UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MARIANE BOTELHO SCHNEIDER
DESIGN DE MOBILIÁRIO DE USO PÚBLICO: UMA SOLUÇÃO PARA ARMAZENAR PERTENCES DE BANHISTAS DA PRAIA BRAVA
Florianópolis 2013
MARIANE BOTELHO SCHNEIDER
DESIGN DE MOBILIÁRIO DE USO PÚBLICO: UMA SOLUÇÃO PARA ARMAZENAR PERTENCES DE BANHISTAS DA PRAIA BRAVA
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo Curso de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Orientador: Profº.Tiago André da Cruz, Ms.
Florianópolis 2013
MARIANE BOTELHO SCHNEIDER
DESIGN DE MOBILIÁRIO DE USO PÚBLICO: UMA SOLUÇÃO PARA ARMAZENAR PERTENCES DE BANHISTAS DA PRAIA BRAVA
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo Curso de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Florianópolis, _______ de __________ de 2013.
_______________________________________________ Profº. e Orientador Tiago André da Cruz, Ms.
_______________________________________________ Profº. Cesar Azevedo
_______________________________________________ Profª. Adriana Canto, Ms.
Dedico este trabalho a minha família que sempre me incentivou e tolerou durante todos esses anos de faculdade, em especial minha irmã Aline que sempre esteve presente me ajudando e auxiliando em cada etapa deste trabalho. Sem vocês nada disso seria possível. Amo vocês!
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha família por todo amor, compreensão e paciência durante o processo de TCC, assim como em todos os outros momentos. Aos meus pais Canisio e Teresinha, por fazerem mais do que podem por mim e por minhas irmãs e sempre me incentivarem a deixar de ser negativa. A minha irmã Aline que passou muitos dias e noite me ajudando e aconselhando quando eu não sabia mais o que fazer. Ao meu cunhado Dioggo que sempre me dava ideias e soluções e nunca me negou ajuda. A minha irmã Cris por ouvir meus desabafos constantes e sempre se preocupar comigo. A minha amiga Ádila que esteve presente comigo desde o primeiro dia de faculdade e que levarei para a vida. A minha afilhada Giovanna, que sempre alegra meus dias, mesmo nos momentos mais difíceis. E a todos que estiveram presentes nessa jornada, me apoiando, me aconselhando e que me suportaram durante esse projeto interminável. Obrigada a todas as pessoas que eu amo e tornam a minha vida melhor de alguma maneira.
“Não importa o que aconteça, continue a nadar.” (WALTERS, GRAHAM; PROCURANDO NEMO, 2003.)
RESUMO
Florianópolis é uma das cidades mais conhecidas do litoral catarinense. Suas 42 praias contribuem para um intenso movimento turístico durante todo o verão. Mas Florianópolis ainda carece de um produto que propicie aos banhistas um lugar para armazenar com segurança seus pertences enquanto disfrutam da praia. Para isso este trabalho tem como objetivo desenvolver um mobiliário urbano com o objetivo de guardar pertences de banhistas na praia Brava de Florianópolis, que esteja integrado com a natureza. Para isso, precisou-se: identificar o público frequentador da praia Brava e levantar dados referentes aos pertences levados à praia; pesquisar dados sobre mobiliário urbano em praias e sua relação com o ambiente; levantar produtos semelhantes ao proposto em outras regiões, bem como suas características; e levantar as exigências da associação da praia Brava para construção na orla. Com isso, construiu-se um guarda volume modular, com uma forma geométrica que remete a colmeias (hexágonos), que apresenta 5 tipos diferentes de armários, distribuídos entre 3 formas básicas, variando sua profundidade para acomodar os mais variados tipos de pertences.
Palavras-chave: Guarda volume. Praia Brava. Design de Mobiliário. Produto de uso público.
ABSTRACT Florianópolis is one of the most famous cities of Santa Catarina coast. Its 42 beaches contribute to an intense touristic movement throughout the spring. But Florianopolis still lacks a product that gives to bathers a place to safely store their belongings while they enjoy the beach. For this reason this work has as an objective to develop an urban furniture with the aim of saving belongings of bathers in Brava’s Beach in Florianópolis, which is integrated with nature. For achieve its purpose, was needed: identify Brava’s Beach public and raise data relating to personal belongings brought to the beach; search data on urban furniture at beaches and its relationship with the environment; raise similar products to proposed in other regions, as well as its characteristics; and raise the requirements from Brava’s Beach Association for construction on the edge. With this, it was built a modular volume guard, with a geometric shape that remember a beehive (hexagons), which offers 5 different types of cabinets, distributed between 3 basic forms, ranging from its depth to accommodate the most varied types of belongings.
Keywords: Lockers. Brava Beach. Furniture Design. Product for public use.
LISTA DE FIGURAS Figura 1- Design Social ............................................................................................................ 26 Figura 2- Armários tradicionais ................................................................................................ 34 Figura 3- Armários biblioteca................................................................................................... 34 Figura 4 – Painel semântico estilo de vida ............................................................................... 45 Figura 5 – Painel semântico atividades na praia e pertences envolvidos ................................. 45 Figura 6 - Guarda volume comum ............................................................................................ 47 Figura 7 - Guarda volume de uma escola infantil .................................................................... 48 Figura 8 - Balcão guarda volume ............................................................................................. 48 Figura 9 - Guarda volume com divisórias ................................................................................ 49 Figura 10 - Guarda volume do aeroporto de Fortaleza............................................................. 49 Figura 11 - Modelos de Guarda volumes ................................................................................. 50 Figura 12 - Guarda volume de uma biblioteca ......................................................................... 50 Figura 13 - Guarda volume da marca Safetronic ...................................................................... 51 Figura 14 - Guarda volume no hall de um Shopping de Belém ............................................... 51 Figura 15 - Guarda volumes da Biblioteca Central da Universidade Humboldt ...................... 52 Figura 16 - Guarda volume com porta transparente ................................................................. 52 Figura 17 - Guarda volume aberto ............................................................................................ 53 Figura 18 - Guarda volume aberto tipo escaninho ................................................................... 53 Figura 19 - Guarda volume com cuidador ................................................................................ 53 Figura 20 - Guarda sol com sistema de cofre ........................................................................... 54 Figura 21 - Folder de Florianópolis .......................................................................................... 55 Figura 22 - Folder de Florianópolis (frente) ............................................................................. 56 Figura 23 - Quiosque Copacabana............................................................................................ 61 Figura 24 - Quiosque, Deck e subsolo - Copacabana ............................................................... 62 Figura 25 - Subsolo - Copacabana ............................................................................................ 62 Figura 26 - Quiosque Boteco da Orla ....................................................................................... 63 Figura 27 – Quiosques patrocinados ........................................................................................ 63 Figura 28 - Quiosque Copacabana - banheiro .......................................................................... 64 Figura 29 - Quiosque Copacabana – guarda volumes .............................................................. 64 Figura 30 - Quiosque Copacabana – guarda volumes e setor de cobrança .............................. 65 Figura 31 - Planta baixa dos subsolo ........................................................................................ 65 Figura 32 - Parque aquático Beach park em Fortaleza ............................................................. 66 Figura 33 - Barraca Chico do caranguejo na orla de Fortaleza ................................................ 67
Figura 34 - Barraca Bom Motivo em Canoa Quebrada ............................................................ 67 Figura 35- Barraca Bom Motivo em Porto Seguro .................................................................. 68 Figura 36 – Barracas Rio Nextel no Rio de Janeiro ................................................................. 68 Figura 37 – Terminal 1 antes .................................................................................................... 75 Figura 38 – Terminal 1 2013 .................................................................................................... 76 Figura 39 – Terminal 2 antes .................................................................................................... 77 Figura 40 – Terminal 2 2013 .................................................................................................... 77 Figura 41 – Terminal 3 antes .................................................................................................... 78 Figura 42 – Terminal 3 2013 .................................................................................................... 78 Figura 43 – Terminal 4 antes .................................................................................................... 79 Figura 44 – Terminal 4 2013 .................................................................................................... 80 Figura 45 – Terminal 5 antes .................................................................................................... 80 Figura 46 – Terminal 5 2013 .................................................................................................... 81 Figura 47 – Estudo para o desenvolvimento da orla ................................................................ 83 Figura 48 – Projeto comercial América do Sol ........................................................................ 83 Figura 49 – Projeto aprovado América do Sol ......................................................................... 84 Figura 50 – Projeto original, baseado no sistema de espaços públicos. ................................... 84 Figura 51 – Conceitos atuais/contemporâneos de sustentabilidade.......................................... 85 Figura 52 – Aspectos sazonais.................................................................................................. 85 Figura 53 – Vazios urbanos disponíveis. .................................................................................. 86 Figura 54 – Programas dos 3 parques. ...................................................................................... 86 Figura 55 – Proposta parque do Travessão. .............................................................................. 87 Figura 56 – Proposta parque do Canal. .................................................................................... 87 Figura 57 – Proposta parque da Orla. ....................................................................................... 88 Figura 58 – Arborização urbana. .............................................................................................. 88 Figura 59 – Estado da arte. ....................................................................................................... 89 Figura 60 – Propostas sugeridas por terceiros. ......................................................................... 89 Figura 61 – Croquis das propostas. .......................................................................................... 90 Figura 62 – Painel semântico conceito ..................................................................................... 94 Figura 63 – Alternativa 1 .......................................................................................................... 95 Figura 64 – Alternativa 2 .......................................................................................................... 96 Figura 65 – Alternativa 3 .......................................................................................................... 97 Figura 66 – Alternativa 4 .......................................................................................................... 98 Figura 67 – Alternativa 5 .......................................................................................................... 99
Figura 68 – Alternativa 6 ........................................................................................................ 100 Figura 69 – Alternativa 7 ........................................................................................................ 101 Figura 70 – Alternativa 8 ........................................................................................................ 102 Figura 71 – Alternativa selecionada ....................................................................................... 103 Figura 72 – Armários guarda volume ..................................................................................... 105 Figura 73 – Armários grande .................................................................................................. 105 Figura 74 – Armários grande com pertences .......................................................................... 106 Figura 75 – Armários médio aberto ........................................................................................ 107 Figura 76 – Armários médio com pertences ........................................................................... 107 Figura 77 – Armários pequeno aberto .................................................................................... 108 Figura 78 – Armários pequeno com pertences ....................................................................... 108 Figura 79 – Modelo digital ..................................................................................................... 109 Figura 80 – Modelo ambientado ............................................................................................. 110 Figura 81 – Modelo ambientado porta aberta ......................................................................... 111 Figura 82 – Modelo ambientado na areia ............................................................................... 111 Figura 83 – Fechadura com sistema RFID ............................................................................. 115 Figura 84 – Dobradiça ............................................................................................................ 115 Figura 85 – Dobradiça com mola auxiliar .............................................................................. 116 Figura 86 – Mola auxiliar ....................................................................................................... 116 Figura 87 – Parafuso sextavados ............................................................................................ 117 Figura 88 – Parafuso autoatarrachante ................................................................................... 117 Figura 89 – Sistema RFID ...................................................................................................... 119 Figura 90 – Pulseira RFID ...................................................................................................... 120 Figura 91 – Toten de autoatendimento ................................................................................... 122
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Idade dos frequentadores ....................................................................................... 37 Gráfico 2 - Quantas pessoas costuma frequentar a praia .......................................................... 38 Gráfico 3 – Atividades que costuma praticar na praia ............................................................. 38 Gráfico 4 - Pertences levados à praia ....................................................................................... 39 Gráfico 5 - Onde deixam / o que fazem com os pertences ....................................................... 40 Gráfico 6 - Se sentiria seguro em deixar os pertences no guarda volume ................................ 40 Gráfico 7 - Local para funcionamento do guarda volume ........................................................ 41 Gráfico 8 - Pertences que gostariam de guardar no guarda volume ......................................... 41 Gráfico 9 - Tamanho de armários ............................................................................................. 42 Gráfico 10 - Opções de fechamento/trava dos armários do guarda volume ............................. 42 Gráfico 11 - Preço..................................................................................................................... 43 Gráfico 12 - Optaria por uma praia com guarda volume .......................................................... 44 Gráfico 13 - Censo do IBGE .................................................................................................... 57 Gráfico 14 - Dados Fecomércio – Avaliação do turista em relação à temporada .................... 59 Gráfico 15 - Dados Fecomércio ............................................................................................... 60 Gráfico 16 - Hábitos de verão em Florianópolis ...................................................................... 69 Gráfico 17 - Atividades que os visitantes mais gostam ............................................................ 70 Gráfico 18 - Praias prediletas ................................................................................................... 72
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Diferenças entre o design social e o design formal .................................................. 27 Tabela 2 - Dados Fecomércio ................................................................................................... 58 Tabela 3 - Dados Fecomércio ................................................................................................... 59
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 16
1.1
CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ............................... 17
1.2
OBJ ETIVOS ....................................................................... 17
1.2.1
Objetivos Geral ........................................................................................................ 17
1.2.2
Objetivos Específicos ............................................................................................... 18
1.3
JUSTIFICAT IVA ................................................................ 18
1.4
ESCOPO............................................................................ 20
1.5
ADERÊNCIA À LINHA DE PESQUISA .................................. 21
1.6
METODOLOGIA ................................................................. 21
1.6.1
Metodologia De Pesquisa......................................................................................... 21
1.6.2
Metodologia De Projeto ........................................................................................... 23
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 25
2.1
DESIGN DE PRODUTO ....................................................... 25
2.1.1 2.2
Design social ............................................................................................................. 25 MOBILIÁR IO URBANO ...................................................... 28
2.2.1
Ergonomia ................................................................................................................ 33
3
MERCADO .................................................................................................................. 35
3.1
ANÁLISE DE DEMANDA .................................................... 35
3.1.1
Público....................................................................................................................... 37
3.2
ANÁLISE DE OFERTA ........................................................ 46
3.3
CONCORRENTES ............................................................... 47
3.4
CARACTERÍST ICAS ........................................................... 55
3.5
PROSPECÇÃO E TENDÊNCIAS DE MERCADO ...................... 60
3.6
ANÁLISE DA EMPRESA CLIENTE (praia brava) .................... 70
3.6.1
Praia Brava ............................................................................................................... 73
3.6.1.1
História..............................................................................................................................................73
3.6.1.2
A Associação (APBRAVA)...................................................................................................... 74
3.6.1.3
Demolições .................................................................................................................................... 75
3.6.1.4
Propostas (A nova praia Brava) ............................................................................................... 82
4
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS ........................................................................... 91
5
CONCEITO ................................................................................................................. 93
6
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ........................................................................... 95
6.1
ALTERNATIVA SELEC IONADA ......................................... 102
6.1.1
Detalhamento Técnico ........................................................................................... 104
6.1.2
Modelo Volumétrico .............................................................................................. 104
6.1.3
Modelo Digital ........................................................................................................ 109
6.1.4
Modelo de Ambientação ........................................................................................ 110
7
MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................... 112
7.1
FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL ............................................ 112
7.2
FUNÇÃO SIMBÓLICA ....................................................... 112
7.3
FUNÇÃO DE USO ............................................................. 112
7.4
FUNÇÃO ERGONÔMICA .................................................... 113
7.5
FUNÇÃO TÉCNICA ........................................................... 113
7.5.1
Processos de fabricação ......................................................................................... 113
7.5.2
Peças e informações adicionais ............................................................................. 114
7.5.3
Sistema de segurança ............................................................................................. 118
7.5.4
Funcionamento ....................................................................................................... 121
7.5.5
Sistema de pagamento ........................................................................................... 122
7.6
FUNÇÃO DE MARKETING ................................................. 122
7.7
FUNÇÃO ECOLÓGICA ....................................................... 123
8
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 11226
REFERÊNCIAS....................................................................................................................128 APÊNDICE A........................................................................................................................135 APÊNDICE B........................................................................................................................138
16
1
INTRODUÇÃO
Fundada há 287 anos, Florianópolis tem sua economia alicerçada nas atividades do comércio, prestação de serviços públicos, indústria de transformação e principalmente o turismo (FECOMERCIO, 2013). Segundo a PMF (2013), a capital turística do Mercosul atrai milhares de turistas durante o ano todo, principalmente durante o verão, tornando-se a 2ª cidade brasileira mais visitada por turistas estrangeiros ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. Atraídos por suas belezas naturais, são pessoas que vêm de várias regiões do Brasil e do mundo em busca de belas paisagens, opções de lazer em meio à natureza, descanso e qualidade de vida. A cidade de Florianópolis recebe uma população bastante variada ao longo das estações, com hábitos e culturas distintas. Os turistas que chegam à ilha buscam por diversos atrativos típicos da região que os levem de forma a familiarizá-los com os costumes, hábitos e lazeres da cidade, como por exemplos suas praias, pontos históricos, gastronomia e cultura açoriana. Suas 42 praias contribuem para um intenso movimento turístico durante todo o verão. Pesquisa da Fecomércio (2013) indica que 87% dos turistas que visitaram Florianópolis na temporada 2013 vieram atraídos pelas belezas naturais. Para que todos que desfrutam das praias da “Ilha da Magia”, não só os turistas, mas também os que nela residem, faz-se necessário ter a sua disposição, produtos (aliados a serviços) que facilitem o convívio social, fazendo com que atividades de lazer possam ser desempenhadas com maior conforto e segurança. Entre inúmeras melhorias que a cidade ainda pode oferecer, uma delas é um produto e/ou serviço que propicie a todas as pessoas que frequentam pontos turísticos em Florianópolis, especificamente nas praias, um móvel onde possa armazenar com segurança seus pertences, enquanto disfrutam das belezas naturais que a ilha proporciona. Para tanto, cada vez mais se busca alternativas para que os produtos e serviços disponíveis na ilha atendam as necessidades e expectativas de quem usufruem das praias de Florianópolis. Novos serviços de gastronomia, lazer, esportes, cultura e entretenimento surgem a cada dia.
17
1.1
CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
Ao visitar as praias, tanto moradores quanto turistas se deparam com um problema comum em todas as praias locais: onde deixar seus pertences para se divertir despreocupadamente. Fora os questionamentos tradicionais que as pessoas se fazem ao ir à praia, como por exemplo: (a) Praia do Norte, do Sul, do Leste da ilha? (b) Como estará o transito? (c) Onde deixarei meu veículo? Outra preocupação ao ir à praia é onde deixar coisas básicas como chave do carro, celular e afins. Geralmente as pessoas levam consigo o mínimo possível de objetos de valor, mas que garantia se têm ao deixar os pertences na areia? Caso se esteja com mais pessoas, como fazer para todos tomarem um banho de mar juntos, ou divertirem-se despreocupadamente? E se for um casal? Não poderão ir junto ao mar tranquilos? E se a pessoa estiver sozinha? Como contar com a boa vontade/índole alheia para dar aquela olhada? Com a superlotação das praias em temporada, e do turismo cada vez mais crescente na região, é curioso não se ter um mobiliário (aliado a um serviço) que possa melhorar e simplificar as praias da região. Pensando nessa dificuldade e na falta desse tipo de serviço nas praias locais, propõe-se com esse trabalho elaborar um estudo para uma das praias de Florianópolis: a praia Brava, propondo uma solução para armazenar com segurança diferentes tipos e tamanhos de produtos para os banhistas. Sem esquecer que o design deste produto deve levar em conta a integração com o ambiente, para que o móvel proposto não interfira os aspectos culturais locais inerentes à ilha. Diante do exposto, a seguir encontram-se os objetivos deste estudo.
1.2
OBJETIVOS
1.2.1 Objetivos Geral
Desenvolver um mobiliário urbano com o objetivo de guardar pertences de banhistas na praia Brava de Florianópolis, que esteja integrado com a natureza.
18
1.2.2 Objetivos Específicos
a) Identificar o público frequentador da praia Brava e levantar dados referentes aos pertences levados à praia; b) Pesquisar dados sobre mobiliário urbano em praias e sua relação com o ambiente; c) Levantar produtos semelhantes ao proposto em outras regiões, bem como suas características; d) Levantar as exigências da associação da praia Brava para construção na orla.
1.3
JUSTIFICATIVA
Ressalta-se que como a escolha desse tema surgiu com o intuito de usar a formação acadêmica para a criação de não só mais um produto, mas sim para benefício da população, tornou-se pertinente tentar solucionar um problema tão corriqueiro nas praias locais. Propiciar um dia com mais tranquilidade e segurança para os banhistas torna o design uma ferramenta propulsora de qualidade de vida para as pessoas. Com este trabalho, busca-se mostrar algo além, um lado diferente do design, o design social, que foca numa necessidade da população, trazendo soluções práticas e funcionais
para
este
problema,
que
hoje
é
existente,
mas
encontra-se
adormecido/desconhecido para os órgãos competentes e entidades relacionadas. Além de usar o design de forma estratégica, um design que se mostra como fator de diferenciação, fazendo com que o produto gere benefícios não só para os usuários, mas também para seu entorno. Ao se projetar um móvel para armazenar os pertences dos banhistas, não só o turista, mas o mercado local também será beneficiado ao se criar um produto que propicie uma facilidade ao se visitar as praias. Quando se melhora a infraestrutura local, mesmo que pensando no turismo, toda a população local, que usufrui permanentemente é beneficiada. Espinosa (2002) salienta que os arquitetos e designers que projetam para a via pública, o mobiliário urbano, devem fazê-lo com a finalidade de servir ao cidadão. Ou seja, sanar a necessidade de armazenar com segurança seus pertences ao tomar um banho de mar, proporciona a população um bem estar, mas também melhora a imagem da cidade significativamente, tanto entre a população local, quanto no âmbito turístico. Lenzi e Gonçalves (2007) ressaltam que a imagem de Florianópolis é uma cidade com as facilidades de um grande centro, como aeroporto internacional, vias de acesso rápido,
19
shopping centers, parques tecnológicos, excelente infraestrutura para turismo, ambiente ordenado e de qualidade ímpar. A cidade seria bela e exuberante, com uma das mais belas paisagens do mundo, segura e tranquila, porém, ressaltam que está era uma visão adequada para década de 90 e que atualmente não se enquadra mais, visto que ainda faltam serviços a serem oferecidos, dentre outras coisas. Hoje se pensa em mega estruturas, todo tipo de edificação, serviços, são bares, shoppings, todos os tipos de culinárias, atividades esportivas, mas o que se fazer quando se vai a praias cada vez mais movimentadas em um número reduzido de pessoas? Que tipo de infraestrutura a cidade oferece para a população que freqüenta as praias sozinho ou em casal? Ferreira (2002) salienta que no mercado consumidor brasileiro, destaca-se a presença, cada vez mais expressiva, do single. Este passou a ser alvo de algumas indústrias e de até alguns serviços. Mas até o momento não só na ilha, mas na grande Florianópolis, quando se trata de serviços em praias, este público ainda fica desprotegido. E este problema se repete para os casais que buscam lazer nas praias. As praias guardam grande importância social, cultural e econômica no Brasil, onde o turismo na Ilha de Santa Catarina tem tradicionalmente ocorrido em função de suas praias e atrativos naturais. Os espaços turísticos podem ser ocupados por pequenas empresas (bares, pousadas, restaurantes, etc), negócios e diversos tipos de prestação de serviços que podem beneficiar todas as camadas da população, no sentido de socializar as oportunidades e gerar mudanças no desenvolvimento local (CORIOLANO,2003; VAZ, 1991; MAFFESOLI, 2000). Na sociedade atual, cada vez mais o design tem mostrado sua importância no desenvolvimento dos produtos. A estética, a funcionalidade, a escolha dos materiais, tudo contribui para a decisão do consumidor frente a tantas opções (CAMARGO et. al., 2008). A disseminação do mobiliário urbano contribuiu para a evolução da cidade. Este deve ser parte integrante do meio envolvente, conferindo diferentes ritmos à paisagem urbana (GIL, 2001). Um diferencial oferecido nas praias pode ser um ponto decisivo na escolha pelas praias da cidade, como um cartão de visitas, demonstrando a preocupação com o bem estar do cidadão e do turista. Portanto, surge à possibilidade de projetar um produto para guardar pertences dos frequentadores das praias, ressalta-se que nenhuma praia em Florianópolis fornece esse tipo de infraestrutura, o que é uma falha, pois o foco do turismo em Florianópolis está nas praias e nem por isso conta com um serviço que possa facilitar e tranquilizar os banhistas enquanto estão no mar. E mesmo que o foco não fosse o turismo, disponibilizar benefícios a população
20
trazem para o cidadão uma melhoria na qualidade de vida e um outro olhar em relação à cidade. Busca-se desenvolver um móvel prático e funcional, porém que esteja em consonância com o meio ambiente, e, por se tratar de um mobiliário urbano, esteja de acordo com as normas exigidas pelo IPUF. Embora a maioria de moradores e transeuntes urbanos possa não se dar conta, a disposição do mobiliário urbano desempenha papel de destaque para que uma cidade seja considerada acolhedora ou no sentido de repelir o elemento humano (ARAUJO, GUNTHER, 2007).
1.4
ESCOPO
O produto em questão terá como foco de estudo apenas a praia Brava, que comporta as mais diversas atividades, como um calçadão para caminhadas, prática de esporte como o surf e o parapente. Além de ser uma praia que ficou no ranking das praias prediletas feito pela Ag3consulting nesta última temporada de 2013, como uma das 5 praias mais frequentadas em Florianópolis, podendo assim ser um bom ponto de partida e visualização/aceitação do público. Cabe ressaltar que o estudo em questão não envolve a implatanção em outras praias, visto que existe a necessidade de parceria com outras empresas para a implementação desse projeto. Será desenvolvido um projeto com viabilidade de implementação, visto que será elaborado um sketch do produto, utilizando a orla como referência para demonstrar como será sua utilização e demais especificações do produto. O usuário será todos os banhistas/pessoas que necessitem guardar algum objeto por algum período de tempo e que possam se sentir seguros ao fazerem isso. Já o consumidor deverá ser aquele estabelecimento que se mostrar interessado em adquirir o produto. Ou seja, neste estudo será feito um sketch do produto visando encontrar um móvel que solucione o problema da falta de um local para guardar adequadamente os pertences dos banhistas enquanto estes se encontram na praia (mar), mas não necessariamente irá ser executado na prática durante a realização desse trabalho.
21
1.5
ADERÊNCIA À LINHA DE PESQUISA
O projeto definiu sua pesquisa como design para convívio social, uma vez que será desenvolvido um móvel de acesso público, visando à melhoria nas condições de lazer dos banhistas que frequentam a praia Brava.
1.6
METODOLOGIA
Neste capítulo pretende-se apresentar os métodos utilizados para a realização deste trabalho que se apresenta como projeto de pesquisa e projeto de design a fim de torná-lo mais claro e possibilitar aos leitores o correto entendimento de como foi procedida a elaboração de todo o trabalho.
1.6.1 Metodologia De Pesquisa
Para Barros e Lehfeld (2000, p. 2), a metodologia de pesquisa, como a aplicada a este trabalho, “corresponde a um conjunto de procedimentos a serem utilizados na obtenção do conhecimento. É a aplicação do método, através de processos e técnicas, que garante a legitimidade do saber obtido”. Nesse sentido, Marconi e Lakatos (2008, p. 83) afirmam que “método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões”. Dessa forma, verifica-se a importância de se apresentar os aspectos metodológicos empregados quanto à abordagem do problema, quanto aos objetivos, quanto à estratégia da pesquisa e quanto à coleta de dados. Quanto a aplicabilidade ela se enquadra como uma pesquisa aplicada, pois esta preocupa-se com a geração de novos conhecimentos por meio da resolução de um problema (PACHECO, 2008). Quanto à abordagem do problema, optou-se pelo tipo qualitativo, visto que será analisada uma forma de armazenar pertences dos banhistas da praia Brava, preocupando-se em integrá-lo com a natureza.
22
Também utilizou-se da abordagem quantitativa para coletar os dados que embasam a geração de alternativas e o desenvolvimento do móvel. Segundo Appolinário (2006, p. 59): [...] qualquer pesquisa provavelmente possui elementos tanto qualitativos como quantitativos, ou seja, em vez de duas categorias dicotômicas e isoladas, temos antes uma dimensão contínua com duas polaridades extremas, e as pesquisas se encontrarão em algum ponto desse contínuo, tendendo mais para um lado ou para o outro.
Com isso podemos definir que este projeto tem um maior caráter qualitativo sem descartar o quantitativo por trabalhar com fatos mensuráveis, coleta de dados e pesquisa com possíveis frequentadores desse ambiente. Já no caso dos objetivos, pode-se considerá-la como exploratória e aplicada, pois segundo Appolinário (2006, p. 62) uma pesquisa aplicada “estaria voltada para o desenvolvimento de novos processos ou produtos orientados para as necessidades do mercado”. Assim, a pesquisa foi exploratória, pois conforme Gil (1999, p. 43), “tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar critérios e idéias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. “A pesquisa exploratória visa proporcionar ao pesquisador uma maior familiariedade com o problema de estudo” (VIEIRA, 2002, p.5) Quanto aos procedimentos de pesquisa é “um procedimento, método ou dispositivo (aparelho) que tenha por finalidade extrair informações de uma determinada realidade, fenômeno ou sujeito de pesquisa” (APOLLINÁRIO, 2006, p. 133). Para este trabalho, será usada a entrevista como ferramenta de pesquisa. A entrevista “é um procedimento de coleta de dados que envolvem o encontro de duas pessoas – entrevistador e entrevistado” (APOLLINÁRIO, 2006, p. 133). Dentre os tipos de entrevistas existentes, a entrevista semiestruturada será utilizada por um roteiro que será formado previamente, de forma que se acontecesse um imprevisto, como o entrevistado dar informações a mais ou surgir outro assunto, poderia existir a possibilidade de explorar outros elementos. As perguntas terão caráter aberto e fechado, podendo trabalhar qualitativa e quantitativamente. Para a realização desse estudo será utilizada como unidade de análise toda e qualquer pessoa que frequentar a praia Brava. Já como amostra, será utilizada uma amostra não probabilística intencional com 50 pessoas que será utilizada para estudo da implementação deste projeto.
23
1.6.2 Metodologia De Projeto
Para Munari (2008), o objetivo da utilização de métodos de projeto é atingir o melhor resultado com o menor esforço.
O método de projeto, para o designer, não é absoluto nem definitivo; pode ser modificado caso ele encontre outros valores objetivos que melhorem o processo. E isso tem a ver com a criatividade do projetista, que, ao aplicar o método, pode descobrir algo que o melhore. (MUNARI, 2008, p. 11)
A respeito de metodologia, Bürdek (2006, p.225) afirma que: “Cada objeto de design é o resultado de um processo de desenvolvimento, cujo andamento é determinado por condições e decisões – e não apenas por configuração”. Bürdek (2006) cita Christopher Alexander como um dos pais da metodologia do design. A metodologia de Alexander cita quatro argumentos para que se arme o processo de projeto, são eles:
1.
os problemas de projeto se tornaram por demais complexos, para que sejam tratados de forma apenas intuitiva
2.
a quantidade de informações necessárias para a resolução de problemas de projeto elevou-se de tal forma que o designer por si só não as consegue coletar nem manipular
3.
a quantidade de problemas de projeto aumentou rapidamente
4.
a espécie de problemas de projeto, comparada a épocas anteriores, vem se modificando em um ritmo acelerado, de forma que se torna cada vez mais raro poder se valer de experiências anteriores (BÜRDEK, 2006, p. 251).
O processo de design como sistema de manipulação de informações é colocado por Bürdek (2006) em primeiro plano. A caracterização deste modelo está nas várias possibilidades de realimentação ou feedback, que fazem com que o processo não siga a forma linear. Deste modo permanece presente a possibilidade de alterações que visem o sucesso do projeto devido a novas informações, novas tecnologias (que podem surgir no decorrer do processo) ou até por falhas em pesquisas iniciais. Ou seja, correções e ajustes podem ser feitos em qualquer etapa, de acordo com a necessidade. “Por isso ficou claro que o repertório metodológico a ser utilizado é dependente da complexidade do problema.” (BÜRDEK, 2006, p. 256).
24
Tal processo é composto por seis etapas, são elas: 1. Problematização; que define a compreensão e definição do problema, critérios e requisitos para uma boa solução e objetivos (gerais e específicos) a serem buscados. Nessa primeira etapa foi definido como problema de estudo a falta de lugares/móveis para armazenar pertences nas praias de Florianópolis e o que poderia ser feito para solucionar esse problema. 2. Análise da situação; tem como objetivo a coleta de informações, entre elas buscar o(s) ponto(s) relevante(s) do problema. Nesta etapa podemos destacar a análise de mercado. Neste momento foram levantados os tipos de móveis (guarda volume) que existem no mercado, quais são usados em praias e que tipo de opções de uso e armazenagem oferecem e podem ser oferecidos. 3. Definição do problema; abrange a análise das informações encontradas e busca também a definição das metas. Cabe a utilização de uma lista de requisitos como ferramenta. Aqui foram analisadas as informações levantadas e foram definidos alguns requisitos e metas para a elaboração do móvel, passando a ser um projeto conceitual, visto que a praia Brava se encontra no meio de um processo de urbanização, onde ocorreram demolições ao longo da orla, limitando assim a implementação do mesmo ate o presente estudo. Foram definidos também, sistema de trava através de pulseira, questões de pagamento para a utilização do móvel, dentre outras definições. 4. Geração de alternativas; desenvolvimento de alternativas. Foram feitas alternativas, conforme as definições escolhidas, a fim de suprir os requisitos definidos, analisando tamanhos de armários e materiais que melhor se adequem, como ficaria o sistema de trava e orientação para os usuários. 5. Valoração e precisão de alternativas; avaliação e escolha entre as alternativas. Através das alternativas que melhor se destacaram, foi feito um refinamento otimizando as qualidades de cada uma, para chegar a uma alternativa ideal. 6. Planejamento do desenvolvimento de produção; se resume à realização, testes e experimentação. Após a alternativa escolhida, foi feito um mock-up em papelão, para melhor visualização do móvel, assim como questões de proporções e quantidade de pertences cabíveis em cada módulo.
25
2
2.1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
DESIGN DE PRODUTO Sendo assim, o design é uma atividade voltada à resolução de problemas, criação,
atividades coordenadoras e sistêmicas e está próxima à atividade da gestão, que igualmente é orientada na direção de resolução de problemas, atividade de inovação, atividade sistêmica e coordenadora. Seu objetivo consiste em pensar e pesquisar a coerência do sistema de objetos. Concebe marcas, espaços ou objetos para satisfazer necessidades específicas segundo um processo lógico. Cada problema colocado implica descobrir um equilíbrio entre toda uma gama de produtos impostos sobre os planos da tecnologia, da ergonomia, da produção e do mercado (BAHIANA, 1998; MAGALHÃES, 1997). Ainda a partir da definição de design chega-se a conclusão de que o designer é, em suma, um resolvedor de problemas. É o que deixa transparecer Strunck (2004, p. 18) quando afirma que “[...], não vendemos ideias ou projetos. O que temos a oferecer são soluções para as necessidades de vida das pessoas.” O que é corroborado por Löbach (2001, p.141): O trabalho do designer industrial consiste em encontrar uma solução do problema, concretizada em um projeto de produto industrial, incorporando as características que possam satisfazer as necessidades humanas, deforma duradoura .
2.1.1 Design social
Mais do que desenvolver produtos e/ou melhorar os já existentes, desenvolver imagens inovadoras e/ou atualizar as já existentes, interferindo inclusive nos custos e margens de lucro, o design pode contribuir com uma nova vertente explorada de forma estratégica, atualmente, pelas empresas: o papel social. E quando se fala em papel social, não se limita apenas a contribuições voltadas aos menos favorecidos, mas também a projetos que incluem a melhoria do bem estar e qualidade de vida da população, uso de materiais sustentáveis, valorização de materiais regionais, dentre outros (MARTINS, 2004). Segundo Pazmino (2007), o design social surgiu na década de 60 e tem como objetivo melhorar e atender as necessidades das pessoas, valorizando o indivíduo e a comunidade.
26
Martins (2004) ressalta que o Design social discute o papel social da atividade, em contraponto ao glamour que envolve o design, cuja aparência, adquirida no decorrer dos anos, esconde potencialidades. Para Schiavo (2003), o Design social é a materialização de uma ideia que propõe um processo de transformação na sociedade. Procura desenvolver estratégias de comunicação (visuais inclusive, mas não exclusivamente) que permitam compactar um conceito e difundir conhecimento visando sempre uma transformação social. Viabiliza-se por um projeto de representação de uma ideia ou conceito, e sua significação simbólica. Pazmino (2007) afirma que o design social deve ser socialmente benéfico e economicamente viável, como mostra a figura 1. Nesta abordagem é necessário priorizar requisitos sociais os mesmos que devem ser considerados em todos os níveis do processo de desenvolvimento e produção, visando obter produtos que causem uma melhoria na qualidade de vida dos usuários. Ou seja, não basta desenvolver algo inovador, ou com materiais sustentáveis, ou até mesmo algo voltado para população menos favorecida, é necessário que o projeto além de ser algo socialmente benéfico se mostre economicamente viável para ser chamado de design social. Figura 1- Design Social
Fonte: Pazmino, 2007.
Pazmino (2007) ressalta que existem diferenças entre o design formal, tradicional e o design social. O design formal tem a inovação e a estética como seus valores principais, um design social exige do designer novas qualidades e maiores cuidados, a seguir na tabela 1 são mostradas as diferenças existentes entre o design social e o design para o mercado definido assim os objetivos do design social.
27
Tabela 1- Diferenças entre o design social e o design formal Design social
Design formal
Pequena escala de produção
Grande escala de produção
Mercado: Local
Mercado: Local e Global
Tecnologia adequada
Alta tecnologia
Orientado a população baixa renda, excluídos,
Orientado ao mercado
idosos, deficientes. Maximiza a função prática
Maximiza a função simbólica
Baixo Custo
Custo médio e alto
Inclusão social
Satisfazer necessidades emocionais
Fonte: Pazmino, 2007.
Coelho (1999) corrobora afirmando que o design social implica atuar em áreas onde não há atuação do designer, e nem interesse da indústria com soluções que resultem em melhoria da qualidade de vida, renda e inclusão social. Conduzir para uma produção solidária e uma responsabilidade moral do design. Segundo Castro et. al. (2006), dentro deste contexto social, o designer vem promovendo mudanças sociais materializando estas ideias, definindo uma nova postura profissional e com isso causando a transformação da sociedade. Para que se compreendam as necessidades do consumidor é preciso que se conheçam os problemas pelos qual esta ajuda é necessária, portanto deve-se observar questões importantes do seu meio através do recolhimento de dados, com visitas, entrevistas, levantamentos fotográficos para apresentar resultados a todos os envolvidos no projeto para interação. No final da década de 60 e início da década de 70, foi quebrado o paradigma dominante do design que estava voltado para o mercado, o consumo e a obsolescência planejada. As novas ideias pregavam um design ecológico e social. Papanek (apud Pazmino, 2007) tentou mostrar um caminho alternativo para o designer, o desenvolvimento de um design não para o mercado e sim para o individuo, para a comunidade. Papanek (apud Pazmino, 2007) também incentivava aos designers a passarem em países subdesenvolvidos aperfeiçoando produtos que realmente satisfazem as necessidades locais. Uma das formas atualmente defendidas por pesquisadores é que o trabalho do designer social não esteja apenas focado em trabalhos para as comunidades, mas que seja um trabalho voltado para o benéfico da sociedade nas mais variadas áreas de atuação do design. Sendo assim, o design social pode atuar diretamente em benéfico para população por meio do
28
desenvolvimento de produtos que proporcionem um lazer em espaço publico e coletivo (MARCELLINO, 1996). Silveira (2006) comenta que o lazer hoje com certeza faz parte da vida das pessoas e está diretamente ligado a elas. Porém, o que mais chama a atenção é o fato do lazer estar também diretamente ligado a produtos ou objetos. De certa forma existe aí uma ampla oportunidade para a atuação de um designer, várias necessidades e oportunidades antes ocultas podem surgir com a exploração do tema. Marcelino (2002) complementa que os seres humanos, ainda em sua grande maioria, associam o lazer com atividades recreativas e eventos em massa, pois involuntariamente eles fazem ligações do lazer com atividades, propagandas e promoções utilizadas por instituições. Existem várias maneiras de associar o lazer ao que se faz. Quando se descansa, se distrai se diverte de qualquer forma e de qualquer jeito, podendo variar de pessoa para pessoa pode-se dizer que com esses valores se pratica o lazer. Esses valores colocados à disposição da sociedade podem ser praticados de diferentes formas e por diferentes pessoas desde que, levando em conta, a quebra de rotina e passando pro um processo de “higiene mental”. Sendo assim, percebe-se que a área de atuação do design social é bastante promissora se for considerado que o designer através do seu trabalho pode encontrar soluções para os problemas sociais que deverão se estender no planeta, criando produtos adequados a cada realidade (SCHNEIDER, 2010). Além de discorrer sobre o design social, para elaboração do projeto, cabe também pesquisar sobre mobiliário urbano, como mostra o tópico a seguir.
2.2
MOBILIÁRIO URBANO A infraestrutura de uma cidade está diretamente relacionada com seu mobiliário
uma vez que este atende as necessidades de lazer do cidadão. Essas necessidades são supridas através de bancos de praça, quiosques, orelhões, feiras, parques e outros fazendo assim com que a população interaja diretamente com o mobiliário (SILVEIRA, 2006). Turmina (2009) destaca a relação que o mobiliário urbano tem com a identidade da cidade. Para que possa entender melhor sobre o termo de identidade entre cidade e mobiliário urbano, tende ser descrita a relação entre o homem e a paisagem urbana quando se é criado sentimento de identidade para com os elementos.
29
Na cidade existem elementos que fazem referência a sentimentos de identidade, o que nos faz perceber isso é a memória visual de elementos que compõem a paisagem urbana da cidade, ditos como elementos de marcação. Elementos que remetem às pessoas sensações diversas como a lembrança (LERNER, 2006). Mobiliário urbano, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT trata-se de “todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantada mediantes a autorização do poder público, em espaços públicos e privados” (ABNT, 1986, p.1). Segundo o Manual para Implantação de Mobiliário na cidade do Rio de Janeiro (1996, p.11), “mobiliário urbano é a coleção de artefatos implantados no espaço público da cidade, de natureza utilitária ou interesse urbanístico, paisagístico, simbólico ou cultura”. Para Kohlsdorf (2002) mobiliário urbano é integrante da categoria de elementos complementares de uma cidade, sendo estes os principais responsáveis pela imagem dos lugares. Trata-se de elementos com características de maior mobilidade e de menos escala como: bancos de logradouros, lixeiras, caixas de correios, postes e luminárias, pequenos muros ou cercas, obstáculos de trânsito, hidrantes, fontes e monumentos de pequeno porte, dentre outros. John e Reis (2010) ressaltam que o fato de os elementos urbanos serem projetados de forma descontextualizada contribuem para que existam incompatibilidade na percepção que as pessoas têm de suas cidades, influenciando significativamente na qualidade visual do ambiente. Ainda, a ausência de uma inter-relação entre os elementos do mobiliário urbano e a implementação desordenada dos mesmos dificultam a identificação de suas funções, fazendo com que não sejam utilizados adequadamente. Para Mourthé (1998) as peças de mobiliário urbano possuem abordagem isolada e são classificadas de acordo com a sua função em seis classes: a)
Elementos decorativos – Esculturas em painéis e prédios;
b)
Mobiliário de serviço – Telefones públicos, caixas de correio, latas de lixo, abrigos de ônibus, cabines policiais, banheiros públicos e protetores de árvores;
c)
Mobiliário de lazer – Bancos de praça, meses de jogos, projetos para idosos, projetos para crianças e projetos para atletas e jovens;
d)
Mobiliário de comercialização – Bancas de jornal, quiosques, barracas de vendedor ambulante e de flores, cadeiras de engraxate, mesas para cafés e bares em áreas públicas;
30
e)
Mobiliário de sinalização – Placas de logradouros, placas informativas, placas de trânsito e sinalização semafórica;
f)
Mobiliário de publicidade – Outdoors e letreiros computadorizados.
Já a ABNT (1986) classifica o mobiliário urbano por categorias e subcategorias, segundo a sua função predominante: a)
Circulação e transporte – Abrigos de ônibus, acessos ao metrô, bicicletários, semáforo, calçadas, passarelas e parquímetros;
b)
Cultura e religião – Escultura, marcos, monumentos, painéis, plataformas e obeliscos;
c)
Esporte e lazer – Playgrounds, mesas, assentos e churrasqueiras;
d)
Infraestrutura – Cabines telefônicas e caixas de correio reunindo a subcategoria de sistemas de comunicação, postes e luminárias na subcategoria energia e iluminação pública, bebedouros, chafarizes, lixeiras e sanitários público formando a subcategoria de saneamento;
e)
Segurança pública e proteção – Cabines, guaritas, hidrantes, muros e grades;
f)
Abrigo – Quiosques, pérgolas e refúgios;
g)
Comércio – Trailers, bancas e carrocinhas;
h)
Informação e comunicação visual – Anúncios, relógios e sinalização;
i)
Ornamento da paisagem e ambientação urbana – Arborização, calçadas, canteiros, floreiras, bancos e assentos. Abordando esses aspectos, Guedes (2005) afirma que a existência do mobiliário
urbano está condicionada ao cumprimento das funções para as quais os objetos foram projetados, sendo essas estéticas, estruturais, usuais, funcionais ou simbólicas. Tuam apud Kohksdorf (2002, p.13) sustenta que “ao entrar em contato com o meio ambiente, as pessoas fazem uso dos cinco sentidos (visual, auditivo, tátil, olfativo e paladar) em um processo associado com os mecanismos cognitivos, assim, cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente frente às ações sobre o meio”. Devido a essa diversidade, a cultura, a paisagem e os elementos urbanos irão influenciar diretamente na análise da percepção coletiva que se tem em relação ao espaço público. “Ao relacionar-se com os elementos da paisagem, o mobiliário urbano influencia na percepção dos indivíduos sobre determinado espaço, tornando evidente a importância de abordar esses elementos sob enfoque da percepção ambiental” (JOHN; REIS, 2010, p. 184).
31
Os projetos de intervenção urbanística priorizam a organização dos espaços, seu uso racional, a uniformização de estruturas, a valorização da paisagem e o apelo estético de algumas áreas ou edificações. Além disso, é preciso analisar as interações entre os habitantes e seu ambiente, estabelecendo requisitos e parâmetros que estejam relacionadas, direta ou indiretamente, com todo o processo de revitalização e desenvolvimento do mobiliário urbano para um contexto específico (MONTENEGRO, 2005). Os elementos do mobiliário urbano devem guardar na sua configuração certa correspondência, fazendo com que cada um deles seja entendido não apenas como um objeto específico, mas como pertencente a uma mesma “família” que contribui para a sociabilização do espaço público e adequa-se as funções e ao contexto local (FREITAS, 2008). O mobiliário urbano vem adquirindo ao longo dos anos uma maior importância, pelo papel que desempenham no contexto das cidades modernas tornando-se parte integrante da via social cotidiana urbana, fazendo uso de materiais e tecnologias diversas que influenciam no seu uso (MONTENEGRO, 2005). Como aglutinador de atividades sociais, os elementos urbanos facilitam a convivência social e o intercâmbio de experiências individuais e coletivas através de suas funções básicas - uso– estética e simbólica -, porém não é o fator determinante no uso de um espaço público: as condições de manutenção do mobiliário, a segurança do local, os usos definidos no programa de atividades para uma determinada área são também alguns fatores que, em conjunto ao mobiliário urbano, podem revitalizar ou não um espaço urbano público (GUEDES, 2005). Ao planejar e projetar o mobiliário urbano, como expresso por Mourthé (1998), faz-se necessário considerar a existência de culturas sociais em diferentes níveis, de modo que esse se integre ao espaço onde será implantado, representando referenciais e signos tanto tangíveis quanto intangíveis de um dado contexto. Importante também é atentar para o fato de que a paisagem pode ser facilmente alterada caso o desenho daqueles elementos do mobiliário não se adequem a ela, causando interferências de ordem estrutural, simbólico-cultural ou organizacional (MONTENEGRO, 2005). O mobiliário urbano é um produto de uso público e como tal, deve considerar as necessidades e demandas dos seus usuários, integrando-se ao ambiente ou espaço onde será implantado, servindo como articulador entre os usos e atividades desenvolvidos naquele local, sua paisagem e estruturas arquitetônicas, além de representar, através de seu desenho, a cultura, a história e os significados do lugar (FERREIRA; SANCHES, 2000).
32
A maneira como os espaços são tratados e os usos que lhe são atribuídos pela população, demonstram o nível de civilidade de uma determinada cidade bem como o exercício dos direitos e deveres de cidadania nela vivenciados (JOHN; REIS, 2010). Torna-se possível namorar, comer, conversar, passear, jogar, além de nadar e tomar banho de mar na praia, sendo estes hábitos adequados ao clima tropical do país. Diante disso, os espaços urbanos das praias e seus usos passaram por novos tratamentos e adequações, dando origem, a partir dos anos 60, aos calçadões de praia tal como os conhecemos hoje em sua formatação e programa de atividades, nas principais cidades balneárias brasileiras (MONTENEGRO, 2005). Os projetos paisagísticos nortearam as reformas e implantação dos passeios à beira-mar, e os mobiliários urbanos a serem instalados nesses calçadões deveriam atender as novas necessidades de seus frequentadores assumindo outras características configuracionais relacionadas aos novos tipos de atividades ali realizadas, tais como, a instalação de quiosques, posto guarda-vidas, assentos etc. (MONTENEGRO, 2005). A partir de um núcleo básico, pode-se equipar um local para receber um número maior de usuários e oferecer-lhes mais e melhores serviços apesar de ter como objetivo o banho de mar, o visitante pede também a existência de bares, restaurantes e outros estabelecimentos de apoio (MACEDO, 1990, p.175). A necessidade de estudar o mobiliário urbano como um fator que interfere na qualidade visual da paisagem é ressaltada por Guedes (2005). Já Brancaglion (2006), enfatiza a importância do desenho dos objetos para a legibilidade dos espaços. Embora diferentes autores, guias e manuais tenham destacado a importância de considerar o mobiliário urbano implantado nas cidades para que ele esteja cuidadosamente de acordo com os demais elementos constituintes da paisagem (MOURTHÉ, 1998; LONDON, 2000; MONTENEGRO, 2005) percebem-se lacunas na avaliação estética e de uso do ambiente construído em relação ao mobiliário urbano e ao seu entorno, especialmente em locais de edificações de reconhecido valor histórico e arquitetônico. Muitas vezes, o mobiliário urbano é implantado sem considerar as características das edificações, gerando incompatibilidades formais, e sem considerar a funcionalidade dos espaços, prejudicando o uso (LONDON, 2000). Do ponto de vista turístico, quanto mais atrativos sociais uma determinada praia tiver a oferecer como feiras de artesanato, vida noturna, festas, prática de esportes, ou seja, valores sociais essencialmente urbanos, melhor ela será, definindo assim, uma melhor qualidade de praia (MACEDO, 1990).
33
O mobiliário urbano, enquanto um componente da paisagem, para ser considerado qualificado, deve atender requisitos estéticos (LANG, 1994). Muitas pessoas entendem a estética como algo que varia para cada pessoa, embora pesquisas demonstrem que é possível estudar cientificamente e quantitativamente atributos estéticos, identificando padrões de preferência (NASAR, 1997). A estética urbana considera a beleza um atributo intrínseco aos objetos, o que permite estudá-los enquanto influenciadores da qualidade do espaço (NASAR, 1997; LANG, 1994). Na abordagem da estética urbana, a percepção da paisagem é influenciada por atributos formais e simbólicos do ambiente.
2.2.1 Ergonomia Segundo Carneiro et. al. (2010), a ergonomia pode ser definida como o estudo das interações entre o ser humano e os outros elementos do sistema, tornando-os compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações dos seres humanos. As características dos produtos influenciam diretamente sobre seu uso e, consequentemente, determinam o nível de conforto para o usuário. Assim, essas características devem ser concebidas para respeitar algumas situações relacionadas ao uso (SOARES, 2011):
a)
Exigências visuais;
b)
Exigências de precisão de movimentos;
c)
Exigências de força;
d)
Frequência de uso;
e)
Espaço onde se utiliza o produto
Conforme apresenta lida (2005), a ergonomia em espaços públicos depende não só das características anatômicas e fisiológicas dos indivíduos, mas também do espaço adicional existente em torno do homem, chamado de espaço pessoal. Esse espaço determina o comportamento das pessoas nos ambientes públicos. A Ergonomia Urbana discute quais seriam os equipamentos mais necessários e adequados para a comunidade, assim viabilizando a confecção de equipamentos urbanos a fim de proporcionar bem estar para a população, sendo de responsabilidade de arquitetos zelar pelo cumprimento destas políticas sociais de inclusão social (NUNES, 2005). Atualmente os armários comercializados apresentam como padrão as seguintes medidas:
34
Para armário com 04 portas grandes: 0,62x0,35x1,92 (LxPxA) Para armário com 06 portas grandes: 0,92x0,35x1,92 (LxPxA) Para armário com 08 portas grandes: 1,22x0,35x1,92 (LxPxA) Para armário com 08 portas pequenos: 0,62x0,35x1,92 (LxPxA) Para armário com 12 portas pequenos: 0,92x0,35x1,92 (LxPxA) Para armário com 16 portas pequenas: 1,22x0,35x1,92 (LxPxA)
Figura 2- Armários tradicionais
Fonte: Google, 2013.
Alguns armários de bibliotecas e locais específicos para guarda volumes chegam a ter móveis com 40 armários, como mostra a figura a seguir. Figura 3- Armários biblioteca
Fonte: Google, 2013.
35
3
3.1
MERCADO
ANÁLISE DE DEMANDA
Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado. A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente como consumo, uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos. Sendo assim, nesta pesquisa ao se analisar a demanda deste projeto, busca-se verificar quais seriam os possíveis consumidores deste móvel (usuário final), mas também quem poderia comprar o projeto, ou seja, utilizar este móvel para oferecer o serviço de guarda volume nas praias. A princípio, todos os banhistas das praias de Florianópolis (população delimitada para este trabalho) podem ser enquadrados como possíveis consumidores, visto que todo e qualquer banhista que queira e/ou precise guardar algum objeto, mesmo que vá acompanhado de várias pessoas (possibilitando assim um revezamento para a guarda de seus pertences) pode estar utilizando o serviço de guarda volumes. Lembrando que esta alternativa pode contar como um diferencial na hora de escolher/optar por ir a uma praia. Cabe ressaltar que neste estudo, será abordado apenas a praia Brava, então, os consumidores finais deste produto serão todos os frequentadores da praia Brava. Mas quem poderia comprar esta idéia? Este projeto apresenta algumas vertentes: primeiro este produto teve como foco de estudo a praia Brava, o que não impede que novos estudos sejam feitos adequando-o para servir as demais praias. Em segundo ponto, este produto poderia ser usado tanto pela rede pública como privada. Comprada pela rede pública (prefeitura e/ou outros órgãos relacionados), este móvel estaria na praia como um mobiliário urbano, onde este serviço seria administrado pela prefeitura, ficando responsável por cobrança e consequentemente segurança. A prefeitura, visando o turismo, poderia fornecer esse serviço já que o mesmo traria melhor comodidade e segurança para os turistas, que não conhecem o local e por sua vez não sabem se é um ambiente seguro ou não, ou até aqueles que não estão hospedados na cidade (mochileiros) que andam com bastante bagagem e afins. Além disso, também beneficiaria a própria população que aqui reside, mas que muitas vezes não mora no local/praia, e que frequenta a grande variedade de praias, e com isso acaba carregando uma
36
certa “bagagem”, nem que seja apenas a chave do carro, o próprio morador/cidadão pode fazer uso desse móvel. Já comprada pela rede privada, este móvel faria parte dos serviços oferecidos pelos estabelecimentos já existentes na orla marítima, passando a ser um diferencial para o estabelecimento, e consequentemente para a praia onde ele está inserido. Os donos de estabelecimentos podem adquirir esse móvel, o que torna um atrativo para o local. Por exemplo: já que a pessoa está no local guardando seus pertences, ela já compra alguma coisa, come alguma coisa. Chama possíveis clientes para o estabelecimento. É um diferencial entre um estabelecimento e outro (Ex: vou almoçar nesse restaurante porque ele oferece/tem (serviço pago ou não) guarda volume, então já fico por aqui). É um custo para o lugar, já que ele se torna responsável pelos pertences alheios e tem que adquirir uma estrutura para acomodá-los com qualidade e segurança, porém é uma renda extra, já que agora ele pode cobrar por um serviço que talvez antes ele fizesse de boa fé para seus clientes (sem controle algum), além de agregar valor aos serviços prestados pelo estabelecimento. Uma terceira possibilidade existente são os stands, a exemplo do Rio de Janeiro, onde a Policia Militar fornece esse serviço para os turistas em suas barracas fixadas nas praias e empresas (como a Nextel, por exemplo) que fornecem esse serviço como diferencial para seus consumidores, também por meio de barracas nas praias. Nestes casos, os pertences são acomodados em sacos plásticos e o proprietário preenche um cadastro com informações sobre o proprietário e os pertences, mas um saco plástico não fornece uma acomodação adequada e específica aos pertences, é um método que não transmite muita segurança para o usuário. Porém este método demonstra uma preocupação com os turistas e com os clientes, no caso da Nextel, sendo um ponto positivo para a empresa e para cidade. Sendo assim, para este projeto, destacou-se como melhor alternativa, a iniciativa privada, tendo em vista a dificuldade de a rede pública manter um produto deste tipo. Considerando que em projetos com custo reduzido e que não necessitam de maior segurança, como chuveiro em praias, já não foram aprovados, pois a prioridade da prefeitura está em projetos de maior porte voltados para educação, saúde. Com isso, julga-se uma melhor aceitação e implementação desse móvel junto a iniciativa privada, ficando assim por responsabilidade dos estabelecimentos que queiram comprar esse produto.
37
3.1.1 Público
Foram feitas entrevistas e aplicados questionários com 50 pessoas, entre os meses de setembro e outubro, por um questionário enviado pela internet e entrevistas pessoalmente, com um público variado entre eles, pessoas que moram na praia Brava, pessoa que a frequentam e que frequentam as demais praias da ilha ou grande Florianópolis. Após disso analisados, para melhor compreensão quanto ao público-alvo, onde foi alcançado resultados tais como esse:
Gráfico 1 - Idade dos frequentadores
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Para que possa ter parâmetros em questão de público alvo, foi questionada a idade dos entrevistados, para assim definir qual a faixa etária do público. Com isso, podemos confirmar que os frequentadores da praia Brava são principalmente o público jovem, na faixa dos 20 a 25, mas tendo também um grande público até a faixa dos 40, esses muitas vezes sendo, moradores e surfistas que moram pela redondeza. Para entender melhor a demanda da praia Brava, buscaram-se saber com quantas pessoas geralmente os frequentadores costumam ir à praia. Como mostra o gráfico abaixo.
38
Gráfico 2 - Quantas pessoas costuma frequentar a praia
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como pode ser visto no gráfico acima, embora exista uma grande quantidade de pessoas que vão a praia em grupo, o que acaba trazendo uma maior comodidade, já que sempre acaba ficando alguém na areia com os pertences, ainda é grande a predominância de pessoas que vão sozinhas ou em casal. Muitas vezes nesses casos, acaba ocorrendo certa dificuldade para tomar um banho de mar despreocupadamente, já que os pertences acabam ficando sozinhos na areia. Além da quantidade de pessoas que costumam ir juntas a praia, procurou-se saber também, quais as atividades que costumam praticar na praia. Gráfico 3 – Atividades que costuma praticar na praia
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
39
No gráfico 3 podemos ver quais atividades que mais costumam praticar na praia, diferente da primeira impressão que se tem, as pessoas não vão a praia apenas para tomar banho de mar, mas também para praticar esporte, conversar, ler um livro, beber com os amigos, paquerar, ou até mesmo caminhar. E dependendo das atividades que praticam na praia não só o volume das coisas que carrega muda, mas também a necessidade de ter onde deixa-las. Por exemplo, para fazer uma caminhada, é cômodo carregar o mínimo de coisas possíveis, logo seria útil um guarda volume, onde ela pudesse acomodar seus pertences durante a caminhada. Para um melhor entendimento, foi questionado quais os pertences mais comuns levados à praia, como pode se visto no gráfico a seguir.
Gráfico 4 - Pertences levados à praia
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como mostra o gráfico 4, existe certo padrão de pertences, tendo maior predominância objetos como chaves, documentos e roupas. Dentro do quesito pertences, foram questionados, aonde os frequentadores deixavam e como faziam quando queriam entrar no mar ou praticar algum esporte. As respostas podem ser verificadas no gráfico a seguir.
40
Gráfico 5 - Onde deixam / o que fazem com os pertences
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Conforme o gráfico 5, podemos ver que é bem divida a opção entre deixas os pertences na areia e ficar alguém olhando, nesse caso, faz-se um revezamento entre as pessoas que foram juntas. Porém em todos os casos cria-se certa dependência da boa vontade das pessoas ou a preocupação de deixar sozinho. Pensando nisso, foi questionado junto aos entrevistados, se eles se sentiriam seguros deixando os pertences em um guarda volume na praia.
Gráfico 6 - Se sentiria seguro em deixar os pertences no guarda volume
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como podemos ver no gráfico 6, grande quantidade dos entrevistados, se sentiriam seguros em deixar seus pertences em um guarda volume, o que mostra grande
41
aceitação dos frequentadores para este tipo de móvel em praias. Fez-se então a necessidade de questionar sobre o local para colocar o guarda volume, como podemos ver no gráfico 7.
Gráfico 7 - Local para funcionamento do guarda volume
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Foram questionados aos entrevistados sobre qual o local eles achariam melhor para o funcionamento do guarda volume, se dentro de um estabelecimento ou na orla, como um móvel a vista. Conforme podemos ver no gráfico 7, grande parte dos entrevistados optou pelo funcionamento na orla, visto que eles poderiam estar vendo o guarda volume, já dentro de um estabelecimento, poderia ficar tumultuado. Após este questionamento, foram averiguados, quais pertences gostariam de guardar em um guarda volume, conforme mostra o gráfico 8.
Gráfico 8 - Pertences que gostariam de guardar no guarda volume
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
42
No gráfico 8, podemos ver um interesse maior em guardar objetos de valor, assim como pertences que sujariam na areia, como roupas, bolsas e capacete. Em outros casos, gostariam de guardar tudo que pudessem. Pensando nisso, foi feito uma reorganização de itens por tamanhos, para poder averiguar qual a maior necessidade no quesito dimensão de armários do guarda volume, conforme pode ser visto no gráfico 9. Gráfico 9 - Tamanho de armários
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como mostra o gráfico 9, podemos ver a maior necessidade de armários médios, em seguida pequenos e por fim alguns grandes. Verificando assim a necessidade de ter diferentes opções de tamanhos de armários no guarda volume. Em seguida foram expostas algumas opções de forma de trancar os armários, questionando quais das opções achariam melhor e mais seguro. Conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 10 - Opções de fechamento/trava dos armários do guarda volume
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
43
Outro ponto importante para o funcionamento e melhor aceitação de um guarda volume é seu sistema de trava/fechamento dos armários. Foram expostos 4 opções para os entrevistados, questionando razões de praticidade e segurança, conforme visto no gráfico 10, o sistema de pulseira (com código, assim como funciona as pulseiras em festas e baladas), foi melhor aceito pelos entrevistados em razão de ser um código único, dificultando o arrombamento, além da praticidade de não perder, se comparado com o cartão. Como segunda opção ficou os cadeados, tanto nas opções cadeado do cliente, como cadeado fornecido no guarda volume, e por ultimo o cartão. Observando assim, que os possíveis usuários, buscam praticidade não somente em usar um guarda volume, mas também na hora de fechar/trancar os armários. Com isso, foram questionados, sobre quanto eles estariam dispostos a pagar por dia para usufruir desse móvel/serviço. O que pode ser visto no gráfico 11.
Gráfico 11 - Preço
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
No gráfico 11, podemos ver que a grande maioria dos entrevistados e possíveis usuários, estariam dispostos a pagar até R$10,00 reais para usarem o guarda volume. Já uma parcela um pouco menos pagaria R$20,00 reais ou mais, dependendo do tamanho do guarda volume. O que traz um ponto interessante de valores diferentes para cada tamanho de armário. Por fim, foram questionados, se deixariam de ir em outras praias ou optariam por ir em uma praia, no caso a praia Brava se essa tivesse guarda volume.
44
Gráfico 12 - Optaria por uma praia com guarda volume
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como podemos ver no gráfico 12, um grande percentual escolheria ir a uma praia que tivesse guarda volume, principalmente pessoas que costumam ir a praia de moto, fazendo inclusive uma comparação com os shoppings da grande Florianópolis, onde optam ir no Continente Park Shopping aos outros, por ser o único shopping com guarda volume para quem vai de moto. Mostrando assim, um grande interesse do público nesse móvel. Para melhor demonstrar o perfil do público alvo, foram montados painéis semânticos. Os produtos devem ser projetados para transmitir certos sentimentos e emoções. Mas, como consegui-lo. Isso pode ser conseguido construindo-se diversos painéis de imagens visuais. Como no caso do desenvolvimento de produtos, precisamos partir de objetivos amplos, para ir estreitando à medida que avançamos no projeto, para formas específicas.(Baxter,2000,p.190)
Isso pode ser feita em três etapas, com painéis de estilo de vida, da expressão do produto e do tema visual. Painel do estilo de vida procura delinear uma imagem o estilo de vida, dos futuros consumidores do produto refletindo os valores pessoais e sociais, além de representar o tipo de vida desses consumidores. (Baxter, 2000) Segundo Mike Baxter (1998, p.190), “...painel da expressão do produto ela representa a emoção que o produto comunica ao primeiro olhar...” Painel do tema visual são imagens de produtos que encontrar-se de acordo com o espírito esperado para o novo produto. (Baxter, 2000)
45
O painel semântico do público (Figura 2) a seguir mostra jovens com 20 a 35 anos de idade, que estudam, trabalham, levam uma vida agitada, porém saudável, gostam de praticar esportes e curtir a vida. Figura 4 – Painel semântico estilo de vida
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
O painel semântico exposto na figura 3 demonstra as atividades praticadas pelo público alvo e os respectivos pertences que levam a praia. Figura 5 – Painel semântico atividades na praia e pertences envolvidos
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
46
Para os banhistas da praia Brava é comum ir a praia para praticar esportes, como surf, parapente, frescobol, vôlei, fazer caminhadas, trilhas, assim como relaxar, ler um livro, conversar e beber com os amigos, curtir a família. Dentre os pertences levados, podem-se destacar itens como bolsa com documentos, óculos, protetor solar e celular. Assim como canga, toalha, cadeira de praia, guarda sol, cooler ou isopor, além de objetos para prática de esportes.
3.2
ANÁLISE DE OFERTA
A oferta de determinado produto é definida pelas várias quantidades que os produtores estão dispostos e aptos a oferecer ao Mercado, em função de vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo. Neste projeto, ao se analisar a oferta, está sendo analisada a quantidade de guarda volumes que pode ser colocada no mercado. Isto dependerá de quem comprará a ideia.
Se for um mobiliário urbano
(responsabilidade da prefeitura) acredita-se que um ou dois por praia, seja a quantidade mais viável. Além do custo da manutenção (aqui se fala segurança) uma série de mobiliários na orla marítima poluiria o ambiente em termos visuais, atrapalharia os banhistas e provavelmente não seria aprovado por órgãos competentes por possíveis influências no ecossistema local. Se for um móvel para atender um serviço privado (uma empresa existente no local fornecer o serviço, ou uma empresa abrir só pra isso) já o tamanho do móvel pode ser maior, e a quantidade também. Ficando assim o número mais amplo, visto que vários estabelecimentos numa mesma praia podem fornecer o serviço. Já no caso do Rio de Janeiro, onde a PM e algumas empresa prestam esse serviço como benefício à sociedade, necessita ser um móvel que permita uma flexibilidade e fácil manuseio (montagem e desmontagem), tendo como alternativa um móvel modulado, visto que o móvel não ficaria em um posto fixo e não pode dificultar seu transporte (imagine a PM necessitando de um carro maior para carregar o móvel, e como montá-lo com segurança, isso inviabilizaria o serviço). Cabe ressaltar que mesmo que tenha custo é um móvel que visa o bem estar da população, o que trás benefícios além dos possíveis valores arrecadados com a cobrança do serviço.
47
Para tanto, foi averiguado uma melhor viabilidade quanto à iniciativa privada, por ter melhor condições de custear e oferecer a devida segurança para um projeto deste tipo, visto que o móvel ficará em estabelecimentos já existentes, utilizando um espaço que já é propriedade do restaurante, não causando assim nenhum incomodo de acesso à praia (como um quiosque ou apenas o móvel nas vias de acesso a praia poderiam estar causando, atrapalhando o fluxo e a passagem de demais frequentadores).
3.3
CONCORRENTES Pode-se designar como concorrente uma empresa que atua no mesmo mercado e
com o mesmo tipo de produtos ou com produtos substitutos. Ou seja, nesta pesquisa tem-se como concorrente toda empresa que venda esse tipo de móvel ou forneça outra alternativa que sane a necessidade do banhista quanto a um local para armazenar com segurança seus pertences. Atualmente nas empresas ao longo da orla marítima das praias não se encontra este serviço sendo oferecido visivelmente (formalmente) por nenhuma empresa, nem tão pouco pela prefeitura. Sendo assim, não encontra-se um móvel (guarda volume) desenhado para uso em praias, algo que interaja com o ambiente. Os guarda volumes encontrados disponíveis no mercado seguem um padrão simples, apresentando pouca diferenciação entre os modelos.
Figura 6 - Guarda volume comum
Fonte: Google imagens, 2013.
48
Guarda volume vertical, em aço, sem atrativo visual, apenas focada na função. Com tamanho de armários padrão, impossibilita o uso de objetos de maior porte. Sistema de segurança através de cadeado, que deve ser levado pelo cliente. Utilizado em escritórios, bibliotecas, escolas e afins. Figura 7 - Guarda volume de uma escola infantil
Fonte: Google imagens, 2013.
Guarda volume horizontal, por ser focado para o público infantil, em madeira, com portas coloridas, busca um lado lúdico e divertido para o meio que será inserido (escola infantil), agrega função e estética. Com altura reduzida e armários de tamanho padrão, usado para objetos de pequeno e médio porte, mochilas, lancheiras e afins. Sistema de segurança através de chave. Figura 8 - Balcão guarda volume
Fonte: Google imagens, 2013.
49
Guarda volume horizontal, usado também como balcão, em madeira, com uma única cor, agrega mais de uma função (guarda volume e balcão). Com altura reduzida e armários de tamanho padrão, usado para objetos de pequeno e médio porte. Sistema de segurança através de chave. Figura 9 - Guarda volume com divisórias
Fonte: Google imagens, 2013.
Guarda volume vertical, em aço, com portas coloridas em uma única cor, possui divisórias, o que possibilita guardar diferentes pertences em um único armário, sem que esse fique amontoado. Armários de tamanho padrão, usado para objetos de pequeno e médio porte, focado mais para vestuários, possui cabideiros. Fechado através de uma trava, sem nenhuma segurança.
Figura 10 - Guarda volume do aeroporto de Fortaleza
Fonte: Google imagens, 2013.
50
Guarda volume horizontal, instalado no corredor de um aeroporto em fortaleza, em madeira, com estrutura colorida. Com uma grande quantidade de armários, possui tamanhos diferentes, usado para objetos de pequeno, médio e grande porte. Possui um sistema eletrônico de chave que tranca e destranca as portas. Figura 11 - Modelos de Guarda volumes
Fonte: Google imagens, 2013.
Guarda volume vertical, com portas coloridas, agrega função e estética. Com tamanho diferenciado de armários, pode ser usado para objetos de pequeno e médio porte, e grande porte. Sistema de segurança através de cadeado. Figura 12 - Guarda volume de uma biblioteca
Fonte: Google imagens, 2013.
51
Guarda volume vertical, um ambiente específico com diversos armários, em aço. Com tamanho padrão de armários, usado para objetos de pequeno e médio porte, mochilas, e afins. Sistema de segurança através de senha. Figura 13 - Guarda volume da marca Safetronic
Fonte: Google imagens, 2013.
Guarda volume vertical. Com armários de tamanho padrão, usado para objetos de pequeno e médio porte. Sistema de segurança através de senha. Usado em entradas de banco, biblioteca, clubes e outros. Pode ser customizado de acordo com o cliente, podendo inserir logo e cores padrões.
Figura 14 - Guarda volume no hall de um Shopping de Belém
Fonte: Google imagens, 2013.
Guarda volume horizontal, usado também como balcão, em aço, agrega mais de uma função (guarda volume e balcão). Com altura reduzida e armários de tamanho padrão,
52
usado para objetos de pequeno e médio porte. Sistema de segurança através de ficha, sendo cobrado pelo uso e perda da mesma. Figura 15 - Guarda volumes da Biblioteca Central da Universidade Humboldt
Fonte: Google imagens, 2013.
Sistema de armários de uma biblioteca. Armários com tamanho padrão (objetos de pequeno e médio porte), em madeira. Possui um sistema confuso de trava que só pode ser liberado com uma ficha. Falta sinalização e informações de uso. Usuários da biblioteca preferem usar sistema de guarda volume antigo, com cadeado.
Figura 16 - Guarda volume com porta transparente
Fonte: Google imagens, 2013.
Armário com pequenas divisórias para objetos de pequeno porte, possuí uma única porta, de vidro possibilitando ver o que tem dentro. Por ter uma única tranca faz com que seja necessário ter uma pessoa responsável.
53
Figura 17 - Guarda volume aberto
Fonte: Google imagens, 2013.
Sistema aberto, com tamanho padrão de armários, objetos de pequeno e médio porte. Necessita de uma pessoa responsável pelos pertences. Figura 18 - Guarda volume aberto tipo escaninho
Fonte: Google imagens, 2013.
Sistema de guarda volume tipo escaninho, usado em locais que não é permitida a entrada com celulares e aparelhos eletrônicos. Necessita de uma pessoa responsável pelos pertences. Figura 19 - Guarda volume com cuidador
Fonte: Google imagens, 2013.
54
Sistema aberto, com tamanho padrão de armários, objetos de pequeno e médio porte. Necessita de uma pessoa responsável pelos pertences.
Figura 20 - Guarda sol com sistema de cofre
Fonte: Google imagens, 2013.
Sistema de cofre instalado em guarda sol que pode ser usado em piscina, praia e afins. Cabem apenas objetos pequenos e são trancados através de uma senha. Nada impede de o guarda sol ser roubado. Além dos modelos vistos acima, existem ainda alguns sistemas diferentes para travar/fechar os armários, como é o caso de pulseiras com um código único (que funcionam com o mesmo mecanismo de pulseiras de balada) onde no próprio móvel encontra-se um guichê onde o usuário paga pelo armário desejado e recebe a pulseira que estaria destravando o armário. Sendo uma pulseira resistente à água, não correndo risco de extravio, além de ser um sistema mais prático que chaves e cartões, ainda são um sistema mais difícil para arrombamento. Analisando o mercado em Florianópolis, percebe-se que nas praias alguns comerciantes guardam pertences de seus clientes por cortesia (quando o cliente pede, é conhecido do local), mas informalmente, na base da confiança mutua. Como não é uma atividade regular, formalizada, não oferecem também espaço ou mobiliário adequado para isso. Os guardas volumes existentes no mercado, não apresentam design e matérias apropriados para o uso em praia, assim como também não apresenta tamanhos variados, para diferentes tipos de pertence. Tampouco as praias de Florianópolis, bem como a praia Brava, oferece um móvel para uso de turistas ou frequentadores com este fim em seus estabelecimentos.
55
3.4
CARACTERÍSTICAS
Mercado é o ambiente social (físico) ou virtual propício às condições para a troca de bens e serviços. Neste caso, o mercado analisado será as praias de Florianópolis, e consequentemente, seus freqüentadores. Podem-se encontrar dois públicos distintos: os turistas e os nativos (moradores da região da Grande Florianópolis). Florianópolis, segundo a PMF (2013) em 2011, possuía uma população de 427 298 habitantes, ficando como a segunda cidade mais populosa do estado. É uma das três capitais insulares do Brasil, se firmando cada vez mais como centro de turismo, graças às 42 praias que possui. Apresenta um intenso movimento turístico durante todo o verão, principalmente com argentinos, gaúchos e paulistas.
Figura 21 - Folder de Florianópolis
Fonte: PMF, 2013.
56
Figura 22 - Folder de Florianópolis (frente)
Fonte: PMF, 2013.
Pensando-se no problema de pesquisa, os consumidores finais do produto proposto seriam qualquer pessoa que frequente a praia, sozinho ou acompanhado, e que precise guardar algum objeto, seja para sua segurança, ou maior comodidade, podendo entrar no mar, caminhar ou outra atividade despreocupado, sabendo que seus objetos estão seguros, de roubos ou intempéries (como a água e a areia).
57
Conforme censo do IBGE (2013) a maioria dos moradores se enquadram na faixa etária entre 25 e 29 anos. Possui em sua frota aproximadamente um veículo para cada dois habitantes. E um PIB que é movimentado em sua maioria pela prestação de serviços. O rendimento per capita domiciliar encontra-se entre as capitais do Brasil: R$ 1.573, com metade da população recebendo até R$ 900.
Gráfico 13 - Censo do IBGE
Fonte: IBGE, 2013.
Em relação ao turismo, de acordo com a Fecomércio (2013) dos turistas que frequentaram esta temporada de verão no litoral catarinense, predominou a faixa etária dos 31 aos 50 anos, assalariados e autônomos, com um equilíbrio entre os gêneros feminino e masculino. Um público adulto, principalmente na faixa dos 31 aos 50 anos, mas também se destaca o percentual de jovens entre 18 e 25 anos. A ocupação profissional mais mencionada foram os assalariados, seguido dos autônomos e funcionários públicos. Pessoas cuja renda média mensal preponderante varia de R$ 1.418 a R$ 6.109. Em relação ao meio de transporte utilizado, o carro próprio e o avião foram os principais meios utilizados pelos turistas de Florianópolis: 47% e 32%, respectivamente.
58
Tabela 2 - Dados Fecomércio
Fonte: Fecomércio, 2013.
Outras características merecem destaque: o turista viajou em grupos familiares, com 3,9 pessoas em média, e a escolha de Santa Catarina foi motivada pelo turismo de sol e praia. É relevante apontar no estudo para onde se destinaram e quais foram os gastos dos turistas durante a temporada de férias. Para isso, a Fecomércio-SC também perguntou aos entrevistados quais seriam os locais de comércio visitados pelos mesmos Em Florianópolis, 48% dos entrevistados manifestaram a intenção de visitar o comércio do centro da cidade e outros 33%, o comércio das praias.
59
Tabela 3 - Dados Fecomércio
Fonte: Fecomércio, 2013.
A respeito do gasto médio dos turistas nas cidades, os valores mais elevados foram a hospedagem e os pacotes turísticos. Posteriormente, os gastos com transporte e alimentação e uma parcela menor de gastos com lazer e comércio. Fator bastante importante para apontar os pontos positivos e negativos das cidades durante a temporada para os turistas é a avaliação que eles fazem sobre diversos pontos de relevância. Gráfico 14 - Dados Fecomércio – Avaliação do turista em relação à temporada
Fonte: Fecomércio, 2013.
60
A pesquisa traz uma avaliação sobre diversos pontos de relevância para os turistas: a receptividade dos moradores da cidade, a gastronomia, o atendimento do comércio, o atendimento dos bares e restaurantes, o atendimento dos hotéis e pousadas, a avaliação da hospedagem, o serviço de orientação ao turista, as opções de lazer, a infraestrutura das praias, a presença de salva-vidas nas praias, os transportes públicos, a infraestrutura viária de acesso às praias, a segurança pública e o serviços de taxi. No geral, a avaliação do turista quanto a sua estada durante a temporada de verão 2013 foi positiva em todas as cidades consideradas. Reflexo desta boa avaliação é que 90% dos entrevistados afirmaram que voltarão no próximo ano. Já em relação à estrutura desses comércios, os serviços que os mesmos oferecem e as ações que os mesmos realizaram durante o período de veraneio de 2013 podem ser observados no gráfico 15. Gráfico 15 - Dados Fecomércio
Fonte: Fecomércio, 2013.
3.5
PROSPECÇÃO E TENDÊNCIAS DE MERCADO
Para que se possa fazer uma análise futura do mercado e verificar suas tendências, faz-se necessário primeiramente analisarmos a realidade encontrada atualmente.
61
Hoje no Brasil não foi possível encontrar nenhuma cidade que ofereça o serviço de guarda volumes na orla da praia, na forma de um mobiliário urbano, sendo gerenciado pela prefeitura. O exemplo mais próximo que se tem é o do calçadão de Copacabana, que oferece esse serviço em galerias subterrâneas (Consórcio Orla Rio tem a concessão da exploração até 2030, dada pela prefeitura. Também existem quiosques nas orlas do Leme, Arpoador, Ipanema, Leblon, Mirante, São Conrado, Barra, Recreio e Prainha). Estas são munidas que quiosques, decks e o subsolo. A cada par de quiosques, geralmente, é construído um subsolo sempre que há viabilidade para isto. Figura 23 - Quiosque Copacabana
Fonte: Google imagens, 2013.
As unidades possuem painéis de vidro curvo composto de laminados de temperados, dois sanitários femininos e um masculino, boxes para banhos, duchas abertas com visibilidade para a praia, instalação de material antiderrapante nos banheiros, além de armários para guardar volumes e equipamentos de esporte de praia.
62
Figura 24 - Quiosque, Deck e subsolo - Copacabana
Fonte: Google imagens, 2013.
Abaixo pode-se observar imagens da entrada para o subsolo e da sinalização dos serviços disponíveis no subsolo. Um dos serviços prestados é o de guarda volume.
Figura 25 - Subsolo - Copacabana
Fonte: Google imagens, 2013.
Os quiosques contam também com o Ozon-in, um medidor de Raios Ultra Violeta (UV). O equipamento oferece à população informações atualizadas a cada minuto, através de seu indicador digital. Com formato de um totem, e tecnologia 100% brasileira, o aparelho indica entre os fatores de proteção solar (UPS)15, 30, 50 e 60, qual o mais adequado para a proteção no momento da medição. Alguns quiosques também contam com terminais de autoatendimento bancário e um espaço cercado na areia para os bebes.
63
Figura 26 - Quiosque Boteco da Orla
Fonte: Google imagens, 2013.
Além de fornecerem serviços à população (pagos) os quiosques da orla de Copacabana estão preparados para receber eventos. O projeto é da empresa Orla Eventos, única credenciada para promover eventos nos quiosques. Uma parceria da Orla Rio com a OSC Marketing Promocional. Seja para um café da manhã, almoço, happy hour ou jantar. Nescafé, Bob’s, Bar Luiz, Viena, Antonio’s Lanches, Quiosque Chopp da Brahma, Siri Mole & Cia, são algumas das opções. Figura 27 – Quiosques patrocinados
Fonte: Google imagens, 2013.
64
As áreas masculina e feminina são totalmente separadas, e incomunicáveis. A segurança e a limpeza ficam garantidas pela presença de duas funcionárias que monitoram periodicamente o espaço, e também fazem a cobrança dos valores. Na cabine do chuveiro, tem lugar pra pendurar a roupa, e um banquinho para colocar pertences sem molhar. O chuveiro é totalmente fechado, logo a privacidade fica garantida. Por R$ 3,00, o cliente tem direito a uma chuveirada de 3 minutos (a água desliga automaticamente após esse tempo). O sabonete, o shampoo e a toalha são por conta do cliente. Existe a possibilidade de pagar R$ 4,00 por um kit banho (sabonete e toalha). Também há a opção de pagar apenas para usar o banheiro (acho que era R$ 1,50) ou usar um guarda-volumes (R$ 4,00). Figura 28 - Quiosque Copacabana - banheiro
Fonte: Google imagens, 2013.
A seguir pode-se observar a imagem do guarda volume oferecido no quiosque de Copacabana. Figura 29 - Quiosque Copacabana – guarda volumes
Fonte: Google imagens, 2013.
65
A seguir mostra o setor de cobrança e área de guarda volume que são monitorados por câmeras para fornecer maior segurança para os usuários.
Figura 30 - Quiosque Copacabana – guarda volumes e setor de cobrança
Fonte: Google imagens, 2013.
A seguir, a planta baixa do subsolo dos quiosques de Copacabana, que conta com cozinhas, depósitos, área de apoio, câmaras frias, estoque seco, vestiário para funcionários, central de equipamentos, caixa d’água, lixeiras seletivas, vestiários, banheiro feminino e masculino e elevador para acesso a cadeirantes. Figura 31 - Planta baixa dos subsolo
Fonte: Google imagens, 2013.
66
A exemplo do Rio de Janeiro que oferece o serviço de guarda volumes na Orla marítima, algumas outras praias fornecem o serviço de guarda volumes por meio de empresas privadas, que trabalham com outro foco, mas oferecem o serviço como uma mordomia ao cliente. Um exemplo é o Beach Park em Fortaleza. O parque aquático fica na beira da praia de Porto das Dunas, e cobra para o serviço de guarda volumes (lockers) preços de acordo o tamanho do guarda volume e o tempo de permanência. Lembrando que no Parque o cliente pode entrar e sair quantas vezes quiser. Na saída do parque, eles tiram uma foto das pessoas que desejam sair e entregam um cartão. Na volta, o computador faz a leitura do cartão e a foto aparece no computador, dessa forma, identificam a pessoa e a entrada é liberada. Lembrando que para ter acesso à praia que fica entre o complexo Beach Park (entre o Resort e o parque aquático) não é necessário comprar ingresso para o parque. Figura 32 - Parque aquático Beach park em Fortaleza
Fonte: Google imagens, 2013.
Outro exemplo nas praias de Fortaleza é a barraca (como são chamados os complexos de lazer a beira mar - o que não é literalmente uma barraca, mas sim um misto de quiosque com parque aquático) do Chico do Caranguejo, na praia do futuro. Como as outras barracas de seu porte, O Chico do Caranguejo conta com uma estrutura completa: guardavolumes, playground, parque-aquático, loja de conveniências, salva-vidas, segurança particular, etc. Lá seus clientes contam com o serviço de guarda volume (também cobrado) e podem se divertir pela praia sem se preocupar com seus pertences.
67
Figura 33 - Barraca Chico do caranguejo na orla de Fortaleza
Fonte: Google imagens, 2013.
Em Canoa quebrada, da mesma forma que nas barracas e nos parques aquáticos mostrados anteriormente, os restaurantes, como por exemplo o Restaurante Bom Motivo, oferecem aos seus clientes uma estrutura que vai além das refeições. Eles oferecem: passeio de buggy, jangada (tudo isso pago a parte). Mas um diferencial para clientes ficarem nesta barraca é que pra quem almoça lá tem: banheiro, ducha, guarda-volumes, cadeira pra tomar sol e etc. Figura 34 - Barraca Bom Motivo em Canoa Quebrada
Fonte: Google imagens, 2013.
Já em Porto Seguro, o Axé Moi Complexo de Lazer possui uma área de 20.000m², com 200 m de uma praia magnífica, e estrutura completa para receber seus clientes com: Diversos bares + restaurantes e lanchonetes; duchas e banheiros; Mobiliário completo
68
proporcionando gratuitamente a todos os clientes: mesas, cadeiras, espreguiçadeiras e sombreiros; e guarda volumes. Figura 35- Barraca Bom Motivo em Porto Seguro
Fonte: Google imagens, 2013.
Outro exemplo do fornecimento de guarda-volumes é o feito pela Policia Militar e por outras empresas privadas, em ações pontuais no verão. No Rio de Janeiro, clientes da Nextel podem usufruir de três points - nas praias de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca que oferecem serviços exclusivos para clientes da operadora, como atividades e equipamentos esportivos, guarda-volumes e internet Wi-Fi grátis. A utilização do guarda volume foi valida pelo período máximo de 6 horas consecutivas. Onde se superado este período por mais de 15 minutos, o usuário não poderá utilizar o guarda-volumes pelo prazo de 03 dias. O point funcionava de segunda a domingo das 07h00 às 19h00. Figura 36 – Barracas Rio Nextel no Rio de Janeiro
Fonte: Google imagens, 2013.
69
Já a PM, também no Rio de Janeiro, facilitou a vida dos turistas que foram à praia. Eles poderão utilizar os guarda-volumes localizados nas barracas da Polícia Militar (em algumas praias). O serviço permitiu que os visitantes não deixassem objetos de valor na areia; quando forem tomar banho de mar. O turista deve apenas preencher um formulário; colocando o seu nome e o hotel onde está hospedado. Não haverá custo algum para o visitante. Esta ação da PM deixa claro o quanto pode ser incomodo e perigoso para os banhistas deixarem seus pertences na areia, o que favorece a criação de um móvel para que empresas possam fornecer esse serviço com qualidade e segurança. Sendo assim, percebe-se que o serviço de guarda volumes em praias mostra-se algo procurado pela população e muito útil, inclusive em termos de segurança. Percebe-se também que algumas empresas optam por não cobrar este tipo de serviço, mas em sua maioria elas cobram esse diferencial fornecido. E, mesmo cobrado os serviço possui procura. E se esse serviço possui demanda e mercado em outras cidade como Rio de Janeiro, Fortaleza, Porto Seguro, acredita-se que em Florianópolis, uma cidade turística e praiana este serviço também se comportará da mesma forma. Uma pesquisa feita pela Ag3consulting (2013) mostra os hábitos de verão dos turistas, onde pode-se observar que as atividades da praia estão entre as mais votadas.
Gráfico 16 - Hábitos de verão em Florianópolis
Fonte: Ag3consulting, 2013.
70
As caminhadas à beira mar, a freqüência aos bares e restaurantes das praias além das compras ao shopping lideram o ranking das atividades que os visitantes de Florianópolis mais gostam. Outras atividades também foram mencionadas, em menor grau, tais como baladas, trilhas e shows, além dos esportes e entretenimento aquáticos (surf, mergulho, caiaque, banana boat, lancha/skuna).
Gráfico 17 - Atividades que os visitantes mais gostam
Fonte: Ag3consulting, 2013.
Percebe-se uma tendência clara para a vinda deste serviço para as praias de Florianópolis, já que muitas praias do Brasil já apresentam esta alternativa e que esta é uma necessidade notada entre os banhistas. Porém tornar este projeto um mobiliário urbano de responsabilidade da prefeitura requer mais do que uma aprovação de um projeto, mas toda uma infraestrutura de segurança. O que traria dois caminhos, ou os banhistas não se sentiriam seguros, por medo de vandalismo, ou o guarda volume teria como requisito um sistema se tecnologia de acesso de ponta e alguma segurança física (vigias, rondas, entre outros), o que inviabilizaria o projeto em termos de custo.
3.6
ANÁLISE DA EMPRESA CLIENTE (praia brava)
A exemplo das demais cidades torna-se mais viável prospectar o projeto deste produto voltado para um mercado privado. Um guarda volume localizado em empresas já existentes (como nos parques, barracas, restaurantes) ou até mesmo em quiosques (a exemplo de Copacabana, da Nextel) localizados na orla da praia, que em sua composição e desenho
71
interajam com o meio, e, ao mesmo tempo, passem segurança para os banhistas, motivando-os a utilizarem o móvel (serviço). Cabe ressaltar que o que a maioria das empresas que atualmente dispõem de guarda volumes não se preocupa em divulgar é a forma de controle dos guarda volumes oferecidos. O banhista se beneficia ao encontrar um serviço de guarda volumes para deixar seus pertences, mas o que fazer com a chave ou cartão do guarda volume? Existe um outro mecanismo mais apropriado para o controle de um guarda volume nas praias? Apenas preencher um formulário e não levar consigo nenhuma prova de que deixou algum pertence no guarda volume deixa o banhista seguro? Qual o valor que o banhista estaria disposto a pagar pelo uso do guarda volume? Quais pertences normalmente seriam guardados? Estas são perguntas a serem pesquisadas por meio de uma entrevista com uma amostra da população deste estudo. Atualmente em Florianópolis pode-se encontrar algumas realidades distintas: (a) os banhistas deixam seus pertences com alguém na praia (o que tranca um colega na areia ou deixar com um estranho); (b) pedir para algum estabelecimento onde o banhista frequenta periodicamente guarda-los informalmente e (c) achar algum estabelecimento próximo que forneça o serviço. Na primeira alternativa, os banhistas acabam gerando uma insatisfação com o local, o que atrapalha seu momento de lazer. Pois para que todos possam ir juntos no mar, os pertences vão ter que ficar na areia ou com um desconhecido. Na segunda alternativa, além de também não fornecer uma segurança concreta, muitos estabelecimentos não fazem esse “favor” ao cliente. Assim como é inseguro deixar com um desconhecido, os estabelecimentos acabam se sentindo obrigados a prestar esse tipo de favor quando lhe é solicitado, muitas vezes para não perder o cliente, porém os estabelecimentos não contam com um local adequado para prestar esse tipo de serviço o que traz um desconforto tanto para o estabelecimento quanto para o turista, porque não passa nenhum tipo de garantias quanto ao cuidado com os pertences. Exemplo: O banhista vai até um lugar e pede para guardar sua mochila, o dono do bar, por saber que se trata de um cliente antigo se sente na obrigação de prestar o favor, porém ele não tem um local adequado para colocar a mochila e nem como garantir que algum funcionário vá derrubar ou extraviar a mochila. Já a terceira alternativa, acaba ficando muito distante da praia, o que além de desmotivar o uso do guarda volume também gera insegurança. Por exemplo, um banhista na praia de Canasvieiras pode caminhar até o supermercado imperatriz e usar seu guarda volume
72
(o que não é correto, já que foi feito para uso da população em compra no mercado), mas certamente não se sentirá seguro para deixar algo de valor a tanta distância, em um guarda volume que não foi feito este uso. Um outro exemplo é, similar aos existentes em Fortaleza, é o Água Show Park, um parque aquático localizado no Norte da Ilha de Florianópolis, próximo à Praia dos Ingleses. Ele dispõe de um guarda-volumes e oferece este serviço gratuitamente com armários de tamanho suficiente para armazenar objetos de uso pessoal, mas fica a uma distância relativamente grande da praia, o que limita seu uso apenas aos frequentadores do parque. Para escolher dentre as 42 praias de Florianópolis onde seria aplicada a pesquisa e feitas as gerações de alternativa, tomou-se como base a pesquisa feita pela Ag3consulting (2013), a qual perguntou aos turistas de Florianópolis qual praias preferiam. Gráfico 18 - Praias prediletas
Fonte: Ag3consulting, 2013.
Dentre as cinco mais voltadas Jurerê internacional não seria uma alternativa interessante visto que seu público possui um poder aquisitivo alto e a estrutura local não é propícia para este tipo de serviço. Canasvieiras, foco dos turistas argentinos, possui uma orla muito “poluída” por diversos estabelecimentos comerciais (muitas vezes minúsculos) e inúmeras barraquinhas na areia da praia. A praia mole se apresenta como uma alternativa viável, visto que é uma praia frequentada por surfistas os quais carregam consigo vários pertences, devido a prática do esporte.
73
Já a praia brava apresenta-se com uma boa alternativa para elaboração deste projeto. Ela possui um público variado, alguns estabelecimentos a beira mar e um calçadão na orla. Além disso, ela é boa para a prática de surf e bodyboarding e também conta estandes de parapente. Outro ponto que mostra a tendência de mercado propício a existência de guarda volumes em locais públicos, como por exemplo: praias, parques, dentre outros. É a petição existente em São Paulo para a criação de guarda volumes no parque do Ibirapuera, que já consta com mais de 1000 assinaturas. (Avaaz, 2013).
3.6.1 Praia Brava
3.6.1.1 História A Praia Brava localiza-se no extremo norte da Ilha de Santa Catarina, entre a praia da Lagoinha e a praia dos Ingleses, a 38 km do centro de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. O acesso se dá pela rodovia SC-401, que leva às praias do norte. Faz parte do elenco de praias que compõe os balneários da Costa Norte, segundo classificação do Plano de Desenvolvimento Turístico do Aglomerado Urbano de Florianópolis (1981). É considerada uma das praias mais belas desta cidade. Possui cerca de 1.900m de comprimento, e está inserida entre dois costões rochosos que formam a ponta do Rapa ao norte e a ponta da Feiticeira ao sul. Tendo uma faixa de areia que pode chegar a 100 metros de largura, não é difícil encontrar espaço nas areias da Brava. Embora tenha uma vasta faixa de areia, segundo o primeiro Plano Diretor dos Balneários da Ilha de Santa Catarina, a praia foi classificada como “pequena praia de mar aberto” (praias com menos de 2 km de extensão), identificando assim a necessidade destas praias receberem um Plano Específico de Urbanização. A praia Brava portanto, é uma das poucas praias (a 1ª da ilha) cujo processo de ocupação está baseado em um Plano de Urbanização Específico, que contempla a totalidade de sua área. Foi desenvolvido nos anos de 1979/80, tendo início sua fase de implantação a partir de 1985. Repleta de condomínios luxuosos, alguns hotéis, pousadas e imobiliárias, a praia ainda consegue exibir vasta beleza natural em seus dois costões, mesmo com visíveis agressões do ponto de vista urbanístico. Possui certa infra-estrutura para atender seus visitantes como restaurantes, mercado, bares e algumas lojas.
74
Nos últimos anos, muitos de seus proprietários de imóveis - organizados como Associação Praia Brava (APBRAVA) - vêm batalhando para melhorar o sistema de abastecimento de água e de saneamento, entre outras melhorias para tornar o balneário um local cada vez mais agradável para se viver e veranear. A praia Brava é dividida em cinco terminais turísticos, onde ficavam localizados os famosos Kioske do Pirata, Parador da Brava e Petite Suisse.
3.6.1.2 A Associação (APBRAVA) Formada por um Conselho Consultivo – composto por 15 membros e cinco suplentes, além do Conselho Fiscal, tem como principal intuito trabalhar em prol e com o auxílio da comunidade. É ela que faz a ponte entre a população e os órgãos públicos. Dentre os principais benefícios que a associação busca para a comunidade, estão, complementação da infraestrutura da praia; iluminação da orla; limpeza da orla; denúncia de utilização de ponteiras; Segurança Pública, Salva Vidas, Heliponto, placas de sinalização; Aquífero e contratação de serviços de limpeza e conservação em parceria com a COMCAP. Ao longo da sua trajetória, a APBRAVA obteve algumas vitórias em benefício da comunidade, como a compra de um carro apelidado de Tatuflex, de uso exclusivo da polícia, fruto de um acordo entre a APBRAVA e PMF, para que assim pudesse ter monitoramento, não somente na temporada, mas o ano inteiro, contando inclusive com monitoramento nas trilhas. A aquisição de cadeirão para salva-vidas, além de uma prancha Slade e rádio comunicador e a contratação de empresa de consultoria ambiental (MMeyer consultoria ambiental) para monitoramento da água da orla marítima. Para que a associação continue existindo, ela conta com a colaboração de associados da comunidade, que pagam taxas anuais ou mensais, com valores que variam de acordo moradia (residência, condomínio, terrenos) ou estabelecimento (empresa, restaurantes e afins), por fim esses associados além de receberem melhorias para o bairro, contam com algumas vantagens, como desconto em postos de combustíveis parceiros da APBRAVA e afins. Para esclarecer e divulgar seu trabalho, a associação publica os Jornais da Brava esclarecendo aonde investe toda a contribuição e divulga a situação da praia, para comunidade e órgãos públicos.
75
3.6.1.3 Demolições Sendo o último reduto autenticamente ilhéu da Ilha de Santa Catarina, a praia Brava conta com o Loteamento América do Sol, implantado a partir de 1987, pelo conceituado arquiteto André Schmitt. Projeto este que resiste a 26 anos sem grandes modificações na sua estrutura, graças a vista atuante da Associação Praia Brava (APBRAVA), que investe nas áreas de saneamento e segurança. No entanto, falta ainda a proposta de diretrizes para requalificação urbana da Praia Brava. Desde 2004 a APBRAVA vem buscando parceria com a Prefeitura Municipal de Florianópolis para dar destinação adequada aos terminais turísticos (em número de cinco) e executar um novo planejamento global de redirecionamento do Projeto Urbanístico, tendo em vista parâmetros contemporâneos, com inclusão do enfoque da sustentabilidade sócioeconômica-ambiental. Em junho de 2012, foi protocolado um novo expediente, comunicando a intenção da APBRAVA para com a revitalização da praia e seus terminais. Já que em fevereiro de 2012, segundo uma decisão judicial, com audiência do Ministério Público, ficou a encargo do município, licitar os terminais até o fim de junho do mesmo ano. Figura 37 – Terminal 1 antes
Fonte: Google imagens, 2013.
76
Terminal 1, antes das demolições, conhecida como ponta do Rapa, é o primeiro ponto de acesso a praia. A partir daí, começaram as demolições paulatinamente, para que em 2013 começassem a construção de novos terminais, escalonadamente, para que se viabilizassem econômica e financeiramente. Que se obedecessem a requisitos mínimos, poderiam funcionar também em 2012. Porém, não foi o que aconteceu, e no momento a praia Brava conta com seus terminais demolidos, a espera de reconstrução. Já para a temporada 2013/2014 a praia conta com tendas prestando o mínimo de serviços possíveis para seus frequentadores. Figura 38 – Terminal 1 2013
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Fotos tiradas em setembro de 2013, onde mostram o terminal 1, onde atualmente funciona apenas um estacionamento (presente nos acessos dos cinco terminais), terminal em completo abandono, com a vegetação tomando conta, e uma ducha quebrada.
77
Figura 39 – Terminal 2 antes
Fonte: Google imagens, 2013.
Terminal 2, antes das demolições, onde funcionava o famoso Kiosque do Pirata. Figura 40 – Terminal 2 2013
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Terminal 2, durante as demolições e em setembro de 2013, onde foi erguida uma estrutura provisória, que durante a visita, funcionava como reduto de alguns surfistas.
78
Figura 41 – Terminal 3 antes
Fonte: Google imagens, 2013.
Terminal 3, onde funcionava o parador da Brava e posto Salva Vidas. Figura 42 – Terminal 3 2013
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
79
Terminal 3, ainda com vestígios das demolições, continua com o posto Salva Vidas, funcionando o ano inteiro. Figura 43 – Terminal 4 antes
Fonte: Google imagens, 2013.
Terminal 4, quem chega a praia pelo seu acesso no estacionamento, se depara com um mirante, logo abaixo a estrutura de um estabelecimento.
80
Figura 44 – Terminal 4 2013
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Único terminal com a estrutura ainda intacta, devido ao mirante que funciona logo acima, porém o estabelecimento permanece interditado. Ponto mais visível do calçadão que corta boa parte da orla. Figura 45 – Terminal 5 antes
Fonte: Google imagens, 2013.
81
Terminal 5, último posto de acesso a praia, e principal ponto de encontro para as pessoas que faziam trilhas e saltavam de parapente. Onde funcionava o Petite Suisse, restaurante conhecido na região, que contava com uma ampla estrutura, além de um parquinho para as crianças logo ao lado. Figura 46 – Terminal 5 2013
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Estrutura recentemente demolida, possui apenas um cadeirão de salva vidas, comum nos cinco terminais. Contém sinalização feita pela APBRAVA, com informações sobre qual o posto, distancia e o site da associação, além da placa informando a proibição de animais.
82
3.6.1.4 Propostas (A nova praia Brava)
Visando uma estrutura unificada, com benefícios em prol de toda a comunidade, a praia Brava possui um plano urbanístico específico, não apenas para orla, mas em toda sua totalidade. Com o fim do prazo das licitações dos terminais turísticos, a APBRAVA, expos a prefeitura o seu interesse na revitalização do bairro, trazendo melhorias tanto para o turismo da região, mas principalmente para os moradores. Para tornar isso possível, a APBRAVA, contratou a empresa Desenho Alternativo Ltda., empresa da qual o arquiteto André Schmitt (responsável pelo Loteamento América do Sol), é sócio. Para projetar toda a estrutura do bairro seguindo os mesmos padrões já existentes. Surge assim, a Nova praia Brava. Em junho de 2013, a Desenho Alternativo, apresentou a revisão do plano urbanístico da praia Brava. A 1ª fase do projeto, com o diagnóstico físico e espacial. Dentre a principal proposta está, recuperar, revisar e atualizar os programas dos 3 parques propostos do “Projeto Urbanístico – América do sol”. Sendo eles parque do travessão, parque do canal e parque da orla. Cabendo a este projeto o espaço do parque da orla. Para o Parque da Orla, tem-se como diretrizes, recuperar, complementar e equipar. Sendo suas propostas gerais:
Levantar os limites de sua ocupação e avaliar as suas possibilidades de uso a partir da legislação atual
Implantar/completar o “passeio da orla” (calçadão/passarela), negociando suas alternativas no espaço público/privado.
Redefinir os 5 terminais de praia, revendo:
O programa de atividades
Importância e hierarquia
O caráter de seus equipamentos considerando a sazonalidade
Forma/cronograma de implementação
83
Figura 47 – Estudo para o desenvolvimento da orla
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
Conforme a figura anterior, pode-se observar a proposta de revitalização para a orla e seus 5 terminais, tendo como intenção para os terminais 01 e 05 postos elevados, e para os terminais 02, 03 e 04, postos intermediários, semi-enterrados, onde haverão banheiros. Figura 48 – Projeto comercial América do Sol
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
84
Como pode ser observado na figura anterior, o projeto comercial América do Sol, é o marco inicial do plano urbanístico da praia Brava, e mantem-se como padrão da nova orla, mesmo sendo um loteamento antigo. Figura 49 – Projeto aprovado América do Sol
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
Observando a figura anterior, pode se ver em destaque o projeto original do loteamento América do Sol, com alvará aprovado em 1987. Figura 50 – Projeto original, baseado no sistema de espaços públicos.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
85
Na figura anterior, pode se observar o resgate de conceitos do antigo projeto, visando e otimizando os espaços públicos para o nova praia Brava. Figura 51 – Conceitos atuais/contemporâneos de sustentabilidade.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
O que se vê na figura anterior, é a intensão de agregar conceitos sustentáveis para a revitalização de toda a orla, aproveitando fluxos naturais, como o vento, sol, água e afins. Figura 52 – Aspectos sazonais.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
86
Na figura anterior, pode se observar a preocupação em projetar um ambiente atemporal, que possa ser desfrutado o ano inteiro, e não apenas na temporada de verão e praia. Figura 53 – Vazios urbanos disponíveis.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
Podemos observar na figura anterior, ambientes (privados, não ocupados), com grande potencial para recebimentos de projetos de interesse coletivo, como praças e afins. Figura 54 – Programas dos 3 parques.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
87
Na figura anterior, destaca-se a revisão do projeto original América do Sol, onde podemos ver a intenção e o que deverá ser feito em cada um dos 3 parques. Figura 55 – Proposta parque do Travessão.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
Conforme a figura anterior, podemos ver as melhorias e sinalização propostas para o parque do travessão, local onde se encontram as trilhas, acesso plataforma de vôo livre e ao mirante. Figura 56 – Proposta parque do Canal.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
88
Na figura anterior, podemos ver as propostas para o parque do canal, como grandes parques com equipamentos de ginástica, parques infantis e ciclovias, além de um posto de saúde. Figura 57 – Proposta parque da Orla.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
Podemos observar na figura anterior, as propostas para o parque da orla, parque este onde se insere a proposta deste projeto (implementação de guarda volumes na orla). Como pode ser observado tem-se a intensão de implantar um grande calçadão ligando todos os 5 terminais/acessos a praia, bem como as propostas para cada terminal ainda esta em aberto para averiguação de importância e necessidade de cada espaço. Figura 58 – Arborização urbana.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
89
Na figura anterior, podemos ver que além do projeto de revitalização dos parques, conta-se também com um projeto paisagístico de reflorestamento da praia brava, trazendo melhor conforto ambiental para o local. Este projeto já se encontra em andamento, junto com a FLORAM que doou 200 mudas de diferentes espécies, além de fornecer o plantio dessas mudas. Figura 59 – Estado da arte.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
Na figura anterior, podemos observar como uma das propostas a qualificação de espaços (pontos destacados na imagem) para a implementação de projetos que reflitam a arte e propostas de novos equipamentos, promovendo assim concursos para buscar novas ideias e equipamentos para os terminais e parques da praia. Figura 60 – Propostas sugeridas por terceiros.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
90
Como visto na figura anterior, a revisão do projeto América do Sol, também conta com propostas de terceiros que venham a trazer melhorias para o conjunto, entre as propostas já aceitas, estão, a criação de um horto vegetal, para recuperar a vegetação, além de servir como educação ambiental e área de lazer. Também como proposta se encontra o projeto de uma praça pública para o terminal 5, recentemente demolido, dentre outras propostas que complementem o projeto de revitalização para a nova praia brava. Figura 61 – Croquis das propostas.
Fonte: Desenho Alternativo, 2013.
91
Em resumo as propostas do projeto América do Sol, podemos observar na figura anterior, os croquis dos principais pontos a serem revitalizados. Entre o principal ponto do projeto está, a revisão dos conceitos originais pensados para espaços públicos de convívio social, buscando um projeto que visa à sustentabilidade, trazendo benefícios para as diferentes estações do ano. Este projeto, trás também a recuperação dos três parques propostos no projeto original/inicial, que juntos trazem propostas que vão de arborização/conforto ambiental a um programa para mobilidade emergencial com estratégia de resgates e rotas de fuga. Além de propostas definidas junto à comunidade como praças e afins, o projeto conta com doações de parceiros, como o caso das 200 mudas de árvores doadas pela FLORAM e cinco duchas solares que a praia brava foi contemplada em parceria com a PMF, investimento esse que envolve as demais praias de Florianópolis. Cabe ressaltar, que em meio a tantos benefícios, o projeto América do Sol, ainda pode ser melhorado, visto que em nenhum momento foi mencionado um guarda volume ou algo deste porte, em meio a tantas atividades propostas ao ar livre. Porém este não é um projeto fechado, ou seja, ainda esta em fase de melhorias, inclusive abrindo um concurso para novas ideias, pensando em melhorias junto e para a comunidade.
4
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS
SWOT
é
a
sigla
dos
termos
ingleses Strengths (Forças), Weaknesses
(Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Em Administração de Empresas, a Análise SWOT é um importante instrumento utilizado para planejamento estratégico que consiste em recolher dados importantes que caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa. A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise ambiental, sendo a base da gestão e do planejamento estratégico numa empresa ou instituição. Graças à sua simplicidade pode ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. Este é o exemplo de um sistema simples destinado a posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa/instituição no ambiente em questão. A seguir, encontra-se a análise swot para o projeto de um guarda volume na praia Brava de Florianópolis.
92
Oportunidades a) Mercado carente desse serviço b) Outras cidades já estão oferecendo esse serviço c) População costuma levar vários pertences as praias d) Cidade turística com 42 praias e) Praia com grande quantidade de atividades ao ar livre
Ameaças a) Vandalismo b) Chamar atenção para roubos
Forças a) Serviço de guarda volume serve como diferencial para a praia b) Grande quantidade de usuários c) Móvel com tamanhos diferenciados dos guarda volumes existentes no mercado d) Móvel com design que interage com o meio ambiente e) Praia possui um plano de melhorias
Fraquezas a) Serviço pago b) Possível sensação de insegurança pelo usuário c) Existência de uma área com guarda volumes pode afetar a estética do local
93
5
CONCEITO
Pretende-se desenvolver um guarda volume com diferentes tamanhos de armários (pequenos com 6 e 8 litros, médio com 11 e 15 litros e grande com 36 litros), podendo acomodar não apenas pequenos objetos como chaves, relógios, carteiras e celulares, mas também objetos de médio porte como capacetes, mochilas, tênis; e objetos de tamanho diferenciado como cooler e cadeira de praia. Optou-se em utilizar para a confecção do guarda volume um material diferente dos guarda volumes apresentados na pesquisa, confeccionados de madeira ou aço. Visto que o material utilizado (madeira plástica) necessita ser mais resistentes à intempéries causados pela maresia. Outro fator é que sofrendo menos danos pela maresia o mesmo não precisará de muita manutenção. Além disso, o material utilizado deve permitir trabalhar com variadas formas e cores. Propõe-se que o móvel apresente 1,75 metros de largura por 1.73 metros de altura. Apresentando 0,90 metros de profundidade, com armários de ambos os lados (somatória de ambos os lados). Com a possibilidade de que os armários do guarda volume fossem equipados com alguma tecnologia, elegeu-se o uso de uma pulseira para o controle do acesso ao guarda volume. O que facilitaria para o usuário, pois evitaria a perda da chave ou cartão, como é usado em outros guarda volumes. Além disso, a pulseira conta com o número do armário e um código único para abri-lo, evitando possíveis arrombamentos, utilizando um mecanismo que leria o código contido em uma pulseira, a qual ficaria com o usuário. Para aquisição das pulseiras existirá um display onde o usuário escolherá o armário mais adequado para suas necessidades (pequeno, médio ou grande), e efetuará o pagamento com dinheiro ou cartão de crédito e/ou débito (mecanismo semelhante a máquinas de refrigerante), recebendo assim sua pulseira para ter acesso ao guarda volume. Lembrando que o usuário pode abrir e fechar quantas vezes achar necessário o armário, onde cada locação tem a validade máxima de até as 22:00 horas de cada dia locado. Após este horário os armários são destravados e a empresa fica isenta de responsabilidade sobre os pertences nele guardados. Cabe ressaltar que assim como os demais estabelecimentos existentes na nova proposta para praia brava, o guarda volume fica sob direção de uma empresa privada, escolhida por meio de licitação. Sabe-se que todos os projetos existentes na praia Brava
94
precisam ser aprovados pela associação (APBRAVA), porém o serviço fica sob responsabilidade da empresa que ganhar a licitação. A seguir encontra-se o painel semântico, ilustrando o conceito descrito anteriormente. Figura 62 – Painel semântico conceito
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como conceito pra o móvel, ficou definido um produto que passe para o usuário a sensação de tranquilidade para usufruir o seu dia na praia, sem se preocupar com a segurança dos seus pertences, com isso proporciona uma liberdade e confiança para o usuário praticar as mais variadas atividades na praia. O móvel proposto fará uso da tecnologia no seu mecanismo para proporcionar maior segurança aos usuários, além do sistema de pulseiras proporcionarem uma comodidade, evitando com que o usuário se preocupe com uma chave ou um cartão para trancar o seu armário. Suas formas geométricas integraram o projeto com a natureza local, mantendo o padrão de projeto proposto para nova praia Brava (revitalização da praia Brava).
95
6
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
Seguindo a metodologia de Bürdek faz-se necessário a geração de alternativas, analisando separadamente cada uma para obtenção de um melhor resultado e assim a escolha da alternativa final.
Alternativa 1
Nessa primeira alternativa foi trabalhado a quantidade de armários e seus diferentes tipos de tamanhos, assim como a área para pagamento e liberação do armário. Figura 63 – Alternativa 1
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
96
Optou-se por cantos arredondados, fugindo do padrão de guarda volume tradicionais. Trabalhou-se com cores neutras e praianas, como o branco e verde água.
Alternativa 2
Como segunda alternativa, pensou-se em trabalhar a forma geral do móvel, como mostra a figura a seguir. Trabalhando com algumas formas encontradas nem algumas construções da praia Brava. Figura 64 – Alternativa 2
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
97
Percebe-se que este modelo fugiria das formas geométricas propostas pelo trabalho
Alternativa 3
Na alternativa 3, buscou-se trabalhar com uma forma cilíndrica, como mostra a figura a seguir. Figura 65 – Alternativa 3
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Procurou-se trabalhar com um número maior de armários, verificando possíveis tamanhos, porém observou-se que por ter uma forma cilíndrica, os armários ficam muito
98
estreitos em sua profundidade, o que inviabilizaria o uso para determinados pertences, além de que a forma geral do móvel poluiria visualmente o local. Alternativa 4
Na alternativa 4, tentou-se, aperfeiçoar a alternativa 3, como mostra a figura a seguir.
Figura 66 – Alternativa 4
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nessa alternativa, foi trabalhado questões de profundidade dos armários, para que pudessem caber objetos de grande porte, um dos requisitos do projeto.
99
Alternativa 5
Na alternativa 5, optou-se por formas básicas, com um visual diferenciado, podendo ser montado da forma que o comprador julgar conveniente. Figura 67 – Alternativa 5
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nesta alternativa, foi trabalhado com tamanhos e volumes, a fim de abranger uma gama maior de pertences, foi definido 3 opções de tamanho pequeno, médio e grande, com profundidades diferentes, que poderiam ser encaixados como fosse mais conveniente. Porém esteticamente não condizia com a estrutura do local.
100
Alternativa 6
Para alternativa 6, manteve-se a mesma proporção de tamanhos nos armários (pequeno, médio e grande), porém seguindo um padrão mais organizado, como mostra na figura a seguir. Figura 68 – Alternativa 6
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nessa alternativa, procurou-se distribuir os armários de forma mais organizada, distribuindo os armários apenas na frente e atrás, e não mais nas laterais como na alternativa anterior. Foram feitos armários com cantos arredondados, porém verificou-se que por ser um móvel externo, acabaria sofrendo acumulo de sujeira entre os armários. Foi pensado também, num toldo para o móvel onde ficaria a central de pagamento na lateral, entretanto foi verificado que a parte de pagamento deveria ficar em um local um pouco mais protegido, e não exposto como na lateral.
101
Alternativa 7
Na alternativa 7, foi trabalhado diferentes formas, de forma que se encaixassem com a estética do lugar, sem que ficassem com o aspecto dos guardas volumes tradicionais. Figura 69 – Alternativa 7
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nessa alternativa buscou-se trabalhar com formas geométricas, conforme exposto no conceito, a fim de se concluir um tamanho necessário para determinados pertences, podendo variar o seu formato, de acordo a quantidade de armários encaixados.
102
Alternativa 8
Na alternativa 8, manteve-se a linha geométrica da alternativa anterior, porém buscou-se focar em uma forma geométrica (hexagonal) que pudesse ser trabalhada em tamanhos diferentes (pequeno, médio e grande) que se complementassem para melhor encaixe na montagem. Figura 70 – Alternativa 8
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nessa alternativa, foi definida 3 formas básicas, que juntas seguem um padrão hexagonal, lembrando um formato de colmeia, onde podem ser encaixados como o comprador definir melhor necessário.
6.1
ALTERNATIVA SELECIONADA Desenvolver um guarda volume que permita aos frequentadores da praia brava
armazenar seus pertences enquanto disfrutam com mais tranquilidade do que a praia lhe
103
oferece já seria um benefício. Porém buscou-se elaborar um móvel que se adequasse as necessidades expostas pelos banhistas, oferecendo diferentes tamanhos de armários. A seguir encontram-se as imagens da alternativa escolhida. Figura 71 – Alternativa selecionada
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
104
Optou-se por um móvel modular com formas geométricas pois esta foi a melhor alternativa encontrada para abranger diferentes tamanhos de armários sem que sua forma se assemelhasse aos guarda volumes tradicionais, poluindo assim o visual da praia. Outro fator é a necessidade de que as formas do móvel estivessem em consonância com o plano proposto para a nova praia Brava. Para a cor do móvel elegeu-se cores que remetessem a praia e passassem uma tranquilidade como azul, verde. Como o valor do móvel também é uma questão relevante e a madeira plástica é pigmentada na sua fabricação, decidiu-se criar um móvel com apenas duas cores (móvel de uma cor e portas de outra) para diminuir custos.
6.1.1 Detalhamento Técnico As pranchas com o detalhamento técnico do guarda volume desenvolvido se encontram no Apêndice B, com suas dimensões gerais. Informações a respeito de custos, montagem e processos de fabricação constam no Memorial Descritivo.
6.1.2 Modelo Volumétrico
A confecção do modelo volumétrico tem a intenção de verificar medidas previamente estabelecidas. Foi utilizado o papelão como material nesta etapa, visando maior praticidade na sua realização. Seguem nas figuras as imagens dos módulos/armários que irão compor o guarda volume, para que se tenha ideia do que pode ser armazenado em suas divisões e uma ideia mais clara de seu tamanho tendo como base cacete, cadeira de praia, isopor e outros objetos pessoais. A seguir, encontra-se a imagem das 3 formas existentes de armários. Lembrando que existem variações na profundidade dos armários de tamanho médio e pequeno.
105
Figura 72 – Armários guarda volume
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nessa imagem foram exposto os armários grande, médio e pequeno. O armário médio e o armário pequeno apresentados referem-se ao modelo de 45cm de profundidade. A seguir pode-se visualizar o modelo em papelão do armário grande. Figura 73 – Armários grande
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
106
Com essa imagem pode ser ter noção da abertura da porta e da dimensão do armário. Na próxima imagem pode-se observar como são acomodados alguns pertences em seu interior. Figura 74 – Armários grande com pertences
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Como pode ser obeservado, neste tamanho de armário pode se acomodar tranquilamente cadeiras de praia, cooler/isopor, mochila, bolsa, toalha e outros artigos de praia. Foram utilizados como referencia cadeiras de 55x78x11cm (LxAxP), isopor de 46x40x35cm e 34x34x24cm.
107
Figura 75 – Armários médio aberto
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Nesta imagem pode-se observar o armário médio aberto, visualizando sua dimensão e abertura da porta. A seguir tem-se a imagem do mesmo com pertences em seu interior. Figura 76 – Armários médio com pertences
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
108
Na imagem anterior pode-se observar que no armário médio é possível acomodar, 2 capacetes, um isopor pequeno e outros pertences. Lembrando que o armário utilizado foi o de 45 cm de profundidade. Existe também outro armário médio no mesmo formato, porem com 30 cm de profundidade o qual acomodaria apenas 1 capacete e/ou outros tipos de pertence. Na próxima imagem pode-se visualizar o armário pequeno. Figura 77 – Armários pequeno aberto
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Na figura anterior, pode-se visualizar o armário pequeno, feito em papelão. Também pode ser observado como será a abertura da porta. Lembrando que esta versão de armário também existe em profundidade menor (30cm). Figura 78 – Armários pequeno com pertences
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
109
Na imagem anterior pode-se observar a quantidade de pertences possíveis de serem acomodados no armário pequeno. Uma bolsa maleável, carteira, chave, celular, óculos, tablets dentre outros.
6.1.3 Modelo Digital A seguir podem-se observar as figuras do modelo digital do móvel. Figura 79 – Modelo digital
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
110
As figuras anteriores mostram as 3 opções de formato de armário (pequeno, médio e grande), um modelo de armário com a porta aberta, o armário da central de pagamento (onde pode ser feito pagamento com cartão, dinheiro e moedas; onde se cadastra e retira a pulseira RFID), assim como o modelo de montagem proposto para o projeto.
6.1.4 Modelo de Ambientação Seguem as imagens do desenho de orientação para que se tenha ideia de como o móvel estaria alocado na praia Brava. Figura 80 – Modelo ambientado
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Na figura anterior pode ser observado o móvel no local proposto para instalação. Optou-se pelo terminal 4 da praia Brava, por ser um local de fácil acesso, ficando a beira mar, porém recuado, contando com um gramado.
111
Figura 81 – Modelo ambientado porta aberta
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Na figura anterior pode ser observado o modelo do móvel proposto com as portas abertas. O móvel pode ser instalado diretamente no gramado, ou sob um deck, trazendo melhor estabilidade e minimizando ações de intempéries. Figura 82 – Modelo ambientado na areia
Fonte: Banco de dados pessoal, 2013.
Na figura acima, podemos ver uma outra opção de instalação do móvel proposto, ficando diretamente na areia da praia.
112
7
MEMORIAL DESCRITIVO
Memorial descritivo é um documento que especifica todos os detalhes pertinentes para melhor compreensão do projeto. A seguir será exposto o memorial descritivo do guarda volume.
7.1
FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL
Esta é a função que se refere às características da forma do produto, sua configuração estética. O móvel desenvolvido tem uma apresentação visual geométrica (seguindo o plano urbanístico da praia Brava), sem deixar de lado a preocupação de estar em harmonia com a orla marítima e com a natureza que o cercam. A utilização de formas geométricas se justifica por ser o modo mais prático de armazenar diferentes tipos de objetos e se adequar ao tamanho variado dos mesmos. As metragens utilizadas, tem a abrangência como foco (visa acomodar seguramente a maior diversidade possível de pertences), bem como a distribuição dos armários que possuem 5 tamanhos diferentes.
7.2
FUNÇÃO SIMBÓLICA Por se tratar de um produto com foco na comodidade e na segurança, sua
simbologia está representada através dos diferentes tamanhos de armários e do sistema de trava escolhido, o que deixa claro que o objetivo é acomodar seguramente a maior diversidade possível de pertences, proporcionando ao banhista maior liberdade para aproveitar a praia.
7.3
FUNÇÃO DE USO
O produto tem como função principal armazenar pertences dos banhistas que frequentam a praia Brava, de modo cômodo e seguro. Além de conter x tamanhos diferentes de armários, também conta com um sistema de trava que proporciona tranquilidade e liberdade ao banhista (trava eletrônica através do sistema RFID e pulseira como chave).
113
O material utilizado para sua fabricação facilita a manutenção, visto que o mesmo é um material impermeável, além de ser de fácil limpeza caso sofra pichações ou vandalismo (chicletes e afins). Sendo também um material de longa durabilidade (em média 50 anos), que não sofre com ações do tempo.
7.4
FUNÇÃO ERGONÔMICA Condizente com as pesquisas realizadas, o guarda volume segue os padrões de
altura máxima e profundidade que estão no mercado atualmente, limitando-se a não poluir visualmente a orla da praia Brava. Os tamanhos dos armários visam uma melhor acomodação de diferentes tipos de pertences, não apenas de vestuário, se for essa a necessidade do público, mas também objetos como cadeira de praia, coolers e capacete. A área destinada ao visor e ao equipamento de pagamento se encontra em uma altura prática, facilitando o acesso do usuário, sempre que necessário.
7.5
FUNÇÃO TÉCNICA A montagem do produto se dá de modo fácil, tendo em vista que suas peças serão
modulares, de fácil encaixe, sendo aparafusadas umas nas outras. Por ser modular também possibilita que sejam adquiridos mais ou menos módulos/armários propostos por este estudo, ficando assim a critério do comprador o número de armários existentes no guarda volume, conforme a necessidade local indicar.
7.5.1 Processos de fabricação Para a confecção do móvel será utilizado a madeira plástica. Hoje já é possível obter madeira sem precisar derrubar uma árvore sequer e o melhor, a partir do reaproveitamento e reciclagem de plásticos. O ponto de partida para a produção de madeira plástica é o Polietileno de Alta Densidade (PAD), tipo esse de plástico encontrado nos frascos de detergente, amaciante, água
114
sanitária, xampu e outros que estão por ai. Depois de triturado, e transformado em grãos, o plástico moído é sugado por uma tubulação até o misturador. Ele recebe pigmento e um produto químico que dá aderência de madeira. Isso vira uma massa aquecida a 180 graus para ser rapidamente resfriada em água gelada, para condensar, a aproximadamente dez graus centígrados. É assim que nasce a madeira plástica (TRIGUEIRO; BOCARDI, 2012). Com uso idêntico aos da madeira, podendo ser pregada, parafusada, rebitada ou colada. Hoje é produzida em formas de ripas, tabuas ou chapas. A lista de produtos feitos com madeira plástica já não é só de móveis, mas também dormentes para ferrovias, tampas de bueiros e na construção civil, em pisos, treliças, telhas, janelas, rodapés ou grades, por exemplo. Sendo assim, a empresa fabricante da madeira plástica pode desenvolver o molde para fabricar os armários para o guarda volumes. Após o molde elaborado, a produção dos mesmos em maior escala reduz o custo da fabricação da mesma, reduzindo a diferença entre o valor de aquisição de uma madeira plástica e uma madeira normal. Então, comerciantes de guarda volume (que atualmente comercializam os guarda volumes tradicionais de madeira ou aço, e até mesmo aqueles que já comercializam guarda volumes com algum tipo de tecnologia) podem adquirir os módulos prontos, montá-lo conforme a especificação do cliente (quantidade de armários) e instalar o sistema de trava e pagamento.
7.5.2 Peças e informações adicionais Nos armários serão utilizadas fechaduras eletrônicas que comportem a tecnologia de proximidade (RFID). Elas são de Simples instalação e poucos custos de manutenção. A abertura é realizada quando o cartão ou a pulseira é aproximada da fechadura. Sem necessidade de cabeamento, funciona com pilhas, com uma duração aproximada de 4 anos e possui detecção do nível da bateria. Apresenta possibilidade de conexão sem fios com o PC e integração com o software do cliente.
115
Figura 83 – Fechadura com sistema RFID
Fonte: Google, 2013.
Conforme a figura anterior, pode-se ver que a fechadura com sistema automático, dispensa o uso de puxadores.
As dobradiças para a abertura das portas serão dobradiças semicurvas, utilizadas normalmente para móveis. Figura 84 – Dobradiça
Fonte: Google, 2013.
116
Para sustentação da porta do armário grande será utilizada uma dobradiça auxiliar de sustentação, como mostra a figura a seguir. Figura 85 – Dobradiça com mola auxiliar
Fonte: Google, 2013.
A porta de armário de dobradiça com mola auxiliar pode ser usado para armários muito grandes, podendo ser instalada com a abertura tanto para esquerda quanto para direita, proporcionando sustentação e um fechamento macio. Figura 86 – Mola auxiliar
Fonte: Google, 2013.
117
Para encaixe dos nichos serão utilizados parafusos sextavados Zincado, com porca Zincada. Diametro Furo Porca: 1/4" (6mm). - Comprimento do Parafuso 2" (50mm). Figura 87 – Parafuso sextavados
Fonte: Google, 2013.
Para a instalação das dobradiças será utilizado parafuso autoatarrachante, de 3,5 x 12mm. Figura 88 – Parafuso autoatarrachante
Fonte: Google, 2013.
118
Como o móvel não deve estar solto na areia da praia, ele necessitará de um deck para sua fixação. Do mesmo modo que os armários são presos um nos outros, também será utilizado para fixar o móvel no deck. Cabe também expor o peso médio da madeira plástica, material escolhido para desenvolver o móvel.
Dimensões em produção: (em mm = espessura x largura x comprimento) ·
20 x 100 x 3000 mm (Peso médio = 5,8 kg)
·
25 x 100 x 3000 mm (Peso médio = 7,5 kg)
·
25 x 150 x 3000 mm (Peso médio = 11,5 kg)
·
25 x 200 x 3000 mm (Peso médio = 14,0 kg)
·
30 x 140 x 3000 mm (Peso médio = 12,3 kg)
·
38 x 85 x 3000 mm (Peso médio = 9,0 kg)
·
65 x 65 x 3000 mm (Peso médio = 11,5 kg)
·
75 x 75 x 3000 mm (Peso médio = 16,5 kg)
·
85 x 85 x 3000 mm (Peso médio = 20,5 kg)
7.5.3 Sistema de segurança Como sistema de trava/fechamento dos armários, optou-se pela utilização de tecnologia RFID (radio frequency identification – identificação por radiofrequência), esta tecnologia nada mais é do que um termo genérico para as tecnologias que utilizam a frequência de rádio para captura de dados. Para
o
funcionamento
desta
tecnologia,
é
necessário
uma
“base
transmissora/central de armazenagem de dados”, um leitor e uma Tag de identificação. Um Tag RFID é um pequeno objeto, que pode ser colocado em uma pessoa, animal, produto ou documento. Ele contém microchips de silício e um sistema de antena que lhe permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora (TAGGEN, 2013). Por isso existem diversos métodos de identificação, mas o mais comum é armazenar um número de série que identifique uma pessoa ou um objeto, ou outra informação, em um microchip (GTA, 2013).
119
O microchip RFID armazena as informações do item no formato EPC (Electronic Product Code), um número que permite identificá-lo de forma exclusiva (TAGGEN, 2013). Tal tecnologia permite a captura automática de dados, para identificação de objetos com dispositivos eletrônicos, conhecidos como etiquetas eletrônicas, tags, RF tags ou transponders, que emitem sinais de radiofrequência para leitores que captam estas informações (GTA, 2013). Figura 89 – Sistema RFID
Fonte: Google, 2013.
Cada aplicação RFID é composta basicamente por Tags ou etiquetas, leitoras e sistemas informatizados com Middleware. Por meio de suas antenas, etiquetas e leitoras se comunicam pelos sinais de radiofrequência. O Middleware é responsável por adquirir os dados de diferentes leitoras ou sensores, filtrar as informações, monitorar a situação das leitoras, gerenciar a infraestrutura e o fluxo de dados específicos de RFID e realizar a integração com outros sistemas, como ERP, WMS, entre outros (TAGGEN, 2013). No Brasil, o sistema já é utilizado para pagamento de pedágios e em algumas atividades de cadeias de suprimentos e logística. Controle de documentos, controle de acesso, segurança e patrimônio, linhas de montagens industriais, identificação animal e rastreabilidade na origem de produtos também já podem empregar essa tecnologia. Também pode ser utilizado por corporações e em eventos com grande fluxo de pessoas, em gerenciamento de bibliotecas, dentre outros. Uma das vantagens dos sistemas baseados em RFID é o fato de permitir a codificação em ambientes hostis e em produtos onde o uso de código de barras não é eficaz.
120
As etiquetas eletrônicas são mais adaptáveis, podendo assumir qualquer formato, e resistindo a condições hostis, como poeira, impactos, radiação, ácidos e temperaturas muito altas ou muito baixas, podendo variar de -40ºC a +120ºC. Outra vantagem é a possibilidade de leitura sem a necessidade de proximidade do leitor para a captação dos dados. Além disso, a robustez das etiquetas propicia a possibilidade de reutilização (GTA, 2013) Neste trabalho serão utilizadas pulseiras com chip RFID para que o banhista tenha acesso ao ser armário. Elas possuem diferentes tipos a venda no mercado, como mostra a figura a seguir. Figura 90 – Pulseira RFID
Fonte: Google, 2013.
Atualmente elas se encontram disponível em pulseiras de silicone, vinil, tecido, nas frequências de 125KHz, 13,56MHz, 860~960MHz, onde cada pulseira possui um chip RFID com um número identificador único. Existe a possibilidade de personalização com marca/mensagem ou criação de projeto especial. Ela possui uma abrangência da Leitura de até 10 cm. Encontrada nos tamanhos Unissex, Masculino, Feminino. Pode ser reutilizada. Lembrando que ela é extremamente confortável de usar e o silicone é um produto nobre, de mais qualidade, atóxico e antialérgico e totalmente seguro para as crianças. Sendo assim, neste projeto o “guichê” para pagamento e retirada da pulseira será o leitor e as pulseiras serão as tags que abrem os armários.
121
7.5.4 Funcionamento
A sequencia para uso do guarda-volume será a seguinte: 1º o usuário seleciona no guichê o guarda volume escolhido; 2º o sistema pergunta se o usuário possui uma pulseira; 3º se sim, o sistema informa o valor a ser pago, e solicita o pagamento; 3ºa pagamento efetuado, vai para o 5º passo; 4º se não tiver a pulseira, o sistema informa o valor a ser pago, e solicita o pagamento; 5ºa pagamento efetuado o guichê disponibiliza uma pulseira 6º o sistema solicita a leitura da pulseira 7º o sistema lê os dados da pulseira e cria no banco de dados, um arquivo com os dados da pulseira e do guarda volume escolhido 8º com a pulseira cadastrada, usuário guarda seus pertences e fecha a porta 9º quando precisar abrir o guarda volume e continuar utilizando, passa a pulseira na porta; 10º a porta do guarda volume se abre. 11º usuário pega o que precisa e fecha a porta (que travará automaticamente) 12º para o fechamento diário (finalizar utilização) do guarda volume, o usuário seleciona no guichê a opção fechamento diário 13º a pulseira automaticamente será desprogramada (não tendo mais vinculo com o armário) 14º O usurário devolve a pulseira no coletor (caso não tenha interesse em leva-la. 15º passa a pulseira no leitor e a porta de abre para o usuário retirar seus pertences(caso não tenha feito isso ainda).
A abertura das portas se dá pelo envio de um pulso elétrico (como em fechaduras eletrônicas) para a porta cadastrada no banco de dados para a pulseira lida no leitor. Portas abertas por mais de 20 minutos, sem o fechamento diário (finalizar utilização) do guarda volume, serão automaticamente finalizadas. O fechamento diário permite o banhista utilizar a pulseira novamente. Caso ele não faça o fechamento, aquela pulseira se torna automaticamente inválida para próximas utilizações.
122
7.5.5 Sistema de pagamento Para que o banhista possa utilizar o guarda volume, o mesmo pagará pelo serviço. No guarda volume haverá um módulo (guichê) utilizado para acomodar a parte tecnológica do processo, ou seja, o visor para que o banhista escolha o armário, o leitor para validar uma pulseira já adquirida em outra ocasião, o armazenamento e a saída das pulseiras para venda e o sistema de pagamento. Este sistema de pagamento será semelhante ao encontrado atualmente em totens de autoatendimento de estacionamentos, em máquinas de refrigerante, snacks e cafés. Figura 91 – Toten de autoatendimento
Fonte: Google, 2013.
Os totens de autoatendimento permitem que o frequentador realize o pagamento do guarda volumes via cartão de débito, credito e dinheiro (aceita notas de 2 e 5 reais e todas as moedas). Ele também dá troco quando necessário, sempre em moedas.
7.6
FUNÇÃO DE MARKETING
Conforme a pesquisa previamente realizada com o público de interesse, o produto será comercializado na orla da praia brava, ou seja, não será alocado dentro de nenhum estabelecimento. Isso não significa que não existirão empresas envolvidas no processo. Primeiramente o fabricante da madeira plástica irá comercializar os nichos (armários) para os vendedores de armários e guarda volumes. Estes por sua vez, poderão comercializar o guarda volume pronto para comerciantes locais, associações, prefeitura, dentre outros. Já os banhistas consumirão o serviço proporcionado pelo móvel em questão.
123
Foram feitas pesquisa, verificando-se que em termos de preço, a madeira plástica ainda é, em média, 30% mais cara que a natural, mas os fabricantes dizem que basta a produção aumentar para o preço cair. Isto porque o que encarece a produção é o desenvolvimento do molde. Após o molde confeccionado, quanto mais peças forem vendidas, menor pode ser o preço cobrado pelo fabricante da madeira (TRIGUEIRO; BOCARDI, 2012). Além disso, como a madeira plástica requer pouquíssima manutenção, em longo prazo a relação custo benefício dela se torna melhor que a da madeira convencional. Em relação as pulseiras, verificou-se que elas custam em média R$ 3,45 por peça se comprada a varejo. Lembrando que este custo pode ser reduzido em compras no atacado. Como seu funcionamento depende de uma fonte de energia, a escolha da energia solar agrega valor ao projeto visto que o custo para se montar um sistema fotovoltaico ainda é maior que o de um convencional, porém se paga no médio prazo, já que não há conta mensal de luz. Além disso, a durabilidade dos materiais (de 15 a 30 anos) vale o investimento. Outra boa notícia é que, com o desenvolvimento e a disseminação da tecnologia, os custos têm caído ano a ano. Sendo assim, como o guarda volume apresentará armários de diferentes tamanhos, optou-se por diferenciar o pagamento. O usuário pagará conforme o volume do armário escolhido. Como a pulseira pode ser reutilizável também existe a possibilidade do preço ser diferenciado para aqueles que reutilizarem a pulseira. Para que o sistema funcione de uma forma mais controlada optou-se por disponibilizar o sistema a partir das 5:00 horas da manhã para aquisição do uso dos armários, sendo locados pelo prazo limite de até as 21:00 horas. Ou seja, ao locar um armário o banhista pode utiliza-lo das 5:00 da manhã até as 21:00 da noite, pós esse horário o sistema é automaticamente desativado, liberando todos os armários e consequentemente isentando a empresa responsável por qualquer responsabilidade pelos pertences ali depositados.
7.7
FUNÇÃO ECOLÓGICA
Escolher técnicas mais sustentáveis garante menor uso de material e desperdício. O uso de material reciclado em lugar de produtos novos também poderá trazer economia. A madeira plástica é uma solução 100% ecológica que respeita o meio ambiente, ajudando a
124
eliminar o lixo plástico e desmatamento indevido de nossas florestas. Vantagens além de não absorver quase nada de umidade, a durabilidade e a resistência do material são as características mais notórias da Madeira Plástica. É resistente ao sol, à corrosão, chuva, poeira e pode ser mantida em contato permanente com o solo. É também imune a pragas e não mofa ou cria fungos, pois praticamente não absorve umidade. No quesito segurança, a Madeira Plástica ainda se destaca por não soltar farpas ou rachaduras, e é extremamente resistente ao tempo. Outra grande vantagem do produto é ser livre de manutenção e pinturas, pois o material já pode ser comprado na cor desejada. Existem pelo menos quatro tipos do que se pode chamar de madeira plástica. Eles variam de acordo com a porcentagem de madeira, PVC e polietileno usados na mistura. A MPS – Madeira Plástica Sustentável é produzia a partir do uso de 100% de resíduos plásticos pós-consumo (lixo plástico), não necessitando passar pelo processo de reciclagem ou tratamento, pulando diretamente para o processo de transformação, criando assim, um maior grau de sustentabilidade durante todo o processo de fabricação. Diferente das madeiras plásticas encontradas no mercado atualmente é um compósito de plásticos pós uso de diversas composições como, PEAD, PEBD, PP, PS, PET, ABS, HIPS entre outros, levando em sua fórmula, inclusive, um percentual relevante de matéria orgânica, terra e areia. Além disso, sua fabricação não necessita o uso de material limpo, descartando totalmente o uso de material virgem e dispensando o uso de aditivos químicos e qualquer outro material que não seja descarte plástico. Outro ponto a se considerar é o uso de energia solar, como fonte de energia para o sistema de guarda volume. A conversão da energia solar em elétrica pode ocorrer por processo termoelétrico ou fotoelétrico. O processo fotoelétrico, por sua vez, converte os fótons contidos na luz solar em energia elétrica, através do uso dos painéis fotovoltaicos, formados por células solares. a energia elétrica gerada pelo sistema fotovoltaico não tem outros custos, dado que os painéis demandam pouca manutenção. Além disso, tal energia é autossuficiente e, portanto, mais segura em termos de abastecimento, principalmente para os consumidores corporativos, para quem a falta de energia pode significar perdas de produção. Para se tornar independente da rede elétrica, é necessário um sistema autônomo, onde o armazenamento da energia é feito por baterias. A eficiência do sistema solar fotovoltaico depende, sim, da quantidade de luz recebida. Porém, mesmo em dias nublados há radiação mais do que suficiente para a geração de energia. Além disso, em localidades com condições climáticas piores, o sistema pode ser
125
potencializado aumentando-se a superfície de contato (com painéis fotovoltaicos maiores). No Brasil, todas as regiões apresentam ótimas condições climáticas. Cabe ressaltar que a interação entre o silício e a luz solar, que gera a energia fotovoltaica, não produz resíduos. Por isso, ela é considerada uma fonte de energia limpa ou ecológica. Além disso, a radiação solar é abundante e inesgotável, com grande potencial de utilização, enquanto o silício, principal semicondutor utilizado nos painéis fotovoltaicos, é o segundo elemento mais encontrado na superfície terrestre. Ou seja: é uma solução energética sustentável. E por último, as pulseiras utilizadas para o uso dos guardas volumes trazem a possibilidade de serem reutilizáveis, minimizando assim um desperdício de material e a criação de resíduos para a praia. Como já exposto anteriormente a pulseira de silicone possui uma durabilidade, que viabiliza o uso da mesma por um longo período.
126
8
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Florianópolis recebe milhares de turistas durante o ano todo, principalmente durante o verão, atraídos por suas belezas naturais. Ao visitar as praias, tanto moradores quanto turistas se deparam com um problema comum em todas as praias locais: onde deixar seus pertences para se divertir despreocupadamente. Para que todos que desfrutam das praias da “ilha da Magia”, não só os turistas, mas também os que nela residem, faz-se necessário ter a sua disposição, produtos (aliados a serviços) que facilitem o convívio social, fazendo com que atividades de lazer possam ser desempenhadas com maior conforto e segurança. Neste sentido o presente estudo teve como finalidade desenvolver um mobiliário urbano com o objetivo de guardar pertences de banhistas na praia Brava de Florianópolis, que esteja integrado com a natureza. Para isso buscou primeiramente identificar o público frequentador da praia Brava e levantar dados referentes aos pertences levados à praia, como pode ser observado no tópico 3.1.1 público. Também se buscou pesquisar dados sobre mobiliário urbano em praias e sua relação com o ambiente, o que encontra-se no tópico 3.2 Análise de oferta e 3.5 Prospecção e tendências de mercado. Preocupou-se também em levantar produtos semelhantes ao proposto em outras regiões, bem como suas características, o que pode ser observado no tópico 3.3 Concorrentes e 3.5 Prospecção e tendências de mercado. Também foi necessário levantar as exigências da associação da praia Brava para construção na orla, como mostra o tópico 3.6 Análise da empresa cliente (praia Brava). Com isso chegou-se ao móvel desenvolvido neste trabalho. Um guarda volume modular, com uma forma geométrica que remete a colmeias (hexágonos), que apresenta 5 tipos diferentes de armários, distribuídos entre 3 formas básicas, variando apenas sua profundidade. Ressalta-se que estas escolhas foram feitas baseadas nas opiniões e sugestões dadas pelos banhistas entrevistados, ou seja, foi desenvolvido objetivando caber todos os pertences solicitados. Vale lembrar que como a maioria dos projetos, este enfrentou algumas limitações como: seguir o plano urbanístico específico para a praia Brava exposto pela associação praia Brava (APBRAVA), ter coerência com o local mesmo após a derrubada dos quiosques, além de chegar a um formato de armário ou armários que coubessem o máximo de pertences (expostos pelos banhistas na entrevista, limitando alguns pertences como guarda sol e prancha de surf), e que fugisse dos padrões tradicionais de armários, podendo trabalhar a quantidade de armários conforme a necessidade.
127
Como recomendações para trabalhos futuros, propõe-se que o uso das pulseiras RFID sejam integrados com os demais estabelecimentos (funcionando como um cartão de crédito), fazendo com que o usuário possa estar desfrutando da praia, indo a restaurantes e afins, sem a necessidade de estar indo até o guarda volume pegar a carteira ou dinheiro. Outra sugestão é que se desenvolva a identidade visual do guarda volume alinhada as normas propostas para nova praia Brava. Com tudo, percebe-se que este móvel poderá trazer aos banhistas da Brava mais tranquilidade para desfrutarem de seus momentos de lazer ao longo da orla, sem se preocuparem se seus pertences estarão seguros.
REFERÊNCIAS ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9283: Mobiliário Urbano. Rio de Janeiro, 1986.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: http://www.mpdft.gov.br/sicorde/abnt.htm. Acesso em: 08/05/2013.
AG3CONSULTING. Traking
verão.
Florianópolis,
2013.
Disponível
em: http://www.ag3consulting.com.br. Acesso em: 03/06/2013.
AMSTEL, F. V.. Design Social: uma necessidade no Brasil. Curitiba, 2009. Disponível em: http://www.slideshare.net/usabilidoido/design-social-uma-necessidade-no-brasil-presentation. Acessado em: 14/03/2013.
APPOLINÁRIO, F. Metodologia da Ciência: filosofia e prática da pesquisa. 1. ed. 1. reimpr. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
ARAUJO, J. M.; GÜNTHER, W. M. R. Caçambas coletoras de resíduos da construção e demolição no contexto do mobiliário urbano: uma questão de saúde pública e ambiental. Revista
Saúde
e
Sociedade.
Scielo
Brazil,
São
Paulo,
2007.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v16n1/13.pdf. Acesso em 29/05/2013.
ARCOWEB. Quiosques da orla carioca se apropriam do espaço subterrâneo. Disponível em:
http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/indio-da-costa-arquitetura-edesign-categoria-
projetos-06-02-2007.html. Acesso em: 20/05/2013.
ASHBY, M. F.; JOHNSON, K. Materiais e Design - Arte e Ciência da Seleção de Materiais no Design do Produto. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2010.
ASSUNÇÃO, R. B. Ecodesign e Seleção de Materiais para o Mobiliário Urbano. 1999 195 f. Dissertação (Mestrado em Rede Temática em Engenharia de Materiais) – Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, 2000.
BAHIANA, C. A importância do Design para sua empresa. CNI, COMPI, SENAI/DR-RJ, Brasília, DF. CNI 1998.
BRANCAGLION, R. L. Equipamentos urbanos, design e identidade sócio-cultural: análise e proposta para a cidade do núcleo Bandeirante no DF. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2006). Disponível em: <http://bdtd.bce.unb.br/ tedesimplificado/tde_busca/index.php>. Acesso em: 08/05/2013.
BRASIL, Ministério do Turismo. Turismo Cultural: Orientações Básicas. Brasília: Ministério do Turismo, 2010. BÜRDEK, B. E. Design – História, Teoria e Prática do Design de Produtos. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
BURSTEIN, D; STASIOWSKI, F. Project management. Barcelona: Gustavo Gili, 1997.
CAMARGO, F.A.O.; GIANELLO, C.; TEDESCO, M.J. & VIDOR, C. Nitrogênio orgânico do solo. In: SANTOS, G.A.; SILVA, L.S.; CANELLAS, L.P. & CAMARGO, F.A.O. eds. Fundamentos da matéria orgânica do solo: Ecossistemas tropicais e subtropicais. 2.ed. Porto Alegre, Metrópole, 2008.
CANTO, E. L.. Minerais, Minérios, Metais: de Onde Vêm? Para Onde Vão ?. 2ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2010. CANTO, E. L. Plástico – Bem supérfluo ou mal necessário? 2ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
CARUSO, R.; LEAL, M. M. Imigrantes 1748-1900: viagens que descobriram Santa Catarina. Tubarão: Ed. Unisul, 2007. CAUTELA, C.; ZURLO, F. Relazioni produttive – design e strategia nell’impresa contemporânea. Roma: Aracne, 2006.
COELHO, L. A. Estudos em Design. Vol. 7 n. 1. Rio de Janeiro: AB Editora, abril 1999.
CORIOLANO, L. N.; LIMA, L. C. (Org.). Turismo comunitário e responsabilidade socioambiental. Fortaleza: EDUECE, 2003.
COSTA, F. C. X.; SCALETSKY, C. C. Design Management & Design Estratégico: uma confusão conceitual?. Porto Alegre, 2009.
CRUZ, H.; NUNES, L.. A madeira como material de construção. Laboratório nacional de engenharia civil. Portugal, 2005.
DMI. Mission Statement. Design Managemetn Institut [on line]. Boston. 2004. Disponível em: <http://www.dmi.org/dmi/html/aboutdmi/mission.htm>. Acesso em: 13/04/2013.
ESPINOSA, L. Comunicação visual no espaço público urbano. Salvador, 2002.
FASCIONI,
L.
C.
Marketing
e
design:
Casamento
pós
moderno.
Newsletter
MarketingProfs, 2007.
FECOMERCIO. Turismo de verão em SC. Temporada 2013. Florianópolis, 2013. Disponível em www.fecomercio-sc.com.br. Acessado em 0513/06/2013.
FERREIRA, V.. Single: o grande mercado do consumo individual. Belo Horizonte, 2012. Disponível em: http://www.criativamarketing.com.br/index.php /artigos/ item/366-single-ogrande-mercadodo-consumo-individual. Acessado em: 31/03/2013.
FERREIRA, M.; SANCHES, S. Infraestrutura para pedestres: a qualidade das calçadas. In: ENTAC - Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, VIII, 2000, Salvador. Anais do ENTAC 2000. Salvador: ANTAC, 2000.
FREITAS, R. M. Mobiliário Urbano. In: MASCARO, Juan Luís (org.). Infra-estrutura da Paisagem. Porto Alegre: Mais Quatro, 2008.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GLATZ, F. M. Design estratégico para a promoção do turismo na serra geral catarinense. Florianópolis, 2008.
GUEDES, J B. Design no Urbano: Metodologia de Análise Visual de Equipamentos no Meio Urbano. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Urbano, Universidade Federal de Pernambuco, 2005). Disponível em: <http://www.bdtd.ufpe.br/>. Acesso em: 08/05/2013.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ Acesso em: 08/06/2013.
IIDA, Itiro. et al. Móveis de Madeiras Alternativas da Amazônia (2006). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN – P&D Design, 7, 2006, Curitiba. Anais 7º P&D Design 2006. Curitiba: UFPR, 2006.
IIDA, I. Ergonomia. Projeto e produção, 2ª. edição. Edgard Blücher, São Paulo, 2005. I NSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL-IBAM. Manual para implantação de mobiliário urbano na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, IBAM/CPU, PCRJ/SMU, 1996.
JOHN, N. M.; REIS, A. T. Avaliação estética de mobiliário urbano de abrigo de transporte coletivo. Porto Alegre, 2010. 10 f. Trabalho acadêmico (Disciplina de Avaliação Pós-ocupação) – Curso de Mestrado Acadêmico, PROPUR, UFRGS.
KOHLSDORF, M. E. A apreensão da Forma da Cidade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1996.
LANG, J. Urban Design: the american experience. New York: Van Nostrand Reinhold, 1994.
LEMOS, R. F. A inserção do design nas indústrias de utensílios domésticos dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em Administração), Programa de Pós Graduação em Administração e Negócios, Universidade Regional de Blumenau-FURB, 2006.
LEMOS, R. F.; CANELLAS, K. V. Economia Criativa: o Design como Valor Estratégico de Inovação no Cenário Mundial Contemporâneo. Blumenau, 2006.
LENZI, M H; GONÇALVES, T C. Florianópolis: as imagens da cidade e a urbanização turística do “paraíso”. Florianópolis, 2007.
LERNER, J. Acupuntura urbana. Rio de Janeiro, 2006.
LESKO, J. Design Industrial - Materiais e Processos de Fabricação. São Paulo: Edgard Blucher LTDA, 2004.
LIMA, Marco Antonio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para Designers. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2006.
LÖBACH, B. Design Industrial: Bases para a configuração dos produtos industriais. 1. ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2001.
LONDON, Government Office for. Streets for All: a Guide to the Management of London’s Streets. London: English Heritage, 2000.
MACEDO, S. S. Quadro do Paisagismo no Brasil. São Paulo, 1990.
MAFFESOLI, M.. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. 3a ed.. Rio de Janeiro: 2000.
MAGALHÃES, Cláudio Freitas de. Design estratégico: interação e ação do design industrial dentro das empresas. Rio de Janeiro, 1997.
MALLICK, D. N. The Design Strategy Framework. Boston: DMI- Design Management Institute, Review Article, v. 11, n. 3, Summer, 2000.
MANUAL DE GESTÃO DE DESIGN. Porto: Centro Português de Design - CPD, 1997.
MANZINI, E. Design para inovação social e sustentabilidade. Rio de Janeiro: E-papers, 2008.
MARCELINO, N. Estudo do Lazer: Uma introdução. Coleção educação física e esportes 3.ed. Campinas: Autores associados, 2002.
MARCELLINO, N. C. O lazer e os espaços na cidade. In: ISAYAMA, H. ; LINHALES, M. A.(Orgs.) Sobre lazer e política. Maneiras de ver, maneiras de fazer. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006, p. 65 - 92.
MARGOLIN, V; MARGOLIN, S. A social model of design: Issues of practice and research. Design Issues: Volume 18, number 4. Massachusetts Institute of Technology 2002.
MARTINS, C. Turismo, Cultura e Identidade. Editora Roca Ltda. São Paulo, 2004.
MEDEIROS, J. B. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MONTENEGRO, G. A produção do mobiliário urbano em espaços públicos: o desenho do mobiliário urbano nos projetos de reordenamento das orlas do RN. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005). Disponível em: < http://bdtd.ibict.br/> Acesso em: 15/05/2013.
MOURTHÉ, C. Mobiliário Urbano. Rio de Janeiro: 2AB, 1998. MOZOTA, B B. Design management – using design to build brand value and corporate innovation. New York: Allworth Press, 2002.
MUNARI, B. Das Coisas Nascem Coisas. 2ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
NASAR, J. New Developments in Aesthetics for Urban Design. In: MOORE,G. & MARANS. New York: Plenum Press, 1997.
NUNES, S. S. S. Monografia Terminais de Transporte Coletivo Urbano Diretrizes para Planejamento e Projeto Análise de Caso em Caxias do Sul. Caxias do Sul, UCS, 2005.
PAZMINO, Ana Verônica. Uma reflexão sobre Design Social, Eco Design e Design Sustentável. Curitiba, 2007.
PEQUINI, S. M. Ergonomia aplicada ao Design de produtos: um estudo de caso sobre o Design de bicicletas. Universidade de São Paulo, 2005.
PETERS, T. Design as Advantage n.1: The Design + Identity 50. Design Management Journal
vol.
11,
n.1.
Disponível
<http://www.dmi.org/dmi/html/conference/europe02/01124GRI10.pdf>.
Acesso
em em:
08/05/2013.
PICKAR, R. Marketing para empresas de diseño de projetos. Barcelona: GG Proyeto & Gestion, 1997. PMF. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Florianópolis, 2013. Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/. Acessado em: 31/03/2013. RAZERA, D. L.; IWAKIRI, S. O Design de Processo da Produção de Aglomerado Moldado a partir de Farinha de Madeira. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN – P&D Design, 7, 2006, Curitiba. Anais 7º P&D Design 2006. Curitiba: UFPR, 2006. SCHIAVO, M. R. Centro de conhecimento / O Valor do Design. Comunicarte. Disponível em: <http://www.comunicarte.com.br/design1.0/cent_valor.html>. Acesso em: 05/04/2013. SCHNEIDER, B. Design: Uma introdução. São Paulo: Blucher, 2010. SILVEIRA, L. A. B. CABANA Barraca para feiras-livres. Balneário Camboriú, 2006. STRUNCK, G. Viver de design. 4 ed. atual. Rio de Janeiro: 2AB, 2004. TEIXEIRA, J A. Design & Materiais. Curitiba: CEFET – PR, 1999.
TEIXEIRA, J. A. O Design Estratégico na melhoria da competitividade da empresa. Florianópolis, 2005. 250 f. Tese (Doutorado), Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina.
TRUEMAN, M. Managing innovation by design: how a new design typology may facilitate the product development process in industrial companies and provide a competitive advantage. European Journal of Innovation Management. 1998. TURMINA, J; CASTOLDI, D. Rodrigues. APAE – Associação de pais e amigos dos excepcionais integrada a uma praça de convivência. Paraná, 2012. WOLF, B. O Design Management como fator de sucesso comercial. Florianópolis: FIESC/IEL, ABIPTI, Programa Catarinense de Design, SEBRAE, CNPq, 1998.
APÊNDICE A - Questionário Pesquisa de Campo (possíveis usuários) Idade?
Sexo?
Onde mora? De qual bairro/cidade é?
Quantas vezes frequenta a praia?
Com quantas pessoas geralmente vai a praia?
Que atividades costuma praticar na praia? ( ) Banho de mar ( ) Caminhada ( ) Esporte ( ) Outros : beber, reunir amigos, ler um livro
Que pertences levam pra praia?
Onde deixam os pertences quando tomam banho de mar ou praticam alguma atividade na orla? ( ) Deixa na areia sozinho ( ) Pede pra alguém olhar ( ) Outros
Se sentiria seguro em deixar seus pertences num guarda volume na praia? ( ) Sim ( ) Não
Prefere ou se sente mais seguro se este guarda volume, ficar na orla (onde consiga ver) ou dentro de um estabelecimento?
Que coisas você gostaria de guardar num guarda volume?
Na sua opinião, qual o melhor método de “fechamento/trava” do guarda volume? ( ) Cadeado c/ chave/senha do estabelecimento ( ) Cadeado c/ chave/senha do usuário ( ) Cartão com código de barras (igual chave de hotel) ( ) Pulseira com código de barras (sistema de pulseira de balada/festas)
Até quanto você estaria disposto a pagar por este serviço (valor diário)? ( ) até dez reais ( ) até vinte reais ( ) mais que vinte reais
Você deixaria de ir Mem outra praia para frequentar a brava se ela oferecesse o serviço de guarda volume?
APÊNDICE B – Desenho Técnico
3 4 173,205
2 5 1 6
175
90
45 45
30 60
2
2
PEÇA
NOME
QUANT.
1
módulo grande
1
2
módulo pagamento
1
3
módulo pequeno a
24
4
módulo médio a
13
5
módulo pequeno b
2
6
módulo médio b
2
TÍTULO:
montagem móvel colmeia
MATERIAL:
OBS:
madeira plástica ESCALA:1:20
móvel modular FOLHA 1 DE 7
A3
25
3
120
1
24
4
0°
2
2
50
43,303
4
86,602
°
2
60
4
6
5
75
PEÇA
NOME
QUANT.
COR
MATERIAL
1
porta
1
azul
madeira plástica
2
trava RFID
1
_______
________________
3 4 5 6
armário
1
branco
madeira plástica
dobradiça semicurva
2
_______
aço inox
dobradiça com mola auxiliar parafuso sextavado fixação entre módulos
1 4
_______ _______
TÍTULO:
OBS:
módulo grande móvel modular
aço inox aço médio carbono
ESCALA:1:10
FOLHA 2 DE 7
A3
1 3
25
2
0°
21,651
12
43,301
25
2
2
45
4
6
50
5
1
PEÇA
NOME
QUANT.
COR
MATERIAL
1
porta
1
azul
madeira plástica
2
trava RFID
1
_______
________________
3 4 5 6
armário
1
branco
dobradiça semicurva
2
_______
dobradiça com mola auxiliar parafuso sextavado fixação entre módulos
1 4
_______ _______
TÍTULO:
OBS: aço inox
módulo médio a móvel modular
aço inox aço médio carbono
ESCALA:1:10
FOLHA 3 DE 7
A3
1
3
25
2
°
21,651
120
43,301
25
2
2
30
4
6 50
5
PEÇA 1 2 3 4 5 6
NOME
QUANT.
COR
MATERIAL
porta
1
azul
madeira plástica
trava RFID
1
_______
________________
armário dobradiça semicurva dobradiça com mola auxiliar parafuso sextavado fixação entre módulos
1
branco
2
_______
1
_______
4
_______
madeira plástica
TÍTULO:
OBS:
aço inox
módulo médio b móvel modular
aço inox aço médio carbono
ESCALA:1:10
FOLHA 4 DE 7
A3
2
8
4
8
20
43,301
8
25
24,813
3
14,282
6 5
1
45
4
50
PEÇA
NOME
QUANT.
COR
MATERIAL
1
armário
1
branco
madeira plástica
2
1
_______
________________
3
tela touch screen pagamento cartão/dinheiro
1
_______
________________
4
pagamento moeda
1
_______
________________
1
_______
________________
1
_______
________________
5 6
leitor cadastramento RFID retirada/devolução pulseira
TÍTULO:
OBS:
ESCALA:1:10
módulo pagamento móvel modular FOLHA 5 DE 7
A3
3
4
43,301
25
25
1
4
120°
2
2
45
5 6
4
25
PEÇA
NOME
QUANT.
COR
MATERIAL
1
porta
1
azul
madeira plástica
2
trava RFID
1
_______
________________
armário
1
branco
2
_______
aço inox
1
_______
aço inox
4
_______
aço médio carbono
3 4 5 6
dobradiça semicurva dobradiça com mola auxiliar parafuso sextavado fixação entre módulos
madeira plástica
TÍTULO:
OBS:
ESCALA:1:10
módulo pequeno a móvel modular FOLHA 6 DE 7
A3
1
4
43,301
25
25
3
4 120°
2
30
2
4
5
6 25
PEÇA
NOME
QUANT.
COR
MATERIAL
1
porta
1
azul
madeira plástica
2
trava RFID
1
_______
________________
3 4 5 6
armário dobradiça semicurva dobradiça com mola auxiliar parafuso sextavado fixação entre módulos
madeira plástica
1
branco
2
_______
aço inox
1
_______
aço inox
4
_______
aço médio carbono
TÍTULO:
OBS:
ESCALA:1:10
módulo pequeno b móvel modular FOLHA 7 DE 7
A3