portfólio de arquitetura
2020-2021
clara varandas abussamra
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Clara Varandas Abussamra brasileira, 25 anos são paulo, sp rua joaquim antunes, 819, pinheiros +55 11 98987-6093 clara.abussamra@gmail.com 3
Graduação
Associação Escola da Cidade São Paulo, SP Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2019
Idiomas
português (nativa), inglês (avançado), italiano (intermediário), francês (básico), espanhol (básico)
Experiências Profissionais
em arquitetura
atualmente trabalho no Estúdio Gustavo Utrabo, onde faço parte da equipe de desenvolvimento executivo do Campus WPP, em São Paulo.
Estúdio Gustavo Utrabo / São Paulo (2021-atual) www.gustavoutrabo.com ocupação: arquiteta atividades: projetos executivo e detalhamentos. MMBB Arquitetos / São Paulo (2019-2021) www.mmbb.com.br ocupação: arquiteta atividades: projetos executivos, maquetes, apresentações de estudos conceituais e diagramações Inês Lobo Arquitectos / Lisboa, Portugal (2018) http://www.ilobo.pt/ ocupação: estagiária atividades: estudos preliminares, projetos executivos, acompanhamento de obra, maquetes e expografias Grupo Técnico / Escola da Cidade (2017-2018) www.ct-escoladacidade.org ocupação: estagiária atividades: parceria com Alvaro Puntoni, Marta Moreira e Sesc São Paulo para o projeto do novo Sesc Campo Limpo - estudos preliminares, projetos basicos, maquetes, desenhos e diagramação em expografia Contribuição para a expografia de “Duas Casas de Paulo Mendes da Rocha”, autoria de Inês Lobo, para Casa da Arquitectura de Portugal / 2018
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Contribuição para a montagem do acervo de arquitetura brasileira para Casa da Arquitectura de Portugal / 2017
Habilidades
archicad revit autocad pacote adobe sketch up v-ray
Experiências Adicionais
2014 workshop com o escritório norueguês Rintala Eggertsson - construção em madeira e projeto para um centro indigenista na Amazônia
experiente experiente avançado avançado avançado básico
2016 {CURA} curso de representação arquitetônica 2016 “Cultura, objeto, indústria” curso de mobiliário urbano, Escola da Cidade + SESC São Paulo 2016 menção honrosa “Prêmio José Mario Calandra” Escola da Cidade + Universidade de Mogi das Cruzes + Universidade de Brás Cubas 2017 curadoria da exposição “Onde estão as arquitetas?”, no CCSP, em parceria com o escritório Base Urbana 2018 curso “Contribuições da arquitetura portuguesa”, ministrado por Ana Vaz Milheiro e Jorge Filgueira 2019 arquitetura e montagem do Pavilhão GIFE, em conjunto com Goma Oficina, no CCSP 2020 monitoria na disciplina de Planejamento Urbano na Escola da Cidade 2021 pós graduação “Cidades em Disputa” na Escola da Cidade (cursando)
Publicações
2016 matéria “Sereníssimo Refúgio”, com Francesco Perrota-Bosch para a revista AU, edição 265 2020 artigo “O território sob a ponte – a obra de Carrilho da Graça em Ribeira da Carpinteira” (Archdaily Brasil) 2021 ensaio “Paisagem alterada: projeto para um inventário geométrico-territorial brasileiro” (Revista Cadernos de Pesquisa, Escola da Cidade) 5
Vivência Externa / Inês Lobo Arquitectos Lisboa, Portugal 2018 Durante o segundo semestre de 2018, fiz uma vivência externa no escritório da arquiteta Inês Lobo, em Lisboa, Portugal. Foi um período de grande importância na minha formação, visto que tenho muito interesse na arquitetura portuguesa e na formação do nosso território dentro do entendimento do modo ibérico de ocupar cidades. Enquanto no ateliê, partipei de quatro projetos em diferentes escalas, sendo eles uma expografia, uma reforma de uma clínica médica (a qual fui responsável pelo projeto executivo) e ainda os projetos de uma casa e de uma quinta (tipologia de implantação residencial portuguesa). Estes dois últimos projetos de maior escala pude acompanhar do desenvolvimento preliminar até o executivo. Assim, estudei o modo português de fazer arquitetura, e pude discutir questões sobre o morar, a ocupação de um território, o planejamento funcional e poético, e a busca volumétrica atraves de maquetes, prática essencial do atelier.
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INDEX
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Refeitório Central
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projeto para uma habitação coletiva
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estudo para um Centro de Memória
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Pavilhão do Brasil na Expo Dubai 2021
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Campus WPP
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paisagem alterada: projeto para um inventário geométrico-territorial brasileiro
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maquetes / expografias
República, São Paulo Manaus, Amazonas
Araraquara, São Paulo
Dubai, Emirados Arabes Unidos Vila Leopoldina, São Paulo
trabalho de conclusão de curso 2019
além
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Refeitório Central República, São Paulo 2017
O edifício projetado para o Refeitório Central busca ser um espaço democrático no centro da cidade, de acolhimento e comunhão. A construção, que abriga um vestiário e um refeitório públicos, um pavilhão triangular em estrutura metálica e painéis pré-moldados de concreto fazendo o fechamento, com a intenção de fosse eficientemente construido para atender uma demanda urgente. A alternancia entre os paineis translucidos de vidro e opacos, procuram uma relação harmoniosa do edifício com seu entorno bastante característico. Apesar de ter uma altura baixa, o edifício busca na figura do farol uma referência visual e física, e se abre em convite ao abrigo e sinal de referência em meio a metrópole.
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implantação
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1. implantação no lote e criação de uma calçada de estar 2. novo fluxo e possibilidade de atravessar o terreno 3. aspecto “lanterna” como chamariz e porto seguro noturno 4. praça sombreada e protegida no topo, espaço comum
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planta térrea e corte transversal 1. calçada de estar com piso no nível do refeitório 2. portas pivotantes de vidro translúcido 3. balcão de servir 4. elevador de carga que faz as trocas entre cozinha e refeitório 5. novo cruzamento do terreno, com as subidas para os outros níveis
planta mezanino 1. cozinha 2. acesso para os vestiários de funcionário 3. elevador de carga 4. elevador de circulação 2
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planta vestiarios 1. vestiário masculino 2. vestiário feminino 3. ambulatório 4. vestiário de funcionários 5. passarela de acesso
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corte transversal e detalhe 1. placa cimentícia 2. dry-wall isolante 3. perfil I metálico 4. suporte de fixação da placa 5. arremate da laje 6. rufo 7. laje pré-moldada 6
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projeto para uma habitação coletiva em Manaus Manaus, Amazonas 2017
O projeto é de uma habitação coletiva na beira do rio Amazonas, que busca estabelecer outra relação com a encosta e a moradia ribeirinha. Através de elementos verticais vazados em madeira, o edifício se torna permeável pelo vento transversal e, junto à sombra produzida pelos brises, busca se adaptar às condições climáticas da cidade. No nível mais baixo do edifício, por onde se faz o acesso, uma passarela e um píer se encontram com a água em seu nível mais cheio, possibilitando uma relação com a atividade do rio e com a população local.
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implantação
elevação frontal / estudo de cheios, vazios e elementos verticais
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A planta tipo tem seis unidades por andar, sendo três delas duplas, três delas simples. A modulação das tipologias permite que a planta possa tanto ser ampliada quanto reduzida. As varandas laterais ampliam a unidade e dão abertura para o rio, contribuindo para a ventilação transversa do edifício.
planta tipo
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cobertura metálica viga calha
fechamento interno vazado brises verticais estruturados
brises de madeira
janela basculante painél cimentício
corte transversal
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estudo para um Centro de Memória estudo para um Centro de Memória Araraquara, SãoPaulo Paulo Araraquara, São MMBB Arquitetos MMBB Arquitetos 2020-2021 2020-2021
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O pavilhão para o Centro de Memória desta empresa O pavilhão para o Centro de Memória desta se localiza na se fábrica deles, Araraquara. A ideia era empresa localiza naem fábrica deles, em que oAraraquara. edifício pudesse comopudesse um local para A ideia servir era quetanto o edifício o armazenamento doslocal arquivos de memória quanto servir tanto como um para o armazenamento dos arquivos de memória quanto para um lugar para um lugar de descanso e lazer para os funcionarios. de descanso e lazersepara os funcionarios. Assim, o programa organiza em trêsAssim, pavimentos e o programa se organiza em três pavimentos e um subsolo técnico. No térreo, está o museu, coberto um subsolo técnico. No térreo, está o museu, pela coberto projeção dosprojeção outrosdos pavimentos, onde diferentes pela outros pavimentos, configurações poderiam abrigar uma expografia. No onde diferentes configurações poderiam abrigar uma expografia. No primeiro andar o centro de primeiro andar o centro de memória propriamente, memória propriamente, onde os arquivos serão onde os arquivos serão guardados e conservados e, na guardados e conservados e, na cobertura, um cobertura, um pavimento de multiplo uso, que poderia pavimento de multiplo uso, que poderia servir servirpara para a projeção de filmes aliados a exposição ou a projeção de filmes aliados a exposição ou ao lazer, como de local parapara palestras e aulas, dedicadas ao lazer, como de local palestras e aulas, a funcionarios e clientes. e clientes. dedicadas a funcionarios
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térreo térreo
24 24
andar andar intermediário intermediário // acervo acervo
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andar andar multiuso multiuso
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corte transversal transversal corte
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Pavilhão do Brasil
Dubai, Emirados Arabes Unidos MMBB Arquitetos + Ben-Avid + JPG.ARQ
2018-2021
Vencedor de um concurso público, o projeto para o Pavilhão do Brasil na Expo 2021 Dubai apresenta as águas brasileiras, de seus rios e seus mangues: nascedouro de toda a fertilidade da vida, patrimônio natural que dá a base para a discussão da sustentabilidade no planeta. Focaliza-se não naquele país conhecido no mundo, de caráter litorâneo, e voltado para a Europa, mas um Brasil de florestas, de palafitas, e que celebra a cultura e a resistência de povos indígenas. Um país “à margem da história”, nas palavras de Euclides da Cunha . Com uma estrutura tênsil em aço e tecido branco leve, como uma oca contemporânea, o pavilhão forma um arcabouço capaz de receber projeções, criando uma atmosfera imersiva de imagens, sons, odores e temperatura variáveis, por sobre um ondulante e raso caminho de água que será também frequentável. 32
maquete: Guilherme Tanaka
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planta térreo
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A grande “praça d’água”, de um espelho de água com meandros rasos, é resguardada por uma estrutura tênsil com 48 metros de lado e 18,5 de altura. O volume é conformado por treliças nas quatro fachadas, cujas arestas superiores tensionam o tecido da cobertura, formando um impluvio central com quatro faces que convergem em uma gárgula levemente excêntrica. O térreo abriga também uma praça de restaurante, servida pelo núcleo central e um volume menor e redondo de uma loja.
demais pavimentos Sobre a praça, um volume retangular resolve a multiplicade de programas necessários ao pavilhão. No primeiro pavimento, um salão de múltiplo uso com possibilidades tanto expositivas quanto de auditório e, no segundo, um pavimento administrativo para staff e jornalistas. O volume é atravessado por um núcleo de áreas molhadas e circulações que servem a todos os pavimentos.
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Campus WPP
Vila Leopoldina, São Paulo Estúdio Gustavo Utrabo 2021
O terreno para o Campus WPP apresentava duas fortes constantes para o projeto: um céu generoso e amplo, raro no horizonte da cidade, e uma curva constante, que gentilmente guiava o passeio, demonstrando suas perspectivas. Tomando essas duas prevalencias como partida, o projeto propõe uma arquitetura aberta, capaz de interagir com novas dinâmicas de trabalho, e resgatadora de uma ambiência natural em meio a cidade. Partindo de uma modulação rígida e trabalhado em estrutura pré-fabricada, as lajes dos pavimentos vão alterando seu perímetro nível a nível, abrindo assim varandas de descompressão nos andares. Essas varandas são conectadas verticalmente, e na chegada de cada plato a conquista de uma nova vista, que no caminho para a cobertura vai se tornando cada vez mais livre e privilegiada. Na cobertura, uma ampla praça se coloca finalmente abaixo do vasto céu e estabelece uma nova cota de espaço coletivo.
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os pavimentos tipo Sobre a praça, os pavimentos tipo se resolvem em lajes amplas, que permitem diferentes possibilidades de layout de trabalho. A cada andar, o perímetro das lajes diminui em módulos, possibilitando áreas avarandadas, conectadas verticalmente entre si. Do lado de fora, uma pele metálica vazada contorna o volume, filtrando a luz para dentro do edifício.
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o térreo No pavimento térreo, uma praça verde se estende da calçada para dentro do edifício, entrecortada por uma vegetação que abraça o edificio até o topo. A proposta para o paisagismo foi que este tomasse o edifício ao longo do tempo, com espécies trepadeiras, árvores de grande altura, e vegetação rasteira, de modo a garantir a efemêridade da arquitetura, aqui proposta não como elemento estático, mas em diária e duradoura transformação.
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paisagem alterada: projeto para um inventário geométricoterritorial brasileiro trabalho de conclusão de curso 2019 Antes de tudo, deve ser dito que este trabalho parte de uma inquietação pessoal, de uma aluna de arquitetura que, ao passar por um período de vivência externa ao seu país, muito se perguntou sobre a forma do seu lugar de origem. Não houve uma metodologia única que guiou o que aqui se apresenta, houveram diversas tentativas, abordagens e leituras até que se compreendeu que este se trata de um exercício de observação de um lugar. Aqui, buscou-se também resgatar a observação como capacidade da formação em arquitetura. A atenção do olhar ao território, à produção do espaço e as marcas que são produzidas no solo são defendidas neste inventário como prática primeira da leitura que se faz. Este trabalho, começa num primeiro estrato, textual, apoiado numa quadra termológica que estrutura o modo de ver essas fotografias, ou seja, se atentando aos temas do território, do grafismo, da fotografia de satélite e da consolidação de uma unidade inventarial. A partir daí se inicia o segundo estrato, o das fotografias do solo brasileiro, colecionadas sobre o critério das marcas antrópicas que se encontravam registradas no território. Partindo deste olhar superior sobre a terra, as fotografias foram coletadas uma a uma, seguindo uma metodologia de coordenadas própria e inventada, que abstraí o sentido da divisão política estadual do território, com o fim de encontrar registros gráficos da ação humana. Assim, este trabalho procura inaugurar um inventário territorial fotográfico ao mesmo tempo que possa ajudar a compreender o significado das marcas que se pôde observar repetidamente sobre a terra. orientação: vinicius hernandes andrade
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Havia uma curiosidade pela linha que se encontrava marcada no chão. O chão se registrou por meio da foto. A foto retratava a ocupação. A linha era o signo da ocupação, e a linha somada ao chão era o território. 53
B-06-01 - Conecção entre as cidades de Feijó e Taruacá, e a mancha que ela determina 54
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L-06-01 - Terras agrícolas progredindo geometricamente no solo do Mato Grosso 57
O-04-01 - Refinarias de sal próximas à cidade de Mossoró; campos de extração de petróleo pertencente à Petrobras em Canto do Amaro compõe a zona pontilhada; ao lado, as terras quadriculadas fazem parte da Serra do Mel, antigo projeto de colonização, concluído em 1982, que hoje constituem 1.196 lotes agrários, divididos em vilas agrárias comunitárias, dedicadas especialmente à produção de caju.
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K-08-03 - Região do MATOPIBA, nome que se dá à fronteira agrícola entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, responsável por 10% da produção de grãos do país.
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maquetes
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ao longo da formação, a maquete se tornou um importante caminho de estudo pessoal para os projetos, pela possibilidade de exploração de volumetrias, escalas e materiais
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além paisagem alterada: projeto para um inventário geométrico-territorial brasileiro (dezembro, 2019) trabalho de conclusão de curso “A leitura de uma ocupação claramente ligada à exploração da terra, coloca os recursos naturais no centro da relação do território brasileiro com o próprio país e o Mundo. Contrariando a ideia de uma paisagem singular e imponente ou a visão urbana de uma produção do espaço que pode rumar a ser planejada e funcional, pode-se ver no compilado de fotos uma realidade consolidada, com um modus operandi definido quando se trata da ocupação do solo. (...)”
O território sob a ponte – a obra de Carrilho da Graça em Ribeira da Carpinteira (julho, 2020) artigo escrito para o portal Archdaily Brasil “Foi em 1972 que o historiador norte-americano George Kubler propôs o termo “plain architecture” para definir a arquitetura portuguesa entre a metade do século XVI e o início do século XVIII. Enquanto em sua grafia nativa, a tradução do termo entendia o estilo português como simples, o uso do adjetivo designa uma geometria pouco complexa, que remete ao abandono do ornamento manuelino nas construções de igrejas e conventos (...)”
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“Duas casas de Paulo Mendes da Rocha”, Inês Lobo Arquitectos, Casa da Arquitectura de Matosinhos (setembro, 2018)
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