Monografia cristiane lehmkuhl design 2010 1

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CRISTIANE LEHMKUHL

USO DO DESIGN GRÁFICO PARA POTENCIALIZAR OS NEGÓCIOS E DIFERENCIAR UM ESCRITÓRIO DE DESIGN DE INTERIORES NO MERCADO

Florianópolis (SC) 2010


CRISTIANE LEHMKUHL

USO DO DESIGN GRÁFICO PARA POTENCIALIZAR OS NEGÓCIOS E DIFERENCIAR UM ESCRITÓRIO DE DESIGN DE INTERIORES NO MERCADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina, unidade Norte da Ilha, como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado em design.

Orientadora: Profa. Lígia Cristina Fascioni, Dra.

Florianópolis (SC) 2010


CRISTIANE LEHMKUHL

USO DO DESIGN GRÁFICO PARA POTENCIALIZAR OS NEGÓCIOS E DIFERENCIAR UM ESCRITÓRIO DE DESIGN DE INTERIORES NO MERCADO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Designer e aprovado em sua forma final pelo curso de design, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis (SC), 14 de junho de 2010.

Profª e orientadora Dra. Lígia Cristina Fascioni Universidade do Sul de Santa Catarina

Profª. Renata Krusser Universidade do Sul de Santa Catarina

Profª. Cláudia Regina Batista Universidade do Sul de Santa Catarina


TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

USO DO DESIGN GRÁFICO PARA POTENCIALIZAR OS NEGÓCIOS E DIFERENCIAR UM ESCRITÓRIO DE DESIGN DE INTERIORES NO MERCADO

Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico e referencial conferido à presente monografia, isentando a Universidade do Sul de Santa Catarina, a Coordenação do Curso de Designer, a Banca Examinadora e a Orientadora de todo e qualquer reflexo surtido em decorrência desta monografia. Estou ciente de que poderei responder administrativamente, civilmente e criminalmente em caso de plágio devidamente comprovado do trabalho monográfico.

Florianópolis (SC), 14 de junho de 2010.

Cristiane Lehmkuhl


A todos aqueles que acreditam no poder do design.


AGRADECIMENTOS

Meus agradecimentos especiais na realização desta monografia: - à minha orientadora Lígia Fascioni, pelo conhecimento compartilhado e maestria com que conduziu a orientação desta monografia; - à minha família, especialmente minha mãe Terezinha, pelo apoio, paciência e compreensão; - à minha amiga Sharlene Benites por acreditar e me apoiar durante esta trajetória; - ao Rafael Oliveira, que demonstrou paciência e apoio neste período; - à Lilian Cavalheiro pela abertura de seu escritório para a realização deste projeto; - à Gláucia Rosa pela força e ajuda e dicas sempre oferecidas; - à Pâmela Riva pelo companheirismo neste trabalho e sempre; - a todos que não foram citados, mas que de alguma maneira contribuíram direta ou indiretamente na realização deste trabalho.


RESUMO

O presente trabalho busca estudar e utilizar o design gráfico como diferencial estratégico, na comunicação visual de um escritório de design de interiores, tornando perceptíveis os seus objetivos e valores. Com estudos bibliográficos, levantamento de informações com a utilização de questionário, elaborar um sistema de identidade visual com peças gráficas diferenciadas para o mercado, de modo a agregar valor à imagem da empresa e dos serviços oferecidos. Para tanto, será realizado um conceito do escritório Licav Design e Interiores, e um levantamento das necessidades, resultando no desenvolvimento de um projeto que diferenciará o escritório por meio de design gráfico. Palavras-chave: Sistema de identidade visual. Design. Gestão do design.


ABSTRACT

This paper seeks to study and use graphic design as a strategic differentiator, in the visual communication of an office of interior design, making visible their goals and values.Thru bibliographical studies and survey information with the use of a questionnaire, it seeks to prepare a system of visual identity with different graphic elements in an intent to add value to the company’s image and services offered. In order to make this study a reality, there will be performed a research regarding the qualifications of Licav Design and Interiors and a survey of its needs, resulting in the development of a project that differentiate the firm from the others in the market through the work of its graphic design. Key-words: Visual identity system. Design. Design management.


LISTRA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Comparativo entre gestão e design ........................................................................ 13 Figura 2 – Pesquisa sobre o percentual de empresas que investiram em design ..................... 15 Figura 3 – Pesquisa sobre o percentual de empresas que pretendem investir em design ........ 16 Figura 4 – Fachada Grupo Energisa criada pela Tátil Design de Idéias, visitado em 20 de maio de 2010 ........................................................................................................................... 30 Figura 5 – Fachada loja Condominium ................................................................................... 30 Figura 6 – Sinalização interna, área de atendimento ............................................................... 31 Figura 7 – Péon (2003) ............................................................................................................ 32 Figura 8 – Foto 01 do Home Office da Licav ......................................................................... 34 Figura 9 – Foto 02 do Home Office da Licav ......................................................................... 35 Figura 10 – Logotipo da Licav ................................................................................................ 37 Figura 11 – Logotipo do Escritório da AT Arquitetura ........................................................... 38 Figura 12 – Logotipo do Escritório Patrícia Volpato .............................................................. 39 Figura 13 – Logotipo do Escritório Forma& Conceito.arq ..................................................... 39 Figura 14 – Gráfico com resultado de quem da residência é responsável por definir o projeto de interiores ............................................................................................................................. 41 Figura 15 – Gráfico com resultado para os hábitos de leitura ................................................. 41 Figura 16 – Gráfico com resultado para os motivos a realizar um projeto de decoração de interiores .................................................................................................................................. 41 Figura 17 – Gráfico com resultado das expectativas para um projeto de decoração de interior ................................................................................................................................................. 42 Figura 18 – Gráfico com resultado para a definição do profissional a realizar o projeto ....... 42 Figura 19 – Painel semântico do comportamento do público alvo ......................................... 44 Figura 20 – Painel semântico dos atributos da Licav Design e Interiores ............................... 45 Figura 21 – Primeiros esboços...........................................................................................47 Figura 22 – Painel de fontes......................................................................................................48 Figura 23 – Painel de símbolos.................................................................................................49 Figura 24 – Painel da fonte e do símbolo escolhido.................................................................50 Figura 25 – Painel de idéias

.................................................................50

Figura 26 – Alternativa selecionada..........................................................................................51


Figura 27 – alternativa com estudo das cores...........................................................................51 Figura 28 – Alternativa final.....................................................................................................53


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................................... 10 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11 1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................................... 11 1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 11 1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 11 1.4 METODOLOGIA............................................................................................................. 12 2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 13 2.1 DESIGN NA EMPRESA ................................................................................................. 13 2.2 GESTÃO DO DESIGN .................................................................................................... 17 2.2.1 Origens gestão do design ............................................................................................. 19 2.3 GESTÃO DO DESIGN GRÁFICO ................................................................................. 20 2.4 LIGUAGEM VISUAL ..................................................................................................... 22 2.5 SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL.......................................................................... 22 2.5.1 Elementos da identidade visual .................................................................................. 25 2.6 DIFERENTES APLICAÇÕES DE DESIGN GRÁFICO NA EMPRESA ...................... 29 2.6.1 Design de embalagem .................................................................................................. 29 2.6.2 Design de sinalização ................................................................................................... 29 2.7 METODOLOGIA............................................................................................................. 31 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ..................................................................... 34 3.1 A EMPRESA .................................................................................................................... 34 3.1.1 Briefing ......................................................................................................................... 36 3.1.2 Identidade visual atual ................................................................................................ 37 3.1.3 Concorrentes diretos ................................................................................................... 38 3.2 LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES ................................................................. 40 3.2.1 Pesquisas ....................................................................................................................... 40 3.2.2 Painel semântico .......................................................................................................... 44 3.2.3 Requisitos e restrições ................................................................................................. 45 3.2.4 Elaboração conceitual ................................................................................................. 46 4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ......................................................................... 47 4.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVA ................................................................................... 47


4.1.1 Desenvolvimento criativo ............................................................................................ 47 4.2 ALTERNATIVA FINAL ................................................................................................. 53 5 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL .......................................................................... 54 5.1 MARCA COLORIDA ...................................................................................................... 54 5.2 MARCA MONOCROMÁTICA ...................................................................................... 54 5.3 MARCA NEGATIVA ...................................................................................................... 55 5.4 PADRÕES DE COR ........................................................................................................ 55 5.5 FONTE TIPOGRÁFICA .................................................................................................. 56 5.6 TESTE DE REDUÇÃO.................................................................................................... 56 5.7 CONSTRUÇÃO ............................................................................................................... 56 5.8 GRADE ESTRUTURAL ................................................................................................. 57 5.9 ÁREA DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 57 5.10 APLICAÇÃO SOBRE FUNDO COLORIDO ............................................................... 58 5.11 PROIBIÇÕES ................................................................................................................. 58 6 APLICAÇÕES DA MARCA ............................................................................................ 59 6.1 CARTÃO DE VISITAS ................................................................................................... 59 6.2 ENVELOPE ..................................................................................................................... 61 6.3 PAPELARIA .................................................................................................................... 62 6.4 LAYOUT WEBSITE ....................................................................................................... 63 6.5 ASSINATURA DE E-MAIL ........................................................................................... 64 6.6 LEGENDA DE PROJETO ............................................................................................... 65 6.7 EMBALAGEM ................................................................................................................ 66 6.8 BRINDE ........................................................................................................................... 67 6.9 SINALIZAÇÃO ............................................................................................................... 68 7 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 69 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 71 APÊNDICES ......................................................................................................................... 75 APÊNDICE A – Detalhamento do Cartão de Visitas........................................................ 76 APÊNDICE B – Detalhamento da Embalagem ................................................................. 77 APÊNDICE C – Detalhamento do Brinde ......................................................................... 78


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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz uso da formação adquirida no curso de design, tendo como objetivo agregar valor à comunicação de um escritório de design de interiores que atua no mercado da cidade de Florianópolis, SC. A ferramenta utilizada para a diferenciação da empresa é o design gráfico através da comunicação. Segundo o Centro Português de Design (1997), os designers podem ser colaboradores na construção da imagem empresarial, intervindo com informativos, logotipos, marcas, impressos e também soluções que diferenciem o cliente da concorrência. No mercado competitivo atual, as empresas necessitam de um diferencial em relação aos concorrentes, na comunicação, nos processos internos e nos serviços oferecidos. Com mercado em acelerado crescimento se faz necessário buscar diferenciais através da identidade da empresa, investir em um determinado nicho de clientes, para isso há necessidade de se estudar este público e conhecer suas rotinas, costumes e desejos. Para o Centro Português de Design (1997), que afirma que a diminuição do tempo de escolha aliada à grande variedade de produtos e serviços faz com que os consumidores dêem retorno rápido para quem lhe proporcionar uma comunicação marcante, e que ofereça a satisfação desejada. A boa imagem e percepção causadas pela apresentação dos produtos e serviços, bem como a rápida e correta identificação destes pelo público de interesse das corporações tornam-se, portanto, fatores determinantes no sucesso de uma relação positiva e de resultados entre empresas e clientes. 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

A procura por ambientes diferenciados e personalizados, que levam design cresce em passos largos na Região da Grande Florianópolis. A cidade é um pólo turístico e pessoas com poder aquisitivo, com interesse de ter um imóvel para passeio ou para investimento, adquirem imóveis na região. Com a compra e construção de imóveis, há a necessidade de móveis, e a Licav busca seu nicho de clientes entre este público. Como o design de interiores vem se popularizando, a procura do consumidor cresce, mas o número de concorrentes é considerável, por isso a necessidade de diferenciação do escritório Licav Design e Interiores.


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1.2 OBJETIVOS

1.2.1

Objetivo geral

Utilizar os conhecimentos e recursos da área do Design Gráfico para diferenciar o escritório Licav Design e Interiores no mercado.

1.2.2

Objetivos específicos

• Conhecer e analisar o escritório Licav e identificar suas necessidades na área do design. • Conhecer e analisar o cenário de escritórios de design de interiores. • Desenvolver um sistema de identidade visual da empresa, que represente as características da empresa. • Desenvolver produtos diferenciados, usando o design gráfico como aliado.

1.3 JUSTIFICATIVA

O tema escolhido justifica-se pela necessidade de maior destaque no mercado para uma jovem empresa de Design e Interiores. Por se tratar de uma prestadora de serviço atuante em um competitivo mercado em expansão, busca-se, com a utilização das ferramentas do design, a valorização da marca, estreitando a comunicação com o seu público escolhido. A aplicação do design gráfico para realização desse projeto agrega valor à empresa e oferece crescimento intelectual ao graduando. Busca-se alcançar os resultados almejados neste trabalho, com estudos e pesquisas, atendendo as necessidades de comunicação interna e externa da empresa. Segundo Munari (2001, p.68):


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A comunicação visual ocorre por meio de mensagens visuais que fazem parte da grande família das mensagens que atingirem os nossos sentidos: sonoras, térmicas, dinâmicas, etc. Presume-se, portanto, que um emissor emita mensagens e que um receptor receba. O receptor está, porém, imerso num ambiente cheio de perturbações que podem alterar ou mesmo anular certa mensagens.

As pesquisas são de abordagem qualitativa, incluindo levantamento bibliográfico, entrevistas e análise de dados da empresa. Com o resultado da análise, chegou-se na problematização, que é a necessidade de diferenciação do escritório Licav Design e Interiores no mercado competitivo da Grande Florianópolis. Uma parte da solução do problema é a aplicação de um sistema de identidade visual. De acordo com Munari (1997, p.184) para que se possa falar em problema é preciso que este seja passível de solução. Para o autor, o problema é o objeto de estudo para solução, que busca a melhor resposta, e a melhor resposta não é necessariamente a mais inovadora, nem tampouco a mais simples. Sendo a melhor resposta aquela que resolve deficiências e concilia as necessidades da empresa, cliente e sociedade. Com os resultados obtidos com este trabalho, pretende-se auxiliar em toda parte de comunicação interna e externa da Licav Design e Interiores.

1.4 METODOLOGIA

A metodologia é segundo Péon (2003, p.50) “[...] o conjunto e a ordenação de procedimentos para a realização de um dado objetivo – ou seja, o conjunto de métodos utilizados, bem como o estudo e análise destes métodos”. A metodologia escolhida para base foi a de Péon (2003 p. 57-59). Que esta dividida em três fases A Problematização, B Concepção e C Detalhamento Técnico. A fase A contempla o levantamento de dados a fase B parte para geração de alternativas, testes e refinamento da solução e a fase C é a seleção final, aplicações e encerramento do projeto.


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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

2.1 DESIGN NA EMPRESA

A palavra design gráfico pode ser definida como a área de conhecimento e a prática profissional específica relativa ao ordenamento estético formal de elementos textuais e não textuais que compõem peças gráficas destinadas à produção com objetivo expressamente comunicacional (VILLAS-BOAS, 1998). O autor também define: [...] design gráfico é um conjunto de elementos visuais - textuais e /ou não textuais – reunidos numa determinada área preponderantemente bidimensional e que resulta exatamente da relação entre elementos. (VILLAS-BOAS, 2000, p. 38)

O design pode transformar os processos de uma empresa, com inovação e organização através de projetos. O Centro Português de Design (1997, p. 23) afirma que “o design entendido como um processo de desenvolvimento de produtos pode constituir o elemento-chave do planejamento de uma empresa, do que vende, utiliza, ou comunica”. O design se agrega à gestão da empresa, formando uma estratégia entre processos e atividades. O design inserido na estrutura pode ser aplicado como estratégia para a empresa auferir ganhos de marca e sucesso financeiro. (BONSIEPE, 1997) Sobre a relação entre as áreas de Gestão e Design, a autora Mozota (2002) sustenta que apesar da aparente discrepância entre as duas áreas, as funções cognitivas e as semelhanças são muitas. As principais convergências são citadas na figura abaixo:

Qual relação entre Gestão e Design? Gestão - Processo, Resolução de problemas - Gestão de idéias, Inovação - Sistemas da empresa, informação - Comunicação, Estrutura - Cultura da organização, Identidade.

Design - Atividade resolução de problemas - Atividade Criativa - Atividade Sistêmica - Atividade de coordenação - Atividade Cultural e Artística.

Figura 1 - Comparativo entre gestão e design. Fonte: Adaptado por Borja de Mozota, Brigitte. (DESIGN MANAGEMENT, 2002, p.88).


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Para Mozota (2002) os mais conservadores da gestão possuem divergências com a aplicação do design, mas lembra que a criatividade e inovação utilizada pelo designer influenciarão nos métodos de gestão. A autora também ressalta que a gestão se renderá ao design e com a integração dos conhecimentos a organização terá grandes lucros. A gestão do design se resume em processos e atividades, se conciliando e focando nos projetos em equipe, como proposta inicial para o trabalho em equipe, desta forma, a gestão do design é caracterizada pela interação entre concepção, produção e comercialização de um produto, visando atingir tanto as necessidades de consumo quanto os objetivos da organização. Com o design inserido na estrutura da empresa, há uma coordenação e inovação significante. Neste sentido, Mozota (2002, p. 130) esclarece: O design é um dos fatores de diferenciação de produtos e serviços, destacando-se aspectos como: identidade, qualidade e satisfação são condicionantes fundamentais para a manutenção e conquista de mercado. Além de ser, uma alternativa para a redução dos custos de produção e auxilio na área de preservação ambiental

As pesquisas de Mozota (2002) estabeleceram novas dimensões do design como elemento diferenciador de produtos no mercado, de design como coordenador do gerenciamento e desenvolvimento de novos produtos e do design transformador como instrumento estratégico que antecipa as relações de competitividade entre mercados futuros e tendências, promovendo, assim, a marca. O design na empresa, na realidade não é um investimento que a empresa escolhe, há sim uma grande necessidade no mercado, de diferenciação da empresa e o design é a fundamental ferramenta. Para Fascioni (2001) o design mostra a empresa através dos valores, missão, crenças e ética. Auxilia nas atividades e ações a serem tomadas pela corporação, diferenciando a empresa no mercado competitivo. O design tendo importância dentro da empresa se torna necessidade fundamental. Fascioni (2001, p.3) afirma que: Ele não desaparece como que por encanto, pelo simples fato de que não foi contemplado nos planos de administração da empresa. O design é um corpo: ele está lá, quer sequeira, quer não. O que se pode fazer é gerir esse corpo, moldá-lo para que ele se pareça com a identidade real da entidade que ele está representando. Também não vale usar de artifícios para enfeitá-lo — o design é por demais sincero e não é só um corpinho bonito — tem personalidade, inspira impressões.


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No mercado nacional, o design cresceu de forma muito lenta, não tendo chance para se desenvolver dentro das empresas, algumas por medo da inovação e a forma de recepção das pessoas e outras por definirem o design como algo de luxo e poder. Para Faggiani (2006, p.19): As empresas nacionais não têm a cultura da contratação de designers para fazer parte de sua equipe, ou como um profissional prestador de serviços, há pouco tempo, o design era visto como luxo, e considerado supérfluo. Ainda se vê o designer como o criador de marcas e de publicidade da empresa, ou apenas o criador de novos produtos para o mercado.

Hoje, de uma forma lenta, as empresas nacionais estão mudando o conceito sobre a aplicação do design. Não apenas a grandes empresas, mas também as pequenas e microempresas que estão com uma visão no futuro. A CNI, Confederação Nacional das Indústrias, realizou estudos sobre os indicadores de competitividade na indústria Brasileira – Micro e Pequenas Empresas (2006), com foco em empresas que investiram recentemente em design. Segue resultado da pesquisa no gráfico da figura 2.

Figura 2 – Pesquisa sobre investimento em design pelas empresas FONTE: CNI – SEBRAE, 2005

Dados da pesquisa revelam que 42,3% das micro-empresas já investiram em design e 57,7% ainda apresentam resistência. Já nas pequenas empresas 45,2% já investiram em design e 54,8% não.


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Afirma o SEBRAE que o resultado da pesquisa é significativo para as empresas de pequeno porte e indicam aumentos nas vendas assim como a redução de custos. Os resultados indicam que 75% das empresas que investiram recentemente em design registraram aumentos em suas vendas, sendo que 41% destas empresas também conseguiram reduzir os seus custos.1 Cada vez mais competitivo, o mercado está gerando um número excessivo de produtos semelhantes, com a mesma tecnologia, o mesmo preço, o mesmo desempenho e as mesmas características. Essa avalanche de opções acaba confundindo o consumidor que tem dificuldade em perceber essas diferenças, e em atribuir a elas o seu devido valor. Por esse motivo surge a necessidade de investimento em design das empresas nacionais. A figura 3 mostra o percentual de empresas que pretendem investir em design.

Figura 3 – Pesquisa sobre o percentual de empresas que pretendem investir em design. Fonte: CNI – SEBRAE 2005

O designer Ricardo Notari Peixinho, diretor da MultiDesign, agência de design de destaque em Pernambuco, citou em um artigo, edição 544 no ano de 2009, para o site Rede Gestão, que o design tem contribuído muito para o crescimento da economia, consolidandose como uma ferramenta estratégica de gestão para as pequenas, médias e grandes empresas 1

Pesquisa publicada no site da CNI – indicadores de competitividade na indústria Brasileira – Micro e Pequenas Empresas.


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brasileiras. Sendo assim, para um diagnóstico mais preciso desse cenário, a Associação de Designers de Produto (ADP), juntamente com o Programa Brasileiro de Design do Ministério do Desenvolvimento (PBD), encomendou à Fundação Getúlio Vargas um estudo abrangente sobre o impacto do design no desempenho das empresas brasileiras. Foram pesquisados onze setores industriais onde o design é aplicado, e os resultados indicam que todas as empresas ouvidas têm plena consciência de que o design é fundamental para sua sobrevivência. Destas, 100% afirmam que investem em design, e 73% já investem há mais de cinco anos. Outro dado significativo é que um terço das empresas contrata escritórios de design para o desenvolvimento de produtos, e 19% têm departamentos internos de design. Outros dados importantes: • 80% das empresas afirmam que o design aumentou sua competitividade; • 87% dizem que o design lhes ajudou a abrir novos mercados; • 80% falam que o design facilitou a exportação de seus produtos; • 63% revelam que aumentaram o faturamento; 55% reduziram os custos; • 67% garantem que melhoraram a imagem institucional da empresa por meio do design.

2.2 GESTÃO DO DESIGN

O presente trabalho tem como objetivo organizar e estruturar a comunicação de um escritório de Design de Interiores, considerando que a aplicação da gestão do design é essencial, este trabalho não se limita só a aplicação do design gráfico, em forma de sistema de identidade visual, mais abrange todo um estudo e aplicação de soluções em forma criativa, que auxilia no processo de diferenciação do cliente no mercado. Para o Centro Português de Design (1997) a gestão do design nas empresas estará concentrada nos produtos; apenas nas empresas de serviços limita-se à área da comunicação. Em ambos os casos pode se admitir que a gestão de design se ocupa dos objetos, produtos, suportes comunicacionais, ambientes e instalações. Segundo Luis Emiliano Avendaño (2002, p. 20), consultor de design, gestão de design é definida como:


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O conjunto de atividades de diagnóstico, coordenação, negociação e design que comparecem tanto na atividade de consultoria externa como em âmbito da organização empresarial, interagindo com os setores responsáveis da produção, da programação econômico-financeira e da comercialização com a finalidade de permitir uma participação ativa do design nas decisões dos produtos.

A aplicação de um sistema de comunicação funcional, em uma empresa agrega valor e diferencial, apresentando-se como uma empresa visível no mercado, gerando oportunidades e lucros. Para Bersen (1987) o novo conceito de gestão do design incorpora o processo de design como um elemento funcional no planejamento estratégico da empresa. O design está, cada vez mais, se afirmando como um importante diferencial competitivo e a gestão de estratégica do design é a ferramenta que irá proporcionar este destaque. A gestão do design pode se apresentar na empresa na forma de serviços, com a aplicação um plano de ação e criatividade, de forma a atender às necessidades da empresa conforme necessidades identificadas em um estudo realizado no início dos trabalhos. Quarante (2001) destaca a função de coordenação da Gestão do Design dizendo ter o papel de veículo criativo, que mantém os produtos coerentes com a estratégia da empresa, através do questionamento, comunicação, vigilância e observação com relação à qualidade dos produtos. Ressalta, ainda, a integração dos fatores humanos na concepção dos novos produtos. Com a aplicação da gestão de design na empresa, ela ganha notoriedade através de um perfil competitivo, gerenciada, preparada com suporte para os desafios e riscos. Com este perfil a empresa tem a percepção antecipada das perspectivas e oportunidades de uma forma estruturada e personalizada. Rocha (1997, p. 120) esclarece que: O sucesso das organizações em um mercado altamente concorrencial depende do aproveitamento adequado de oportunidade sem provimento de bens e de serviços. Torna-se crucial desenvolver a capacidade corporativa em compreender os contextos decorrentes e em identificar as formas de articulação dos recursos necessários para a realização de objetivos. Esta conjugação de esforços, agregada à busca da estabilidade do processo de produção, se constitui em um desiderato gerencial: a gestão da variabilidade.

A responsabilidade de conceber produtos, que incorporem os objetivos da empresa é da Gestão do Design, que satisfaça o consumidor e se apresente competitivo no mercado, dentro do tempo previsto e de acordo com recursos disponibilizados. Conseqüentemente, faz-se necessária à integração de diversos domínios profissionais que contribuam tanto para concepção do produto como para seu desenvolvimento e


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comercialização. Segundo Wolf (1998), é a organização e coordenação de todas as atividades de design, baseada nos objetivos e valores definidos pela empresa. Deve fazer parte da missão da empresa a premissa básica para sua eficiência é a consciência e a aceitação do design como fator de qualidade e de estratégia pela gerencia. Segundo a autora, as atividades de gestão do design se realizam nos processos operativos e estratégicos, com a definição dos objetivos.

2.2.1 Origens gestão do design

A expressão gestão do design foi utilizada pela primeira vez em 1965, quando a Britains´s Royal Society of Arts, em conjunto com o UK´s Design Council instituíram o primeiro Presidential Awards for Design Management (Chung, 1998). O prêmio definia gestão do design como sendo uma abordagem coesa para as atividades de design, que contribui com a qualidade total da companhia, percebida pelos seus clientes, internos e externos Em 1971, a Universidade McMaster do Canadá ofertou um currículo para gestores de design e a ementa abordava consultoria em design, organização, produção e projeto de empresa. Em 1973 em Barcelona, o site do centro de design dava destaque ao link Gestão do Design, onde apontava metodologias e várias ferramentas da instituição. No Brasil, em 1984, a empresa GAD Branding & Design nasceu em Porto Alegre, focada em estratégia, criação, implantação e gestão de marcas, atua como uma das principais empresas de consultoria atualmente. Lançado em 1995, o Programa Brasileiro do Design PBD é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior voltada para a inserção e incremento da gestão do design nos setores produtivos brasileiros. Prêmio CNI (Confederação Nacional da Indústria) José Mindlin, com o tema Gestão de Design foi criado em 1997. Entre seus objetivos específicos estão o estímulo e a conscientização para a integração do design no processo de gestão das empresas produtoras de bens e serviços, a troca de informações e conceitos relativos às práticas e técnicas bem sucedidas da gestão do design, o estímulo à agregação de valor aos produtos e serviços. A partir do ano de 2000 a gestão do design já estava divulgada e reconhecida por grandes instituições e havia muita procura de empresas que encaminhavam representantes a


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palestras e work shop sobre o tema. Surgiu também o desafio SEBRAE focado em alunos de universidades com o intuito de gerenciar uma empresa em forma de um jogo. Atualmente as perspectivas para aplicação da gestão do design crescem, com o foco nas necessidades e na importância eficácia da empresa, do dinamismo, inovação e potencial nos produtos e serviços oferecidos.

2.3 GESTÃO DO DESIGN GRÁFICO

Design Gráfico é termo utilizado para definir, genericamente, a atividade de planejamento e projeto relativos à linguagem visual. Atividade que lida com a articulação de texto e imagem, podendo ser desenvolvida sobre os mais variados suportes e situações. É fato que as empresas que incorporaram o design gráfico em seu processo de trabalho tornaram-se líderes de mercado e referência no segmento em que atuam. Tome-se como exemplo o banco Bradesco, conhecida instituição financeira brasileira, sendo um dos maiores bancos do Brasil, que promove sua comunicação com o mercado através de sua marca. A importância do design gráfico no dia a dia de uma empresa tem um percurso a ser realizado, com a criação de elementos da identidade corporativa, começando pela aceitação e preparação da equipe interna, para as mudanças que ocorrem durante o processo da gestão. Wolf (1998, p.18) concorda com a afirmação anterior quando destaca a importância do comprometimento da empresa na gestão do design: [...] condição prévia é que a gerência tenha a consciência de que o design é um fator importante e estratégico para diferenciar-se no mercado. Quando a gerência de uma empresa não valoriza o design como um fator importante em seus objetivos o design se converte em decoração [...].

Gierke, Hansen e Turner (2002, p. 15) apresentam três pontos que consideram fundamentais para entender a gestão do design: 1. Gestão do design é um imperativo comercial 2. Design é uma ferramenta de negócios que torna a estratégia visível 3. Investimento em design aumenta o valor da marca e diminui os custos de desenvolvimento.


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A respeito desta questão, a CNI, Confederação Nacional da Indústria, afirma em sua pesquisa em seu site (2005): Introduzir a cultura do design numa empresa, é mais do que contratar um designer, criar um departamento, ou mesmo um consultor externo, é primeiramente enfatizar a multidisciplinaridade, coordenar tarefas no processo e na seqüência das decisões, sendo que, muitas das mudanças neste processo são significantes no que diz respeito à cultura da empresa.

Para Niemeyer (2003) é necessário que, em qualquer projeto, o designer tenha noção de como se dará o olhar das pessoas que terão contato com o produto final. Deve-se prever o modo pelo qual o usuário irá interagir com o objeto, que por meio de sua forma, cores, texturas, materiais, organização, estrutura-se como linguagem e comunica como ele deverá ser manuseado. O designer deverá analisar por que vias haverá a interação entre interpretador e produto, pois este irá sempre comunicar algo para alguém. Os efeitos de sentido são a resultante de um processo de comunicação: aquilo que se dá no encontro do interpretador com a mensagem. O conhecimento do interpretador, de seus valores e de sua cultura possibilita a adequada articulação dos signos para que os objetivos comunicacionais sejam atingidos. Com o avanço da tecnologia é importante que empresas se atualizem e evoluam com relação às tendências do mercado gerando novas alternativas para os clientes, tornando a compra de produtos e serviços, menos complicados e atendendo assim às expectativas destes. O atendimento e a comunicação com o cliente devem ser valorizados e deve evoluir com as novas tecnologias, utilizando-se todos os artifícios disponíveis para melhorar e facilitar a comunicação entre empresa e cliente. A gestão do design é adequada a cada tipo e estilo de empresa, focando no gerenciamento do melhor resultado, mínimos detalhes podem fazer a diferença e melhorar a eficácia da empresa. O consumidor, ao escolher um produto ou serviço, busca saciar seu desejo ou sua necessidade, para que esta aquisição seja completa, ao ter o produto e/ou serviço, o consumidor é quem tem que ter satisfação, com seu desejo realizado. Peters (2003, p 20) afirma “Design não se trata de gostar ou não gostar. Trata-se de paixão. Emoção. Apego”. Neste projeto se buscará utilizar todos os recursos que o design gráfico oferece para diferenciar a empresa do mercado de Florianópolis. Para tanto, não basta apenas um sistema de identidade visual para uma empresa convencional, e sim uma comunicação planejada, que preveja todos os desdobramentos e promova um crescimento estruturado suprindo as necessidades do público escolhido.


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Conforme Knapp (2002, p.87): O valor da marca pode ser definido pela identificação, mensuração e análise das necessidades dos clientes, acompanhadas das transformações dessas informações em características exeqüíveis que tornarão os clientes satisfeitos. Os clientes desenvolvem sua percepção do valor por meio de um sentimento subjetivo que resulta na comparação das ofertas de produtos e serviços da marca com aquelas dos concorrentes, tendo por base suas próprias necessidades, preferências, comportamento de compra e características.

2.4 LINGUAGEM VISUAL

A linguagem visual se relaciona com elementos conceituais e visuais, é base para o trabalho do designer. Elementos visuais como ponto, linha, plano e volume, seus formatos, cores e texturas, fazem parte do conjunto da linguagem visual. O designer dessa forma comunica idéias e sentimentos, estes elementos visuais são reconhecidos de forma de linguagem universal, ultrapassando todas as barreiras lingüísticas. Para Dondis (2000, p.24) as técnicas de planejamento visual são: “as técnicas de configuração ou manipulação dos elementos visuais são os agentes no processo de comunicação visual; é através de sua energia que o caráter de uma solução visual adquire forma”. O mesmo autor afirma que na criação de mensagens visuais e o significado não se encontra apenas nos efeitos cumulativos da disposição dos elementos básicos, mas também no mecanismo perceptivo universal do organismo humano. A linguagem visual captura os sentimentos de quem está visualizando, é uma fonte de recurso e inspiração.

2.5 SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL

A identidade visual é a cara da empresa no mercado, a primeira impressão que o consumidor tem da empresa, e ela deve traduzir sua filosofia e seus valores e estar de acordo com as ações e os conceitos por ela transmitidos. São os recursos visuais adotados para construção desta identidade que permitem a identificação e a memorização da empresa, e


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estabelecem o ponto inicial da comunicação entre esta e o público. Para Peón (2000, p. 15) o Sistema de Identidade Visual (SIV) é: Sistema de normatização para proporcionar unidade e identidade a todos os itens de apresentação de um dado objeto, através do seu aspecto visual. Este objeto pode ser uma empresa, um grupo ou uma instituição, bem como uma idéia, um produto, ou um serviço.

Além disto, a autora Peón (2000, p. 17) diz que o SIV ainda tem por objetivo “influir no posicionamento da instituição junto aos similares ou à concorrência, facilitando sua identificação visual e associando visualmente conceitos que valorizam a organização; Controle de estoque, de patrimônio e de pessoal, pois identifica tudo aquilo que integra a organização, desde funcionários, equipamentos, bens móveis e produtos, dando ao SIV também uma função interna; e persuadir para obtenção de lucro, promoção ou hegemonia, pela veiculação da imagem corporativa de que aquela instituição é positiva”. Hoje empresários começam a ver o design com outros olhos, tratando-o como uma ferramenta capaz de ajudar e auxiliar nas atividades e nas vendas da empresa. A identidade visual é fundamental para que a empresa seja vista e reconhecida, por meio dela e de seus atributos que a empresa irá disputar seu espaço no mercado. Segundo Péon (2003, p.11): [...] A identidade visual é o que singulariza visualmente um dado objeto; é que o diferencia dos demais por seus elementos visuais. A manifestação dessa identidade pode ser mais fraca ou mais forte mas, no senso comum, qualquer coisa que possa ser identificada visualmente possui uma identidade visual (identificação=reconhecimento de identidade).

Para Pinho (2001) a identidade visual ajuda a organização a traduzir essas características para o seu público-alvo, utilizando as representações simbólicas. Elas estão sempre ligadas ao contexto sócio-histórico em que a organização está inserida; por isso, necessitam de atualizações, para que possam continuar expressando aquilo que foi desejado quando de fato foram criadas.


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Um sistema de identidade visual é formado por vários elementos como símbolo, logotipo, marca, cores,cartão de visita, envelopes, papel de carta, entre outros elementos de comunicação. Para Péon (2003, p.07): O sistema só é formado, quando possui uma unidade, caracterizada pelo claro estabelecimento de elementos que o singularizem e pela repetição organizada e uniforme destes elementos. Temos, então, um sistema de identidade visual. É a unidade que perpassa estes projetos que, sem engano, forma a identidade visual do cliente – cuja eficiência, antes de mais nada, é medida justamente por esta unidade.

Péon (2003, p.14) ainda define o sistema de identidade visual como sendo: “Identidade visual é um sistema de normatização para proporcionar unidade e identidade a todos os itens de apresentação de um dado objeto através do seu aspecto visual. Este objeto pode ser uma empresa, um produto ou um serviço”. Os sistemas de identidade visuais, para Péon (2003) também esta dividido em três tipos diferentes de sistema, que se ligam ao porte da empresa, sendo eles: extenso, complexo e restrito. O extenso, fala sobre as grandes empresas, cujo número de aplicações é muito grande, necessitando de um maior controle de qualidade, manutenção e complementação de seus materiais constantemente. O complexo é indicado para as médias empresas, as aplicações são projetadas de maneira aprofundada, gerando o projeto e implementando um sistema de identidade visual detalhado. E por último e não menos importante, o restrito, que é voltado para micro e pequenas empresas, possuindo poucos elementos e aplicações; em sua maioria os projetos não chegam a ser implantados completamente. Portanto o consumidor é o ponto principal do projeto para a definição da melhor opção em comunicação. Em relação ao consumidor, Moraes (1997) propõe que o indivíduo seja adotado como o principal meio de orientação projetual. Isto é, atualmente, o que deveria vir em primeiro lugar seriam os desejos e necessidades do consumidor e remediar essas carências criando produtos. Levando em conta esse enfoque, há a possibilidade de surgir soluções mais inovadoras, diferenciadas e, às vezes, inusitadas.


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2.5.1

Elementos da identidade visual

Para Péon (2003, p.27) os elementos de identidade visual se dividem em: • Primários • Secundários • Acessórios Para o presente trabalho, serão utilizados alguns dos itens do sistema de identidade visual descrito pela autora Péon. Segue descrição dos mesmos a seguir: a) Logotipo Logotipo é um dos elementos gráficos que compõem a marca, podendo também se tornar a própria marca, se esta não possuir um símbolo gráfico. Como toda assinatura, ele também precisa seguir um padrão visual para que seja reconhecido onde quer que esteja. Niemeyer (2003, p.33) descreve que logotipo: São consideradas assim todas aquelas que são formadas por uma combinação de letras e números que possam ser lidos. [...] quando estas letras e números são modificados a tal ponto que sejam reconhecidos mais como desenhos do que como as letras e números originais, então são considerados marcas figurativas, e não nominativas.

b) Símbolo Símbolo é um sinal gráfico, que representa a empresa, a sua forma é sintetizada, tendo rápida identificação e associação. Péon afirma (2003, p.30): Não deve ter excesso de elementos, e deve ter uma associação clara, com os conceitos que o SIV em questão deseja agregar à imagem corporativa. É por isso também que o desenho do símbolo deve merecer especial atenção: as linhas, pontos e massas que formam devem contribuir, para uma leitura mais rápida possível e para uma boa reprodutibilidade técnica, evitando deformações e falhas que prejudiquem esta leitura e o reconhecimento imediato daquele desenho como sendo representante daquela instituição.

c) Marca A marca é composta de identidade, nome e representação gráfica, ela serve de referencia para os públicos externos e internos em relação a empresa e seus produtos e serviços oferecidos.


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A representação da marca pode ter características como qualidade, confiança e liderança, todas são características essenciais para o sucesso da empresa. A marca reúne uma série de conceitos. Kapferer (1998,p.190) resume da melhor forma: Uma marca é ao mesmo tempo signo, palavra, objeto, conceito, pois a marca é multiforme: ela integra os signos figurativos, como os logotipos, os emblemas, as cores, as formas, as embalagens e o design. Palavra, no caso nome da marca, que é suporte de informação oral ou escrita sobre o produto. Objeto, pois a marca distingue um ou vários produtos de outros produtos e serviços. Conceito, enfim, pois a marca, como todo signo, tem um significado, ou seja, um sentido.

d) Cores A luz é responsável por se conseguir perceber as cores, a luz reflete na retina e esta manda s informações para o sistema nervoso, que consegue distinguir as cores graças às experiências adquiridas anteriormente. A cor produz sensações através da interpretação do cérebro, essas sensações são provocadas involuntariamente pela reação de acordo com cada pessoa. As sensações transmitidas pelas cores podem ser diferentes em cada pessoa, ela pode variar conforme sua cultura, pois uma cor que significa vida para um indivíduo pode significar morte para outro, Farina (1975, p. 91) explica que: Quando no cérebro se produz a sensação da cor, esta se encontra ao nível do inconsciente. A visão que o individuo tem da cor parte, portanto, do mencionado nível, acompanhada de todo tipo de reações que eventualmente possam surgir pela sua presença. O homem reage, muitas vezes, impulsionado pelo inconsciente coletivo e, se procuramos encontramos uns fundamentos no simbolismo coletivo das cores nos convencerão que o azul simboliza a pureza; o verde, a esperança; e o preto, o desespero e a paixão, e assim por diante. Também o homem reage impulsionado por seu consciente individual. São então maneiras personalizadas de responder ao estímulo cor que irão determinar as preferências e idiossincrasias.

As cores são estudadas pelo designer para execução de projetos, com foco em despertar emoções e sentimentos nos consumidores. As cores ajudam a formular uma imagem na cabeça dos consumidores, como uma experiência visual, auxiliando na lembrança da marca. Dondis (2003, p.65) define que “a cor está, de fato, impregnada de informação, e é uma das mais penetrantes experiências visuais que todos temos em comum. Constitui, portanto, uma fonte de valor inestimável para os comunicadores visuais”. As cores se dividem em cinco grupos:


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• Primárias: Não pode ser obtidas com outras cores, é o: vermelho, amarelo e azul; • Secundárias: São resultantes da mistura de duas cores primárias, é o: laranja, verde e violeta; • Terciárias: É resultante de uma mistura de cor primária mais secundária, a cor laranja-avermelhado que é a mistura do vermelho primário mais o laranja que é secundário. • Quentes: É relacionada a sentimento de paixão, raiva, ódio, ou seja, cores que ressaltam aos olhos como o vermelho, laranja e amarelo. • Frias: É relacionada a sensações de frio, na cor azul e verde, relacionada à água. e) Tipografia A tipografia é fundamental para a comunicação e expressão humana, é responsável por dar ordem estrutural e forma para a comunicação impressa. A tipografia cresceu com os jornais, que por décadas foi o meio de comunicação impressa mais vendido. Pereira afirma (2007, p.146) que: As letras são símbolos visuais sem significado: são símbolos gráficos que representam os fonemas, os sons elementares da fala. Quando combinadas sob a forma de palavras (ou parte delas), tornam-se símbolos ou signos verbais, unidades lingüísticas com significado.

Para realizar um trabalho, o designer tem a necessidade de fazer uma pesquisa nas famílias tipográficas existentes. São os conjuntos de famílias que possuem características essenciais diferentes entre elas. Niemeyer (2003, p.23) descreve as características das famílias tipográficas como “identificadas por um nome, atribuído pelo seu autor, casa tipográfica ou distribuidora de fonte”. Os tipos de famílias tipográficas criados são inúmeros, a classificação adotada pela Association Typographique Internationale (ATypI) é conhecida como classificação tipográfica Vox/ATypI. As classes são: a) Romanos não possuem grandes contrastes, entre hastes grossas e finas e as serifas são triangulares, estas apresentam curvatura. Exemplo: fonte Garamond ABCDEF abcdef


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b) Lineares não possuem serifas, são legíveis e formas oblíquas, as curvas tendem a ser discretas. Exemplo: fonte Franklin Gothic ABCDEF abcdef c) Incisos possuem semiserifa, suas formas são em formatos esculpidos. Exemplo: fonte Albertus ABCDEF abcdef d) Manuais são em geral decorativos, desenhados, traços leves e arrendodados. Exemplo: fonte Brush script; ABCDEF abcdef e) Manuscritos são cursivos e imitam a escrita caligráfica. Exemplo: fonte Palace Script ABCDEF abcdef f) Góticos são pontiagudos, com hastes terminando em losango. Exemplo: Fonte Cloister ABCDEF abcdef As famílias também possuem as características de letras em caixa altas e baixas. A caixa alta é representada pelas letras maiúsculas geralmente encontradas em títulos, palavras sozinhas e/ou importantes. Exemplo: ABCDE. A caixa baixa consiste nas letras minúsculas, é utilizada em textos, redações, publicações em geral. Exemplo: abcde. A caixa alta e baixa pode ser utilizada em forma conjunta, em inicio de frases, nomes próprios, etc. Exemplo: Cristiane. O designer pesquisa as fontes tipográficas disponíveis; se nenhuma se adequar aos seus objetivos, ele pode criar sua fonte personalizada para o projeto. Segundo Fuentes (2006, P.72) “A tipografia cumpre funções claramente diferenciadoras entre os diversos componentes textuais. Ela não trata igualmente um título e um texto, e neles marca diferenças e estabelece jogos visuais estéticos e informativos”.


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2.6 DIFERENTES APLICAÇÕES DE DESIGN GRÁFICO NA EMPRESA

A aplicação do design gráfico na empresa não é limitado a aplicação do sistema e identidade visual, há muitas formas de se aplicar o design gráfico nas empresas. Para Costa e Silva (2002, p.107): As empresas que adotam uma estratégia de fragmentação competitiva procuram diferenciar ao máximo seus produtos, possuir rapidez de resposta aos sinais de mercado, além de incentivar a criatividade e inovação de produto. Caracterizam-se, portanto, pela produção de itens não padronizados, de maior valor agregado e em qualidades limitadas, o que permite lucratividade elevada.

2.6.1

Design de embalagem

A embalagem pode ser definida como uma proteção, uma forma de unir os materiais e produtos e viabilizar o transporte. Os tipos de embalagens utilizados nos ramos de escritórios de design de interiores são capas, pastas A4, capas de CDs e plásticos para entrega do projeto para o cliente. Essas embalagens, se bem projetadas, podem assumir outras funções, como a divulgação do escritório em exposições, feiras, e visitas técnicas. A embalagem está diretamente ligada ao design, portanto é função do designer prever a redução de material, dar preferência a materiais recicláveis e matéria-prima renovável, compreender a reciclagem no processo de fabricação, ou com fins posteriores, adiando o descarte. (MESTRINER, 2002).

2.6.2 Design de sinalização

A comunicação de sinalização de uma empresa é uma das estratégias para chamar atenção do público, levando-o a consumir o produto ou o serviço oferecido. Os elementos que contribuem para imagem da empresa é a sinalização externa e interna. A sinalização externa é composta da fachada da empresa e/ou de uma placa de


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sinalização, onde possui o nome da empresa e se for necessário, mais alguns dados como telefone. O Grupo Energisa possui um letreiro de comunicação externo, conforme figura 4:

Figura 4 – Fachada Grupo Energisa Fonte: Tátil Design (2009)

Outro exemplo é um stand de vendas de imóveis, localizado no estado de São Paulo, mostrado na figura 5. Utiliza o logotipo em destaque e com negativo além da estrutura da fachada.

Figura 5 - Fachada loja Condominium Fonte: Projeti Compsite (2008)


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A comunicação interna integra o espaço de trabalho dos funcionários da empresa e a área de atendimento ao cliente. A figura 6 mostra a disposição interna do Grupo Energisa para atendimento ao cliente.

Figura 6 - sinalização interna, área de atendimento, Fonte: projeto realizado pela tátil design de idéias. (GATIL, 1999).

Para Munari (2006) um sistema de sinalização é uma forma de comunicação visual intencional, pois utiliza códigos, sinais, cores, formas e imagens para transmitir uma determinada informação que precisa ser entendida pelos usuários. Já Strunck (2007, p. 138), acredita que a ‘sinalização deve orientar o público, interno e externo, que utiliza determinado espaço. Com isso, facilitar o fluxo das pessoas e transmitir uma sensação de segurança, além de economizar seu tempo”.

2.7 METODOLOGIA

A metodologia é um conjunto de procedimentos para o desenvolvimento de um projeto. No desenvolvimento deste trabalho foi escolhida a autora Péon (2001). Seu método é objetivo e facilita o desenvolvimento da solução com a utilização do design gráfico. O método se limita a desenvolvimento de um sistema de identidade visual, mas para este trabalho, o estudo se ampliará no desenvolvimento de peças de comunicação em design


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gráfico. O método é dividido em três partes: Problematização, Concepção e Especificação, conforme figura 7 a seguir: Briefing Problematização

Péon (2003)

(diagnóstico de projeto)

Levantamento do perfil do cliente e público-alvo Estudo de similares Definição dos requisitos e restrições Geração de alternativas Definição do partido

Concepção

Solução preliminar Validações Escolha da alternativa Detalhamento

Especificação

técnico:

manual

de

identidade visual e aplicações

Figura 7 – Péon. (2003). Fonte: Metodologia (PÉON, 2001, p. 57).

A primeira etapa é a Problematização que segundo Péon (2001) consiste em reconhecimento do cliente e da situação do projeto, com o levantamento minucioso dos dados para desenvolvimento do projeto, para então se desenvolver uma solução para o problema. Péon (2001, p.52) afirma “se não for bem realizada, o sistema a ser desenvolvido poderá ser até bem planejado, amplo e visualmente agradável, mas poderá ser completamente ineficiente”. Baxter (1998, p.11) afirma: O método de projeto, para o designer, não é absoluto nem definitivo; pode ser modificado caso ele encontre outros valores objetivos que melhorem o processo. Isso tem haver com a criatividade do projetista, que, ao aplicar o método, pode descobrir algo que melhore.

Os dados da empresa Licav serão obtidos com a aplicação de um briefing de projeto, coleta de dados da empresa e pesquisa com o consumidor, identificação e análise de concorrentes e levantamento fotográfico da empresa. Ainda nesta etapa serão estabelecidos requisitos e restrições de formas, cores e tipografia para execução do projeto. Para Baxter (1998, p.11) “criatividade não significa


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improvisação sem método: dessa maneira só se cria confusão, e planta-se nos jovens a ilusão de que artistas devem ser livres e independentes”. A fase de concepção é “quando a identidade visual será delineada” Péon (2001, p. 52). A fase de concepção se divide em cinco etapas: a) Geração de alternativas. A partir do resultado dos dados da problematização, são geradas alternativas diversas através de desenhos e esboços. b) Definição do partido: Acontece depois do resultado da geração de alternativas, selecionando as melhores opções, e detalhando as mesmas. c) Solução preliminar: É a escolha da alternativa que vai ser usada como base para a solução final. d) Validação: É a aplicação de pesquisas quantitativas e qualitativas para o público-alvo para levantar questões e críticas. e) Solução: Que vai ser apresentada ao cliente para aprovação.

A fase especificação é um manual de sistema de identidade visual, entregue para o cliente, com todas as especificações de tamanho e cores para diversas aplicações da marca do cliente.


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DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

3.1 A EMPRESA

A Licav é uma empresa jovem no mercado de decoração de interiores, possui poucos funcionários, realizam projetos com qualidade entregue aos clientes. Percebe-se garra, vontade de crescer e conseguir seu espaço no mercado da Grande Florianópolis, SC. Os projetos são desenvolvidos no home office da proprietária, que se localiza no bairro João Paulo, lá também são atendidos os clientes, conforme observamos na foto 1.

Figura 8 – Foto 01 do home office da Licav Fonte:Arquivo do autor, 2010


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Figura 9 – Foto 02 do home office da Licav Fonte: Arquivo do autor

Hoje a Licav possui um espaço limitado, agregado a residência da proprietária, no local há livros e revistas de referência, computador, alguns objetos decorativos, uma mesa de trabalho, cadeiras e um sofá para atender os clientes. Os planos para os próximos meses é o deslocamento para uma sala comercial no bairro de Jurerê Internacional, onde hoje, é o bairro com maior índice de valorização imobiliária e crescimento nas vendas de imóveis, conforme o guia exame de investimentos pessoais de Agosto de 2008. Em conversa com a proprietária Lilian, ela afirmou não ter uma missão e uma visão, apenas que a empresa Licav tem o objetivo de criar ambientes aconchegantes que promovam o bem estar para o cliente, oferecendo projetos e produtos com qualidade e sofisticação. A parte de comunicação visual ainda está em fase de iniciação, o site está sem muita informação, o material entregue ao cliente não possui uma personalização da empresa. Os clientes são na grande maioria famílias e participantes do círculo de amizades da gestora. A maior divulgação dos seus trabalhos se realiza com as indicações de engenheiros, corretores e pessoas que já possuem um contato com o cliente. O primeiro contato, geralmente se faz com telefonemas. Combina-se uma visita ao local da obra, para elaboração de um orçamento. O orçamento chega ao cliente, na grande maioria das vezes por e-mail e em alguns casos, em mãos.


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A proprietária também busca oportunidades com corretores de imóveis que estão sendo entregue pelas construtoras da região de Florianópolis, e agenda uma visita para apresentação da Licav Design e Interiores. As ferramentas de comunicação da Licav hoje se resumem a um site, cartões de visita e está sendo providenciado um portfólio com fotos dos projetos executados. O site possui apenas a página de entrada e foi elaborado pela proprietária com auxílio de modelos pré-formatados. Além do nome a página mostra apenas telefone e e-mail.

3.1.1 Briefing

As informações do briefing foram obtidas dentro da empresa, através de entrevistas, reuniões e pesquisas; nele constam informações importantes para o desenvolvimento do projeto tais como contato, requisitos, prazos, e dados da empresa. O briefing aplicado na Licav é uma adaptação de Phillips (2008, p.29). Para o autor, o briefing “serve como roteiro a ser seguido durante o desenvolvimento do projeto, definindo as várias etapas intermediárias desse projeto.” O briefing foi aplicado informalmente, em uma reunião realizada no dia 17/02/2010 no próprio escritório da Licav, onde a autora do trabalho obteve informações sobre o histórico da empresa com a proprietária, conforme descrito no item 3.5. 1. Os produtos oferecidos pela Licav: Projetos de interiores, projetos de mobiliários embutidos, decoração e iluminação, acompanhamento de obras e reformas. 2. Concorrentes: Escritórios de design de interiores e de arquitetura voltado a interiores. Escritórios At Arquitetura, Patrícia Volpato e Forma e Conceito realizam projetos para o mesmo nicho de clientes da Licav. 3. Preços: Um projeto de interiores de um apartamento de 80m² custa para o cliente R$ 2.000,00 reais em média. 4.

Tendência: Projetar para o cliente e executar todo o projeto, com fornecedores fixos e já pré-definidos.

5. Estratégia da empresa: Como a Licav é uma empresa nova no mercado, não aplica valores altos aos projetos, e tem restrições financeiras para aplicação de material de comunicação.


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6. Público alvo: Clientes de classe média/alta, na maioria mulheres, que buscam um diferencial para sua residência; gostam de arte e cultura e têm cargos de relevância. Também fazem parte da carteira de clientes construtores e engenheiros que buscam parceria na área de interiores, além de investidores locais e de outros estados, principalmente de São Paulo, que querem vender o apartamento completo para ter valorização. 7. Comunicação atual: A Licav dispõe de cartões de visitas, domínio na internet e um portfólio de fotos de obras realizadas em vias de conclusão. 8. Mercado: Atua no mercado da Grande Florianópolis, e pretende atender futuramente às cidades vizinhas. 9. Produtos da empresa: Os projetos são entregues ao cliente de forma impressa e digitalmente, junto com um manual de aplicação do projeto com todas as referências necessárias para execução do mesmo. 10. Limitações: Trabalhar conforme tempo do cliente e limitação financeira para investir em comunicação visual.

3.1.2

Identidade visual atual

A marca e o nome da empresa Licav Design e Interiores foram criadas por sua proprietária Lilian Cavaleiro Albernaz. O nome da empresa consiste nas iniciais de seus dois primeiros nomes. Abaixo na figura 10 o logotipo da empresa:

Figura 10 – Logotipo da Licav


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A marca foi criada pela proprietária sem nenhuma experiência no ramo da comunicação; a escolha foi pela agilidade no uso do programa de criação. A cor escolhida pela proprietária é o lilás que significa intuição e o roxo que significa prosperidade segundo a decoradora. A tipografia utilizada é a agency, modificada na letra a.

3.1.3

Concorrentes diretos Os concorrentes diretos são aqueles que estão no mesmo ramo e mercado da

Licav Design e Interiores, que são empresas que oferecem serviços de projetos de interiores, como layout de ambientes, que concorrem pelo mesmo nicho de clientes. A pesquisa dos concorrentes diretos foi realizada em três escritórios, citados pela empresa Licav e os clientes entrevistados, colocados como concorrentes diretos. São os escritórios AT Arquitetura, Patrícia Volpato e Forma e Conceito. a) AT arquitetura:

Figura 11 – Logotipo do escritório da AT arquitetura

O escritório At Arquitetura se localiza no bairro trindade em Florianópolis, SC. Trabalha com decoração de interiores residenciais e comerciais. O logotipo do escritório At Arquitetura, traz em destaque as letras a e t, iniciais das proprietárias do escritório, Andréa e Tatiana. A cor usada foi o preto indicando sofisticação e luxo, segundo as arquitetas. O logotipo foi criado por conhecidos das proprietárias. especificadamente para este cliente.

A fonte tipográfica foi criada


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b) Patrícia Volpato

Figura 12 – Logotipo do escritório Patrícia Volpato

Arquiteta Patrícia Volpato, possui seu escritório no Centro de Florianópolis, trabalha com foco em design de interiores residenciais. A arquiteta utiliza em seus trabalhos obras de arte, quadros e revestimentos, sempre se baseando na intuição como indicador da melhor opção. Segundo o site, a marca representa uma obra de arte. A tipografia é baseada na fonte tipográfica moolboran, com modificação nas letras r e p. c) Forma e Conceito. arq

Figura 13 – Logotipo do escritório Forma & Conceito.arq

O escritório está localizado no bairro de Jurerê, também em Florianópolis. Seu logotipo utiliza uma fonte tipográfica moderna, criada, sem serifas as cores utilizadas são a laranja e o branco.


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3.2 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES

Para conhecer as necessidades reais do escritório Licav Design e Interiores foram aplicadas pesquisas e entrevistas com o público envolvido, empresa e consumidores. 3.2.1Pesquisas

A pesquisa leva o designer ao contexto da ação que irá desenvolver, abrangendo as informações necessárias sobre o público alvo, as ações similares existentes no mercado voltadas a esse público e ações dos concorrentes. Fuentes (2006, p.32) descreve a pesquisa da seguinte forma: Nessa etapa realiza-se a coleta de informações relacionadas, direta ou indiretamente, com o objetivo que se pretende atingir, as quais provêm de diversas fontes: do próprio cliente, do ambiente e do contexto cultural do designer. Essas vias de informação serão confrontadas e enriquecidas sem crítica, quer dizer, sem maiores juízos de valor (pelo menos nessa etapa), por todos os meios possíveis.

Segundo Fuentes (2006, p.39) ainda, sem conhecer tudo o que está disponível sobre quem, o que, como e para o que é necessário comunicar, torna inviável a chegada da mensagem ao receptor desejado “ a cada dia, a saturação de mensagens visuais torna mais difícil destacar uma em especial e ninguém pode nos garantir que pelo simples fato de vincular uma mensagem ela ira chegar a seu destinatário.” Uma das pesquisas realizadas foi qualitativa, ou seja, uma pesquisa com enfoque exploratório que estimula o entrevistador a falar livremente de forma espontânea, do seu jeito de pensar, sobre o referido tema, objeto ou conceito. A entrevista foi realizada no período de 17 a 21 de abril de 2010, com consumidores de 25 a 45 anos. Foram entrevistadas dez pessoas, divididas entre casais que trabalham e cuidam do lar, um construtor e um investidor. Os temas abordados nas questões são referentes ao perfil, hábitos e expectativas em relação aos projetos de design de interiores e às expectativas e relacionamento com o escritório a ser contratado para realizar o projeto. a) Qual o membro da família que define o projeto de decoração?


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Figura 14 – Gráfico com resultado de quem da residência é responsável por definir o projeto de interiores.

O resultado deste gráfico apresenta as mulheres como sendo a pessoa que define os projetos de decoração da residência, a porcentagem dos homens e filhos, estão mais direcionadas a ambientes individuais, como quartos. b) Referente ao tema decoração, onde você busca informação de tendências?

Figura 15 – Gráfico do resultado para os hábitos de leitura.

O resultado do gráfico acima mostra que a busca de tendências de decoração é buscada em revistas especializadas na área, as mostras de design que acontecem na cidade também foram mencionadas. c) Qual motivo o leva a fazer um projeto de decoração de interiores?

Figura 16 – Gráfico com resultado para os motivos a realizar um projeto de decoração de interiores


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O resultado para os motivos de um projeto de decoração foi a necessidade e desejo de renovação do ambiente, neste caso a residência, a segunda opção ficou para projetos em novas residências e depois apareceu a reforma de espaço. d) Quais as expectativas para o novo projeto para o ambiente?

Figura 17 – Gráfico com resultado das expectativas para um projeto de decoração de interiores

A expectativas do resultado final do projeto contratado, é em peso a questão da inovação, principalmente com a escolha e disposição dos móveis, em segundo lugar a personalização do ambiente conforme o estilo de vida das pessoas que vão morar daquele ambiente, outras expectativas seriam

a valorização do imóvel e a mostra do luxo no

ambiente. e) O que leva a escolha do profissional que irá executar o projeto de interiores?

Figura 18 – Gráfico com resultado para a definição do profissional a realizar o projeto

O resultado pela escolha do profissional pelo qual os clientes vão executar o projeto de interiores é levado em consideração a questão da indicação, pela confiança e o


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valor da empresa indicada, em segundo lugar aparece o tempo do profissional no mercado e depois o tempo de execução do projeto e o valor cobrado pelo projeto. A pesquisa de observação também foi aplicada ao projeto, é uma técnica de observação de fatos a serem estudados, consiste em apenas ver e/ou ouvir. A observação foi realizada no dia 02/04/2010, no escritório da Licav, onde a decoradora Lilian atendeu a um casal de clientes, para a entrega do projeto de interiores pronto. A decoradora recebeu os clientes em seu home Office, e os levou até a mesa de reunião, este cliente adquiriu apenas o projeto, a execução ele fará em outro momento. A decoradora explicou detalhes do projeto, que para este cliente foi feito especialmente na linha rústica, conforme solicitação no inicio do projeto. A conversa foi de forma amigável, e não muito técnica, entregou para o cliente o material, composto de projeto impresso em folha A3 dobrado conforme norma ABNT, manual do cliente, contendo dados técnicos do projeto e opções de fornecedores e um CD com os arquivos digitais, apenas escrito o nome do cliente com caneta multimarker preta. O material é entregue em uma pasta de papel tamanho A4, branca, tipo canguru, que possui uma bolsa na parte interna, adquirida em papelaria sem nenhuma identificação. Observou-se que o cliente que fechou o projeto e colocou novamente na pasta, com o manual e o CD, solicitou a decoradora um cartão de visita e que lhe enviasse os arquivos digitais para seu e-mail, já que seu computador estava com problemas no leitor do CD. O cliente fez o pagamento dos 50% restantes do projeto, conforme contrato inicial e recebeu um recibo da licav. A pasta perdeu a forma inicial, com o número de objetos que foram colocados dentro, ao se levantar o cliente teve que pegar a pasta com cuidado para não cair os objetos que estavam dentro.

3.2.2

Painel semântico

Painel semântico é um conjunto de imagens que transmite informações de sentido e emoção, e também as características finais das pesquisas realizadas. O primeiro painel, figura 19, foi desenvolvido para identificar o comportamento do público- alvo, conforme pesquisas realizadas.


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Figura 19 - Painel semântico do comportamento do público alvo.

O segundo painel semântico, figura 20, representa os atributos reconhecidos da empresa Licav Design e Interiores, que são: • Familiar • Conservadora • Séria • Intuitiva • Formal • Jovem


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Figura 20 - Painel semântico dos atributos da licav design e interiores.

3.2.3

Requisitos e restrições

De acordo com os itens analisados durante o processo de estudo de campo, foram listados requisitos e restrições para a Licav Design e interiores: a) Requisitos: • Projetar com base no público feminino de classe média alta, cultural e que gosta de artes; • Viabilidade econômica, operacional e técnica; • Diferenciar a empresa usando o design; • Projetar soluções práticas e viáveis; • Projetar um sistema de identidade visual; • Elaborar uma solução diferenciada para comunicação direta com o cliente.


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• Em análise ao material de comunicação existente do escritório Licav, se percebeu que o nome licav estava competindo diretamente com o nome da decoradora Lilian Cavalheiro, em conversa com alguns clientes, eles sempre direcionavam o trabalho a Lilian e não a Licav, com a aceitação da decoradora, a marca será referente ao seu nome, a Licav continua como endereço eletrônico. b) Restrições: • Recomendação e solicitação de materiais com qualidade e baixo custo. • Projetar utilizando valores negativos encontrados nas pesquisas e briefing.

3.2.4

Elaboração conceitual

Para a elaboração conceitual foram listadas as características da identidade da empresa Licav: • Empresa jovem no mercado • Seriedade no atendimento e no procedimento • Familiaridade com os clientes • Oportunidade de crescimento • Buscam destaque no mercado


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4 DESENVOLVOMENTO DO PROJETO

4.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

4.1.1 Desenvolvimento Criativo

O primeiro passo para a geração de alternativas para a marca, foi a elaboração de esboços a mão livre com as primeiras idéias e conceitos para o logotipo. Muitas composições foram elaboradas a fim de se chegar a uma alternativa correspondente. A figura 21 mostra o resultado dos esboços:

Figura 21 – Primeiros esboços Fonte: Elaboração do Autor, 2010.

Com a análise dos primeiros esboços, constatou-se a necessidade de representar a marca “Lilian Cavalheiro Design e Interiores”, com forte embasamento tipográfico e utilizar


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um símbolo da decoração de interiores para destacar as qualidades de familiar e séria encontradas nas pesquisas realizadas. Fuentes (2006, p.62) define a importância da tipografia da seguinte forma:

Tipo, tamanho, cor, opções dentro de uma família, o uso de maiúsculas ou minúsculas, entreletras, entrelinhas, sangria etc. são variáveis que marcam as ênfases e as modulações correspondentes ao valor semântico e de composição das palavras. Nesta fase é possível desligar os conteúdos denotativos de um texto de seus aspectos conotativos visuais. A correspondência, o antagonismo, o sentido e o contra-senso deliberado entre o que se está dizendo e como se está dizendo são os aspectos mais ricos do trabalho tipográfico.

Para Péon (2003, p.48) os símbolos “se caracterizam, em geral, como variações expandidas de algum detalhe ou conceito já contido nos elementos primários – assumindo, porém, uma configuração própria e diferenciada que mantém, de forma mais ou menos sutil, um elo de ligação visual com o símbolo ou logotipo propriamente dito”. Com estas informações seguiu-se a geração de alternativas, priorizando a pesquisa de fonte e símbolos que melhor comunicassem a marca. A figura 22 mostra o estudo das fontes, estas com características de juventude e forte, a figura 23 são os símbolos, que representam objetos que fazem parte do dia a dia de um decorador:

Figura 22 – Painel de fontes Fonte: Elaboração do Autor, 2010


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Figura 23 – Painel de símbolos Fonte: Elaboração do Autor, 2010

A fonte a ser utilizada, toda em formato caixa alta foi desconsiderada, pela agressividade de letras neste formato, caixas altas e baixas usadas juntas são mais legíveis e compreensíveis, considerando que a marca é um nome próprio, será utilizada caixa alta apenas nas iniciais das palavras. As fontes retro com serifas, foram descartadas, por não condizerem com a proposta atual da marca, que é de uma empresa jovem, e as fontes com elementos simbólicos, poluíam a imagem da marca. As fontes manuscritas relevam um lado pessoal e romântico, não se aplicando na marca em questão, podendo prejudicar a imagem da marca. Com o descarte das fontes acima citadas, ficou a análise em fontes que remetam juventude, modernidade e legibilidade a marca “Lilian cavalheiro Design e interiores”. Que também apresente força, formalidade e que seja feminino e elegante, conforme dados das pesquisas realizadas. A fonte escolhida com estas características foi a Philosopher. O símbolo é um elemento que reforça a marca, o símbolo escolhido é o abajur que representa a luz nos ambientes familiares, agregam sentimento de aconchego e interação, e além de simbolizar as boas idéias da decoradora utilizando a intuição para realizar os projetos. Abaixo segue a figura 24 com a fonte e o símbolo escolhido:


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Figura 24 – Painel da fonte e do símbolo escolhido Fonte: Elaboração do Autor, 2010

Com a fonte e o símbolo definidos, são verificadas as alternativas de criação da união da dos dois elementos conforme figura 25:

Figura 25 – Painel de idéias Fonte: Elaboração do Autor, 2010


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Dentre as alternativas ilustradas na Figura 25, a selecionada foi:

Figura 26 – Alternativa selecionada Fonte: Elaboração do Autor, 2010

Com a alternativa escolhida foi realizada as opções de cores a serem utilizadas para a marca, as letras escolhidas para aplicação de cores foram às letras “l” do decorrer do nome, por serem letras mais altas e a primeira dar destaque ao símbolo do abajur. Segue figura 27 com alternativa de cores aplicadas:

Figura 27 – alternativa com estudo das cores Fonte: Elaboração do Autor, 2010

Com o estudo das cores, a cor que deu mais destaque para o contexto do seguimento de decoração de interiores e para o conceito da marca foi o púrpura, que é uma com secundária, com a mistura das cores primárias sendo o vermelho e azul, a cor que remete sabedoria e que já era utilizada pela marca Licav, marca do escritório em questão.


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A justificativa para a alternativa escolhida são relacionadas aos atributos que fazem parte da marca, já descritos. A fonte recebeu uma nova configuração nas vogais “i” do nome Lilian, onde os pingos saíram tornando uma tipografia mais limpa, para garantir a clareza e legibilidade. As letras têm inclinação para a esquerda que dá uma sensação de movimento para a direita, a tipografia tem formas arredondadas que são mais aconchegantes e amigáveis. A cor preta é destaque na marca que mostra contemporaneidade, a letra “l” levou a cor púrpura em toda sua extensão, na parte da direita do símbolo do abajur também possui uma parte na cor púrpura para agregar ao contexto da marca, púrpura é descrita na Barsa (2000, p.408) como “a mistura em proporção óptica de vermelho e de azul, obtém-se a mais importante cor violácea”. A cor também significa criatividade, realeza, sabedoria e poder, é considerada uma cor fria que é associada à sensação de calma, uma modificação na proporção da mistura das duas cores foi realizada, formando um púrpuro escuro, concentrando a característica do conceito de força. Segundo Dondis (2003, p. 65) “a cor está, de fato, impregnada de informação, e é uma das mais penetrantes experiências visuais que todos temos em comum. Constitui, portanto, uma fonte de valor inestimável para os comunicadores visuais”. No detalhamento da marca, um dos elementos sofreu alteração, o elemento secundário, que no caso desta marca é “design e interiores”, estava com a mesma fonte que o elemento primário, competindo à atenção dos elementos. Para Péon (2003, p.93) “é raro um sistema utilizar a mesma tipografia do logotipo para os demais elementos textuais, justamente para dar destaque àquele primeiro e não desgastar sua tipografia”. Para o elemento secundário foi escolhida a fonte helvética, que remete as mesmas características da tipografia utilizada no primeiro elemento como moderna, mas esta sendo estática, sem movimento, mostrando a seriedade do segmento. Enfim, a alternativa de cor escolhida foi à púrpura, com valores no método CMYK de: C=75; M=100; Y=0; K=0


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4.2. ALTERNATIVA FINAL

Figura 28 – Alternativa final Fonte: Elaboração do Autor, 2010


54

5. MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

5.1

MARCA COLORIDA

5.2

MARCA MONOGROMÁTICA


55

5.3

MARCA NEGATIVA

5.4

PADRÕES DE COR


56

5.5

FONTE TIPOGRÁFICA

5.6

TESTE DE REDUÇÃO

5.7

CONSTRUÇÃO


57

5.8

GRADE ESTRUTURAL

5.9

ÁREA DE PROTEÇÃO


58

5.10

APLICAÇÃO SOBRE FUNDO COLORIDO

5.11

PROIBIÇÕES


59

6. APLICAÇÕES DA MARCA

6.1

CARTÃO DE VISITA

O cartão de visita é um dos destaques da papelaria do escritório, em forma de um abajur que é o símbolo da marca, a parte da frente possui a marca da Lilian Cavalheiro e atrás os contatos do escritório, na parte interna mostra os símbolos do design de interiores, ao fazer um leve toque nas laterais do cartão é visível estes elementos. Segue imagens da frente e verso e da parte interna do cartão.


60


61

6.2

ENVELOPE

O envelope é de tamanho padrão (230x110mm), em papel oficio e plotagem offset, o alinhamento dos elementos à esquerda.


62

6.3 PAPELARIA

O papel carta é de tamanho padrão A4 (210x297mm), em papel oficio e plotagem offset, o alinhamento do endereço à esquerda e alinhamento da marca a direita.


63

6.4

LAYOUT SITE

Para o desenvolvimento da página do site, foram utilizados elementos e cores da marca “Lilian Cavalheiro”, imagens de maquetes eletrônicas, que se destacam ao clicar na imagem em tamanho e legibilidade, possui setas que levam para uma nova página dentro do site. Para este projeto foi elaborado apenas o layout do site.


64

6.5

ASSINATURA DE E-MAIL A assinatura de e-mail contempla a marca da Lilian Cavalheiro e seus contatos, é

um meio de comunicação importante com os clientes, conforme a decoradora mencionou.


65

6.6

LEGENDA DE PROJETO O produto entregue ao cliente é o projeto, este também leva a marca em uma

legenda no canto inferior direito, contém os símbolos do design de interiores, e os dados do cliente e do projeto e os contatos do escritório.


66

6.7

EMBALAGEM A embalagem foi criada pensando na questão da necessidade de “carregar” os

projetos e entregar em mãos aos clientes e seu custo, que atualmente não pode ser elevado. Uma sacola em papel foi à opção escolhida para esta solução. Sua forma utiliza o elemento abajur, e a marca Lilian Cavalheiro será fixada na parte interna, em forma de etiqueta.


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6.8

BRINDE O brinde foi inspirado na mesma forma da sacola, ele é um aromatizador de

ambientes, feito em papel, leva uma almofadinha com essência a ser definida. O significado do brinde é a entrega de um projeto ou uma decoração de ambientes, com todos os móveis e decoração conforme projeto, com o sentimento de sonho e realização, o aroma entra para auxiliar neste sentimento, também marcando, como sendo um ambiente decorado pela Lilian Cavalheiro.


68

6.9 SINALIZAÇÃO A sinalização interna e externa não esta definida, até o final do projeto a decoradora não havia escolhido a sala para alugar no bairro de Jurerê, em Florianópolis, SC conforme mencionado no briefing, sem a definição do tipo de fachada, a melhor opção é a utilização de um totem, usando os princípios dos outros itens do projeto, em forma de abajur, neste caso destacando em cores chapadas os objetos do design, para que este seja lembrado pelo público escolhido pela marca Lilian Cavalheiro. A utilização do totem deverá ser em local de passagem de pedestres e veículos, de forma que fique bem visível, ele deverá ser feito em chapa de alumínio e adesivado com a marca, o tamanho será definido conforme o espaço do futuro ambiente.


69

7.

CONCLUSÃO Percebemos que a competitividade do mercado aumenta diariamente, em função

do crescimento das empresas em todos os ramos, uma gama de produtos e serviços que são oferecidos a todos os públicos. A atuação do designer na empresa é fundamental para que mantenha e destaque a empresa no mercado, a diferenciando e destacando das demais concorrentes utilizando o design gráfico e a criatividade como ferramentas para agregar valor à empresa. Podemos concluir que o designer como intermediário, deve perceber a necessidade do cliente e também de seu público, sendo em produtos ou em serviços, detectar a problematização e ineficiências através de processos de design e conceitos para a configuração de sistemas de identidade visuais e criação de novos meios de destaque além da marca, ou seja, atuar de forma multidisciplinar. Há necessidade de difusão do design dentro das empresas, a cultura esta mudando mais a passos lentos, agregam preconceitos à inovação do design, aplicados a empresa. A cultura dos clientes também deve ser relevante para um projeto, pois em alguns casos específicos a cultura local, tem linguagens e formas diferentes, ou com significado diferenciado. A maior contribuição deste trabalho para a empresa estudada foi além do programa de imagem gráfica a consciência do uso do design para competitividade, em um mercado de interiores concorrido como o da Grande Florianópolis (SC). Esta contribuição pode ser relevante a todas as empresas que querem valorizar sua marca no mercado, valorizando também o trabalho do designer no mercado profissional. Com isso o mercado melhora para os clientes e melhora para os profissionais, sendo os administradores de empresas ou os designers. Como sugestão de futuros trabalhos, a primeira continuidade do projeto de sinalização interna e externa para a nova sala comercial que será locada no Bairro de Jurerê internacional em Florianópolis, SC. A segunda seria a escolha da essência a ser utilizada no brinde, esta podendo ser feita com um perfume personalizado e que seja reposto, conforme a perda do cheiro com o tempo.


70

A terceira é a continuação do trabalho com o site, além do layout, fazer toda parte de arquitetura da informação e distribuição das páginas. E além destes a divulgação da marca Lilian Cavalheiro em blogs, e outras ferramentas de acessos diários do público escolhido.


71

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75

APÊNDICES


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APENDICE A – Detalhamento Cartão de Visitas

área de colagem

dobra

50

55

3

25

23°

2

47,5 95

Frente dobra dobra

Verso

Dados para finalização: Formato: 95x55mm Papel: Cuchê L2 90g. Alinhamento: Centralizado Aplicação da marca: 75x25mm Dobras: duas Cores: Preto C=1; M=1; Y=1; K=100 Púrpura C=75; M=100; Y=0; K=0 Impressão: off set Colagem: da parte lateral


77

APENDICE B – Detalhamento Embalagem

Alça

Dobra Furo

50

Dobra R5

Passagem

300

Área de colagem

11°

Dobra 60

300

60

420

Dados para finalização: Formato: 420x300mm Papel: Cartão 120g. Alinhamento: ampliado Aplicação da marca: 75x25mm no interior da bolsa Dobras: seis Cores: Preto C=1; M=1; Y=1; K=100 Púrpura C=75; M=100; Y=0; K=0 Impressão: off set Colagem: Ambas partes laterais


78

APENDICE C – Detalhamento Brinde

90

Alça

Dobra

10

Passagem

140

R5 Furo

Marca (70x25mm)

Área de colagem

6° contatos (35x10mm)

15

70

15

100

Dados para finalização: Formato: 100x140mm Papel: Couche 90g. Alinhamento: Lado 1 ampliado Aplicação da marca: 75x25mm Dobras: seis Cores: Preto C=1; M=1; Y=1; K=100 Púrpura C=75; M=100; Y=0; K=0 Impressão: off set Colagem: Ambas partes laterais


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