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UNIVERSIDADE DE SUL DE SANTA CATARINA IANA KRUG GIACOMINI

DESIGN DA IDENTIDADE VISUAL DA LOJA CASA DO CONSTRUTOR

Florian贸polis 2013


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IANA KRUG GIACOMINI

DESIGN DA IDENTIDADE VISUAL DA LOJA CASA DO CONSTRUTOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação ou Bacharel de Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

ORIENTADOR: Prof. Roberto Forlin Pereira, Msc.

Florianópolis 2013


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IANA KRUG GIACOMINI

DESIGN DA IDENTIDADE VISUAL DA LOJA CASA DO CONSTRUTOR

Este Trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo curso de Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 05 de dezembro de 2013.

_____________________________________________ Prof. e Orientador Roberto Forlin Pereira, Msc. Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________ Prof. Tiago A. Cruz, Msc. Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________ Prof. Kamilla Souza, Msc. Universidade do Sul de Santa Catarina


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RESUMO

Em um mundo cada vez mais competitivo, com consumidores em busca de novidades, é necessário que as empresas estejam sempre atualizadas, criando marcas e materiais mais atraentes e funcionais, alinhadas com as necessidades do público-alvo. O novo consumidor exige qualidade de materiais, design e preço acessível. Certos desse novo momento procura-se oferecer todos esses itens dentro do princípio custo-benefício, conciliando a necessidade, desejo, qualidade e satisfação, a um valor justo e adequado em busca da excelência. Tudo isso se torna possível com uma importante ferramenta: o design. Este projeto tem como objetivo propor o design da identidade visual da loja Casa do Construtor, criando a assinatura visual, papelaria, frota, uniforme, fachada e sinalização para as gôndolas. Apresentando pesquisas bibliográficas, pesquisa de mercado, concorrentes e consumidores da loja.

Palavras-chave: Identidade Visual, Design, Marca.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Panfleto (frente e verso)............................................................................ 11 Figura 2 - Etapas do processo .................................................................................. 15 Figura 3 - Símbolo e logotipo .................................................................................... 18 Figura 4 - Exemplos de classificação das fontes....................................................... 28 Figura 5 - Gôndola para as opções de canos............................................................ 31 Figura 6 - Gôndola para diversos produtos ............................................................... 31 Figura 7 - Gôndola para pregos e parafusos ............................................................. 32 Figura 8 - Loja HMC .................................................................................................. 34 Figura 9 - Marca da Supermatec ............................................................................... 35 Figura 10 - Loja Supermatec: Casa do Encanador ................................................... 36 Figura 11 - Marca da empresa Casas do Cano......................................................... 37 Figura 12 - Loja Casas do Cano................................................................................ 37 Figura 13 - Website Cassol ....................................................................................... 39 Figura 14 -Marca Cassol ........................................................................................... 39 Figura 15 - Eixos vertical e horizontal ....................................................................... 40 Figura 16 - Loja Cassol ............................................................................................. 41 Figura 17 - Marca Milium ........................................................................................... 42 Figura 18 - Valores Milium......................................................................................... 43 Figura 19 - Loja Millium ............................................................................................. 43 Figura 20 - Loja Casas da Água ................................................................................ 44 Figura 21 - Marca Casas da Água............................................................................. 44 Figura 22 - Marca Casa do Construtor ...................................................................... 45 Figura 23 - Loja Casa do Construtor ......................................................................... 46 Figura 24 - Painel semântico da classe D ................................................................. 55 Figura 25 - Painel semântico da classe C ................................................................. 56 Figura 26 - Painel semântico da classe B ................................................................. 57 Figura 27 - Logotipo .................................................................................................. 58 Figura 28 - Placa lateral ............................................................................................ 59 Figura 29 - Fachada .................................................................................................. 59 Figura 30 - Painel semântico - cores ......................................................................... 62 Figura 31 - Paleta de cores ....................................................................................... 63


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Figura 32 - Painel semântico (logos) ......................................................................... 63 Figura 33 - Painel semântico (fachadas) ................................................................... 64 Figura 34 - Painel semântico (pontos positivos) ........................................................ 65 Figura 35 - Alternativas de fontes.............................................................................. 66 Figura 36 - Fonte escolhida ....................................................................................... 67 Figura 37 - Alternativa 01 .......................................................................................... 67 Figura 38 - Alternativa 02 .......................................................................................... 68 Figura 39 - Alternativa 03 .......................................................................................... 68 Figura 40 - Alternativa 04 .......................................................................................... 69 Figura 41 - Alternativa 05 .......................................................................................... 70 Figura 42 - Alternativa final........................................................................................ 71 Figura 43 - Pattern .................................................................................................... 73 Figura 44 - Cartão de visitas ..................................................................................... 74 Figura 45 - Mockup (cartão de visitas) ...................................................................... 74 Figura 46 - Bloco de notas ........................................................................................ 75 Figura 47 - Envelope e carta ..................................................................................... 76 Figura 48 - Crachá .................................................................................................... 77 Figura 49 - Uniforme ................................................................................................. 78 Figura 50 - Sacola ..................................................................................................... 79 Figura 51 - Papel de seda ......................................................................................... 79 Figura 52 - Faixa para gôndola (topo) ....................................................................... 81 Figura 53 - Faixa para gôndola (descrição) ............................................................... 81 Figura 54 - Aplicação em gôndolas ........................................................................... 82 Figura 55 - Aplicação em gôndolas com gavetas ...................................................... 83 Figura 56 - Fachada .................................................................................................. 84 Figura 57 - Placa frontal ............................................................................................ 84 Figura 58 - Placa lateral ............................................................................................ 84 Figura 59 - Placa de estacionamento ........................................................................ 85 Figura 60 - Layout site ............................................................................................... 85


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SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9

1.1

OBJETIVOS .................................................................................................... 10

1.1.1 Objetivo geral................................................................................................. 10 1.1.2 Objetivos específicos .................................................................................... 10 1.2

JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 12

1.3

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 12

1.3.1 Metodologia de pesquisa .............................................................................. 13 1.3.2 Metodologia projetual ................................................................................... 15 2

DESIGN GRÁFICO ......................................................................................... 16

2.1

IDENTIDADE VISUAL CORPORATIVA .......................................................... 17

2.1.1 Marca .............................................................................................................. 18 2.1.2 Símbolo .......................................................................................................... 19 2.1.3 Logotipo ......................................................................................................... 20 2.2

SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL .............................................................. 21

2.3

SEMIÓTICA ..................................................................................................... 22

2.4

MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL ............................................................... 22

2.5

CORES ............................................................................................................ 23

2.6

TIPOLOGIA E TIPOGRAFIA ........................................................................... 25

3

MERCADO ...................................................................................................... 28

3.1

ANÁLISE DE DEMANDA ................................................................................ 28

3.2

ANÁLISE DE OFERTA .................................................................................... 30

3.3

CONCORRENTES .......................................................................................... 33

3.3.1 HMC ................................................................................................................ 33 3.3.2 Supermatec .................................................................................................... 34 3.3.3 Casas do Cano............................................................................................... 36 3.3.4 Cassol Centerlar ............................................................................................ 38 3.3.5 Milium ............................................................................................................. 41 3.3.6 Casas da Água ............................................................................................... 44 3.3.7 Casa do Construtor ....................................................................................... 45 3.4

MERCADO DE CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................ 47

3.5

PROSPECÇÃO E TENDÊNCIAS DE MERCADO........................................... 49


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3.6

ANÁLISE DA EMPRESA ................................................................................. 51

3.6.1 Pesquisa sobre o público-alvo ..................................................................... 53 3.6.2 Marca atual ..................................................................................................... 57 3.7

OPORTUNIDADES E AMEAÇAS ................................................................... 60

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CONCEITO...................................................................................................... 60

5

GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS .................................................................... 66

5.1

SOLUÇÃO PROPOSTA .................................................................................. 71

5.2

APLICAÇÕES.................................................................................................. 73

5.3

RELAÇÃO VIABILIDADE E IMPACTO............................................................ 86

5.3.1 Cartão de visita .............................................................................................. 86 5.3.2 Bloco de notas, envelope e carta ................................................................. 86 5.3.3 Crachá ............................................................................................................ 87 5.3.4 Uniforme ......................................................................................................... 87 5.3.5 Sacola ............................................................................................................. 87 5.3.6 Frota ............................................................................................................... 88 5.3.7 Sinalização gôndolas .................................................................................... 88 5.3.8 Fachada .......................................................................................................... 88 6

CONCLUSÃO ................................................................................................. 89

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90 APÊNDICE A ............................................................................................................ 96 APÊNDICE B ............................................................................................................ 98 APÊNDICE C ............................................................................................................ 99 APÊNDICE D .......................................................................................................... 111


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1 INTRODUÇÃO

O presente projeto refere-se ao Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido e apresentado ao Curso de Graduação de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina. Este trabalho terá como foco o Design da Identidade Visual da Casa do Construtor, que visa obter benefícios e gerar o crescimento da empresa, a partir da criação e consolidação de uma imagem corporativa. A imagem dessa empresa deve lidar com a evolução de seu negócio, para não tornar-se irrelevante. A loja de materiais de construção atua no bairro Itacorubi há 15 anos. Em 2004 após uma troca de proprietário, adotou um novo nome e passou a se chamar Casa do Construtor. Desde o início trabalhou com materiais de construção, devido à ampla gama de opções desses materiais e as tecnologias que vem avançando com rapidez. Os materiais foram mudando e a loja continuou avançando junto com o mercado. Os materiais sempre tiveram grande importância na vida do homem. Com a evolução das antigas civilizações foi se descobrindo a possibilidade de criação de novos materiais. E ao passar dos anos, podemos notar que enquanto novos produtos e processos surgiram, outros se tornaram obsoletos e arcaicos. Por isso a atualização dos materiais na loja é de suma importância. Nos últimos anos o setor de comércio de varejo de materiais de construção tornou-se mais competitivo, por isso a atualização dos produtos vendidos e a comunicação da loja são fundamentais. Mirella (2013) afirma que segundo pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisas da Universidade da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o número total de lojas do segmento, somando de materiais elétricos e atacadistas no Brasil, alcançou a marca de 139 mil estabelecimentos e, entre os anos de 2007 e 2011, o crescimento das lojas variou de 5% a 11%. Com o desenvolvimento do mercado em Florianópolis, mais precisamente de construção civil, vemos a importância da melhoria na comunicação da empresa. Ao

passar

dos

anos

a

marca

permaneceu

igual,

devido

ao

desconhecimento de que ela é uma ferramenta estratégica, a atual assinatura visual não está adequada à imagem que a empresa deseja transmitir ao público. Esse


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componente de grande importância deve refletir a forma que a Casa do Construtor almeja ser percebida pelo mercado, para não correr o risco de emitir uma imagem equivocada, que pode prejudicar o negócio. Portanto, ela procura melhorar sua comunicação com os clientes e refletir adequadamente o que é a marca.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Objetivo geral desse trabalho é o desenvolvimento de uma identidade visual para a Casa do Construtor, recriando a assinatura visual e projetando o material gráfico.

1.1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são: a) Realizar pesquisa bibliográfica em design gráfico, identidade visual, marca, símbolo, logotipo, sistema de identidade visual, cores, tipografia e design de marca; b) Pesquisa de mercado; c) Compreender o posicionamento da Casa do Construtor no mercado; d) Analisar a atual identidade da marca; e) Geração de alternativas; f) Desenvolver

o

design

da

identidade

visual

alinhada

ao

seu

posicionamento; g) Criar os materiais institucionais, assinatura visual, papelaria, fachada, frota, uniforme e sinalização para as gôndolas; h) Desenvolver manual da marca.


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Atualmente o único meio de divulgação da loja é através de um panfleto criado para as lojas localizadas na Rodovia Admar Gonzaga, onde cada loja teve um espaço de 3,5 cm x 10 cm para divulgar seu produto ou serviço.

Figura 1 - Panfleto (frente e verso)

Fonte: Panfleto das empresas do bairro, 2013.


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1.2 JUSTIFICATIVA

A marca tem grande importância na consolidação de uma empresa. É através dela que, muitas vezes, o cliente tem o primeiro contato com o negócio. A nova identidade visual terá a função de controlar o modo como o cliente enxerga a empresa, seja moderna, inovadora, competente ou tradicional, ela exercerá influência nas escolhas do consumidor. Nos últimos anos Florianópolis vem crescendo demasiadamente, sendo assim, a concorrência vem aumentando. Entre tantos concorrentes a Casa do Construtor precisa se sobressair e ser lembrada de forma positiva pelos seus consumidores, por isso se vê a necessidade de uma evolução na sua comunicação. Uma identidade bem construída conecta o público à empresa, será uma forma de ajustar a empresa ao mercado competitivo. O design gráfico será uma ferramenta de grande importância para que se obtenha um ótimo resultado no projeto. Este é um segmento muito relevante para o designer, que deve ser capaz de executar trabalhos extremamente satisfatórios, traduzindo do melhor modo as intenções de seus clientes e contribuindo com o fortalecimento da marca.

1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Será abordada nesta etapa a metodologia de pesquisa e a metodologia projetual, que são utilizadas para uma melhor concretização do trabalho, auxiliando no processo do projeto, pois, ela é uma explicação detalhada de cada etapa a ser desenvolvida.


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1.3.1 Metodologia de pesquisa

Este projeto é realizado de maneira aplicada, onde serão utilizados conhecimentos com o propósito de solucionar problemas práticos. Appolinário (2006, p. 62) afirma que a pesquisa aplicada é “voltada para o desenvolvimento de novos processos ou produtos orientados para as necessidades do mercado”. Para executar a pesquisa será necessário que a análise seja qualitativa, mostrando os “aspectos subjetivos, atingindo motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea” (MEDEIROS et al, 2013, p.5). É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral indutiva, onde o pesquisador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados. O principal objetivo dessa pesquisa é conhecer as percepções dos sujeitos pesquisados acerca da situação-problema. Segundo Wheeler (2008, p.93) “a pesquisa qualitativa, isto é, ouvir observar, é intrínseca ao processo de identidade de marca e um prelúdio para o sucesso” e segundo Freitas; Janissek (2000, p. 25) a análise qualitativa se baseia "na presença ou ausência de uma dada característica”. De acordo com Malhotra (2001, p. 155) a pesquisa qualitativa é definida como uma "pesquisa não-estruturada e exploratória baseada em pequenas amostras que proporciona percepções e compreensão do contexto do problema" Os objetivos da pesquisa serão tratados de forma exploratória, que visa à descoberta, oferecendo informações sobre o objeto pesquisado e orientando a formulação de hipóteses. Conforme Gil (1991, p. 45), a pesquisa exploratória “visa proporcionar maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito ou construindo hipóteses sobre o mesmo”. Mattar (1999, p. 81) cita que ela pode ainda ajudar a estabelecer as prioridades a pesquisar. "As prioridades poderão ser estabelecidas porque uma particular hipótese explicativa surgida durante a pesquisa exploratória parecerá mais promissora que outras.". A pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o objeto de estudo, tendo como técnicas de pesquisa a entrevista, questionários e formulários. E também será tratado de forma descritiva, procurando analisar, descrever, observar e registrar características de um objeto de pesquisa já conhecido, sem a interferência ou manipulação de dados pelo pesquisador.


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Gil (1991, p. 46) argumenta que muitas pesquisas realizadas de forma descritivas “vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação”. Notifica ainda a existência de pesquisas que, "embora definidas como descritivas a partir de seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias". Segundo Vergara (2000, p. 47) a pesquisa descritiva "não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação". O procedimento será feito por pesquisa bibliográfica e por levantamento de dados. Para Fachin (2001, p. 125) a pesquisa bibliográfica “é a base para as demais pesquisas e pode-se dizer que é uma constante na vida de quem se propõe a estudar”. A pesquisa bibliográfica é de grande importância, pois em um projeto é necessário um conhecimento prévio sobre o assunto antes de iniciá-lo.

Ela é

realizada através de toda a bibliografia pública sobre o tema estudado. Gil (1991, p. 50) relata que a vantagem deste tipo de pesquisa está no fato de que ela permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito maior caso se fizesse uma pesquisa direta. Para Lakatos e Marconi (1996, p. 66) a finalidade da pesquisa bibliográfica “é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi dito, escrito ou filmado sobre determinado assunto”. Köche (1997, p. 122) relata o objetivo da pesquisa bibliográfica, que é “conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema, tornando-se instrumento indispensável a qualquer tipo de pesquisa.”. É de suma importância que seja feito também um levantamento de dados, realizado diretamente com os proprietários, funcionários e clientes da loja. Segundo Santos (1999), “é quando a coleta de dados é feita diretamente com os grupos pesquisados (objeto), por meio de amostragem.”. A unidade de análise será a Casa do Construtor, loja de produtos de construção. E os instrumentos aplicados para realizar a pesquisa serão a análise documental, que utiliza documentos disponíveis como fontes de dados secundários e o questionário.


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1.3.2 Metodologia projetual

A metodologia de projeto é um método de organizar e realizar as etapas do processo, indicando um caminho de passos em sequência, do início ao fim. Para este trabalho utilizou-se como base projetual o processo de identidade de marca de Wheeler, que auxilia da melhor forma as etapas que devem ser realizadas no projeto de conclusão de curso. Segundo Wheeler (2008, p. 80), “o processo de identidade de marca é um método provado e disciplinado para criar e implementar uma identidade.”.

Figura 2 - Etapas do processo

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Na primeira fase é preciso compreender a empresa, seus valores, sua missão, o público-alvo, o mercado, as forças e as fraquezas; pesquisar o mercado, analisando o comportamento e atitudes dos clientes e analisar a concorrência, primeiramente identificando-os e depois coletando dados sobre eles. Wheeler (2008, p. 92) afirma que a pesquisa de mercado é “a reunião, avaliação e interpretação de dados que afetam as preferências do consumidor por produtos, serviços e marcas”. Na segunda fase tudo o que foi aprendido com as pesquisas deve ser sintetizado, esclarecendo a estratégia da marca. Para a partir daí se criar o brief, pois projetos como esse envolvem muitos dados. O maior objetivo da Fase 2 é identificar uma visão unificadora do que a marca representa e isso é alcançado com a conclusão do brief de marca. O segundo objetivo é escrever o brief de criação, que vai funcionar como um mapa para a equipe de criação. (WHEELER, 2008, p. 110)


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Na terceira fase inicia-se o processo criativo, que compreende a assinatura visual, cor, tipografia e ensaio das aplicações. As marcas não devem ser apresentadas para os clientes antes de serem testadas em diferentes materiais. Wheeler (2008, p.114) relata que nos casos de redesign, é importante examinar com cuidado o valor da forma existente, compreendendo o significado que ela gerou para a cultura da empresa. No caso do logotipo da Casa do Construtor não pode se caracterizar que seja um redesign, pois não há registro da marca, então legalmente não pode ser caracterizado como uma marca. Mas apesar de não ser um redesign, entende-se que será reconstruído a marca que já existe a 9 anos, então é necessário analisar com cuidado o valor da forma existente. Na quarta fase temos o desenvolvimento e o refinamento do design. Nessa fase são feitos testes de aplicação, definido as cores, a família tipográfica e os elementos são refinados para se desenvolver a assinatura visual. Em seguida serão criadas a papelaria, fachada, sinalização para as gôndolas, uniforme e veículo, que devem representar fielmente a empresa. Depois inicia-se o processo de registro de marca que, segundo Wheeler (2008, p. 134), existe para “assegurar que o consumidor não fique confuso ou seja enganado por marca muito similares”. Na quinta fase temos a construção de sinergia ao redor da marca. Serão desenvolvido as diretrizes de padronização e normatização no manual da marca. O lançamento interno e externo fica por conta do cliente, dependendo da disponibilidade de recursos que ele possui.

2 DESIGN GRÁFICO

Design é uma atividade técnica e criativa, que no fim acarreta em um projeto. O design gráfico informa, classifica e diferencia. São projetos de assinatura visual, papelaria para a instituição, peças publicitárias, embalagens, revistas, livros, catálogos, manuais de identidade visual, banners, e-mail marketing, newsletter, e muitos outros materiais. Além de ser um importante fator na conquista do consumidor, é uma alternativa para a redução dos custos de produção. Hoje, ele é visto como uma ferramenta estratégica que gera um diferencial competitivo, deixando de ser visto apenas como roupagem.


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Faggiani (2006, p. 80) descreve o design gráfico como “todo meio de comunicação que se manifesta através da utilização de componentes visuais, como signos, imagens, desenhos e gráficos”. Newark (2009, p. 6) complementa afirmando que “o design gráfico é a mais universal de todas as artes. Está em toda parte, explicando, decorando, identificando – impondo significado ao mundo”. Design gráfico e arte são atividades absolutamente diferentes que se vinculam, mas que não devem ser confundidas. O design, diferente das artes, precisa de fundamentação prática, a diferença fundamental é que o design é um veículo da informação. A Associação dos Designers Gráficos (ADG BRASIL, 2012) descreve o design gráfico como “um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, ideias e conceitos, com objetivos comerciais ou de fundo social”. E, para finalizar, Cesar (2006, p. 111) afirma que o design gráfico existe quando “se cria um projeto gráfico onde todos os elementos de um conjunto estão combinados e tratados de maneira que fiquem bem distribuídos e tenham sentido”.

2.1 IDENTIDADE VISUAL CORPORATIVA

Aquilo que pode ser identificado visualmente possui uma identidade visual. Identidade visual é um conjunto de elementos gráficos que representam determinada empresa, diferenciando-se dos demais por seus elementos visuais. Ao desenvolver um sistema de identidade corporativa, o designer precisa ter uma visão clara da empresa, conhecer e entender seu histórico, seus objetivos, sua missão e sua filosofia de crescimento e desenvolvimento. Precisa conhecer seus produtos e serviços, seu público-alvo, os concorrentes e todas as forças que afetam as inserções (econômica, política, social). O designer deve identificar como os empregadores e a concorrência veem a empresa e comparar essas percepções face à realidade. (NIEMEYER, 2002, p. 30)

Peón (2003, p. 13) define identidade visual corporativa como aquela que tem como objeto uma empresa ou instituição qualquer, onde o trabalho se complexifica, pois não se espera que uma empresa dure apenas um determinado


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período. E sim que seja eterna e que sua identidade visual dure o tempo mais longo possível. Ribeiro (2003, p. 270) diz que “a identidade visual deve ser tratada não só como a personalização da imagem, mas também como ferramenta de um processo mercadológico, altamente competitivo e bastante saturado de informações visuais”. Niemeyer (2002, p.31) afirma que a criatividade é um fator importante, podendo se tornar um diferencial válido e positivo. Contudo, esse papel só é desempenhado quando a criatividade é aplicada a partir de uma base sólida de conhecimento. Os concorrentes, a estrutura de funcionamento e o público da empresa devem ser estudados. A coleta de dados é de suma importância, pois propicia elementos para o designer projetar uma identidade que comunique a essência da empresa.

2.1.1 Marca

Também denominada de assinatura visual, marca é uma associação entre símbolo e logotipo.

Figura 3 - Símbolo e logotipo

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Segundo Newark (2009, p. 120), o designer que criou a famosa assinatura visual da IBM, Paul Rand, afirma que “uma marca comercial é criada por um designer, mas é feita por uma corporação”, mas que pode ser desfeita pela mesma. A marca é formada pela opinião dos consumidores, ela é uma promessa de um bom serviço ou produto, gera expectativas. A marca passa confiança ao consumidor, quem compra acredita nela, traz lembranças fortes e estruturadas a nossa mente, comunica algo, associa sua imagem à qualidade do serviço prestado ou produto. Por isso a diferenciação entre as marcas se torna necessária, estamos cercados por diversos produtos e já não conseguimos mais os distinguir. Para Alina Wheeler (2008, p. 12), ser lembrado é fundamental, no entanto isto está se tornando cada vez mais difícil. Uma marca tem que ser forte o bastante para se destacar em um mercado densamente povoado. Uma marca só funciona se o produto ou serviço for ao encontro das necessidades ou desejos do consumidor, satisfazendo-o em sua plenitude. Além de comunicar claramente o valor e os benefícios de seus produtos perante seus concorrentes e assegurar sua compreensão por parte do consumidor, ela deve também inspirar confiança e contribuir para a consolidação de uma relação de lealdade por parte do consumidor. (NIEMEYER, 2002, p. 28).

2.1.2 Símbolo

De acordo com Peón (2003, p. 29), “a grande propriedade de um símbolo é a sua capacidade de síntese: ele deve ser rapidamente identificado e associado à instituição”. O símbolo deve ser rico em detalhes para ser interessante e ao mesmo tempo deve ser simples para ser compreendido em instantes. Não deve ter excesso de elementos e deve ter uma associação clara. Peón classifica o símbolo em quatro grupos, são eles:


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a) símbolo tipográfico: aquele que deriva da inicial ou das iniciais do nome da instituição que está sendo representada. b) símbolo figurativo: aquele definido por um ícone, ou seja, uma representação figurativa de um objeto que tem por objetivo o reconhecimento daquele objeto. São símbolos baseados em desenhos. c) ideograma: um tipo de símbolo que representa uma ideia veiculada através de uma figura estilizada de um objeto que possui aquela propriedade. d) símbolo abstrato: aquele que não objetiva qualquer representação figurativa. Só são memorizados fácil e imediatamente pelo público caso o sistema preveja uma veiculação permanente junto a este público-alvo. (PEÓN, 2003, p. 31 e 32).

2.1.3 Logotipo

Formado por uma combinação de letras e números que possam ser lidos, evitando que seja estilizado a tal ponto que seja reconhecido como símbolo. Wheeler (2008, p. 64) conceitua logotipo como “uma palavra ou palavras independentes. Pode ser o nome de uma empresa ou um acrônimo. Os melhores logotipos impregnam uma palavra legível com as características distintivas de uma fonte tipográfica”. Peón classifica o logotipo em quatro grupos, são eles: a) baseados numa família existente: O que dá identidade ao logotipo é a posição dos caracteres ou a própria singularidade da família escolhida. b) formados por famílias modificadas: Os caracteres de uma determinada família o m deles é redesenhado para dar uma maior singularidade ao logotipo. c) formados por tipos desenhados especialmente para este uso: Neste caso, a singularização é maior, mas é preciso bastante cuidado no projeto, para que a originalidade do desenho não impeça o reconhecimento dos caracteres. d) logotipos conjugados a grafismos: Além dos caracteres, estes logotipos possuem algum ou alguns outros elementos gráficos acessórios. (PEÓN, 2003, p. 34 e 35).


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2.2 SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL

Desenvolver logotipos está na essência do design gráfico é um dos primeiros trabalhos que muitos designers fazem quando iniciam suas carreiras profissionais e, muitas vezes criamos também o material de papelaria (envelopes, papéis de carta e cartões de visita). Todos esses elementos unidos formam uma identidade visual, porém nem sempre formará um sistema de identidade visual. O trecho abaixo explica isso: O sistema só é formado quando possui uma unidade, caracterizada pelo claro estabelecimento de elementos que o singularizem e pela repetição uniforme desses elementos. Temos, então, um sistema de identidade visual. É a unidade que perpassa estes projetos que, sem engano, forma a identidade visual do cliente – cuja eficiência, antes de mais nada, é medida justamente por esta unidade. (PEÓN, 2003, p. 7)

Em empresas de pequeno porte, a necessidade de aplicações é menor e o sistema naturalmente acaba sendo menor. A identidade de marca apresenta a qualquer empresa, de qualquer tamanho, uma imagem imediatamente reconhecível, diferenciada e profissional que a posiciona no caminho do sucesso. A identidade ajuda a gerenciar a percepção de uma empresa e a diferencia de seus concorrentes. (WHEELER, 2008, p. 23)

Peón (2003, p. 20) relata “a razão de ser de um SIV é justamente esta: ele organiza, planifica, dá unidade e, com isso, transmite uma imagem de solidez e segurança”. Um sistema de identidade visual deve procurar ser original, ao menos a solução deve ser diferente das já existentes. Elementos básicos devem ser repetidos, para que possa ser memorizado. Deve haver uma unidade, “para que o sistema como um todo seja estruturado na mente do usuário, através da repetição” descreve Peón (2003, p. 23). Deve ser de fácil identificação, para ser implantado deve ser viável e por fim, deve prever a aplicação da forma certa.


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2.3 SEMIÓTICA

A semiótica estuda o processo de interpretação do signo, com base em uma relação entre o signo, o objeto e o interdependente. Schmidt (1986 apud Bürdek, 2006, p. 238) diz que “uma tese básica é a de que a percepção (de signos ou produtos) sempre é interpretação, que se dá com entendimento no cérebro do homem”. A semiótica é a ciência que tem por objetivo de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido. (SANTAELLA, 1994, p. 13)

Pignatari relata em seu livro a classificação de Charles Sanders Peirce: Da mesma forma os signos são assim classificados, sendo a classificação mais conhecida aquela relativa à ligação signo/objeto, a saber: a) ícone (primeiridade): mantém uma relação de analogia com o seu objeto (um objeto, um desenho, um som); b) índice (secundidade): mantém uma relação direta com o seu objeto (pegadas na areia, perfuração de bala); c) símbolo (terceiridade): relação convencional com o objeto ou referente (as palavras em geral). (PIGNATARI, 2004, p. 19)

2.4 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

Documento técnico que contém os elementos gráficos que representam a empresa, onde encontramos as especificações e recomendações das cores, fontes, tamanhos, formatos e outras regras para a aplicação correta da marca. Krusser (2002, p. 24) relata que “a normatização dos usos desses elementos de identificação, concretizada em um manual de identidade visual, muitas vezes é a referência oferecida para as outras atividades projetuais, que se desenvolvem paralelamente”.


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A construção de uma nova marca é cada vez mais uma responsabilidade compartilhada por cada um e por todos os empregados. Aderir às diretrizes requer disciplina e vigilância. O mais importante de tudo, no entanto, é que economiza tempo, dinheiro, frustração e ajuda a construir a marca. (WHEELER, 2008, p. 176)

Geralmente os manuais de identidade visual são compostos por: a) Assinatura visual b) Grid de construção c) Versão positiva d) Versão negativa e) Cores padrão f) Área de proteção g) Aplicação em boxes h) Redução de marca i) Tipografia j) Uso indevido k) Papelaria l) Sinalização

2.5 CORES

Segundo Petit (2003, p. 291), cor também é marca, existem muitos casos de empresas que são conhecidas pelo uso de determinada cor, um grande exemplo é a Coca-Cola, que sempre utilizou o vermelho de maneira brilhante, poderíamos dizer que ela monopolizou o vermelho como identidade da marca. As cores têm alto grau de pregnância em uma identidade visual e devem estar presentes preferencialmente em todas as aplicações. As cores institucionais devem estar bem especificadas no manual de aplicação, para que elas sejam reproduzidas fielmente e não ocorram erros na hora da impressão. Os sistemas de cores mais utilizados são CMYK e PANTONE para impressão e RGB para visualizações em dispositivos eletrônicos.


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O padrão CMYK é a sigla do sistema de cores formado por ciano (cyan), magenta (magenta), amarelo (yellow) e preto (black). O padrão RGB é a sigla do sistema de cores formado por vermelho (red), verde (green) e azul (blue). Já o PANTONE é um sistema de cores prontas, com ele podemos escolher a cor exata que iremos trabalhar. É ideal para evitar variações na impressão. Existe uma imensa gama de cores catalogadas, como os metalizados, que o CMYK não consegue reproduzir com exatidão. Gava (2012, p. 35) descreve “a cor pode transmitir sensações e ideias. Mas, para saber usá-la de modo eficaz, são necessárias muitas pesquisas e experimentações”. O cérebro reconhece e memoriza primeiramente as formas. As imagens visuais podem ser lembradas e reconhecidas de forma direta, enquanto o significado das palavras tem que ser decodificado... A cor vem em segundo lugar. A cor pode incitar uma emoção e evocar uma associação de marca. As cores diferenciadoras devem ser escolhidas com muito cuidado, não só para construir uma consciência de marca, mas também para expressar a diferenciação... O cérebro leva mais tempo para processar a linguagem, assim o conteúdo vem em terceiro lugar, depois da forma e dar cor. (WHEELER, 2008, p.17)

As cores são consideradas elementos de peso, por isso deve-se tomar alguns cuidados: Uma composição pode ser equilibrada ou desequilibrada, dentro de um espaço bidimensional, pelo jogo das cores que nele atuam. Esse equilíbrio pode ser proporcionado pelas sensações suscitadas pela cor, adequando cada uma ao espaço que deve ocupar: as cores quentes necessitam de um espaço menor, pois se expandem mais; as cores frias necessitam mais espaço, pois se expandem menos (FARINA, 1990, p. 29)

As cores exercem um peso psicológico, ao enxergarmos dois objetos do mesmo tamanho, mas de cores diferentes, o nosso psicológico enxerga de outra maneira, devido às cores diferentes temos a impressão de que os tamanhos também são diferentes. Para uma informação ser memorizada, é necessário que ela seja legível, a cor da informação deve ter contraste com a cor de fundo. As cores frias transmitem


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sensações leves, distantes, calmantes e frias. Já as cores quentes transmitem sensações de calor, densidade e proximidade. As cores possuem tanta expressividade que se tornam transmissoras de ideias, pois são associadas com algo já visto pelo indivíduo. A psicodinâmica das cores estuda quais são essas associações. De acordo com os estudos de Farina (1990, p. 112-115), existem algumas indicações quanto ao uso das cores: a) branco: paz, pureza, casamento, hospital, frio, dignidade, divindade, harmonia e inocência. b) preto: noite, sujeira, neblina, medo, morte, pessimismo, tristeza, nobreza e seriedade. c) cinza: pó, máquinas, tédio, sabedoria, serenidade e credibilidade. d) vermelho: guerra, sangue, perigo, fogo, energia, força, ação, movimento, emoção e paixão. e) laranja: outono, pôr-do-sol, euforia, alegria e prazer. f) amarelo: ouro, sol, calor, luz, verão e espontaneidade. g) verde: natureza, floresta, folhas, vida, bem-estar, liberdade, juventude, esperança e energia. h) azul: céu, mar, tranquilidade, espaço, fantasia, afeto, seriedade e credibilidade. i) roxo: igreja, religião, mistério, grandeza, espiritualidade e experiência. j) marrom: terra, melancolia e desconforto. k) rosa: feminilidade, delicadeza, calma, afeto e amor. Mas devemos considerar que o significado das cores altera conforme o local, por isso os estudos de Farina quanto às cores devem ser usados apenas como orientação.

2.6 TIPOLOGIA E TIPOGRAFIA

Entre tipologia e tipografia há diferença. A tipologia trata da classificação e caracterização dos elementos tipográficos, tipologia são conjuntos de caracteres tipográficos usados em um projeto gráfico, segundo Pereira (2007, p. 4).


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A tipografia se origina, no desenho da letra, na sua composição e na produção, devendo conduzir o leitor à leitura, facilitando a compreensão da informação. Lucy Niemeyer (2010, p. 84) relata “outra etapa importante da tipografia é a sua adequada distribuição e espaçamento no papel ou no monitor, para uma boa leitura”. Após centenas de anos, as formas básicas das letras não mudaram muito, mas, hoje há milhares de variações sobre o tema delas. Existem fontes com elementos de animais, flores, estrelas, games e muitos outros tipos de objetos. Segundo Niemeyer (2010, p. 40), “família tipográfica é um conjunto de caracteres

que

guardam

as

características

essenciais

de

seu

desenho,

independente do peso, da inclinação e do corpo”. Existem muitos caracteres no alfabeto que trazem variações à tipografia, como as maiúsculas e minúsculas, as versaletes, as ligaturas, os acentos gráficos, os algarismos, os sinais de pontuação e outros elementos. As fontes classificam-se de acordo com elementos gráficos marcantes que as distinguem. Samara (2011, p. 20 e 21) classifica as fontes da seguinte maneira: a) arcaicos: caracterizados por um peso de traço relativamente uniforme. Nestas formas, as estruturas e as proporções essenciais das letras foram codificadas. A origem da serifa, “pequenos pés” ao final das hastes, encontra-se no cinzel, instrumento usado pelos gravadores de letras para finalizar os traços de forma limpa e precisa. b) estilo antigo (clássico): inspirado nas fontes arcaicas, mas com estrutura refinada. Se caracterizam pela proporção romana, pelo contraste orgânico de peso em seus traços (sugerido pelo uso de penas e pincéis), pelo eixo de contraste anguloso, ou oblíquo, visível em suas formas curvas e pela pequena altura que define suas letras de caixa-baixa. c) transicionais: tipos que evoluíram a partir dos tipos clássicos, mas que possuem mudanças marcantes em sua estrutura. Surge no século 18, quando o desenho de tipos começa a se afastar dos modelos escritos mais racionais. Sua altura é visivelmente maior, o eixo de contraste é perpendicular e as serifas tornam-se definidas e afiadas, seus apoios


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curvam-se mais rapidamente em direção às hastes, produzindo ângulos mais agudos. d) modernos: surge no final do século 18, quando as formas manuscritas são minimizadas. Seu contraste nos traços é extremo, as partes mais finais reduzidas a filetes e as partes mais espessas com peso pronunciado, o eixo de contraste é perpendicular à linha base e os apoios que conectam as serifas são removidos, criando junções nítidas e elegantes. e) sem serifa: faces agressivamente estilizadas para um novo ramo de atividade promovido pela revolução industrial: a publicidade. Projetadas para serem pesadas ou simplificadas, livres de qualquer detalhe que não seja essencial. Criadas no século 19, entretanto tornam-se amplamente utilizadas no século 20. Como o próprio nome já diz, são tipos caracterizados pela ausência da serifa, os terminais são finalizados de maneira brusca, sem ornamentos. O peso de seus traços é uniforme. f) serifa quadrada: são tipos com forma irregular. Misturando a forma de apresentação pesada e sólida das letras sem serifa com a marcação horizontal característica das serifadas, as faces com serifa quadrada caracterizam-se pela total concordância do peso de seus traços. A altura das serifas é igual à largura das hastes, formando uma intersecção quadrada, a largura das letras costuma ser maior do que o considerado normal. g) gráficos: são versões decorativas e experimentais dos tipos fantasia. São visualmente expressivos, mas pouco adequados para a leitura em textos longos. São fontes conceitualmente interessantes ou ilustrativas.


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Figura 4 - Exemplos de classificação das fontes

Arcaica

Clássica

Transicional

Moderna

Sem serifa

Serifa quadrada

Gráfica Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

3 MERCADO

Formado por pessoas físicas ou jurídicas que comercializam produtos ou serviços. As pessoas físicas compram constantemente em pequenos lotes, já as pessoas jurídicas compram de vez em quando, porém em grandes lotes. O mercado tende a equilibrar-se pela lei da oferta e da procura, pois ele existe se existir a oferta e a procura dos produtos ou serviços. A oferta e a procura variam conforme a região, município, cidade, clima, demografia e estilo de vida do público-alvo. É no mercado que ocorrem as oportunidades e ameaças e, onde a empresa analisa suas forças e fraquezas. O tamanho e a localização da empresa; a qualidade e quantidade dos produtos ofertados e a políticas dos preços afetam as empresas em seu mercado.

3.1 ANÁLISE DE DEMANDA

A demanda é a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores almejam adquirir em determinado espaço de tempo, essa procura é resultante do desejo e da necessidade do consumidor. Entretanto deve ficar claro que a demanda é apenas esse desejo de adquirir algo e não a consumação.


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A procura é influenciada pela preferência do consumidor final, pela relação entre preço e qualidade, pela relação do preço do produto e do preço dos produtos substitutos e a facilidade de compra do produto. Quando não ocorre mais a procura por um produto, o produtor é estimulado a parar de produzi-lo, para que não haja despesas em relação à oferta sem demanda. O mercado da construção civil vive um momento favorável no Brasil, onde há uma demanda maior pelos produtos. Isso ocorre devido às facilidades de financiamento e de obtenção de crédito, viabilizadas por iniciativas governamentais de incentivo, como o programa Minha Casa, Minha Vida. Com essas facilidades de crédito e financiamento, famílias da classe C têm se beneficiado, acelerando a procura pelos produtos ofertados. Estamos rodeados por prédios, casas, condomínios, escolas e lojas. Assim podemos observar o grande aumento na procura de materiais de construção, que tornam-se necessários no nosso dia a dia, seja para pintar a parede, reformar o banheiro ou consertar a pia da cozinha. Segundo o IBOPE (2013), a maior empresa de pesquisas, que ajuda a antecipar tendências e traduzir o sentimento da sociedade diante dos mais diferentes assuntos e situações, o consumo de material de construção deve crescer 9% no ano de 2013, sendo que: Desse total, a classe B é a que apresenta o maior potencial de consumo, sendo responsável por 41% dos gastos projetados para o setor, o equivalente a R$ 49 bilhões. Em seguida está a classe C, que deve movimentar R$44 bilhões na área, o que representa 37% do consumo nacional. (IBOPE, 2013)

Como podemos ver a demanda por materiais de construção é grande e tende a crescer ainda mais, por isso é um mercado de alto potencial. A construção civil vem capacitando profissionais e tendo um grande avanço em seus métodos com a ajuda da arquitetura, esta que está intimamente ligada à construção civil e que contribui para as principais modificações nas estruturas tendo como principal foco inovar no visual das construções garantindo a segurança e acompanhar as inovações do mercado e tecnologia. (RAIMUNDO, 2012, p. 16)


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Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (SINDUSCON - Fpolis, 2013), “a variação do CUB de maio registrou alta de 0,43% em relação a abril. O indexador deste mês tem o preço médio de R$ 1.220,46, para construções residenciais e R$ 1.323,72 para empreendimentos comerciais”. Esse Custo Unitário Básico, conhecido como CUB, é calculado pelo SINDUSCON, que relata que esse “índice reflete a variação dos custos do setor material de construção, mão de obra, custo administrativo e equipamentos – e é usado nos reajustes dos contratos de obras em construção.”.

3.2 ANÁLISE DE OFERTA

A oferta constitui-se na quantidade de bens ou serviços que os vendedores disponibilizam no mercado em determinado espaço de tempo. Segundo Girardi (2013), a oferta depende de algumas variáveis, o preço, o custo de produção, a quantidade ofertada e a tecnologia utilizada na fabricação do produto. É difícil escaparmos de vazamentos, pinturas e outros detalhes que são importantes na conservação e manutenção de um imóvel, por isso sempre estamos fazendo uma reforma, construindo alguma coisa ou fazendo um pequeno reparo. Sendo assim, os clientes procuram por estabelecimentos que possam atender suas necessidades. A Casa do Construtor é um deles e conta com diversos materiais para solucionar esses problemas, porém busca principalmente, atender clientes que desejam realizar pequenos reparos, pois a loja oferta uma quantidade menor de produtos. Contudo, os preços ofertados são acessíveis para os consumidores. A Casa do Construtor oferece muitos produtos para construção, como materiais hidráulicos, materiais elétricos, tinta spray, materiais de jardinagem e equipamentos

de

proteção

individual,

além

dos

materiais

ela

oferece

estacionamento e segundo os clientes um ótimo atendimento. Em Florianópolis existem muitas empresas que trabalham com o mercado de materiais de construção, mas a maioria delas oferece uma variedade maior de produtos por serem empresas de grande porte, assim como a Cassol Centerlar. Diferente da Casa do Construtor, muitas oferecem ainda serviços de entrega bem planejados. Contudo, como a Casa do Construtor procura atender a clientes que


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desejam fazer pequenos reparos, sua estrutura pequena por enquanto não tem sido problema. Porém, existe a necessidade de dar uma maior atenção ao arranjo físico da loja, separando os produtos por tipos nas gôndolas ou prateleiras, disponibilizando assim um melhor acesso às prateleiras e uma melhor sinalização na loja. Essa falta de organização, sem indicações de onde se localizam os produtos, faz com que muitas vezes o cliente saia sem encontrar o que precisa. Sendo assim, não adianta apenas ofertar diversas opções de produtos se eles não estão organizados de forma que o cliente os encontre, quando a gôndola de produtos é bem sinalizada e atrativa, há mais possibilidades do cliente levar também produtos que não estavam planejados na lista de compras. Figura 5 - Gôndola para as opções de canos

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Figura 6 - Gôndola para diversos produtos

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.


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Figura 7 - Gôndola para pregos e parafusos

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Através das fotos, pode-se perceber que a loja oferta uma grande variedade de matérias, porém fica confuso para o consumidor compreender qual deles é o que ele realmente precisa. As faixas de gôndola ajudariam a resolver este problema e, além de decorarem o ambiente, deixando-o mais visível e colorido, elas possuem um custo baixo e organizam a exposição dos produtos, demarcando cada categoria de material. Pesquisas sobre o comportamento do consumidor mostram que cerca de 83% das compras são realizadas por impulso, por isso, a exposição correta dos produtos pode influenciar na decisão de compra. Sinalizar a localização dos produtos e até a exposição na gôndola faz a diferença. (SENA, 2010)


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Sena (2010) comenta que os materiais em gôndolas ajudam a dar visibilidade, ampliando o estímulo à compra por impulso. No entanto, é necessário cuidar com a harmonia da exposição, para não gerar poluição visual no conjunto de peças aplicadas, pois a poluição poderá cancelar a proposta original de visibilidade e organização.

3.3 CONCORRENTES

Os concorrentes diretos são as lojas HMC, Supermatec, Casas do Cano, Cassol, Millium, Casas da Água e Casa do Construtor. Todas trabalham com o mesmo mix de produtos, entretanto algumas possuem uma grande variedade de outros produtos, por serem empresas de maiores. A loja HMC é a principal concorrente, pois trabalha com os mesmos produtos e também não tem grandes quantidades. As outras empresas concorrentes possuem mais de uma loja. A Cassol, Casas do Cano, Milium e Casas da Água possuem muitas filiais além da matriz, já a Supermatec possui apenas duas lojas.

3.3.1 HMC

A loja HMC é localizada no bairro Itacorubi e fica muito próxima a loja Casa do Construtor. As duas lojas vendem a mesma variedade de materiais e contam com um estacionamento pequeno. A HMC não possui assinatura visual e nenhum material gráfico, na fachada do estabelecimento está escrito apenas o nome da loja, o serviço e o produto oferecido. Há também uma ilustração de um homem concertando alguma coisa e uma caixa d’água.


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Figura 8 - Loja HMC

Fonte: Google maps, 2011.

3.3.2 Supermatec

A Supermatec, também conhecida como Casa do Encanador, atende no bairro Trindade onde tem a maior loja e no bairro João Paulo. Possui uma ampla variedade de produtos e marcas, oferecendo toda a linha de materiais de construção, do alicerce ao acabamento e também materiais de hidráulica, tintas, acessórios, torneiras e outros. A empresa possui um amplo estoque e faz pronta-entrega, garantindo aos clientes a entrega dentro do prazo combinado, para se evitar atrasos na obra.


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Figura 9 - Marca da Supermatec

Fonte: Site Construeficiência, 2011.

Sua marca possui uma fonte sem serifa e utiliza as cores azul, preto e vermelho. Segundo Farina (1990, p. 113-114), o azul transmite seriedade e credibilidade; o preto, pessimismo, nobreza e seriedade e o vermelho, energia, força, ação e movimento. Como o preto das palavras está sobreposto no azul escuro, causa um ruído entre as informações, pois não há contraste entre as cores. A forma diagonal em azul transmite instabilidade, pois segundo Dondis (2000, p. 60), “a direção diagonal tem referência direta com a ideia de estabilidade. É a formulação oposta, a força direcional mais instável, e, consequentemente, mais provocadora das formulações visuais.”. Abaixo do nome da empresa vemos o slogan: “A casa do encanador”, que nos passa a ideia de que encontraremos todos os tipos de materiais de encanação na loja. Esta marca está aplicada somente na loja do bairro João Paulo. Na loja do bairro Trindade, a mais conhecida pelos moradores de Florianópolis, a fachada é totalmente diferente, o nome e os números de telefone foram aplicados em preto e com uma tipografia diferente do logotipo, as paredes externas foram pintadas de amarelo diferente da outra loja que as paredes externas são cinza.


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Figura 10 - Loja Supermatec: Casa do Encanador

Fonte: Site Construeficiência, 2013.

3.3.3 Casas do Cano

A empresa Casas do Cano possui três lojas e um centro de distribuição. A matriz fica no bairro Trindade, as outras duas ficam nos bairros Pantanal e Rio Tavares e o centro de distribuição fica no Itacorubi. Possui um website simples, que não informa os produtos que a empresa vende, apenas indica os endereços e telefones das lojas.


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Figura 11 - Marca da empresa Casas do Cano

Fonte: Site Casas do Cano, 2013.

A assinatura visual utiliza duas fontes diferentes e sem serifa. As cores usadas foram o amarelo e tons de azul em degradê, para dar ideia de volume no cano. Segundo Gomes (2003, p. 64) “o efeito da luz, reproduzindo-se sobre os objetos, cria noção de volume – com a presença ou ausência dar cor”. Farina (1990, p. 114) afirma que o amarelo remete a ouro, sol, calor, luz e espontaneidade e o azul a credibilidade e seriedade. O símbolo utilizado faz referência ao nome Casas do Cano e o slogan “É nossa. É daqui”, preserva a cultura local, passa aos moradores da cidade a confiança de comprar em “casa”. Toda comunicação da loja utiliza os mesmo tons da marca, como pode ser visto na imagem a seguir.

Figura 12 - Loja Casas do Cano

Fonte: Site Casas do Cano, 2013.


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3.3.4 Cassol Centerlar

Poucos moradores de Florianópolis não conhecem a famosa loja de construção e decoração Cassol Centerlar, a maior loja do segmento de construção. Em seu website a empresa informa ser líder no comércio varejista de materiais de construção na região Sul e quinta maior empresa do segmento no Brasil. (CASSOL, 2013). Fundada no ano de 1958 em Urubici, Santa Catarina, possui 12 lojas e três centros de distribuição nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e tem como missão “participar com os nossos clientes na criação da casa dos seus sonhos.”. Com forte atuação nos três estados e com o maior estoque do Sul do Brasil, a Cassol Centerlar apresenta o conceito homecenter dividido entre os sete mundos Cassol Centerlar: Banho & Cozinha, Casa & Decoração, Tintas, Iluminação, Construção, Revestimento e Jardinagem. (CASSOL, 2013).

Atua em quatro ramos da atividade econômica: industrialização e montagem de pré-fabricados de concreto; comércio de materiais de construção e decoração; imobiliário na construção e comercialização de imóveis, além de reflorestamento. Possui um website bem desenvolvido que oferece muitas informações aos clientes, como os serviços prestados, as formas de pagamento e um blog com dicas interessantes.


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Figura 13 - Website Cassol

Fonte: Site Cassol Centerlar, 2013.

A

assinatura

visual da

Cassol assim como as

outras citadas

anteriormente, utiliza fonte sem serifa e a cor azul, porÊm este azul Ê utilizado com o vermelho. Segundo Farina (1990, p. 113-114), a cor azul transmite seriedade e credibilidade e a cor vermelha transmite força, movimento e energia.

Figura 14 -Marca Cassol

Fonte: Website Cassol Centerlar, 2013.


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O símbolo da empresa é um quadrado com o recorte da letra C por dentro, em alguns casos como podemos ver no website o símbolo é aplicado com estampas diferentes, este formato remete a ideia de concreto por estar em perspectiva e por estar associado à cor vermelha que é uma cor quente. A marca é equilibrada, organizada e faz referência direta com a ideia de estabilidade. Dividindo a marca podemos perceber um equilíbrio visual. Gomes (2003, p. 57) relata que o equilíbrio é “o estado no qual as forças, agindo sobre um corpo, se compensam mutuamente. Ele é conseguido, na sua maneira mais simples, por meio de duas forças de igual resistência que puxam em direções opostas”. Observa-se que apenas o “Centerlar” quebra um pouco a simetria da marca.

Figura 15 - Eixos vertical e horizontal

Fonte: Website Cassol Centerlar, 2013.

Dondis (2000, p. 33) explica que “na interpretação visual, o processo de estabilização impõe a todas as coisas vistas e planejadas um “eixo” vertical, com um referente horizontal secundário, os quais determinam, em conjunto, os fatores estruturais que medem o equilíbrio”.


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Figura 16 - Loja Cassol

Fonte: Site Cassol Centerlar, 2013.

3.3.5 Milium

Existem 40 lojas Milium em 22 cidades de Santa Catarina. A empresa possui uma linha diversificada de produtos e um conceito diferenciado de varejo, com o objetivo de proporcionar ao seu cliente mais praticidade e agilidade no seu dia a dia, além da satisfação de suas mais variadas necessidades. Diferente das empresas concorrentes, a Milium não trabalha com materiais como cimento e tijolos, porém oferece mais de 30 mil itens aos clientes, Entre os itens oferecidos estão: ferramentas e ferragens, materiais elétricos, tintas e solventes, materiais hidráulicos, adesivos e polidores, ferramentas elétricas, fechaduras, equipamentos e utensílios térmicos, utilidades domésticas em inox, artigos de papelaria, utilidades plásticas domésticas, vidros e alumínios, produtos de conveniência, eletrodomésticos, utensílios para cozinha, artigos de cama, mesa e banho e brinquedos.


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A Milium procura deixar seus clientes à vontade na hora de realizar as compras, mas quando eles precisam os funcionários estão a disposição para ajudar, esclarecendo as dúvidas e trazendo soluções para o problema.

Figura 17 - Marca Milium

Fonte: Site Milium, 2013.

A marca utiliza fonte sem serifa e algumas alterações no formato. As cores padrão da identidade são o amarelo, laranja e vermelho. Conforme Farina (1990, p. 113-114), o amarelo é uma cor quente que transmite a sensação de calor e espontaneidade; o laranja transmite alegria, euforia e prazer e o vermelho, força, movimento, ação e energia. A cor vermelha na marca remete a terra e tijolos. A mistura dessas três cores e as linhas que vão do início ao fim da palavra dão a sensação de vibração, movimento e energia elétrica. Já o “iliu” dá a sensação de bloco e formato de construção. Segundo Dondis (2000, p. 157) essa sensação de movimento ocorre devido à ordenação sequencial que “baseia-se na resposta compositiva a um projeto de representação que se dispõe numa ordem lógica. A ordenação pode seguir uma fórmula qualquer, mas em geral envolve uma série de coisas dispostas segundo um padrão rítmico.”. No site da loja podemos encontrar o significado de cada letra da palavra “Millium” que formam os valores da empresa.


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Figura 18 - Valores Milium

Fonte: Site Milium, 2013.

Figura 19 - Loja Millium

Fonte: Site Milium, 2013.


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3.3.6 Casas da Água

Fundada em 1967, a Casas da Água comercializa materiais para construção e eletrodomésticos. Ela está no hall das grandes empresas do setor varejista catarinense, na qual vem ganhando inúmeras premiações de reconhecimento. Só nos últimos 12 anos, a Casas da Água foi premiada 10 vezes como a marca mais lembrada do Estado de Santa Catarina, através do prêmio Top of Mind. (Casas da Água, 2013)

Figura 20 - Loja Casas da Água

Fonte: Site Casas da Água, 2013.

Possui 16 lojas espalhadas por Santa Catarina e sua sede é localizada na cidade de São José. Em seu website a empresa afirma que para manter a estrutura funcionando, conta com uma enorme variedade de produtos e pessoas para conquistar seu público-alvo, trabalhando com mais de 20.000 itens e cerca de 900 funcionários. (CASAS DA ÁGUA, 2013).

Figura 21 - Marca Casas da Água

Fonte: Site Casas da Água, 2013.


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As cores utilizadas na marca são o azul e o vermelho. De acordo com Farina (1990, p. 113-114), a cor azul remete tranquilidade, credibilidade e seriedade e o vermelho remete energia, força, ação, paixão e movimento. Foi utilizado como símbolo, uma torneira e em volta um retângulo. Para Dondis (2000, p. 58), o retângulo é associado a honestidade, retidão e esmero. O traçado por ser grosso passa a sensação de peso, assim o símbolo mais o logotipo se destacam muito mais do que o slogan abaixo, onde podemos perceber a relevância de cada informação.

3.3.7 Casa do Construtor

A Casa do Construtor foi fundada no início de 1993, no interior paulista, como uma rede de franquias. Em 2013 foi instalada uma loja da rede no bairro Santa Mônica, próximo ao Itacorubi, a qual é especializada na locação de equipamentos de pequeno porte e máquinas para a construção civil.

Figura 22 - Marca Casa do Construtor

Fonte: Site Casa do Construtor, 2013.

Além de ter o mesmo nome, a empresa também utiliza as mesmas cores da Casa do Construtor, o que pode confundir ainda mais o consumidor. A diferença entre as são os materiais comercializados, pois a rede de franquias trabalha apenas com locação de equipamentos. E, apesar de não vender materiais de construção, pode ser caracterizada como concorrente por ter o mesmo nome. As cores utilizadas no logotipo são o amarelo, que transmite espontaneidade, calor, ouro e luz; e o azul que passa a ideia de tranquilidade, credibilidade e seriedade. (FARINA, 1990).


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A fonte orgânica tem predominância de linhas arredondadas assim como no símbolo. O símbolo da empresa é um quadrado com uma casa dentro, assim como foi feito com a palavra “do” dentro da palavra “casa”. Suas cores possuem bastante contraste, porém o azul claro do ponto e da palavra “construtor” não apresentam o mesmo contraste no azul escuro, pois são cores próximas. Assim, quando olhamos rapidamente para o logo temos a sensação de que a palavra casa tem maior importância na marca, por se destacar mais do que os outros elementos.

Figura 23 - Loja Casa do Construtor

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.


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3.4 MERCADO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo o SINDUSCON (2013) de Joinville, “a indústria da construção civil tem uma participação de, aproximadamente, 40% na economia mundial, influenciando o meio ambiente e a sociedade.”. Essa diversificada e abrangente indústria “tem o grande desafio de introduzir melhorias e quebrar paradigmas, pois qualquer modificação, por menor que seja, traz resultados muito significativos.”. Amary (2013), vice-presidente do Secovi-SP, relata que temos vivenciado um avanço nos investimentos em comércio e indústria, devido a isso nosso PIB, Produto Interno Bruto, quadruplicou nos últimos 15 anos, abrindo espaço para empreendimentos comerciais. Um número significativo de shopping centers novos já inaugurados e outros em construção, prédios de salas comerciais sendo construídos em várias regiões da cidade, além de galpões industriais para abrigar novas empresas que estão se instalando. Acreditamos que existe demanda ainda para o investimento no setor hoteleiro e de eventos. Pois com a conturbação das cidades, principalmente na região que estamos, e a proximidade com a capital, temos uma oportunidade de atender melhor o turismo de negócios. Podemos concluir que as expectativas para o mercado imobiliário em nossa cidade e região são bastante positivas, sendo, portanto uma boa oportunidade tanto de investimento quanto a de realizar o maior sonho do brasileiro que é a aquisição da casa própria. (AMARY, 2013).

As lojas de varejo de materiais de construção lidam com dois públicos definidos, os consumidores profissionais e os consumidores domésticos. Segundo Santos (2013) “a maior parte dos compradores de material de construção é da classe B, representada por 52%; seguida pelas classes C, com 31%, A, com 14% e D, com 3%.”. Mesmo ainda havendo a predominância de consumidores homens, é importante que o setor também esteja preparado para atrair e fidelizar o público feminino. Kátia Matias afirma que as mulheres influenciam bastante a compra de materiais de construção, principalmente no que se refere aos materiais de acabamento. “No geral, o que temos notado é um aumento do número de mulheres nesse mercado, inclusive entre aquelas que buscam um conhecimento profissional para atuação no setor.O presidente do Simaco concorda que as mulheres preocupam-se mais com a estética, enquanto os homens são mais focados nos custos. Segundo Gonçalves, o


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vendedor deve estar apto a apresentar a elas os valores agregados de cada produto. (SANTOS, 2013)

Segundo o Sebrae (2012), a classe B tem rendimentos entre R$ 5.100,00 e R$ 10.200,00 e a classe C, atualmente a maior parte da população brasileira, com rendimentos entre R$ 2.040,00 e R$ 5.100,00. O poder aquisitivo da classe C cresceu, porém a cultura que define boa parte dos hábitos de consumo permanece inalterada. Aspectos comportamentais sobre a classe C, segundo o Sebrae: Se o preço do produto é mais elevado, a prestação tem que caber no orçamento familiar, onde os juros apresentam um peso menor na decisão de compra. O consumidor está muito melhor informado. Portanto, seja claro e objetivo na argumentação de suas vantagens competitivas. A vontade de se sentir inserido na nova classe média desperta o desejo de consumir produtos e serviços de melhor qualidade e maior preço; (SEBRAE, 2012).

A classe B é aquela que faz conta antes de sair gastando o que tem. Almeja estudar no exterior, pois cabe no orçamento da família. O crédito da oportunidade de consumir alguns itens da classe A, mas como os desejos são muitos, a ordem é priorizar por necessidade. Condá (2013) explica como deve ser feita a venda para as classes C, D e E: O tipo de venda é caracterizado como emocional. Esse consumidor é um pouco desconfiado, inseguro e bastante imediatista. Os vendedores têm de ser treinados para atender o cliente passando segurança, atenção e respeito. Por serem o cartão de visitas da empresa, os vendedores têm que entender exatamente o que a empresa quer e conhecer bem o público que atendem, evitando falhas desde a abordagem, passando pela venda com segurança até a entrega. É muito importante que a empresa identifique qual tipo de consumidor quer atender para focar o trabalho. (CONDÁ, 2010).

Santos relata que o desejo do consumidor final não é só em produtos de acabamento, mas também nos insumos. “Se ele sabe que a Itambé vende cinco tipos de cimento, e que esse produto vai agregar qualidade à sua obra, ele vai querer se informar e comprar. Hoje, três pilares sustentam o novo consumidor: qualidade, tecnologia e preço, isso independentemente do produto”, garante. (SANTOS, 2013)


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3.5 PROSPECÇÃO E TENDÊNCIAS DE MERCADO

Santos (2013) relata que para o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Elias Conz, hoje o consumidor que entra em um estabelecimento para comprar material de construção se comporta do mesmo jeito que um consumidor que vai a uma loja de eletroeletrônicos. “A busca por novidades é igual. A tecnologia, a variedade e o conforto fazem parte da decisão de compra da mesma forma”, afirma, completando que há um novo consumidor e que é preciso se adaptar a ele. “O cliente está cada vez mais exigente. Cada vez mais ele pesquisa, procura entender do produto, seja dentro da própria loja ou por meio da internet ou de seu smartphone”. (SANTOS, 2013). O desafio do lojista atualmente é oferecer sempre a melhor experiência de compra aos clientes. “É necessário ter uma loja com produtos de qualidade e com as novidades do mercado, todos com preços acessíveis. Ter o estabelecimento sempre limpo e organizado também é importante. Oferecer um ambiente agradável fará com que o cliente tenha prazer em voltar. Vitrines bem decoradas vendem mais. Iluminação e bom atendimento também. Tudo isso conta” (SANTOS, 2013).

As tendências no setor de construção e decoração mudam a todo instante e, aqueles consumidores antenados com as mudanças nessa área procuram sempre renovar o visual de suas moradias. Segundo Weiss (2012, p. 6), diretora de redação da revista Arquitetura & Construção “É impressionante o número de obras pautadas pelo desejo de integração dos espaços. Sejam pequenas ou grandes, as moradas deixam transparecer o anseio dos proprietários pelo compartilhamento dos espaços por amigos e familiares.”. Weiss (2012, p. 6) comenta que a indústria de materiais de construção, afinada com as exigências do consumidor, tem apostado em pesquisas de materiais inovadores, como novas tintas com coberturas superiores, alto rendimento e baixa toxicidade. Rolli (2012) relata que a “classe C já tem mais casas de veraneio que classe A”. O que pode ser uma grande oportunidade de vendas para o mercado de construção, ainda mais em Florianópolis, por se tratar de uma cidade turística, rodeada por praias.


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Segundo o Instituto Data Popular (2012 apud ROLLI, 2012), "com mais dinheiro no bolso, a classe média começa a investir em uma segunda casa, pensando em constituir patrimônio e investir no lazer da família.”. Como as casas de praia nem sempre são utilizadas e muitas vezes acabam ficando “abandonadas”, elas precisam de manutenções de tempo em tempo, gerando gastos com materiais de construção. Apesar da bagunça e da poeira, as reformas valorizam o imóvel e aumentam as chances de vendê-lo. A empresa Emccamp Residencial S/A (2013) afirma que “fazer uma reforma (mesmo que simples) significa maior valorização e aumenta as chances de sucesso em uma negociação... já ouvimos falar que a primeira impressão é a mais importante, e quando se trata de vender um imóvel não é diferente.”. Nos dias 20 a 25 de agosto de 2013 tivemos o 20º Salão do Imóvel e a Construfair-SC, que movimentaram o setor da construção em Florianópolis. O Salão do Imóvel é um evento que reúne construtoras, imobiliárias e incorporadoras que apresentam os mais diversificados produtos entre casas, terrenos, apartamentos, lojas, etc. Já a Construfair-SC traz produtos, serviços e equipamentos para a construção civil e também para o consumidor final. Segundo a Construfair-SC (2013), a feira superou as expectativas da organização e dos próprios expositores. Devido ao sucesso deste ano, a maioria dos expositores já confirmou presença para a próxima edição. Além disso, empresários que não participaram, mas visitaram o evento para conhecer a logística e o público, ficaram surpresos e garantiram que querem também fazer parte deste grande encontro do macrossetor da construção civil. (Construfair-SC, 2013).

Essa é uma ótima oportunidade para as lojas de materiais de construção expor seus produtos e serviços e, também uma possibilidade de crescimento dessas empresas, devido ao tamanho e repercussão do evento. Foi analisado o perfil dos clientes da Casa do Construtor, suas características e necessidades. Viu-se que os mesmos preferem a comodidade de comprar próximo à sua moradia/obra. Analisou-se também a concorrência, que muito tem investido em materiais promocionais, como outdoors, banners, e-mail marketing, tudo isso com a finalidade


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de atrair novos clientes. Percebeu-se, então, a necessidade de um maior investimento na publicidade da empresa, com o intuito de torná-la mais conhecida. A maioria das indicações é feita pelos operários das obras e. no caso de reformas em prédios, muita vezes os próprios moradores solicitam ao zelador para fazer a compra dos produtos. Devido a isso, muitos no momento da compra chegam desinformados e com muitas dúvidas do que comprar para atender suas necessidades. Dúvidas essas, esclarecidas pelos próprios atendentes da loja, que também oferecem explicações, passando confiança ao consumidor, além de aproveitar para sugerir novos produtos que o cliente possa a vir precisar. O que falta para a Casa do Construtor é identificar oportunidades empresariais, uma identidade visual e uma maior divulgação de seus produtos.

3.6 ANÁLISE DA EMPRESA

A loja de materiais de construção, localizada no bairro Itacorubi, existe há 15 anos. Entre 1998 e 2013 ela teve três donos, o último proprietário, adquiriu o estabelecimento em 2004 e deu o nome de Casa do Construtor. Desde então, a loja conta com um funcionário para atender os clientes e com Elaine Brandolt, esposa de Humberto, para cuidar do caixa, que ajuda também nas vendas. A situação econômica da loja encontra-se bem nos últimos anos e por estar localizada em um bom lugar, não pensam em alterar a localização geográfica do estabelecimento. Segundo o proprietário Silva (2013) muitos clientes acabam entrando na loja por estarem passando pelo local e, por serem bem atendidos, acabam voltando sempre que necessitam de algum material. A loja dispõe de todo material de construção para pequenos reparos, como materiais hidráulicos, brita, tijolo, argamassa, barro, areia, cal-cren, pedrisco, cimento, canos, parafusos, ferramentas, tinta spray, materiais de jardinagem, lâmpadas, equipamento de proteção individual, entre outros. Segundo Brandolt (2013), esposa do dono, os materiais mais vendidos são: areia argamassa, ferragens, ferramentas, desempenadeira, fita isolante, adaptador elétrico e colher de pedreiro. De todos eles, os mais comercializados são


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os diferentes tipos de parafusos que existem na loja, pois são itens básicos para o dia a dia. Já o material menos vendido da loja é o pneu para carrinho de mão. No estoque da loja ficam materiais como canos e tijolos. As tintas comercializadas na loja são apenas na cor branca, e Brandolt (2013) explica que há muitas lojas próximas que trabalham com diversas cores de tintas em lata, então não vale a pena para a loja vender esse tipo de material. Ela relata ainda que “a média de compras da empresa para deixar na loja é de seis a doze peças de cada produto, como querose e spray”. Segundo Silva (2013) “comparando os valores dos produtos desse segmento a Casa do Construtor cobra caro pelos produtos, pois é diferente da Cassol e Casas da água que compram em grande quantidade.”. A Casa do Construtor oferece de 5% a 10% de desconto nas compras e não faz parcelamento. A maior parte dos compradores são funcionários de obras, que vão em busca do material para os donos da obra que estão executando. O nível de conhecimentos dos clientes sobre o assunto nem sempre é tão aprofundado quanto o dos funcionários. E este é um dos diferenciais da loja, que busca oferecer um ótimo atendimento tirando as dúvidas dos clientes, pois muitos chegam solicitando um material, mas ao explicar qual o serviço a ser feito, os funcionários da loja percebem que o material solicitado não é o correto para a função. Em consequência de muitos funcionários de obra e zeladores de condomínios irem à loja comprar material, a Casa do Construtor aceita o pagamento mensal pelas empresas, como no caso de grandes empresas como CIASC, Anabá e Hotel Mercure. Essas empresas são grandes clientes da loja, o gasto mensal delas chega a 400,00. Até hoje a Casa do Construtor ainda não tem registro de marca, que é indispensável no mercado. É a identidade de uma empresa e deve ser considerado seu maior patrimônio. O certificado de registro de marcas e patentes equivale a uma escritura, é uma matricula de propriedade móvel, tendo inclusive, valor de mercado. Registrando sua marca além de garantir os direitos autorais, a marca não só identifica como agrega, em si, todos os valores do produto ou serviços que representa, para garantir que a sua marca seja única e não possa ser copiada ou assemelhada a outras, é primordial que você registrea no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. (Certifica, 2013).


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3.6.1 Pesquisa sobre o público-alvo

Após aplicar um questionário com os clientes da loja, obtiveram-se as seguintes conclusões:

Sexo Feminino

Idade

Masculino

Estado civil

20 a 30

30 a 40

Solteiro(a)

40 a 50

50 a 60

Casado(a)

7%

Divorciado(a)

23% 93 %

23%

14%

22%

15% 39%

Renda até 999

1.000 a 1.999

2.000 a 4.999

5.000 a 10.999

64%

Mora no Itacorubi? Sim

Não

acima de 11.000 0% 0% 23%

14% 43% 43%

77%

A Casa do Construtor não é muito divulgada, pessoas de outras regiões não sabem da existência dela. E durante o processo de escolha de um produto, quanto mais conhecida a empresa for, maior sua chance de ser escolhida. O público-alvo da loja são homens de 22 a 56 anos, a maioria casado e das classes B, C e D, mas a maior parte das classes C e D.


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Como conheceu a loja? Passou na frente

Indicação

Folheto

Internet

Com que frequência visita a loja? 1 a 5 vezes por mês

Outro

6 ou mais vezes por mês 0% 0%

Raramente

6% 35%

25% 42%

59% 33%

Por que frequenta? Localização

Atendimento

Praticidade

Outro

Preço

Encontrou o que precisava? Sim

Não

Quase tudo

3% 0%

15%

29% 32%

0%

36%

85%

Muitos conheceram a loja através de indicações, frequentam uma a cinco vezes por mês e seus motivos são: praticidade, localização e atendimento. As profissões dos clientes que responderam ao questionário são: zelador, encarregado de manutenção, bancário, almoxarife, gerente, motoboy, personal trainer, marceneiro, programador, aposentado e auxiliar administrativo. Na pesquisa foi solicitado um ponto positivo e um ponto negativo da loja, as respostas para o ponto positivo foram: localização; atendimento; estacionamento


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e praticidade. Já o ponto negativo nem todos responderam, as respostas foram: estoque baixo; faltam alguns produtos que procuro; estética da loja e preço.

Figura 24 - Painel semântico da classe D

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Figura 25 - Painel sem창ntico da classe C

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Figura 26 - Painel semântico da classe B

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

3.6.2 Marca atual

Após a inauguração da Casa do Construtor, surgiu a necessidade de fazer cartões de visita para divulgar o serviço oferecido aos clientes e possíveis clientes. Como ainda não existia um logotipo, a gráfica que fez o cartão criou um logotipo simples só para ser inserido no cartão de visitas. Devido ao amarelo e azul


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da pintura da externa da loja, criou-se um cartão todo amarelo com azul e, segundo o proprietário, na época não foi estudado nenhuma cor, a escolha das cores foi para chamar a atenção e o azul por gosto pessoal, devido à paixão pelo Grêmio, time gaúcho de futebol. Analisando o logotipo podemos perceber que as linhas em azul simulam um telhado e as linhas em branco simulam a pintura, como esses elementos estão na diagonal, eles transmitem instabilidade. Conforme Dondis (2000, p. 60), “a direção diagonal tem referência direta com a ideia de estabilidade. É a formulação oposta, a força direcional mais instável”. A pesar de o texto estar organizado, as formas instáveis quebram essa organização. Observando as linhas de pintura e de telhado temos a sensação de que a Casa do Construtor trabalha principalmente com a venda de tintas e telhados, porém essas informações são contraditórias, esses materiais não são o foco da loja. Ao ler e interpretar o nome da loja, por lógica temos a sensação de que ela trabalha com todos os tipos de produtos que alguém pode precisar para iniciar uma construção, pois é a casa do construtor. Mas na verdade não, a loja trabalha com uma quantidade pequena de materiais, apenas para pequenos reparos. Como o estabelecimento tem esse nome há nove anos no mercado, ele não será alterado. Então para não ocorrer equívoco de achar que a loja oferece todos os tipos de materiais, a marca precisa passar a informação aos clientes de que é uma loja prática e rápida.

Figura 27 - Logotipo

Fonte: Panfleto, 2013


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Em virtude de o logotipo ter sido criado depois da fachada e por ele não satisfazer o proprietário, decidiu-se não mexer na fachada. Por isso, a placa que encontramos na entrada do estabelecimento possui apenas o nome da loja e o número do telefone.

Figura 28 - Placa lateral

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Figura 29 - Fachada

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.


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3.7 OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

A ferramenta de análise SWOT tem sido fundamental em pesquisas e análises de produtos, empresas e estratégias.

Pontos fortes

Pontos fracos

Satisfação do cliente

Ambiente pequeno

Formas de pagamento

Gôndolas desorganizadas

Localização

Não possui serviço de tele entrega

Atendimento

Estoque pequeno

Praticidade

Estacionamento pequeno

Preços

Pouca variedade

Oportunidades

Ameaças

Crescimento do setor

Concorrência

Aumento crescente do uso de

Pode não ter aceitação do público

sinalização •

Atrair público de perfil diferente

Valorização para o design gráfico

Qualidade percebida

4 CONCEITO

Observando o logotipo da Casa do Construtor temos a sensação de que o foco de vendas da loja é de tintas, porém uma das coisas menos comercializadas são as tintas. Como há muitas lojas especializadas em tintas na região o dono da Casa do Construtor resolveu não trabalhar com muitas opções de tinta para pintura. Na loja encontramos apenas lata de tinta na cor branca e para quem procura um tom colorido eles trabalham com algumas cores em sprays.


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Devido a esse erro de informação que a marca transmite aos clientes, acredito que uma solução seja trabalhar com elementos que indiquem algum produto que a loja tenha para oferecer. Como por exemplo: areia argamassa, parafuso, desempenadeira, fita isolante e ferramentas, assim estarão valorizando um produto comercializado na loja. Fora do estabelecimento e, também na parte interna, há uma falta de planejamento visual. Não encontramos uma unidade nos elementos que compõem a loja. Segundo Gomes (2003, p. 29), uma unidade é um “conjunto de mais de um elemento (ou subunidades) que as constituem. Uma ou mais unidades formais podem ser segregadas ou percebidas dentro de um todo por meio de diversos elementos como: linhas, cores, texturas, etc.”. Também não encontramos clareza e organização visual no interior, o excesso de informações confunde o consumidor, parecendo tudo desorganizado. O uso correto da sinalização nas gôndolas será importante para dar uma unidade visual e organizar as informações, como as descrições dos materiais. Como a loja trabalha com produtos para pequenos reparos e seus clientes procuram fazer uma compra rápida sem perder muito tempo para encontrar o que procura, a marca deve transmitir isso aos clientes, para que eles não cheguem esperando encontrar uma enorme variedade de tintas, areias, ferramentas e outros. A marca da Casa do Construtor precisa ter alta pregnância da forma, para apresentar equilíbrio, clareza e unificação visual. Segundo Gomes (2003, p. 37) “quanto melhor for a organização visual da forma do objeto, em termos de facilidade de compreensão e rapidez de leitura ou interpretação, maior será o seu grau de pregnância”, podemos entender então que quanto mais confusa foi a organização visual da forma menor será seu grau de pregnância. A marca precisa trazer ordem para facilitar a compreensão da informação. Farina (1990, p. 104), nos diz que: a) azul: controles de equipamentos elétricos. b) laranja:

partes

móveis

e

mais

perigosas

de

máquinas

e

equipamentos, faces externas de polias e engrenagens. c) vermelho: equipamento de proteção contra incêndio ou de combate a incêndios. d) verde: caixas de socorros de urgência, avisos, boletins, etc. e) branco: faixas indicativas de sentido de circulação. f)

preto: coletores de resíduos.


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Figura 30 - Painel semântico - cores

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

As cores mais associadas ao segmento de construção como podemos perceber através dos elementos deste segmento são o amarelo, azul, vermelho, laranja e cinza. O amarelo geralmente utilizado nos capacetes de construção civil, o azul associado aos materiais elétricos, o vermelho e o laranja associados ao telhado, ao tijolo e ao concreto. Todos eles são bastante utilizados nos materiais ou nas embalagens desses materiais de construção. Nas construções podemos ver bastante o uso do amarelo e o azul para os uniformes e o laranja e o vermelho para os materiais. O cinza e o bege são associados aos canos de PVC, ao cimento e aos materiais de ferro, como as ferragens e a colher de pedreiro. Sendo assim foi criada uma paleta com as cores que mais aparecem neste segmento.


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Figura 31 - Paleta de cores

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 32 - Painel sem창ntico (logos)

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Figura 33 - Painel semântico (fachadas)

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Através de uma pesquisa sobre os elementos do mercado de construção foram encontradas diversas marcas com as cores elencadas na Figura 29. Apenas a Leroy Merlin que utiliza a cor verde. Como já existe uma loja concorrente com o nome Casa do Construtor e que utiliza o azul e o amarelo é importante que a marca se diferencie dela, para que o público não confunda as lojas e até mesmo para ela se destacar diante das outras.


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Figura 34 - Painel semântico (pontos positivos)

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

O objetivo da marca é transmitir através das formas utilizadas que ela é uma loja para pequenos reparos, organizada, com um atendimento de qualidade, boa localização e que tem de tudo um pouco, assim como saiu no resultado das pesquisas aplicadas.


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5 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Através das pesquisas e análise dos painéis semânticos, foram encontradas algumas possibilidades de fontes para serem utilizadas na construção da marca. Devido à empresa não estar a anos no mercado, foram identificadas fontes sem serifa, que segundo Pereira (2007) não fazem nenhuma conexão com o antigo, já as fontes com serifa remetem aos caracteres romanos antigos. A escolha correta da tipografia adequada também é importante, Willberg; Forssman (2007, p. 12) relata que a tipografia não está aí para ser lida, mas sim também para ser vista.

Figura 35 - Alternativas de fontes

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

A fonte escolhida foi a Museo Sans, uma fonte sem serifa, de fácil leitura e que pode ser trabalhada em diferentes espessuras. Possui cinco pesos e no total dez estilos com as versões em itálico, tem um aspecto leve e, ao mesmo tempo, presença. As versões 500 e 500 light são livres para o uso, já as outras versões são pagas, no site MyFonts (2013) o valor é de $16.50 por estilo.


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Figura 36 - Fonte escolhida

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 37 - Alternativa 01

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

A primeira alternativa é formada por sobreposições transparentes, não transmite organização, pois seus elementos se encontram soltos. Segundo Gomes (2003, p. 86) “o conceito de transparência é utilizado para permitir a visualização de objetos ou de coisas sobrepostas, de modo que o que está atrás possa ser percebido pelo olhar”. Observando a alternativa ela não remete a pequenos reparos, pois foi utilizado apenas um telhado para remeter a casa.


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Figura 38 - Alternativa 02

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

A segunda alternativa transmite organização através do retângulo cinza, porém as linhas em azul que formam três casas, não remetem a pequenos reparos, que é uma informação importante para a marca.

Figura 39 - Alternativa 03

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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A terceira alternativa transmite organização e remete a pequenos reparos, devido à régua e a chave de fendas. Entretanto, suas cores são passivas, sem contraste. A palavra construtor por estar dentro do box e com uma fonte muito fina, não se destaca quando comparada aos outros elementos.

Figura 40 - Alternativa 04

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

A quarta alternativa remete a pequenos reparos e a organização. A palavra construtor colocada para fora do box ganha destaque comparada a alternativa 03. A cor escolhida para a marca é cansativa por ter sido aplicado em excesso, sem o uso de outras cores.


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Figura 41 - Alternativa 05

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

A quinta alternativa remete a pequenos reparos pela chave de fendas que forma uma casa, a palavra construtor possui destaque e o retângulo da à sensação de organização. O motivo desta alternativa não ter sido a escolhida foi por seus traços leves e detalhados que transmitem a sensação de algo mais requintado, elaborado e refinado, diferente da loja que é mais simples e trabalha com produtos no geral, não detalhes específicos. Além desses fatores, foi realizado testes de redução do logotipo e ele pareceu confuso ao ser visualizado quando reduzido. Após o desenvolvimento de várias alternativas e o refinamento delas, se chegou à alternativa final:


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Figura 42 - Alternativa final

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

5.1 SOLUÇÃO PROPOSTA

A alternativa final transmite organização através da sua forma regular. Dondis (2000, p. 143) relata que “a regularidade no design constitui o favorecimento da uniformidade dos elementos, e o desenvolvimento de uma ordem”. A união da chave de fendas com o parafuso remete aos produtos para pequenos reparos, sendo eles uns dos produtos mais vendidos na loja. Diferente da alternativa 05 a alternativa final possui formas mais robustas e simples, remetendo a loja que comercializa produtos no geral e ao perfil do público que é simples e busca algo mais objetivo e direto. Segundo Dondis (2000, p. 144), a ordem “contribui enormemente para a síntese visual da simplicidade, uma técnica visual que envolve a imediatez e a uniformidade da forma elementar, livre e complicações ou elaborações secundárias”. Gomes (2003, p. 78) relata que “a simplicidade se caracteriza por organizações formais fáceis de serem assimiladas, lidas e compreendidas


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rapidamente”. Quanto ao arredondamento do retângulo em tons leves de cinza, segundo Gomes (2003, p. 85) “tem como característica marcante a suavidade e maciez que as formas orgânicas geralmente transmitem”. A leitura visual é mais fácil por causa da presença de tais formas da natureza. Está também geralmente associado ao fator de boa continuidade. Ou seja, o olhar percorre de maneira tranquila o objeto em maiores dificuldades, quebras ou sobressaltos visuais. (GOMES, 2000, p. 85).

O nome da loja escrito em Museo Sans (500 e 900) foi aplicado em diferentes tamanhos e espessuras para criar oposição formal entre as palavras, assim às características visuais dos elementos tipográficos se contrastam. Segundo Samara (2011, p. 93), “Quando as características dos dois elementos tipográficos, ou de tipos e imagens, são formalmente opostas, cada um deles se torna mais reconhecível e distinto.”. As cores escolhidas para a assinatura visual foram o azul e o laranja, como já existe uma loja com o mesmo nome e as mesmas cores, procurou-se não fugir totalmente das cores utilizadas nos últimos anos, mas também não continuar com as mesmas, devido a confusão que pode vir a acontecer no entendimento do consumidor. Por isso o tom de azul foi escurecido e o amarelo foi trocado pelo laranja, assim a transformação não chega a ser tão radical e não perde-se a identidade. A união dessas cores causa impacto por serem cores contrastantes. Por isso elas foram aplicadas com tons de cinza claro, assim as cores não ficaram exageradas e sim harmoniosas. Farina (1990, p. 89) relata que “o choque entre cores contrastantes pode ser uma coordenação de valores que atua de forma mais harmônica no conjunto do que o uso de cores realmente harmoniosas. Segundo Farina (1990, p. 128) “uma das associações afetivas da cor laranja é o contentamento que está interligado com o bom atendimento”. O autor ainda afirma que “o laranja remete a força, energia e alegria e a associação afetiva do azul é a verdade, serenidade, confiança e fidelidade.” (FARINA, 1990, p. 104 115). E conforme as normas sobre o uso da cor na segurança do trabalho e o uso das cores no campo industrial o azul é utilizado para controles de equipamentos elétricos e o laranja para partes de máquinas e equipamentos.


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Figura 43 - Pattern

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Junto à marca foi elaborado um pattern (padrão) para ser aplicado na comunicação da empresa, ele serve como um elemento de apoio para as aplicações. O pattern criado utiliza tons de azul e reproduz triângulos que remetem a blocos, transmitindo uma sensação de ordem e coesão, onde um é conjugado do outro, formando assim um hexágono.

5.2 APLICAÇÕES

Com a nova identidade visual definida é necessário criar uma unidade padrão de aplicação. Para isso foi desenvolvido o manual de identidade visual, onde constam informações importantes sobre o uso da marca, como ela deve ser aplicada nos materiais de comunicação. As especificações para a confecção de cada material encontram-se no Apêndice D.


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Figura 44 - Cart達o de visitas

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 45 - Mockup (cart達o de visitas)

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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A proposta desenvolvida para o cartão foi aplicar o logo em cima do pattern para dar mais contraste e, no verso constam as informações da loja, como telefone, e-mail e endereço. Para as informações ficarem mais legíveis o fundo azul do verso foi levemente escurecido.

Figura 46 - Bloco de notas

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

O bloco de notas foi criado para ser utilizado em qualquer situação que alguém precise escrever, mas principalmente para o funcionário anotar as informações que o cliente precisar, como preço e detalhes sobre o produto. Sendo assim, há uma barra no final do bloco com as informações da loja, caso o cliente precise voltar à loja, fazer uma ligação ou mandar um e-mail.


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Devido à escrita iniciar do lado esquerdo para o direito, o logo foi aplicado na direita para não atrapalhar a escrita.

Figura 47 - Envelope e carta

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

A folha para a carta segue a mesma linha do bloco, porém em tamanho maior. No envelope para não utilizar o pattern também na horizontal como um rodapé, ele foi centralizado e as informações necessárias do remetente se encontram no verso da carta.


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Foi utilizado também um elemento visual da identidade, a ferramenta e o parafuso, assim não foi preciso repetir a marca, pois esses elementos já são associados a ela.

Figura 48 - Crachá

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

O crachá serve como identificação dos funcionários, por isso foi criado um espaço para a foto e logo abaixo as informações mais importantes sobre ele, como nome e cargo. No verso foram colocadas as informações sobre a loja, assim esses dados ficam de fácil alcance caso o funcionário precise passá-los aos clientes. Outro motivo pelo qual o verso é colorido seria para agregar valor ao material, caso o cartão vire de lado ele terá conteúdo e não um simples lado branco.


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Figura 49 - Uniforme

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

O uniforme serve como padronização de um ambiente profissional, facilita a comunicação da empresa e serve como identificação de quem trabalha na loja. Sendo também uma forte ferramenta para inserir e aperfeiçoar a cultura da elegância e da imagem apropriada dentro da empresa, porém de nada adianta se o uniforme não for bem pensado. Pensando nisso, aplicou-se a marca somente na frente, de modo que se destaque no fundo deixando-o mais clean e sem exageros. A cor azul foi escolhida por fazer parte da identidade visual, por não transparecer sujeira como nos tecidos claros e por ser uma cor que destaca a marca.


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Figura 50 - Sacola

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 51 - Papel de seda

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

O principal na sacola plástica é o logotipo que foi aplicado em uma cor devido à redução de custos. Mas como o cliente leva a sacola para casa junto à mercadoria, é importante que o endereço e número para contato estejam presentes, assim se ele precisar voltar ou quiser indicar a loja para alguém, essas informações estarão disponíveis na sacola.


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Como a maioria das mercadorias s達o pequenas, e podem rasgar a sacola, foi criado um papel de seda para embrulhar os produtos.

Figura 52 - Frota

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Os adesivos produzidos para a frota também utilizam o pattern padrão para manter a identidade. Neles constam o logo da empresa e os dados que são muito importantes nesse meio de comunicação. Como o usuário pode estar tanto do lado do carro quanto atrás dele, os dados da loja aparecem em todas as faces do veículo.

Figura 52 - Faixa para gôndola (topo)

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 53 - Faixa para gôndola (descrição)

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Figura 54 - Aplicação em gôndolas

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Figura 55 - Aplicação em gôndolas com gavetas

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

As faixas aplicadas no topo das gôndolas possuem apenas a marca e um espaço para descrever os produtos, como por exemplo: canos, ferramentas ou parafusos/pregos. Já a faixa de descrição/preço serve para informar aos clientes a descrição do produto, seu código e seu preço, como por exemplo: T de 50mm / Cód.: 263 / R$ 4,20. A descrição e o código serão digitalizados para evitar que fique ilegível, já o preço será escrito de caneta vermelha, para manter um padrão e se destacar das outras informações.


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Figura 56 - Fachada

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 57 - Placa frontal

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Figura 58 - Placa lateral

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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Figura 59 - Placa de estacionamento

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

Para fachada foi desenvolvida uma placa frontal apenas com a marca aplicada no pattern e uma placa lateral com a marca e o telefone. Como a pessoa pode olhar tanto na direção frontal quanto na lateral, na parede azul, ao lado da placa frontal, sentiu-se a necessidade de aplicar novamente o telefone e, para garantir a simetria, do outro lado foi aplicada a seguinte frase: “Materiais para elétrica, hidráulica e ferramentas.”. Como o telhado da loja transmitia a sensação de antigo, sugere-se que seja colocada uma parede de cimento na cor azul, para tapar o telhado atual.

Figura 60 - Layout site

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.


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O layout do site é apenas uma sugestão, pois o trabalho não prevê. A empresa ainda não possui site, mas hoje essa ferramenta é um fator indispensável, pois permite a comunicação com o cliente, sobre seus serviços e produtos, apresentando os diferenciais. O layout criado utiliza as cores da identidade, aplicando a marca por cima do pattern na parte superior do layout e, na parte de conteúdo o fundo é cinza claro com boxes brancos para separar as páginas: sobre, serviços, localização e contato. É um layout clean e de fácil compreensão.

5.3 RELAÇÃO VIABILIDADE E IMPACTO

5.3.1 Cartão de visita

Para valorizar o material que será produzido com folha couchê, ele terá verniz localizado e laminação fosca, sua gramatura será de 300g para proporcionar maior rigidez ao cartão, o que dificultará a dobra e os desgastes nas pontas. Para o tamanho procurou-se utilizar o tamanho padrão 9 x 5 cm.

5.3.2 Bloco de notas, envelope e carta

Esses materiais serão produzidos em offset, pois não precisa ser um material muito rebuscado. Para o envelope a gramatura será de 90g e 120g para o bloco A5 e a carta A4, para evitar rasgos nas folhas na hora de escrever ou apagar. Esse material foi escolhido por seu custo-benefício.


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5.3.3 Crachá

Os crachás serão produzidos em PVC 3 mm, por ser o material padrão para crachá. A impressão será frente e verso, pois o valor cobrado para imprimir também no verso é menor que 50% do valor da frente.

5.3.4 Uniforme

A camisa pólo foi escolhida por ser mais formal, transmitir seriedade e confiança, diferente da camiseta comum, que é despojada e informal. A cor será azul por fazer parte da identidade da loja e diferente da cor branca que tem impacto de sujeira, a cor azul não transparece sujeira. A impressão será silk screen e como o valor da impressão é feito em função da quantidade de cores e também pela quantidade de locais aplicados, foi definido apenas uma cor para reduzir os custos.

5.3.5 Sacola

Neste momento o mais viável para o cliente será continuar utilizando sacolas plásticas, pois o custo é muito inferior quando comparado a outros materiais. A sacola plástica alça camiseta biodegradável é feita com materiais que se decompõem sob determinadas condições de luminosidade, umidade e oxigênio, sendo assim ela se decompõe mais rápido que uma sacola comum. A impressão será de uma cor devido à redução de custos e será feita por flexografia que garante melhor qualidade que a serigrafia.


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5.3.6 Frota

A frota será adesivada com vinil em quatro cores. O adesivo será colocado nas laterais e atrás, para garantir que todos consigam ver as informações da loja.

5.3.7 Sinalização gôndolas

As placas para a sinalização das gôndolas serão produzidas em PVC 3 mm para a placa superior, que deve ser levemente mais grossa, e 2 mm para as placas de descrição/preço. O PVC, diferente do papel, é um material mais resistente à umidade e com alta durabilidade. A vantagem desse material para as placas de descrição/preço é pelo fato de que o preço pode ser apagado com álcool e depois escrito novamente com caneta, e se fosse produzido em papel as placas precisariam ser reimpressas, o que elevariam os custos.

5.3.8 Fachada

A placa frontal será uma estrutura backlight em metalon, revestida com chapa de ACM com a marca vazada em acrílico leitoso com impressão digital. Já a placa lateral terá uma estrutura backlight em metalon dupla-face, revestida com chapa de ACM com a marca vazada em acrílico leitoso com impressão digital, como já existe a base para colocar a placa lateral, ela não precisará ser produzida. Ambas as estruturas terão iluminação interna na parte do logotipo, que irá valorizar a fachada. Esses materiais possuem um custo superior, porém eles têm alta durabilidade, são resistentes as mudanças climáticas, como chuva e sol, não desbotam e não estragam qualquer detalhe.


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Além das placas a fachada contará com o número do telefone no lado esquerdo e a frase “Materiais para elétrica, hidráulica e ferramentas.” no lado direito, tudo feito em adesivo vinil.

6 CONCLUSÃO

Esta última seção tem o intuito de apresentar as conclusões e considerações deste projeto realizado com a Casa do Construtor. Relatando sucintamente a experiência da autora. O principal objetivo do trabalho era desenvolver a identidade visual da loja Casa do Construtor, onde foi desenvolvida a assinatura visual, a papelaria, o uniforme, a frota, a fachada e a sinalização para as gôndolas. Junto com o projeto foi realizado uma pesquisa com o público-alvo da empresa, aonde se chegou a conclusão de que o público da loja era principalmente das classes C e D. Os materiais gráficos e a fachada agora estão coerentes e padronizados de acordo com a identidade visual, entretanto deve ser feito o uso do manual de identidade visual que serve como um guia de instruções para aplicar a marca corretamente nos materiais de comunicação. O resultado final cumpriu as exigências propostas e ficou alinhado com o novo conceito da marca. Além dos materiais propostos foi sugerido o layout para o site caso ele venha ser desenvolvido. Conclui-se que a partir da identidade desenvolvida, é possível dar continuidade ao desenvolvimento de outras peças, assim como folders, e-mail marketing e cartazes. Para a autora o desenvolvimento deste projeto foi importante enquanto acadêmica e designer, pois foi um grande aprendizado unido à realização pessoal de ter concluído e alcançado os objetivos estipulados no início. Por fim, pretende-se apresentar esta proposta para a Casa do Construtor para que eles venham aplicar o uso da nova marca na empresa.


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APÊNDICE A – Entrevista com o proprietário Humberto e sua esposa.

Entrevistados: Elaine Iungue Brandolt e Humberto Pereira da Silva Entrevistadora: Iana Krug Giacomini

Pergunta: Quais materiais gráficos a empresa necessita para a loja? Resposta (Elaine): Cartão de visitas, folheto e aplicação da marca na fachada.

Pergunta: Qual o diferencial da loja comparando com os concorrentes? Resposta (Humberto): O atendimento e a localização. Muitos clientes que voltam a loja por causa do atendimento. Resposta (Elaine): Com certeza o atendimento, os clientes comentam bastante que são muito bem atendidos. E sempre que eles aparecem com dúvidas, procuramos ajudar e resolver o problema. Muitas vezes eles acabam levando mais do que precisam no momento, pois acabam encontrando outros produtos que podem vir a precisar.

Pergunta: A loja é especializada em algum produto? Como materiais hidráulicos ou elétricos? Resposta (Elaine): Não, procuramos entender de tudo um pouco. Raramente não conseguimos ajudar o cliente, por trabalharmos a muito tempo nessa área temos facilidade em solucionar as dúvidas dos clientes que vem na loja. Mas um material que entendemos bastante é o cimento cola, vendemos o AC, para áreas internas e não sujeitas a umidade; o AC 2, para áreas internas e externas e o AC 3, para assentamento de sobreposição de pisos em áreas internas e externas.

Pergunta: Quais são os produtos mais comercializados? Resposta (Elaine): Parafusos, fita isolante, plug (adaptador elétrico), areia argamassa, ferramentas, desempenadeira e colher de pedreiro. Mas o que mais temos vendido são os parafusos. Resposta (Humberto): Em primeiro lugar as ferragens, como parafusos e também vendemos bem a areia argamassa.


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Pergunta: E quais são menos comercializados? Resposta (Elaine): Pneu para carrinho de mão.

Pergunta: E tinta, vocês tem muitas opções? Resposta (Elaine): Tinta só branca pois os concorrentes tem mais opções, por isso não vale a pena investirmos em tintas.

Pergunta: Qual a quantidade de cada produto que vocês compram para vender? Resposta (Elaine): A média de compras da empresa para deixar na loja é de seis a doze peças de cada produto, como querose e spray. Vendemos mais ou menos 15 sacos de areia por cliente e 100 a 200 tijolos, por isso temos bastante estoque para esses produtos que são vendidos em grande quantidade.

Pergunta: Os preços cobrados pelas mercadorias são mais altos ou mais baixos que dos concorrentes? Resposta (Humberto): Comparando os valores dos produtos desse segmento a Casa do Construtor cobra caro pelos produtos. Pois é diferente da Cassol e Casas da Água que compra em grande quantidade. Damos 5% a 10% de desconto nas compras, 30 dias no cartão e não fazemos parcelamento.

Pergunta: Como tem sido as vendas em 2013? Resposta (Elaine): Raramente sai cliente insatisfeito por não encontrar o que precisa, temos vendido bastante. Até julho as vendas foram altas, só em agosto que baixou um pouco. Temos mensalistas como a CIASC, o Colégio Anabá e o Hotel Mercure, que gastam de 300,00 a 400,00 por mês.


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APÊNDICE B – Questionário preenchido pelos clientes.


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APÊNDICE C – Manual de identidade visual.


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APÊNDICE D – Orçamentos.

Gráfica

Modelo

Formato

Material

Cores Acabamento refile reto, (20 blocos de 50 folhas cada)

Quant. Valor 1.000 folhas

Centrocópias Bloco A5

14,8 cm x 21 cm

offset 120g

4x0

Centrocópias Papel de carta A4

21 cm x 29,7 cm

offset 120g

4x0

Centrocópias Cartão de visitas

9 cm x 5 cm

couchê 300g

4x4

refile reto 1.000 refile reto, laminação BOPP fosco (frente e verso) e verniz localizado com brilho (frente e verso) 1.000

4x0

faca especial, furo padrão, cordão e jacaré

3

R$ 27,00

4x4

faca especial, furo padrão, cordão e jacaré

3

R$ 37,50

Centrocópias Crachá

Centrocópias Crachá

5,5 cm x 8,6 cm

5,5 cm x 8,6 cm

PVC

PVC

R$ 495,00 R$ 830,00

R$ 537,00

Printi

Envelope para carta

22 cm x 11 cm

offset 90g

4x0

refile reto

1.000

R$ 452,99 + R$ 23,00 de frete

Custom Vinil

Adesivo para carro (lateral)

164,4 cm x 21,2 cm

adesivo em vinil

4x0

faca especial

2

R$ 150,00

Custom Vinil

Adesivo para carro (traseira)

119,2 cm x 55 cm

adesivo em vinil

4x0

1

R$ 90,00

Custom Vinil

Placa estacionamento

55,5 cm x 12 cm

PVC (3 mm)

4x0

2

R$ 80,00

Custom Vinil

Faixa de gôndola (topo)

84 cm x 12 cm

PVC (3 mm)

4x0

30

R$ 810,00

Custom Vinil

Faixa de gôndola (descrição)

84 cm x 5 cm

PVC (2 mm)

4x0

faca especial refile reto e 4 pontos de fita dupla face no verso faca especial e 4 pontos de fita dupla face no verso refile reto e 4 pontos de fita dupla face no verso

300

R$ 1.890,00

Custom Vinil

Adesivo letras/nº

163 x 18 cm

adesivo em vinil

0x0

faca especial

1

R$ 50,00

Custom Vinil

Adesivo letras/nº

169 x 36 cm

0x0

faca especial

1

R$ 50,00

GrupoSun

Camisa polo

60 mm x 56,6 mm

adesivo em vinil camisa azul marinho (Tecido Piquet PA - 50% poliéster/50% algodão)

4x0

15

R$ 24,98

Triumpho

Sacola personalizada

40 cm x 50 cm

sacola plástica alça camiseta - A.D.

4x4

1.000

R$ 1.100,00

Triumpho

Sacola personalizada

40 cm x 50 cm

sacola plástica alça camiseta - A.D.

1x1

aplicação silk cor sacola: branca; formato logo: 13,8 cm x 13 cm cor sacola: branca; formato logo: 13,8 cm x 13 cm

1.000

R$ 490,00

1x0

aplicações do logo

1.000

R$ 230,00

Art Embalagens

Papel de seda

50 cm x 70 cm

papel de seda


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Gráfica

Visual Decor

Visual Decor

Gráficas:

Modelo

Fachada

Fachada

Formato

Material

Cores Acabamento

Quant. Valor

5,00 x 1,50 m com 15 cm de profundidade

estrutura backlight em metalon, revestido com chapa de ACM com logo vazada em acrilico leitoso com impressão digital *iluminação inclusa.

4x0

1

R$ 4.706,00

1,80 x 1,50 m com 30 cm de corpo

estrutura backlight em metalon duplaface, revestido com chapa de ACM com logo vazada em acrilico leitoso com impressão digital *iluminação inclusa.

4x4

1

R$ 3.018,00


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