l g u n s dos paradoxos da sociedade japonesa, inclusive os giram e m torno de classe e etiqueta, e ele o faz c o m grande energia e criatividade.
e
que JRos
/I'.
H o n g - K o n g ( C i n e m a City) 104 m i n .
DO MA DAAN
Cor
Q u a n d o o c i n e m a de H o n g - K o n g pós-new w a v e dos anos 80 chegou ao Ocidente, seus
Idioma:
cantonês
D i r e ç ã o : Tsui
a d m i r a d o r e s ficaram extasiados pela habilidade daquela
Hark
do que
Hark
título Kwok
lotografia: Poon Música: James
Hang-Sang
Wong
Elenco: Brlgltte Lin, Cherie C h u n g , •..illy Y e h , K e n n e t h T s a n g , W u
( l i n i n g K w o k K e u n g , Ku Feng, Lee
Ini
estava
da
sendo
grande
quanto
diretor
Hark,
Tsui
produzido e m
leva
abundância
de
80
D o ma
ao
de
("Blues
daan
mesmo
Hollywood
Hong-Kong
tempo
da
naquela
de
esses
Ópera
Pequim"), o épico
de
elementos
e desafiador
da
em
outro
tamanha
histórico
gravidade,
E n t r e l a ç a n d o as aspirações d e três protagonistas do sexo f e m i n i n o - a filha d e
seus destinos se cruzam
n o teatro, Tsui t a m b é m
mistura de gêneros cinematográficos com
melodrama Os
Kong.
(Cherie
consegue
criar
habilidade i m p e c á v e l para englobar
temas
políticos
e
questões
de
sexo
que
são
colocados
dentro
da
narrativa
Hoje só n o s é possível
assistir a o f i l m e e refletir sobre essa
Hong-
pura explosão
prazer c i n e m a t o g r á f i c o c o m u m a nostalgia ácida - os ú l t i m o s f i l m e s d e Tsui t ê m c o n f u s o s , as três p r o t a g o n i s t a s e n c a n t a d o r a s já se a p o s e n t a r a m d a s telas e a d e c i n e m a d o I n í c i o d o s é c u l o 21 e m H o n g - K o n g e s t á e m v i o l e n t o d e c l í n i o .
Direção: Oliver Stone Produção: Gerald Green, Oliver Stone Boyle
Richardson
indústria
TCr
O MARTÍRIO DE UM POVO 0986)
O g r a n d e salto c o m o diretor para Oliver S t o n e veio a p ó s u m a série d e roteiros - Incluindo O
expresso
Richardson
da
meia-noite,
e
Scarface
Ano
do
dragão
que
-
resultaram
em
sucessos
controversos nas bilheterias. E m e x t r e m o contraste c o m a política reacionária c o racismo desses
Delerue
lotografia: Robert
SALVADOR
de sido
(SALVADOR)
I d i o m a : inglês / espanhol
Música: Georges
o
histórico, a farsa e a ação c o m a r a m e s , c o m u m resultado formidável.
f o r n e c e m u m a s e g u n d a leitura f a s c i n a n t e para este clássico c o n t e m p o r â n e o de
lotografia: Robert
um
q u e luta para se infiltrar na c o m p a n h i a de ópera t o t a l m e n t e m a s c u l i n a d e s e u pai (Sally
uma
Roteiro: Oliver S t o n e , Rick
se
1913.
general c o m c o n e x õ e s r e v o l u c i o n á r i a s secretas (Brigitte Lin), u m a aspirante a acrobata
Chiing) - enquanto
I L M ( H e m d a l e ) 123 m i n . C o r
do
que
Yeh) e u m a mercenária criadora de intrigas q u e está à procura de jóias roubadas
'.an
criar
ausentes
época. Talvez n e n h u m
contenha
vertiginoso
desenrola na Ópera de P e q u i m e m torno de
Ma,
Paul Chu, Hoi Ling Pak, M a r k Cheng,
1
indústria de cinema
e n t r e t e n i m e n t o popular c o m I m a g i n a ç ã o e inteligência - qualidades e m geral
1'rodução: C l a u d i e C h u n g C h u n , Tsui
R o t e i r o : W a i To
0986)
ao
apoio
a m e r i c a n o à repressão brutal e fascista na A m é r i c a Latina. Escrito c o m viradas na
primeiros
filmes,
Salvador
é
um
ataque
abertamente
esquerdista
trama
Elenco: James W o o d s , James Belushi,
d e s c a r a d a m e n t e m e l o d r a m á t i c a s , d i s p a r a n d o respostas e m o c i o n a i s na platéia e dirigido
M i , li.n'l M u r p h y , J o h n S a v a g e , E l p l d i a
c o m u m a força cinética e n v o l v e n t e da primeira à ú l t i m a d a s i m a g e n s , p e r m a n e c e
' irrlllo, l o n y P l a n a , C o l b y C h e s t e r ,
u m m o d e l o para os f i l m e s posteriores do diretor. T a m b é m é o primeiro de sua série
1 v i u In.1 G i b b , W i l l M a c M i l l a n , V a l e r i e
lições de História e m q u e u m a m e r i c a n o c o m u m precisa e n f r e n t a r a v e r d a d e por trás das
Wililm.in, José Carlos Ruiz, Jorge 1
like,
In.in F e r n a n d e z , S a l v a d o r
'..nu I n v , R o s a r i o
Zúniga
Indicação ao Oscar: Oliver Stone, Rh k B o y l e (roteiro), J a m e s (ator)
Woods
verdades oficiais - o S o n h o A m e r i c a n o , propaganda do governo, etc. - e acaba a u m p o n t o s e m retorno n o qual precisa reavaliar sua visão de Salvador amigo
DJ,
acompanha Dr.
Rock
o jornalista
(James
Belushi),
do
mundo
que
como de
chegando
mundo.
real R i c h a r d B o y l e ( J a m e s W o o d s ) e s e u
viajam
para
o
que
esperam
ser
um
feriado
ensolarado cheio de sexo barato, drogas e rock'n'roll. Ao c h e g a r e m a s e u destino, c o n t u d o , s e v ê e m e m m e l o a u m a g u e r r a civil t ã o v i o l e n t a q u e n ã o p o d e m deixá-la d e lado. A i n d a q u e o f i l m e n ã o m o s t r e a c o m p l e t a b r u t a l i d a d e e m El S a l v a d o r d u r a n t e " o s e v e n t o s o c o r r i d o s e m 1980-81" ( s e g u n d o os dizeres na a b e r t u r a d o f i l m e ) , e s t a j o r n a d a n o interior d e u m i n f e r n o na Terra b e m a o l a d o d o s E s t a d o s U n i d o s p e r m a n e c e c o m o u m t e s t e m u n h o
intransigente
c o m o v e n t e da política exterior norte-americana e m u m d e seus piores m o m e n t o s .
/tf.
MT
e
TOP GUN - ASES INDOMÁVEIS
ussei
EUA (Paramount) n o min. Metroroloi
(TOP GUN)
Idioma:
d n ú m e r o d e inscrições no p r o g r a m a d e pilotos d e caça da M a r i n h a d o s E s t a d o s
Unidos
aumentou consideravelmente após o lançamento desta h o m e n a g e m regada a testosterona a o s h o m e n s q u e g o s t a m d e v e l o c i d a d e s e x t t e m a s . Para os q u e a s s i s t i r a m a o f i l m e , In a f á c i l e n t e n d e r a s r a z õ e s . T o m C r u i s e , n o p a p e l q u e o t r a n s f o r m o u d e
adolescente
Ininitinho e m astto, é Maverick, u m piloto na escola para f o r m a ç ã o a v a n ç a d a d e pilotos
inglês
Direção: Tony
Scott
P r o d u ç ã o : Jerry B r u c k h e i m e i ,
Don
Simpson R o t e i r o : J i m C a s h , J a c k E p p s Jr.. baseado no artigo de Ehud Yonay F o t o g r a f i a : J e f f r e y L. K i m b a l l
de caça T o p G u n , e m S a n D i e g o , na C a l i f ó r n i a . Ele n ã o lida b e m c o m a a u t o r i d a d e , b a t e n -
M ú s i c a : Harold Faltermeyer,
do de frente c o m s e u superior, M i c h a e l Ironside, e t e m dificuldade e m se c o m p r o m e t e r ,
Moroder
o q u e causa p r o b l e m a s q u a n d o se apaixona pela insttutora d e v ô o (Kelly McGlllls).
E l e n c o : T o m Cruise, Kelly McGlllls, Val
A a t u a ç ã o m á s c u l a m a s " l á - n o - f u n d o - s o u - u m - c a r a - s e n s í v e l " d e C r u i s e a g r a d o u à platéla f e m i n i n a , s o b r e t u d o g t a ç a s à s u a s e r e n a t a n o bar, o n d e c a n t a " Y o u ' v e L o s t T h a t L o v i n ' Feelin'" para u m a e s p a n t a d a McGillls. M a s as cenas até hoje imbatíveis d e a ç ã o e m v ô o são a verdadeira razão para se g o s t a r deste f i l m e . O diretor Tony S c o t t , q u e t e m s e u s m o m e n t o s d i r i g i n d o f i l m e s d e a ç ã o r á p i d a ( c o m o O último
Boy
melhores
S c o u t [1991] e D i a s d e t r o v ã o
IO]), p a s s a p o u c o t e m p o c o n t a n d o a h i s t ó r i a d o r o m a n c e c d o s c o n f l i t o s p e s s o a i s p a r a poder encher o filme c o m cenas de perseguição de caças e exibições aéreas Impressionant e s indomáveis
traz u m a trilha sonora cheia d e sucessos e u m g r u p o d e j o v e n s atores
(Meg Ryan, Val Kilmer e A n t h o n y Edwards) q u e vieram a se tornai grandes estrelas. J B
Giorgio
(canções)
Kilmer, A n t h o n y Edwards, T o m Skerritt, M i c h a e l Ironside, John S t o c k w e l l , Barry Tubb, Rick R o s s o v h h , T i m R o b b i n s , C l a r e n c e G l l y a r d Jr„
Whip
Hubley, J a m e s Tolkan, M e g Ryan, Adrian
Pasdar
O s c a r : Giorgio M o r o d e r , T o m W i l l i lock (canção) I n d i c a ç ã o a o O s c a r : Cecelia
Hall.
G e o r g e W a t t e r s ( e f e i t o s e s p c i I a Is sonoros), Billy W e b e r , Chris
fcbni/on
(edição), Donald 0. Mitchell, Kevin O ' C o n n e l l , R i c k K l i n e , W i l l i a m B, Kaplan (som)
l\l
E U A ( F i r s t R u n F e a t u r e s ) 157 m i n . C o r I d i o m a : inglês
SHERMAN'S MARCH
(1986)
E m a l g u m m o m e n t o e m m e a d o s da d é c a d a d e 50, e q u i p a m e n t o s d e f i l m a g e m
Direção: Ross
McElwee
de sincronismo de som, combinando
Roteiro: Ross
McElwee
magnética, foram desenvolvidos e m paralelo nos Estados
Fotografia: Ross
McElwee
Elenco: Ross M c E l w e e , Burt Reynolds, t harleen
Swansea
dotados
u m a c a m e r a d e i 6 m m c o m u m g r a v a d o r de fita U n i d o s e na Europa.
Final-
m e n t e , a gravação de s o m podia ser tão imediata q u a n d o a captura dos eventos em
filme. Assim
nasceu
o movimento
de documentários
conhecido
como
reais
cinema
v e r l t é - c i n e m a v e r d a d e -, t a m b é m c h a m a d o d e d i r e c t c i n e m a o u a p e n a s C V . N o i n í c i o , os gravadores
de fita e r a m
l o n g o d o s a n o s 60L suíça
"portáteis"),
mas, ao
t o r n a r a m - s e c a d a v e z m e n o r e s e m a i s l e v e s . E m 1970, a
muito
pesados
(ainda
que fossem
empresa
Nagra lançou, o Nagra S N , u m gravador d e alta q u a l i d a d e p e q u e n o e leve o sufi-
c i e n t e para ser c a r r e g a d o d e n t r o d o bolso (grande) d e u m c i n e a s t a . C o m Isso, a s e q u i pes d e d u a s p e s s o a s d o C V p o d i a m agora ser reduzidas a p e n a s ao c i n e a s t a . mente que alguns desses novos cineastas "autocontidos" c m pouco tempo
Natural-
começaram
a u s a r a si m e s m o s c o m o s u j e i t o s d e s e u s f i l m e s , e, l o g o e m s e g u i d a , o " f i l m e - d l á r i o " se tornou o novo gênero de documentário.
Sherman Cidadão
M a r c h (A m a r c h a do gênero
Kane
recebido
por muitos
de
de S h e r m a n ) , de Ross M c E l w e e , p o d e ser visto c o m o filmcs-dlários. Assim
críticos Influentes
como
como
Kane, Sherman's
algo c o m p l e t a m e n t e
novo
no
o foi
March
cinema
norte-americano, m a s sua maior realização estava m e n o s e m sua originalidade do que na
forma
como
ele juntava
e aperfeiçoava
técnicas
e a b o r d a g e n s já
presentes
nos
primeiros diários f i l m a d o s . M c E l w e e , originário da Carolina do Norte c aluno d e Ricky Leacock c Ed Pinctis n o MIT, decidiu fazer u m f i l m e sobre os efeitos ainda em
sua
época
da
derrota
sofrida
pelo
Sul
durante
a
Guerra
de
persistentes
Secessão.
c o n c e n t r o u , e s p e c i f i c a m e n t e , sobre a d e v a s t a ç ã o c a u s a d a pelo terrível General
Ele
T. S h e r m a n . C o n t u d o , q u a n d o i a c o m e ç a r a f i l m a r , s u a n a m o r a d a d e m u i t o s a n o s minou
com
ele. Sua
volta
para
casa
em
busca
dos rastos
de
Sherman
se
William ter-
tornou-se
t a m b é m u m a tentativa de encontrar u m a paixão. D i f e r e n t e m e n t e dos filmes de CV feitos no Início d o s a n o s 60, c o m suas equipes camera
i n v i s í v e i s , e m S h e r m a n ' s March
vemos
McElwee
Interagindo
c o m seus sujeitos à frente de seu equipamento. Tendo aprendido a segurar a sob o braço enquanto
mantinha
de
constantemente camera
contato visual c o m as pessoas, M c E l w e e tinha
um
talento notável para fazer c o m q u e as p e s s o a s f i c a s s e m m u l t o à v o n t a d e e n q u a n t o
as
filmava. Ele n u n c a
de
se permite u m a insinuação
maliciosa
ou assume
u m a atitude
condescendência diante m e s m o do mais estranho dos personagens que encontra. Ao longo d o filme, q u e levou cerca de cinco a n o s para ser f i l m a d o e editado, ele se deixou levar e m a l g u m a s t e n t a t i v a s de c o m e ç a r u m r e l a c i o n a m e n t o . N e n h u m deles d e u certo e alguns falharam d e forma cômica. Sua narração vai se t o r n a n d o cada vez m e n o s autocrítica até q u e , e m u m m o m e n t o excepcionalmente tocante, ele f i n a l m e n t e e m v o z a l t a , s e e s t á f i l m a n d o a s u a v i d a o u s e e s t á f i l m a n d o para
que
tenha
pensa,
u m a vida.
E m m e i o a t u d o isso, S h e r m a n ' s M a r c h n u n c a é p e s a d o e, q u a n d o t e r m i n a , n o s resta uma
emoção
ao reconhecermos
como
M c E l w e e foi eficaz a o capturar o espírito
dos
relacionamentos a m o r o s o s c o n t e m p o r â n e o s . Pode parecer "simples", c o m o u m a espécie d e f i l m e caseiro
sofisticado,
m a s o que o torna
McElwee, seu b o m humor e notável candura.
RP
artístico
é a alma
generosa
de
DAO MAZEI 000
C h i n a (Xi'an) 8 8 m i n . Cor
m a zei ( O l a d r ã o d e c a v a l o s ) , s e g u n d o l o n g a d e T i a n Z h u a n g z h u a n g ( a p ó s s e u
d e 1984, I
(1986)
Lie C h o n g z h a s h a ) , p a s s a d o n a s r e g i õ e s d e s e r t a s d o T i b e t e , é u m
filme
espetáculo
íidável d ep a i s a g e n s e cot. Talvez seja o m a i s pessoal d o s f i l m e s da " Q u i n t a ( i e B e i j i n g , na R e p ú b l i c a
Dan,
O s o n h o azul
Popular d aChina, pelo m e n o s
(1993). A o r i g i n a l i d a d e
e o domínio
Gera-
até o filme seguinte d e
de Tian
sobre s o m
e
imagem
C r i a m uma c o m u n i c a ç ã o d i r e t a p a r a a l é m d a s q u e s t õ e s i m e d i a t a s d a t r a m a s i m p l e s Ulme ( u m
ladrão ocasional
do
d ec a v a l o s é e x p u l s o d eseu clã p o r r o u b a r o f e r e n d a s d o
iciuplo) e da cultura regional ( c o m u m a a t e n ç ã o particular aos rituais b u d i s t a s para o s tos), e x p r e s s a n d o
u mmisticismo
ambiental
e ecológico
que
sugere
uma
Idioma:
mandarin
Direção: Tian
Zhuangzhuang
Produção: W u
Tian-MIng
Roteiro: Zhang
Rui
Fotografia: Z h a o Fei, H o u Y o n g Música: Qu
Xíao-Song
E l e n c o : D a n J i j i , G a o b a , j a y a n g jami 0 Tseshang Rinzlm, Daiba
nova
Klação entre o h o m e m e a natureza. Os papéis relativamente pequenos que diálogo e narrativa
têm, assim
como
o notável tratamento
das composições
c superposições,
rtzem c o m q u e o filme lembre alguns faroestes dos anos 20, ainda q u e esteja longe de li
cinema
mudo:
o scantos, percussão
e sinos
dos
rituais
budistas
e a bela
trilha
Minora são u m a parte essencial da textura do filme. Doo
ma z e i s o f r e u d u a s p e q u e n a s f o r m a s d e c e n s u r a d o g o v e r n o c h i n ê s a n t e s d e s e r
f i n c a d o . A i n t e n ç ã o d e T i a n era d e q u e o f i l m e n ã o t i v e s s e u m a d e m a r c a ç ã o d e
tempo.
' uiitudo, o g o v e r n o m u d o u o início do f i l m e d e forma q u e a data "1923" agora
aparece
i.ipldamente
na tela a n t e s da primeira i m a g e m , s i t u a n d o a a ç ã o e m u m p e r í o d o espe-
1 ilico. A outra censura veio sob a forma da e l i m i n a ç ã o de corpos do primeiro dos
três
"enterros celestes" do filme. M a s a história - u m a parábola sobre u m ladrão
relutante
que, para
após
ser
o estilo modernista. O filme, c o n t u d o ,
foi
poder alimentar a sua
banido - permaneceu muito
pouco
visto
família, torna-se u m
intacta, assim c o m o
na China
minoritária e de seu ecletismo.
Continental
por
ladrão mais
conta
d e seu
metódico
foco
em u m a
cultura
JRos
A LUZ (1987) (YEELEN)
M a l i (Artificial Eye, Cissé, S o u l e y m a n e ) 105 m i n . F u j l c o l o i
A luz, u m a b e l a e h i p n ó t i c a f a n t a s i a d o d i r e t o r S o u l e y m a n e C i s s é , t r a n s c o r r e n a
antiga
I altura B a m b a r a de Mali. m u i t o antes q u e fosse invadido pelo Marrocos no século XVI. Um
jovem
mistérios
chamado
Niankoro
da natuteza
(Issiaka
Kane)
- o ukomo, a ciência
parte
com
dos deuses
o objetivo - com
d edescobnr os
a ajuda
d esua
( S o u m b a Traore) e d o tio (Ismaila Sarr). M a s S o m a ( N i a m a n t o S a n o g o ) , o pai de Niankoro, prepara
uma
trama
para impedi-lo
mãe
ciumento
d edecifrar os e l e m e n t o s d o s
rituais
Idioma:
bambara/francês
Direção: S o u l e y m a n e Cissé Produção: Souleymane Roteiro: Souleymane
Cissé
Cissé
Fotografia: Jean-Noël Ferragut, P a n Michel
Humeau
M ú s i c a : Salif Keita, M i c h e l
' . a g r a d o s d o s B a m b a r a e t e n t a matá-lo.
Portal
Elenco: Issiaka Kane, A o u a Sangaii',
A l é m de criar u m u n i v e r s o d e n s o e e x c i t a n t e q u e devetia deixar G e o r g e Lucas verde de inveja, Cissé filma suas i m a g e n s i m p r e s s i o n a n t e s e m
N i a m a n t o S a n o g o , Balia
Moussa
Fujicolot e a c o m p a n h a
a sua
K e i t a , S o u m b a T r a o r e , I s m a i l a Sarr,
II isto ria c o m u m a t r i l h a e s p a r s a , h i p n ó t i c a e p e r c u s s i v a . M i s t u r a n d o h a b i l m e n t e
coisas
Youssouf Tenin Cissé, Koke
iiiviais
com
profundos
mistérios, esta
obra
formidável
ganhou
o prêmio
d ojúri n o
f e s t i v a l d e C a n n e s e m 1987. C o m o u m t o d o , A l u z é u m a a p r e s e n t a ç ã o I d e a l a u m que, j u n t o c o m O u s m a n e S e m b è n e , é u m dos melhores da África.
JRos
diretor
Sang.uc
Festival de Cannes: Souleymane Cissé (prêmio do júri e c u m é n i i o m e n ç ã o especial), (prêmio do lun). e m p a t a d o c o m S h i n r a n : Sfilrol m u In. indicação (Palma de Ouro)
/VI
A l e m a n h a O c i d e n t a l / França (Argos, Roa d M o v i e s , W D R ) 127 m i n . P & B /
Cor Idioma: a l e m ã o / inglês / francês Direção: W i m
Wenders
1'rodução: A n a t o l e D a u m a n ,
Wim
Wenders Roteiro: Peter Handke, W i m
Wenders
Fotografia: Henri Alekan Musica: Jürgen
ASAS DO DESEJO (mi) (DER HIMMEL ÜBER BERLIN) Escrito
Peter
guarda
invisíveis m a s
apaixona
Handke,
Asas
do
F e i n I alk, H a n s M a r t i n Stier, E l m a r Beatrice Bruno
suntuosa
mundos
- o dos humanos
fantasia
de
da
e o de seus anjos
da
palpáveis - por m e i o de Damiel (Bruno Ganz), u m
anjo que
foi a c l a m a d o pela crítica e g a n h o u h o n r a r i a s e m m u i t o s f e s t i v a i s d e c i n e m a ,
de
1946, o c é u
humanos
Wim
e a beleza s u p r e m a
se
e no
de W e n d e r s
é
o clássico de Mlchael Powell e Emeric
outro,
mostrado
em
incluindo
lançado.
preto-e-branco, e n q u a n t o
o
Pressburger mundo
ganha vida e m cores fortes, c o m a ajuda do trabalho do lendário
H e n r i A l e k a n , q u e t a m b é m t r a b a l h o u e m A bela
dos
fotógrafo
d e J e a n C o c t e a u (1946). D o
e a fera,
alto
de prédios c apoiados c m estátuas, os anjos observam. U s a n d o capas de chuva e sor-
ROSaz, L a u r e n t P e t l t g a n d , Chlck 1 m e g a , Otto Kuhnle, Christoph
desejo,
por u m a m o r t a l . A t m o s f é r i c o , elegíaco e de a n d a m e n t o c o m p a s s a d o , o filme
C o m o errp N e s t e mundo
D o m m a r t i n , Otto Sander, Curt Bois,
1estival de C a n n e s : W i m
com
a divisão de Berlim, os efeitos do Holocausto
o prêmio de Melhor Diretor e m Cannes q u a n d o
Knieper
M a n o w s k l , Lajos Kovács,
parceria
vida, a de ousar escolher entre dois
llenco: Bruno Ganz, Solveig
Wilms, Sigurd R a c h m a n ,
em
W c n d e r s , abarca
Merg
Wenders
(diretor), I n d i c a ç ã o ( P a l m a d e Ouro)
risos de M o n a
Lisa, s ã o Invisíveis, exceto para as c r i a n ç a s e os c e g o s , q u e s e n t e m
sua
presença. Os anjos tudo v ê e m , t u d o s e n t e m , e assim su r g e m ao lado dos mortais
em
momentos
angustiantes,
acidentes. Embora
não
freqüentando
possam
afetar
quartos
solitários,
diretamente
as ações dos
trazem lampejos de esperança a o n d e antes havia apenas Mas,
quando
o
anjo
Damiel
vai
ajudar
t r a p e z i s t a q u e t e m m e d o d e cair, ele c o m e ç a
bibliotecas
Marion
e
cenas
h u m a n o s , os
de
anjos
escuridão.
(Solveig
Dommartin),
uma
bela
a desejar as pequenas coisas c o m u n s
q u a i s os h u m a n o s n ã o d ã o m a i s valor: tocar, abraçar, ser visto. E m u m set de
às
filmagem
ú m i d o a m b i e n t a d o e m u m p r é d i o e m r u í n a s , P e t e r F a l k ( r e p r e s e n t a n d o a si m e s m o ) um
homem
misterioso:
televisão, m a s é t a m b é m
ele é o
ator f a m o s o
pelo
personagem
o único h u m a n o que cumprimenta
Columbo
da
série
Damiel diretamente.
é de
Em
u m c a f é , Falk e s t e n d e a m ã o para o a n j o , d i z e n d o " E u n ã o p o s s o vê-lo, m a s e u sei
que
v o c ê e s t á aí", s e m e x p l i c a r n a d a . A n t e c i p a n d o - s e a o s e s p e c t a d o r e s . W e n d e r s deixa
que
Falk seja d u a s v e z e s c h a m a d o
Indiretamente de "Columbo", u m
recurso que diverte
d e s p e r t a a platéia, t o r n a n d o a vivência d o f i l m e m e n o s onírica e m a i s real. Incitado
ter sido r e c o n h e c i d o por Falk, D a m i e l d e c i d e "cair de c a b e ç a " literalmente cal e m direção à sua própria
e
por e
mortalidade.
Inspirado pela poesia de Rainer Maria Rilke. o ritmo lento de Asas do desejo é essencial
para
o
clima
da
história.
É
preciso
t e m p o para c o n t e m p l a r as p e r g u n t a s q u e só as c r i a n ç a s f a z e m , c o m o "Por q u e e u sou eu e n ã o você? Por q u e estou aqui e ali? Q u a n d o o t e m p o c o m e ç o u e o n d e o e s p a ç o a c a b a ? " . O mento cadenciado
Inevitavelmente
leva a platéia a u m
mundo
no qual as prioridades são m a i s claras e a vida e m geral cheia de esperança. A popularidade deste filme fundo,
deste filme
n u a ç ã o [Tão
longe,
"com tão
perto,
uma de
não
anda-
mais
lânguido,
m e n s a g e m " , exigia
uma
1989), a s s i m c o m o a
pro-
conti-
Inevitável
r e f l l m a g e m h o l l y w o o d l a n a : o d r a m a r o m â n t i c o Cidade dos anjos (1998), c o m M e g R y a n e N l c h o l a s C a g e n o s p a p é i s p r i n c i p a i s .
'
l'i
KK
H o n g - K o n g ( G o l d e n H a r v e s t ) 101
min.
Idioma:
cantonês
Direção: Jackie
A
Chan
Produção: Willie Chan, David Lam,
Chan
Fotografia: Yiu-Tsou
é
simples:
o
diretor
e
protagonista
Real de H o n g - K o n g na virada
Jackie
Chan
Interpreta
um
figurão
d o século XIX. Ele se d i s p õ e a a c a b a r c o m navios ao sul da costa da China e
expor u m traidor q u e está e n t r e os s e u s oficiais. Essa é toda a história, m e s m o . Cheung
Anthony Chan, Wai-Man Chan, John t Inning, Maggie Cheung, M u i
Sang
tan, Kenny Ho, Ricky Hui, Regina Hoi-Shan K w a n ,
da um
precisa Existem
os m o c i n h o s e os b a n d i d o s . N ã o há a m b i g ü i d a d e s m o r a i s n e m áreas n e b u l o s a s . T e m o s
Elenco: Jackie Chan, Kenny Bee,
Kent,
trama
Marinha
grupo de piratas que saqueiam e depredam
I dward Tang Roteiro: Jackie
PROJETO CHINA 2 - A VINGANÇA m i ) ("A" GAIWAK J U K J A P P )
Cor
Rosamund
K w a n , Benny Lai, Ben L a m , David
dúvidas de que o herói vencerá os bandidos? Claro que não. N i n g u é m assiste a u m
fil-
m e de Jackie Chan pelo enredo. O enredo é apenas u m a estrutura, u m a simples desculpa para C h a n a p r e s e n t a r e l e t r i z a n t e s s e q ü ê n c i a s u m a a p ó s
outra.
Para C h a n , o q u e estiver e m volta - u m a sala a p e r t a d a , u m telhado ou u m cheio de gente - totna-se, c o m freqüência, u m
parque de diversões e u m
mercado
percurso
de
I a m , W a l L a m , Carina Lau, Siu-Ming
resistência. A arquitetura e os objetos à m ã o p o d e m ajudá-lo ou machucá-lo à
medida
i a n , Hoi S a n Lee, Siu-Tin Lei, F o n g
q u e e l e m e r g u l h a , e s q u i v a - s e , rola e s e c o n t o r c e para livrar-se d o c o n t i n g e n t e
Inesgo-
Liu,
tável de bandidos que sempre o perseguem, determinados
Ken Lo, Ray Lui, S a m Lul, M a r s ,
H o z l d a r S m l l j a n i c , P o T a i , Bill T u n g , I ting W e i
Wang
a esmurrar,
c h u t a r e,
geral, triturá-lo d e p a n c a d a s . Observá-lo escapar, pular, girar c i m p r o v i s a r durante uma
pancadaria
uma
no
fuga
brutal é equivalente a experimentar a alegria e hilaridade
do
m e t i c u l o s o t l m i n g c ô m i c o d a s a n t i g a s c o m é d i a s - p a s t e l ã o . Ele faz parecer fácil, m a s as c e n a s cortadas do filme, q u e são exibidas d u r a n t e os créditos finais ( u m a tradição filmes de Jackie Chan), revelam trabalhar. Chan
se m a c h u c o u
que o cenário é u m
virtualmente
em
cada
lugar um
bastante perigoso
de seus filmes. Não
único osso que ele não tenha quebrado, pelo m e n o s u m a aquela q u e nos proporciona toi m i n u t o s de e n t r e t e n i m e n t o
vez, na
sua competência
busca de sua
filme, s o m e n t e maior". Aqui encontramos Chan
era j o v e m , r á p i d o e ágil, a n t e s q u e a i d a d e e t o d o s os o s s o s q u e b r a d o s AT
se um
arte,
2 segue o no ápice
c o m o cineasta, coteógrafo e artista de lutas marciais, q u a n d o
c o m e ç a s s e m a diminuir seu ritmo.
há
despretensioso.
M a s p o r q u e e s c o l h e m o s a c o n t i n u a ç ã o e m v e z d o o r i g i n a l ? P r o j e t o China d i t a d o de ser " o m e s m o
nos
para
de
ainda
inevitavelmente
A FESTA DE BABETE (in?)
Dinamarca
(I ABETTE'S FEAST) m c o n h e c e o livro original d e Isak D l n e s e n precisa concordar q u e o f i l m e de Gabriel Áxel, a l é m d e s e r u m a p é r o l a e m v á r i o s o u t r o s s e n t i d o s , é u m e x e m p l o s u b l i m e d a a r t e da a d a p t a ç ã o . T r a n s f e r i r a h i s t ó r i a d e u m a c i d a d e n a N o r u e g a culo varrido inieligente austeras
pelo v e n t o
nacosta
n a estratégia
levadas
pelas
d e Áxel
duas
daJutlândla,
na Dinamarca,
d e repensar
irmãs
idosas
para u m vilarejo
todo
foi apenas
o relacionamento
que Integram
u m começo
entre
a comunidade
minús-
a s vidas
religiosa d o
vilarejo e o h e d o n i s m o s u n t u o s o d o b a n q u e t e preparado u m a única v e z para elas e s e u s i ompanheiros liitlãndla c o m o
d edevoção
por Babete
refugiada das c o m u n a s
(Stéphane
Audran), a empregada
que chega à
i onsistentemente carinhosa, bem-humorada
contemplação
e s á b i a d o a m o r , d a fé e d a a r t e . A s e g u n muito desconfiado)
das
Iguarias p r e p a r a d a s p e l a c h e f n ã o r e c o n h e c i d a . C o m o B a b e t e ( c P r ó s p e r o , q u e parece t e r criação
d e Dinesen), Áxel
também
se m o s t r o u
u m
mago
filme
c o m este
modesto m a s incrivelmente ressonante c generoso. Contou c o m a ajuda de seus atores, v á r i o s d e l e s f a m i l i a r e s devido a c l á s s i c o s d e B e r g m a n e D r e y e r . E A u d r a n ,
uma
gourmet, evidentemente
saboreia cada
Idioma: dinamarquês / sueco / francês Direção: Gabriel
Axel
P r o d u ç ã o : j u s t B e t z e r , B o Chrlstenill R o t e i r o : G a b r i e l A x e l , b a s e a d o no livro d e Isak
Dinesen
Fotografia: Henning
Kristlansen
M ú s i c a : Per Nargaard
F e d e r s p i e l , B o d i l Kjer, Jarl K u l l c , l e . I N
d a metade c o n s i s t e d a p r e p a r a ç ã o e d o d e s f r u t e ( i n i c i a l m e n t e
a
Panorama)
Elenco: S t é p h a n e Audran, Blrgltte
parisienses.
C o m o e por q u e B a b e t e surge na Jutlândla é a primeira m e t a d e dessa
inspirado
(Det Danske,
102 m i n . E a s t m a n c o l o r
momento
de sua atuação
sabidamente
sublime de
dar
Philippe L a f o n t , Bibi A n d e r s s u n
Thomas Antoni, Gert Bastian. Vlggo Bentzon, Vibeke Hastrup, Therese Hojgaard Christensen, Pouel Cay
KEIN,
Kristlansen
Oscar: Dinamarca (melhor
filme
estrangeiro) Festival de C a n n e s : Gabriel
Axel
(prémio do júri e c u m é n i c o
água n a b o c a . CA
Ghll i
N o r b y , A s t a E s p e r , H a g e n Andersen,
nçtO
especial)
ARIZONA NUNCA MAIS {mvn
E U A (Circle) 9 4 m i n . Cor
(RAISING ARIZONA)
Idioma:
i) s e g u n d o f i l m e e x c e p c i o n a l m e n t e criativo d o s i r m ã o s C o e n deixa para trás o lado nolr de G o s t o de sangue igualmente
(1984). T e m o s , e m v e z d i s s o , e s t a c o m é d i a
intricado), e mestilo caricato, quase
como
exagerada (ec o m u m
u m desenho animado.
1 a g e é u m ladrão d elojas d ec o n v e n i ê n c i a , s e m p r e e n t r a n d o c s a i n d o
enredo Nicholas
d a prisão
a p a i x o n a r e c a s a r c o m a policial H o l l y H u n t e r . S e u c a s a m e n t o feliz u m t a n t o
até se
Improvável,
1o m o sd o i s m o r a n d o e m u m trailer, é a r r a s a d o q u a n d o ela d e s c o b r e q u e é estéril. l.izê-la f e l i z , e l e s e q ü e s t r a lugar. C o m o
s e n ã o fosse
motociclista
infernal
Para
u m dos quíntuplos de u m m a g n a t a da indústria d cm ó v e i s do ruim
(Raudal
o bastante
q u e o pai dos bebês tenha
" T e x " Cob) para
trazer d evolta
a criança
contratado u m e s evingar
. e q ü e s t r a d o r e s , o d e s t i n o d c C a g e fica a i n d a pior. S u a m u l h e r fica m u l t o z a n g a d a
dos
quando
ele recebe a visita d e dois f u g i t i v o s , o s e x - c o m p a n h e i r o s d e cela J o h n G o o d m a n e W i l l i a m
inglês
Direção: Joel
Coen
Produção: Ethan
Coen
Roteiro: Ethan Coen, Joel < oen Fotografia: Barry M ú s i c a : Carter
Sonnenfeld
Burwell
Elenco: Nicolas Cage, Holly
Hunter,
Trey W i l s o n , J o h n G o o d m a n . Willi.tin Forsythe, S a m McMurray, IRANI E S M c D o r m a n d , Randall "Tex" Cobb, I J K u h n , L y n n e D u m l n K l t e i , Petal B e n e d e k , C h a r l e s " L e w " S m i l h. Warren Keith, Henry Kendrli
k, Sldne)
Dawson
iirsythe, q u e t ê m planos próprios para o f a m o s o bebê desaparecido. A s I m p r o b a b i l i d a d e s f a r s e s c a s d c A r i z o n a nunca da e superpoética
m a i s d e s a p a r e c e m d i a n t e da a b s u r -
narrativa e m off q u e o sC o e n c o n c e b e r a m , c o m m a e s t r i a , para
seus
.i/arados, e d a s variações de frases pretensiosas e n ã o m u i t o brilhantes usadas pelo h e rói.
O filme é tão intensa
e inteligentemente
apaixonado
por excessos
cafonas
como
qualquer coisa q u e Preston Sturges pudesse Imaginar. Na verdade, parte d a pirotecnia da c a m e r a
p o d e distrair a a t e n ç ã o
d o diálogo vivo e delicioso, m a s a aura geral d e fre-
n é t i c a h i s t e r i a é s u s t e n t a d a c o m h a b i l i d a d e , e m e s p e c i a l n a s p e r s u a s i v a s a t u a ç õ e s . CA
/•I
I
E U A ( N a t a n t , W a r n e r B r o s . ) 116 m i n . Cor Idioma:
E m Barry
Kubrick
Produção: Stanley
Kubrick
Herr, S t a n l e y K u b r i c k , b a s e a d o Short-Timers,
de
no
Gustav
Fotografia: Douglas
uma
sido m e m o r á v e l para a q u e l e s q u e dela participaram". Q u a n d o Kubrick decidiu fazer filme
sobre
o
Vietnã,
baseou-se
nessa
abordagem,
estabejecido
um
vocabulário
cinematográfico
m e l o a n é v o a d e á c i d o e n a p a l m . Nascido
Milsome
logo
após
as
diversas
para
matar
amargo
para
aquela
um
tomadas
f a n t á s t i c a s e a n s i o s a s d e Francis Ford C o p p o l a (Apocrj/ypse n o w ) e O l i v e r S t o n e terem
Hasford
Música: Abigail M e a d
outro filme de Stanley Kubrick, a principal cena de batalha mostra
Lyndon,
luta q u e n u n c a c h e g o u a o s livros d e História, c o n f o r m e relata o narrador, " a p e s a r de ter
Roteiro: Gustav Hasford, Michael
l i v r o The
(1987)
(FULL METAL JACKET)
inglês/vietnamita
Direção: Stanley
NASCIDO PARA MATAR
(Ptatoon)
guerra,
em
revela outra faceta d o m u n d o
dos
soldados de infantaria do Exército norte a m e r i c a n o , no qual todos os oficiais, c o m a n -
(Vivian
Kubrick)
dantes
Elenco: M a t t h e w Modine, A d a m
p r o s t i t u t a s , d i z e m eles, " s ã o oficiais de setviço na g u e r r a " ) . O s heróicos m a r i n e s ,
B a l d w i n , V i n c e n t D ' O n o f r i o , R. L e e
c a m i n h a r a m longa e p e n o s a m e n t e e m tantos filmes c o m o Dá-me tua mão, são
11 n i c y , D o r i a n H a r e w o o d , A r l l s s
c o m apelidos engraçados, s e m a m e n o r noção de onde estão ou o que estão fazendo.
H o w a r d , K e v y n M a j o r H o w a r d , Ed O ' R o s s , J o h n Terry, K i e r o n J e c c h i n i s ,
de
batalhão
Baseado
no
ou
não, são
romance
seres
alienígenas
autobiográfico
The
ridículos
mas
de
Short-Timers,
mortíferos
Gustav
(até
as que
garotos
Hasford,
com
B r u c e Boa, Kirk Taylor, J o n S t a f f o r d ,
c o n t r i b u i ç õ e s d o roteirista M i c h a e l Herr (autor de D i s p a t c h c s e da narrativa de Apocalypse
I Im Colceri, Ian Tyler
now)
Indicação ao Oscar: Stanley M i c h a e l Herr, G u s t a v H a s f o r d
Kubrick, (roteiro)
Nascido
para
é
matar
brutal, espirituoso,
assustador
e
comovente
em
iguais
proporções, representando situações de guerra raramente vlslumbtadas no cinema.
Uma
l o n g a a ç ã o d e a b e r t u r a se p a s s a n a Ilha P a u i s , o c e n t r o d e e x a m e e t r e i n a m e n t o d e n o v o s r e c r u t a s . A p ó s u m a m o n t a g e m na q u a l j o v e n s d e c a b e l o s c o m p r i d o s s ã o t o s a d o s para se tornarem robôs carecas tão indistintos quanto os personagens futurísticos do longa 1138, d e G e o r g e L u c a s , o f i l m e é c o m a n d a d o p e l o i m p r e s s i o n a n t e sargento
instrutor
H a r t m a n , cujos obscenos, originais e cruéis
THX
R. L e e E r m e y , c o m o maus-tratos
contra
o os
recrutas s ã o d e s t i n a d o s a subjugar t o t a l m e n t e os " v e r m e s " , antes q u e p o s s a m ser r e c o n s truídos c o m o máquinas de matar. Durante u m sermão, H a r t m a n orgulha-se do fato
de
q u e Lee H a r v e y O s w a l d c Charles W h i t m a n a p r e n d e r a m a atirar c o m o s m a r i n e s . A terrível ironia dessa seqüência, similar ao r e g i m e de t r e i n a m e n t o de Spartacus, é q u e o resultado lógico da transformação de u m g o r d u c h o atrapalhado
(Vlncent
D'Onofrio)
cm
um
dos
grotescos h o m e n s - m a c a c o s de Kubrick, c o m u m penetrante olhar primai, lembra tanto o b a n d o d e v â n d a l o s d e Laranja
q u a n t o Jack Torrance
mecânica
Nicholson) e m O iluminado. A primeira providência do
(Jack
recém-criado
m a r i n e é assassinar seu torturador/criador e depois se suicidar. Após
esse
evento,
as
seqüências
do
Vietnam
são
quase
alívio. E n q u a n t o o soldado raso Joker ( M a t t h e w M o d i n e ) , u m lista,
relaxa
um
pouco
e
encontra
outros
indivíduos
ainda
insanos, o metralhador de u m helicóptero dá u m a resposta à
pergunta
sobre c o m o
é capaz de matar
um
jornamais
técnica
mulheres e crianças
("É
fácil, faça mira n ã o m u i t o à frente delas") e u m coronel faz a s e g u i n te observação: "Filho, t u d o o q u e peço a m e u s fuzileiros é q u e obedeçam
às
minhas
ordens
como
obedeceriam
às
eles
palavras
Deus." O apogeu é u m conflito durante a batalha nos escombros cidade
de
Hue,
onde
o
pelotão
de
Joker
encontra
uma
de da
franco-
atiradora v i e t n a m i t a . N i n g u é m v e n c e essa batalha, e a tropa de f u z i leiros m a r c h a noite a d e n t r o c a n t a n d o a c a n ç ã o d o C l u b e d o Mouse. S o m e n t e Kubrick ousaria provocar Disney assim.
KN
Mickey
I n g l a t e r r a ( H a n d m a d e ) 107 m i n . C o r Idioma:
Direção: Bruce
Robinson
Os
Produção: Paul M . Heller Roteiro: Bruce
d e Bruce
Robinson
manter
que vieram
a s deliciosas
após
O sdesajustados
peculiaridades
d e sua
estréia,
talvez
não
o relato
tenham
cômico
nostálgico de u m a vida parcialmente auto-imposta de adversidade e pobreza
Hannan
M ú s i c a : D a v i d D u n d a s , Rick Wentworth, Jiml
filmes
conseguido
Robinson
Fotografia: Peter
OS DESAJUSTADOS 0957) (WITHNAIL AND I)
inglês
da década de 6o e m C a m d e n T o w n .
Hendrix
Ricljard Grant e n c o n t r o u a m e d i d a exata
E l e n c o : R i c h a r d E. G r a n t , P a u l M c G a n n , Richard Griffiths, Ralph B r o w n , Michael Elphick, Daragh O'Malley, Michael Wardle, Una Brandon-Jones, Noel J o h n s o n , Irene S u t e l if f e , L l e w e l l y n R e e s , R o b e r t Oates, A n t h o n y W i s e , Eddie Tagoe
e
no final
para s e u p e r s o n a g e m , o h i l a r i a n t e m e n t e
ferino a teatral W i t h n a i l , u m sujeito perverso de classe média alta v i v e n d o s e m destino, e n q u a n t o (de f o r m a vã e n ã o m u l t o f r e q ü e n t e ) t e n t a e n c o n t r a r t r a b a l h o c o m o ator. Paul M c G a n n t a m b é m está perfeito c o m o s e u j o v e m e c a l m o c o m p a n h e i r o de a p a r t a m e n t o , um
pouco mais consciente, compondo
o plural d ot í t u l o O s d e s a j u s t a d o s . A o trocar a
miséria dos cortiços sujos da Zona Norte d e Londres por u m período de férias e m Dlstrlct, dupla
n ochalé d eM o n t y
Infeliz e o b c e c a d a
(Richard
Grlfflths), o tio g a y e porcalhão
Lake
dewithnail, a
por bebidas e drogas acaba confusa, perplexa e é até
mesmo
c o n t a g i a d a pelo estilo c o u n t r y e pela luxúria d o tio. Os desajustados é u m filme único, sua representação d e u m a história (o parceiro de W i t h n a i l percebe afinal o erro d a s a t i t u d e s irresponsáveis d o a m i g o e s e g u e e m b u s c a n d o u m a vida de adulto) f i c a n d o c m s e g u n d o p l a n o para os diálogos
frente
engraçados
c as g a g s visuais, a s s i m c o m o para o exagero u m t a n t o q u a n t o grotesco q u e reforça a s l e m b r a n ç a s c ô m i c a s d op a s s a d o , e s e c o m p r a z e n d o nagens
pitorescos. Surpreendentemente,
tudo,
(ou s erevoltando) c o m o s perso-
até m e s m o
a espelunca
Camberwell
C a r r o t , s o a I n c r i v e l m e n t e v e r d a d e i r o . CA
E U A (Silver S c r e e n , T o u c h s t o n e )
I in
Idioma:
inglês
r e s u l t a d o s d e s a p o n t a d o r e s e m f i l m e s a n t e r i o r e s , f i n a l m e n t e t e v e u m a c h a n c e para
(
P r o d u ç ã o : Larry Brezner,
Mark
Johnson
sol-
tar o verbo nesta comédia dramática d e Barry Levinson. W i l l i a m s é Adrian Cronauer, u m D J nSo-flecionai d a r á d i o d a s F o r ç a s A r m a d a s d o s E s t a d o s U n i d o s , q u e I r r a d i a s u a s p i a -
Roteiro: Mitch
Markowltz
das Inteligentes e irreverentes (na verdade, tiradas de suas apresentações c o m o
Fotografia: Peter Sova
d i a n t e de palco) e m ú s i c a s da M o t o w n de s u a b a s e e m S a l g o n para a s t r o p a s
North
Elenco: Robin Williams,
Forest
Whltaker, Tung T h a n h Tran, Chlntara S u k a p a t a n a , B r u n o Kirby, Wuhl,J.T.Walsh,
Robert
Portnow, Floyd Vlvino, Cu Ba N g u y e n , Dan Stanton, Don Stanton Indicação ao Oscar: Robin
Williams
come-
engajadas
na Guerra d o V i e t n ã . N o p r o c e s s o , ele t a m b é m c o n s e g u e irritar o alto e s c a l ã o , q u e Inclui u m a ó t i m a interpretação d e B r u n o Klrby c o m o u m tenente q u e se acha engraçado m a s que claramente nãoé.
NobleWllllngham,
Richard Edson, Juney S m i t h , Richard
(ator)
0987)
O c o m e d i a n t e d e fala ultra-rápida R o b i n W i l l i a m s , q u e v i n h a se c o n t e n d o na tela c o m
Direção: Barry Levinson
M ú s i c a : Alex
BOM DIA, VIETNÃ
(GOOD MORNING. VIETNAM)
m i n . Cor
Há várias t r a m a s
menores: Cronauer
confrontando
seus superiores, u m
romance
c o m u m a mulher vietnamita c a a m i z a d e c o m o irmão dela. Este é u m dos poucos mes como
norte-americanos
ambientados
na Guerra
d oV i e t n ã
que mostra
os
fil-
vietnamitas
pessoas reais. N o e n t a n t o , o m a i o r prazer é assistir a W i l l i a m s e m seus
monó-
logos m a n í a c o s . M u i t o s deles f o r a m Improvisados, e o diretor Levinson t o m o u a sábia decisão
d e relaxar
energéticos. J B
e deixar
a camera
rodando
para
captar
cada
u mdesses
surtos
ADEUS, MENINOS w )
F r a n ç a / A l e m a n h a O c i d e n t a l (MK2, N E F , N o u v e l l e s É d l t i o n s , S t e l l a I Ilms)
(AU REVOIR LES ENFAIMTS) 0
quanto
este filme
reconhecidamente
104 m i n . C o r autobiográfico
está d eacordo
c o m o s fatos
reais s o m e n t e p o d e r á s e r a v a l i a d o pela i n t e n s i d a d e d a se m o ç õ e s e v o c a d a s e pela
culpa
Idioma: francês / alemão Direção: Louis Maile
q u e e l e t r a n s m i t e . J u l i e n ( G a s p a r d M a n e s s e ) é u m a l u n o d e 12 a n o s e m u m i n t e r n a t o
Produção: Louis Malle
1atólico na França o c u p a d a . Exceto pelas bem-vindas c o n f u s õ e s d o s avisos d e a t a q u e s
Roteiro: Louis
aéreos, a guerra c a u s a p o u c o i m p a c t o n o c o t i d i a n o da vida escolar, e,q u a n d o três n o vos garotos c h e g a m , s o f r e m o a n t a g o n i s m o típico d a sc o m u n i d a d e s infantis q u a n t o a
Malle
Fotografia: Renato
Berta
M ú s i c a n ã o o r i g i n a l : C a m i l l e Saini
estranhos. Julien, s e n d o ele próprio u m p o u c o excluído, inicia u m a a m i z a d e c o m u m
Saêns, Franz Schubert
dos novos
E l e n c o : G a s p a r d M a n e s s e , Raphael
meninos, Jean (Raphael
Fcjtõ). À m e d i d a
q u e s et o r n a m
mais íntimos, ele
descobre q u eos recém-chegados t ê m n o m e s falsos. Ele c o m e ç a gradual e v a g a m e n t e a < ompreender a atrocidade d o anti-semitismo e q u e os padres católicos estão se coloc a n d o e m risco para abrigar a s c r i a n ç a s e m perigo. Q u a n d o o cerco s ea p e r t a , é u m a distração d o próprio Julien q u e d e n u n c i a a s crianças judias e as envia para u m d e s t i n o inconcebível. P e r c e b e m o s q u e aquele m o m e n t o j a m a i s deixará d e a t o t m e n t a r Julien. O Mlantic
escritor City
e diretor
[1980])
Louis
n ã o está
Mallc
(Os amantes
preocupado
[1958],
O sopro
com melodramas
n o coração
d e guerra
[1971],
a o estilo de
1 lollywood, m a s c o m a vida da escola, os obstáculos diários e as descobertas, o s hábitos e x c ê n t r i c o s d o s p r o f e s s o r e s , a s a m i z a d e s e a s s u s p e i t a s . A g u e r r a s ef a z p r e s e n t e .11 r a v e s d o s a v i s o s d e a t a q u e s a é r e o s e n o q u e b r a - c a b e ç a d e q u e o s o c u p a n t e s
nazistas
•ao, c o m o q u a l q u e r o u t r o g r u p o , u m a m i s t u r a perigosa d e v a l e n t õ e s c cavalheiros. Malle genuinamente
nos mostra
t u d o Isso attavés d avisão
muito
aguçada, m a s
ainda n ã o formada, d o m e n i n o , e o s d e s e m p e n h o s d e M a n e s s e e Fejtó s ã o e m o c i o n a n tes n a m e d i d a c e r t a , p o r c a u s a d a h o n e s t i d a d e f l a g r a n t e q u e c o m p e n s a nhecimentos
técnicos. O mais
pessoal
d e seus
filmes, Adeus, meninos
a falta d e c o ganhou u m
e n o r m e n ú m e r o d e prêmios internacionais (entte os quais o Leão d e O u r o n o Festival d e V e n e z a d e 1987) e r e p r e s e n t o u o a d e u s t r i u n f a n t e a u m a c a r r e i r a
q u e havia, d e certa
f o r m a , d e c l i n a d o d e s d e u m b e l o c o m e ç o n a e r a d a n o u v c l l c v a g u e . DR
Fejtö, Francine Racette, Stanislas Carré de M a l b e r g , Philippe M
1
G e n o u d , F r a n ç o i s B e r l é a n i i , 11.111. oll N é g r e t , Peter Fitz, Pascal R i v e i . Benoit Henriet, Richard Leboeul, Xavier Legrand, Arnaud Henrlel
lein
Sébastien Chauvin, Luc Etienne I n d i c a ç ã o ao Oscar: França
(melhl
II
filme estrangeiro), Louis Malle (roteiro) F e s t i v a l d e V e n e z a : L o u i s M.ille ( 1 . . . de Ouro), (Prêmio OCIC)
E U A (Fox, A m e r c e n t , A m e r . Entert., I ' . n l . , G r a d e ) 127 m i n . C o r Idioma:
inglês
D i r e ç ã o : | a m e s L. B r o o k s P r o d u ç ã o : J a m e s L. B r o o k s R o t e i r o : J a m e s L. B r o o k s Fotografia: Michael
Ballhaus
M ú s i c a : Bill C o n t i Elenco: William Hurt, Albert
Holly
Brooks,
Hunter, R o b e r t Prosky, Lois
Chiles, J o a n Cusack, Peter Hackes, Christian Clemenson, Jack Nicholson, Robert K a t i m s , Ed Wheeler, Mendlllo, Klmber Shoop,
Stephen
Dwayne
Markee, Gennie James i n d i c a ç ã o a o O s c a r : J a m e s L. B r o o k s ( m e l h o r f i l m e ) , J a m e s L. B r o o k s (roteiro), W i l l i a m H u r t (ator), Holly H u n t e r (atriz), Albert Brooks (ator coadjuvante), Michael
Ballhaus
(lotografia), Richard M a r k s Festival de Berlim: Holly
(edição)
Hunter
IMOS BASTIDORES DA NOTICIA (1987) (BROADCAST NEWS} U m c o n v i t e para a c o n v e n ç ã o do Partido D e m o c r a t a
n o r t e - a m e r i c a n o d e 1984 i n s p i r o u
o e s p í r i t o f r e n é t i c o d e J a m e s L. B r o o k s a p r o d u z i r o v e l o / r o m a n c e c m t o r n o d a
( U r s o d e P r a t a - a t r i z ) , J a m e s L.
Sendo
Brooks, Indicação (Urso de Ouro)
clássico de c o m é d i a m a l u c a . Desta v e z a história sc c o n c e n t r a n o r e s u l t a d o do
ele
mesmo
triângulo
um
amoroso
antigo
entre
jornalista
três
da
pessoas
rede
CBS,
ambiciosas
Brooks
e
desvirtua
talentosas,
que
o
mídia.
conceito
imprevisível se
tornam
e m o c i o n a l m e n t e m a i s perigosas no território de alta pressão das redes de notícias. filme sobre amor, m a s t a m b é m sobre a m a n t e s que p e n s a m que o único caso de
Um
amor
seguro c aquele que têm com o seu trabalho. Jane
Craig
(Holly Hunter) é u m a dedicada e organizada produtora jornalística q u e c h e -
ga cedo ao trabalho todas as m a n h ã s . Trabalhando na sucursal de W a s h i n g t o n de u m a d e t e l e v i s ã o , ela dirige a r e d a ç ã o c o m o A l t m a n (Albert Brooks) é u m
bom
uma
meritocracia. Apaixonado
por Jane,
rede
Aaron
repórter, c o m a l g u m a s coisas contra ele: n ã o fica
bem
frente às c â m e r a s e a p a r e n t e m e n t e J a n e n ã o gosta dele. T o m G r u n i c k (William Hurt, e m
óti-
m a a t u a ç ã o , a f á v e l c c a l c u l i s t a ) é t u d o q u e A a r o n n ã o é: c h a r m o s o , f o t o g ê n i c o e p o u c o i n t e ligente. Jane, afetivamente dividida entre os dois h o m e n s , é forçada a tomar u m a
decisão
q u e c o m p õ e o cerne da genialidade d e s t e filme: q u a n d o é duro decidir, os durões n ã o f a z e m n a d a . À s vezes, o t r a b a l h o é u m a o p ç ã o m a i s fácil d o q u e ser e m o c i o n a l m e n t e h o n e s t o ; na realidade, a m a r o trabalho é m u l t a s vezes a decisão afetiva m a i s íntegra q u e existe. Entre os coadjuvantes, Joan Cusack (famosa pelo cabelo e m a q u i a g e m ruins, tanto q u a n t o pela m e m o r á v e l corrida desajeitada
para conseguir levar a t e m p o u m a
fita
de
vídeo para a redação); Jack N i c h o l s o n , d e l i c i o s a m e n t e esperto, faz u m a ponta s e m
cré-
ditos, d e s e m p e n h a n d o o âncora principal da rede, u m profissional q u e c o m p r e e n d e
que
G r u n i c k é outro c o m o ele. Em man
um tempo
tinha
tanto
no qual as próprias "notícias" tornaram-se o showbiz do qual medo, a seriedade
e tempo
dedicados
às
histórias
de TV
Alt-
parecem
s a í d a s d e o u t r a era. M a s as r i s a d a s a i n d a e s t ã o lá, e q u a l q u e r u m q u e já t e n h a l e v a d o a pior e m d e t r i m e n t o de outra pessoa m e n o s Inteligente j a m a i s esquecerá a frase sarcást i c a d e A a r o n , " E u d i g o a q u i e a p a r e c e a l i " , q u a n d o liga para a r e d a ç ã o a f i m d e a t u a l i z a r Grunick, seu Inimigo romântico, e m u m a transmissão de emergência.
KK
I QNA-DE-CASA
0987)
E U A ( C o l u m b i a ) 116 m i n . R a n k r o l o i
( OUSEKEEPING) o
Idioma:
p r i m e i r o f i l m e f e i t o n o s E U A p o r Bill F o r s y t h t r a n s p o r t a
c o mmuita
habilidade
para
u m a m b i e n t e estrangeiro o h u m o r exótico, elíptico e agridoce d e seus filmes escoceses, c o m u m t o q u e d e c a p r i c h o e n t r e l a ç a d o pela m e l a n c o l i a . O cenário d e Dono-de-casa é em a l g u m l u g a r d o N o r o e s t e d o P a c í f i c o , o n d e d u a s m e n i n a s , a p ó s a m o r t e d e s u a m ã e , são p a s s a d a s a d i a n t e c o m o terminam
e m u m a casa
ptesentes indesejados d e u m parente para outro, a t é q u e
d e lago
Isolada,
aos cuidados
da extravagante
tia Sylvie.
Interpretada sutilmente por Christine Lahti, Sylvie movimenta-se ao s o m inaudível d e uma
música
própria, s e u olhar é gentil, porém evasivo, e suas respostas s ã o s e m p t e
inesperadas. À m e d i d a q u eas m e n i n a s crescem, a mais velha (Andrea Burchill) a rejeitar a e m b a t a ç o s a
tia;a Itmã
mais jovem
(Sara W a l k e r ) , por o p o s i ç ã o ,
começa apega-se
inglês
D i r e ç ã o : Bill F o r s y t h P r o d u ç ã o : R o b e r t F. C o l e s b e t i v R o t e i r o : B i l l F o r s y t h , b a s e a d o 110 l l v n de Mariiynne
Robinson
Fotografia: Michael Música: Michael
Coulter
Gibbs
Pitoniak,
B a r b a r a R e e s e , M a r g o t P i n v i d i i , Bill Smillie, W a y n e Robson, Betty
Forsyth raramente dá respostas fáceis o u impõe u m j u l g a m e n t o e o filme
termina
Phillips
Karen Austin, Dolores Drake, Geoigle
Penny,
Collins, Tonya Tanner, Leah
ainda mais à tia.
Walker,
E l e n c o : Christine Lahti, Sara Andrea Burchill, Anne
Brian
Llnds
de f o r m a n ã o explícita, s e m q u e n a d a seja o r d e n a d a m e n t e c o n c l u í d o o u resolvido. A s m u l h e r e s locais, a o visitá-las, s e n t i n d o q u ea s m e n i n a s talvez p r e c i s a s s e m s e r retiradas dali, n ã os ã o m a l d o s a s - f i c a m a p e n a s c o n f u s a s e p r e o c u p a d a s , i n s e g u r a s sobre lidar c o m e s s e
larI n c o m u m .
é u m filme
Dona-de-casa
sobre
ausências,
como
perdas m a l
assimiladas o u mitos n ã o resolvidos e a consciência da transitoriedade q u e obscurece nsinu acues mais s o m b r i a s da m o r t e . I t a m b é m u m filme d o ie, reflexivo, q u e jamais e l e v a o t o m d e v o z , p e r m a n e c e n d o n a m e n t e c o m o u m s u s s u r r o i n s i d i o s o . PK
A PRINCESA PROMETIDA
(1 7)
E U A ( A c t III, B u t t e r c u p ,
98
THE PRINCESS BRIDE) Esta
simpática
aventura
d e fantasia
Princess
Bride) 98 m i n . C o r Idioma: d e R o b Reiner
explora
delicadamente
a
ironia
inglês
Direção: R o b Reiner
inerente a o faz-de-conta s e mn u n c a prejudicar a eficácia da fantasia. O recurso q u e ser-
P r o d u ç ã o : R o b Reiner, A n d i e w
ve c o m o estrutura n e s s e caso é u m a v ô (Peter Falk) l e n d o e m v o z alta u m d e s e u s
Schelnman
favoritos para o neto d e s c o n f i a d o
(Fred S a v a g e ) . N o reino I m a g i n á r i o d e Florin, a bela
l í u t t e r c u p ( R o b i n W r i g h t ) é s e p a r a d a d o c a m p o n ê s q u ee l a a m a (Cary Elwes), ao
malvado
(Wallace
Ptíncipe
livros
Humperdinck
(Chris
Sarandon)
e raptada
pelo
prometida
nefasto
Vizzini
personagens da Disney, c o m várias outras m e m ó r i a s queridas de H o l l y w o o d André,
o Gigante
divertido Inigo M o n t o y a
Fotografia: Adrian
Bíddle
M ú s i c a : W i l l y D e V i l l e , M a r k Knopi l e i
Shawn).
A s a v e n t u r a s e p e r s o n a g e n s exóticos s ã o c o m o e q u i v a l e n t e s d ec a r n e e o s s o a o s
das.
Roteiro: William G o l d m a n , baseadi i e m s e u livro
patece
u m a mistuta
(Mandy
d e Andy
Devine
e Lumpjaw,
P a t i n k i n ) l e m b r a G e n e K e l l y e m T h e Pirate.
mistura-
o Urso. O N e m mes-
E l e n c o : C a r y E l w e s , M a n d y P a i m l In, C h r i s S a r a n d o n , C h r i s t o p h ei
CueSt,
W a l l a c e S h a w n , A n d r é , o Gigante, Fred S a v a g e , Robin W r i g h t
Penn,
P e t e r F a l k , P e t e r C o o k , M e l Smith,
m o o h u m o r é t n i c o m a i s c r u - Billy Cristal c o m o M i r a c l e M a x , c o m t o n s d e M e l B r o o k s
C a r o l K a n e , Billy C r y s t a l , A n n e | lyi
- estoura a bolha d e sonhos, e o elenco espirituoso se diverte. Adaptado por William
Margery
G o l d m a n d es e u próprio livro, c o m C h r i s t o p h e r G u e s t c o m o
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : W i l l y De Ville
u m sádico d e seis dedos,
Peter C o o k c o m o u m padre sibilante c Carol K a n e c o m o a esposa d e M a x . jRos
Mason
FEITIÇO DA LUA (iw7)
E U A ( M G M ) 102 m i n . T e c h n i c o l o r Idioma:
(MOONSTRUCK)
inglês
Direção: Norman
Jewlson
U m t r i b u t o d e l i c i o s o d o d i r e t o r N o r m a n J e w i s o n à f a m í l i a í t a l o - a m e r i c a n a , F e i t i ç o d o lua
Produção: N o r m a n Jewlson, Patrlck J.
Palmer
se c a s a r c o m o s e g u r o e c o n f i á v e l (leia-se c h a t o e s e m graça) j o h n n y C a m m a r e r i
Roteiro: John Patrick Fotografia: David Música: Dick
Shanley
(Danny
Aiello). E n q u a n t o ele está longe c u i d a n d o de sua m ã e m o r i b u n d a , Loretta se encarrega
Watkln
Hyman
c o n v i d á - l o para o c a s a m e n t o , m a s , q u a n d o eles se c o n h e c e m , a p a i x o n a m - s e . A
Gardênia, O l y m p l a D u k a k i s , D a n n y Aiello,
história
de amor
no centro desta
comédia
romântica
é divertida
e
espirituosa
Inlic B o v a s s o j o h n M a h o n c y , L o u l s G u s s ,
g r a ç a s à s e x c e l e n t e s a t u a ç õ e s p r i n c i p a i s d e C a g e e, s o b r e t u d o , d e C h e r ( e m u m
l e o d o r C h a l i a p i n Jr., A n i t a G i l l e t t e ,
que
l eonardo Cimino, Paula Trueman, Nada
t r a n s f o r m a n d o - s e de p a t i n h a feia e m rainha g l a m o u r o s a a p ó s u m a
Despotovlch.Joe Grifasi, Gina DcAngcles O s c a r : Cher (atriz), O l y m p l a
Shanley
de
entrar e m contato c o m R o n n y (Nicholas Cage), o irmão c o m q u e m J o h n n y está brigado, e
E l e n c o : Cher, Nicolas C a g e , V i n c e n t
(atriz c o a d j u v a n t e ) , J o h n
é
e s t r e l a d o por Cher, a c a n t o r a q u e v i r o u atriz, c o m o a v i ú v a Loretta C a s t o r i n l , q u e está para
Dukakis
Patrick
lhe
Mas
o
elenco
mãe
de
dela
Shanley. U m a
Indicação ao Oscar: Patrick J.
um
Oscar).
apoio
Ela t e m
acrescenta
a oportunidade
ainda
mais
graça
de ser u m a
Cinderela
papel
moderna,
Ida a o cabelereiro.
à empreitada
-
especialmente
V i n c e n t G a r d e n i a c o m o C o s m o , o pai m u l h e r e n g o de Loretta, e O l y m p i a D u k a k i s Rose,
(roteiro)
rendeu
- dando
um
pequena jóia.
charme
especial
às
palavras
do
roteirista
John
como Patrlck
JB
Palmer,
Norman Jewison (melhor filme), N o r m a n J e w i s o n (diretor), Vincent Gardênia (ator
coadjuvante)
Festival de Berlim: N o r m a n
Jewison
(tJrso d e Prata - diretor), i n d i c a ç ã o (Urso de Ouro)
E U A ( P a r a m o u n t ) 119 m i n . T e c h n i c o l o r Idioma:
Direção: Brian De Produção: Art
Palma
nos
livros de O s c a r Fraley, Eliot Ness e
gânsgteres
q u e c o r r e m soltos pela c i d a d e . A l g u é m , claro, é Eliot Ness (Kevln Coster), u m a g e n t e
Burum
m e n t e o pior d e l e s , Al C a p o n c ( R o b e r t D e Niro). A visão do diretor Brian
Morricone
De Palma
da C i d a d e d o V e n t o t o m a d a
pelo crime é
mais
Elenco: Kevin Costner, Sean
Connery,
sangrenta
(liarles Martin Smith, Andy
Garcia,
o r i g e m a o f i l m e -, m a s e l e n ã o d e i x a o s a n g u e m a n c h a r a h i s t ó r i a o u o d e s e m p e n h o
Robert De Niro, Richard Bradford, lack K e h o e , Brad S u l l i v a n , Billy D r a g o , Patricia Clarkson, Vito
D'Ambrosio,
Steven Goldstein, Peter Aylward, Don Harvey, Robert
(ator
< "adjuvante)
B r a n d e n s t e i n , W i l l i a m A. E l l i o t t , H a l ii.uisman (direção de arte), Marilyn
/Ml
Morricone
- incluindo o drama
televisivo que
deu do
Sean
C o n n e r y . C o n n e r y , c o m o o policial e x p e r i e n t e M a l o n c , fica c o m os m e l h o r e s d i á l o g o s de David
Mamet,
sobretudo
o discurso
"Ele
manda
um
dos
seus
para
o hospital,
u m dos dele para o necrotério". E m m a i s u m uso do " M é t o d o " , D e Niro
você
ganhou
p e s o e v e s t i u t e r n o s (e, diz a l e n d a , c u e c a s ) f e i t o s p e l o s a l f a i a t e s d e Al C a p o n e para u m a idéia real d o
Indicação ao O s c a r : Patrizia von
Vance (figurino), Ennio
do que multas que a antecederam
elenco. Costner a g ü e n t a firme ao lado de duas atuações poderosas de De Niro e
manda
Swan
Oscar: Sean Connery
(musica)
do
e q u i v a l e n t e norte-americano à Receita Federal q u e m o n t a sua própria u n i d a d e especial, c o m a ajuda de u m a e q u i p e de policiais e m o c i n h o s , para pegar os b a n d i d o s , principal-
Robsky
Fotografia: S t e p h e n H. Música: Ennio
(1987)
E s t a m o s na C h i c a g o d a é p o c a d a Lei S e c a e a l g u é m precisa d a r u m j e i t o n o s
Llnson
Roteiro: David M a m e t , baseado
Paul
OS INTOCÁVEIS
(THE UNTOUCHABLES)
inglês
ter
personagem.
R e c h e a d o d e e s p a n t o s a s s e q ü ê n c i a s - c o m o a da e s c a d a r i a d e O d e s s a , na
estação
d e t r e m , o u a r e u n i ã o d e C a p o n e q u e t e r m i n a e m p u n i ç ã o c o m u m t a c o d e b e i s e b o l -, Os intocáveis é até hoje u m olhar fascinante e firme sobre u m episódio s a n g r e n t o da história d o s E s t a d o s U n i d o s .
JB
particularmente
O SORGO VERMELHO w )
C h i n a ( X i ' a n ) 91 m i n . E a s t m a n t 0I01
(HONG GAO LIANG)
Idioma:
V e n c e d o r d o U r s o d e O u r o n o F e s t i v a l d e B e r l i m d e 1988, o l o n g a d e Z h a n g Y l m o u , d a C h i n a , m i s t u r a h i s t ó r i a s e l e n d a s l o c a i s . N a r r a a a v e n t u r a d e u m a j o v e m ( G o n g Li) q u e é vendida p o rs e u pai para u m h o m e m m a i s v e l h o c rico, d o n o d e u m a destilaria. O s o r g o vermelho
é o primeiro
E a r t f ] ( 1 9 8 4 ) , T h e Big Parade
mandarim
Direção: Zhang
longa-mettagem
( 1 9 8 6 ) e O / d Well
d odiretor d e fotografia
Yimou
Produção: Tian-Ming W u R o t e i r o : J i a n y u C h e n , W e i Zhu, b a s e a d o n o s l i v r o s Red
d e Vel/ow
{1986). U m d o s p r i n c i p a i s i n t e g r a n t e s d a
Sorghum
Sorghum
Fotografia: Changwei G u
lamosa Quinta Geração d e diretores chineses, Z h a n g é geralmente considerado o mais
Música: Jiping
versátil d o g r u p o p o rc o n t a d e s u a experiência tanto c o m o fotógrafo d e c i n e m a
E l e n c o : G o n g Li, W e n J i a n g ,
c o m o a t o r (fez o p a p e l p r i n c i p a l d e L a o J i n g ) . M u i t a s d a sv i r t u d e s m a i s d e O sorgo
quanto
imptessionantes
são visuais: belas composições e m c i n e m a s c o p e d e paisagens e d o
vermelho
sorgo b a l a n ç a n d o a o v e n t o o grande habilidade n o u s od e filtras coloridos. Narrado e m off pelo neto daheroína, a trama é situada
6
d e Yan M o
Wine,
Zhao Rupin
T e n , L i u J i a , C u n h u a J i , M i n g , Qlan, Zhang
Yimou
F e s t i v a l d e B e r l i m : Z h a n g Yimou
n o f i n a l d a d é c a d a d e 20,
(Urso de Ouro)
i n í c i o d o s a n o s 30, t e r m i n a n d o c o m a i n v a s ã o j a p o n e s a . A i n d a q u e a a ç ã o d o f i l m e e m C.eraI s e j a
interessante
- lírica
nas passagens
iniciais, fantasiosa
perto d omeio e a o
m e s m o t e m p o s a n g t e n t a e c h e i a d e s u s p e n s e q u a n d o e s t á p r ó x i m a d o f i m -, a n a r r a t i v a c o m o u m t o d o fica f r a g m e n t á r i a
porconta da estrutura e m episódios e o filme
acaba
sendo l e m b r a d o c o m o u m asérie d e s e q ü ê n c i a s díspares. O filme é t a m b é m a estréia d e G o n g Li, q u ev e i o a s e t o m a r u m a d a s m a i o r e s atrizes d o c i n e m a da C h i n a e foi a esttela
d eoutros trabalhos
d eZ h a n g . C o m o
especialmente
A m o r e s e d u ç ã o e Lanternas
e m seus filmes
Continental
d a fase inicial -
- , O s o r g o vermelho
vermelhas
fala,
tanto
a b e r t a q u a n t o v e l a d a m e n t e , s o b r e a p e r s i s t ê n c i a d o f e u d a l i s m o n a C h i n a . JRos
OS VIVOS E OS MORTOS
(1987)
I n g l a t e r r a ( L i f f e y , Z e n i t h ) 8 i m i n 1 oi
(THE DEAD) O falecido
Idioma:
dlretot John
Huston
devotou
a maior
parte d es u a carreira
a u m estilo d e
cinema f u n d a m e n t a d o na a d a p t a ç ã o d e obras literárias, valorizado porescolhas
Inteli-
gentes d ee l e n c o e p o r u m a narrativa fluida, m a s m u i t a s vezes l i m i t a d o pelo fato d e q u e s u a a t r a ç ã o p o r o b r a s d o p e s o d e Relíquia O h o m e m que queria
Dick,
ser rei, Wisc
blood
macabra,
A glória
e À s o m b r a do vulcão
de um
covarde,
rendiam, no máximo,
i c d u ç õ e s "fiéis". S e u ú l t i m o f i l m e , O svivos c os mortos, é u m a a d a p t a ç ã o conto
d eJ a m e s Joyce
história
d o restante
e mDubíi/ienses e representa da coletânea
c da maior
a apoteose
parte
Moby
dessa
do último
visão: Isolar a
de sua impecável
composição
T r a b a l h a n d o c o m u m roteiro d e s e ufilho Tony e c o m s u a filha Angelica c o m o Huston
adere
a o original
c a b o a parte
d e seus
Huston
Produção: Wietand Schulz
K e i l . i Ine
Sievernich R o t e i r o : T o n y H u s t o n , b a s e a d o 110 conto deJ a m e s Joyce F o t o g r a f i a : Fred M ú s i c a : Alex
Murphy
North
Elenco: Anjelica Huston, Doual M c C a n n , D a nO'Herllhy,
Doual
Donnelly, Helena Carroll, ( a l h l e e n
literária e d e p o i s fazer o m e l h o r c o m a q u i l o q u e resta.
Conroy,
Inglês
Direção: John
diálogos
Gretta
c o m u m a afeição
rigorosa, e ,d e n t r o d e s u a s r e c o n h e c i d a s restrições, a s i m p l i c i d a d e e a pureza
concen-
Delany, Ingrid Craigie, Rachael D o w l i n g , M a r i e Kean, Frank Patterson, Maria
McDermortioo,
Sean McCIory, Kate OToolc,
Maril
tradas d o f i l m e a t i n g e m u m tipo d e perfeição. O ritmo d i s t i n t a m e n t e irlandês é literal-
Hayden, Balrbre
m e n t e t r a n s f e r i d o d o livro para
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : T o n y 1 Instou
o filme e o smovimentos
suaves
d ecâmera
M u r p h y s ã o e x e c u t a d o s c o md e l i c a d e z a . T a m b é m há u m a i m p r e s s i o n a n t e
d e Fred
sinceridade,
assim c o m o a p a z i g u a m e n t o , na forma c o m o H o u s t o n observa sua própria m o r t e , q u e se a p r o x i m a v a
r a p i d a m e n t e . JRos
Dowling
(roteiro), D o r o t h y Jeakins
(flgiiilnn)
E U A ( P a r a m o u n t ) 123 m i n . T e c h n i c o l o r Idioma:
ATRAÇÃO FATAL (1987) (FATAL ATTRACTION)
inglês
Direção: Adrian
Lyne
O
P r o d u ç ã o : S t a n l e y R. J a f f e , S h e r r y I ansing
diretor
pesadelo
Roteiro: James
Dearden
Fotografia: Howard
Atherton
Elenco: Míchael Douglas, Clenn Hamilton
Fred C w y n n e , M e g M u n d y , T o m lirennan, Lois S m i t h , M l k e
Arkln, S a m Coppola, Eunice
Prewltt
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : S t a n l e y R. J a f f e , Sherry Lanslng (melhor filme), Adrian
Archer (atriz c o a d j u v a n t e ) ,
o
planeta
gelarem
em
seus
assentos
e
(e, c o n v e n h a m o s ,
misógino). Dan
Callagher
passa
uma fora.
loucura
(Michael
Douglas)
noite, no e n t a n t o , e sua
crescente
p o r ser r e j e i t a d a f i n a l m e n t e e x p l o d e , d e s t r u i n d o t u d o o q u e ela n ã o p o d e ter:
u m a família t i p i c a m e n t e a m e r i c a n a c o m u m a bela cerca branca ao redor da casa. Auação orçamentos
fatal
é u m ó t i m o exemplo do que acontece q u a n d o a Hollywood de grandes
tenta
fazer
algo
no
gênero
dos
filmes
apelativos.
Sem
um
diretor
tão
Lyne, e s e m astros c o m o Douglas
e
Close, este seria u m típico thrlller m e d i a n o , d a q u e l e s q u e v ã o direto para as locadoras, e talvez fosse até a n u n c i a d o c o m o u m slasher movie. C o m o brilho típico de H o l l y w o o d , c o n t u d o , o f i l m e g a n h a u m a aura respeitável: n ã o parece u m f i l m e d e horror, e s i m
um
t r u q u e f u n c i o n o u e e s t e f o i u m d o s f i l m e s m a i s b e m - s u c e d l d o s d e 1987.
o
MK
Michael
(edição)
UMA HISTORIA CHINESA DE FANTASMAS (mi)
H o n g - K o n g ( C i n e m a City, Film
Idioma:
todo
s u s p e n s e d r a m á t i c o e m a m b i e n t e d o m é s t i c o c o m tons (talvez) eróticos. Fato é q u e
Dearden
(loteiro), G l e n n Close (atriz), A n n e
W o r k s h o p ) 98
por
brilhante e cujo estilo precede a substância c o m o
Nussbaum, J .J .Johnston, Michael
K a h n , P e t e r E. B e r g e r
fez h o m e n s
noite c o m a colega Alex Forrest ( C l e n n Close) e n q u a n t o sua esposa e filhos estão
Latzen, S t u a r t P a n k l n , Eilen Foley,
l y n e (diretor), J a m e s
Lyne
Alex quer algo m a i s do q u e a p e n a s u m caso de u m a
Música: Maurice Jarre
Close, A n n e Archer, Eilen
Adrian
acrescentou o termo "fervedora de coelhinho" ao nosso vocabulário c o m este filme de
m i n . Cor
cantonês
(SINNUI YAUMAN)
Direção: Siu-Tung Ching P r o d u ç ã o : Hark Tsui
»
N o q u e diz respeito a o c i n e m a f a n t á s t i c o , H o n g - K o n g faz c o m q u e I l o l l y w o o d pareça n ã o ter
Roteiro: Kai-Chl Y u n , baseado
no
um
mínimo
de crialividade. Este clássico cult de
1987 l e m b r a
uma
combinação
de
Sam
fantasmas
que
livro de S o n g l i n g Pu
Raiml, Jean
Fotografia: Poon
t a m b é m é u m a história d e a m o r , u m c o n t o d e e s p a d a s e m a g i a e a i n d a u m a c o m é d i a . Leslie
Hang-Sang
Música: R o m e o Diaz, J a m e s
Wong
E l e n c o : Leslie C h e u n g , J o e y W o n g , W u M a , W a n g Z u x l a n , Liu
zhaoming
Cocteau, Georges
Mélics
e Tlm
Burton.
É uma
história
de
C h e u n g estrela c o m o u m j o v e m e I n g ê n u o cobrador de dívidas q u e se apaixona por
uma
b e l a e e n i g m á t i c a m u l h e r ( J o e y W o n g ) q u e h a b i t a u m t e m p l o a b a n d o n a d o . I n f e l i z m e n t e , ela é u m a f a n t a s m a g ó r i c a aparição a serviço d e u m a n t i g o espírito das árvores q u e se a l i m e n t a das a l m a s dos vivos. Então, c o m a proteção de u m mestre das espadas taoísta ( W u C h e u n g s e a v e n t u r a n o m u n d o d o s m o r t o s p a r a s a l v a r s e u a m o r d e um a
m o r t e . Este é u m
lindo f i l m e d e se ver, e s p e c i a l m e n t e
Ma),
d e s t i n o pior d o q u e
d u r a n t e as s u a v e s
seqüências
n o t u r n a s , q u a n d o e s q u e l e t o s g a n h a m vida, espíritos s u r g e m para se divertir c parece q u e t u d o p o d e a c o n t e c e r - t u d o irá voam
acontecer. Os efeitos especiais são extraordinários: pessoas
pelos ares, suas roupas t r e m u l a n d o ao v e n t o ; e s p a d a s r e l u z e m a o luar (os
truques
foram realizados c o m dubles, n ã o são m o n t a g e n s pós-processadas); u m a língua maligna se desenrola e desliza pelo q u a r t o c o m o u m a lesma elástica o b s c e n a ; o inferno e m si, e m
meio
a isso, é u m a virtuosa c â m a r a de horrores. A c o m é d i a existente neste filme.não funciona de f a t o , m a s s e u r o m a n t i s m o s u r p r e e n d e n t e m e n t e lírico e s e n s u a l é e f i c a z e há t a n t a s Interessantes q u e é fácil deixar d e lado o e n r e d o por vezes e n r o l a d o .
TCh
coisas
MULHERES A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS uw)
(MUJERES AL BORDE DE UN ATAQUE DE NERVI0S) m
iças à i n d i c a ç ã o a o O s c a r d e M e l h o r Filme Estrangeiro q u e r e c e b e u - a primeira n a
i iireira d e P e d r o A l m o d ô v a r
-, M u l h e r e s à beira
u m ataque de nervos c o n f i r m o u
de
prestígio internacional d o ditetor e roteirista espanhol. O filme c e r t a m e n t e
o
representa
avanços e m muitos dosaspectos mais interessantes dasobtas anteriores de Almodôvar a subjetividade radical d o s s e n t i m e n t o s , o exagero d a se m o ç õ e s e a mistuta
estranha
de m e l o d r a m a e c o m é d i a . O s f u n d a m e n t o s da história r e m e t e m a o m e l o d t a m a . Pepa M a r c o s ( C a r m e n e seu a m a n t e Iilines.
U m dia ele declara
Secretária e
Ivan (Fernando
eletrônica
dela.
Guillen), u m h o m e m
q u e deseja Decidida
terminar
casado, ganham
tudo, deixando
a encontrá-lo
u m a última
a vida
uma mensagem v e z pata
de u m hospital
psiquiátrico, planeja
na
obter u m a
plicação, Pepa investiga a vida familiar d e Ivan c descobre q u e s u a esposa,
m e n t e saída
Maura)
dublando
recente-
matá-lo. Apesar d e ter sido
traída,
Pepa corre a t é o a e r o p o r t o o n d e Ivan está prestes a viajar c o m s e u n o v o a m o r e salva Sua v i d a . P a r a e x p r e s s a r s u a g r a t i d ã o , I v a n t e n t a t e a t a r c o m P e p a , m a s e l a n ã o e s t á
mais
Interessada.
o desenvolve
revela
seu senso
de humor
peculiar,
baseado
excentricidade d o s personagens q u e p o v o a m o filme. Enquanto investigando pessoas
mais
seu amante diversas:
desaparecido,
Candela
(Maria
seu apartamento Barranco),
sobretudo
vai se enchendo
u m a amiga
na
Pepa está a o telefone
q u e está
c o m as
fugindo
polícia p o r q u e t e v e u m c a s o c o m u m terrorista xiita; u m a m u l h e r g a g a q u e deseja
da alu-
NAR o a p a r t a m e n t o d e p o i s q u e P e p a s a i r ; e a e s p o s a l o u c a d e I v a n , c o m u m a p i s t o l a e m • na b o l s a . T o d o s e s t ã o t ã o d e s e s p e t a d o s , e o a c ú m u l o a b s u r d o d e s s e d e s e s p e r o e m u m ú n i c o l u g a r é t ã o e x a g e r a d o q u e s ó p o d e m o s r o l a r d e rir. O s e n g a n o s e c o n f u s õ e s , a s s i m • uno a s s i t u a ç õ e s d e v a u d e v i l l e f a z e m c o m q u e o f i l m e p a r e ç a u m a c o m é d i a mas o toque
firme de Almodôvar
está
ptesente
farsesca,
para fazer c o m q u e a s coisas
sejam
hlerentes, c o m sua exaltação do kltsch, as cores berrantes e as hipérboles. Para
além
de seu
humor
delirante,
sobte a felicidade e a solidão.
In v o i x h u m a i n c ,
Mulheres...
Vagamente
i n s p i r a d o n a p e ç a d e 1930 d e J e a n
Cocteau
o filme d e m o n s t r a o Incrí-
vel t a l e n t o d a m u s a d e A l m o d ô v a r , Maura.
Idioma:
Não devemos
Carmen
nos esquecer,
tam-
pouco, de Antonio Bandcras, q u e deu aqui um i m p o r t a n t e p a s s o e m d i t e ç ã o a o e s t r e fito internacional.
DD
£
é u m tocante
monólogo
feminino
Laurenfllmj
Eastmancolor espanhol
Direção: Pedro
Almodôvar
Produção: Pedro Roteiro: Pedro
Almodôvar
Almodôvar
F o t o g r a f i a : J o s é Luis A l c a l n e Música: Bernardo Bone/zi, Alonso, Ventura
A i n d a q u e Mu/Iteres... esteja c h e i o d e s i t u a ç õ e s m e l o d r a m á t i c a s , a f o r m a c o m o Al inodóvar
E s p a n h a (El D e s e o , 90min.
1
Rodriguez
Elenco: Carmen Maura,
Antonio
B a n d e r a s , J u l i e t a S e r r a n o , ROSSy d l P a l m a , M a r i a B a r r a n c o , K i t i Manvei, Guillermo Montesinos, Chus Lampreave, Yayo Calvo, foles
León
Á n g e l d e A n d r é s L o p e z , Fernando Guillen, J u a n Lombardero, Jose A n t o n i o N a v a r r a , A n a Leza Indicação ao Oscar: Espanha filme
(melhOl
estrangeiro)
F e s t i v a l d e V e n e z a : Pedro Al ( P a l m a d e O u r o - roteiro)
dÒVII
Holanda / França (Argos, Golden Egg, I n g r i d , M G S , M o v l e V l s l o n s ) 107 m i n .
0 SILENCIO DO LAGO
nsss)
Cor
(SP00RL00S)
Idioma: holandês / francês / inglês
O
Direção: George Slulzer
holandês
P r o d u ç ã o : G e o r g e Sluizer, A n n e
G e o r g e S l u i z e r O silêncio
Lordon
H o f m a n (Gene; Bervoets), u m j o v e m h o l a n d ê s cuja n a m o r a d a , Saskia ( J o h a n n a ter Steege)
Roteiro: T i m K r a b b é , George Slulzer,
d e s a p a r e c e m i s t e r i o s a m e n t e de u m p o s t o de gasolina na parte central da França e n q u a n -
b a s e a d o n o livro D o v o de ouro, d e
to o casal está d e férias. O b c e c a d o e m d e s c o b r i r o q u e a c o n t e c e u c o m ela,
atormentado
pela m e r n o r l a d e s u a perda, Rex c o m e ç a , por c o n t a própria, u m a c a m p a n h a
internacional
Tlm
Krabbé
Fotografia: Toni Música: Henny
Kuhn Vrienten
Elenco: Bernard-Pierre
ovo
um
Tlm
romance
de
Krabbé, serviu
sucesso
como
do
publicado
Assim como
lago.
em
matéria-prima
1984
para
pelo jornalista
o aclamado
o livro, o f i l m e c o n t a
e n c e r r a d o o c a s o , Rex c o n t i n u a
percorrendo o c a m p o
em
Tânia Latarjet, Lucllle G l e n n , Roger
com
Souza, Caroline A p p é r é , Pierre Forget,
fessor de química francês c h a m a d o R a y m o n d
Doumee
diretor
Anos mais tarde, m u l t o depois que todas as pistas haviam desaparecido e a polícia já havia
culpa, e m parte c o m o h o m e n a g e m a Saskia, deixando de lado e mais tarde
Lucibello, David Bayle,
escritor
a história de
C w e n E c k h a u s , B e r n a d e t t e le S a c h e ,
Didier Rousset, R a p h a e l i n e , Robert
e
thrlller d o
Rex
sobre pessoas desaparecidas, o q u e t o m a conta de sua vida por inteiro.
Donnadleu,
G e n e B e r v o e t s , J o h a n n a ter S t e e g e ,
d e ouro,
sua
nova
apresenta
com se
namorada
uma
mente
em
hesita,
mas acaba
à
para
contar
mesma
porque
riamente
toma
queria um
tudo, mas
experiência
enterrado vivo e m
somente
pela
qual
se Rex concordar
sua
namorada
q u e o pior é " n ã o
e, na
capaz de cometer penúltima
u m c a i x ã o . O silêncio
cena
um
ato
previa-
passou.
Rex
saber". R a y m o n d
lhe
não por m o t i v o s sexuais o u pessoais, m a s
saber se era
sedativo
pro-
L e m o r n c ( B e r n a r d - P l e r r e D o n n a d l e u ) , se
concordando, acreditando
explica q u e de fato m a t o u Saskia mente
por
rompendo
no processo. O improvável seqüestrador de Saskia, u m
oferta
submeter
quando
parte
simples-
tão cruel. Rex
do filme, acorda,
volunta-
encontrando-se
termina c o m u m z o o m lento e m
uma
m a n c h e t e de jornal sobre o misterioso " d u p l o d e s a p a r e c i m e n t o " de Rex c Saskia,
com
do
lago
R a y m o n d s e n t a d o , p e n s a t i v o , e m s u a c a s a d e c a m p o , o b s e r v a n d o sua e s p o s a regar as plantas que são a única marca do local dos t ú m u l o s a n ô n i m o s do casal. Apesar de se conformar ao formato de suspense e de seu marketing
internacional
c o m o u m e x e m p l o de filme c o n t e m p o r â n e o n o estilo de Hltchcock, a trilha
melancólica
d e O silêncio..., s e u t o m m e l o d r a m á t i c o e s e u f o c o na s u b j e t i v i d a d e e n ã o n o a j j j
de
investigação
são elementos
que
contribuem
para
torná-lo
processo
extremamente
difícil d e analisar e m t e r m o s d e g ê n e r o s tradicionais. Esta obra d e Sluitzer encaixa
mais
holandeses,
facilmente todos
como
possuindo
parte
de
um
ciclo
uma
dimensão
de
thrlllers
essencialmente
nacional
c u l t u r a l m e n t e e s p e c í f i c a . O u t r o s I n t e g r a n t e s d e s s e c i c l o s ã o O quarto ( 1 9 8 3 ) , d e P a u l V e r h o e v e n , O e l e v a d o r a s s a s s i n o ( 1 9 8 3 ) e Caçada (1987),
de
Dick
Maas,
Incluindo
ainda,
com
no
restrições,
se
distintamente
canal
Broken
e
homem da
morte
mirrors,
de
M a r k e c n Gorris. Apesar de incorporarem convenções de gêneros distintos, além da
Inegável
presença
de
identificar
uma
filmes.
protagonistas
Os
elementos
preocupação
autorais
temática
masculinos
em
cada
subjacente
que
um
deles,
percorre
sofrem de ansiedade
é
possível
todos
quanto
a
esses
estarem
unidos a u m a mulher e m u m a relação normal: a expectativa ou realidade de casamento
e t u d o aquilo q u e dele decorre, social e l e g a l m e n t e , c o m o
gamia, heterossexualldade e um compromisso i t a l i a n o , o t h r i l l e r h o l a n d ê s - O silêncio mais
estimado
compreendido
-
não
como
simples e genérica.
754
chega um
SJS
do
a constituir
grupo
de
para toda a vida. C o m o o giallo é seu exemplo mais conhecido e
lago um
filmes
um
mono-
gênero,
que
sendo-mais
resiste
a
uma
facilmente
classificação
SORTE NO AMOR
E U A ( M o u n t ) 108 m i n . C o r Idioma:
Direção: Ron
Shelton
O
Produção: Mark Burg, Thorn Roteiro: Ron
Mount
Música: Michael
e diretor
Ron
Shelton
usou
suas
próprias experiências
como
jogador
inteligente, sexy e t r e s l o u c a d a , e fez d e sua estréia c o m o
tor u m a o p o r t u n i d a d e para compartilhar suas paixões por beisebol, m u l h e r e s
Byrne
de
dire-
Intensas
e pessoas c o m u n s que têm u m grande coração.
Convertlno
Elenco: Kevin Costner,
roteirista
beisebol nesta comédia
Shelton
Fotografia: Bobby
(1988)
(BULL DURHAM)
inglês
O p e r s o n a g e m principal de Sorte no a m o r e s
Susan
Robert W u h l , W i l l i a m O'Leary,
fã d e b e i s e b o l , f i l ó s o f a a m a d o r a ,
David
a n o para c o m p a r t i l h a r de sua c a m a e se beneficiar d e sua sabedoria d e vida
Neidorf, D a n n y C a n s , T o m Silardl,
vezes
L l o y d T. W i l l i a m s , R i c k M a r z a n ,
escolhido o novato não particularmente brilhante Ebby " N t i k c " LaLoosh (Tlm
George Buck, Jenny Robertson,
\
amarrando
seu
parceiro
à
cama
enquanto
lê W a l t
Whitman
pata
(algumas
ele).
Tendo
Robbins),
u m arremessador c o m " u m braço de u m milhão de dólares e u m céicbro de cinco
G r e g o r y A v e l l o n e , G a r l a n d BuntlngX Indicação ao Oscar: Ron Shelton
libe-
ral e l i t e r a t a A n n i e ( S u s a n S a r a n d o n ) . Ela e s c o l h e u m j o g a d o r d o s D u r h a m B u l i s a c a d a
S a r a n d o n , T i m R o b b i n s , Trey W i l s o n ,
\
(roteiro)
t a v o s " , ela n o t a , u m
pouco tarde, que u m
a p a n h a d o r se a p r o x i m a n d o
carreira, o cínico Crash Davis (Kevin Costner), teria sido u m a
cen-
do fim de
sua
opção mais elegante.
m e l o a isso, Crash dá a N u k e c o n s e l h o s viris, propiciando a l g u n s dos m o m e n t o s engraçados do filme q u a n d o ele explica e x a u s t i v a m e n t e c o m o
Em
mais
lidar c o m a i m p r e n s a
e
evitar f u n g o s n o s pés. N a t u r a l m e n t e Isso t u d o diz respeito a o g r a n d e j o g o da vida, c o m d i á l o g o s irreverentes e Irônicos, d e s e m p e n h o s e n v o l v e n t e s , u m a trilha sonora
divertida
e cenas de sexo tórridas entre S a r a n d o n e Costner, ainda q u e tenha sido Robbins se t o r n o u s e u parceiro fora d a s t e l a s .
ARIEL (1988)
F i n l â n d i a ( V i l l e a l f a ) 73 m i n . Eastmancolor
Uma
Idioma: finlandês Direção: Aki
Roteiro: Aki
quando
Kaurismaki
(Susanna
Haavisto),
demitindo
se
impulsivamente
de
seu
trabalho
e
um
assassinato
que
não c o m e t e u , ele declara
que
não
g e m cinematográfica pata expressar a fanfarronice. Seus filmes p o s s u e m u m clima
Eetu
cástico, cara-de-pau, " n ã o d o u a m í n i m a " , q u e disfarça
a verdadeira
s e u e m p e n h o c o m os m a r g i n a i s da s o c i e d a d e . Ariel, u m d e s e u s m e l h o r e s t r a b a l h o s
Hannu Viholainen, Jorma
anos
Markkula,
Tarja K e l n ã n e n , E i n o K u u s e l a ,
Kauko
faalo, Jyrki O l s o n e n , Esko Nikkari, Remes
80, é u m a
parábola sobre o azar se abatendo
sar-
profundidade
H i l k a m o , Erkki Pajala, M a t t i J a a r a n e n ,
Marja Packalén, M i k k o
tem
O d i r e t o t f i n l a n d ê s A k i K a u r i s m a k i s e m d ú v i d a foi q u e m m a i s a p e i f c i ç o o u a l i n g u a -
Salmlnen
Elenco: Turo Pajala, S u s a n n a Haavisto, Matti Pellonpáa,
ele é preso por
religião, e n d e r e ç o fixo, família o u a m i g o s .
Kaurismaki
Fotografia: Timo
mulher
s a i n d o c o m u m m i n e i r o (Turo Pajala), diz: " E s p e r o n ã o m e a r r e p e n d e r disso." M a i s tarde,
Kaurismaki
Produção: Aki
quem
AE
de dos
sobte pessoas comuns. Apesar
de
tudo, n e n h u m de seus personagens j a m a i s lamenta ou protesta quanto a seu destino: n o l i m i t e , d e s e j a m u m a p a s s a g e m p a r a u m l u g a r , a l g u m l u g a r , q u a l q u e r outro Em
alguns
momentos
de sua
catrelra, e s p e c i a l m e n t e
em
seus
públicos, K a u r i s m a k i m o s t r o u ser u m irreverente c o m p l e t o . M a s a c o n c e p ç ã o de Ariel, a s s i m c o m o seu m i n i m a l i s m o
lugar.
pronunciamentos sombria
p r o p o s i t a l ( a p r o x i m a n d o - s e da a u s t e r i d a d e
de
Robett Bresson) revelam u m c o m pr om i sso mais autêntico c o m os assuntos que aborda. Ariel é u m
filme
hipnótico,
prenunciando
O h o m e m sem passado, de 2002.
AM
a grandeza
que
seu
diretot
atingiria
com
A TÊNUE UNHA DA MORTE
(i988)
E U A ( A m e r i c a n P l a y h o u s e ) 10 1 1
(THETHIN BLUE LINE) ii
icrceiro
documentário
| i ' ) 7 8 ] e V e r n o n , Florida
Cor
longa-metragem
d e Errol
Morris
(depois
d e Portais
do c é u
[1981]) é u m a r e c o n s t r u ç ã o e i n v e s t i g a ç ã o a p a i x o n a n t e , a i n d a q u e
p m b l e m á t i c a , s o b r e o a s s a s s i n a t o d e u m p o l i c i a l d e D a l l a s e m 1976. C o m o d e t e t i v e e jornalista
Investlgatlvo q u e passou muitos anos trabalhando
nesse caso, Morris
des-
vendou u m a perturbadora falha judicial na c o n d e n a ç ã o d e Randall A d a m s - q u e esteve bem p r ó x i m o d e ser e x e c u t a d o , m a sfoi salvo p o r causa deste f i l m e . Morris chega a tal ponto e m s u a técnica d e entrevista e m close-tip q u ee v e n t u a l m e n t e Incita D a v i d Harris, que estava c o mA d a m s na noite d o a s s a s s i n a t o e m q u e s t ã o , a dizer algo m u i t o
próximo
É e s s a ú l t i m a c o n q u i s t a q u e t o r n a A t ê n u e linha
da m o r t e t ã o e s p e c i a l e i m p o r t a n t e
q u a n t o d e f a t o é. M a s t a m b é m é b o m t e r e m m e n t e q u e a a b o r d a g e m a l t a m e n t e multas
seletiva
p e r g u n t a s s e m respostas. A q u e s t ã o d o" m o t i v o " n ã o é sequer
abordada, e as recriações d o crime, quase abstratas, a c o m p a n h a d a s por aquela q u e provav e l m e n t e é a primeira trilha sonora eficaz já c o m p o s t a por Philip Class, l e v a n t a m u m a série especulações
metafísicas que, por mais q u e sejam
provocativas, t e n d e m
a encobrir
multas das questões m u n d a n a s sobre o q u e realmente aconteceu durante o crime. Os
resultados
são formidáveis,
ainda
que forneçam
u m a lição
prática
sobre o s
perigos d e se deixar Influenciar porW e r n e r Herzog: o s fatores m a i s a m p l o s e o s m a t i z e s de f i l m e noir a c a b a m n o s d i s t r a i n d o d o s f a t o s p e r t i n e n t e s e a q u i l o q u e s u r g e s ã o d o i s inelos-filmcs eficazes, cada u m d o squais se e n c o n t r a n d o c m oposição parcial a o outro. 1 ontudo, t a m b é m
é possível
ver Morris
n o processo
d eaprimorar
s e u instinto
para
justaposições c edição q u eiriam eventualmente darresultados e m s e unotável filme de 1197,
ftrst,
Inglês
D i r e ç ã o : Errol M o r r i s Produção: Mark R o t e i r o : Errol
Llpson
Morris
Fotografia: Robert Chappell,
Steflfl
Czapsky M ú s i c a : Philip Class Elenco: Randall A d a m s , David Ham G u s R o s e , J a c k i e J o h n s o n , Marshall Touchton, Dale Holt, S a m KiliuTI
de u m a confissão.
de M o r r i s d e i x a
Idioma:
C h e o p and
O u t o f Control,
e m que consegue
manipular
ascontinuidades e
d e s c o n t i n u i d a d e s e n t r e q u a t r o p e s s o a s f a l a n d o e m c l o s e - u p , a p a r e n t e m e n t e n ã o rela< i o n a d a s , e n a s d i v e r s a s c o n q u i s t a s d e s u a s é r i e p a r a a T V , F i r s t Pcrson
( 2 0 0 0 ) . JRos
H o o t i e N e l s o n , D e n n i s Johnson, 1 loyd Jackson, Edith J a m e s , Dennis W h i l e , D o n M e t c a l f e , E m i l y M i l l e r , It I Miller
J a p ã o ( A k i r a , D r a g o n , NakanVura, Telecom Animation, Tokyo
Movle)
124 m i n . C o r
Direção: Katsuhiro
de a n i m a ç ã o
d e K a t s u s h i r o Ô t o m o , é o á p i c e da f i c ç ã o
cientifica
q u i o ( a s s i m c h a m a d a por ter s u b s t i t u í d o a Tóquio original, d e s t r u í d a por u m Ôtomo
Produção: Shunzo Kato, Yoshlmasa Mizuo, Ryohel
Suzuki
gangue
de
em
motociclistas, descobre
mente,
Hashlmoto Fotografia: Katsuji
Misawa
Genda,
Fuchlzakt,
M a s a a k i Ô k u r a , Taro A r a k a w a , Takeshi Kusao, K a z u m i
Tanaka,
Masayukl Katô, Yôsuke Aklmoto, Hirano
amigo
Tetsuo transformou-se
o desejo c o poder de matar centenas de pessoas.
alia-se a u m
grupo
de
terroristas antigovernamentais
em
A g e n i a l i d a d e de Ô t o m o está e m v i n c u l a r o a p o c a l i p s e c o m a raiva de
Kitamura,
Michihiro Ikemlzu, Yutiko
Kaneda
com
seu ex-melhor
um
Relutantesua
busca
adolescentes
d e s c o n t e n t e s . Afinal de contas, para u m adolescente, cada e m o ç ã o é apocalíptica.
Nozomu
Sasaki, M a m i K o y a m a , Tesshô Hiroshi Ô t a k e , Kôlchi
homicida
que
pelo misterioso Akira, u m telepata ainda m a i s poderoso d o q u e Tetsuo.
Yamashlro
Elenco: Mitsuo Iwata,
cataclis-
m o misterioso no final do século XX), K a n e d a , u m adolescente m e m b r o de u m a
telepata
R o t e i r o : K a t s u h i r o Ô t o m o , Izô
Masato
(1988)
a p o c a l í p t i c a j a p o n e s a . A t r a m a é a p a r e n t e m e n t e s i m p l e s : n o f u t u r o c a ó t i c o d e Neo-Tó-
Idioma: japonês
Música: Shoji
AKIRA
Akirn, a obra-prima
imagine
que
um
deles tivesse
poderes
teleclnéticos
que
aumentassem
Então
exponencial-
m e n t e c o m s u a s próprias e m o ç õ e s , e i m a g i n e q u e esse a d o l e s c e n t e seja o sujeito
mais
f u r i o s o e r e s s e n t i d o q u e v o c ê já t e n h a e n c o n t t a d o . P e n s e e m t u d o Isso c aí i m a g i n e
as
cenas
do
de
devastação
mais
r e s u l t a d o f i n a l d e Akira.
avassaladotas
concebíveis
-
você
estará
bem
perto
O rush de energia p r o v o c a d o pela a ç ã o d o f i l m e é m a i s d o q u e a
a d r e n a l i n a d e dirigir a 300 q u i l ô m e t r o s por h o r a . Ele f o r n e c e o g l a c ê para u m a
investiga-
ç ã o séria d a s idéias c m e t á f o r a s q u e p r e o c u p a m a p s i q u e j a p o n e s a , e s p e c i f i c a m e n t e colapso
e mal-estar social, b e m
como
a ambivalência
permanente
diante do
o
poderio
militar. N ã o é m e r a m e n t e acidental q u e as três grandes forças e m oposição no filme sej a m motociclistas delinqüentes adolescentes, aspirantes a revolucionários e os militares. Acima
de tudo, a história
d e Akira
é impulsionada
pelo m e d o
existente
na
socie-
dade japonesa e m telação a seus jovens - selvagens, incontroláveis e caóticos. Tetsuo é o ápice do adolescente enfezado, u m que t e m poder suficiente para m a t a r dezenas p e s s o a s de u m a só v e z , e há u m a razão pela q u a l o g o v e r n o e o exército t ê m pânico
do enigmático
Isso é a adolescência
Akira, para causando
sempre
destruição
congelado em
escala
em
uma
Infância
épica, trazendo
de
verdadeiro
interrompida. memórias
das
b o m b a s atômicas jogadas sobre o Japão durante a guerra, b e m c o m o de nossos
medos
coletivos e permanentes
com
de a n i q u i l a ç ã o . A f a s c i n a ç ã o da c u l t u t a
pop japonesa
o
apocalipse vai além de u m mero flerte e explode nas mais variadas-formas sempre
que
pode, o que não é necessariamente muito saudável, mas certamente abte espaço
para
excelentes histórias.
AT
CINEMA PARADISO m M.ircado p o r u m t o q u e autobiográfico, o segundo
I t á l i a / França (Cristaldifilm, Aiiaue, filme d o diretor italiano
Giuseppe
l o r n a t o r e é u m a e v o c a ç ã o n o s t á l g i c a d a s u a i n f â n c i a , m a st a m b é m d o st e m p o s felizes, antes da televisão, q u a n d o a s pessoas i a m a o c i n e m a . O filme conta a história d e u m cineasta que, a o saber por sua m ã e que "Alfredo morreu", c o m e ç a a se lembrar dos
anos
50, q u a n d o e r a u m m e n i n o q u e m o r a v a e m u m a p e q u e n a c i d a d e n a S i c í l i a e p a s s a v a a maior parte d o t e m p o
n oCinema
Paradiso. Látornou-se a m i g o d ooperador
Alfredo
(Philippe Nolret, e m u m grande papel), u m paisubstituto que, após ficar cego
durante
Um incêndio, continuou
a trabalhar c o m a ajuda
d omenino. Tudo
n a aldeia gira e m
lorno d o c i n e m a , u m local d e diversão, m a st a m b é m d e reuniões e fofocas. As personalidades
da platéia
d oParadiso s ã o peculiarmente
espe"ousa-
I t a l i a n a , Cinema
encontra u m equilíbrio excelente entre h u m o r c nostalgia. Ecoando O s
Paradiso incompreendidos
(i')59), d e F r a n ç o i s T r u f f a u t , a I m a g e m d e u m a I n f â n c i a f e l i z n u t r i d a p o r f i l m e s r e v e l a a gratidão d e Tornatore a o s m e s t r e s d o c i n e m a . Este é u m f i l m e q u e a q u e c e o coração, sobretudo pela relação entre o m e n i n o e o operador.
Idioma: inglês / Italiano Direção: Giuseppe Tornatore
Franco
Produção: M i n o Barbera, Cristaldi, G i o v a n n a
Romagnnli
Roteiro: Giuseppe Tornatore Fotografia: Blasco
Glurato
Música: Andrea Morrlcone, I Morrlcone Elenco: Antonella Attill, Enzo
encantadoras,
cialmente o padre q u ea s s u m e o lugar d e censor, cortando d o s filmes a s cenas das". N a stradições estimadas d o neo-realismo c da comédia
R A I , T F i ) 155 m i n . C o r
DD
Cullottl
C a n n a v a l e , Isa D a n l e l l , L e o Marco Leonardl, Pupella
Maggio.
A g n e s e N a n o , Leopoldo Trieste, Salvatore Caseio, Tano Clmarosa
Terzo, Philippe
Noiret
O s c a r : Itália ( m e l h o r
filme
estrangeiro) Festival d e Cannes:
Giuseppe
Tornatore (grande prémio do e m p a t a d o c o m Linda você,
OTEL TERMINUS (hm)
acha
muito
réminiscence
do pensamento
1onsensual e da ideologia. Ele I n o v o u a i n d a pessoais a otema
m a i s e m TheM e m o r y
O f justice,
inserindo
d eNuremberg
m a i s d es u a s
reações
p o r crimes d eguerra. E m
Hotel Terminus, subtitulado " K l a u s Barbie e s u a é p o c a " e m francês, d e uo passo
radical
de centrar u m filme d e quatro horas e meia e m u m nazista q u ehavia conseguido sar t o d a
a vida f u g i n d o d efotógrafos e c i n e a s t a s . Foi t a m b é m
decisão
d e n ã o usar
as imagens
das atrocidades
Terminas
ganha
pas-
intransigente e msua
d o Holocausto,
haviam perdido parte de seuimpacto após décadas de exibição Hotel
espanhol Direção: Mareei
alegando
q u e já
repetida.
mais d o q u e perde por conta da quase invisibilidade des e u
protagonista e pela insistência d o diretor e m evocar os terrores d o H o l o c a u s t o t e s t e m u n h o s verbais e m vez de filmes o u fotografias da época. Suas escolhas
usando possuem
Ophüls
Produção: Mareei Roteiro: Mareei
d of i l m e : o s j u l g a m e n t o s
Goldwyn,
I d i o m a : f r a n c ê s / i n g l ê s / a l e i nlO /
Marcel Ophüls criou u m novo tipo de d o c u m e n t á r i o sobre o
adicional, q u e Ophüls
Ophüls
Ophüls
Fotografia: Reuben Aaronson,
J . D a v i s , P a u l G o n o n , H a n s I laber, Lionel Legros, W i l h e l m
Róslng
Elenco: Klaus Barble, Claude L a n z m a n n , J e a n n e M o r e a u , M a n tl Ophüls O s c a r : M a r e e i O p h ü l s (documentl Festival d e Cannes: Mareei
Não
matarás,
Festival d e Berlim: Mareei
decinema
inevitavelmente
H o t e l Terminus
traz o risco d e d a r a o s horrores
u m a obra d e arte e m t o d o s o s sentidos,
é u m d o sm a i s rigorosos, a s s i m c o m o u m d o s m a i s a c e s s í v e i s
t á r i o s s o b r e o p e r í o d o n a z i s t a . DS
documen-
iinn
d e Kleslowski
( p r ê m i o d e f i l m e pela p a z )
d a s telas
Ophüls
(Prêmio FIPRESCI), e m p a t a d o
Holocausto desafia, e m última instância, a possibilidade d e representação midiátíca, e
históricos u m certo sentido estético. S e n d o
Piam
B o f f e t y , D a n i e l C h a b e r t , M i i liael
u m a clareza m o r a l fora d e série, s e a c r e d i t a r m o s q u e a e n o r m i d a d e d o s o f r i m e n t o d o
que a atração
paia
I n d i c a ç ã o ( P a l m a d e Ouro)
M e m o r y ) 267 m i n . C o r
I l o l o c a u s t o , d e i x a n d o q u ea s e n t r e v i s t a s e a m o n t a g e m f a l a s s e m p o rsi próprias s e m o auxílio d e narração
|úrl),
danai;
França / EUA (Samuel
(HOTEL TERMINUS: KLAUS BARBIE ET SON TEMPS) 1 m O d e s g o s t o e cr piedade,
(
N i c o l a D i P i n t o , R o b e r t a Lena, N l i m
Ophüls
UM PEIXE CHAMADO WANDA
(AFISH CALLED WANDA) Um
<1988)
inglês c h a m a d o George (Tom Georgeson), sua n a m o r a d a a m e r i c a n a W a n d a
Lee Curtis), o a m a n t e a m e t i c a n o
desta, Otto (Kevin Kline), e o ajudante
(Jamie
d e George, o
g a g o K e n (Michael Palin), r o u b a m j u n t o s o cofte de urna joalhetia. Desconfiados e nada confiáveis, todos são criminosos a m a d o r e s c o m segundas intenções secretas e alianças internas. W a n d a e Otto traem George e o incriminam, m a s Ken inadvertidamente cede e esconde o tesouro no aquário que t e m e m
inter-
casa.
Q u a n d o G e o t g e éjulgado c defendido por Archie (John Cleese), u m a d v o g a d o frustrado, W a n d a resolve seduzir o nobre causídico para descobrir o paradeiro secreto das jóias r o u b a d a s por sua g a n g u e . As c o n f u s õ e s s em u l t i p l i c a m t a p i d a m e n t e e talvez seja
mais agressivamente
engraçada
d oque a svárias tentativas
d e Ken pata
nenhuma matar a
senhora C o a d y (Patrícia Hayes), d o n a d e u m cachorrinho, a única t e s t e m u n h a q u e
pode
ligar G e o r g e a o c r i m e . M i s t u r a d o s a t u d o Isso e s t ã o O t t o , q u e finge p a s s a t c a n t a d a s gays c m K e n , a vida caseira tediosa de Atchie, o caso de a m o r crescente entre Archie e W a n d a , que é interrompido constantemente
pelos arroubos d eciúmes d e Otto, e u m
final n o
aeroporto c o m u m v ô o para u m futuro tranqüilo c o m o o prêmio desejado por todos. I U A ( M C M , P r o m i n e n t , S t a r ) 108 m i n . Technicolor
Idioma:
inglês / italiano / russo
Direção: Charles
Crlchton
Produção: Michael
Shamberg
comédia
d ec o s t u m e s
Hume
Música: John Du
Prez
d ecomunicação
fatale
d eu m
homem
q u e s e m p r e foi g a g o (Ken). D e p o i s , o paspalhão ultra-sensível
manipulado
( W a n d a ) c o m u m a fraqueza erótica pelo i d i o m a italiano. Por f i m ,
R i s a d a s à p a r t e , Wanda
Kevin Kline, Michael Palin, Maria Ail k e n , T o m G e o r g e s o n , Patricia I laves, Geoffrey Palmer, Cyhthla leese, M a r k E l w e s , N e v i l l e P h i l l i p s ,
I'dri jonfleld, Ken Campbell, Al Hume coadjuvante)
Indicação ao Oscar: Charles
Crichton
(diretor), J o h n Cleese, Charles 1 rli h t o n ( r o t e i r o )
trata-
homem
recatado c o m grandes paixões, m a s
também
c o m u m f r a c o q u a s e p a t o l ó g i c o p a r a ir p a r a r n o l a d o r u i m d e s i t u a ç õ e s d e a z a r .
•lenço: J o h n C l e e s e , J a m l e L e e C u r t i s ,
Oscar: Kevin Kline (ator
nada
d e Charles Crlchton, está e m seu
m a t a d o r psicótico (Otto), apresentado c o m o u m
há o herói c e r t i n h o (Archie), u m
fotografia: Alan
e choques culturais anglo-americanos
Wanda,
m e n t o d o s e s t e r e ó t i p o s de g á n g s t e r e s . Primeiro há o a b s u r d o t e m a c e n t r a l , a p o i a d o n a
por u m a f e m m e
(lichton
A s h i o n , Roger
divertida
(in)capacldade
Roteiro: John Cleese, Charles
1
Uma
sutis, o s u c e s s o d e U m peixe c h n m n d o
filmes
proporciona
d e terror, Curtis, c o m o
trampolim
para
a ascensão
uma
uma
atriz
d e Kline a o círculo
p r ê m i o s . S e m fazer força e s o b r e t u d o c o m catreiras d eJohn
reciclagem
cômica,
Cleese e Mlchacl
tempo
dos críticos c o m o
que serve
doMonty
dos
como
u mator digno d e
muito humor, o filme t a m b é m
Palin, integrantes
e s t r e l a s d e H o l l y w o o d n o g ê n e r o . CC-Q
triunfante da ex-rainha
aomesmo
Python,
levantou as tornando-os
C )RRA QUE A POLICIA VEM Al (isss)
E U A ( P a r a m o u n t ) 85 m i n . Tech
(THE NAKED GUN)
Idioma:
David Zucker, J i m A b r a h a m s
e Jerry Zucker, a equipe
por trás d o sucesso Apertem os
i Intos... (1980), a p r e s e n t a r a m a o m u n d o o d e s a s t r a d o p o l i c i a l F r a n k D r e b i n ( L e s l i e N i e l s e n ) n o c ô m i c o s e r i a d o t e l e v i s i v o P o l i c e Squad
e m 1982. M a s f o i e s t a p a r ó d i a
cinematográfica
It 11
inglês
Direção: David Zucker P r o d u ç ã o : R o b e r t K. W e i s s Roteiro: Jerry Zucker, Jim Abrahams, D a v i d Z u c k e r , P a t P r o f t , b a s e a d o na
dos s e r i a d o s d e policiais, realizada seis a n o s d e p o i s , q u e t r a n s f o r m o u D r e b i n (e, p o r t a n t o ,
s é r i e d e t e l e v i s ã o d e J e r r y Zu< k e r , Inn
Nielsen) e m u m astro, d a n d o o r i g e m a d u a s c o n t i n u a ç õ e s b e m - s u c e d l d a s .
Abrahams e David Zucker
O policial q u es e m p r e pega s e u s b a n d i d o s - t o t a l m e n t e p o r a c a s o - recebe u m n o v o 1 aso: I n v e s t i g a r o c r i m i n o s o V i c t o r L u d w i g (Ricardo M o n t a l b a n ) , q u eplaneja
assassinar
.1 R a i n h a E l i z a b e t h I I e m u m j o g o d e b e i s e b o l . ( Q u a l o p r o b l e m a , v o c ê e s p e r a v a q u e a i i a m a fizesse s e n t i d o ? ! ) E m s e u auxílio v ê m a bela J a n e (Priscllla Presley, e x i b i n d o u m hábil t o q u e c ô m i c o ) e u m p u n h a d o d e p e s s o a s e s t r a n h a s , i n c l u i n d o o c a p i t ã o d e polícia Id
Hocken
(George
Kennedy)
e Nordberg, parceiro
de Drebin
(o ex-astro d e f u t e b o l
Fotografia: Robert M . Stevens M ú s i c a : Ira N e w b o r n E l e n c o : Leslie N i e l s e n , Priscllla Presley, G e o r g e K e n n e d y , Ricardo M o n t a l b a n , O . J . S i m p s o n , R a y e Blrt S u s a n Eseaubian, N a n c y March,iiul. J e a n n e t t e C h a r l e s , E d W i l l i a m s , 1 1 iv R o n , " W e i r d A l " Y a n k o v i c , Leslie
a m e r i c a n o O . J . S l m p s o n , seis a n o s antes d e seu f a m o s o j u l g a m e n t o ) . As piadas s ã od o tipo "quanto mais tolas melhor", e as brincadeiras e gags visuais
Maier, Winifred Freedman, Joe Grlfill
nao p a r a m d e s e suceder c o n f o r m e a b s o l u t a m e n t e tudo, d o hino nacional norte-ame1 ir a n o a f i l m e s c l á s s i c o s c o m o C a s o u / a n c a ( 1 9 4 2 ) , é d i s t o r c i d o p e l o r o t e i r o
hilariamente
lolo d e Z u c k e r / A b r a h a m s / Z u c k e r . Idiota - m a s n o b o m sentido. J B
iUERO SER GRANDE mm
E U A (Fox, G r a c i e ) 104 m i n . C o r
(BIG)
Idioma:
< m a n d o o j o v e m Josh (David Moscow) é barrado na montanha-russa de u m parque de iliversões, ele coloca u m a m o e d a e m u m a m á q u i n a d e desejos e deseja ser grande. Na manhã seguinte parece que o sonho d eJosh se tornou realidade - e m termos - quando ele acorda e s e d e s c o b r e n o c o r p o d e u m h o m e m b e mm a i s aito d e trinta e p o u c o s a n o s
inglês
Direção: Penny
Marshall
P r o d u ç ã o : J a m e s L. B r o o k s , Robei 1 Creenhut Roteiro: Gary Ross, Anne
Splelbeig
Fotografia: Barry Sonnenfeld
( f o m H a n k s ) . O J o s h g r a n d e , q u e foge d e casa q u a n d o s u a m ã e n ã o o r e c o n h e c e (e n a
Música: Howard
v e r d a d e s u s p e i t a q u et e n h a m r a p t a d o s e u filho), t e m q u ee n v e r e d a r pelo m u n d o
Elenco: Tom Hanks, Elizabeth
adulto
Perkins, Robert Loggia, J o h n
sozinho, contando apenas c o msua Inocência Infantil. Embora
Hanks tenha
ílmes seguintes
ganhado
(Filadélfia
dois prêmios Oscar de Melhor Ator por seus
e Forrest G u m p ) , esta
talvez seja
a sua melhor
dois
atuação.
Captando perfeitamente os manelrismos de u m menino pré-adolcscente (Hanks observou
seu " e u mais
novo",
Moscow,
brincar
c o m o outro
Shore
Integrante
do filme,
Jared
Kushton, e imitou-o), Hanks interpreta o Josh crescido c o m o u m desengonçado Inocente q u e c o n q u i s t a d e m a n e i r a c o n v i n c e n t e u m e m p r e g o - e m u m a e m p r e s a d e b r i n q u e -
lleaid,
J a r e d R u s h t o n , D a v i d M o s c o w , |on L o v l t z , M e r c e d e s R u e h t , J o s h ( 1.111-. K l m b e r l e e M . D a v i s , O l i v e r B l o i k, Erika K a t z , A l l a n W a s s e r m a n , M a i f Bailou, Gary H o w a r d Klar I n d i c a ç ã o a o O s c a r : G a r y R o s s , Anne Splelberg (roteiro), T o m H a n k s
(ator)
dos, é claro. Ainda q u e o final fique u m pouco meloso, a diretora Penny Marshall conse,gue
manter as cenas
lacrimogêneas s o b controle e explorar o h u m o r d e s e u elenco,
especialmente n o sencontros de Hanks e Rushton (como o colega d e escola de Josh) e c o m a escalaçâo d e Robert
Loggia
(como o dono
da empresa
de brinquedos)
e John
1leard ( c o m o o rival traiçoeiro d e Josh). J B
/1.1
LIGAÇÕES PERIGOSAS
E U A / Inglaterra (Lorimar, NFH, W a r n e r B r o s . ) 119 m i n . Idioma:
Eastmancolor
inglês
Direção: Stephen
(DANGER0US LIAISONS) C h r i s t o p h e r H a m p t o n t r a n s f o r m o u s u a a c l a m a d a p e ç a Les
Frears
decadente
Moonjean
intrigas
(basea-
dangereuses
Hampton
sexuais
na
corte francesa
do
século
XVIII,
levado
à tela
pelo
Frears.
Glenn Close rouba a cena c o m o a cruel e vingativa m a r q u e s a
h a s e a d o n o livro d e C h o d e r l o s d e L a c l o s
Fotografia: Philippe
de
diretor Stephen
Roteiro: Christopher H a m p t o n ,
Música: George
liaisons
da, por sua vez, no r o m a n c e de Choderlos de Laclos) neste filme, u m d r a m a s u n t u o s o e
Produção: Norma Heyman, Hank
e na peça d e Christopher
m
de Merteuil, cuja di-
v e r s ã o p r i n c i p a l na v i d a rica e t e d i o s a é c o n s p i t a t c o m o I g u a l m e n t e c i n i c o v i s c o n d e d e
Rousselot
Valmont
Fenton
(John
Malkovich). A última
armação
dos dois envolve a virgem Cécile
T h u r m a n ) e a pura m a d a m e de Tourvel (Michelle Pfeiffer), m a s as t e n t a t i v a s d e
Elenco: Glenn Close, John
Malkovich,
M i c h e l l e Pfeiffer, S w o o s i e
Kurtz,
Keanu Reeves, Mildred Natwick,
Uma
de
atrulnar
as
duas
por
pura
diversão
se
complicam
quando
ele
se
(Uma
Valmont
apaixona
pela
inocente Tourvel. F r e a r s n o s g u i a p e l o s boudoirs
I h u r m a n , Peter Capaldi, Joe Sheridan,
e q u a r t o s da aristocracia rica, t o d o s
transbordando
Valerie G o g a n , Laura B e n s o n , J o a n n a
elegância c malícia c m doses iguais. Close é u m a perfeita víbora, M a l k o v i c h é tão
sedu-
Pavlis, Nicholas Hawtrey, Paulo Abel
tor q u a n t o r e p u g n a n t e e o e l e n c o é c o m p l e t a d o c o m a e s c a l a ç ã o p o u c o u s u a l d e
Keanu
do Nascimento, François Oscar: Norma H e y m a n ,
Lalande
Moonjean (melhor filme), ( In I s t o p f i e r H a m p t o n
de arte), J a m e s A c h e s o n Indicação ao
Oscar:
Danceny, elegante
sobte
(roteiro),
Stuart Craig, Gerard J a m e s
Chevalier
apenas u m dos pobres rapazes envolvidos nas tramóias de Valmont. U m olhar
Reeves
Hank
(direção
(mais
o
conhecido
desejo,
por seus papéis
a traição
lindamente fotografado.
e a
culpa,
mais
modernos)
Ligações perigosas
é
como
o
luxuosamente
montado
e
JB
(figurino)
Glenn
Close
(atriz), M i c h e l l e Pfeiffer (atriz i oadjuvante), George Fenton
(música)
J a p ã o ( G h i b l i ) 93 m i n . T e c h n i c o l o r
Direção: Isao Takahata Produção: Tohru
0 TUMULO DOS VAGA-LUMES
(isss)
(HOTARU NO HAKA)
Idioma: japonês "
Com
Hara
Roteiro: Isao Takahata, b a s e a d o
no
u m a a t e n ç ã o à c r i a ç ã o e a o d e s i g n t a n t a s v e z e s a u s e n t e da a n i m a ç ã o
ocidental, diversos animadores japoneses
subvertetam
a natureza
comercial
dos desenhos
livro d e A k i y u k i
Nosaka
ralmente voltados
para as crianças (ou, ao m e n o s , é c o m o e m geral são
Música: Yoshio
Mamiya
transformando-os
e m grandes realizações equivalentes a qualquer filme de alto
Elenco: Tsutomu Tatsumi, Ayano Shlraishi, Yoshiko Shlnohara,
Akeml
m e n t o c o m a t o r e s r e a i s . N a v e r d a d e , c o m o O t ú m u l o d o s vaga-lumes,
de
enconttando
Jones, J . Robert Spencer, Verónica
controle artístico e m seus cenários
Taylor
Uma
liberdade
narrativa,
honestidade
emocional
e um
sentido
orça-
Isao Takahata,
pode atestar, a l g u m a s vezes as a n i m a ç õ e s u l t r a p a s s a m seus equivalentes c o m
Y.unaguchi, Rhoda Chrosite, A m y
ge-
percebidos),
atores,
ampliado
de
bidimensionais.
história a n g u s t i a n t e e dolorosa sobre os horrores da guerra, O túmulo... narra a
história de dois garotos japoneses q u e se t o r n a m órfãos depois q u e seu vilarejo é
bom-
bardeado durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, o filme parece estat m e n o s Interessado e m acusar os militares de crueldade e m m e l o às batalhas e mais em
falar sobre as
vítimas
muitas
vezes
silenciosas, c o m o
as crianças
Interessado
inocentes
que
p r e c i s a m c u i d a r d e si m e s m a s e n q u a n t o o i n f e r n o d e s a b a d o c é u . C u r i o s a m e n t e , e s t e f i l m e estteou e m u m a sessão dupla c o m a a n i m a ç ã o m u i t o m a i s leve de H a y a o Meu
Miyazaki,
v i z i n h o Tororó, e d e f a t o é difícil i m a g i n a r p l a t é i a s i n f a n t i s , é m e n o s a i n d a
conseguindo
assistir a este f i l m e p r o f u n d a m e n t e a n g u s t i a n t e s e m f i c a r e m
adultas,
devastadas
pela tristeza e frustração d i a n t e da a p a t e n t e inevitabilidade dos conflitos h u m a n o s .
JKL
4ISAGEM NA NEBLINA ( 1 9 8 8 )
F r a n ç a / G r é c i a / Itália (Basic, ETI,
(TOPIO STIN OMICHLI) N o p l a n o d e a b e r t u r a d e Paisagem
F r e n c h F i l m C e n t e r , P a r a d i s e ) 127
na
de Théo Angelopoulos, u m
neblina,
garotinho,
A l e x a n d r e ( M i c h a l l s Z e k e ) e sua i r m ã p r é - a d o l e s c e n t e , Voula (Tânia P a l a i o l o g o u ) , g e m da escuridão e se a p r o x i m a m
de u m
ponto
próximo à câmera. Param. A
emercâmera
c o m e ç a a c i r c u l a r l e n t a m e n t e a o r e d o r d e l e s . Ela p e r g u n t a : " V o c ê e s t á c o m m e d o ? " responde: " N ã o , não estou." D e repente se s e p a t a m e c o m e ç a m a andar, desta vez rápido, e m direção a u m a e s t a ç ã o de t r e m q u e agora v e m o s ao Essa
tomada
de
um
minuto
é impressionante
Ele
mais
e define o padrão
do
q u e virá
em
lodo o resto, a l g u m a s vezes parando, outtas m u d a n d o de velocidade; p a i s a g e n s deseruma
substituídos, quando
única referência
a cena
b e m definida; sons naturais e
se esvazia, pela
música
intensa
de
Eleni
estridentes
Karalndrou.
sobretudo, a câmera de Glorgos Arvanitls circulando, avançando e recuando e m u m mo
e com
uma
intenção
sempre distintos
da ação, s e m p r e g r a v a n d o
a
E,
rit-
curiosidade,
Tais p a d r õ e s d ã o feição e f o r m a a o s e v e n t o s d e l i b e r a d a m e n t e e s p a r s o s e e m
aberto
da t r a m a : a s c t i a n ç a s f o g e m d e s u a c a s a e t e n t a m c h e g a r à A l e m a n h a d e t r e m p a r a p r o um
pal q u e
talvez
nem
exista,
encontrando,
em
seu
caminho,
estranhos
p o d e m ser p r e s t a t i v o s o u a m e a ç a d o r e s . Este é u m road m o v i e s o m b r i o m a s
que
exultante,
siruado e m a l g u m ponto entre as crônicas de f r a g m e n t a ç ã o do pós-guerra de Rossellini e os p a n o r a m a s centrados e m paisagens por C h a n t a i A k e r m a n q u e
Roberto retratam
u m a "nova o t d e m m u n d i a l " vazia. Quase Itonteira
nada
nunca
se junta
alemã: enquanto Voula
trator desatola I asamento
um
nesses espaços e lugares s e m e Alexandre estão e m
cavalo moribundo
sai do q u a d r o c a n t a n d o
e, a t r á s d e l e s , u m
Direção: Theo
Angelopoulos
P r o d u ç ã o : T h e o A n g e l o p o u l o s , I ili Heumann, Stéphane
Sotlat
Roteiro: Theo Angelopoulos, 1
Fotografia: Gorgos M ú s i c a : Eleni
um
n o m e entre Atenas e a
pátio, na frente deles
um
grupo de convidados de
um
hesitante
entre
Voula e o músico itinerante Orestis (StratosTzortzoglou) q u e a i m a g e m c o m e ç a a
e d a n ç a n d o . É a p e n a s na
relação
zum-
bir c o m a t e n s ã o da a t r a ç ã o e da r e p u l s ã o . C o n t u d o , I s s o d u r a a p e n a s
um
pequeno
e
precioso intervalo d e t e m p o : n o v a m e n t e e s s a s c t i a n ç a s irão andar, parar e andar, a i n d a mais rápido, ao longo d e u m a estrada s e m f i m , e n q u a n t o a c â m e r a se eleva b e m alto n o ar g é l i d o e O r e s t i s a c e n a d u a s v e z e s u m a d e s p e d i d a d e s a m p a r a d a p a r a n i n g u é m .
AM
10
Valtinos Arvanitis
Karaindrou
Elenco: Tânia Palaiologou, D i n n i i e . Kaberidis, Vassills Kolovos, Gerasimos Skladaressis, Sttatos Tzortzoglou, Michalís
Zeke
Festival de Veneza: Theo Angelopoulos (Leão de Prata), (Prêmio OCIC), empatado com i a
p a i x ã o , s a b e d o r i a e o perthos d o o l h a r d e A n g e l o p o u l o s .
curar
Idioma: grego
Guerra, Thanassis
longe.
seguida. Pessoas e veículos o b s t i n a d a m e n t e se m a n t e n d o e m seus c a m i n h o s , alheios a
las ou s o m b r i a s c o m
mil
Cor
Leggenda
dei
Santo
Bevitore
Festival de Berlim: Theo Angelopoulos (Prêmio fórum do cinema
Intcrliliii
novo)
P o l ô n i a ( T V p o l o n e s a ) 53 m i n . C o r Idioma:
Direção: Krzysztof
Kieslowski
Produção: Ryszard
Chutkowskl
Roteiro: Krzysztof Krzysztof
O p o l o n ê s K r z y s z t o f K i e s l o w s k i era u m d o s raros d i r e t o r e s c a p a z e s d e m i s t u r a r c o m é d i a , religião, tragédia e metafísica e m seus trabalhos s e m parecer n e m
Kieslowski,
Música: Zbignlew
frutos de seu sucesso
Zdort
Preisncr Wojcicch
Majsluk, Magda
res s e r i a m
inesperadamente em
1996, a o s 5 4 a n o s .
capazes.
Ainda q u e Kieslowski tenha sido o criador de várias obras-primas. Incluindo A duplo
Artur
liareis, M a r i a C l a d k o w s k a , Ewa Alcksandra Klsielewska,
internacional, morreu
S e m d ú v i d a a l g u m a , foi m a i s l o n g e e m sua c u r t a carreira do q u e m u i t o s o u t r o s d i r e t o -
Elenco: Henryk Baranowski, Klata, Maja K o m o r o w s k a ,
política,
pretensio-
so n e m tolo. Infelizmente, q u a n d o o diretor estava f i n a l m e n t e c o m e ç a n d o a colher os
Piesiewicz
Fotografia: Wleslaw
0 DECÁLOGO mm (DEKALOG,JEDEN)
polonês
Kanla,
Aleksandra
Sroga-Mlkolajczyk
vida
de
(1991) e a T r i l o g i a
Véronique
das Cores
- Azul
(1993), B r a n c o
(1994),
( 1 9 9 4 ) •-, O d e c á l o g o t a l v e z s e j a s u a o b r a m a i s p r o f u n d a , m u l t i f a c e t a d a e Originalmente
filmado
para
a
televisão
polonesa,
O
decálogo
é
uma
Vermelho
aperfeiçoada. coleção
de
10
curtas c o m m e n o s de u m a hora, cada u m a m b i c i o s a m e n t e apresentando uma
história
baseada
mesmo
livremente em
um
dos Dez M a n d a m e n t o s
e todos eles passados
no
complexo de apartamentos sombrio de Varsóvia. M u i t a s das primeiras obras de Kieslowski f a l a v a m de forma indireta sobre as realid a d e s políticas da
P o l ô n i a d a é p o c a , m a s , c o m O decálogo,
o diretor tentou algo
mais
a m p l o c m a i s u n i v e r s a l . A c o l e ç ã o t r a t a d o s c o n c e i t o s d e d e s t i n o , s o r t e e fé p o r m e l o da I n t e r s e ç ã o d e d i f e r e n t e s v i d a s - f i l h o s , p a i s , p a r e n t e s e e s t r a n h o s -, t e n t a n d o
Iluminar
os fios Invisíveis q u e nos ligam uns aos outros, m a s t a m b é m os s e n t i m e n t o s e crenças que nos conectam a u m poder Em u m dos curtas, u m
maior.
pai e seu filho q u e s t i o n a m
o lugar de Deus e m u m a
d o m i n a d a pela tecnologia. E m o u t r o , u m m é d i c o discute a ética de m a n t e r u m
época
paciente
e m u m s i s t e m a d e s u p o r t e d e v i d a q u a n d o s u a v i d a o u m o r t e Irá a l t e r a r , p a r a s e m p r e , o futuro c o m p l e x o da m u l h e r memória
distante
Um
situação
cuidando
doméstica
de
sua
inestimável
essencialmente
coleção
Irrepreensível,
de
honrar a
está
uma
pai
desse paciente. Dois Irmãos tentam
p a v o r o s o a s s a s s i n a t o coloca e m q u e s t ã o a ética da p e n a d e m o r t e . C a d a e p i s ó d i o em
seu
perturbada
selos.
centrado
de
perplexidades
profundas s e m soluções certas ou erradas, e Kieslowski segue c u i d a d o s a m e n t e os diferentes caminhos que seus personagens
escolhem.
A i n d a q u e c a d a u m d o s s e g m e n t o s d e O decálogo mento
específico, a conexão
possa estar ligado a u m
r a r a m e n t e é clara o u óbvia. O diretor
manda-
parece estar
mais
I n t e r e s s a d o e m c o m o e s s a s a n t i g a s regras p o d e m ser a p l i c a d a s q u a n d o a n a l i s a d a s contexto n e m s e m p r e n i t i d a m e n t e definido da vida cotidiana atual. Cada u m dos mentos
compartilha
algumas
similaridades
temáticas,
mesmo
que
todos
no
seg-
possuam
estéticas l i g e i r a m e n t e diferentes. A s s i m c o m o sua Trilogia d a s Cores posterior, os vários episódios de O decálogo a l g u m a s vezes u s a m os m e s m o s atores, cuja presença ajuda a c o n e c t a r as histórias d í s p a r e s e, s e m e x c e ç ã o , c a t i v a n t e s . T r a b a l h a n d o de forma m u l t o próxima ao seu roteirista habitual Krzysztof ao compositor Zblgniew
Piesiewicz,
Prelsner (que criou u m a trilha sóbria e reduzida) e a n o v e d i -
f e r e n t e s f o t ó g r a f o s , K i e s l o w s k i realiza u m a rara f a ç a n h a : u m a a n t o l o g i a
perfeitamente
unificada q u e se aproxima, m a i s do q u e q u a l q u e r outro filme, do q u e significa ser h u m a n o . I n t e l i g e n t e e p o é t i c o , O decálogo algo e n q u a n t o nos m a n t é m entretidos.
é u m a verdadeira obra de arte que nos JKL
ensina
E U A ( F o x , G o r d o n , S i l v e r ) 131 m i n . C O I Idioma: inglês / alemão / italiano Direção: John
McTiernan
Produção: Lawrence Gordon, Joel Silver R o t e i r o : J e b S t u a r t , S t e v e n E. d e S o u z a , b a s e a d o n o livro N o t h i n g Forever,
de
la;i;
RoderickThorp
Fotografia: Jan de Bont Música: Michael
Kamen
Elenco: Bruce Willis, Bonnie Bedclia. Reglnald Veljohnson, Paul Gleason, De'voreaux White, William Atherton, Hart Bochner, J a m e s Shigeta, Alan Rickman, Alexander Godunov,
DURO DE MATAR (1988)
Doyon, Andreas Wisnlewskl,
Caccialanza
A n t e s d e D u r o de m o t o r , B r u c e W i l l i s era a p e n a s u m a t o r d e u m ú n i c o s e r i a d o d e v i s ã o b e m - s u c e d i d o ( A g o t o e o rato) sucesso
e um
f i l m e f r a c a s s a d o (Encontro
tele-
õs escuros),
mas
d e s t e f i l m e t o r n o u - s e , m e r e c i d a m e n t e , u md o s a s t r o s
mais
autoconfiante dávida
aopersonagem John
M c C l a n e , u mpolicial d e
Nova York q u e está e m m e l o a u m a discussão c o m sua esposa Holly ( B o n n l e Bedclia) no i
critério dela e m Los Angeles j u s t a m e n t e no m o m e n t o e m q u e o prédio é t o m a d o
um
grupo
d e terroristas
Impiedosos
liderados
porHans
Gruber
(Alan
por
Rickman).
i n q u a n t o t o d o s os f u n c i o n á r i o s do escritório - q u e e s t a v a m n oprédio à noite para a lesta de N a t a l da e m p r e s a - são c o n f i n a d o s e m u m a d e t e r m i n a d a área pelos b a n d i d o s , nosso herói (que estava no banheiro q u a n d o o a t a q u e c o m e ç o u ) está solto e r o n d a n d o pelos andares palavras, " u m a
superiores mosca
da torre
parcialmente
n a sopa, u m a
pedra
Inacabada.
Ele é, e m s u a s
n osapato" dos terroristas, q u e
próprias não
têm
i erteza de q u e m os está a t a c a n d o n e m de c o m o essa pessoa e s c a p o u . J o h n M c T i e r n a n - q u e a n t e r i o r m e n t e d i r i g i u o f i l m e d e a ç ã o a l i e n í g e n a Predador,
com
Arnold S c h w a r z c n e g g e r (que foi, aliás, I n i c i a l m e n t e s o n d a d o para o papel d e M c C l a n e ) enche sua
aventura
Indicação ao Oscar: Stephen
Hüntel
F l i c k , R i c h a r d S h o r r ( e f e i t o s e s p e i lall s o n o r o s ) , R i c h a r d E d l u n d , Al Di
Sarro,
B r e n t B o a t e s , T h a i n e M o r r i s (efeitos especiais visuals), Frank J . Urloste,
I ii e n t e s d e H o l l y w o o d . Seu charme
í
G i l y a r d Jr., J o e y P l e w a , L o r e n z o
(DIE HARD)
,i|)ós o e n o r m e
Bruno
Ciarem
n oarranha-céu c o m explosões, lutas e a ç ã o Incessante,
enquanto
n o s s o a n t i - h e r ó i ( q u e f u m a , x i n g a e s e livra d o b a n d i d ã o d e f o r m a s a n g r e n t a ) c a ç a o s lerroristas u m a u m o u v i n d o s e u s walkie-talkies para tentar descobrir s e u plano nefasto. McTiernan, c o m os escritores Jeb Stuart e S t e v e n de Souza ( a d a p t a n d o u m r o m a n c e de RoderickThorp), redefine c o m sucesso o f i l m e de ação c o m o u m exército de u m só h o m e m . Willis solta tiradas espertas ao longo d e u m a série de a r m a ç õ e s e d e s e n l a c e s
inteligentes
( q u a n d o M c C l a n e t i r a s e u s s a p a t o s e m e l a s n o i n í c i o d o f i l m e p a r a c o m b a t e r o ) e t lag, p a r e c e - laro q u e s e u s p é s d e s c a l ç o s s e r ã o u s a d o s c o m o u m r e c u r s o n a t r a m a m a i s t a r d e , e d e f a t o o s ã o ) , sua c a m i s e t a f i c a n d o m a i s suja a c a d a s e g u n d o . S e u ú n i c o c o m p a n h e i r o é u m policial de pés chatos (Reglnald Veljohnson) c o m q u e m ele s ec o m u n i c a
pelo rádio, e n q u a n t o a
maioria dos outros policiais e agentes federais o u são tolos d e m a i s o u estão
demasiado
a n i m a d o s para puxar o gatilho e n ã o c o n s e g u e m perceber o q u e está a c o n t e c e n d o de fato. E n c e n a d o c o m m a e s t r i a por Willis no papel de u m cara q u e r e a l m e n t e preferia e m o u t r o l u g a r , M c C l a n e é u m t í p i c o h e r ó i d o s a n o s 9 0 . JB
estar
J o h n F. L i n k ( e d i ç ã o ) , D o n J . B a s s i n a n , K e v i n F. C l e a r y , R i c h a r d O v e r t o n , A l
Holanda / Inglaterra / França A l e m a n h a (Air F r a n c e , C a p l ,
/
Channel
Four, La S e p t , N O S , N D R , S t i c h t l n g , D o c u m e n t a i r e , TFi, W D R ) 80 m i n . Cor
UMA HISTORIA DO VENTO mm (UNE HISTOIRE DE VENT) A o 1er a f i l m o g r a f i a d e J o r i s I v e n s , é d i f í c i l a c r e d i t a r q u e u m ú n i c o c i n e a s t a t e n h a t o d o s os seus filmes. E s t a m o s d i a n t e de u m artista q u e foi m e m b r o ativo do
Idioma: francês Direção: Joris Ivens
movimento
Roteiro: Joris Ivens, Marceline
a n o s da
l uridan Ivens
N e w D e a l a m e r i c a n o ( O poder
'
Fotografia: Thlerry Arbogast, Jacques I (liscleux Música: Michel
de cinema
União Soviética
Elenco: H e n x i a n g H a n , J o r i s I v e n s , Culllan L i u , Z h u a n g L i u , H o n g W a n g
honraria
europeu; que filmou o primeiro
(Komsomoí), a Guerra e a terra);
a n t i c o l o n i a l i s t a s ( I n d o n é s i a chamando). claro: poucos
Portal
de vanguarda
artistas receberam
Civil E s p a n h o l a
que
seu
último
filme,
plano de
cinco
(A t e r r a espanhola)
e o
e q u e fez u m d o s p r i m e i r o s e essenciais
filmes
Tal v i d a n ã o d e i x o u d e ter s u a s c o n t r a d i ç õ e s , é ao m e s m o
tempo
o Prêmio
Internacional
de c o m a n d a n t e da Légion d ' H o n n e u t da França. Portanto, é
adequado
feito
primeiro
Uma
história
do
co-dirigido
vento,
Lenln e a
admiravelmente por
Marceline
f o r i d a n , s u a e s p o s a e parceira na r e a l i z a ç ã o d o s f i l m e s , seja u m a d a s m a i s g r a c i o s a s e marcantes obras de auto-teflexão no
cinema.
T e n d o t e s t e m u n h a d o , d u r a n t e s e u s 9 0 a n o s , o s u f i c i e n t e p a r a 10 v i d a s , e s s e
"ho-
landês v o a d o r " v o l t o u a c ã m e t a para, talvez, seu objeto m a i s fugidio: ele m e s m o .
Um
a s m á t i c o durante toda a sua vida, c o m e ç a o filme c o m p e n s a m e n t o s sobte a respiração q u e s u s t e n t a a sua e t o d a s as o u t r a s vidas e q u e se manifesta n o m u n d o c o m o o v e n t o . Assim c o m o o próprio Ivens, o vento não possui limites, unindo n a t u r a l m e n t e cultutas e continentes. Sua
exploração eventualmente
povos,
o leva a t é a China, local
onde
realizou diversos d e seus m e l h o r e s f i l m e s e o n d e se dedica a procutar o Dragão, representação mítica d o vento, a fim de descobrir seu segredo. Há alguns percalços no nho: alguns m e m b r o s do partido fazem tudo o que podem
pata, m u i t o
cami-
gentilmente,
Impedi-lo de filmar, e n q u a n t o outras vezes a natureza precisa ser e s t i m u l a d a a c o o p e rar c o m o p r o j e t o . I n c a p a z d e f i l m a r u s m a g n í f i c o s g u e r r e i r o s c m t e r r a c o t a d a
dinastia
Qin, Ivens e Loridan criam seus próprios artefatos, encenando até m e s m o u m
número
no estilo de Busby Berkeley c o m eles. M o v e n d o
se entre documentário, ficção, mitolo-
gia, filosofia e puto c a p r i c h o , Loridan e Ivens c r i a r a m , c o m este epitáfio, u m dos magníficos filmes "livres" jamais feitos, u m tributo digno a u m dos grandes do cinema.
/,a,
RP
mais
inovadores
EUA (Amblin, Silver Screen, T o u c h s t o n e ) 103 m i n . C o r Idioma: inglês Direção: Robert Zemeckis P r o d u ç ã o : F r a n k M a r s h a l l , Robei 1 Watts Roteiro: Jeffrey Price, Peter S. S e a m a n , b a s e a d o n o l i v r o Who Censored
Roger
Rabbit?,
de G a i y
K. W o l f Fotografia: Dean
Cundey
Música: Alan Silvestri Elenco: Bob Hoskins, Chrlstopbei Lloyd, J o a n n a Cassidy, Chatles F l e i s c h e r , S t u b b y K a y e , A l a n rilvern, Richard L e P a r m e n t l e r , Lou Hirsi li, Betsy Brantley, Joel Silver, Paul Springer, Richard Ridings, Edwin Craig, Lindsay Holiday, M i k e Edmonds O s c a r : C h a r l e s L. C a m p b e l t , I O U l S I E d e m a n n ( e f e i t o s e s p e c i a i s sonoroi). Ken Ralston, Richard Williams, I d J o n e s , G e o r g e G l b b s (efeitos espei lals visuais), A r t h u r S c h m i d t (edit,an), R i c h a r d W i l l i a m s ( p r ê m i o e s p e i lal poi realização - direção de anlmaçfloe criação dos personagens de desenho
UMA CILADA PARA ROGER RABBIT
(igss)
(WHO FRAMED ROGER RABBIT)
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : E l l i o t S c o n . Petll H o w l t t (direção de arte), Dean
l m b o r a a t o r e s reais e a n i m a ç ã o t e n h a m d i v i d i d o a tela a n t e s - n o t a d a m e n t e q u a n d o o [ a m u n d o n g o J e r r y ( d e Tom e jerry)
animado)
d a n ç o u c o m G e n e K e l l y e m Marujos
do a m o r ( 1 9 4 5 ) -,
Cundey (fotografia), Robert K n u d s o n , John Boyd, Don Diglrolamo,
lony
Dawe (som)
0 diretor Robert Z e m e c k l s e o diretor de a n i m a ç ã o Richard W i l l i a m s m i s t u r a r a m o s dois u m perícia nesta c o m é d i a de s u s p e n s e q u e c o n t i n u a p a r e c e n d o t e c n i c a m e n t e
perfeita
duas décadas depois. O grosseiro e d e s a r r u m a d o d e t e t i v e particular Eddie V a l i a m , n oa u g e d a a t u a ç ã o mal-humorada
d eBob Hoskins, não gosta dos Toons, ospersonagens animados
que
v i v e m e m T o o n t o w n , s u b ú r b i o d e Los A n g e l e s . Por Isso ele n ã o fica n e m u m p o u c o feliz ao ser c o n t r a t a d o pelo c h e f e d e e s t ú d i o de f i l m a g e m M a r v i n A c m e ( S t u b b y Kaye) averiguar a s atividades d e sua 1 hamada Jéssica ainda m e n o s
estrela,
uma
Rabbit (que recebeu u m a
impressionado com
sexy
personagem
dedesenho
para
animado
voz rouca d eKathleen Turner). Eddie
fica
o m a r i d o h i p e r a t i v o dela, Roger (na v o z d e C h a r l e s
I lelscher), s o b r e t u d o q u a n d o o par desequilibrado se vê m e r g u l h a d o e m u m a
confusão
hilária d e a s s a s s i n a t o e c h a n t a g e m . C o m caracterizações elegantes dos h u m a n o s e das animações, além de u m inteligente
de Jeffrey
Price e Peter S. S e a m a n , U m a
cilada...
é uma
comédia
roteiro d e ação
e x a t a m e n t e c o m o o s d e s e n h o s c l á s s i c o s da W a r n e r q u e ela h o m e n a g e i a : e x p l o d i n d o d e liversâo, d e l i c i o s a m e n t e sutreal, feita para se assistir m u i t a s e m u i t a s vezes. J B
/li/
EUA
( M i r a g e , S t a r II) 133 m i n . C o r
Idioma: Inglês
Vários escritores e diretores t e n t a r a m
Direção: Barry
Levlnson
Produção: Mark
Johnson
rotografia: John
tória de u m v e n d e d o r de carros u s a d o s q u e tenta fazer a m i z a d e c o m seu I r m ã o Morrow
Seale
Zimmer
autista
u m a v i a g e m através d o s E s t a d o s U n i d o s para tentar colocar a s m ã o s n a herança preo-
cupados com o futuro do filme e apelidaram-no de "Dois bobalhões e m u m carro" durante as filmagens.
Elenco: Dustln H o f f m a n , Tom Cruise, C o l i n o , G e r a l d R. M o l e n , J a c k
M u r d o c k , M i c h a e l D. R o b e r t s , R a l p h Seymour, Lucinda Jenney,
em
multimilionária deste. Até os dois astros, Dustin Hoffman eTom Cruise, estavam
M ú s i c a : Ian Gillan, Roger Glover, Doc
Valeria
a m ã o c o m o roteiro d e Roin M a n antes d e o
diretor Barry L e v i n s o n a s s u m i r o f i l m e . M u i t o s a c h a r a m difícil d e m a i s levar à tela a his-
Roteiro: Ronald Bass, Barry
Pomus, Hans
RAIN MAN (1988)
Bonnie
Por sorte, L e v l n s o n n ã o h e s i t o u e m fazer u m f i l m e c o m p o u c o d r a m a , f o c a n d o , e m vez disso, no desenvolvimento h u m a n o que se encontra no cerne do filme. Viajando de carro através d o s Estados Unidos c o m o autista R a y m o n d ( H o f f m a n ) , porque
Raymond
Hunt, K i m Robillard, Beth Grant,
n ã o a n d a de avião, Charlie B a b b i t t (Cruise) aos p o u c o s c o m e ç a a e n t e n d e r o i r m ã o q u e
Dolan Dougherty,
m a l conhecia e,n oprocesso, adquire u m a decência q u e n ã o possuía
Marshall
Dougherty, Patrick Dougherty, JohnMichael
Dougherty
Oscar: Mark Johnson (melhor filme), harry Levlnson (diretor), Ronald Bass,
Barry
M o r r o w (roteiro), Dustin
Hoffman
(ator)
i n d i c a ç ã o a o O s c a r : Ida R a n d o m , I Inda D e S c e n n a ( d i r e ç ã o d e a r t e ) , J o h n Seale ( f o t o g r a f i a ) , S t u L i n d e r ( e d i ç ã o ) , Ii.ins Z i m m e r
(música)
festival de Berlim: Barry
Levinson
(Urso d e Ouro), (júri d o s leitores d o
Berliner M o r g e n p o s t )
antes.
Hoffman
capta o a u t i s m o de seu p e r s o n a g e m s e m exagerar nos tiques nervosos, m a s Cruise está ainda mais impressionante compõe
com
habilidade
n of i l m e , ficando à altura d eH o f f m a n , m a i s experiente, e
u m homem
p r o f u n d i d a d e e m s u a v i d a . JB
superficial
que
finalmente
encontra
alguma
UM ASSUNTO DE MULHERES m
F r a n ç a ( A 2 , C a m é l i a , La S e p t , M K . \
(UNE AFFAIRE DE FEMMES)
S o f i n e r g i e ) 108 m i n . C o r Idioma: francês
I s t e é u m f i l m e d e é p o c a , b e m realizado e, c o m o u m t o d o , n ã o c a r a c t e r í s t i c o , d e C l a u d e < liabtol. Passado durante a o c u p a ç ã o francesa na S e g u n d a Guerra M u n d i a l e v a g a m e n te a d a p t a d o a p a r t i r d e u m
livro n ã o - f i c c l o n a l d o a d v o g a d o
Francis Szpiner, é o relato
plausível e não s e n t i m e n t a l ó i d e de u m a dona-de-casa e m ã e (Isabelle H u p p e r t e m
seu
auge) de u m a cidadezinha perto de Dieppe q u e passa a ajudar m u l h e r e s a fazer
abortos
té e n v i a d a p a r a a g u i l h o t i n a p o r I s s o . C a s a d a c o m u m s o l d a d o f r a n c ê s ( F r a n ç o i s
Cluzct)
que está e m
um
campo
d eprisioneiros d eguerra, ela n ã o q u e r m a i s d o r m i r c o m
após seu r e t o m o . Logo s etorna a responsável pelo s u s t e n t o da família, u m a
ele
sobrevi-
u m roteito
escrito
por Chabrol
e m parceria
com
Colo Tavernler
O'Hagan
baseado e m fatos reais, U m assunto de mulheres c o m p e n s a a m p l a m e n t e O s a n g u e
e
dos
(1984), s e u p i o r f i l m e , a d a p t a d o d e u m r o m a n c e d e S i m o n e d e B e a u v o i r e p a s s a -
outros
do e m Paris d u r a n t e o m e s m o petíodo. A o m e s m o t e m p o , o f i l m e a p o n t a pata son ex r e l e n t e d o c u m e n t á r i o , t a m b é m s o b r e e s s e p e r í o d o e q u e seria l a n ç a d o e m 1 9 9 3 , O lo do ódio.
Chabrol
Produção: Marin
Karmitz
Roteiro: Claude Chabrol, Colo T a v e r n i e r , b a s e a d o n o livro d e I i a m Is Szpiner Fotografia: Jean
Rabier
Música: Matthieu
Chabrol
E l e n c o : I s a b e l l e H u p p e r t , François Cluzet, Nils Tavernier, M a r i e
vente dutona. Com
Direção: Ciaude
círcu-
N e s t e f i l m e , s u a m l s e - e n - s c è n e e a d i t e ç ã o d e a t o r e s s ã o m a g i s t r a i s . JRos
Lolltl
Trintignant, Dominique Blani,
C h a m m a h , Aurore Gauvin, (aiillaiiine Foutrier, Nicolas Foutrier, M a i 1 0 Bunel, Dani, François Maistre. V i n c e n t G a u t h i e t , F r a n c k d e la Personne, Caroline
Berg
Festival d e V e n e z a : Isabelle
Huppefl
(Taça V o l p i - atriz), e m p a t a d a i Shirley M a c L a i n e , por
Madainr
Sousatzka
AFOGANDO EM NÚMEROS
(i9S8)
I n g l a t e r r a / H o l a n d a 118 m i n . ( 01
(DROWNING BY NUMBERS)
(Kodak) Idioma:
0 maior diretor "artístico" da Inglaterra, Petet Greenaway, joga c o m nossa moral e nosSas e m o ç õ e s n e s t a n a r r a t i v a s o b r e t t ê s g e r a ç õ e s d e m u l h e r e s - t o d a s c h a m a d a s 1 olpltts - que d e s e j a m m a t a r seus m a r i d o s infiéis afogando-os. S e m dar m u i t o s lhes, a tarefa é e m m u i t o facilitada e.pecial
com
l l i l l [Senhor
porque cada u m a delas possui u m a
o médico-legista, Madgett, u m a
dos
anéis,
Titanlc).
Com
atuação
brilhante d olendário
u m elenco feminino
l i i l i e t S t e v e n s o n e J o e l y R i c h a r d s o n -, e s t a p e r t u r b a d o r a
relação
inspirado
comédia
- Joan
Cissie detamulto
Bernard Plowríght,
d eh u m o r negro d e
Este f i l m e v i s u a l m e n t e fascinante c o n f u n d e alguns e n q u a n t o c o n t e n t a outros. A s s i m c o m o s e u p r i m e i r o f i l m e r e a l m e n t e i m p o r t a n t e , O contrato numeras é desconcertante, sedutor e esquivo e m zeros,
Greenaway
P r o d u ç ã o : Peter J a q u e s , Kees Kasander, Denis Roteiro: Peter
Wigman
Greenaway
Fotografia: Sacha Música: Michael
Vierny Nyman
Elenco: J o a n Plowright, Juliet Stevenson, Joely Richardson,
Greenaway transforma o assassinato e m u m jogo.
/ O O - Um Z e dois
inglês
Direção: Peter
do amor.
Afogando
s u a s i n t e r p r e t a ç õ e s . E, a s s i m
em como
é m u i t a s vezes fatsesco ao revelar u m a Inglaterra q u e n o r m a l -
m e n t e não v e m o s - u m a v e r t e n t e criminosa e s o m b r i a q u e se e s c o n d e por baixo de
um
Bernard
H i l l j a s o n Edwards, Bryan Pringlc. T r e v o r C o o p e r , D a v i d M o r r i s s e y , |ohn Rogan, Paul Mooney, Jane Cu
11,
Kenny Ireland, Michael Percival, Joanna Dickensjanine
Duvitski
F e s t i v a l d e C a n n e s : P e t e r Greenaway
Petei
a p a r e n t e v e r ã o ideal inglês. Para poder aproveitat ao m á x i m o u m f i l m e t ã o d e n s o , ajuda
(maior contribuição artística),
lembrar q u e ele, na v e r d a d e , diz respeito a j o g o s de palavras, listas, à dor da
Greenaway, indicação (Palma de
mortalida-
de e m u i t o p o u c o a l é m disso. Q u a n d o estava sendo f i l m a d o , as locações f o r a m tadas
pelas
Incomuns
tempestades
d e 1987. I s s o s i g n i f i c a
que
há uma
devas-
discrepância
entre diferentes cenas, m a s , graças ao fantástico trabalho do fotógrafo S a c h a Vierny, as m u d a n ç a s nas locações p a r e c e m ser a p e n a s parte do jogo de G r e e n a w a y .
KK
Ouro)
Brasil (Casa de C i n e m a de
Porto
A l e g r e ) 12 m i n . C o r Idioma:
q u e copiava
Furtado
Produção: Nora Goulart, St
lógica
Fotografia: Sergio A m o n e Roberto Menkin
Estruturado
como
o
mais
básico
Numa
série de v i n h e t a s
dos
telecursos,
Ilha
das
D t i e n h o d e p r o d u ç ã o : Fiapo
Barth
Flach
consumo.
secas e irônicas, nas quais a encenação
de
um
registro
d o c u m e n t a l é I n t e r c a l a d a c o m a n i m a ç õ e s t o s c a s e I m a g e n s de a r q u i v o , a fruta sai da
de-casa
d e c l a s s e m é d i a , e vai parar n o lixão da Ilha d a s Flores, na
Porto
alimentação.
E m 12 m i n u t o s , o f i l m e s o b e e d e s c e e s s a c a d e l a a l i m e n t a r e s e d e p a r a c o m humanos
Festival de B e r l i m : Urso de Prata
dona-
periferia de
Alegre, o n d e porcos (primeiro) e pobres (depois) c o l h e m sobras para sua
Elenco: Clça Reckziegel, D o u g l a s Barth
nas duas extremidades, todos dotados de "telencéfalo altamente
vido e polegar opositor", c o m o
seres
desenvol-
reiterado pela narração de Paulo José, m a s n e m
todos
d o t a d o s de dinheiro. O texto, c o m o de praxe no c i n e m a de Furtado, é o trunfo.
curta)
Concebido
para "ser c o m p r e e n d i d o
até por u m
m a r c i a n o " , recorre à repetição
ó b v i o n a s d e f i n i ç õ e s do q u e seja ser h u m a n o , t o m a t e , porco, dinheiro e j u s t a p õ e
bizarria
divertida
prepara
o terreno
com
q u a n d o o h u m a n i s m o do f i l m e se revela.
I UA / Inglaterra (PolyGram, Warner B r o s . ) 126 m i n . T e c h n i c o l o r
o diretor T l m B u r t o n
Burton
Produção: Peter G u b e r j o n
Peters
Roteiro: S a m H a m m , Warren '.filaron, Bob
a puxada
de tapete do
JBi
r e i n v e n t a o s u p e r - h e r ó l q u e dá n o m e a o f i l m e (visto pela uma
encarnação camp
n o s a n o s 60) c o m o u m
Kane, última
personagem
sombrio e conflituoso. Michael
K e a t o n estrela c o m o
um
Bruce W a y n e de alma atormentada, u m
homem
taciturno q u e , q u a n d o criança, viu seus pais serem assassinados por ladrões e m u m
Pratt
Música: D a n n y Elfman, Prince
de
final,
(1989)
vez nas telas de tevê e m
Kane
Fotografia: Roger
para
N e s t a s u p e r p r o d u ç ã o c i n e m a t o g r á f i c a da clássica história e m q u a d r i n h o s d e B o b
inglês
Direção: Tim
BATMAN
perfeição
do tais
c o n c e i t o s v i a r a c i o c í n i o f r i o , m e c â n i c o , n o p a d r ã o " A l e v a a B, q u e l e v a a C " . O t o m
Idioma:
da Flores
p l a n t a ç ã o d e u m f a z e n d e i r o , o Sr. S u z u k i , p a s s a p e l a c o z i n h a d e d o n a A n e t e , u m a
Edição: Giba Assis Brasil
(melhor
capitalista.
m a p e i a a trajetória de u m t o m a t e na s o c i e d a d e de Furtado
Música: Geraldo
homem
( 2 0 0 3 ) , M e u tio m a t o u u m c a r a ( 2 0 0 4 ) e S a n e a m e n t o b á s i c o (2007), l e v o u o
Urso de Prata de m e l h o r curta no Festival de Berlim por esta a m a r g a d e m o n s t r a ç ã o Monie;
hmiedt
Roteiro: Jorge
halninl, Júlia
(1989)
E m 1990, J o r g e F u r t a d o , diretor d o s l o n g a s H o u v e u m a vez dois verões (2002), O
português
Direção: jorge
ILHA DAS FLORES
co escuro. Agora u m Industrial multimilionário durante o dia, à noite veste u m a
be-
capa,
Elenco: Michael Keaton, Jack
m á s c a r a e botas até os j o e l h o s para se t r a n s f o r m a r e m B a t m a n e corrigir as
Injustiças
Nicholson, Kim Baslnger,
da
justiceiro
Robert
W u h l , Pat Hingle, Billy Dee W i l l i a m s , M i c h a e l G o u g h , Jack Palance, Jerry I fill. Iracey Walter, Lee Wallace, William Hootklns, Richard Strange, 1 .ni C h a s e , M a c
McDonald
Oscar: Anton Furst, Peter Young (direção de arte)
sombria
e
gótica
Gotham
City.
Mas
será
ele
um
super-herói
ou
um
m a n í a c o ? A fotojornalista Vicki Vale ( K i m Basinger) e o repórter Alex Knox (Robert estão entre aqueles que desejam
descobrir a Identidade secreta
Wuhi)
de B a t m a n
c saber a
Se, por u m lado, B u r t o n dá ao v i n g a d o r m a s c a r a d o p r o f u n d i d a d e , ares de
melanco-
verdade.
lia e a t é d e r o m a n c e ( c o m V l c k l ) , q u e m q u a s e r o u b a a c e n a d o h e r ó i é o v i l ã o , o C u r l n g a , r e p r e s e n t a d o c o m e n t u s i a s m o por Jack N l c h o l s o n . R e s p l a n d e c e n t e e m u m terno roxo e m a q u i a g e m de palhaço, d a n ç a n d o ao s o m das m ú s i c a s de Prince q u e e m b a l a m a trilha sonora, c e r t a m e n t e foi o m a i s divertido dos supervilões a aparecer nas telas por bom tempo.
I/o
J B
um
HARRY E SALLY - FEITOS UM PARA O OUTRO (i9S9)
(WHEN HARRY MET SALLY) l l o r r y e Sally
é a prova indiscutível, ainda que desnecessária, de que a s o m a de todos o s
Ingredientes IXcelente
corretos
(Nora
- u mdiretor
Ephron)
diversão cinematográfica Ao
dividirem
uma
e um
talentoso
elenco
brilhante
praticamente
viagem
d ecomédias
(Rob
(Billy Crystal, M c g
Reiner),
u m roteiro
Ryan) - resulta c m
perfeita.
d ecarro d eChicago
a Nova
York d e p o i s d a f o r m a t u r a n a
l.n u l d a d e e m 1977, o e s p e r t i n h o H a r r y ( C r y s t a l ) a n u n c i a a u m a d e s d e n h o s a S a l l y ( R y a n )
que
lies n u n c a s e r ã o a m i g o s já q u e , e m sua lógica m u i t a s v e z e s t o r t u o s a , " h o m e n s e m u l h e r e s 11.10 p o d e m s e r a m i g o s p o r q u e o l a n c e d o s e x o s e m p r e a t r a p a l h a " . A o f i n a l d a v i a g e m , o s dois s e g u e m c a m i n h o s d i s t i n t o s , r c e n c o n t r a n d o - s e a n o s m a i s t a r d e e m
um
aeroporto, e
depois n o v a m e n t e q u a n d o ela está p r e s t e s a t e r m i n a r c o m o n a m o r a d o e ele a c a b o u d e s e separar da e s p o s a . Claro q u e a c a b a m s e t o r n a n d o a m i g o s e I n e v i t a v e l m e n t e s e t o r n a m
mais
Que a m i g o s a n t e s d o f i n a l d o f i l m e - m a s I s s o é a p e n a s p a r t e d a g r a ç a d o f i l m e . Esta é u m a
comédia
romântica
q u e alude a filmes d eW o o d y
EUA (Castle Rock, Columbia,
Idioma:
inglês
Direção: Rob
Reiner
P r o d u ç ã o : Rob Reiner,
A l l e n c o m o Annie
Hall
Roteiro: Nora
Ephron
Fotografia: Barry
gos m o d e r n o s d o n a m o r o . H a r r y d e s c o b r e a s d e s v a n t a g e n s d e s a i r c o m u m a
Música: Mare
nova q u a n d o ele pergunta a u m a
mais
m o ç a o n d e ela e s t a v a q u a n d o K e n n e d y foi a s s a s s i n a d o e
o u v e c o m o r e s p o s t a "Ted K e n n e d y foi a s s a s s i n a d o ? " A m b i e n t a d o n a m a i s
cinematográfica
d.r, c i d a d e s , N o v a Y o r k , c a d a c e n a é u m c l á s s i c o o u a p r e s e n t a d i á l o g o s m e m o r á v e i s : o o r g a s m o f i n g i d o d e S a l l y e m u m r e s t a u r a n t e , d e p o i s d o q u a l a m u l h e r n a m e s a a o l a d o (a m ã e
do
próprio Reiner) p e d e " E u q u e r o o q u e ela p e d i u " , e a c e n a d e k a r a o k é n a loja q u a n d o H a r r y e s barra c o m
sua ex-mulher são encenados
com
habilidade pelos dois astros principais. O s
ai o r e s c o a d j u v a n t e s I n c l u e m B r u n o K l r b y , o a m i g o d e H a r r y , e C a r r i o F l s h e r , a a m i g a d e S a l l y . Nora Ephron ainda está para escrever u m roteiro à altura deste. O filme
Andrew
Scheinman
(19/7), c o m a a t u a l i d a d e d o s diálogos inteligentes d e Ephron ilustrando c o m precisão os j o mulher
Nelson)
96 m i n . C o r
transformou
Sonnenfeld
Shalman
E l e n c o : Billy C r y s t a l , M e g R y a n , Carrie Flsher, B r u n o Klrby, S t e v e n F o r d , Lisa J a n e Persky, Michelle
Nicastro,
Gretchen Palmer, Robert Alan
Beuth,
David Burdlck, Joe Viviani, Harley Jane Kozak, Joseph Hunt, Rooney, Franc
Kevin
Luz
Indicação ao Oscar: Nora
Ephron
(roteiro)
Ryan e m u m a a t r i z a l t a m e n t e c o b i ç a d a c f e z d e H a r r y C o n n i c k J r . , q u e c a n t a o s c l á s s i c o s dos a n o s 3 0 e 4 0 ( I n c l u i n d o " l t H a d T o B e Y o u " ) n a t r i l h a s o n o r a , u m a e s t r e l a . J B
i
CRIMES E PECADOS mm (CRIMES AND MISDEMEAN0RS) W o o d y Allen, e m grande forma filosófica (após Setembro e A outra, dois de seus filmes m a i s s o t u r n o s , seguidos u m a o o u t r o e recebidos c o m Igual frieza), aborda vida,
moric
verdade, amor, D e u s e outros a s s u n t o s no estilo de Dostolevski e m Crimes e
pecada:
U m elenco excelente encena u m a trama construída c o m o u m conjunto de bonecas madeira tussas sobre c o n t a t o s imediatos no Upper East Side de M a n h a t t a n . te fotografado
por Sven
Nykvist, que trabalhou
durante anos com
dl
Lindamen
Ingmar
Bergman,
c o m Allen fazendo u m excelente uso de m ú s i c a s de S c h u b e r t e Bach, além das tradi cionals m ú s i c a s d e jazz e s w i n g q u e a s s o c i a m o s ao diretor. Duas
histórias
Roscnthal,
um
aparentemente
oftalmologista
trabalho c o m caridade (Martin adúltero
desesperado
diferentes
tespeitado
e
Landau, em
por descartar sua
se j u n t a m com
uma
no
reputação
brilhante atuação
amante
último
bela
enraivecida
indicada Dolores
momento. social
Judali
pot
ao Oscar), é (Anjelica
seu um
Huston)
q u a n d o ela a m e a ç a criar o c a o s na v i d a o r g a n i z a d a , c o n f o r t á v e l c h i p ó c r i t a q u e ele leva. E U A ( R a n k , O r i o n ) 107 m i n . C o r Idioma:
inglês
Direção: W o o d y
produtota Allen
Produção: Robert Roteiro: W o o d y Fotografia: Sven
E n q u a n t o isso, as t e n t a t i v a s d o p r o d u t o t d e d o c u m e n t á r i o s Cliff S t e r n (Allen) d e seduzir a da
PBS, Halley (Mia
Farrow), s ã o frustradas pelo insuportável c u n h a d o
Creenhut
o a s s u n t o d o n o v o f i l m e d e Cliff. J u d a h , p o r s u a v e z , t e m q u e p o n d e r a r g r a n d e s q u e s t õ e s a o
Allen
decidir o q u e fazer q u a n d o s e u i r m ã o (Jerry O r b a c h ) , q u e possui c o n e x õ e s c o m o
Nykvist
Música não original: Bach, Schubert E l e n c o : Bill B e r n s t e i n , M a r t i n
Landau,
o r g a n i z a d o , se oferece para " r e s o l v e r " a s i t u a ç ã o de Dolores d o s e u jeito sinato. Em
torno de seu dilema, a família, amigos e conhecidos
são expostos, sofrem,
a m a m , l u t a m e d i z e m f r a s e s d e e f e i t o ("A ú l t i m a v e z q u e e u e s t i v e d e n t r o d e u m a
I d e l m a n , George J. M a n o s , Anjelica
foi q u a n d o visitei a E s t á t u a d a L i b e r d a d e " ) .
lluston, W o o d y Allen, Jenny
Nlchols, Sam
Waterston, Zlna Jasper,
Dolores
Sutton, Joel Fogel, Jerry
Orbach
Indicação ao Oscar: .Woody
Allen
(diretor), W o o d y Allen (roteiro), Martin L a n d a u (ator
coadjuvante)
A
melhor
dessas
frases
amargas
persona de intelectual existencialista Farrow. " S i m " ,
responde Woody,
vem,
naturalmente,
Allen,
em
sua
mulher
familiar
a n g u s t i a d o : "Ele q u e t produzir algo m e u " , vibra
"seu primeiro filho!" Algo pouco c o m u m
na obra
do
diretor, e n c o n t r a m o s a o m e s m o t e m p o n e s t e f i l m e u m d r a m a trágico, p e s a d o e realista sobreposto
de
valores,
m o r a l i d a d e e j u s t i ç a . Allen n a v e g a a t r a v é s da dor, da p r o f u n d i d a d e e d o h u m o r
rasgado
com
seu
a uma
estilo
comédia
de costumes, em
inimitável, tratando
realidade, nos setvindo coquetéis trabalhos de W o o d y Allen.
do
bem
refinados.
uma
e do
discussão
sofisticada
mal, de crime
e castigo, ficção
Crimes e pecados está entre os
AE
... Km-
772
de
crime
c o m u m assas-
Claire B l o o m , S t e p h a n l e Roth, Gregg
joanna Gleason, Alan Alda,
Lestci
( d e s e m p e n h o maravilhoso de Alan Alda), u m ator de seriados de televisão q u e acaba sendo
e
melhores
O COZINHEIRO, O LADRÃO, SUA MULHER E O AMANTE (1989)
França / H o l a n d a / Inglaterra (Allarts, Elsevira, Erato, Erbograph, F i l m s , V e n d e x ) 124 m i n . C o r
(THE COOK, THE THIEF, HIS WIFE & HER LOVER) ovando sua
insatisfação
com
a política
conservadora
Idioma:
ao extremo, Peter
Greenaway
llinejou este filme c o m o u m a resposta opulenta e decadente à Inglaterra de
Margaret
lli.ucher. M i c h a e l G a m b o n faz o papel de Spica, o m o n s t r u o s o , d e t e s t á v e l e
estúpido
idrão
do título, tendo
como
território
ininiove
banquetes
fastidiosos
Iiuorada
por
demais, sua
mudo
com
tempo um
freguês
mais
|i i l i t a d a s p e l o c h e f e c o n i v e n t e i
e
um
restaurante
exagerados,
mulher
calado
e
badalado
cercado
por
Georgina
(Helen
intelectual
(Alan
de
Londres,
bajuladores
Mirren)
e
começa
Howard), tendo
lá a t r á s , n a c o z i n h a . M u l t o o c u p a d o e m
um as
caso coisas
consumir
ilhar s e u s a s s e c l a s , G a m b o n leva a l g u m t e m p o para n o t a r a t r a i ç ã o d e s u a
ri.is, q u a n d o d e s c o b r e o a d u l t é r i o , p r e p a r a u m a v i n g a n ç a
onde
lacaios.
e
mulher,
inglês
Direção: Peter
Greenaway
Produção: Kees Roteiro: Peter
Kasander
Greenaway
Fotografia: Sacha Música: Michael
Vierny Nyman
Elenco: Richard Bohrlnger,
Michael
G a m b o n , Helen Mirren, Aían Howaul, Tlm Roth, Clarán Hinds, Gary Olsen, E w a n Stewart, Roger AshtonG r l f f i t h s , R o n C o o k , Liz S m i t h , E m e r Gillespie, Janet Henfrey, Arnie
canibalesca.
G r e e n a w a y dirige seu filme c o m o u m a tapeçaria q u e tivesse d a d o errado, desvelan-
Breeveld, Tony Alleff
lo I o d o s o s t i p o s d e d e p r a v a ç ã o e n q u a n t o v a i e v o l t a e n t r e a c o z i n h a e o s a l ã o d e r e f e i . . . . . à procura de u m b o c a d o de b o n d a d e e m m e l o à selvageria. O cozinheiro, o
ladrão,
lUd mulher e o a m a n t e fervilha c o m raiva e r e p u g n â n c i a , c m g r a n d e p a r t e dirigidas para a (lasse superior, cujo
desperdício
e barbárie
são retratados
não
apenas
como
pi.iga para a s o c i e d a d e , m a s d i r e t a m e n t e c o m o u m a a f r o n t a a o b o m g o s t o .
DRUGSTORE COWBOY
uma
JKL
(19S9)
E U A ( A v e n u e ) 100
m i n . Cor
11 h l m e d e G u s v a n S a n t é u m r e l a t o a o m e s m o t e m p o c o m o v e n t e e e n g r a ç a d o s o b r e o
Idioma:
V I I LO e m
Direção: Gus Van Sant
drogas. A c o m p a n h a m o s
uma
gangue
de
viciados
liderada
por
Bob
(Matt
illlon) q u e m a n t é m s e u vício r o u b a n d o f a r m á c i a s e m P o r t l a n d , n o e s t a d o d e O r e g o n . II pequenos crimes e as vidas repetitivas dos viciados são relatados pelo diretor
sem
ilizações o u c o m e n t á r i o s . A n a t u r e z a frágil d a s relações d e n t r o da g a n g u e , c o n t u I", c m
particular
o
amor
condenado
de
Bob
e sua
esposa
Dianne
(Kelly
Lynch),
é
ILIMTVADA de perto, contando t a m b é m c o m boas atuações.
Quando
1111 d o s m e m b r o s da g a n g u e m o r r e d e o v e r d o s e e B o b precisa retirar d i s c r e t a m e n t e
o
1 II p o d e u m m o t e l o n d e e s t á h a v e n d o u m a c o n v e n ç ã o d e x e r i f e s e d e p o i s e n t e r r á - l o n a
fiata,
Produção: Karen Murphy, Nick Wechsler Roteiro: G u s V a n Sant, Daniel Yost, b a s e a d o n o livro de J a m e s
Fogle
F o t o g r a f i a : R o b e r t D. Y e o m a n M ú s i c a : Elliot G o í d e n t h a l
A p e s a r d e a t r a m a p a r e c e r s i m p l e s - b r i g a s c o m a p o l í c i a e c o m o u t r o s v i c i a d o s -, h á MI i t r a g é d i a r e a l p e l a f r e n t e c o n f o r m e o f i l m e c o n v e r g e p a r a s u a c o n c l u s ã o .
Inglês
ele d e c i d e q u e é hora de largar o vício. N o a l b e r g u e de d e s i n t o x i c a ç ã o ele e n c o n -
I I u m velho a m i g o , u m padre junkie e n c e n a d o por W i l l i a m Burroughs, e suas conversas m u t u a m seus últimos contatos c o m aquele m u n d o que deixou para trás. Todo o filme • magnífico, m a s essas conversas finais entre Dillon e Burroughs são sublimes.
CM
Elenco: M a t t Dillon, Kelly Lynch, J a m e s L e G r o s , H e a t h e r G r a h a m , Eric Hull, Max Perlich, j a m e s Remar, John Kelly, Grace Z a b r i s k i e , G e o r g e C a t a l a n o , J a n e t B a u m h o v e r , Ted D'Arms, Neal T h o m a s , Stephen Rutledge, Beah Richards,
William
S. B u r r o u g h s F e s t i v a l d e B e r l i m : G u s V a n S.uii (Prêmio CICAE - fórum de novo cinema)
MEU PE ESQUERDO
m
(MY LEFT FOOT) Apesar do forte potencial para depressão s e n t i m e n t a l i s t a , M e u pé acabou
sendo
uma
enriquecedora um
corpo
celebração
surpreendentemente
sobre o Irlandês Chrlsty
tornado
inválido
por
divertida,
esquerdo natural
Brown, que nasceu aprisionado
paralisia
cerebral
mas
acabou
atingindo
r e c o n h e c i m e n t o e respeito c o m o artista e escritor. O conceito de u m deficiente com
um
surpreendente
dom
homem
intelectual possui paralelos
óbvios
c o m a história ficcional de Rain M o n , m a s M e u pé esquerdo é tão b o m ele e m
todos
os aspectos, a começar
pelo d e s e m p e n h o
do atot
quanto
principal.
Daniel Day-Lewis está arrebatadot e m u m papel tão distante q u a n t o d e s e u e s t e t a a f e t a d o e m Uma Irlanda / Inglaterra
(Ferndale.
adorável
janela
para
o amor
possível
(1986) o u d o g a y o p o r t u n i s t a d e
Minha
(1985). B r e n d a e s t á r a d i a n t e c o m o a m ã e d e v o t a d a e p r e o c u p a d a
lavanderia
I
eni
de
G r a n a d a , RTE) 98 m i n . T e c h n i c o l o r
Christy. Ray McAnally, q u e infelizmente m o r r e u antes q u e o filme fosse lançado, fez seu
Idioma:
último papel c o m o
Inglês
Direção: Jim
Sheridan
Produção: Noel
fazendo
Pearson
Roteiro: Shane Connaughton, Jim
Brown
Música: Elmer
papel
o pai imprevisível e alcoólatra
do
jovem
Christy,
transmite
do rapaz. E o j o v e m a
cruel
frustração
0'Conor,
uma
criança
família.
O diretor e s t t e a n t e J i m S h e r l d a n e S h a n e C o n n a u g h t o n , co-rotelrista, n ã o se esquiv a m da tragédia e da raiva na v i d a d e Christy, u m espírito s a g a z c o n f i n a d o à cadeira rodas e submetido
Conroy
Hugh
de
b r i l h a n t e , q u e t o d o s p e n s a m ser burra, t e n t a n d o c o m u n i c a r - s e c o m s u a
S h e r i d a n , b a s e a d o no livro d e C h r i s t y
Fotografia: Jack
o
a h u m i l h a ç õ e s diárias. A i m p r e s s ã o geral desse h o m e m ,
de
contudo,
n o s deixa u m a d m i r á v e l s e n t i d o d o m i l a g r e da vida c da f o r m i d á v e l e n e r g i a de Christy.
Bernstein
Elenco: Daniel Day-Lewis, Btenda
Isso é ressaltado
pela
qualidade
mágica
infundida
nos
menores
incidentes, como
o
Fricker, A l i s o n W h e l a n , K i r s t e n
fascínio d e m o n s t r a d o pelo p e r s o n a g e m , ainda criança, q u a n d o é levado pelos Irmãos e
Sheridan, Declan Croghan, Eanna
irmãs às brincadeiras de H a l l o w e e n pelas
M a c L l a m , M a r i e C o n m e e , Cyril Cusack, Phelim Drew, Ruth
McCabe,
Fiona S h a w , Ray McAnally,
Patrick
Laffan, Derry Power, Hugh
O'Conor
ruas.
O f a m o s o pé esquerdo, a única parte do corpo q u e ele podia controlar, é central diversas piadas, b e m c o m o e m episódios dramáticos: Christy salva a vida de sua faz gois, pinta, derruba u m a d v e r s á r i o e m
uma
briga d e bar, t e n t a o s u i c í d i o ,
em
mãe,
assenta
Oscar: Daniel Day-Lewis (ator),
tijolos c digita sua autobiografia, t u d o isso c o m o pé esquerdo. Day
B r e n d a Fricker
do v e n c e d o r de u m O s c a r q u e n ã o lhe poderia ser n e g a d o . T e n d o d o m i n a d o as dificul-
(atriz'coadjuvante)
Indicação ao Oscar: Noel
Pearson
( m e l h o r filme), J i m S h e r i d a n (diretor), Shane Connaughton, Jim (roteiro)
Sheridan
Lewis acabou
sen-
d a d e s físicas d e lidar c o m u m corpo t ã o t o r t u o s o e c o m a fala d e f e i t u o s a , ele n o s dá o retrato de u m
homem
cuja perspicácia
lhe traz p o u c o alívio, m a s cujo h u m o t ,
desejo
s e x u a l e t o t a l t e i m o s i a i l u m i n a m a q u i l o q u e p o d e r i a ter s i d o a p e n a s a n g u s t i a n t e .
AE
O MATADOR
(1989)
H o n g - K o n g (Film W o r k s h o p , Golden
(DIEXUE SHUANG XIONG) i
sar d e
o diretor J o h n
Woo, o
P r i n c e s s , M a g n u m ) 111 m i n . C o r
produtor
Tsui
Hark
e o ator C h o w
Y u n - F a t já
t r a b a l h a d o j u n t o s a n t e r i o r m e n t e - n o t o r i a m e n t e n o f i l m e d e g â n g s t e r e s Alvo e de já t e r e m , t o d o s , u m a
série d e o u t r o s t r a b a l h o s , foi o s u c e s s o i n t e r n a c i o n a l d e
ninladorque solidificou a reputação do cinema de ação de H o n g rantes
mais
originais
terem (1986)
duplo
teve,
depois,
carreiras
de
altos
O
Kong. A maioria de seus
e
baixos
em
Hollywood,
• • 11.111 a n r o c i n e a s t a s o c i d e n t a i s c o m o R o b e r t R o d r i g u e z e Q u e n t i n T a r a n t i n o c o m e ç a r a m a 1 "piar e l e m e n t o s do estilo particular desses filmes - o popular m o v i m e n t o de escorregar pelo c h ã o , d e i t a d o d e c o s t a s , c o m u m a a r m a e m c a d a m ã o é u m d o s prediletos d e
Chow
Yun-Fat e t e m sido m u l t o c o p i a d o - para intensificar s e u s próprios f i l m e s . O
matador
é
um
melodrama
cheio
de
ação
sobre
um
profissional
lírle de assassinatos, a fim de pagar u m a operação e recuperar a visão de u m a
.ii
do
futuro
e D u r o d e matar
2 c o m b i n a d o s - é irônico q u e a trama
1 n i t r a d a n a f a l t a d e d o a d o r e s d e c ó r n e a s e m H o n g - K o n g -, O m a t a d o r é l i t e r a l m e n t e mistura
estonteante
de
proezas físicas, d r a m a l h ã o
e humor
astuto. Tanto
tlioteios q u a n t o a violência dos e l e m e n t o s d e ação, no estilo pulp, são
os
mistura-
c o m u m velo e m o t i v o q u e d e v e algo a D o u g l a s Slrk, m a s a verdadeira
história
de a m o r n ã o é o t r i â n g u l o t ê n u e e n t r e o t i r a , o a s s a s s i n o e a v í t i m a c e g a , m a s a amizade q u a s e gay que se desenvolve entre o policial e o assassino. O t í t u l o o r i g i n a l e m m a n d a r i m p o d e s e r t r a d u z i d o c o m o "O
s a n g u e derra-
111 i d o d e d o i s h e r ó i s " e r e p r e s e n t a m e l h o r o f i l m e d o q u e s e u t í t u l o p a r a
expor-
ão, e n f a t i z a n d o o r e l a c i o n a m e n t o entre os dois, e m vez de privilegiar iir.
Isso,
Lee) p a s s a a r e s p e i t a r o a s s a s s i n o q u e foi e n v i a d o para p r e n d e r
e
ba j u n t a n d o - s e a e l e p a r a u m f i n a l s a n g u i n o l e n t o . U m f i l m e v i o l e n t o c o m m a i s c o r p o s
d, 1 q u e O vingador
dos
uma
cantora
(Sally Yeh) q u e ele c e g o u a c i d e n t a l m e n t e d u t a n t e u m de s e u s t r a b a l h o s . E n q u a n t o tira d u r ã o ( D a n n y
um
dos
personagens. O
|..conalldade
de W o o
velas,
corpos
balas
e
filme termina
nas telas: u m voam
pela
com
tiroteio e m
tela
enquanto
l-ilgumas vezes e m c u r t a s t o m a d a s e m c â m e r a fio ar, c o m
manchas
de sangue
em
uma uma
cena
q u e deixa
capela
pombos
durante
saem
roupas vividamente
brancas
n.insbordando tão livremente quanto o sangue derramado.
KN
ape-
clara o
a
qual
esvoaçando
lenta) e música religiosa e
Direção: John P r o d u ç ã o : Tsui Roteiro: John
Woo Hark Woo
Fotografia: Peter Pau, W l n g - H u n g Wong Música: Lowell
Lowe
Elenco: C h o w Yun-Fat, D a n n y
Lee,
Sally Yeh, K o n g C h u , Kenneth Tsang, Fui-On S h l n g , W l n g - C h o Yip, Fan W i 1
assassino
mental e c o m senso de honra (Chow) que está tentando juntar dinheiro, c o m
uni
Idioma: cantonês / japonês
paira
lágrimas
esteja uma
Yee, Barry W o n g , P a r k m a n W o n g . Hung Ng, Sing Yeung, Siu-Hung Ngan, Kwong Leung
Wong
SlU
E U A ( 4 0 A c r e s & A M u l e ) 120 m i n . C o r Idioma:
inglês
FAÇA A COISA CERTA (1989)
Direção: Splke Lee
(DO THE RIGHT THING)
P r o d u ç ã o : S p l k e Lee
Às
Roteiro: Spike Lee
esculpida pela l i n g u a g e m , m ú s i c a , estética e política do hip
F o t o g r a f i a : E r n e s t R.
Dickerson
Música: Ruben'Blades, Cathy ( b u c k D, F l a v o r F l a v , J a m e s
Block,
Weldon
Johnson, Rosamond Johnson, R a y m o n d J o n e s , Bill L e e , S a m l M c K i n n e y , M i c h a e l O ' H a r a , Lorl Perry, Mervyn Warren, Public
Enemy
vezes
é
difícil
lembrar,
vivendo
agora
em
uma
cultura
pop
global
que
mesmo
n o t a d a por cineastas (ou m á q u i n a s m a i o r e s da cultura cotporatlva). Ao m e s m o
tempo,
considerando-se
a superficialidade
artística
e o materialismo
q u e passou a definir
v i m e n t o e a música que o impulsionava e r a m radicais, subversivos e
orgulhosamente
r e v o l u c i o n á r i o s . O f u m e d e protesto social de S p l k e Lee c a p t u r a d e f o r m a brilhante essa é p o c a e m q u e hlp-hop e rap e r a m u r g e n t e s e c o n s c i e n t e s ; d e f o r m a talvez m a i s sionante ainda, consegue concentrar
I s p o s i t o , S p i k e Lee, Bill N u n n , J o h n
luta
lalson, Robin Harris, Joie Lee, M i g u e l
Rosle Perez, Richard
Edson
I n d i c a ç ã o a o O s c a r : S p i k e Lee (toteiro), D a n n y Aiello (ator . N.iiljuvante) Festival de C a n n e s : Spike Lee, indicação (Palma de Ouro)
o
hip- h o p c o n t e m p o r â n e o , é à s v e z e s i g u a l m e n t e d i f í c i l l e m b r a r d a é p o c a e m q u e o m o -
Ruby Dee, Richard Edson, Glancarlo
S a n d o v a l , Rick Aiello, J o h n S a v a g e ,
tão
tempo
e m q u e a força d a q u e l e m o v i m e n t o j o v e m ainda n ã o tinha sido explorada n e m
Elenco: D a n n y Aiello, Ossle Davis,
lutturro, Paul B e n j a m i n , Frankie
foi
hop, que houve u m
de
classes
e as alegrias
impres
a s q u e s t õ e s d o r a c i s m o , d o o r g u l h o d a r a ç a , da
e atritos
da
vida
utbana
em
um
instantâneo
de
paradoxalmente saturadas. Incendiário e perspicaz. Este é u m filme nascido do
cores
hip-hop
q u a n d o o h l p - h o p t i n h a algo a dizer. O filme abre ao s o m da música furiosa do veterano ícone do hip-hop, o Public
Enemy.
C o m u m e l e n c o d e p e r s o n a g e n s v i b r a n t e s c u j a s histórias e n t r e c r u z a d a s a o l o n g o d o dia s ã o u s a d a s para i l u m i n a i q u e s t õ e s sociopolíticas m a i o r e s , o f i l m e é c e n t r a d o e m
Mookie
(Lee), u m e n t r e g a d o r d e pizzas q u e circula por toda a vizinhança f a z e n d o suas enttegas. A c â m e r a só falta ficar a p o i a d a e m s e u o m b r o q u a n d o ele passeia pela freguesia. E n c o n tramos sua namorada exigente de voz esganiçada
(Rosie Perez), idosos b r i g u e m o s
s i m p á t i c o s ( R u b y D e e c O s s i c Davis) e j o v e n s d o bairro, r e p r e s e n t a d o s por Radio (Bill N u n n )
e
Buggin' Out
(Ciiancarlo
Esposito), cnlte outros. E n c o n t r a m o s
mas
Raheem
também
i t a l i a n o d o n o tia p i z z a r i a , S a l ( l ) a i i n y A i e l l o ) , c u j a a m b i v a l ê n c i a a r e s p e i t o d e s u a
negra é refletida n a s a t i t u d e s d i f e r e n t e s d o s e u f i l h o racista P i n o ( J o h n Tui turro) e d o nino
mais
indiferente
p e r s o n a g e n s há
um
à
cor
Vito
(Richard
Edson).
Completando
coro grego hilário c profano de h o m e n s
o
conjunto
negros idosos e de
idade cujos c o m e n t á r i o s críticos d o s e v e n t o s d o dia o f e r e c e m u m c o n t r a p o n t o
o
clientela mede
meia-
cômico.
C o n f o r m e o dia de v e r ã o a v a n ç a e os â n i m o s se i n f l a m a m , d e s a venças
triviais
assumem
grandes
sexuais e raciais q u e f i c a m
significados.
logo abaixo da
Explodem
superfície de
diários, e a violência acirrada resultante (que envolve a policial e a q u e b t a d e a n t i g o s
relacionamentos)
tensões
encontros brutalidade
é uma metáfora
clara
para o e s t a d o d a s relações raciais a m e r i c a n a s n o final d o s é c u l o ( ontroverso e f r e q ü e n t e m e n t e mal interpretado por seus ( m u i t o s d o s q u a i s d i z i a m q u e o f i l m e era u m a laça
a
coisa
certa
é
um
filme
• heio de i m a g e n s de a m o r c c o m p a n h e i r i s m o m a n e c e m t ã o raras n o c i n e m a
incitação à
assumidamente
raivoso.
XX.
detratores rebelião),
É também
entre negros que
americano que se tornaram
I l i m a d o e m cores vivas q u e p a r e c e m saltar da tela, cheio de
per-
radicais. ângulos
de c â m e r a l i g e i r a m e n t e i n c l i n a d o s q u e s u g e r e m o estilo livre d a s h i s torias e m q u a d r i n h o s e m o n t a d o de m o d o a refletir o i m p u l s o g é t i c o d o r a p m a i s a g i t a d o , F a ç o a coisa
certa
m e s m a i s i n f l u e n t e s na história r e c e n t e d o c i n e m a llórelos
de
estilo
como
também
pot dar aos
ener-
s e t o r n o u u m d o s fil não só por
cineastas
seus
permissão
para recorrer à s s u a s e x p e r i ê n c i a s d e v i d a a t é e n t ã o i g n o r a d a s o u dislorcidas t a n t o e m
Hollywood quanto
nos filmes ditos
les. Ele desafia v o c ê a n ã o lhe d a t i m p o r t â n c i a .
EH
independen-
E U A ( D o g Eat Dog, W a r n e r
Bros.)
Idioma:
ROGER E EU
m
(ROGER & ME)
<)i m i n . C o r inglês
O d o c u m e n t á r i o de h u m o r negro de M i c h a e l M o o r e sobre as c o n s e q ü ê n c i a s da
Direção: Michael
Moore
Produção: Michael Roteiro: Michael
Moore
d o a u t o r / d i r e t o r d e se e n c o n t r a r c o m R o g e r S m i t h , o p r e s i d e n t e da G M , e l e v e d o a t é Flint
Moore
Fotografia: Chris Beaver, J o h n Kevin Rafferty, Bruce Música: Buddy
demissão
m a c i ç a d e t r a b a l h a d o r e s pela G e n e r a l M o t o r s e m Flint, M i c h i g a n , e as t e n t a t i v a s frustradas
Prusak,
Schermer
para ver o resultado de suas ações é c e r t a m e n t e I m p r e s s i o n a n t e , b e m c o m o u m a viva de q u e os filmes p o d e m ser ao m e s m o t e m p o a l t a m e n t e divertidos e
prova
politicamente
c o n t u n d e n t e s . J u n t o c o m a j u s t i f i c a d a ira m o r t a l d e M o o r e , c o n t u d o , h á u m c e r t o s e n s o d e
Kaye
Elenco: J a m e s Bond, Pat Boone,
s u p e r i o r i d a d e e m relação às v í t i m a s e m Flint e aos vilões c o r p o r a t i v o s q u e n o s convida a
Rhonda Britton, Anita Bryant, Karen
compartilhá-lo, m a s os resultados m u i t a s vezes hilariantes e nunca enfadonhos não
I dgely, B o b E u b a n k s , B e n
totalmente desprovidos de t o m a d a s gratuitas e u m exagero de simplificações jornalísticas.
Hamper,
Dlnona Jackson, Timothy Jackson, lorn Kay, M i c h a e l M o o r e , K a y e Lani Rae Rafko, R o n a l d R e a g a n , Fred Ross, Robert Schuller, George Sells, Roger B. S m i t h , S t e v e
são
A s s i m , a Insensibilidade b e m - h u m o r a d a da era R e a g a n , q u e é o t ó p i c o d o f i l m e , n ã o é de t o d o irrelevante aos seus próprios m é t o d o s , o q u e levou o crítico D a v e Kehr a descrevê-lo c o m o " o primeiro f i l m e sobre a t r o c i d a d e s q u e deixa os e s p e c t a d o r e s felizes". O m o d o u m t a n t o d e s d e n h o s o c o m o o filme falseia d e t e r m i n a d o s períodos de t e m p o
Wilson
Festival Internacional de Berlim:
e seqüências de a c o n t e c i m e n t o s levou pelo m e n o s u m crítico a tachar M o o r e de charlatão
Michael M o o r e (prêmio de
na época. Feitas essas ressalvas, existem fatos Irrefutáveis e m suas denúncias. O
M i m e pela paz
- menção
melhor honrosa)
desejo
populista de M o o r e de entreter, q u e garantiu seu sucesso comercial c a m p l i o u o alcance de suas Idéias, t a m b é m acarretou u m certo auto-engrandecimento, b e m c o m o simplificações jornalísticas. No
final das contas, vale a
pena
perguntar
algumas
o que é
mais
I m p o r t a n t e : a ganância corporativa ou a ego-trip de M o o r e . JFtos
E U A ( T r i S t a r ) 122 m i n . T e c h n i c o l o r idioma:
Direção: Edward
Zwick
Roteiro: Kevin Jarre.-baseado
nas
1 . m a s de Robert Gould S h a w e nos T h i s Laurel,
de Peter
Rush,
conhecidas
Fotografia: Freddie
O
filme abre e m
Rawllns
(Morgan
companhia
Francis
danos
causados
pelo t e m p o .
Tempo
ressuscitar
d e glória,
de
um
campo
Freeman)
de batalha
trabalha
da
enterrando
Guerra
Civil, o n d e
soldados
mortos.
memória.
o ex-escravo O
coronel
Broderlck), u m aristocrata branco liberal, está encarregado da
de voluntários composta
históEdward
John
Robert primeira
e x c l u s i v a m e n t e d e n e g r o s d o Exército da
União.
E n t r e g u e aos seus c u i d a d o s está a razão d e ser da guerra, escravos e negros livres, cada
Horner
I lenco: M a t t h e w Broderick,
Denzel
Washington, Cary Elwes,
Morgan
I reeman, Jlhmi Kennedy,
Andre
Hungrier, John Finn, D o n o v a n Leitch, JD Cullum, Alan North, Bob Cunton, (llff De Young, Christian
dos
Z w i c k , é u m desses exercícios feitos para reescrever u m e s p a ç o e m branco da
Shaw (Matthew
Burchard
Música: James
rias p o u c o
de Lincoln
K l r s t e l n , e O n e Gallant
(1989)
S e g u i n d o o a p o g e u dos direitos civis norte-americanos, virou m o d a
P r o d u ç ã o : Freddie Fields
l i v r o s Lay
TEMPO DE GLORIA (GLORY)
inglês
Baskous
Oscar: Denzel W a s h i n g t o n (ator
um
transformado
atacando um Notável
em
uma
elite
de
combate
finalmente
encaminhada
à
morte
forte.
por ser u m a
história
alternativa
i n s p i r a d o r a , T e m p o d e glória
grupo extraordinário de jovens atores negros. Sobretudo primeira atuação vencedora
revelou
um
Denzel Washington, e m
sua
d o O s c a r c o m o o s o l d a d o Trlp. O u t r o s d e s t a q u e s
incluem
J i h m l K e n n e d y e A n d r e Braugher, e m b o r a o sinal d o s t e m p o s c e r t a m e n t e seja o discurso
li » a d j u v a n t e ) , F r e d d i e F r a n c i s ( f o t o g r a f i a ) ,
e m l o u v o r d o s sacrifícios feitos e m n o m e da h a r m o n i a racial c o m o u m b á l s a m o para as
D o n a l d 0 . M i t c h e l l , G r e g g Rudioff, Elllot
t e n s õ e s raciais d o s dias atuais.
lyson, Russell W i l l i a m s (som) Indicação ao Oscar:
Norman
1„ n w o o d , Garrett Lewis (direção de
irte),
Steven Rosenblum
(edição)
D e f a t o . T e m p o d e glória
é repleto de s e n t i m e n t a l i s m o
e fatalismo.
m e n t e u m a n t í d o t o para o c i n i s m o c o n t e m p o r â n e o , c o n t a n d o v e r d a d e i r a a p o i a d a pela bela trilha s o n o r a d e J a m e s Horner.
uma
CC-0
Mas
é
Igual-
história heróica
e
SÍNDROME ASTENICA
(1989)
U R S S ( C o s k i n o , O d e s s a ) 153 m i n . P 8 . i l
(ASTEIMICHESKIJ SINDROM)
/Cor Idioma:
D m excelente f i l m e sobre o m u n d o c o n t e m p o r â n e o , m a s q u e está
longe de set facil-
russo
D i r e ç ã o : Kira
Muratova
m e n t e assistido o u c o m p r e e n d i d o porque r o m p e m u i t a s regras sobre c o m o o s filmes
R o t e i r o : A l e k s a n d r C h e r n y k h , Kira
supostamente
Muratova, Sergei
devem
ser. D i r i g i d o e m 1989 p e l a v e n e r á v e l
(e a d m i r a v e l m e n t e
trans-
gressora) Kira M u r a t o v a , q u e n a é p o c a e s t a v a n a f a i x a d o s 5 0 a n o s , S í n d r o m e astênicer 1.11vez t e n h a s i d o c h a m a d o c o m j u s t i ç a d e " a ú n i c a o b r a - p r i m a d a g l a s n o s t " . É t a m b é m 0 único filme russo feito durante a peresttoika
q u e foi banido pelo governo russo -
piincipalmente, a o q u eparece, porobscenidade, embora n o final d a scontas tenha
sido
exibido p o r q u e o g o v e r n o v e n d e u seus direitos a u m cineclube e m M o s c o u . Ele c o m e ç a com u m a narrativa poderosa e m preto-e-branco sobre u m a médica d e meia-idade cha-
Popov
Fotografia: Vladimir
Pankov
M ú s i c a : Franz S c h u b e r t Elenco: Olga A n t o n o v a , Sergei Popov, Calina Zakhurdayeva, Natalya
Buzi1.
Aleksandra Svenskaya, Pavel Polishchuk, Natalya Ralleva,
Calina
Kasperovich, Viktor Aristov, Nikolai
m a d a N a t a s h a ( O l g a A n t o n o v a ) q u e e s t á v i v e n d o u m a f a s e d e ira e x p l o s i v a e a g r e s s i v a
S e m y o n o v , O l e g S h k o l n i k , Vera
após a m o r t e d e s e u marido. O filme f i n a l m e n t e
Storozheva, Aleksandr Chernykh,
se transforma
e m u m conto
menos ortodoxo, e m cotes, sobre u m professor de inglês insatisfeito c h a m a d o
ainda Nikolai
(interpretado pelo co-toteirista Sergei Popov) q u e volta c meia a d o r m e c e , i n d e p e n d e n l e m e n t e d o q u e esteja acontecendo à s u a volta. O título faz m e n ç ã o a u m a forma d e li i q u e z a o u d e f i c i ê n c i a q u e p r e s u m i v e l m e n t e a b r a n g e t a n t o a a g r e s s i v i d a d e d a m é d i c a quanto a passividade d o professor. M u r a t o v a , na certa, considera essas d u a s f o r m a s d e 1n m p o r t a m e n t o c o m o e m b l e m á t i c a s d a d e s t r u i ç ã o da s o c i e d a d e c o n t e m p o r â n e a geral. " N â o v e j o n e n h u m a
diferença
Certa
é, d e m o d o
vez."A humanidade
fundamental
geral, a m e s m a
e m qualquer
m u n d o u m nível d e sofrimento e crueldade q u e extrapola qualquer Em
outras
palavras, embora
em
entre n ó s e o Ocidente", disse ela
este épico tragicómico
tenha
lugar. Vejo n o
entendimento."
muito
a dizer sobre a
kussia p ó s - c o m u n i s t a , e l e t a m b é m é u m a d a s p o u c a s o b r a s - p r i m a s r e c e n t e s q u e Ilda em u m s e n t i d o m a i s a m p l o c o m o s d e m ô n i o s à s o l t a n o m u n d o a t u a l .
É u m filme que
p u d e e n l o u q u e c e r o e s p e c t a d o r - s e m d ú v i d a , f o i f e i t o c o m e s s a i n t e n ç ã o -, m a s é i m possível
esquecê-lo.
E é interessante
. e g u l n t e s d e M u r a t o v a , Tri iswrii
acrescentar
q u e pelo
menos
dois
dos filmes
(1987) e C b e k h o v s k i e m o t i v y ( 2 0 0 2 ) , d e r a m
continui-
lade a o processo d e estilizaçâo extrema, tanto na a t u a ç ã o q u a n t o na prática d ec o n lensat duas o u mais tramas. O s dois fatores nitidamente
distinguem
seus
últimos
ubalhos de outros filmes mais antigos, telativamente convencionais e naturalistas, o r n o Korotkie
v s t r e e b i (1967), n o q u a l e l a t a m b é m a t u o u . JRos
Leonid Kushnlr, Nadya
Popova
F e s t i v a l I n t e r n a c i o n a l d e B e r l i m : Kl ri M u r a t o v a (Urso de Prata - prêmio especial d o júri), indicação (Urso de Ouro)
E U A ( O u t l a w , V i r g i n ) 100 m i n . Cor Idioma: inglês Direção: Steven
Soderbergh
Produção: John
Hardy
Roteiro: Steven
Soderbergh
Fotografia: Walt M ú s i c a : Cliff
Lloyd
SEXO, MENTIRAS E VIDEOTAPE (v.m) (SEX, LIES, AND VIDEOTAPE) O r o t e i r i s t a e d i r e t o r S t e v e n S o d e r b e r g l i - a g o r a m a i s c o n h e c i d o p o r Er/n Biockovich
(2000)
e p e l o g a n h a d o r d o O s c a r Traffic ( 2 0 0 0 ) - t e v e u m a estréia m a r c a n t e c o m e s t e d r a m a q u e g a n h o u a P a l m a d e O u r o c o p r ê m i o d e m e l h o r a t o r n o F e s t i v a l d e C a n n e s d e 1989. E s c r i t o e m a p e n a s o i t o d i a s e f i l m a d o e m c i n c o s e m a n a s c o m u m o r ç a m e n t o d e 1,2
Martinez
milhões
M a c D o w e l l , Peter Gallagher, Laura San
indústria do c i n e m a I n d e p e n d e n t e , levando os e s p e c t a d o r e s do c i n e m a o a ver filmes de
G i a c o m o , R o n V a w t e r , S t e v e n Brill,
pequena escala, que antes não teriam assistido. E este filme é certamente
A l e x a n d r a R o o t , E a r l T. T a y l o r , D a v i d F o i l
uma
Indicação ao Oscar:
tórrido Sul dos
Steven
Soderbergh (roteiro) Festival de Cannes': Steven Soderbergh (Palma de Ouro), (Prémio f l P R E S C I ) , e m p a t a d o c o m Vcroba, J a m e s S p a d e r (ator)
de
mentiras
Elenco: J a m e s Spader, Andie
visão
dólares, Sexo,
ardilosa,
sexy
e
e videolape
inteligente
dos
recebeu
o
crédito
relacionamentos
de
transformar
modernos
a
Imperdível, passada
no
EUA.
A n d i e M a c D o w e l l , e m seu primeiro papel principal d e p o i s d e a p a r e c e r e m O primeiro a n o d o r e s t o d e n o s s a s v i d a s (1985) e C r e y s t o k e : a lenda
(1984), e s t r e l a c o m o A n n
delarzan
Mlllaney, u m a esposa perfeita presa e m u m c a s a m e n t o tedioso e q u a s e s e m sexo John
(Peter Gallagher), u m
com
a d v o g a d o egoísta. Escondido de A n n , J o h n está tendo
um
caso c o m a Irmã brlguenta dela, Cynthia (Laura San G i a c o m o ) , m a s todos os segredos e mentiras
em
seus relacionamentos
recíprocos são
revelados q u a n d o
Graham
(James
Spadcr), u m colega de escola de J o h n , chega à cidade, forçando todos a encarar verdades
sobre
os
outros
e
sobre
sl
mesmos.
Graham,
é
claro, t e m
suas
próprias surpresas a revelar - ele trouxe u m a mala cheia de fitas de vídeo, cada uma c o m u m a mulher falando abertamente sobre seus segredos sexuais. Mas c o m o c o n s e g u i u q u e t a n t a s m u l h e r e s se a b r i s s e m c o m
ele?
O s d i á l o g o s d e S o d e r b e r g h são e s p a n t o s a m e n t e f r a n c o s e ele e n c h e
seu
filme de atores talentosos q u e interpretam suas falas c o m brilho. A ex-modelo M a c D o w e l l está ó t i m a c o m o a flor a r r u m a d l n h a sulista c San G i a c o m o é
um
a c h a d o c o m o s u a i r m ã d e s i n i b i d a . M a s o f i l m e é r e a l m e n t e d e S p a d e r - u m exa t o r d e f i l m e s a d o l e s c e n t e s (A g a r o t a d e r o s a s h o c k i n g [ 1 9 8 6 ] , A b a i x o d e z e r o [1987]) q u e m o s t r a em
Soderbergh.JB
78O
aqui uma
profundidade e uma
seu retrato do p e r s o n a g e m
mais
sensibilidade
Interessante do quarteto
inesperadas reprimido
de
DIGAM O QUE QUISEREM
m
E U A (Fox, Gracie) í o o m i n . Cor
(SAY ANYTHIIMG) Ii e
r e p ó r t e r d a Rolling
Idioma:
Stone Cameron Crowe capta o romance adolescente c o m o
ele
n a l m e n t e é e m sua esttéla c o m o diretor. R e c é m - f o r m a d o na escola, u m j o v e m fracas'..iiln n o s
estudos,
Lloyd
inglês
Direção: Cameron
Doblcr
(John
Cusack), tem
o verão
Inteiro
pela
frente
para
D E I idir o q u e v a i f a z e r d a v i d a . E o q u e e l e q u e r é p a s s a r a q u e l e v e r ã o c o m a a l u n a IH.ine C o u r t ( I o n e S k y e ) , a p e s a r d a s o b j e ç õ e s d o pai dela ( J o h n
CDF
Mahoney).
Roteiro: Cameron
Crowe
Fotografia: László
Kovãcs
M ú s i c a : A n n e D u d l e y , Richard (abb-. Nancy
O que distingue Digam o que quiserem das outtas comédias românticas adolescen-
Crowe
P r o d u ç ã o : Polly Platt
Wilson
Elenco: John Cusack, lone Skye, John
T E ' , '.ão s u a s a t u a ç õ e s c o m o v e n t e s e a v i s ã o h o n e s t a e í m p a r d e C r o w e s o b r e o s r e l a c i o -
M a h o n e y , Li I i T a y l o r , A m y
namentos. Tradicionalmente, é a m o c i n h a que passa o filme inteiro t e n t a n d o fazet
Pamela Segall, Jason G o u l d , Loren
que o h o m e m de seus s o n h o s goste dela. M a s aqui é o sensível Lloyd imrrpretado
por Cusack)
quem
realmente
Diane p e r m a n e c e Indiferente, concentrada pira
q u e m ela
pode "contar
Investe
(admiravelmente
norelacionamento,
a opasso
que
n a f a c u l d a d e e e m ter a a p r o v a ç ã o d o p a i ,
Brooks,
D e a n , Glenn W a l k e r Harris Jr., Walker, Russel Lunday, Polly
Charlei
Plan,
Gloria C r o m w e l l , J e r e m y Piven, Patrick
O'Neill
tudo". O roteiro d eC r o w e capta t o d o s o s m o m e n t o s d o
amor e do sofrimento de Lloyd, desde o primeiro telefonema
embaraçoso, quando
i h.ima D i a n e para sair e ela precisa c o n s u l t a r o livro de f o r m a t u r a (••a.i a o t e l e f o n e , a t é o m o m e n t o diante da casa
com
para lembrar
ele
quem
favorito da platéia feminina, q u a n d o Llyod s e prostra
d e Diane, visivelmente
arrasado, segurando
sobre a cabeça
u m som
p u i l á t i l q u e t o c a " I n Y o u r E y e s " , d e P e t e r G a b r i e l . JB
i n c r í v e lv e r d a d e
(1989)
E U A (Action) 90 m i n . Cor Idioma:
(THE UNBELIEVABLE TRUTH) A i n c r í v e l verdade ib.imente
é o primeiro filme do roteirista e diretor i n d e p e n d e n t e Hal Hartley -
intrigante,
e m sua
Roteiro: Hal
mecânl-
Fotografia: Michael
'II que é confundido
pena na
Música: Jim Coleman, Kendall
uma
.inuma
trabalho
com
um
adolescente como
que
não
inteiramente
bem-sucedido.
padre (Robert Burke) e que acabou
politicamente
modelo
alienada
d eanúncios
(Adrienne
Filmado
Hartley
P r o d u ç ã o : Hal Hartley, Bruce W e i
I id.ide n a t a l e m L o n g I s l a n d , ele n o s a p r e s e n t a , e n t r e o u t r o s p e r s o n a g e n s , u m
I.ideia,
ainda
inglês
Direção: Hal
de cumprir
Shelly)
que
mais
tatde
d e lingerie e o pai d a adolescente, u m
Hartley Spilier
Brothets, Philip Reed, W i l d
Blue
Yonder
i uibalhador braçal mercenário (Christopher Cooke). Burke, Shelly e Cooke voltariam a
E l e n c o : A d r i e n n e S h e l l y , R o b e n Ji
iiabalhar c o m
Burke, Chris Cooke, Julia
Hartley e m
(i')<)3), S h e l l y e m Confiança
filmes posteriores - Burke c m ( 1 9 9 0 ) e C o o k e c m Confiança
Fantasias sobre aniquilação global a t o r m e n t a m nheiro
atormentam
o seu
p a ie fantasias
sobte
S i m p l e s d e s e j o (1992) e
e Simples
Flerte
a adolescente, fantasias sobre didois
assassinatos
aparentemente
1 ninetidos pelo m e c â n i c o a t o r m e n t a m quase todos os outros personagens do filme. O 1 urátet s i m p l e s e s e m retoques de a l g u m a s a t u a ç õ e s por vezes limita esta obra, m a s a iniginalidade peculiar da história, dos personagens, da direção e u m h u m o r E i n c o m u m c o n s e g u e m m a n t e r a p l a t é i a c u r i o s a e a t e n t a . JRos
McNeil,
Katherine M a y f l e l d , Gary Sauer,
desejo.
impassível
David Healy, M a t t Malloy,
EdleFi
J e f f H o w a r d , K e l l y R e i c h a r d t , ROSI Turner, Paul Schulze, M i k e Sage
Brady,
A CIDADE DAS TRISTEZAS mm (BEIQING CHENGSHI) Há duas histórias diferentes a contar aqui. A primeira é uma dessas formidáveis que
acontecem
eventualmente,
em
algum
lugar,
na
maioria
das
vezes
histórias
de
forma
inesperada: o s u r g i m e n t o de u m a n o v a o n d a , de u m m o v i m e n t o artístico e m u m país e a emergência de u m ou dois (raramente mais) cineastas excepcionalmente i . i i w a n ( A r t i f i c i a i E y e , 3-H, Era)
Isso se d e u na d é c a d a de 80 e m T a i w a n , c o m o m o v i m e n t o d o C i n e m a
i )7 m i n . C o r
talentosos.
Novo, e u m
dos
r
m a i s t a l e n t o s o s diretores q u e s u r g i r a m na é p o c a foi H s i a o - h s i e n H o u . Ele e s t r e o u
Idioma: mandarim / japonês Direção: Hsiao-hsien
filmes
Hou
vento,
Produção: Fu-Sheng Chio Roteiro: T'ien-wen C h u , Nicn-Jen Fotografia: Chen
Wu
t e m p o para
( O s g a r o t o s d e Fengkuei, viver,
um
tempo
para
Um
verão
na
casa
do
papai,
Poeira
no
que revelaram sua noção de ritmo, a
morrer)
i n t e n s i d a d e física d e s u a s t o m a d a s , a força s u g e s t i v a n o m o d o a p a r e n t e m e n t e Indiferente c o m o ele f i l m a v a as s i t u a ç õ e s m a i s s i m p l e s .
HuaPen
Música: Tachikawa
autobiográficos Um
com
A segunda
Naoki
história aborda aquele m o m e n t o
inevitável e m que u m a
nação
precisa
q u e o c i n e m a c o n t e a ela e a o m u n d o a sua própria história - a sua a u t o b i o g r a f i a
cole-
Ikuyo, Jack Kao, Tony Leung Chiu W a i .
t i v a , p o r a s s i m dizer. E m 1989, o f i m d a d i t a d u r a m i l i t a r q u e g o v e r n o u a ilha p o r 4 0
anos
r i a n l u Li, I k u y o N a k a m u r a ,
d e u a o s c i n e a s t a s a o p o r t u n i d a d e d e contar a história recente de T a i w a n . E foi isso que
E l e n c o : W o u Yi Fang,
Nakamura
Shufen
H o u , o " a u t o r d e v a n g u a r d a s u b j e t i v o " , d e c i d i u fazer (e c o n t i n u o u f a z e n d o e m O mestre
Xln Festival de Veneza: Hslao-hslen (Leão de Ouro)
Hou
d a s m a r i o n e t e s e B o n s h o m e n s , b o a s muíheres).
A cidade
das
tristezas,
claramente
d e r a d o c m s e u próprio país u m g r a n d e a v a n ç o na c a p a c i d a d e do c i n e m a d c
consi-
finalmente
voltar-se para o p a s s a d o recente d c T a i w a n , é u m verdadeiro divisor d e á g u a s , o q u e o tornou u m grande sucesso de público. Uma
mistura de panorama histórico e filme moderno, a complexa estrutura
t i v a d e A cidade tidade
maciça
das de
tristezas
narra-
(baseado nas vidas intricadas de quatro Irmãos) e a q u a n -
Informações
históricas
contidas
no
filme
transmitem
sensível noção da época, do grupo, do individuo, dos s e n t i m e n t o s
uma
bela
Internos e das
e
exi-
gências das diferentes comunidades a que cada irmão pertence - querendo ou não. A cidade
das
tristezas
não é apenas u m a obra-prima, é u m
m o d e l o para t o d o s os
filmes
q u e se p r o p õ e m a m o s t r a r a c o n t e c i m e n t o s r e l e v a n t e s d e u m país c q u e , na m a i o r i a vezes, tornam-se apenas enfadonhos m o n u m e n t o s .
J-MF
das
S EN FOUT LA MORT (19901 A diretora francesa m o r t ( 1 9 9 0 ) e Noites
França / A l e m a n h a (Clnéa, NEF)
C l a i r e D e n i s r e f e r e - s e a o s s e u s f i l m e s Chocolat sem
m u s e q ü ê n c l a s . S ' e n fout
(1994) c o m o
dormir la
sua
trilogia sobre o colonialismo
d o c u m e n t a l , a l g u n s m e s e s na v i d a d e D a h ( I s a a c h D e B a n k o l é ) e J o c e l y n (Alex dois
negros
que
treinam
e
{ Q u e se d a n e a morte) a c o m p a n h a , e m u m estilo
mort
galos
para
rinhas
ilegais
no
porão
la
97 m i n .
Eastmancolor
suas
Idioma:
francês
(1988), S ' e n f o u t
de
uma
quase
Desças),
sombria
casa
n o t u r n a s u b u r b a n a na França. A l é m d e s e u retrato i m p l í c i t o da e x p l o t a ç ã o d o s i m i g r a n tes
ilegais, a a t m o s f e t a clausttofóblca e opressiva do filme é u m terreno f a s c i n a n t e
.1 d i n â m i c a
d o poder, da v i o l ê n c i a , d o d e s e j o e da c r u e l d a d e exercidos n e s s e
pata
universo
marginal, à m e d i d a q u e as tensões g t a d u a l m e n t e a u m e n t a m entre Jocelyn e o filho
do
Direção: Claire
Denis
P r o d u ç ã o : Francis Boespflug, Philippi Carcassonne Roteiro: Claire Denis, Jean-Pol Fargeau Fotografia: Pascal
Marti
Música: Abdullah
Ibrahim
E l e n c o : Isaach D e B a n k o l é , Alex
d o n o da b o a t e , M i c h a e l (Christopher B u c h h o l z ) . M l c h a c l fica e n c i u m a d o c o m a a t e n ç ã o
Desças, Solveig D o m m a r t i n ,
que Jocelyn
Christopher Buchholz, Jean-Claudr
recebe não
só de
seu
(Solveig D o m m a r t i n ) , que a m b o s
pai, m a s
também
da
bela
namorada
do
pai,
Toni
Brlaly, Chrlsta L a n g , Gilbert F e l n u i ,
cobiçam.
A rivalidade entre Jocelyn e M l c h a c l , agravada por questões raciais c sociais, e n c o n t t a •EU brutal d e s f e c h o e m u m assassinato e s t ú p i d o n o final d o filme, e n f a t i z a n d o o absurdo da v i o l ê n c i a
pós colonial. A fotografia e m close e m u i t o ctua do t r e i n a m e n t o
ritual
dos galos, d o s rostos e c o t p o s d o s p r o t a g o n i s t a s , b e m c o m o as a t u a ç õ e s m a r c a n t e s l a s c a s e Bankolé, fazem deste filme u m a portamento h u m a n o despertada
experiência
intensa
de uma
faceta
do
de
Daniel Bellus, François Oloa
Monnet Festival de Veneza:
com-
CO
EVERSO DA FORTUNA (1990)
EUA / Japão (Reversal, Shochiku S o v e r e i g n , W a r n e r B r o s . ) 111
(REVERSALOF FORTUNE)
Idioma:
tal, e cair e m g r a n d e estilo foi o q u e a c o n t e c e u c o m C l a u s v o n B ü l o w , t a n t o na vida
Direção: Barbet
tela, aqui
representado
por J e r c m y
Irons
em
uma
interpretação
que
real lhe
dos julgamentos
m a i s f a m o s o s dos a n o s 80, o aristocrata e u r o p e u
Claus
v o n B ü l o w foi a c u s a d o d e tentar assassinar sua riquíssima esposa S u n n y ( C l e n n Close), i|ue ele teria c o l o c a d o e m u m c o m a p e r m a n e n t e c o m u m a o v e r d o s e d e insulina. O
fil-
m e de Barbet Schroeder, b a s e a d o n o livro d e A l a n D c r s h o w i t z , a d v o g a d o dc v o n
Bülow,
nos guia c o m astúcia através dos eventos que levaram ao julgamento, usando
flash-
hacks e a narração de S u n n y e m estado de c o m a , entrecortados pelos dois j u l g a m e n t o s , c u j o r e s u l t a d o foi b e m n o t i c i a d o . C l a u s v o n B ü l o w foi c o n s i d e r a d o c u l p a d o n o
primeiro
m l g a m e n t o e e n t ã o i n o c e n t a d o por u m recurso no s e g u n d o . C o m roteiro ágil de Nicholas K a z a n , o f i l m e m o s t r a c o m o v i v e m (ou, n o caso de S u n n y ,
um
Schroeder
Produção: Oliver Stone, Edward
R,
drama
absorvente e muito
bem
encenado. O filme
Roteiro: Nicholas Kazan, baseado livro d e A l a n M .
nu
Dershowitz
Fotografia: Luciano Tovoli Música: Mark
Isham
Elenco: Glenn Close, Jeremy
Irons,
R o n S i l v e r , A n n a b e l l a S c i o r r a , U1.1 H a g e n , Fisher Stevens, Jack Gilpin. Christine Baranski, Stephen
Mailer,
C h r i s t i n e D u n f o r d , F e l i c i t y Huffman,
não v i v e m ) p e s s o a s ricas c o m t e m p o d e m a i s e m s u a s m ã o s . Este não é u m do caso, m a s
inglês
Pressman
icndeu o Oscar. Em u m
I uji,
min.
Technicolor
Não há n a d a t ã o f a s c i n a n t e q u a n t o assistir a u m h o m e m rico e a r r o g a n t e cair d o pedes-
na
Dominique
Auvray (Osella de Prata - edição)
por c i r c u n s t â n c i a s nas q u a i s " t o d o s os h o m e n s , I n d e -
p e n d e n t e m e n t e de sua raça, cor o u o r i g e m , são capazes de a b s o l u t a m e n t e tudo".
i|uanto
Biloa,
P i p o S a r g u e r a , A l a i n B a n l c l e s , V a l e i ie
documentário
não
responde
| e r g u n t a "Ele é c u l p a d o ? " , d e i x a n d o q u e c a d a u m tire s u a s próprias c o n c l u s õ e s .
JB
à
M a n o Singh, J o h a n n Carlo, Keith Reddin, Alan
Pottinger
O s c a r : J e r e m y Irons (ator) Indicação ao Oscar: Barbet
Schruedei
(diretor), Nicholas K a z a n (roteiro)
E U A ( W a r n e r B r o s . ) 145 m i n . Technicolor Idioma:
Inglês
Direção: Martin
Scorsese
Produção: Irwin
Winkler
Roteiro: Nicholas Pileggl e M a r t i n S c o r s e s e , basesado n o livro O da
máfia,
de Nicholas
Fotografia: Michael
homem
Pileggl
Ballhaus
M ú s i c a n ã o original: Paul Anka, Jeff Barry, Eric C l a p t o n , E r n i e E r d m a n , Paul Evans, C l a u d e François, George Harrison, Mickjagger, Mel London, Elias M c D a n l e l , M c K l n l c y ,
Harry
Nilsson, Phil Spector, Pete T o w n s h e n d Elenco: Robert De Nlro, Ray
Liotta,
Joe Pescl, Lorraine Bracco, Paul Sorvlno, Frank Slvero, Tony
Darrow,
M i k e Starr, Frank Vincent, C h u c k
Low,
Frank DiLeo, H e n n y Y o u n g m a n , Gina Mastrogiacomo, Catherine Scorsese, Charles
Scorsese
Oscar: Joe Pesci (ator
coadjuvante)
Indicação ao Oscar: Irwin (melhor filme), Martin
Winkler
Scorsese
(diretor), N i c h o l a s Pileggi, M a r t i n Scorsese (roteiro), Lorraine
Bracco
(atriz c o a d j u v a n t e ) , T h e l m a Schoonmaker
(Leão de O u r o - diretor)
(GOODFELLAS) Com
este
épico, Martin
Scorsese
Scorscsc voltou ao
universo dos criminosos
ítalo
americanos
( q u a s e t o d o s ) d u r õ e s q u e e l e j a a p r e s e n t a r a e m C a m i n h o s p e r i g o s o s (1973), a c o m p a n h a n d o 30 a n o s n a v i d a d c u m g r u p o d e v i g a r i s t a s d o m e s m o b a i r r o . T e n d o c o m e ç a d o um
p o n t o d e táxi, o j o v e m
avião, assaltos finalmente,
(edição)
Festival de Veneza: Martin
OS BONS COMPANHEIROS (mo)
vira
em
marginal
Henry
Hill ( R a y L i o t t a ) e v o l u i
rondando
para s e q u e s t r o s
de
aeroportos, extorsões, lesões corporais graves, tráfico d e drogas
informante.
Nesse
meio-tempo,
arruma
uma
mulher
judia
e,
(Lorraine
Bracco) q u e , a o contrário d a s m u l h e r e s da família C o r l e o n e , n ã o c o n s e g u e lidar c o m a vida bandida do s e u marido. M a s o q u e conta m e s m o , é claro, é o r e l a c i o n a m e n t o de
Henry
c o m seus a m i g o s m a i s í n t i m o s : J l m m y (Robcrt D e Niro), u m ladrão f r i a m e n t e violento, e T o m m y ( J o e P e s c i ) , u m p s i c o p a t a I n s t á v e l q u e s o n h a e m " v e n c e r n a v i d a " . N o f i m , Hill f a z o serviço para o FBI, d e n u n c i a n d o os p o u c o s a m i g o s ainda vivos, c t e r m i n a c o n d e n a d o
ao
l i m b o d o S e r v i ç o Federal d e P r o t e ç ã o às T e s t e m u n h a s , o n d e " s e v o c ê pedir e s p a g u e t e à bolonhesa, eles te dão macarrão c o m
almôndegas".
I n s p i r a d o n o l i v r o d e n ã o - f i c ç ã o O h o m e m da
máfia,
de Nicholas Pileggl, o filme é
m a i s p r o s a i c o e m s e u p a l a v r ó r i o p a r a I n i c i a d o s d o q u e o a n t o l ó g i c o O poderoso
chefóo
(1972). É q u a s e u m c o m p l e m e n t o d o c ô m i c o D e c a s o c o m a m á f i a (1988), n a s u a ção dos costumes
do m u n d o
do crime
organizado. Embalado
por u m a
observa-
enxurrada
de
m ú s i c a s pop b e m escolhidas, de Tony B e n n e t t a Sid Viclous, p a s s a n d o por Phil Spector, este panorama
da América
ilegal a c o m p a n h a
a trajetória
de pessoas
absolutamente
repulsivas e cada vez m a i s corruptas por q u a s e d u a s horas e mela, s e m deixar de
ser
fascinante. De Niro, c o m
as-
um
desempenho
contido em
um
papel secundário, está
s u s t a d o r c o m o o a s s a l t a n t e r e p r i m i d o m a s imprevisível q u e parece pensar q u e só vai estar realmente seguro depois q u e matar todos q u e conhece. O destaque é Pesci, que interpreta o maníaco T o m m y c o m o u m a versão homicida de Lou Costello, passando uma
rajada
de frases desbocadas
e jocosas
para a m e a ç a s
de atrocidades
Sem
ser m o r a l i s t a , o f i l m e c o n s e g u e t r a n s m i t i r o s o f r i m e n t o s e m
q u e n ã o é a p e n a s fora-da-lei, m a s fora d e t o d a s a s leis p o s s í v e i s .
saída de u m a KN
de
chocantes. vida
ALUCINAÇÕES DO PASSADO
(1990)
E U A ( C a r o l c o ) 115 m i n . T e c t i n i u i l m
(JACOBS LADDER) Alucinações
do
Idioma:
é u mfilme
passado
d eterror
disfarçado
de jornada
celeste. A
maior
[i.ii t e d o f i l m e s e p a s s a n o m u n d o e s p i r i t u a l v i s u a l i z a d o c o m o o a m b i e n t e c o n c r e t o 1idade
d e Nova
York,
onde
a alma
d e u mmoribundo
Knbbins) está
perdida e confusa, nos m o m e n t o s
|ornada
à vida após a morte desdobra-se e m
rumo
backs, visões e q u e s t i o n a m e n t o s Assim
como
chamado
Jacob
fugazes que antecedem uma
Singer a morte.
série a t o r m e n t a d o r a
de
da
(Tim Sua
flash-
Inglês
Direção: Adrian
Lyne
Produção: Alan
Marshall
Roteiro: Bruce Joel
Rubin
F o t o g r a f i a : J e f f r e y L. K i m b a l l Música: Maurice Jarre Elenco: Tim Robblns, Ellzabeih
eternos.
o Inferno de Dante, este filme é u m a
espiral d e s c e n d e n t e : à
medida
T a y l o r V i n c e , J a s o n A l e x a n d e r , P a t r l i ll
que Jacob avança, suas visões tornam-se cada vez mais aterradoras. Embora no início s e
K a l e m b e r , Eriq La S a l l e , V i n g R h .
lenha apenas
Brian Tarantlna, A n t h o n y
uma
visão vaga
e sugerida
dos d e m ô n i o s , logo Jacob se vê
mergulhado
Brent Hinkley, S.Epatha
110 I n f e r n o . A i n d a a s s i m , a p e s a r das I m a g e n s terríveis e p e r t u r b a d o r a s , A/trcinoçõcs do e, n o f i n a l d a s c o n t a s , u m
prlas
v i d a s . Ele m o s t r a
filme sobre a n e c e s s i d a d e de ficar e m
c o m o Jacob, seguindo
Usa s u a s m e m ó r i a s e s e u s v í n c u l o s a f e t i v o s I vne f u n d a m e n t a
paz c o m
as palavras do filósofo
para libertar a sua
passado
nossas
Meister
Adrian
mais próximo dos acontecimentos. Ao t o m a r o familiar e torná-lo
que não se pode confiar e m
nada e quase tudo é inesperado.
em
JKe
0 REI DE NOVA YORK (1990)
E U A / I t á l i a ( C a m i n i t:oo , R a n k ,
(KING OF N E W YORK)
m ii n n .. C Co orr R e t e i t a l i a , S c e n a ) 103i m Idioma:
de N o v o York, d e A b e l Ferrara, é u m a c r ô n i c a s o b r e a d e r r o c a d a d o c h e f â o d a s (Christopher
Walken)
que, após
anos
de atividade
Ilegal, decide
drogas
expiar o s
•eus p e c a d o s c o n s t r u i n d o u m h o s p i t a l e m u m bairro p o b r e da c i d a d e . S u a s t e n t a t i v a s dai a l g o d e v o l t a à c o m u n i d a d e s e d e p a r a m c o m u m a resistência hostil d e t o d o s os
de
lados
seu p a r c e i r o d e d r o g a s c h i n ê s ( J o e y C h l n ) , a m á f i a l o c a l c u m p o l i c i a l d u r ã o c e x a l t a d o (David Caruso), pronto para fazer de t u d o uma
guerra
com
motivações
para derrubá-lo. O s Inúteis esforços de
étnicas
entre gãngsteres
que
termina
Frank
em u m
possui
um
leu b r a ç o
todos
e s p e t a c u l a r d e W a l k e n , n opapel
Jimmy
Jump,
contribuem
o s t r a b a l h o s d e F e r r a r a , O r e i de Nova
violento e perturbador, pontuado
resse
para York
submundo
dacidade
Impiedoso
c o m o a de Laurence Flshburne, a energia não é u m
frenética
d ofilme.
d eNova York,
a redenção tendo como pano de fundo infestado de drogas
que H a r v e y
tão
sem
nome
corrupto
W a l k e n é d e s o n e s t o . Vício frenético a p r o f u n d a - s e a i n d a
quanto
o Frank
RDe
em
White de
mais no sangrento, ainda
Iniiospectivo, e x a m e que o diretor faz do p e c a d o e da redenção.
o
e retratado c o m o o
c o n t i n u a ç ã o e m 1 9 9 2 , V f c i o frenético,
é u m policial
como Como
filme fácil de se assistir. É
.iiquétlpo d e C o t h a m City. Ferrara dirigiu u m a Keltel
que
por I n ú m e r a s m o r t e s , explorando m a i s ainda o inte-
do diretor e m personagens q u e b u s c a m
violento
principal do assassino
senso distorcido de moralidade, b e m direito
inglês
Direção: Abel
Ferrara
P r o d u ç ã o : A u g u s t o C a m i n i t o , Miry Kane Roteiro: Nicholas St. John Fotografia: Bojan Música: Joe
Bazelll
Delia
Elenco: Christopher Walken.
David
C a r u s o , L a u r e n c e F l s h b u r n e , V i i tOI
I mifronto sangrento entre as facções criminosas da cidade. A atuação
Barron
pró-
l e v e m e n t e p e r t u r b a d o r e g r o t e s c o , e l e a l c a n ç a u m e s t a d o cinematográfico s u b l i m e
pinvocam
Merkerson,
Suzanne Shepherd, Doug
Eckhart,
alma. O diretor
que
Argo, Wesley Snipes, Janet Julian, J o e y C h i n , G l a n c a r l o E s p o s i l o , Paul Calderon, Steve Busceml, Theiesa R a n d l e , L e o n a r d L. T h o m a s ,
Rogei
C u e n v e u r S m i t h , Carrie Nygren, Ernest
Abuba
..
Alessandro,
esta v i a g e m espiritual no m u n d o cotidiano, permitindo assim que o
espectador se sinta
1 r.ink W h i t e
IVH.I.
D a n n y Aiello, M a t t C r a v e n , Pruitt
DANÇA COM LOBOS
(isso)
(DANCES WITH WOLVES) " E u q u e r o ver a fronteira... a n t e s q u e ela desapareça." com
u m a visão
romântica
c o m a e s c o l h a d es u a
I E U A ( T i g , M a j e s t i c ) 183 m i n . C o r
Lá ele faz a m i z a d e c o m
nativos,
para
Wilson
Semler
M ú s i c a : J o h n Barry, Peter Elenco: Kevin Costner,
testemunhat
posto uma
avançado
próximo aos territórios dos
tribo d e Lakota
a invasão
Civil
índios
Sioux e passa a viver c o m o o s
dohomem
branco
e o Início
d o fim da
Estréia palpitante de Kevin Costner c o m o diretot - a m b i c i o s o , épico, e por vezes f a l a d o c m s i o u x c o m l e g e n d a s -, Dança
c o m íobos fez c o m q u e os e s p e r t a l h õ e s d e
w o o d d i s s e s s e m q u e seria o u t r o H e a v e n ' s C a t e . M a s C o s t n e t riu por ú l t i m o ,
até
Holly-
arrebatando
s e t e e s t a t u e t a s d o O s c a r , i n c l u i n d o a s d e M e l h o r F i l m e (foi o p r i m e i r o f a r o e s t e a g a n h a r
"Dança
K o t e i r o : M i c h a e l B l a k e , d e s e u livro fotografia: Dean
idealista d a União
d e s d e 1931) c d e M e l h o r D i r e t o r ( g a n h a n d o d e O s b o n s c o m p a n h e i r o s , d e M a r t i n S c o r s e s e ) .
Costner
Produção: Kevin Costner, Jim
soldado
grande cultura eqüestre das planícies.
Idioma: inglês / sioux / p a w n e e Direção: Kevin
missão: u m
dakotas.
então
Um
d a" fronteira" é p r e m i a d o por sua c o r a g e m n aGuerra
l o b o s " é o n o m e q u e os índios d ã o ao t e n e n t e J o h n Dunbar,
pelos seu
n o v o n o m e é e n c a n t a d o r a c o m o a l g u n s faroestes s a b e m ser - rica, lírica, calorosa, cheia risadas
inesperadas,
comovente
e com
uma
fotografia
espetacular.
A direção d e
Costner é muito bem-sucedida, levando cada interlúdio elegíaco, místico ou
Mary
Interpre-
nativos e seu m o d o de vida. E a história de c o m o ele encontta a sl m e s m o e g a n h a
de
Buffett
com
t a d o por Costnet. Ele fica s u c e s s i v a m e n t e a p a v o r a d o , i n t r i g a d o c d e p o i s c a t i v a d o
romântico
MrDonnell, Graham Greene, Rodney
a u m a t c s o l u ç ã o e m p o l g a n t e , c o m b a t a l h a s , b ú f a l o s , as planícies e s p e t a c u l a r e s d e D a k o -
A. G r a n t , F l o y d " R e d
ta d o Sul e u m belo elenco, t u d o graças a D e a n Semler, o fotógtafo australiano c veterano
Ctow"
Westerman, Tantoo Cardinal, Robert
d e M o d Max.
Pastorelli, C h a r l e s R o c k e t ,
uma
Maury
( haykln, J i m m y Herman, Nathan 1
fiasing
Lee
His Horse, M i c h a e l Spears,
J a s o n R. L o n e H i l l , T o n y P i e r c e , D o r i s Ieader
Charge
Oscar: Jim Wilson, Kevin (melhor filme), Kevin
(diretor),
Costner
Costner
M i c h a e l Blake (roteiro),
por
Os índios são retratados c o m seu orgulho, presença de espírito e h u m o r
forma respeitosa e c o m u m a intimidade afetuosa s e m ptecedentes. americanos
nativos
envolventes
e d e aparência
magnífica,
de
interpretados
sobretudo
Graham
G r e e n e c o m o o x a m a K i c k i n g Bird c R o d n e y A. G r a n t c o m o o guerreiro W i n d i n His Hair. O
filme é sentimental
e pot vezes exaustivamente
melodramático.
M a s sua
elo-
q ü ê n c i a e sua beleza evocativa o t o r n a m u m prazer d u r a d o u r o . U m a n o depois, Costnet apresentou romance
do
a edição
especial, c o m
herói c o m
Stands with
uma
hora
d e material
a Fist ( M a r y
adicional
McDonnell)
que
c mostra
expande o
o destino
dos
1 lean S e m l e r ( f o t o g r a f i a ) , N e i l T r a v i s
b r a n c o s c a ç a d o r e s de b ú f a l o s . M a s n ã o há n e n h u m a g r a n d e cena n o v a de a ç ã o , c a hora
(edição), J o h n Barry (música), Russell
extra, adorável e e n v o l v e n t e
W i l l i a m s , J e f f r e y P e r k i n s . Bill W .
Benton,
Gregory H. W a t k l n s
Indicação ao Oscar: Kevin
(ator),
Graham Greene
(som)
Costner
(ator
1n a d j u v a n t e ) . M a r y M c D o n n e l l
(atriz
I n a d j u v a n t e ) , J e f f r e y B e e c r o f t , Lisa D e a n ( d i r e ç ã o de a r t e ) , E l s a /.unparelli
(figurino)
I e s t i v a l de B e r l i m : K e v i n (Urso de Prata - realização
para
o s d e v o t o s , d i m i n u i o r i t m o d ofilme. Fãs d e ação
p r e f e r e m a v e r s ã o o r i g i n a l e p e r f e i t a m e n t e s a t i s f a t ó r i a d e t t ê s h o r a s . AE
Costner individual
notável, produção / direção / I t u a ç â o ) , indicação (Urso de Ouro)
LHOS DA GUERRA
(1990)
A l e m a n h a / F r a n ç a / P o l ô n i a (t ( (
(HITLERJUNGE SALOMON) Salomon
Perel,
Interpretado
Identidade n u m a
tentativa
por
Marco
F i l m k u n s t , L o s a n g e ) 112 m i n . Hofschnelder,
muda
de
uniforme,
de sobreviver ao Holocausto. A conhecida
idioma
diretora
Agnieszka Holland abstém-sede julgar seu protagonista camalcônlco e n q u a n t o monstruosas torturas psicológicas e fugas milagrosas m a n t e n d o
uma
polonesa apresenta
distância
Impas-
sível, s e m se deter e m s o f r i m e n t o s e b a n h o s d e s a n g u e . É Isso o q u e t o r n a esta Inacreditável t ã o c h o c a n t e m e n t e real, separando-a d o s outros f i l m e s sobre o
história
Holocausto.
P a s s a d o e n t r e 1938 c 1 9 4 5 , F i l h o s d a g u e r r a é b a s e a d o n a s a v e n t u r a s r e a i s d e mon "Solly" reviravolta
Perel. Solly é u m j o v e m j u d e u polonês da A l e m a n h a
grotesca
quando
l.imília d i s p e r s a d a , Solly que coloca. Esse gesto
os
acaba
Inicia
nazistas ficando
a sua
Invadem
o apartamento
sozinho, salvo apenas
carreira
dos
seus
identidade judia e denunciando
atingem
o
Com
ápice quando
ele
à
um
no dogma
a religião c o m o
"o
Hitlerjugend
coópio
arruma
u m ariano. A ironia e o
se junta
a
nazista
para a A l e m a n h a , o n d e ele
Intérprete de russo, sendo aceito c o m o
disfarces
uma
n o s disfarces. Primeiro, vai parar e m
das massas". As tropas de Hitler o l e v a m de volta irabalho c o m o
mora.
pelo uniforme
orfanato russo a leste da Polônia, o n d e recebe u m a e d u c a ç ã o c o m p l e t a munista, r e n u n c i a n d o à sua
Salo-
cuja vida sofre onde
e
perigo
(Juventude
a
sua
circuncisão
torna-se
particularmente
perigoso
quando
sua
aparência conquista o coração de u m oficial nazista h o m o s s e x u a l c de u m a m e n i n a sejável, m a s a l t a m e n t e anti-semita, interpretada por Julle Delpy. C o m o único lisleo da v e r d a d e i r a
Direção: Agnieszka
Holland
Produção: Artur Brauner,
Margarel
Ménégoz R o t e i r o : A g n i e s z k a H o l l a n d , h.e.e.1,1, n o livro d e S a l o m o n
Perel
F o t o g r a f i a : J a c e k P e t r y c k i , Jai
el
Zaleskl Música: Zbigniew
Preisner
Elenco: Marco Hofschneider, Julle Delpy, René Hofschneider, Kozlowski, Klaus
Pioli
Abramowsky,
M i c h è l e Cleizer, M a r t a S a n d r o w i i
1.
Nathalie S c h m i d t , Delphine Forest, Andrzej Mastalerz,
Wlodzimlerz
Press, M a r t i n Maria Blau,
Klaus
K o w a t s c h , H o l g e r H u n k e l , Bernhard Howe
llitlerista), o n d e o e n s i n a m a reconhecer e m a t a r j u d e u s . Esconder
Eastmancolor Idioma: a l e m ã o / russo
i d e n t i d a d e d e Solly, a circuncisão torna-se u m a
l i l m e . A l g u n s d o s m o m e n t o s m a i s f o r t e m e n t e a m b í g u o s d e F i / h o s da
Indicação ao Oscar: Agnieszka Holland
(roteiro)
de-
lembrete
rica m e t á f o r a guerra
boa
no
mostram
solly ídentlflcando-se d e m a i s c o m o papel q u e está d e s e m p e n h a n d o , sugerindo q u e a verdadeira I d e n t i d a d e p o d e n ã o ser r e a l m e n t e possível. N ã o é n e n h u m a surpresa q u e o 1 ilme não t e r m i n e c o m u m a catarse ou u m a tragédia; q u a n d o Solly reencontra
milagro-
s a m e n t e seu irmão perdido, Isaak (Rcné Hofschneider), t e m o s , contudo, a sensação que
seus disfarces estão longe de terminar.
de
Al
1*1
E U A (Silver S c r e e n , T o u c h s t o n e )
Idioma: Inglês / italiano Direção: Garry
Produção: Arnon Milchan, Steven
dos
R o t e i r o : J . F. L a w t o n
Howard
Ralph Bellamy, J a s o n Alexander, Laura S a n G i a c o m o , H e i t o r Elizondo, Alex H y d e - W h i t e , A m y Yasbeck, Elinor Donahue, Judith Baldwin, Jason Bjork,
(atriz)
produção de Hollywood no
90, o filme mau
final
foi b e m - s u c e d i d o para u m
dos a n o s 80. C o m u m a das maiores bilheterias
em
tornar
os "filmes de
namoro"
f i l m e q u e foi c o n c e b i d o o r i g i n a l m e n t e c o m o
novamente um
retrato
O filme t a m b é m d e u e n o r m e s e m p u r r õ e s às carreiras de suas esttelas, Richard
Roberts
i n d i c a d a a o O s c a r por s e u d e s e m p e n h o . G e r e r e p r e s e n t a u m ó t i m o g c n l l e m a n no papel de
Edward
Lewis, u m
poderoso
homem
de
negócios
em
viagem
a
Los Angeles
que
a c a b a se p e r d e n d o na v i z i n h a n ç a d o H o l l y w o o d B o u l c v a r d e p e r g u n t a à prostituta-de-
chegat ao hotel e m
Bevetly Hills. C o m o é u m a
como
prostituta inteligente e sensível, Vivian
s e o f e r e c e p a r a l e v á - l o a o n d e p r e c i s a ir e n ã o d e m o r a a c o n s e g u i r , c o m s e u c h a r m e , q u e ele
a
contrate
recompensa
por
uma
semana
como
sua
mulher
"para
todas
as
ocasiões".
Como
por seu t e m p o e esfotço, ela tecebe acesso i l i m i t a d o a o c a r t ã o de
crédito
dele pata c o m p r a r roupas e aprende c o m o se portar e m u m restautante c h i q u e
(graças
ao porteiro simpático do hotel, representado Vivian se apaixona por seu
p o r H e c t o r E l i z o n d o ) . E, s e m
surpresas,
benfeitor
A história t o d a é a l t a m e n t e i m p r o v á v e l , é claro. Para c o m e ç a r , d i f i c i l m e n t e
alguma
prostituta do Hollywood Boulevard é tão bonita e b e m atrumada c o m o Vivian. O m e sucesso de Roberts no papel de u m a p u r o c h a r m e d e U m a linda na
d e Pigmaleão
e Cinderela
mulher
prostituta
é politicamente
nunca deixa de transparecer. U m a r o u p a g e m em
um
as de
inteligente e divertido.
só filme, este
JB
recebe de
o
moder-
quebra
roteiro
combinados
enor-
incorreto, m a s
a t u a ç õ e s de primeira de duas estrelas q u e f a z e m b e m aos olhos, a direção certeira Garry Marshall e u m
788
Gere
( q u e n ã o fazia u m f i l m e d e s u c e s s o destlc m e a d o s d o s a n o s 80) e Julia R o b e r t s , q u e foi
b o m - c o r a ç ã o Vivian (Roberts c m u m a minissaia m i n ú s c u l a c b o t a s até as coxas)
G a r y G r e e n e , Billy Gallo I n d i c a ç ã o a o O s c a r : Julia
a
d e p r i m e n t e d a p r o s t i t u i ç ã o e m t o s A n g e l e s , c o n f o r m e o r o t e i r o o r i g i n a l , i n t i t u l a d o "3 m H " .
Elenco: Richard Gere, Julia Roberts,
R a n d a l , Bill A p p l e b a u m , Tracy
anos
populares. Nada
Mlnsky
mulher
chegou c o m o u m antídoto refrescante contra os filmes m a c h õ e s de pancadaria que dominaram
Reuther
Música: James Newton
(1990)
U m a c o m é d i a romântica no estilo d o s a n o s 4 0 c o m u m t o q u e m o d e r n o , U n i u linda
Marshall
Fotografia: Charles
UMA LINDA MULHER (PRETTY WOMAIM)
119 m i n . T e c h n i c o l o r
ARCANJO
(isso)
Canadá (Cinéphile, Ordnance,
(ARCHANGEL)
Winnipeg) 90 m i n .
( j i i y M a d d i n , o m e s t r e c a n a d e n s e d o c i n e m a c u l t u n d e r g r o u n d , r e s p o n s á v e l por do Hospital
e m e n d o u s u a c a r r e i r a c o m Arcanjo,
Clmll,
Contos
um longa-metragem em
preto-e-
liianco ainda m a i s e s t r a n h o , realizado c o m u m o r ç a m e n t o m a i s gordo. O filme c o n t a a história d e v í t i m a s d o g á s m o s t a r d a d u r a n t e a Primeira G u e r r a M u n d i a l e a
Russa
Revolução
que sofrem de amnésia. O herói, u m soldado canadense (Kylc McCulloch), con-
l u n d e uma
enfermeira
(Kathy
Marykuca)
i u m u m a v i a d o r b e l g a ( A r i C o h e n ) que
que acaba
perturbada
não
com
seu amor
m o r r e u ; ela
c o n s e g u e s e l e m b r a r que
com
confundindo o canadense
Existem outras complicações, algumas das quais, i n u k e b i r u t a d e Na
q u e já
é
casada
é c a s a d o e fica
tão
o belga.
como
m a s n a m a i o r p a r t e d o t e m p o Arcanjo
re
parece
liatar de u m t e m a específico - exceto, talvez, a paixão óbvia de M a d d i n pelos
antigos
do
passado,
com seus
filmes m u d o s e pelos primeiros filmes falados
bem
efeitos visuais cafonas,
i nino excêntricas extravagâncias surrealistas (como a tempestade de coelhinhos d o n a s t r i n c h e i r a s ) . O s r e s u l t a d o s p o d e m não Dias j a m a i s t e m o s a i m p r e s s ã o
d e que
set sempre engraçados ou
M a d d i n está
n a n t e d e l í t i o f e t i c h i s t a , n o q u a l a s m e m ó r i a s d e f i l m e s d e g u e r r a a n t i g o s são a l g o que
Elenco: Kyle M c C u l l o c h , Kathy M a r y k u c a , S a r a h N e v i l l e , A r i C iiheu, Michael Gottli, Victor Cowie, David O'Sulllvan,
M a r g a r e t A n n e M a c L e o d , Ihoi 1 Robert Lougheed, Stephen
il
Snyder,
M i c h a e l P o w e l l , S a m Toles, Lloyd Weinberg
fasci-
recicladas
E U A / I n g l a t e r r a ( C h a n n e l Four.
a
mesma
ao attiz
decididamente
mesmo no
tetreno
papel
melhor do que o primeiro, A
familiar, u m a
principal
(Adricnne
cidade
dormitório
Shelly),
incrível
em
Long
Interpretando
uma
adolescente alienada. Desta vez Shelly é u m a estudante que descobre que está piovoca u m ataque cardíaco fatal no pai, é descartada s e m
cerimônia
expulsa d e casa pela m ã e (Merrilt Nelson). D e p o i s é a t a c a d a ,
testemunha
grávida,
pelo n a m o r a d o
e
u m seqüestra e
1onhece u m taivoso e irritado m a g o da eletrônica ( M a r t i n D o n o v a n ) - t u d o no m e s m o dia. Essa e n x u r r a d a d e i n c i d e n t e s n ã o c o l o c a e m x e q u e a c r e d i b i l i d a d e , n e m dá e n s e j o a comédia
fácil, o q u e é u m
m é r i t o do
filme. A verdadeira
trama
de Confiança
só
1oineça q u a n d o a heroína c o m a g o da eletrônica se e n v o l v e m e seus acertos m ú t u o s inilulndo
loles
Maddin
Republic, True Fiction, Zenith)
v e u t a d e (1989) - r e t o m a
uma
Fotografia: Guy
comédia
(1990)
segundo filme de Hal Hartley
com
Klymklw
Roteiro: Guy Maddin, George
cain-
(TRUST) llland,
Maddin
Produção: Greg
se alterna entre o assustador e o belo. J R o s
CONFIANÇA 0
Direção: Guy
comoventes,
t e n t a n d o p r o d u z i r uma
.r.gada o u u m f i l m e d e g u e r r a , m u i t o m e n o s u m d r a m a . D e p a r a m o - n o s c o m u m
em
P&B
inglês
Falkenburg, Michael
a amnésia, sugerem um não
noite
Idioma:
as
iiunsformam.
tensões
representadas
Imprevisível, ainda
io, e s t a e x c ê n t r i c a
comédia
por
que
seus
pais
se m a n t e n h a
dramática
barra-pesada fiel a o s
só melhora, assim
- gradualmente
seus como
personagens a própria
e
obra
os seu de
90 m i n . Cor Idioma:
inglês
Direção: Hal
Hartley
P r o d u ç ã o : Hal Hartley, Bruce W e i s s Roteiro: Hal
Hartley
Fotografia: Michael
Spiller
M ú s i c a : The Great O u t d o o r s , Philip Reed Elenco: Adrlenne Shelly,
Martin
Donovan, Merritt Nelson, John M a c K a y , Edie Falco, Gary Sauei. M i l 1 Malloy, Suzanne Costollos, Jell Howard, Karen Sillas, T o m Thon. Hannah Sullivan, Marko
Hunt,
K a t h r y n M e d e r o s , Bill S a g e
Hartley. JRos
/H'l
Irã ( I n s t i t u t o p a r a o
Desenvolvimento
Intelectual dos Jovens e das Crianças) 97 m i n . C o r
P r o d u ç ã o : Ali Reza Roteiro: Abbas
uma
Kiarostami
em
u m incidente real, a obra-prima
d e A b b a s K i a r o s t a m l p r i m e i r o p a r e c e ser
mera reconstrução d o c u m e n t a l dos acontecimentos que levaram ao
julgamento
do e m p o b r e c i d o Hossein Sabzlan por tentativa de fraude. Após conhecer u m a
Zarrin
Idosa
Kiarostami
F o t o g r a f i a : Ali Reza
(1990)
(NEMA-YE NAZDIK) Baseada
i d i o m a : farsi Direção: Abbas
CLOSE-UP
em
um
ônibus
e se passar
c i c l i s t a e A c a m i n h o d e Kandahar),
Zarrlndast
por
Mohsen
Makhmalbaf
(o d i r e t o r
senhora
Iraniano
de
O
S a b z i a n é c o n v i d a d o para c o n h e c e r os f a m i l i a r e s dela
Elenco: Hossaln Sabzlan, M o h s e n
e os leva a acreditar q u e , se o f i n a n c i a r e m , eles v ã o aparecer e m s e u p r ó x i m o f i l m e . No
Makhmalbaf, Abolfazl A h a n k h a h ,
fim das contas, a família
Mehrdad Ahankhah,
Monoochehr
sua casa e c h a m a a polícia.
Ahankhah, Mahrokh
Ahankhah,
Nayer Mohseni Zonoozl, A h m a d
Reza
Moayed Mohseni, Hossain I arazmand, Hooshang Shamaei,
desconfia
q u e se trata de u m
Isso renderia a p e n a s u m " d o c u d r a m a " Kiarostaml
à narrativa, que engloba
uma
Impostor planejando
assaltar
intrigante, n ã o fosse a a b o r d a g e m sutil de exploração bem-humorada, esclarecedora
e
a l t a m e n t e inventiva das relações simbióticas entre a verdade e a mentira, a aparência
a
a realidade, o documentário
e a ficção. Os personagens
Goodarzl, Haj Ali Reza A h m a d i ,
Ahankhah,
Makhmalbaf
Hassan Komalli, Davood
r e p o r t a g e m - são " I n t e r p r e t a d o s " por eles m e s m o s . A l g u n s a c o n t e c i m e n t o s são recria-
M o h a m m a d Ali Barrati, D a v o o d
Mohabbat
dos,
outros
mas
Kiarostaml,
simplesmente
estranhamente,
descritos,
Klarostami tem
e
um
outros
permissão
-
não só Sabzlan e a
jornalista
como
sedento
por
o julgamento
um
em
para fazer perguntas) - são
sl
família furo
(no
de
qual,
apresentados
c o m o f i l m a g e m d o c u m e n t a l . E m b o r a a linha narrativa, apesar de t o d o s os seus
flash-
b a c k s , seja clara, o m o d o c o m o é a p r e s e n t a d a c o s t a t u s do q u e n o s é m o s t r a d o
mu-
dam
uma
o
tempo
todo
Isso
é
real
ou
é
ficção?
- e
o
filme
se
transforma
em
Investigação multifacetada do mais clusivo dos fenômenos: a Verdade. M a s , m e s m o e n q u a n t o p õ e abaixo nossas concepções da objetividade,
Kiarostaml
nos conduz a u m a pequena e Inescapável verdade: a de que todo m u n d o , c o m o Renolr, t e m
as suas
razões. Sabzian, c o m o
descobrimos
ao
mergulharmos
afirmou cada
m a i s f u n d o na sua história à primeira vista bizarra, n ã o é u m golpista n e m u m
m a s s i m p l e s m e n t e a l g u é m q u e atribui a o c i n e m a u m I m e n s o valor - e ser visto um
cineasta famoso
o faz sentir m e n o s
vez
lunático,
Insignificante e mais no controle. Os
como filmes
p o d e m nos ajudar a sonhar e escapar das limitações de nossas vidas cotidianas.
Além
d e ser u m a d e s c o n s t r u ç ã o divertida d a s c o n v e n ç õ e s d o c u m e n t a i s e d e n o s fazer refletir s o b r e e l a s , C/ose-Up é u m t r i b u t o t a n t o a o p o d e r d o c i n e m a c o m o à b o n d a d e - e ao potencial Imaginativo - das pessoas c o m u n s . A cena final, que c o m u m a i m a g e m exalta as v i r t u d e s da g e n t i l e z a , da h u m i l d a d e e d o p e r d ã o , é típica da marca í m p a r do h u m a n i s m o
nada piegas de Kiarostaml.
GA
essencial simples
absolutamente
EDWARD MÃOS DE TESOURA (1990)
E U A ( F o x ) 105 m i n . C o r
(EDWARD SCISSORHANDS)
Idioma:
An i n v é s d e c o n t i n u a r n a l i n h a d o e n o r m e s u c e s s o d e Batman
(1989) c o m o u t r o
festival
de efeitos e s p e c i a i s , o diretor T i m B u r t o n fez u m f i l m e d e l i c i o s a m e n t e b e m e l a b o r a d o e tio
distante
do
clnemão
comercial
de
Hollywood
quanto
possível. O
resultado
foi
I dirord m ã o s de tesouro, u m c o n t o de fadas q u e d e c i d i d a m e n t e foge a t o d a s as regras e que c o n t i n u a s e n d o o f i l m e m a i s t o c a n t e e peculiar da carreira d o O
Edward do título (Johnny
Depp) não é u m
diretor. Inventor papel
no c i n e m a ) . E d w a r d t e m a p a r ê n c i a b a s t a n t e h u m a n a , e x c e t o p o r u m d e t a l h e - e l e lugar de
m ã o s -, e v i v e
uma
vida
solitária
em
uma
mansão
tem
caindo
aos
pedaços no alto de u m a m o n t a n h a sobre u m bairro de casas e m t o n s pastel. É s o m e n t e q u a n d o a g e n t i l v e n d e d o r a da A v o n P e g B o g g s ( D i a n n e W i e s t ) d e s c o b r e s e u
esconderijo
que Edwards desce ao m u n d o "real" e é acolhido pelos vizinhos de Peg q u a n d o
exibe
leu talento especial c o m o cabeleireiro, tosador de cachorros e escultor de árvores. entanto,
a
vida
fica
complicada
para
o
crédulo
e
Inocente
Edward
quando
No
ele
apaixona pela filha d e Peg, a líder d e torcida K i m ( W l n o n a Ryder), e logo é c o a g i d o n a m o r a d o dela ( A n t h o n y M l c h a e l Hall) a c o m e t e r u m
se
pelo
crime.
U m dos m u i t o s sucessos a l c a n ç a d o s por B u r t o n neste filme d e l i c i o s a m e n t e loi o d e ter e s c a l a d o s e u s v á r i o s a t o r e s e m p a p é i s i n e s p e r a d o s n e s s e m u n d o
bizarro
excêntrico
d e s o n h o s . H a l l - m a i s c o n h e c i d o c o m o o n e r d d e O c l u b e d o s cinco,
de John Hughes
innsegue
Idiota.
mostrar
um
lado
muito
m a i s vil c o m o
Jim. o namorado
n u t r o l a d o , d e s p i d a d o c i n i s m o q u e e l a e x i b i u e m Atração ,a s e u p a p e l c o m o a m o c i n h a I liando u m
personagem
mortal,
preso e m
seu corpo incompleto
mais
-
por
delicado
impressiona,
e transmitindo, em
palavras, a frustração de E d w a r d - seu rosto pálido e m a r c a d o por cicatrizes II
Ryder,
dá u m t o q u e
do bairro. É Depp, no entanto, q u e m
Burton
P r o d u ç ã o : T i m B u r t o n , D e n i s e Dl Novi Roteiro: Tim Burton e Caroline Thompson Fotografia: Stefan
h o m e m , e sim a criação do
(uma ponta l a m e n t a v e l m e n t e curta do m a r a v i l h o s o Vincent Price e m seu ú l t i m o
li".ouras no
inglês
Direção: Tim
poucas
demonstra
ofrimento de descobrir que até o toque mais suave c o m suas m ã o s de tesoura
i ausar dor. U m c o n t o d e f a d a s m o d e r n o , a m b i c i o s o e b e l a m e n t e c o n c e b i d o .
JES
pode
Música: Danny
Czapsky
Elfman
Elenco: Johnny Depp, Wlnona
Rydet,
Dianne Wiest, Anthony Michael Kathy Baker, Robert Oliveri, Com Ferrell, C a r o l i n e A a r o n , Dick
Hall.
hatl
Anthony
Williams, O-Lan Jones, Vincent Prlre. Alan Arkin, S u s a n B l o m m a e r t , I nula Perri, J o h n
Davldson
I n d i c a ç ã o ao O s c a r : Ve Neill, S i a n Winston
(maquiagem)
HENRY - RETRATO DE UM ASSASSINO (iggo)
(HENRY: PORTRAIT OF A SERIAL KILLER) Dirigido por J o h n M c N a u g h t o n , Henry - Retrato dc u m assassino é v a g a m e n t e
baseado
na história real d c u m a s s a s s i n o e m série, H e n r y Lee L u c a s . O f i l m e é e x c e p c i o n a l
pelo
r e a l i s m o de s e u estilo e por s e u p o n t o de vista a m o r a l . O e s p e c t a d o t t e r m i n a d e vê-lo certo d e q u e a c a b o u de assistir a u m d o s f i l m e s m a i s p e r t u r b a d o r e s já
realizados.
H e n r y d e s c o n s i d e r a a s c o n v e n ç õ e s d o s f i l m e s d e terror, a p r e s e n t a n d o u m a EUA (Filmcat, Fourth World
Media,
de
episódios
em
que
os
assassinatos
esperados
narrativa
ocorrem
de
repentino, aleatório e casual.
ro c d e p o i s v a i c o m p r a r u m h a m b ú r g u e r c o m s e u c o l e g a d e q u a r t o , O t l s ( T o m T o w i e s ) .
McNaughton
P r o d u ç ã o : Lisa D e d m o n d , S t e v e n A. Jones, John
acúmulo
E m u m a c e n a , H e n r y ( M i c h a e l Rooker) quebra o p e s c o ç o d c d u a s p r o s t i t u t a s e m s e u car
inglês
Direção: John
um
m a n e i r a s i n e s p e r a d a s - d e n t t o e fora d a s telas, de m o d o
M P I , M a l j a c k ) 83 m i n . Cor Idioma:
regular,
McNaughton
R o t e i r o : R i c h a r d Fire, J o h n
o pequeno
McNaughton
(na m e d i d a e m q u e p o d e m o s dizer q u e tenha u m ) a c o m p a n h a
apartamento
dos rapazes e m Chicago, atrapalhando
a ligeiramente
os
para repri
m l d a parceria h o m o s s e x u a l da dupla nos c r i m e s . Feito c o m baixo o r ç a m e n t o . Henry se
Fotografia: Charlie
Lieberman
supera ao retratat a vida dc pessoas s e m destino n u m s u b m u n d o
Música: Mie Fabus, Ken Hale, Steven A. J o n e s , R o b e r t
O e n r e d o d e Henry
a c o n t e c i m e n t o s q u e o c o r r e m a p ó s a i r m ã d e O t i s , B e c k y (Tracy A r n o l d ) , se m u d a r
McNaughton
Elenco: Mary Demas, Michael
Rooker,
A n n e B a r t o l e t t i , E l i z a b e t h K a d e n , Ted
do cadávet de u m a
mulher que Henry matou e mostta uma
salão dc beleza de Becky soltando c o m e n t á r i o s
totpe. O filme
corta
matrona desagradável
no
racistas.
B e c k y t e m fantasias r o m â n t i c a s sobre H e n r y ao ouvir c o m o ele m a t o u a m ã e . Rooker
Kaden, Denise Sullivan, Anita Ores,
c o n f e r e u m a p e l o r u d e , à la M a r l o n B r a n d o , a o p a p e l d o p s i c o p a t a , o q u e a j u d a a e x p l i c a r
Megan Ores, Chen Jones,
suas péssimas escolhas românticas. O filme culmina e m dois assassinatos
Mónica
Anne 0'Malley, Bruce Qulst, Erzsebet Sziky, Ttacy A r n o l d , T o m Towies, David
Katz
mente
perturbadores. Primeiro,
Henry
e Otis
matam
uma
família
particular
do subúrbio.
Após
testemunhar o caos, nós subitamente nos d a m o s conta dc que assistimos à cena junto c o m os assassinos, q u e estão sentados no sofá de casa revendo sua carnificina. Depois, H e n r y m a t a O t i s , a o flagrá-lo e s t u p r a n d o Becky. H e n r y c B e c k y d e i x a m a c i d a d e , m a s , na m a n h a seguinte, nas seqüências finais do filme, Henry deixa o quarto de hotel sozinho, p a r a n d o a p e n a s para largar u m a p e s a d a m a l a na beira da Henry
é
tão
contido
que
pode
parecer
maçante
estrada.
pata
uma
platéia
mais
jovem,
saturada pelos excessos sangrentos dos film e s de tettof pós-década não
exibe
um
assassino
de 80.
Também
charmoso
e
ele-
g a n t e c o m o H a n n l b a l Lecter. E m vez disso, Henry
inspira
horror através de u m
realis-
m o a u d a c i o s o c a t u a ç õ e s excelentes. O film e não é divertido d e se assistir, m a s é i m portante refletir,
porque obriga questionando
os espectadores nossa
cultural pelos serial killers.
792
CFr
a
fascinação
0 VINGADOR DO FUTURO ra)
E U A ( C a r o l c o , T r I S t a r ) 109 m i n .
(TOTAL RECALL)
Technicolor Idioma:
i ) c o n t o " P o d e m o s r e c o r d a r p a r a v o c ê , p o r u m p r e ç o r a z o á v e l " , d e P h i l i p K. D i c k , o
autor
11111 d e f i c ç ã o c i e n t í f i c a , é e x t r e m a m e n t e
espe-
b e m t r a d u z i d o para a tela, c o m efeitos
1 lais i m p r e s s i o n a n t e s c s u r t o s d e v i o l ê n c i a , p e l o d i r e t o r h o l a n d ê s P a u l V e r h o c v e n , linha feito u m
sucesso semelhante
com
R o b o C o p - O policio/ do f u t u r o ,
grande
que
bilhe-
pria d e 1987. Arnold
Schwarzenegger
estrela
como
Doug
Quaid,
um
cara
normal
(num
corpo (Sharon
Itone) n ã o d á I m p o r t â n c i a à s f a n t a s i a s d e l e , D o u g v i s i t a u m a e m p r e s a d e f é r i a s d e lidade virtual e é ligado a u m a
máquina que simulará u m a viagem ao planeta
virtual a c r e d i t a n d o ser u m
rea-
vermelho,
i n l e l i z m e n t e , a m á q u i n a gera u m certo c a o s n o cérebro d e D o u g e ele a c o r d a d e sua
via-
a g e n t e secreto. N ã o só isso, m a s logo se d e s c o b r e sen-
DCI p e r s e g u i d o p o r g r a n d a l h õ e s h u m a n o s e m u t a n t e s e n q u a n t o t e n t a d i s t i n g u i r , j u n t a n DO suas m e m ó r i a s e o u t r a s e v i d ê n c i a s q u e v ã o s u r g i n d o , o q u e é fato d o q u e é ficção. M u i t o s dos t e m a s favoritos de Philip Dick ( t a m b é m
a b o r d a d o s no livro
vingador do futuro - Identidade, percepção versus realidade, m e m ó r i a s
melo
reais e
uma
luta divertida
filme,
entre Sharon Stone e Arnold Schwarzenegger - o diálogo
aos golpes sendo u m bônus - até o final, u m
O
Implan-
-, m a s s e m q u e a a ç ã o p e r c a s e u r i t m o . E c e r t a m e n t e h á m u i t a a ç ã o n e s t e
desde
Roteiro: Ronald Shusett,
em
pouco gosmento mas elctrlzante.
u m p r e ç o r a z o á v e l " , d e P h i l i p K. Fotografia: Jost
JB
ERA UMA VEZ NA CHINA o i m
Elenco: Arnold
d,
perspl-
<)o, r e c h e a n d o s e u s e s t o n t e a n t e s
herói chinês W o n g Wong,
um
vez na
filmes de ação com comentários
Chino, ele resgata
e dá
vida
nova
às crônicas
Cox,
u m a
ploradores
britânicos
v e z n a China e
das artes marciais, t e m a
de Hark, a m b i e n t a d o
homens
lienética e intricada que mescla
do
folclórico
de
negócios
de
diversos
neste filme, o
primeiro
e m 1875. W o n g ( J e t
chineses
corruptos
LI) e n f r e n t a
em
uma
Imperialismo, recrutamento de camponeses
ex-
trama
chineses
a c o n s t r u ç ã o de estradas de ferro n o s E s t a d o s U n i d o s , c o n t r a b a n d i s t a s d e a r m a s e
|UI 1 d o r e s d e a r t e s m a r c i a i s d e s o n r a d o s e f o r ç a d o s a t r a b a l h a r c o m o
criminosos.
F u m típico exemplo do c i n e m a popular de H o n g - K o n g e m grande estilo, pelo e x t r a o r d i n á r i o
M e l J o h n s o n Jr., M i c h a e l
da g r a v i d a d e
atletismo
Irma.
Porém,
melancolia D U O
e um
por
Impasse
trás
da
palpável - u m
Bell,
Champion, Rosemary
D u n s m o r e , David Knell, Alexia Robinson, Dean Norris, M a r k
Carlton
O s c a r : Eric B r e v i g , R o b B o t t i n , T i m M c G o v c r n , Alex Funke (efeitos Indicação ao Oscar: Stephen
visuais) Huniei
Flick ( e f e i t o s s o n o r o s ) , N e l s o n Michael J . Kohut, Carlos
Stoll,
DeLarlos,
(som)
min
mandarim Direção: Hark Tsui P r o d u ç ã o : Hark Tsul
de
Li, q u e faz s u a
estréia
mundial
como
o herói
entre u m
trama
cheia
lamento
das Influências ocidentais.
AT
Wong de
por u m a
desarmado
reviravoltas China
equlll-
e
a
e um
adversário c o m
uma
ação
incansável,
uma
prestes a m u d a r
Tang, Hark Tsui, Kai-Chl Yu Fotografia: Tung-Chuen C h a n , WLLLOL Chan, David Chung, Andy A r t h u r W o n g , Bill
Lam,
Wong
Música: R o m e o Diaz, J a m e s Elenco: Jet Li, Biao Yuen,
há
para s e m p r e sob
o
Wong
Rosamund
K w a n , J a c k y C h e u n g , S t e v e T a n ALIA. Kent C h e n g , Yee K w a n Yan,
amparado
, IN.ido e estóico. Ele p r o t a g o n i z a c e n a s q u e I n c l u e m u m d u e l o e m e s c a d a s q u e desafia III
Roony
Michael Ironside, Marshall
R o t e i r o : Yiu M i n g L e u n g , Pik-yin
lendário curandeiro c conhecedor
Ilimes de Hark na década de 60, é reapresentado c o m opulência
pua
políticos
Fel-Hung.
d 1 s é r i e Era
Schwarzenegger,
Rachel Tlcotln, Sharon Stone,
I d i o m a : c a n t o n ê s / inglês / década
u m a
Bruno
Louchouam
Cor
M a i k T s u i era o principal c i n e a s t a d e H o n g - K o n g na d é c a d a de 80 e n o início da
Era
Dick
H o n g - K o n g ( F i l m W o r k s h o p ) 134
(WONG FEI-HUNG)
Em
no
Vacano
M ú s i c a : Jerry G o l d s m i t h ,
Aaron Röchln
I izes.
Dan
O'Bannon, Gary Goldman, baseado
Roy B r o c k s m l t h , Ray Baker,
homônimo
q u e g e r o u o f i l m e c l á s s i c o B / o d e R u n n e r , d e R i d l e y S c o t t , e m 1982) s â o e x p l o r a d o s e m
tadas
Verhoeven
P r o d u ç ã o : Buzz Feltshans, Ronald Shusel 1
c o n t o " P o d e m o s recordar para v o c ê , poi
hercúleo) q u e t e m s o n h o s recorrentes sobre viver e m M a r t e . C o m o sua m u l h e r
jem
Inglês
Direção: Paul
Maik
K i n g , J o n a t h a n Isgar, S h u n L a u , Chi Yeung Wong, M a W u , Simon Yam. Cheung-Yan Yuen, Kam-Fai Shun-Yee Yuen, Tony
Yue
Yuen,
OS DONOS DA RUA (1991)
E U A ( C o l u m b i a ) 107 m i n . C o r Idioma:
(BOYZ'N THE HOOD)
inglês
Direção: John
Singleton
Produção: Steve Roteiro: John
Graças a precursores
Nicolaides
Parks,
Singleton
Fotografia: Charles
Mills
M ú s i c a : S t a n l e y Clarke, Ice C u b e Elenco: Hudhail Al-Amlr, Laurence I ishburne, Lloyd Avery, Cuba
Gooding
Townsend
dramas
cômicos
autobiográfica uma
Long,
Nicole B r o w n , T y r a Ferrell, Ceal, Desi Arnez H i ñ e s II, B a h a J a c k s o n , McCrary
Indicação ao Oscar: John (diretor), J o h n S i n g l e t o n
Singleton (roteiro)
início da
década
de 70 c o m o
afro-americanos
e Spike
Lee
merecem
sobre a condição
dos
surgiram destaque,
negros nos
Melvin
no
Van
cinema
cada
qual
Estados
Peebles
comercial.
e
produzindo
Unidos. Mas
Gordon
Entre
chamada
voz
cinematográfica
dos
negros
americanos.
r e c e b e u d u a s i n d i c a ç õ e s a o O s c a r e o s e u f i l m e foi u m
O drama de Singleton, que começa
eles,
brilhantes
foi a
estréia
d e J o h n S i n g l e t o n , O s d o n o s d a r u a , c m 1991, q u e a p r e s e n t o u à
que rendeu à Columbia Pictures u m lucro
A n g e l a B a s s e t t , K e n n e t h A. B r o w n ,
Donovan
assim
no
cineastas
Robert
Singleton
Jr., I c e C u b e , M i a B e l l , M o r r i s C h e s t n u t , Lexle B i g h a m , Nla
alguns
Pelo
crítica
seu
sucesso
feito,
inesperado
impressionante.
na esteira d o s J o g o s O l í m p i c o s de Los
Angeles
c m 1 9 8 4 , c o n t a a h i s t ó r i a d e t r ê s m e n i n o s d e 10 a n o s d e i d a d e , T r e ( D e s i A r n e z H i n e s I I ) , D o u g h b o y ( B a h a J a c k s o n ) c Ricky ( D o n o v a n M c C r a r y ) . Criados por pais s e p a r a d o s , eles v i v e m e m u m m u n d o d e s p e d a ç a d o pela violência das g a n g u e s , a brutalidade da e d i f i c u l d a d e s e c o n ô m i c a s . Q u a n d o a m ã e de Tre, Reva (Angela
polícia
Bassett), o desova
na
porta d o seu pai, J a s o n " F u r i o s o " ( L a u r e n c e Fishburne), ele recebe u m a drástica lição de m a s c u l i n i d a d e e torna-se u m a d o l e s c e n t e d i s p o s t o a subir na vida. O
filme avança
para sete a n o s
m a i s t a r d e . Tre ( I n t e r p r e t a d o
a partir daí por
Cuba
G o o d i n g Jr.) e s t á n o ú l t i m o a n o d o c o l é g i o , t r a b a l h a m e i o e x p e d i e n t e , d e s e j a e n t r a r uma
faculdade historicamente negra c n a m o r a
Doughboy paciência
(Ice de
Cube)
sua
é um
mãe,
a
vagabundo
Sta.
Baker
uma
membro
(Tyra
moça chamada
de
uma
gangue
Ferrell), e n q u a n t o
Brandi (Nia
que
seu
tira
irmão
em
Long).
partido
Ricky
da
(Morris
C h c s t n u t ) t r e i n a , a p o s t a n d o e m u m c o n t r a t o p a r a a T' d i v l s á o d e f u t e b o l a m e r i c a n o
uni-
v e r s i t á r i o . M e s m o t e n t a n d o sair d a q u e l a v i z i n h a n ç a , Tre c o n t i n u a l i g a d o a o s s e u s a m i g o s do
bairro. Q u a n d o
os marginais do bando
de Doughboy
ameaçam
o trio, Ricky
acaba
m o r r e n d o , a s s a s s i n a d o p o r u m a g a n g u e . D e p o i s d i s s o Tre e n c a r a o s á b i o t r e i n a m e n t o de s e u pai e c o n s e g u e evitar o s erros de s e u m u n d o tiranizado. N o final, ele escapa da a r m a dilha da pobreza e violência e vai para a f a c u l d a d e c o m Pedante, mas
sabiamente
orquestrado
como
i n t t a - r a c i a l d o s u b ú r b i o a m e r i c a n o , O s d o n o s da esquecer,
voltada
dedicatória
para
a
mesma
juventude
Brandi.
um
que
retrato c o m o v e n t e
da
violência
é u m a f á b u l a c o m m o r a l difícil de
rua é
representada
na
tela. A p ó s
preocupante, lembrando aos espectadores a quantidade de jovens
assassinados por outros jovens negros, o filme deslancha
em
uma
uma
negros
h i s t ó r i a d e rito
de
p a s s a g e m para a idade adulta realista, carregada d e palavrões e c o m o v e n t e . Memorável Singleton demonstra bem
pot
exibe
set t a m b é m
plena
consciência
uma genuína
distintos e c o m
a
estréia
do
rapper
das convenções
de
Ice
Cube
nas
Hollywood
telas, o filme
em
sua
afeição pela influência do hip-hop. Estruturado c m três
inclinação clara a u m a
de
narrativa
moralização generalista, o filme
e
atos
mostta
verniz ptofissional. M a s t a m b é m é p e t m e a d o de percussão e raps hipnóticos de vários a r t i s t a s d e s u c e s s o q u e c o n t r i b u í r a m p a r a a t r i l h a s o n o r a , t o r n a n d o O s d o n o s da êxito de u m a
rua
Apesar de investidas ocasionais e m
projetos maiores, Singleton
l u t o u para
repetir
s e u s u c e s s o inicial. A i m p o r t â n c i a artística d e sua estréia p o d e a t é ser d e s p r e z a d a
pela
ausência de genialidade subseqüente. M a s a relevância extraordinária de Os donos rua
não
pode
ser
ignorada
se
o
considerarmos
a
origem
de
centrados e m bairros negros q u e i n u n d o u as telas nos anos 90.
/94
o
carreira.
uma
onda
GC-Q
de
da
dramas
MISTERIOS E PAIXÕES
(1991)
(NAKED LUNCH) A o d e f i n i r o s e n t i d o d e Ncrked /uncir ( A l m o ç o de seu
livro h o m ô n i m o
-, o a u t o r W i l l i a m
nu)
título original deste filme b e m
S. B u r r o u g h s d i s s e , d e f o r m a
como
objetiva:
" U m
m o m e n t o congelado e m q u e todos v ê e m o que está na ponta de cada gatfo", c o m o
se
isso esclarecesse sua antinarrativa
ao
filmar
esta
versão
confusa, densa e provocante. David Cronenbcrg,
cinematográfica
do
livro
por
vezes
delirantemente
Incoerente
Burroughs, não torna as coisas m u i t o mais d a t a s . E m vez de adaptar fielmente u m que muitos disseram jamais
poder ser a d a p t a d o
tornando-o
ainda
propositalmente
para as telas, C t o n e n b c r g
mais complicado, incotporando
de outras obras de Burroughs, m a s t a m b é m
da vida d o
M i s t é r i o s c p a i x õ e s m e s c l a o s r o m a n c e s Almoço perversa
morte
à
la G u i l h e r m e
confusão desorientadora
Tell d a
mulher
de
livro
respondeu
elementos
não
só
autot.
n u , Jtinky, Exterminator! e Qiieer c o m a de
Burroughs.
Cronenbcrg
ordena
uma
de fatos e ficção d e n t r o da estrutura rígida do f o r m a l i s m o
dos
f i l m e s noir. O r e s u l t a d o f u n c i o n a m a i s c o m o u m retrato sutteal d e B u r r o u g h s d o q u e
uma
narrativa tradicional, o que não deve surpreender os espectadores familiarizados c o m tendência
P e t e r W e l l e r é Bill L e e ( u m p s e u d ô n i m o d e B u r r o u g h s ) , u m e x t e r m i n a d o r d e Canadá / Inglaterra / Japão
(Film
Trustees, N i p p o n Film Develop, Finance, RPC, The Ontario Develop. Corp., T E L E F I L M
and
Film
Thomas baseado
n o livro A l m o ç o n u , de W i l l i a m
A como
Suschitzky
Música: Ornette Coleman, Shore
Holm, Julian Sands, Roy
Scheider,
Nicholas
( a m p b e l l , M i c h a e l Z e l n i k e r , R o b e r t A. Silverman, Joseph Scoren, Peter lioretski, Yuval Daniel, J o h n Sean McCann, Howard Festival de Berlim:
como
uma
Cronenberg
mistura
apenas como
Friesen,
Jerome
David
1 lonenberg, indicação (Urso de
Ouro)
mu-
alistado diversos
de escrever que são insetos vivos fato
c
ficção,
o
próprio
lugar o n d e
e
filme
alucinações
incentivo ao processo ctiativo,
sendo,
produto. subversão
as a t u a ç õ e s
da
narrativa
de Wellet, Judy
realizada
Davis e Roy
tons de verde e cinza, é preciso
por
Cronenberg
Scheider.
mencionar
E, a o
é
admirável,
bem
fotogtafia
nau-
lado da
a deslumbrante
trilha
sonora,
parceria do compositor favorito de Cronenberg, H o w a r d Shore, c o m o lendário
xofonista de jazz Ornette C o l e m a n . C o m o o próprio filme, é u m a extraordinária
Elenco: Peter Weller, J u d y Davis, Ian
Monique Mercure,
audaciosa
seante em
Howard
s e m e l h a n t e a Tânger. É
região s u b t e r r â n e a e n t t e o real e o i m a g i n á r i o , u m
na verdade, o seu
S.
Burroughs Fotografia: Peter
Assim
máquinas
insetos
a sua
m u n d o de criaturas muito diversificadas que incorporam
calibradas por drogas n ã o s e r v e m
Roteiro: David Cronenberg,
que, após matar acidentalmente
lugar misteriosamente
rastejantes c incluem
esquisitices.
habita essa
Cronenberg
Produção: Jeremy
pó de dcdetizaçâo
lher, f o g e para a I n t c r z o n e , u m
outras
inglês
Direção: David
seu próprio
apêndices fálicos
115 m i n . C o r Idioma:
viciado c m
c o m o espião e m u m
Canada)
a
iconoclasta tanto de Burroughs quanto de Cronenberg.
de-sensibilidades diferentes, composições e expressão espontânea.
JKI
sa-
colisão
1
BELA INTRIGANTE
t
(1991)
F r a n ç a / S u í ç a ( C N C , F r a n c e 3, C e o t g e
(I A BELLE NOISEUSE)
Reinhart, Canal+, Pierre Grlsé, Region L a n g u e d e s , R o n s i l l o n S o f l c a 2, S o f l c . i
I ilmes sobre artistas s ã o arriscados, cortejando-se péssimos clichês - o gênio
român-
3) 2 4 0 m i n . E a s t m a n c o l o r
tico n o s ó t ã o , a a l m a t o r t u r a d a p r o j e t a d a n a tela - para m o s t r a r a q u i l o q u e eles e n f r e n -
Idioma: francês
tam e n q u a n t o m o l d a m sensações e intuições e m suas obras. Jacqucs Rivctte aceita o
Direção: Jacques
desafio
alegremente
e m A bela
extrapolando
Intrigante,
a partir d e u m r o m a n c e
de
lialzac. Esta é a história d e u m a " o b r a - p r i m a i n a c a b a d a " , realizada e c m s e g u i d a e s c o n -
Rlvette e seus roteirlstas - Pascal Bonltzer e Christine Laurent - m a n i p u l a m
vários
temas c o m destreza. Poru m lado, o filme oferece u m vislumbre d o privilegiado arte,
e m q u e criadores,
marchands
e confidentes
tecem
Irótica. N o núcleo d o filme, Rlvette estuda, c o m atenção
u m a rede
minuciosa
mundo
sutllmentc
aos detalhes e à
duração, o r e l a c i o n a m e n t o entre u m artista, Edouard Frenhofcr (Michel Plccoll), e s u a modelo essencialmente desnuda, M a r l a n n c ( E m m a n u e l l e Béart). Suas sessões por v á r i o s
humores:
frustração,
agressão,
exuberância.
A relação
Frenhofer
enfrenta
u m a crise e m s e u c a s a m e n t o
passam
mestre-escravo
alterada. A o s p o u c o s , p a s s a n d o por m u i t o s testes, u m a obra artística t o m a Quando
é
c o m Liz (Jane
l i v r o t e Chef-d'oeuvre
de
Inconnu,
Honoré de Balzac Fotografia: William
Lubtchansky
M ú s i c a n ã o o r i g i n a l : I g o r Stravinsky Elenco: Michel Piccoll, J a n e Bitkin, Emmanuelle Béart,
Marianne
Denlcourt, David Bursztein, Gilles Arbona, Marie Belluc,
Marie-Claude
Roger, Lella R e m l l i , D a p h n e
forma. Blrkin),
observa c o m cautela o s u r g i m e n t o d e u m a n o v a g e r a ç ã o e c o n f r o n t a o e s p e c t r o d es u a própria m o r t a l i d a d e , fica difícil n ã o r e c o n h e c e r n e s s e herói m e l a n c ó l i c o o a u t o - r e t r a t o do p r ó p r i o d i r e t o r .
Marignac
Roteiro: Pascal Bonitzer, Christine Laurent, Jacques Rivette, bascule
dida p o r u m artista f a m o s o d e meia-idade.
da
Rivette
Produção: Martine
AM
Goodfellow, Susan Bernard
Robertson,
Dufour
Festival de Cannes: Jacques
Rlvette
(grande prêmio d o júri), (prêmio do júri e c u m ê n i c o - m e n ç ã o espei
lai),
indicação (Palma de Ouro)
0 JUÍZO FINAL (1991)
E U A ( N e w L i n e ) 100 m i n . C o r
(THE RAPTURE)
Idioma:
Poucos filmes trataram o t e m a da religião c o m seriedade, c m e n o s ainda exploraram a I o t a n d a d e evangélica c m seus próprios t e r m o s teológicos. É isso o q u e M i c h a c l l . i / e m O J u í z o Final,
q u e pode ser visto c o m o m e s m o
• piritual, u m a fábula lubeultura religiosa ,'vliml R o g e r s
prazer c o m o
um
Tolkln
melodrama
sobre a f é e u m c o n t o d e f a d a s excêntrico c o m raízes e m u m a
real.
Interpreta
inglês
Direção: M i c h a e l Tolkin Produção: Karen Koch, Tenenbaum, Nick
Roteiro: M i c h a e l Tolkin Fotografia: Bojan Música: Thomas
Sharon, u m a mulher
liberal q u e g o s t a
d e sair para
Nancy
Wechsler
Bazelli Newman
fazer
E l e n c o : M l m i R o g e r s , D a r w y n < arion,
ulngue c o m u m a m i g o imoral. U m belo dia ela t o m a c o n h e c i m e n t o d e u m m o v i m e n t o
Patrick B a u c h a u , M a r v i n Elkins, ii.ivnl
uliojoso q u e enfatiza u m r e l a c i o n a m e n t o pessoal c o m Deus, cujo Dia d o Juízo Final 1 O m direito a u m " a r r e b a t a m e n t o " transcendental
q u e Irá c o n d u z i r a s a l m a s
eles d i z e m estar p r ó x i m o . S u a recém-adqulrida
fé a ajuda
a superar
pias a o
turbulentas
Intempéries, c o m o a m o r t e d e s e u m a r i d o . Q u a n d o ela acha q u eo f i m d o st e m p o s
está
Imo, leva a filha para u m a área isolada n o deserto, o n d e f i c a m e s p e r a n d o a m ã o r e dentora de Deus. Na virada mais audaciosa d o filme, o arrebatamento de fato acontece, 1 s o f r i m e n t o a f a z rejeitar a idéia d e u m a d i v i n d a d e justa e misericordiosa. Ao m e s m o
tempo
drama
p s i c o l ó g i c o , reflexão s o b r e fé e llvre-arbítrio e u m a revi-
gorante variação da década de 90 daquilo q u eHollywood costumava c h a m a r "filme d e mulher", esta parábola excêntrica oferece a m p l a
limita. D S
recompensa
ao espectador de mente
Duchovny, Stephanie Menuez, S a m Vlahos, R u s t a m B r a n a m a n , Scott Burkholder, Vince Grant, Carole Davis, Patrick Dollaghan, J a m e s LeGros, Dick A n t h o n y Williams, DeVaughn
Nlxon