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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA FERNANDA FELISBINO MACENO
PROJETO DE UMA NOVA IDENTIDADE VISUAL PARA UMA LOCADORA DE AUTOMOVEIS.
Florian贸polis 2010
2 FERNANDA FELISBINO MACENO
PROJETO DE UMA NOVA IDENTIDADE VISUAL PARA UMA LOCADORA DE AUTOMOVEIS.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Design.
Orientador: Prof. Roberto Forlin, Msc.
Florianópolis 2010
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Para minha família em especial ao meu irmão Murilo (in memória).
4 AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por todas as oportunidades, apoio e carinho que contribuíram para minha educação, A minha irmã Fabiola pelo apoio e as ajudas, A minha sobrinha Isabella, que apesar de tão pequena contribui com seu lindo sorriso, Ao meu namorado Eduardo, pelo apoio, incentivo e madrugadas ao meu lado, Ao professor Roberto Forlin, pela atenção e paciência nas orientações, e a todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste trabalho.
5 RESUMO
Com o desenvolvimento do turismo local na cidade de Florianópolis, torna-se necessário a integração das locadoras de automóveis na região. Devido a procura dos serviços, ha uma expansão do mercado de locadoras de automóveis no bairro Carianos, fazendo com que as empresas menores invistam em seus negócios para que não percam seu lugar no mercado. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, levantamento sobre a empresa e pesquisas sobre o mercado de locação de automóveis. Verificou-se então que a empresa não possuía uma identidade visual uniforme. Desta forma, este trabalho teve como objetivo elaborar um projeto de identificação visual para uma locadora automotiva com o intuito da valorização da marca. Buscou-se o design como área de conhecimento e estudos, mais especificamente o segmento de design gráfico, juntamente pesquisas bibliográficas sobre identidade visual baseado nos conceitos de semiótica, linguagem visual.
Palavras-chave: Design. Design gráfico. Identidade Visual. Linguagem Visual. Semiótica.
6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Imagem 1 - formatos na norma DIN...............................................................26 Imagem 2 - Matriz de impressão....................................................................27 Imagem 3 - Esquema de corte........................................................................28 Imagem 4 - Dobras e folhetos (quatro páginas).............................................29 Imagem 5 - Dobras e folhetos (seis páginas).................................................29 Imagem 6 - Dobras e folhetos (oito páginas)..................................................30 Imagem 7 - Dobras e folhetos (doze páginas)................................................30 Imagem 8 - Dobras e folhetos (dezesseis páginas)........................................31 Imagem 9 - Equilíbrio......................................................................................32 Imagem 10 - Tensão.......................................................................................33 Imagem 11 - Nivelamento e aguçamento.......................................................33 Imagem 12 - Atração e agrupamento.............................................................34 Imagem 13 - Positivo e negativo.....................................................................34 Imagem 14 - Ponto.........................................................................................35 Imagem 15 - Linha..........................................................................................36 Imagem 16 - Forma........................................................................................36 Imagem 17 - Direção......................................................................................37 Imagem 18 - Tom............................................................................................37 Imagem 19 - Cor.............................................................................................38 Imagem 20 - Escala........................................................................................38 Imagem 21 - Dimensão...................................................................................39 Imagem 22 - Movimento.................................................................................39 Imagem 23 - Yes aluguel de carros................................................................57 Imagem 24 - LocarAlpha aluguel de carros....................................................58 Imagem 25 - Localiza rent a car.....................................................................59 Imagem 26 - Mapa..........................................................................................64 Imagem 27 - Logotipo.....................................................................................66 Imagem 28 - Repecon....................................................................................67 Imagem 29 - Repecon....................................................................................67 Imagem 30 - Logotipo rencar..........................................................................67 Imagem 31 - Painel semântico conceitual......................................................72
7 Imagem 32 - Painel semântico público alvo...................................................73 Imagem 33 - Adesivo para aplicação nos automóveis...................................75 Imagem 34: Adesivo.......................................................................................75 Imagem 35 - Adesivo para cliente..................................................................75 Imagem 36 - Cartão de visita para cliente......................................................76 Imagem 37 - Mapa para cliente......................................................................76 Imagem 38 - Contrato.....................................................................................77 Imagem 39 - Site.............................................................................................78 Imagem 40 - Site.............................................................................................78 Imagem 41 - geração de alternativa...............................................................81 Imagem 42 - geração de alternativa...............................................................81 Imagem 43 - geração de alternativa...............................................................82 Imagem 44 - refinamento da marca................................................................83 Imagem 45 - alternativa escolhida..................................................................83 Imagem 46 - cartão de visita...........................................................................88 Imagem 47 - papel timbrado...........................................................................88 Imagem 48 - contrato......................................................................................89 Imagem 49 - envelope grande........................................................................90 Imagem 50 - envelope pequeno.....................................................................91 Imagem 51 - uniforme.....................................................................................92 Imagem 52 - pasta..........................................................................................93 Imagem 53 - quadro........................................................................................94 Imagem 54 - carro 1........................................................................................95 Imagem 55 - carro 2........................................................................................96 Imagem 56 - fachada......................................................................................97 Imagem 57 - Desenho fachada.......................................................................97 Imagem 58 - mapa e distribuição....................................................................98 Imagem 59 - adesivo carro.............................................................................99 Imagem 60 - site...........................................................................................100 Imagem 61 - caneta......................................................................................101 Imagem 62 - tabela de preço........................................................................102 Imagem 63 - Ficha de cadastro....................................................................108 Imagem 64 - Marca final...............................................................................109 Imagem 65 - Grade de construção...............................................................110
8 Imagem 66 - Margem de segurança.............................................................111 Imagem 67 - Tipografia.................................................................................112 Imagem 68 - cores institucionais..................................................................113 Imagem 69 - Limitações................................................................................114 Imagem 70 - Proibições................................................................................115
9 LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1 - Castelo Disney, 2009...............................................................45 Fotografia 2 - Céu e nuvens, 2010.................................................................47 Fotografia 3 - Pegadas na areia, 2010...........................................................48 Fotografia 4 - Aliança, 2007............................................................................48 Fotografia 5 - Marca Rencar...........................................................................64 Fotografia 6 - Marca rencar............................................................................67 Fotografia 7 - Uniforme atrás..........................................................................77 Fotografia 8 - Uniforme Frente........................................................................77 Fotografia 9 - Banner......................................................................................79 Fotografia 10 - Placa.......................................................................................79 Fotografia 11 - Placa rencar...........................................................................80 Fotografia 12 - Frente Locadora Rencar.........................................................80
10 LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Movimento estimado de turistas...................................................50 Gráfico 2 - idade média...................................................................................53 Gráfico 3 - estado civil....................................................................................54 Gráfico 4 - Grau de instituição........................................................................54 Gráfico 5 - Perfil dos locatários.......................................................................54 Gráfico 6 - Faturamento do setor....................................................................55 Gráfico 7 - Desempenho regional...................................................................56 Gráfico 8 - Sexo público alvo..........................................................................69 Gráfico 9 - Idade público alvo.........................................................................69 Gráfico 10 - País do público alvo....................................................................70 Gráfico 11 - Região do público alvo................................................................70
11 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 15 1.3.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 15 1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................. 16 1.4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 16 1.5 METODOLOGIA ........................................................................................................ 17 2 FUNDAMENTACAO TEÓRICA ............................................................................... 19 2.1 DESIGN..................................................................................................................... 19 2.1.1 DESIGN DE PRODUTO ................................................................................................... 20 2.1.2 DESIGN DE INTERIORES ................................................................................................ 21 2.1.3 DESIGN DIGITAL............................................................................................................. 22 2.1.4 DESIGN DE EMBALAGEM ............................................................................................... 23 2.1.5 DESIGN GRÁFICO .......................................................................................................... 23 2.1.5.1 CARACTERÍSTICAS DE IMPRESSÃO ........................................................................... 24 2.1.5.2 PAPEL ......................................................................................................................... 25 2.1.5.3 IMPRESSÃO ................................................................................................................ 26 2.1.5.4 CORTES E DOBRAS .................................................................................................... 27 2.2 LINGUAGEM VISUAL ................................................................................................. 31 2.2.1 ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL ....................................................... 31 2.2.2 ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO ...................................................................................... 32 2.2.3 ELEMENTOS BÁSICOS ................................................................................................... 34 2.3 IDENTIDADE VISUAL.................................................................................................. 39 2.3.1 ELEMENTOS DA IDENTIDADE VISUAL ............................................................................ 40 2.3.2 TIPOLOGIA E TIPOGRAFIA ............................................................................................. 41 2.3.3 COR ............................................................................................................................... 42 2.4 SEMIÓTICA ............................................................................................................... 43 2.4.1 FENOMENOLOGIA .......................................................................................................... 44 2.4.2 SIGNO ............................................................................................................................ 46 2.4.2.1 DIVISÃO DOS SIGNOS................................................................................................. 46 3 MERCADO................................................................................................................ 49 3.1 TURISMO ................................................................................................................. 49 3.2 HISTÓRIA DAS LOCADORAS ....................................................................................... 51 3.3 A LOCAÇÃO DE UM AUTOMÓVEL............................................................................... 52 3.3.1 PERFIL DOS LOCATÁRIOS ............................................................................................. 53 3.4 TENDÊNCIA DE MERCADO ......................................................................................... 55 3.4.1 DESEMPENHO REGIONAL ............................................................................................. 56 3.5 ANÁLISE DE CONCORRENTES ..................................................................................... 56 3.5.1 YES ALUGUEL DE CARROS ........................................................................................... 57 3.5.2 LOCARALPHA ALUGUEL DE CARROS ............................................................................ 58
12 3.5.3 LOCALIZA RENT A CAR ................................................................................................. 58 3.6 EMPRESA ................................................................................................................. 59 3.6.1 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTES DA EMPRESA ......................................................... 59 3.6.2 ASPECTOS SOCIAIS ....................................................................................................... 60 3.6.3 ASPECTOS ORGANIZACIONAIS...................................................................................... 61 3.6.4 MISSÃO E VALORES DA EMPRESA ................................................................................ 62 3.6.5 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS OFERECIDOS ................................................................... 62 3.6.6 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS EM RELAÇÃO À CONCORRÊNCIA ..................... 62 3.6.7 LOCALIDADE .................................................................................................................. 63 3.6.8 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS ...................................................................................... 64 3.7 IDENTIDADE VISUAL ATUAL DA EMPRESA ............................................................................. 65 3.7.1 ANÁLISE DA IDENTIDADE VISUAL ATUAL ....................................................................... 65 3.7.1.1 LOGOTIPO APLICADO NO ENDEREÇO ELETRÔNICO .................................................. 65 3.7.1.2 MARCA APLICADA NOS AUTOMÓVEIS E ENDEREÇO ELETRÔNICO ........................... 66 3.7.1.3 LOGOTIPO APLICADO NO CARTÃO DE VISITA, CONTRATO, MAPA E ADESIVOS. ....... 67 3.8 PÚBLICO ALVO .......................................................................................................... 67 3.8.1 PESQUISA DE CAMPO .................................................................................................... 68 3.9 BRIEFING .................................................................................................................. 71 3.9.1 PAINEL SEMÂNTICO CONCEITUAL ................................................................................. 71 3.9.2 PAINEL SEMÂNTICO PÚBLICO-ALVO.............................................................................. 72 4 FASE CONCEITUAL ................................................................................................ 74 4.1 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................... 74 4.2 CONCEITUAÇÃO........................................................................................................ 74 4.2.1 MARCA ........................................................................................................................... 74 4.2.2 MATERIAL A SER PRODUZIDO ....................................................................................... 75 4.3 MATERIAL QUE A EMPRESA POSSUI ATUALMENTE ......................................... 75 4.3.1 ADESIVOS ...................................................................................................................... 75 4.3.2 CARTÃO DE VISITA ........................................................................................................ 76 4.3.3 MAPA ............................................................................................................................. 76 4.3.4 CONTRATO .................................................................................................................... 77 4.3.5 UNIFORME ..................................................................................................................... 77 4.3.6 SITE ............................................................................................................................... 78 4.3.7 BANNER ......................................................................................................................... 79 4.3.8 PLACA ............................................................................................................................ 79 4.4 GERAÇÃO DE ALTERNATIVA ...................................................................................... 81 4.4.1 MARCA ........................................................................................................................... 81 4.4.2 REFINAMENTO DA MARCA ESCOLHIDA.................................................................................... 82 4.4.3 ESCOLHA FINAL/ANÁLISE ..................................................................................................... 83 4.4.3.3 CORES ........................................................................................................................ 84 4.4.3.4 CONTRASTE DE COR.................................................................................................. 86 4.4.3.5 CONTRASTE DE FORMA ............................................................................................. 86 4.4.3.6 TIPOLOGIA .................................................................................................................. 87 4.4.3.7 MARCA GRÁFICA COMO UM TODO ............................................................................. 87 4.5 APLICAÇÃO MATERIAL GRÁFICO ................................................................................ 87 4.5.1 CARTÃO DE VISITA ........................................................................................................ 87 4.5.2 PAPEL TIMBRADO.......................................................................................................... 88 4.5.3 CONTRATO .................................................................................................................... 89 4.5.4 ENVELOPES ................................................................................................................... 90 4.5.5 UNIFORME ..................................................................................................................... 91
13 4.5.6 PASTA ............................................................................................................................ 92 4.5.7 QUADRO PARA BUSCAR CLIENTES ............................................................................... 94 4.5.8 AUTOMÓVEL .................................................................................................................. 95 4.5.9 FACHADA ....................................................................................................................... 96 4.5.10 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO.............................................................................................. 98 4.5.11 ADESIVO ...................................................................................................................... 99 4.5.12 SITE ............................................................................................................................. 99 4.5.13 CANETA BRINDE ........................................................................................................ 100 4.6 ORÇAMENTO .......................................................................................................... 102 5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 103
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1 INTRODUÇÃO
O Turismo, segundo a Plantur (2010), é um fator importante para uma cidade, para o aumento da economia e o crescimento da mesma. Florianópolis por sua vez, é uma cidade turística e faz com que turistas do mundo inteiro visitem a cidade e desfrutem dos serviços que nela situam-se, sejam eles; hotéis, restaurantes, locadora de automóveis, shopping entre ouros. Para o desenvolvimento do turismo local é importante que as locadoras de automóveis estejam integradas junto ao cotidiano da cidade e contribuam com a economia local. O que faz com que o meio gere empregos e alternativas econômicas para a região. Através do desenvolvimento deste mercado é surgida uma crescente demanda pelos serviços de locação de automóveis e de acordo com a procura do serviço oferecido pelas locadoras de veículos automotivos, estas crescem e se expandem neste mercado em função da ampla gama de clientes que buscam esse tipo de oferta. De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA, 2010), o aluguel de automóveis que antes fora somente para turistas, atualmente é procurado por empresas que buscam o aluguel de frotas para seu próprio uso, pois constataram que ao locar os carros tiveram menos gastos do que com a compra e manutenção dos mesmos. A locadora de automóveis RENCAR é uma empresa familiar atuante no bairro Carianos na Cidade de Florianópolis há mais de 18 anos. Sua frota de veículos para locação aumenta de maneira gradativa. Com o crescimento da empresa e o surgir de outras grandes empresas no bairro, em função da concorrência, a locadora automotiva necessita de um melhor posicionamento mercadológico na mente do consumidor, de forma que seja evitada uma defasagem da imagem empresarial e contribua para a obtenção de um reconhecimento favorável à marca. Sabe-se que a empresa envolvida no processo possui característica de ser uma das pioneiras do segmento na cidade de Florianópolis e atualmente divide o mercado com grandes locadoras.
15 Com o conhecimento adquirido durante a universidade e com pesquisas realizadas sobre o assunto, é por finalidade para este trabalho de conclusão de curso buscar a prospecção de clientes através de seu reconhecimento por uma marca que tenha uma comunicação direta e atenda suas necessidades.
1.2 PROBLEMA
Com o desenvolvimento do mercado de locação de automóveis na região de Florianópolis no bairro Carianos, a locadora automotiva Rencar necessita de uma comunicação melhor com o seu público alvo para se destacar mediante a forte concorrência. Para o seu target, a empresa apresenta uma discordância em relação a quais serviços oferece, quem representa a empresa, quais suas metas e objetivos. Sua identidade visual é disforme e não demonstra seriedade para com o cliente. Através de uma análise sobre qual seria a melhor abordagem visual da empresa estaremos auxiliando a empresa a se reposicionar no mercado, trazendo uma melhoria na imagem da empresa e um possível retorno do investimento pela valorização da marca.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Elaborar um projeto de identificação visual para a locadora automotiva Rencar com o intuito de valorizar sua marca, construção de um melhor posicionamento e prospecção de clientes.
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1.3.2 Objetivo Específico
Realizar pesquisas bibliográficas sobre identidade visual baseado nos conceitos de semiótica, linguagem visual e design gráfico;
Analisar o perfil da empresa, assim como sua imagem perante a concorrência e clientes;
Elaborar um projeto de identidade visual específico para a empresa que compreende: redesign a marca, papelaria, cartão de visita, uniformes, adesivos, imã carro, fachada, aplicação de logomarca e identidade visual no site (sem modificação ou proposta de elaboração dinâmica de navegação).
1.4 JUSTIFICATIVA
São consideradas de grande importância para uma cidade as estratégias que busquem clientes para determinado estabelecimento comercial se este for diretamente pautado no turismo, no entanto, este gera emprego e fomenta a economia. A locação de automóveis nas cidades desenvolvidas é uma questão importante, pois ela é uma das necessidades dos turistas que vêm de outras cidades, seja de avião ou de ônibus. Esta empresa fora escolhida por demonstrar um potencial de mercado, visto que está localizada em um local favorável, próximo do Aeroporto Internacional Hercílio Luz e possui também um vasto conhecimento do segmento de locação, entretanto está “adormecida” em função de outras empresas do mesmo segmento estarem instaladas em suas proximidades e captarem determinadas fatias do mercado que antes eram normalmente assimiladas à Rencar. O desafio é a motivação de todo profissional que busca compreender sobre o mercado em questão. Com o objetivo a ser traçado, através do
17 melhor posicionamento da empresa na mente do consumidor, com uma nova abordagem do uso estratégico da marca. Sabe-se
que
identidade
visual é
de grande
importância
na
consolidação de uma empresa, para sua valorização e comunicação com seu público-alvo. Essa bem estruturada e concisa facilita no seu reconhecimento e na valorização da empresa. Uma identidade visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, idéia, produto ou serviço. Devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com quem os vê um nível ideal de comunicação. (STRUNCK, 2007 p. 57).
Portanto utilizaremos o design gráfico como uma ferramenta para obter um melhor resultado para a empresa escolhida.
1.5 METODOLOGIA
A metodologia é utilizada pelo designer para auxiliar no processo de realização do projeto, pois, ela serve como um guia determinando as etapas a serem seguidas. Existem diversos métodos de autores prontos, mas nem sempre é necessário utilizar um deles. O designer irá saber qual a metodologia mais adequada para seu projeto, se cabe uma já existente nada impede de utilizá-la, ou o profissional pode criar sua própria metodologia. Segundo o dicionário Aurélio (2002 p. 460) “Metodologia é um conjunto de métodos, regras e postulados utilizados em determinada disciplina e sua aplicação”. No entanto para este trabalho de conclusão de curso utiliza-se da metodologia abordada pelo autor Rodolfo Fuentes, descrita em seu livro “A prática do design gráfico” que foi escolhida por adaptar-se melhor no projeto a ser realizado, mas que, no entanto pode sofrer alterações no decorrer do projeto. A definição inequívoca do projeto de design é o ponto de partida do que se está definindo e que chamamos processo de design ou
18 método de design, cuja denominação não exclui nem pretende se colocar como a única possibilidade. (FUENTES, 2006 p. 27)
Em seu livro o autor Fuentes (2006), propõe a seguinte estrutura de metodologia: problema, definição do problema, recopilação de dados, análise de dados, criatividade, materiais e tecnologia, experimentação, modelos, verificação, desenhos construtivos, solução. Assim sendo para o presente estudo propõe-se utilizar essa metodologia da seguinte forma. -
Problema: Em uma visão geral, buscar entender os problemas da empresa na visão do cliente.
-
Definição do problema: Consiste em expor de maneira clara e compreensível quais as reais dificuldades na empresa, o que pretendemos resolver e qual o objetivo a ser alcançado.
-
Recopilação de dados: Coletar informações referentes à empresa, para um melhor entendimento e conhecimento da mesma.
-
Análise de dados: Organizar e analisar todos os dados referentes à empresa.
-
Criatividade: Expor as idéias no papel e começar a criar de acordo com as análises feitas na empresa.
-
Materiais e Tecnologia: Explorar os materiais e sua aplicação; onde aplicar, como aplicar, qual material etc.
-
Experimentação: Realizar testes de aplicação da marca em diferentes materiais e meios de divulgação.
-
Modelos: Escolha do modelo final.
-
Verificação: Verificação final da marca e refinamento da mesma.
-
Desenhos construtivos: Desenho e aplicação refinada e finalizada da identidade da empresa.
-
Solução: Apresentação da solução final aplicada nos materiais.
-
Elaboração do manual de identidade visual
19 2 FUNDAMENTACAO TEÓRICA
2.1 DESIGN
Design é o ato de projetar algo, sempre com o intuito de solucionar um determinado problema ou com a intenção de modificar e/ou criar algo, mas sempre com um objetivo específicos. Dentro do design existem diversas área, por exemplo: Design de Produto, Design Gráfico, Design de interiores, Design Digital, Design de embalagem entre outras especializações. No projeto de Lei nº 1.965, de 1996 que visa à regulamentação da profissão no Brasil. Diz que. O design é uma atividade especializada de caráter técnicocientífico, criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de objetos e mensagens visuais que equacionem sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos, que atendam concretamente às necessidades humanas. (BRASIL, 1996).
Cada profissional atua em sua área, mas independente da especialidade, método de planejar, modo de produção e diferentes formas de se projetar, os objetivos serão os mesmos, sempre com a intenção de utilizar o design para produzir qualidade, onde estética e funcionalidade atuam em conjunto para que esses novos produtos ou serviços sejam inseridos no mercado de acordo com suas reais necessidades e expectativa do cliente. Os profissionais de design buscam, constantemente, transmitir aos empresários um entendimento mais claro a respeito da real importância da atividade, seja ela voltada ao design gráfico, de produto ou de moda. Neste sentido, busca-se divulgar a real função dos designers que não são meros maquiadores de produtos, mas, sim, conhecedores da natureza de seus clientes e daquilo que eles produzem, tendo a capacidade de identificar problemas e implementar soluções relacionadas a estética, a funcionalidade e a diversos outros aspectos. (CORREA, 2006, p. 29).
Kotler (1989 apud ISC, 2010) refere-se ao design como: Design é a tentativa de conjugar a satisfação do cliente com o lucro da empresa, combinando de maneira inovadora os cinco principais
20 componentes do design: performance, qualidade, durabilidade, aparência e custo. O domínio do design não se limita aos produtos, mas inclui também sistemas que determinam a identidade pública da empresa (design gráfico, embalagens, publicidade, arquitetura, decoração de interiores das fábricas e dos pontos de vendas).
Portanto pode-se concluir que para obter o design desejado é necessário possuir conhecimento institucional sobre a empresa, o mercado onde atua, os produtos que ela disponibiliza antes de planejar um determinado projeto, dominar e saber aplicar as técnicas utilizando o seu conhecimento a favor de suas idéias. Saber observar e escutar são qualidades que o profissional “designer” deve ter ao realizar um projeto para seu cliente, com isso ficará mais fácil a absorção dos dados necessários para desempenhar seu trabalho. Para uma melhor compreensão das áreas citadas anteriormente, segue uma breve descrição sobre suas respectivas funcionalidade e áreas de atuação. Onde por fim uma explicação mais detalhada na área de design gráfico, no qual é o tema abordado neste trabalho.
2.1.1 Design de produto
O profissional atuante na área é o responsável por planejar, criar, projetar e determinar as formas de diversos tipos de objetos de consumo seja ele eletrodomésticos, móveis, objetos de decoração e outros diversos produtos. Para a realização de um novo projeto o designer deve saber das necessidades do consumidor e do seu perfil, ele utiliza métodos para a realização dos novos produtos onde a pesquisa de mercado é fundamental para a criação de um produto que seja bem aceito no mercado. “O design de produtos bem sucedido é aquele que consegue pensar com a mente do consumidor: ele consegue interpretar as necessidades, sonhos, desejos, valores e expectativas do consumidor.” (BAXTER, 2000, p. 21)
21 O designer atua sempre com o intuito de inovar ou melhorar a aparência e funcionalidade de determinados produtos, busca sempre oferecer aos seus consumidores uma melhor qualidade, funcionalidade e conforto com suas novas criações. A criatividade é o coração do design, em todos os estágios do projeto. O projeto mais excitante e desafiador é aquele que exige inovação de fato a criação de algo radicalmente novo, nada parecido com tudo que se encontra no mercado. (BAXTER, 2000, p. 51)
2.1.2 Design de interiores
Diferente do que muitos pensam Design de Interiores não é Decoração de Interiores, é planejamento, ou seja; busca a união de estética e funcionalidade de acordo com o que o projeto se destina. Suas aplicações poder ser introduzidas em um ou mais segmentos de atuação, sejam eles residencial ou comercial. [...] É necessário que o projeto contemple as diferentes necessidades internas de cada espaço, criando ambientes onde forma e função, isto é, estética e funcionalidade, convivam, de maneira que atendem às expectativas de cada indivíduo. (GURGEL, 2007, p. 7)
Design de interiores segundo a ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores), É a busca de soluções criativas e técnicas que proporcionam qualidade de vida e cultural para os seus usuários e que sejam esteticamente atraentes. Com o propósito de considerar as questões associadas à saúde, conforto, segurança, durabilidade e certas necessidades especiais de cada cliente. (ABD, 2010)
O profissional atuante na área de design de interiores requer sensibilidade, bom gosto e um vasto conhecimento sobre história da arte, ergonomia, iluminação, materiais entre outros. O designer deve saber escutar e respeitar o gosto do cliente e a sua experiência deve ser levada em
22 consideração. O ambiente criado deve cumprir as necessidades do cliente de acordo com a atividade feita no local, pois muitos dos comportamentos humanos variam de acordo com o ambiente onde ele se encontra. O modo como nos comportamos em um local é determinado basicamente por dois comandos visuais: inconsciente, que da referências e “dicas” de como nosso comportamento seria conveniente no espaço; e inconsciente, nosso background, nossa história, o modo como fomos educados. (GURGEL, 2007, p. 13)
2.1.3 Design digital
Design Digital utiliza-se dos recursos do mundo digital onde é necessário estar sempre atualizado, pois a evolução da mídia digital é muito rápida. Para atuar como profissional na área é necessário dominar as mídias interativas, a computação gráfica, Internet, e toda teoria que envolve a disciplina do design, como a tipografia, design editorial, design da informação, design de funcionalidade e de usabilidade etc. O design atua, em termos lingüísticos, sobre a tecnologia. Observamos o usuário, como atua ou se desenvolve, quais são suas pequenas frustrações ou anseios, suas possibilidades de ação em cada momento, para poder melhorar sua capacidade de movimento e de ação no ciberespaço. (ROYO, 2008, p. 75)
Para a realização de um projeto de design digital o profissional deve levar em conta a interatividade, criatividade, senso estético e toda a sua técnica para desenvolver interfaces digitais interativas, atrativas, eficazes. Para o sucesso da nova interface o novo design deve ter funcionalidade, estética agradável e de fácil utilização. O design desenvolve ferramentas conceituais para facilitar o uso da tecnologia. Contribui com elementos de inovação e especulação com os quais a tecnologia se desenvolve e se torna funcional. (ROYO, 2008, p. 41)
23 2.1.4 Design de embalagem
A embalagem tem como função proteger e transportar o produto, é um meio de comunicação e informação, uma forma de identidade do produto e até mesmo da própria empresa, a embalagem é quem cria uma relação afetiva com o cliente/produto e que agrega valor ao produto promovendo a venda do mesmo. O produto deve atender aos desejos e as necessidades do consumidor e a embalagem está diretamente relacionada a este propósito na medida em que cumpre seu papel elementar, protegendo e conservando o produto, ou, ainda, quando vai alem, permitindo que o produto seja identificado e valorizado por meio dela. A embalagem não só qualifica o produto, mas também sua marca no ponto-de-venda. A identificação da marca exposta na embalagem influencia o cliente em sua decisão de compra. Em muitos casos, é ela que imprime “personalidade” ao produto, diferenciando-o dos concorrentes. (NEGRAO; CAMARGO, 2008, p. 118)
Uma embalagem inovadora e diferenciada é que faz o diferencial competitivo, e seu design inovador faz com que conquiste a fidelidade do consumidor. O profissional que trabalha na área de embalagem, ao desenvolver a mesma deve conhecer todas as etapas e processos do projeto, desde a natureza do projeto até os resultados obtidos, não esquecendo também do descarte final das embalagens.
2.1.5 Design Gráfico
Design gráfico é uma das especializações encontradas dentro da formação do Design. Para atuar como profissional designer gráfico é necessário uma formação acadêmica, e conhecimento dos assuntos que nele envolve;
24 tipografia, diagramação, imagem, cores e significados, símbolos e signos entre outros. O design gráfico é uma linguagem de comunicação importante, pois é ela que transmite a mensagem para seu público, seja com símbolos, textos ou imagens. O profissional é quem resolve os problemas de comunicação, através de seu conhecimento. Segundo a Associação dos Designers Gráficos (ADG BRASIL, 2010) “O design gráfico é um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, idéias e conceitos, com objetivos comerciais ou de fundo social.” O design gráfico vem evoluindo suas técnicas e aprimorando seus conhecimentos. Segundo Fuentes (2006), os componentes de forma e cor, elementos tipográficos do século passado até as imagens fotocopiadas, ou modificadas no Photoshop, enriquecem nos diferentes segmentos culturais que percorrem toda atividade humana a uma velocidade vertiginosa. O designer utiliza esquemas de processos de design, que é o que vai ajudar como um guia para seu projeto. Cada profissional tem seu próprio método, outros preferem utilizar-se de métodos prontos e modificá-los de acordo com as necessidades do seu projeto. Como Fuentes (2006, p. 30) diz: “Cada designer terá de buscar sua própria metodologia para estabelecer a natureza de um design encomendado [...] de maneira que se torne mais enriquecedora para o que realmente importa [...]” O trabalho de um designer gráfico é resolver problemas de comunicação entre cliente e “produto”, criando novas formas de visualizar e entender algo proposto, é informar algo a certo público utilizando-se de imagens, formas, cores etc. O trabalho desse profissional pode ser aplicado a diversos materiais de divulgação, como; embalagem, impresso, virtual, etc.
2.1.5.1 Características de impressão
25 Para realização de um trabalho, o designer necessita saber das técnicas de impressão, pois grande parte de seus trabalhos irão utilizar desse meio. Para isso é necessário que o profissional tenha conhecimento em impressão, tipos de papel, corte, dobras, métodos de acabamento entre outros.
2.1.5.2 Papel
Para Neto (1997) o papel já é algo que o homem não consegue mais dispensar. Todos se manifestam de alguma forma com a utilização do papel, pode variar de um brinquedo educativo à decoração de um ambiente Neto (1997) apresenta uma grande variedade de papéis, onde cada um tem sua composição, significado e meios de utilizar. Alguns dos modelos de papeis são; bristol, bíblia, pergaminho, Kraft, feitos a mão entre outros. O impacto visual causado por um impresso está diretamente relacionado ao papel utilizado em sua produção. O papel deve possuir uma serie de características que contribuam para um bom desempenho e obtenção de um produto de qualidade, seja qual for o sistema de impressão escolhido. (NETO, 1997 p. 32)
Para Neto, cada material impresso tem seu papel específico, por exemplo; para envelopes, folhetos e impressos comerciais ele apresenta o papel cuche, com impressão offset ou tipográfico na cor branca com gramatura 63, 75, 90, 120, 150, 180, 250 e 290 em formato 66x96, 76x112 e 87x114. Segundo Neto (1997), Associação de Engenheiros Alemães criou um formato padrão de papel “formato internacional” ou DIN, baseado no sistema métrico, onde toda classe de impressos se ajusta em suas medidas.
26
Imagem 1: formatos na norma DIN Fonte: Neto (1997, p. 34)
2.1.5.3 Impressão
Neto (1997) diz que para a finalização e impressão do material é necessário conhecer a estrutura do impresso, formato do papel e as características da impressora, e ainda ressalta que para se obter um melhor aproveitamento do papel, é necessário procurar um traço ideal, para que possa repetir o máximo de vezes na folha. A fase de impressão segundo Neto (1997), apresenta quatro métodos de impressão: tipografia, rotogravura, serigrafia e offset. Cada método tem qualidade, características e custos diferentes. A escolha do método mais adequado conta normalmente com o nível de reprodução a atingir e resistência a tiragens maiores ou menores. O autor ainda apresenta as seguintes matrizes de impressão: Relevografia (imagem que deve ser impressa está em alto relevo), Planografia (partes impressoras estão no mesmo nível das partes não-impressoras), Encavografia (as zonas impressoras são gravadas em baixo relevo e as zonas não-impressoras possuem uma superfície extremamente lisa.), Permenografia (utiliza como
27 Fôrma (de impressão) um quadro com tela de náilon, servindo como estêncil.)
Imagem 2: Matriz de impressão Fonte: Neto (1997, p. 90)
2.1.5.4 Cortes e dobras
Os cortes e dobras fazem parte do acabamento final. Esta etapa requer atenção para que possa se aproveitar o máximo da área de distribuição e de impressão da máquina. Antes de as folhas serem dobradas é feito o corte do papel, estes cortes segundo Neto (1997) são realizados em guilhotinas elétricas, onde permite um corte perfeito com diferença mínima entre as folhas. Assim que as folhas recebem seu corte desejado estão prontas para receberem outros tipos de acabamento conforme seu projeto. Segundo Neto (1997 p. 172) O papel é fabricado com freqüência em formatos
padronizados,
baseados
nos
tamanhos
padronizados
das
impressoras. Portanto, um papel de um determinado formato vai dar um determinado número de paginas. Neto (1997) apresenta uma tabela que mostra os formatos recomendados para uma página refilada e o número de páginas por folha.
28
Imagem 3: Esquema de corte Fonte: Neto (1997, p. 173)
As dobras segundo Neto (1997) apresentam duas formas básicas, a paralela (paralela à dobra anterior) que são mais utilizadas em cartas comerciais e a dobra em cruz (fica em ângulo reto com a dobra anterior). Utilizando esses dois tipos de dobras é possível produzir uma grande variedade de folhetos. Segundo Neto (1997 p. 164) os tipos mais comuns de traçado são:
Imagem 4: Dobras e folhetos (quatro páginas) Fonte: Neto (1997, p. 165)
29
Imagem 5: Dobras e folhetos (seis pรกginas) Fonte: Neto (1997, p. 165)
Imagem 6: Dobras e folhetos (oito pรกginas) Fonte: Neto (1997, p. 166)
30
Imagem 7: Dobras e folhetos (doze pรกginas) Fonte: Neto (1997, p. 167)
Imagem 8: Dobras e folhetos (dezesseis pรกginas) Fonte: Neto (1997, p. 168)
31 2.2 LINGUAGEM VISUAL
A linguagem visual compreende várias categorias de expressão, ela tem como objetivo comunicar às informações e conceituá-las através de seus elementos visuais como; forma, cor, equilíbrio, textura, direção, movimento, dimensão além de outros. A linguagem ocupa uma posição única no aprendizado humano. Tem funcionado como meio de armazenar e transmitir informações, veículo para intercambio de idéias e meio para que a mente humana seja capaz de conceituar. (Donis 2007 p. 14)
2.2.1 Elementos básicos da comunicação visual
Toda mensagem criada pelo designer gráfico terá a função de transmitir por meios de composição gráfica o que será interpretada pelo público. Essas composições gráficas são formadas pro elementos visuais que são bastante variados, como os elementos básicos; pontos, linhas, forma, direção, tom, cor, textura, escala, dimensão, movimento e os de composição; equilíbrio, tensão, nivelamento e aguçamento, atração e agrupamento, positivo e negativo etc. O profissional ao realizar seu projeto de comunicação visual, busca transmitir as idéias de forma clara e direta para que seu público entenda facilmente o que foi proposto. O artista que tem uma visão pessoal do mundo só tem valor se a comunicação visual, o suporte da imagem, tem valor objetivo; caso contrário, entra-se no mundo dos códigos mais ou menos secretos, que fazem com que algumas mensagens sejam entendidas apenas por poucas pessoas – aliás, aquelas mesmas que já conhecem a mensagem. (MUNARI, 1997, p. 10)
32 2.2.2 Elementos de composição
Segundo Dondis (2007) elementos de composição é o processo que resulta no significado da manifestação visual e têm fortes implicações com relação ao que é recebido pelo espectador. O equilíbrio: “É, então, a referência visual mais forte e firme do homem, sua base consciente e inconsciente para fazer avaliações visuais.” (DONDIS, 2007, p. 32)
Imagem 9: Equilíbrio Fonte: Donis (2007, p. 33)
A tensão: “ou sua ausência, é o primeiro fator compositivo que pode ser usado sintaticamente na busca do alfabetismo visual.” (DONDIS, 2007, p. 36)
33
Imagem 10: Tensão Fonte: Donis (2007, p. 34)
Nivelamento
e
aguçamento:
“O
poder
do
previsível,
porem,
empalidece diante do poder da surpresa. A estabilidade e a harmonia são polaridades daquilo que é visualmente inesperado e daquilo que cria tensões na composição.” (DONDIS, 2007, p. 37)
Imagem 11: Nivelamento e aguçamento Fonte: Donis (2007, p. 38)
34 Atração e agrupamento: “É uma condição visual que cria uma circunstancia de concessões mutuas nas relações que envolvem interação.” (DONDIS, 2007, p. 44)
Imagem 12: Atração e agrupamento Fonte: Donis (2007, p. 44)
Positivo e negativo: “O que domina o olho na experiência visual seria visto como elemento positivo, e como elemento negativo consideraríamos tudo aquilo que se apresenta de maneira mais passiva.” (DONDIS 2007, p. 47)
Imagem 13: Positivo e negativo Fonte: Donis (2007, p. 47)
2.2.3 Elementos básicos
Segundo Dondis (2007) os elementos básicos têm seu número reduzido, com eles podem-se realizar combinações seletivas. Sua forma
35 básica tem um valor independente que pode ser modificada quando relacionada com outras formas. O
ponto:
“Unidade
de
comunicação
visual
mais
simples
e
irredutivelmente mínima. [...] Qualquer ponto tem grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer. “(DONDIS, 2007, p. 53)
Imagem 14: Ponto Fonte: Donis (2007, p. 53)
A linha: “Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direção, e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a linha.” (DONDIS, 2007, p. 55)
Imagem 15: Linha Fonte: Donis (2007, p. 55)
36
A forma: Existem três formas básicas: o quadrado, o circulo e o triangulo eqüilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características especificas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significado[...] Todas as formas básicas dão figuras planas e simples, fundamentais, que podem ser facilmente descritas e construídas, tanto visual quanto verbalmente. (DONDIS, 2007, p. 57)
Imagem 16: Forma Fonte: Donis (2007, p. 57)
Direção: Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triangulo, a diagonal; o circulo, a curva. Cada uma das direções visuais tem um forte significado associativo e é um valioso instrumento para a criação de mensagens visuais. (DONDIS, 2007, p. 59)
Imagem 17: Direção Fonte: Donis (2007, p. 59)
Tom: As variações de luz ou de tom são os meios pelos quais distinguimos oticamente a complexidade da informação visual do ambiente.
37 Em outras palavras, vemos o que é escuro porque está próximo ou se superpõe ao claro, e vice-versa. (DONDIS, 2007, p. 61)
Imagem 18: Tom Fonte: Donis (2007, p. 61)
Cor: “A cor está, de fato, impregnada de informação, e é uma das mais penetrantes experiências visuais que temos todos em comum. Constitui, portanto, uma fonte de valor inestimável para os comunicadores visuais.” (DONDIS, 2007, p. 64)
Imagem 19: Cor Fonte: Donis (2007, p. 67)
Textura: A textura é o elemento visual que com freqüência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. [...] podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através de tato quanto da visão, ou ainda mediante uma combinação de ambos. (DONDIS, 2007, p. 70)
38 Escala: A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo das pistas visuais, mas também através das relações com o campo ou com o ambiente. [...] os resultados visuais são fluidos, e não absolutos, pois estão sujeitos a muitas variáveis modificadoras. (DONDIS, 2007, p. 72)
Imagem 20: Escala Fonte: Donis (2007, p. 72)
Dimensão: A dimensão existe no mundo real. Não só podemos sentila, mas também vê-la, com o auxilio de nossa visão estereótica e binocular. Mas nenhuma representação bidimensional da realidade [...], existe uma dimensão real; ela e apenas implícita. (DONDIS, 2007, p. 75)
Imagem 21: Dimensão Fonte: Donis (2007, p. 76)
Movimento: [...] o movimento talvez seja uma das forças visuais mais dominantes da experiência humana. [...] O milagre do movimento como
39 componente visual e dinâmico. O homem tem usado a criação de imagens e de forma com múltiplos objetivos, dos quais um dos mais importantes e a objetivação de si mesmo. (DONDIS, 2007, p. 82)
Imagem 22: Movimento Fonte: Donis (2007, p. 81)
Cada elemento tem sua função dentro do projeto e com a junção de todos os elementos em concordância com a criação do designer, é o que formará um resultado final diferenciado e completo de uma identidade visual.
2.3 IDENTIDADE VISUAL
A Identidade Visual é o conjunto de elementos visuais que representam uma determinada empresa e seus produtos, de forma a se diferenciar perante seus concorrentes e ser identificada pelos seus clientes. Esses elementos visuais costumam ter como base elementos gráficos como; logotipo, símbolo, marca, cores institucionais e o alfabeto institucional. A identidade visual é o que singulariza visualmente um dado objeto; é o que diferencia dos demais por seus elementos visuais. A manifestação desta identidade pode ser mais fraca ou mais forte mas, nos senso comum, qualquer coisa que possa ser identificada visualmente possui uma identidade visual (identificação = reconhecimento de identidade). (PEÓN, 2003 p. 11)
A criação da identidade representa visualmente de forma única os objetivos de uma empresa além de individualizar, ela também proporciona o
40 manual de identidade visual onde estabelece uma padronização do uso da marca. Fazendo assim a lembrança desta pelo seu público alvo. Uma instituição requer uma identidade, a solicitação da mesma é feita quando o cliente percebe que sua identidade não está mais correspondendo à realidade da empresa, quando ela não está bem definida, ou na abertura de uma nova empresa. “Toda empresa precisa diferenciar-se de seus concorrentes para obter uma fatia maior do mercado. Toda a empresa também tem a necessidade de ser diferente.” (WHELLER, 2008 p. 18)
2.3.1 Elementos da identidade visual
O elemento visual trata-se da primeira impressão transmitida pela empresa com seu publico, é através do elemento visual que a empresa é apresentada para o mercado e sua concorrência. Segundo Peón (2003), os elementos de identidade visual podem ser divididos da seguinte forma; Primários que são: logotipo, símbolo e marca; secundários: cores institucionais e o alfabeto institucional; Acessórios: grafismo, normas para layouts, símbolos e logotipos acessórios e os mascotes.
Peón (2003, p. 30 a 49) apresenta os elementos da identidade visual da seguinte forma: Símbolo: A grande propriedade de um símbolo é a sua capacidade de síntese: ele deve ser rapidamente identificado e associado à instituição. Por isso, não deve ter excesso de elementos (pois isso retarda a leitura, alem de dificultar a memorização) e deve ter uma associação clara (para aquele publico ao qual se destina)[...] Logotipo: Legalmente, os logotipos são denominados marcas nominativas. São consideradas assim todas aquelas que são formadas por uma combinação de letras e números que possam ser lidos. [...] O objetivo de um logotipo é o de que ele possa ser efetivamente lido, representando os fonemas pelos quais a instituição é referida. Marca: Uma receita simples de marca é aquela que resulta da simples associação entre o símbolo e o logotipo, mas nem sempre esta conjunção é tão simples, necessitando de adaptações até
41 mesmo no desenho de um ou outro elemento para que o resultado do posicionamento e da proporção de ambos seja adequado. Cores institucionais: São formadas pela combinação de determinadas cores, sempre aplicadas nos mesmos tons. As cores institucionais, embora configurem um elemento secundário, tem vital importância na eficiência do sistema, pois tem alto grau de pregnância. Alfabeto institucional: O alfabeto institucional é utilizado para normatizar os textos incluídos nas aplicações, juntamente com os elementos primários. Ele é composto por uma família tipográfica preferencialmente de fácil disponibilidade e aquisição, incluindo suas variações de peso (itálico e negrito, ao menos). Grafismo: São elementos gráficos – em geral, abstratos – cuja função é enfatizar algum conceito ou servir como apoio de organização visual de layouts, aliando a um componente estético a função de veicular a identidade visual da instituição. Mascote: Os mascotes são personagens – em grande parte das vezes animais ou objetos inanimados que recebem uma representação humanizada – utilizados para atingir públicos específicos dentro do público-alvo da instituição [...]. Normas e Layouts: A inclusão de normas para criação de layouts – geralmente, destinados a pecas gráficas – e mais comum em sistemas extensos e completos. Isso se deve ao fato de que apenas as grandes e as medias empresas costumam produzir continuamente impressos que obedeçam a um mesmo padrão [...]. Símbolos e logotipos acessórios: Eles se caracterizam, em geral, como variações expandidas de algum detalhe ou conceito já contido nos elementos primários – assumindo, porem, uma configuração própria e diferenciada que mantém, de forma mais ou menos sutil, um elo de ligação visual com o símbolo ou logotipo propriamente dito (aqueles primários).
Com a definição desses componentes visuais e dos critérios de aplicação, entra-se na parte final de elaboração, a programação visual da empresa; cartão de visita, papel timbrado, envelope, website, sinalizações interna e externa, peças publicitárias e promocionais, etc.
2.3.2 Tipologia e tipografia
A tipologia é o estudo dos tipos, é quem determina o estilo de letra que será utilizado no texto escrito ou impresso. Exemplos de tipologia são; Times New Roman, Arial, Garamond e Helvética, etc. Possui algumas variações de estilos que são; itálico, negrito, sublinhado etc. Tipografia é o processo de criação para a composição de um determinado texto. Seu objetivo é dar estrutura a uma comunicação
42 impressa, sendo legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. De acordo com Funtes (2006), com a utilização das ferramentas de informática ha uma possibilidade ilimitada para criações de novas tipografias, chegando ao ponto de não serem reconhecidas. Uma imagem unificada e coerente de uma empresa não é possível sem uma tipografia que tenha uma personalidade especial e uma legibilidade inerente. A tipografia deve dar apoio à estratégia de posicionamento e à hierarquia da informação. (WHEELER, 2008, p. 122)
Fuentes (2006, p. 71) afirma que, “Entre as razões de ser da tipografia está a de valorizar os diversos componentes de um texto, dando personalidade e possibilidade de reconhecimento a cada categoria ou qualidade de informação.”
2.3.3 Cor
A cor é uma percepção física, na qual o olho humano recebe uma faixa vibracional de luz refletida em um objeto ao ser processado dentro do nosso cérebro as faixas vibracionais são transformadas nas cores segundo as quais somos condicionados a enxergar. Guimarães (2000, p. 12), faz a seguinte definição de cor “informação visual, causada por um estimulo físico, percebida pelos olhos e decodificada pelo cérebro.” De acordo com Farina (1990) as cores exercem funções diferentes no psicológico, dependendo da cor escolhida o individuo demonstra reações diferentes. Farina ainda ressalta que as cores possuem duas nomenclaturas. As quentes “que parecem dar uma sensação de proximidade, calor, densidade, opacidade, secura, além de serem estimulantes” e as frias “que parecem distantes, frias, leves, transparentes, úmidas, aéreas, e são acalmantes”.
43 As cores constituem estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou não de algo, para negar ou afirmas, para se abster ou agir. Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou experiências agradáveis tidas no passado e, portanto, torna-se difícil mudas as preferências sobre as mesmas. (FARINA, 1990, p. 112)
O individuo ao olhar objetos do mesmo tamanho e peso igual, porém com cores diferentes, no seu psicológico esses objetos serão de pesos diferentes. Pois as cores exercem um peso psicológico. Farina (1990, p. 116) diz que, “Aparentemente, damos um peso „as cores. Na realidade, olhamos para uma cor damos um valor-peso, mas e‟ somente um peso psicológico.”
2.4 SEMIÓTICA
A semiótica estuda todo o processo de significação ou representação, ou seja, é o estudo dos significados e modo de representação dos signos na natureza. Com o estudo da semiótica é que podemos entender como é interpretado uma mensagem pelas pessoas. A semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido. (SANTAELLA, 2007 p. 13)
Netto (2003, p. 53) apresenta a seguinte abordagem sobre semiótica: Por semiótica geral deve-se entender aquela parte da filosofia que abrange campos como os cobertos pelas designações Lógicas, Filosofia da Lógica, Filosofia da Ciência, Epistemologia ou Teoria do Significado. O objetivo de Peirce era aqui o de dar uma unidade as, aparentemente diversificadas, questões tratadas por essas disciplina através de uma abordagem capaz de encarar todas elas em termos de uma concepção genérica única e das distinções dela derivadas: a concepção do pensamento como um processo de interpretação do signo como base numa relação triadica entre signo, objeto e interpretante.
Segundo Santaella (2007), a semiótica é uma jovem ciência com três origens diferentes; EUA, União soviética e na Europa Ocidental. Para este
44 trabalho foi adotado a origem americana, onde o cientista Charles Sanders Peirce (1839-1914) desenvolveu seus trabalhos.
2.4.1 Fenomenologia
Fenomenologia segundo Santaella (2005) é um fenômeno que deriva do grego Phaneron, qualquer coisa que apareça na percepção e na mente. Tem por função apresentar as categorias formais e universais dos modos como os fenômenos são apreendidos pela mente. Dizia Peirce: A fenomenologia ou doutrina das categorias tem por função desenredar a emaranhada meada daquilo que, em qualquer sentido, aparece, ou seja, fazer a analise de todas as experiências é a primeira tarefa a que a filosofia tem de se submeter. (SANTAELLA, 2007 p. 33)
Santaella (2005) apresenta uma conclusão de Charles Peirce onde ele diz que; “há três elementos formais e universais em todos os fenômenos que representam a percepção e a mente. Esses elementos foram chamados de primeiridade, secundidade e terceiridade.” Primeiridade é o primeiro impacto com a imagem, esse, espontâneo e imediato com uma compreensão superficial. Secundidade é quando já se pode reconhecer, assimilar ou fazer alguma associação do conteúdo apresentado. Terceiridade é a reflexão, o pensamento em signos, é quando se consegue representar e interpretar algo.
45
Fotografia 1: Castelo Disney, 2009 Fonte: Arquivo pessoal, 2009
Na fotografia acima, podemos perceber as seguintes definições; Primeiridade é o castelo, um elemento físico de forte impacto por ser incomum no cotidiano da maioria das pessoas . Secundidade são as luzes do castelo, onde se pode assimilar com as luzes natalinas. Terceiridade é quando você consegue refletir e sua mente se prolonga percebendo que o castelo iluminado é o castelo da Disney, dessa reflexão você busca todas as referências que você tem sobre esse castelo. Santaella (2007) apresenta os três elementos e demonstra como os fenômenos aparecem à consciência. Santaella (2007, p.43) apresenta a primeridade como uma consciência imediata “Tudo que está imediatamente presente a consciência de alguém e tudo aquilo que está na sua mente no instante presente”, A secundidade para Santaella (2007, p.47) é uma existência cotidiana “Existir é estar numa relação, tomar um lugar na infinita miríade das determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço particulares, confrontar-se com outros corpos...” por fim Santaella (2007, p.51) apresenta a terceiridade “aproxima um primeiro e um segundo
46 numa síntese intelectual, corresponde à camada de inteligibilidade, ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo.”
2.4.2 Signo
Signo é algo que represente uma determinada ação ou elemento, onde o receptor assimila e reconhece a informação desejada. Netto (2003 p. 56) apresenta a definição de signo segundo Peirce. Um signo (ou representamen), para Peirce, é aquilo que, sob certo aspecto, representa alguma coisa para alguém. Dirigindo-se a essa pessoa, esse primeiro signo criara na mente (ou semiose) dessa pessoa um signo equivalente a si mesmo ou, eventualmente, um signo mais desenvolvido. Este segundo signo criado na mente do receptor recebe a designação de interpretame (que não é o interprete), e a coisa representada é conhecida pela designação de objeto.
Segundo Santaella (2007, p. 58), apresenta as seguintes informações de signo. Signo é uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto. Ele só pode funcionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir uma outra coisa diferente dele. Ora, o signo não é objeto. Ele apenas esta no lugar do objeto.
2.4.2.1 Divisão dos signos
De acordo com Netto (2003, p. 58), a segunda tricotomia, relativa às relações (ditas semânticas) entre signo e seu objeto, propõe uma divisão dos signos em, ícone, índice e símbolo. Ícone é a representação de algo por semelhança, pois não possui uma relação direta e objetiva em relação ao seu objeto. Por isso mesmo essa comunicação se estabelece por semelhança. Ex: Uma foto de uma nuvem no céu estabelece uma comunicação por semelhança, devido ao fato de não possuir uma forma específica.
47
Fotografia 2: Céu e nuvens , 2010 Fonte: Arquivo pessoal, 2010
O índice é quando se pode fazer uma associação ou tirar conclusões de algo que vai acontecer ou aconteceu. Pode ser representado, por exemplo, por pegadas, é indicio de que algo passou por um determinado lugar.
Fotografia 3: Pegadas na areia, 2010 Fonte: Arquivo pessoal, 2010
48 O símbolo não tem, necessariamente, semelhança objetiva com o aquilo que simbolizam, são associações de idéias. São palavras, gestos ou sentimentos representados por algo. Pode-se citar como exemplo uma aliança de casamento, que e representa à união matrimonial de um casal, os laços que unem esse casal, a relação estável e ainda podendo gerar outras interpretações.
Fotografia 4: Aliança, 2007 Fonte: Arquivo pessoal, 2007
Netto (2003, p.58) apresenta as seguintes divisões de signos: Ícone “é um signo que tem alguma semelhança com o objeto representado”. Índice “é um signo que se refere ao objeto denotado em virtude de ser diretamente afetado por esse objeto”. Símbolo “é um signo que se refere ao objeto denotado em virtude de uma associação de idéias produzida por uma convenção”.
49 3 MERCADO
3.1 TURISMO
Turismo é uma atividade realizada por pessoas durante uma viagem, em locais diferentes do que vivem, sendo por lazer ou negócios. O turismo é um fator importante para uma cidade, alavancando a economia e o crescimento da mesma. Turismo é o fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que fundamentalmente por motivos de recreação, descanso, cultural ou saúde saem de seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural. (IGNARRA,1998, p.24).
Segundo informações eletrônicas a Planejamento e consultoria turístico (Plantur, 2010), oferece uma classificação do turismo como; turismo de massa ou massivo, turismo Seletivo, turismo Popular, turismo Social, turismo Alternativo. Turismo de massa ou massivo: grande número de pessoas que dá lugar a grandes concentrações de turistas nos núcleos receptores. Turismo Seletivo: certos setores da sociedade (os de maior poder aquisitivo) certas motivações e limitações. Turismo Popular: aceito por grande parte da população (caráter de massivo), não se refere às pessoas de menor poder aquisitivo e sim ao grau de aceitação que tenha entre as pessoas pela prática de algum tipo de turismo. Turismo Social: setores de menores ingressos (empregados, operários, estudantes, etc..). Às vezes o Estado o subvenciona ou ainda associações, sindicatos, como um benefício para que gastem pouco nas férias. Turismo Alternativo: oposto do massivo (turismo cultural, rural, de aventura, ecológico). Desejo de conhecer manifestações culturais de outros povos (atividades incomuns, fora da civilização, no campo, na natureza).
Segundo informações encontradas no endereço eletrônico da empresa Santa Catarina Turismo S/A (Santur, 2010), que realizou a projeção de demanda turística em Florianópolis no ano de 2009 diz que os movimentos
50 estimados de turistas nesse ano foi de 798.441 entre nacionais e estrangeiros. Esta estimativa ĂŠ baseada nas quatro ultimas pesquisas realizadas em janeiro e fevereiro dos anos anteriores (2005, 2006, 2007 e 2008). Abaixo vocĂŞ pode visualizar a tabela com o levantamento.
GrĂĄfico 1: Movimento estimado de turistas Fonte: Santur, 2010
51 3.2 HISTÓRIA DAS LOCADORAS
Em pesquisa nos site disponibilizado na rede de internet Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA, 2010), encontra-se uma breve história das locadoras: como surgiram as locadoras no Brasil, as dificuldades encontradas no ramo de locação e a influência após o plano real e a terceirização de frotas. Os primeiros negócios surgiram na região central de São Paulo, onde alguns empresários de revendas de carros usados começaram a alugar os automóveis como atividade suplementar. Foi justamente um destes revendedores, o empresário Adalberto Camargo, que vislumbrou no aluguel de carros um negócio promissor. O momento era favorável. A atividade econômica crescia e o País precisava de meios de transporte. Em 1956, Camargo associou-se a empresários de outros setores em busca de financiamento para fundar a Auto Drive S.A. Indústria e Comércio, a primeira empresa criada exclusivamente com a finalidade de alugar carros. O primeiro automóvel alugado pela empresa foi da Volkswagen, o antigo Fusca, para clientes brasileiros que já haviam viajado ao exterior, onde haviam tomado conhecimento das conveniências da locação. A partir desta iniciativa pioneira, começaram a surgir outras Locadoras, embora, de início, a atividade tenha enfrentado dificuldades como a concorrência predatória e o desgaste dos veículos com as péssimas estradas da época, bastante piores do que as atuais. Felizmente, o aluguel de carros ingressou nos anos 90 com novos desafios e oportunidades. Abertura da economia, Código de Defesa do Consumidor, Carro Popular, Plano Real e Globalização são alguns ícones contemporâneos. A abertura trouxe para as Locadoras a possibilidade de diversificar a frota com carros importados, para atender um consumidor que passou a exigir cada vez mais qualidade. A explosão dos cartões de crédito, principalmente após o Plano Real, também foi positiva para o Setor ao alargar a base de potenciais
52 consumidores. O momento era de adaptar a administração dos negócios à nova ordem econômica, já com a inflação sob controle. Os números compilados pela (ABLA, 2010) revelam que a terceirização é a modalidade do futuro. Neste tipo de prestação de serviço, a própria locadora faz e arca com os custos da manutenção preventiva, corretiva e dos reparos de pequenas avarias. Em 2008, 55% do faturamento das Locadoras, ou seja, R$ 2,19 bilhões dos R$ 3,99 bilhões gerados pelo negócio no país, foi originado com a terceirização de frotas – terceirização esta que começa a ser percebida como algo indispensável para a gestão de frotas em diferentes setores.
3.3 A LOCAÇÃO DE UM AUTOMÓVEL
No endereço eletrônico da Associação Brasileira das Locadora de Automóveis (ABLA, 2010), consta uma informação relevante quanto ao processo locatário no Brasil. As locadoras automotivas em sua maioria efetuam o serviço do aluguel de automóveis somente para maiores de 21 anos, esta faixa etária é então fomentada como a idade da responsabilidade civil. Uma das opções que geralmente as empresas oferecem é a reserva com antecedência dos automóveis, assim o risco de não encontrar o veículo desejado é eliminado. O ato de creditar o valor relativo do automóvel através do uso de cartões eletrônicos torna ágil o processo de aprovação do cadastro e o atendimento. A diária de um automóvel é estabelecida em um período de tempo de 24 horas e muitas locadoras oferecem a opção de quilometragem livre e tarifas promocionais. Essas tarifas variam conforme a categoria do carro em escolha e por tipo de cobertura de danos causados ao veículo locado. É possível alugar o carro em uma determinada cidade e devolvê-lo em outra diferente, principalmente se a locadora for da mesma rede, mas para isso o cliente precisa verificar anteriormente com a locadora à possibilidade de devolução do veículo na cidade desejada e qual o valor cobrado referente à taxa de retorno do automóvel, se cobrado.
53 Além dos aeroportos e suas proximidades, as locadoras de automóveis são também encontradas estruturadas nas mais diversas áreas comerciais em busca de proximidade com o consumidor. Um automóvel alugado é mais vantajoso financeiramente do que um táxi. Alugar um modelo popular por 24 horas custa o equivalente ao preço de uma corrida efetuada pelo táxi de aeroportos mais afastados até a região central da cidade. Ou seja, praticamente pelo mesmo valor, o consumidor pode ter acesso a um veículo para o seu transporte pelo período de 24 horas. Nas épocas de baixa estação, que variam de Estado para Estado, as locadoras realizam promoções especiais, onde buscam estimular o aluguel de carros. Na tabela a seguir apresenta uma porcentagem do perfil dos locatários.
3.3.1 Perfil dos locatários
Segundo pesquisa realizada pelo (ABLA, 2010), o perfil dos locatários no Brasil são 82% do sexo masculino e 18% do sexo feminino, idade média do público é de 4% entre 21 e 24 anos, 85% entre 25 e 45 anos e 11% acima de 45 anos, 65% são casados e 35% solteiros ou separados, o grau de instituição desse público é de 89% superior e 11% ensino médio, suas áreas de atuação são 41% serviços, 30% indústrias, 11% comércio, 7% profissionais liberais e 11% outros.
Gráfico 2: idade média Fonte: abla, 2010
54
Gráfico 3: estado civil Fonte: abla, 2010
Gráfico 4: Grau de instituição Fonte: abla, 2010
Gráfico 5: Perfil dos locatários Fonte: abla, 2010
55 3.4 TENDÊNCIA DE MERCADO
Segundo informações da Associação Brasileira de locação de automóveis (ABLA, 2010) apresentada à revista virtual (EVENTOS, 2010), “no Brasil o setor de locação de automóveis é bastante pulverizado, existe o predomínio de empresas de médio e pequeno porte (aproximadamente 70% do mercado)”. Percebemos com o levantamento realizado pelo (ABLA) de 2003 a 2008 que o faturamento do setor de locadora obteve um aumento gradativo, o número de locadoras diminui, entretanto a frota de carros das locadoras tende aumentar com passar dos anos.
Gráfico 6: Faturamento do setor Fonte: ABLA, 2010
56 3.4.1 Desempenho Regional
Com dados fornecidos pelo (ABLA, 2010), podemos perceber que o desempenho regional de locadoras em Santa Catarina de 2004 a 2008, fora modificado conforme o passar dos anos. Iniciou-se em 2004 com 99 locadoras e tendo em 2008 com 95 estabelecimentos. Segundo Paulo Gaba Junior em entrevista com a revista EVENTOS (2010) diz que, “aquelas poucas que [...] deixaram de ter a locação de automóveis como sua atividade principal, para se tornarem comerciantes de veículos usados, estas estão sendo vitimadas pela crise que o setor de usados atravessa”. Veja a seguir o gráfico de desempenho regional.
Gráfico 7: Desempenho regional Fonte: ABLA, 2010
3.5 ANÁLISE DE CONCORRENTES
Os clientes da Rencar em sua maior parcela são formados por turistas que buscam uma locadora de automóveis na cidade através de pesquisas realizada na intenet. Entretanto, com uma pesquisa efetuada através do endereço eletrônico (GOOGLE, 2010), pode-se perceber que as seguintes empresas possuem links patrocinados; Just GO, Serra Nova, Inova, Hertz, Yes, Localiza e LocarAlpha.
57 Dentre as empresas citadas acima, fora realizada uma analise de três locadoras. As mesmas também possuem lojas localizadas nas proximidades da empresa Rencar. Sendo estes concorrentes diretos da Rencar; YES Aluguel de Carros, LocarAlpha Aluguel de Carros e Localiza Rent a Car.
3.5.1 YES aluguel de carros
Fundada em 1994, a rede está sediada em Belo Horizonte (MG). Desde 1995 opera pelo sistema de franquias e conta com 73 unidades franqueadas distribuídas pelo Brasil. Com uma frota de cerca de dois mil veículos, a Yes Aluguel de Carros tem como foco de atuação a locação diária de veículos e a terceirização de pequenas frotas. Eleita pela segunda vez a melhor franquia do setor de veículos do Brasil, pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, a Rede apresenta como ponto forte a transparência no relacionamento entre franqueadores e franqueados. “Como não dispomos de unidades próprias, trabalhamos com afinco pelo sucesso de nossos franqueados”, explica o diretor. A Yes transpassa um conceito de empresa respeitável, de constante crescimento e busca de novos clientes. Sua marca é bastante conhecida pelo público que procura a locação de automóveis, porém seus preços oscilam em comparação a seus concorrentes e não consegue obter clientes fiéis. Seu meio de atendimento é direto e objetivo, busca resolver a melhor logística para o cliente.
Imagem 23 – Yes aluguel de carros Fonte: Google imagens, 2010
58 3.5.2 LocarAlpha aluguel de carros
A LocarAlpha surgiu no mercado de locadoras em 1995. Está presente nas principais capitais do país. Tem como missão a prestação de serviços de alta qualidade e rentabilidade. Geração de remuneração aos seus acionistas e colaboradores e a reversão de benefícios para a comunidade através de meios de ações sociais. Sua visão é pautada na dinâmica dos negócios, inovação e investimentos na própria equipe empresarial. A Locaralpha opta pelo atendimento bilíngüe como forma de atrair clientes internacionais, além de frotas blindadas com motoristas executivos. Não atuam somente na locação de automóveis, possuem também veículos seminovos para venda. A Locaralpha demonstra uma imagem de uma empresa em ascensão, não é tão relevante no segmento, mas está em busca de uma maior fatia de mercado. Possui uma grande demanda de clientes, apresenta uma estruturada relação com o cliente, mesmo sendo os valores de seu serviço um pouco acima da oferta de mercado em relação a outros concorrentes. Não possui uma consolidação de marca, sendo relativamente uma empresa jovem.
Imagem 24 – LocarAlpha aluguel de carros Fonte: Google imagens, 2010
3.5.3 Localiza Rent a Car
A LOCALIZA é uma empresa fundada em 1973. Sua principal estratégia é o foco na qualidade, bons serviços e diferenciação.
59 Além de locadora automotiva (Localiza Rent a Car) também apresenta à venda de seus veículos seminovos a consumidores finais (Localiza Seminovos) e o aluguel de frotas para grandes empresas (Total Fleet) como conjunto de serviços oferecidos. É a maior rede de agências de aluguel de carros do Brasil desde 1981. O sucesso obtido pela locadora é atribuído à visão do cliente. A Localiza possui uma imagem junto ao cliente de um serviço profissional, não agrega proximidade tampouco relação mútua, ela oferece agilidade, eficiência e o cumprimento de acordos junto ao consumidor. Segundo verificação feita na pagina eletrônica da empresa, pode-se perceber que os preços são superior as demais locadoras, no entanto nota-se que a empresa não é considerada economicamente a mais viável, mas oferece a garantia de um serviço executado com precisão e satisfação. A empresa oferece assistência ao cliente e central de reservas 24 horas, 365 dias por ano, atendentes motivados, constantes pesquisas de satisfação, programas de qualidade, agilidade nas operações de aluguel de devolução
de
carros
totalmente
informatizadas,
e,
principalmente,
competitividade em preços. Sua atuação junto a Localiza Seminovos e a Total Fleet agregam segurança e confiabilidade. Sabe-se tratar de uma empresa forte e de boa consolidação no mercado.
Imagem 25 – Localiza rent a car Fonte: Google imagens, 2010
3.6 EMPRESA
3.6.1 Caracterização do ambientes da empresa
De acordo com o senhor Renato Luiz Maceno, seu primeiro automóvel foi alugado em 1985 em uma oportunidade que surgiu junto com uma
60 necessidade pessoal. Seu primeiro automóvel locado era um Buggi de uso próprio. Após sua primeira locação percebeu uma deficiência de locadoras na região de Florianópolis. Existiam poucas locadoras, mas nenhuma locadora local com preços mais acessíveis. Foi então que ele deu início à locação de automóveis. Registrou a empresa em 1990 com o nome de sua esposa Celem Vadala Maceno ME e utilizou o nome fictício de RENCAR. Iniciou a locação no Terminal Rodoviário Rita Maria localizado no centro da cidade de Florianópolis com apenas dois carros. Subseqüente passou a alugar seus automóveis no bairro Carianos ao lado do Aeroporto Internacional Hercílio Luz. Em 1995 seu filho Pablo Vadala Maceno começava a ajudar na empresa através da lavação dos automóveis. Seus primeiros carros eram modelos usados, em 1997 foi comprado seu primeiro automóvel novo, a partir deste ano os carros adquiridos foram modelos novos ou semi-novos. Atualmente a empresa conta com a disponibilidade de 24 carros para locação, o ápice de frota fora atingido pela quantidade de 32 carros. A diminuição da frota ocorreu em função do investimento particular em outro setor financeiro (mercado imobiliário), o reajuste na frota de automóveis para locação tornou-se necessário para assegurar estabilidade financeira, evitando prejuízo e gastos acima do orçamento.
3.6.2 Aspectos sociais
Empresa familiar para alguns autores é transcrito como a ligação durante pelo menos duas gerações. No entanto para a grande maioria dos autores uma empresa se caracteriza como familiar por ter em sua gestão a família proprietária. No Brasil, segundo GUEIROS (1998, apud NASCIMENTO, Auster Moreira, P.1), estima-se que as empresas familiares sejam responsáveis por 60% dos empregos diretos e por 48% da produção nacional. Desde os grandes conglomerados nacionais, base da economia de bens de capital, até os pequenos e médios
61 empreendimentos, responsáveis pela geração de 2 milhões de empregos diretos e que são o tipo de organização que mais cresce no país.
Portando neste trabalho é adotado o desígnio que uma empresa pode ser dita familiar desde sua primeira geração. Uma empresa familiar tende por possuir um intimismo e vínculo afetivo por sua clientela, pelo fato da base nuclear empresarial ser tangenciada pela família.
3.6.3 Aspectos organizacionais
A estrutura organizacional é o arranjo dos elementos que constituem uma organização. Segundo Oliveira (2002, p.84) diz que “organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos”. O funcionamento da empresa baseia-se na locação de automóveis e reparos básicos dos mesmos. Quando é preciso fazer alguma manutenção de maior grado técnico os automóveis são destinados para serviços terceirizados. Para locar um automóvel na empresa o cliente possui três opções; por telefone, acesso ao endereço eletrônico da locadora ou ao chegar à cidade ir diretamente ao escritório da empresa e fazer sua locação. Quando a reserva do automóvel é solicitada pelo telefone ou internet (através do endereço eletrônico), no dia que o cliente chega à cidade há um funcionário da empresa à espera do cliente no aeroporto para levá-lo até a empresa e ocorre então a assinatura do contrato e a retirada do automóvel. Para a entrega do automóvel o cliente encaminha o carro até a empresa, o funcionário vistoria o automóvel, então é efetuado o fechamento de contrato e após isso o cliente é transportado para o aeroporto para seguir viajem para sua cidade natal.
62
3.6.4 Missão e valores da empresa
Missão: Proporcionar mobilidade para nossos clientes, para que possam ser livres em seus passeios com um preço mais atrativo e diferenciado. Valores: Segurança, respeito, assistência, trabalho em equipe, cliente amigo.
3.6.5 Descrição dos serviços oferecidos
No pacote da locação de um automóvel na empresa inclui: serviços de translado aeroporto-locadora/locadora-aeroporto, assistência técnica 24 horas, seguro total com franquia reduzida, quilometragem livre, suporte para pranchas (racks), cadeirinha para bebes e retirada/devolução dos automóveis no aeroporto ou na rodoviária. Todos os serviços citados que a empresa oferece aos seus clientes são realizados sem custos adicionais.
3.6.6 Pontos fortes e pontos fracos em relação à concorrência
Na locadora de automóveis Rencar podemos estabelecer como pontos fortes preço baixo, localização, serviços sem custos adicionais e atendimento 24h. Já como pontos fracos a empresa não possui funcionários fora do envolvimento familiar, não faz divulgação da locadora dentro do aeroporto, possui uma frota com pouca variedade de automóveis (com relação a grandes locadoras na região) e não anuncia a empresa.
63
3.6.7 Localidade
A empresa Rencar está situada no Bairro Carianos, no município de Florianópolis, estado de Santa Catarina. Florianópolis conhecida também como ilha da magia foi povoada em 1675 como o nome de Nossa Senhora do Desterro, em 1894 passa se chamar então Florianópolis, em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. A cidade segundo o (IBGE, 2010), no ano de 2009, apresentara uma população estimada de 408.161 habitantes. Florianópolis exerce uma grande atração sobre os turistas, com suas diversidades e seus encantos naturais, Florianópolis possui uma beleza imensurável que agrada a todos que a visitam. A Ilha com as suas 100 belas praias e sua cultura açoriana que está presente no cotidiano da bela cidade, faz com que turistas do mundo inteiro visitem a cidade e desfrutem dos serviços que nela situa-se, como hotéis, restaurantes, locadora de automóveis, shopping entre ouros, e assim um aumento na renda de muitas famílias, gerando empregos para população, e aumentando a economia da cidade. O bairro Carianos está a aproximadamente 7 km do centro de Florianópolis, é onde está localizado o Aeroporto Internacional Hercílio Luz e o estádio Aderbal Ramos da Silva de propriedade do Avaí Futebol Clube. Nos últimos anos o bairro tem apresentado um crescimento comercial e residencial significativo, impulsionado pelo forte crescimento da cidade e do aeroporto. Com a localização estratégica da Empresa Rencar ao lado do aeroporto, percebe-se que a mesma está bem situada por se referir à locação de automóveis, pois turistas do mundo inteiro transitam pelo Aeroporto Internacional Hercílio Luz, isto faz com que o proprietário da locadora de automóveis possa efetuar a locação de seus automóveis com maior índice de sucesso na prospecção.
64
Imagem 26 – Mapa Fonte: Google Imagens, 2010
Fotografia 5 – Marca Rencar Fonte: Arquivo pessoal, 2010
3.6.8 Aspectos administrativos
A empresa analisada conta com a participação de uma estrutura administrativa familiar que tem por objetivo cumprir todas as funções de regimento da empresa, existe um dinamismo, sem uma real distribuição de cargos. Todas as decisões são centralizadas na direção, que acompanha todo o processo de funcionamento da empresa. A empresa não possui uma distribuição de setores, as distribuições de cargos e compartilhada entre pai e filho. A empresa não possui funcionários fora do círculo interno familiar, caso houver a necessidade de contratação de um empregado do lado externo deste círculo seus requisitos mínimos exigidos para atuar na
65 empresa é ter conhecimentos das funções designadas, e possuir experiência nas áreas pleiteadas. Segundo informações do gerente da empresa, a RENCAR não possui ações publicitárias, os únicos meios de divulgação da empresa são através de cadastro na ferramenta de busca do Google, placas no local da empresa e cartões de visitas deixados na recepção dos hotéis.
3.7 Identidade visual atual da empresa
A identidade visual atual da Rencar começou no ano de 2000, com um logotipo criado por um amigo, esse que é aplicado no site. Em 2004 foi criado o logotipo dos cartões de visita, esse feito em uma gráfica. Já em 2006 foi feito também em uma segunda gráfica a marca da empresa, que e utilizada como adesivos para identificação dos automóveis. Antes do ano 2000 a empresa não possuía uma identidade visual, apenas o seu nome Rencar.
3.7.1 Análise da identidade visual atual
3.7.1.1 Logotipo aplicado no endereço eletrônico
No endereço eletrônico da empresa consta um logotipo que apresenta um bom contraste de cores, porém ha um excesso de informações de plano de fundo. Forma-se uma letra “L” atrás da letra “R”, o que pode confundir a grafia do nome da marca. A tipografia utilizada, fonte helvética transmite confiança e a formatação em itálico sugere movimento.
66
Imagem 27: Logotipo Fonte: Site rencar, 2010
3.7.1.2 Marca aplicada nos automóveis e endereço eletrônico
A marca da empresa é apresentada através de um “R” estilizado tipograficamente sobre uma esfera, em razão de não haver uma identificação especifica do nome da empresa junto à marca, pode ocorrer uma confusão de identidade entre a Rencar, e uma empresa já conhecida no mercado, a revenda de automóveis Repecon. Tanto Rencar quanto Repecon são representados por um R estilizado, todavia, em função da Repecon ser uma empresa revendedora de automóveis, e mais reconhecida na cidade quando comparado com a Rencar, um conflito entre marcas ocorre. A locadora de automóveis Rencar tende a prejudicar sua imagem, pois o adesivo aplicado na parte posterior dos automóveis para identificação é somente um “R”, sem nenhuma outra representação. A imagem só é reconhecida por quem tem conhecimento sobre a empresa. Em função dos veículos circularem pela cidade, acaba por ocorrer um meio de divulgação viral para a locadora. Uma identificação de melhor assimilação é essencial para que a marca seja divulgada com maior eficácia, assim é evitado o conflito entre as empresas.
67
Imagem 28 – Repecon Fonte: Google imagens, 2010
Fotografia 6: Marca rencar Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Imagem 29 – Repecon Fonte: Google imagens, 2010
3.7.1.3 Logotipo aplicado no cartão de visita, contrato, mapa e adesivos.
O Logotipo apresentado nos cartões de visita apresenta uma tipografia helvética que informa confiança e o itálico demonstra movimento, assim como a marca apresentada no site oficial da empresa. Porém a estilização é demonstrada de maneira simples, sem efeitos ou variações de tonalidades de cores.
Imagem 30: Logotipo rencar Fonte: Arquivo pessoal, 2010
3.8 PÚBLICO ALVO
Segundo informações do gerente da empresa, a maior parte de sua clientela é formada por 90% turistas (pessoas que se deslocam por um período de tempo para locais diferentes de sua residência/cidade) sendo (75% lazer e 25% negócio) e 10% domestico (pessoas residentes na cidade
68 ou mediações onde se encontra a empresa), de classe média do sexo masculino com idade igual ou superior a 23 anos, sua clientela chega ate a locadora através da internet (70%), viral (25%) e placas que se encontram nas mediações da empresa (5%). As informações fornecidas pelo gerente da empresa são apenas observações feitas por si, não foi realizado nenhum tipo de pesquisa. A empresa não possui sistema, tampouco ficha de cadastro de seus clientes. Os dados de sua clientela constam apenas no contrato de aluguel do automóvel.
3.8.1 Pesquisa de campo
Para realização da pesquisa de campo, inicialmente foram entregues para o dono a empresa 25 fichas de cadastro que ele supostamente entregaria para seus clientes preencher, para assim obter o máximo de informações sobre o público alvo da locadora de automóveis Rencar, já que está não possui nenhuma pesquisa com dados comprovados sobre sua clientela. Porém não houve um retorno das fichas preenchidas por um esquecimento do próprio dono. Portanto para obter informações sobre o público alvo da locadora buscou-se uma segunda alternativa, analisar 25 contratos de clientes que já locaram carro e retirar o máximo de informações que o mesmo fornecia, que foram; Nome (sexo), idade, nacionalidade, região de moradia. Com isso obtemos as seguintes informações. Com as informações obtidas na pesquisa qualitativa (dados de um número relativamente pequeno, os quais não são analisados com técnicas estatísticas.) realizada, pode-se concluir que o público-alvo da empresa são: homens de 20 a 65 anos de idade, brasileiros, residentes na região sudeste do país. Estes aspectos são demonstrados nos gráficos a seguir:
69
20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0
Masculino Feminino
Clientes Gráfico 8: Sexo público alvo Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Gráfico 9: Idade público alvo Fonte: Arquivo pessoal, 2010
70
25 20 15
Brasil Exterior
10 5 0 Clientes Gráfico 10: País do público alvo Fonte: Arquivo pessoal, 2010
12 10 Norte
8
Nordeste 6
Centro-Oeste Sudeste
4
Sul
2 0 Clientes Gráfico 11: Região do público alvo Fonte: Arquivo pessoal, 2010
71 3.9 BRIEFING
O projeto da empresa Rencar consiste na elaboração de uma nova identidade visual, com o intuito de valorizar sua marca. A construção de um melhor posicionamento perante seus concorrentes é um fator essencial para o amadurecimento da imagem da empresa no segmento de locação de automóveis. A comunicação será emitida de forma clara e objetiva, visando a prospecção de clientes. Segundo o proprietário, a Rencar possui a característica de ser uma das pioneiras do segmento na cidade de Florianópolis e atualmente divide o mercado com grandes locadoras em sua região. A empresa deseja passar para seus clientes uma imagem de ser um estabelecimento comercial preocupado com os valores familiares e que ressalte os valores íntimos contidos na essência de uma amizade.
Na
elaboração de sua nova identidade visual a mesma deve conter alguns critérios como: Segurança, respeito, assistência, trabalho em equipe, cliente amigo.
3.9.1 Painel semântico conceitual
Para o painel semântico conceitual buscou-se imagens relacionadas a empresa. A estrada, mala e avião estão relacionado a viagem,
os
automóveis em grande quantidade mostra a opção para locar um automóvel, as rodas representam o movimento, a mulher representa a liberdade que se tem ao alugar um automóvel, a animação do senhor de chapéu representa os turistas e o dinheiro representa os benefícios do turismo para a cidade e empresas.
72
Imagem 31: Painel semântico conceitual Fonte: Arquivo pessoal, 2010
3.9.2 Painel semântico público-alvo
Para o seguinte painel semântico buscou-se imagens relacionadas ao público-alvo da locadora de automóveis Rencar. Grande parte do seu publico é formado por homens mais velhos, com uma formação acadêmica, brasileiros residentes na região sudeste, com famílias constituída, e que buscam viagem como forma de conhecer novos lugares, relaxar e descansar com a família.
73
Imagem 32: Painel semântico público alvo Fonte: Arquivo pessoal, 2010
74
4 FASE CONCEITUAL
4.1 ANÁLISE DE DADOS
Atualmente a empresa conta com uma identidade visual bastante disforme. Os aspectos de produção gráfica e visual apresentados pela empresa não seguem uma unidade ou conceitos pré-estabelecidos. São estabelecidos através do conceito unitário de execução e não pelo conjunto gráfico como um todo. A identidade visual da empresa foi criada por etapas, sem ser pensado num todo, cada um foi criado individualmente por profissionais gráficos diferentes sem ser lembrado ou seguido qualquer conceito já realizado na marca anterior.
4.2 CONCEITUAÇÃO
4.2.1 Marca
Proporcionar mobilidade para os clientes, para que possam ser livres em seus passeios, ir aonde quiser com segurança. A marca deve proporcionar respeito, assistência, trabalho em equipe, cliente amigo e mobilidade. Passar para o cliente que aquele estabelecimento não é somente um estabelecimento comercial, mas transmitir a idéia de que um amigo oferece um carro para locação, transmitindo assim simbioticamente confiança e um maior grau de recomendação por parte do cliente.
75 4.2.2 Material a ser produzido
No projeto busca-se a realização de uma nova identidade visual para a locadora de automóveis Rencar e seu material gráfico para a divulgação da mesma. Dentro do que será produzido encontra-se: marca gráfica, papelaria, cartão de visita, uniformes, adesivos, Imã carro, fachada e aplicação da identidade visual no site.
4.3 MATERIAL QUE A EMPRESA POSSUI ATUALMENTE
4.3.1 Adesivos
Imagem 33: Adesivo para aplicação nos automóveis Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Imagem 34: Adesivo Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Imagem 35: Adesivo para cliente Fonte: Arquivo pessoal, 2010
76 4.3.2 Cart達o de visita
Imagem 36: Cart達o de visita para cliente Fonte: Arquivo pessoal, 2010
4.3.3 Mapa Frente
Imagem 37: Mapa para cliente Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Verso
77 4.3.4 Contrato
Imagem 38: Contrato Fonte: Arquivo pessoal, 2010
4.3.5 Uniforme
Fotografia 7: Uniforme atrรกs Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Fotografia 8: Uniforme Frente Fonte: Arquivo pessoal, 2010
78 4.3.6 Site
Imagem 39: Site Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Imagem 40: Site Fonte: Arquivo pessoal, 2010
79
4.3.7 Banner
Fotografia 9: Banner Fonte: Arquivo pessoal, 2010
4.3.8 Placa
Fotografia 10: Placa Fonte: Arquivo pessoal, 2010
80
Fotografia 11: Placa rencar Fonte: Arquivo pessoal, 2010
Fotografia 12: Frente Locadora Rencar Fonte: Arquivo pessoal, 2010
81 4.4 GERAÇÃO DE ALTERNATIVA
4.4.1 Marca
Imagem 41: geração de alternativa Fonte: arquivo pessoal, 2010
Imagem 42: geração de alternativa Fonte: arquivo pessoal, 2010
82
Imagem 43: geração de alternativa Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.4.2 Refinamento da marca escolhida
Após a escolha da marca final começou então o a refinar a marca, utilizando volume e sombra. Porem na alternativa final foi retirada a sombra, pois atrapalhava na redução da marca.
83
Imagem 44: refinamento da marca Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.4.3 Escolha final/Análise
A marca escolhida foi à seguinte:
Imagem 45: alternativa escolhida Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.4.3.1 Linhas
Segundo Dondis (2007), as linhas utilizadas na parte esquerda da marca gráfica transmitem a sensação de estabilidade, pois apresentam a
84 estruturação através da solidez de seus pilares e sua apresentação em três dimensões apresenta profundidade e indica movimentação em perspectiva. As linhas utilizadas na parte direita transmitem a sensação de um caminho a ser percorrido, este caminho sugere desenvolvimento e movimentação através do efeito de sua perspectiva, resultando também numa sensação de profundidade.
4.4.3.2 Formas
Segundo Dondis (2007), a forma esquerda sugere movimento estável pelo fato de ser elaborada através de linhas retas que formam um retângulo, e em perspectiva pela movimentação do efeito tridimensional. A forma da direita sugere movimento através das formas curvilíneas e através da perspectiva sugere desenvolvimento, ação. A União das formas da esquerda e direita, junto com a formatação e alteração da forma direita, onde parte inferior se apresenta de maneira mais densa e na parte superior é demonstrada de maneira mais sutil, formam a figura de uma letra R reforçando a inicial da marca.
4.4.3.3 Cores As cores utilizadas no processo de construção da marca foram: amarelo (C0 M29 Y91 K0), Azul (C100 M46 Y0 k0) e o preto (C0 M0 Y0 K100).
a) Preto: O preto utilizado na marca gráfica representa a empresa e seu perfil tradicional, o que contempla sua seriedade e tradição. Também reforça a sensação de estabilidade e solidez em função do peso apresentado pela marca em utilização do preenchimento na coloração preta.
85
As cores exercem diferentes efeitos fisiológicos sobre o organismo humano e tendem assim a produzir vários juízos e sentimentos. Aparentemente, damos um peso às cores, na realidade, olhando para uma cor damos um valor-peso, mas somente um peso psicológico. (FARINA, 1999, p. 76)
b) Azul: Segundo Farina (1999), o azul por se apresentar como uma cor que relaxa, acalma e esfria é utilizado no plano de fundo da marca gráfica como uma cor diretamente associada à espaço, viagem, amizade.
c) Amarelo: Segundo Farina (1999), o amarelo de tonalidade mais quente utilizado na marca gráfica fornece uma ligação mais forte com o público-alvo e uma sensação de que a empresa se presta como ativa com seus clientes. Em função do amarelo ser uma cor que representa a comunicação e iluminação, por ser assimilada à luz solar. Outro aspecto de uma tonalidade mais quente utilizada no logotipo da empresa é a excitação de se impor como uma nova marca, em função da euforia provocada pela utilização da coloração amarela. Também é provocado a sensação de conforto e alegria por parte desta cor, o que coloca a marca com uma nova identidade visual e pronta para cumprir suas metas junto às necessidades do cliente.
d) Azul e Amarelo: A utilização da cor azul junto à cor amarela proporciona a ativação da mente e do processo intuitivo. São cores que se complementam e quando combinadas apresentam uma melhor leitura à distância.
e) Preto e Amarelo: A fusão da cor preta com a coloração amarela representa uma melhor visualização à distancia, como pode ser percebido na utilização desta combinação de cores nas sinalizações de trânsito, como por exemplo: cones, placas sinalizadoras, entre outros.
86
4.4.3.4 Contraste de cor
O contraste entre as três cores: amarelo, azul e preto oferecem dinamismo, confiança e fidelidade à marca. A sincronização entre o quente e o frio se mostra presente através do fundo azul, uma coloração fria, em uma cor quente como a amarela. E o preto reforça o efeito de segurança proporcionado pela cor azul em relação ao amarelo, efetuando assim um equilíbrio de contraste entre as cores. Depois do tonal, talvez o mais importante contraste de cor seja o quente-frio, que estabelece uma distinção entre as cores quentes [...] e as frias.[...] Essas qualidades podem afetar a posição espacial, uma vez que a temperatura da cor pode sugerir proximidade ou distância. [...] De acordo com a teoria de Munsell, a cor complementar se situa no extremo oposto do círculo cromático.(DONDIS, 2007, 1975, p.125).
4.4.3.5 Contraste de Forma
Com a finalidade de atrair a atenção do público alvo fora optado pela utilização do contraste de formas irregulares sobre formas regulares, buscando assim o fechamento visual da marca rencar através do R, construídos através do contraste entre as formas. A este propósito Dondis (2007, p. 126) afirma que, “Se o objetivo for atrair a atenção do observador, a forma regular, simples e resolvida, é dominada pela forma irregular, imprevisível”.
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4.4.3.6 Tipologia
A fonte utilizada “masque” demonstra confiança e segurança em função de ser uma fonte espessa. A sensação de movimento se faz presente pelo uso de linhas diagonais em formato itálico e através de suas curvaturas, a letra “E” apresenta um efeito estilizado que reforça a sensação de movimento dado a marca.
4.4.3.7 Marca gráfica como um todo
As linhas e formas geram um signo visual que sugere e comunica a empresa Rencar como uma locadora de automóveis presente 24 horas. Visualmente a marca gráfica sugere movimento, uma empresa dinâmica e ágil. Sua complementação de cores sugere ser uma empresa segura e comunicativa.
4.5 APLICAÇÃO MATERIAL GRÁFICO
4.5.1 Cartão de visita O cartão de visita é uma das maneiras mais representativas da marca junto ao seu público-alvo. Ele representa a materialização da marca nas mãos do consumidor. Foi utilizado a logomarca centralizada para obter uma melhor visualização da mesma junto ao contraste das cores complementares azul e amarelo.
No verso do cartão houve a inversão das cores o que
demonstra o dinamismo da marca, como também apresenta o equilíbrio da utilização das cores complementares azul e amarelo para uma melhor visualização. O cartão de visita é apresentado no formato 9x5cm, 4x4 cores
88 (cmyk), Couche fosco plastificado 300g, e aplicação de verniz localizado 1x1. Os
seguintes
materiais
foram
escolhidos
por
proporcionar
melhor
acabamento, leitura confortável e maior resistência.
Imagem 46: cartão de visita Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.5.2 Papel Timbrado
A utilização do papel timbrado se dá pela necessidade de padronização das circulares da empresa e anotações em geral. Suas especificações técnicas são definidas por 21x29,7cm, 4x0 cores (cmyk) em papel sulfite 75g.
Imagem 47: papel timbrado Fonte: arquivo pessoal, 2010
89 4.5.3 Contrato
A alteração ocorrida com o papel do contrato teve por objetivo padronizar os documentos da empresa através das cores e representações gráficas da marca. O material utilizado para este documento é o papel auto copiativo 75g, 21x29,7cm, 4x4 cores (cmyk), três vias. O material é apresentado colado, grampear, picotado e numerado.
Imagem 48: contrato Fonte: arquivo pessoal, 2010
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4.5.4 Envelopes
A utilização dos envelopes servem para proteger os documentos enviados. Os envelopes servem também para demonstrar a organização da empresa, pois segue a mesma linha dos demais materiais gráficos da empresa, reforçando a unidade da marca. O material
utilizado para a
produção do envelope maior é o papel sulfite 75g 24x34cm. E para o envelope menor o tamanho utilizado foi 23x11,5cm, em sulfite 75g.
Imagem 49: envelope grande Fonte: arquivo pessoal, 2010
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Imagem 50: envelope pequeno Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.5.5 Uniforme
Uma equipe uniformizada demonstra organização e profissionalismo, que são fatores indispensáveis em uma empresa que procura crescer em seu mercado. Segurança e confiança também são alcançados através da uniformização. Os próprios funcionários uniformizados geram uma mídia espontânea para a marca. O uniforme escolhido é camisa de gola pólo na cor azul, a marca é aplicada à parte frontal da camisa no canto superior esquerdo, entretanto na parte posterior é aplicado o endereço eletrônico da empresa centralizado na parte superior, e na parte inferior direita à marca da empresa em diagonal. A serigrafia é a forma de impressão utilizada. O uniforme tem como objetivo destacar e identificar funcionários da empresa em aeroportos, rodoviárias, e demais localidades úteis à empresa.
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Imagem 51: uniforme Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.5.6 Pasta
As pastas serĂŁo de uso da empresa, para anexar contratos, e outros documentos da empresa. A pasta apresenta as seguintes dimensĂľes: Aberta 46x31,5cm. Bolsa com corte especial e colagem: 20x10cm. Fechada 23x31,5. O material utilizado ĂŠ couche fosco plastificado 300g.
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Imagem 52: pasta Fonte: arquivo pessoal, 2010
94 4.5.7 Quadro para buscar clientes
Para a busca de clientes em rodoviárias e aeroportos uma chapa de fibra de madeira revestida frente e verso em pintura branca vitrificada brilhante, similar aos quadros utilizados em salas de aula, será produzida. As medidas desta chapa serão de 29,7x42cm e 01cm de espessura. A marca da empresa será adesivada e aplicada à frente da chapa no canto superior direito e no canto inferior esquerdo contará com a aplicação do “R” em diagonal. O nome do cliente estará escrito através de caneta para quadro branco na cor azul. O verso da chapa contará com a aplicação de uma adesivagem em forma de calendário, onde poderá constar as obrigações do funcionário para com os clientes. O material foi criado para diminuir o desperdício de papel.
Imagem 53: quadro Fonte: arquivo pessoal, 2010
95 4.5.8 Automóvel
Para melhor identificar a empresa junto à busca de clientes em aeroportos, rodoviárias e assegurar que se trata de uma empresa que fornece segurança aos mesmos, o carro da empresa (Fiat Doblò) responsável por estas buscas será identificado. Esta identificação será através de duas alternativas: envelopar o carro na cor azul com a aplicação da marca gráfica nas portas laterais, porta traseira e capô do automóvel. Pelo fato do carro ser prata, o envelopamento foi a opção de maior pregnância. A segunda opção é o adesivo perfurado, aplicado somente nos vidros. A escolha do adesivo perfurado é vantajoso para o cliente, pois em sua maioria são turistas que não conhecem a cidade, para sua maior comodidade e segurança conseguem visualizar por onde estão passando.
Imagem 54: carro 1 Fonte: arquivo pessoal, 2010
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Imagem 55: carro 2 Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.5.9 Fachada
Para uma melhor identificação da empresa foi criado uma placa de identificação na fachada da empresa no tamanhos 11 x 1,50 utilizando o material lona com aplicação de vinil, visto que esse se adéqua a melhor exposição ao tempo e tem uma durabilidade maior. Segundo Farina (1999) a cor azul possui grande poder de atração, é neutralizante nas inquietações do
97 ser humano. Em função disso a cor azul foi escolhida por ser a cor de plano de fundo padrão da marca e por equilibrar a visualização da marca junto às divergências contidas nos anúncios e paisagens de uma cidade urbanizada.
Imagem 56: Fachada Fonte: arquivo pessoal, 2010
Imagem 57: Desenho fachada Fonte: arquivo pessoal, 2010
98 4.5.10 Mapa de distribuição
Como a Rencar já possuía um mapa de distribuição para seus clientes, continuamos com a proposta, e adequamos a nova marca para este material. No verso do mapa haverá uma área para anunciantes.
Imagem 58: mapa e distribuição Fonte: arquivo pessoal, 2010
99 4.5.11 Adesivo
Os adesivos dos automóveis serão de fundo azul com aplicação da marca, site e telefone da empresa. O adesivo tem a função de identificar os automóveis para o dono da empresa e para divulgar a empresa através dos automóveis locados que circulam pela cidade. As medidas dos adesivos serão de: 8x16 cm, 4x0 cores (cmyk) em adesivo brilho.
Imagem 59: adesivo carro Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.5.12 Site
O novo layout do site foi definido pelas cores: amarelo de fundo e azul no cabeçalho do site, onde é aplicado a imagem da marca da empresa. Foi criado um layout mais dinâmico onde o cliente pode navegar livremente pelo site. Colocamos também a disposição do cliente um espaço para conhecer a cidade, praias e os pontos turísticos que a cidade oferece. Um dos resultados desta proposta é a probabilidade do cliente obter um maior interesse em visitar a cidade. O grande destaque do site será uma animação em flash da frota em miniatura circulando pelo site, estas miniaturas estacionarão em uma Rencar em formato de animação. Esta animação da Rencar se
100 transforma em fotos reais da empresa, o que gera uma interatividade entre a animação e realidade. (Carros animados -> Rencar animado -> Imagem da frota real estacionado em frente a Rencar real -> Imagem dos serviços oferecidos pela empresa)
Imagem 60: site Fonte: arquivo pessoal, 2010
4.5.13 Caneta brinde
De brinde serão utilizados canetas com aplicação da marca e suas informações que servirão para divulgar a marca para a população em geral. A
101 caneta foi escolhida por ser um elemento de grande circulação entre pessoas e de fácil aceitação, pois é um item utilizado no cotidiano da maioria das pessoas.
Imagem 61: caneta Fonte: arquivo pessoal, 2010
102 4.6 ORÇAMENTO
Produto
Preço
Quantidade Total
Pastas
8,90
50
445,00
Envelopes Grande
2,90
100
290,00
Cartões de visita
0,31
1.000
310,00
Folha Timbrada
0,66
500
330,00
Adesivos
1,50
50
75,00
Fachada locadora
2800,00 1
2800,00
Carro envelopado
1300,00 1
1300,00
Adesivos vidros e
650,00
1
650
Canetas brinde
1,05
200
170,00
Camisa uniforme
46,00
10
460
capo perfurado
Imagem 62: tabela de preço Fonte: arquivo pessoal, 2010
103 5 CONCLUSÃO
O presente trabalho de conclusão de curso de graduação em design, busca organizar a identidade visual da marca, gerando assim uma unidade para a locadora de automóveis rencar, localizada na grande Florianópolis. Com isso se pretende a valorização da sua marca, construção de um melhor posicionamento e prospecção de clientes. Com pesquisas realizadas em identidade visual, semiótica, design gráfico e outras áreas afins, deram-se inicio a fundamentação teórica, após esses estudos foram realizadas pesquisas de mercado, pesquisas sobre a empresa a ser trabalhada e sua concorrência. Com os as pesquisas realizadas e concluídas, começou então a parte de criação para uma nova identidade visual. Como a empresa já está no mercado há mais e 18 anos, optou se por não se desfazer por completo da identidade visual atual da empresa. Continuamos com as cores utilizadas, porém em tonalidades diferentes, as formas curvilíneas também foram mantidas, mas com uma nova abordagem. Sabe-se que identidade visual é de suma importância na consolidação de uma empresa, para sua valorização e comunicação com seu publico alvo. Essa bem estruturada e concisa facilita no seu reconhecimento e na valorização da empresa.
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WHELLER, Alina. Design de identidade da marca. Porto Alegre: Bookman; 2008.
107
APÊNDICES
108 APÊNDICE A – Ficha de cadastro
Imagem 63: Ficha de cadastro Fonte: arquivo pessoal, 2010
109 APÊNDICE B – Marca final
Imagem 64: Marca final Fonte: arquivo pessoal, 2010
110 APÊNDICE C – Grade de construção
Imagem 65: Grade de construção Fonte: arquivo pessoal, 2010
111 APÊNDICE D – Margem de segurança
Imagem 66: Margem de segurança Fonte: arquivo pessoal, 2010
112 APÊNDICE E – Tipografia
Imagem 67: Tipografia Fonte: arquivo pessoal, 2010
113 APÊNDICE F – Cores institucionais
Imagem 68: cores institucionais Fonte: arquivo pessoal, 2010
114 APÊNDICE G – Limitações
Imagem 69: Limitações Fonte: arquivo pessoal, 2010
115 APÊNDICE H – Proibições
Imagem 70: Proibições Fonte: arquivo pessoal, 2010