A lua

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A lua


Todos os dias, quando a Lua vai embora do céu para que o dia chegue, ela dá um beijinho ao Sol. Apesar de não falar, a Lua deseja, no beijinho, que o Sol tenha um bom dia e que ele brilhe com mais força, que ilumine com energia positiva aqueles que esperam por mais um dia feliz.


O Sol, que está no lado oposto da Lua, acostumou-se ao beijinho de bom dia que todos os dias ela lhe mandava. Logo depois do doce beijo, ele subia ao céu triunfante e clamoroso e ficava sempre orgulhoso dos elogios que ouvia, desde a hora que nasce, até ao por do Sol.


Todos na terra comentavam sobre a sua beleza, sobre o seu calor amรกvel e como ele tem o poder de tornar o dia mais alegre.


Até que um dia, ele apareceu triste no céu. A luz que transmitia estava fraquinha, fraquinha. Sentia-se infeliz, aborrecido e sem motivação de estar ali. A falta de brilho deu lugar às nuvens e a sua tristeza era tão grande que ele chorou. As lágrimas tornaram-se chuva. Ficou assim por alguns dias.


Estava no céu a chorar e a chuva caía. Estava tão triste, que não se tinha lembrado, que já alguns dias a Lua não dava o beijinho quando passava por ele no começo da manhã. Foi aí que ele se deu conta que a sua infelicidade era na verdade a falta do beijinho da Lua. Depois da descoberta ficou a espera de a encontrar para lhe perguntar o motivo.


? -Lua! Lua! A Lua, assim que o viu no horizonte, assustada olhou para o Sol. - Porque é que já não me dás beijinhos? A Lua ficou surpresa. Era a primeira vez que o Sol falava com ela. -Cansei-me de te dar beijinhos, sempre que te encontrava, sem receber pelo um menos um obrigado.


E foi nesse momento que o Sol se deu conta de que nunca tinha correspondido ao beijo amoroso da Lua. Aliás, ele estava tão preocupado em brilhar no céu que nunca tinha conversado com ela, nem um obrigado! Não se tinha dado conta da importância de um bom dia. – Desculpa minha querida Lua! És tão importante para mim. Fazes-me tanta falta! O teu doce beijo! Aceita as minhas mais sinceras desculpas.


Sempre géneros, a aceitou as suas desculpas. Nesse dia o Sol brilhou muito mais feliz. Estava satisfeito de ter aprendido como tudo e todos são essenciais na vida e que é preciso cultivar sempre os laços de amor. Desde então, a Lua dá um beijinho ao Sol todas as manhãs e o Sol um quente abraço, com excepção dos dias… de chuva, em que eles provavelmente se zangaram, mas eles acabam sempre por fazer as pazes e param de chorar.


2011/2012 Escola Profisional da Guarda Técnico de Multimédia 2º ano Design, Comunicação e Audiovisuais Rui Pedro nº 457


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