JUL 2015 TAMUZ • AV 5775
REVISTA DA CIP
CAMINHOS DA ÉTICA integridade e honestidade
Grandes Festas 5776 • 2015
Comemore o início de mais um ano junto com a CIP Sinagoga Etz Chaim ou Centro de Eventos São Luís CONVITES grandesfestas@cip.org.br ou 11 2808-6256/58
ALIÓT À TORÁ Solicitações até 31/07 judaismo@cip.org.br
LIVRO DE MEMÓRIAS Homenageie seus entes queridos Formulários até 28/08 www.cip.org.br/grandesfestas
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PRESIDÊNCIA
Um nova gestão revisada pelos associados Com a eleição do novo Conselho e a reeleição da Diretoria, que permanece praticamente inalterada, agradeço a confiança dos associados que acreditam que as mudanças que estamos fazendo na CIP devem continuar. Realizamos novamente uma eleição online e mais de 95% dos eleitores votaram pela internet. Junto ao processo eleitoral, fizemos uma pesquisa com os eleitores quanto ao seu envolvimento e satisfação com a Congregação. Analisamos o resultado e incluímos a voz dos sócios em nossas ações esperadas para os próximos dois anos. Em 2012 nosso lema era Mais CIP para os sócios, mais sócios na CIP. Valorizamos a comunidade cipiana reforçando que o grande benefício é que a Congregação exista no futuro. Rejuvenescemos nossa sociedade, trouxemos os jovens para mais perto e temos hoje as tnuót ainda mais participativas de nossa estratégia. Ao final desta edição vocês encontrarão um relatório com as atividades realizadas nesta última gestão. Foram ações coordenadas entre as equipes profissionais e voluntárias que trabalharam para o engrandecimento da CIP. Começamos este novo mandato (2015-2017) com o lema Mais CIP na vida dos sócios. É um reforço de nossa estratégia de participação da Congregação no ciclo de vida de nossas famílias. Queremos estar junto nos momentos de felicidade e tristeza, de crescimento e de conhecimento. Uma das principais mudanças que todos já podem ver nesta edição é a nova bimá (pag. 10), doada por um associado e desenhada pelo designer Sergio Fahrer. Com ela, passamos a realizar a leitura da Torá virada para o público, e não mais de costas. Esperamos, assim, trazer mais solenidade e concentração a este momento importante de nossas cerimônias, uma vez que ler de frente para o público aumenta a atenção e respeito. Outro aspecto fundamental é a transparência da bimá, que facilita a aproximação dos rabinos e chazanim com os congregantes e dá mais leveza às cerimônias. O voluntariado da CIP é fundamental para o engrandecimento e crescimento de nossa entidade. Queremos reforçar a gestão de nossa equipe voluntária, podendo alocar melhor oportunidades internamente.Temos hoje mais de 250 voluntários ativos, e queremos multiplicar este número. Estamos trabalhando em um plano de consolidação do sistema cadastral da CIP. Como várias entidades congêneres, temos atualmente uma série de sistemas cadastrais internos que não interagem bem. Nosso plano é até o final do ano consolidar estas bases em um sistema único e integrado. É um projeto ambicioso e que pode ter alguns problemas no meio do caminho, mas a equipe responsável trabalhará de forma organizada. As ações voltadas para a terceira idade, realizadas pela Ação Social, também serão um dos focos principais desta nova gestão. Hoje vivemos mais e somos ativos por mais tempo, por isso é importante oferecer atividades interessantes e envolventes para toda a comunidade. Assim como a nova bimá é transparente e voltada para o público, reforçamos nosso compromisso de total transparência e foco em nossos associados. Temos desafios importantes à frente e contamos com o seu continuado apoio e participação. SÉRGIO KULIKOVSKY • PRESIDENTE 3
CONSELHO
CAROS ASSOCIADOS
Escrevo aqui pela primeira vez na qualidade de presidente do Conselho Deliberativo da CIP — desafio que acabo de aceitar com a recente eleição do novo Conselho da entidade — após seis anos participando da Diretoria Executiva voluntária de nossa congregação. Neste último triênio, o Conselho Deliberativo foi presidido por Daniel Borger, que conseguiu, durante sua gestão, juntamente com a diretoria executiva, aprovar muitas coisas importantes para nossa congregação, como por exemplo: um novo estatuto, que visa valorizar o conselho da CIP e também ganhar agilidade de decisão; oficializar o Endowment, que visa a perpetuação de nossa congregação e também uma nova ferramenta para se conseguir doações; a aprovação de uma rabina como coordenadora do ensino, onde intensificou o conteúdo judaico nos cursos e atividades para os alunos com envolvimento das suas famílias; e muitos outros assuntos que ajudaram a CIP a continuar seu crescimento, sempre focando na frase colocada pela antiga diretoria: “mais CIP para nossos sócios, mais sócios para a CIP”. Importante lembrar do crucial empenho dos voluntários na elaboração das regras do Endowment, bem como na redação do novo Estatuto. Não posso deixar de nomear Israel Vainboin, Claudio Sonder, Luis Stuhlberger, Ricardo Becker, Fernando Lottenberg e o Dr. Gabriel Jorge Ferreira, sem os quais a conclusão eficiente desse trabalho não teria tido êxito. Tais nomes são de pessoas muito ocupadas e que, em nenhum momento, se negaram a dar um pouco de seu tempo de forma voluntária para a nossa congregação.
Isso me faz lembrar um dos ensinamentos que recebi de meu avô, Paul Renberg z’l: “Se tiver de pedir algo a alguém, peça a alguém muito ocupado, pois esta pessoa sempre dará um jeito de lhe ajudar. O desocupado, entretanto, dirá que está muito ocupado”. A vida me mostrou que este ensinamento é verdadeiro, pois olho hoje para todos os voluntários da CIP e todos eles são pessoas ocupadas, com pouco tempo disponível, porém, querem sempre fazer algo a mais, principalmente para a perpetuação de nossa congregação e do judaísmo. É neste espírito que assumo o Conselho Deliberativo, objetivando aumentar o grupo de voluntários da Congregação e, principalmente, estreitar o relacionamento do Conselho junto à Diretoria Executiva de forma positiva e agregadora. Para tanto, conto com a experiência de seis anos na Diretoria e com o bom relacionamento que tenho com todos os diretores, bem como com Eduardo Jacobsberg, na posição de vice-presidente do Conselho e, ainda com Ariel Kovesi e Ilan Gotlieb respectivamente, primeiro e segundo secretários. Uma mesa renovada, cheia de ideias, atenta ao que acontece ao seu redor, o que demonstra uma nova tendência. O Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva têm como objetivo comum o trabalho por uma congregação mais forte, inclusiva e presente na vida de todos da nossa comunidade. Estamos certos que teremos muito trabalho pela frente, porém os desafios de trabalhar para a maior comunidade liberal da América Latina e os resultados até hoje já atingidos fazem com que a dedicação voluntária valha a pena.
Luiz Gross • Presidente do Conselho Deliberativo
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JUDAÍSMO E ÉTICA “O que é bom e o que Deus espera de você: somente que saibas agir com justiça, amar a bondade e caminhar discretamente com teu Deus”. (Miquéias, 6:8) A principal inovação do judaísmo não foi apenas o monoteísmo, a crença em um único Deus. A novidade proposta pela fé mosaica foi a noção de que nos aproximamos deste Deus único por meio da ética. O chamado monoteísmo ético judaico sintetiza bem uma noção que extrapola o campo da teologia, o pensamento filosófico religioso, e transita no campo da atitude, da ação. A construção de uma sinagoga tem diretrizes arquitetônicas muitos flexíveis, mas uma delas chama nossa atenção. A casa de rezas do povo judeu precisa ter janelas (Brachót 31a): o ritual não faz sentido se não estiver intimamente relacionado com a vida real que acontece, na maior parte das vezes, fora dos templos. As normas que regem o comportamento do ser humano em relação a seu próximo (Mitsvót Bein Adam Lachaverô), receberam uma atenção especial na tradição judaica. Desde a Torá, os primeiros livros cinco livros da Bíblia hebraica, passando pelos profetas (como na citação de Miquéias), somos chamados para uma atitude comprometida com a moral, com um destaque especial na literatura rabínica clássica, que desenvolveu termos como chessed (generosidade), tsedacá (justiça social), rachamim (misericórdia), derech eretz (gentileza), tsédec (justiça), kevôd habriót (respeito às criaturas). O Talmud (Brachót 19b, por exemplo) nos ensina que kvod habriót doche lo taassê shebatorá: é possível descumprir qualquer norma da Torá para resguardar a honra das criaturas de Deus. Independente de religião, etnia, gênero ou orientação sexual, somos sistematicamente convocados pela tradição judaica a cuidar do ser humano e participar da construção de sociedades responsáveis e justas. Ao longo dos anos, o judaísmo sobreviveu porque foi capaz de manter suas tradições ao mesmo tempo que participou das mudanças do mundo. Na medida em que a sociedade mudou, ele soube acompanhar estas mudanças sem abdicar de seus valores. Rabino Michel Schlesinger
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Escola Lafer Matrículas abertas para jovens que farão Bar e Bat-mitsvá em 2017 Preparação para Bar e Bat-mitsvá: • Hebraico, Tefilá, Tanach, Ciclo da Vida Judaica • Festas, História, vivências TOLERÂNCIA
práticas das tradições • Aulas abertas para pais e filhos com os rabinos da CIP
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os nossos dias, desenvolvidas
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dinâmicas e relevantes para
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Vivência comunitária, aulas
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com os pais
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• Saídas bnei e bnót-mitsvá
por uma equipe multidisciplinar.
Duração: • alunos de escolas judaicas: 1 ano • alunos de escolas não judaicas: 2 anos
Início das aulas: agosto de 2015
Informações e matrículas: • 2808.6219 6 6 escolalafer@cip.org.br
ENTO
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NOVAS TURMAS TAMBÉM NA HEBRAICA.
PRESIDENTE Sérgio Kulikovsky RABINATO Ruben Sternschein Michel Schlesinger VICE-PRESIDENTE INSTITUCIONAL Tatiana Heilbut Kulikovsky DIRETORA DE COMUNICAÇÃO E MARKETING Laura Feldman COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Aidê Firer André Wajnberg Andrea Kulikovsky Andréia Hotz Ariel Kleiner Damaris Dias Moura Kuo Guita Feldman Luiz Eduardo Gross Michel Schlesinger Nathalie Klass Paula Barouchel Caracini Ricardo Katz Ruben Sternschein Sergio Kulikovsky Tamara Franken Theo Hotz EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL Andréia Hotz (MTB 61.981) MARKETING Simone Rosenthal PROJETO GRÁFICO JAM Design FOTOS Arquivo CIP e Shutterstock Esta é uma publicação da Congregação Israelita Paulista. É proibida a reprodução total ou parcial de seu conteúdo. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não necessariamente representam a opinião da CIP.
A Congregação Israelita Paulista dá as boas-vindas aos novos associados. • Amélia Amaral Levy e David André Levy • Arthur Rozenblit de Vasconcelos • Aurelia Kimmelmann e Antonio Teixeira e Silva • Betty Kitner Calixto e Leonardo Calixto • Camila Junges Barreto e Victor Daniel Kogan • Camila Villa Real Neustein e Felipe Villa Real Neustein • Carla Bromberg e Renato Naigeborin • Catia Villa Real e Izio Neustein • Celina Luci Kochen Sznelwar e Ivo Sergio Sznelwar • Daniela Baldassarri Levin e Mauro Levin • David Mauro Widman e Susana Wagon Widman • Debora Groisman Gaj e Daniel Gaj • Fabiola Lederman e Alon Lederman • Fernanda Di Giulio Funtowicz e Fabrício Silva Abbade • Gabriela Krok Bobrow e David Bobrow • Gisele Thalenberg • Juliana Bondarczuk Mandelbaum e Jairo Mandelbaum • Juliana Guarita Quintas Rosenthal e Fernando Rosenthal • Karen Lerner e Michael Pablo Bursztein • Larissa Kraiser Goldstein e Mauricio Goldstein • Luciana Jales Benabou e Shlomo Benabou • Luciana Kirscbaum Jungman e Daniel Jungman • Mirla Zalcberg Ângulo e Sidney Saad Ângulo • Mônica Fix Korbivcher Brull e Michel Fábio Brull • Rachel Katarivas Vivolo e Afonso Celso Vivolo • Raiza Ainhorn Heilberg e Carlos Eduardo Rawet Heilberg • Renata Casoy e Steven Feuesstein Mariasch • Renata Marmelsztejn e Ricardo Castro Vives • Ricardo Kluger • Roberta Allemand Lopes Westin e Flavio Rubinstein • Stephanie Fonseca Levy • Vilma Cherutti e Ricardo Baumstein • Vivian Krybus e André Vasconcelos Ferrada BRUCHIM HABAIM
avatnua
FALE COM A CIP PABX: 2808.6299 cip@cip.org.br www.cip.org.br Administrativo/Financeiro: 2808.6244 Comunicação: 2808.6228 Diretoria: 2808.6257 Escola Lafer: 2808.6219 Juventude: 2808.6214 Lar das Crianças: 2808.6225 Marketing: 2808.6247 Rabinato: 2808.6230 Relacionamento com o associado: 2808.6258 Serviço Social: 2808.6211
28 curtidas avatnua A Hanagot (Liderança) da Avanhandava está participando do Seminário de Hanagot. Membros de tnuot de todo país estão reunidos o final de semana inteiro na Hebraica de São Paulo para discutir assuntos relacionados à educação tnuati. Curtir
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RELACIONAMENTO COM O ASSOCIADO Mudanças na CIP POR Tamara Franken
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SEGURANÇA A importância da segurança POR Ricardo Katz
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GASTRONOMIA Feijoada Casher POR Andrea Kulikovsky
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LAR DAS CRIANÇAS Passaporte para a vida • reescrevendo futuros POR Aidê Firer
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AÇÃO SOCIAL Uma reflexão sobre a ética profissional POR Paula Barouchel Caracini
28 RABINATO Breve história da ética judaica: da ação social à “autopsicoterapia”, e de volta POR rabino Ruben Sternschein
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RABINATO Tishá beAv e a reconstrução da ética POR rabino Michel Schlesinger
e mais... 14 16 22 23 34 PROGRAME-SE ACONTECE PARALELOS
Agenda diálogos
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Bar-mitsvá na CIP POR Andrea Kulikovsky
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valores e tradições JUVENTUDE GIRO CULTO JUDAÍSMO
VOCÊ, ASSOCIADO
Mudanças na CIP POR Tamara Franken, coordenadora de Relacionamento com o associado Em maio a CIP passou por eleições para definir novos conselhos deliberativo e fiscal. 363 associados votaram e a participação de cada um foi muito importante, pois é através dela que são escolhidos os voluntários que decidirão os caminhos da entidade nos próximos anos. A nova diretoria e o conselho estão bastante alinhados e trabalharão em conjunto pela Congregação. O Conselho Deliberativo, entre outras funções, estabelece a orientação geral das atividades da entidade e suas estratégias, assim como supervisiona e fiscaliza os atos da diretoria executiva. Ele é composto por 24 conselheiros eleitos mais o presidente da gestão anterior do Conselho, os dois últimos presidentes da Diretoria Executiva e três membros da Juventude (maiores de 18 anos e um de cada tnuá). Para que haja renovação, a partir deste ano a metade mais votada do Conselho
Nova bimá da sinagoga Etz Chaim, criada pelo designer Sergio Fahrer.
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se manterá nos próximos quatro anos e a outra metade será renovada a cada dois anos. Já a Diretoria Executiva é composta por um presidente, um vice-presidente senior, um vice-presidente de ação social e por um mínimo de sete e máximo de 16 diretores, eleitos pelo Conselho Deliberativo. Ela é responsável pela implementação das diretrizes determinadas no Conselho Deliberativo e, para isso, pode criar comissões compostas por associados com a finalidade de auxiliá-la. A sinergia entre todos é muito importante. Os associados podem se sentir à vontade para contatar a Diretoria e o Conselho Deliberativo para sugestões ou para se tornarem voluntários de uma das áreas de atuação da CIP. Para saber mais ou participar das decisões, basta entrar em contato com o Relacionamento com o Associado (socio@cip.org.br ou 2808.6258).
Conselho eleito pelos associados para gestão 2015-2017 / número de votos Diretoria (2015-2017) NOME Sérgio Kulikovsky Dora Lucia Brenner Marcos Alberto Lederman Flavio Levi Moreira Tatiana Heilbut Kulikovsky Andrea Steuer Zago Kulikovsky Carlos Max Manasse Baruch Laura Feldman Lorena Quiroga Luciana Mautner Lucio Di Domenico Reinaldo Goldbach Renato Sacerdote (Ganso) Mário Bohm
CARGO Presidente Vice-presidente Sênior Vice-presidente Ação Social Vice-presidente Administrativo Financeiro Vice-presidente Institucional Diretora de Ensino Diretor Administrativo Diretora de MKT e Comunicação Institucional Diretora de Eventos Diretora do Lar das Crianças Diretor Musical Diretor de Patrimônio Diretor de Juventude Diretor de Culto
VOTOS 257 238 169 169 241 192 85 111 129 117 53 -201 142
Conselho Deliberativo (2015-2019) NOME Luiz Eduardo Gross (presidente) Eduardo Jacobsberg (vice-presidente) Ariel Setera Kovesi (1º secretário) Ilan Gotlieb (2º secretário) André Roemer Braulio Pasmanik Charles Rothschild Claudio Silberberg Daniel Borger Daniel Minerbo Eduardo Muskat Eduardo Zylberstajn Fabio Borger Fabio Zsigmond Flavio Silberberg
JUVENTUDE NOME Alex Rutman (Avanhandava) Guilherme Pasmanik Eisencraft (Colônia) Jonathan Kestelman (Chazit Hanoar)
VOTOS 203 132 95 62 97 120 137 145 127 114 123 164 93 91 140
NOME
VOTOS
Gershon Szklo Ivan Kraiser Joseph Alain Minerbo Juliana Heller Vadja Kraiser Juliana Portenoy Schlesinger Lena Strumpf Michel Freller Miriam Vasserman Paulo Eugenio Schonenberg Paulo Wulf Kulikovsky Ricardo Kluger Sérgio Kulikovsky Silvio Heilbut
159 89 95 112 166 125 157 165 88 147 97 257 153
SUPLENTES NOME Evelyn Hirschfeld Goldbach Franco Loeb Chazan Ilan Davidson Gotlieb Katia Gotlieb Marcos Jacob Zagury Marta Heilbron Nelson Grunebaum Pedro Kovesi
VOTOS 46 82 62 63 68 31 63 77
Conselho Fiscal (2015-2019) NOME Bruno Beer Gabriel Harari Eduardo Baumel
VOTOS 270 268 226
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SEGURANÇA
A importância da segurança POR Ricardo Katz Chefe de Segurança da CIP
Todos os dias assistimos notícias sobre coisas horríveis acontecendo ao redor do mundo. Em nossos pensamentos não há justificativa para tantas atrocidades, mas infelizmente o mal existe e por isso precisamos sempre estar muito atentos. Quem poderia imaginar que na década de 1990 na Argentina a Embaixada de Israel e a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) e as Torres Gêmeas nos EUA seriam alvos de atentados terroristas de extremistas radicais? A oportunidade de ser responsável pela segurança patrimonial e pessoal da maior comunidade liberal da América latina é uma honra para mim e minha família. Mesmo ciente dos riscos, procuro fazer um bom trabalho para que todos que estejam dentro da sinagoga e possam rezar com segurança, podendo, desta forma, exercer o judaísmo, que enriquece a alma. Talvez um dos pontos mais importantes que tentamos transmitir quando estamos atuando à frente da sinagoga ou em algum evento é que a segurança, para ser efetiva, precisa ser bem praticada, e isso muitas vezes implica em desconfortos e aborrecimentos, como a requisição de documentos e os questionamentos que, muitas vezes, não são esperados pelos frequentadores e visitantes. Ocorre que, para nós, da Segurança, muitas vezes fica difícil reconhecer todos os associados ou mesmo flexibilizar determinadas medidas sem prejudicar a segurança de todos. Por esta razão pedimos sempre a compreensão de todos para que possamos trabalhar da melhor maneira possível. O trabalho de segurança da CIP está ligado diretamente à Fisesp, que empenha-se diariamente em prol de toda comunidade. Todos os eventos e atividades promovidos pela Congregação, assim como as viagens e passeios, têm o envolvimento da área de Segurança, cuja missão é proporcionar tranquilidade para todos, prestando um atendimento com excelência e agilidade, e respeitando todas as pessoas e suas diferenças.
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GASTRONOMIA
FEIJOADA CASHER POR Andrea Kulikovsky chef e consultora gastronômica
Não há nada mais gostoso do que uma deliciosa feijoada com amigos e família. Além de tipicamente brasileiro, o prato é bem fácil e pode ser feito com antecedência. Para estas férias de inverno, aproveite e faça uma deliciosa feijoada casher, que não deixa nada a desejar em relação às outras (é até um pouco mais leve!). Divirta-se e curta com alegria e em companhia daqueles que você gosta, como diz o midrash: “Quem come pão e sal com os amigos, deve ser grato a eles.” (Tana Devei Eliahu)
INGREDIENTES: 1 quilo de feijão preto 250g de carne seca 250g de costela de boi defumada 200g de paio casher 50g de linguiça de frango Tempero: 2 cebolas grandes picadinhas 1 maço de cebolinha verde picadinha 3 folhas de louro 6 dentes de alho pimenta do reino a gosto 1 laranja 40 ml de cachaça sal (se precisar)
MODO DE FAZER: Coloque as carnes de molho por 24 horas ou mais, trocando a água pelo menos uma vez (se o ambiente estiver quente, coloque gelo por cima ou em camadas frias). Cozinhe o feijão na primeira água das carnes (isso adiciona sal e sabor à receita), deixando bem aguado. Coloque para cozinhar primeiro as carnes duras e, em seguida, as carnes moles. Quando estiver mole, coloque o feijão, já cozido. Refogue as linguiças em uma panela e reserve a gordura que elas soltarem. Em seguida adicione as linguiças ao feijão. Refogue os temperos na gordura das linguiças e adicione ao feijão. Deixe cozinhar por 40 minutos, para apurar o caldo. Adicione o suco de meia laranja e a pinga, deixe cozinhar por mais 10 minutos e sirva. Sugestão de acompanhamentos: couve, arroz branco, laranja, farofa e caldinho temperado.
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PROGRAME-SE
FÉRIAS ESCOLARES Diversão com educação judaica na CIP para crianças e jovens de 7 a 15 anos Avanhandava 7 a 15 anos de 3 a 8/jul Acampamento Buscapé
Chazit Hanoar 7 a 14 anos de 2 a 8/jul Acampamento VIPS
Colônia da CIP 7 a 15 anos de 3 a 28/jul Campo de Estudos Fritz Pinkuss, em Campos do Jordão
Uma experiência judaica única e para toda a vida! Informações e inscrições: 11 2808.6214 | juventude@cip.org.br
sua conexão
com o mercado
de trabalho
A COT oferece as ferramentas necessárias para a sua recolocação profissional ou para uma nova oportunidade no mercado de trabalho. Cadastre seu currículo: www.cip.org.br/cot Seja você o agente de mudança da sua carreira. Informações: 2808.6212 | empregos@cip.org.br
Atividades e eventos em destaque
Shabat no Lar das Crianças A comunidade judaica é a convidada da CIP para os serviços religiosos de Shabat realizados quinzenalmente na sede do Lar das Crianças da CIP, em Santo Amaro. Programe-se para o segundo semestre: 17/jul • 7 e 21/ago • 4/set e 18/set 2 e 16/out • 6 e 27/nov • 11/dez Sextas-feiras às 18h45 na sede do Lar. Participe com sua família e amigos. Informações: 2808.6258 | socio@cip.org.br. 14
Atividades O ENT
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INFORMÁTICA PARA SÊNIOR segundas e quartas-feiras às 9h30 e 11h
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COSTURA DA BOA VONTADE terças-feiras às 13h
NOVAS TURMAS TAMBÉM NA HEBRAICA.
CLUBE DAS VOVÓS LOTTE PINKUSS terças-feiras às 14h (encontros quinzenais) CORAL SAMEACH quintas-feiras às 14h30
CULTO
Matrículas abertas As matrículas da Escola Lafer já estão abertas para o curso de preparação de meninas e meninos cujas cerimônias de Bar e Bat-mitsvá acontecerão em 2016 e 2017, e para o Ktanim, que trabalha festas, tradições, conteúdo e vivência judaica para crianças de quatro a dez anos de idade. Conteúdos, materiais didáticos e recursos modernos trabalhados por uma equipe multidisciplinar e com o acompanhamento dos rabinos da CIP. Informações: 2808.6219 | escolalafer@cip.org.br
GRUPO DE ESTUDOS DA PARASHÁ segundas-feiras às 19h30 PENSAMENTO JUDAICO quintas-feiras às 19h REFLEXÕES DE SHABAT sábados às 12h30 (após o kidush)
MÚSICA
CORAL KAVANÁ terças-feiras às 20h30 CORAL ABANIBI quartas-feiras às 20h30
Informações: secretaria@cip.org.br ou 2808.6299
JUVENTUDE MANHIGUT
sextas-feiras às 16h CHAZIT HANOAR sábados às 14h AVANHANDAVA sábados às 14h
DANÇAS
LehacÁ Eretz segundas-feiras, às 20h Harcadá terças-feiras, às 20h LehacÁ Nefesh quintas-feiras, às 19h
ENSINO
ESCOLA LAFER segundas, terças e quartas-feiras às 16h30 sextas-feiras às 8h30 KTANIM segundas-feiras às 17h30 e sextas-feiras às 10h (Ktanim Babait todos os dias) SHABAT IELADIM sextas-feiras às 18h45 SHAAT SIPUR sábados às 14h30
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ACONTECE 1
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1. Mais uma edição do Blood Day da Avanhandava no Hospital Israelita Albert Einstein.
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2, e 3. Bnót-mitsvá 2015 da Escola Lafer e suas famílias participam de final de semana de diversão e judaísmo no Campo de Estudos Fritz Pinkuss, em Campos do Jordão. 4. Profissionais das áreas de Juventude e Ação Social da Congregação conduziram uma capacitação sobre voluntariado para os jovens do Shnat Sherut.
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5 a 8. Pré Seder de Pêssach da Escola Lafer reuniu alunos e suas famílias, rabinos e chazanim da CIP, e equipe pedagógica do Ensino em noite animada no Salão Nobre da Congregação. 17
ACONTECE 9
Fotos: Tahia Macluf
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9 e 10. O filósofo Luiz Felipe Pondé participou do primeiro encontro da série Filosofando, do projeto Diálogos.
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11. Machané Mishpachti realizada no Campo de Estudos Fritz Pinkuss, em Campos do Jordão, com a presença de 60 pessoas. 12. O Cinedebate, do projeto Diálogos, apresentou o documentário The Gatekeepers, que foi seguido de bate-papo com o diretor de segurança da Fisesp, Marcelo Forma.
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13 a 16. A CIP participou do Connections 2015, encontro mundial de comunidades judaicas progressistas, como uma das maiores delegações. Os profissionais e voluntários da Congregação conduziram e participaram de inúmeras atividades sobre educação judaica, música, juventude, ação social e judaísmo liberal. 19
ACONTECE 17
Fotos: Marcello Poli
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17 e 18. A pré-estreia de Chaplin, o Musical em benefício do Lar das Crianças da CIP, lotou o teatro NET São Paulo, no Shopping Vila Olímpia.
Fotos: Claudia Mifano
19 e 20. A segunda maratona de dança israelense da Congregação, em comemoração à Independência do Estado de Israel, contou com a participação de cerca de 450 pessoas. 20
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Fotos: Tahia Macluf
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21 e 22. O rabino Ruben Sternschein conversou com o economista e ex-diretor do Banco Central, Ilan Goldfajn, pela série Filosofando, do projeto Diálogos. 23 e 24. Inaugurando o Profissão Debate, novo espaço da CIP para jovens profissionais aprimorarem seus conhecimentos e competências, o rabino Michel Schlesinger conversou com o jornalista, ator e apresentador de tv, Serginho Groisman. 21
PARALELOS
Liberdade religiosa no estado democrático POR Damaris Dias Moura Kuo advogada e presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP O Brasil vive sob a égide do Estado Democrático de Direito, onde a Carta Magna do País, foi aclamada como uma das mais democráticas e cidadãs do mundo. Este balizamento, tradutor de aspirações de tutela às liberdades individuais e coletivas, deve ser objeto de permanente vigilância, em razão de interpretações algumas vezes distorcidas quando à sua mais fiel aplicação. A Constituição Brasileira traz consigo um forte elenco de Direitos e Garantias fundamentais da pessoa humana, notadamente em seu artigo 5º. Referido artigo fortalece sobremaneira a cidadania, a igualdade, a dignidade da pessoa humana, esta última, como coluna de sustentação do próprio Estado Brasileiro e finalidade última das garantias legais. Nesse sentido, o referido artigo, em seus incisos VI e VIII, asseguram expressamente a inviolabilidade do direito à liberdade de consciência e de crença, fixando que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa (...)”, garantida a proteção aos locais de culto e suas liturgias. Contudo, o distorcido aproveitamento de tais dispositivos, infelizmente, é recorrente, e têm nascedouro nas mais variadas relações e em atos administrativos e institucionais. Temos o sagrado direito, fundamentado na faculdade do livre arbítrio e garantido pela Constituição Federal, de professar livremente uma crença sem ser privado de direitos por essa razão, mas não raras são no Brasil, as restrições impostas a cidadãos para o exercício de outros direitos, como os de acesso à educação e ao trabalho, direitos sociais, por motivos de crença, consciência e religião. Nenhuma instituição, em nome de quaisquer prerrogativas, poderá promover intolerância e discriminação por motivação de intolerância religiosa. Desse modo, temos o desafio de uma missão construtiva em uma sociedade democrática, servindo as nossas iniciativas em defesa das liberdades, de instrumentos propulsores de transformação social e despertamento para os princípios e valores do Respeito, da Justiça, da Cidadania, da Igualdade e Dignidade da pessoa humana. Podemos como sociedade ser as ferramentas de um trabalho criativo e sensível ao apelo das necessidades sociais e luta pela garantia da efetividade dos valores constitucionais, por meio da educação de pessoas, no lar, na escola, nos espaços religiosos, nos espaços institucionais e governamentais. Defender liberdade religiosa é combate e paixão pelas grandes causas, e o compromisso do Estado Democrático e o de seus cidadãos, não se esgotarão apenas na busca de soluções imediatas para as realidades de intolerância ainda existentes, mas no plantio de sementes de uma nova geração e floração de esperança em realidades mais humanas, mais justas e mais fraternas. E nesse embalo de reflexões, talvez caiba uma ultima: o nosso compromisso como cidadãos, deve ser sim com o cumprimento da lei e com as liberdades, mas acima de tudo, compromisso com o próximo, que segundo Fernão de Magalhães, “é esse que espera o amparo do teu braço, o bálsamos da tua palavra, o consolo da tua devoção”.
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Consolidar a CIP como polo de cultura e saber na cidade de São Paulo é o objetivo do projeto Diálogos. Programe-se para as próximas atividades e eventos. Veja detalhes no site da Congregação.
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AGENDA DIÁLOGOS
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LAR DAS CRIANÇAS
Passaporte para a vida reescrevendo futuros POR Aidê Firer coordenadora geral do Lar das Crianças
O Lar das Crianças da CIP, que costumava atender crianças e jovens até 14 anos de idade, sentiu, em 2002, a necessidade de completar o ciclo educacional acompanhando-os até o final de sua escolaridade e ingresso na vida profissional. Surgiu neste momento o programa Passaporte para a Vida, ou PPV. Pautado em quatro eixos fundamentais, o jovem, a escola, a família e o preparo para o mercado de trabalho, o programa os articula de forma a um potencializar o outro, possibilitando aos jovens um futuro digno e com participação na construção de uma sociedade mais digna e justa. Como parte essencial do PPV, a tutora Selma Souza reúne-se individual e mensalmente com os 59 participantes e os ajuda a construir um projeto de vida a partir de seus sonhos e expectativas, e a buscar estratégias necessárias à sua efetivação. Trata-se de trabalho de autoconhecimento que exige autonomia, protagonismo e muita força de vontade, construções internas difíceis para a faixa etária. O acompanhamento e a proximidade com a tutora possibilita que a rota não seja desviada e que os jovens não desanimem diante dos obstáculos e da sedução da sociedade. Enfrentar medos e dificuldades, escolher estudar ao invés de passear, frequentar as redes sociais ou sair com os amigos nem sempre é uma escolha simples. O programa já provou seu sucesso. Nestes 13 anos o PPV já ajudou mais de uma centena de jovens, e acolhe atualmente 59. Estudos mostram que jovens atendidos por esse tipo de programa ampliam sua escolaridade - cursam universidade e fazem pós-graduação - e conseguem empregos com o dobro do salário de outros que não participam, o que lhes garante melhores condições de vida.
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Valorização da vida, respeito, ética e humanização são as bases das ações do PPV e os grandes nortes que ajudam a dar aos jovens sentido à vida, à construção como pessoa responsável, comprometida, emocional e socialmente integrada. Recentemente o Lar das Crianças prestou uma homenagem aos cuidadores de suas crianças e jovens. Na ocasião, dois jovens do Passaporte para a Vida e uma das mães contaram para os demais jovens atendidos pela instituição e suas famílias que é possível “pegar as rédeas da vida nas mãos”, superar as dificuldades e sair vencedor. O desejo do Lar é que, assim como eles, todos tenham histórias de vitórias para contar. “O Lar me acompanha desde os quatro anos de idade e posso dizer que tive uma infância cuidada e feliz. Na adolescência passei a fazer parte do PPV e, claro, foi uma fase de muitas mudanças. Tive meus altos e baixos, mas o Lar me apoiou em todos os momentos, o que foi de suma importância para meu amadurecimento. Realizei diversos cursos de capacitação e agora estou me formando em Arquitetura no Senac. Com o PPV aprendi a elaborar planos para a minha vida e a lutar para concretizá-los.” Carolina Nogueira, ex-participante do PPV “O Lar ajudou na formação da minha filha e me deu suporte para lidar com todas as questões referentes ao seu desenvolvimento pessoal. Me fez perceber que eu também poderia ir mais longe. Participei de reuniões, cursos, espetáculos e passeios e tudo isso me fez ver que o mundo era maior. Hoje curso uma faculdade e estou muito feliz.” Virgilia da Guia dos Santos Markowski, mãe de jovem atendida pelo Lar Jovens que concluíram cursos de formação em 2014 Cursos técnicos ou de capacitação continuada Cícero Vitor Moreira • Cabeleireiro Maria Emilly Medeiros Sobrinho Moreira • Auxiliar de Escritório Letícia Ferreira dos Santos • Auxiliar de Escritório Maricelia Alves Gonçalves • Gastronomia Ensino Superior Kesia Rodrigues da Silva • Ciências Contábeis Abner Rodrigues da Silva • Redes de Computadores Limor Rochancki • Hotelaria
Jovens aprovados em processos seletivos para cursos com início em 2015 Cursos técnicos ou de capacitação continuada Ramon Nogueira e Lucas Martins • Jogos Digitais (SENAC) Guilherme Freitas • Segurança do Trabalho (SENAC) Ensino Superior Klerrin Rochancki • Medicina Veterinária (UNISA) Pedro Henrique • Química (Uninove) Maike Felix • Mecatrônica Industrial (Uninove) Everton Cordeiro • Composição e Regência (UNESP) Pós-Graduação Marcos de Medeiros • Gestão e Governança em TI (SENAC) Abner Silva • MBA em Gestão de Projetos com Prática do PMI (FIAP)
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AÇÃO SOCIAL
Uma reflexão sobre a
ética profissional
POR Paula Barouchel Caracini coordenadora de projetos de empregabilidade
Ética é uma palavra conhecida, comum nos nossos diálogos, mas que muitas vezes esquecemos o significado exato. É possível que não saibamos ao certo a diferença entre ética e moral, além de outros questionamentos que permeiam o nosso olhar sobre o tema: “ser uma pessoa ética é ser uma pessoa boa?”, “será que sou ético em todos os campos da minha vida?”, “o que é ética profissional?”, “será que é apenas seguir o código de ética do conselho profissional?”. Em termos gerais, podemos entender a ética como “modo de ser”, “caráter”, sendo uma tentativa de explicar as regras morais. Já a moral pode ser compreendida como as regras que são aplicadas à vida cotidiana e que norteiam as nossas ações. No sentido prático, podemos pensar que ambas são responsáveis para contribuir na conduta do homem, ensinando a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
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Se transpusermos esse conceito para o trabalho que executado na Ação Social da CIP, especialmente o vinculado à Central de Orientação ao Trabalho (COT), torna-se necessário nos debruçarmos sobre a ética profissional e como podemos contribuir para um ambiente de trabalho mais produtivo e responsável. Podemos entender como ética profissional um conjunto de atitudes e valores aplicados ao ambiente de trabalho, sendo essa ética fundamental para o bom desenvolvimento das atividades e das relações de trabalho e, consequentemente, para o produto final das empresas. A Central de Orientação ao Trabalho, entre seus objetivos, visa especialmente apoiar as pessoas na temática do trabalho, fortalecendo o “eu profissional” e sustentando aqueles que nos procuram para um desenvolvimento que seja pautado na ética. Este pode estar vinculado a um conselho de classe, que tem o seu próprio código de ética, ou àqueles aplicáveis em qualquer atividade profissional, como honestidade, responsabilidade, competência, seriedade, respeito à hierarquia, às regras de cada empresa e cooperação. É sabido que a dinâmica do mercado de trabalho exige, além de atualizações, cursos e inúmeras competências técnicas, uma postura ética no ambiente de trabalho, pois é através dessa postura que alcançamos a credibilidade e confiança de nossos pares. Muitas são as atitudes éticas que devemos ter no dia a dia profissional. Os três exemplos a seguir são bem simples e podem ser aplicados independentemente de onde se trabalha: 1. divulgar conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa; 2. buscar crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho; 3. agir e se comportar de modo a criar um clima agradável e positivo dentro da empresa. Como resultado, o profissional tem a recompensa de ser reconhecido não só pelo seu trabalho, mas também por sua postura ética, de valores e de conduta. No departamento de Ação Social temos como missão diária nos colocar no lugar do outro de forma empática. E no que se refere à COT, ainda precisamos levar em consideração o momento frágil da vida profissional de quem é atendido. Na Central de Orientação ao Trabalho nos esforçamos para oferecer um ambiente acolhedor e propício para que os valores éticos de nossos atendidos floresçam em sua trajetória de vida e possibilite sucesso em sua carreira.
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RABINATO
Breve história da ética judaica: da ação social à “autopsicoterapia”, e de volta POR Ruben Sternschein, rabino da Congregação
Contardo Calligaris, no último debate auspiciado pela CIP, criticou o nome da proposta do projeto, Dilemas Éticos, por achá-lo redundante. Para ele, a ética implica dilemas, e os dilemas, em última instância, são sempre éticos. O que coloca uma pessoa em situação de dilema é a ética, e ela é entendida, segundo ele, sempre como aquele debate extremamente interior e único do indivíduo — o que levou o próprio Calligaris a deixar a filosofia em prol da psicanálise. Do outro lado, no mesmo debate, o filósofo e educador Mario Sergio Cortella insistia na necessidade de achar, sim, uma regra geral além das individualidades para entender a ética. Ela, segundo o educador, seria dada justamente pela filosofia e pela religião. Uma olhada à trajetória da ética pelo judaísmo mostra o que nós, rabinos, gostamos de dizer: que ambos têm razão. Existiria sim uma regra ética geral, e ela se apoiaria justamente no fato de ser uma ação que flui da individualidade psíquica.
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Origem do conceito: a Tora é ética A palavra hebraica original equivalente a ética é mussar, e ela aparece pela primeira vez na Bíblia no livro de Provérbios (capítulo 1, versículo 8) equiparada, nada mais, nada menos, à própria Torá. Ou seja: o hebraico mais antigo, ao pronunciar pela primeira vez o conceito de ética, o identificou com todo o judaísmo. Considerações éticas na Bíblia: imitar Deus é ser ético A retidão como um dos valores mais identificáveis com a ética aparece na narrativa dos patriarcas em diversos lugares. Quando Adão se esconde de sua própria ação no paraíso e culpa à mulher e, esta, à serpente; e quando Caim tenta esconder sua responsabilidade pela morte de seu irmão. Em tais episódios, são denunciados, antes de tudo, a falta de retidão e transparência. Quando, para evitar riscos diante de possíveis pretendentes, Abraão e Isaac dizem que suas respectivas esposas, Sara e Rivca, são suas irmãs, os reis que quase as tomam por mulheres solteiras reclamam deles pela mesma razão. Isaac se queixa pela mentira de Iaacov, que se fez passar por Esaú aproveitando sua cegueira; Iaacov adverte sua mãe que será punido com uma maldição caso seja pego em tal falsidade; Iaacov reclama do sogro Lavan, quando recebe Léa na noite de bodas ao invés de Raquel, e por quem teria trabalhado durante sete anos. Na Bíblia existe uma proibição chamada honaa (engano) para as transações comerciais, que diz respeito a ter pedras de pesos falsos ou qualquer tipo de abuso de informação por parte de um vendedor ou do comprador. Mais tarde, no direito talmúdico, essas táticas são chamadas de gneivat daat ou roubo de conhecimento, de consciência. Todavia, a maior e mais antiga concentração, em quantidade e profundidade, de mandamentos éticos encontra-se no começo da parashá Kedoshim (Levítico, capítulo 19). Não enganar o surdo, não colocar obstáculo diante do cego, não abusar de situações de monopólio, pagar em tempo o salário do empregado, não divulgar mexericos, não permanecer passivo diante do sofrimento do próximo, não odiar no fundo do coração (de forma não aparente ou mesmo inconscientemente) e sim repreender o próximo para não se responsabilizar pelo pecado alheio, não guardar rancor nem se vingar, e amar o próximo como a nós mesmos são os exemplos principais. Todos selados com a frase emblemática Ani Adonai (Eu sou Deus), que fora explicada por Rashi no século XI como “eu sou aquela consciência interior que não permite o autoengano profundo”. A parashá começa dizendo “santos sereis pois santo sou eu, vosso Deus”. Ou seja: a forma mais sublime de religiosidade não se encontra no ritual, e sim em imitar Deus através de uma conduta ética. Idade Média: a ética se torna espiritualidade Múltiplos textos surgem ao longo da Idade Média chamados, mais tarde, de Literatura do Mussar ou Ética, e cujo conteúdo principal inclui a busca por uma maior espiritualidade, bem como o vínculo entre as diversas partes do corpo e as características de personalidades. Um exemplo do último é o rabino Ibn Gavirol, que relacionou os órgãos e sua manutenção a estados de ânimo. O maior exemplo do primeiro é o livro do rabino Bacheye ibn Pakuda, Os deveres do coração,
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que estabelece que, além das mitsvót conhecidas, identificadas, segundo ele, como “deveres do corpo” (incluída a reza por requerer o uso da língua, da voz, da respiração e da mente, todos órgãos físicos), existem os deveres do coração, que se vinculam à alma, a psique, o espírito. Este livro se tornaria rapidamente o maior pilar da espiritualidade ética, ou da ética espiritual judaica, de todos os tempos. Também Saadia Gaon e Maimônides terminam seus grandes livros de filosofia (Crenças e opiniões e O guia dos perplexos, respectivamente), com apelos à ética como estado último e mais elevado de toda religiosidade ou espiritualidade. Modernidade: a ética espiritualizada se torna “autopsicanálise” Nos começos da Era Moderna, o rabino Moshe Chaim Luzzato escreveu, continuando essa linha, o livro A senda dos justos, que se tornou também um pilar da literatura ético-espiritual. Embora o judaísmo liberal tenham buscado equiparar o judaísmo todo com uma ética — especialmente na obra do rabino e intelectual Morris Lazarus, A ética do judaísmo — , é no mundo ultraortodoxo que surge, em resposta ao chassidismo, o movimento mussar, cujas ieshivót começam a se concentrar no trabalho com a personalidade. Nelas, os livros mencionados se tornam eixos centrais não apenas do estudo, mas também, e sobretudo, da prática. Os alunos, além de estudar e analisar em profundidade cada parágrafo desses livros, precisam repetir frases deles como mantras, como parte de “autoterapias”, afim de incorporar (fazer corpo), mediante o som das palavras e a visualização das letras, as curas para suas personalidades. Neste momento, psicanálise, espiritualidade e ética se mesclam. A premissa é: a pessoa precisa trabalhar suas fraquezas emocionais, descobrir seus defeitos de personalidade e tratá-los por meio da consciência e também da espiritualidade religiosa, que inclui mantras de frases da literatura ética e que têm como objetivo “limpar” a pessoa e deixá-la pronta para realizar ações sociais puras com quem se encontra à sua volta.
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O LAR DAS CRIANÇAS DA CIP agradece o apoio dos patrocinadores para a pré-estreia beneficente 17 MAI • THEATRO NET SP
Doador Anônimo OGISA PARTICIPAÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA
Doador Anônimo
Apoio:
Realização:
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RABINATO
Tishá beAv
e a reconstrução da ética Modelo do Segundo Templo de Jerusalém em exposição no Museu de Israel.
POR Michel Schlesinger rabino da Congregação Você sabe por que o Templo de Jerusalém foi destruído? Segundo o Talmud foi por causa da ausência de ética nas relações humanas, denunciada pela história de Kamtza e Bar-Kamtza. Um amigo de Kamtza, mas inimigo de Bar-Kamtza, organizou uma festa e disse a seu servo: “Vá e convite Kamtza para a minha festa”. Mas o servo chamou Bar-Kamtza no lugar. Ao encontrá-lo entre os convidados, o dono da festa disse: “Se você é meu inimigo, o que está fazendo aqui? Levante-se e vá embora.” Bar-Kamtza respondeu: “Uma vez que já estou aqui, deixe-me ficar, e eu vou lhe pagar pelo que estou comendo e bebendo.” O anfitrião respondeu: “Não”. — Eu pagarei o custo da metade de toda a festa. — Não. — Eu pagarei pela festa inteira. — Não! — e agarrou Bar-Kamtza, levantou-o e o expulsou da festa. Bar-Kamtza chegou à conclusão que se os rabinos que estavam lá, viram tudo e não protestaram, obviamente não tinham objeção alguma à sua humilhação. “Irei agora e o difamarei para o rei”, decidiu.
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Então ele foi até o César e declarou: “Os judeus se rebelaram contra você”. — Quem disse isso? — Mande um sacrifício para eles, e veja se eles vão ofertá-lo — sugeriu Bar-Kamtza. O imperador enviou um carneiro saudável por meio de Bar-Kamtza, que, no caminho, fez uma ferida no animal. Uns dizem que a ferida foi no lábio, outros dizem que foi no olho. De qualquer maneira, Bar-Kamtza desqualificou o animal para a oferenda, e assim os rabinos não puderam realizar o sacrifício. Por isso, por causa de Kamtza e Bar-Kamtza, o Templo de Jerusalém foi destruído, o Palácio de Deus foi queimado e os judeus expulsos de sua Terra. (Guitin 56) De 17 de tamuz até 9 de av, Tishá beAv, lembramos os dias que antecederam a destruição dos Templos de Jerusalém. Este período do calendário judaico chama-se bein hametsarim, ou “entre as estreitezas”. Toda a vida espiritual dos judeus da Antiguidade girava em torno dos Templos. A demolição dessas construções sagradas representou uma grande tragédia e precisou ser compreendida de alguma forma. Pela história de Kamtza e Bar-Kamtza podemos perceber quais os motivos éticos que, segundo o Talmude, levaram a destruição dos Batei-Hamikdásh. Obviamente os Templos não foram destruídos por causa de um convite feito à pessoa errada. O conto fala de uma sociedade de ódio, uma comunidade capaz de humilhar pessoas. De uma supervalorização do ritual em detrimento do respeito aos sentimentos humanos e de uma liderança rabínica omissa. Os defeitos no lábio ou nos olhos do carneiro representam a mudez e a cegueira da comunidade, que não se manifestou diante da vergonha de Bar-Kamtza. Conta-se que Napoleão estava caminhando pelas ruas de Paris em Tishá beAv quando ele e seus acompanhantes passaram por uma sinagoga e ouviram gente se lamentando e chorando. Resolveu enviar um de seus ajudantes para verificar o que havia ocorrido e o auxiliar retornou e disse a Napoleão: “São os judeus. Eles estão chorando a perda do Templo deles.” —Como eu não fui informado de tamanha desgraça? Quando isto aconteceu? Que templo era este? — perguntou indignado. — Eles perderam o Templo deles em Jerusalém há mil e setecentos anos. Napoleão ficou em silêncio por um instante, então levantou-se e disse: — Certamente um povo que chora a perda de seu Templo por tanto tempo sobreviverá para vê-lo reconstruído. A reconstrução do Templo significa a restituição dos valores éticos que estiveram ausentes na época de sua destruição. Neste sentido, a visão de um messias ganha um significado renovado: a chamada Era Messiânica representa a consolidação de uma sociedade profundamente comprometida com a ética.
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VALORES E TRADIÇÕES
E quando eu sou só para mim, o que sou eu? POR Ariel Kleiner rabino da Nueva Congregación Israelita (NCI), de Montevidéu, Uruguai
Uma das mais conhecidas mishnaiót, máximas da literatura oral do povo de Israel, do Pirkei Avot (Ética dos Pais) é a que contém as três perguntas do sábio Hillel (1:13): 1. Se eu não sou por mim mesmo, quem será para mim? 2. E quando eu sou só para mim, o que sou eu? 3. E se não for agora, quando? Esta máxima contém perguntas existenciais, que nos propõem pensar em três dimensões: no vínculo com nós mesmos (Se eu não sou por mim mesmo, quem será para mim?), no vínculo com os outros (E quando eu sou só para mim, o que sou eu?) e no vínculo com o tempo (E se não for agora, quando?). A primeira pergunta talvez fosse válida nos tempos de Hillel, mas hoje, em um mundo muito mais individualista, às vezes nem faz sentido colocá-la. A terceira pergunta, está clara. O momento presente é o único que temos para atuar, condicionados pelo passado que explica quem somos. Com as nossas decisões no presente, delineamos o nosso futuro. Está em nossas mãos escolher como reagimos no presente em relação àquilo que nos aconteceu no passado. Neste espaço, gostaria de colocar o foco na segunda pergunta do sábio Hillel: “E quando eu sou só para mim, o que sou eu?” Poderíamos questionar — Quem é o meu próximo? Quem é essa pessoa para quem eu tenho que sair de mim, e zelar para que seu coração sinta-se pleno como se espera que esteja o meu? Próximo nos dá a ideia de alguém que está perto. Às vezes nos esquecemos de nos ocupar dos que estão mais perto de nós, da família. No sentido mais íntimo do termo. Esta pergunta nos desafia a sair de nós mesmos. Às vezes, esta questão também fica clara como as perguntas um e três. Sugiro lê-la em clave vincular com nossa pessoa mais próxima, nosso parceiro da vida. Pais e irmãos, são incondicionais, são vínculos que não se quebram, no sentido que nunca perdemos a condição de filhos ou irmãos, por exemplo. Mas, os vínculos que às vezes nos esquecemos de regar, de cuidar no dia-a-dia, são os vínculos com o nosso próximo, com os que estão mais perto. Pensemos em nosso parceiro da vida. Estamos nos ocupamos de suas realizações? Estamos nos empenhamos para que eles estejam fazendo o que amam? Muitas vezes acontece que os vínculos que mais descuidamos são os que mais perto temos. Não é por acaso que o Talmud diz: Ama teu cônjuge como a ti mesmo (Yevamot 62b). Talvez seja o momento de ocuparmos de que os “próximos” satisfaçam seu coração. Que estejam realizando aquilo que amam e que, juntos, possamos amar o projeto comum que estamos construindo, porque ele nunca termina, é uma “Avoda” - o sacro labor de todos os dias. Pode ser que seja muito difícil, sim, mas não impossível. É por você, é pelo teu próximo e o tempo… é agora!
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JUVENTUDE • Chazit
A FRENTE QUE MOVIMENTA POR Nathalie Klass Rosh Chinuch da Chazit Hanoar
Machané Choref da Chazit Hanoar de 2 a 8 de julho para crianças e jovens de 7 a 14 anos Desconto especial para os Amigos da Chazit e associados da Congregação. Saiba mais e inscreva seus filhos: juventude@cip.org.br ou 2808.6214.
A Chazit Hanoar é um movimento juvenil judaico-sionista que, através da educação não-formal, visa construir uma identidade judaica rica, crítica e repleta de vivências significativas. Aos sábados, reunidos na Casa da Juventude da CIP, realizamos diferentes atividades e marcos educativos nos quais – sempre de forma grupal – transmitimos e vivenciamos nossos valores. Existimos e realizamos nossas atividades há quase 60 anos, mas nunca nos distanciamos daquilo que é grande parte de nossa essência como tnuá: estar sempre em movimento. É preciso estar sempre revendo quem somos e como agimos, para que a Chazit Hanoar siga sendo sempre relevante em nossa comunidade. Pensando nisso, a Chazit vem passando por um processo de construção de uma concepção de ética que buscamos colocar na prática em nossas atividades. O resultado é um ambiente divertido e educativo que visa construir um judaísmo relevante para os dias de hoje, como ferramenta pra transmissão de valores e construção de identidade pessoal. Entre os valores que transmitimos na tnuá estão o respeito, a liberdade, a justiça social, consciência ambiental, formação de grupo e cooperação, busca pela identidade e coerência pessoal, pensamento analítico e crítico, senso de responsabilidade pelo ambiente como um todo, liderança comunitária. E, para finalizar mais um semestre de atividades, teremos nossa machané, que é um ambiente propício para vivenciar nossos valores de forma plena. Durante uma semana no sítio VIPs, os chanichim podem entrar em contato com a natureza, aprofundar os laços grupais, vivenciar práticas de judaicas, aprender e se divertir muito. Ninguém quer ficar de fora. As inscrições estão abertas.
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ESPECIAL • Juventude
JOVENS ADULTOS NA CIP POR André Wajnberg sheliach da Congregação Um dos grandes investimentos realizados pela Congregação nos últimos anos é a busca de formatos coerentes para manter ou trazer de volta o jovem, que após intensa atividade nas tnuót (movimentos juvenis) se afastaram da comunidade e do ativismo e, consequentemente, de uma vida judaica significativa. Esses jovens adultos buscam aperfeiçoamento profissional, êxito econômico e consolidação amorosa em uma época marcada pelo individualismo tomando o lugar de uma vida em sociedade. Isso se traduz em um maior número de pessoas pensando somente em seu sucesso pessoal e esquecendo o progresso da comunidade e da sociedade. Muitos jovens são absorvidos pela corrida competitiva em direção ao sucesso profissional e não se envolvem ativamente no enfrentamento dos desafios da sociedade ou se frustram por não encontrar um propósito de vida. Também deixam de lado a contínua construção de sua identidade judaica e do pensamento crítico necessário para a conscientização do lugar desta identidade frente aos desafios de nossos dias. Esta é a razão pela qual a Congregação se empenha para mostrar a eles que o judaísmo, a vida em comunidade e a busca pelo sucesso na carreira profissional podem coexistir. Ações culturais, religiosas, de ação social e Ticun Olam (aprimoramento do mundo) estão entre os projetos da Juventude para reativar nos jovens o interesse por suas identidades judaicas. Para a psicóloga, ativista da CIP e coordenadora da Ação Social da Juventude, Ana Karlik, além de possibilitar satisfação pessoal e uma saída da rotina diária, essas atividades mantem os jovens conectados com os princípios e valores do judaísmo, além de dar força e energia para que continuem construindo e questionando sua identidade e esses mesmos valores. Com o projeto Garinim, os jovens têm a chance de colocar em prática o que lhes é proposto pela educação judaica em relação à consciência social e comunitária. O Garinim Lar das Crianças, por exemplo, tem como objetivo criar diálogo, aproximar e possibilitar uma troca de experiências entre os jovens da CIP e as
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crianças do Lar. Além de fortalecer as crianças – sob os aspectos social e emocional – para o desenvolvimento de seus potenciais, oferece à juventude a oportunidade do convívio com outras realidades. O grupo Iad, por sua vez, trabalha o vínculo do jovem com a comunidade. Trata-se de uma intervenção educativa com crianças e jovens em situação de alta vulnerabilidade que trabalha a conscientização sobre direitos civis e humanos, fortalece sua autoestima e auxilia no caminho para o sucesso. A Juventude ainda realiza atividades recreativas junto à Casa Hope - instituição que oferece apoio a crianças e adolescentes portadores de câncer e transplantados de medula óssea, fígado e rins, juntamente com seus acompanhantes - e junto às crianças, jovens e famílias atendidas pelo Lar das Crianças. No âmbito religioso, foi criado o Shabat Al haGag com o objetivo de engajar jovens adultos de 18 a 30 anos e oferecer uma alternativa ao modelo tradicional da sinagoga para o jovem se expressar espiritual e religiosamente. Segundo Natan Freller, coordenador do projeto e moré da Escola Lafer, o ambiente acolhedor, onde cada um contribui de sua maneira para a construção da tefilá, a participação ativa de um grupo de voluntários, uma liderança democrática e uma atmosfera íntima que permite ao jovem se expressar à sua maneira são os grandes diferenciais do Shabat Al haGag. A cada Shabat um convidado especial conversa com os jovens sobre algum tema significativo para suas vidas. Já participaram o rabino Rogério Z. Cuckierman, o maestro Grytz Felipe - que também prepara os voluntários para tocar e cantar as tefilót (rezas) do Shabat a cada encontro - e os educadores Celso Zilbovicius, Marcelo Maghidman e Rafael Stern, além do próprio coordenador do projeto. A sociabilidade é promovida através dos jantares oferecidos no final de cada serviço. É a oportunidade para o grupo conversar, se conhecer, desenvolver relações humanas e experimentar um pouco da alegria do Shabat. Cerca de 40 jovens participam de cada encontro mensal. Para promover a cultura judaica, a Juventude oferece as lehacót de dança israelense, e está buscando abrir caminhos para a criação musical comunitária através da formação de bandas, como a Do Kadosh, que realiza diferentes apresentações na CIP e fora dela.
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Escola Lafer
Bar-mitsvá na CIP POR Andrea Kulikovsky diretora de Ensino da Congregação
Merri Ukraincic, uma mãe ortodoxa, escreveu sobre o dia do Bar-mitsvá do seu filho. Contou como este era um dia que ela ao mesmo tempo esperava e temia. Falou também da alegria de ver o filho lendo a Torá perante a comunidade dela e de como isso significava a perda de seu filho. Daquele dia em diante, sendo adulto pela religião judaica, ele passaria a assistir os serviços religiosos do outro lado da mechitsá, longe dela. Naquele momento, a mechitsá dividia não só homens e mulheres, mas também o coração dela. Naquele canto, ela ouvia o início da vida dele como homem, voando para longe. Para os judeus liberais, o Bar-mitsvá não materializa esta mudança tão drasticamente. É difícil para as crianças enxergarem qualquer mudança neste momento, se não pela pressão e pelos presentes. Questiona-se se é justa a cobrança feita sobre eles neste momento, se tudo isso é psicologicamente e moralmente correto. E a resposta dos mais velhos - “sempre foi assim” - não diminui os anseios e questionamentos. De fato, independente da corrente judaica seguida, o ritual de passagem religiosa é ainda muito importante. Não só para o jovem que faz o Bar-mitsvá, mas para a família como um todo. É a renovação da tradição, a reafirmação da fé e a esperança dos pais de que seu trabalho está sendo bem feito. A certeza dos avós de que sua semente germinou, é o modelo para os irmãos menores, que por motivos diversos passam a ansiar pela chegada de seu dia, e a lembrança para os irmãos maiores, que já passaram pela experiência e agora podem aconselhar os mais jovens.
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O Bar-mitsvá não é somente uma cerimônia, mas um processo, que começa no dia em que os filhos são levados para o Brit Milá e que se desenvolve a cada Shabat e chag comemorado, intensificando-se nos dois anos que antecedem o “grande dia”. A equipe da Escola Lafer se esforça para apresentar um judaísmo atual e dinâmico para seus alunos. Entende que, se o processo de Bar-mitsvá é acompanhado de perto e com interesse pela família, ele pode ser muito mais do que um momento de preparação para uma cerimônia, mas sim um momento de crescimento para alunos e suas famílias, como indivíduos, como judeus e como membros de uma comunidade. Para tanto, durante o processo que tem duração de dois anos, o aluno e sua família são convidados a participar de muitas atividades comunitárias: jantar de Shabat de boas vindas às famílias; acantonamento na CIP (Laila Laván); comemoração dos chaguim, tanto em horário de aulas como em comunidade; shabatot do Ensino (serviços de Cabalat Shabat liderados pelos alunos da Escola Lafer); Shacharít do Ensino (serviço matinal de Shabat em que as famílias são chamadas para aliót à Torá); viagem dos bnei mitsvá e suas famílias a Campos do Jordão para um final de semana judaico muito especial; e as aulas abertas, ministradas mensalmente pelos rabinos da CIP aos alunos da Escola Lafer juntamente com pais e mães. A equipe da Escola Lafer acredita que a cerimônia de Bar-mitsvá não deve dividir a vida de seus alunos, como uma mechitsá, mas que é um impulso para que os jovens e suas famílias insiram, cada vez mais, o judaísmo em seu dia a dia. Após a cerimônia de Bar-mitsvá, os alunos não saem da Escola Lafer, mas tornam-se parte integrante e fundamental em nossa comunidade e, em especial, na CIP.
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GIRO Acordo histórico Mais de 200 pessoas do universo rabínico e jurídico assistiram a um acordo histórico firmado entre a Tzohar, organização sionista de rabinos ortodoxos, e a Associação dos Advogados de Israel. O objetivo do acordo é conferir ao casal prestes a se casar uma segurança extra no caso de divórcio, o que diminuirá o sofrimento da mulher em caso de o marido se recusar a conceder o divórcio religioso. O documento é resultado de seis anos de trabalho. “Criamos um acordo no qual o primeiro passo é tentar salvar o casamento, caso esse seja o desejo de uma das partes. Só depois que o processo for analisado por completo é que a decisão de colocar em prática o acordo judicial é tomada. Esse acordo proporcionará um processo de separação justo”, comentou um dos fundadores da Tzohar.
Robôs israelenses ajudam a terceira idade
Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion (BGU) receberam subsídio do Ministério da Ciência, Tecnologia Espacial de Israel para desenvolver sistemas robóticos que vão ao encontro das necessidades dos cidadãos da terceira idade. O projeto Follow Me criará robôs para ajudar nas tarefas domésticas, respeitando o ritmo e as habilidades de seus usuários, assim como as características dos ambientes. “Enquanto a maioria dos algoritmos concentra-se na eficiência do robô, vamos nos concentrar na eficácia da interação homem-robô”, comentou a Dra. Tal Oron-Gilad, pesquisador no Departamento de Engenharia Industrial e Gestão de BGU. “Os robôs podem ajudar os idosos em tarefas diárias de forma independente. No entanto, a introdução da robótica de assistência no dia a dia dos idosos dependerá da aceitação, satisfação e acessibilidade do usuário”, completou.
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360 GRAUS POR Guita Feldman
Você
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sabia ...
Museu Albert Einstein
Foto: Capitol Photo Archives
Durante um evento em Toronto, o grupo Canadian Friends of the Hebrew University anunciou planos para a construção de um museu sobre Albert Einstein. O projeto, junto com outras três iniciativas relacionadas ao físico e matemático alemão, são parte da celebração pelo centenário da Teoria da Relatividade de Einstein. O museu será a primeira instituição dedicada à continuidade do legado de Einstein, que foi cofundador da Universidade Hebraica de Jerusalém e que, em seu testamento, deixou para Universidade seus documentos pessoais e os direitos de autoria intelectual, bem como o direito de usar a sua imagem.
Frank Sinatra 2015 é o ano do centenário de Frank Sinatra, que apoiou Israel ao longo de sua carreira. Suas atividades em nome do Estado Judeu começaram com o envio de dinheiro para a Haganá sob o Mandato Britânico, e na década de 1950 seus discos e filmes foram proibidos em países Árabes por causa de sua simpatia com o sionismo. O cantor se apresentou para as tropas da IDF e na década de 1970 e 80 levantou milhões de dólares para os centros estudantis em Nazaré e Jerusalém. A primeira visita de Sinatra a Israel foi em 1962, como parte de sua primeira turnê mundial.
POR Theo Hotz coordenador do Depto. de Culto e baal corê
Você sabia que os cinco livros da Torá já tiveram outros nomes? Entre os sécs.VIII e IV a.e.c. os profetas a chamavam de Torát Moshé,Torát Elohím e Torát Adonai (Lei/Ensinamento de Moisés, de Deus e do Eterno). Neste período não se considerava a Torá como sendo uma compilação de cinco livros e, na verdade, nem há certeza histórica se, nesta época, os cinco livros já estavam compilados. Na época farisaico-rabínica (séc. III a.e.c. a II e.c.), a Torá já estava canonizada e contava com cinco livros, chamados de Chamishá Cumshêi Torá (cinco quintos da Torá). Cada quinto recebeu um nome específico, denotando seu tema geral. O Talmud os chama de Sêfer Maassê Bereshít (Livro da Obra da Criação), Sêfer Ietsiát Mitsráim (Livro da Saída do Egito), Sêfer Torát haCohaním (Livro de Leis Levítico-Sacerdotais), Sêfer haPecudím (Livro das Contagens) e Mishnê Torá (A Segunda Torá/A Repetição da Torá). Quando a Torá foi traduzida para o grego entre os sécs. III e I a.e.c., os tradutores utilizaram estas nomenclaturas rabínicas, que resultaram nos títulos gregos Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Somente mais tarde cada livro ganhou o nome de sua primeira parashá, resultando finalmente em Bereshít, Shemót,Vaicrá, Bamidbar e Devarím.
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CULTO
SERVIÇOS RELIGIOSOS DA CIP MANHÃ de segunda a sexta-feira, às 8h aos sábados às 9h30 aos domingos e feriados, às 8h30 NOITE de domingo a sexta-feira, às 18h45 aos sábados de junho às 17h SHABAT ÀS SEXTAS: Cabalat Shabat e Arvit com prédica, às 18h45, na Sinagoga Etz Chaim Shabat Ieladim, às 18h45, para crianças Cabalat Shabat e Arvit com prédica, às 18h45, na sede do Lar das Crianças da CIP no dia 12 e 26 de junho
Chevra Kadisha A CIP está pronta para ajudar as famílias neste momento tão doloroso da perda de um ente querido, cuidando de todas as providências e detalhes burocráticos e religiosos. Plantão permanente: entre em contato com Sérgio Cernea pelo tel/fax 3083.0005, cel. 99204.2668, ou email: chevra@ cip.org.br.
AOS SÁBADOS: Shacharit, às 9h30, com leitura da Torá e prédica na sinagoga Etz Chaim Shacharit Neshamá, às 9h30, participativo e igualitário na Sinagoga Pequena com leitura e estudo da Torá
JUNHO
LEITURA DA TORÁ 6 Behaalotechá 13 Shelách Lechá (Shabat Mevarchím) 20 Côrach 27 Chucát
JULHO
4 Balác 11 Pinchás (Shabat Mevarchím) 18 Matót Massê 25 Devarím (Shabat Chazón)
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FALECIMENTOS Julio Jalonetsky em 9/abr aos 93 anos Fanny Cohen Barmak em 10/abr aos 93 anos Paulo Schwartz em 20/abr aos 79 anos Gladys Caraver Wjuniski em 25/abr aos 85 anos Gunter Leopoldo Hahn em 6/mai aos 97 anos Hans Becker em 14/mai aos 89 anos Elizabeth Coifman Ascher em 21/mai aos 65 anos José Pikman em 24/mai aos 81anos Julia Joffe em 25/mai aos 95 anos Silvana Levi Shavitt em 28/mai aos 79 anos Werner Moritz Joseph Spanjer-Herford em 29/mai aos 89 anos Roberto Mehler em 30/mai aos 87 anos Ilse Nelken em 2/jun aos 93 anos Irma Sofia Tennenbaum em 6/jun aos 88 anos Evy Diettrich em 18/jun aos 90 anos Iracy Dejtiar em 21/jun aos 65 anos
MAZAL TOV Brit-milá Noah Kovari SimchÁt Bat Ariella Gabbay Laura Bueno Rosenthal Victória Parczew SimchÁt BEN José Franco Semino
BaT-mitsvá Rafael Passos Dreyfus Thiago Schwartz Machado Max Calmanovici Pigari Noivados Roberta Allmand Lopes Westin e Flavio Rubinstein Auf Rif Felipe Manuel Vasconcellos Lopes e Regina Friedberg Casamentos Fernanda Funtowicz e Fabrício Abbade
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JUDAÍSMO
Pergunte ao
RABINO PELO Depto. de Culto da Congregação
PERGUNTA • Por que o cadísh é escrito em aramaico? E por que seu texto varia entre diferentes sinagogas? RESPOSTA • O cadísh foi composto em uma época em que o hebraico já não era falado correntemente. Como o aramaico era a língua cotidiana entre os judeus, introduziu-se uma reza acessível a todos. Por não ser um texto hebraico, seu texto não estava sujeito a uma “canonização”, em um primeiro momento. Assim, judeus de diferentes locais recitavam-no com algumas diferenças. Entre sefaradím e ashkenazím da Europa oriental lê-se “veitsmách purcanê vicarêv meshichê” (“que Ele faça florescer a redenção e acelerar a vinda do Mashíach”). Tal frase nunca apareceu nos sidurím do centro da Europa em toda a História. Iraquianos e persas rezam “Iehê shelamá rabá min shemaiá, chaím vessavá, vishuá venechamá, vesheizavá urfuá, ugueulá uslichá, vechapará verévach, vehatslachá, lánu ulechól amo Israel” (“Que dos céus venha uma grande paz, vida e fartura, salvação e consolação, felicidade e cura, redenção e perdão, expiação, lucro e sucesso para nós e todo o povo judeu”). A CIP é uma comunidade judaico-alemã e, portanto, segue o costume ashkenazí centro-europeu.
Produtos
judaicos
Visite a CIP e confira as ótimas sugestões de presente para as mais variadas ocasiões: Brit Milá, Simchát Bat, Bar e Bat-mitsvá, casamento, feriados judaicos e muito mais. Para informações sobre os horários de atendimento e os produtos oferecidos, entre em contato: produtosjudaicos@cip.org.br.
(pergunta enviada originalmente em 23 de abril de 2015)
Tire suas dúvidas. Entre em contato através do site da CIP (www.cip.org.br/pergunteaorabino) ou do email judaismo@cip.org.br. 44
Enfeite para berço com brachá.
R E L AT Ó R I O T R I Ê N I O 2012 • 2015
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PALAVRA DO PRESIDENTE Shalom a todos! Em 2012 fui escolhido e escolhi ser presidente da entidade em que cresci e na qual acredito muito. Vejo esta como a melhor opção para crescimento de um judaísmo consistente nos dias de hoje. Busquei nestes anos olhar para a frente, pensando no rejuvenescimento da CIP. O desafio de ser presidente de uma entidade querida e que está na véspera de comemorar 80 anos foi muito grande. O apoio de cada um dos associados funcionou como catalizador na tomada de decisões visando a melhoria e a continuidade da nossa entidade. Também posso dizer que nos esforçamos para mantê-la acolhedora como em sua fundação, porém com as atualizações necessárias pelas últimas oito décadas desde sua criação. Os relacionamentos não mudaram, mas as tolerâncias sim. Trabalhamos no igualitarismo da CIP, acreditando na igualdade e não diferenciação dos sexos quanto à prática religiosa. Fortalecemos a voz da juventude, nos modernizamos nos formatos de comunicação e nos unimos e nos fortalecemos nos relacionamentos com outras entidades dentro da comunidade judaica. Nossas semelhanças são maiores do que nossas diferenças e, portanto, trabalhamos em parcerias com várias instituições congêneres. Começamos este mandato com o lema “Mais CIP para os sócios, mais sócios na CIP”. A seguir, algumas das importantes ações ocorridas nesta gestão. • Criação da Vice-presidência de Judaísmo (VPJ) Com o objetivo de convergir o conteúdo das diretorias de Ensino, Juventude, Culto e Música, buscamos aumentar a coerência do conteúdo de suas atividades. Isso resultou em uma maior atuação do Rabinato em questões judaicas e de conteúdo nessas áreas.
• Fortalecimento da juventude Temos diálogo mensal com os líderes das três tnuót e eles participam de nossas reuniões de diretoria. Fortalecemos o curso Manhigut, de formação de liderança, que conta com o trabalho conjunto dos três movimentos. Buscamos o fortalecimento da Colônia da CIP Fritz Pinkuss como tnuá independente, reforçando a educação do jovem para o jovem. Nosso sheliach André Wajnberg foi fundamental para a integração entre as tnuót e também com as demais tnuót de nossa comunidade. • Mudanças no Ensino Com a perda da querida morá Miriam Gerber z’l, passamos por duas transições importantes de liderança que culminaram na contratação da rabina Deby Grinberg como coordenadora geral da área. O Ensino está hoje cada vez mais integrado à Juventude. • Igualitarismo religioso No Culto tivemos importantes discussões sobre o igualitarismo e o papel da mulher nas cerimônias religiosas. Isso culminou na produção e aprovação de um documento pelo Conselho Deliberativo sobre as práticas religiosas da Congregação. Estamos evoluindo em um caminho natural de igualitarismo de acordo com o que acontece na maioria das comunidades liberais (não ortodoxas). • Novas opções no Shabat Criação de serviços alternativos de Shabat: quinzenalmente no Lar das Crianças e mensalmente no sétimo andar da sede da rua Antônio Carlos para os jovens (Shabat Al haGag), além daqueles realizados pelas tnuót. • Shiurim Aumento do número de palestras para aproximação com os associados, e reforço do programa CIP Babait, no qual os rabinos promovem shiurim na residência de associados.
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• Associados como prioridade Com a valorização e priorização dos associados, aumentamos o número de famílias em nosso quadro associativo de 1100 para aproximadamente 1500. Esse aumento nos traz benefícios de escala ao mesmo tempo que cria importantes dificuldades de gestão e de conhecimento de nossos associados por nossos rabinos. • Reforma estatutária Aprovação de uma importante reforma no Estatuto da CIP que busca dar agilidade e continuidade à diretoria e conselho. Foram feitas importantes limitações para garantir uma constante renovação de nossas lideranças comunitárias. • Controle financeiro Resolução de importante pendência com o Fundo Comunitário e criação de um Fundo de Endowment para proteção patrimonial da CIP e perenidade de nossos recursos. • Parcerias no Ensino Estabelecimento de parcerias fortes com o Colégio I.L. Peretz e com o clube Hebraica para o curso preparatório para Bar-mitsvá. • Juventude e Ação Social Criação do Shidrug, programa de formação de jovens para o trabalho comunitário.
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• Lar das Crianças No Serviço Social focamos em uma atuação diferente do Lar das Crianças, priorizando a formação de nossas crianças. A orquestra Vozes do Violão tem sido uma fonte importante de inspiração sobre nosso trabalho. Acreditamos muito em Ticun Olam, e uma comunidade como a nossa precisa de serviço social. Por isso aumentamos também a quantidade de programas interligando a nossa Juventude com o Lar das Crianças, fazendo com que ambos cresçam e se fortaleçam conjuntamente. Neste relatório apresentamos um resumo do trabalho realizado por cada uma das áreas nesta gestão. Sinto que criamos uma equipe de voluntários motivados pelo mesmo ideal de crescimento de uma comunidade ao redor de um judaísmo coerente e consistente com os dias de hoje. Precisamos manter nosso engajamento. Nossa grande motivação é ter a CIP ativa e relevante no nosso futuro. Agradeço à equipe que esteve junto neste caminho trabalhoso, mas bastante exitoso. Um abraço, Sérgio Kulikovsky Presidente
CONSELHO DELIBERATIVO O Conselho Deliberativo da CIP reuniu-se 12 vezes durante a última gestão. Alguns temas foram recorrentes nas reuniões deste período, como o acompanhamento das atividades da Diretoria Executiva feito através de relatos elaborados pelos diretores de cada área e que levaram ao conhecimento do Conselho as informações sobre as conquistas do Lar das Crianças da CIP, o número de alunos e os novos cursos e atividades promovidas pela Escola Lafer, os novos coordenadores e atividades da Juventude, ideias para melhor uso do patrimônio, entre outros temas. Além disso, o Conselho também cumpriu com sua função estatutária ao deliberar sobre a aprovação do orçamento anual da Congregação e sobre a aprovação do reajuste das contribuições associativas e a aprovação das demonstrações financeiras do ano anterior. Em 2012 foram realizadas três reuniões. Foi quando foi retomada a análise sobre o conceito de endowment – um fundo de perpetuidade da CIP para que seja criado um canal de recebimento de legados e donativos com a finalidade de garantir a manutenção as atividades da Congregação –, e sobre a estrutura e regras da realização das Grandes Festas. No ano seguinte também foram realizadas três reuniões, quando foi definido um comitê para situações de crise para direcionamento interno de funcionários e voluntários em situações de vulnerabilidade de segurança. Em certas ocasiões, apresentações extra-pauta foram recorrentes, como, por exemplo, quando os jovens que participaram do programa Shidrug (curso de capacitação para jovens adultos que querem criar uma carreira integral ou paralela na comunidade judaica ampla) relataram a experiência que tiveram ao longo do processo. No ano passado foram quatro reuniões, sendo que as grandes conquistas foram a realização e a formalização dos documentos sobre as práticas religiosas da CIP e a formatação de novas regras para utilização e aplicação de recursos do endowment. Em 2015 duas reuniões foram realizadas, quando foram aprovadas as novas regras do endowment e apresentada e discutida a reforma do estatuto da CIP, que posteriormente foi exposto e votado em Assembleia Geral.
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CULTO Além da realização dos serviços religiosos diários,
Casamentos
chaguim e o chamado Ciclo da Vida, o departamento
Foi dado destaque a esta área no que diz respeito
de Culto da Congregação trabalhou, no último triê-
à qualidade das cerimônias realizadas pelos rabinos e
nio, para fortalecer ainda mais os laços da comunida-
chazanim da CIP, e à assistência que a Congregação
de com o judaísmo.
presta aos casais. Uma das novidades é o acompanhamento personalizado de uma profissional da
Relacionamento com os jovens
Congregação, que apoia o casal desde os preparativos
A relação com a Juventude tornou-se prioridade. O
até o final da cerimônia.
objetivo é fazer com que seja cada vez mais constante
Foram realizados no último triênio aproximadamente
sua presença nos serviços religiosos, principalmente
80 cerimônias. A diminuição do número de cerimônias
nos shabatót, e na comemoração dos chaguim.
se deve à alteração de critérios de aceitação e aprovação
Mensalmente os jovens da Escola Lafer, Avanhandava
no processo de conversão ao judaísmo.
e Chazit Hanoar, têm conduzido na íntegra pelo menos um serviço de Cabalat Shabat.
Profissionais O rabino Uri Lam deixou de fazer parte do quadro de
Cabalat Shabat no Lar das Crianças da CIP
funcionários da Congregação.
Atividade realizada quinzenalmente com comemorações especial de chaguim, como Tu biShvát e Sucót,
Comissão de Culto
por exemplo.
Por tradição, a Comissão de Culto representa as várias
Com o know-how adquirido, será possível realizar
correntes judaicas existentes na CIP, além de acompanhar
cerimônias de Cabalat Shabat na sinagoga do colégio
a evolução das linhas religiosas aqui praticadas. Assim,
I.L. Peretz e em mais outros lugares que serão definidos.
entre os seus 18 membros, temos duas mulheres, que se dedicam às atividades de estudo, gabaut e discussões,
Chevra Kadisha da CIP
sempre com a orientação e apoio dos rabinos.
O objetivo maior foi a excelência do atendimento e dos processos. Todos que procuram o serviço da Chevra
Shirat Miriam
Kadisha da Congregação recebem um atendimento espe-
Sob a coordenação de Dora Brenner e Ruth Bohm
cial da equipe de rabinos e do profissional da área – tudo
e a orientação do Women for Reform Judaism (WRJ)
para que os momentos de fragilidade possam ser dedica-
foi formado um grupo de estudos que se reúne men-
dos sem entraves burocráticos à família e de acordo com
salmente e conta com a presença de um convidado
os fundamentos que regem a Chevra desde a sua criação.
especial. Os temas de cada encontro são estudados a
Cerca de 70 atendimentos são realizados por ano, o
partir de uma ótica judaica com ênfase na participação
que corresponde a 10% do total de atendimentos da Sociedade Cemitério. Foi implementado um novo projeto que convida todos os associados a estarem com a comunidade por ocasião do yahrzeit (aniversário de falecimento) e rezarem o kadish nos serviços religiosos diários.
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e importância da mulher.
VICE-PRESIDÊNCIA DE JUDAÍSMO (VPJ) A vice-presidência de judaísmo da CIP coordena as
Com a Juventude, trabalhou para facilitar a apro-
ações do rabinato e das diretorias das áreas de culto,
ximação dos movimentos juvenis às demais áreas da
ensino e juventude. Criada no final da gestão anterior,
Congregação.
a VPJ consolidou seus objetivos durante a atual gestão, efetivando a implementação da política de ação coorde-
No departamento musical, implementou a política de
nada em todas as áreas da Congregação que envolvam
maior participação voluntária - conforme definido no pla-
a participação rabínica, e a disseminação do pensamento
no estratégico desta gestão - por meio da criação de mais
judaico liberal praticada pela CIP.
um coral voluntário, da inclusão de músicos voluntários nos serviços religiosos, e da maior atuação de músicos
Em conjunto com a diretoria do Culto atuou na evolu-
profissionais no Ensino e na Juventude.
ção do documento de práticas religiosas, aprimorando a redação dos aspectos adotados na prática diária da con-
Como resultado dessas ações, houve um aumento
gregação. No sentido de incrementar atitudes igualitárias
significativo na participação dos jovens nas cerimônias
preconizadas pelos rabinos, foram incentivada as aliót
religiosas, como, por exemplo, os alunos e ex-alunos da
familiares nas cerimônias das Grandes Festas no Centro
Escola Lafer fazendo a leitura de Torá em Rosh haShaná
de Eventos São Luís e de smachót, como Simchát Bat, e
e Iom Kipur, e o maior número de serviços religiosos de
Bar e Bat-mitsvá.
Shabat realizados pelos jovens do Ensino e das tnuót.
Junto ao departamento de Ensino, articulou a contra-
A partir de outras ações integradas, promoveu o cres-
tação das coordenadoras Marli Ben Moshe e rabina Deby
cimento da participação de jovens em projetos do Lar das
Grinberg, que trouxeram novas dinâmica e sistematiza-
Crianças da CIP e em outras ações sociais, e uma maior
ção, além de maior qualidade de ensino oferecido aos
participação das famílias no processo de aprendizado e
alunos da Escola Lafer.
preparação para Bar e Bat-mitsvá.
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ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS A CIP é uma organização complexa e que oferece
Durante a gestão 2012-2014 foram reduzidas as des-
inúmeros serviços que acompanham o indivíduo du-
pesas com serviços não essenciais, focando no que
rante todo o seu ciclo de vida, sempre com a pers-
realmente é importante para a comunidade cipiana.
pectiva judaica.
O departamento administrativo e financeiro conta
É muito importante decidir para onde direcionar os
com um canal para o associado se comunicar com a
escassos recursos e para quais projetos, sempre guia-
Congregação, além de um espaço para críticas e no-
dos de modo a permitir nossa existência no futuro.
vas ideias. Serviços internos também são oferecidos
A Congregação tem se empenhado em buscar re-
para todos os outros departamento da CIP. O depar-
ceitas para alcançar o equilíbrio financeiro. Além das
tamento tem trabalhado no sentido de proporcionar
contribuições periódicas dos associados, há também
agilidade na aprovação de projetos de renúncia fiscal
o desenvolvimento de projetos específicos dos diver-
(Lei Rouanet, FUMCAD) para a CIP e também para o
sos departamentos para novas propostas de atuação.
Lar das Crianças.
Novos parceiros para renovar a nossa sede em São
O novo estatuto da CIP, aprovado em Assembleia
Paulo e Campos do Jordão (campanha #tamojunto)
Geral no dia 4 de maio de 2015, traz a implementação
também têm sido prospectados.
do Fundo de Endowment que, através de uma adminis-
Junto com o empenho pelo aumento das receitas,
tração independente de recursos especialmente direcio-
constantemente procura-se racionalizar as despesas.
nados a ele, permitirá a perpetuação da Congregação.
Demonstrações do resultado para os exercícios findos em 31/12/2014 e de 2013 (valores expressos em milhares de reais)
31/12/2014
31/12/2013
Receitas
11.638
10.875
( - ) Custos com assistência social
(4.698)
(4.201)
Superávit bruto
6.940
6.674
( - ) Despesas operacionais Despesas gerais e administrativas
(7.838)
(6.792)
Outras assistências sociais
(1.019)
(1.048)
(8.857)
(7.840)
( - ) Resultado financeiro líquido
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Despesas financeiras
(183)
(179)
Receitas financeiras
916
768
733
589
( = ) (Déficit)/Superávit do exercício
(1.184)
(577)
ATIVO
31/12/2014
31/12/2013
Circulante Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários
452
544
5.256
5.773
Contribuições a receber
510
484
Créditos diversos
231
232
6.449
7.033
Total do ativo circulante
Não circulante Imobilizado líquido Intangível líquido Total do ativo não circulante Total do Ativo
PASSIVO E Patrimônio Social
16.033
16.615
38
38
16.758
17.340
23.207
31/12/2014
24.373
31/12/2013
Circulante Fornecedores
141
175
Obrigações trabalhistas e tributárias
659
607
Contas a pagar Total do passivo circulante
800
782
Caução
42
42
Total do passivo não circulante
42
42
Patrimônio social
22.365
23.549
22.365
23.549
Total do Passivo e do Patrimônio
23.207
24.373
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PATRIMÔNIO E SEGURANÇA Além da manutenção geral em todas as pro-
A atenção e os cuidados necessários à CIP são
priedades da Congregação, o departamento de
prioridade para o Patrimônio, que procura sempre
Patrimônio, durante o triênio 2012-2014, promoveu
materiais e serviços de boa qualidade e com o me-
as seguintes melhorias.
lhor custo-benefício, visando a preservação e a melhor utilização dos espaços.
Sede • troca das placas de madeira por drywall na
sinagoga Etz Chaim/ Salão Nobre • dedetização de cupins e acompanhamento posterior
Durante o último triênio, o foco na segurança foi mantido, porém sempre buscando reduzir as despesas. A equipe de Segurança da Congregação é com-
• polimento dos mármores da sinagoga Etz Chaim
posta por um kabat e 11 porteiros: seis na sede da
• instalação do forro de gesso com luminárias
CIP e cinco no Lar das Crianças. Durante os servi-
embutidas na Sinagoga Pequena
ços religiosos de Shabat, Grandes Festas e outros
• instalação de estrutura metálica para cobertura
eventos maiores, conta-se também com uma em-
removível no pátio
presa terceirizada, aumentando o contingente de
• impermeabilização das lajes do mezanino
profissionais.
• instalação de espelho e de forro de gesso com luminárias embutidas na micvê
Os porteiros são responsáveis pelo controle do acesso à CIP, seja para reuniões com os rabinos ou profissionais da CIP, ou para participação nas rezas,
Sede administrativa • reforma dos banheiros e da sala do Ateliê da Costura da Boa Vontade no 6º andar
e também realizam varreduras internas e externas. O Departamento de Segurança é responsável pelo contato com órgãos públicos - Polícia Militar, GCM e Polícia Civil - e acompanha a renovação de impor-
Casa da Juventude • instalação de gesso para fechamento de parede nas salas do subsolo
tantes documentos, como o AVCB e o Alvará de Funcionamento. As atividades de grupos da CIP (Juventude e Ensino) realizados fora da sede são sempre escolta-
Campo de Estudos Fritz Pinkuss
das por seguranças, (profissionais da CIP ou funcio-
(Campos do Jordão)
nários de empresas terceirizadas) e os responsáveis
• troca de aquecedores
recebem orientação específica do kabat, sempre com o apoio da FISESP.
Imóvel na Av. Consolação • manutenção para escoamento de águas pluviais
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RELACIONAMENTO COM OS ASSOCIADOS A área de Relacionamento com o Associado focou seu trabalho na valorização do associado da
• palestra com Maria Lúcia Tucci Carneiro seguida do acendimento de velas de Chanucá;
entidade e na aproximação com os rabinos através
• aula de culinária de Pêssach conduzida por
de ações e eventos promovidos especialmente para
Veronica Sternschein, esposa do rabino Ruben
isso. Foram encontros, ligações, e cartas, mensagens
Sternschein, seguido de jantar;
de email e convites aproximando os dois lados. Outro foco de trabalho foi a divulgação da ideia de que a instituição precisa do apoio de seus associados, uma vez que tal suporte é a chave para a continuidade da CIP e de seus projetos. A lista de vantagens que a associação à CIP traz
Ações: • criação e alimentação do banco de dados das documentações religiosas da CIP; • contato com os associados inadimplentes para regularização das situações;
cresceu: prioridade na inscrição para a machané da
• implantação de pesquisa eletrônica de satisfação
Chazit Hanoar, o acampamento da Avanhandava, e
de atendimento com o objetivo de melhorar o con-
as temporadas da Colônia da CIP Fritz Pinkuss; pri-
tato entre os profissionais da Congregação e seus
mazia na escolha de lugares para os serviços reli-
associados;
giosos das Grandes Festas; preços diferenciados em
• envio de cartões de aniversário para associados
todos os serviços oferecidos pela entidade; desconto
(no modelo eletrônico para os associados com me-
em cursos na Centro da Cultura Judaica e na Escola
nos de 70 anos, e impresso para associados aqueles
São Paulo; cursos da Congregação conduzidos pelos
com mais de 70 anos de idade);
rabinos e pelo departamento de Culto, como o de
• administração do canal Fale Conosco do site da CIP.
Pensamento Judaico e o de estudo da parashá da semana, por exemplo.
Capacitação e motivação dos funcionários:
Outras realizações
da qualidade e dos serviços prestados;
• em 2012 com a MCF Consultoria para melhoria Eventos: • Beheraion - evento para grávidos que propõe, sob um viés judaico e com a participação de profis-
• em 2014 com Gary Schultze, replicador oficial de Franklin Covey, sobre “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”.
sionais relacionados (ginecologista, pediatra, psicóloga e mohel), a reflexão sobre os desafios da maternidade e paternidade nos dias atuais; • jantares de boas-vindas aos novos associados na CIP e nas residências dos rabinos após o Cabalat Shabat;
Número de associados A CIP possui aproximadamente 1500 famílias associadas, sendo que 250 novas associações foram feitas apenas no triênio 2012-2014.
• jantares para recém-casados nas residências dos rabinos após o serviço religioso de Shabat;
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LAR DAS CRIANÇAS Revisões e renovações O Lar das Crianças da CIP é uma instituição em
Em 2014, com o objetivo de assegurar a implan-
movimento que soube se reinventar ao longo de
tação deste novo período, o Lar passou pela substi-
seus 77 anos de existência. Em 2012 uma nova dire-
tuição da gestão profissional, contratando Aidê Firer
toria e um Conselho Consultivo composto por pro-
como coordenadora geral e Carmen Silva Carvalho
fissionais da área da educação e da área social as-
como coordenadora pedagógica. Profissionais com
sumiram com a intenção de dar novo impulso para
longa experiência na área de educação e serviço so-
adequar o trabalho da instituição às transformações
cial, e com dedicação integral ao projeto.
da sociedade e às necessidades desta época. O atual modelo de sociedade, baseado no conhe-
Ampliação das Oficinas
cimento, demanda de maneira efetiva a participa-
No segundo semestre de 2012, como primeira
ção protagonista e ética de seus cidadãos. Neste
etapa deste novo alinhamento, foram implantadas
novo salto, o Lar busca em sua ação preparar suas
três novas oficinas nas áreas de esportes (judô), ar-
crianças e jovens nesta direção, ao potencializar as
tes (teatro) e tecnologia (robótica), voltadas inicial-
famílias e participantes.
mente para jovens entre 12 e 14 anos de idade. A
Para dar conta dessa missão, foi decidido atuar
escolha das oficinas teve como objetivo amplificar e
em várias frentes. Uma delas é tratar o conhecimen-
aprofundar as habilidades cognitivas e sociais neces-
to como ferramenta de ampliação da consciência
sárias para um desenvolvimento integral dos jovens.
social, como instrumento de autoconhecimento e
A adesão foi bastante satisfatória, criando novas
fortalecimento. Para que as crianças e jovens pos-
frentes de atuação que, com os anos, foram se ex-
sam desejar boas condições de vida, estudar, fazer
pandido para as demais faixas etárias. Assim como a
faculdade, ter bons empregos. E poder realizar o
Orquestra Vozes do Violão, que inicialmente era vol-
que sonharam. Para tal, foram ampliadas as oficinas
tada para crianças a partir de 10 anos mas acabou
oferecidas, criados espaços para o desenvolvimento
impulsionando a introdução da Iniciação Musical,
de pesquisas, aprofundados o raciocínio lógico, a
aos quatro anos, estas novas oficinas também se
fluência na leitura e a escrita nas atividades.
propõem a abranger crianças dos quatro aos 15
Outra estratégia volta-se para a formação da ci-
anos de idade.
dadania. O país precisa de cidadãos participativos e éticos, e está claro que a sociedade civil deve atuar junto com o poder público para caminhar em di-
É feita a introdução ao universo da robótica com
reção a uma organização mais justa, mais transpa-
conceitos básicos de mecânica e raciocínio lógico. A
rente, menos violenta e que dê oportunidades para
robótica é uma eficaz ferramenta para trabalho em
todos. Para tal, as crianças e jovens precisam, desde
grupo, resolução de conflitos, divisão de tarefas e
cedo, desenvolver o protagonismo, a capacidade de
também gerenciamento de frustração.
se organizar e a autonomia em suas ações.
56
Robótica
As oficinas são semanais com cinco horas de duração divididas em duas aulas. Além de passeios ligados ao tema, anualmente os jovens participam de um torneio entre instituições parceiras, realizado pelo Instituto Aprender Fazendo – Bloco a Bloco.
Judô Tem como foco principal promover o desenvolvimento social através da prática esportiva. Tem alcançado resultados positivos que tangem questões relacionadas à cidadania, como respeito, disciplina, humildade, integração e socialização. Estimula o inTeatro Importante ferramenta na formação e no desenvolvimento da criança, que a considera como um ser que pensa, sente e faz. Seja no aspecto pedagógico no aspecto artístico, assistido ou encenado, o teatro auxilia a criança em seu crescimento cultural, e na interpretação crítica de textos e da realidade. São realizadas oficinas semanais com três horas de duração. Durante o ano, os jovens frequentam peças de teatro e, semestralmente, apresentam uma produção teatral.
teresse pela competição sadia e por valores trabalhados através das regras e práticas do judô. As crianças e jovens do Lar praticam o esporte com qualidade e seguindo todas as regras e padrões oficiais, desde as instalações físicas apropriadas ao uso de uniforme e à participação em torneios e competições. As crianças e jovens recebem duas horas semanais de aula, e os atletas em níveis avançados, além de participarem de torneio, recebem também treinamento no Clube Hebraica. Programas de atendimento O Lar atende atualmente 340 crianças e jovens diretamente, e seus familiares, que participam de encontros mensais e atividades culturais. Até 2014 o modelo pedagógico era dividido nos seguintes programas:
57
políticas públicas voltadas à juventude. Desse modo, CCI 4a5 anos
CCA1 6 a 11 anos
CCA 2 12 a 14 anos
PPV + 15 anos
o programa tem procurado atualizar-se na busca de estratégias capazes de dar aos jovens instrumentos para o enfrentamento de desafios próprios, e a parti-
Integração Família Integração Rede Social e Comunidade
cipação social e profissional em um mundo em constante e rápida transformação. As famílias são envolvidas no processo educativo
CCI - Despertar
através de visitas, reuniões e atendimentos individu-
Crianças dos quatro aos cinco anos de idade
ais, visando seu comprometimento com o desenvol-
(80 crianças)
vimento dos seus filhos e do programa.
Baseado na proposta socioconstrutivista de aprendizagem, o trabalho educativo tem como proposta
República do PPV
tornar possíveis experiências em situações concretas
Em abril de 2013, o Lar inaugurou sua República
e na organização lógica das interações com o meio
em um apartamento recebido como doação, no
social. As atividades têm caráter lúdico, dinâmico,
bairro do Paraíso. O espaço é atualmente residência
criativo e interdisciplinar, que contribuem para o de-
para cinco jovens universitários, por um período fi-
senvolvimento do pensamento e para a formação da
nito de 24 meses, quando então novos jovens terão
personalidade da criança.
acesso à experiência. Praticam o pleno exercício de autonomia e autogestão, se responsabilizando pelos
CCA 1 e 2 - Descobrir e escolher
custos diretos mensais.
Crianças e jovens dos seis aos 14 anos de idade (200 crianças e adolescentes)
Relação entre atividades oferecidas e programa
Trabalha a expansão dos horizontes culturais, cognitivos e emocionais das crianças e dos adolescentes, dando-lhes oportunidades de escolha entre as ativida-
Programas
des praticadas. Estimula-se o protagonismo, e forta-
CCI
CCA 1
CCA 2
PPV
4a5
6 a 11
12 a14
>15
80
120
80
60
lece-se o desenvolvimento do espírito de vivência em Faixa Etária
grupo, respeito mútuo e cidadania, valorizando vínculos afetivos com valores éticos, morais e familiares.
Participantes Alimentação
PPV - Passaporte para a Vida
Cood. Institucional
Jovens a partir dos 15 anos de idade até o encamiAo longo do triênio, o programa do PPV proporcionou debates sobre temas e conceitos pertinentes à juventude, para fortalecê-los e possibilitar-lhes uma atitude proativa frente à vida. Procura-se acompanhar as constantes mudanças do mundo do trabalho, bem como os avanços das
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Assist. Social e Saúde
Educação e Formação
nhamento profissional (60 jovens)
Atividades de Base Violão e Orquestra
Judô Robôtica Teatro Coord. PPV e Bolsas
*Dados relativos ao ano de 2014.
2013 • Brasil • Vozes do Violão e Negra Li – Teatro Cultura Artística Itaim • III Simpósio Internacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia • Vozes do Violão – Auditório da UNIP • Vozes do Violão – Museu da Casa Brasileira • Hebraica Meio-Dia • Vozes do Violão – Clube Orquestra Vozes do Violão
Hebraica
O triênio foi um período de grande aprendizagem, quando foi possível a solidificação da sonoridade da orquestra. Os ensaios gerais com músicos convidados e solistas foram extremamente enriquecedores para os jovens, que tiveram contato com profissionais e seus instrumentos, de características distintas dos nossos. Participar da montagem de um grande concerto, sem dúvida, ofereceu aos jovens uma bagagem ímpar de realização artística e pessoal. A Orquestra Vozes do Violão contou com o apoio
2014 • Erudito • Vozes do Violão e Fábio Zanon – Clube Hebraica • Erudito • Vozes do Violão e Guilherme de Camargo – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura • Vozes do Violão – Museu da Casa Brasileira • Erudito • Vozes do Violão e Duo Siqueira Lima – Museu da Casa Brasileira • Hebraica Meio-Dia • Vozes do Violão – Clube Hebraica
de empresas através do FUMCAD e da Fundação Crespi Prado para desenvolver suas atividades.
CIP no Lar
Completou nove anos de existência sob a regência
Juventude e Dança Israelense • Madrichim da
do maestro Cláudio Weizmann. Participou de diver-
Juventude da CIP promoveram campanhas de arre-
sos eventos, fazendo uma média de dez apresenta-
cadação de alimentos (em Pêssach), e atividades de
ções anuais, educativas e comunitárias, atendendo a
recreação com as crianças do Lar; as lehacót, por sua
convites de escolas, congressos e eventos públicos.
vez, se apresentaram e promoveram uma tarde de
Entre as principais é possível citar:
atividades junto às crianças e jovens e suas famílias.
2012
nis da CIP e pelas equipes profissionais da Juventude
Garinim • Criado por jovens dos movimentos juve-
• Vozes do Violão e Turíbio Santos – Museu da Casa Brasileira
e do Lar. Tem como objetivo criar e fomentar diálogo, aproximação e troca de experiências entre os jovens da Congregação e as crianças do Lar.
59
Cada jovem é responsável por uma criança que será seu “amigo mais velho”. A partir de tal relação, eles têm a oportunidade de conversar, brincar, passear e, acima de tudo, criar um laço de amizade. As atividades incluem brincadeiras e dinâmicas sobre temas relevantes e de interesse das crianças. Os encontros acontecem semanalmente na sede do Lar e, a cada quinze dias, os jovens são acompanhados por um supervisor. Duas vezes por ano são realizados grandes encontros com dinâmicas coletivas. Em dois anos participaram 18 jovens madrichim e 18 crianças do Lar foram atendidas pelo projeto. Grupo Yad de Ação Social • O trabalho conjunto proposto foi mantido, com participação igualitária entre os jovens mais velhos do PPV e os jovens universitários do Yad. O grupo desenvolveu e liderou atividades de monitoria mensal e de viagens com os pais do programa para o Campo de Estudos Fritz Pinkuss, em Campos do Jordão. Departamento de Culto • Desde 2013 são realizados quinzenalmente serviços religiosos de Shabat na sede do Lar. Central de Orientação ao Trabalho • Oferece aos pais do Lar palestras e orientação para recolocação no mercado de trabalho, além de fazer a triagem de profissionais para processos seletivos da instituição. Escola Lafer • Prepara os jovens do Lar para suas cerimônias de Bar e Bat-mitsvá. Voluntariado Os grupos voluntários que trabalham junto ao Lar das Crianças se empenham para conseguir recursos e organizar diversos e criativos eventos beneficentes, além de desenvolver atividades no próprio Lar.
Campanhas Nota Fiscal Paulista • Nos últimos três anos, foi aumentado o número de pontos de coleta em estabelecimentos comerciais. No total são 180 urnas pela cidade, com 15 mil notas cadastradas mensalmente. A partir de liderança voluntária, esta forma de captação tem trazido ótimo retorno financeiro e de visibilidade para o Lar. Pé Quente • Trata-se de loja virtual criada para a compra de tênis, agasalhos e materiais escolares para as crianças e jovens do Lar. Cartões das Grandes Festas • Comercialização de cartões para Rosh haShaná e Iom Kipur. A renda obtida é revertida para as ações do Lar das Crianças. Sacolinhas de Chanucá • Campanha para comprar presentes de Chanucá para as crianças e jovens do Lar. Eventos de captação • Jantar beneficente em comemoração aos 75 anos do Lar das Crianças – Buffet França • Pré-estreia do musical Crazy for You – Complexo Cultural Ohtake • Pré-estreia da peça Meu Deus! – Teatro FAAP • Tarde do Bem (bingo e leilão) – Buffet França • Jantar seguido de palestra com o economista Pérsio Arida – residência de voluntária • Jantar seguido de bate-papo com os economistas Alexandre Schwartsman e Ilan Goldfajn – MAM • Tarde do Bem (boutique Claudete e Deca e joias Laura Marchi – Loja ClaudeteeDeca (Vila Nova Conceição)
60
Atuação no Lar
• Sylvio Hotimsky, coordenador do Colégio Santa Cruz
• Atendimento psicológico e fonoaudiológico
• Margrit Herzberg, ex-diretora do Lar das Crianças
• Orientação de leitura (na Biblioteca do Lar)
• Sergio Kulikovsky, presidente da CIP
• Oficinas de contação de história
• Marcos Lederman, vice-presidente do Serviço
• Bazar assistencial com produtos recebidos
Social da CIP
através de doação
• Luciana Mautner, diretora do Lar das Crianças
• Atividades recreativas para crianças promovidas por empresas parceiras e seus colaboradores
Alguns apoiadores institucionais: • Fundação Elijas Gliksmanis
Parcerias
• Fundação Prada • Fundação Crespi Prado
Educação
• Fundação Arymax
• Colégio Alef
• BrasilPrev
• Colégio Friburgo
• Itaú BBA
• Escola Wilma Kovesi de Cozinha
• Banco BTG Pactual
• Curso preparatório para vestibular com a
• Locaweb
voluntária Susi Sendacz
• Interfile e Credit One
• ONG Era Uma Vez
• Banco Rendimento • Seguros Unimed
Serviços sociais e de saúde
• Pessoas físicas
• Teia – Trabalho em rede com serviços públicos • Sociedade Brasileira de Psicanálise • Universidade FMU Conselho Consultivo Formado por profissionais da área de educação e da área social, tem como objetivo acompanhar e orientar o Lar em suas mudanças e seus direcionamentos. Ajuda o Lar a manter-se alinhado à sua missão, ao mesmo tempo, garantir excelência e inovação. 2012 • 2014 • Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann (substituído em 2015 por Alexandre Schneider, ex-secretário Municipal da Educação de São Paulo) • Luciana Guimarães, fundadora do Instituto Sou da Paz (substituída em 2015 por Fabio Zsigmond, diretor do Projeto Âncora)
61
Balanço financeiro Balanço Financeiro
Fontes 2012 – R$ 2.295.660 Alugueis + Heranças 15%
Empresas/ Fundações 10%
Usos 2012 – R$ 2.256.103
Nota Fiscal Paulistsa 1%
Eventos 12% Cotas manut 20%
Rescisões 0,5%
Fumcad 25%
EspecíFicos 31%
Donativos 16% Cartões 1%
Empresas/ Fundações 11%
Eventos 15%
Usos 2013 – R$ 2.511.770 Eventos Mat. Diversos 6% 5% Concess. 2%
Fumcad 22%
Alugueis 13%
Educação/ Bolsa Estudos 7%
Donativos 11%
Cotas manut 21%
Alimentação 9%
Cartões 2%
Manutenção predial/ eqptos 2%
Fontes 2014 – R$ 2.640.158
Nota Fiscal Paulista 3%
Empresas/ Fundações 8%
62
Alugueis + CIP 20%
Concess. 2%
Folha com BeneFícios 45% Prestadores 21%
Eventos Diversas 1% 1%
Materiais 3% Bolsas 8%
Fumcad 14%
Manut. 3% Limp. 3% Espec. 1%
Rescisões 6%
Folha com BeneFícios 44%
Alimentos 9%
Donativos 15%
Cartões 1%
Despesas Diversas 3%
Usos 2014 – R$ 2.741.398
Rouanet 13%
Eventos 10% Cotas manut 16%
Folha com BeneFícios 49%
Prestadores 19%
Fontes 2013 – R$ 2.431.086 Nota Fiscal Paulista 5%
Manutenção 1%
Prestadores 19%
AÇÃO SOCIAL O Departamento de Ação Social tem por foco atu-
Beneficiados com auxílios financeiros durante
ação nas questões de assistência social, terceira ida-
o triênio 2012/2014
de e empregabilidade. Em todos, a assistência aos
• Depto. de Juventude: 153 jovens
usuários é feita de forma a privilegiar sua autonomia
• Escola Lafer: 15 jovens
e inserção social.
• Minián: 11 participantes • Casos sociais crônicos permanentes:
Assistência Social
três atendimentos anuais
Atendimento individual e/ou familiar que permite apoiar membros da comunidade em suas necessida-
Terceira idade
des. Por meio de atuação em rede com os parceiros
A longevidade é uma conquista que aconteceu,
da comunidade, a assistência se dá de forma a inse-
principalmente, devido aos avanços na saúde e à ge-
rir socialmente os que estejam em fragilidade social.
ração de tecnologias. Durante o triênio 2012-2014
Há um trabalho conjunto com os demais departa-
a CIP acompanhou estas mudanças e criou uma pro-
mentos da Congregação no atendimento às famílias
posta de inovação das atividades para a terceira ida-
que solicitam algum tipo de auxílio financeiro parcial
de através do Núcleo da Maturidade.
para a Escola Lafer e as diversas atividades do Depto.
O Depto de Ação Social cria, através deste projeto,
de Juventude, atendimento de casos sociais encami-
uma programação diversificada de atividades plane-
nhados pelo rabinato, suporte técnico aos jovens na
jadas que estimulam conhecimento e contribuem
questão social, e preparo para trabalhos voluntários.
com os principais aspectos biopsicossociais do indi-
A assistência social atende ainda casos sociais
víduo. O objetivo é favorecer a melhoria da qualida-
crônicos permanentes e os participantes do minian,
de de vida, valorizar a autoestima dos participantes
grupo formado por senhores acima de 60 anos que
das atividades e evitar o isolamento social de modo
recebem auxílio financeiro, orientação e acompa-
a motivá-los e estimular novas participações.
nhamento familiar e profissional. Campanhas assistenciais Durante as festas judaicas e em benefício de entidades judaicas e da comunidade maior foram realizadas campanhas de arrecadação: • alimentos para Lar das Crianças da CIP (Purim); • peças de vestuário para imigrantes do Haiti (Sucót); • produtos de higiene para entidades de Campos do Jordão; • brinquedos novos para creches de São Paulo e Campos do Jordão.
63
Clube das Vovós Lotte Pinkuss
conveniadas com a Prefeitura de Campos de Jordão
Há 62 anos o Clube das Vovós atua como centro
(Sagrada Família, Julio da Silva, EM São Francisco de
de boa convivência, promovendo integração social
Assis e EM Américo Richieri) são levados brinquedos
com programação musical e cultural. Os encontros
novos, doces, livros infantis e jogos educativos.
acontecem às terças-feiras, uma vez por mês, e con-
Na cidade de São Paulo, são beneficiadas anu-
ta com 15 voluntárias permanentes que recebem
almente 150 crianças do projeto Ama, parceria da
cerca de 120 participantes por atividade.
Congregação com o Hospital Samaritano, e da creche São Miguel, da Comunidade do Moinho. Para elas foram distribuídos brinquedos novos, lanches, livros infantis e jogos educativos.
Projeto Vida-Chai (Campos do Jordão e São Paulo) Realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Campos de Jordão, o
projeto acontece no
Coral Sameach
Campo de Estudos Fritz Pinkuss e é conduzido por
O grupo de canto coral para a terceira idade ofe-
voluntárias que arrecadam e organizam, em conjun-
rece inúmeros benefícios aos participantes. Sob a
to com o Departamento de Ação Social, um dia de
regência de um maestro, as aulas desenvolvem a
lazer junto aos participantes.
musicalidade através de técnicas vocais e estimula
Por ano são atendidos 300 idosos e 450 crianças do município de Campos de Jordão. Para os idosos
a socialização de músicas populares brasileiras e judaicas, entre outras.
de instituições de longa permanência (sanatórios
Nos últimos três anos a atividade contou com dez
Santa Cruz, Divina Providência, Nossa Senhora das
participantes por ano. As apresentações musicais
Mercês, Vila Albertina, Lar do Outono e Sakura
aconteceram em encontro de corais e em evento da
Home) são promovidas atividades recreativas, ofe-
Câmara Municipal de São Paulo. Uma vez ao ano o
recido almoço e distribuídos kits com produtos de
Coral Sameach par-
higiene, roupas novas e cestas básicas. Para as crian-
ticipa em conjunto
ças em situação de fragilidade social das creches
com o rabinato e os chazanim da CIP de um Cabalat Shabat especial na sinagoga Etz Chaim.
64
Curso de Informática Básico e Avançado Criado e conduzido por um professor voluntário, trata-se de um programa de inclusão digital para pessoas acima de 60 anos. São dois cursos:
um
voltado para iniciantes e com conteúdos básicos do Pacote Office e Internet, e outro, para quem já tem o conhecimento básico, ensina a utilizar os programas Excel e Power Point. No último triênio 54 alunos concluíram o curso básico e 18 participantes finalizaram o curso avançado. Todos os alunos recebem certificado de conclusão do curso.
De 2012 a 2014 foram confeccionadas e entregues duas mil peças para entidades da comunidade maior: Amparo Maternal, projeto Ama (Hospital Samaritano), Hospital do Câncer Infantil Darcy Vargas, Lar do Outono (Campos do Jordão) e Casa Mãe da Fundação Francisca Franco. Curso de Cuidadores de Idosos Destinado a pessoas que tenham interesse em aprender a cuidar de idosos e queiram se qualificar para atuar de forma profissional. Realizado na sede da CIP e em parceria com o Observatório da
Ateliê da Costura da Boa Vontade
Longevidade Humana e Envelhecimento (OLHE).
Grupo formado por voluntárias que confeccionam
As edições realizadas em 2013 e 2014 tiveram um
peças de roupas, enxovais de bebê, mantas, pijamas
total de 70 alunos formados. Após a conclusão do
infantis e colchas de retalho para serem doadas a
curso, os alunos são encaminhados para preencher
entidades assistenciais e comunidades em situação
vagas de cuidadores de idosos solicitadas pela família.
de fragilidade social. Às voluntárias que não têm possibilidade de locomoção, novelos de lã são en-
Palestras sobre Qualidade de Vida
viados aos domicílios.
O Núcleo da Maturidade promove desde 2014 pa-
Em 2014 o espaço do Ateliê da Costura foi reforma-
lestras sobre vários temas ligados à melhoria da qua-
do com o patrocínio da Fundação Elijass Gliksmanis.
lidade de vida para o público a partir de 60 anos.
Novo piso, pintura, luminárias, aparelhos de ar condi-
Sempre em parceria com empresas que atuam nas
cionado, armários novos para acomodar as peças con-
áreas da saúde e do bem-estar.
feccionadas, máquinas de costura novas e bancada de corte deixaram o espaço mais bonito e otimizado para o trabalho das 12 senhoras voluntárias.
65
Foram realizadas duas palestras.
Também realiza cursos de capacitação e coaching de carreira, além da Bolsa de Empregos, que promove a aproximação entre candidatos e empregadores e funciona como instrumento de apoio tanto para os que buscam trabalho quanto para os que oferecem oportunidades. A equipe técnica do Depto. de Ação Social atua na orientação de ambos: dos candidatos, para que melhor explorem suas competências; e dos empregadores, na melhor definição dos perfis de vagas. De 2012 a 2014 foram atendidas 1327 pessoas, e destas 494 usufruíram de orientação profissional diretiva.
• Cuidados ao Morar Sozinho Com um público de 80 pessoas, contou com o lançamento do Guia Prático Morar Sozinho em parceria com a empresa Telehelp – Sistemas de Atendimento Emergencial. Participação da atriz Etty Fraser. A publicação tem como objetivo ajudar aqueles que já chegaram à terceira idade a continuarem vivendo com segurança e independência dentro de suas próprias casas. • Saúde Auditiva X Novas Tecnologias Em parceria com a empresa Telex, contou com a participação da Dra. Regina Ortega, médica otorrinolaringologista, que explicou os cuidados que deve se ter com a saúde auditiva e as novas tecnologias para a melhoria da qualidade de vida. A ocasião contou com a presença de 30 participantes. Empregabilidade A Central de Orientação ao Trabalho da CIP tem como objetivo apoiar profissionais no que se refere à temática do trabalho. Para isso, realiza atividades de orientação profissional diretiva, e orientação sobre construção de currículo, mercado de trabalho e faixas de remuneração.
66
Candidatos atendidos
1327
Candidatos encaminhados
755
Candidatos admitidos
117
Candidatos da comunidade judaica admitidos
49
Homens 502 Mulheres 825 Menos de 20 anos de idade
121
21 a 40 anos de idade
621
41 a 60 anos de idade
521
Mais de 61 anos de idade
64
Cursos de Capacitação Os cursos de capacitação profissional para adultos promovidos pela Ação Social da Congregação têm por objetivo ampliar as qualificações com foco em competências profissionais. A CIP, em parceria com outras instituições sociais e a partir da divulgação da rede de trabalho, oferece um curso por ano. O conteúdo trabalha temas como, por exemplo, marketing pessoal, networking, empreendedorismo pessoal, projeto de vida, ética e valores, relacionamento pessoal e perfil profissional. Como metodologias são utilizadas aulas expositivas dialogadas com apresentação de conceitos, dinâmicas de grupo, exercícios de vivências, rodas de discussão e estudos de casos.
Considerações Finais
Ministrados de forma dinâmica, os cursos criam
• A Central de Orientação ao Trabalho desenvol-
uma nova base de formação aos participantes e co-
veu uma atuação mais focada no profissional e não
laboram para sua efetiva inserção no mercado de
tanto nas vagas. Os cursos de capacitação (pela de-
trabalho. Entre 2012 e 2014 foram promovidos três
manda) foram reduzidos e outros, de formatos dis-
cursos, atendendo um total de 67 pessoas na faixa
tintos, foram incluídos, como o coaching.
etária de 18 a 55 anos.
• O Núcleo da Maturidade manteve alguns projetos, otimizou outros e desenvolveu atividades mais
Coaching de Carreira em Grupo
pontuais e assertivas, como o ciclo de palestras e o
Em 2014 foi realizado a primeira edição do pro-
curso de cuidador de idosos.
jeto de coaching de carreira em grupo em parceria
• A equipe da Ação Social durante o triênio pas-
com as coaches Lucia Korkes e Renata Cintra. Teve
sado, 2009/2011, era composta por quatro profis-
como objetivo uma reflexão prática sobre novas pos-
sionais e um estagiário. Atualmente a equipe conta
sibilidades profissionais, ofereceu uma oportunidade
com dois profissionais e um estagiário, o que esta-
de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. A
belece uma estrutura mais otimizada e com resulta-
atividade teve duração de 17 horas e contou com
do final compatível.
oito participantes.
67
JUVENTUDE Consolidar o trabalho de construção e renovação
São transmitidos conteúdos judaicos, sionistas,
que vem sendo realizado desde a chegada do atual
humanistas e ambientalistas por meio de educação
sheliach, André Wajnberg, há quatro anos, é o ob-
não formal. A participação dos rabinos em capacita-
jetivo do Departamento de Juventude para 2015. O
ções para os madrichim e em atividades com chani-
propósito é fazer com que a educação judaica seja
chim durante as machanót e em sábados de peulót
cada vez mais forte e significativa para as crianças e
trazem uma maior identificação com a CIP.
jovens, com o judaísmo sempre dialogando com os Avanhandava
desafios de nosso mundo e sociedade. A juventude tem sido incentivada a dedicar uma
• para crianças e jovens de sete a 22 anos.
parte de seu tempo a programas sociais e, para isso,
• conta atualmente com a participação de
são utilizadas ferramentas criadas especialmente
80 chanichim e 30 madrichim
para possibilitar esse tipo de ação. O foco do de-
• atividades realizadas durante o último triênio:
partamento é facilitar a prática do que é proposto
• Machané Mishpachti
aos jovens pela educação judaica. Do conteúdo aos
• Eco Day: dia de estudo e passeio sobre
valores, dos valores a conscientização que devemos
ecologia dirigido pelos madrichim
(realizado nos últimos três anos)
A Juventude conta com 750 jovens ativos par-
• Cabalat Shabat especial da Ava na
ticipando em vários grupos diferentes dentro da
sinagoga Etz Chaim (realizado uma vez
Congregação, e possui uma estrutura profissional
por ano nos último três anos)
formada por coordenadores de diversas áreas:
• Blood Day: campanha de doação de
sangue (últimos três anos no Hospital
Israelita Albert Einstein)
atuar em prol da nossa sociedade.
• Coordenador Geral: André Wajnberg (sheliach) • Colônia da CIP Fritz Pinkuss: Ana Karlik (2012/2013) e Ilana Joveleviths (2014)
• outras realizações do período:
• Manhigut: Taly Sister
• formação do grupo de dança israelense
• Dança Israelense: Lia Levin
da Avanhandava
• Shabat Ieladim e Shaat Sipur: Rebeka Anbinder
• participação no programa Shnat Hachshará
• Garinim: Ana Karlik • Secretária do departamento: Marli Pripas Avanhandava e Chazit Hanoar Com uma autogestão liderada por jovens e com assessoria direta do sheliach, os movimentos juvenis judaicos e sionistas têm como base a educação e a liderança do jovem pelo jovem através de encontros semanais e de machanót semestrais.
68
Machon le Madrichim de capacitação,
estudos e vivência em Israel
Hanagót Avanhandava
• outras realizações do período:
• Conselho Continental da Chazit Hanoar
2012
com a presença de 30 líderes de todos os
André Baim – Mazkir
snifim (2014 em São Paulo)
Simon Silberfeld Philip Martin – Rósh Chinuch
• apresentação do grupo de dança
Alex Rutman – Rósh Vaadot
israelense na CIP e no festival Carmel
Gabriel Tabacow Hidal – Guizbar
• participação no programa Shnat
Hachshará - Machon le Madrichim de
capacitação, estudos e vivência em Israel
2013 Gabriel Tabacow Hidal – Mazkir Clarissa Levy Predella – Rósh Chinuch
Hanagót Chazit
André Fajersztajn de Almeida – Rósh Vaadot Eduardo Rubinsztain – Guizbar
2012 Guilad Haim – Mazkir
2014
Déborah Erdman – Rósh Chinuch
Alex Rutman – Mazkir
Guilherme Besser – Rósh Vaadot
Victoria Kimmelmann e Silva – Rósh Chinuch
Marcos Potasz – Guizbar
Clarissa Levy Predella – Rósh Vaadot Eduardo Rubinsztain – Guizbar
2013 Bruno Rosenberg (BR) – Mazkir
Chazit Hanoar
Noam Kramer – Rósh Chinuch
• para crianças e jovens de sete a 22 anos.
Daniela Cualhete – Rósh Vaadot
• conta atualmente com a participação de
Deborah Carlessi – Guizbarit
200 chanichim e 50 madrichim • atividades realizadas durante o último triênio:
2014
• Festa dos 55 anos da Chazit com presença
Benny Ostronoff – Mazkir
de 550 pessoas no Sítio Vips (2014)
Julia Scherer – Rósh Chinuch
• Cabalat Shabat especial dos 55 anos da
Gabriela Gotlib – Rósh Vaadot
Chazit na sinagoga Etz Chaim (2014)
Roni Tarasantchi – Guizbar
• Cabalat Shabat realizado na Casa da
Fabio Baum – Rósh Mokdim
Juventude para 200 pessoas com sidur
criado pelos jovens (2014)
• organização de Cabalat Shabat especial
da Chazit na sinagoga Etz Chaim
(duas vezes por ano)
69
Colônia da CIP Fritz Pinkuss
2013
Colônias de férias educativa com a participação
Marcelo Gildin – Guizbar
direta dos rabinos da CIP e do sheliach na elabora-
Uri Sternschein – Rósh Chinuch
ção de seus tochniot educativos. Os rabinos também
Arthur Lottenberg – Rósh Hanagá
estão sempre presentes nas colônias como dispara-
Nataly Klajner – Rósh Comunicação
dores das vivências religiosas e do estudo das tradi-
Alessandra Altschul – Rósh Logística/ Eventos
ções, fontes e valores judaicos.
• para crianças e jovens de sete a 22 anos.
2014
• conta atualmente com a participação de
Vitor Aronis – Guizbar
200 chanichim e 50 madrichim
Rodrigo Berezovsky – Rósh Chinuch
• atividades realizadas durante o último
Ariel Kovesi – Rósh
triênio:
Vicky Kacelnik – Rósh Comunicação
• capacitação para madrichim sobre Israel
• Cabalat Shabat especial da Colônia da
CIP na sinagoga Etz Chaim
Manhigut
(duas vezes por ano)
Curso para formação dos futuros líderes e educa-
• Peilônia com participação dos 50 madrichim
Melanie Singer – Rósh Logística/ Eventos
dores dos movimentos juvenis da CIP. Com duração de dois anos e contando com a cooperação do ra-
• outras realizações do período:
binato na estruturação do curso, trabalha a conti-
• início da participação no programa Shnat
nuidade na transmissão de conteúdos durante aulas
Hachshará - Machon le Madrichim de
e seminários e na constituição de vivências judaicas
capacitação, estudos e vivência em Israel
significativas. O objetivo maior é de formar jovens
(quatro madrichim)
judeus conscientes de seu judaísmo e da importân-
• criação do programa Teshug, que
cia de sua intervenção educativa como forma de
promove atividades mensais para chanichim
pode mudar o mundo.
mais velhos que já cursam o Manhigut • para jovens de 15 a 16 anos Hanagót Colônia
• conta atualmente com a participação de 80 chanichim
70
2012
• apoio pedagógico de Marcelo Magidhman
Marcelo Ajzen – Guizbar
(para reformulação do curso)
Ariela Kalili – Rósh Chinuch
• presença dos rabinos Michel Schlesinger e
Gabriel Somekh –
Ruben Sternschein, e do sheliach André Wajnberg
Guilherme Pasmanik – Rósh Comunicação
• estágios na Escola Lafer e nos projetos
Vivian Semer – Rósh Logística/ Eventos
Shabat Ieladim e Shaat Sipur
• atividades realizadas durante o último triênio: • workshops no Campo de Estudos Fritz
Dança israelense Os grupos de dança da Congregação têm como
Pinkuss (Campos do Jordão) com a presença
objetivo transmitir conteúdos e valores da religião,
dos rabinos
tradição e história judaica, além de promover a in-
• oficina de teatro com Alexandre Eldestein
tegração dos dançarinos na vida comunitária da CIP.
• oficina sobre sexualidade e hadrachá com
Além dos ensaios semanais, as lehacót partici-
Leticia Lopez
pam de apresentações em festivais, shows e encon-
• capacitação sobre a prevenção ao uso
tros culturais e sociais. Participam também de um
nocivo de drogas com Lucas Francis
workshop de integração e aprendizado de novas
e Filipe Yamak
técnicas de dança, e de atividades culturais e religio-
• capacitação sobre Shabat com a rabina
sas com a presença dos rabinos da CIP e do sheliach.
Deby Grinberg
• lehacót para jovens de 17 a 30 anos
• capacitação sobre Ticun Olam com
(Nefesh e Eretz) e harcadá para todas as idades
o rabino Rogério Cukierman
• conta atualmente com a participação de
• oficina de teatro com Fabio Herford
65 dançarinos
• apresentações realizadas durante o último triênio: • outras realizações do período:
• Festival Carmel
• conversa com o padre Paolo Parise e o
• Festival Choref (Porto Alegre) – 2013
rabino Michel Schlesinger sobre os
• projeto Café Europa
imigrantes haitianos no Brasil
• comunidade judaica de Santo André
• exibição do filme “Quem se Importa”
na Livraria Cultura do Conjunto Nacional
• shows e atividades promovidas durante o período:
• atividades dadas pelos chanichim do
• espetáculo Zo darkeinu lehaguid
Manhigut na ONG Lar do Alvorecer Cristão
(Teatro Gazeta, 2014)
• Bruchim haBaim (primeira maratona de
Madrichim que conduziram o curso de 2012 a 2014
dança israelense da CIP)
Shajar Goldwaser
• atividades com as crianças e jovens do
Jonathan Reichhardt
Lar das Crianças da CIP
Natan Freller
• atividades com os moradores da
Juliana Somekh
Aldeia da Esperança
Rafael Reuben
Carol Ziman
• coreógrafos
Noam Kramer
Natan Hamer
lana Shavitt
Artur Hamer
Naomi Feldman
Luciane Aksenfeld
Maurice Walter Moura
Juliana Somekh
Denise Pripas
Stefany Klass
Érica Rossati
Simone Kabiljo
71
Shabat al Hagag
• para crianças de quatro a seis anos
Serviço religioso de Shabat realizado mensalmen-
• participam 15 chanichim (em média)
te ao ar livre e acompanhado por músicos voluntá-
• realizações durante o último triênio:
rios e profissionais da Congregação.
• atividades especificas sobre as festas judaicas
• para jovens de 18 a 30 anos
• passeios e atividades externas durante
• conta atualmente com a participação de
as férias escolares (parques e Zoológico)
30 chanichim (por evento) Garinim Iad beIad
Criado por jovens dos movimentos juvenis da
Viagem de estudos a Israel com o objetivo de for-
CIP e pela equipe profissional da Juventude e do
talecer a identidade judaica dos jovens e seu víncu-
Lar das Crianças. O objetivo é criar diálogo, apro-
lo e identificação com a CIP. Oferece conteúdo so-
ximação e troca de experiências entre os jovens da
bre judaísmo, valores judaicos, Ticun Olam e Israel.
Congregação e as crianças do Lar.
Conta com a participação direta dos rabinos e do
Além de fortalecer – sob os aspectos social e
sheliach na elaboração do programa, na preparação
emocional – as crianças do Lar para o desenvolvi-
do grupo antes da viagem e no acompanhamento
mento de seus potenciais, o projeto oferece à juven-
educativo e religioso durante a viagem.
tude da Congregação a oportunidade do convívio
• para jovens de 15 a 16 anos • participação de 39 jovens e dois madrichim (2013)
com outras realidades. No Garinim, cada jovem é responsável por uma criança que será seu “amigo mais velho”. A partir
Shabat Ieladim
de tal relação, eles têm a oportunidade de conversar,
Vivência educativa de um serviço religiosos de
brincar, passear e, acima de tudo, criar um laço de
Shabat para crianças. Realizado concomitantemente
amizade. As atividades incluem brincadeiras e dinâmi-
ao Cabalat Shabat da CIP na sinagoga Etz Chaim, ofe-
cas sobre temas relevantes e de interesse das crianças.
rece atividades especiais com linguagem infantil e uti-
Os encontros acontecem semanalmente na sede do
lizando diferentes métodos para a vivência do Shabat
Lar e, a cada quinze dias, os jovens são acompanha-
e aprendizado das tradições e dos valores judaicos.
dos por um supervisor. Duas vezes por ano são realiza-
• para crianças de três a 12 anos • participam 15 chanichim (em média)
dos grandes encontros com dinâmicas coletivas. Em dois anos participaram 18 jovens madrichim e 18 crianças do Lar foram atendidas pelo projeto.
Shaat Sipur Atividades educativas e culturais para crianças. Através de dinâmicas não formais (jogos, contos, teatro e música), transmite conteúdos judaicos e “abre as portas” para as crianças começarem a participar das atividades dos movimentos juvenis da Congregação. O grupo reúne-se semanalmente.
72
• para jovens de 17 a 21 anos • participam nove chanichim (em média por ano)
Shnat Sherut Visa possibilitar que jovens de 18 e 19 anos engajados na ação educativa e comunitária dos movimentos juvenis da CIP realizem ações sociais em diferentes instituições durante o ano anterior ao ano de estudos e capacitação que tradicionalmente realizam em Israel (Shnat Hachshará - Machon le Madrichim). Os jovens fortalecem seu entendimento de diálogo e seus valores com o mundo atual, refletindo de forma profunda sobre o papel do “jovem líder judeu” na comunidade e sociedade. Além de participar do projeto Garinim, os jovens, em parceria com o departamento de Ação Social, participaram de ações com as voluntárias da terceira idade da CIP. O grupo realizou atividades em entidades parceiras como o Centro de Convivência da Unibes e conduziram atividades de acolhimento com sobreviventes do Holocausto. Para alguns usuários da COT, os jovens realizaram curso de atualização de informática. Participação no Shnat Hachshará - Machon le Madrichim Os jovens de 19 a 21 anos integrantes dos movimentos juvenis e projetos da CIP tradicionalmente participam do Shnat Hachshará - Machon le Madrichim de estudos e vivência em Israel pelo período de um ano. Participações: 2012 • 9 madrichim 2013 • 15 madrichim 2014 • 17 madrichim
73
SOCIOCULTURAL A organização do calendário de atividades realiza-
folhetos explicativos sobre cada chaguim que foram
das pela CIP é mais complexa do que o calendário
distribuídos para o público frequentador dos serviços
judaico em si. Além das festas religiosas, acomoda-
religiosos de Shabat e também nas atividades realiza-
mos os eventos de cada um dos departamentos da
das dentro da entidade.
Congregação para que não coincidam. Os 365 dias do ano não são suficientes para a quantidade de atividades que a instituição promove.
Ato em Memória às Vítimas do Holocausto A CIP realiza em parceria com a Federação Israelita
A vocação e a tradição milenar judaica em de-
do Estado de São Paulo (Fisesp) um ato solene volta-
senvolver e disseminar as artes tem alicerçado as
do para a comunidade brasileira. Além de promover
inúmeras ações culturais e sociais da CIP. Por essa
a data para que os horrores do Holocausto não se-
razão, em 2014 foi aprovado o Projeto Diálogos
jam esquecidos, o objetivo também funciona como
pelo Ministério da Cultura, via Lei Rouanet, possi-
um alerta para as autoridades, para que nunca mais,
bilitando à CIP se firmar como um pólo cultural na
na história de nenhum povo, ocorra algo parecido.
cidade de São Paulo nas áreas de literatura, música,
O evento conta também com a parceria do Keren
artes, cinema, teatro, dança, biblioteca, concertos e
Kayemet leIsrael (KKL), da União Brasileiro-Israelita do
palestras. O apoio ao projeto é realizado por pessoas
Bem-Estar Social (Unibes), do Fundo Comunitário e de
físicas e jurídicas com dedução do imposto de renda.
outras entidades na organização e divulgação. Comumente é realizado na sinagoga Etz Chaim da
Nossos parceiros: • O Boticário
CIP tem a presença do governador do Estado de São Paulo e do prefeito da cidade.
• Banco Safra • Banco Daycoval • Day Brasil
Sêder de Tu biShvát No Cabalat Shabat próximo à data, a Congregação
• Rosset
organiza um sêder com as espécies que tradicional-
• Lottenberg Advogados Associados
mente são comidas no chag.
• Doadores Anônimos Festa de Purim Para dar conta de todas as atividades, a área de
Organizada sob a orientação da Escola Lafer, tem
eventos reúne-se semanalmente e conta com a parti-
a participação de todos os departamentos da CIP. O
cipação de todos os coordenadores de departamento.
público convidado é formado pelas famílias de as-
Este trabalho em equipe estimula a comunicação in-
sociados e pela comunidade judaica em geral. No
terna e maximiza o potencial de cada atividade em si.
evento de 2013, por exemplo, foram recebidas cerca de 500 pessoas e oferecidas atrações diversas, como
Chaguim
barracas de pintura e brincadeiras, workshops de
Além da realização dos eventos e celebrações, a
máscaras e fantasias, oficinas de circo, distribuição de
área de eventos também produziu o conteúdo dos
mishlôach manót, e um animado desfile de fantasias. A principal atividade sempre é a leitura da Meguilá Ester, conduzida pelos chazanim, morim e rabinos.
74
Sêder Comunitário de Pêssach
Ticun de Shavuót
Tradicionalmente a CIP celebra a primeira noite de
A festa de Shavuót é celebrada na CIP através do
Pêssach com um sêder conduzido por um rabino e
Ticun da Virada de Shavuót, que desde 2008 oferece
um chazan. Participam, em média, 200 pessoas, que
uma intensa programação de estudo e aprofunda-
compartilham entre familiares e amigos uma noite
mento judaico através de palestras, painéis de discus-
especial com jantar assinado pelo buffet Quitutaria.
são, shows, workshops de culinária e pintura, apre-
A Congregação promove também uma campanha so-
sentações musicais e de dança, cinema, e muito mais.
cial de Pêssach baseada na tradição de receber ou ajudar
O evento, que já contou com convidados como David
quem não tem como participar de um sêder. O objetivo
Herz, Rita Lobo, Monica Dajz, Claudio Lottenberg,
é patrocinar a participação de pessoas que, de outra ma-
Alexandre Feldman, Mona Dorf e Leandro Spett, cos-
neira, não teriam como celebrar ou estar em comunida-
tuma reunir um público superior a 500 pessoas.
de durante a data. Ticun da Virada • Temas Cabalat Shabat especial de Iom haAtsmaút
2015
Desafio, superação e criatividade
O serviço religioso de Iom haAtsmaút é organizado
2014
Corpo e Alma
e conduzido pela Juventude da CIP. Os madrichim
2013
Judaísmo no humor, na culinária, no cinema, na música e nas fontes
dos três movimentos juvenis se unem aos rabinos para preparar um Cabalat Shabat com muita animação e promoção do Estado de Israel. O Cônsul Geral
2012
Aprimoramento do mundo no judaísmo, e os desafios atuais
de Israel em São Paulo e o Embaixador do Estado de Israel no Brasil costumam prestigiar o evento. As ce-
Rosh haShaná e Iom Kipur
lebrações costuma receber em torno de 700 pessoas.
Estes são e continuarão sendo os dias mais importantes do calendário comunitário da CIP. A prepara-
Iom haAtsmaút das entidades judaicas
ção para as Grandes Festas começa com antecedên-
O grupo União em Yom Haatzmaut, formado pela
cia de nove meses e conta com um planejamento
união de 16 entidades judaicas de São Paulo, or-
detalhado de datas, visando acomodar e atender os
ganiza durante quatro meses um evento no Clube
pedidos dos associados em relação a seus lugares.
Hebraica para toda a comunidade. O evento tem
Depois de definidos os locais (além da sinagoga
como objetivo divulgar o aniversário de Israel. Em
Etz Chaim é locado o Centro de Eventos São Luís,
2015, o ato foi engrandecido pelo aumento da par-
que foi substituído pelo Memorial da América Latina
ticipação do público, uma vez que foi realizado em
somente no ano de 2013), é feita a seleção e o con-
um domingo.
trato dos fornecedores envolvidos na realização das celebrações. A atribuição e organização das aliót é feita pela Comissão de Culto, a equipe musical inicia seus ensaios, a Segurança estuda as melhores maneiras de garantir o bem-estar e a tranquilidade dos participantes, e a Juventude e seus madrichim definem e organizam as atividades das Grandes Festas dos Pequenos sob orientação do rabinato.
75
A CIP recebe mais de três mil pessoas, entre as-
A festa de Simchat Torá exprime esse amadurecimen-
sociados e frequentadores, e também organiza um
to individual e coletivo com uma celebração com todos
serviço de Neilá na Casa da Juventude, aberto a
os cantores – profissionais e voluntários –, dançarinos,
toda comunidade judaica. E a área de Ação Social
madrichim, chanichim e morim. A comunidade in-
da Congregação esforça-se para atender todas as
teira participa da leitura dos últimos versículos de
solicitações recebidas.
Devarim e, imediatamente em seguida, da releitura
A Congregação busca oferecer sempre um serviço
da criação do mundo. Nos últimos anos foi mantida
com conteúdo, dinamismo e dignidade, renovando
a tradição de reunir os associados e frequentadores
seu envolvimento comunitário e convocando todos a
na sinagoga Etz Chaim para fazer a releitura todos
ajudar com os recursos que possuem – econômicos,
juntos, com muita alegria.
intelectuais ou de trabalho voluntário – nesta época de renovação de mais um ciclo do calendário judaico.
Atividades de Chanucá Dois são os aspectos mais importantes desta festa:
Culanu BaSucá
o milagre do azeite que durou oito dias e a vitória
A hospitalidade é um dos conceitos mais impor-
pela liberdade religiosa promovida pelos macabeus
tantes da festa de Sucót, e o Culano BaSucá (Todos
sobre os gregos helenizantes.
na Sucá) é o projeto da CIP que inclui jantares temá-
Na CIP, são diligentemente acesas as luzes da
ticos, sessões de estudo, apresentações de música e
Chanukiá, reforçando a mensagem da consolidação
dança, e muita alegria.
de um mundo em que cada um tem o direito de
Os departamentos de Relacionamento com o
criar sua luz particular desde que ela seja colocada
Associado, Ação Social com o Clube das Vovós Lotte
na janela, para que todos possam se beneficiar de
Pinkuss, a Juventude e os movimentos juvenis, e a
sua claridade.
Escola Lafer da CIP realizam atividades dentro da
Costuma-se também organizar atividades em
sucá ao longo da semana festiva. Este envolvimento
cada uma das noites, para recebermos as diferentes
recorda a mensagem trazida pelas quatro espécies
faixas etárias congregadas pela CIP.
da festa: cada um, com seu cheiro e sabor próprios, tem um papel comunitário essencial e insubstituível.
Serviços religiosos especiais de Shabat Os Cabalót Shabat especiais realizados mensal-
Festa de Simchat Torá
mente pelas áreas de atuação da CIP reúnem, em
Representantes das várias áreas de atuação da CIP
média, 800 pessoas, entre associados, frequentado-
participam da elaboração e organização da Festa de
res e amigos da instituição. Entre os eventos realiza-
Simchat Torá, que é um momento de muita alegria
dos estão o Cabalat Shabat especial da Juventude,
para toda a comunidade.
Cabalat Shabat especial da Escola Lafer e o serviço
A data tem significado especial para as pessoas que acompanham atentamente o ciclo da leitura da Torá. Embora o texto seja sempre o mesmo, é preciso relê-lo ano após ano porque somos sempre diferentes.
76
religioso de Shabat dos voluntários da Congregação.
Outras realizações 2012
2013
• Palestra com Saul Singer, jornalista israelense e autor do livro Nação Empreendedora (Start-up Nation)
• O Vaticano e os judeus: bate-papo com o rabino Michel Schlesinger e o cardeal Dom Odilo Scherer; mediação do ator e apresentador Dan Stulbach
• Palestra com o rabino Michael Marmur, vice-presidene do Hebrew Union College • Cinemateca do Rabino: apresentação de filme israelense seguido de bate-papo com os rabinos • Beheraion: curso para casais grávidos com profissionais de várias áreas
• Palestra com o rabino Gilad Kariv, diretor executivo do movimento israelense para o judaísmo progressista (IMPJ) • Palestra com o Prof. Joshua Holo, reitor do campus de Los Angeles do Hebrew Union College
• Palestra com Frida Milgrom, autora e tradutora da obra de Hannah Senesh
2014
2015
• Direto de Paris: palestra com Milton Blay, jornalista e correspondente da BandNews FM
• Bate-papo com Jayme Spitzcovsky após o Cabalat Shabat
• Pré-estreia do documentário “Henry Sobel, luz e sombras de um rabino”
• Je suis pour la paix: bate-papo com Sergio Malbergier, jornalista da Folha de São Paulo e diretor da Conib
• Palestra com o Prof. Joshua Holo, reitor do campus de Los Angeles do Hebrew Union College • Diálogos - o que ensinam o Islã e o judaísmo sobre a paz: bate-papo com cheikh Houssam El Boustani e o rabino Michel Schlesinger • Palestra com Raquel Elior, professora da Universidade Hebraica de Jerusalém
• Colapso hídrico: o que fazer? - bate-papo com Fábio Feldmann, ex-secretário do meio ambiente do estado de São Paulo • Cabalat Shabat com David Harris, diretor executivo do American Jewish Committee (AJC) • Cinedebate: cinema israelense com comentário dos rabinos
• Jantar especial de Sucót com a atriz e diretora Clarice Niskier • Bate-papo com o rabino Shabsi Alpern, do Beit Chabad Central Eventos musicais/teatrais: 2012
2014
• Violinista no Telhado
• Ópera Carmen no Theatro Municipal de São Paulo • A Lista, com Clarice Niskier no teatro Eva Herz da Livraria Cultura
77
COMUNICAÇÃO E MARKETING O Departamento de Comunicação e MKT da CIP
Relacionamento com o público interno
tem como objetivos a divulgação das atividades e
O departamento de Comunicação e MKT também
serviços que a entidade oferece aos seus sócios e
organiza e promove encontros dos funcionários com
frequentadores e o fortalecimento da imagem da
os rabinos, o coordenador do Culto e o sheliach para
entidade em toda a comunidade judaica e socieda-
uma bate-papo sobre as festas e a cultura judaica.
de brasileira. Para tal, é mantido um estreito relacionamento
Canais de Comunicação
com os demais departamentos, o que garante o acesso às informações de cada grupo e mantém a
Revista da CIP
área de Comunicação e Marketing abastecida de
Revista bimestral enviada para sócios, entidades
matéria-prima para notícias, matérias e campanhas
judaicas e frequentadores, e que oferece conteúdo sobre
de divulgação e ideias para novas ações.
judaísmo liberal e a prática religiosa da Congregação.
De 2012 a 2014 o departamento consolidou seu
Inclui também a divulgação dos eventos e atividades
papel interno como suporte aos departamentos
da entidade, além do resumo do que uma área ou
para divulgação de suas atividades, participando ati-
departamento realizou destacadamente no período.
vamente de reuniões para opinar, revisar e agilizar o
Há espaço para dicas de gastronomia, notícias sobre
processo de produção de materiais.
o mundo judaico e Israel, e anúncios.
Em 2014 a CIP modificou sua participação no Facebook, substituindo seu perfil por uma fanpage. Atualmente a
Congregar Shabat
página conta com quase 1700 curtidas.
Boletim semanal distribuído na sinagoga para os
No início do mesmo ano, a Revista da CIP ado-
serviços de Shabat. Inclui um artigo assinado pelo
tou um novo projeto gráfico e uma diagramação
rabinato sobre a parashá da semana, o calendário
mais convidativa com o objetivo de transmitir de
de atividades semanal, e a divulgação de serviços
forma clara e consistente os valores da instituição
e eventos/cerimônias internos e externos, além de
e suas atividades. E em 2015 o veículo foi adapta-
outras informações úteis à comunidade judaica fre-
do ao Projeto Diálogos, aprovado pelo Ministério da
quentadora dos serviços.
Cultura através da Lei Rouanet. Um novo informativo eletrônico semanal, rápido e eficiente, o WHATSCIP, também foi criado. Seu objetivo é o de reforçar a divulgação de eventos e atividades que serão realizados nos dias seguintes ao seu envio.
78
Material de divulgação/ institucional Criação em conjunto com a agência de design gráfico de anúncios, e-mails-mkt, cartões-postais, convites, cartazes, calendários de mesa, banners, programas de shows e eventos, cartas informativas, boletos, divulgando todas as atividades da CIP. Site da CIP Ao lado das páginas nas redes sociais e da Revista da CIP, o site da entidade é o principal veículo de comunicação da Congregação e o maior canal de ligação entre a comunidade judaica e a CIP. Funciona como base dos informativos eletrônicos (CIP Online, CIP Informa e WhatsCIP) e das páginas da entidade no Facebook, no Twitter e no Instagram. Recebe atualmente cerca de quatro mil visitas semanais. Redes Sociais A CIP possui perfil no YouTube desde 2008, no Twitter desde 2009, no Facebook desde 2010 e no Instagram desde 2013. A instituição possui, no total, 3243 seguidores/ curtidas/ inscrições, e seus canais são integrados e atualizados em bases diárias. Informativos eletrônicos O CIP Online é a newsletter semanal da entidade enviada toda sexta-feira de manhã e que traz as notícias, o comentário semanal da parashá, chamadas para fotos e vídeos, e destaque para a programação da entidade. O CIP Informa divulga anúncios de eventos e atividades e pode ser enviado até duas vezes por semana. O WHATSCIP é enviado toda segunda-feira e traz um reforço na divulgação de eventos e atividades que serão realizados nos dias seguintes a seu envio.
79
ENSINO O Departamento de Ensino, centralizado na Escola
Preparação para Bar e Bat-mitsvá
Betty e Jacob Lafer, focou seu trabalho no último tri-
O mais tradicional curso da CIP é idealizado para
ênio em otimizar e modernizar os recursos pessoais
alunos de 10 a 13 anos de idade e tem como ob-
e financeiros do departamento. Todo o trabalho foi
jetivo principal a preparação para as cerimônias de
realizado com o objetivo de aproximar alunos e suas
Bar e Bat-mitsvá. Durante o processo, os alunos são
famílias da Congregação, oferecendo diversas ativi-
apresentados ao tipo de conteúdo necessário para
dades e cursos para que todos possam ser atendidos
que vivam uma vida judaica adulta participativa. O
em suas expectativas e da melhor maneira possível.
envolvimento da família no processo de aprendizagem é incentivado através de atividades especiais
CURSOS E PROJETOS
relacionadas às datas e momentos mais significativos do calendário judaico.
Ktanim
Os alunos são divididos em turmas diferentes, de
Idealizado para crianças de quatro anos até 10
acordo com sua proveniência (escolas da comuni-
anos de idade, o projeto conta com a assessoria da
dade judaica ou as chamadas “não judaicas”), mas
consultora pedagógica Shirley Jungman Sacerdote,
fazem as atividades especiais juntos, o que propicia
fundadora da Kitá Legal, e que também ajudou na
um ensino adequado ao nível de cada um e lhes
estruturação do curso.
mostra a importância de estar em grupo e percepção comunitária.
O projeto possui dois formatos: • Ktanim Babait, com aulas ministradas nas residências dos alunos e em grupos de, ao menos, duas crianças; • Ktanim CIP, com aulas ministradas na sede da Congregação.
Alunos de escolas judaicas Em sua maioria, alfabetizados na língua hebraica - o que dispensa o ensino do idioma. Quando necessário, a Lafer oferece um reforço no Hebraico para facilitar o aprendizado do trecho da Torá e das tefilót que compõem a cerimônia.
O currículo do curso inclui os chaguim e as tra-
São ensinadas as tefilót, os chaguim e cultura e
dições e os valores judaicos. É o início da familiari-
tradição judaica, sempre de acordo com os preceitos
zação dos alunos com as palavras e as canções em
e costumes seguidos na CIP.
hebraico. O ensino, bastante lúdico, envolve ativida-
Somente os meninos que frequentam as escolas
des manuais, jogos, brincadeiras, culinária e conta-
judaicas procuram a Congregação para se prepara-
ção de histórias, além de outras formas divertidas de
rem para o Bar-mitsvá, uma vez que as instituições de
“aprender brincando”.
ensino costumam oferecer preparação e a cerimônia de Bat-mitsvá como parte de seu currículo.
80
O curso da Escola Lafer tem duração mínima de um ano e atualmente possui turmas nas seguintes localidades: Colégio I.L.Peretz • Clube Hebraica • Congregação Israelita Paulista
Shabat Ieladim Concomitantemente ao Cabalat Shabat, as crianças são recebidas na Sinagoga Pequena. O local é decorado com brinquedos, o que propicia a desinibição e o acolhimento, e, após 30 minutos de brincadeiras, elas são incentivadas a guardar os brinquedos iniciar
Escolas não judaicas
o Shabat. Todos se acalmam e assim inicia-se se pre-
Os alunos de escolas não judaicas chegam ao
parar para receber o Dia do Descanso, o que é feito
Ensino, em sua maioria, sem noções de Hebraico.
com as rezas.
Assim, o primeiro foco do curso é alfabetizar os alu-
Ao fim das orações, as crianças participam de uma
nos. Em paralelo à alfabetização, os alunos apren-
dinâmica de grupo relacionada com a parashá da se-
dem as tefilót, os chaguim e música, cultura e tra-
mana que envolve também um bate-papo com re-
dição judaica. O curso tem duração mínima de dois
flexão sobre algum conteúdo selecionado dentro da
anos e está disponível nos seguintes localidades:
porção semanal.
Clube Hebraica • Congregação Israelita Paulista
Busca-se sempre relacionar os temas com as necessidades e sentimentos que fazem parte da realidade
Preparação à distância
da criança, como respeito, ciúmes, ticun olam, cuidar
Para atender às necessidades de famílias que sem-
da natureza, regras e suas necessidades, entre diver-
pre tiveram na CIP o seu “lar judaico”, alunos de
sos outros.
outras cidades, estados e países têm a possibilidade
Por fim, na sinagoga Etz Chaim, após a prédica do
de, via Skype, aprender o conteúdo do curso prepa-
rabino e antes de iniciar a reza do Aleinu, as crian-
ratório e, assim, estar pronto para a cerimônia de
ças são convidadas a entrar na sinagoga e, com toda
Bar ou Bat-mitsvá e para uma vida adulta judaica. O
a comunidade, se aproximar da Torá e receber uma
curso tem duração mínima de um ano.
benção especial.
Shaat Sipur
Shidrug
Atividade realizadas nas tardes de sábado e em pa-
Programa de especialização para jovens adultos
ralelo às dos movimentos juvenis da CIP. Voltada para
com histórico de atuação comunitária e que conta
crianças de quatro a seis anos de idade.
com o apoio financeiro da Fundação Arimax.
A cada sábado é escolhida uma história, preferen-
Através do estudo intenso e profundo do judaísmo
cialmente de origem judaica, a partir da qual serão tra-
(fontes, religião, cultura, história, nação), leva-se os
balhados valores judaicos, chaguim, e cultura judaica.
jovens a obterem valores e exemplos de ação que dialoguem com os desafios individuais, comunitários e sociais do mundo atual. Sendo que esta experiência seja replicada pelos jovens tanto como profissionais comunitários e da educação judaica, como de forma voluntária na
81
liderança comunitária e mesmo em suas vidas par-
e ligados ao calendário judaico e ao conteúdo progra-
ticulares. Os conteúdos serão transmitidos por espe-
mático da Lafer. As aulas também são oferecidas nas
cialistas da área judaica e da educação judaica em
turmas do Clube Hebraica e do colégio I.L. Peretz.
quatro seminários intensivos, uma viagem a Israel de duas semanas e oito simpósios de 4 horas.
Shabat de Torá No início de cada ano, um jantar comunitário é
Conceitos básicos do judaísmo
oferecido aos pais dos alunos de primeiro ano de
Para adultos que desejam ingressar na vida judaica
escolas não judaicas para incentivar a formação do
através do processo de conversão da CIP. É necessá-
grupo e receber as novas famílias na comunidade CIP.
rio passar por um processo de admissão que inclui preenchimento de formulário e questionário e, em
Laila Lavan
um segundo momento, entrevista com os rabinos da
Atividade para alunos do primeiro ano e que suce-
Congregação, Só então é decidido se o candidato é
de o Shabat de Torá. O grupo é convidado a passar
aceito ou não.
uma noite divertida e com muitas atividades e brin-
Por conta de seu objetivo, o curso é acompanha-
cadeiras na sede da Congregação. A atividade vai até
do diretamente pelo rabinato. Ministrado pelo moré
a manhã do dia seguinte e tem como objetivo pro-
Theo Hotz, coordenador do departamento de Culto,
mover a formação de grupo entre os alunos recém-
inclui também aulas específicas conduzidas pelos ra-
-ingressos na Lafer, bem como fazer com que vir à
binos, que fazem entrevistas periódicas para acom-
CIP seja uma ideia divertida.
panhamento do processo de cada aluno. O curso, que tem duração de um ano, ensina história judaica, Hebraico, tefilót e costumes e cultura judaica.
Pré-Seder da Escola Lafer Tradicional evento que reúne a maioria das famí-
Importante ressaltar que completar o curso não garan-
lias de alunos da Escola incluindo os avôs e avós.
te a conversão ao judaísmo do aluno, que precisa, para
Os convidados contribuem com os pratos do jantar
tal, ser aprovado por um beit din (tribunal rabínico).
(casher lePêssach) e todos participam de uma espécie de ensaio geral para Pêssach, que comumente
ATIVIDADES ESPECIAIS
acontece na semana seguinte. Os alunos preparam
Workshops do Ktanim
tefilót, canções e apresentações para enriquecer a
A Escola Lafer oferece workshops anuais sobre
experiência da noite.
Pêssach, Rosh haShaná e Chanucá para os pais de alunos do Ktanim se prepararem para vivenciar as
Shacharít de Bar-mitsvá
datas com seus filhos. As atividades contam com a
As famílias dos meninos são convidadas a participar
consultoria da pedagoga Shirley Jungman Sacerdote.
de um serviço religioso matinal de sábado no qual, durante a leitura da Torá, os alunos são chamados
Aulas abertas para os pais
junto com suas famílias para receber uma aliá à Torá.
Mensalmente os rabinos da CIP ministram uma aula
Após o serviço, é servido um almoço comunitário. A
especial para pais e alunos sobre temas judaicos atuais
82
proposta é incentivar os meninos a participarem
de ao menos um Shacharít de Shabat antes de suas cerimônias de Bar-mitsvá.
Departamento de Culto da CIP, a participar de um final de semana de atividades no Campo de Estudos Fritz Pinkuss, em Campos do Jordão. Além de dar
Workshop de Tefilín
início à formação de um grupo coeso para traba-
Atividade anual oferecida para as famílias de alu-
lhar durante o ano, e permitir que a cerimônia seja
nos e na qual os rabinos da CIP, juntamente com o
inesquecível, a vivência entre pais, mães e filhas en-
corpo docente da Escola Lafer, conduzem uma pales-
riquece o processo de aprendizagem e absorção do
tra sobre os tefilín (com história, tefilót e costumes).
judaísmo para todos.
O evento, que é finalizado com uma aula prática de colocação dos filactérios, tem como objetivo incen-
A partir desta gestão, os pais também são convidados a participar da atividade com suas filhas.
tivar a colocação dos tefilín pelos pais das meninas bnót-mitsvá durante as cerimônias coletivas e de aliá
Saída de bnei-mitsvá
à Torá, e nas demais oportunidades.
Anualmente, o grupo de meninos que fará Bar-mitsvá no período é convidado, juntamente com o corpo
Cabalat Shabat especial da Escola Lafer
docente da Escola Lafer e com representantes do
Duas vezes por ano, o serviço religioso de Cabalat
Departamento de Culto da CIP, a participar de um
Shabat da sinagoga Etz Chaim é conduzido pelos
final de semana de atividades no Campo de Estudos
alunos da Escola Lafer. Para estas ocasiões, os alu-
Fritz Pinkuss, em Campos do Jordão. Além de dar
nos aprendem todo a liturgia do serviço religioso de
início à formação de um grupo coeso para traba-
Shabat. Trata-se de um aprendizado que será utilizado
lhar durante o ano, e permitir que a cerimônia seja
por toda a vida judaica dos jovens. Adicionalmente, a
inesquecível, a vivência entre pais, mães e filhos en-
comunidade é convidada a conhecer o trabalho reali-
riquece o processo de aprendizagem e absorção do
zado na Escola Lafer.
judaísmo para todos. A partir desta gestão, as mães também são convi-
Atividades de Ticun Olam
dadas a participar da atividade com seus filhos.
Ao longo do ano, os alunos da Lafer são convidados a fazer parte de alguns projetos de Ticun Olam, como
Atividade de Sucót
o Café Europa, que propõe atividades com sobrevi-
No domingo de Sucót a Escola Lafer convida seus
ventes do Holocausto; o Remember Us, do Museu do
alunos para uma manhã de atividades preparadas
Holocausto, que busca identificar as crianças desloca-
pela equipe pedagógica juntamente com a Juventude
das na Segunda Guerra Mundial; entre outros.
da Congregação. Para finalizar, é servido um almoço para que todos tenham a oportunidade de cumprir a
Saída das bnót-mitsvá
mitsvá de fazer uma refeição na sucá.
Anualmente, o grupo de meninas que fará Bat-mitsvá no período é convidado, juntamente com o corpo docente da Escola Lafer e com representantes do
83
Profissionais voluntários
Jantar das bnót-mitsvá Para marcar o início das comemorações da cerimônia coletiva de Bat-mitsvá, as meninas convidam suas
2013
2014
2015
famílias para um jantar de Shabat no Salão Nobre
Coordenação* Miriam Gerber Marli Ben Moshe
Marli Ben Moshe rabina Deby Grimberg
rabina Deby Grimberg
da CIP, logo após o serviço de Cabalat Shabat. Na
Secretária**
Judite Liuchy
Renata Cutolo Denise Zalcsztajn
Denise Zalcsztajn Joyce Kozlowski
Morim
9
12
11
Madrichim
2
3
4
Total
13
17
17
ocasião, além de participar do serviço religioso na sinagoga, as bnót-mitsvá preparam uma apresentação para os pais durante o jantar. Aliá à Torá Na segunda-feira da manhã que antecede a cerimônia de Bat-mitsvá, as famílias das meninas são chamadas para um serviço especial de Shacharít,
* A coordenação do curso foi sempre exercida por uma profissional. A mudança de profissional, em ambas as ocasiões, aconteceu no meio do ano. **A secretaria do ensino foi sempre feita por uma profissional.
quando recebem a mitsvá de uma aliá familiar à Torá. Durante o serviço religioso, as meninas participam
Pagamentos 2013
2014
2015*
Realizado 2015***
Folha
R$ 181.849,00
R$ 181.795,00
R$ 553.986,00**
R$ 60.914,00
Cerimônia coletiva de Bat-mitsvá
Prestadores
R$ 149.980,00
R$ 206.807,00
R$ 167.916,00
R$ 29.428,00
Cerimônia matinal, sem leitura da Torá, em que as
Total
R$ 331.829,00
R$ 388.602,00
R$ 721.902,00
R$ 90.342,00
conduzindo algumas tefilót.
meninas lideram o serviço religioso completo. Números 2013
2014
2015
ND*
18
23
Bar/ 66
62
73
Alunos de escolas judaicas
12
16
29
Shidrug
10
8
ND***
Shaat Sipur
ND**
ND** 10
Conceitos básico do judaísmo
28
18
21
Total de alunos
116
122
156
Ktanim Preparatório
para
Bat-mitsvá
O número de participantes das atividades do Shabat Ieladim varia de semana para semana. ND* - O projeto Ktanim começou em 2014. ND** - Shaat Sipur e Shabat Ieladim eram projetos da Juventude até 2015, quando passaram para a gestão do Departamento de Ensino. ND*** - O Shidrug começará no segundo semestre de 2015.
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* Os números de 2015 são projetados, de acordo com o constante no Orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo da CIP. ** A despesa em folha de pagamento prevista do Ensino engloba o rateio da folha de funcionários de outros departamentos da CIP dos quais o Ensino utiliza os serviços, somente a partir deste ano. *** Realizado até março, não inclui rateio de folha de pagamento de funcionários de outros departamentos.
Finanças 2015*
Realizado 2015***
Despesa
2013
R$ 393.139,00 R$ 533.412,00
2014
R$ 1.077.055,00**
R$ 432.456,00
Receita
R$ 777.360,00 R$ 627.096,00
R$ 757.155,00
R$ 110.706,00
Resultado
R$ 384.221,00 R$ 93.684,00
-R$ 319.900,00
R$ 321.750
* Os números de 2015 são projetados, de acordo com o constante no Orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo da CIP. ** A despesa prevista do Ensino engloba o rateio da folha de funcionários de outros departamentos da CIP dos quais o Ensino utiliza os serviços, a partir de 2015. *** Realizado até março, não inclui rateio de folha de pagamento de funcionários de outros departamentos.
VOLUNTARIADO A Congregação Israelita Paulista conta atualmente
No Lar das Crianças
com aproximadamente 380 voluntários, e seu volun-
Os grupos voluntários que trabalham junto ao Lar
tariado oferece várias oportunidades de trabalho, da
das Crianças desde 1970 se empenharam para con-
área religiosa à área laica, com trabalhos voltados
seguir recursos e organizar diversos e criativos even-
para crianças, adultos ou terceira idade.
tos beneficentes. Durante o último triênio novas
As equipes de voluntários são responsáveis tam-
voluntárias ingressaram nos grupos, desenvolvendo
bém pela direção da entidade, mas todas têm o mes-
novos projetos na área de arrecadação e atividades
mo desejo de ajudar o próximo, difundir o judaísmo
no próprio Lar.
dentro da comunidade e perpetuar a CIP para as próximas gerações.
A entidade conta também com profissionais voluntários que se dedicam a tirar os projetos do papel e torná-los realidade, contribuindo muito para a
Os voluntários da Congregação estão assim distribuídos:
qualidade do trabalho desenvolvido com as crianças e jovens atendidos pelo Lar.
• diretoria e conselho deliberativo; • departamento de Culto (Culto, grupo Neshamá
Produtos judaicos
e Grupo de Estudos da Torá) e Chevra Kadisha da
Ao lado da sinagoga pequena fica a loja de pro-
CIP (grupo masculino, grupo feminino e a Costura
dutos judaicos coordenada por voluntários, respon-
da Chevra Kadisha;
sáveis pela seleção e estoque dos artigos e também
• departamento de Ação Social, com grupos de
pelo atendimento ao público, que pode encontrar ar-
trabalho no Lar das Crianças da CIP (Grupinho e o
tigos judaicos diversos para as mais variadas ocasiões.
Grupo Jovem); na área de projetos voltados para a terceira idade, como o Clube das Vovós Lotte Pinkuss, o Ateliê da Costura da Boa Vontade; os cursos de Informática básico e avançado, e as palestras sobre qualidade de vida), e na área de empregabilidade, com cursos de capacitação e coaching de Carreira em grupo da Central de Orientação ao Trabalho; • departamentos de Comunicação e MKT e de Relacionamento com o Associado no apoio à execução de suas atividades e projetos.
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MÚSICA O triênio foi marcado por um importante movimento de transformar a área musical da CIP em uma área voluntária. O objetivo foi aproximar ainda mais os associados e frequentadores dos serviços religiosos, assim como fomentar o voluntariado nas diversas atividades da CIP. Como consequência, a congregação passou a, cada vez mais, interagir com os serviços religiosos de Shabat, acompanhando as músicas e cantando junto com os chazanim. O processo também incluiu a criação de corais como o Kavaná, composto inteiramente por membros voluntários que contribuem com seus talentos para tornar o Shabat ainda mais especial. Um dos destaques foi a participação dos jovens. Nossas futuras gerações vêm assumindo uma posição protagonista na CIP, tomando cada vez mais espaço nos cultos e expressando, especialmente por meio da música – que exerce uma função catalizadora –, sua participação nos serviços.
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NOSSOS VOLUNTÁRIOS Nenhum trabalho na CIP seria possível sem a dedicação de um amplo corpo de voluntários. Identificando-os, um a um, a CIP deixa gravado todo o seu reconhecimento. CHEVRA KADISHA Feminina Beatriz Abraham Dina Neumann Estella Fleischmann Irene Iael Schindler Legmann Jaqueline Grossmann Jeannete Heymann Karin Schindler Monica Lia Plaut Naomi Greice Yamaguchi Regina Markus Renate Meyer Ruth Lippmann Ruth Pfingst Sandra Kunreuther Masculina Ari Renberg Daniel Nusbaum Danilo Gross Fabio Iguelka Fabio Zsigmond Francisco Tuchler Franco Chazan Henrique Elias Julio João Abraham Levy Rubinstein Luiz Eduardo Gross Marcos Zagury Michel Freller Miguel Gross Rolf Motulski Samuel Nissimoff Sasa Markus COSTURA DA CHEVRA KADISHA Amenai Tapias Lobo Marie Jeanne Schwartz Monolescu Margarida Leopoldina . de Miranda Sonia Medaljon Rosenberg Sophia Gitelman
CENTRAL DE ORIENTAÇÃO AO TRABALHO Lucia Korkes CLUBE DAS VOVÓS Anna Kern Brônia Popelnik Celia Lewin Daisy Rosenberg Pontremoli Henriette Victor Nacson Iva Garson Jeanette Heymann Kaete Heilberg Lore Jaeger Mala Tencer Malvina Klinov Marlene Rachman Micheline Bousso Miriam Aronivici Nicla Lewin Regina Amiach Renee Miriam Herz COSTURA DA BOA VONTADE Acia Krankurs Dryzun Anita Voldiner Rosenzveig Chana Kornblum Dorothy Soihet Botrz Eneide M. Rosemblat Frida Frankfurt Geny Kotujansky Helga S. Model Ivonne Herzig Regina Cracovsky Ruth M. W. Josel Ruth Regina L. Auricchio Sara Kadosh INFORMÁTICA PARA SÊNIORS Estevão Berger
CULTO Alain Minerbo Daniel Nusbaum David Léo Eisencraft Eduardo Rottmann Gershon Szklo Gerson Rene Jardeni Gilberto Rozenchan José Alberto Pavani Marcelo Eric Freund Marcos Zagury Mario Bohm Max Wolffowitz Miguel Gross Natan Freller Naomi Greice Yamaguchi Paulo Sergio de Goes Renato Strauss Roberto Abrão Bohm Sergio Miguel Cernea Simão Priszkulnik Thomas Erico Presch SHIRAT MIRIAM Dora Lucia Brenner Ruth Bohm GRUPO NESHAMÁ Adolfo Faundez Angelina Mariz de Oliveira Carol Chammah Edith Rottmann Eduardo Rottmann Isabel Giannotti Márcia Ferraz Monica Seincman Roberto Bedrikow Roberto Muller (Z”L) Solange Esteves Welisson Paim Santos TI Dan Corovtchenco
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NOSSOS VOLUNTÁRIOS MKT E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL Guita Feldman Laura Feldman Silvia Bugajer Tatiana Kulikovsky Ensino André Roemer Andrea Steuer Zago Kulikovsky Eduardo Muszkat Geraldo Coen Gershon Szklo Marcos Zagury Paula Jacobsberg Ruth Bohm Vivian Jospa Yasha Chammah EVENTOS Betty Kitner Calixto Luciana Feldman Lorena Quiroga Mariana Rosset Tatiana Heilbut Kulikovsky RELACIONAMENTO COM O ASSOCIADO Marina Alcaro Marta Heilborn Milton Lerner Sandra Gross Sylvia Kulikovsky Tatiana Heilbut Kulikovsky ARTIGOS JUDAICOS Isis Eliasquivici Sylvia Kulikovsky COMISSÃO CASA DE CAMPOS DE JORDÃO Carlos Max Manasse Baruch Estevão Emílio Klein Laura Feldman Sylvia Kulikovsky
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JUVENTUDE Madrichim e Hanagót dos movimentos juvenis: Avanhandava, Chazit Hanoar e Colônia da CIP Fritz Pinkuss LAR DAS CRIANÇAS Abram Topczewski Andréa Ap. de Oliveira Aparecida Jesus Morgado Franco Ariel Kojtman Bacy Waisman Fleitlich Dra. Carlos Lederman Clara Petraglia Ribeiro Daisy Conceição Rodrigues Edevaldo Fiuza da Silva Elizabeth Kovesi Mathias Erika L. Kuzniec Fanny Ivonne Brandwein Machlup Geny de Oliveira Ramos Hanaide Kalaigian Isaac N Hoga Jacqueline Antony Jeanete Herzberg Lisa Brauer Luciana Lopes Ferreira Ricco Luciana Zanforlin Mautner Marcos Alberto Lederman Marcelo Costa Mathias Margrit Herzberg Marina Alcaro Marina Belisqui Marlene Szpigel Norma Del Giglio Roseli Fátima Gomes Rubens Werdesheim Sandra Pasquali Pacheco Suely Hames Susana A. H. Supervielle Tani Brzostek Muller
LAR DAS CRIANÇAS Grupinho Beatrice Wajnberg Bia Sverner Guita Feldman Helen Schur Hilde Calmanowitz Irina Premisleaner Ita Levi Goldenzwaig Ivete Aizemberg Lolo Bernstein Meri Schwartzman Rebeca Hirschfeld Rebeca Papautsky Reneé Franco Silvia Bugajer Yara Schafirovitch Yildiz Hasan Alcalay Yone Sereno Grupo Jovens Adriana Benjamin Adriana Matone Ejchel Ana Kiara K. Ghelman Ana Claudia Steinmatz Andrea Gora Cohen Claudia Kachani Sutton Daniela Bitran Hemsi Daniela Marchi Dolnikoff Dora Roizen Adoni Fabiana N. Sarfatti Fernanda Kalim Jacqueline M. Grinblat Karina Szymonowicz Liana Gandelman Becker Lilian Pekelman Kuzniec Liora Alcalay Luciana Z. Mautner Luciana Zylberberg Marcia Herchenhorn Marcia Gendel Kropp Melissa Bogorotty Nili Gandelman Renata Z. Calderon Rosecler C. Gerhardt
CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Daniel Borger Vice-Presidente Harry Morgenstern Primeiro secretário Rene Jorge Silberberg Segundo secretário Gustavo Halbreich Conselho (Gabriel) Djabra Harari Addy Seelman Heilbut André Roemer Braulio Pasmanik Bruno Beer Charles Siegmund Rothschild Claudio Silberberg Daniel Borger Daniel Minerbo Daniel Regensteiner Eduardo Baumel Eduardo Jacobsberg
Eduardo Muszkat Eduardo Zylberstajn Fabio Borger Fabio Zsigmond Felipe Roitman Rothschild Flavio Silberberg Franco Loeb Chazan Gustavo Halbreich Harry Morgenstern Ivan Kaiser Joseph Alain Minerbo Lena Strumpf
Marcelo Faingezicht Michel Freller Miriam Vasserman Nelson Grunebaum Paulo Kulikovsky Pedro Paulo Kovesi Rene Jorge Silberberg Rogério Silberberg Ronaldo Heilbut Saul Faingaus Bekin Silvio J. Heilbut Sylvia Kulikovsky
CONSELHO FISCAL Bruno Beer (Gabriel) Djabra Harari Pedro Powidzer
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DIRETORIA EXECUTIVA
DEPARTAMENTOS DA CIP
Presidente Sérgio Kulikovsky
Rabinato e Culto Rabino Michel Schlesinger Rabino Ruben Sternschein Theo Hotz, coordenador de culto
1º Vice-presidente Luiz Eduardo Gross Vice-Presidente de Desenvolvimento Institucional Dora Lucia Brenner Vice-Presidente de Judaísmo Gershon Szklo Vice-Presidente Social Marcos Alberto Lederman Vice-Presidente de Relacionamento com o Sócio Tatiana Heilbut Kulikovsky Diretora de Ensino Andrea Steuer Zago Kulikovsky Diretor Administrativo Carlos Max Manasse Baruch Diretor Financeiro Flavio Levi Moreira Diretora do Lar das Crianças Luciana Mautner Diretor Musical Lucio Di Domenico Diretor de Patrimônio Reinaldo Goldbach Diretor da Juventude Renato Sacerdote (Ganso) Diretor de Culto Mário Bohm Diretora de Comunicação e Marketing Laura Feldman Diretora de Eventos Lorena Quiroga
Culto Musical Avi Bursztein, chazan Alexandre Edelstein, chazan Felipe Grytz, maestro Administrativo Financeiro Ilana Chenker, administração geral Patrimônio e Cerimonial Sara Spuch, coordenadora Relacionamento com o Sócio Tamara Siebner Franken, coordenadora Desenvolvimento Institucional Eve Pekelman, coordenadora Lar das Crianças Katia Honora - coordenadora até dez 2014 Nanci de Lima - coordenadora pedagógica até dez 2014 Aide Firer - coordenadora geral Carmen Oliveira - coordenadora pedagógica Ação Social Debora Sor Paula Barouchel Juventude André Wajnberg, sheliach Ensino Miriam Gerber até 2013 Marli Ben Moshe 2013/2014 Rabina Deby Grimberg - coordenadora Comunicação e Marketing Simone Rosenthal, coordenadora Andréia Hotz, conteúdo Eventos Rebeka Anbinder Segurança Flavio Lamensdorf, coordenador até 2014 Ricardo Katz, coordenador Chevra Kadisha Sergio Cernea, coordenador Assessor jurídico Fernando Lottenberg
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com
MIGUEL FALABELLA e SIMONE GUTIERREZ direção: JOSÉ POSSI NETO
Sessão fechada em benefício do
Lar das Crianças da CIP
A Congregação Israelita Paulista convida você para prestigiar a sessão exclusiva do espetáculo Antes Tarde do Que Nunca, que acontecerá no dia 18 de agosto às 20h15 (a abertura do teatro será às 19h30) no Teatro CETIP do Complexo Ohtake Cultural. A adaptação do musical da Broadway, que tem em seu elenco os atores Miguel Falabella e Simone Gutierrez, é dirigida por José Possi Neto e se passa na Nova Iorque dos anos 20. Para saber mais sobre o evento e adquirir seus ingressos, entre em contato através do email lardascriancas@cip.org.br ou dos telefones 5522.0438 (Andrea) ou 3798.6811 (Raquel).
lardascriancas@cip.org.br www.lardascriancas.org.br
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