Códice News v.1 maio2020

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A informação em suas mãos, ao alcance de seus olhos Maio 2020

Bem-vindos!

Vol. 1

A Códice é uma empresa de consultoria na área da Gestão da Informação. Nosso objetivo é compartilhar assuntos referentes à educação, cultura/leitura e informação técnica, além de divulgar os projetos realizados pela Códice e pelas empresas parceiras e nossa visão sobre assuntos atuais. A periodicidade da revista é bimestral, com nossa primeira edição veiculada em maio, no formato digital. Contamos com seu apoio e feedback! Venha interagir conosco!

A produtividade através da informação organizada

Por Clarissa Padovani Mussoi

A Códice é uma empresa de Gestão da Informação. Para compreender o trabalho realizado por nós, é necessário entender: O que é informação? Onde ela está contida? Para que serve? Como organizá-la, tratá-la e recuperá-la? O que fazer com a informação? Esses são alguns questionamentos que devemos ter em mente para realização dos trabalhos e solução de problemas. De forma rápida e objetiva vamos entender sobre alguns aspectos: informação é o ato de informar, de saber utilizar a informação ou dado capturado e transformá-lo em melhorias para sua empresa. Quando a informação não é trabalhada, ou seja, não é organizada de acordo com a sua funcionalidade, os dados contidos não serão recuperados a contento. O que queremos dizer com isso é que não adianta ter informação se não sabemos o que fazer com os dados extraídos. No mundo em que vivemos, com o crescimento do volume de dados e a total falta de controle informacional, muitas empresas perdem dados importantes referentes a notas, clientes, colaboradores, dados históricos, simplesmente por não dar a devida atenção à organização documental. A informação está contida em diversos dispositivos, dentre eles: livros, documentos históricos, fiscais, administrativos, jurídicos, fotografias, jornais, revistas, cd's, documentos digitais e web, objetos museológicos e etc. E para cada situação existe uma solução ou maneira de torná-la recuperável, a fim de que traga benefícios para a sua empresa. Podemos dizer que a informação tratada resulta em produtividade e eficácia, melhorando o desempenho do profissional e/ou da empresa. Toda informação possui conteúdos que são relevantes ou irrelevantes, dependendo da análise crítica e do propósito da empresa. Para cada cliente é necessário aprofundamento, entrevista, pesquisas, adaptabilidade, para que uma metodologia seja criada de acordo com suas necessidades. Para os processos de organização e classificação da informação são necessários estudos e categorização desses dados para que os mesmos tornem funcionais. Para cada realidade são estabelecidos critérios que classificam a importância desses dados. Essa metodologia vai de encontro com a forma em que esse dado será organizado, tratado e, por fim, recuperado. Para saber um pouco mais sobre o nosso trabalho ou organizar suas informações, entre em contato conosco, através do nosso site: www.codiceconsultoria.com.br; e-mail: clarissa@codiceconsultoria.com.br ou telefone (54) 99940.0560


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A informação em suas mãos, ao alcance de seus olhos Maio 2020

Vol. 1

Códice entrevista: Por Clarissa Padovani Mussoi

Michele Iacocca Nascido no sul da Itália e radicado no Brasil, Michele Iacocca tem formação em Artes Plásticas. É chargista, cartunista, escritor e ilustrador, roteirista, tradutor de obras de escritores famosos, dentre eles Gianni Rodari e Umberto Eco. A Códice entrou em contato com o artista para saber um pouco mais sobre ilustração, artes e a visão dele sobre esse assunto. Confira a matéria!

CÓDICE: Michele, você é italiano e sabemos que a Itália é o berço da civilização ocidental. Na sua visão de artista, qual a sua impressão sobre Michelangelo e suas obras? MICHELE: Antes gostaria de dizer que pelo fato de ter vindo para o Brasil com vinte anos,já tendo feito o liceu clássico na Itália, eu trouxe comigo uma boa bagagem cultural. Já tendo estudado na escola a Ilíada, a Odisséia, a Eneida e lido a Divina Commedia, o Asno de ouro do Apuleio, Xenofontes, Petrarca, Boccaccio, O Novellino medieval e aquele de Masuccio Salernitano, Leopardi, Quasimodo, Pirandello. Digo isso porque essas leituras foram escolhidas e muito curtidas. Também conheci artistas, pintores e gente de teatro. Gassmann, Peppino e Eduardo de Filippo. Um meu professor de latim era fanático por pintura e ele gostava muito de conversar comigo sobre a força e a dinâmica das cores. Vimos até uma exposição de um pintor (brasileiro?) que pintava cachos de bananas. E ele explicava o que era a cor do trópico. Também me mostrou um Caravaggio em Napoli e anos depois vi outro em Roma. Nunca consegui entrar na Cappella Sistina por causa das filas, mesmo tendo tentado três ou quatro vezes, mas acho o Michelangelo a expressão máxima da pintura renascentista. O acabamento final do que Giotto tinha começado. Claro, vi o Davi em Florença. E, falar o que? Tudo tão maravilhoso de não acreditar. CÓDICE: O primeiro livro imagem no Brasil foi o "Ida e volta", de Juarez Machado, sendo publicado primeiramente na Itália (1975) e no Brasil, em 1976. O que você pensa sobre essa obra e a evolução do livro imagem no Brasil? MICHELE: Eu conhecia o Juarez Machado quando eu trabalhava na editora Abril e quando saiu a Antologia Brasileira de humor da qual os dois participamos. Quando saiu o Ida e volta eu adorei e achei o máximo. Eu já tinha feito historinhas de humor sem palavras, até de três pági-


nas, mas nunca livros. Mas quando fiz a Bambolina a minha referência foi a idéia de propor uma leitura pensando no analfabeto funcional e me preocupei mais com o conteúdo. Tipo ler para se ler. Já vi depois, outros livros de imagem, alguns lindos e extremamente poéticos. A imagem sem ficar nada devendo à palavra, inclusive como conteúdo poético. CÓDICE: Na sua concepção, o livro imagem desperta o imaginário das crianças? Essa construção do cognitivo visual infantil na pré-alfabetização seria o primeiro passo para a alfabetização? Você acredita que fazemos o caminho inverso ao mostrar livros com pouco texto antes do livro imagem? MICHELE: Quanto a imagem despertar o imaginário, tenho certeza. Quanto a alfabetização não saberia dizer. Para mim tem uma coisa de sonoridade na palavra que até me parece pouco explorada, tipo a voz como instrumento musical e o som de cada palavra. O que seria o som da voz compondo palavras e sentir e perceber o significado e o sentido emocional delas. O que seria se expressar e expressar o que se sente. Enfim entender e se entender com a palavra e com tudo o que ela quer dizer, inclusive emocionalmente. CÓDICE: Como você descobriu o dom da ilustração? Tem algum artista plástico que você se identifica? MICHELE: Considero o meu caso um tanto estranho. Nunca estudei e nunca tentei me inspirar em ninguém, apesar de achar muitos ilustradores bem melhores do que eu. Deve ser porque comecei como cartunista. Mas o fato é que quando faço uma ilustração eu pego o papel e vou rabiscando meio à toa de forma solta e emocional. Depois olho e o próprio desenho vai se revelando por conta dele e me sugerindo coisas e caminhos. Muito simples. Quanto aos artistas plásticos, eu respeito todos eles e admiro muitos, tipo Picasso, De Chirico e Pollock com sua confusão de cores batendo na sua cara e fechando horizontes, assim como o caos urbano faz. Enfim... CÓDICE: De todas as suas obras, qual é a de maior afeição? Por quê? MICHELE: A Bambolina, sem dúvida. Mas tem o Rabisco que é uma história e tanto, onde mexe até com o ato de criar e com o próprio criador e sua satisfação com a própria criação. Livro bastante premiado. A nuvem que não queria chover, que é a nuvem criança que vira depois todas as crianças do mundo com tudo o que elas são para a vida. E, enfim O mergulho na lua. Que é uma viagem de dois meninos que mal se conhecem numa noite de lua incrivelmente e assustadoramente cheia. E o por que é um só, comum a todos. Um grandíssimo amor. CÓDICE: Como o roteiro para peças teatrais entrou na sua vida? Quando pediram para teatralizar a Bambolina, a proposta foi de ser fiel ao livro, até no visual. Eu acompanhei até para ajudar na compreensão de certas mensagens do livro, no sentido de como conduzir a ação e até a música. Na segunda, a do Rabisco, já houve mais participação junto com o diretor na elaboração do roteiro, incluindo novas propostas. Enfim, na Ovelha negra, que virou musical, eu fiz as letras de boa parte das músicas e até sugeri Newsletter cenas que não tinham no da Códice Expediente livro. A peça ganhou o prêmio Aplauso Brasil. Belíssima experiência de linguagem, inclusive. (54)99940-0560 clarissa@codiceconsultoria.com.br CODICE: Quando você percebeu que não poderia ficar longe desse mundo literário? www.codiceconsultoria.com.br Seria uma história longa, mas lindíssima. Eu nasci numa cidadezinha do sul da Itália praticamente medieval. Tinha mercado no domingo com ciganos vendendo cavalos. Tinha vendedores que vinham de fora, tinha malabaristas e teatro de bonecos. Tinha jogadores de morra que jogavam gritando, cantadores e um grupo de charreteiros que enchia a cara e encena-


va peças onde tinha misturados Cristo, o Diabo, os Sarracenos (li Saracini) o Orlando Furioso e a prima de um deles ( gordota ) que era a odalisca que vivia na Alhambra e era escrava do sultão. E ainda tínhamos um pastor de ovelhas contador de histórias que, quando a história exigia soltava pum e corria atrás da gente com a faca (de verdade) na mão. Fora o meu avô que tinha ido clandestino para os EUA e voltou para a Itália com o circo do Buffalo Bill. Precisa dizer mais? Imagine a vontade de contar... CÓDICE: As literaturas infantil, infantojuvenil e adulta possuem peculiaridades. Na infantil, verificamos a presença da ilustração como forma principal de leitura, na infantojuvenil, alguns títulos possuem imagens. Na adulta, percebemos uma ausência de ilustração. Como você observa essa ausência de ilustração na literatura adulta? O público adulto pode pensar que uma ilustração infantiliza o conteúdo da literatura adulta? Podemos dizer que somos ou nos tornamos “analfabetos visuais"? MICHELE: Eu também acho que na literatura adulta a ilustração tem que ser, se não ausente, muito discreta, para não matar a sugestão do texto. A não ser, lógico que seja uma ilustração tipo co - autoral, que não interfira diretamente no texto. Eu tive duas vezes experiência desse tipo, quando ilustrei uma história tensa e dramática com tiras de humor. O autor gostou. Outro caso difícil é poesia. Com poesia melhor uma ilustração abstrata. CÓDICE: Por fim, gostaríamos de agradecer a sua disponibilidade e atenção. Você poderia deixar uma orientação para quem quiser buscar na ilustração, uma profissão? MICHELE: Bom, o que eu posso dizer que o importante é inventar sem deixar de ser verdadeiro, no sentido da linguagem. Quanto à técnica cada um usa a que tem. Mas com amor e criatividade da pra fazer muita coisa. Com dez dedos ou até com um só se tiver só aquele. Sem medo e com liberdade. O jeito, cada um acha o seu e é isso que é bonito. Eu acho história tensa e dramática com tiras de humor. O autor gostou. Outro caso difícil é poesia. Com poesia melhor uma ilustração abstrata.

A Códice agradece a disponibilidade do autor e ilustrador Michele Iacocca. Estamos gratos em ter respostas tão valiosas e construtivas para criação de novos conhecimentos. Agradecemos também, à autora Carolina Michelini. Abaixo, algumas capas de livros do autor. Confira também o instagram do @micheleiacocca


Informações sobre professores no contexto do A leitura para crianças em tempo de Covid-19 isolamento social Por Roberto Padovani - Mestre em População , Território e Estatísticas Públicas e Mariana Fandinho Mestre em Ciências Econômicas

Com o impacto da pandemia no Brasil, o governo, as empresas, os serviços em geral e os ligados à educação, bem como a sociedade, passaram a repensar em estratégias de atender sua demanda. Para uma análise mais aprofundada, o Instituto Península, analisou um dos setores afetados, a Educação. Devemos pensar que são milhões de crianças e adolescentes em período escolar, devendo se readequar ao novo método de ensino a distância. Uma tarefa árdua tanto para os professores quanto para esse público infanto juvenil, que precisam manter seus horários de estudo, avaliações, cumprir prazos do calendário escolar, para que não haja prejuízo futuro. Dessa forma, o professor se torna o elo entre a secretaria e os alunos, ou seja, o canal de mediação entre escola/pais/alunos, causando por vez uma “nova função”, podendo ocasionar um desgaste mental e emocional para esse profissional. Com base nisso, quais seriam as estratégias para manter o professor em uma condição de trabalho favorável para que não haja desgaste? Qual o suporte que as escolas oferecem em casos de cobranças diretas ao professor, sem que haja uma intermediação do coordenador? Pensando nisso, o Instituto Península realizou uma pesquisa para avaliar o impacto do covid-19 sobre os professores brasileiros. Essa iniciativa buscou investigar alguns temas, tais como o papel do professor, o contexto de suas redes de ensino, saúde, rotina e sentimentos através de questionário enviado para professores do Brasil inteiro. Essa iniciativa do Instituto Península reforça o fato de que o terceiro setor pode utilizar as iniciativas data driven e apoiar políticas públicas através de decisões com base em evidências. Veja a matéria no estadão sobre a pesquisa

Por Jurema Rangel Mestre em Educação

Por que ler, quando e o que ler são questionamentos antigos que hoje, pressionados pelo surgimento do COVID-19, nos fazem refletir um pouco mais sobre leitura na infância. Confinadas em casa, as famílias deparam-se, entre o home office e muitos afazeres domésticos, com a possibilidade de destinar um tempo para a leitura de seus filhos. Adultos, jovens e crianças tem a chance de ler. O velho discurso “ não tenho tempo para ler, cansaço trabalho...” não cabe mais. Em relação às crianças, o impacto da suspensão das aulas é grande na rotina da família. Além de conciliar estudos e brincadeiras, os pais, caso ainda não tenham como princípio a valorização da leitura, sentem-se compelidos a apresentarem a leitura como uma alternativa para preencher o tempo. Cuidar do corpo e da mente são pressupostos fundamentais, nesse momento. Os eventos de letramento, assim denominados por Soares (1998), tempo que os adultos destinam a ler junto e com as crianças, mediando as informações contidas no livro ou qualquer outro suporte, são essenciais para fomentar o gosto de ler. O contato com livros e com a leitura mediada por adultos ajudam a criança a utilizar uma linguagem diferente – e muito mais complexa – do que a usada no dia a dia. Além disto, constroem um vínculo entre adulto e criança que reforça o compartilhamento de ideias, dúvidas e possibilidades. Ler em voz alta é expor a corporeidade do texto, é energia que mobiliza a socialização e organiza saberes e emoções. Ler de forma atenciosa e afetiva fortalece positivamente o emocional da criança. Aos poucos, ela vai associando leitura a afeto, carinho, prazer.


O gostar de ler é uma ação que se inicia no seio familiar. É aí que a criança começa a incorporar os gestos de leitura que os adultos modulam. Portanto, ter pais leitores é o primeiro passo para a formação de uma criança leitora. O prazer de ler é um aprendizado que deve ser cultivado; é um processo de descoberta como lembra Yunes (1995). A criança tem a oportunidade de se conhecer melhor no outro, percebendo que frustrações, alegrias, medos não são sentimentos só dela.

Então, organizar uma pequena biblioteca para as crianças com diversidade de gêneros literários é primordial. Contos, poesias, aventuras e outros não podem ser esquecidos. Além disto, é preciso lembrar que existem livros eletrônicos disponibilizados em diferentes sites para as crianças. Atualmente, em época de isolamento social, existem vários sites que oferecem boas leituras. Não importa o tipo de suporte de que se faz uso: livro eletrônico ou impresso. São suportes diferenciados que permitem interatividades múltiplas, onde o fundamental é permitir que o leitor “converse” com o autor do texto, com aquilo que a história propicia sem nenhum ranço de certo/ errado. Deixar que a imaginação corra solta. Ler histórias permite familiarizar-se com outros modos de pensar e ver o mundo. Vale lembrar que a trajetória do leitor começa a ser construída na primeira infância, nessas primeiras leituras introduzidas pela família que constituem um repertório de leitura que traduz todas as referências textuais que a criança vai estabelecendo em relação ao contexto sociocultural que a rodeia. Ela atribui sentido ao mundo e vai construindo sua identidade.

Logo, os pais podem criar ambiências de leitura (tapetes, almofadas, uma poltrona, etc.), espaços agradáveis para o convívio com os livros e outros suportes que ajudem a promover uma experiência de leitura prazerosa. Aqui, a leitura proposta distancia-se e muito da pedagogização tão comum em muitas escolas (RANGEL, 2005).

Assim, conclui-se que o distanciamento social agora vivido, oportuniza um momento importante de rever como entendemos a leitura infantil e introduzir práticas de leitura junto às crianças que possibilitem construir uma relação amorosa com a leitura. REFERÊNCIAS: YUNES, E. Pelo avesso: leitura e leitor : leitura e leitor. Letras, Curitiba, n. 44, p. 185-196, 1995. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/19078/ 12383. Acesso em: 17 abr. 2020. MIRANDA, L. E.; CARVALHO, D. A Literatura infantil contemporânea. Leitura em Revista, Rio de Janeiro, n. 15, p. 117, 3 dez. 2019. Disponível em https://iiler.pucrio.br/leituraemrevista/index.php/LER/article/vi ew/200/54. Acesso em 20 abr. 2020. RANGEL, J. N. M . Leitura na escola: espaço para gostar de ler. Porto Alegre: Mediação, 2005. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.


Sobre as birras infantis: uma pitada de reflexão! Por Drª Milena Aragão Psicóloga, Doutora em Educação

Birras infantis podem ser desafiadoras não é mesmo? Contudo, a birra não é só uma manifestação de frustração frente a algo que ela não ganhou, é uma manifestação do desenvolvimento da criança e das frustrações e temores desta fase. "Até outro dia" ela era um bebezinho completamente dependente de você e muito rapidamente ela tem um pico de desenvolvimento que a permite falar, caminhar, pular, interagir de uma forma diferente e inesperada, o mundo ganha novo sentido, o cérebro está a mil e o emocional também. É uma grande confusão na cabecinha da criança. Se ela está numa família que não estrutura rotina e não olha o mundo a partir do prisma dela; esse processo é ainda mais complicado. Pense numa criança que está com as sinapses à todo vapor, que tudo no mundo é estímulo e que é preparada biopsicologicamente a experimentar esse mundo; sendo levada para um shopping, com tudo o que este espaço representa! Ela pode vir a ficar agitada mesmo e então entrar no modo "birra"! As chances são grandes! Assim, separei algumas dicas para ajudar neste momento: 1. Tenha calma! Pense: não é pessoal! Ela está manifestando um descontentamento, identifique qual é! 2. Conecte com os sentimentos dela: eu entendo que você esteja triste, com raiva, chateada, brava...nomeie os sentimentos dela. O que não é nomeado, não é controlado 3. Não exploda! Gritar, bater, ofender, só pioram para ambos! 4. Crie alternativas para acalmar a criança: retire-o do espaço que incentivou a birra, ofereça um abraço, ajude-o a respirar.

Diga que estará disponível para conversar quando ela se acalmar. 5. Se estiver muito difícil para você, dê seu tempo positivo: "Estou muito chateada agora, não vou conseguir falar com você, irei respirar um pouco (no banheiro, quarto...) e assim que eu me acalmar conversaremos. É importante que nós, adultos, vejamos as crianças como pessoas em desenvolvimento e que precisam do nosso afeto, compreensão, paciência e conhecimento. A birra não é um comportamento para provocar os pais , é uma manifestação natural da vida. Ela passa! Façamos com que seja um momento acolhedor e de aprendizagem para todos! Os impactos do corona vírus face a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) Por Flavia Coelho Leite Advogada, Esp. em Compliance, MBA Gestão Estratégica, LLM em Direito Corporativo

O Brasil, impulsionado pela legislação de tratamento de dados da União Europeia (GDPR), publicou, em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados brasileira. Nosso país, desde então, vislumbra os efeitos de se ter uma legislação que proteja os dados pessoais dos indivíduos, tendo em vista a necessidade de sua existência para continuar realizando negócios na esfera internacional. A não observância dos preceitos da legislação pátria podem acarretar desde advertências até o bloqueio ou eliminação dos dados pessoais, além de gerar multas altíssimas e publicidade da infração cometida, dependendo de sua gravidade. As multas podem chegar a R$ 50 milhões. Embora publicada em 2018, seus efeitos, em regra, terão início em 16/08/2020. As empresas, desde então, têm sido desafiadas a reavaliar seus processos internos e a controlar e mapear todos os dados pessoais que são realizados no seu diaa-dia. É uma tarefa complexa, que demanda bastante energia e tempo de todos os envolvidos. Depois que se inicia um projeto de diagnóstico e adequação aos preceitos da Lei, este se torna um processo contínuo dentro da companhia.


Observa-se que antes mesmo da pandemia do corona vírus (outubro de 2019), as empresas já pleiteavam pela prorrogação da LGPD, alegando não terem tido tempo suficiente para sua adequação. Agora, o novo projeto de lei que requer a sua postergação tem outro fundamento: a pandemia. Sugere-se que a LGPD entre em vigor somente em 01/01/2021, com previsão de aplicação das penalidades pecuniárias a partir de agosto de 2021. Plausível o pleito, face ao caos que estamos todos vivenciando, mas as empresas pararam para avaliar que, do dia para noite, de forma drástica, tiveram de readequar seus processos para plataformas digitais, adoção forçada do home office, alterando todo o seu modus operandi? E, com isso, os dados pessoais precisam, mais do que nunca, de proteção? Todas as empresas, hoje, estão reavaliando custos, com receio de toda a crise econômica mundial que já está batendo à porta. Não obstante todo o contexto que estamos vivendo atualmente, em 29 de abril de 2020 foi publicada a Medida Provisória (MP) 959 que discorre, dentre outros assuntos, da postergação da LGPD para 03/05/2021. Nem entrarei no mérito da insegurança jurídica de se alterar a vigência de uma lei tão relevante e impactante através de MP. Portanto, deixo um tema de reflexão para todos: seria a adequação à LGPD, independentemente da data de início da sua vigência, um custo ou uma condição sine qua non para continuidade e perpetuação das atividades econômicas?

Webinar 07/05 - 15h - Trabalho Remoto e a privacidade Para se inscrever, clique no título acima. Quintas-feiras técnicas com um tema diferente - sempre às 10h

LIVES 05/05 - 17h - Conversas sobre a depressão @psi.milenaaragao 06/05 - 22h - Leitura de imagem: um convite à criatividade - @psi.milenaaragao 08/05 – 18h – Maternidade @gt_generoesexualidade 11/05 – 16h – Psicologia escolar: que fazer é esse? - @gtpsiescolar 18/05 - 16h - Combate ao abuso e exploração sexual infantil @psi.milenaaragao 18/05 – 20h30 – Comunicação não Violenta no trabalho - @viverzenufs

Dica de Leitura Murakami, Haruki. Crônicas do pássaro de corda. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2017. 768p.

Haruki Murakami é considerado um dos mais importantes autores na atual literatura japonesa. Neste romance, conta a história de Toru Okada, um fracassado, que depois do casamento desfeito e do desaparecimento de seu gato se envolve em situações inusitadas para tentar reencontrar um novo rumo na sua vida.

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Códice Diretora: Clarissa Nogueira Padovani Mussoi Revisão e Editoração: Códice Colaboração: Cintia Roberta Rezzadori

Textos: Roberto Padovani; Mariana Fandinho; Milena Aragão; Jurema Rangel; Flavia Coelho Leite, Clarissa Padovani Mussoi

www.codiceconsultoria.com.br


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