Tcc paulo roberto de almeida garcia design unisul 2008

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

PAULO ROBERTO DE ALMEIDA GARCIA

REDESIGN DO WEBSITE DO CENTRO DE CONVENÇÕES DE FLORIANÓPOLIS

Florianópolis 2008


PAULO ROBERTO DE ALMEIDA GARCIA

REDESIGN DO WEBSITE DO CENTRO DE CONVENÇÕES DE FLORIANÓPOLIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Design .

Orientadora: Prof.ª Luciana Sayuri Oda

Florianópolis 2008


PAULO ROBERTO DE ALMEIDA GARCIA

REDESIGN DO WEBSITE DO CENTRO DE CONVENÇÕES DE FLORIANÓPOLIS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Design aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 06 de outubro de 2008.

______________________________________________________ Prof.ª Orientadora Luciana Sayuri Oda. Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Claudia Batista, Doutora. Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Renata da Silva Krusser. Universidade do Sul de Santa Catarina


AGRADECIMENTOS

Agradeço, à minha família, em especial a meus pais Paulo Roberto Costa Leite Garcia e Rosangela Maria de Almeida Garcia, pelo incentivo constante para meus estudos e que sempre deram apoio para enfrentar as dificuldades da vida. Aos amigos do Centro de Convenções de Florianópolis – CentroSul, que me auxiliaram nas pesquisas e pelo estimulo para a realização desse projeto. Aos meus queridos amigos, por compreenderem minha ausência, e que são minha alegria de cada dia. Todos foram de fundamentais e importantes pelas palavras de “força, você consegue”. À Orientadora, Professora Luciana Oda, pela calma, paciência e atenção.

Obrigado!


A meus avĂłs, Ciro, Hilda, TemĂ­stocles e Zelma... por meus pais.

A meus pais, Paulo Roberto e Rosangela Maria, pela vida.

A minha irmĂŁ, Juliana, pelo carinho, amizade e respeito.

A Deus, por tudo e todos que me ajudam a trilhar o caminho.


“A aventura da vida é aprender. A natureza da vida é mudar. O objetivo da vida é crescer. O segredo da vida é ousar. O desafio da vida é superar” (Willian Arthur).


RESUMO

O presente projeto tem por finalidade o redesign do website do Centro de Convenções de Florianópolis de modo que transmita a proposta do negócio da empresa. O website precisa de uma nova arquitetura da informação e conseqüentemente, novo design gráfico que levem em conta as necessidades da empresa. Foram levadas em consideração as opiniões dos colaboradores da empresa, assim como os conhecimentos técnicos e pesquisas específicas, para garantir um resultado favorável para o escopo do projeto.

Palavras-Chave: Design Gráfico. Usabilidade. Arquitetura da Informação.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Imagem do website do CentroSul com a segregação das unidades do layout da página.................................................................................................................... 63 Figura 2 - Arquitetura da informação do website do CentroSul. ............................................. 65 Figura 3 - Imagem do website atual do CentroSul ................................................................... 69 Figura 4 - Imagem do website atual do CentroSul ................................................................... 69 Figura 5 - Erros de usabilidade do website atual do CentroSul................................................ 70 Figura 6 - Imagem do website do portal do Centro de Convenções de Florianópolis ............ 70 Figura 7 - Imagem do website do portal do Centro de Convenções de Florianópolis ............ 71 Figura 8 - Erros de usabilidade do website

do portal do Centro de Convenções de

Florianópolis ......................................................................................................... 71 Figura 9 - Imagem do website do site do Centro Multiuso de São José ................................. 72 Figura 10 - Imagem do website do site do Centro de Convenções da UFSC.......................... 73 Figura 11 - Imagem do website do site do Costão do Santinho .............................................. 74 Figura 12 - Wireframe escolhido para construção do layout.................................................... 77 Figura 13 - Proposta 1 de pagina inicial “home”...................................................................... 78 Figura 14 - Proposta 2 de pagina inicial “home”...................................................................... 78 Figura 15 - Modelo de pagina inicial “home” com imagens e mais informações de agenda do mês. ....................................................................................................................... 80 Figura 16 - Modelo do Link “CentroSul” com informações sobre o empreendimento e imagens que podem ser ampliadas para melhor visualização. ............................ 80 Figura 17 - Modelo do link “Florianópolis”. ............................................................................ 81 Figura 18 - Modelo do link “infra-estrutura” com dados da planta e dimensões podendo ser ampliados para melhor visualização. .................................................................... 81 Figura 19 - Modelo do link “como chegar” com informações sobre a localização geográfica. .............................................................................................................................. 82 Figura 20 - Modelo do link “informações de serviço” com informações sobre serviços, mais imagens ilustrativas. ............................................................................................. 82 Figura 21 - Modelo do link “agenda”. ...................................................................................... 83 Figura 22 - Modelo do link “portfólio de eventos” informações sobre os eventos realizados, com imagens que podem ser ampliadas. .............................................................. 83


Figura 23 - Modelo do link “infra-estrutura”. .......................................................................... 84 Figura 24 - Dimensões do layout da página resolução 1024x768. ........................................... 86 Figura 25 - Dimensões do layout da página resolução 1024x768. ........................................... 87 Figura 26 - Cores em RGB da página. ..................................................................................... 88 Figura 27 - Fonte verdana e o corpo aplicados no menu de navegação,título e texto. ............. 88 Figura 28 - Fonte verdana caixa alta e caixa baixa................................................................... 89


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Análise do conteúdo do website do CentroSul em relação a seus concorrentes ..... 67 Tabela 2 - Erros de usabilidade do site do Centro Multiuso de São José ................................ 72 Tabela 3 - Erros de usabilidade do site do Centro de Convenções da UFSC ........................... 73 Tabela 4 - Erros de usabilidade do website do site do Costão do Santinho ........................... 74 Tabela 5 - Tabela do inventário do conteúdo do website do CentroSul ................................... 77 Tabela 6 - Tabela retirada na pesquisa de resolução do site Google Analytics........................ 85 Tabela 7 - Dados retirados na pesquisa de resolução do site W3Counter. ............................... 85 Tabela 8 - Dados retirados do site The Counter na pesquisa de resolução da tela. ................. 86


SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13

1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................... 14 1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 14 1.1.2 objetivos específicos..................................................................................................... 14 1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 15 1.3 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................. 15 1.4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ......................................................................... 16 2

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 18

2.1 DESIGN GRÁFICO E DESIGN DE INTERFACE ......................................................... 18 2.2 DESIGN DIGITAL .......................................................................................................... 19 2.3 DESIGN DE INTERAÇÃO NA WEB............................................................................. 21 2.4 COMPONENTES DO DESIGN APLICADOS ............................................................... 22 2.4.1 Gestalt ........................................................................................................................... 22 2.4.2 Tipografia..................................................................................................................... 25 2.4.3 Cores (cor pigmento / cor luz) .................................................................................... 29 2.5 USABILIDADE ............................................................................................................... 32 2.6 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO ........................................................................... 36 3

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .................................................................. 38

3.1 CENTRO SUL ................................................................................................................. 38 3.1.1 Descrição da Empresa ................................................................................................. 38 3.1.1.1 Dados de Identificação ............................................................................................... 38 3.1.1.2 Localização ................................................................................................................. 38 3.1.1.3 Histórico ..................................................................................................................... 39 3.1.1.4 Missão......................................................................................................................... 41 3.1.1.5 Valores ........................................................................................................................ 42 3.1.1.6 Visão ........................................................................................................................... 42 3.1.1.7 Política da Qualidade do CentroSul ........................................................................... 42 3.1.1.8 A Empresa .................................................................................................................. 43 3.2 RECOLHIMENTO DE DADOS ..................................................................................... 45 3.2.1 Turismo no Brasil ........................................................................................................ 45


3.2.2 Turismo com enfoque em Florianópolis - SC ........................................................... 48 3.2.3 Turismo de eventos...................................................................................................... 50 3.2.4 Eventos: da História a Atualidade ............................................................................. 51 3.2.5 Conceitos ...................................................................................................................... 53 3.2.6 Benefícios do turismo de eventos ............................................................................... 55 3.2.7 Captação de eventos .................................................................................................... 56 3.2.8 Eventos e suas características..................................................................................... 57 3.2.9 Tipologia de eventos .................................................................................................... 58 3.2.10 Centros de Convenções ............................................................................................... 60 3.2.11 Concorrentes/similares ............................................................................................... 62 3.3 ANALISE DO WEBSITE DO CENTROSUL ................................................................. 63 3.3.1 Análise da Gestalt, Cores, Tipografia e Diagramação do Centrosul .................... 63 3.3.2 Analise da arquitetura da informação do site centrosul.net ................................... 65 3.3.3 Análise de conteúdo entre o website do Centrosul com os concorrentes ............... 66 3.3.4 Análise de usabilidade................................................................................................. 67 3.3.5 Conclusão da Análise .................................................................................................. 75 3.4 CONCEITO ..................................................................................................................... 76 3.5 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ................................................................................. 76 4

DESIGN GRÁFICO E SOLUÇÃO FINAL ............................................................. 79

4.1 MEMORIAL DE APLICAÇÃO DO SITE ...................................................................... 84 5

CONCLUSÃO ............................................................................................................. 90

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 91 APÊNDICE A – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS - WIREFRAMES ................................ 95


13 1

INTRODUÇÃO

Localizado no centro de Florianópolis, o CentroSul – Centro de Convenções de Florianópolis está situado às margens da Baía Sul, a poucos metros das pontes que ligam as áreas continental e insular da cidade e a 13 km do Aeroporto Internacional Hercílio Luz. O Centro de Convenções de Florianópolis se dedica a locação de espaços multifuncionais para feiras e eventos. No mês de maio de 2008, o CentroSul completou 10 anos de funcionamento e foi sugerido um projeto de um almanaque comemorativo. A criação desse almanaque serviria para contar a história do Centro de Convenções, incluindo informações de seus principais eventos, mostrando personalidades importantes que freqüentaram e que fizeram parte da história do local, divulgando assim a importância que o empreendimento tem no turismo de Florianópolis. O almanaque seria uma espécie de lembrança, entregue para os principais administradores, promotores, organizadores de eventos, prestadores de serviço, prefeitura, redes hoteleiras etc. Depois de uma análise de custos, o projeto do almanaque foi cancelado, pois para a produção gráfica, o orçamento sairia muito alto. Sempre fazendo a divulgação de seu espaço por materiais impressos, e para não banir a idéia de divulgação do CentroSul através de um almanaque, pensou - se em melhorar o site do CentroSul, proporcionando assim, uma melhoria na sua divulgação digital, incluindo informações que antes não existiam no site atual e, pela dificuldade de atualização, a exclusão de informações que não são usadas. As informações que não existem no site atual do CentroSul são as informações que seriam divulgadas no almanaque, mas de maneira virtual, se transformando em um portfólio de eventos, dando informações sobre as principais feiras, congressos e eventos realizados no local, possuindo fotos e informações. Esse portfólio de eventos serviria para resgatar a idéia do projeto do almanaque impresso, mas diminuindo custos que seriam gastos com a impressão. Hoje, praticamente todas as empresas dos mais variados setores precisam estar acessíveis a seus clientes pela Internet, seja para prover informações sobre as suas atividades e produtos, seja para realizar transações comerciais. Ocorre no atual website do CentroSul que muitas informações e serviços presentes no espaço virtual contradizem, o que a empresa oferece. O website peca no sentido de não possuir informação alguma da variedade das feiras


14 e eventos que o local já hospedou não destacando seu ramo de atuação, que é a locação de espaços multifuncionais. O website promete também serviços de cadastro que não estão em funcionamento, como no caso o serviço de news letter que não são enviadas. O CentroSul abrange o mercado nacional e internacional e realiza feiras de âmbitos variados. Seu público alvo são administradores de centro de convenções, promotores, organizadores de eventos, prestadores de serviço. O redesign do site servirá para buscar informações sobre o Centro de Convenções, sobre eventos realizados, localização, serviços etc.

1.1

OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Desenvolver um novo site que transmita a proposta de negócio do Centro de Convenções de Florianópolis.

1.1.2 objetivos específicos

Compreender os

conceitos

do

design

gráfico que possibilitam

o

desenvolvimento de um website; 

Estudar os conceitos de usabilidade e arquitetura da informação;

Compreender o mercado de atuação da empresa do projeto (turismo de eventos)

Desenvolver um website adequado ao negócio.


15 1.2

JUSTIFICATIVA

A administração do Centro de Convenções de Florianópolis sempre considerou que a comunicação é parte fundamental para o sucesso do empreendimento. O turismo de eventos e negócios é altamente competitivo e dinâmico e exige uma política de divulgação e comunicação criativa e consistente. Entre esses instrumentos, o CentroSul faz uso de ferramentas, como CD e propagandas institucionais e promocionais, folders, anúncios veiculados seletivamente na mídia nacional e internacional, geração sistemática de releases jornalísticos e dois websites. Entre todas as ações de comunicação os dois websites do Centro de Convenções resumem as ferramentas de divulgação de forma maciça. Qualquer computador conectado à rede pode acessar as páginas além de transmitir as informações para seus públicos por um custo muito mais baixo do que em outras mídias utilizadas. Os dois sites possuem características diferentes. Uma mercadológica, portal web www.centrodeconvencoes.com.br, nele são fornecidas informações específicas do negócio de eventos. E outra corporativa site www.centrosul.net, que contém informações sobre o CentroSul como organização ( histórico, infra-estrutura). O presente trabalho pretende questionar a estrutura do website corporativo e propor soluções para suas deficiências e através de princípios do estudo de design oferecer procedimentos para a concepção visual, conceitual, estrutural e interativa do website que podem ser combinados num mesmo projeto para melhorar a qualidade do produto final.

1.3

DELIMITAÇÃO DO TRABALHO

Em relação ao domínio das tecnologias, isso depende muito do cargo dentro do projeto de design de interface. Conforme Adate (2008), existem designers que apenas fazem o projeto do web site no papel, com fluxograma, layout, definição de cores e tipos para que os operadores de micro, programadores, ilustradores, fotógrafos e redatores o façam seguindo o projeto, outros fazem todo este projeto e ainda tem que produzir, e outros apenas produzem. O


16 autor afirma que a verdade é que o profissional deve conhecer os recursos que tem a mão para fazer um bom site. Para esse projeto serão feitas apenas as etapas iniciais da criação de um website. Será desenvolvido layout da tela principal e das telas do primeiro nível de navegação utilizando diretrizes de usabilidade e arquitetura da informação.

1.4

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Como procedimento metodológico, o projeto atinge pesquisas para a análise e coleta de dados, para isso a realização de pesquisas bibliográficas será importante, com base em publicações ligadas ao tema, focando o direcionamento em websites e outros referenciais que possam apoiar o desenvolvimento através da coleta de informações. Com a pesquisa bibliográfica será possível consolidar e fundamentar teoricamente, a parte de coleta de informações. A outra forma de pesquisa a ser realizada será a pesquisa de campo, que permitirá uma coleta de dados em campo com a empresa e usuários, obtendo as informações não geradas na pesquisa bibliográfica. O principal foco da coleta de dados com esta pesquisa circulará em torno do usuário final, e com ele coletar informações pertinentes. A coleta destas informações será por meio de questionários, relatos, observações em campo e anotações. Estas pesquisas dão suporte a um embasamento e compreensão durante o desenvolvimento das fases investigativa e analítica, dando suporte e aferindo informações relevantes e fundamentais ao projeto realizado. A metodologia adequada para o desenvolvimento deste projeto é a de Munari (1998), que possui as seguintes etapas:  Definição do problema: a necessidade da criação do redesign de um web site do Centro de Convenções de Florianópolis;  Coleta de dados: coletar dados sobre o histórico da empresa, análise de concorrentes, o que é design gráfico, design de interação, aplicação do design de interação na web, tipologia, cores, design digital, usabilidade, arquitetura da informação, características de sites de eventos, análise de sites concorrentes;


17  Análise dos dados: Com base na pesquisa, pretende-se direcionar o projeto dando foco para a resolução do problema de forma mais coerente e condizente com a realidade da empresa, tornando o produto final acessível quanto à sua utilização;  Geração do conceito: Garantirá a otimização no processo de criatividade, delimitando o caminho a se seguir, sem tirar o foco do projeto;  Criatividade: elaboração de esboços e estudos com as possíveis alternativas de layout de informações, baseados na coleta de dados, além da adequação da interface às necessidades da empresa, de forma que facilite a interação máquina / homem;  Representação e experimentação: Exportação do layout da interface para programa de vetorização para visualização em 2D;  Apresentação das alternativas: reunião com os colaboradores para a escolha e aperfeiçoamento de uma alternativa da aceitação do novo tipo de layout;  Escolha da alternativa final / criação do protótipo: escolha dos melhores representações para aprimoramento e detalhamento. Criação do protótipo para melhor visualização do produto final;  Solução Final: memorial de aplicação do site, contendo: características de visualização, cores e tipografia.


18

2

2.1

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

DESIGN GRÁFICO E DESIGN DE INTERFACE

Atualmente a palavra design é empregada em tudo que nos rodeia, muitas vezes de maneira incoerente. É muito importante atuar no real significado do termo, orientando todos os envolvidos sobre o que é design. Sob o ponto de vista de Mônica Moura, “design significa ter e desenvolver um plano, um projeto, significa designar. É trabalhar com a intenção, com o cenário futuro executando a concepção e o planejamento daquilo que virá a existir”. (Moura. 2003, p. 117). Segundo Adate (2008) o interesse por projetar todas as coisas foi fundamental para o crescimento dos campos de atuação do Designer. “Hoje temos Designers de Produto, Designers de Moda, Designers de Interfaces, Designers Gráficos etc. O importante agora é que se saiba que todos estes são designers, e se preocupam em „projetar para alcançar determinado objetivo‟.” Segundo definição apresentada por Villas-Boas (2003, p. 11):

O design gráfico é a atividade profissional e a conseqüente área do conhecimento cujo objetivo é a elaboração de projetos para reprodução por meio gráfico de peças comunicacionais. Estas peças - cartazes, páginas de revistas, capas de livros e produtos fonográficos, folhetos etc. – tem como suporte o papel e como processo de produção a impressão.

Villas-Boas (2003, p. 13) afirma que:

Morfologicamente, design gráfico é uma atividade de ordenação projetual de elementos estético-visuais textuais e não textuais com fins expressivos para reprodução por meio gráfico, assim como o estudo dessa atividade e a análise de sua produção. Essa produção inclui a ilustração, a criação e a ordenação tipográfica, a diagramação, a fotografia e outros elementos visuais. No entanto não inclui nenhuma delas isoladamente: o design gráfico é justamente a combinação de todos estes elementos com os fins e meios acima descritos (ainda que, em projetos muito específicos, estes elementos possam constar isoladamente).


19 Um produto de design gráfico, portanto reúne estes elementos estético-formais ordenados numa perspectiva projetual e é realizado para reprodução, é reproduzível e é efetivamente reproduzido a partir de um original (ainda que virtual). Para Villas-Boas (2003) no aspecto funcional, são peças de design gráfico todos aqueles projetos gráficos que têm como fim comunicar através de elementos visuais uma dada mensagem para persuadir o observador, guiar sua leitura ou vender um produto. Sob o ponto de vista de Adate (2008), o design de interface gráfica faz parte do design gráfico, “já que também se tem como matéria prima „um objetivo‟ a ser resolvido numa „composição gráfica organizada, estruturada e direcionada‟ que gerará um produto (impresso ou digital)”. Kasuto Adate afirma também que “um Designer Gráfico é especializado em projetar sites para Internet, pois para construir um bom site é preciso ter noções estéticas, funcionais, ergonômicas, psicológicas e até mercadológicas de uma composição gráfica.”. Para Batista e Ulbricht (2006, p. 2) “Interface é um artefato (analógico ou digital) que intermedeia a comunicação entre: dois sistemas informáticos distintos; ou um sistema informático e uma rede de comunicação; ou um sistema informático e uma pessoa.”. Projetar, produzir e criar no campo do design é principalmente, atuar com a interface – relação com o usuário com o objeto – através da cultura material, da interdisciplinaridade, da produção, de linguagem.

2.2

DESIGN DIGITAL

Percebe-se que se vive um momento de transição, como outros que já ocorreram na história, permeados de questionamentos e quer se aceite ou não, essa transição mudou o modo de perceber, de sentir e de produzir, na qual os processos cognitivos e perceptivos também foram alterados. Segundo Hollis (2000, p.1) “a comunicação visual, em seu sentido mais amplo, tem uma longa história. Quando o homem primitivo, ao sair à caça, distinguia na lama a pegada de algum animal, o que ele via ali era um sinal gráfico”. Neste aspecto Hollis afirma que as representações gráficas podem ser sinais, como as letras do alfabeto, ou formar parte de outro sistema de signos, como a sinalização de


20 transito. Quando agregadas as marcas gráficas – como linhas de um desenho ou os pontos de uma fotografia – formam imagens. O design gráfico é a arte de criar ou escolher tais marcas, combinando-as numa superfície qualquer para transmitir uma idéia. Não se fala aqui da pura técnica e sim da tecnologia como um processo que envolve novas relações do homem com os meios, e novas maneiras de produzir, de refletir o olhar do mundo. Neste momento em que recebemos informações de todos os lados estimulando todos os nossos sentidos através de todos os meios já considerados e também através da internet, este considerado o mais novo meio de informação, de comunicação e expressão, é perfeita e compreensível à valorização de um campo que existe a partir da relação entre tecnologia, à informação e a produção de linguagem em uma atitude projetual: o campo do design. Segundo Moura (2003, p. 119) “muita gente de forma preconceituosa, pensava ser o design digital ou de hipermídia um simples estabelecimento da atividade técnica e da destreza computacional, um decorar de fórmulas de regras e de ferramentas, imaginando que esse discurso se sustentaria através do tempo”. De acordo com Moura (2003, p. 119): Muito se fez e ainda se faz, como uma grande sopa de negócios, marketing e design. Porém, a própria acomodação desse mercado virtual nos mostrou que vale não a pena e nem faz sentido a falta de conteúdo; que não há teoria do marketing ou dos negócios que possa sustentar uma leitura e uma recepção falha: que a interatividade de “0” ou “1”, com duas opções, não existe e nem representa o agir da interatividade; que um projeto sem conceito, sem a linguagem desse meio, sem consistência e sem um bom trabalho gráfico e visual não se sustenta por muito tempo.

Moura (2003, p. 121) aponta que:

O design nessas novas mídias, denominado design digital, não é o apertar de botões e nem a utilização de filtros e efeitos, mas sim, a possibilidade de uma nova interface e de linguagem desses novos meios ao apresentar a imagem, o som o movimento, os hipertextos, os hiperlinks, os cenários e ambientes virtuais, as opções de acesso e não linearidade, através da liberdade ao se percorrer caminhos diversos possibilitados pelo que denominou navegação.


21 2.3

DESIGN DE INTERAÇÃO NA WEB

Segundo Preece, Rogers e Sharp (2005, p. 28), “design de interação entende-se por produtos interativos que fornecem suporte às atividades cotidianas das pessoas seja no lar ou no trabalho”. Frederick

Van

Amstel

(2008)

autor

do

blog

Usabilidoido1 referência nacional na discussão sobre Design de Interação, define como “a maneira como um produto proporciona ações em conjunto entre pessoas e sistemas. Além de indicar o aspecto essencial dos produtos interativos, o termo também define um processo de criação e uma sub-disciplina do Design que se ocupa em estudá-lo”. Especificamente significa criar experiências que melhorem e entendam a maneira como as pessoas trabalham, se comunicam e interagem. No Brasil, Van Amstel (2008) afirma que o assunto é pouco conhecido, mas nos mercados líderes em tecnologia, Design de Interação já é um campo profissional e acadêmico, contando com uma associação profissional e vários programas de Mestrado. O Design de Interação é mais uma proposta para trazer aquilo que falta à Engenharia no desenvolvimento de novas tecnologias: a preocupação com o usuário. Seu diferencial perante propostas mais antigas como a Interação Humano-Computador e a Ergonomia é que ele não trata da solução de problemas, mas sim da intermediação entre pessoas. A abordagem é muito mais artística do que científica (VAN AMSTEL, 2008).

Van Amstel (2008) afirma que em projetos Web, o papel do designer de interação é parecido com o do arquiteto da informação, mas o foco é diferente. Enquanto a Arquitetura da Informação está preocupada em definir a estrutura da informação, o Design de Interação está mais preocupado com a manipulação e transformação da informação. Para o autor um projeto envolve as duas coisas, a equipe deve dispor de profissionais com conhecimento nessas duas áreas. Em grandes equipes, o Design de Interação é responsável por criar os wireframes das páginas, enquanto a Arquitetura da Informação cria a estrutura do website e o planejamento geral. Portanto, a função principal do Design de Interação é criar um sistema que atenda às necessidades de seus usuários. De nada adianta o cliente que está bancando a aplicação 1

USABILIDOIDO. O que é Design de Interação? Disponível em: <www.usabilidoido.com.br>. Acesso em: 9 de out. 2008.


22 gostar dela se o usuário não estiver satisfeito. Numa aplicação, mais do que num web site, é preciso focar no usuário ao invés de em nossos clientes. O Design de Interação precisa saber muito bem como funciona um teste de usabilidade, uma investigação contextual, uma análise de log e outros métodos de pesquisa com usuários.

2.4

COMPONENTES DO DESIGN APLICADOS

2.4.1 Gestalt

O estudo de princípios básicos de Gestalt, aplicados ao design para web, podem oferecer a chance de compor melhores layouts e conseqüentemente, agradar mais ao público alvo dos sites que produz. Entender essa teoria é dar um passo rumo a trabalhos mais consistentes e de maior qualidade. Segundo Gomes (2004) Gestalt é o ramo da psicologia, a percepção visual obedece a certas tendências naturais, como, por exemplo, a preferência por formas simples. Com base nessas leis, é possível desconstruir a forma e entender como ela é percebida. A Gestalt, após sistemáticas pesquisas, apresenta uma teoria nova sobre o fenômeno da percepção. Segundo essa teoria, o que acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na retina. A excitação cerebral não se dá em pontos isolados, mas por extensão. Não existe, na percepção da forma, um processo posterior de associação das várias sensações. A primeira sensação já é de forma, já é global e unificada. Não se visualiza partes isoladas mas relações. Gomes (2004) explica que uma parte depende da outra, para a percepção humana, que é resultado de uma sensação global, as partes são inseparáveis do todo e são outra coisa que não elas mesmas, fora desse todo. O postulado da Gestalt, no que se refere a essas relações psicofisiológicas, pode ser assim definido: todo o processo consciente, toda forma psicologicamente percebida está estreitamente relacionada com forças integradoras do processo fisiológico cerebral. A hipótese da Gestalt, para explicar a origem dessas forças integradoras, é atribuir ao sistema


23 nervoso central um dinamismo auto-regulador que, à procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em todos coerentes e unificados. Quando se estuda o fenômeno da percepção visual, se estabelece, inicialmente, uma primeira divisão geral entre forças externas e forças internas. As forças externas são constituídas pela estimulação da retina através da luz proveniente do objeto exterior. Essas forças têm origem no objeto que olhamos, ou melhor, nas categorias de luz em que se encontra. As forças internas de organização que estruturam as formas numa ordem determinada, a partir das condições dadas de estimulação, ou seja, das forças externas. As forças internas têm a sua origem, segundo a hipótese da Gestalt num dinamismo cerebral que se explicaria pela própria estrutura do cérebro. Através de suas pesquisas sobre o fenômeno da percepção, feitas com grandes números de experimentos, os psicólogos da Gestalt precisaram de certas constantes nessas forças internas, quanto a maneira como se ordenam ou se estruturam as formas psicologicamente percebidas. Essas constantes das forças de organização são o que os gestaltistas chamam de padrões, fatores, princípios básicos ou leis de organização da forma perceptual. São essas forças, ou esses princípios que explicam por que vemos as coisas de uma determinada maneira e não de outra. As forças iniciais mais simples, que regem o processo da percepção da forma visual, são as forças da segregação e unificação. As forças de unificação agem em virtude da igualdade de estimulação. As forças de segregação agem em virtude de desigualdade de estimulação. As forças de segregação e unificação explicam a formação de unidades como pontos, linhas, manchas. Segregação, segundo Gomes (2004, p. 30) “é a capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo”. O autor diz que a unificação consiste na igualdade ou semelhança dos estímulos produzidos pelo campo visual, pelo objeto. A unificação se verifica quando os fatores de harmonia, equilíbrio, ordenação visual e, sobretudo, a coerência da linguagem ou estilo formal das partes ou do todo estão presentes no objeto ou composição. As leis da percepção realmente existem, como sustenta a Psicologia da Gestalt, a maior contribuição do designer não é a aplicação de todas as leis ou princípios da Gestalt, mas sim a escolha de alguns mais interessantes para o contexto de uso. Não serão vistos todos os


24 princípios, mas, sim, aqueles que são úteis para o escopo a que se propõe para o desenvolvimento de uma interface para web. Lei da Proximidade, basicamente diz que quando vários itens estão próximos entre si, formam uma unidade visual única, coesa, e não mais parecerão distintos. Esta relação forma o que sugere que estes elementos são relacionados, de alguma maneira em condições iguais. De acordo com Gomes (2004, p. 34) “são elementos ópticos próximos uns dos outros tendem a ser vistos juntos e, por conseguinte, a constituírem um todo ou unidades do todo”. Lei da Semelhança, Gomes (2004) explica que é a igualdade da forma ou de cor desperta a tendência de se construir unidades, de estabelecer agrupamentos de partes semelhantes. Em condições iguais, os estímulos mais semelhantes entre si, seja por forma, cor, tamanho, peso, direção e outros, terão maior tendência a serem agrupados, a constituírem partes ou unidades. Em condições iguais, os estímulos originados por semelhança e em maior proximidade terão maior tendência a serem agrupados, constituírem unidades. Proximidade e semelhança são dois fatores que muitas vezes agem em comum e se reforçam mutuamente, tanto para constituírem unidades como para unificar a forma daquilo que é visto no sentido da harmonia, ordem e equilíbrio visual. Esta é uma informação muito importante, quando o assunto é desenvolvimento de layouts. Sabendo que elementos próximos dão a idéia de unicidade e relacionamento, que têm ligação entre si, é possível planejar melhor o design de um web site. De acordo com Gomes (2004, p. 33) “a lei da boa continuidade ou boa unificação é a impressão visual de como as partes se sucedem através da organização perceptiva da forma de modo coerente, sem quebras ou interrupções na sua trajetória ou na sua fluidez visual”. É a tendência dos elementos de acompanharem uns aos outros, de maneira tal que permitam a boa continuidade de elementos como: pontos, linhas, planos, volumes, cores, texturas, brilhos, degrades, e outros. Ou de um movimento numa direção já estabelecida. Boa continuidade atua no sentido de se alcançar a melhor forma possível do objeto, a forma mais estável estruturalmente. Segundo a lei da boa continuidade, cada elemento constituinte de um layout deve ter uma conexão visual com outro elemento. Nada deve ser feito ou colocado arbitrariamente, sem levar em consideração a totalidade da composição. E essa conexão pode ser feita alinhando os elementos que precisam passar a idéia de que são ligados. Mesmo estando distantes um do outro, estes elementos, se corretamente alinhados, transmitem a idéia de continuidade e relacionamento.


25 Quando os elementos de um design estão inter-relacionados, quem visualiza percebe, intuitivamente (ou inconscientemente, se preferível), que aquela é uma estrutura mais coesa, forte, mais organizada. Aplicando a lei da proximidade, podemos indicar que elementos próximos são interconectados; através do princípio da continuidade, podemos indicar que elementos distantes mantêm uma relação, quer dizer, fazem parte da mesma “transmissão” (de idéias, conceitos, sentimentos, etc.). Pregnância é a Lei Básica da Percepção Visual da Gestalt e assim definida: Para Gomes (2004, p. 36), “qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permitam as condições dadas”. “As forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quanto o permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do equilíbrio visual”. Gomes (2004) Quanto melhor for a organização visual da forma do objeto, nesse caso o layout de uma interface para web, em termos de facilidade de compreensão e rapidez de leitura ou interpretação, maior será o seu grau de pregnância. E naturalmente quanto pior a organização visual, será menor seu grau de pregnância. Uma boa pregnância segundo Gomes (2004) pressupõe que a organização formal do objeto, no sentido psicológico, tenderá a ser sempre a melhor possível do ponto de vista estrutural. Assim para efeito desse sistema, pode-se afirmar e estabelecer o seguinte critério de qualificação ou julgamento organizacional da forma. Gomes.

2.4.2 Tipografia

De um ponto de vista mais amplo, o abundante e crescente volume de informação que nos cerca, na área de comunicação em massa, determina uma maior seletividade na percepção da informação. Isto significa que só será percebida, compreendida e utilizada de modo adequado e eficiente. Segundo Niemeyer (2003), para funcionar bem na comunicação, a mensagem impressa precisa destacar-se, causar impacto. São também qualidades resultantes de um projeto de design elaborado com rigor metodológico, em que houve o atendimento dos padrões de qualidade na sua produção. A tipografia é um processo de criação de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e


26 forma à comunicação impressa. Conforme Niemeyer (2003), tipografia é um ofício que trata dos atributos visuais da linguagem escrita. Ela envolve a seleção e a aplicação de tipos a, escolha do formato da página, assim como a composição das letras de um texto, com o objetivo de transmitir uma mensagem do modo mais eficaz possível, gerando no leitor destinatário significações pretendidas pelo destinador. De acordo com Farias (2001), a autora define tipográfica como o conjunto de práticas subjacentes à criação e utilização de símbolos visíveis relacionados aos caracteres ortográficos (letras) e para – ortográficos (tais como números e sinais de pontuação) para fins de reprodução, independente do modo como foram criados (a mão livre, por meios mecânicos) ou reproduzidos (impressos em papel, gravados em um documento digital). É comum haver confusão entre os termos “tipologia” e “tipografia”. Não é “mal” de quem faz a confusão; a própria grafia e pronúncia são um pouco semelhantes e realmente podem causar confusão.

Tipologia é o processo de classificação ou o estudo de um conjunto, qualquer que seja a natureza dos elementos que o compõem, para determinação das categorias em que se distribuem, seguindo critérios definidos. No que se diz respeito as letras, uma tipologia trataria então da classificação e caracterização das classes de elementos tipográficos, os tipos (NIEMEYER, 2003, p.13).

Falando sobre a aplicação da tipografia pode ser dividida em duas grandes áreas gerais: impresso e CRTs (cathode ray tubes – tubos de raios cathódicos). Desde a introdução do uso do computador, houve uma conjunção do design de tipografia com o design para CRTs, as telas de televisão e de monitor, também chamadas de terminais de vídeo.

Como a informação escrita atinge os olhos do leitor por ondas luminosas, os primeiros e tradicionais supostos para mensagens virtuais, tais como o papel, são superfícies fixas que refletem a luz. Já as telas de CRTs irradiam a luz. Esta diferença do modo de emissão da luz (que contém a informação, do âmbito da física, condições, os efeitos da mensagem sobre o olho do leitor. Além disso são muito peculiares e distintos os requisitos as condições de realização e os modos de leitura em cada das duas situações, a da mensagem impressa e a da tela (NYEMEYER, 2003, p. 18).

Diversamente ao que ocorre no texto impresso a informação na tela pode ser apresentada de modo dinâmico mutável e com seu conteúdo constantemente atualizado como nos sites da internet.


27 A tipografia para telas segundo Niemeyer (2003, p. 18) “pode ser muito em comum com a tipográfica de impressos, mas ainda assim é uma área específica com seus problemas próprios. A leitura em telas, por exemplo, é em geral mais lenta que a sobre o papel. Os requisitos de tamanho e de desenho de letras são peculiares”. A legibilidade é a qualidade tipográfica de um texto (ou fonte tipográfica) que determina a sua facilidade de leitura. Muitas fontes tipográficas são criadas para atender às dificuldades de leitura específicas de um veículo de comunicação.

Entre as primeiras pesquisas cientificamente controladas sobre a legibilidade destacam-se os experimentos do oftalmologista francês Emile Java, a partir de 1879. Javal foi o primeiro a demosntrar que a metade superior de uma palavra é lida muito mais facilmente do que sua metade inferior (FARIAS, 2001, p.58).

De acordo com Farias (2001) embora a metodologia deste tipo de experimento tenha sofrido diversas modificações com o passar dos anos, pesquisas sobre legibilidades são vistas com desconfiança por parte dos designers gráficos e por tipógrafos. Pelo fato de focar unicamente os valores funcionais e os resultados deste tipo de pesquisa venha impor limites em uma prática que se diz criativa. As suspeitas dos designers em relação às pesquisas sobre reconhecimento de caracteres por meios informáticos são ainda maiores, por sugerirem uma tipografia eficiente e legível, não somente do ponto de vista humano, quanto do ponto de vista, em boa medida limitado, do computador ( FARIAS, 2001, p.59)..

Segundo Farias (2001) de acordo com o Oxford English Disctionary, o termo „legible‟ significa “O que pode ser lido. [...] Suficientemente claro para ser lido; facilmente decifrável”, enquanto para „readable‟ significa: Apto para ser ligo, legível. [...] Apto para ser lido com prazer ou interesse. Geralmente empregado a respeito de trabalho literário: Fácil ou agradável de ler, aprazível ou atrativo”. Em português não encontramos sinônimos para „legibilidade‟, determinar exatamente qual a diferença entre os dois termos parece não ser tarefa fácil, mesmo para pesquisadores da língua inglesa. Relacionado a visualização em tela no caso de natureza para a web, a legibilidade da tipografia é flexível e intrincada. A internet possui diversas variantes: distintos tamanhos de telas, monitores com baixa resolução, possibilidades de representação infinitas, interfaces as mais diversas possíveis, além da multimídia completa permitida. Não basta só estética, a


28 tipografia para web precisa ser agradável, legível quando necessário, deve possuir personalidade própria. Farias (2001) afirma que problemas de espaçamento, inconsistência no desenho e baixa legibilidade nas telas de computador ainda persistem. Embora muitos dos princípios dados como certos na tipográfia impressa não possam ser aplicados diretamente à tipográfia „em tela‟ , os problemas que dizem respeito ao design de tipos podem ser resolvidos a partir da edição dos bitmaps de uma fonte. Até uma fonte redicalmente fora dos padrôes pode se tornar, neste sentido, mais „legível‟, se tiver seus bitmaps editados do que uma fonte tradicional gerada automaticamente para tela a partir de seus contornos. Fontes bitmaps também conhecidas como fontes de tela ou screen fonts. Essas fontes são otimizadas para apresentarem o máximo de desempenho no monitor, levando em conta a grade de pixels dos mesmos. Essas fontes não possuem anti-serrilhados, por isso apresentam uma leitura mais agradável. Existem fontes otimizadas para uma melhor visualização na tela. Suas características são: letras com hastes mais largas, maior altura no corpo, espaço maior entre as letras. Tudo objetivando um melhor encaixe da letra à grade de pixel do monitor. São tipos projetados para proporcionar legibilidade na tela, independentemente, da resolução, para serem utilizados apenas em projetos desenvolvidos para mídias digitais, web pages ou apresentação multimídia. Como Farias (2001) comenta para a tipografia em tela, como a leitura para a internet ou outras mídias, não se pode buscar a mesma definição e perfeição que existe na mídia impressa. O segredo de uma boa tipografia traduz-se, principalmente, na apresentação de soluções para uma boa leitura da mensagem de acordo com a assimilação do público que se deseja atingir. Segundo Allan Halley (2008) existe 3 regras para utilizar a fonte certa para o uso na internet: 1. Formas simples funcionam melhor para resoluções baixas. Fontes rebuscadas, geralmente, não estão na Internet. Isto ocorre porque, primeiro, fontes rebuscadas (decorativas) podem prejudicar o processo de comunicação. E, segundo, a menos que as fontes rebuscadas sejam usadas em tamanhos muito grandes, alguns “bits” se perdem devido a baixa resolução das telas de computadores; 2. Com telas de resoluções modestas, quanto maior a fonte, mais pixels você terá para definir as letras – e melhor sua página eletrônica parecerá. Fontes grandes,


29 como 16 pontos, não parecerão deselegantes, serão significantemente mais fáceis de ler que as menores. Grandes fontes não só adicionam drama para páginas de Internet, enfatizam, também, o essencial rapidamente. As letras parecem melhores por que tem mais pixels para formá-las. Famílias com proporções e altura x grandes também ajudam a criar melhores gráficos para Internet. Vellvé, TF Forever, Showcard Gothic ou TF Ardent são próprias para banners e subtítulos, enquanto Alinea Sans ou Roman e Bookman Oldstyle são ótimas fontes para textos; 3. Famílias sem serifas tendem a funcionar melhor para Internet. Quando impressas no papel, as serifas são apenas uma porcentagem minúscula da fonte. Na tela, entretanto, devido ao limitado número de pixels disponível, as serifas aumentam muito em proporção com a informação. Na Internet, elas podem se tornar um distrativo ruído para o processo comunicativo. As melhores fontes para publicação em páginas da Internet são as sem serifas (por que são mais legíveis que as com serifa), as “bold” (por permitirem altos níveis de visibilidade), as com proporções condensadas (para obter o maior número de palavras no menor espaço).

2.4.3 Cores (cor pigmento / cor luz)

O valor estético e visual de uma interface digital utiliza softwares específicos onde é possível trabalhar com texto com uma imagem, mudando cores da fonte, do fundo, contrastes etc. Nesse momento existe uma necessidade de conhecimento prévio sobre o tema das cores utilizadas em imagens digitais. Isso se deve pelo fato de haver processos diferentes para a formação das cores. De acordo com Alcantara (2001, p. 7) afirma que:

Todas as pessoas de modo geral são sensíveis as cores, conscientes ou inconscientemente elas influenciam nossas vidas todos os dias, o homem vive num mundo fortemente impregnado pela cor, seja na natureza através do azul do céu, do laranja de um por do sol, de um céu noturno cheio de estrelas, do colorido das flores ou das diversas cores dos alimentos que ingeri. O próprio ser homem enquanto corpo físico externa e internamente é uma entidade permeada de cor, observamos seus cabelos, pele, olhos, ossos, sangue, rins, pulmão, nervos e músculos, ou até


30 mesmo a própria roupa que cobre seu corpo e veremos que a cor indiscutivelmente não pode ser dissociada do homem.

Um profissional de design gráfico conhece essas teorias e sabe processar a imagem digital de tal forma, dentro das limitações tecnológicas, para apresentar o melhor resultado, ou as cores o mais próximo possível uma das outras, nas diferentes mídias escolhidas para a sua leitura. A cor é tudo o que vemos, nos relacionamos com as cores através dos sentidos, e entendemos o que vemos, dependendo de como reagimos em relação a ela. Para entender o funcionamento das cores para o trabalho de uma mídia digital é preciso entender as cores em três aspectos, separação da luz a partir da luz natural, composição das cores para impressão gráfica e reprodução das cores a partir de um feixe de luz artificial. De acordo com Guilhermo, (2002, p. 44), “o primeiro fenômeno é o da separação das cores a partir da luz natural. Isaac Newton foi o pioneiro a tratar desse processo demonstrando como as cores se compõem a partir das propriedades dos raios que compõem as fontes luminosas”. Mais tarde Goethe descreveu a contribuição dos meios físicos e superfícies que a luz encontra quando viaja da fonte aos olhos do espectador; depois Schopenhauer descreveu a função das respostas das retinas. Newton afirma que a luz do dia, a luz “branca”, é composta pelas cores do arco-íris, ou seja, a adição das outras cores gera o branco a luz natural. Assim temos o branco como presença total da luz e o preto como ausência total da luz, e na decomposição, o arco-íris, composto por uma seqüência de cores: amarelo, alaranjado, vermelho, verde, azul e violeta. A esse processo chamamos de síntese aditiva por caracterizarse pela adição dos raios luminosos. Desta forma vemos as cores na natureza e assim aprendemos a denomina-la, a partir das cores de Newton. Esse processo é conhecido também por cor luz ou luz colorida. É a radiação luminosa visível que tem como síntese a luz branca (GUILHERMO 2002, p. 44).

O segundo aspecto citado por Guilhermo (2002, p. 45) “o processo que permite a reprodução das cores na impressão gráfica, conhecido por cor – pigmento, que é uma substancia material, que conforme sua natureza química pode absorver, retirar e refletir os raios luminosos componentes da luz que incide sobre elas.” O sistema utilizado para composição das cores é o processo chamado CMYC (do inglês, cian, magenta, yellow and black ) ciano, magenta, amarelo e preto, que são cores primárias nesse processo, em que o preto resulta da soma das outras cores e o branco da ausência dessas, que é o próprio papel que serve de base, não se utilizando de tinta branca para esses processos de impressão.


31 Guilhermo (2002, p. 47) afirma que “a geração de cores na tela do monitor acoplado ao nosso microcomputador. Essas cores são geradas por um sistema chamado RGB ( também do inglês red, green and blue) vermelho, verde e azul, que passam a ser cores primárias que irão gerar a composição das outras cores”. O uso da cor em suportes luminosos como é o caso de monitores TRC´s ( transmissores de raios catódicos) e TCL ( telas de cristal líquido) exige um estudo mais minucioso, já que a percepção da cor vai se dar diretamente da fonte luminosa. Muitos dos conceitos utilizados partem de estudos realizados com cores – pigmentos, ou seja, aquelas impressas em suportes físicos e que, portanto, comportam-se de forma diferente dos suportes luminosos. Isso acontece porque as cores que podemos perceber na natureza são diferentes daquelas que podemos reproduzir graficamente, que por sua vez, são em menor número daquelas que podemos visualizar na tela de um computador. A escolha de uma cor para uma comunicação visual eficiente possui critérios técnicos, como aspectos fisiológicos do olho e sensibilidade à determinada cor, assim como fatores culturais, hábitos, idade, contexto e de outros fatores subjetivos. A escolha da cor não pode ser escolhida arbitrariamente, com base apenas na sensação estética, a cor certa faz uma interface mais atrativa e possibilita uma comunicação mais clara. A cor é uma importante propriedade estética em uma página na web. Devido a suas qualidades atrativas, podemos usar a cor para identificar os elementos que devem atrair a atenção do usuário. Quando usada indiscriminadamente, a cor pode ter um efeito negativo ou de distração. Isso pode afetar não somente a reação do usuário em relação à página, mas afetar a produtividade, pois se torna difícil focalizar na tarefa (WINDOWS, 1995). É necessário algumas recomendações para o uso da cor em monitores gráficos de computadores. Estabelecer regras gerais ou específicas para o uso da cor é difícil devido a diversidade de fatores que a influenciam. Para definir a paleta de cores para a web é preciso levar em conta as seguintes recomendações para percepção e efeitos da cor: 1. Recomenda-se que as cores de uma página na web não sejam selecionadas separadamente, e sim, dentro de um contexto geral. (ROBERTSON, 1993). A aparência de uma janela pode ser alterada quando outras janelas são abertas na mesma tela. 2. Evitar

de

usar

azul

para

pequenas

áreas.

(ROBERTSON,

1993)

Uma pequena área em azul vai parecer mais desbotada do que uma grande área da mesma cor.


32 3. Evitar o uso do azul e do vermelho, simultaneamente. (ROBERTSON, 1993). O azul e o vermelho têm diferentes profundidades de foco e esse processo é fatigante para o olho humano. 4. As cores que forem utilizadas devem satisfazer as propostas da página na web. (WINDOWS, 1995) 5. Usar a cor como uma forma de informação adicional ou aumentada. (WINDOWS, 1995) Evitar confiar na cor como o único meio de expressar um valor ou uma função particular. 6. Usar a cor para realçar ao invés de usar sublinhado (fazer uso do sublinhado ao invés de itens piscando). (NIELSEN, 2008). Restringir o uso do sublinhado para os links para não confundir o usuário. 7. Sempre que possível, evite usar cores muito quentes, tais como o rosa e o magenta. (ROBERTSON, 1993) As cores muito quentes parecem pulsar na tela e ficam difíceis de focalizar. 8. Utilização de cores monocromáticas, para o texto sempre que for possível. (ROBERTSON, 1993). As cores monocromáticas são mais nítidas aumentando a legibilidade e visibilidade do texto.

2.5

USABILIDADE

Segundo Dias (2003, p. 24) “usabilidade é a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso“. A primeira norma que definiu o termo usabilidade foi ISS/IEC 9126 (1991) sobre qualidade de software. Sua abordagem é claramente orientada ao produto e ao usuário, pois Dias (2003, p. 25) considera usabilidade como “um conjunto de atributos de softwares relacionado ao esforço necessário para seu uso e para o julgamento individual por determinado conjunto de usuários”. O termo usabilidade ultrapassou os limites do ambiente acadêmico Psicologia Aplicada e da Ergonomia, passando a fazer parte de outras áreas como tecnologia da Informação e Interação Homem-Computador.


33 Segundo Dias (2003, p. 28) “um sistema interativo é considerado eficaz quando possibilita que os usuários atinjam seus objetivos. A eficácia é a principal motivação que leva um usuário a utilizar um produto ou sistema”. A usabilidade pode ser considerada uma qualidade de uso, isto é, qualidade de interação entre usuário e sistema, que depende das características tanto do sistema quanto do usuário. Em outras palavras o mesmo sistema pode ser excelente para algumas pessoas e inadequado ou inaceitável para outras. Usabilidade também pode ser definida como uma medida da qualidade da experiência do usuário ao interagir com alguma coisa, um dispositivo que o usuário possa operar – um site na internet, por exemplo. Dias (2003) cita o livro de Jacob Nilsen, “Usability Engineering”, onde Nilsen descreve cinco atributos da usabilidade: Facilidade de aprendizagem, eficiência de uso, facilidade de memorização, baixa taxa de erros e satisfação subjetiva. A facilidade de aprendizado abrange características de um sistema interativo que permitem aos usuários novatos entenderem como usar o sistema e, posteriormente, como atingir bons níveis de desempenho como ele. De acordo com Dias (2003, p. 31) “a primeira experiência de uma pessoa com um novo sistema, ao aprender a usá-lo, pode ser decisiva para sua utilização posterior”. O sistema é considerado de fácil aprendizado quando usuários inexperientes conseguem atingir um certo grau de proficiência em um curto período de tempo. Outra propriedade importante é a compatibilidade com o contexto de uso. O sistema deve ser capaz de atender às necessidades dos usuários, auxiliando-os a realizar tarefas identificadas como típicas durante a fase de especificação do sistema.

O desempenho dos usuários de qualquer sistema interativo melhora quando os procedimentos necessários ao cumprimento da tarefa melhora quando são compatíveis com as características psicológicas, culturais e técnicas dos usuários; e quando os procedimentos e as tarefas são organizados de acordo com as expectativas e costumes dos usuários (DIAS, 2003, p. 32).

O sistema deve “falar” a língua do usuário, com palavras, frases ao invés de termos técnicos relacionados à tecnologia. As convenções do mundo real devem ser seguidas, apresentando informações em uma ordem lógica e natural. A forma mais comum de identificar o grau de eficiência de um sistema é verificar se os usuários conseguem completar, com sucesso, um conjunto de tarefas típicas.


34 A eficiência de uso é a propriedade onde a utilização de um sistema deve ser eficaz a tal ponto de permitir que o usuário, tendo aprendido a interagir com ele atinja níveis altos de produtividade na realização de suas tarefas. Esse atributo está relacionado com os usuários experientes, isto é, aqueles que já atingiram o grau de proficiência mínimo, seja pela quantidade de horas diárias dispensadas ao uso do sistema ou pelo tempo total desde a primeira utilização (usuário há mais de um ano, por exemplo). Para avaliar a eficiência de uso de um sistema, é comum estabelecer um determinado nível de experiência desejado dos usuários e medir o tempo gasto para a realização de tarefas típicas por uma amostra de usuários com tal experiência. É possível ainda observar a evolução do desempenho do usuário com o sistema, à medida que ele se torna cada vez mais experiente em seu uso. Facilidade de memorização – após um período sem utilizá-lo o usuário não freqüente é capaz de retornar ao sistema e realizar suas tarefas sem necessidade de reaprender como interagir com ele.

Além dos usuários inexperiente e freqüentes, existem ainda os usuários casuais, intermitentes, isto é, aqueles que utilizam os sistema esporadicamente. Esses usuários não tem, certamente, a desenvoltura dos usuários experientes que usam os sistema diariamente. Basta, aos usuários casuais, relembrar como usa o sistema, tornando como base seu aprendizado anterior (DIAS, 2003, p. 34).

Normalmente, sistemas fáceis de aprender, são fáceis de lembrar. Uma maneira de avaliar esse atributo é testar o sistema com um grupo de usuários que deixaram de utilizá-lo por um período, medindo o tempo que gastam para realizar tarefas típicas. Baixa taxa de erros em sistema com baixa taxa de erros, o usuário é capaz de realizar tarefas sem maiores transtornos, recuperando erros, caso ocorram. Ao utilizarem um sistema, os usuários não esperam qualquer tipo de problema nem cometer erros pela má qualidade do sistema. É considerado um erro qualquer ação que atinja o objetivo desejado. A taxa de erros de um sistema é medida pela quantidade de tais ações feitas pelos usuários, durante a realização de uma determinada tarefa. Alguns erros podem ser corrigidos facilmente, sem compreender a tarefa que estava sendo executada. Satisfação subjetiva o usuário considera agradável a interação com o sistema e se sente subjetivamente satisfeito com ele.


35 Para avaliar a satisfação com um sistema, normalmente são utilizados questionários em que os usuários podem classificar sua experiência interativa, associando-a a adjetivos predeterminados, respondendo afirmativa ou negativamente a frases prontas, apontando pontos positivos e negativos da interface e ainda expondo livremente sua opinião. É evidente que as respostas a tais questionários são subjetivas, sob perspectiva de um único usuário. Por isso para obter resultados consistentes, são consolidadas respostas de uma quantidade estatisticamente razoável de usuários para que sua média seja considerada uma boa medida da satisfação proporcionada pelo sistema (DIAS, 2003, p. 36).

Consistência de tarefas similares requerem seqüências de ações similares, assim como ações iguais devem acarretar efeitos iguais. Usar terminologia, leiaute gráfico, conjunto de cores e fontes padronizados também são medidas de consistência. Segundo Dias (2003, p. 35) “a consistência se mede sempre em relação a alguma coisa, comparando situações e ações e objetivos. Esse atributo está diretamente relacionado com a facilidade de aprendizado. Aprender a realizar uma tarefa em um contexto tornará mais fácil de aprender como realizar tarefas similares em contextos similares”. Dias (2003, p. 36) conclui que “um sistema é considerado consistente quando permite que o usuário obtenha o mesmo efeito quando executada uma determinada ação, isto é, há uma relação direta entre ação e seu efeito, independente do contexto”. Flexibilidade refere-se a variedade de formas com que o usuário e o sistema trocam informações. Esse atributo diz respeito à capacidade do sistema em se adaptar ao contexto e às necessidades e preferências do usuário, tornando seu uso mais eficiente. Em função da diversidade de tipos de usuários de um sistema interativo, é necessário que sua interface seja flexível o bastante para realizar a mesma tarefa de diferentes maneiras, de acordo com o contexto e com as características de cada tipo de usuário. Deve-se fornecer ao usuário procedimentos e opções diferentes para atingir o mesmo objetivo, da forma que mais lhe convier. Quanto mais variadas as maneiras de realizar uma tarefa, maiores são as chances que o usuário possui de escolher e dominar uma delas no curso de seu aprendizado. Todos esses conceitos se inter-relacionam e podem ser medidos e observados em diferentes contextos. As facilidades de aprendizado e de memorização de um sistema, por exemplo, podem ser medidas pela comparação do desempenho de um sistema ao longo do tempo ou quando testado com usuários experientes e inexperientes.


36 2.6

ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO

A realização de negócios e a troca de informações através de meios digitais já é uma realidade incontestável. A grande explosão de web sites mostra o potencial da internet como canal para transferência de interesses comerciais bem como para transferência de conhecimento. Segundo Lynch e Orton (2001, p 5) “cada projeto para a internet oferece desafios únicos, mas o processo global do desenvolvimento de um site complexo”.

O desenvolvimento de um site de grandes dimensões é um processo que pode ter conseqüências de longo alcance para o orçamento, os recursos humanos e as relações públicas de uma empresa, tanto durante o seu desenvolvimento como muito tempo após o seu lançamento bem sucedido. Muitos sites da internet nascem de esforços destinados a fins específicos, criados por pequenos grupos de acionistas que trabalham isolados de todos os seus colegas da empresa e sem considerarem integralmente suas metas, dentro do contexto missão global da empresa. O resultado de esforços de desenvolvimento precipitados e pouco planejados geralmente é um site órfão, faminto de recursos e atenção (LYNCH; ORTON, 2001, p. 5).

Apesar da grande quantidade de websites ricos em conteúdo, ainda não é comum a prática de incluir a arquitetura de informação como parte fundamental no processo de desenvolvimento. Definir com clareza o que é arquitetura de informação não é tarefa das mais fáceis, por se tratar de uma área de atuação ainda muito nova e por não se ter bem definido ainda o tipo de profissional capacitado para atuar com essa especificidade. Rosenfeld e Morville (1998) relacionam estreitamente a arquitetura de informação à biblioteconomia, considerando, inclusive, que os biblioteconomistas e documentalistas seriam as pessoas mais capacitadas para atuar nesta área, uma vez que envolve a estruturação e organização de informação para o que se utilizam os conceitos oriundos da ciência da informação. Segundo Wurman (1996), um dos primeiros autores a considerar a necessidade de um estudo aprofundado da organização de informação nas novas mídias, um arquiteto de informação é: 1. o indivíduo que organiza os padrões inerentes aos dados, tornando o que é complexo claro; 2. a pessoa que cria a estrutura ou mapa de informação que possibilita a outros encontrarem seus caminhos pessoais para o conhecimento;


37 3. a ocupação profissional emergente do século 21 que direciona as necessidades da era focada na clareza, entendimento humano e a ciência de organização da informação. Segundo Lynch e Orton (2004) o objetivo da arquitetura da informação é detalhar o conteúdo e a organização do site. Deve-se fazer todo um inventário de todo conteúdo existente, descrever que novo conteúdo é requerido e definir sua estrutura organizacional. Depois que a arquitetura do conteúdo tenha sido esquematizada, são construídos pequenos protótipos das partes do site para testar qual é a sensação de mover-se dentro do novo design. Reiss (2000) destaca que a arquitetura de informação para web sites está relacionada com o arranjo de informação acessível através de aplicativos navegadores (mais especificamente as relações internas entre páginas individuais) de forma que os usuários possam acessar com o mínimo de esforço e confusão. Para o autor, a boa arquitetura de informação é a chave para assegurar que os usuários possam ter a melhor experiência ao visitar um site. Entretanto, isso envolve muito mais do que simplesmente definir alguns itens de menu em uma página principal. Arquitetura de informação está relacionada, também, com a disposição da informação sob cada item de menu de uma maneira perceptível, com o nível de detalhe oferecido ao usuário, além da avaliação constante dos objetivos do site a fim de adequá-los aos objetivos do usuário. Desta forma, tem-se que a arquitetura de informação deve ser encarada como uma das maneiras de se aprimorar a usabilidade de um sistema através do desenvolvimento de uma estrutura de informação que possibilite ao usuário atingir suas metas de interação durante o processo de busca de informação.


38 3

3.1

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

CENTRO SUL

3.1.1 Descrição da Empresa

3.1.1.1 Dados de Identificação

Razão Social: Consórcio Magno Martins Engenharia Ltda e Etecol Construção Ltda; Nome Fantasia: Centro de Convenções de Florianópolis – CentroSul. CNPJ/ MF: 01.263.895/0001-10 Inscrição Estadual: 253.502.659 Inscrição Municipal: 097160-0 Telefone: (48) 3251.4000 Fax: (48) 3251.4010 Site Comercial: www.centrodeconvencoes.com.br Site Institucional: www.centrosul.net

3.1.1.2 Localização

Localiza-se na Avenida Governador Gustavo Richard, s/nº - Aterro Baía Sul, Centro de Florianópolis. É uma localização considerada nobre, privilegiada e de fácil acesso, pois é um local próximo a restaurantes, hotéis, shoppings e ao centro histórico da capital. Além disso, têm vista para o mar e distancia-se a apenas 13 km do Aeroporto Hercílio Luz e 8 km da BR – 101.


39 3.1.1.3 Histórico

O texto da trajetória foi retirado de um dossiê produzido pela empresa apresentado para o Prêmio Caio2 2004 Florianópolis sempre foi vista como uma cidade paradisíaca por seus visitantes. Mas, para os colonizadores, seus descendentes e atuais habitantes que moram, trabalham e dependem da cidade para sobreviver, Florianópolis nem sempre foi um local de oportunidades. A partir da década de 80, o nome Florianópolis começou a aparecer como destino turístico. Mesmo assim, eram dois, no máximo três meses de bons negócios e o resto do ano de preocupação. Enquanto outras cidades do Estado definiam suas „vocações econômicas‟ (pólos têxteis no Vale do Itajaí; pólos industriais no Norte; cerâmica e extração mineral no Sul), Florianópolis seguia com o título de capital de Santa Catarina, mas com sérios problemas decorrentes da sazonalidade. Além de hotéis, pousadas, restaurantes e demais serviços essenciais ao receptivo turístico, a capital catarinense necessitava de um local que fomentasse o turismo de eventos como alternativa econômica e fonte de desenvolvimento. O turismo de eventos, além de estar de acordo com a vocação turística do município de Florianópolis, resolveria ainda, um dos problemas mais comuns causados pelo turismo: a sazonalidade. A solução para essa demanda começou a ser formulada na metade da década de 90. A construção do CentroSul teve seu marco histórico no ano de 1996, quando foram abertas as licitações para construção do empreendimento, sendo que neste período, somente sete organizações retiraram o manual de licitação. No entanto, apenas o Consórcio Magno Martins Engenharia Ltda e Etecol Construção Ltda efetivamente entregou suas propostas. A terraplanagem começou em abril de 1997 e, em maio do mesmo ano, onze homens (entre carpinteiros, serventes, mestre de obras, estagiários e engenheiros) iniciaram a construção do CentroSul. Em menos de um ano, a obra já contava com mais de quarenta funcionários. Foram investidos mais de US$ 11,5 milhões no empreendimento.

2

O Prêmio Caio® é um produto da Revista EVENTOS, realizado pela Expo Editores. O "Oscar dos Eventos" foi criado em 1999, com o objetivo de incentivar, reconhecer e valorizar o trabalho de empresas e profissionais da Indústria Brasileira de Eventos, proporcionando reconhecimento em seu segmento e na mídia.


40 Os trabalhos foram concluídos em maio de 1998. Nesse mesmo mês, foram contratados os primeiros colaboradores para o funcionamento do CentroSul e o espaço foi inaugurado. Em junho de 1998 inaugura-se o Centrosul, um marco para o segmento na cidade. Oferecer a Florianópolis um empreendimento capaz de reunir qualidade e porte para a realização de eventos, durante todo o ano, e diminuir a sazonalidade foram os principais objetivos dos empreendedores do CentroSul. Além de estar localizado no centro de Florianópolis, o CentroSul está situado estrategicamente no coração do Mercosul, eqüidistante dos dois maiores pólos populacional, comercial e industrial da América do Sul, como São Paulo e Buenos Aires. A qualidade dos serviços prestados e o constante aperfeiçoamento do Centro de Convenções de Florianópolis vêm sendo reconhecidos local e nacionalmente. Poucos meses após a inauguração, em agosto de 1998, o CentroSul recebeu uma homenagem da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis, em reconhecimento ao empreendedorismo da obra. O CentroSul recebeu, em 1999, o certificado “100 Melhores do Verão”, oferecido pela Oficina de Eventos da Escola de Turismo e Hotelaria de Florianópolis, por sua contribuição à excelência e à qualidade da temporada de verão. De forma inédita no país, em 2000, o CentroSul

foi o primeiro Centro de

Convenções Brasileiro a receber a certificação da ISO3 9002. A certificação foi fornecida pela DNV4, da Holanda. Nos anos 2000, 2001, 2003, 2006 e 2007 o CentroSul recebeu quatro Jacarés de Ouro, do Prêmio Caio, como melhor Centro de Convenções e Exposições do Brasil e em 2007 como melhor Centro de Convenções de Grande Porte da Região Sul. Em 2002 e 2004 também no prêmio Caio, o empreendimento recebeu um Jacaré de Prata, na mesma categoria. O CentroSul ganhou o Troféu Destaque ABIH-SC 2002, conferido pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, na categoria “Equipamento Turístico”. O júri considerou que o papel do CentroSul foi fundamental para alavancar e viabilizar o turismo de eventos na Capital catarinense e na região da grande Florianópolis. Em 2002, o CentroSul, através da captação de grandes eventos, trouxe para Florianópolis a Futurecom, que era realizada em Brasília e que reúne as maiores empresas de tecnologia do mercado. A Futerecom assinou contrato com o CentroSul até o ano de 2010.

3 4

ISO: Sistema de Gestão da Qualidade. DNV: Sistema de Gestão de Qualidade Européia.


41 O CentroSul conquistou ainda, a maior premiação do gênero no marketing catarinense, o Top de Marketing 2003, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina (ADVB/SC). O case foi reconhecido por fomentar o turismo de eventos como alternativa socioeconômica para o desenvolvimento auto-sustentado do município e da região. O reconhecimento internacional veio em julho de 2003, no “Seminário sobre Centro de Convenções”, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Somente dois empreendimentos privados brasileiros foram escolhidos para apresentar seus cases de sucesso consolidados nesta área: o CentroSul e o Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo.Em 2007 o CentroSul conquistou conquistou o prêmio Top de Turismo 2007 também da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). O CentroSul está consciente da participação em causas sociais, pois participa de ações e promoções comunitárias. Desde 2004, cede, sem qualquer tipo de ônus, espaço físico para a comercialização de produtos artesanais, apoiando a cultura local. A iniciativa surgiu da parceria com o Sebrae, no projeto Arte Catarina, a qual durou seis meses. Porém, até hoje, 60 artesões comercializam e divulgam a cultura catarinense nos eventos realizados no CentroSul. Em 2005, foram realizados no Centrosul cento e quarenta e um eventos com a participação de aproximadamente trezentas e oitenta e cinco mil pessoas. Nestes oito anos de atuação no mercado são quase mil eventos captados para Florianópolis, onde já circularam cerca de dois milhões e oitocentas mil pessoas. O CentroSul foi construído e até hoje é administrado pelas empresas Consórcio Magno Martins Engenharia Ltda. e Etecol Construção Ltda.

3.1.1.4 Missão

A missão tem a finalidade de orientar e delimitar as ações e o campo de atuação das organizações. Por meio da missão estas expressam sua razão de ser e o papel que exercem na sociedade e no mundo dos negócios. Dessa forma, a missão do CentroSul constitui-se em: “Satisfazer os clientes por meio da excelência na prestação dos serviços através do desenvolvimento e capacitação de nossos colaboradores”.


42 3.1.1.5

Valores

Os valores têm o objetivo de dar significado às regras e às normas de comportamento de uma organização. Pode-se dizer que são as convicções e os princípios morais intrínsecos na cultura da organização. Os valores do CentroSul são:  O conhecimento reúne consciência e competência, discurso e prática;  As pessoas são importantes, cada uma delas faz a diferença;  A ética faz parte da nossa cultura;  Responsabilidade social: equilíbrio e respeito entre as pessoas e o meio em que vivem.

3.1.1.6 Visão

A visão de uma organização está relacionada com a percepção dos seus públicos de interesse, expressa o desejo de como ela quer ser reconhecida no mercado no qual atua. Desse modo, a visão do CentroSul é: “Ser um centro de referência nacional na área de locação de espaço para eventos”.

3.1.1.7 Política da Qualidade do CentroSul

“Oferecer serviços de locação de espaços para eventos com qualidade, buscando constantemente a satisfação de nossos clientes, a melhoria contínua e a valorização dos nossos colaboradores”.


43 3.1.1.8

A Empresa

a) Em relação à estrutura e funcionamento: O CentroSul foi construído em espaços flexíveis e multifuncionais, num total de 18 mil metros quadrados. Isto permite a ocorrência simultânea de diferentes eventos como reuniões, congressos, formaturas e feiras, sem que um interfira no outro. Sua estrutura divide-se basicamente em dois pavimentos com funções específicas: saguões e plenárias. O saguão e os pavilhões são destinados para feira e exposição e situam-se no pavimento inferior, enquanto o ambiente do piso superior é reservado a seminários, congressos e apresentações. O CentroSul é dotado de cinco grandes acessos, incluindo rampas para portadores de deficiências especiais, portões e entradas independentes para o pavilhão A e plenária principal. Os pavilhões de exposições e feiras contam com duas docas de carga e descarga e depósito, que permitem agilidade na montagem de estandes. Este espaço, de 7,2 mil metros quadrados, tem capacidade para até 17 mil pessoas em pé. Possui salas reservadas, com camarins, além de bilheteria e camarotes com vista panorâmica para o salão. Como o saguão localiza-se no piso inferior, ele conta com áreas de secretaria, para inscrições e credenciamento, e uma central de serviços. O piso superior (climatizado) é planejado para a realização de seminários, congressos ou apresentações artísticas. A plenária principal, com 2,5 mil metros quadrados, tem capacidade para 2.560 pessoas sentadas. Essa área pode ser transformada em auditórios menores, com divisórias acústicas que permitem um melhor aproveitamento, comportando, assim, a realização de eventos simultâneos. As outras nove salas do piso superior têm capacidades que variam entre 30 e 460 assentos, com espaços para salas VIP 5 e de imprensa, de 30 metros quadrados cada. O empreendimento conta ainda com espaços para colocação de cabines de tradução, nas laterais da plenária. Toda a estrutura do CentroSul é dotada de sistema de emergência e prevenção de incêndio, com nove saídas de emergência e fechaduras antipânico. Há também um espaço para atendimento médico, que atualmente está sendo utilizado pela Unimed, onde ficam médicos à disposição durante os eventos. 5

VIP – Very Important Person (Pessoa Muito Importante).


44 Além de gerador próprio de energia de 650 KW, há um sistema de bateria que aciona iluminação de emergência, assegurando o abastecimento de energia. O empreendimento é dotado de central telefônica com capacidade para 500 ramais e conexão para internet via rádio, e dispõe de caixas de piso no pavimento inferior, onde estão os pontos de energia, telefone, água e esgoto. Assim, facilita o trabalho dos prestadores de serviço hidráulico, de telefonia, som e luz, uma vez que, o espaço é planejado para assegurar agilidade na montagem e desmontagem dos equipamentos, com cabos de energia, comunicação e tubulações subterrâneas. O CentroSul possuí nove sanitários, sendo distribuídos da seguinte maneira: dois banheiros femininos e dois masculinos, no pavimento superior, e dois masculinos e três femininos, no piso inferior. Todos os conjuntos sanitários oferecem instalações próprias para usuários portadores de necessidades especiais. Possui ainda, facilidades para o deslocamento e acesso dos portadores de necessidades especiais. Um elevador está disponível para a locomoção entre o andar inferior e superior, além de rampas nas portas laterais. O estacionamento do CentroSul tem capacidade para 800 veículos, podendo ser acrescido de mais 400 vagas. Desde o mês de março de 2006, é administrado em parceria com a Multipark Estacionamento. O CentroSul conta com um amplo restaurante e snack bar6 no piso superior e, cafeteria no piso inferior. Este serviço é terceirizado pela Rede Bragança Gastronomia.

b) Em relação à qualidade dos produtos e serviços: O CentroSul atua no ramo de locação de espaços para eventos, oferecendo segurança externa e estacionamento. Deste modo, disponibiliza aos seus clientes os seguintes serviços:  Locação de salas;  Locação de plenária;  Locação de pavilhões;  Vigia noturno;  Apoio a eventos;  Estacionamento. Os espaços comercializados pelo CentroSul comportam eventos, tais como: aulas; congressos; convenções; coquetéis; cursos; debates; desfiles; encontros; exposições; feiras; 6

Snack bar – Um tipo de lanchonete.


45 formaturas; fóruns; jantares; jornadas; lançamentos de produtos e serviços; leilões; palestras; reuniões; seminários; shows; simpósios; workshop. b) Em relação ao público externo: Uma empresa pode considerar como público externo todos os grupos que são externos a ela, porém com algum vínculo. Para Cesca (1997, p. 24), “público externo é formado por aqueles que não atuam no âmbito da empresa, mas que possuem algum tipo de ligação com ela”. São considerados público externo para o CentroSul: os consumidores (pessoa física e jurídica), bancos, imprensa, concorrentes, Poder Público, escolas, universidades e a comunidade.

3.2

RECOLHIMENTO DE DADOS

3.2.1 Turismo no Brasil

No Brasil, o turismo como fenômeno social começou depois de 1920. Pode-se traçar um marco com a criação da Sociedade Brasileira de Turismo, em 1923. Pode-se concluir que, especialmente a partir de 1945, o turismo se desenvolveu tornando-se uma indústria internacional significativa. À medida que desenvolveu, também se especializou, com a consolidação de empresas verticais e horizontais criando diferentes escalas de operação em diversos segmentos do mercado. O crescimento das empresas aéreas internacionais, os avanços da tecnologia da informação e a flexibilidade crescente das excursões em grupo contribuíram para a presente estrutura e para as características da indústria do turismo. Dentre as características mais significativas, destacam-se as seguintes: 

O volume crescente do turismo internacional;

A democratização das férias, com uma maior participação de grupos sócioeconômicos diferenciados;

A importância contínua do transporte aéreo na globalização do turismo;

A flexibilidade crescente das excursões em grupo para sustentar a demanda do turismo e promover as viagens em longas distâncias;

O surgimento dos serviços de viagens especializados, ou seja, operadoras ou agências de viagens, para facilitar a escolha e fornecer informações;


46 

O desenvolvimento contínuo da tecnologia da informação a fim de gerenciar a “explosão de informações” relevantes a indústria do turismo;

O reconhecimento crescente por parte de vários governos do potencial significativo do turismo nas economias nacionais e subnacionais.

O desenvolvimento do turismo abrange um amplo e diversificado conjunto de atividades econômicas com importância destacada no setor de serviços, na indústria e no comércio em geral. Conforme Barreto (1995) o turismo compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um determinado município, estado ou país. O turismo é a atividade econômica que mais tem crescido no mundo. Mesmo estando relacionado inteiramente a renda e a outros fatores da natureza socioeconômica, não sofreu grandes impactos provenientes das crises econômicas e políticas registradas no mundo nos últimos anos, mantendo um alto nível de crescimento.

Entretanto no mundo ele já respondeu pelo fluxo entre países de 625 milhões de pessoas, sendo responsável pela geração de 260 milhões de empregos, faturamento de US$ 3,8 trilhões, que corresponde a 10,1% do Produto Interno Bruto Mundial e arrecadações de US$ 655 bilhões de impostos (direto, indiretos e pessoais) (MATIAS, 2002, p. 34).

No Brasil todo o turismo de eventos tem se caracterizado como o mais lucrativo filão de mercado, tanto por possibilitar a ampliação da demanda na alta estação, quanto por ser a alternativa mais viável para superar o vazio da baixa estação. Esta atividade tem se destacado na Europa, América do Norte e alguns países da Ásia, especificamente na realização de congressos, convenções, seminários, fóruns, simpósios, etc. Na América Latina, notadamente no Brasil, os indicadores demonstram um aumento crescente, exigindo, cada vez mais, espaços adequados, equipamentos sofisticados e, principalmente, recursos humanos qualificados e profissionalizados (BRITTO; FONTES, 2002).

O primeiro evento no Brasil aconteceu em um local destinado a realização de eventos foi um baile de carnaval, em 1840. A atividade no Brasil somente tomou impulso após a Segunda Guerra Mundial, mais especificamente a partir da década de 1950, com a organização das classes profissionais e com o desenvolvimento industrial no país (MATIAS, 2002, p. 32).


47 Estatisticamente e comercialmente o turismo de eventos ganha força a cada ano no Brasil e a força do segmento é percebida em vários aspectos. Dentro dessa discussão está a importância, também, dos centros de convenções espalhados pelo Brasil. Hoje o turismo de negócios representa peça fundamental para troca de tecnologia, informação e cultura e se consolida como espaço comercial imprescindível para apresentação de produtos ao mercado. Está mais do que provado que o turismo de eventos fomenta o comércio e a prestação de serviços regionais e que é responsável por uma injeção constante de recursos na economia local. Dados do mais recente Boletim de Desempenho Econômico do Turismo (BOLETIM..., 2008)7 destacam que o mercado de eventos já representa dois terços de toda a atividade turística nacional e que tem aumentado o número de participantes anualmente. Além disso, na comparação entre abril e junho deste ano com o mesmo período do ano passado é possível constatar elevação de 12,9% no faturamento obtido pelo turismo de negócios ou de eventos. Conseqüentemente, o crescimento e a qualificação dos centros de eventos também é uma realidade brasileira, inclusive na Região Sul. Na história dos centros, que remonta os anos 70, a idéia da construção desses ambientes era atender o desenvolvimento cultural, industrial e comercial da época. Hoje o conceito de centros de convenções é mais amplo. Existe a necessidade de novos espaços em estados fora do eixo Rio-São Paulo que permitam uma relação harmoniosa entre o turismo de eventos e o turismo de lazer. Especialistas em turismo estimam que o gasto médio do turista de lazer é de US$ 45,00 por dia no Brasil enquanto o de eventos fica em torno de US$ 150,00, ou seja, mais do que o triplo. Isso deixa claro que é mais rentável transformar um turista voltado ao lazer em turista de negócios do que o contrário. Qualificar e ampliar a atuação de centros de convenção em regiões já consagradas pelo apelo turístico são caminhos seguros e com boas perspectivas. Ao mesmo tempo em que o congressista viaja para realizar negócios também tem a possibilidade de desfrutar de ambientes agradáveis e ter momentos de lazer. É essencial, ainda, a modernização dos espaços para eventos capazes de satisfazer as necessidades de empresas, entidades, instituições e um público exigente e que precisa de alta tecnologia. Outra tendência que faz parte do desenvolvimento contínuo dos centros de convenções é a diversificação de

7

BOLETIM de desempenho econômico do turismo. Disponível em: http://www.braziltour.com/dados_fatos Acesso em: 7 set. 2008.


48 atividades. Além de receber grandes públicos os centros de convenções despertam para a importância de captação de eventos de menor porte através da otimização de espaços. Com apoio governamental e atualização constante das empresas, os centros de convenções definitivamente poderão se consolidar como grandes colaboradores para que o setor de turismo brasileiro se expanda e assim todas as regiões sejam grandes captadoras, não apenas em termos de quantidade, mas, de qualidade com valor agregado para o empreendimento e a comunidade ao seu redor. Será apresentado a seguir, uma visão do turismo direcionado a Florianópolis.

3.2.2

Turismo com enfoque em Florianópolis - SC

Santa Catarina exibe um dos maiores calendários de eventos do país, com a programação de grandes festas típicas, congressos dos mais renomados, exposições e feiras envolvendo produtos da mais alta qualidade, eventos esportivos internacionais, festividades religiosas com repercussão mundial e encontros gastronômicos de primeiro nível, além de congressos com participantes do Brasil e do exterior. Santa Catarina se firma como pólo de turismo de negócios. Com cerca de 100 bons espaços para realização de grandes eventos, tem sediado mais de 1.000 eventos por ano, que reúnem mais de 5 milhões de participantes, o equivalente à população do Estado.8 Desta forma o turismo de eventos em Santa Catarina é destaque. Profissionais qualificados e experientes estão habituados a atuar em promoções, congressos e convenções de âmbito nacional e internacional que envolve milhares de participantes. Santa Catarina dispõe de infra-estrutura de qualidade em todos os aspectos: espaço físico, serviços públicos e privados, móveis e equipamentos, hotelaria, culinária, comunicações, transporte, entre outros. O gasto dos turistas (nacionais e estrangeiros), então, aumentará a partir do desenvolvimento de novos produtos e serviços. De fato, o sistema turístico catarinense definirá o perfil do turista desejado e, para atingi-lo, aumentará a própria capacidade de atender as necessidades e interesses dele.

8

Disponível em: http://www.santacatarinaturismo.com.br. Acesso em 8 set. 2008.


49 Por isso, nos próximos anos, o desenvolvimento do setor de turismo em Santa Catarina estará baseado principalmente na qualidade, e apontará na busca por turistas mais motivados e exigentes, com disposição para gastar mais. Além do aumento do número dos turistas, então, Santa Catarina buscará o incremento do gasto médio dos turistas, oferecendo serviços de alto valor para turistas de alta renda. Isso será possível graças à oferta de eventos, nos âmbitos de: 

feiras, congressos e seminários para os turistas de negócio;

esportes náuticos;

turismo de aventura;

os esportes marinhos;

outros esportes de elite (como o golf, o pólo, entre outros.).

O turismo de eventos é uma atividade econômica e social de grande importância. O efeito multiplicador que gera nas cidades sedes de eventos é bastante significativo. Esse segmento é extremamente carente de informações precisas sobre seu processo, sua relevância na economia nacional, sua importância para o desenvolvimento tecnológico e comercial. Para tanto, essas cidades precisam estar preparadas para receber esse segmento, tendo exata noção da realidade e das possibilidades de iniciativa no campo de oferta, tais como: espaços de eventos, equipamentos e serviços, alimentação, transporte, infra-estrutura, diversão, agências de viagem e demais serviços terceirizados que dão suporte ao evento. A sua importância se deve principalmente a um de seus segmentos que é a indústria de eventos, responsável pela considerável ocupação da capacidade instalada nos hotéis, dos serviços de alimentação, das estruturas de entretenimento, dos meios de transportes, entre outros. Diante desse fato o turismo de eventos em Florianópolis é bastante significativo. Localização privilegiada, vantagens competitivas como qualidade de vida, belezas naturais, infra-estrutura hoteleira e de serviços, bons equipamentos, segurança e qualidade no atendimento têm garantido a vinda de grandes eventos para Santa Catarina. Parte da profissionalização do segmento deve-se à criação de Convention and Visitors Bureaux, que organizam e planejam a atividade e demonstram um nível elevado de maturidade do setor. Já há mais de 10 entidades desta natureza no Estado, bem estruturadas e atuantes, nas cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul, Balneário


50 Camboriú, Tubarão, Chapecó, nas regiões da Serra Catarinense (com sede em São Joaquim), Costa Esmeralda (sede em Itapema), Alto Uruguai (sede em Concórdia), entre outros. Santa Catarina começa a se firmar como um dos melhores lugares do país para turismo de negócios devido à localização privilegiada, aliada à excelente qualidade de vida, belezas naturais, espaços modernos para realização de eventos, segurança e qualidade no atendimento. Florianópolis, Blumenau, Jaraguá do Sul e Joinville constam, segundo revistas especializadas, entre as melhores cidades brasileiras para fazer negócios. A capital catarinense possui grandes espaços para eventos, centenas de hotéis e restaurantes, bons serviços e o charme de ser um destino turístico internacional. Florianópolis abriga cada vez mais eventos de grande porte e de qualidade. Na grande Florianópolis o setor de eventos, além de ser uma das alternativas para aumentar o faturamento, é uma excelente forma de minimizar os efeitos da sazonalidade que vinha prejudicando a região há muitos anos. Os equipamentos turísticos que não utilizavam este segmento tentam se reestruturar para competir no mercado, tendo em vista que os empreendimentos mais recentes já foram projetados para este fim.

3.2.3 Turismo de eventos

É realizado por pessoas que desejam participar de acontecimentos promovidos, com a finalidade de discutir assuntos de interesses comuns ou para expor e lançar artigos no mercado. Os eventos têm importância significativa na área de turismo e é uma das atividades que mais crescem neste segmento. Grande parte do movimento turístico internacional se dá em função da realização de eventos. Porém, exige grandes investimentos, pois necessita dispor de infra-estrutura sofisticada, como centros de convenções, hotéis de qualidade, restaurantes, mão de obra bem treinada, opções de lazer, disponibilidade de equipamentos auxiliares e de comunicação, entre outros fatores. Segundo Zanella (2003), cerca de 60% do fluxo turístico mundial correspondem a viagens de lazer e 40% são deslocamentos de caráter comercial ou viagens de negócios. Para os locais receptivos é um ótimo negócio, porque esse tipo de turismo independe dos fatores climáticos. Para cidades como Florianópolis, que possuem clima instável durante boa parte do ano, o que impede a utilização do principal produto turístico, as


51 praias, à realização do turismo de eventos é a grande oportunidade para o desenvolvimento econômico. O tempo médio de permanência de um turista de eventos na localidade é superior ao de um turista convencional e de lazer. O turista de lazer permanece em média três dias em uma localidade, enquanto os participantes de congressos, feiras ou convenções, cerca de seis dias nos locais dos eventos. Normalmente, os eventos são rotativos, ou seja, no período da sua realização é nomeada a Comissão Organizadora do próximo evento, bem como estabelecidos data, cidade e local. Uma pesquisa feita, sobre o mercado de congressos no Brasil, pela Revista dos Eventos (2000), apontou que 79% dos eventos são realizados em destinos diferentes a cada edição. Como o evento é único, o direcionamento de todo público que dele participará, também é. Ou seja, todos os participantes estarão no mesmo local, em um mesmo período de tempo. Visando sempre melhores condições de negociação com os fornecedores turísticos e evitar congestionamentos de tráfego, os organizadores optam pela baixa temporada para a realização de seus eventos. E quanto mais tempo para trabalhar na organização do evento, maiores chances de conseguir boas vendas dos produtos haverá. Deste modo, se houver possibilidade de realizar o evento fora da alta temporada, o evento terá condições de reduzir os custos, como também, diminuirá a probabilidade de ter eventos semelhantes. Em média, os eventos sociais, duram poucas horas a até um dia. Para eventos abertos ou fechados, este período aumenta para três a quatro dias em média. Os meses de maior fluxo são em agosto, outubro e novembro, aqui na cidade de Florianópolis. Há também uma multiplicidade de eventos, que ocorrem dentro de um mesmo segmento. Essa análise serve tanto para os eventos de um mesmo segmento econômico, aparentemente iguais, quanto para as diferentes abrangências. Cada evento internacional possui alguns nacionais, dezenas de estaduais e uma infinidade de regionais ou locais.

3.2.4

Eventos: da História a Atualidade

A palavra evento atualmente é ouvida com bastante freqüência, todos os dias acontecem algum tipo de encontro, seja para uma tomada de decisão, divulgação de um


52 produto, para confraternização de uma empresa ou até mesmo de amigos. Embora inúmeras pessoas desconheçam esse fato, os eventos acompanham a humanidade desde a antiguidade, antes do surgimento da palavra turismo, há registros que as pessoas se encontravam para tratar de assuntos de interesse de todos. Segundo Matias (apud WALKER, 2002, p. 235): “os primeiros deslocamentos identificados como turismo de eventos foram os jogos olímpicos da Era Antiga, datada de 776a.C. Esse evento acontecia da Grécia e tinha caráter religioso”. Outros eventos marcaram a época, como as festas saturnálias, instituídas em 500a.C., de onde se originou o carnaval. Na época, já havia preocupação na organização de recepção para recebimento das tropas. Na Idade Média, os eventos mais marcantes foram os religiosos e os comercias. Estes ocorriam os concílios e as representações teatrais dentro das igrejas que mais tarde foram para as praças públicas, devido ao grande número de espectadores. E aqueles, foram ocasionados pelo surgimento das feiras comerciais, instaladas próximo aos mosteiros e castelos, onde os mercadores pagavam tributos ao clero em troca de proteção.

Para o turismo de eventos, a Idade Média foi bastante significativa, pois praticamente plantou as bases para o desenvolvimento desse tipo de turismo. Foi marcada por uma série de eventos religiosos e comerciais, que causaram o deslocamento de um grande número de pessoas, como membros do clero, mercadores e outros (MATIAS, 2002, p. 5).

As feiras comerciais proporcionaram a abertura de mercado para tudo que era produzido na época, propiciando um desenvolvimento nas atividades produtivas como também no turismo de eventos. As primeiras feiras datam de 427 e ocorriam com certa regularidade. O declínio da Idade Média trouxe de volta à humanidade o desejo pelo conhecimento, o que favoreceu o surgimento do turismo de lazer através da necessidade de conhecer novos lugares e adquirir experiência profissional. Com a revolução industrial, grandes mudanças ocorreram na sociedade, o número de produção aumentou, para realizar a venda e divulgação destes produtos, ocorriam feiras e exposições. O desenvolvimento da indústria proporcionou os avanços tecnológicos dos transportes e da comunicação, surgindo a partir desta época os eventos científicos e tecnológicos.


53 As facilidades oferecidas pelo desenvolvimento industrial foram muito significativas para a evolução do setor do turismo e do turismo de eventos.

O turismo de eventos, embora tenha surgido como atividade programada somente no século XIX, com Thomas Cook, que organizou a viagem de um grupo para participar de um congresso, sua consolidação como atividade econômica e social somente aconteceu no século XX, vindo a provocar o surgimento de uma tipologia versátil de eventos. Os eventos passaram a ser impulsionados e impulsionadores, responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento das cidades (DIAS, 2002, p. 87).

Portando, o turismo de eventos foi se fortificando e se expandindo ao longo da história, adquiriu extrema importância sóciopolítico e econômica, se desenvolvendo em vários países de maneira singular e criativa. De acordo com Dias (2002) a partir deste momento fica claro que: “esse tipo de turismo não necessita somente de espaços que possibilitem sua realização, mas também de investimentos em infra-estrutura logística e operacional”. O turismo de eventos, dentro do contexto histórico, teve crescimento contínuo, desenvolvendo-se em diversos países levando benefícios às comunidades receptoras. O surgimento de entidades e associações formadas por empreendedores, atualmente conhecidas como Convention & Visitors Bureau, tem participação fundamental na captação dos eventos, bem como a venda do local que os sediará.

3.2.5

Conceitos

São muitos os fatores responsáveis pela busca cada vez maior de realização de eventos, ou acontecimentos especiais como também são chamados. Primeiramente consideramos a necessidade do ser humano de conviver em grupo, interagindo e trocando experiências, partindo-se assim da primeira relação com o fenômeno turístico caracterizado pelo deslocamento de pessoas por diversos motivos, entre eles, os eventos. Atualmente temos contato com eventos todos os dias, pela mídia, no ambiente de trabalho, de estudos, ou mesmo nos círculos familiares e sociais. Certamente não há quem nunca tenha participado de um. Mas para que possamos entender melhor o que é um evento iremos conhecer alguns conceitos de eventos. A conceituação de eventos é ampla e complexa, havendo inclusive divergências entre estudiosos quando considerados como um dos segmentos da atividade turística.


54 Seguem relacionados alguns conceitos básicos de eventos, considerando seus aspectos e características:  “Conjunto de atividades profissionais desenvolvidas com o objetivo de alcançar o seu público-alvo por meio do lançamento de produtos, apresentação de uma pessoa, empresa ou entidade, visando estabelecer o seu conceito ou recuperar sua imagem”. (CANTON, 2002, p. 27).  “Conjunto de ações profissionais com o objetivo de atingir resultados qualificados e quantificados junto ao seu público-alvo”. (Ibidem).  “Ação do profissional por meio da pesquisa, planejamento, organização, coordenação, controle e implantação de um projeto visando atingir o públicoalvo com medidas concretas e resultados projetados”. (Ibidem).  “Instrumentos promocional, com finalidade de criar conceito e estabelecer imagem de pessoas físicas, jurídicas, de produtos, serviços, idéias, por meio de um acontecimento previamente planejado [...]”. (MEIRELLES, 1999, p. 124).  “Um evento realmente vale pelo conteúdo que objetiva, pela referência ao contexto que se apresenta, pelo envolvimento estético e emocional que provoca, pela imaginação que evoca, pela participação ativa e experiência que induz e pela realização profissional e pessoal que enseja”. (BENI, 2000, p. 46).  “Evento é componente do mix da comunicação, que tem por objetivo minimizar esforços, fazendo uso da capacidade sinérgica da qual dispõe o poder expressivo no intuito e engajar pessoas uma idéia ou ação”. (MATIAS, 2002, p. 61).  “Evento é o conjunto de atividades profissionais desenvolvidas com o objetivo de alcançar o seu público-alvo por meio de lançamento de produtos, da apresentação de pessoas, empresas, visando estabelecer o seu conceito ou recuperar a sua imagem”. (BRITTO; FONTES, 2002, p. 14).  “Para os profissionais que atuam na área evento significa acontecimento especial, antecipadamente planejado e organizado, que reúne pessoas ligadas a interesses comuns. Evento tem nome, local determinado e espaço prédefinido”. (TENAN, 2002, p. 21).  “Os eventos estão criando oportunidades de viagens, ampliando o consumo, permitindo a estabilidade dos níveis de emprego do setor e promovendo o


55 desenvolvimento e a comercialização de produtos”. (BRITTO; FONTES, 2004, p.28). Pode-se concluir, portanto, que os eventos sempre desempenharam e, cada vez mais desempenham, um importante papel na economia, trazendo muitos benefícios para as comunidades receptoras. Há o aumento do volume de dinheiro, através do aumento do volume de compras de produtos e serviços, da taxa de ocupação dos hotéis, da venda de passagens aéreas e terrestres e da freqüência de bares e restaurantes. A economia local se revitaliza e o município ganha com o aumento expresso da arrecadação.

3.2.6

Benefícios do turismo de eventos

O processo de captação e realização de eventos traz inúmeras vantagens para o núcleo receptor. Ao atrair pessoas, incentivam a economia local e enriquecem a sua vida cultural, promovendo o desenvolvimento sócio-econômico e a qualidade de vida. Além disso, o evento é uma forma de chamar atenção do público potencial e da mídia, sobre o local sede. Na realidade, os eventos carregam todas as vantagens da atividade turística, acrescida de algumas específicas (GILZA, 2005):  Gerador de divisas: na maior parte dos casos o turista de eventos gasta três vezes mais que o turista convencional, além disso, a metade deles viajam acompanhados, resumindo em aumento expressivo de divisas;  Média de permanência: como os eventos têm duração de alguns dias, ocorre um aumento de permanência do visitante, possibilitando uma ampliação no índice de ocupação hoteleira, o que beneficia quase todos os componentes da cadeia de gastos (restaurantes, comércio, entretenimentos, entre outros);  Aumento do nível de emprego: o aumento da demanda de profissionais especializados, como tradutores, secretárias, segurança, garçons, técnicos de som ou luz, entre outros;  Diminuição do efeito da sazonalidade: a maioria dos eventos são organizados no período de baixa estação turística, diminuindo os efeitos negativos causados pela sazonalidade.


56 De acordo com Beni (2000, p. 187), o que apresenta o efeito multiplicador do turismo de eventos, são: a) A terceirização está implantada no setor de eventos; b) Crescimento da economia das pequenas empresas que prestam serviços ao setor de eventos; c) O emprego tende a ampliar, em conseqüência da utilização dessas empresas. A seguir, formas de captação de eventos.

3.2.7

Captação de eventos

É importante identificar quais as organizações privadas e governamentais estão interessadas e/ou envolvidas no processo de captação já que diferentes interesses estão em jogo: financeiros, econômicos, políticos, culturais e científicos. Então é indispensável o trabalho conjunto de profissionais, empresas, entidades e poder público. De acordo com Britto e Fontes (2002) a parceria para captação de eventos pode ser constituída de:  Entidades e associações de classe nacionais e internacionais;  Convention and Visitors Bureau;  Centro de eventos da cidade ou instituição similar;  Organizadores profissionais de eventos;  Agências de viagem especializadas;  Transportadoras aéreas;  Órgãos públicos correlatos. Estes ainda afirmam que o trabalho de captação de eventos envolve três atividades principais: 1. Análise das condições do núcleo para sediar o evento, devendo-se considerar:  A existência de espaços adequados para realizar o evento;  A capacidade hoteleira;  A existência de transportadores turísticos e a sua capacidade de atendimento.


57 2. Avaliação dos tipos de evento que podem ser realizados neste núcleo, considerando-se: 

Levantamento de eventos a serem realizados ainda sem definição do local de instalação;

Levantamento das características de cada evento, incluindo temática, período de duração, perfil do público e quantidade estimada, necessidades técnicas, possibilidade de patrocínio, apoio e divulgação;

Análise das condições reais do núcleo para atender ás necessidades do evento que tiver interesse em sediar;

Avaliação do significado do evento pretendido para o mercado turístico local.

3. Definição da estratégia de captação de eventos para o núcleo, considerando-se aqui: 

Elaboração de uma linha de argumentos para a defesa do núcleo;

Preparação do projeto de defesa com os dados de interesse do promotor;

Efetivação da candidatura ou inscrição para sediar o evento.

Serão apresentados a seguir eventos e suas características.

3.2.8 Eventos e suas características

Diferentes autores apresentam classificações que diferem umas das outras. A seguir, apresenta-se a classificação básica dos eventos. De Acordo com Britto e Fontes (2002) caracterizando-se pelos seguintes aspectos: a) Porte:  Pequeno porte;  Médio porte;  Grande porte;  Megaevento. b) Data de realização:  Fixa: evento com data de realização invariável, de acordo com as comemorações cívicas, religiosas e outras. Ex. 7 de Setembro;


58  Móvel: sempre se realiza, porém em data variável, segundo o calendário ou interesses dos promotores. Ex. Feiras e Congressos anuais;  Esporádica: acontece em função de fatos extraordinários, porém previstos e programados. Ex. Posse do Governador, Funerais, Visita do Papa ao Brasil. c) Perfil dos participantes:  Geral: evento organizado para o público e geral, limitando apenas em função da capacidade do local de realização. Ex. Desfile das escolas de samba, Shows musicais;  Dirigido: restrito a um público que tem afinidade com o tema. Ex. Salão do automóvel, Feira de produtores de gado;  Específicos: realizado para um público claramente definido pela identidade e interesse pelo assunto. Pode ser paralelo a outro evento. Ex. Seminários de professores, Fórum de estudantes. d) Objetivos:  Cultural e de lazer: concursos, festas, festivais;  Esportivo: jogos, campeonatos, olimpíadas;  Técnico-científico: conferências, congressos, debates, encontros, fórum, mesa redonda, palestras, entre outros;  Empresarial ou de negócios: convenção, exposição, feira, workshop;  Religiosos: missas, concílios, peregrinações, procissões;  Governamentais: posses, assinatura de convênios. Estas classificações permitem ao organizador de eventos definir e captar corretamente seu púbico-alvo, real e potencial.

3.2.9

Tipologia de eventos

São variados os tipos de eventos que podem ser realizados, cada qual com o seu objetivo. Conforme afirmativa de Andrade (1999, p. 33) “O evento como atividade econômica, precisa ser dimensionado, avaliando-se o nível atual de mercado e projetando-se a


59 possibilidade de sua realização. Nunca esquecendo dos caracteres subjetivos impregnados na sociedade onde se pretende realizar o evento”. Existem diversos tipos de eventos, de acordo com Tenan (2002), entre os quais podem ser destacados segundo sua abrangência:  Mundial: reúnem participantes de todos os continentes;  Internacional: no mínimo 20% dos participantes representam outro continente que não aquele onde se realiza o evento;  Latino-Americano: no mínimo 20% dos participantes representam quatro outros países que não aquele onde se realiza o evento;  Brasileiro: reúnem participantes de todos os estados;  Regional: reúnem participantes de determinada região de um país, de um continente ou do mundo;  Municipal: de interesse local, cuja tarefa é limitada e restrita a um município. A classificação dos eventos é muito importante principalmente na hora de se decidir qual evento será executado para a idéia na qual se tem. Existem várias formas de se classificar eventos, apresentando-se a seguir algumas tipologias apresentadas pelos autores, classificados segundo a sua temática: 

Conferência: conversação, discussão entre duas ou mais pessoas sobre assuntos de interesse comum, preleção pública sobre determinado assunto (TENAN, 2002);

Convenção: encontro, reunião ou assembléia de indivíduos ou representações de classe, associações, entre outros, onde se delibera sobre determinados assuntos (Ibidem);

Exposição: apresentação de produtos, serviços, técnicas (Ibidem);

Feira: evento aberto a um grande público, com a finalidade de comercialização imediata de produtos e serviços. Utiliza-se da estrutura de stands. Geralmente as feiras costumam ser associadas a congressos, em forma paralela (Ibidem);

Fórum: a apresentação é feita coma presença de um coordenador. Caracterizase pela discussão e debate. Ao final, o coordenador de mesa recolhe as opiniões e apresenta uma conclusão representando a opinião da maioria. Poderá ter duração de um ou mais dias (CESCA, 1997);


60 

Palestra: menos formal que a conferência, caracteriza-se pela apresentação de um tema pré-determinado a um grupo. São aceitas perguntas diretas da platéia (CANTON, 2002);

Seminário: congresso científico ou cultural. Grupo de estudo em que cada participante tem sua matéria exposta e debatida (ANDRADE, 1999);

Simpósio: reunião de cientistas, técnicos, escritores, artistas, para discutir determinado assunto (Ibidem);

Happy Hour: evento de cunho predominante social, surgido recentemente para atender aos executivos, que, ao deixar o trabalho, reúnem-se para um drink durante a hora do rush. É, em geral, oferecido das 18h às 22h em bares e restaurantes, em geral no centro da cidade (ANDRADE, 2002).

Para o sucesso do evento, alguns itens como o planejamento, serão abordados a seguir.

3.2.10 Centros de Convenções

O primeiro passo, para tornar o evento um produto, começa na visualização do local onde se realizará, seja em um hotel, centro de convenções, feira, congresso. O evento deve ser apresentado em um cenário apropriado (ANDRADE, 2002). Segundo Goidanich (1998, p. 92), “para a escolha do local é necessário um estudo da área física relacionada, com número esperado de participantes e a finalidade do evento”. Para esse autor é importante verificar as seguintes situações com o intuito de evitar problemas:  Condições de estrutura física do local escolhido;  Facilidade de acesso entre os aeroportos, rodoviária e hotel;  Bom fornecimento de água, luz, telefone e recolhimento de lixo;  Área para estacionamento;  Livre trânsito entre as diversas áreas do evento;  Boa localização e fácil acesso a sanitários, vendas de ingressos, e área de alimentação;


61  Ambientes para utilização de certos equipamentos como projetores, som, vídeo, etc;  Preocupação especial com a segurança;  Atendimento eficiente e agradável da recepção, o convidado não pode sentir-se perdido ou abandonado em momento algum durante o evento;  Salas que acomodem o número de convidados esperados que tenham boa localização e acesso;  Qualidade do bufê;  Limpeza local e a boa conservação de todos os ambientes. Neste contexto, os centros de convenções se caracterizam como um excelente espaço para a realização de diversos eventos. Além disso, representam a grande solução para a manutenção de um fluxo turístico constante em certas localidades. A ABRACCEF - Associação Brasileira de Centros de Convenções e Feiras é a entidade que reúne os principais centros de convenções e de exposições do Brasil, e que, no desempenho de suas funções, vem demonstrando a potencialidade brasileira como atrativo destino para a realização de eventos, enfatizando sua importância para o desenvolvimento de negócios e para o permanente aprimoramento do setor. É muito significativa a quantidade de pessoas que viajam pelo mundo motivadas por eventos específicos. Parques de exposições, pavilhões de feiras, centros de congressos, organizadores de eventos, promotores de feiras, expositores compõem o segmento do turismo que mais cresce no mundo. Segundo Oliveira (2001), o Turismo de Eventos em todo o mundo movimenta 40 milhões de pessoas. Segundo estimativa da International Association of Convention & Visitors Bureau, são realizados no mundo 70.000 congressos por ano, cabendo ao Brasil mais de 2.000.9 Como exemplos, seguem algumas áreas em que são realizados eventos: agricultura e pecuária; bebidas e equipamentos; artigos para o lar; alimentos; autos, motos, veículos vários; decoração e presentes; construção civil; eletrônica e telecomunicações; computação; couro; calçados; embarcações; embalagens; equipamentos de escritório; jardinagem; hotelaria; livros, publicações; tecnologia industrial e metalurgia; moda; móveis e madeira; música e vídeo e outros mais.

1

http://www.revistadoseventos.com.br. Acesso em 1 set. 2008.


62 3.2.11 Concorrentes/similares

Os concorrentes ou competidores se enquadram no público externo da organização, atuam no mesmo segmento, oferecendo produtos e ou serviços iguais ou parecidos e almejam objetivos análogos. Os concorrentes diretos do CentroSul são a rede hoteleira em geral de Florianópolis e região, que possuem espaço para eventos, o Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o Centro Multiuso, na cidade de São José, bem como todos os centros de eventos de Santa Catarina e de outros estados. O CentroSul concorre com os grandes centros, em eventos de nível nacional. O Centro de Cultura e Eventos possui uma área útil de 8.000m² e está localizado no Campus da UFSC. Seu auditório maior comporta 1.371 pessoas. Conta, também, com 4 salas multifuncionais com capacidade para 75 pessoas cada, que podem ser convertidas em espaço único para 300 pessoas. O Centro Multiuso de São José foi inaugurado em 19 de março de 2006, dia do aniversário da cidade e é resultado de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de São José e o Governo do Estado de Santa Catarina. Está localizado na Beira Mar de São José, com área total de 11.567,16 m². Sua estrutura conta com um teatro de 672 lugares, quadra poliesportiva, arena para shows, jogos, festas, acomodação para 4,5 mil pessoas sentadas, salas e auditórios para eventos e um estacionamento, com 1,2 mil vagas. Na rede hoteleira, um concorrente direto do CentroSul, para grandes eventos, é o Centro Internacional de Eventos (Costão do Santinho Resort e Spa). O Costão do Santinho possui um salão modulável para até 1.000 pessoas e 10 salas de apoio de até 100 lugares, e um pavilhão com 925m² que comporta shows, exposições e feiras com até 1.500 participantes. Além disso, possui dois salões localizados de frente para o mar, cada um com capacidade para 200 pessoas. O Centro de Eventos Cau Hansen, inaugurado em meados de 1998, está localizado na cidade de Joinville/SC e é, também, um concorrente direto do CentroSul na realização de grandes eventos, uma vez que possui infra-estrutura no sistema de arena multiuso, o que facilita a acomodação de grandes públicos. Foi analisado outro centro considerado referência nacionalmente e que também concorre com o CentroSul. O Centro de Convenções Anhembi localizado em São Paulo, que


63 possui a maior área coberta contínua para feiras da América Latina: o Pavilhão de Exposições, que recebe anualmente a maior parte das feiras mais importantes que acontecem no país.

3.3

ANALISE DO WEBSITE DO CENTROSUL

3.3.1 Análise da Gestalt, Cores, Tipografia e Diagramação do Centrosul

Figura 1 - Imagem do website do CentroSul com a segregação das unidades do layout da página. Fonte: arquivo pessoal

Na leitura visual da análise da gestalt do website do CentroSul o site segrega-se em 7 unidades principais: 1 a marca gráfica da empresa, 2 menu de navegação, 3 barra azul de “bem vindos”, 4 foto do empreendimento, 5 coluna “agenda”, 6 coluna “news letter”, e 7 coluna “notícias”. O website como um todo apresenta uma organização formal um pouco confusa e caótica por conter unidades visuais de maneira desordenada. Possui um equilíbrio assimétrico obtido em razão da distribuição do lado esquerdo da coluna do menu junto com a coluna que se encontra a “agenda”, a data e hora, mais a barra azul de “bem vindos”.


64 A composição apresenta a harmonia visual prejudicada no aspecto de fraca unificação dos títulos na barra azul com o texto. A marca gráfica, os links de navegação, a barra azul, a foto, não se modificam na navegação do site, esses ítens fazem parte do layout. A interpretação conclusiva da pregnância do website é de índice médio, não obstante os fatores desarmônicos apontados, a organização visual da página apresenta boa pregnância formal por possuir simplicidade e clareza. Proporciona uma apreensão rápida do conteúdo, facilitada devido aos espaços “vazios” do fundo e o adequado entre alinhamento do texto corrido e os espaços duplos entre os parágrafos. Na análise da tipografia da fonte dos textos, o corpo da fonte é 11 pontos da família Arial, sem serífa, que são as mais indicadas para o uso em tela para textos curtos. Fontes sem serifa com alturas exageradas, segundo Lynch e Horton (2004) esse tipo de fonte oferecem uma excelente legibilidade para as páginas web projetadas para serem lidas diretamente na tela. Apesar do corpo da fonte ser um tanto controverso fato dos monitores serem de resoluções diferentes. O corpo da fonte do site está com 11 pontos bem próximos do recomendado de 12 pontos pelo principal aspecto da legibilidade. A página como um todo apresenta uma diagramação atraente devido ao contraste das cores do fundo branco com as cores cinza e azul marinho do texto que proporciona uma segregação eficaz e de boa legibilidade e acuidade visual para a leitura. Alinhamento do texto como enfatiza Lynch e Horton (2004, p. 122) “texto alinhado a esquerda é a opção mais legível para as páginas da web”. Porque a margem esquerda é uniforme e previsível e a margem direita irregular. Nesse aspecto o alinhamento do texto do website está correto. Sobre as cores o site usa a tabela derivada das cores da marca gráfica. As cores predominantes branco (fundo), azul (texto, e fundo) e cinza (texto). Além das cores do layout respeitarem a identidade da marca gráfica segundo o autor Modesto Farina (2006) a sensação cromática das cores predominantes do site representam serenidade, sabedoria, ordem, limpeza, estabilidade e confiança. Sendo o mais indicado para os sites corporativos. As cores do texto em cinza com o branco do fundo tem boa legibilidade. A seguir, será realizado a análise da arquitetura da informação e das heurísticas de usabilidade do website do CentroSul e dos seus principais concorrentes. Uma arquitetura da informação bem concluída torna a interface mais ergonômica, bem como a ergonomia da interface permite a navegação sem problemas. Desta forma a arquitetura de informação é uma das maneiras de se aprimorar a usabilidade de um sistema através do desenvolvimento de uma


65 estrutura de informação que possibilite ao usuário atingir suas metas de interação durante o processo de busca de informação.

3.3.2 Analise da arquitetura da informação do site centrosul.net

Figura 2 - Arquitetura da informação do website do CentroSul. Fonte: Arquivo Pessoal

O site do CentroSul possui uma estrutura com os grupos dos principais links que são apresentadas no menu, nesta mesma ordem: Home: acesso a página principal visualizando o conteúdo de “agenda de eventos”, “noticias” e cadastro de news letter. CentroSul: explicação sobre a empresa e das premiações do CentroSul, com fotos ilustrativas do empreendimento. Florianópolis: encontra-se uma breve introdução sobre a cidade, com três fotos ilustrativas de alguns pontos turísticos. Infra – estrutura: tem como conteúdo explicação da infra- estrutura do CentroSul e imagens da planta do local e tabelas com medidas dos espaços. Como chegar: apresenta uma breve explicação do texto sobre a localização geográfica do CentroSul e um mapa ilustrativo. Serviços: uma explicação dos serviços prestados sobre o bureau de serviços que a empresa possui no portal centrodeconvencoes.com.br e mais um link com a intenção de encaminhar o usuário para esse site onde ele encontrará esses serviços. Mas o acesso a esta página está com defeito. Agenda: apresenta o calendário de eventos do CentroSul para cada mês, com a visualização do calendário com os dias do mês, e do lado a lista de eventos que aconteceram no local. Notícias: conteúdo sobre notícias e eventos que ocorreram no CentroSul, turismo etc.


66 Fotos: apenas apresenta oito imagens do CentroSul.

Solicite Orçamento: apresenta uma ficha para ser preenchida pelo usuário caso este possuir interesse em solicitar um orçamento para realizar um evento no local. Este orçamento será supostamente enviado para o atendimento do CentroSul, que logo irá retornar esta solicitação. Fale Conosco: o usuário tem a oportunidade de enviar dúvidas e sugestões enviando para o CentroSul. Além disso possui um link do e-mail do setor comercial do CentroSul e telefone para contato. Os rótulos de navegação são em sua maioria claros e descritivos. Não existe problemas com as denominações. Porém o link “Serviços” não consta informação alguma e o usuário é encaminhado para uma página cujo o acesso está com defeito. Os serviço de cadastro “Solicite orçamento” não estão em funcionamento. O mesmo acontece com o serviço “news letter” do menu principal que não está operando. Acessando o conteúdo “noticias” percebe-se que as noticias são do ano anterior.

3.3.3 Análise de conteúdo entre o website do Centrosul com os concorrentes

Os concorrentes diretos do CentroSul são o Centro Multiuso de São José, o Resort Costão do Santinho e o Centro de Convenções da UFSC. Fazendo uma análise com sites dos concorrentes, percebe-se na Tabela 1, as divisões do conteúdo dos sites se encontra de forma bem parecida, incluído e excluíndo alguns pontos que um website possui e o outro não.


67 Tabela 1 - Análise do conteúdo do website do CentroSul em relação a seus concorrentes

Fonte: Arquivo Pessoal

O site do CentroSul em relação aos concorrentes apresentou todos os pontos em comum ficando em desvantagem em relação pela falta do “Tour Virtual”, onde mostra a infra-estrutura do empreendimento através de uma simulação de um passeio virtual, e do “Portfólio de Eventos” apresentação dos eventos catalogados e informações sobre a equipe que trabalha no empreendimento. Todos os sites apresentavam hierarquia das informações clara e sem ruído.

3.3.4 Análise de usabilidade

Com a identificação dos principais concorrentes, é preciso fazer uma análise do website atual para averiguar o que pode ser feito. Comparando com os concorrentes que possuem website, é possível encontrar soluções imediatas para os problemas, bem como estimar seu impacto na experiência do usuário.


68 É preciso avaliar quão apropriada é a sua interface com o usuário. Neste caso, quanto mais fácil de usar ela for, melhor para o usuário. Para tanto, é preciso que atenda às recomendações de usabilidade dos especialistas no assunto. Uma maneira de verificar isso é através da Análise Heurística, método desenvolvido no contexto do design de softwares, mas também adequado ao contexto de design de websites. Uma heurística, de acordo com Dias (2003), é um método de inspeção sistemático que procura sintetizar um problema de usabilidade, ou seja, situações em que a interface se torna difícil, senão impossível de ser utilizada. Um conjunto de heurísticas podem também ser específicas para um tipo de interface, como as de Claudia Dias, que se dirigem aos portais corporativos de grande audiência na Internet. Os websites de centros de convenções possuem algumas características desses portais, sua função é: oferecer acesso a informações categorizadas e hierarquizadas. O principal objetivo dessa hierarquização é orientar a avaliação do site atual do CentroSul e de seus concorrentes promovendo assim a correção do processo de desenvolvimento do novo website. Foram escolhidas as heurísticas de Dias, resumidas abaixo: 1. Visibilidade e reconhecimento do estado ou contexto atual, e condução do usuário - refere-se aos meios disponíveis para informar, orientar e conduzir o usuário durante a interação com o portal corporativo. 2. Projeto estético e minimalista - refere-se às características que possam dificultar ou facilitar a leitura e a compreensão do conteúdo disponível no portal. Dentre essas características, destacam-se a legibilidade, a estética e a densidade informacional. 3. Controle do usuário - relaciona-se ao controle que o usuário sempre deve ter sobre o processamento de suas ações pelo portal 4. Flexibilidade e eficiência de uso - diz respeito à capacidade do portal em se adaptar ao contexto e às necessidades e preferências do usuário, tornando seu uso mais eficiente. 5. Prevenção de erros - relaciona-se a todos os mecanismos que permitem evitar ou reduzir a ocorrência de erros, assim como corrigir os erros que porventura ocorram. 6. Consistência - refere-se à homogeneidade e coerência na escolha de opções durante o projeto da interface do portal (denominação, localização, formato,


69 cor, linguagem. Contextos ou situações similares devem ter tratamento e/ou apresentação similares. 7. Compatibilidade com o contexto - Esta heurística refere-se à correlação direta entre o portal e seu contexto de aplicação. As características do portal devem ser compatíveis com as características dos usuários e das tarefas que estes pretendem realizar com o portal. Centrosul - www.centrosul.net

Figura 3 - Imagem do website atual do CentroSul Fonte: www.centrosul.net

Figura 4 - Imagem do website atual do CentroSul Fonte: www.centrosul.net


70

Figura 5 - Erros de usabilidade do website atual do CentroSul Fonte: Arquivo Pessoal

Portal do Centro de Convenções - www.centrodeconvencoes.com.br

Figura 6 - Imagem do website do portal do Centro de Convenções de Florianópolis Fonte: www.centrodeconvencoes.com.br


71

Figura 7 - Imagem do website do portal do Centro de Convenções de Florianópolis Fonte: www.centrodeconvencoes.com.br

Figura 8 - Erros de usabilidade do website do portal do Centro de Convenções de Florianópolis Fonte: Arquivo Pessoal


72 Centro Multiuso de São José - www.multiusosj.com.br

Figura 9 - Imagem do website do site do Centro Multiuso de São José Fonte: www.multiusosj.com.br

Tabela 2 - Erros de usabilidade do site do Centro Multiuso de São José

Fonte: Arquivo Pessoal


73 Centro de Eventos UFSC - www.eventos.ufsc.com.br

Figura 10 - Imagem do website do site do Centro de Convenções da UFSC. Fonte: www.eventos.ufsc.com.br

Tabela 3 - Erros de usabilidade do site do Centro de Convenções da UFSC

Fonte: Arquivo Pessoal


74 Cost達o do Santinho - eventos.costao.com.br

Figura 11 - Imagem do website do site do Cost達o do Santinho Fonte: eventos.costao.com.br

Tabela 4 - Erros de usabilidade do website do site do Cost達o do Santinho

Fonte: Arquivo Pessoal


75 3.3.5

Conclusão da Análise

Levantados os problemas analisados sobre o layout atual da página do CentroSul, pode-se dizer que a leitura visual da forma o website cometeu irregularidades no aspecto gráfico. Mas sobre o uso das cores, da tipografia e diagramação da interface está se fazendo uma boa utilização. Comparando com os websites dos concorrentes analisados pode-se concluir que uma página da web precisa estar atualizada com informações precisas. Navegando pela página institucional do CentroSul acabou se revelando que a falta de atualização seria um dos principais problemas. Comparando com os sites dos concorrentes, foram identificados os principais defeitos que serão encontrados do desenvolvimento deste projeto e como evitá-los. Mas, as contribuições mais importantes foram as dos bons exemplos. A ótima visibilidade e do contexto do site do Centro Multiuso de São José, mostrando ao usuário, que está acessando um site de um centro de eventos e o site do Costão do Santinho que apesar de ferir algumas heurísticas apresenta características a serem utilizadas no projeto. No quesito de usabilidade da interface, o site do CentroSul e o Portal do Centro de Convenções se mostrou satisfatório e bastante profissional, apresenta todas as informações necessárias, mas peca em relação a poucas imagens do local com as feiras e os eventos. Analisando os outros sites concorrentes foi verificada a falta de um portfólio de eventos realizados e possui serviços de cadastro que não estão em funcionamento, como no caso news letters que não são enviadas. Muitas informações e serviços presentes no espaço virtual contradizem com o que a empresa oferece. O layout do website apesar de apresentar uma ergonomia visual razoável, não traduz o negócio da empresa, a variedade de feiras e eventos que o local já hospedou o que contradiz no que se refere ao seu ramo de atuação. Como atualização foi um dos problemas analisados, pode-se concluir pelo fato da empresa utilizar dois sites. Esse fato explica a chave do problema. As duas páginas encontram algumas informações iguais, como a programação de eventos, por exemplo, tanto no centrosul.net e quanto controdeconvencoes.com.br pode ser acessada essa informação. A união dos dois sites poderia ser considerada uma ótima solução, mas em contato com o cliente, essa solução foi vista como um empecilho, pois a diferença entre as duas páginas enfoca públicos e funções distintas. Portanto prevalece apenas o foco do trabalho apenas no site institucional do CentroSul.


76 3.4

CONCEITO

O site do Centro de Convenções de Florianópolis – CentroSul proposto nesse projeto pretende reorganizar as informações descartando as antigas e inserindo novas, com a criação de um portfólio virtual dos eventos ocorridos. Além de desenvolver uma nova concepção visual e conceitual de uma nova interface, trazendo soluções através de princípios do estudo de design de forma que seja mais atrativo e funcional para o público alvo. O novo website irá aperfeiçoar custos financeiros e operacionais, ressaltará, através do novo espaço virtual, informações sobre o empreendimento, o local e a cidade para realizarem suas atividades de feiras, congressos e eventos no Centro de Convenções de Florianópolis.

3.5

GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

De acordo com os dados pesquisados, e tendo como fundamentação para a criação do novo website, para as necessidades do CentroSul, foram criados wireframes, que especifica os elementos que comporão a página, seu posicionamento na tela e respectivos pesos de importância estabelecendo uma abordagem lógica e coerente dos locais onde aparecem os elementos básicos da identidade visual, os links de navegação e outras informações essenciais do site. É uma ótima forma de permitir uma grande variedade de abordagens visuais no projeto do site mantendo uma interface de navegação razoavelmente coerente para o usuário. Para iniciar a construção dos wireframes da página foi realizado um inventário da estrutura do conteúdo como mostra a tabela X com base unicamente no que já está disponível no website atual e do que virá a ser adicionado futuramente. O procedimento é muito simples: basta clicar em cada link oferecido pela página atual e anotar a descrição do conteúdo da página aberta.


77 Tabela 5 - Tabela do inventário do conteúdo do website do CentroSul

Fonte: Arquivo Pessoal

Após a anotação de todos os links começa a geração dos wireframes das páginas podendo ser visualizados no Apêndice X. Foram escolhidos dois deles para a construção do layout das propostas da página inicial do site de acordo com a mesma grade implícita, para que os usuários sejam apresentados imediatamente à diagramação das páginas, aos elementos de identidade visual e ao esquema de navegação que será utilizado ao longo de todo o site.

Figura 12 - Wireframe escolhido para construção do layout. Fonte: Arquivo Pessoal


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Figura 13 - Proposta 1 de pagina inicial “home” Fonte: Arquivo pessoal

Figura 14 - Proposta 2 de pagina inicial “home” Fonte: Arquivo pessoal

Após a construção das duas propostas, foi marcada uma reunião com os colaboradores da empresa para apresentação das mesmas. A alternativa aprovada pelos clientes foi a proposta 1 da figura X, sendo feitas algumas modificações no posicionamento das fotos, do menu de navegação e da posição da marca gráfica. A seguir a alternativa escolhida para aperfeiçoamento e solução final


79 4

DESIGN GRÁFICO E SOLUÇÃO FINAL

A linha de criação foi baseada no negócio da empresa, da variedade das feiras e eventos que o local já hospedou destacando seu ramo de atuação, que é a locação de espaços multifuncionais. Lembrando que o espaço do CentroSul é possível criar variados layouts de espaços para eventos fazendo a montagem e a desmontagem de congressos e feiras, tanto no pavilhão inferior, como em sua plenária que pode ser transformada rapidamente em auditórios menores. Para traduzir o negócio da empresa seguindo a idéia principal de variedade de eventos, montagem e desmontagem praticamente um foi buscado através de técnicas de leitura visual aplicadas para fornecer subsídios valiosos para o procedimento criativo para o desenvolvimento do layout da interface. A técnica escolhida é a da fragmentação. Segundo o autor João Dias Gomes (2004 p. 93) “a fragmentação é uma técnica de organização formal que geralmente está associada à decomposição dos elementos ou de unidades em peças separadas que se relacionam entre si, porém, conservando seu caráter individual”. O autor afirma que a fragmentação transmite excitação e variedade e dependendo do assunto, até uma certa agressividade visual. Na figura a seguir mostra um folder do CentroSul que segue essa técnica visual fazendo uma composição de fotos variadas da empresa e de Florianópolis. Seguindo essa técnica visual o layout do site será caracterizado por quadrantes onde em cada um deles será inserido fotos da empresa, dos eventos, de Florianópolis se unindo ao conteúdo. As imagens serão substituídas nas páginas internas por fotos que estejam de acordo com o assunto. As fotos escolhidas na solução final são apenas demonstrações e devem ser substituídas por um ensaio fotográfico que tenha como objetivo retratar a essência do conceito principal das páginas internas. O presente trabalho faz apenas uma tentativa singela de traduzir tão elevados conceitos da gestalt para dentro do navegador web. O esquema de cores escolhido foi derivado de pigmentos da marca gráfica (degradê duas tonalidades de azul), para criar uma relação mais marcante com o CentroSul, mais o branco de fundo. O azul foi escolhido para os títulos e para os textos do conteúdo. A tipologia escolhida para os títulos, textos e menus é a fonte Verdana, que possui espaçamento adequado entre as letras e alturas exageradas. Para o texto a fonte


80 Verdana, apesar de não ser das mais belas é a que apresenta os melhores índices de legibilidade na tela do monitor. A seguir as telas de navegação da solução final do website do CentroSul.

Figura 15 - Modelo de pagina inicial “home” com imagens e mais informações de agenda do mês. Fonte: Arquivo pessoal

Figura 16 - Modelo do Link “CentroSul” com informações sobre o empreendimento e imagens que podem ser ampliadas para melhor visualização. Fonte: Arquivo pessoal


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Figura 17 - Modelo do link “Florianópolis”. Fonte: Arquivo pessoal

Figura 18 - Modelo do link “infra-estrutura” com dados da planta e dimensões podendo ser ampliados para melhor visualização. Fonte: Arquivo pessoal


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Figura 19 - Modelo do link “como chegar” com informações sobre a localização geográfica. Fonte: Arquivo pessoal

Figura 20 - Modelo do link “informações de serviço” com informações sobre serviços, mais imagens ilustrativas. Fonte: Arquivo pessoal


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Figura 21 - Modelo do link “agenda”. Fonte: Arquivo pessoal

Figura 22 - Modelo do link “portfólio de eventos” informações sobre os eventos realizados, com imagens que podem ser ampliadas. Fonte: Arquivo pessoal


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Figura 23 - Modelo do link “infra-estrutura”. Fonte: Arquivo pessoal

4.1

MEMORIAL DE APLICAÇÃO DO SITE

Conforme o procedimento metodológico no início do projeto, foi criado um memorial para aplicação do site contendo características de visualização, cores e tipografia.

Visualização O layout do novo site será fixo permitindo maior controle sobre o website porque as páginas terão sempre a mesma largura e os conteúdos irão comportar-se sempre da mesma maneira. Dispor o conteúdo em um layout fixo assegura o autor Lynch e Horton (2004) que a página será estável independente da resolução da tela ou da janela do navegador do usuário, ou seja, a interface não perde o controle sobre o posicionamento de alguns elementos na página. Para se construir um layout fixo é preciso saber qual a visualização da tela mais utilizada para acesso ao website do CentroSul. O endereço do site atual foi cadastrado na ferramenta Analytics do site Google. Em um período de 30 dias aproximadamente e com isso


85 foi verificada a porcentagem de dez resoluções em que a pagina é acessada. Além dessa ferramenta, foi visitado mais duas páginas que apresentam dados gerais sobre o uso dos tipos de visualização em tela mais utilizado pelos usuários da internet. O primeiro é o site W3b Counter - Global Web Stats e o segundo The Counter.com. Com base nesses dados foi verificada que a resolução de 1024x768 é a mais utilizada pelos usuários da internet e pelos usuários website atual. E a partir dessa resolução será dimensionada a nova interface gráfica. Seque as tabelas com as estáticas das resoluções.

Tabela 6 - Tabela retirada na pesquisa de resolução do site Google Analytics.

Fonte: http://www.google.com/analytics/pt-BR/

Tabela 7 - Dados retirados na pesquisa de resolução do site W3Counter.

Fonte: http://www.w3counter.com/globalstats.php


86 Tabela 8 - Dados retirados do site The Counter na pesquisa de resolução da tela.

Fonte: http://www.thecounter.com/stats/

A seguir as dimensões do layout do site de visualização 1024x768 layout fixo.

Figura 24 - Dimensões do layout da página resolução 1024x768. Fonte: Arquivo pessoal


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Figura 25 - Dimensões do layout da página resolução 1024x768. Fonte: Arquivo pessoal

Cores Uso das cores na escala RGB deriva da marca gráfica do CentroSul. Além das cores do layout respeitar a identidade da marca gráfica segundo o autor Modesto Farina (2006) a sensação cromática das cores predominantes do site representam serenidade, sabedoria, ordem, limpeza, estabilidade e confiança. Sendo o mais indicado para os sites corporativos.


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Figura 26 - Cores em RGB da página. Fonte: Arquivo pessoal

Tipografia

Figura 27 - Fonte verdana e o corpo aplicados no menu de navegação,título e texto. Fonte: Arquivo pessoal


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Figura 28 - Fonte verdana caixa alta e caixa baixa. Fonte: Arquivo pessoal


90 5

CONCLUSÃO

Dentre todas as análises, em função das deficiências apontadas em todo o projeto, a nova proposta do website mostra-se eficaz para transmitir o negócio de aluguel de espaços multifuncionais, através da utilização de uma nova concepção visual, conceitual e estrutural proporcionando para o usuário sobre os variados âmbitos de eventos realizados pela empresa. A nova interface é compacta, com rótulos concisos e funcionalidade avançada. As imagens variadas se apresentam de forma marcante não brigando com o esquema de cores de contraste ameno. A inevitabilidade de usar as fotos trazem um ganho estético considerável em um site cujo caráter dispensa o uso de enfeites gráficos além de traduzir o negócio da empresa. Para o layout foram usados somente ângulos retos porque dessa forma, não é preciso usar imagens de fundo para marcar o layout, o que aumentaria o tempo de carregamento da página. Para uma aplicação adequada e coerente do novo projeto que sempre terá que acrescentar informações novas, devido ao acréscimo de um portfólio virtual, será necessário ter um jornalista ou um redator disponível para trabalhar com as informações, para sempre manter o site com o conteúdo atualização. O presente trabalho é apenas uma proposta de como poderia ser guiado o projeto de reestruturação do site do CentroSul Para ser aplicado na prática, envolveria uma série de variáveis que aqui não foram levadas em conta, devido ao escopo limitado do trabalho. Para assegurar que a solução fosse realmente efetiva, seria necessária a realização de testes de usabilidade com usuários fazendo um acompanhamento da utilização para averiguar se a aplicação da nova proposta está projetada de maneira correta. Acredita-se que esse novo layout do website do CentroSul irá conceber uma comunicação criativa, barata em ambiente amigável e consistente. Divulgando o empreendimento de forma maciça, dando maior ênfase no mercado em que atua e consequentemente fomentar o turismo de eventos e o desenvolvimento do município.


91

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95

APÊNDICE A – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS - WIREFRAMES


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