UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RODRIGO LÚCIO FERREIRA
ESTAÇÃO DE TRABALHO ERGONÔMICA E MULTIFUNCIONAL PARA QUARTO DE DORMIR
Florianópolis 2013
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RODRIGO LUCIO FERREIRA
ESTAÇÃO DE TRABALHO ERGONÔMICA E MULTIFUNCIONAL PARA QUARTO DE DORMIR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção do título de Bacharel.
Orientador: Prof. Tiago André da Cruz, Me
Florianópolis 2013
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RODRIGO LUCIO FERREIRA
ESTAÇÃO DE TRABALHO ERGONÔMICA E MULTIFUNCIONAL PARA QUARTO DE DORMIR
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo Curso de Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Florianópolis, 5 de Dezembro de 2013.
_________________________________ Prof. e Orientador Tiago André Cruz. Me. Universidade do Sul de Santa Catarina
________________________________ Prof. Roberto Forlin. Me. Universidade do Sul de Santa Catarina
_________________________________ Kamilla Souza. Universidade do Sul de Santa Catarina
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RESUMO A presente pesquisa surgiu da necessidade de se analisar o impacto da diminuição da área construída, nos apartamentos, e o seu reflexo na indústria moveleira. Uma vez que, tendo em vista o aumento da população durante os anos, e consequentemente a diminuição da área habitável nas grandes cidades, as construtoras começaram a diminuir o tamanho dos seus empreendimentos. A partir desse movimento, os apartamentos e os cômodos tiveram seu tamanho reduzido, dando margem a outro problema: os móveis para esses espaços. Sendo assim, o projeto de uma estação de trabalho ergonômica e multifuncional para o quarto de dormir foi desenvolvido levando em consideração as demandas e necessidades, levantadas a partir dos questionários respondidos pelos prováveis usuários. PALAVRAS-CHAVE: Estação De Trabalho; Ergonomia, Multifuncionalidade.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 - Metodologia de Gui Bonsiepe. ............................................................................................ 16 FIGURA02 – EXEMPLO1. ........................................................................................................................ 26 FONTE 03 - EXEMPLO 2. ........................................................................................................................ 26 Figura 04 - EXEMPLO 3 .......................................................................................................................... 27 Figura 05 - Exemplo 4 ............................................................................................................................ 27 Figura 06 - Produtos da empresa Mobili Intelligenti............................................................................. 29 Figura07 - produtos da empresa lit concept. ........................................................................................ 29 figura08 – produtos do escritório a6 design studio .............................................................................. 30 Figura 09 – Estação de trabalho. ........................................................................................................... 31 Figura 10 – Estação de trabalho/ Workstation. .................................................................................... 32 Figura 11 – Disposição da luz. ............................................................................................................... 44 Figura 12 – Suporte para monitor e documento. ................................................................................. 44 Figura 13 – Suporte para pés. ............................................................................................................... 45 Figura 14 – Perímetro de pesquisa........................................................................................................ 54 Figura 15 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja C. ....................................................... 54 Figura 16 - Estação de trabalho encontrada no site da loja C............................................................... 55 Figura 17 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja K. ....................................................... 55 Figura 18 - Estação de trabalho encontrada no site da loja K. ............................................................. 56 Figura 19 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja M....................................................... 56 Figura 20 - Estação de trabalho encontrada no site da loja M. ............................................................ 56 Figura 21 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja S. ....................................................... 57 Figura 22 - Estação de trabalho encontrada no site da loja S. .............................................................. 57 Figura 23 - Residencial Reggio di CalabriaHome ................................................................................... 58 Figura 24 - Platinus Top Residence. ...................................................................................................... 58 Figura 25 - Residencial e estúdio........................................................................................................... 59 Figura 26 - Evolução da estação de trabalho. ....................................................................................... 67 Figura 27: Fotografia na estação de trabalho 1 .................................................................................... 68 Figura 28: Fotografia na estação de trabalho 2 Figura 29 - Alternativa 1. ....................................................................................................................... 77 Figura 30 - Alternativa 2. ....................................................................................................................... 78 Figura 31 - Alternativa 3. ....................................................................................................................... 79 Figura 32 - Alternativa 4. ....................................................................................................................... 80
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Figura 33 - Alternativa 5. ....................................................................................................................... 81 Figura 34 - Alternativa 6 ........................................................................................................................ 82 Figura 35 - Alternativa 7. ....................................................................................................................... 83 Figura 36 - Alternativa 8. ....................................................................................................................... 83 Figura 37 - Alternativa 9. ....................................................................................................................... 84 Figura 38 - Alternativa 10. ..................................................................................................................... 84 Figura 39 - Alternativa 11. ..................................................................................................................... 85 Figura 40 - Alternativa final detalhada. ................................................................................................. 86 Figura 41 - Estação de trabalho em uso. ............................................................................................... 87 Figura 42 - Visualização de linhas ocultas do tampo da estação de trabalho....................................... 88 Figura 43 - Vista explodida estação de trabalho. .................................................................................. 88 Figura 44 - Vista montada do tampo da estação de trabalho. .............................................................. 89 Figura 45 - Vista montada e explodida do suporte para leitura. .......................................................... 90 Figura 46 - Vista montada e explodida do suporte do monitor. ........................................................... 91 Figura 47 - Vista montada e explodida do suporte para impressora. ................................................... 92 Figura 48 - Vista montada e explodida do pé da estação de trabalho.................................................. 93 Figura 49 - Vista montada e explodida da mesa de escrita/desenho. .................................................. 94 Figura 50 – Vista montada e explodida da mesa de teclado/ mouse. .................................................. 95 Figura 51 –Vista montada e explodida do suporte de pé. .................................................................... 95 Figura 52 – Armário e gaveta montado e explodida . ........................................................................... 96 Figura 53 - Estudo da alternativa final 1. .............................................................................................. 97 Figura 54 - Estudo da alternativa final 2. .............................................................................................. 98 Figura 55 - Estudo da alternativa final 3. .............................................................................................. 98 Figura 56 - Estudo da alternativa final 4. .............................................................................................. 99 Figura 57 - Estudo da alternativa final 5. .............................................................................................. 99 Fonte: Do autor . ................................................................................................................................... 99 Figura 58 - Estudo da alternativa final 6 ............................................................................................. 100 Fonte: Do autor ................................................................................................................................... 100 Figura 59 - Estudo da alternativa final 7. ............................................................................................ 100 Figura 60- Estudo da alternativa final 8. ............................................................................................. 101 Figura 61 - Estudo da alternativa final 9. ............................................................................................ 101 Figura 62 - Estudo da alternativa final 10. .......................................................................................... 102 Figura 63 - Alternativa para produção. ............................................................................................... 103 Figura 64 - Ambientação 1. ................................................................................................................. 105
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Figura 65 - Ambientação 2. ................................................................................................................. 106 Figura 66 - Ambientação 3 .................................................................................................................. 107 Figura 67 - Ambientação 4. ................................................................................................................. 107 Figura 68 - Ambientação 5. ................................................................................................................. 108 Figura 69 - Ambientação 6. ................................................................................................................. 108
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Processo de conformação. ................................................................................................ 34 Tabela 02 – Processo melhoria. ............................................................................................................ 34 Tabela 03 – Processo de separação. ..................................................................................................... 34 Tabela 04 – Processos de união. ........................................................................................................... 35 Tabela 03 - Dimensões corporais estruturais variadas. ........................................................................ 38 Tabela 04 - Dimensões corporais funcionais......................................................................................... 39 Tabela 05 – Medida média. ................................................................................................................... 42 Tabela 09 – medidas Residencial e Studio. ........................................................................................... 59 Tabela 10 - Análise Sincrônica 1. ........................................................................................................... 64 Tabela11 – Análise Sincrônica 2. ........................................................................................................... 65 Tabela 12 - Resultado Análise Sincrônica. ............................................................................................. 66 Tabela 13 - Análise Funcional. ............................................................................................................... 70 Tabela 14 - Levantamento dos componentes e quantidades. .............................................................. 71 Tabela 15 – Análise SWOT..................................................................................................................... 72 Tabela 16 – Componentes da estação de trabalho............................................................................... 86 Tabela 17 – Propriedade de alguns MDF. ........................................................................................... 104
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 – Zona de alcance do braço sentado. .................................................................................. 40 Gráfico 02 – Zona de alcance do braço superior................................................................................... 40 Gráfico 03 – Medidas com proporção ao tamanho do usuário. ........................................................... 43 Gráfico 04 - Pessoas que já usaram estação de trabalho. .................................................................... 48 Gráfico 05 - Características mais prezada em um móvel. ..................................................................... 49 Gráfico 06 - Pessoas que já usaram estação de trabalho. .................................................................... 49 Gráfico 08 - Funções mais utilizadas na estação de trabalho. .............................................................. 51 Grafico 09 – Funções mais utilizada na estação de trabalho ............................................................... 52 Gráfico 10 – Quantidade de pessoas que comprariam a estação de trabalho em estudo. .................. 53 Gráfico11 –Idade. .................................................................................................................................. 73 Gráfico12 – Altura. ................................................................................................................................ 74 Gráfico13 – Escolaridade....................................................................................................................... 74 Gráfico14 - Classe Social........................................................................................................................ 75
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Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 12 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13 1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 13 1.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 13 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13 1.3 ESCOPO............................................................................................................. 14 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 14 1.4.1 Metodologia Científica .................................................................................... 14 1.4.2 Metodologia de projeto .................................................................................. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 18 2.1 DESIGN E A INDÚSTRIA MOVELEIRA NO MUNDO ........................................ 18 2.2 DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DE MÓVEIS NO BRASIL ..................... 22 2.3 INDÚSTRIA MOVELEIRA NO BRASIL ............................................................... 23 2.3.1 Móveis multifuncionais .................................................................................. 25 2.3.2 Estação de trabalho ........................................................................................ 30 2.4 MATERIAIS E PROCESSO ................................................................................ 32 2.5 ERGONOMIA...................................................................................................... 36 2.5.1 Ergonomia Física e Antropometria ............................................................... 37 2.5.2 Ergonomia no Posto de Trabalho.................................................................. 41 3 ANÁLISE DE MERCADO .................................................................. 47 3.1 ANÁLISE DE DEMANDA .................................................................................... 47 3.2 OFERTA ............................................................................................................. 53 3.2.1 Estação de Trabalho ....................................................................................... 53 3.2.2 Apartamentos e Salas Comerciais ................................................................ 58 3.3 CARACTERÍSTICAS DE MERCADO ................................................................. 60 3.4 TENDÊNCIAS DE MERCADO ............................................................................ 61 3.5 ANÁLISE SWAT ................................................................................................. 63 3.6 PÚBLICO ALVO.................................................................................................. 73 4 PROJETO ........................................................................................ 76 4.1 DEFINIÇÃO DE PROBLEMA .............................................................................. 76 4.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVA ........................................................................... 76
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4.3 A ALTERNATIVA SELECIONADA ...................................................................... 85 4.4 ESTUDO DE MATERIAL E COR ........................................................................ 97 4.5 MODELO SELECIONADO PARA PRODUÇÃO E ESTUDOS DE VIABILIDADE DE MERCADO ........................................................................................................ 103 4.6 AMBIENTAÇÃO DO MODELO SELECIONADO .............................................. 105 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 109 APÊNDICE ........................................................................................ 110 APÊNDICE A ..................................................................................... 110 APÊNDICE B ..................................................................................... 112 APÊNDICE C ..................................................................................... 136 REFERÊNCIAS .................................................................................. 150
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1 INTRODUÇÃO
Cidades como Florianópolis, capital de Santa Catarina começam a ter muitas pessoas para pouco espaço de terra habitável, disponível nos dias de hoje. A partir daí, surge um grande questão para arquitetos, engenheiros e designers: Como essas pessoas podem viver confortavelmente em espaços reduzidos? Na tentativa de resolver esta questão, o que se percebe em alguns casos é que os prédios ficaram muito altos e o tamanho dos apartamentos e das salas comerciais reduziu significativamente. Na região da Grande Florianópolis/SC, a onde foi realizada a presente pesquisa, o tamanho dos apartamentos e das salas comerciais é bem diversificado. Um dos problemas encontrados em função da redução de medidas e dos espaços é o mobiliário inadequado. Nesse caso, tentar adequar os móveis a ambiente que não é o apropriado pode levar ao “arranjo provisório”. É importante que se tenha preocupação com o conforto, tanto em casa quanto no trabalho, uma vez que, uma das consequências pode ser o aparecimento de problemas, em virtude da má postura das pessoas. Uma peça de mobiliário bastante utilizado, seja em casa ou no serviço, é a estação de trabalho. Esta peça serve para realização de diferentes atividades que vão do lazer ao labor. A diversificação das medidas dos imóveis e a padronização das mesmas nas estações de trabalho, disponibilizadas no comércio, também são responsáveis por uma demanda que o mercado nem sempre atende. Dessa forma, passa a ser significativo o número de pessoas que por não encontrarem à disposição, o móvel dentro das medidas que necessitam, deixam de adquiri-lo e acabam por utilizar o que possuem naquele momento. O improviso, nesse caso, pode trazer consequências irremediáveis, pois, se o usuário utilizar este móvel de forma adaptada por volta de 6 a 10 horas, seja10 horas digitando, lendo, escrevendo ou desenhando pode vir a desencadear algum problema futuro devido à má postura. Face ao exposto, a presente pesquisa consiste em desenvolver uma estação de trabalho multifuncional e ergonômica para um cômodo pequeno, tomando como base, apartamentos de dois quartos que foram e/ou encontram-se em construção, sala empresarial e espaços dentro de empresas.
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1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma estação de trabalho multifuncional e ergonômica para cômodos residenciais e salas comerciais.
1.1.2 Objetivos Específicos
Conceituar móvel e móvel multifuncional; Descrever
os
conceitos
em
ergonomia
e
as
medidas
antropométricas
relacionadas aos móveis multifuncionais; Levantar os materiais e processos utilizados no desenvolvimento de móveis; Fazer um levantamento dos modelos vendidos nas lojas populares; Entender as características e gostos do público alvo. Desenvolver um projeto de móvel multifuncional ergonômico.
1.2 JUSTIFICATIVA A relevância desta pesquisa consiste na possibilidade de mais um produto disponibilizado para o público e também, no estudo e na descrição da realização de um projeto de design que pode ser utilizado por outros estudantes e pesquisadores para melhor compreenderem a atuação do design em atividades como esta. O pesquisador optou por esta proposta de projeto por ser sua área de afinidade, e pelo fato de ser um desafio propor algo que pode ser um diferencial para e na qualidade de vida do público alvo. Para
o
mercado,
a
pesquisa
possibilitará
que
lojas
que
atualmente
comercializam móveis com medidas padronizadas e que podem não ser compatíveis com a medida dos imóveis comercializados ou que não estejam de acordo com a altura do cliente/usuário, passem a atender a um perfil de consumidor que busca por móveis que atendam as suas medidas e a do imóvel, com custo acessível em relação aos móveis planejados.
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1.3 ESCOPO
A presente pesquisa propõe uma solução para a demanda levantada, estação de trabalho para o quarto de dormir, uma vez que, a medida desse espaço influencia diretamente na utilidade/aplicabilidade e nas medidas do produto. Para tanto, foram utilizadas como indicadores de referencia de medida do espaço: a proposição de medida mínima, do quarto de dormir, pelo autor Neufert (1999) e as medidas definidas pelas construtoras da região da Grande Florianópolis, referenciadas na pesquisa. Como produto da pesquisa, também foi produzido à ambientação do modelo do produto em imagens, que foram delineadas no decorrer do projeto. Já a ambientação animada, surgiu da necessidade de apresentar o produto e como a prototipagem e a produção de um modelo físico extrapolaria a capacidade financeira do pesquisador, o mesmo optou pela representação virtual do produto.
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os procedimentos definidos pelo autor se complementam, visto que a primeira etapa foi fundamentada na metodologia científica e oportunizou a coleta de dados que foram utilizados na segunda etapa, calcada na metodologia e no desenvolvimento do projeto.
1.4.1 Metodologia Científica
A metodologia científica é formada pelas abordagens, instrumentos e procedimentos que, propiciam sistematizar e analisar os dados, permitindo ao pesquisador se posicionar acerca do objeto de pesquisa. A presente pesquisa será aplicada, uma vez que a prática visa, segundo CASTILHO et al (2011, p. 10), solucionar problemas que surgem no dia-a-dia, que resultam na descoberta de princípios científicos que promovem o avanço do conhecimento nas diferentes áreas. Quanto à forma de abordagem é classificada
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como pesquisa quantitativa, por ser de caráter exploratório e por permitir que se interprete os [...] fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem (MINAYO, 2007; LAKATOS et al, 1986).
Quanto aos objetivos da pesquisa, será utilizado o método exploratório, que de acordo com Gil (2002, p.41), proporciona uma “maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”. Os
questionários
foram
aplicados
com
pessoas
selecionadas
por
amostragem, uma vez que esta é composta por uma parte representativa da pesquisa. A amostra, para Gil, (2002, p. 100), “é o subconjunto do universo ou população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população”. A amostragem foi composta por 588 pessoas e o critério de seleção foi que estas pessoas estivessem diretamente envolvidas com o objeto de pesquisa, isto é, que possuam ou que tenham intenção de possuir uma estação de trabalho. O questionário [...] é uma técnica de coleta de dados através de uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do entrevistador. As perguntas são encaminhadas aos informantes em formulários próprios contendo como anexo uma carta explicando o objetivo, a natureza e a importância da pesquisa. CASTILHO et al (2011, P. 13)
Este questionário foi enviado e respondido pela internet, o que facilitou o sigilo e a autonomia dos entrevistados. 1.4.2 Metodologia de projeto
O autor optou por utilizar a metodologia desenvolvida pelo pesquisador Gui Bonsiepe (1984), adaptada do livro Metodologia Experimental, que apresenta uma sequência de ações ou etapas, nas quais cada etapa sempre dependerá do resultado da etapa anterior. A metodologia possui as seguintes etapas:
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Figura 01 - Metodologia de Gui Bonsiepe.
Fonte: artigo referente ao 9º congresso brasileiro de pesquisa e desenvolvimento em design.
A metodologia desenvolvida pelo pesquisador Gui Bonsiepe (1984), e adaptada do livro Metodologia Experimental, propiciou ao pesquisador perceber o “passo a passo” de cada etapa, ou seja, uma etapa somente será desenvolvida quando a anterior estiver concluída. A metodologia desenvolvida pelo pesquisador Gui Bonsiepe (1984) e adaptada do livro Metodologia Experimental, propiciou ao pesquisador perceber a relação entre o “passo a passo” de cada etapa, ou seja, uma etapa somente será desenvolvida quando a anterior estiver concluída. Além de oportunizar que, a partir da utilização de diferentes ferramentas na etapa de análise se amplie as possibilidades de propostas e consequentemente o que venha a ser proposto nunca será uma reprodução do que já se tem no mercado. Mas sim, uma adequação diferenciada ou uma nova proposta, como é o caso da presente pesquisa.
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Com a Problematização definida, foi a partir da Fundamentação Teórica que o pesquisador se apropriou de subsídios teóricos para dar continuidade a pesquisa.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DESIGN E A INDÚSTRIA MOVELEIRA NO MUNDO
O Design de produto, no seu início, era voltado para a divisão do trabalho onde se separava o projeto da manufatura e somente nos anos 70, devido à reação dos jovens designers, este modelo mudou e os dois seguem juntos até os dias de hoje. (BURDEK, 2006, p.19). Já, a indústria moveleira, historicamente, era constituída de pequenas empresas que até os anos 50 eram focadas no mercado interno. Mas, foi a partir dos anos 70 que as indústrias começaram a exportar seus móveis. (SCHNEIDER, 2002, p. 49). A Grã-Bretanha foi o primeiro país a despontar nesse cenário e passou a ser considerado, por alguns autores, como sendo a terra mãe do Design. Haja vista que, a invenção da máquina a vapor por James Watts, no período industrial/século XVIII, contribuiu, de forma efetiva, para o desenvolvimento do Design industrial. (BURDEK, 2006, p.73). O design do país passou por momentos distintos, tendo como ponto de partida o final do século XIX, onde despontou o movimento “Artsand Crafts” que fazia oposição ao progresso da industrialização. Já, depois da Segunda Guerra Mundial, o movimento do design caracterizou-se por juntar a tradição britânica coma tecnologia. (BURDEK, 2006, p.75). Nos anos 60, segundo Bürdek (2006, p.76), a cultura pop britânica influenciou decisivamente, o design, a propaganda, a música, a fotografia, a moda, entre outros segmentos, e foi uma influência tão forte, que além de virar símbolo do país é utilizado até os dias de hoje. O conjunto de países que fazem parte da Grã-Bretanha tem uma indústria moveleira que tem como característica, a: [...] predominância da madeira como matéria prima principal. Os mais importantes segmentos são os móveis de cozinha e para dormitório, com padrão (RTA-ready-to-asembly) e o (DIY-do it yuorself), ocupando ambos mais da metade do valor total da produção. (Cota, 2006, p.11).
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O segundo País a ser mencionado é a Itália, devido às grandes escolas de design voltadas para área de produto/industrial e por ter a indústria moveleira no top do mercado mundial dos anos 70 até 2005. A Itália apresenta uma dicotomia, que ao mesmo tempo desponta como uma singularidade, uma vez que o Norte se apresenta industrializado e o Sul agrário. [...] Nas metrópoles, Milão, Turim e Gênova, existe a grande indústria que produz automóveis (Fiat, Ferrari, Lancia, Lamborghini, Masserati e Piaggio), máquinas, eletrodomésticos e material de escritório (Olivetti), além de uma conhecida e amplamente espalhada indústria de pequeno e médio porte, orientada para uma manufatura artesanal, para fabricação de vidro (Murano) cerâmica, luminária e móveis (especialmente no entorno de Milão). (Bürdek, 2006, p. 122).
A indústria moveleira italiana, no período de domínio, exportava 20% de sua produção, mas nos dias de hoje, com o segundo lugar, a quantidade reduziu para 10%. Mesmo perdendo para China, que tem uma mão de obra mais barata, [...] a indústria moveleira italiana continua sendo considerada a mais competitiva do mundo, no que se refere à criação de design próprio e inovador, que conseguiu determinar o padrão de consumo do mercado moveleiro mundial. Outro ponto que explica a competitividade da Itália é que este país possui a mais avançada indústria de máquinas e equipamentos para produção de móveis. (Ferreira et al 2008, p.6).
Devido ao fato de ter a indústria, maquinaria mais avançada, a Itália exporta seus maquinários para diversos países, e o Brasil é um dos importadores desse material, no intuito de desenvolver a sua indústria moveleira. Já a Alemanha é mencionada devido ao fato de ter a primeira Escola de Design mais conhecida no mundo - a Bauhaus, que teve como características até os anos 80, o funcionalismo, que se baseava, segundo Bürdek (2006, p.85), “na análise de necessidades sociais, desenvolver soluções que tivessem alto conceito de funcionalidade como resultado: o objeto era apenas a função prática ou técnica do produto (manejo, ergonomia, construção, produção)”. Dos anos 80 em diante, o design alemão foi essencialmente marcado por três aspectos: - [...] Uma oferta de incentivo estatal que se instalou após a Segunda Guerra Mundial. - Uma orientação clara de colocação de temas políticos-sociais, por décadas. - Uma discussão teórica intensa, no início dos anos 80, com as questões do funcionalismo e da semântica dos produtos. (Bürdek2006, p.85).
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A indústria moveleira da Alemanha é considerada a terceira no quesito de exportação, e a Alemanha o segundo País em importação com valores próximos entre importação e exportação. É uma indústria com característica que se concentra, [...] na produção de móveis de madeira maciça, na sua totalidade oriunda de madeira reflorestada e certificada, com predominância do pínus e eucalipto. Esta estratégia vem sendo adotada, desde os anos 80, para fazer frente às crescentes restrições ambientais, particularmente no que se refere à importação de madeira. (FERREIRA et al, 2008, p. 7).
Outra característica relevante da indústria Alemã, segundo FERREIRA et al (2008, p.7), é sua tradicional indústria de máquinas e equipamentos, que permite um contínuo processo de inovação do parque produtivo. A França se encontra no oitavo lugar em relação à exportação e em quarto lugar em relação à importação. Mas também possui uma indústria moveleira muito forte por ser a maior da Europa e por seu design ter se destacado durante o período da Art Déco. O Design francês tem, segundo Bürdek (2006, p.149), a herança das “Arts Décoratifs” determinante até os dias atuais. Entretanto, outro ponto de destaque da indústria moveleira francesa no mercado externo são os estofados de plástico. Saindo da Europa e indo para a Ásia, cabe aqui destacar o Japão e a China. O Japão por ser um País de primeiro mundo e altamente tecnológico; e a China, por ter uma economia em expansão e por ser responsável pela produção de grande parte de produtos de tamanhos micros a médios, que se encontram no mercado. O Japão é conhecido pelo design voltado para tecnologia, para a individualidade e a miniaturização dos produtos, devido à falta de espaço no país. A indústria moveleira japonesa no mercado internacional, segundo o site spdesign1 apresenta um nível de competitividade internacional muito baixo, pois, suas exportações não se encontram entre as vinte maiores do mundo. Porém, devido à necessidade de móveis, os japoneses importam muito, elevando a sua posição no ranking para a quarta posição mundial. O segundo país asiático a ser mencionado é a China, devido a ter a maior população do mundo e por produzir milhares de produtos diferentes para empresas importantes. O Design, ainda é muito novo em virtude da política do País e o
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Site spdesign: Disponível em:<http://www.spdesign.sp.gov.br/movel/13.h.t.m>.http://www.spdesign.sp.gov.br/movel/13.HTM>.
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ambiente socioeconômico que influenciavam diretamente o Design. Frente a isso, somente grandes empresas conseguiam fazer produtos com padrão internacional, mas isso só durou até o século XX. Uma quantidade de produtos feita por essas empresas que seguiam o que ocorria no mercado externo ficam sem ser modificados até os anos 80 em função a grande necessidade de produtos básicos, gerada pelo crescimento rápido da população. O Design do País somente tomou “corpo” com o investimento em produtos diferenciados para as pessoas, no ano 2000. A indústria moveleira chinesa foi considerada, depois de 2005 ou 2006, a maior exportadora mundial de móveis, sobrepondo a Itália, considerada até então, a sua maior concorrente. A China tem como característica primordial a dedicação pela exportação de móveis de vime, por ser um segmento de menor conteúdo tecnológico e maior intensidade em mão-de-obra. Nos anos 90, avançou por outros segmentos, ampliando os horizontes da indústria moveleira. Na América, cabe destacar os Estados Unidos da América, por ser um País que foi colonizado e hoje se encontra entre os primeiros países do mundo, e que passou por três períodos diferentes. O primeiro momento foi a vinda dos profissionais da Bauhaus para o País, trazendo com seus conhecimentos e a conclusão das suas obras com sucesso. O segundo momento, deu-se na segunda metade do século 19, quando os engenheiros começaram a pôr sua criatividade em prática e desenvolveram móveis que se ajustassem as formas do corpo humano. O terceiro e último momento de destaque, foi a Década do Streamline, que, de acordo com Bürdek (2006, p. 179), pode ser considerada uma era de produtos com forma de streamline (derivada dos princípios aerodinâmicos N.T.) de carrocerias de automóveis, rádios, eletrodomésticos e máquinas de escritório, aplicadas a interiores. A indústria moveleira americana é considerada a maior do Mundo em quesito de produção, mas fica em quinta posição, quando se fala em exportação. Além de exportarem pouco, segundo Loureiro, 2011, p.28, “a indústria moveleira norteamericana apresenta um elevado grau de abertura no que se refere às importações, dado que equivalem a 40% da produção doméstica”. No meio de toda essa dificuldade, os americanos, segundo Ferreira et al. (2008, p.8), apresentam elevada competitividade em alguns nichos de mercado,
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como na produção de móveis de metal e móveis de alto luxo - segmentos que os EUA ainda despontam como grandes produtores mundiais.
2.2 DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DE MÓVEIS NO BRASIL A maioria dos livros, monografias e artigos encontrados sobre este assunto pelo pesquisador, como aqueles de autoria de SANTOS (1995) e LEAL (2002), que mencionam o período de modernização dos móveis brasileiros, a partir dos anos 30. Sendo assim, este será o ponto de partida para o estudo do mobiliário moderno no Brasil. Antes de mencionar os móveis modernos, é importante destacar que entre os anos 20 e 30 houve uma transição entre o móvel do estilo eclético que teve como base Art Nouveau para o moderno, mas essa mudança só ocorreu depois da Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, os móveis do estilo eclético se caracterizavam por ser uma [...] combinação de diferentes estilos históricos em uma única obra sem com isso produzir novo estilo. Tal método baseia-se na convicção de que a beleza ou a perfeição pode ser alcançada mediante a seleção e combinação das melhores qualidades das obras dos grandes mestres. (ITAU CULTURAL, Site).
Com o passar dos anos, segundo Santos Maria Ceci (1995, p.39), as novas concepções acerca do móvel se transformam em senso comum, em um meio restrito de alguns profissionais da área de arquitetura e decoração. Nesse
período,
deu-se
início
à
modernização
da
produção
e,
simultaneamente, à utilização de novo materiais para construção dos móveis. Devido a todas essas mudanças ocorridas, pode-se dizer que o destaque dessa fase o caráter revolucionário, cuja principal consequência foi o despertar da inércia acadêmica. Durante o período entre os anos 30 e 60, as cidades dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo detiveram a maioria das iniciativas, no que se refere à modernização dos móveis. Cidade e Estado apresentavam características distintas, e devido a isso, a cidade do Rio de Janeiro, na qualidade de Capital Federal, destacava-se pela produção de móveis para escritório. Em contrapartida, o Estado São Paulo que tinha o maior polo industrial e econômico, destacava-se pela produção de móveis projetados/planejados.
23
A partir dos anos 60, o meio artístico e cultural brasileiro passava por uma crise nos diversos segmentos, e daí surgiu o projeto, cujo tema principal, era a luta pela arte nacional e de contestação. No início, era focado nos problemas nacionais de linguagem populista, devido à renúncia de Jânio Quadros e aos acontecimentos do período. Nos anos 60, teve início à produção em série, e isso ocorreu devido a empresa Peg-Lev, Arnoult Michel apud Bianchi (2008). Nos anos 70 e 80, os móveis chegaram a uma grande escala de produção e, consequentemente, o mercado passou a ofertar uma grande diversidade de modelos, formas e cores. Foi nos anos 80 que a produção de móveis se voltou para a produção institucional, destinados principalmente para escritório, lugares públicos, bibliotecas, auditórios, museus e hospitais. Já, nos anos 90 em diante, a indústria moveleira nacional [...] investiu fortemente na renovação do parque de máquinas, principalmente em equipamentos importados provenientes, em sua maior parte, da Itália e da Alemanha. Não obstante, as empresas mais modernas em geral ligadas ao comércio internacional - são poucas em meio a um universo muito grande de empresas desatualizadas tecnologicamente e com baixa produtividade. (Gorini, 1998, p.16).
Sendo assim, as indústrias moveleiras nacionais passaram por muitas transformações desde 1920 até 2013. 2.3 INDÚSTRIA MOVELEIRA NO BRASIL
O Design de produto no Brasil teve seu início nos anos 60, com a fundação da Escola Superior de Desenho Industrial na cidade do Rio de Janeiro, que seguia as tradições do design alemão. (BURDEK, 2006, p.196). No ano de 1995, com incentivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, Gui Bonisiepe fez com que o Design Brasileiro tivesse uma orientação mais tecnológica. (BURDEK, 2006, p.196). O setor moveleiro está entre os mais importantes segmentos da indústria de transformação do Brasil. Para Filho apud Bruno Gonzaga, este setor: [...] caracteriza-se pela junção de diversos tipos de matérias-primas, produzidas por distintas cadeias produtivas, e que são reunidos pelas empresas de móveis, em processos produtivos diversos, que obtêm como resultado produtos que podem ser segmentados de acordo com os materiais dos quais são confeccionados: madeiras, metal, plástico, e outros, e também de acordo com o uso a que são destinados: móveis residenciais, para escritório e institucionais. Além disso, as empresas se especializam em
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alguns tipos de móveis: cozinha, banheiro, sala, quarto e complementos. (1998, p.56).
O setor moveleiro brasileiro tem cerca de 17 mil empresas, onde 77% delas se encontram na Região Sul, cabendo aqui destacar que, São Bento do Sul/SC e Bento Gonçalves/RS são responsáveis por 71% dos móveis comercializados para o exterior. O Rio Grande do Sul está entre os Estados com maior porcentual de produção de móveis, e a sua produção se caracteriza por [...] móvel residencial retilíneo de painéis de madeira reconstituída (madeira aglomerada e MDF), de valor intermediário e com canais próprios de comercialização no mercado interno (Todeschini, SCA, Dellano, Evviva!), ou destinados às faixas de preços relativamente mais baixos do mercado interno (Carraro, Politorno, Ferrarte). Os fabricantes de móveis de menores preços concorrem com base em grande escala e linhas automatizadas, o que lhes permite reduzir custos. (Rosa et al. ,2007, p 86).
Contudo, o Estado também tem as empresas Bertolini e Telasul, que se destacam fora do mercado estadual pela produção de móveis com metal. Já, Santa Catarina, é o Estado com a terceira maior produção para o mercado nacional e a maior produção para o mercado externo. A região de São Bento do Sul, na qual fica o polo moveleiro do estado, se destaca, [...] pelo grau de inserção no mercado externo. A grande maioria das empresas do polo, independentemente do porte, opera direta ou indiretamente com exportações, cujo principal produto é o móvel torneado de madeira maciça, especialmente, pinos. São móveis produzidos sob encomenda, para uso residencial. (Rosa et al , 2007, p 89).
As empresas da região de São Bento do Sul se destacam pela produção para o
mercado
exterior:
Artefama,
Rudnick,
Neumann,
Zipperer,
Weiherman,
Serraltense, Três Irmãos, Grossl, Polska, James, Katzer, América, Clement e Seiva. No Estado do Paraná, a produção moveleira está centralizada na região de Arapongas, que se destaca pela produção de mobiliários populares, especialmente o segmento de estofados. Em Minas Gerais, a indústria moveleira é a principal atividade da cidade Ubá e da região. Porém, o Estado se destaca, segundo (Rosa et al.; 2007, p 93)., por ter “[...] a maior empresa de móveis de aço da América Latina, a Itatiaia, além de três grandes, cerca de quarenta médias e duas centenas de pequenas empresas de móveis de madeira maciça e painéis de madeira. São Paulo é o Estado mais desenvolvido do País e onde se encontra grande parte das empresas nacionais e as filiais das grandes empresas do exterior. O
25
estado conta com duas regiões moveleiras, com características bem distintas: Grande São Paulo – especializada em móveis de escritório, e, Noroeste Paulista – predomínio das micro e pequenas empresas, fabricantes de móveis retilíneos. O Estado do Espírito Santo completa os 77% da produção nacional de móveis, e se destaca pelas indústrias com capital nacional e pela fabricação de produtos retilíneos e em série. Esses são os principais Estados brasileiros moveleiros, com produção significativa e com características específicas.
2.3.1
Móveis multifuncionais
Os móveis multifuncionais surgiram a partir da necessidade e dos problemas encontrados nas residências, com dimensões tão pequenas e, que estão cada vez mais presentes nas grandes cidades do Mundo. Esse móvel, segundo Oliveira Bruna (2002, p.45), caracteriza-se por ter mais de uma função e utilidade, gerando redução de custos na eliminação do excesso de mobiliários, além da otimização e aproveitamento do espaço dos ambientes. No mercado interno e externo existem diversos modelos de móvel multifuncional que pode vir a permitir [...] uma redução da ocupação do espaço, melhorando a circulação do ambiente em uso. Cada ambiente combina com um tipo de decoração, tudo depende do que o cliente deseja, existem decorações mais neutras com cores frias, outras mais alegres e coloridas que deixam até mais aconchegante o espaço. (RAMOS, Aline. Como o Designer pode contribuir com o mercado mobiliário devido a crescente redução no tamanho das habitações, sie).
Modelos que se representam em algumas das imagens abaixo.
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Figura02 – Exemplo1.
Fonte: Do autor.
Como se pode observar, o móvel acima é uma mesa de sinuca que pode virar mesa de jantar. Enquanto algumas pessoas almoçam, as demais jogam sinuca.
Fonte 03 - Exemplo 2.
Fonte: Do autor.
O móvel da imagem acima é um sofá, mas quando exploramos suas funções, descobre-se que ele tem mais do que a função de sofá, tem função de armário, armário com mesa e sofá com suporte para os pés.
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Figura 04 - Exemplo 3.
Fonte: Do autor.
Na imagem acima, pode-se perceber que o m贸vel tem diversas formas, como sof谩, poltrona e cama.
Figura 05 - Exemplo 4.
Fonte: Do autor.
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O móvel da imagem anterior é uma bancada que pode ser utilizada tanto como mesa de jantar como bancada para fogão e forno, com gavetas para guardar os equipamentos do fogão. Devido à necessidade do mercado e as oportunidades nessa área, várias lojas se especializaram e outras abriram para trabalhar com esse tipo de produto. Sendo assim, segundo o site do programa “Pequenas Empresas Grandes Negócios”,2 uma fábrica especializada em móveis funcionais que tem como atrativo a praticidade e versatilidade e fatura R$ 25 mil por mês, aumentando os negócios em quase 20%. Seguindo essa linha, empresas dentro e fora do Brasil como Mobili Intelligenti, Lit Concept, A6 Design Studio e entre outras, trabalham com esse tipo de móvel. A empresa Mobili Intelligenti é uma empresa que se encontra no Estado de São Paulo, na cidade de Alphaville. A empresa menciona que, segundo o seu site, [...] vem para solucionar o problema dos espaços compactos. A correria do dia a dia faz com que as pessoas escolham cada vez mais morar em espaços reduzidos. Sendo assim, a empresa tem como perfil mobiliário importar da Europa móveis transformáveis ou multifuncionais para o Brasil. A empresa dispõe de alguns modelos, como os demonstrados abaixo.
2
Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2013/09/fabrica-se-especializa-em-moveisfuncionais-e-fatura-r-25-mil-por-mes.html>. Acesso em 26/10/2013.
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Figura 06 - Produtos da empresa Mobili Intelligenti.
Fonte: site da empresa.
A Lit Concepté uma empresa brasileira, fundada na cidade de São Paulo por um francês que mora no Brasil. A empresa, segundo o seu site [...] está comprometida a desenvolver móveis de alta qualidade que permitem a máxima otimização de espaço. Ou seja, tecnologia e design aliados com o objetivo de solucionar os desafios que é viver em um pequeno apartamento. Com isso, a empresa desenvolve diversos mobiliários utilizando o design e a tecnologia, como demonstrados nas imagens abaixo. Figura 07 - Produtos da empresa Lit Concept.
Fonte: site da empresa.
30
A A6 Design Studio é uma empresa canadense, que se encontra na cidade de Toronto e foi inaugurada no ano de 2008. A empresa segue segundo seu site, [...] design progressivo, entendemos a natureza complexa do nosso campo e buscamos o sucesso, trazendo ideias originais e inovadoras para todos os nossos projetos. A empresa desenvolve diversos tipos de móveis como os demonstrados nas imagens a baixo. Figura 08 – Produtos do escritório A6 design studio.
Fonte: site do escritório.
Dessa forma, pode-se deduzir que os móveis multifuncionais estão cada vez mais no gosto da população. Sendo assim, o mercado para esse tipo de móvel se encontra em ascensão, ao mesmo tempo em que permite ao mercado que novas ideias sejam colocadas em prática, podendo ter sucesso ou mão.
2.3.2 Estação de trabalho
Existe no mundo, atualmente, uma variedade de palavras e nomes com múltiplos significados, e a palavra estação de trabalho é uma delas. Devido a isso, quando se chega ao mercado, e se pede uma estação de trabalho é possível encontrar dois tipos de produtos distintos. Tendo em vista esse impasse, o pesquisador resolveu diferenciar os dois tipos de estação de trabalho encontrados no mercado. O primeiro modelo consiste, de acordo com as normas, e segundo Nekatschalow et al (2009, p.41), em uma mesa integrada para informática – também conhecida como estação de trabalho e atende ao mercado voltado para arquitetura, design de interiores e design de produto. O segundo modelo, na área de ciências da computação, sistemas da
31
informação, engenharia de computação, a estação de trabalho tem outra aparência e significado como estação de trabalho e “workstation”. Os dois modelos equivalem-se, e, segundo JUNIOR (2010, p. 36), as work stations são bastante utilizadas por empresas que necessitam de computadores velozes, de alta performance e que consigam realizar diversas operações ao mesmo tempo. Figura 09 – Estação de trabalho.
Fonte: Google Imagem/2013.
32
Figura 10 – Estação de trabalho/ Workstation.
Fonte: Google Imagem.
Sendo assim, pode-se dizer que o designer, o arquiteto, o engenheiro ou até mesmo o programador, compra para o seu escritório ou casa uma estação de trabalho, e para efetuar seus trabalhos, compra uma estação de trabalho/ Workstation.
2.4 MATERIAIS E PROCESSO
Existem no mercado, e na natureza, diversos tipos de materiais que podem ser utilizados no desenvolvimento de um produto e como material de estudo foi selecionada a madeira como material de estudo. A madeira é o material mais antigo usado pelo homem e até os dias de hoje é utilizada, devido à sua facilidade de obtenção e pela flexibilidade, além de ser um
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material renovável sempre que as reservas florestais forem utilizadas de acordo com a legislação vigente. Esse material, em sua grande parte, segundo LIMA (2006) “quando secas são dotadas de baixa densidade (igual ou inferior a 1g/cm³) e ”[...] “bons
isolantes
térmicos e elétricos”. Existem diversos tipos de madeiras que são planadas no Brasil, entre elas destacam-se o eucalipto grandis,, o pinus eliotis e o ipê. O Eucalipto grandis é uma arvore originária da África e Oceania, e no Brasil, é encontrada em diversas regiões do País. É um tipo de madeira de textura fina, de fraca resistência e de pouca durabilidade. O Pinus eliotis é uma árvore natural da Europa e parte da Rússia. No Brasil, é encontrado na região Sul e Sudeste. Essa madeira também tem como característica a textura fina e não é muito resistente ao ataque de pragas, entre elas, o cupim. Já, o Ipê, é uma árvore de origem nacional, que se encontra na região Norte, parte da região Nordeste e Sudeste. Esse tipo de madeira é de textura fina e de grande durabilidade para qualquer condição de uso. Além das madeiras existentes no mercado, é possível encontrar os laminados e os compensados. Dessa forma, pode-se dizer que a escolha do material, ou dos materiais, vai depender do projeto desenvolvido, da aplicabilidade do material e por fim, do impacto que se deseja com o produto final. Vive-se em uma sociedade onde é possível encontrar uma diversidade significativa de materiais, e cada um deles com seu processo de fabricação, entre eles, a conformação, a melhoria, a separação, a união, entre outros. Conformação é um processo que, segundo LIMA (2006), a matéria-prima no estado líquido, plástico ou sólido (com ou sem presença de calor) é submetida a algum tipo de esforço ou ação que venha alterar sua geometria. Sendo assim, os materiais podem sofrer modificações no estado líquido, plástico e solido, mas somente a tabela com o estado sólido será apresentada, uma vez que é nesta tabela que se encontra o material em estudo.
34
Tabela 01 – Processo de conformação.
Fonte – livro introdução a materiais e processos para Design (2006).
Muitos designers e pesquisadores chamam de melhoria o apresamento do aspecto final e acabamento do processo de proteção que é dado a um material, como por exemplo, envernizar uma madeira. Contudo, para LIMA (2006), o processo de melhoria está associado ao final da fabricação do componente, ou de um produto, e isso nem sempre acontece. Os processos de melhoria que se encontram no mercado são pintura/revestimento, abrasivo e moldado, mas somente a tabela que contempla a pintura/revestimento será apresentada uma vez que é nesta que se pode encontrar o material em estudo. Tabela 02 – Processo melhoria.
Fonte – livro introdução a materiais e processos para Design (2006).
Separação é o processo pelo qual extraímos matérias-primas que estão sendo trabalhadas. Existem diversas maneiras de se extrair essas matérias-primas, a saber: por aquecimento, corte e calor. Esses processos estão descritos na Tabela, e Imagem. Tabela 03 – Processo de separação.
Fonte – livro introdução a materiais e processos para Design (2006).
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União, como o próprio nome diz, é o processo pelo qual se une ou se fixam duas ou mais partes para obtenção de componentes, conjuntos ou o próprio produto final. Para Lima (2006), a união pode ser de natureza térmica-soldagem, adesivacola e adesivo, ou mecânico-parafuso e rebites. Tabela 04 – Processos de união.
Fonte – livro introdução a materiais e processos para Design (2006).
Além dos quatro grandes grupos citados anteriormente, têm-se diversos outros processos de fabricação por meio de moldes e técnicas utilizando o vapor. O molde é uma técnica muito utilizada em plásticos e metais em estado líquido, armazenados em um recipiente (molde) até que a temperatura do líquido chegue à temperatura ambiente, e somente então é retirado do molde. [...] ao criar uma forma, o designer está inerentemente selecionando um processo de fabricação. Normalmente ele cria moldes para demonstrar um conceito em materiais substituídos – não o material real - e assim fazendo é afastado da real compreensão da maneira que o processo de fabricação impactará material e forma. (LESKO Design Industrial - Materiais e Processos de Fabricação, 2004, p. 5).
Já, o Vapor, é uma técnica utilizada em madeira e em outros tipos de materiais. Na madeira, o vapor transforma a madeira dura em madeira dobrável. Para LEFTERIS (2006), esse processo ocorre com “...una buena madera de veta recta. Ésta se somete a lá accióndel vapor para plastificar las paredes celulares, como ocurre em el tratamento convencional com vapor”.. Depois de passar por esse processo, fica mais fácil de dobrar a madeira. Para cada material um processo, e para cada processo, um procedimento. Seguir passo a passo os procedimentos é um dos caminhos para o sucesso nos e dos processos.
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2.5 ERGONOMIA Vive-se em uma sociedade que por muitos anos a população vem trabalhando por muita horas e de forma errada, devido a isso começou o estudo da ergonomia que segundo DUL e WEERDMEESTER (2000, p.13), O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). Nos Estados Unidos, usa-se também, como sinônimo, humanfactors (fatores humanos). Resumidamente, pode-se dizer que a ergonomia se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança e saúde, conforto e eficiência no trabalho.
Para o pesquisador Iida (2005, p.2), ergonomia é o “estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento”. Já, para os pesquisadores, Moraes e Frisoni (2001), a questão fundamental da usabilidade ou ergonomia está diretamente relacionada à facilidade de se usar o produto. Sendo assim, pode-se dizer que a ergonomia nada mais é do que a adaptação dos instrumentos utilizados (ferramentas e objetos) para proteger, facilitar e, consequentemente, melhorar o desempenho de quem os utiliza. A ergonomia, segundo DUL e WEERDMEESTER (2000), também se baseia no conhecimento de outras áreas científicas, tais como a antropometria, a biomecânica, a fisiologia, a psicologia, a toxicologia, a engenharia mecânica, entre outras. A ergonomia é uma área que tem um significado social relevante, sendo assim, pressupõe a interação homem e máquina, na segurança, na qualidade de vida e na preservação da saúde do usuário. No viés da interação, homem e máquina, pode-se contar com as ferramentas de uso doméstico e industrial, com as máquinas, os softwares, etc. Já, no que diz respeito à segurança, pode-se destacar a produção e a utilização de armamentos, além do sistema de segurança nos equipamentos industriais e domésticos. No quesito qualidade de vida e preservação da saúde do usuário, o destaque fica por conta dos aparelhos de ginástica e a definição de tarefas, com foco na concepção do ambiente de trabalho, visando o conforto e bem-estar do usuário, entre outros.
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Ao se utilizar da ergonomia em equipamentos, sistemas e tarefas é importante que se pense no projeto para o coletivo. Lembrando que, [...] há diferenças individuais em uma população, os projetos em geral devem atender a 95% dessa população. Isso significa que tem 5% do extremo dessa população (indivíduos muito gordos, muito altos, mulheres grávidas, idosos ou deficientes físicos) para quem os projetos de uso coletivo não se adaptam bem. (DUL e WEEBRDMEESTER, 2000, p 16).
Devido ao fato de, aproximadamente, 5% da população não ser atendido nos projetos de massa, é possível dizer que poucas pessoas estão trabalhando para atender as especificidades de uma população que não é respeitada nas suas individualidades e necessidades.
2.5.1 Ergonomia Física e Antropometria
Diante do exposto, acerca da ergonomia, é importante destacar que esta impacta diretamente no procedimento e [...] ocupa-se das características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionadas com a atividade física. Os tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. (IIDA, 2005, p 03).
Por se viver em uma sociedade cujas pessoas são de raça, sexo e idade diferentes, as dimensões corporais também são diferentes. A idade é um fator significativo para estabelecer as dimensões corporais, pois segundo PANERO e ZELNIK (2002), o auge de crescimento ocorre por volta dos vinte anos para os homens e, geralmente, alguns anos antes, para as mulheres. Mas depois que se chega a esse auge, o corpo tende a perder dimensão corporal, com o passar dos anos. A alimentação também é fator que influencia na dimensão das pessoas, uma vez que a pessoa que possui condições de se alimentar adequadamente, alimentação com um pouco de todos os nutrientes de que o corpo necessita, consegue desenvolver melhor suas dimensões. O mesmo pode não ocorrer com uma pessoa que não se alimenta adequadamente. Sendo assim, a partir dos dados coletados no que tange às dimensões dos seres humanos, foram desenvolvidas diversas tabelas com essas informações estatura, altura sentado ereto, altura sentado normalmente, entre outras.
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Tabela 03 - Dimensões corporais estruturais variadas.
Fonte: PANEROM JULIUS e ZELNIK, MARTTINS. Dimensionamento humano para espaços interiores. Barcelona: Gustavo Gili, SA. 2002.
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Tabela 04 - Dimensões corporais funcionais.
Fonte: PANEROM JULIUS e ZELNIK, MARTTINS. Dimensionamento humano para espaços interiores. Barcelona: Gustavo Gili, SA. 2002.
Os seres humanos conseguem desempenhar diversas atividades utilizando movimentos de braços, pernas e quadril. Para tanto, [...] diversos músculos, ligamentos e articulações do corpo. Os músculos fornecem a força necessária para o corpo [...] realizar um movimento. Os ligamentos desempenham uma função auxiliar, enquanto as articulações permitem um deslocamento de parte do corpo em relação às outras. (DULeWEERDMEESTER, 2000, p 17).
O corpo humano tende a fazer movimentos em duas regiões diferentes, conhecidas como a zona preferencial, que utiliza os movimentos curtos; já, a zona de alcance, utiliza os movimentos longos.
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Gráfico 01 – Zona de alcance do braço sentado.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
Gráfico 02 – Zona de alcance do braço superior.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
A zona de preferência é a região adequada para que a pessoa faça seus movimentos e possa, por conseguinte, evitar maiores problemas físicos. Uma das
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possibilidades de prevenção é a distribuição, por essa área, dos objetos que se vai utilizar. Contudo, não se pode deixar de falar da “visão”, que é uma ferramenta importante para as pessoas, pois é ela que recebe grande parte das informações que se obtém. A visão, segundo IIDA (2005), é o órgão do sentido mais importante, tanto para o trabalho como para a vida diária, sendo que suas características têm sido muito estudadas. O olho humano tem uma capacidade de rotação, igual, segundo IIDA (2005), tanto para a esquerda quanto para direita, podendo atingir 50°. Para cima, é de 40° e para baixo é de 60°, no máximo, em relação ao eixo visual, correspondendo à linha normal de visão para frente. A rotação em torno desse eixo não supera 100º. O campo de visão nítida, com a cabeça parada e os olhos fixos, segundo IIDA (2005), estariam concentrados em um pequeno ângulo de apenas 1º. Afastando-se dessa zona, os objetos apresentam pouca nitidez. Se estiver acima do ângulo visual de 40°, os objetos dificilmente serão percebidos, a não ser que os olhos se movimentem. Ao inclinar a cabeça para frente é recomendado que, as informações cheguem até 30º abaixo da linha dos olhos. Mas quando a pessoa senta-se frente a uma mesa, é recomendado que a informação fique inclinada a 45º para cima, pois somente assim, obterá os mesmos benefícios durante a leitura se a mesa a 15º para cima, para atividades manuais que exijam acompanhamento visual.
2.5.2 Ergonomia no Posto de Trabalho
A ergonomia em um posto de trabalho vem, com o intuito de beneficiar a pessoa que o utiliza, tanto em pé, quanto sentado. Os benefícios que as pessoas possam vir a ganhar com um posto de trabalho ergonômico vão desde a ampliação da autonomia até a possibilidade de fazer menos força e evitar problemas com a coluna cervical. Mas isso só ocorre, quando o posto de trabalho para uma pessoa sentada segue as medidas que se encontram na tabela e no gráfico a seguir:
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Tabela 05 – Medida média.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
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Gráfico 03 – Medidas com proporção ao tamanho do usuário.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
Entretanto, não é somente a disposição do equipamento ou a altura do móvel para se ter um posto de trabalho ergonômico, a luz também influencia na ergonomia do posto de trabalho. Sendo assim, para que não se tenha maiores problemas quanto à reflexão da luz no monitor e, consequentemente, a necessidade do deslocamento do usuário para outro ponto do posto de trabalho e se conseguir uma melhor visualização, passa a ser de suma importância, segundo IIDA (2005), que a luz da luminária forme um ângulo menor de 45º em relação à vertical como mostra a figura a seguir:
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Figura 11 – Disposição da luz.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
Cabe aqui ressaltar que, um dos fatores que pode vir a complicar a produção em série dos postos de trabalhos é o fato de serem produzidos em séries e, por conseguinte, seguirem o padrão de altura média das pessoas pesquisadas pela empresa, e que pode ter como consequência a dificuldade de algumas pessoas conseguirem alinhar a visão com o monitor e/ou não conseguirem ficar com os pés apoiados no chão. Sendo assim, as pessoas compram suportes para pés e monitores, conforme é mostrado nas figuras a seguir, a fim de conseguir que o posto de trabalho fique ergonômico. Cabe lembrar que essa estrutura, também é recomendada para as pessoas que digitam, com certa frequência, um número significativo de documentos. Figura 12 – Suporte para monitor e documento.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
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Figura 13 – Suporte para pés.
Fonte: IIDA, ITIRO. Ergonomia Projeto Produto e Produção. São Paulo: Blücher, 2005.
De nada adianta ter um posto de trabalho ergonômico para as atividades sentadas, se o usuário não tem uma postura correta em sua utilização, mas mesmo que o usuário tenha uma postura correta, é importante que, após um tempo nesta posição, coloque-se de pé ou ande um pouco para evitar lesões, pois muitas atividades exigem que, [...] o tronco e a cabeça ficam inclinados para frente. O pescoço e as costas ficam submetidos a longas tensões que podem provocar dores. O dorso pode ser submetido também a tensões quando for necessário girar o corpo como o assento fixo (isso ocorre frequentemente com os tratoristas). (DUL e WEERDMEESTER, 2000, p. 25).
Entretanto, para que o posto de trabalho, onde a pessoa fica em pé, seja ergonômico, [...] altura ideal da bancada para trabalho em pé depende da altura do cotovelo e do tipo de trabalho que se executa. Em geral, a superfície da bancada deve ficar 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos. Para trabalhos de precisão, é conveniente uma superfície ligeiramente mais alta (até 5 cm acima do cotovelo) e aquela para trabalhos mais grosseiros e que exijam pressão para baixo, superfícies mais baixas (até 30 cm abaixo do cotovelo). Quando se usam medidas antropométricas tomadas com o pé descalço, é necessário acrescentar 2 ou 3 cm referentes à altura da sola do calçado. (IIDA, 2005, p. 147).
O fato de existir bancadas fixas, o ideal é que elas sejam dimensionadas pela altura do [...] trabalhador mais alto e providenciar um estrado, que pode ter altura de até 20 cm para o trabalhador mais baixo. Esse estrado pode ter uma altura diferente para cada trabalhador, ajustando- se às suas dimensões antropométricas. Se ele mudar de bancada, pode carregar esse estrado
46
para o novo local. Assim, as alturas dos postos de trabalho podem ser ajustadas individualmente, a custos reduzidos. (IIDA, 2005, p. 147).
Sendo assim, pode-se concluir que tanto no posto de trabalho onde a pessoa trabalha sentada e em pé é primordial que se tome os devidos cuidados, no intuito de evitar lesões. Segundo DUL e WEERDMEESTER (2000), não se recomenda passar o dia todo na posição em pé, pois provoca fadiga nas costas e pernas. Devido a isso, as tarefas em pé devem ser intercaladas com tarefas que possam ser realizadas na posição sentada ou andando.
47
3
ANÁLISE DE MERCADO
3.1 ANÁLISE DE DEMANDA
O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário, elaborado no intuito de coletar informações acerca dos móveis e da estação de trabalho. Foram encaminhados 588 questionários, enviado por e-mail e conversa no Facebook onde as pessoas poderiam acessá-lo por meio de um link. Do total de questionários encaminhados somente 79 pessoas responderam, porém, deste montante somente 12,6% responderam 100% das questões. A pergunta que tinha como objetivo conhecer os indicadores determinantes da preferência do público alvo, 47 pessoas responderam, perfazendo um total de 54,49%. Porém, como foram utilizados diferentes adjetos como indicadores, optouse por relacioná-los e assim, tentar garantir a fidedignidade e a precisão da análise dos dados.
48
Gráfico 04 – Características do móvel, que são de preferência pelo publico alvo.
Quais características você presa em um móvel? Respondidas: 47 Ignoradas: 32 Design/ Estilo / Acabamento / Beleza Conforto Durabilidade / Resistencia Cor Ergonomia Moderno Bom material Versatilidade Valor simbólico
Bom preço Qualidade Compacto / Espaço / Tamanho Funcionalidade Utilidade Simplicidade Mobilidade Segurança
23 20 18 18 11 6 4 3 3 3 2 2 2 1 1 1 1 Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
Ao término da pesquisa pode-se perceber que muitas características foram pontuadas, e destas, as cinco mais citadas foram selecionadas:
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Gráfico 05 – As cinco características, em um móvel, que se destacaram.
5 características de destaque que o público alvo preza em um móvel Design/ Estilo / Acabamento/ Beleza
Bom preço
Qualidade
Conforto
Durabilidade / Resistencia 23 20 18 18 11 Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
Na questão que levantou informações, se os sujeitos da pesquisa já tinham utilizado uma estação de trabalho, 49 responderam afirmativamente representando 62,02% do total. Gráfico 06 - Pessoas que já usaram estação de trabalho.
Você já usou estação de trabalho? Respondidas: 49 Ignoradas: 30 Não
Sim
25
24
Fonte: Do autor.
50
O percentual de pessoas já utilizou uma estação de trabalho ficou igual ao percentual de quem possui uma estação de trabalho, ou seja, 62,02% dos participantes da pesquisa. Gráfico 07 - Pessoas que possuem estação de trabalho.
Você possui estação de trablho ? Respondidas: 49 Ignoradas: 30 Não
Sim
36
13
Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
As funções mais utilizadas pelos 23 respondentes, 29,11%, variam de tal forma que se fez necessário agregar por semelhança, para que se pudesse mapeá-las.
51
Gráfico 08 - Funções mais utilizadas na estação de trabalho.
Quais funções você mais usa em uma estação de trabalho? Respondidas: 23 Ignoradas: 56 Computador
Gaveta
Ler
Escrever / Anotação
Guardar objetos
Estudo
Cadeira
Mesa
Desemhar
Digitar / digitar documentos
Pratileira
Pintar
Telefone
Manual
Enviar e receber e-mail
Apoiar
Suporte para livro
2 monitores
Imprimir
Scannear
Copiar 9 5 5
4 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
Tendo em vista, o número significativo de funções apontada pelos sujeitos envolvidos, achou-se melhor selecionar as que aparecem mais vezes repetidas, para não comprometer a análise da referida questão.
52
Grafico 09 – Funções mais utilizada na estação de trabalho.
Resultados maior que 1 e que se faça na estação de trabalho Computador
Gaveta
Ler
Escrever / anotar
Guardar objeto
Estudo
Mesa
Desenhar
Digitar / digitar dicumentos 9 5 5
4 3 2 2 2 2
Fonte: Do Autor.
Além da necessidade de se saber se os pesquisados possuem e já utilizaram uma estação de trabalho e as funções que utilizam e sua preferência também se percebeu a relevância de pesquisar se os mesmos comprariam ou não o móvel proposto neste estudo. E do total de 49 pessoas que responderam, 34 disseram que sim (69,39%).
53
Gráfico 10 – Quantidade de pessoas que comprariam a estação de trabalho em estudo.
Você compraria uma estação de trabalho multifuncional e ergonômica ? Respondidas: 49 Ignoradas: 30 Sim
Não
34
15
Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
Após a análise dos dados, no que se refere às preferências e demandas do público alvo, acerca de móveis e estação de trabalho, o passo seguinte foi levantar a oferta do mesmo.
3.2 OFERTA
3.2.1 Estação de Trabalho
A pesquisa de oferta foi realizada nas lojas situadas na área demarcada na figura
54
Figura 14 – Área da pesquisa.
Fonte – Google Maps/2013.
A área definida para a pesquisa foi o Centro de Florianópolis/SC, devido ao número significativo de lojas de móveis que se concentram nesta área. As lojas que foram contempladas na presente pesquisa receberam nomes de letras do alfabeto, C,K,M,S com o objetivo de preservar a identidade das mesmas. Em todas as lojas pesquisadas não foi encontrado em seu mostruário uma estação de trabalho. Em conversa com vendedores, o pesquisador foi informado de sua presença somente no estoque. Assim, foi levantado o número de modelos que se encontra à disposição do cliente, qual o modelo mais barato e qual o mais caro. A primeira loja pesquisada foi a “C” e o sistema apontou que existia mais de cinco modelos no estoque, que variavam entre R$285,21 e R$434,89. Figura 15 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja C.
Fonte: Site da loja C.
55
Já, no site da loja, foram encontrados outros modelos com outros valores, além dos pesquisados. No site, os preços variaram entre R$ 269,91 e R$656,91. Figura 16 - Estação de trabalho encontrada no site da loja C.
Fonte: Site da loja C.
Na loja “K” o estoque possui mais de sete modelos e o custo varia entre R$ 124,00e R$ 298,00. Figura 17 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja K.
Fonte: Site da loja K.
Entretanto, o site da loja, além de disponibilizar outros modelos de estação de trabalho também apontava variação nos valores. Ou seja, móveis no valor entre R$ 124,00 e R$328,00.
56
Figura 18 - Estação de trabalho encontrada no site da loja K.
Fonte: Site da loja K.
A loja “M” tinha no sistema mais de quatro modelos à disposição do cliente com preço entre R$ 171,00e R$310,00. Figura 19 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja M.
Fonte: Site da loja M.
No site da loja “M”, também foram encontrados outros modelos, e o valor variava entre R$ 120,00 e R$899,00. Figura 20 - Estação de trabalho encontrada no site da loja M.
Fonte: Site da loja M.
57
Na última loja pesquisada, “S”, foram encontrados no sistema mais de seis modelos com valores entre R$ 149,00 e R$ R$ 299,00. Figura 21 - Estação de trabalho encontrada no sistema da loja S.
Fonte: Site da loja S.
Entretanto, no seu site, a loja “S” também tem outros modelos e outros valores que vão de R$ 109,00 a R$ 439,00. Figura 22 - Estação de trabalho encontrada no site da loja S.
Fonte: Site da loja S.
Ao término do levantamento, pode-se perceber quanto o mercado é diversificado, seja no que se refere aos modelos, bem como em relação às medidas. Com tantas variações nas medidas das estações de trabalho ofertadas, pesquisar a medida dos quartos dos prédios e das salas comerciais passou a ser mais relevante.
58
3.2.2 Apartamentos e Salas Comerciais
No bairro Pantanal, foi pesquisado o residencial Reggio di Calábria Home com apartamentos de dois e três quartos. Figura 23 - Residencial Reggio di CalabriaHome
Fonte: disponível em: <http://formacco.com.br/reggiodicalabria/>.
O apartamento de dois quartos mede 70m², com quartos medindo entre 9,01m² e 13,05m²e o apartamento de três, mede 90m² com quartos de 7,41m², 9,53m² e 12,07m². No bairro da Agronômica fica o residencial Platinus Top Residence, com apartamentos de três quartos. Figura 24 - Platinus Top Residence.
Fonte: Disponível em: <http://formacco.com.br/index.php?emp=2&0=platinus-top-residence.html>.
Na imagem, é possível observar que, mesmo ambos sejam apartamentos de três quartos, possuem tamanhos diferentes. Na imagem da esquerda, o apartamento possui uma área total de 234,75m² e os quartos medem 9,54m², 14,25m² e 15,45m².
59
Já, na imagem da direita, o apartamento mede 230,89m² e seus quartos medem 9,30m², 11,41m² e 17,69m² respectivamente. No centro da cidade, foi pesquisado Studio Central, com kitnet e apartamentos maiores. Figura 25 - Residencial e estúdio.
Fonte: Disponível em: <http://www.koerichimoveis.com.br/53-estudio-central/plantas/#plantas>.
Na
figura
acima,
pode-se
encontrar
diversas
medidas
que
serão
demonstradas na tabela abaixo: Tabela 09 – medidas Residencial e Studio. Planta superior esquerda
Planta superior direita
Medidas
Entre 101m² e 108m²
Entre 65m² e 67m²
Quantidade de
2
0
quarto Medidas quarto
Entre 10,77m² e 12,57m² / 10,77m² e 13,61m²
Fonte: Do autor.
Na região central, foi também pesquisado o prédio empresarial Trompowsky Corporate, com duas salas por andar, medindo entre 49,34m² e 50,66m². Na mesma região, o Koerich Beiramar Office é outro prédio comercial, com salas que variam entre 27m² e 88,65m².
60
E, por fim, foi pesquisado o Centro Comercial Ceisa Center, com salas medindo entre 20m² e 35m². Ao término da coleta de dados na região foi feito um levantamento em teóricos para ver qual é a medida mínima considerada por eles, sendo assim foi encontrado em um livro do autor NEUFERT que menciona que a medida mínima é de 6m², sendo assim as medidas dos cômodos encontrados no mercado da grande Florianópolis estão a cima do mínimo recomendado pelo autor. 3.3 CARACTERÍSTICAS DE MERCADO
Após verificar os concorrentes do produto pesquisado, foi realizado um levantamento das características do mercado, para se saber da existência ou não de algum tipo padrão/regras, como por exemplo, se as cadeiras giratórias possuem uma dimensão padrão mínima e uma máxima, como mostra a NBR13962. Mesmo não havendo regras definidas na elaboração de um projeto de uma estação de trabalho, é importante ficar atento ao mercado e nas suas mensagens. Ou seja, se no mercado de eletrônico o que está em alta é o Notebook, ao invés do Desktop, o perfil de consumidor é outro e, consequentemente, a sua necessidade também. Em nenhum momento da pesquisa, encontrou-se qualquer tipo de padrão e segmento à NBR13962 em relação à altura, largura ou profundidade para estação de trabalho. Sendo assim, pode-se dizer, que de acordo com a pesquisa realizada entre os quatro grandes concorrentes, o que se percebeu foi um número variado de estações de trabalho, com altura, largura e profundidade diferentes. Todas as análises realizadas no mercado e com os clientes em estudo apontam que muitas pessoas não são atendidas, devido ao fato de terem medidas inferiores e superiores à média, além de exclusão dos portadores de necessidades especiais. Sendo assim, abre-se uma porta para os produtos que possam vir a atender toda a população.
61
3.4 TENDÊNCIAS DE MERCADO
Tendência é um movimento, implica em algo dinâmico, que não para e nem é estável. Ou seja, um fenômeno que se processa na medida em que há mudança de uma situação qualquer. (ZHAO, 2012, p. 56). A falta de espaço para construir nas grandes cidades do mundo está tão crítica que, uma das soluções encontradas por New York foi promover um concurso que atendesse a demanda. Então, em 2012, na Ilha de Manhattan, aconteceu o “ad APT NYC Competition”, com o resultado divulgado em 26 de Janeiro de 2013 e que teve como vencedor o prédio chamado de My Micro NY com estruturas de apartamentos de 24m² pré-montadas para serem comercializados, como mostra a imagem. Figura 1 – Rendering My Micro NY.
3
Fonte: Disponível site da Portobello .
Mesmo que os apartamentos tenham sido projetados com medidas desproporcionais, às praticadas no mercado, e talvez sejam considerados desconfortáveis, pois são apartamentos de dois ambientes compostos de quarto/sala e cozinha/banheiro, a empresa vencedora trouxe um diferencial na sua proposta para amenizar o impacto. Ou seja, apresentou a proposta completa – apartamento mobiliado com móveis multifuncionais.
3
Disponível em: <http://www.portobello.com.br/blog/seupost/concurso-de-pequenos-apartamentos-de-newyork-ja-tem-vencedor-conheca-o-my-micro-ny/>. Acesso em: 04/04/2013.
62
Figura 2 – Layout do apartamento – diversas possibilidades.
Fonte: Disponível Site da Portobello.
Devido ao que foi exposto sobre as tendências em residências, percebeu-se a necessidade de se realizar um levantamento acerca das tendências em móveis, para esses espaços residenciais. O destaque da coleta foram os dados encontrados na pesquisa da diretora do portal de pesquisa WGSN, divulgada no congresso Home Life Summit
4
realizado
em São Paulo, em 21 e 22 de março de 2012. Onde, os estudos realizados apontaram como tendência em mobiliário para o futuro e que atenda as famílias atuais, os modelos mutantes com conexão total à internet. Sendo assim o autor resolver pesquisar as tendências para o produto em estudo e chegou a empresa alemã Orgatec5 que aposta nos modelos flexíveis para se adaptarem aos usuário. Devido a isso, pode-se dizer que o movimento imobiliário tende a influenciar no mobiliário. Na mesma proporção que as construtoras reduzem o tamanho de área construída dos apartamentos, os cômodos também são reduzidos e, por conseguinte os móveis precisam se adaptar para atender as necessidades da população; é o que se pode chamar de efeito “cascata”.
4
Disponivel e: < http://www.livingdesign.net.br/2012/03/macrotendencias-de-consumo-para-a-casa.html> Acesso em: 12/10/13. 5 Disponivel em: < http://www.orgatec.com/en/orgatec/home/index.php> . Acesso em 12/10/13.
63
3.5 ANÁLISE SWAT
A análise empresarial, também conhecida, de acordo com Meireles e Simão (2009), como Análise Interna, visa determinar os Pontos Fracos e Fortes da Organização, para, em conjunto com as Oportunidades encontradas, por meio da Análise Externa, culminar na Análise S.W.O.T., 1º Identificação da natureza dos Principais Recursos ao dispor da Empresa e avaliação dos respectivos méritos. 2º Percepção da Dinâmica dos Custos da organização para apurar o nível de eficiência de utilização dos recursos. 3º Identificação das áreas em que a empresa detém mais ou melhores recursos que a concorrência permite concluir onde residem os seus: · Pontos Fortes · Pontos Fracos · Competências Centrais. (MEIRELES e SIMÕES (2009, p.3).
Para a Análise de S.W.O.T., foi realizada a análise sincrônica, análise diacrônica, análise das características de uso, análise funcional, análise estrutural e análise morfológica. A análise sincrônica, segundo Bonsiepe (1984, p. 38), serve para reconhecer o universo do produto em questão a fim de evitar reinvenções. A comparação e a crítica dos produtos requerem a formulação de critérios comuns. Convém incluir informações sobre preço, material e processo de fabricação.
64
Tabela 10 - Análise Sincrônica 1.
Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
65
Tabela11 – Análise Sincrônica 2.
Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
66
Tabela 12 - Resultado Análise Sincrônica. AMOSTRAGEM N = 7 MAIS UTILIZADO
QUANTIDADE
MATERIAL DA ESTRUTURA
MDP
5
SUPORTE PARA TECLADO ( MESA PARA TECLADO)
SIM
4
POSSUI RODAPÉ
NÃO
7
PRESENÇA DE PRATELEIRA
SIM
6
PRESENÇA DE GAVETA
NÃO
7
PRESENÇA DE ARMÁRIO
NÃO
6
PRESENÇA DE MESA PARA COMPUTADOR
SIM
7
PRESENÇA DE MESA PARA DEMAIS ATIVIDADES
NÃO
4
QUANTIDADE DE GAVETAS
0
6
QUANTIDADE DE PRARILEIRA
2
2
QUANTIDADE DE ARMARIOS
0
6
COR
MARROM
3
Fonte: Levantamento e análise realizada pelo pesquisador.
Concluída a análise sincrônica foi realizada a análise diacrônica, no intuito de ampliar as possibilidades de compreensão acerca da estação de trabalho. A análise diacrônica. A Análise Diacrônica, segundo Bonsiepe (1984, p. 38), é a coleção de material histórico para demonstrar a evolução e as mutações sofridas por um determinado produto no transcurso do tempo.
67
Figura 26 - Evolução da estação de trabalho.
1920
1930
1947
1955
1960
1970
1980
1999
2000 1999 1999
2013
Fonte: Imagens do banco de dados do pesquisador.
68
A análise diacrônica aponta que, antes dos anos 70, a estação de trabalho era voltada para o uso da máquina de escrever e foi aumentando de tamanho, gradativamente, para atender as necessidades em função da evolução tecnológica. Já que, foi a partir desta mesma década que surgiu o computador mais compacto, e a estação de trabalho teve que se adaptar, levando a produção de estações de trabalho em diversos formatos e tamanhos. A análise das características de uso, segundo Bonsiepe (1984, p.38), serve para detectar os pontos negativos e críticos. Para tanto, foi necessário utilizar a fotografia, como técnica de documentação, com a proposta de identificar os detalhes problemas, no caso de desenvolvimento de um produto. Figura 27: Fotografia na estação de trabalho 1.
Fonte: Do autor.
69
Figura 28: Fotografia na estação de trabalho 2.
Fonte: Do autor.
Ao se observar as duas imagens, pode-se perceber que falta o apoio para o braço, no momento da digitação, e que o monitor não está posicionado na altura recomendada de acordo com IIDA (2005), a altura da região onde é projetada as imagens no monitor deve ficar posicionada de modo que o topo dela fique na linha do horizonte do usuário, pois o olho humano tem uma percepção para baixo de até 60°. Dessa forma, pode-se concluir que esse modelo de estação de trabalho não é ergonômica. Logo após a análise das características de uso, partiu-se para a análise funcional do produto, que serve para reconhecer e compreender as características de uso do produto, incluindo o [...] aspecto ergonômicos (macro-análise funções
técnico-físicas
de
cada
componente
ou
subsistema
do
e as
produto
(microanálise). (BONSIEPE 1984, p. 42). Dessa forma, foi realizado o levantamento dos modelos encontrados no mercado: estação de trabalho com mesa lateral e sem a mesa lateral.
70
Tabela 13 - Análise Funcional.
1. Funções relacionadas à utilização. 1.1 Função primária. 1.1.1 Mesa computador. 1.1.1.1. Usar computador, digitar documento e texto, usar internet, jogar jogos, fazer trabalhar, ver vídeos, ouvir música. 1.1.2. Mesa lateral. 1.1.2.1. Ler livros, documentos, escrever textos, documentos, estudar, desenhar, fazer exercícios. 1.2. Função secundária. 1.2.1. Gaveta. 1.2.1.1. Guardar documentos, guardar papéis, guardar livros e guardar outros materiais. 1.2.2. Mesa, computador e mesa lateral. 1.2.2.1 Apoiar documentos, papéis, livros e materiais.
1. Funções relacionadas à utilização. 1.1 Função primária. 1.1.1 Mesa computador. 1.1.1.1 Usar computador, digitar documento e texto, usar internet, jogar, fazer trabalhar, ver vídeos, ouvir música.
1.3 Função secundária. 1.3.2 Mesa computador. 1.2.1.1. Ler livros, documentos, escrever textos e documentos, estudar, desenhar e fazer exercícios. 1.3.3 Mesa, computador e prateleira. 1.3.3.1 Apoiar documentos, apoiar papeis, apoiar livros e apoiar materiais.
Fonte: Imagens e dados do pesquisador.
Por último, objetivando concluir as análises, foi trabalhada a análise morfológica, para que em seguida fosse feita a análise S.W.O.T.. A análise morfológica é uma ferramenta, de acordo com Bonsiepe (1984, p.41), que serve para reconhecer e compreender a estrutura formal (concepção formal) de um produto, vale ressaltar que a sua composição, partindo de elementos geométricos e suas transições (encontros). Portanto, a análise das estações de
71
trabalho foi realizada para que se pudesse ter mais informações e se ampliasse o entendimento do pesquisador sobre o objeto de pesquisa. Tabela 14 - Levantamento dos componentes e quantidades. CLASSES VARIÁVEIS
1
2
3
4
Material
MDF
MDP
Aço
Vidro
Até 33 cm
0
Entre 34 e 40 cm Entre 34 e 40 cm Entre 34 e 40 cm 1
Entre 41 e 47 cm Entre 41 e 47 cm Entre 41 e 47 cm 2
3
4
0
1
2
3
4
0
1
0
1
0
1
Tamanho da gaveta. Tamanho da prateleira. Tamanho do armário. Quantidade de gavetas. Quantidade de Prateleiras. Quantidade de Armários. Quantidade de mesa lateral. Quantidade de raque para teclado e mouse.
Até 33 cm Até 33 cm
Após o levantamento dos materiais e das quantidades, foi feita a análise morfológica, com possibilidade de até 21.600 variações de modelos. Seguem alguns exemplos dessas possibilidades: Possibilidade 1: Material MDF, Gavetas grandes, armário grande, prateleira grande, uma gaveta, uma prateleira, um armário e um rack. Possibilidade 2: Material MDF, Gavetas médias, armário pequeno, prateleira grande, uma gaveta, uma prateleira, sem armário e um rack. Possibilidade 3: Material MDP, Gavetas pequena, armário pequeno, prateleira grande, duas gavetas pequenas, sem armário e sem rack. Os dados levantados na análise da estação de trabalho permitiram a estruturação da análise de S.W.O.T.6 ou FOFA, que propiciou um maior número de respostas acerca do objeto da pesquisa.
6
Análise de S.W.O.T - Strengths,
Weaknesses, Opportunities, Threat.
72
Tabela 15 – Análise SWOT. PONTOS FORTES INTERNO
- Ergonomia.
PRODUTO
- Multifuncionalidade. - Tamanho menor em relação a alguns modelos vendidos no mercado.
PONTOS FRACOS - Alto custo em relação a alguns modelos multifuncionais já encontrados no mercado. - Custo elevado em relação a alguns modelos encontrado no mercado.
AMEAÇAS
EXTERNO MERCADO
OPOTUNIDADES
- Cultural – a sociedade
- Tendência do mercado
não está acostumada com
internacional em fazer
móveis multifuncionais.
móveis multifuncionais
- Sociedade sistemática. - Diversidade de workstation no mercado interno e internacional.
para as pequenas residências. - Mercado aberto para os móveis multifuncionais. - Preocupação do mercado em cumprir a legislação. - Compromisso do mercado com a saúde total.
Fonte: Levantamento do autor.
A partir dos dados apontados pelas análises realizadas, foi possível levantar os pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades do móvel do objeto de estudo.
73
3.6 PÚBLICO ALVO
Definido como instrumento de pesquisa entre o público alvo, o questionário foi elaborado com questões fechadas que trouxessem os dados necessários para a pesquisa, acerca do perfil do sujeito da pesquisa, e das suas reais necessidades: idade, escolaridade, estatura e classe social. Gráfico11 – Idade.
Qual sua faixa de idade? Entre 18 e 29 anos
Entre 30 e 40 anos
Menos de 18 anos
Depois dos 40
68
5
3
2
Fonte: Dados do questionário respondido pelos sujeitos da pesquisa.
74
Gráfico12 – Altura.
Qual sua faixa de altura? entre 1,61 e 1,70 m
entre 1,71 e 1,80m
Entre 1,51 e 1,60 m
Menor de 1,50 m
acima de 1,80 m
29 26 16 8 0
Fonte: Dados do questionário respondido pelos sujeitos da pesquisa.
Gráfico13 – Escolaridade.
Qual é seu grau de escolaridade ? Superior incompleto ou completo
Ensino médio incomleto ou completo
Mestrado incompleto ou completo
Doutorado incompeto ou completo 58
18
2
1
Fonte: Dados do questionário respondido pelos sujeitos da pesquisa.
75
Gráfico14 - Classe Social.
Qual a sua classe social ? Classe B
Classe C
Calsse A
Calsse D
Classe E 23 22
14 10 8
Fonte: Dados do questionário respondido pelos sujeitos da pesquisa.
A análise dos dados da pesquisa referente à idade, escolaridade, estatura e classe social, aponta que maioria dos sujeitos da pesquisa que equivalem a 68 pessoas possuem idade entre 18 e 29 anos, com Ensino Superior incompleto e completo representa 58 pessoas ,
com altura variando entre 1,61m e 1,70m
equivale a 29 entrevistados e que fazendo parte da classe B são 23 indivíduos. A pesquisa com o público alvo foi a última etapa da pesquisa de mercado, a continuidade será com a pesquisa do projeto, parte da pesquisa mais direcionada às etapas de elaboração do seu desenvolvimento.
76
4
PROJETO
4.1 DEFINIÇÃO DE PROBLEMA
Ao término do levantamento do problema, houve a análise de mercado envolvendo diversos levantamentos, pesquisas e análises acerca da estação de trabalho, pesquisa com público alvo, tamanho dos apartamentos, salas comerciais e as tendências mundiais que influenciam diretamente o móvel em estudo. Com isso, se levantou algumas características para a proposta de móvel que venha a atender, de preferência, ao público alvo que medem entre 1,61m e 1,70m. Ou seja, além das demais alturas, ele deve atender algumas funções que os usuários apontaram como relevantes quais sejam: uso do computador e de gavetas, ler, escrever ou anotar, guardar objetos, além disso, dar prioridade para as características que o público alvo preza em um móvel, sendo elas: bom preço, durabilidade, qualidade e design. Com o término da definição da problemática, pode-se começar a desenvolver as alternativas acerca do móvel em estudo.
4.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVA
Após o levantamento do perfil do público alvo, preferência e necessidade, foram geradas 12 alternativas de estação de trabalho e desse montante, serão demonstradas somente as 11 alternativas que não atenderam as demandas do público alvo. A primeira alternativa foi baseada no uso de ergonomia e de mesa para escrita, sendo assim, foi desenvolvida uma estação de trabalho que tem mesas laterais dobráveis e um suporte de monitor que sobe.
77
Figura 29 - Alternativa 1.
Fonte: Do autor.
De acordo com a imagem acima, o modelo na cor azul é a estação de trabalho quando não está sendo utilizada, mas o modelo em vermelho é a estação de trabalho sendo usada. A segunda alternativa foi pensada no uso ergonômico da mesa de escrita, e para tanto foi desenvolvida uma alternativa com mesa lateral dobrável, suporte para monitor que levanta e pés dobráveis.
78
Figura 30 - Alternativa 2.
Fonte: Do autor.
Observando a imagem acima, também se pode perceber que o modelo azul é o layout da mesa não sendo usada, e em cor vermelha é o layout da mesa em uso. Na terceira alternativa foram utilizadas a ergonomia e a mesa de escrita. Para a ergonomia foi utilizado o apoio de pé dobrável e o suporte de monitor que sobe, além de uma mesa para escrever que é puxada para frente.
79
Figura 31 - Alternativa 3.
Fonte: Do autor.
A quarta alternativa foi pensada, tambĂŠm, usando ergonomia e mesa de escrita, porĂŠm foi utilizado o sistema que sobe e desce o tampo do suporte para o computador, consequentemente, a mesa para escrita faz o mesmo, mas alĂŠm de poder subir e descer a mesa de escrita, ela se desloca para frente.
80
Figura 32 - Alternativa 4
Fonte: Do autor.
Na imagem acima o modelo desenvolvido em cor azul é o layout da estação de trabalho não sendo usada, e a alternativa em vermelho é o layout do móvel sendo utilizado. Na alternativa cinco foi usada mesa para escrita e suporte para impressora.
81
Figura 33 - Alternativa 5.
Fonte: Do autor.
Novamente, na imagem acima o modelo em azul ĂŠ o layout sem uso, e no modelo em vermelho, o layout em uso. A sexta alternativa foi utilizado suporte para documentos e suporte para impressora.
82
Figura 34 - Alternativa 6.
Fonte: Do autor.
Como se percebe o primeiro modelo da imagem acima trata do layout da estação de trabalho quando não está sendo utilizado, enquanto que a imagem abaixo é o layout da estação de trabalho em uso. Na alternativa sete foi apresentada somente a visão superior, a fim de que se pudesse analisar como ficaria o layout do tampo da mesa. Além disso, foi utilizado suporte para documentos para digitação e para o monitor.
83
Figura 35 - Alternativa 7.
Fonte: Do autor.
A alternativa de número oito foi desenvolvida, visando o design da estação de trabalho e a mesa lateral, que gira 90º graus.
Figura 36 - Alternativa 8.
Fonte: Do autor.
A nona alternativa é muito próxima a desejada pelo autor. Sendo assim, essa alternativa tem como enfoque o design, multifuncionalidade, durabilidade, uso da mesa de escrever e mesa para teclado e mouse.
84
Figura 37 - Alternativa 9.
Fonte: Do autor.
Como se pode perceber na imagem acima o modelo possui mesa lateral que gira 90º graus, armário para uso de gabinete e prateleira extra, caso não se use o gabinete separado do monitor ou não se use o desktop. A alternativa dez, traz como diferencial da alternativa anterior, o uso de gaveta e armários. Figura 38 - Alternativa 10.
Fonte: Do autor.
A alternativa de número onze difere da alternativa dez, somente pelo uso de gaveta e prateleira.
85
Figura 39 - Alternativa 11.
Fonte: Do autor.
Tendo em vista que as alternativas desenvolvidas demonstraram praticidade e acessibilidade, servindo assim, de inspiração para a geração escolhida, a qual se encontra no tópico abaixo. Dessa forma, passa-se agora, a discorrer sobre a alternativa selecionada.
4.3 A ALTERNATIVA SELECIONADA
O modelo de estação de trabalho selecionado teve como base primordial para o seu desenvolvimento o uso da ergonomia, o segundo ponto foi o uso do design, além do uso de mesa de escrever, gaveta, prateleira, entre outros elementos. Devido a isso, foram realizados estudos de cores e materiais a fim de verificar qual material é resistente o suficiente, para efetuar as funções desenhadas para a estação de trabalho.
86
Figura 40 - Alternativa final detalhada.
Fonte: Do autor.
Na imagem acima, são apresentados os elementos que fazem parte da estação de trabalho. Tabela 16 – Componentes da estação de trabalho. 1 Suporte para livros, papel, revista e demais documentos que poderão ser digitados. 2 Suporte para monitor. 3 Suporte para impressora. 4 Entrada e saída de fios do monitor, para gabinete, caixa de som e estabilizador. 5 Mesa de escrever/desenho. 6 Mesa para teclado e mouse. 7 Gaveta. 8 Armário. 9 Pé da estação de trabalho e suporte para livros/revista. 10 Suporte para pé. Fonte: Do autor.
O modelo final, como já foi dito anteriormente, utiliza da ergonomia na regulagem da altura da mesa, pois para o autor Itiro Iida (2005), a medida mínima da altura do tampo para colocar mouse e teclado deve ser de 58 cm e a máxima de 82 cm. Também na mesma proposta do autor, o monitor deve ter como altura mínima da tela 90 cm e a máxima de 115 cm. E finalizando as configurações da estação, com base em Iida (2005), foi proposta como distância ideal de profundidade da mesa 80 cm. Ainda para o mesmo autor, é recomendável que se proponha peças que venham a contribuir para a melhoria de desempenho e para a autonomia do usuário, tais como o suporte para pé e o suporte de leitura.
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Segue, modelo da estação trabalho proposta em uso, oportunizando uma visualização mais detalhada dos suportes e das funções do móvel.
Figura 41 - Estação de trabalho em uso.
Fonte: Do autor.
Mesmo apresentando o móvel colorido e em uso, não ficou perceptível o local onde ficará guardado o suporte dos pés, uma vez que não ficou visível o elemento que fica embaixo do tampo da estação de trabalho. Sendo assim, foi selecionado o tampo e escolhido o modo de visualização de linhas ocultas para poder deixar a mostra o lugar fica guardado o suporte para os pés.
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Figura 42 - Visualização de linhas ocultas do tampo da estação de trabalho.
Fonte: Do autor.
O móvel ainda se apresenta confuso, devido às muitas funções acopladas no mesmo. Dessa forma, uma das possibilidades de se valorizar todas as suas possibilidades e suas características, a contemplação do processo das partes para o todo e também o entendimento dos componentes da estação de trabalho se optou por mostrá-lo de forma explodida. Figura 43 - Vista explodida estação de trabalho.
Fonte: do autor.
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Mesmo com uma visão explodida do móvel, não ficou muito perceptível e o autor optou por fazer vista montada e vista explodida dos 9 elementos do móvel: tampo, suporte para redigir, suporte para pés, suporte para impressora, suporte para monitor, mesa de escrita, mesa para mouse e teclado e armário/gaveta. Figura 44 - Vista montada do tampo da estação de trabalho.
Fonte: Do autor.
90
Figura 45 - Vista montada e explodida do suporte para leitura.
Fonte: Do autor.
91
Figura 46 - Vista montada e explodida do suporte do monitor.
Fonte: Do autor.
92
Figura 47 - Vista montada e explodida do suporte para impressora.
Fonte: Do autor.
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Figura 48 - Vista montada e explodida do pé da estação de trabalho.
Fonte: Do autor.
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Figura 49 - Vista montada e explodida da mesa de escrita/desenho.
Fonte: Do autor.
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Figura 50 – Vista montada e explodida da mesa de teclado/ mouse.
Fonte: Do autor.
Figura 51 –Vista montada e explodida do suporte de pé.
Fonte: Do autor.
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Figura 52 – Armário e gaveta montado e explodida .
Fonte: Do Autor
Para maior compreensão da estação de trabalho, o manual de montagem e os desenhos técnicos encontram-se no Apêndice B e C.
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4.4 ESTUDO DE MATERIAL E COR
Depois de ver como é uma estação de trabalho e entender quais funções foram nela acopladas, o autor fez um estudo do material e da cor, a fim de analisar qual seria a melhor combinação.
Figura 53 - Estudo da alternativa final 1.
Fonte: Do autor.
Na figura acima, foi utilizada a cor mais clara, a madeira de borá, e na cor mais escura o aço.
98
Figura 54 - Estudo da alternativa final 2.
Fonte: Do autor.
Na alternativa anterior, foi utilizado na parte externa, aço, na cor branca, e na parte interna (mesa de escrever, mesa para teclado, armário e suporte para pé) também o aço, só que na cor azul claro.
Figura 55 - Estudo da alternativa final 3.
Fonte: Do autor.
A figura acima mostra a alternativa selecionada sendo testada em metal branco, com madeira pintada em verde.
99
Figura 56 - Estudo da alternativa final 4.
Fonte: Do autor.
A alternativa acima segue a mesma ideia da alternativa anterior, de uso de madeira branco e de madeira pintada no verde, mas o que diferencia essa alternativa da anterior é a troca da madeira na cor verde por metal branco no suporte do pé. Visto que ficou esteticamente bem o uso de madeira branca no pé da estação de trabalho, nos suportes que ficam no tampo da estação e no suporte para os pés, também foram feita em várias alternativas, mudando a cor da madeira no resto da estação, para ver qual ficaria esteticamente melhor. Figura 57 - Estudo da alternativa final 5.
Fonte: Do autor.
100
Figura 58 - Estudo da alternativa final 6.
Fonte: Do autor.
Figura 59 - Estudo da alternativa final 7.
Fonte: Do autor.
101
Figura 60- Estudo da alternativa final 8.
.
Figura 61 - Estudo da alternativa final 9.
Fonte: Do autor.
102
Figura 62 - Estudo da alternativa final 10.
Fonte: Do autor.
Depois do estudo de material e variação de cor, o modelo selecionado foi a estúdio de alternativa final 5.
103
4.5 MODELO SELECIONADO PARA PRODUÇÃO E ESTUDOS DE VIABILIDADE DE MERCADO
Ao término do estudo, foi selecionado o modelo final.
Figura 63 - Alternativa para produção.
Fonte: Do autor.
Com o modelo selecionado realizou-se o levantamento de viabilidade de mercado, com o objetivo de verificar se o projeto proposto apresenta condições de ser vendido nas lojas populares localizadas na Grande Florianópolis e do Brasil. Dentro da viabilidade de mercado também foi levantadas a quantidade de chapas de MDF necessárias para o desenvolvimento de uma unidade, o quanto pode ser aproveitado dessa chapa para fazer outras unidades do mesmo modelo e a resistência do material em uso. Ao se pesquisar no site de fornecedores como Compensados Fernandes, Alibaba, Casa do Marceneiro, Mercado Livre, entre outros a maior dimensão de uma chapa de MDF encontrada foi de 1220 X 2440 mm nas diversas espessuras. Cabe ressaltar que, algumas empresas vendem suas chapas com certificação ISO 9001, uma vez que, grande parte dos clientes exige que a matéria prima que será utilizada nos seus móveis seja de qualidade e a ISO - International Organization for Standardization ou Organização Internacional para Padronização é um dos indicadores. Depois do levantamento feito pode-se perceber que a peça que pode ser reproduzida em menor quantidade é a tampo da estação de trabalho, pois só pode
104
ser feito 4 unidades por chapa de MDF, mas ao contrário a peça em forma de caixa que se encontra junto com o local onde põem o livros no suporte de leitura pode ser confeccionado 9760 [rever esse número] unidades da peça. Ao término do levantamento de aproveitamento e perda de material, foi levantado como poderia ser reaproveitado essa sobra e chegou ao melhor opção que é: devolver para o fornecedor onde ele vai reprocessar o MDF para se formar uma nova chapa de MDF. Sendo assim foi feito o levantamento de resistência das chapas de MDF para saber quantos quilos podem ser postos sobre as chapas.
Tabela 17 – Propriedade de alguns MDF.
7
Fonte: Valchromat by investwood .
Ao se observar a tabela 17 pode-se perceber que a resistência a flexão, que é a medida que interessa para o autor, está em Newtons e ao se fazer a equivalência de 1N em quilograma, chegou-se ao valor de 0.10197 Kg.
7
Disponível em: <http://www.somapil.com/download/YTozOntzOiU6lmFjY2FvljtzOjg6lmRvd25sb2FkljtzOjg6lmZpY2hlaXJvljtzOj QzOiJtZWRpYS9maWNoZWlyb3MvZWxlbV9maWxlcY81NTAub3JpZ2luYWwucGRmljtzOjY6lnRpdHVsbyl7czoxM DoidmFsY2hyb21hdCl7fQ==/valchromat>. Acesso em: 10/12/2013.
105
A partir desses dados, pode-se dizer que uma chapa de 8mm possui uma resistência de 4,28 Kg/mm² e que a chapa de 30mm possui uma resistência equivalente a 3,6 Kg/mm². Ao término do estudo de viabilidade de mercado chegou-se a conclusão que o modelo projetado tem condições de ser vendido no mercado porque pode muito bem, atender aos padrões de qualidade e resistência exigidos para esse tipo de móvel.
4.6 AMBIENTAÇÃO DO MODELO SELECIONADO
Concluída a seleção do modelo final e do estudo de viabilidade de mercado foi projetada uma ambientação em um quarto de dormir, a partir da medida mínima proposta por Neufert (1999) de 6m². Foram expostas imagens do cômodo em diferentes ângulos, com o objetivo de se obter uma visão diferenciada do local e do móvel proposto. Figura 64 - Ambientação 1.
Fonte: Do autor.
A figura a cima mostra a visão que a pessoa tem ao abrir a porta do quarto e entrar no ambiente.
106
Figura 65 - Ambientação 2.
Fonte: Do autor.
A ambientação da Figura 65 é uma vista da janela do quarto, como se uma pessoa estivesse vendo por ela.
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Figura 66 - Ambientação 3.
Fonte: Do autor.
A figura a cima é a captura do maior número de detalhes que a estação de trabalho e o mesmo sendo usado para trabalhar com o computador, mas sem perder o contexto onde está inserido o móvel. Além disso, foi elaborado mais uma ambientação onde mostra o uso da mesa de escrita/desenho, da gaveta e do armário. Figura 67 - Ambientação 4.
Fonte: Do autor.
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Figura 68 - Ambientação 5.
Fonte: Do autor.
Figura 69 - Ambientação 6.
Fonte: Do autor.
As duas imagens anteriores focaram mais no móvel, demonstrando as funções, porém não passou despercebida a ambientação do espaço. Permitindo assim, todo um detalhamento e apresentação das possibilidades do móvel no ambiente.
109
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do projeto além de propiciar ao pesquisador ampliar os conhecimentos do autor nas áreas da ergonomia, materiais, processos, design, móveis, entre outros, também oportunizou que fossem aplicados os conhecimentos adquiridos no decorrer da vida acadêmica no Curso de Design da UNISUL. O objetivo definido no início do projeto, desenvolver uma estação de trabalho ergonômica e multifuncional para cômodos residenciais e salas comerciais foi atingido. Para tanto, foi necessário rever os conceitos de móvel multifuncional, ergonomia e medidas antropométricas e pesquisar como o mercado está atendendo a demanda de móvel multifuncional ergonômico. E o que se pode constatar, a partir dos modelos que vendidos nas lojas pesquisadas, é que as mesmas não demonstram comprometimento com a qualidade de vida e conforto de seus clientes, mas sim com a venda e ou (re) produção em massa. Conhecer as demandas do público alvo contribuiu, significativamente, na definição de outro ponto relevante do projeto: a escolha do material que seria utilizado no móvel. Optou-se pelo MDF pelo impacto do mesmo no preço final do produto, pela resistência necessária e pelo seu processo de fabricação e reciclagem. Ou seja, o móvel foi proposto a partir de alguns indicadores pré-definidos pelo autor e análise dos dados obtidos com a pesquisa realizada com público alvo para o desenvolvimento do produto trouxeram informações decisivas relacionadas à ergonomia e a multifuncionalidade. Sendo assim, pode-se dizer que um dos diferenciais do móvel projetado é a sua aceitação no mercado. Pois, além de atender ao público alvo, ou seja, consumidores que não possuem condições de investir em móveis planejados e que poderão investir em um produto multifuncional também poderá atender todos aqueles que se interessarem por móvel ergonômico, multifuncional e com Design.
110
APÊNDICE APÊNDICE A
111
112
APÊNDICE B
113
114
115
116
117
118
119
120
121
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123
124
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127
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129
130
131
132
133
134
135
136
APÊNDICE C
137
138
139
300
140
141
142
143
144
145
Mesa escrita/ desenho
146
Mesa escrita/ desenho
147
Mesa escrita/ desenho
148
149
150
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